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Macau 2012 Livro do Ano - Macao Yearbook

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PONTE<br />

DA<br />

AMIZADE<br />

REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU<br />

ZHUHAI<br />

COLINA DA<br />

ILHA VERDE<br />

PORTAS<br />

DO CERCO<br />

PENÍNSULA DE MACAU<br />

54,5<br />

COLINA DE<br />

MONG HÁ<br />

N<br />

60,7<br />

PROVÍNCIA DE<br />

GUANGDONG<br />

ZHUHAI<br />

PORTO<br />

INTERIOR<br />

COLINA<br />

DA GUIA<br />

90<br />

PORTO<br />

EXTERIOR<br />

WANZAI<br />

COLINA<br />

DA BARRA<br />

LAGO<br />

SAI VAN<br />

71,6<br />

LAGO<br />

NAM VAN<br />

PONTE GOVERNADOR<br />

NOBRE DE CARVALHO<br />

PONTE<br />

DE<br />

SAI<br />

VAN<br />

ILHA DA TAIPA<br />

TAIPA<br />

PEQUENA<br />

110,4<br />

VILA DA TAIPA<br />

TAIPA<br />

GRANDE<br />

158,2<br />

AEROPORTO<br />

INTERNACIONAL<br />

DE MACAU<br />

PROVÍNCIA DE<br />

GUANGDONG<br />

ZHUHAI<br />

ZONA DE<br />

ATERRO ENTRE<br />

TAIPA E COLOANE<br />

PONTE FLOR DE LÓTUS<br />

NOVO CAMPUS<br />

DA UNIVERSIDADE<br />

DE MACAU<br />

ESTRADA DO ISTMO<br />

BAÍA DE KÁ HÓ<br />

POVOAÇÃO<br />

DE KÁ HÓ<br />

MONTE DE<br />

KÁ HÓ<br />

123,8<br />

ILHA HENGQIN<br />

ALTO DE<br />

COLOANE<br />

170,6<br />

POVOAÇÃO<br />

VILA DE<br />

DE HAC SÁ<br />

COLOANE<br />

MORRO DE<br />

ARTILHARIA<br />

120<br />

BAÍA DE CHEOC VAN<br />

BAÍA DE HAC SÁ<br />

ILHA DE COLOANE<br />

LEGENDA<br />

COTA / METROS<br />

GOVERNO DA REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU<br />

GOVERNO DA REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU<br />

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE CARTOGRAFIA E CADASTRO<br />

DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE CARTOGRAFIA E CADASTRO


Fotografia da capa: Parada “<strong>Macau</strong>, Cidade Latina”


macau <strong>2012</strong><br />

<strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Gabinete de Comunicação Social<br />

Outubro de <strong>2012</strong>


Aos Leitores<br />

Aos Leitores<br />

<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>, é uma publicação editada pelo Gabinete de Comunicação Social<br />

da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> (GCS) ten<strong>do</strong> como objectivo servir de registo geral<br />

e sistemático <strong>do</strong>s grandes eventos e da situação <strong>do</strong> processo de desenvolvimento político,<br />

económico e sócio-cultural da Região. A quantidade, e qualidade, da informação disponibilizada<br />

será certamente útil a to<strong>do</strong>s quantos, independentemente <strong>do</strong>s seus interesses, queiram ter<br />

um melhor conhecimento sobre <strong>Macau</strong>. Este é o 11 anuário de <strong>Macau</strong> edita<strong>do</strong> pelo GCS, que<br />

passou a ser uma publicação com periodicidade anual a partir de 2002.<br />

O livro está dividi<strong>do</strong> em cinco partes, as prioridades da acção governativa <strong>do</strong> Governo para<br />

<strong>2012</strong>, a cronologia de acontecimentos em 2011, o balanço das acções <strong>do</strong> Governo em 2011,<br />

informações gerais sobre a RAEM, e por fim os anexos que dão informação útil complementar.<br />

Esta edição <strong>do</strong> <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> regista os maiores desenvolvimentos nas áreas administrativa,<br />

legislativa e judiciária, em <strong>Macau</strong>, durante o ano de 2011. A retrospectiva da RAEM continua a<br />

fornecer informação útil cobrin<strong>do</strong> 16 áreas: sistema político e administrativo; justiça e sistema<br />

jurídico; relações externas; economia; jogo; turismo; ordem pública; educação; cultura e<br />

desporto; saúde pública e assistência social; comunicação social, telecomunicações e tecnologias<br />

da informação; solos, infra-estruturas, habitação e entidades públicas; transportes; geografia<br />

e população; religião e hábitos; e história. Como resposta à crescente importância da indústria<br />

<strong>do</strong> jogo, traduzi<strong>do</strong> num aumento substancial de informação e novos da<strong>do</strong>s, foi cria<strong>do</strong> para este<br />

sector, desde as últimas edições, um capítulo autonomiza<strong>do</strong> da economia. Em termos globais,<br />

as informações sobre a RAEM apresentam-se de uma forma sistematizada e integrada.<br />

Para fixar, de uma maneira viva, o registo <strong>do</strong>s traços <strong>do</strong> desenvolvimento de <strong>Macau</strong>, o<br />

Gabinete de Comunicação Social continuou a realizar, no início de <strong>2012</strong>, em cooperação com oito<br />

associações fotográficas de <strong>Macau</strong>, e quatro associações de comunicação social, um concurso<br />

fotográfico subordina<strong>do</strong> ao tema “Momentos Felizes da Vida em <strong>Macau</strong> <strong>2012</strong>”. Como forma de<br />

enriquecer graficamente esta edição <strong>do</strong> <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>, são publicadas mais de uma dezena de<br />

fotos <strong>do</strong>s premia<strong>do</strong>s naquele concurso.<br />

A maior parte <strong>do</strong>s números e da<strong>do</strong>s estatísticos publica<strong>do</strong>s no <strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>Ano</strong>, são essencialmente provenientes das diversas repartições <strong>do</strong> Governo de <strong>Macau</strong>, e da<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Estatística e Censos, e correspondem à situação nos finais de 2011.<br />

Contu<strong>do</strong> alguns assuntos estão mais actualiza<strong>do</strong>s, reflectin<strong>do</strong> a realidade de <strong>Macau</strong>, tais como<br />

os contactos e endereços <strong>do</strong>s órgãos <strong>do</strong> Governo e serviços públicos, apresenta<strong>do</strong>s em anexo,<br />

e as informações relativas à validade <strong>do</strong>s vistos para os passaportes e títulos de viagem da<br />

RAEM. Salvo indicação em contrário, a unidade monetária expressa é sempre a Pataca de <strong>Macau</strong><br />

(1 US$ ± 8 patacas).<br />

A Comissão Editora <strong>do</strong> <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> aproveita a oportunidade para manifestar o seu<br />

mais profun<strong>do</strong> agradecimento a to<strong>do</strong>s os serviços <strong>do</strong> Governo da RAEM, instituições públicas<br />

e entidades de gestão pública que, com o seu grande apoio e colaboração, tornaram possível<br />

esta edição facilitan<strong>do</strong>, com os da<strong>do</strong>s e informações presta<strong>do</strong>s, o trabalho de compilação.<br />

Naturalmente, serão bem vindas quaisquer sugestões ou comentários em relação a eventuais<br />

erros, ou lapsos, que são inevitáveis, apesar da nossa equipa, no decurso <strong>do</strong> processo de<br />

compilação e edição, ter efectua<strong>do</strong> repetidas revisões sobre o presente conteú<strong>do</strong>.<br />

A Comissão Editora <strong>do</strong> <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

3


macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>


Índice<br />

Índice<br />

<strong>Macau</strong> em Números ................................................................................... 8<br />

Promover a Diversificação Adequada da Economia e<br />

Elevar a Qualidade de Vida da População<br />

Prioridades das Linhas de Acção Governativa para o <strong>Ano</strong> de <strong>2012</strong> ....................................... 9<br />

Cronologia de 2011 ................................................................................. 23<br />

Primeira Parte: Retrospectiva de 2011<br />

I. Interpretação da Lei Básica pela Assembleia Popular Nacional<br />

Define Cinco Passos <strong>do</strong> Desenvolvimento <strong>do</strong> Sistema Político ................................ 45<br />

II.<br />

III.<br />

IV.<br />

Uma Nova Página da Cooperação Regional em Articulação<br />

com o Décimo Segun<strong>do</strong> Plano Quinquenal Nacional .............................................. 53<br />

Atenuar as Dificuldades das Camadas Mais Desfavorecidas<br />

e Continuar a Aperfeiçoar o Bem-Estar Social ..................................................... 61<br />

Implementação de Planos de Habitação Pública<br />

e Ajustamento <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Imobiliário Priva<strong>do</strong> .................................................... 67<br />

V. Crescimento Estável da Economia em Geral e<br />

Comportamento Ideal <strong>do</strong> Turismo e Comércio a Retalho ....................................... 75<br />

VI.<br />

VII.<br />

VIII.<br />

IX.<br />

Implementação Gradual da Primazia <strong>do</strong> Transporte Público<br />

e Desenvolvimento da Conservação Energética e Diminuição de Resíduos ............... 81<br />

Desenvolvimento Contínuo <strong>do</strong> Turismo e da Indústria<br />

de Convenções e Exposições e Ajustamento da Indústria <strong>do</strong> Jogo .......................... 91<br />

Planeamento Científico de Desenvolvimento <strong>do</strong> Ensino<br />

e Promoção Diversificada da Construção Cultural e Humana .................................. 95<br />

Recolha de Opiniões Públicas sobre Políticas Relevantes<br />

e Criação <strong>do</strong> Regime para Aumento <strong>do</strong> Efeito das Consultas Públicas .....................101<br />

X. Prevenção e Repressão da Criminalidade e Reforço <strong>do</strong>s Serviços<br />

com Aperfeiçoamento de Equipamentos em Defesa da População .........................107<br />

XI.<br />

Assembleia Legislativa - Cumprir as Competências Legislativa<br />

e Fiscaliza<strong>do</strong>ra e Aprovação de 12 Leis em Plenário ............................................111<br />

XII. Responder às Solicitações da Sociedade e Órgãos Judiciais para o Futuro ..............115<br />

XIII.<br />

Comissaria<strong>do</strong> contra a Corrupção Pragmático no Tratamento de Queixas<br />

E Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria Promove Aplicação Adequada <strong>do</strong> Erário Público ..........123<br />

5


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Segunda Parte: Breve Apresentação da RAEM<br />

I. Sistema Político e Administração ......................................................................147<br />

II. Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial ...........................................................183<br />

III. Relações Externas ..........................................................................................215<br />

IV. Economia ......................................................................................................233<br />

V. Indústria <strong>do</strong> Jogo ...........................................................................................295<br />

VI. Turismo ........................................................................................................313<br />

VII. Ordem Pública ...............................................................................................337<br />

VIII. Educação ......................................................................................................363<br />

IX. Cultura e Desporto .........................................................................................387<br />

X. Saúde Pública e Assistência Social ....................................................................435<br />

XI. Comunicação Social, Telecomunicações e Tecnologias da Informação ....................461<br />

XII. Solos, Infra-estruturas, Habitação e Entidades Públicas .......................................485<br />

XIII. Transportes ...................................................................................................509<br />

XIV. Geografia e População ....................................................................................533<br />

XV. Religiões e Hábitos .........................................................................................569<br />

XVI. História ........................................................................................................583<br />

Apêndices<br />

I. Principais Titulares <strong>do</strong>s Cargos Públicos da RAEM ...............................................589<br />

II. Membros <strong>do</strong> Conselho Executivo da RAEM .........................................................590<br />

III. Membros da Assembleia Legislativa da RAEM .....................................................591<br />

IV. Juízes <strong>do</strong>s Tribunais da RAEM ...........................................................................595<br />

V. Serviços <strong>do</strong> Ministério Público da RAEM .............................................................597<br />

VI. Directório <strong>do</strong> Governo da RAEM ........................................................................598<br />

VII. Representações da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo da RAEM .............................620<br />

VIII. Representações Diplomáticas na RAEM .............................................................624<br />

IX.<br />

Dispensa de Visto de Entrada para Porta<strong>do</strong>res<br />

de Passaporte e de Título de Viagem da RAEM ...................................................625<br />

X. Passaportes cujos Porta<strong>do</strong>res Estão Isentos<br />

de Visto e de Autorização de Entrada na RAEM ...................................................630<br />

XI. Trata<strong>do</strong>s Internacionalmente em Vigor na RAEM .................................................633<br />

6


Índice<br />

XII.<br />

Lista das Condecorações, Medalhas e Certifica<strong>do</strong>s<br />

de Mérito Conferi<strong>do</strong>s pelo Governo da RAEM no <strong>Ano</strong> de 2010 ...............................652<br />

XIII. Orçamento das Receitas e Despesas para o <strong>Ano</strong> Económico de <strong>2012</strong> .....................655<br />

XIV. Comércio Externo ..........................................................................................657<br />

XV. Importações por Principais Países ou Territórios .................................................658<br />

XVI. Exportações por Principais Países ou Territórios ..................................................659<br />

XVII. Exportações Domésticas por Principais Países ou Territórios .................................660<br />

XVIII. Turismo ........................................................................................................661<br />

XIX. Entrada de Visitantes Segun<strong>do</strong> o Local de Residência ..........................................662<br />

XX.<br />

Restaurantes e Similares, Alojamentos, Agências de Viagens e<br />

Estabelecimentos <strong>do</strong> Sector <strong>do</strong>s Serviços ..........................................................663<br />

XXI. Índice de Preços no Consumi<strong>do</strong>r ......................................................................664<br />

XXII. Moeda e Crédito .............................................................................................665<br />

XXIII. Produto Interno Bruto e Principais Componentes da Despesa ...............................666<br />

XXIV. Contas Públicas .............................................................................................667<br />

XXV.<br />

XXVI.<br />

Stock, Fluxo e Rendimento de Investimento Directo <strong>do</strong> Exterior em <strong>Macau</strong>,<br />

por Ramo de Actividade Económica ..................................................................668<br />

Stock, Fluxo e Rendimento de Investimento Directo <strong>do</strong> Exterior em <strong>Macau</strong>,<br />

por Residência Habitual <strong>do</strong> Investi<strong>do</strong>r Directo ....................................................670<br />

XXVII. Demografia ...................................................................................................671<br />

XXVIII. Justiça e Criminalidade ...................................................................................672<br />

XXIX. Trabalho e Emprego .......................................................................................673<br />

XXX. Estabelecimentos Industriais e Comerciais .........................................................676<br />

XXXI.<br />

Distribuição da População Empregada por Ramo<br />

de Actividade Económica e Profissão .................................................................677<br />

XXXII. Saúde ..........................................................................................................678<br />

XXXIII. Ensino Curricular e Educação de Adultos ...........................................................679<br />

XXXIV. Construção ....................................................................................................680<br />

XXXV. Transportes ...................................................................................................681<br />

XXXVI. Comunicações ...............................................................................................683<br />

XXXVII. Consumo de Energia e de Materiais de Construção,<br />

Combustíveis Líqui<strong>do</strong>s e Gasosos .....................................................................684<br />

7


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Demografia e População<br />

População<br />

(até 31 de Dezembro de 2011)<br />

Total: 557.400<br />

Homens: 268.000<br />

Mulheres: 289.300<br />

Estrutura etária:<br />

Com menos de 15 anos: 11,8%<br />

De 15 aos 64 anos: 80,8%<br />

Com 65 e mais anos: 7,3%<br />

Nacionalidade (Intercensos 2011)<br />

Chinesa: 92,3%<br />

Filipina: 2,7%<br />

Portuguesa: 0,9%<br />

Local de nascimento (Intercensos 2011)<br />

<strong>Macau</strong>: 40,9%<br />

China continental: 46,2%<br />

Província de Guang<strong>do</strong>ng: 69,2%<br />

Província de Fujian: 13,9%<br />

Hong Kong: 3,5%<br />

Filipinas: 2,6%<br />

Portugal: 0,3%<br />

Taxa de natalidade: 10,6‰<br />

Taxa de mortalidade: 3,4‰<br />

Casamentos por 1000 residentes: 6,5<br />

Divórcios por 1000 residentes: 1,8<br />

Índice de envelhecimento: 62,0%<br />

N.º total de agrega<strong>do</strong>s familiares<br />

(Intercensos 2011): 170.769<br />

em habitação própria: 70,8%<br />

em habitação arrendada: 24,5%<br />

em habitação fornecida pela entidade patronal:<br />

1,4%<br />

Densidade populacional: 18.4 pessoas/km 2<br />

Geografia e Clima<br />

Longitude: 113° 31’ 33” E ° - 113° 35’ 43” E<br />

Latitude: 22° 06’ 39” N ° - 22° 13’ 06” N<br />

Área total: 29,9 km 2<br />

Península de <strong>Macau</strong>: 9,3 km 2<br />

Ilha da Taipa: 7,4 km 2<br />

Ilha de Coloane: 7,6 km 2<br />

COTAI (área de aterros): 5,6 km 2<br />

Linha de costa: 47,4 km<br />

Altitude (pontos mais altos):<br />

Península de <strong>Macau</strong> (Monte da Guia): 90 m<br />

Ilha da Taipa (Taipa Grande): 158,2 m<br />

Ilha de Coloane (Alto de Coloane): 170,6 m<br />

Temperatura média: 21,9ºC<br />

<strong>Macau</strong> em Números<br />

Precipitação total: 1363,6 mm<br />

Valor médio da humidade relativa: 76%<br />

Horas de sol: 1.846,0/hora<br />

Emprego<br />

Total da população empregada: 320.760<br />

Indústria transforma<strong>do</strong>ra: 12.800<br />

Construção civil: 28.200<br />

Actividades financeiras: 8100<br />

Jogos: 70.100<br />

População activa: 72,5%<br />

Taxa de desemprego: 2,6%<br />

Taxa de subemprego: 1,1%<br />

Rede Ro<strong>do</strong>viária e Trânsito<br />

Extensão da rede ro<strong>do</strong>viária: 416,0 km<br />

Novos veículos regista<strong>do</strong>s: 17.702<br />

Veículos em circulação: 206.349<br />

Automóveis: 95.151<br />

Ciclomotores e motociclos: 111.198<br />

Indica<strong>do</strong>res Económicos<br />

PIB a preços correntes: 292.900 milhões<br />

PIB a preços constantes: 261.000 milhões<br />

PIB per-capita: 531.700<br />

Rendimento médio mensal<br />

da população empregada: 10.000<br />

Massa monetária (M1): 36.243 milhões<br />

Massa monetária (M2): 297.654 milhões<br />

Depósitos de residentes: 291.573 milhões<br />

Taxa de inflação (índice preços no consumi<strong>do</strong>r):<br />

5,81%<br />

Importação e Exportação de Merca<strong>do</strong>rias<br />

Total importa<strong>do</strong>: 62.289 milhões de patacas<br />

Total exporta<strong>do</strong>: 6971 milhões de patacas<br />

Contentores entra<strong>do</strong>s e saí<strong>do</strong>s:<br />

via terrestre: 35.093 toneladas<br />

via marítima: 182.959 toneladas<br />

Movimento contentores - via marítima: 101.989 TEU<br />

Movimento de carga aérea: 39.524 toneladas<br />

Entrada de aviões comerciais: 17.703<br />

Turismo<br />

Visitantes entra<strong>do</strong>s: 28.002.000<br />

por via marítima: 11.021.000<br />

por via terrestre: 15.300.000<br />

por via aérea: 1.682.000<br />

Taxa de ocupação hoteleira: 84,1%<br />

Despesas per-capita <strong>do</strong>s visitantes<br />

(excluin<strong>do</strong> o jogo): 1619 patacas<br />

Nota: Devi<strong>do</strong> aos arre<strong>do</strong>ndamentos, a soma das percentagens poderá não corresponder a 100%<br />

8


Prioridades em <strong>2012</strong><br />

Prioridades das Linhas de Acção<br />

Governativa para o ano de <strong>2012</strong><br />

Promover a Diversificação Adequada da Economia e<br />

Elevar a Qualidade de Vida da População<br />

Durante o segun<strong>do</strong> ano <strong>do</strong> presente mandato, o Governo da RAEM tem cumpri<strong>do</strong>,<br />

escrupulosamente, os princípios orienta<strong>do</strong>res “um país, <strong>do</strong>is sistemas” e “<strong>Macau</strong> governa<strong>do</strong> pelas<br />

suas gentes” com alto grau de autonomia. Com o forte apoio <strong>do</strong> Governo Central e os esforços<br />

conjuntos <strong>do</strong> Governo e de toda a população, a economia registou um crescimento estável, as<br />

finanças públicas e o sector financeiro mantiveram as bases sólidas e o posicionamento de <strong>Macau</strong><br />

como um Centro Mundial de Turismo e Lazer tornou-se claro. Tem si<strong>do</strong> dada grande importância<br />

ao aprofundamento da cooperação regional, ajustada a estrutura da economia e implementada<br />

uma governação assente nos valores científicos e em observância da Lei, promoven<strong>do</strong> um clima<br />

estável e tranquilo na sociedade de <strong>Macau</strong>.<br />

No próximo ano, assente nas bases sólidas alicerçadas ao longo <strong>do</strong>s anos desde o retorno<br />

de <strong>Macau</strong> à Pátria e na prossecução <strong>do</strong> lema “ter por base a população”, o Governo continuará<br />

a acompanhar de perto os interesses e as necessidades da população. Serão aperfeiçoadas,<br />

constantemente, as políticas e medidas, e optimiza<strong>do</strong>, activamente, o modelo <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

económico, no senti<strong>do</strong> de elevar o nível da qualidade de vida da população. Continuará a<br />

ser promovida uma governação pautada por valores científicos, a intensifica<strong>do</strong>s os valores<br />

da integridade, assim como a solidificação <strong>do</strong> sistema jurídico, a fim de se elevar o nível da<br />

governação. Será reforçada a educação cívica, focan<strong>do</strong>-se na formação de um ambiente social<br />

de valores humanistas, a fim de em conjunto se criar um espaço onde to<strong>do</strong>s vivam e trabalhem<br />

com tranquilidade e alegria.<br />

1. Partilha <strong>do</strong>s frutos <strong>do</strong> desenvolvimento e promoção da sociedade harmoniosa<br />

A dinamização da diversificação adequada da economia e o aperfeiçoamento <strong>do</strong>s benefícios<br />

presta<strong>do</strong>s a população são o prima<strong>do</strong> da acção governativa <strong>do</strong> Governo da RAEM. Serão<br />

concretizadas e melhoradas as diversas garantias da população, crian<strong>do</strong> medidas para aumentar<br />

as oportunidades de emprego, habitação, educação, serviços médicos e pensões para i<strong>do</strong>sos,<br />

envidan<strong>do</strong> esforços na melhoria da qualidade de vida da população, impulsionan<strong>do</strong> de forma<br />

pragmática o progresso adequa<strong>do</strong> da sociedade e da economia. Olhan<strong>do</strong> de forma abrangente<br />

para o desenvolvimento económico de <strong>Macau</strong>, no presente ano, e avaliada a situação da<br />

capacidade financeira, o Governo da RAEM dará continuidade ao conjunto de medidas de<br />

subvenção, comparticipação <strong>do</strong>s frutos <strong>do</strong> desenvolvimento e redução ou isenção fiscais, no<br />

valor superior a dez mil milhões de patacas.<br />

O Governo propõe-se elevar o montante <strong>do</strong> subsídio para i<strong>do</strong>sos para 6000 patacas, e<br />

efectuar um estu<strong>do</strong> integra<strong>do</strong> sobre várias medidas de apoio à terceira idade, designadamente<br />

sobre assistência médica, habitação e aposentação, no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> estabelecimento fasea<strong>do</strong> de<br />

um mecanismo sistemático de protecção aos i<strong>do</strong>sos, em resposta ao envelhecimento tendencial<br />

da população e em prol <strong>do</strong> bem-estar <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos na sua velhice.<br />

9


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

O Governo, atento aos impactos inflacionários na vida <strong>do</strong>s cidadãos, vai lançar uma série de<br />

medidas de resposta à subida da inflação, designadamente o alargamento de fontes de aquisição<br />

de produtos e o aumento da transparência <strong>do</strong>s preços. As instalações <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Abastece<strong>do</strong>r<br />

vão ser transferidas para a Zona de <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Parque Industrial Transfronteiriço Zhuhai-<strong>Macau</strong>,<br />

pretenden<strong>do</strong>-se introduzir maior competitividade, aumentan<strong>do</strong>, significativamente, o número<br />

de lojas destinadas ao comércio por grosso de vegetais, frutas, ovos e aves para 250.<br />

Após estu<strong>do</strong>s específicos sobre o risco social, o Governo vai propor, uma vez mais, um<br />

aumento <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> risco social, para 3200 patacas. Em relação ao Plano de Apoio Alimentar<br />

de Curto Prazo, prevê-se a possibilidade de aumento <strong>do</strong> limite máximo de rendimentos para<br />

1,7 vezes <strong>do</strong> risco social. O Governo vai dar continuidade à atribuição de apoios financeiros<br />

às famílias com dificuldades. Para isso, às famílias que são beneficiárias <strong>do</strong> apoio financeiro,<br />

será atribuí<strong>do</strong>, por uma única vez, mais uma prestação. Serão concedi<strong>do</strong>s abonos e subsídios<br />

especiais aos três tipos de famílias em situação vulnerável, isentadas as famílias arrendatárias<br />

de habitações sociais <strong>do</strong> pagamento da renda por um ano e manti<strong>do</strong> o plano provisório de<br />

atribuição de abono de residência a agrega<strong>do</strong>s familiares da lista de candidatos à habitação<br />

social que preencham os requisitos, sen<strong>do</strong> atribuí<strong>do</strong> o montante mensal de 1250 patacas para<br />

agrega<strong>do</strong>s familiares compostos por uma a duas pessoas, e de 1900 patacas aos agrega<strong>do</strong>s<br />

familiares compostos por três ou mais pessoas.<br />

Vamos dar continuidade à medida de subvenção aos trabalha<strong>do</strong>res por conta de outrem,<br />

a tempo inteiro, com baixo rendimento. Assim, aos trabalha<strong>do</strong>res a tempo inteiro, residentes<br />

permanentes de <strong>Macau</strong>, que reúnam os requisitos será atribuída a subvenção de rendimentos,<br />

no montante até 4400 patacas por mês. Daremos continuidade às iniciativas que visam a<br />

promoção de oportunidades de emprego, solidifican<strong>do</strong> e reforçan<strong>do</strong> as formações de iniciação<br />

profissional e de aperfeiçoamento profissional; continuaremos a dinamizar o Projecto de Serviço<br />

sobre Vida Positiva e o Plano de Apoio Comunitário ao Emprego.<br />

Nos termos da legislação em vigor, os residentes permanentes da RAEM que no ano civil<br />

em questão tenham permaneci<strong>do</strong> na RAEM, pelo menos, 183 dias, e que tenham completa<strong>do</strong><br />

22 anos de idade, são considera<strong>do</strong>s automaticamente participantes no Regime de Poupança<br />

Central, e têm direito à verba de activação de uma só vez, no montante de dez mil patacas.<br />

Assim, ten<strong>do</strong> em vista a situação financeira <strong>do</strong> Governo em 2011, vão ser injectadas 6000 patacas<br />

em cada conta <strong>do</strong> Regime de Poupança Central cujo titular reúna os requisitos, no senti<strong>do</strong> de<br />

reforçar a implementação <strong>do</strong> Regime de Segurança Social de Dois Níveis, e ainda atribuir o<br />

montante de 7000 patacas a cada residente permanente e o montante de 4200 patacas a cada<br />

residente não permanente.<br />

Pretendemos, também, manter o Programa de Comparticipação nos Cuida<strong>do</strong>s de Saúde, no<br />

valor de 500 patacas para cada residente de <strong>Macau</strong>, e a subvenção <strong>do</strong> pagamento das tarifas<br />

de energia eléctrica às unidades habitacionais, no montante de 180 patacas por mês para cada<br />

unidade habitacional. Com vista a demonstrar a atenção e o carinho aos residentes de <strong>Macau</strong><br />

que estejam a frequentar cursos <strong>do</strong> ensino superior e para aliviar os seus encargos com a<br />

aquisição de materiais de referência, o Governo concederá um subsídio ao abrigo <strong>do</strong> Programa<br />

de Subsídio de Aquisição de Material Escolar, no montante de 2000 patacas, aos estudantes<br />

que estejam a frequentar cursos de ensino superior ou de pós-graduação, dentro ou fora de<br />

<strong>Macau</strong>. Vamos dar continuidade ao regime de subvenção para aquisição de livros. Assim, os<br />

estudantes <strong>do</strong> ensino primário e secundário podem obter, em cada ano lectivo, um subsídio de<br />

1700 patacas e os <strong>do</strong> ensino infantil um subsídio de 1500 patacas. Para incentivar a aprendizagem<br />

10


Prioridades em <strong>2012</strong><br />

contínua junto <strong>do</strong>s residentes, continuaremos a implementar o Programa de Desenvolvimento e<br />

Aperfeiçoamento Contínuo, com a duração de três anos, atribuin<strong>do</strong> a cada residente de <strong>Macau</strong>,<br />

que tenha completa<strong>do</strong> 15 anos de idade, um subsídio máximo de 5000 patacas.<br />

Continuaremos a implementar medidas de redução e isenção fiscais, que incluem: a<br />

redução de 25 por cento <strong>do</strong> imposto profissional da população activa, com o limite de isenção<br />

em 144.000 patacas; as isenções <strong>do</strong> pagamento da contribuição industrial, da taxa de licença de<br />

exploração <strong>do</strong>s vendilhões, da renda das bancas <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s, da taxa de inspecção sanitária<br />

<strong>do</strong>s produtos frescos e animais vivos, <strong>do</strong> imposto <strong>do</strong> selo sobre as apólices de seguros, incluin<strong>do</strong><br />

o seguro de vida, e <strong>do</strong> imposto <strong>do</strong> selo sobre operações bancárias; a isenção da taxa da licença<br />

de reclames e tabuletas das unidades comerciais e <strong>do</strong> imposto de turismo <strong>do</strong>s estabelecimentos<br />

de restauração; a isenção da contribuição predial urbana até 3500 patacas, manter o valor de<br />

200.000 patacas de matéria colectável a beneficiar de isenção <strong>do</strong> imposto complementar sobre<br />

rendimentos (que anteriormente era de 32.000 patacas) e a isenção <strong>do</strong> pagamento <strong>do</strong> imposto<br />

<strong>do</strong> selo sobre os bilhetes de entrada e de assistência a espectáculos, exposições e diversões.<br />

Os residentes permanentes de <strong>Macau</strong> que não possuam imóveis e que venham a adquirir a<br />

primeira habitação continuarão a beneficiar da isenção <strong>do</strong> pagamento <strong>do</strong> imposto <strong>do</strong> selo sobre<br />

a transmissão <strong>do</strong> imóvel (aplicada apenas a unidades habitacionais) até três milhões de patacas<br />

<strong>do</strong> valor da propriedade.<br />

Os serviços <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Segurança Social abrangem já toda a população de <strong>Macau</strong>,<br />

pelo que as despesas têm vin<strong>do</strong> a aumentar, trazen<strong>do</strong> grandes pressões financeiras no seu<br />

funcionamento. Assim, após análise <strong>do</strong> relatório <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> sobre a actividade <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de<br />

Segurança Social, vai ser estudada a possibilidade de injecção de capital no Fun<strong>do</strong>, de forma a<br />

garantir a sua sustentabilidade, e também apresentar de forma mais transparente os direitos<br />

e deveres de todas as partes envolvidas, de mo<strong>do</strong> a manter o funcionamento sustentável <strong>do</strong><br />

Fun<strong>do</strong> de Segurança Social.<br />

Surgiram nos últimos tempos grandes mudanças no merca<strong>do</strong> imobiliário de <strong>Macau</strong> devi<strong>do</strong> à<br />

tendência económica <strong>do</strong> Interior da China. Por um la<strong>do</strong>, o desenvolvimento social e o aumento<br />

populacional originaram maior procura de habitações, e por outro, o ambiente mundial de<br />

baixos rendimentos e a entrada abundante de capital, complicaram os factores decisivos de<br />

aquisição de habitação <strong>do</strong>s residentes. Neste novo contexto, em constante mudança, o Governo<br />

da RAEM tem vin<strong>do</strong> a melhorar as políticas de habitação, apoian<strong>do</strong> a população na satisfação<br />

das necessidades básicas de alojamento.<br />

“Habitação para to<strong>do</strong>s, bem-estar para to<strong>do</strong>s”, é o princípio orienta<strong>do</strong>r das políticas de<br />

habitação de <strong>Macau</strong>. Através da avaliação científica sobre a necessidade real de recursos de<br />

habitação pública no futuro, as habitações públicas serão atribuídas segun<strong>do</strong> os princípios de<br />

igualdade, justiça e transparência. O Governo da RAEM está empenha<strong>do</strong> em garantir o direito<br />

fundamental à habitação <strong>do</strong>s cidadãos, e em promover continuamente o funcionamento saudável<br />

<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, em prol <strong>do</strong> desenvolvimento estável da sociedade. Os recursos de solos são escassos,<br />

pelo que o Governo irá continuar com a política da prevalência das habitações sociais sobre<br />

habitações económicas, cuidan<strong>do</strong> em primeiro lugar das famílias com baixo rendimento e das<br />

comunidades mais fragilizadas. A Lei da Habitação Económica, já implementada, criou as normas<br />

jurídicas e respectivas orientações para a concretização <strong>do</strong> regime das habitações económicas.<br />

No próximo ano, o Governo vai concretizar a promessa das 19.000 habitações públicas, e fazer<br />

uma distribuição ordenada das mesmas, satisfazen<strong>do</strong> primeiro as necessidades daqueles que se<br />

encontrem na lista de espera há vários anos. Assente nestas bases, vão ser desenvolvi<strong>do</strong>s os<br />

11


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

trabalhos para o projecto de 6300 habitações públicas de reserva. Ao mesmo tempo, atenden<strong>do</strong><br />

ao desenvolvimento urbano e demográfico a longo prazo, o Governo criou também uma reserva<br />

de terrenos destina<strong>do</strong>s à construção de habitações públicas no futuro, através da delimitação<br />

de parte <strong>do</strong>s terrenos disponíveis e <strong>do</strong>s terrenos <strong>do</strong>s Novos Aterros Urbanos.<br />

O nível de saúde é parte integrante da qualidade de vida da população. O Governo vai<br />

promover activamente o princípio da “prevenção prioritária e tratamento adequa<strong>do</strong>”, continuar<br />

a aumentar os recursos na área da saúde, e concretizar o Projecto de Melhoramento das<br />

Infra-estruturas <strong>do</strong> Sistema de Saúde. Irá, ainda, melhorar e alargar continuadamente a rede<br />

<strong>do</strong>s serviços de saúde e elevar a qualidade <strong>do</strong>s mesmos e melhorar o mecanismo de triagem<br />

na primeira consulta especializada para reduzir o tempo de espera das consultas. Com o<br />

alargamento da rede de cuida<strong>do</strong>s de saúde pública, vai aperfeiçoar o serviço especializa<strong>do</strong><br />

para a formação de médicos, aumentar o número de vagas nas duas escolas de enfermagem e<br />

elevar a qualidade de formação de profissionais de saúde. Prevê-se que o Centro de Formação<br />

da Medicina Tradicional, em <strong>Macau</strong>, cria<strong>do</strong> entre o Governo da RAEM e a Organização Mundial<br />

de Saúde, entrará em funcionamento, melhoran<strong>do</strong> desta forma o nível da medicina chinesa<br />

local. Além disso, na consequência da entrada em vigor <strong>do</strong> Regime de Prevenção e Controlo <strong>do</strong><br />

Tabagismo, será realizada uma série de acções de divulgação e implementação da lei.<br />

Para responder às necessidades <strong>do</strong> desenvolvimento social, as instalações das creches vão<br />

ser alargadas, fornecen<strong>do</strong> serviços mais diversifica<strong>do</strong>s; vamos melhorar os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> sistema<br />

de apoio às comunidades mais fragilizadas e continuar a aperfeiçoar os serviços de cuida<strong>do</strong>s de<br />

longa duração, principalmente os serviços de apoio aos porta<strong>do</strong>res de deficiência física e aos<br />

indivíduos com <strong>do</strong>enças mentais e respectivos familiares. A população será sensibilizada sobre<br />

os perigos da droga, através de cooperação com escolas, pais e associações sociais, de mo<strong>do</strong><br />

a melhorar os resulta<strong>do</strong>s de reabilitação na sociedade. A população será, ainda, incentivada<br />

para uma maior participação em trabalhos de voluntaria<strong>do</strong> promoven<strong>do</strong>-se o espírito de apoio<br />

mútuo e aperfeiçoan<strong>do</strong>-se os respectivos diplomas legais, com vista a combater e prevenir a<br />

violência <strong>do</strong>méstica protegen<strong>do</strong> as mulheres e as crianças.<br />

Assente em bases sólidas, após a organização de três eventos internacionais de grande<br />

envergadura, <strong>Macau</strong> possui recursos humanos qualifica<strong>do</strong>s na área desportiva e uma série de<br />

instalações desportivas modernas. Este património valioso será aproveita<strong>do</strong>, e melhorar o modelo<br />

de funcionamento da actual gestão desportiva, concretizan<strong>do</strong> a estratégia de desenvolvimento<br />

em duas vertentes, a <strong>do</strong> desporto de rendimento e a <strong>do</strong> desporto para to<strong>do</strong>s. Vão ser melhora<strong>do</strong>s<br />

as instalações e os recursos humanos na formação de atletas, vão ser forma<strong>do</strong>s talentos <strong>do</strong><br />

desporto e promovida a generalização <strong>do</strong> desporto para to<strong>do</strong>s, de forma a melhorar a saúde<br />

física <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

O ensino é o factor decisivo para elevar a qualidade da população e consolidar os valores<br />

humanistas. Desde o retorno de <strong>Macau</strong> à Pátria, o Governo da RAEM tem-se empenha<strong>do</strong> em<br />

aperfeiçoar a política <strong>do</strong> ensino em todas as suas vertentes, aumentan<strong>do</strong> gradualmente em<br />

cada ano a aposta de recursos na área de ensino, nomeadamente através da implementação<br />

<strong>do</strong> regime de 15 anos de escolaridade gratuita, <strong>do</strong> aumento programa<strong>do</strong> de subsídios e da<br />

alteração à Lei de Bases <strong>do</strong> Sistema Educativo Não Superior e seus diplomas complementares.<br />

Tu<strong>do</strong> isto, constitui uma base sólida para o sistema educativo da RAEM. Vamos assegurar, em<br />

termos de regime, de profissionalismo e de recursos, as condições de trabalho <strong>do</strong> pessoal<br />

<strong>do</strong>cente, reforçan<strong>do</strong> o corpo <strong>do</strong>cente, e promoven<strong>do</strong>, junto da sociedade, o espírito de “respeito<br />

para com os professores”.<br />

12


Prioridades em <strong>2012</strong><br />

Com o Planeamento para os Próximos Dez anos para o Desenvolvimento <strong>do</strong> Ensino Não<br />

Superior (2011-2020) pretendemos melhorar o planeamento <strong>do</strong> ensino científico, elevar a<br />

qualidade global <strong>do</strong> ensino e formar recursos humanos excelentes para o desenvolvimento<br />

sustentável da RAEM. A conclusão das obras de construção <strong>do</strong> Novo Campus da Universidade<br />

de <strong>Macau</strong> na Ilha de Hengqin (Montanha), que está prevista para finais <strong>do</strong> ano, representará<br />

um novo marco para o desenvolvimento <strong>do</strong> ensino superior de <strong>Macau</strong>.<br />

Vamos ajustar e aperfeiçoar o Plano das bolsas de estu<strong>do</strong> para o ensino superior, alargan<strong>do</strong>,<br />

no novo ano lectivo, o limite <strong>do</strong>s rendimentos <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> familiar <strong>do</strong>s candidatos às bolsas-<br />

-empréstimo, esperan<strong>do</strong> que a oportunidade de acesso ao ensino superior <strong>do</strong>s jovens de <strong>Macau</strong><br />

não seja afectada pela situação económica das famílias. Também procuramos criar uma base<br />

de da<strong>do</strong>s de recursos humanos, com vista a conhecer a situação actual e planear o futuro. Na<br />

primeira fase, serão recolhidas informações sobre os estudantes locais de ensino superior, com<br />

vista a adquirir informações sobre quadros qualifica<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong>, proporcionan<strong>do</strong>, assim, bases<br />

científicas para a elaboração de políticas de recursos humanos da RAEM.<br />

A formação de uma geração de recursos humanos leva muitos anos e o ensino é um<br />

processo muito importante para incutir nos estudantes, valores como os da ética, das práticas<br />

saudáveis, <strong>do</strong> associativismo e <strong>do</strong>s conceitos estéticos, sen<strong>do</strong> necessária uma acção concertada<br />

entre os diversos actores, nomeadamente, a família, a escola e a sociedade, ten<strong>do</strong> em conta<br />

também o exemplo da<strong>do</strong> pelos pais e professores, para que os estudantes, desde crianças, sejam<br />

aplica<strong>do</strong>s, disciplina<strong>do</strong>s e cumpri<strong>do</strong>res. Serão envida<strong>do</strong>s esforços no senti<strong>do</strong> da criação de um<br />

melhor ambiente de crescimento, preconizan<strong>do</strong> os valores correctos e regras, encorajan<strong>do</strong> os<br />

jovens a tomar a iniciativa de aprender e reflectir mais, orientan<strong>do</strong> a juventude para uma vida<br />

saudável e dinâmica e sensibilizan<strong>do</strong>-a sobre a importância da elevação da competitividade,<br />

com vista a serem cidadãos desenvolvi<strong>do</strong>s e excelentes.<br />

Será da<strong>do</strong> início aos trabalhos de consulta sobre o Enquadramento de Política Demográfica<br />

da RAEM, efectuan<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> e análise da política demográfica, de mo<strong>do</strong> que contribua para o<br />

desenvolvimento <strong>do</strong>s projectos de Centro Mundial de Turismo e Lazer e de diversificação adequada<br />

da economia, ganhan<strong>do</strong> competitividade suficiente para participar em projectos de Nova Zona<br />

Metropolitana de Nível Mundial de Guang<strong>do</strong>ng, Hong Kong e <strong>Macau</strong> e Área de Qualidade de<br />

Vida, apoian<strong>do</strong> efectivamente o desenvolvimento sustentável de <strong>Macau</strong>.<br />

O reforço <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> sobre a classe média está inseri<strong>do</strong>, igualmente, na agenda de acção<br />

governativa. No processo de estu<strong>do</strong> e elaboração de políticas, o Governo vai dar continuidade<br />

à consulta de opiniões <strong>do</strong>s representantes <strong>do</strong>s diversos sectores, incluin<strong>do</strong> as da classe média,<br />

empenhan<strong>do</strong>-se no estabelecimento de um ambiente de vida de qualidade, onde os residentes<br />

são apoia<strong>do</strong>s no desenvolvimento das suas capacidades no senti<strong>do</strong> da elevação <strong>do</strong> seu estatuto<br />

social.<br />

A protecção <strong>do</strong> património mundial merece sempre a atenção <strong>do</strong> Governo encontran<strong>do</strong>-se<br />

já em processo legislativo a Lei de Protecção <strong>do</strong> Património Cultural. A protecção <strong>do</strong> património<br />

cultural intangível, e o desenvolvimento <strong>do</strong>s trabalhos preparatórios <strong>do</strong> “Fun<strong>do</strong> das Indústrias<br />

Criativas e Culturais” no senti<strong>do</strong> de investir maiores esforços na promoção <strong>do</strong> estabelecimento<br />

destas indústrias em <strong>Macau</strong>, continuam a ser uma prioridade governativa.<br />

2. Maximização das vantagens próprias e implementação <strong>do</strong> grande plano de desenvolvimento<br />

O Governo mantém um alto senti<strong>do</strong> de alerta perante a conjuntura externa inconstante<br />

e complexa, e acompanhará de perto a evolução da situação no futuro, a fim de continuar a<br />

13


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

manter o crescimento estável da economia. Ten<strong>do</strong> em conta a performance da economia local<br />

durante este ano, o Governo está cautelosamente optimista quanto à economia geral de <strong>Macau</strong>.<br />

O Governo da RAEM está empenha<strong>do</strong> na concretização <strong>do</strong> posicionamento de <strong>Macau</strong> como<br />

Centro Mundial de Turismo e Lazer, reforçan<strong>do</strong> as suas funções como plataforma regional de<br />

serviços comerciais. Ao consolidar e aprofundar o desenvolvimento estável da indústria <strong>do</strong><br />

turismo e <strong>do</strong> jogo, vai controlar devidamente a dimensão e a rapidez <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong> sector<br />

<strong>do</strong> jogo, reforçar a sua fiscalização, procuran<strong>do</strong> promover o crescimento e a valorização das<br />

indústrias associadas ao sector <strong>do</strong> turismo integra<strong>do</strong>, de forma a impulsionar a diversificação<br />

adequada da economia. O Governo tem como acções prioritárias impulsionar o crescimento das<br />

indústrias de convenções e exposições, criativas e culturais, da medicina tradicional chinesa<br />

e de serviços comerciais, continuar a dar apoio à reconversão e valorização das indústrias<br />

tradicionais, no senti<strong>do</strong> de formar uma estrutura económica correspondente à diversificação<br />

adequada da economia de <strong>Macau</strong>.<br />

O Governo tem implementa<strong>do</strong> várias medidas de apoio ao desenvolvimento das pequenas<br />

e médias empresas. Para além da continuidade na implementação das medidas já existentes,<br />

nomeadamente o Plano de Garantia de Créditos a Pequenas e Médias Empresas, o Plano<br />

de Garantia de Créditos a Pequenas e Médias Empresas destinadas a Projectos Específicos,<br />

a Bonificação de Juros de Créditos para Financiamento Empresarial, o Projecto de Apoio à<br />

Preservação das Características <strong>do</strong>s Estabelecimentos de Comida de <strong>Macau</strong> e o Fun<strong>do</strong> de<br />

Desenvolvimento Industrial e de Comercialização, o Governo, atento às novas tendências <strong>do</strong><br />

desenvolvimento económico, decidiu rever, novamente, o Plano de Apoio a Pequenas e Médias<br />

Empresas, elevan<strong>do</strong> o limite máximo da verba de apoio de 500 mil patacas para 600 mil patacas,<br />

através da redução de custos de exploração da empresa e <strong>do</strong> aumento <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> de maneio.<br />

A promoção da qualificação profissional é essencial para a elevação da competitividade <strong>do</strong>s<br />

cidadãos. No processo de desenvolvimento social, há muitas oportunidades a surgir, tornan<strong>do</strong>-<br />

-se, portanto, pertinente para to<strong>do</strong>s os cidadãos tomarem a iniciativa de prosseguir a elevação<br />

das suas capacidades profissionais no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> pleno aproveitamento das mais diversificadas<br />

oportunidades de emprego. Vai ser dada continuidade ao reforço <strong>do</strong> combate ao trabalho ilegal,<br />

no senti<strong>do</strong> de proteger os direitos e interesses laborais <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res locais. Além da revisão<br />

da Lei das Relações de Trabalho e <strong>do</strong>s diplomas e regulamentos relaciona<strong>do</strong>s, mediante a audição<br />

da população e <strong>do</strong>s diferentes sectores, e com base no consenso social, avançar-se-á para os<br />

trabalhos sobre o salário mínimo.<br />

De acor<strong>do</strong> com a situação <strong>do</strong> desenvolvimento social e económico, será melhora<strong>do</strong> o<br />

Regime de Administração Financeira Pública. Para criar um modelo mais regula<strong>do</strong> para a<br />

administração financeira pública, será executa<strong>do</strong> o Regime de Reserva Financeira que entrará<br />

em vigor no próximo ano, continuan<strong>do</strong> a acompanhar e a rever a situação de execução da Lei<br />

de Enquadramento Orçamental e legislação conexa, introduzin<strong>do</strong> constantes melhorias.<br />

A assinatura <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong> representa uma nova<br />

fase caracterizada pela cooperação entre as duas partes em todas as vertentes. O Governo da<br />

RAEM vai tirar o máximo proveito das funções <strong>do</strong> mecanismo de acompanhamento e investir<br />

mais esforços na concretização de projectos. Será intensificada a participação na exploração da<br />

Ilha de Hengqin (Montanha), em particular na implantação <strong>do</strong> parque industrial de cooperação<br />

Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>. Investir to<strong>do</strong> o empenho na preparação da instalação <strong>do</strong> Parque Científico e<br />

Industrial de Medicina Tradicional Chinesa, a par de promover o desenvolvimento ordena<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />

outros sectores no mesmo parque, é um <strong>do</strong>s objectivos. Na perspectiva da cooperação entre<br />

14


Prioridades em <strong>2012</strong><br />

<strong>Macau</strong> e Cantão, vamos tirar o máximo proveito da plataforma no âmbito <strong>do</strong> CEPA através da<br />

zona piloto de experimentação em Nansha. Serão aproveita<strong>do</strong>s também a inovação em projectos<br />

prioritários para reforçar a cooperação estreita com Shenzheng e outras cidades da Região <strong>do</strong><br />

Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas.<br />

<strong>Macau</strong> está a desenvolver empenhadamente as suas funções como plataforma de serviços<br />

de cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa. Através<br />

de um conjunto de actividades, nomeadamente a melhor realização local de convenções e<br />

exposições de referência, participação nas principais actividades comerciais a realizar nas<br />

regiões leste, central e oeste <strong>do</strong> Interior da China, organização de visitas de estu<strong>do</strong> a países<br />

de língua portuguesa para empresas de <strong>Macau</strong> e <strong>do</strong> Interior da China, pretende-se melhorar<br />

os resulta<strong>do</strong>s e a eficácia da política de “boas vindas ao investimento estrangeiro e a expansão<br />

nos merca<strong>do</strong>s exteriores”. Continuarão a ser explora<strong>do</strong>s, conjuntamente com as províncias da<br />

Região <strong>do</strong> Pan-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas e outras províncias <strong>do</strong> Interior da China, merca<strong>do</strong>s em<br />

países de língua portuguesa, na União Europeia e até em países de língua latina.<br />

Empenhar-nos-emos na prestação de apoio às pequenas e médias empresas para que<br />

possam aproveitar as oportunidades decorrentes da cooperação regional. O Instituto de<br />

Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento vai continuar a ajudar, de forma activa, as empresas<br />

de <strong>Macau</strong> a tomarem conhecimento das políticas e <strong>do</strong>s regulamentos para investimento na Ilha<br />

de Hengqin (Montanha), sen<strong>do</strong> criada, no âmbito deste Instituto, uma comissão para apreciação<br />

<strong>do</strong>s projectos de desenvolvimento da Ilha de Hengqin (Montanha). Vão ser lança<strong>do</strong>s grandes<br />

projectos no senti<strong>do</strong> de dinamizar a participação das empresas de <strong>Macau</strong> na exploração da Ilha<br />

de Hengqin (Montanha), dan<strong>do</strong> apoio às empresas de <strong>Macau</strong> para se estabelecerem no Parque<br />

Industrial de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>.<br />

O País lançou 36 novas medidas benéficas para o desenvolvimento da Região Administrativa<br />

Especial de Hong Kong. Consideran<strong>do</strong> que muitas delas podem ser, directamente ou mediante<br />

adaptações necessárias, aplicadas a <strong>Macau</strong>, foi já submeti<strong>do</strong> ao Governo Central o pedi<strong>do</strong><br />

formal de lançamento destas medidas, incluin<strong>do</strong> medidas de reforço da abertura <strong>do</strong> comércio<br />

de prestação de serviços, e da abertura <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> às instituições financeiras de <strong>Macau</strong>, em<br />

termos de diversificação e de qualidade, incentivo na inovação e desenvolvimento de produtos<br />

financeiros em renminbis, apoio ao desenvolvimento estável e conversão das empresas<br />

transforma<strong>do</strong>ras que investem no Interior da China, garantia de fornecimento de materiais,<br />

reforço de cooperação na indústria de ciência e tecnologia, e elevação da qualidade de cooperação<br />

turística. Todas estas medidas, intervenientes em vários <strong>do</strong>mínios, designadamente o comércio,<br />

área financeira, qualidade de vida da população, assuntos sociais e turismo, irão dar apoio a<br />

<strong>Macau</strong> no desenvolvimento de vantagens próprias e elevação de competitividade.<br />

Após o estu<strong>do</strong> aprofunda<strong>do</strong> sobre a situação geral de emprego em <strong>Macau</strong>, e consideran<strong>do</strong><br />

a necessidade de incentivo na prestação <strong>do</strong>miciliária de cuida<strong>do</strong>s aos i<strong>do</strong>sos e o apoio ao<br />

emprego das mulheres, foi já submeti<strong>do</strong> ao Governo Central, o pedi<strong>do</strong> formal de fornecimento<br />

de trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>mésticos <strong>do</strong> Interior da China a <strong>Macau</strong>, pretenden<strong>do</strong>-se, ainda, aperfeiçoar<br />

a legislação sobre a gestão <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>mésticos.<br />

Na consequência <strong>do</strong> funcionamento formal da Delegação Económica e Cultural de <strong>Macau</strong>,<br />

instalada em Taipé, é assegurada a prestação de serviços e apoio aos residentes de <strong>Macau</strong> que<br />

se encontrem a trabalhar, estudar, viajar e viver em Taiwan, bem como em casos de emergência.<br />

A par disso, a Delegação promoverá a cooperação e o intercâmbio entre <strong>Macau</strong> e Taiwan,<br />

nomeadamente nos âmbitos da economia, <strong>do</strong> comércio e <strong>do</strong> turismo.<br />

15


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Para a implementação <strong>do</strong> projecto de Centro Mundial de Turismo e Lazer, vamos consolidar<br />

as actuais fontes de turistas e atrair mais turistas <strong>do</strong>utros países e regiões, incentivar a<br />

construção de estabelecimentos hoteleiros económicos; e promover empenhadamente<br />

excursões de qualidade, actividades de convenções e exposições e turismo integra<strong>do</strong>. Através<br />

da cooperação regional, vão ser desenvolvi<strong>do</strong>s itinerários turísticos multi-destinos, com vista<br />

ao impulsionamento da diversificação <strong>do</strong>s produtos turísticos.<br />

Vamos executar estritamente os “pontos fundamentais para os contratos entre as agências<br />

de turismo organiza<strong>do</strong>ras e receptoras <strong>do</strong> grupo <strong>do</strong>s cidadãos <strong>do</strong> Interior da China com destino<br />

a <strong>Macau</strong>” acorda<strong>do</strong>s com a Administração Nacional <strong>do</strong> Turismo, a fim de garantir os direitos e<br />

interesses <strong>do</strong>s visitantes e estabelecer um turismo de credibilidade e de qualidade. Continuaremos<br />

a aperfeiçoar a legislação regula<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> sector <strong>do</strong> turismo e a<strong>do</strong>ptar medidas adequadas para<br />

assegurar que a Lei de Proibição da Prestação Ilegal de Alojamento seja aplicada com eficácia.<br />

A elevação da segurança alimentar reveste-se de significativa importância para a optimização<br />

das condições <strong>do</strong> ambiente habitacional em <strong>Macau</strong>. Para além de continuar a reforçar a<br />

inspecção da segurança alimentar, vamos promover a consulta sobre o projecto de lei relativo<br />

a essa matéria, em articulação com a criação <strong>do</strong> Centro de Segurança Alimentar. Além <strong>do</strong> mais,<br />

vai ser também reforçada a fiscalização das instalações de depósito de combustíveis e <strong>do</strong>s<br />

estabelecimentos comerciais como os de restauração e de bebidas, de mo<strong>do</strong> a assegurar, com<br />

to<strong>do</strong> o empenho, a segurança pública.<br />

No cumprimento <strong>do</strong> princípio “planeamento científico, distribuição razoável e uso intensivo”,<br />

vão ser efectua<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s sobre a articulação <strong>do</strong> planeamento <strong>do</strong>s Novos Aterros com o<br />

posicionamento de <strong>Macau</strong> como Centro Mundial de Turismo e Lazer. É objectivo <strong>do</strong> Governo elevar<br />

a qualidade de vida da população, promover o desenvolvimento coordena<strong>do</strong> a nível regional, e<br />

proporcionar reservas de terrenos em prol <strong>do</strong> desenvolvimento de <strong>Macau</strong> para 20 ou 30 anos.<br />

Está planeada a construção de edifício para funcionamento <strong>do</strong>s órgãos judiciários nos Novos<br />

Aterros, bem como <strong>do</strong> complexo para funcionamento de “serviços integra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Governo”, de<br />

forma a prestar serviços expeditos aos cidadãos e resolver o problema de localização dispersa<br />

de serviços públicos. Vai iniciar-se, de forma ordeira, os trabalhos legislativos e de consulta<br />

sobre a Lei <strong>do</strong> Planeamento Urbano e dar início à próxima fase de auscultação pública sobre o<br />

Texto para Recolha de Opiniões <strong>do</strong>s Anteprojectos <strong>do</strong> Plano Director <strong>do</strong>s Novos Aterros Urbanos.<br />

Após a entrada na fase <strong>do</strong> processo legislativo da Lei de Terras e o Regulamento Geral da<br />

Construção Urbana, será dar continuidade ao aperfeiçoamento <strong>do</strong>s diplomas legais conexos e<br />

ao reforço de fiscalização da concessão e aproveitamento <strong>do</strong>s terrenos com vista a uma gestão<br />

rigorosa e sistemática <strong>do</strong>s recursos de solos da RAEM.<br />

O Governo prosseguirá a linha orienta<strong>do</strong>ra da “primazia <strong>do</strong>s transportes públicos”,<br />

intensifican<strong>do</strong> o ordenamento <strong>do</strong> ambiente <strong>do</strong> trânsito de <strong>Macau</strong>, e optimizan<strong>do</strong> os serviços<br />

de transportes públicos. A construção <strong>do</strong> sistema de metro ligeiro entrará num novo patamar<br />

e o novo modelo de serviço de autocarros será reajusta<strong>do</strong> para uma maior racionalização, os<br />

serviços de táxis serão aperfeiçoa<strong>do</strong>s, estan<strong>do</strong> planeada, ainda, a concessão por concurso<br />

público de cerca de 200 licenças de táxis.<br />

Estan<strong>do</strong> firme na execução <strong>do</strong> Protocolo de Quioto, o Governo da RAEM empenha-se na<br />

implementação de iniciativas legislativas e projectos ambientais, em articulação com as metas<br />

de redução de emissões de dióxi<strong>do</strong> de carbono definidas pelo País, prevenin<strong>do</strong> impactos da<br />

poluição ambiental e destruição ecológica, prejudiciais ao desenvolvimento socioeconómico<br />

16


Prioridades em <strong>2012</strong><br />

de <strong>Macau</strong>. Pretende-se estudar a definição de padrões de emissões de dióxi<strong>do</strong> de carbono<br />

<strong>do</strong>s veículos, o aperfeiçoamento de medidas de monitorização das fontes de poluição sonora,<br />

e a definição de padrões de emissão de fumos gordurosos. Continuará a implementação<br />

ordenada <strong>do</strong> Planeamento da Protecção Ambiental de <strong>Macau</strong> (2010-2020), de forma a garantir<br />

o desenvolvimento sustentável da economia, sociedade e ambiente. Vai ser elabora<strong>do</strong> o Texto<br />

Exploratório para a Criação de Um Regime de Avaliação <strong>do</strong> Impacto Ambiental e estabeleci<strong>do</strong>s<br />

critérios técnicos para impulsionar os trabalhos regula<strong>do</strong>res da avaliação <strong>do</strong> impacto ambiental.<br />

Planeia-se já a sua implementação, a título pioneiro, nos serviços públicos que deverão dar<br />

prioridade ao uso <strong>do</strong>s produtos com melhores padrões ecológicos. O Governo planeia, também, o<br />

uso, a título experimental, de autocarros eléctricos, e irá impulsionar as empresas concessionárias<br />

de transportes colectivos a adaptar os seus autocarros aos padrões de emissões de dióxi<strong>do</strong> de<br />

carbono defini<strong>do</strong>s pela União Europeia para o 4.º perío<strong>do</strong> de compromisso. Pretende-se promover<br />

o papel <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> para a Protecção Ambiental e a Conservação Energética, para a melhoria de<br />

qualidade ambiental, o impulsionamento da poupança energética e a redução de emissões de<br />

dióxi<strong>do</strong> de carbono bem como o apoio ao desenvolvimento da indústria de protecção ambiental.<br />

Vai ser promovi<strong>do</strong> de forma progressiva o aproveitamento da água reciclada, cujos critérios<br />

técnicos e diplomas legais estão a ser revistos, e acelerar a realização <strong>do</strong> “estu<strong>do</strong> sobre o<br />

planeamento geral de utilização de água reciclada em <strong>Macau</strong>”. Actualmente, encontram-se em<br />

curso a construção das redes de canalização de água reciclada no Novo Campus da Universidade<br />

de <strong>Macau</strong> na Ilha de Hengqin (Montanha), na nova zona urbana em Seac Pai Van e os trabalhos<br />

preparativos para a construção de uma estação de água reciclada na Estação de Tratamento<br />

de Águas Residuais de Coloane que está prevista entrar em funcionamento no princípio <strong>do</strong> ano<br />

de 2014.<br />

Atento ao desenvolvimento acelera<strong>do</strong> da sociedade e para fazer face à necessidade da<br />

concretização <strong>do</strong> projecto de Centro Mundial de Turismo e Lazer, o Governo irá reforçar os<br />

recursos humanos na área da segurança e recorrer à tecnologia para apoio das actividades<br />

policiais, bem como intensificar o policiamento comunitário, de forma a combater as novas<br />

modalidades de crimes e dar resposta aos novos desafios.<br />

3. Implementação da governação científica e impulsionamento <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong><br />

sistema político<br />

Com a implementação dum conjunto de leis e diplomas legais que visam estabelecer<br />

o regime de responsabilização, pretende-se incrementar a consciência <strong>do</strong>s titulares <strong>do</strong>s<br />

cargos públicos sobre as suas responsabilidades. Vamos reforçar os trabalhos de reforma<br />

da administração pública, concentran<strong>do</strong> esforços na gestão centralizada <strong>do</strong>s processos de<br />

recrutamento e formação para efeitos de acesso <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s serviços públicos. Iniciou-<br />

-se um estu<strong>do</strong> sobre o ajustamento da estrutura governamental, visan<strong>do</strong> racionalizar a questão<br />

da sobreposição de competências, a alocação racional de recursos e vamos estudar a criação<br />

duma comissão para deliberação das remunerações <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res da Administração Pública,<br />

e <strong>do</strong> estabelecimento dum mecanismo justo, científico e independente, sobre o ajustamento <strong>do</strong><br />

vencimento <strong>do</strong>s funcionários públicos.<br />

Vão ser prosseguidas de forma plena as “Normas para a Consulta de Políticas Públicas”,<br />

com vista a tornar mais eficaz a recolha das opiniões da sociedade, aumentan<strong>do</strong> a qualidade<br />

das consultas e valorizan<strong>do</strong> a análise sintetizada de resulta<strong>do</strong>s de consulta.<br />

17


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

O sistema de Porta-voz <strong>do</strong> Governo será alvo de constante aperfeiçoamento. Continuaremos<br />

a empenhar os maiores esforços para que a divulgação de informações públicas seja atempada<br />

e precisa. O Governo, empenha<strong>do</strong> na garantia da liberdade de imprensa e de edição e no reforço<br />

de intercâmbio com a comunicação social, irá auscultar opiniões <strong>do</strong>s diversos sectores sociais<br />

sobre a revisão da Lei de Imprensa e da Lei de Radiodifusão.<br />

De mo<strong>do</strong> a responder eficazmente às situações de emergências no <strong>do</strong>mínio público e elevar<br />

a capacidade de resposta às contingências, para além <strong>do</strong>s quatro mecanismos de gestão de<br />

crises já existentes nos âmbitos da cooperação em situações de emergência a nível regional<br />

e internacional, da saúde pública, da protecção civil e <strong>do</strong> turismo, vai ser cria<strong>do</strong> um novo<br />

mecanismo de coordenação da gestão de crises, de coman<strong>do</strong> unifica<strong>do</strong> e para coordenar os<br />

trabalhos, a ser dirigi<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo. Caberá a este mecanismo a<strong>do</strong>ptar medidas<br />

de emergência necessárias para responder às crises, assegurar o conhecimento da situação de<br />

emergência, desde o primeiro momento, a fim de assegurar a segurança da vida e <strong>do</strong>s bens<br />

<strong>do</strong>s residentes e <strong>do</strong>s visitantes.<br />

Vão ser empenha<strong>do</strong>s esforços na melhoria da qualidade <strong>do</strong>s recursos humanos, meios e<br />

instrumentos <strong>do</strong>s órgãos judiciários e na formação de quadros qualifica<strong>do</strong>s para a área judiciária,<br />

no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> aperfeiçoamento <strong>do</strong> funcionamento destes órgãos.<br />

O Comissaria<strong>do</strong> contra a Corrupção vai reforçar a fiscalização sobre os sectores público e<br />

priva<strong>do</strong>, empenhan<strong>do</strong>-se na promoção <strong>do</strong> sistema comunitário de integridade. O Comissaria<strong>do</strong><br />

da Auditoria pretende melhorar a informatização <strong>do</strong>s trabalhos de auditoria, <strong>do</strong> intercâmbio e<br />

cooperação regional e internacional, e da formação <strong>do</strong> pessoal de auditoria, empenhan<strong>do</strong>-se<br />

no estabelecimento duma equipa especializada de elevada eficiência.<br />

A estrutura política da RAEM está consagrada na Lei Básica. A RAEM tem regista<strong>do</strong><br />

progressos notáveis desde o seu estabelecimento, o que demonstra que o estipula<strong>do</strong> da Lei Básica<br />

está de acor<strong>do</strong> com a situação concreta <strong>do</strong> desenvolvimento social de <strong>Macau</strong>. No tratamento<br />

da questão com o desenvolvimento <strong>do</strong> sistema político da RAEM, o Governo, em observância<br />

da Lei Básica e numa atitude positiva e cuida<strong>do</strong>sa, continuará a prosseguir plenamente os<br />

princípios orienta<strong>do</strong>res “um país, <strong>do</strong>is sistemas”, “<strong>Macau</strong> governa<strong>do</strong> pelas suas gentes” com<br />

alto grau de autonomia.<br />

Com o aproximar das eleições da 5.ª Assembleia Legislativa em 2013 e <strong>do</strong> 4.º mandato<br />

<strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo em 2014, o Governo decidiu considerar como prioridade da acção<br />

governativa, para o próximo ano, o tratamento da questão relacionada com a revisão ou não<br />

<strong>do</strong> Anexo I sobre a Meto<strong>do</strong>logia para a Escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo da RAEM e <strong>do</strong> Anexo<br />

II sobre a Meto<strong>do</strong>logia para a Constituição da Assembleia Legislativa da RAEM da Lei Básica.<br />

A necessidade da revisão das meto<strong>do</strong>logias constantes <strong>do</strong>s Anexos I e II da Lei Básica,<br />

e, em caso afirmativo, a forma como devem ser alteradas, tem si<strong>do</strong>, desde há muito tempo,<br />

preocupação <strong>do</strong>s vários sectores sociais. O Governo da RAEM tem ausculta<strong>do</strong> e da<strong>do</strong> particular<br />

atenção às diversas opiniões da sociedade. Os sectores sociais entendem, na generalidade,<br />

que a estabilidade <strong>do</strong> sistema político da RAEM é uma condição fundamental para garantir a<br />

prosperidade, estabilidade e desenvolvimento de <strong>Macau</strong> a longo prazo, e que há, de facto,<br />

necessidade de introduzir alterações às duas meto<strong>do</strong>logias, a fim de melhor se adaptarem com<br />

a evolução e progresso da sociedade.<br />

Assim, em escrupuloso cumprimento com a Lei Básica e em consonância com a realidade<br />

18


Prioridades em <strong>2012</strong><br />

de <strong>Macau</strong>, manten<strong>do</strong> em auscultação permanente com os diversos sectores e assente nos<br />

trabalhos já desenvolvi<strong>do</strong>s, o Governo vai apresentar propostas sobre a necessidade e a eventual<br />

forma de alteração das meto<strong>do</strong>logias para a constituição da 5.ª Assembleia Legislativa da RAEM<br />

em 2013 e para a escolha <strong>do</strong> 4.º Chefe <strong>do</strong> Executivo da RAEM em 2014, realizan<strong>do</strong> consultas<br />

sempre que as necessidades reais exijam. Ao mesmo tempo, vamos rever e melhorar a Lei<br />

Eleitoral para o Chefe <strong>do</strong> Executivo e a Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa. O Governo<br />

espera através <strong>do</strong> aperfeiçoamento destes regimes promover uma cultura de eleições justas e<br />

impulsionar, de forma ordenada e estável, um desenvolvimento <strong>do</strong> sistema político da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>.<br />

Conclusão<br />

Estamos convictos de que o desenvolvimento sustentável de <strong>Macau</strong> depende da<br />

implementação <strong>do</strong> conceito “trabalhar em conjunto, partilhar juntos” e da promoção <strong>do</strong> espírito<br />

de auto-aperfeiçoamento. O ambiente económico para o futuro será mais complexo, e portanto,<br />

o Governo da RAEM decidiu, como prioridade da acção governativa, dar continuidade à promoção<br />

de medidas para a elevação de qualidade de vida da população, lançan<strong>do</strong>, de forma atempada<br />

e ordeira, uma série de medidas de resposta, assegurar as bases económicas de <strong>Macau</strong>, no<br />

senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> aperfeiçoamento de regalias sociais, atenden<strong>do</strong> aos interesses globais a longo prazo<br />

da sociedade, empenhar na consolidação <strong>do</strong> conceito “governação científica”, na promoção<br />

contínua de valores de integridade bem como, na elevação consistente da qualidade da acção<br />

governativa. O Governo irá auscultar amplamente opiniões da população em geral, agregan<strong>do</strong><br />

saberes e experiências de to<strong>do</strong>s para concretizar os objectivos das acções governativas.<br />

Temos toda a confiança no ano que vem, mas para evidenciar a vitalidade desta política<br />

e em prol da prosperidade e estabilidade a longo prazo da RAEM, é importante aproveitar as<br />

oportunidades que nos são oferecidas, e ultrapassar os diversos desafios em comunhão de<br />

esforços, com coragem, espírito pioneiro e empreende<strong>do</strong>r, no estrito cumprimento da Lei Básica.<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo da RAEM<br />

19


macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>


CRONOLOGIA<br />

DE 2011


Encena<strong>do</strong> na chuva (Foto: Kuok Kim Va)


Cronologia de 2011<br />

Cronologia de 2011<br />

Janeiro<br />

1 - Entra em vigor o Regime de Segurança Social, marcan<strong>do</strong> a implementação oficial <strong>do</strong><br />

primeiro nível <strong>do</strong> sistema de segurança social a <strong>do</strong>is níveis.<br />

3 - Inicia-se a consulta pública sobre o Planeamento para os Próximos Dez <strong>Ano</strong>s para<br />

o Desenvolvimento <strong>do</strong> Ensino Não Superior (2011 a 2020), sen<strong>do</strong> formuladas cinco<br />

orientações de política.<br />

É obrigatória, conforme as exigências <strong>do</strong> Governo da RAEM, a indicação nos novos projectos<br />

de arquitectura a submeter, <strong>do</strong> índice entre o ABU e o ABC das diversas finalidades, de<br />

forma a salvaguardar os direitos e interesses <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res.<br />

O Governo da RAEM decide a retoma de um terreno da Ilha Verde para acelerar a construção<br />

de habitação pública, incluin<strong>do</strong> também a construção da nova rede ro<strong>do</strong>viária na zona.<br />

4 - O Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> celebra contratos de prestação de<br />

serviço público de transportes colectivos ro<strong>do</strong>viários de passageiros com a Transportes<br />

Urbanos de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L., a Sociedade de Transportes Colectivos de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L.<br />

e a Sociedade de Transportes Públicos Reolian, S.A.. As três empresas irão prestar os<br />

serviços abrangi<strong>do</strong>s pelos contratos durante um perío<strong>do</strong> de sete anos, conta<strong>do</strong>s a partir<br />

de 1 de Agosto de 2011.<br />

6 - O Grupo Permanente de Trabalho Interdepartamental para Demolição e Desocupação das<br />

Obras Ilegais, composto por vários serviços governamentais, realiza a primeira acção de<br />

demolição duma obra ilegal localizada ao nível <strong>do</strong> terraço dum alto edifício.<br />

10 - A convite <strong>do</strong> Primeiro-Ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui<br />

Sai On, à frente de uma delegação oficial da RAEM, desloca-se a Singapura para uma<br />

visita oficial de quatro dias.<br />

12 - A “Heritage Foundation” e “Wall Street Daily” <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América publicaram o<br />

relatório relativo ao “Index of Economic Free<strong>do</strong>m” para o ano de 2011. A avaliação global<br />

de <strong>Macau</strong> subiu, ligeiramente, em comparação com o ano transacto, ocupan<strong>do</strong> o 19.º lugar<br />

(subiu um lugar) em relação aos 179 sistemas económicos globais classifica<strong>do</strong>s, enquanto<br />

que, no “ranking” em termos da Região Ásia-Pacifico, <strong>Macau</strong> se situa no 5.º lugar em<br />

relação às 41 regiões consideradas, sen<strong>do</strong> classifica<strong>do</strong> como uma região de “liberdade<br />

relativa”.<br />

14 - O primeiro lote de merca<strong>do</strong>rias no valor de 300 mil patacas é transporta<strong>do</strong> pelo Posto<br />

Fronteiriço da Ponte Flor de Lótus para o Interior <strong>do</strong> País no âmbito da CEPA.<br />

15 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, encontra-se com o laurea<strong>do</strong> Prémio Nobel da Física,<br />

Charles Kao Kuen, físico de renome internacional e consultor <strong>do</strong> Conselho de Ciência e<br />

Tecnologia de <strong>Macau</strong>, e sua esposa May-Wan Kao.<br />

18 - Inicia-se a implementação <strong>do</strong> plano de comparticipação pecuniária para o ano de 2011,<br />

23


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

sen<strong>do</strong> atribuí<strong>do</strong>s 4000 patacas a cada residente permanente da RAEM e 2400 patacas a<br />

cada residente não permanente.<br />

Abre ao público o “Pavilhão <strong>do</strong> Panda-Gigante em <strong>Macau</strong>”, no Parque de Seac Pai Van de<br />

Coloane.<br />

21 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, tem um encontro de cortesia com o ex-presidente da<br />

Comissão Europeia e ex-primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi.<br />

24 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, desloca-se à Cidade de Cantão, para ter encontros<br />

com o secretário-geral <strong>do</strong> Comité Provincial <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Comunista de Guang<strong>do</strong>ng, Wang<br />

Yang, e com o governa<strong>do</strong>r da mesma província, Huang Huahua, no qual foi abordada a<br />

intensificação da promoção da cooperação entre aquela província e <strong>Macau</strong>, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong><br />

alcança<strong>do</strong> consenso.<br />

28 - O Governo da RAEM realiza a “Cerimónia de Imposição de Medalhas e Títulos Honoríficos <strong>do</strong><br />

<strong>Ano</strong> de 2010”, na qual, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On distingue, em representação <strong>do</strong><br />

Governo da RAEM, 34 individualidades e quatro entidades ou órgãos por feitos relevantes<br />

com medalhas e títulos honoríficos.<br />

Fevereiro<br />

9 - Passa<strong>do</strong>s os sete dias de feria<strong>do</strong>s da Semana Dourada <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Novo Lunar, constata-se que<br />

<strong>Macau</strong> recebeu cerca de 800 mil visitantes, um aumento de oito por cento em relação ao<br />

perío<strong>do</strong> idêntico em 2010, sen<strong>do</strong> 470 mil provenientes <strong>do</strong> Interior da China, um aumento<br />

de 14 por cento.<br />

Tem lugar o acto público de abertura das propostas <strong>do</strong> concurso da Empreitada da<br />

construção de habitações públicas em Seac Pai Van, zona 1 <strong>do</strong> lote CN3, no qual<br />

participaram 21 concorrentes. O preço da obra proposto varia entre 343 milhões e 443<br />

milhões de patacas.<br />

15 - O governa<strong>do</strong>r da Província de Guang<strong>do</strong>ng, Huang Huahua, à frente de uma delegação,<br />

chega a <strong>Macau</strong> para presidir ao jantar de Primavera <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Novo de 2011 da Província de<br />

Guang<strong>do</strong>ng e ter um encontro com o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On.<br />

16 - O Conselho de Administração da TDM - Teledifusão de <strong>Macau</strong> divulga a lista <strong>do</strong>s seus novos<br />

membros. Segun<strong>do</strong> a deliberação da Assembleia-geral da TDM, Manuel Pires passa a ser<br />

o presidente <strong>do</strong> Conselho de Administração e Leong Kam Chun passará a exercer o cargo<br />

de administra<strong>do</strong>r-delega<strong>do</strong>, a partir de 1 de Março, substituin<strong>do</strong> Manuel Gonçalves.<br />

17 - O Conselho Executivo conclui a discussão sobre o projecto da proposta da Lei da Actividade<br />

de Mediação Imobiliária. O novo projecto da proposta de lei determina que as sociedades<br />

comerciais de media<strong>do</strong>r imobiliário ou de empresário comercial singular e agentes<br />

imobiliários necessitem de obter a licença de media<strong>do</strong>r imobiliário e a licença de agente<br />

imobiliário.<br />

20 - A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras Públicas e Transporte (DSSOPT) anuncia o plano<br />

de reordenamento e urbanização <strong>do</strong> bairro da Ilha Verde, que será desenvolvi<strong>do</strong> num<br />

bairro comunitário aprazível para albergar 27 mil habitantes.<br />

24


Cronologia de 2011<br />

21 - O Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria (CA) divulga o relatório de auditoria de resulta<strong>do</strong>s “Deslocações<br />

ao exterior em missão oficial de serviço <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da Administração Pública”.<br />

O relatório observa que as despesas de alojamento em hotéis e de alimentação, nas<br />

deslocações ao exterior em missão oficial de serviço <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da Administração<br />

Pública são ligeiramente altas.<br />

23 - O Serviço de Migração <strong>do</strong> Corpo de Polícia de Segurança Pública (PSP) inicia a emissão<br />

<strong>do</strong> novo modelo <strong>do</strong> Título de Identificação de Trabalha<strong>do</strong>r Não-Residente (TI/TNR), em<br />

substituição <strong>do</strong> Cartão de Identificação de Trabalha<strong>do</strong>r Não-Residente (vulgarmente<br />

chama<strong>do</strong> “Cartão Azul”).<br />

Inicia-se a consulta pública sobre o “Regime jurídico da promessa de transmissão de<br />

edifícios em construção”.<br />

28 - O Governo da RAEM anuncia que, para melhorar e reordenar as infra-estruturas <strong>do</strong><br />

sistema de saúde, os serviços de Saúde elaboraram já o Projecto de Melhoramento das<br />

Infra-estruturas <strong>do</strong> Sistema de Saúde, segun<strong>do</strong> o qual, está previsto um investimento no<br />

valor de dez mil milhões de patacas para os próximos dez anos, para melhorar de forma<br />

gradual e por etapas a rede de infra-estruturas de saúde.<br />

O plenário da Assembleia Legislativa aprova na generalidade a proposta de lei intitulada<br />

“Regime de Construção e Venda de Habitação Económica”. Este regime estipula, entre<br />

outros, os valores limites de rendimento e património líqui<strong>do</strong> para aquisição de fracções<br />

de habitação económica, o prolongamento <strong>do</strong> prazo de inalienabilidade de fracções para<br />

16 anos e o regime de compensação, bem como os agrega<strong>do</strong>s familiares incluí<strong>do</strong>s na lista<br />

de espera não estarem sujeitos às restrições de valores limites, entre outros.<br />

O Instituto de Habitação organiza os inquilinos da habitação social de Mong-Há San Chun<br />

a celebrar contratos de arrendamento segun<strong>do</strong> a ordem de inscrição.<br />

Março<br />

2 - Em resposta à notícia de que a Las Vegas Sands China está a ser investigada pela Securities<br />

and Exchange Commission <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s por alegadas suspeitas da violação da lei<br />

norte-americana sobre Práticas de Corrupção no Estrangeiro, o Governo da RAEM afirma<br />

que a Sands China Ltd. já notificou o Governo da RAEM <strong>do</strong> caso, e que as autoridades<br />

de <strong>Macau</strong> estão a acompanhar de perto o assunto ten<strong>do</strong> solicita<strong>do</strong> à Sands China Ltd. a<br />

apresentação de um relatório detalha<strong>do</strong> relativo ao caso.<br />

3 - O Governo da RAEM e a Mitsubishi Heavy Industries, Ltd., celebram o contrato de<br />

“Fornecimento <strong>do</strong> Sistema e Material Circulante <strong>do</strong> Sistema de Metro Ligeiro de <strong>Macau</strong>”.<br />

O Governo da RAEM emite a declaração, reiteran<strong>do</strong> que a questão <strong>do</strong>s “filhos maiores”<br />

está já devidamente resolvida e os critérios aplica<strong>do</strong>s na RAEM e na RAEHK pelo Governo<br />

Central para tratar da questão <strong>do</strong>s “filhos maiores” são os mesmos.<br />

4 - O Vice-Presidente, Xi Jinping, recebe em audiência os membros da Conferência Consultiva<br />

Política <strong>do</strong> Povo Chinês vin<strong>do</strong>s de Hong Kong e <strong>Macau</strong>, formulan<strong>do</strong> a esperança em três<br />

pontos: ter consciência <strong>do</strong>s perigos, avançar progressiva e firmemente, e participação<br />

activa no assuntos sociais.<br />

25


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

5 - O Primeiro-Ministro, Wen Jiabao, apresenta o relatório <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong> Governo na sessão<br />

da Assembleia Popular Nacional, salientan<strong>do</strong> o apoio total ao desenvolvimento económico,<br />

melhoramento da vida da população, construção <strong>do</strong> centro internacional de turismo e lazer<br />

de <strong>Macau</strong> e promoção <strong>do</strong> desenvolvimento diversifica<strong>do</strong> da economia de <strong>Macau</strong>.<br />

6 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, e o governa<strong>do</strong>r da Província de Guang<strong>do</strong>ng, Haung<br />

Huahua assinam o Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>. O Acor<strong>do</strong>-Quadro<br />

engloba a cooperação total e aprofundada em nove indústrias, focalizan<strong>do</strong>-se na exploração<br />

conjunta da Ilha da Montanha.<br />

Por ocasião de participação na sessão de debate <strong>do</strong>s representantes da Assembleia<br />

Popular Nacional da Zona Hong Kong e <strong>Macau</strong>, o Vice-Presidente, Xi Jinping, apresenta<br />

três orientações quanto ao estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> Décimo Segun<strong>do</strong> Plano Quinquenal, isto é, assimilar<br />

totalmente as características referidas no plano, prestar atenção ao impacto a <strong>Macau</strong><br />

acarreta<strong>do</strong> pela implementação <strong>do</strong> plano e ter uma consciência clara da actual situação<br />

e das tarefas a ser executadas.<br />

11 - O “Grupo de Coordenação Interdepartamental para o Planeamento <strong>do</strong> Centro Modal de<br />

Transportes da Barra” concluiu a concepção <strong>do</strong> planeamento. Segun<strong>do</strong> a qual, o Centro<br />

Modal será inaugura<strong>do</strong> dentro de três anos com um financiamento no valor de 1100 a<br />

1300 milhões de patacas, procuran<strong>do</strong> assim a conclusão paralela das obras de construção<br />

<strong>do</strong> centro e das da 1.ª Fase <strong>do</strong> Sistema de Metro Ligeiro de <strong>Macau</strong>.<br />

Na sequência <strong>do</strong> violento sismo ocorri<strong>do</strong> no Japão, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, afirma<br />

que o mecanismo de gestão de crises <strong>do</strong> turismo permanente de 24 horas <strong>do</strong> Governo<br />

da RAEM foi imediatamente acciona<strong>do</strong>, estan<strong>do</strong> de momento a coordenar com todas as<br />

partes, no senti<strong>do</strong> de prestar to<strong>do</strong> o apoio para estudantes e residentes de <strong>Macau</strong> que se<br />

encontram a viajar no Japão.<br />

O Governo da RAEM vai lançar um concurso público para adjudicar a prestação de serviços<br />

de inquérito e análise da opinião pública sobre a revisão da Lei de Imprensa e da Lei de<br />

Radiodifusão a uma entidade adequada.<br />

16 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, desloca-se à Ilha da Montanha, para se inteirar sobre<br />

o andamento das obras de construção <strong>do</strong> Novo Campus da Universidade de <strong>Macau</strong> e o<br />

projecto <strong>do</strong> Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa, além de ter<br />

uma reunião de trabalho com o secretário <strong>do</strong> Comité Municipal de Zhuhai, Gan Lin.<br />

17 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, à frente de uma delegação oficial, parte para uma visita<br />

à Cidade de Nanquim, na Província de Jiangsu, durante a qual participará nas actividades<br />

promocionais da Semana de <strong>Macau</strong> e “<strong>Macau</strong> Dinâmico” e terá encontros com os dirigentes<br />

locais.<br />

22 - Vários departamentos governamentais desencadeiam uma acção conjunta, reverten<strong>do</strong><br />

um terreno, clandestinamente ocupa<strong>do</strong> situa<strong>do</strong> em Seac Pai Van, que perfaz uma área<br />

de aproximadamente 7,2 mil metros quadra<strong>do</strong>s. O terreno reverti<strong>do</strong> será destina<strong>do</strong> à<br />

execução da rede viária envolvente da Habitação Pública em Seac Pai Van.<br />

23 - É aprova<strong>do</strong> na generalidade o Regime Jurídico <strong>do</strong> Reordenamento <strong>do</strong>s Bairros Antigos pela<br />

Assembleia Legislativa.<br />

O plenário da Assembleia Legislativa aprova a proposta de lei sobre a “Actualização <strong>do</strong>s<br />

26


Cronologia de 2011<br />

vencimentos e pensões <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da Administração Pública”, aumentan<strong>do</strong>-se em<br />

três patacas o valor <strong>do</strong> índice <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da Administração Pública, que passou de<br />

59 para 62 patacas, traduzin<strong>do</strong> um acréscimo de 5,08 por cento.<br />

25 - O Tribunal Judicial de Base realiza a leitura de sentença <strong>do</strong> processo de corrupção activa<br />

e de branqueamento de capitais conexo ao caso de Ao Man Long, ex-secretário para os<br />

Transportes e Obras Públicas. É julga<strong>do</strong> procedente o crime de corrupção activa cometida<br />

por seis réus, Lin Wei, Chen Lianyin e outros, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> condena<strong>do</strong>s a penas de dez meses<br />

a seis anos e dez meses de prisão, respectivamente.<br />

A Administração da RAEM prossegue a acção de combate contra a ocupação <strong>do</strong>s terrenos,<br />

fazen<strong>do</strong> reverter para o Território três terrenos clandestinamente ocupa<strong>do</strong>s, em Hac Sá,<br />

com uma área superior a 5000 metros quadra<strong>do</strong>s.<br />

28 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, determina, através de despacho, a criação da Comissão<br />

de Patrocínio Judiciário para o Exercício de Funções Públicas, em articulação com a Lei-Apoio<br />

Judiciário em Virtude <strong>do</strong> Exercício de Funções Públicas, que entrou em vigor previamente.<br />

29 - O grupo de trabalho interdepartamental vem novamente realizar uma acção conjunta de<br />

despejo para a reversão de um terreno que foi ocupa<strong>do</strong> através da execução de aterro.<br />

O terreno, encontra-se localiza<strong>do</strong> no lateral <strong>do</strong> lago situa<strong>do</strong> em frente das Casas - Museu<br />

da Taipa, ocupan<strong>do</strong> uma área de mais de 9000 metros quadra<strong>do</strong>s.<br />

30 - O vice-presidente da Conferência Consultiva Política <strong>do</strong> Povo Chinês e ex-Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, Edmund Ho, é agracia<strong>do</strong> pelo Presidente da<br />

República Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito.<br />

31 - O Conselho Permanente de Concertação Social sugere ao Governo o aumento em 17 por<br />

cento de pensão para i<strong>do</strong>sos, pensão de invalidez e pensão social, sen<strong>do</strong> o montante da<br />

pensão para i<strong>do</strong>sos aumenta<strong>do</strong> para 2000 patacas, além de propor um aumento de 21<br />

para 23 patacas <strong>do</strong> salário por hora <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res de limpeza e agentes de segurança<br />

quan<strong>do</strong> o Governo adjudicar contratos de prestação de serviços.<br />

Abril<br />

1 - O Governo da RAEM aumenta o índice mínimo de subsistência de agrega<strong>do</strong> familiar de<br />

2640 para 3000 patacas, marcan<strong>do</strong> um aumento de 13 por cento.<br />

O Governo da RAEM anuncia um pacote de medidas de bem-estar e apoio social, para<br />

aplicação imediata, a fim de atenuar a pressão da inflação na vida da população. O que<br />

significa uma despesa orçamental de 8 mil milhões de patacas.<br />

4 - É cria<strong>do</strong> o Centro de Arbitragem de Administração Predial, através <strong>do</strong> despacho <strong>do</strong> Chefe<br />

<strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, que se destina a promover a resolução de litígios surgi<strong>do</strong>s na<br />

administração predial mediante a conciliação e arbitragem.<br />

6 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, encontra-se com os membros da delegação portuguesa<br />

para a primeira reunião da Comissão Mista Portugal/Região Administrativa Especial de<br />

<strong>Macau</strong>.<br />

12 - A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes atende pedi<strong>do</strong>s de planos<br />

27


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

de requalificação de edifícios industriais. Será permitida a demolição total <strong>do</strong>s edifícios<br />

industriais para dar lugar à construção de edifícios habitacionais, desde que cumpram os<br />

requisitos de que possam, no mínimo, proporcionar 70 por cento de fracções habitacionais<br />

<strong>do</strong> total de fracções habitacionais <strong>do</strong> empreendimento, com uma área bruta de utilização<br />

até 600 metros quadra<strong>do</strong>s.<br />

14 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, parte, para a Vila de Boao, em Qionghai, na Ilha de<br />

Hainão, onde vai assistir à cerimónia de abertura da reunião anual <strong>do</strong> Fórum Boao da Ásia<br />

2011.<br />

15 - A Capitania <strong>do</strong>s Portos autoriza a companhia de transporte Hong Kong North West Express<br />

Limited a operar o itinerário marítimo entre o Terminal de Passageiros <strong>do</strong> Porto Exterior<br />

e Terminal Marítimo de Tuen Mun, Hong Kong.<br />

18 - O plenário da Assembleia Legislativa aprova na especialidade a proposta de lei “Regime<br />

de prevenção e controlo <strong>do</strong> tabagismo”, que entrará em vigor a partir de 1 de Janeiro de<br />

<strong>2012</strong>, altura em que será proibi<strong>do</strong> fumar na maior parte <strong>do</strong>s recintos fecha<strong>do</strong>s destina<strong>do</strong>s<br />

a utilização colectiva.<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, à frente de uma delegação oficial, desloca-se para a<br />

Cidade de Cantão e terá um encontro com o secretário <strong>do</strong> Comité Provincial <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong><br />

Comunista Chinês, Wang Yang, para debater assuntos relaciona<strong>do</strong>s com a cooperação<br />

Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>.<br />

A Assembleia Legislativa aprova por unanimidade a proposta de lei “Alteração ao<br />

Regulamento <strong>do</strong> Imposto <strong>do</strong> Selo e à composição das Comissões de Revisão <strong>do</strong> Imposto<br />

Complementar de Rendimentos e <strong>do</strong> Imposto Profissional”. Segun<strong>do</strong> a qual, são aplicadas,<br />

às transmissões intercalares de bens imóveis a título oneroso, as taxas na totalidade <strong>do</strong><br />

imposto <strong>do</strong> selo.<br />

19 - É inaugurada a obra <strong>do</strong> sistema hídrico <strong>do</strong> Reservatório Zhuyin, que se destina<br />

especialmente à garantia <strong>do</strong> abastecimento de água para Zhuhai e <strong>Macau</strong>. O ministro <strong>do</strong>s<br />

Recursos Hídricos, Chen Lei, anunciou na cerimónia da inauguração que Zhuhai e <strong>Macau</strong><br />

iriam despedir-se, daqui em diante, da história da ameaça de marés salgadas.<br />

Tem lugar em Zhuhai, a Conferência Conjunta de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong> presidida<br />

conjuntamente pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, o governa<strong>do</strong>r da Província de<br />

Guang<strong>do</strong>ng, Huang Huahua. No âmbito da conferência, serão assina<strong>do</strong>s três acor<strong>do</strong>s de<br />

cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>, fixan<strong>do</strong> os pontos mais importantes para o desenvolvimento<br />

no próximo ano e criadas quatro plataformas de cooperação.<br />

20 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, anuncia, na reunião plenária da Assembleia<br />

Legislativa para responder às interpelações <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s, que o Governo da RAEM irá<br />

lançar, no segun<strong>do</strong> semestre <strong>do</strong> ano em apreço, mais um apoio pecuniário, outro tipo<br />

da comparticipação pecuniária, para ajudar a população a enfrentar a alta inflação, e<br />

propõe atribuir aos residentes permanentes da RAEM 3000 patacas e aos residentes não<br />

permanentes 1800 patacas. Por outro la<strong>do</strong>, o Governo vai tributar uma taxa de 20 por cento<br />

<strong>do</strong> Imposto <strong>do</strong> Selo Específico sobre o preço de aquisição <strong>do</strong> imóvel às transmissões de<br />

unidades habitacionais adquiridas no prazo de um a <strong>do</strong>is anos, e à promessa de transmissão<br />

de edifícios em construção.<br />

28


Cronologia de 2011<br />

Maio<br />

1 - Tem lugar uma manifestação promovida por oito associações, contan<strong>do</strong> com a participação<br />

de cerca de 2300 pessoas. Os manifestantes das diversas associações desfilaram segun<strong>do</strong><br />

a alteração <strong>do</strong>s itinerários efectuada pela autoridade policial.<br />

Ocorreram, durante a manifestação <strong>do</strong> “Primeiro de Maio”, confrontos entre jornalistas<br />

e agentes policiais. A autoridade policial reitera respeitar a liberdade de imprensa<br />

e colaborar e apoiar activamente, dentro <strong>do</strong>s possíveis, as tarefas <strong>do</strong>s órgãos de<br />

comunicação social.<br />

3 - O Tribunal de Segunda Instância julga procedente o crime de abuso de poder cometi<strong>do</strong><br />

por Manuel Silvério, o ex-presidente <strong>do</strong> Instituto <strong>do</strong> Desporto, inverten<strong>do</strong> assim a decisão<br />

absolutória proferida pelo Tribunal Judicial de Base, condenan<strong>do</strong> o argui<strong>do</strong> na pena de<br />

um ano de prisão, suspensa por <strong>do</strong>is anos. Manuel Silvério passou a ser o primeiro titular<br />

<strong>do</strong> cargo ao nível de director condena<strong>do</strong> na pena de prisão desde o retorno de <strong>Macau</strong> à<br />

Pátria.<br />

11 - O Vice-Presidente, Xi Jinping, recebe em audiência a delegação da Associação Comercial<br />

de <strong>Macau</strong>, que se encontra em Pequim para uma visita, formulan<strong>do</strong> as seguintes<br />

recomendações: “aproveitar as oportunidades” e as “vantagens de <strong>Macau</strong>” para contribuir<br />

para o “desenvolvimento vigoroso e rápi<strong>do</strong> <strong>do</strong> País”, a formação de mais talentos locais e<br />

a prestação de “melhores serviços” aos associa<strong>do</strong>s.<br />

15 - Orça<strong>do</strong> em 14,9 bilhões de dólares de Hong Kong, é inaugura<strong>do</strong> o novo resort <strong>do</strong> COTAI,<br />

<strong>Macau</strong>, o Galaxy <strong>Macau</strong>, que disponibiliza infra-estruturas de casino, instalações para<br />

férias e lazer.<br />

16 - É divulgada a lista provisória da transferência de verbas para as contas individuais <strong>do</strong><br />

Regime de Poupança Central, preven<strong>do</strong> que o número <strong>do</strong>s participantes constantes da<br />

lista definitiva atingirá 320 mil pessoas.<br />

24 - O Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria divulga o relatório de auditoria específica “1.ª Fase <strong>do</strong><br />

Sistema de Metro Ligeiro”, realizada em concomitância com o desenvolvimento <strong>do</strong> projecto,<br />

revelan<strong>do</strong> que a estimativa <strong>do</strong> investimento apresenta<strong>do</strong> pelo Gabinete para as Infra-<br />

-estruturas de Transportes (GIT) não cobre a totalidade <strong>do</strong>s trabalhos <strong>do</strong> empreendimento<br />

<strong>do</strong> sistema de metro ligeiro. A ausência <strong>do</strong> valor global <strong>do</strong> investimento prejudica o<br />

controlo <strong>do</strong>s custos das obras que vão ainda ser lançadas, propicia o aumento contínuo<br />

das despesas e conduz ao risco de descontrolo das despesas.<br />

27 - Iniciam-se as obras da 1.ª proposta <strong>do</strong> Planeamento Urbanístico de Seac Pai Van, Coloane,<br />

sobre o projecto de habitação pública, zona 1 <strong>do</strong> lote CN3, sen<strong>do</strong> marcada a futura conclusão<br />

de uma nova grande zona de residência nas Ilhas.<br />

29 - Depois de ser detectada a adição ilegal de plastificante nos produtos fabrica<strong>do</strong>s em Taiwan,<br />

o Governo da RAEM retira <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de <strong>Macau</strong> amostras <strong>do</strong>s medicamentos fabrica<strong>do</strong>s<br />

em Taiwan, a fim de realizar inspecções e testes a cinco categorias de produtos à venda<br />

no merca<strong>do</strong>, designadamente bebidas energéticas, sumos, chás, <strong>do</strong>ces, xaropes, gelatinas<br />

e suplementos em pó e tabletes.<br />

29


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Junho<br />

6 - A DSSOPT a<strong>do</strong>ptou medidas para reforçar as acções de combate traduzidas no tratamento<br />

conjunto de várias novas obras ilegais, bem como na emissão conjunta de ordem de<br />

embargo.<br />

7 - Recorren<strong>do</strong> ao processo urgente, a Assembleia Legislativa aprova em unanimidade a<br />

proposta de lei relativa ao Imposto <strong>do</strong> Selo Especial sobre a transmissão de bens imóveis<br />

destina<strong>do</strong>s a habitação, ten<strong>do</strong> por objectivo restringir actividades de especulação no<br />

merca<strong>do</strong> imobiliário.<br />

11 - As três formas artísticas de <strong>Macau</strong> “Canções Narrativas Naamyam”, a “Música Ritual<br />

Taoista” e o “Festival <strong>do</strong> Dragão Embriaga<strong>do</strong>” foram incluídas com sucesso no terceiro lote<br />

da Lista de Património Nacional Imaterial da China anuncia<strong>do</strong> oficialmente pelo Conselho<br />

de Esta<strong>do</strong>.<br />

13 - O Tribunal de Última Instância vem indeferir o recurso interposto pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

da decisão jurisdicional em matéria administrativa, que anulou o seu despacho de aplicação<br />

de pena disciplinar de suspensão por 90 dias a lau Ioc Ip, Orieta, directora <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Finanças.<br />

A Assembleia Legislativa aprova na generalidade a proposta de lei Condicionamento de<br />

Acesso, Permanência e Prática de Jogos nos Casinos, sugerin<strong>do</strong> a proibição <strong>do</strong> acesso aos<br />

casinos das pessoas com idade inferior a 21 anos.<br />

14 - O director <strong>do</strong> Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Conselho de Esta<strong>do</strong>,<br />

Wang Guangya chega a <strong>Macau</strong> para uma visita de trabalho de três dias.<br />

16 - O vice-presidente <strong>do</strong> Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, Zhou Tienong,<br />

chega a <strong>Macau</strong> para presidir e participar numa série de actividades comemorativas <strong>do</strong><br />

centenário da Revolução de Xinhai. Durante a estadia em <strong>Macau</strong>, terá encontros com o<br />

Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, e o vice-presidente da Conferência Consultiva Política<br />

<strong>do</strong> Povo Chinês, Edmund Ho.<br />

O Conselho Executivo concluiu a discussão sobre os projectos <strong>do</strong> Regulamento<br />

Administrativo relativo à Constituição da <strong>Macau</strong> Investimento e Desenvolvimento, S.A.. A<br />

referida sociedade será constituída com um capital social inicial de 400 milhões de patacas,<br />

sen<strong>do</strong> o Governo da RAEM accionista com 94 por cento da participação <strong>do</strong> capital.<br />

17 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, à frente de uma delegação oficial, parte para Fuzhou,<br />

para participar na IX Feira de Projectos e Tecnologia da China e <strong>do</strong> Estreito e na acção<br />

promocional “<strong>Macau</strong> Dinâmico”.<br />

20 - São publicadas as instruções das deslocações ao exterior em missão oficial de serviço <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s serviços públicos no Boletim Oficial da Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong>.<br />

A Comissão de Avaliação <strong>do</strong>s Serviços Públicos anuncia o resulta<strong>do</strong> da reavaliação periódica<br />

efectuada em 2011, de acor<strong>do</strong> com o Regime de Reconhecimento da Carta de Qualidade.<br />

Das 42 entidades e serviços públicos submeti<strong>do</strong>s obrigatoriamente à reavaliação, o Conselho<br />

de Consumi<strong>do</strong>res foi o único serviço que não passou na reavaliação.<br />

30


Cronologia de 2011<br />

23 - O Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes anuncia que o preço actualiza<strong>do</strong> da<br />

construção da 1.ª Fase <strong>do</strong> Metro Ligeiro é de 11 mil milhões de patacas, incluin<strong>do</strong> os custos<br />

de estu<strong>do</strong>s e serviços na fase inicial, <strong>do</strong> fornecimento <strong>do</strong> sistema e material circulante,<br />

traduzin<strong>do</strong> um aumento de 46 por cento em relação ao preço estima<strong>do</strong> em 2009, o que<br />

equivale a um preço médio de 520 milhões de patacas por quilómetro.<br />

29 - A Assembleia Legislativa aprova na generalidade o projecto de Lei relativo ao Quadro Geral<br />

<strong>do</strong> Pessoal Docente das Escolas Particulares <strong>do</strong> Ensino Não Superior.<br />

Julho<br />

1 - O grupo de trabalho interdepartamental avança com uma acção de despejo e reverteu<br />

com sucesso o último terreno da Administração clandestinamente ocupa<strong>do</strong> sito na Ilha<br />

Verde.<br />

O Conselho Executivo conclui a discussão sobre o regulamento administrativo relativo ao<br />

Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo, estan<strong>do</strong> previsto um montante<br />

geral de subsídio no valor de 500 milhões de patacas.<br />

O Conselho Executivo publica o regulamento administrativo respeitante às Regras Gerais<br />

de Abertura e Gestão de Contas Individuais <strong>do</strong> Regime de Poupança Central, que permite<br />

aos residentes, que se encontrem ausentes da RAEM por razões especiais e devidamente<br />

fundamentadas, a continuarem a gozar o direito de atribuição de verbas.<br />

4 - O Porta-voz <strong>do</strong> Governo da RAEM anuncia que o Governo irá criar uma Delegação Económica<br />

e Cultural de <strong>Macau</strong> na Cidade de Taipé, que irá prestar um serviço integral aos residentes<br />

de <strong>Macau</strong> que se encontram a trabalhar, estudar, viajar e a viver em Taiwan.<br />

6 - A 3.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa retoma a sessão para apreciar<br />

na especialidade o novo projecto de Lei da Habitação Económica. Ao novo projecto é<br />

acrescentada a cláusula relativa ao direito de preferência <strong>do</strong> Governo à aquisição.<br />

9 - O Coman<strong>do</strong> da Prevenção da Inundação e Secagem <strong>do</strong> Rio das Pérolas anuncia que o<br />

Coman<strong>do</strong> Geral Nacional de Prevenção da Inundação e Secagem aprovou oficialmente<br />

o “Plano preparatório da transferência de água <strong>do</strong> Rio das Pérolas na época seca”,<br />

asseguran<strong>do</strong>, assim, a segurança <strong>do</strong> abastecimento da água para Zhuhai, <strong>Macau</strong> e outras<br />

zonas <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas.<br />

13 - A vice-ministra <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros, Fu Ying, visita <strong>Macau</strong> para ter um encontro<br />

com o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, onde trocará opiniões sobre a intensificação de<br />

comunicação e cooperação com o Governo da RAEM e apoio ao alargamento de contactos<br />

e cooperação da RAEM com o exterior.<br />

14 - O Conselho de Esta<strong>do</strong> anuncia a Autorização das Políticas Preferenciais para o<br />

Desenvolvimento Geral da Ilha de Hengqin (Montanha), conferin<strong>do</strong> à Zona de Hengqin as<br />

políticas ainda mais amplas <strong>do</strong> que as existentes para as zonas económicas especiais. A<br />

“Autorização” clarificou um pacote de benefícios fiscais, arranjos de controlo fronteiriço<br />

separa<strong>do</strong> e política de facilidades alfandegárias nos postos fronteiriços para residentes de<br />

<strong>Macau</strong>.<br />

31


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

18 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, à frente da delegação oficial, desloca-se à zona Nansha<br />

da Cidade de Cantão para participar na Reunião de Cooperação Cantão-<strong>Macau</strong> 2011. O<br />

Chefe <strong>do</strong> Executivo irá ter um encontro com o presidente <strong>do</strong> município de Cantão, Wan<br />

Qingliang e assinar vários acor<strong>do</strong>s de cooperação entre Cantão e <strong>Macau</strong>.<br />

19 - O plenário da Assembleia Legislativa aprova na generalidade a Lei Orgânica <strong>do</strong> Comissaria<strong>do</strong><br />

contra a Corrupção da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, segun<strong>do</strong> a qual, perante a<br />

“omissão” <strong>do</strong>s órgãos executivos, o CCAC pode dirigir recomendações, reforçar a supervisão<br />

e intensificar a consciência de observação legal <strong>do</strong>s órgãos executivos.<br />

20 - O Conselho Executivo conclui a apreciação da proposta de Lei <strong>do</strong> Regime Jurídico de<br />

Videovigilância em Espaços Públicos. Após a entrada em vigor daquela lei, serão na primeira<br />

fase instaladas mais de 200 câmaras de videovigilância nos diversos postos fronteiriços.<br />

O Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria (CA) concluiu o relatório de auditoria específica “Gestão e<br />

Funcionamento <strong>do</strong> Centro de Ciência de <strong>Macau</strong>, S.A.”. O relatório revelou nove problemas<br />

existentes relaciona<strong>do</strong>s com o funcionamento e gestão.<br />

O Conselho Executivo conclui a apreciação <strong>do</strong> regulamento administrativo respeitante ao<br />

Fun<strong>do</strong> para a Protecção Ambiental e a conservação energética e <strong>do</strong> regulamento relativo<br />

ao Plano de Apoio Financeiro à Aquisição de Produtos e Equipamentos para a Protecção<br />

Ambiental e a conservação energética, sen<strong>do</strong> o referi<strong>do</strong> fun<strong>do</strong> <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de um capital inicial<br />

no valor de 200 milhões de patacas.<br />

O Governo Central decide nomear Hu Zhengyao, comissário <strong>do</strong> Comissaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ministério<br />

<strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros na Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> em substituição<br />

de Lu Shumin.<br />

22 - O Governo da RAEM decide avançar para compra <strong>do</strong> edifício localiza<strong>do</strong> na Rua das<br />

Estalagens n.º 80 por um preço de 36 milhões de patacas. Segun<strong>do</strong> os estu<strong>do</strong>s de peritos<br />

e académicos, é “muito provavelmente” o local onde se encontrava instalada a Farmácia<br />

“Chong Sai” fundada por Dr. Sun Yat-sen.<br />

É inaugura<strong>do</strong> o Edifício Cheng Nga, habitação social da Ilha Verde, que disponibiliza 357<br />

fracções de habitação social.<br />

26 - Ocorreu um incidente explosivo na cozinha dum estabelecimento de comidas sito no rés-<br />

-<strong>do</strong>-chão <strong>do</strong> Centro Internacional, na Rua de Malaca, que causou 13 feri<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais oito<br />

foram submeti<strong>do</strong>s a tratamento hospitalar. A explosão causada pela fuga de gás atingiu,<br />

com grande impacto, lojas adjacentes e hotéis e inquilinos <strong>do</strong> Centro Internacional situa<strong>do</strong>s<br />

no la<strong>do</strong> oposto da avenida, além de ter destruí<strong>do</strong> o próprio estabelecimento de comidas.<br />

28 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com a directora-geral da Organização<br />

Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, durante o qual os <strong>do</strong>is responsáveis trocaram<br />

impressões sobre o impulsionamento da investigação científica, formação de quadros<br />

qualifica<strong>do</strong>s e gestão e controlo de qualidade da produção de medicamentos na área da<br />

medicina tradicional chinesa.<br />

Agosto<br />

1 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, à frente da delegação oficial <strong>do</strong> Governo da RAEM<br />

32


Cronologia de 2011<br />

desloca-se à Região Autónoma da Mongólia Interior para uma visita oficial. Durante a<br />

visita, terá encontros com dirigente da região autónoma para trocar opiniões de reforço<br />

de cooperação entre ambas as partes.<br />

Implementa-se formalmente o novo modelo de serviços <strong>do</strong>s autocarros da RAEM<br />

caracteriza<strong>do</strong> por “funcionar de forma mercantil com orientação <strong>do</strong> Governo”, com aumento<br />

<strong>do</strong> número de opera<strong>do</strong>ras de autocarros de <strong>do</strong>is para três. O novo modelo causou caos no<br />

primeiro dia <strong>do</strong> funcionamento.<br />

Aplica-se conjuntamente no Interior <strong>do</strong> País e em <strong>Macau</strong> o <strong>do</strong>cumento “Pontos fundamentais<br />

para os contratos entre as agências de turismo organiza<strong>do</strong>ras e receptoras de grupos <strong>do</strong>s<br />

cidadãos <strong>do</strong> Interior da China com destino a <strong>Macau</strong>” para regular a ordem <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de<br />

turistas <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País a <strong>Macau</strong> e contribuir para uma maior qualidade de serviços e<br />

desenvolvimento saudável <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.<br />

2 - O Conselho Executivo concluiu o debate sobre o projecto de regulamento administrativo<br />

sobre o “Recrutamento, selecção, e formação para efeitos de acesso <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s<br />

serviços públicos”. Quanto aos regimes de concurso de ingresso e de acesso, tem como<br />

conteú<strong>do</strong> principal a criação <strong>do</strong> mecanismo centraliza<strong>do</strong> de ingresso.<br />

7 - O Governo da Província de Guang<strong>do</strong>ng anuncia que o Conselho de Esta<strong>do</strong> já autorizou<br />

as políticas <strong>do</strong> desenvolvimento da Ilha de Hengqin (Montanha) no senti<strong>do</strong> de acelerar<br />

o seu desenvolvimento e transformá-la numa nova plataforma da estreita cooperação<br />

Guang<strong>do</strong>ng-Hong Kong e <strong>Macau</strong>, <strong>do</strong>tan<strong>do</strong> novamente Zhuhai de novas vantagens de<br />

desenvolvimento, e impulsionar o desenvolvimento diversifica<strong>do</strong> da economia de <strong>Macau</strong><br />

e manter a estabilidade e prosperidade de longo prazo de Hong Kong e <strong>Macau</strong>.<br />

11 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, esteve no plenário da Assembleia Legislativa, para<br />

responder às questões <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s relativas às linhas de acção governativa e à situação<br />

social, e sublinhou na ocasião que serão envida<strong>do</strong>s esforços para que as obras de construção<br />

de 19.000 fracções de habitação pública possam iniciar-se, o mais tardar, em Setembro<br />

de 2011.<br />

12 - Iniciam-se os Censos 2011 realiza<strong>do</strong>s de dez em dez anos, que terão uma duração de 15<br />

dias para a recolha de informação. Os da<strong>do</strong>s que dizem respeito à população, à sociedade<br />

e à economia recolhi<strong>do</strong>s durante este evento, servirão de fundamentos importantes para<br />

a elaboração de políticas e <strong>do</strong> futuro mapa de desenvolvimento <strong>do</strong> Governo da RAEM.<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, desloca-se a Shenzhen para assistir à abertura da<br />

26.ª Universíadas de Verão - Shenzhen 2011.<br />

Apesar de ser controversa, é aprovada na especialidade a proposta de Lei da Habitação<br />

Económica pelo plenário da Assembleia Legislativa, que entrará em vigor no dia 1 de<br />

Outubro <strong>do</strong> ano corrente.<br />

17 - O vice-primeiro-ministro, Li Keqiang, que se encontra em Hong Kong para participar no<br />

fórum “Décimo Segun<strong>do</strong> Plano Quinquenal Nacional e o Desenvolvimento da Cooperação<br />

Económica, Comercial e Financeira entre Hong Kong e o Interior <strong>do</strong> País”, afirma que<br />

o Governo Central irá acelerar a implementação de Acor<strong>do</strong>-Quandro de Cooperação<br />

Guang<strong>do</strong>ng-Hong Kong e de Acor<strong>do</strong>-Quandro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>.<br />

22 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On e o governa<strong>do</strong>r da Província de Guang<strong>do</strong>ng, Huang<br />

33


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Huahua, participam na sessão de divulgação e de esclarecimento sobre o Acor<strong>do</strong>-Quadro<br />

de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong> e as políticas inova<strong>do</strong>ras aplicáveis à Ilha de Hengqin,<br />

realizada em <strong>Macau</strong>.<br />

O novo comissário <strong>do</strong> Comissaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros na Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, Hu Zhengyao, chega a <strong>Macau</strong> para tomada de posse.<br />

24 - A companhia Vang Iec Rádio-táxi consegue obter o prolongamento de contrato de prestação<br />

de serviço de rádio-taxi por um prazo de 18 meses, com início a 7 de Agosto.<br />

30 - Entra em vigor a Lei sobre o “Regime <strong>do</strong> subsídio de invalidez e <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s de saúde<br />

presta<strong>do</strong>s em regime de gratuitidade”.<br />

31 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, à frente de uma delegação <strong>do</strong> Governo da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, parte para Urumqi, na Província de Xinjiang, onde vai<br />

participar na 1.ª edição da Expo China-Eurasia e Fórum para o Desenvolvimento Económico<br />

e Cooperação China-Eurasia.<br />

Setembro<br />

2 - De acor<strong>do</strong> com a divulgação <strong>do</strong> Estabelecimento Prisional de <strong>Macau</strong>, o número total <strong>do</strong>s<br />

reclusos até 31 de Julho bateu o recorde histórico atingin<strong>do</strong> os 952, assinalan<strong>do</strong>-se, ainda,<br />

uma tendência <strong>do</strong> aumento de reclusos vin<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País.<br />

3 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com o vice-presidente da Conferência<br />

Consultiva Política <strong>do</strong> Povo Chinês, Chen Kuiyuan, e com a respectiva delegação, que se<br />

deslocou a <strong>Macau</strong> para participar nas comemorações <strong>do</strong> Centenário da Revolução de Xinhai.<br />

4 - Realiza-se solenemente a conferência das comemorações <strong>do</strong> Centenário da Revolução de<br />

Xinhai <strong>do</strong> Território de <strong>Macau</strong>, com participação de cerca de 1000 pessoas de diversos<br />

sectores e representantes de estudantes, na qual, usaram da palavra, respectivamente o<br />

vice-presidente da Conferência Consultiva Política <strong>do</strong> Povo Chinês, Chen Kuiyuan, o Chefe<br />

<strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, o vice-presidente da Conferência Consultiva Política <strong>do</strong> Povo<br />

Chinês, Edmund Ho e o director <strong>do</strong> Gabinete de Ligação <strong>do</strong> Governo Central na RAEM, Bai<br />

Zhijian.<br />

6 - O Governo da RAEM inicia à recepção de pedi<strong>do</strong>s de atribuição <strong>do</strong> subsídio de invalidez.<br />

Os montantes anuais das duas modalidades de subsídio são de 6000 patacas <strong>do</strong> subsídio<br />

de invalidez normal e de 12.000 patacas <strong>do</strong> subsídio de invalidez especial.<br />

8 - O Comissaria<strong>do</strong> contra a Corrupção conclui o relatório de investigação sobre a atribuição<br />

de dez sepulturas perpétuas pela ex-Câmara Municipal de <strong>Macau</strong> Provisória, julgan<strong>do</strong> que<br />

não há condição para provar a existência de abuso de poder.<br />

14 - A Dragão Gigante Transportes Marítimos, S.A., que operou o itinerário marítimo entre Hong<br />

Kong e <strong>Macau</strong> durante 14 meses, anuncia a suspensão de operação a partir desta data,<br />

assim como da entrada automática em liquidação. Ao mesmo tempo intenta uma acção<br />

ao Tribunal Supremo de Hong Kong requeren<strong>do</strong> a nomeação de um liquidatário provisório<br />

para tomar conta <strong>do</strong>s assuntos da companhia.<br />

34


Cronologia de 2011<br />

16 - A Capitania <strong>do</strong>s Portos admite ter recebi<strong>do</strong> o pedi<strong>do</strong> da Dragão Gigante Transportes<br />

Marítimos, S.A. sobre a suspensão das suas operações, esclarecen<strong>do</strong> que nunca prometeu<br />

levantar a restrição da lotação das embarcações da Dragão Gigante.<br />

19 - O Ministério <strong>do</strong> Comércio cria em <strong>Macau</strong> um órgão para a promoção económica e comercial,<br />

designa<strong>do</strong> como Divisão de Economia e Comércio <strong>do</strong> Departamento <strong>do</strong>s Assuntos<br />

Económicos <strong>do</strong> Gabinete de Ligação <strong>do</strong> Governo Central na Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong>, que será inaugurada no próximo dia 15 de Dezembro.<br />

20 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, acompanha<strong>do</strong> por uma delegação oficial, parte para<br />

a Cidade de Nanchang na Província de Jiangxi, onde irá participar no VII Fórum para a<br />

Cooperação e Desenvolvimento da Região <strong>do</strong> Grande-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas e Feira <strong>do</strong><br />

Comércio.<br />

Outubro<br />

1 - O Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> realiza a cerimónia solene <strong>do</strong><br />

içar das bandeiras e uma recepção em celebração <strong>do</strong> 62.º aniversário da implantação da<br />

República Popular da China.<br />

Entra em vigor a Lei da Habitação Económica.<br />

4 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com o vice-presidente da Conferência<br />

Consultiva Política <strong>do</strong> Povo Chinês, Zheng Wantong, durante o qual os <strong>do</strong>is responsáveis<br />

trocaram impressões sobre o impulsionamento <strong>do</strong> desenvolvimento socio-económico<br />

de <strong>Macau</strong>. Ambos os dirigentes concordaram em dar prioridade à formação de quadros<br />

qualifica<strong>do</strong>s numa fase posterior de crescimento da RAEM.<br />

6 - A Capitania <strong>do</strong>s Portos decidiu revogar a licença para o exercício da actividade de transporte<br />

marítimo de passageiros por parte da Dragão Gigante Transportes Marítimos, S.A..<br />

10 - O Governo da RAEM divulga os preços de venda e o rácio bonifica<strong>do</strong> das 880 fracções<br />

autónomas de habitação económica da Alameda da Tranquilidade. O preço médio por pé<br />

quadra<strong>do</strong> é de 1256 patacas, cujo rácio bonifica<strong>do</strong> é de 50 por cento.<br />

13 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, à frente da delegação oficial, parte à Cidade de Cantão<br />

para participar na cerimónia de abertura da 110.ª Feira de Importação e Exportação da<br />

China (vulgarmente denominada por Feira de Cantão).<br />

19 - O Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria (CA), no relatório de auditoria de resulta<strong>do</strong>s “Recrutamento<br />

e formação de médicos internos”, aponta que os Serviços de Saúde (SS) não dispõem<br />

dum plano de longo prazo para a gestão <strong>do</strong>s seus recursos humanos, nomeadamente, os<br />

médicos.<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, garante na sessão solene de abertura <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Judiciário<br />

de 2011/<strong>2012</strong>, que o Governo continuará apoiar vigorosamente os órgãos judiciais na<br />

optimização da qualidade <strong>do</strong>s seus recursos humanos, meios e instrumentos.<br />

20 - É inaugurada solenemente a 16.ª edição da Feira Internacional de <strong>Macau</strong>, que sob o tema<br />

de “Promover a Cooperação e Criar Oportunidades de Negócio”, terá lugar durante quatro<br />

dias consecutivos, com participação de mais de 350 delegações económicas e comerciais<br />

35


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

vindas de 60 países e regiões <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

O Governo da RAEM anuncia que iniciará em <strong>2012</strong>, a obra de aterro <strong>do</strong>s cinco lotes de<br />

terreno <strong>do</strong>s Novos Aterros Urbanos, estan<strong>do</strong> prevista a conclusão da obra dentro de cinco<br />

anos. O investimento no aterro para conquistar 350 hectares de terreno será de sete mil<br />

milhões de patacas calcula<strong>do</strong> com base no preço actual.<br />

27 - O Governo da RAEM revela que está próxima a conclusão da elaboração das Regras da<br />

Gestão das Empregadas Domésticas. O Governo já apresentou oficialmente, às autoridades<br />

competentes centrais, o pedi<strong>do</strong> sobre a importação de mão-de-obra <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País<br />

para trabalho <strong>do</strong>méstico na RAEM, aguardan<strong>do</strong>-se agora a abordagem da proposta. Depois<br />

da aprovação pelo Governo Central, empregadas <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País podem vir a <strong>Macau</strong><br />

para desempenhar funções.<br />

28 - O Governo da RAEM divulga a “Política Geral <strong>do</strong> Trânsito e Transportes Terrestres de <strong>Macau</strong><br />

(2010-2020)”, que determina claramente a visão da política <strong>do</strong> trânsito da RAEM para os<br />

próximos dez anos, os seus princípios fundamentais e principais objectivos.<br />

31 - O Boletim Oficial da RAEM publica os novos critérios de cálculo para determinação <strong>do</strong><br />

montante <strong>do</strong> prémio de concessão de terrenos. De acor<strong>do</strong> com estes novos critérios, o<br />

montante <strong>do</strong> prémio de concessão varia conforme a finalidade <strong>do</strong>s terrenos, sen<strong>do</strong> que<br />

o maior aumento será verifica<strong>do</strong> nos terrenos destina<strong>do</strong>s a construção de altos edifícios<br />

habitacionais, atingin<strong>do</strong> 93 por cento nos terrenos destina<strong>do</strong>s a construção de edifícios<br />

com sete pisos ou mais.<br />

O Posto de Urgência das Ilhas <strong>do</strong> Centro Hospitalar Conde de São Januário <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Saúde entra em funcionamento.<br />

Novembro<br />

1 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com uma delegação de Cantão<br />

que integra o secretário <strong>do</strong> Comité Provincial de Cantão <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Comunista, Zhang<br />

Guangning, e o presidente daquele município, Wan Qingliang, no qual abordaram o reforço<br />

da cooperação e trocaram impressões sobre a exploração conjunta da zona de Nansha.<br />

Para assinalar a venda oficial da habitação económica <strong>do</strong> Edifício da Alameda da<br />

Tranquilidade, o Instituto de Habitação (IH) organizou a deslocação <strong>do</strong>s primeiros 60<br />

agrega<strong>do</strong>s familiares selecciona<strong>do</strong>s para a aquisição das fracções de habitação económica<br />

naquele edifício ao IH. Foram recebi<strong>do</strong>s 49 agrega<strong>do</strong>s familiares e vendidas 46 fracções,<br />

ten<strong>do</strong> os preços de venda varia<strong>do</strong> entre 1,14 e 1,67 milhões de patacas.<br />

Os membros de <strong>Macau</strong> na Conferência Consultiva Política <strong>do</strong> Povo Chinês (CCPPC),<br />

chefia<strong>do</strong>s pelo seu vice-presidente, Edmund Ho, deslocaram-se a Xangai para visitarem<br />

e conhecerem a administração comunitária e o desenvolvimento cultural.<br />

3 - A Administração da RAEM anuncia permitir, mediante a concessão de terreno, que os<br />

mora<strong>do</strong>res que antes <strong>do</strong> estabelecimento da RAEM já residiam na Vila de Coloane possam<br />

continuar a residir ou residir e explorar a actividade comercial no local, de mo<strong>do</strong> a resolver-<br />

-se, assim de forma gradual e programada, esta questão historicamente herdada <strong>do</strong><br />

passa<strong>do</strong>.<br />

36


Cronologia de 2011<br />

O Governo da RAEM subscreve 420 mil novas acções da companhia Air <strong>Macau</strong> por 700<br />

milhões de patacas. Com a injecção de 700 milhões de patacas, o Governo reforçou a sua<br />

posição ao transformar-se no segun<strong>do</strong> accionista da Air <strong>Macau</strong>, através <strong>do</strong> aumento da<br />

sua participação de cinco para 21 por cento.<br />

8 - É concluída a empreitada da primeira fase das estruturas principais <strong>do</strong> Novo Campus<br />

da Universidade de <strong>Macau</strong> na Ilha de Hengqin (Montanha), que são as construções<br />

emblemáticas da biblioteca, edifício de ensino central e salão de exposições de história<br />

universitária, com a área bruta de construção de mais de 100 mil metros quadra<strong>do</strong>s.<br />

10 - A nova página electrónica oficial <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, onde os cidadãos<br />

podem, através de e-mail, enviar opiniões e sugestões ao Governo relativamente à melhoria<br />

<strong>do</strong>s serviços públicos, aumentan<strong>do</strong> assim a interacção entre o Governo e cidadãos, entra<br />

em funcionamento (www.gce.gov.mo).<br />

14 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com o vice-ministro da Supervisão,<br />

Wang Wei, durante o qual trocaram opiniões sobre o reforço <strong>do</strong> trabalho de prevenção à<br />

corrupção e a optimização da construção de uma sociedade íntegra.<br />

15 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On apresenta à Assembleia Legislativa, o Relatório das<br />

Linhas de Acção Governativa para o <strong>Ano</strong> Financeiro de <strong>2012</strong> sob o tema de “Promover<br />

a diversificação adequada da economia e elevar a qualidade de vida da população”. O<br />

relatório salienta que o Governo decidiu considerar como prioridade da acção governativa<br />

para o próximo ano, o tratamento da questão relacionada com a revisão ou não <strong>do</strong> Anexo<br />

I sobre a Meto<strong>do</strong>logia para a Escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo da RAEM e <strong>do</strong> Anexo II sobre<br />

a Meto<strong>do</strong>logia para a Constituição da Assembleia Legislativa da RAEM, da Lei Básica.<br />

16 - Têm lugar por quatro dias consecutivos as corridas <strong>do</strong> 58.º Grande Prémio de <strong>Macau</strong>.<br />

O Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s Judiciais deliberou desligar <strong>do</strong> serviço para efeitos de<br />

aposentação obrigatória <strong>do</strong> juiz <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância, Chu Kin por ter si<strong>do</strong><br />

declara<strong>do</strong> permanente e absolutamente incapaz pela Junta de Saúde para o exercício de<br />

funções públicas. O Dr. Chu Kin, foi submeti<strong>do</strong>, para que a sua vida fosse salva, a tratamento<br />

durante vários meses na sequência de um acidente de viação ocorri<strong>do</strong> no Interior <strong>do</strong> País<br />

nos finais de Agosto, altura em que se encontrava de férias, ten<strong>do</strong> acaba<strong>do</strong> por falecer<br />

no dia 22 <strong>do</strong> mesmo mês. A cerimónia fúnebre pública teve lugar dia 28.<br />

18 - De acor<strong>do</strong> com fontes <strong>do</strong> Governo da RAEM, o custo para a construção das estruturas<br />

principais e das instalações de infra-estruturas e de apoio <strong>do</strong> Novo Campus da Universidade<br />

de <strong>Macau</strong> subiu de 6000 milhões para 7800 milhões, e o orçamento <strong>do</strong> túnel de 500 milhões<br />

inicialmente previstos para os 2000 milhões.<br />

21 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com o director da Administração<br />

Nacional <strong>do</strong> Turismo da China, Shao Qiwei, no qual, os <strong>do</strong>is dirigentes trocaram opiniões<br />

sobre a promoção <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> turismo geral <strong>do</strong> País e da Região Administrativa<br />

Especial.<br />

22 - O presidente da Comissão da Lei Básica de <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Comité Permanente da Assembleia<br />

Popular Nacional, Qiao Xiaoyang, afirma que, após a tomada de decisão pelo Comité<br />

Permanente da Assembleia Popular Nacional sobre a interpretação da Lei Básica, pode ser<br />

da<strong>do</strong>, de imediato, início aos “cinco passos” para tratar das questões relacionadas com o<br />

37


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

desenvolvimento <strong>do</strong> sistema político.<br />

23 - Tem lugar a Cerimónia <strong>do</strong> Lançamento da Empreitada para a “Obra de Construção das<br />

Fundações <strong>do</strong> Parque de Materiais e Oficina da 1.ª Fase <strong>do</strong> Sistema de Metro Ligeiro”. O<br />

Parque de Materiais e Oficina <strong>do</strong> Metro Ligeiro encontra-se localiza<strong>do</strong> num aterro novo<br />

situa<strong>do</strong> na parte leste <strong>do</strong> COTAI, ocupan<strong>do</strong> uma área cerca de 13.000 metros quadra<strong>do</strong>s.<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com o vice-presidente <strong>do</strong> Comité<br />

Permanente da Assembleia Popular Nacional e <strong>do</strong> Conselho para a Promoção da Reunificação<br />

Pacífica da China, Sang Guowei, onde destacou o reforço da cooperação regional e o ponto<br />

de situação <strong>do</strong>s trabalhos de promoção <strong>do</strong> desenvolvimento da diversificação adequada<br />

da economia da RAEM.<br />

28 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo da Região Administrativa Especial, Chui Sai On, e o presidente <strong>do</strong><br />

Município de Shenzhen, Xu Qin, encerram a Reunião de Cooperação Shenzhen-<strong>Macau</strong><br />

2011 com a assinatura de três acor<strong>do</strong>s, nomeadamente, o Protocolo da Cooperação sobre<br />

Indústrias Culturais e Criativas, o Memoran<strong>do</strong> da Cooperação sobre o Turismo e o Acor<strong>do</strong><br />

sobre o Reforço de Cooperação e Incentivo ao Investimento.<br />

Dezembro<br />

2 - Entra oficialmente em funcionamento a Delegação Económica e Cultural de RAEM em<br />

Taipei.<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com o governa<strong>do</strong>r substituto, Zhu<br />

Xiaodan, e outros dirigentes da Província de Guang<strong>do</strong>ng, para balanço da cooperação<br />

bilateral, em termos de andamento de trabalhos, resulta<strong>do</strong>s por fases e projectos futuros,<br />

chegan<strong>do</strong> a um consenso sobre a aceleração da concretização <strong>do</strong>s projectos de cooperação<br />

Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>.<br />

3 - O Centro de Pesquisa Estratégica para o Desenvolvimento de <strong>Macau</strong> divulga o Relatório<br />

de Estu<strong>do</strong>s sobre o Esta<strong>do</strong> Actual da Classe Média de <strong>Macau</strong>. Os resulta<strong>do</strong>s da pesquisa<br />

da primeira fase mostram que cerca de 42 por cento da população empregada pertence<br />

à classe média.<br />

4 - Realiza-se o primeiro “Dia de Sondagem Deliberativa” das Leis de Imprensa e de<br />

Radiodifusão.<br />

5 - É ajusta<strong>do</strong>, pelo despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, o índice mínimo de<br />

subsistência, que passará ter um valor de 3200 patacas, aumentan<strong>do</strong> assim o montante<br />

de subsídio para três tipos de famílias em situação vulnerável. O novo índice mínimo de<br />

subsistência entrará em vigor a partir de 1 de Janeiro de <strong>2012</strong>.<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, tem um encontro com o vice-ministro da Saúde, Wang<br />

Guoqiang, para troca de impressões sobre o desenvolvimento da medicina tradicional<br />

chinesa em <strong>Macau</strong>.<br />

10 - Concluídas as obras de reordenamento de drenagem, que duraram um ano, a circulação<br />

<strong>do</strong> trânsito na Avenida de Horta e Costa é retomada nas quatro faixas de rodagem.<br />

A Guang<strong>do</strong>ng and <strong>Macao</strong> Chinese Medicine Science and Technology Industry Park<br />

38


Cronologia de 2011<br />

Developmente Co. Ltd. cujo primeiro accionista é <strong>Macau</strong>, ganhou por um preço de base no<br />

valor de 600 milhões de renminbis em concurso público, um terreno na Ilha de Hengqin<br />

(Montanha) com a área de 500 mil metros quadra<strong>do</strong>s para construir o Parque Científico e<br />

Industrial de Medicina Tradicional Chinesa, marcan<strong>do</strong> assim a entrada na fase substancial<br />

de funcionamento <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> Parque Industrial.<br />

14 - É assina<strong>do</strong>, em <strong>Macau</strong>, o Suplemento VIII ao Acor<strong>do</strong> de Estreitamento das Relações<br />

Económicas e Comerciais entre o Interior da China e <strong>Macau</strong> (CEPA), que entrará em vigor<br />

no dia 1 de Abril de <strong>2012</strong>.<br />

O Grupo de Trabalho para o Aperfeiçoamento <strong>do</strong> Processo de Concessão de Sepulturas divulga<br />

o seu relatório, sustentan<strong>do</strong> que o actual regulamento de administração, funcionamento e<br />

fiscalização <strong>do</strong>s cemitérios é capaz de responder às necessidades, e exortan<strong>do</strong> por outro<br />

la<strong>do</strong> o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais a continuar a acompanhar a situação<br />

da execução das respectivas leis e regulamentos, e proceder oportunamente à revisão e<br />

alteração em função das necessidades decorrentes <strong>do</strong> desenvolvimento social.<br />

15 - Por processo urgente, a Assembleia Legislativa aprova na especialidade a proposta de lei<br />

relativa à alteração da Tabela Anexa ao Regulamento <strong>do</strong> Imposto de Consumo, elevan<strong>do</strong><br />

de quatro para dez patacas o imposto de tabaco para cada maço de cigarros, um aumento<br />

de 150 por cento. O Governo anuncia o aumento imediato de imposto de tabaco a partir<br />

<strong>do</strong> dia 19.<br />

16 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On teve um encontro com o director da Administração<br />

Nacional <strong>do</strong> Património Cultural Shan Jixiang, onde trocaram opiniões sobre assuntos<br />

relaciona<strong>do</strong>s com a protecção <strong>do</strong> Centro Histórico de <strong>Macau</strong> - Património da UNESCO.<br />

A Assembleia Legislativa aprova na generalidade a proposta de lei relativa à alteração da Lei<br />

de Declaração de Rendimentos e Interesses Patrimoniais, que tem por objectivo reforçar a<br />

transparência e a incorruptibilidade da função pública, facilitan<strong>do</strong> assim, a implementação<br />

da política <strong>do</strong> governo transparente e reforço <strong>do</strong> mecanismo de supervisão.<br />

A Assembleia Legislativa aprova na generalidade a proposta de lei <strong>do</strong> Quadro-Geral<br />

<strong>do</strong> Regime <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Previdência Central. Segun<strong>do</strong> a referida lei, considera-se<br />

automaticamente participante da conta individual <strong>do</strong> Regime <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Previdência<br />

Central o residente da RAEM que tenha completa<strong>do</strong> 18 anos de idade e ainda aquele que,<br />

não ten<strong>do</strong> completa<strong>do</strong> 18 anos de idade, esteja inscrito no Fun<strong>do</strong> de Segurança Social.<br />

20 - O Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> realiza a cerimónia solene <strong>do</strong> içar<br />

das bandeiras e uma recepção em celebração <strong>do</strong> 12.º aniversário <strong>do</strong> estabelecimento da<br />

RAEM.<br />

21 - A Capitania <strong>do</strong>s Portos retoma a gestão <strong>do</strong> Terminal Marítimo <strong>do</strong> Porto Exterior, reforçan<strong>do</strong><br />

assim a direcção da administração <strong>do</strong>s postos fronteiriços marítimos.<br />

O Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional exerce pela primeira vez a<br />

competência de interpretação sobre a Lei Básica de <strong>Macau</strong>, esclarecen<strong>do</strong> os procedimentos<br />

de revisão das meto<strong>do</strong>logias para a constituição da Assembleia Legislativa e a eleição<br />

<strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, constantes <strong>do</strong>s Anexos I e II da Lei Básica. O Governo da RAEM<br />

iniciará uma série de trabalhos e uma auscultação neste senti<strong>do</strong> com os diversos sectores<br />

da sociedade e da população.<br />

39


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

O Tribunal de Segunda Instância <strong>do</strong> Município de Zhuhai condena um indivíduo de sobrenome<br />

Li à pena de seis meses de prisão pelo crime de contraban<strong>do</strong> de merca<strong>do</strong>ria comum, tratan<strong>do</strong>-<br />

-se <strong>do</strong> primeiro caso condena<strong>do</strong> à pena de prisão pelo crime de contraban<strong>do</strong> <strong>do</strong> vinho tinto,<br />

desde a entrada em vigor da nova legislação <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País.<br />

23 - O “Escritório de Consulta<strong>do</strong>ria” <strong>do</strong>s Serviços de Desenvolvimento Industrial junto <strong>do</strong><br />

Conselho de Gestão <strong>do</strong> Novo Distrito de Hengqin entra formalmente em funcionamento.<br />

25 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, desloca-se a Pequim, em missão oficial de serviço,<br />

para apresentar o balanço <strong>do</strong>s trabalhos <strong>do</strong> Governo da Região Administrativa Especial de<br />

<strong>Macau</strong> <strong>do</strong> corrente ano, aos dirigentes <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, bem como ouvir as opiniões e orientações<br />

relativamente às Linhas de Acção Governativa para o ano de <strong>2012</strong>. O Chefe <strong>do</strong> Executivo,<br />

vin<strong>do</strong> da capital, visitará Tianjin, a partir <strong>do</strong> dia 27, ten<strong>do</strong> encontros com dirigentes <strong>do</strong><br />

Comité Municipal <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Comunista.<br />

26 - Tem lugar em Pequim, a 24.ª Sessão <strong>do</strong> Comité Permanente da 11.ª Legislativa da<br />

Assembleia Popular Nacional para apreciar o projecto da decisão sobre a interpretação<br />

<strong>do</strong> artigo 7.º <strong>do</strong> Anexo I e artigo 3.º <strong>do</strong> Anexo II da “Lei Básica”.<br />

O Presidente, Hu Jintao, e o Primeiro-Ministro, Wen Jiabao, recebem o Chefe <strong>do</strong> Executivo,<br />

Chui Sai On, que se encontra em Pequim em missão oficial de serviço, para apresentar o<br />

balanço <strong>do</strong>s trabalhos <strong>do</strong> Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, deixan<strong>do</strong>,<br />

Hu Jintao e Wen Jiabao, a esperança em três pontos para a RAEM, concretamente: <strong>Macau</strong><br />

necessita de se preparar para as adversidades, com uma atitude preventiva; desenvolver<br />

mais acções de forma a melhorar a qualidade de vida da população local e prestar mais<br />

atenção à diversificação económica.<br />

27 - O Conselho Executivo conclui a apreciação <strong>do</strong> regime de instalação e operação de redes<br />

públicas de telecomunicações fixas. Serão lançadas, através de concursos públicos, duas<br />

novas licenças para prestar serviços e operações das redes públicas de telecomunicações<br />

fixas.<br />

28 - O Governo da RAEM publica o despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo sobre os preços de venda<br />

e o rácio bonifica<strong>do</strong> das 2703 fracções da habitação económica <strong>do</strong> Edifício <strong>do</strong> Lago. O<br />

valor médio por pé quadra<strong>do</strong> da Habitação Económica <strong>do</strong> Lago é de 1184 patacas e o rácio<br />

bonifica<strong>do</strong> é de 54,3 por cento.<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com a directora-geral da Organização<br />

Mundial de Saúde, Margaret Chan, durante o qual os <strong>do</strong>is responsáveis trocaram impressões<br />

sobre a tendência da gripe das aves em alguns países e regiões e também sobre as medidas<br />

de prevenção em <strong>Macau</strong>.<br />

29 - De acor<strong>do</strong> com os resulta<strong>do</strong>s preliminares <strong>do</strong>s Censos 2011 divulga<strong>do</strong>s pela Direcção <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Estatística e Censos, a população de <strong>Macau</strong> totaliza 552.000 pessoas, e a<br />

densidade populacional de <strong>Macau</strong> é de 18.000 pessoas por quilómetro quadra<strong>do</strong>, traduzin<strong>do</strong><br />

um acréscimo de 10 por cento face a 2001.<br />

30 - O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, nomeia, através da ordem administrativa, Song Man<br />

Lei, procura<strong>do</strong>ra-adjunta <strong>do</strong> Ministério Público, para o cargo de juiz <strong>do</strong> Tribunal de Última<br />

Instância. A proposta foi feita pela Comissão Independente para a Indigitação de Juízes<br />

e produz efeitos a partir de 1 de Janeiro de <strong>2012</strong>.<br />

40


Cronologia de 2011<br />

31 - O Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional aprova em unanimidade a decisão<br />

sobre a interpretação <strong>do</strong> artigo 7.º <strong>do</strong> Anexo I e artigo 3.º <strong>do</strong> Anexo II da “Lei Básica”,<br />

especifican<strong>do</strong> que “se for necessária a alteração” implica revisão ou não, caso for afirmativo,<br />

tem que seguir os procedimentos de alteração em “cinco passos”, caso contrário, manter-<br />

-se-ão as estipulações vigentes.<br />

41


macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>


Primeira parte<br />

Retrospectiva<br />

DE 2011


Flor de lótus cheia (Foto: GCS)


Retrospectiva de 2011<br />

I. Interpretação da Lei Básica pela<br />

Assembleia Popular Nacional Define Cinco<br />

Passos <strong>do</strong> Desenvolvimento <strong>do</strong> Sistema<br />

Político<br />

Em 2011, foi da<strong>do</strong> um importante passo para o desenvolvimento <strong>do</strong> sistema político da<br />

RAEM com base num processo progressivo ordena<strong>do</strong> e gradual. O Chefe <strong>do</strong> Executivo dirigiu, em<br />

Novembro, um ofício ao Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (CPAPN), solicitan<strong>do</strong>-<br />

-lhe a interpretação sobre a questão de alterar ou não e como alterar a “Meto<strong>do</strong>logia para a<br />

Escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo <strong>do</strong> Anexo I” e “Meto<strong>do</strong>logia para a Constituição da Assembleia<br />

Legislativa <strong>do</strong> Anexo II” da “Lei Básica”. O CPAPN, por seu turno, a<strong>do</strong>ptou uma “interpretação”,<br />

ten<strong>do</strong> defini<strong>do</strong>, de forma expressa, os “cinco passos” a decorrer sobre a revisão da “Meto<strong>do</strong>logia<br />

para a Escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo” e da “Meto<strong>do</strong>logia para a Constituição da Assembleia<br />

Legislativa”. Trata-se da primeira solicitação apresentada pela RAEM para a interpretação da “Lei<br />

Básica” pela Assembleia Popular Nacional ao longo de 12 anos desde o seu estabelecimento,<br />

marcan<strong>do</strong> o novo patamar <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> sistema político de <strong>Macau</strong>.<br />

Desenvolvimento Ordena<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sistema Político da<br />

RAEM<br />

O sistema político de <strong>Macau</strong> desenvolveu-se de forma ordenada. A primeira Assembleia<br />

Legislativa da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, com mandato até 2001, era composta<br />

por 23 membros, oito <strong>do</strong>s quais eleitos por sufrágio directo, oito por sufrágio indirecto e sete<br />

nomea<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo. A segunda assembleia legislativa era composta por 27<br />

membros, dez <strong>do</strong>s quais eleitos por sufrágio directo, dez por sufrágio indirecto e sete nomea<strong>do</strong>s<br />

pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo, com mandato até ao ano de 2005. A terceira e posteriores assembleias<br />

legislativas são compostas por 29 membros, 12 eleitos por sufrágio directo, dez por sufrágio<br />

indirecto e sete nomea<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

Relativamente à eleição <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, a “Lei Básica” de <strong>Macau</strong> estipula que<br />

45


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

o primeiro Chefe <strong>do</strong> Executivo (1999) é eleito por uma comissão eleitoral composta de 200<br />

membros com base nos resulta<strong>do</strong>s de eleições ou de consultas. Nas eleições <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> (2004)<br />

e <strong>do</strong> terceiro mandato <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo (2009), o número de membros da Comissão<br />

Eleitoral foi alarga<strong>do</strong> até 300 e a eleição feita por escrutínio secreto basea<strong>do</strong> no regime de<br />

um voto por pessoa. O aumento numérico de membros da Comissão Eleitoral e o regime de<br />

eleição constantemente optimiza<strong>do</strong> bastaram comprovar o progresso gradual e ordena<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

desenvolvimento <strong>do</strong> sistema político de <strong>Macau</strong>.<br />

Governo da RAEM Solicita a Interpretação da<br />

Lei Básica pela Assembleia Popular Nacional<br />

O Governo da RAEM tem procedi<strong>do</strong> à auscultação contínua e com elevada consideração<br />

das opiniões <strong>do</strong>s diversos sectores da sociedade sobre o assunto <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong><br />

sistema político e recebi<strong>do</strong> para tal efeito várias opiniões e relatórios, ten<strong>do</strong>-se verifica<strong>do</strong> um<br />

maior interesse e apoio por parte <strong>do</strong>s diversos sectores sociais sobre o desenvolvimento <strong>do</strong><br />

sistema político de <strong>Macau</strong>. Da síntese das opiniões de personalidades de diferentes organismos<br />

e associações, resultou que a maioria das opiniões reconhece uma revisão adequada da<br />

meto<strong>do</strong>logia para a constituição da Assembleia Legislativa em 2013 e a meto<strong>do</strong>logia para a<br />

escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo em 2014. Em resposta ao desenvolvimento social e solicitações<br />

da população em geral, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, decidiu considerar como prioridade da<br />

acção governativa, para o ano de <strong>2012</strong>, o tratamento da questão relacionada com a revisão ou<br />

não das meto<strong>do</strong>logias para a escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo e para a Constituição da Assembleia<br />

Legislativa contidas nos Anexos I e II da “Lei Básica” de <strong>Macau</strong>.<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo tem impulsiona<strong>do</strong> de forma activa e prudente o desenvolvimento <strong>do</strong><br />

sistema político da RAEM ten<strong>do</strong> envia<strong>do</strong>, em 17 de Novembro de 2011, um ofício ao Presidente <strong>do</strong><br />

CPAPN, solicitan<strong>do</strong> à CPAPN a interpretação sobre os procedimentos de alteração à “Meto<strong>do</strong>logia<br />

para a Escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo <strong>do</strong> Anexo I” e à “Meto<strong>do</strong>logia para a Constituição da<br />

Assembleia Legislativa <strong>do</strong> Anexo II” da “Lei Básica”.<br />

Posteriormente, em 26 de Dezembro de 2011, a Vigésima Quinta Sessão <strong>do</strong> Comité<br />

Permanente da Décima Primeira Legislatura da Assembleia Popular Nacional teve lugar em<br />

Pequim e o Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional aprovou por unanimidade, em<br />

31 <strong>do</strong> mesmo mês, a “Proposta de Resolução sobre a Interpretação <strong>do</strong> Anexo I e o Anexo II<br />

da Lei Básica da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>”, ten<strong>do</strong> formalmente confirma<strong>do</strong> os<br />

“cinco passos” a decorrer para a revisão da meto<strong>do</strong>logia para a escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

e da meto<strong>do</strong>logia para a constituição da Assembleia Legislativa. A interpretação <strong>do</strong> Comité<br />

Permanente da Assembleia Popular Nacional contribuiu para o desenvolvimento saudável <strong>do</strong><br />

sistema político de <strong>Macau</strong> ao abrigo da Lei Básica.<br />

“Cinco Passos” <strong>do</strong> Desenvolvimento <strong>do</strong><br />

Sistema Político<br />

Os “cinco passos” são: primeiro passo, compete ao Chefe <strong>do</strong> Executivo apresentar ao Comité<br />

Permanente da Assembleia Popular Nacional um relatório circunstancia<strong>do</strong> sobre a alteração<br />

ou não <strong>do</strong>s Anexos I e II da “Lei Básica”; segun<strong>do</strong> passo, compete ao Comité Permanente da<br />

46


Retrospectiva de 2011<br />

Assembleia Popular Nacional, ten<strong>do</strong> em conta a forma de alteração das duas meto<strong>do</strong>logias a<br />

propor no relatório <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, tomar a respectiva decisão; o terceiro passo, cabe<br />

ao Governo da RAEM apresentar, após a realização de consultas junto da sociedade, a proposta<br />

de resolução relativa às alterações das tais meto<strong>do</strong>logias à Assembleia Legislativa, a qual deve<br />

ser aprovada por uma maioria de <strong>do</strong>is terços de to<strong>do</strong>s os deputa<strong>do</strong>s; quarto passo, cabe o<br />

Chefe <strong>do</strong> Executivo manifestar a concordância com a proposta de resolução acima mencionada<br />

e a sua submissão ao Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, para efeitos de<br />

ratificação ou de registo; e quinto passo, o Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional<br />

ratifica a “Meto<strong>do</strong>logia para a Escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo” e regista a “Meto<strong>do</strong>logia para a<br />

Constituição da Assembleia Legislativa”.<br />

Após a conclusão <strong>do</strong>s “cinco passos” supra referi<strong>do</strong>s, o Governo da RAEM irá apresentar<br />

oficialmente à Assembleia Legislativa as propostas de lei sobre alterações à “Lei Eleitoral para<br />

a Assembleia Legislativa” e à “Lei Eleitoral para o Chefe <strong>do</strong> Executivo”, ten<strong>do</strong> como objecto o<br />

estabelecimento <strong>do</strong> sistema jurídico localmente aplicável, através da revisão das leis locais.<br />

Como Primeira Fase a Recolha de Opiniões sobre o<br />

Desenvolvimento <strong>do</strong> Sistema Político<br />

Como primeiro passo a dar sobre a iniciação <strong>do</strong> processo de desenvolvimento <strong>do</strong> sistema<br />

político, o Chefe <strong>do</strong> Executivo decidiu apresentar, no início de Fevereiro, ao Comité Permanente<br />

da Assembleia Popular Nacional, um relatório circunstancia<strong>do</strong> sobre a alteração ou não das<br />

duas meto<strong>do</strong>logias constantes <strong>do</strong>s Anexos I e II da “Lei Básica”. Para uma melhor elaboração<br />

<strong>do</strong> relatório, o Governo da RAEM, com base nos actuais canais de auscultação séria e de forma<br />

global de opiniões relativas ao desenvolvimento <strong>do</strong> sistema político, realizou, em Janeiro, o<br />

trabalho de recolha de opiniões da primeira fase com duração de um mês, concentran<strong>do</strong>-se na<br />

auscultação de sugestões da população em geral e <strong>do</strong>s diversos sectores sociais sobre duas<br />

questões de princípio: 1. Haverá necessidade de rever a meto<strong>do</strong>logia para a constituição da<br />

assembleia legislativa em 2013 e a meto<strong>do</strong>logia para a escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo em 2014;<br />

2. Se for necessário alterar a meto<strong>do</strong>logia para a constituição da assembleia legislativa em<br />

2013 e a meto<strong>do</strong>logia para a escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo em 2014, quais serão os princípios<br />

a defender com firmeza E como será feita a revisão<br />

Em Janeiro de <strong>2012</strong>, o Governo da RAEM alargou ainda mais os canais de auscultação<br />

de opiniões, encorajan<strong>do</strong> os cidadãos a exprimirem activamente as suas opiniões sobre o<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> sistema político. Além de recolher opiniões mediante correio, e-mail e<br />

fax, organizou ainda entre 4 e 18 de Janeiro de <strong>2012</strong> oito colóquios, para recolha de opiniões,<br />

nos quais, o próprio Chefe <strong>do</strong> Executivo, a Secretária para Administração e Justiça e outros<br />

titulares ouviram em directo diferentes opiniões <strong>do</strong>s participantes. Dos oito colóquios, sete<br />

foram destina<strong>do</strong>s a todas as associações ou organizações de diferentes sectores, incluin<strong>do</strong><br />

a individualidades <strong>do</strong> sector político, membros da Comissão Eleitoral <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo,<br />

representantes <strong>do</strong>s sectores industrial, comercial e financeiro, <strong>do</strong> trabalho, <strong>do</strong>s serviços sociais,<br />

da cultura, da educação, <strong>do</strong>s profissionais, <strong>do</strong> desporto, de órgãos de comunicação social e<br />

das associações de funcionários públicos, bem como, <strong>do</strong>s membros de órgãos consultivos <strong>do</strong><br />

Governo. O último colóquio foi destina<strong>do</strong> ao público através de livre inscrição.<br />

Os oito colóquios contaram com a presença de mais de 1100 participantes que manifestaram<br />

47


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

uma atitude dinâmica na abordagem <strong>do</strong> tema e na apresentação de opiniões diversificadas. O<br />

Governo instalou ainda um website temático (www.cdm.gov.mo) <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> sistema<br />

político para os cidadãos apresentarem as suas opiniões através de e-mail. As sugestões e<br />

opiniões apresentadas sobre o desenvolvimento <strong>do</strong> sistema político através de diferentes vias<br />

encontravam-se disponíveis também no Website.<br />

A primeira fase de recolha de opiniões sobre o desenvolvimento <strong>do</strong> sistema político terminou<br />

à meia-noite de 31 de Janeiro, e o Governo recolheu, por diversos canais, cerca de duas mil e<br />

setecentas opiniões. Após o tratamento e análise de todas as opiniões, o Chefe <strong>do</strong> Executivo,<br />

Chui Sai On, apresentou formalmente, a 8 de Fevereiro, um relatório ao Comité Permanente<br />

da Assembleia Popular Nacional, no qual reconheceu que a alteração adequada da meto<strong>do</strong>logia<br />

para a constituição da Assembleia Legislativa em 2013 e da meto<strong>do</strong>logia para a escolha <strong>do</strong><br />

Chefe <strong>do</strong> Executivo em 2014, terá de ser procedida sempre dentro <strong>do</strong> enquadramento da “Lei<br />

Básica” e de acor<strong>do</strong> com as situações reais da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>. As<br />

opiniões recolhidas pelo Governo da RAEM foram anexadas ao relatório, ten<strong>do</strong> todas elas si<strong>do</strong><br />

submetidas ao Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional.<br />

Do tratamento e análise das opiniões recolhidas, resultou que a maioria das opiniões<br />

reconhece ser necessário alterar adequadamente a meto<strong>do</strong>logia para a constituição da Assembleia<br />

Legislativa em 2013 e a meto<strong>do</strong>logia para a escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo em 2014. A maior parte<br />

das opiniões reconhece que o desenvolvimento <strong>do</strong> sistema político deve defender com firmeza os<br />

seguintes princípios: as Autoridades Centrais detêm o poder decisório sobre o desenvolvimento<br />

<strong>do</strong> sistema político; a manutenção da constituição da Assembleia Legislativa que é composta<br />

por deputa<strong>do</strong>s eleitos por sufrágio directo, indirecto e nomea<strong>do</strong>s, e a manutenção <strong>do</strong> regime<br />

fundamental em que o Chefe <strong>do</strong> Executivo é eleito por uma Comissão Eleitoral amplamente<br />

representativa e nomea<strong>do</strong> pelo Governo Popular Central; e corresponder às situações reais de<br />

<strong>Macau</strong> e ser favorável a uma participação equilibrada por to<strong>do</strong>s os sectores sociais. Sobre a<br />

questão “como será feita a revisão”, estavam representadas opiniões diversas.<br />

Decisão de Dois Pontos <strong>do</strong> Comité Permanente<br />

da Assembleia Popular Nacional sobre a Reforma<br />

Política da RAEM<br />

Em 29 de Fevereiro de <strong>2012</strong>, a Vigésima Quinta Sessão <strong>do</strong> Comité Permanente da Décima<br />

Primeira Legislatura da Assembleia Popular Nacional apreciou o “Relatório sobre a Revisão ou<br />

Não da Meto<strong>do</strong>logia para a Constituição da Assembleia Legislativa em 2013 e da Meto<strong>do</strong>logia<br />

para a Escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo em 2014 da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>”,<br />

apresenta<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, Chui Sai<br />

On, e decidiu o seguinte:<br />

1. Mantém-se inalterada a disposição <strong>do</strong> artigo 1.º <strong>do</strong> Anexo I da Lei Básica de <strong>Macau</strong> na<br />

parte que prescreve que o Chefe <strong>do</strong> Executivo é eleito por uma Comissão Eleitoral amplamente<br />

representativa; mantém-se inalterada a disposição <strong>do</strong> artigo 1.º <strong>do</strong> Anexo II da Lei Básica de<br />

<strong>Macau</strong> na parte que prescreve que a terceira e as posteriores Assembleias Legislativas são<br />

compostas por três grupos de membros, ou seja, por deputa<strong>do</strong>s eleitos por sufrágio directo,<br />

deputa<strong>do</strong>s eleitos por sufrágio indirecto e deputa<strong>do</strong>s nomea<strong>do</strong>s.<br />

48


Retrospectiva de 2011<br />

2. Sem prejuízo <strong>do</strong> disposto no artigo 1.º desta decisão, poderão proceder-se à alteração<br />

adequada da meto<strong>do</strong>logia para a constituição da Assembleia Legislativa da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> em 2013 e da meto<strong>do</strong>logia para a escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> em 2014, nos termos previstos nos artigos 47.º e 68.º, assim<br />

como no artigo 7.º <strong>do</strong> Anexo I e no artigo 3.º <strong>do</strong> Anexo II, to<strong>do</strong>s da Lei Básica de <strong>Macau</strong>.<br />

O Governo Divulga o “Documento de Consulta sobre<br />

o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sistema Político” para Dar<br />

Início à Consulta Pública por 45 Dias<br />

No dia seguinte, o Governo da RAEM e o Gabinete de Ligação <strong>do</strong> Governo Central na RAEM<br />

co-organizaram o “Encontro com individualidades da Sociedade de <strong>Macau</strong>”, para o qual, foram<br />

convida<strong>do</strong>s o vice-secretário-geral <strong>do</strong> Comité Permanente da APN, Qiao Xiaoyang, o vice-<br />

-presidente da Comissão de Assuntos Legislativos <strong>do</strong> Comité Permanente da Assembleia Popular<br />

Nacional, Li Fei, e o subdirector <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong>s Assuntos de Hong Kong e <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Conselho<br />

de Esta<strong>do</strong>, Zhang Xiaoming, para prestarem esclarecimentos, às individualidades presentes<br />

de <strong>Macau</strong>, sobre a “Decisão sobre as Questões Relativas à Meto<strong>do</strong>logia para a Constituição<br />

da Assembleia Legislativa em 2013 e à Meto<strong>do</strong>logia para a Escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo em<br />

2014”, explican<strong>do</strong>, de forma pormenorizada, os princípios e espírito orienta<strong>do</strong>res da alteração e<br />

apresentan<strong>do</strong>, entretanto, os seus pontos de vista em relação ao desenvolvimento <strong>do</strong> sistema<br />

político.<br />

Concluí<strong>do</strong> o segun<strong>do</strong> passo, a RAEM deu início formal ao terceiro passo a partir de 9 de<br />

Março, dia em que o Governo da RAEM divulgou, em conformidade com o teor da respectiva<br />

Decisão <strong>do</strong> Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional, as disposições da Lei Básica e<br />

a realidade de <strong>Macau</strong>, o “Documento de Consulta sobre o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sistema Político”<br />

com base nas opiniões recolhidas na primeira fase, dan<strong>do</strong>, assim, início à consulta pública com<br />

prazo de 45 dias que se compreendeu entre 10 de Março e 23 de Abril.<br />

O Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> apresentou o “Documento de<br />

Consulta sobre o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sistema Político”, destina<strong>do</strong> à consulta pública sobre a<br />

forma de alteração à meto<strong>do</strong>logia para a constituição da Assembleia Legislativa em 2013 e à<br />

meto<strong>do</strong>logia para a escolha <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo em 2014. Por serem correlativas entre si,<br />

a revisão das duas meto<strong>do</strong>logias supra referidas e as alterações das leis eleitorais locais, são<br />

procedidas em simultâneo. O Documento de Consulta sobre o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sistema<br />

Político elencou, respectivamente, as opiniões preponderantes recolhidas na primeira fase de<br />

auscultação de opiniões e proporcionou, deste mo<strong>do</strong>, a to<strong>do</strong>s os sectores sociais e à população<br />

em geral um debate sobre as linhas a ponderar. O Governo da RAEM apresentou ainda sob a<br />

forma de quadros as alterações sugeridas no “Documento de Consulta sobre o Desenvolvimento<br />

<strong>do</strong> Sistema Político”, e reservou um espaço em branco para outras propostas apresentadas por<br />

cidadãos, facilitan<strong>do</strong> à população em geral e aos sectores sociais, a apresentação das suas<br />

opiniões, a fim de se alcançar o consenso.<br />

Relativamente à meto<strong>do</strong>logia para a constituição da Assembleia Legislativa em 2013,<br />

o “Documento de Consulta sobre o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sistema Político” apresentou duas<br />

propostas sobre o aumento <strong>do</strong> número de deputa<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa: a primeira, o<br />

aumento de <strong>do</strong>is deputa<strong>do</strong>s eleitos por sufrágio directo e de <strong>do</strong>is deputa<strong>do</strong>s eleitos por sufrágio<br />

49


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

indirecto e manutenção <strong>do</strong> número actual <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s nomea<strong>do</strong>s; a segunda, o aumento<br />

respectivo de um assento tanto para os deputa<strong>do</strong>s eleitos por sufrágio directo e como para<br />

os deputa<strong>do</strong>s eleitos por sufrágio indirecto. No caso afirmativo de aumento de <strong>do</strong>is deputa<strong>do</strong>s<br />

eleitos por sufrágio indirecto, o Documento sugeriu, para a distribuição de assentos de deputa<strong>do</strong>s<br />

eleitos por sufrágio indirecto, o aumento de 2 para 3 assentos <strong>do</strong> sector profissional e o aumento<br />

de 2 para 3 assentos <strong>do</strong> sector de serviços sociais, cultural, educacional e desportivo, sen<strong>do</strong><br />

atribuí<strong>do</strong> 1 assento para o sector de serviços sociais e educacional, e 2 assentos para o sector<br />

cultural e desportivo.<br />

O “Documento de Consulta sobre o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sistema Político” surgeriu o<br />

aumento <strong>do</strong> número de membros da Comissão Eleitoral <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo de 300 para<br />

400 membros, e o alargamento para 66 pessoas <strong>do</strong> número de membros da Comissão Eleitoral<br />

necessário para a apresentação de proposituras de candidato ao cargo de Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

Quanto à distribuição <strong>do</strong>s membros da Comissão Eleitoral a aumentar, houve duas propostas:<br />

a primeira defendia a distribuição equitativa de membros da Comissão Eleitoral a aumentar de<br />

entre os quatro sectores; a segunda defendia o aumento de 20 assentos <strong>do</strong>s sectores “industrial,<br />

comercial e financeiro” <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s actualmente de 100 assentos; o aumento respectivo de 35<br />

assentos <strong>do</strong>s sectores “cultural, educacional, profissional e outros” <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s actualmente de<br />

80 assentos e “<strong>do</strong> trabalho, serviços sociais, religião e outros” também <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s actualmente<br />

de 80 assentos; e aumento de dez assentos <strong>do</strong>s sectores de “representantes <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s à<br />

Assembleia Legislativa e <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong>s órgãos municipais, deputa<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong> à Assembleia<br />

Popular Nacional e representantes <strong>do</strong>s membros de <strong>Macau</strong> no Comité Nacional da Conferência<br />

Consultiva Política <strong>do</strong> Povo Chinês” <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s actualmente de 40 assentos.<br />

No que diz respeito ao sufrágio indirecto da Assembleia Legislativa, o Governo da RAEM<br />

sugeriu a redução adequada <strong>do</strong> limite percentual de 25 por cento para 20 por cento da constituição<br />

de comissões de candidatura, o alargamento de 11 para 22 pessoas <strong>do</strong> número de votantes<br />

de cada pessoa colectiva e a revisão <strong>do</strong> mecanismo de “candidato eleito automaticamente”.<br />

Dez Sessões Durante o Perío<strong>do</strong> de 45 Dias<br />

de Consulta<br />

Durante o perío<strong>do</strong> de consulta pública de 45 dias, o Governo realizou dez sessões, sen<strong>do</strong><br />

sete destinadas aos deputa<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong> à Assembleia Popular Nacional e membros de <strong>Macau</strong><br />

no Comité Nacional da Conferência Consultiva Política <strong>do</strong> Povo Chinês, membros <strong>do</strong> Conselho<br />

Executivo, deputa<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa, membros da Comissão Eleitoral <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo, membros de órgãos consultivos <strong>do</strong> âmbito <strong>do</strong> Governo, representantes das associações<br />

de funcionários públicos, órgãos de comunicação social e de direito, bem como, representantes<br />

<strong>do</strong>s sectores industrial, comercial e financeiro, <strong>do</strong> trabalho, <strong>do</strong>s serviços sociais, da cultura,<br />

da educação, <strong>do</strong> desporto, de engenharia, ciência e tecnologia, e projecção, enquanto outras<br />

três sessões foram abertas ao público com a inscrição livre. A par das sessões de consulta,<br />

as entidades competentes <strong>do</strong> Governo deslocaram-se a diversas zonas da cidade para uma<br />

maior divulgação <strong>do</strong> assunto junto <strong>do</strong>s cidadãos, auscultan<strong>do</strong> as suas opiniões. Por outro la<strong>do</strong>,<br />

cidadãos podiam também apresentar as sugestões e opiniões concretas sobre o desenvolvimento<br />

<strong>do</strong> sistema político de <strong>Macau</strong> através de correio, fax, sítio temático, telefone ou pessoalmente.<br />

Após de concluída consulta pública, o Governo da RAEM vai, de seguida, apresentar com<br />

50


Retrospectiva de 2011<br />

base nas opiniões recolhidas, a proposta de lei sobre a alteração das duas meto<strong>do</strong>logias à<br />

Assembleia Legislativa. Se aprovadas por uma maioria de <strong>do</strong>is terços de to<strong>do</strong>s os deputa<strong>do</strong>s à<br />

Assembleia Legislativa, dará início aos quarto e quinto passos <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> sistema<br />

político de <strong>Macau</strong>.<br />

51


macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>


Retrospectiva de 2011<br />

II. Uma Nova Página da Cooperação Regional<br />

em Articulação com o Décimo Segun<strong>do</strong><br />

Plano Quinquenal Nacional<br />

Em 2011, a RAEM continuou a persistir na estratégia denominada “estabelecer relações<br />

com territórios e países distantes e consolidar a integração com países e territórios vizinhos”.<br />

Por um la<strong>do</strong>, aproveitou as oportunidades acarretadas pelo “12.º Plano Quinquenal Nacional”,<br />

aprofundan<strong>do</strong> os contactos com outras zonas <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País, das quais, a cooperação<br />

Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong> entrou numa nova fase. Por outro, aprofun<strong>do</strong>u e consoli<strong>do</strong>u o intercâmbio<br />

e cooperação com os países de língua portuguesa, com base no posicionamento de plataforma<br />

de serviços para a cooperação e intercâmbio económico e comercial entre a China e os países<br />

de língua portuguesa.<br />

Aproveitamento das Oportunidades Oferecidas<br />

pelo 12.º Plano Quinquenal Nacional<br />

Em Março de 2011, foi publica<strong>do</strong> pelo Governo Central o “12.º Plano Quinquenal Nacional <strong>do</strong><br />

Desenvolvimento Económico e Social da República Popular da China” que integrou, pela primeira<br />

vez, num capítulo específico, Hong Kong e <strong>Macau</strong>, na estratégia <strong>do</strong> desenvolvimento global<br />

nacional. O “12.º Plano Quinquenal Nacional” formulou, de forma explícita, as orientações de<br />

“manutenção de estabilidade e prosperidade de longo prazo em Hong Kong e em <strong>Macau</strong>”, o reforço<br />

<strong>do</strong> intercâmbio e cooperação entre Hong Kong e <strong>Macau</strong> e o Interior <strong>do</strong> País, a implementação<br />

contínua <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> CEPA, e o apoio à construção <strong>do</strong> Centro Internacional de Turismo e Lazer<br />

de <strong>Macau</strong>, bem como, da promoção <strong>do</strong> desenvolvimento diversifica<strong>do</strong> de economia de <strong>Macau</strong>.<br />

No que diz respeito a <strong>Macau</strong>, o “12.º Plano Quinquenal Nacional” refere principalmente três<br />

aspectos: primeiro, aclaração <strong>do</strong> estatuto e papel de <strong>Macau</strong> no contexto <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

da economia nacional e <strong>do</strong> apoio à consolidação e elevação de vantagens competitivas de<br />

<strong>Macau</strong>; segun<strong>do</strong>, aclaração concreta de sectores industriais emergentes que o Governo Central<br />

apoia <strong>Macau</strong> a cultivar; e terceiro, indicação da direcção de aprofundamento da cooperação<br />

53


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

económica entre o Interior <strong>do</strong> País e <strong>Macau</strong>. Tal desiderato ajudará <strong>Macau</strong> na definição de próprio<br />

posicionamento e no melhor planeamento <strong>do</strong> futuro desenvolvimento.<br />

A convite <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, o director <strong>do</strong> Gabinete para os Assuntos<br />

de Hong Kong e <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Conselho de Esta<strong>do</strong>, Wang Guangya, efectuou uma visita de três<br />

dias a <strong>Macau</strong> no perío<strong>do</strong> entre 14 e 16 de Abril de 2011. Durante a estadia em <strong>Macau</strong>, Wang<br />

Guangya teve encontros de trabalho com o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, e responsáveis <strong>do</strong>s<br />

órgãos executivo, legislativo e judiciário, indican<strong>do</strong> uma atenção especial <strong>do</strong>s seguintes quatro<br />

aspectos: primeiro, devem aproveitar-se bem as oportunidades oferecidas pelo “12.º Plano<br />

Quinquenal Nacional”, construin<strong>do</strong> <strong>Macau</strong> como Centro Internacional de Turismo e Lazer e, ao<br />

mesmo tempo, intensificar a supervisão sobre o sector de jogo; segun<strong>do</strong>, devem ser tomadas<br />

medidas eficazes para melhorar a qualidade de vida da população; terceiro, deve ser acelerada<br />

a formação de profissionais de diversos <strong>do</strong>mínios de <strong>Macau</strong>; e quarto, devem reforçar-se os<br />

laços com as individualidades e associações patrióticas, e absorver-se a sabe<strong>do</strong>ria popular.<br />

Wang Guangya apelou, ainda, a toda a sociedade de <strong>Macau</strong> para que tenha uma<br />

forte consciência das oportunidades e de preocupações, e um consenso na construção e<br />

desenvolvimento, ajudan<strong>do</strong> o Governo da RAEM no aproveitamento das oportunidades oferecidas<br />

pelo “12.º Plano Quinquenal Nacional” e na implementação das políticas de apoio <strong>do</strong> Governo<br />

Central, a fim de impulsionar o desenvolvimento diversifica<strong>do</strong> da economia de <strong>Macau</strong> e conquistar<br />

resulta<strong>do</strong>s reais.<br />

Atento às opiniões públicas da situação social de <strong>Macau</strong>, Wang Guangya visitou, ainda,<br />

durante a sua estadia bairros comunitários, além de conhecer o Planeamento <strong>do</strong>s Novos Aterros<br />

Urbanos e o Planeamento da Habitação Pública de Seac Pai Van. Afirmou que o Governo Central<br />

está altamente atento à questão de inflação em <strong>Macau</strong> e que os serviços competentes estão a<br />

resolver com to<strong>do</strong> o empenho esta questão, para baixar preços mediante o alargamento de fontes<br />

de aquisição de produtos. Elogiou o Governo da RAEM por ter toma<strong>do</strong> medidas administrativas<br />

resolutas de combate à inflação e construí<strong>do</strong> 19 mil fracções da habitação pública para resolver<br />

o problema habitacional, que tem preocupa<strong>do</strong> a população.<br />

Nova Página da Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong><br />

Sob o testemunho <strong>do</strong> Vice-Presidente, Xi Jinping, e outros dirigentes nacionais, o Chefe<br />

<strong>do</strong> Executivo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, Chui Sai On, e o governa<strong>do</strong>r da<br />

Província de Guang<strong>do</strong>ng, Huang Huahua, em representação <strong>do</strong> Governo da RAEM e <strong>do</strong> Governo<br />

de Guang<strong>do</strong>ng respectivamente, assinaram, em 6 de Março no Grande Salão <strong>do</strong> Povo em Pequim,<br />

o “Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>”.<br />

A assinatura <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong>-Quadro é uma medida importante para se concretizarem as Linhas<br />

Gerais <strong>do</strong> Planeamento para a Reforma e Desenvolvimento da Região <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas<br />

e <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> CEPA, e promover a cooperação mais estreita entre Guang<strong>do</strong>ng e <strong>Macau</strong>, marcan<strong>do</strong><br />

uma nova fase histórica da cooperação entre as duas regiões.<br />

O “Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>”, constituí<strong>do</strong> por oito capítulos,<br />

38 artigos e mais de dez mil caracteres, definiu quatro posicionamentos de cooperação: 1.<br />

As Partes constroem um destino mundial de turismo e lazer de referência. Consideran<strong>do</strong> o<br />

papel de <strong>Macau</strong> como locomotor de um centro mundial de turismo e lazer, Zhuhai como ponto<br />

de conexão pelo seu carácter de zona internacional de negócios e de lazer e Guang<strong>do</strong>ng<br />

54


Retrospectiva de 2011<br />

como suporte pelos seus recursos turísticos, as partes, aproveitan<strong>do</strong> as vantagens <strong>do</strong>s seus<br />

valiosos recursos históricos, culturais e turísticos enriquecem o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> sector turístico<br />

de <strong>Macau</strong> e desenvolvem serviços turísticos temáticos de características diversificadas; 2. As<br />

Partes criam uma nova plataforma de desenvolvimento para elevar o patamar das indústrias<br />

de Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>. Ten<strong>do</strong> por base o papel de <strong>Macau</strong> como plataforma internacional de<br />

serviços de negócios e comércio, e associan<strong>do</strong> as estratégias de reconversão e valorização das<br />

indústrias e de “desenvolvimento no exterior” a<strong>do</strong>ptadas por Guang<strong>do</strong>ng, e ainda, aproveitan<strong>do</strong><br />

e concentran<strong>do</strong> os recursos qualifica<strong>do</strong>s, tanto <strong>do</strong> País como <strong>do</strong> exterior, as partes potenciam<br />

o desenvolvimento da diversificação adequada da economia de <strong>Macau</strong> e reforçam o nível de<br />

cooperação entre a Região <strong>do</strong> Grande-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas, a União Europeia, a Associação<br />

de Nações <strong>do</strong> Sudeste Asiático, e os países de língua portuguesa; 3. As Partes elaboram um<br />

estu<strong>do</strong> de viabilidade sobre o estabelecimento de uma zona piloto de experimentação inova<strong>do</strong>ra<br />

da cooperação entre Guang<strong>do</strong>ng, Hong Kong e <strong>Macau</strong>. As Partes aceleram a exploração da Ilha<br />

de Hengqin (Montanha), procuram novas formas de cooperação, potenciam sinergias entre<br />

Zhuhai e <strong>Macau</strong>, articulam as infra-estruturas transfronteiriças e impulsionam a circulação de<br />

factores de produção regionais. As Partes promovem a conexão entre sistemas de serviços<br />

públicos sociais e a partilha <strong>do</strong>s recursos destes serviços, constroem uma comunidade com<br />

uma qualidade de vida elevada, de fácil acesso e de nível avança<strong>do</strong> em gestão de serviços; e<br />

4. As Partes alargam o objectivo <strong>do</strong> desenvolvimento da diversificação adequada da economia<br />

de <strong>Macau</strong>. Através <strong>do</strong> estreitamento da cooperação entre Guang<strong>do</strong>ng e <strong>Macau</strong> e da exploração<br />

conjunta da Ilha de Hengqin, as Partes apoiam o fortalecimento das indústrias competitivas de<br />

<strong>Macau</strong> nomeadamente o sector turístico, entre outros. As Partes apoiam o desenvolvimento<br />

de indústrias emergentes incluin<strong>do</strong> a medicina tradicional chinesa, convenções e exposições,<br />

indústrias criativas e culturais desenvolvem sectores de eleva<strong>do</strong> potencial como sejam o da<br />

educação e da formação, promovem o desenvolvimento articula<strong>do</strong> das indústrias, a mobilização<br />

de talentos regionais e as ligações entre serviços públicos, para criar condições essenciais para<br />

o desenvolvimento da diversificação adequada da economia de <strong>Macau</strong> e aumentar oportunidades<br />

de expansão no exterior.<br />

O Acor<strong>do</strong>-Quadro definiu os seguintes objectivos principais: até ao ano de 2015, a<br />

rede de infra-estruturas transfronteiriças deverá estar basicamente concluída, com avanços<br />

importantes no desenvolvimento da Ilha de Hengqin; o desenvolvimento articula<strong>do</strong> entre<br />

Zhuhai e <strong>Macau</strong> estará concretiza<strong>do</strong> de forma plena; esperam-se resulta<strong>do</strong>s significativos no<br />

estabelecimento de uma área com qualidade de vida e no desenvolvimento regional integra<strong>do</strong>;<br />

a área metropolitana internacional da margem ocidental <strong>do</strong> estuário <strong>do</strong> Rio das Pérolas estará<br />

basicamente formada e o desenvolvimento da diversificação e adequada da economia de <strong>Macau</strong><br />

será evidente. Até ao ano de 2020, a estrutura <strong>do</strong> desenvolvimento da integração regional<br />

deverá estar basicamente estabelecida, o destino mundial de turismo e lazer estará basicamente<br />

forma<strong>do</strong> e o desenvolvimento e a valorização industriais da região terão resulta<strong>do</strong>s notáveis;<br />

a interligação entre os sistemas de serviços públicos sociais deverá estar estabelecida; e a<br />

grande área metropolitana, de classe mundial, da Região <strong>do</strong> Grande-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas<br />

deverá estar formada, servin<strong>do</strong> de alicerce para o desenvolvimento da diversificação adequada<br />

da economia de <strong>Macau</strong>.<br />

A primeira “Conferência Conjunta de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>”, desde a assinatura<br />

<strong>do</strong> “Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>”, teve lugar em Zhuhai a 19 de Abril,<br />

ten<strong>do</strong> nela si<strong>do</strong> defini<strong>do</strong>s os pontos mais importantes para o desenvolvimento de Guang<strong>do</strong>ng<br />

e de <strong>Macau</strong>, assina<strong>do</strong>s um compromisso de concretização <strong>do</strong> “Acor<strong>do</strong>-Quadro de a Cooperação<br />

55


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>”, o acor<strong>do</strong> de cooperação sobre o impulso da área de demonstração global<br />

<strong>do</strong> projecto piloto <strong>do</strong> CEPA em Nansha por ambas as regiões e o acor<strong>do</strong> sobre a construção <strong>do</strong><br />

Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa pelos governos de Zhuhai e da<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>. Foi cria<strong>do</strong>, também, o grupo de trabalho especializa<strong>do</strong><br />

para a cooperação Cantão-<strong>Macau</strong>, para planear a cooperação Cantão-<strong>Macau</strong> em Nansha, o que<br />

marcou a criação formal <strong>do</strong> mecanismo de cooperação efectivo e de longo prazo entre <strong>do</strong>is<br />

lugares.<br />

O grupo de trabalho especializa<strong>do</strong> para a cooperação Cantão-<strong>Macau</strong> iniciou os seus trabalhos<br />

logo após a sua criação. A 18 de Julho, a Reunião de Cooperação Cantão-<strong>Macau</strong> 2011 decorreu<br />

na zona Nansha da Cidade de Cantão, onde as duas partes abordaram ainda as prioridades<br />

da próxima fase de trabalho no âmbito da cooperação bilateral, particularmente no que diz<br />

respeito ao aprofundamento e concretização <strong>do</strong> “Acor<strong>do</strong> de cooperação sobre o impulso da<br />

área de demonstração global <strong>do</strong> projecto piloto da CEPA em Nansha por Cantão e <strong>Macau</strong>”.<br />

Neste momento, já existe, no âmbito <strong>do</strong> grupo de trabalho consenso sobre a promoção de<br />

cooperação de turismo, designadamente, a implementação conjunta de plano inova<strong>do</strong>r de “visto<br />

individual” para a navegação de iates entre Guang<strong>do</strong>ng, Hong Kong e <strong>Macau</strong>. O grupo sugeriu,<br />

ainda, a criação de uma base de formação turística, caben<strong>do</strong> principalmente a <strong>Macau</strong> assumir<br />

a administração <strong>do</strong> trabalho de formação, além de propor o desenvolvimento de cooperação<br />

em cuida<strong>do</strong>s de saúde de ponta e nas indústrias criativas e culturais.<br />

No dia 22 de Agosto, decorreu em <strong>Macau</strong> a sessão de divulgação e de esclarecimento<br />

sobre o “Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>” e as políticas inova<strong>do</strong>ras aplicáveis<br />

à Ilha de Hengqin realizadas por ambos os governos. Para além das autoridades das duas<br />

partes, mais de 500 personalidades de diversos sectores sociais de <strong>Macau</strong> foram convidadas<br />

a participar na referida sessão. Os dirigentes de Guang<strong>do</strong>ng e <strong>Macau</strong> proporcionaram ainda<br />

explicações detalhadas e aprofundadas sobre o andamento da concretização <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong>-Quadro<br />

e a autorização <strong>do</strong> Governo Central sobre as políticas inova<strong>do</strong>ras para a Ilha de Hengqin.<br />

Em <strong>Macau</strong>, a 28 de Novembro, teve lugar a “Reunião de Cooperação Shenzhen-<strong>Macau</strong> 2011”.<br />

Depois da conferência, os responsáveis de departamentos das áreas da cultura, <strong>do</strong> turismo e da<br />

promoção <strong>do</strong> comércio de Shenzhen e <strong>Macau</strong> assinaram uma carta de intenções sobre cooperação<br />

bilateral nas áreas das indústrias criativas e culturais, um memoran<strong>do</strong> de cooperação entre a<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo da RAEM e o Gabinete de Turismo de Shenzhen, além de um<br />

acor<strong>do</strong> sobre reforço de promoção <strong>do</strong> investimento e cooperação.<br />

O Acor<strong>do</strong>-Quadro dedica um capítulo independente à Cooperação na Exploração da Ilha de<br />

Hengqin (Montanha), onde se estipula, de forma explícita, o teor da implementação conjunta<br />

<strong>do</strong>s Parques Industriais de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>, incluin<strong>do</strong>, o Parque Científico e<br />

Industrial de Medicina Tradicional Chinesa Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>, a zona de turismo e lazer, a<br />

zona criativa e cultural e o distrito de negócios, de forma que a Ilha de Hengqin passou a ser<br />

uma importante plataforma de cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>. O Governo da RAEM estimula<br />

empresas e residentes de <strong>Macau</strong> a participar activamente na exploração da Ilha de Hengqin e<br />

de Nansha, com a constituição da <strong>Macau</strong> Investimento e Desenvolvimento, S.A. e <strong>do</strong> Conselho<br />

de Avaliação de Projectos de Desenvolvimento de Hengqin.<br />

As obras de construção <strong>do</strong> Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa<br />

Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>, que se situa na zona nova da Ilha de Hengqin, com uma área de cerca de<br />

0,5 quilómetros quadra<strong>do</strong>s, iniciaram-se a 19 de Abril de 2011. O Parque Científico e Industrial<br />

56


Retrospectiva de 2011<br />

de Medicina Tradicional Chinesa foi o primeiro projecto implementa<strong>do</strong> oficialmente no âmbito da<br />

cooperação entre Guang<strong>do</strong>ng e <strong>Macau</strong>, desde a assinatura <strong>do</strong> “Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação<br />

Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>”.<br />

Desde a cerimónia <strong>do</strong> lançamento da primeira pedra no dia 20 de Dezembro de 2009,<br />

a empreitada de construção <strong>do</strong> Novo Campus da Universidade de <strong>Macau</strong> na Ilha de Hengqin<br />

(Montanha) tem ti<strong>do</strong> um andamento satisfatório. O Governo da RAEM espera com confiança<br />

que o empreendimento global possa estar concluí<strong>do</strong> antes <strong>do</strong> dia 20 de Dezembro de <strong>2012</strong>,<br />

estan<strong>do</strong> prevista para 2013 a transferência da Universidade de <strong>Macau</strong> para o Novo Campus.<br />

Aplica-se no Posto Fronteiriço na Ilha de Hengqin a gestão separada e a política experimental<br />

de projectos-piloto, estan<strong>do</strong> os serviços competentes nacionais a estudar as políticas relativas à<br />

inspecção alfandegária sobre saída e entrada de merca<strong>do</strong>rias. Neste momento, face o aumento<br />

contínuo de circulação de pessoas no Posto Fronteiriço das Portas <strong>do</strong> Cerco, Guang<strong>do</strong>ng e<br />

<strong>Macau</strong> já acordaram em estudar a viabilidade da abertura de novos canais de passagem. Serão<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s trabalhos de investigação preliminar para posteriormente serem submeti<strong>do</strong>s<br />

ao Governo Central para o efeito de autorização. Acredita-se que a abertura de novos canais<br />

favorecerá o desenvolvimento sustentável de <strong>Macau</strong>.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, relativamente ao desenvolvimento <strong>do</strong> Parque Científico e Industrial,<br />

Guang<strong>do</strong>ng e <strong>Macau</strong> criaram, através de encontros de alto nível, grupos de ligação<br />

permanente para desenvolverem actividades promocionais de investimento em Hengqin,<br />

nomeadamente, a promoção conjunta de investimento, ten<strong>do</strong> em vista atrair empresas de<br />

marcas internacionalmente conhecidas a instalar-se em Hengqin, e realizan<strong>do</strong> actividades de<br />

promoção conjunta de investimento nos países de língua portuguesa.<br />

Aprofundamento da Cooperação Regional<br />

Intensifica o Papel da Plataforma de <strong>Macau</strong><br />

Paralelamente à implementação <strong>do</strong> “Acor<strong>do</strong> de Estreitamento das Relações Económicas e<br />

Comerciais entre o Interior da China e <strong>Macau</strong>” (CEPA); aos progressos da cooperação regional<br />

<strong>do</strong> Grande-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas; à realização <strong>do</strong> “Fórum para a Cooperação Económica e<br />

Comercial entre a China e Países de Língua Portuguesa”; e à aplicação das Linhas Gerais <strong>do</strong><br />

Planeamento para a Reforma e Desenvolvimento da Região <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas; bem<br />

como, à assinatura no início <strong>do</strong> ano em curso <strong>do</strong> “Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<br />

-<strong>Macau</strong>”, tornou-se cada dia mais reforça<strong>do</strong> e estreito o intercâmbio e cooperação económica<br />

e comercial entre <strong>Macau</strong> e o exterior. Em 2011, o Governo da RAEM continuou a intensificar o<br />

relacionamento de amizade e cooperação com diversas províncias e cidades <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País e<br />

com o exterior através de visitas recíprocas das suas autoridades e actividades de intercâmbio.<br />

Foi assina<strong>do</strong>, no dia 14 de Dezembro de 2011 em <strong>Macau</strong>, o “Suplemento VIII ao Acor<strong>do</strong><br />

de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Interior da China e <strong>Macau</strong>”<br />

(CEPA), que entrará em vigor no dia 1 de Abril de <strong>2012</strong>. O Suplemento VIII ao Acor<strong>do</strong>, alargou<br />

o âmbito da liberalização nos <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> comércio de serviços e facilitação <strong>do</strong> comércio e<br />

investimento. No contexto <strong>do</strong> comércio de serviços, o Interior da China acrescentará mais<br />

três áreas, perfazen<strong>do</strong> um total de 46 sectores de serviços liberaliza<strong>do</strong>s, bem como alargará o<br />

âmbito de 11 <strong>do</strong>s sectores de serviços que já se encontram liberaliza<strong>do</strong>s, o que se traduz em<br />

281 medidas de liberalização. A assinatura <strong>do</strong> Suplemento VIII ao Acor<strong>do</strong> representa um apoio<br />

57


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

ainda mais forte ao desenvolvimento de serviços de <strong>Macau</strong>. Ten<strong>do</strong> em conta a importância o<br />

papel de <strong>Macau</strong> como plataforma de serviços comerciais e centro de turismo e lazer, são feitos<br />

no Suplemento VIII arranjos no senti<strong>do</strong> de estreitar a cooperação da actividade financeira e<br />

<strong>do</strong> sector de turismo.<br />

Em 2011, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, à frente de uma delegação oficial, visitou várias províncias<br />

e municípios, nomeadamente, Nanjing na Província de Jiangsu, Vila Boao na Cidade de Qionghai<br />

da Província de Hainão, Fuzhou da Província de Fujian, Região Autónoma de Mongólia Interior<br />

e Urumuqi de Xinjiang, encontran<strong>do</strong>-se com dirigentes locais para trocar opiniões sobre o<br />

reforço de ligação e cooperação entre <strong>Macau</strong> e o Interior <strong>do</strong> País. No decorrer <strong>do</strong> intercâmbio<br />

no âmbito <strong>do</strong> turismo e da cultura, com representantes das referidas províncias e municípios,<br />

foram promovidas bolsas de contactos e assina<strong>do</strong>s acor<strong>do</strong>s com empresários, procuran<strong>do</strong>, assim,<br />

construir, de forma gradual, <strong>Macau</strong> como centro internacional de turismo e lazer integra<strong>do</strong> na<br />

plataforma regional de comércio e serviços.<br />

No âmbito de economia, comércio, turismo e cultura, o Governo da RAEM destacou em<br />

2011 delegações para visitar vários países, tais como, Timor-Leste, Singapura, Portugal, Cabo<br />

Verde, África <strong>do</strong> Sul, Moçambique e Angola. O secretário para a Economia e Finanças, Tam Pak<br />

Yuen, em conjunto com o Governo Municipal de Zhuhai, organizaram em Maio o “Seminário<br />

entre os Empresários de Zhuhai, <strong>Macau</strong> e Portugal” e a “Cerimónia de Assinatura <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong><br />

de Cooperação entre Zhuhai, <strong>Macau</strong> e Portugal”, e chefiou uma delegação governamental e<br />

empresarial da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, integrada na delegação chefiada pelo<br />

vice-ministro <strong>do</strong> Comércio da República Popular da China, Jiang Yaoping, para se deslocar em<br />

visita de estu<strong>do</strong> a Portugal e Cabo Verde em Junho.<br />

Apoio de <strong>Macau</strong> à Reconstrução de Sichuan<br />

A ligação de <strong>Macau</strong> ao Interior <strong>do</strong> País tem si<strong>do</strong> sempre muito estreita. Perante calamidades<br />

naturais ocorridas no Interior <strong>do</strong> País, os compatriotas de <strong>Macau</strong>, muni<strong>do</strong>s de sentimento<br />

fraternal, têm-se empenha<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s anos nos trabalhos de assistência e apoio à<br />

reconstrução pós-calamidades, mediante a <strong>do</strong>ação de dinheiro ou de géneros. Após a ocorrência<br />

<strong>do</strong> forte terramoto no Distrito de Wenchuan em 2008, o Governo da RAEM criou a Comissão<br />

Coordena<strong>do</strong>ra da RAEM para o Apoio à Reconstrução das Zonas Afectadas Pós Terramoto em<br />

Sichuan e iniciou, sucessivamente a partir de 2009, os projectos da reconstrução recomenda<strong>do</strong>s<br />

por Sichuan. Os 102 projectos de apoio à reconstrução estarão completamente concluí<strong>do</strong>s em<br />

finais de Maio de <strong>2012</strong> com a estreita colaboração <strong>do</strong> mecanismo de coordenação composto<br />

pelos governos de <strong>Macau</strong> e de Sichuan, que funciona há mais de três anos, e no pressuposto<br />

da garantia de qualidade das obras.<br />

Até Janeiro de <strong>2012</strong>, ficaram termina<strong>do</strong>s 87 <strong>do</strong>s 102 projectos apoia<strong>do</strong>s pelo Governo da<br />

RAEM (quase 90 por cento <strong>do</strong> plano total) alcançan<strong>do</strong>-se basicamente o andamento previsto.<br />

Quanto aos 15 projectos remanescentes, a sua construção terminará antes de Maio de <strong>2012</strong>. A<br />

seguir, entrar-se-á na fase final de auditoria e encerramento de contas para to<strong>do</strong>s os projectos.<br />

Em relação aos cinco mil milhões de patacas prometi<strong>do</strong>s pelo Governo da RAEM neste plano de<br />

apoio, a parte de Sichuan propôs o investimento da totalidade <strong>do</strong> resto, ou seja cerca de 34<br />

milhões, na assistência à reabilitação <strong>do</strong>s deficientes da Província de Sichuan, no senti<strong>do</strong> de<br />

ajudar as pessoas daquela zona com deficiência causada pelo terramoto. Actualmente, procede-<br />

-se à apreciação e à aprovação <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> deste projecto.<br />

58


Retrospectiva de 2011<br />

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Cheong U, sublinhou, na reunião plenária<br />

da Comissão Coordena<strong>do</strong>ra, que o trabalho de apoio à reconstrução foi concluí<strong>do</strong> no prazo<br />

previsto e no pressuposto da garantia de qualidade das obras, o que resultou não só <strong>do</strong> esforço<br />

de to<strong>do</strong>s os membros da comissão e <strong>do</strong>s respectivos especialistas e técnicos, mas também de<br />

uma boa comunicação e óptima cooperação entre <strong>Macau</strong> e Sichuan face a todas as dificuldades.<br />

Criação da Delegação Económica e Cultural de<br />

<strong>Macau</strong> em Taiwan<br />

A criação da Delegação Económica e Cultural de <strong>Macau</strong> em Taiwan e o maior aprofundamento<br />

de cooperação entre <strong>Macau</strong> e Taiwan nos <strong>do</strong>mínios da economia, <strong>do</strong> comércio, da educação, <strong>do</strong>s<br />

cuida<strong>do</strong>s de saúde e <strong>do</strong>s serviços sociais constitui uma das prioridades da acção governativa<br />

<strong>do</strong> Governo da RAEM.<br />

Neste momento, quatro mil estudantes e não poucos residentes de <strong>Macau</strong> encontram-<br />

-se em Taiwan a estudar, a viver, a viajar e a desenvolver actividades comerciais, enquanto<br />

que anualmente cerca de 1,3 milhões de visitantes de Taiwan se deslocam a <strong>Macau</strong> muitos<br />

deles empresários e comerciantes interessa<strong>do</strong>s em investir em <strong>Macau</strong> e nos países de língua<br />

portuguesa.<br />

Após vários meses de consultas aprofundadas, o Governo da RAEM e as autoridades de<br />

Taiwan chegaram a acor<strong>do</strong> sobre a instalação recíproca de delegações multi-funcionais nos<br />

<strong>do</strong>is territórios. A 4 de Novembro, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, nomeou Nadia Leong<br />

Kit Chi como chefe da Delegação Económica e Cultural de <strong>Macau</strong> em Taiwan. Por outro la<strong>do</strong>, o<br />

Governo de <strong>Macau</strong> e a Taipei Financial Center Corporation concluíram a assinatura <strong>do</strong> contrato<br />

de arrendamento das duas fracções <strong>do</strong> 56.º andar <strong>do</strong> Edifício Taipei 101 para a instalação da<br />

Delegação Económica e Cultural de <strong>Macau</strong>, em Taiwan. A Delegação chefiada por Nadia Leong Kit<br />

Chi, tem como atribuições: assegurar a prestação de serviços e apoio aos residentes de <strong>Macau</strong><br />

que se encontram a trabalhar, estudar, viajar, desenvolver actividades comerciais ou residir em<br />

Taiwan, designadamente assistência em situações de emergência; promover o intercâmbio e a<br />

cooperação entre <strong>Macau</strong> e Taiwan, designadamente nas áreas da economia, comércio e turismo,<br />

ciência e tecnologia, protecção <strong>do</strong> meio ambiente, educação, cuida<strong>do</strong>s de saúde, criatividade<br />

cultural, publicações académicas, formação profissional e benefícios sociais; promover o reforço<br />

da cooperação no âmbito <strong>do</strong> combate ao crime e da assistência judicial.<br />

A Delegação Económica e Cultural de <strong>Macau</strong>, em Taiwan, entrou oficialmente em<br />

funcionamento a 2 de Dezembro de 2011. Os contactos de telefone e correio electrónico da<br />

Delegação têm esta<strong>do</strong> disponíveis desde então para prestar serviços aos residentes de <strong>Macau</strong><br />

que se encontram a trabalhar, estudar, ou a viajar em Taiwan.<br />

59


macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>


Retrospectiva de 2011<br />

III. Atenuar as Dificuldades das Camadas<br />

Mais Desfavorecidas e Continuar a<br />

Aperfeiçoar o Bem-Estar Social<br />

O Governo da RAEM continuou a a<strong>do</strong>ptar medidas de comparticipação de curto prazo<br />

acumulan<strong>do</strong>-as com as de longo prazo, promoven<strong>do</strong> de forma progressiva a melhoria da qualidade<br />

de vida de cidadãos de <strong>Macau</strong> e o aperfeiçoamento <strong>do</strong> bem-estar social.<br />

Desde há muito tempo que o Governo da RAEM tem vin<strong>do</strong> a procurar assegurar aos<br />

deficientes o gozo <strong>do</strong>s direitos e liberdades fundamentais através das suas políticas e medidas<br />

nas áreas da segurança social, saúde, procuran<strong>do</strong>-se garantir e promover o acesso das pessoas<br />

deficientes à assistência necessária no processo da sua reabilitação e reinserção social. Para<br />

demonstrar a atenção da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> às pessoas deficientes e<br />

em resposta às esperanças das pessoas deficientes e <strong>do</strong>s seus familiares, o Governo divulgou<br />

em 24 de Janeiro o Regulamento Administrativo n.º 3/2011 sobre o “Regime de avaliação <strong>do</strong><br />

tipo e grau da deficiência, seu registo e emissão de cartão”, segun<strong>do</strong> o qual, os interessa<strong>do</strong>s<br />

podem requerer, a partir de 11 de Março, o cartão de registo junto <strong>do</strong> Instituto de Acção Social.<br />

Até finais de Dezembro, as autoridades receberam um total de dez mil requerimentos para a<br />

emissão <strong>do</strong> cartão de registo.<br />

Depois de ter obti<strong>do</strong> o cartão de registo, os interessa<strong>do</strong>s podem requerer a atribuição de<br />

subsídio nos termos <strong>do</strong> “Regime <strong>do</strong> subsídio de invalidez e <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s de saúde presta<strong>do</strong>s<br />

em regime gratuito aos porta<strong>do</strong>res de deficiência”, que entrou em vigor em 30 de Agosto. Este<br />

regime estipula que os residentes permanentes da RAEM, que sejam avalia<strong>do</strong>s como porta<strong>do</strong>res<br />

de deficiência, têm direito à atribuição anual <strong>do</strong> subsídio pago de uma só vez e ao acesso<br />

gratuito aos cuida<strong>do</strong>s de saúde, poden<strong>do</strong> ainda requerer o benefício de transporte sem ser,<br />

para tal, sujeitos à análise económica e de bens. O subsídio abrange duas modalidades, sen<strong>do</strong><br />

atribuí<strong>do</strong>s subsídio de invalidez normal na ordem de 6000 patacas aos indivíduos avalia<strong>do</strong>s<br />

como porta<strong>do</strong>res da deficiência ligeira ou moderada e subsídio de invalidez especial no valor<br />

de 12.000 patacas aos indivíduos avalia<strong>do</strong>s como porta<strong>do</strong>res da deficiência grave ou profunda.<br />

Para que a população de <strong>Macau</strong> tenha uma maior protecção e uma melhor qualidade<br />

61


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

de vida após a aposentação, bem como o bem-estar <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos na sua velhice, o Governo<br />

tem vin<strong>do</strong> a empenhar-se na concretização <strong>do</strong> Regime da Segurança Social de Dois Níveis. A<br />

entrada em vigor, em 1 de Janeiro de 2011, da Lei n.º 4/2010 sobre o “Regime da Segurança<br />

Social” marcou o início da segurança social para to<strong>do</strong>s, de forma que to<strong>do</strong>s os residentes, quer<br />

permanentes, quer não-permanentes, têm o igual direito da participação, permitin<strong>do</strong> ainda que<br />

as pessoas anteriormente não integra<strong>do</strong>s no regime da segurança social por diversos motivos,<br />

possam requerer as contribuições retroactivas. Até 30 de Novembro, o Fun<strong>do</strong> de Segurança<br />

Social recebeu no total 27.954 pedi<strong>do</strong>s de contribuições retroactivas, ten<strong>do</strong> 26.974 pedi<strong>do</strong>s<br />

si<strong>do</strong> aprova<strong>do</strong>s (96,5 por cento <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s pedi<strong>do</strong>s).<br />

Por outro la<strong>do</strong>, com vista a melhorar a qualidade de vida <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos, o Governo aumentou<br />

o montante de pensão de velhice, de maneira que a referida pensão passou de 1700 para 2000<br />

patacas por mês, corresponden<strong>do</strong> a um aumento de 17,6 por cento. Incluí<strong>do</strong>s os i<strong>do</strong>sos que<br />

aderiam através <strong>do</strong> pagamento de contribuições retroactivas ao abrigo <strong>do</strong> novo regime, prevê-<br />

-se que o número de beneficiários da pensão de velhice abranja 59 mil pessoas.<br />

Depois de ter implementa<strong>do</strong> o regime de segurança social <strong>do</strong> primeiro nível, o Governo<br />

começou a criar o regime de segurança social <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> nível - Regime de Poupança Central<br />

ten<strong>do</strong> elabora<strong>do</strong> em 11 de Novembro a proposta de lei “Quadro-Geral <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Poupança<br />

Central”, que estabeleceu o Quadro-Geral <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Poupança Central. Segun<strong>do</strong> o qual,<br />

considera-se, automaticamente, participante da conta individual <strong>do</strong> Regime <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de<br />

Poupança Central o residente da RAEM, que tenha completa<strong>do</strong> 18 anos de idade, e o residente,<br />

que não ten<strong>do</strong> completa<strong>do</strong> 18 anos de idade, esteja inscrito no Fun<strong>do</strong> de Segurança Social.<br />

No âmbito <strong>do</strong> Regime de Poupança Central, procedeu-se, em Setembro, a uma atribuição de<br />

rendimentos, cuja taxa foi de 0,1165 por cento.<br />

Quanto à atribuição de <strong>do</strong>tações <strong>do</strong>s sal<strong>do</strong>s financeiros da RAEM, a proposta de lei em<br />

análise mantém as estipulações vigentes de que, os residentes permanentes da RAEM que<br />

tenham completa<strong>do</strong> 22 anos de idade e permaneci<strong>do</strong> na RAEM, pelo menos, 183 dias durante<br />

o ano civil anterior, têm o direito à atribuição desta verba.<br />

O Governo da RAEM espera com expectativa que, mediante a combinação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de<br />

Segurança Social, Fun<strong>do</strong> de Poupança Central e poupança individual, será implementa<strong>do</strong> um<br />

sistema de segurança social e de apoio aos i<strong>do</strong>sos, correspondente à realidade de <strong>Macau</strong> e<br />

cada dia mais aperfeiçoa<strong>do</strong>.<br />

Atenuar a Pressão da Inflação e Elevar a Qualidade<br />

de Vida<br />

Em 2011, o Governo da RAEM continuou empenha<strong>do</strong> no seu objectivo de assegurar a<br />

estabilidade social e concretizar o desenvolvimento coordena<strong>do</strong>. Assim, o Governo continuou<br />

a implementar várias medidas de curto prazo, eficazes e benéficas, para atenuar a pressão da<br />

inflação sobre a população, ajudar a comunidade mais vulnerável e melhorar a qualidade de<br />

vida <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

Entre estas medidas de curto prazo destacam-se: a continuação <strong>do</strong> “Plano de Comparticipação<br />

Pecuniária” de 2010, atribuin<strong>do</strong> o montante de 4000 patacas a cada residente permanente e o<br />

montante de 2400 patacas a cada residente não-permanente; a injecção de 6000 patacas em<br />

cada conta <strong>do</strong> Regime de Poupança Central cujo titular reúna os requisitos, bem como a emissão<br />

62


Retrospectiva de 2011<br />

<strong>do</strong>s vales de saúde no valor de 500 patacas a cada residente permanente de <strong>Macau</strong>; por outro<br />

la<strong>do</strong>, consideran<strong>do</strong> a subida contínua da inflação em 2011, o Governo da RAEM anunciou em<br />

Abril um pacote de medidas para atenuar as dificuldades de vida <strong>do</strong>s cidadãos, atribuin<strong>do</strong> o<br />

montante de 3000 patacas a cada residente permanente e o montante de 1800 patacas a cada<br />

residente não-permanente. O referi<strong>do</strong> pacote abrangia ainda medidas de subvenção à tarifa<br />

de electricidade das fracções habitacionais; atribuição de abono de residência a agrega<strong>do</strong>s<br />

familiares da lista de espera <strong>do</strong>s candidatos à habitação social que preencham os requisitos,<br />

sen<strong>do</strong> atribuí<strong>do</strong> o montante mensal de 1050 patacas para agrega<strong>do</strong>s familiares compostos<br />

por uma a duas pessoas, e de 1600 patacas aos agrega<strong>do</strong>s familiares compostos por três ou<br />

mais pessoas; um subsídio aos trabalha<strong>do</strong>res por conta de outrem, a tempo inteiro, com baixo<br />

rendimento; a elevação <strong>do</strong> limite de isenção <strong>do</strong> imposto profissional de 95.000 para 144.000<br />

patacas; isenção <strong>do</strong> pagamento da contribuição industrial; da taxa de licença de exploração<br />

<strong>do</strong>s vendilhões; da renda das bancas <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s; <strong>do</strong> imposto <strong>do</strong> selo sobre as apólices de<br />

seguros, incluin<strong>do</strong> o seguro de vida e o imposto <strong>do</strong> selo sobre operações bancárias; a isenção<br />

da taxa da licença de reclames e tabuletas das unidades comerciais (excluí<strong>do</strong> o imposto sobre o<br />

tabaco) e <strong>do</strong> imposto de turismo <strong>do</strong>s estabelecimentos de restauração; a isenção da contribuição<br />

predial urbana até 3500 patacas; manter o valor de 200.000 patacas de matéria colectável a<br />

beneficiar de isenção <strong>do</strong> imposto complementar sobre rendimentos (que anteriormente era de<br />

32.000 patacas) e a isenção <strong>do</strong> pagamento <strong>do</strong> imposto <strong>do</strong> selo sobre os bilhetes de entrada e<br />

de assistência a pessoal a espectáculos, exposições e diversões. Os residentes permanentes<br />

de <strong>Macau</strong> que não possuam imóveis e que venham a adquirir a primeira habitação continuarão<br />

a beneficiar da isenção <strong>do</strong> pagamento <strong>do</strong> imposto <strong>do</strong> selo sobre a transmissão <strong>do</strong> imóvel até<br />

três milhões de patacas <strong>do</strong> valor da propriedade, atribuição de subsídio especial para três tipos<br />

de famílias em situação vulnerável; e atribuição contínua de subsídio para i<strong>do</strong>sos na ordem de<br />

5000 patacas.<br />

Aumento <strong>do</strong> Índice Mínimo de Subsistência Ajuda<br />

Camadas Mais Desfavorecidas a Enfrentar a<br />

Inflação<br />

Ten<strong>do</strong> em referência o Índice de Preços no Consumi<strong>do</strong>r, analisan<strong>do</strong> de forma global a<br />

capacidade das finanças públicas e avalian<strong>do</strong> a situação económica e social e outros factores,<br />

o Governo aumentou, a partir de Abril de 2011, o índice mínimo de subsistência em cerca de<br />

13,6 por cento, a fim de ajudar cidadãos para enfrentar a inflação e melhorar a qualidade de<br />

vida. Assim, foi aumenta<strong>do</strong> para 3000 patacas, o índice mínimo de subsistência <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s<br />

familiares compostos por uma pessoa, 5210 <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s familiares compostos por duas<br />

pessoas, 7430 <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s familiares compostos por três pessoas, 9060 <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s<br />

familiares compostos por quatro pessoas, 10.710 <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s familiares compostos por cinco<br />

pessoas, 11.920 <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s familiares compostos por seis pessoas, 13.130 <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s<br />

familiares compostos por sete pessoas, e 14.350 <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s familiares compostos por oito<br />

ou mais pessoas.<br />

Além de lançar um pacote de medidas de subvenção às comunidades mais fragilizadas, o<br />

Governo, atento aos impactos inflacionários na vida <strong>do</strong>s cidadãos, tomou ainda uma série de<br />

medidas de resposta à subida da inflação, designadamente o alargamento de fontes de aquisição<br />

de produtos e o aumento de transparência <strong>do</strong>s preços.<br />

63


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, afirmou, quan<strong>do</strong> da apresentação <strong>do</strong> Relatório das<br />

Linhas de Acção Governativa para o <strong>Ano</strong> Financeiro de <strong>2012</strong>, que o Governo da RAEM tem da<strong>do</strong><br />

particular atenção à situação da oferta de produtos alimentares. Com a mudança de instalações<br />

<strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Abastece<strong>do</strong>r para a Zona de <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Parque Industrial Transfronteiriço Zhuhai-<br />

-<strong>Macau</strong>, o Governo irá aumentar a fiscalização e a expansão deste merca<strong>do</strong>, optimizan<strong>do</strong> as<br />

condições para o seu melhor funcionamento. Pretende-se introduzir maior competitividade,<br />

aumentan<strong>do</strong>, significativamente, o número de lojas para 250, destinadas ao comércio por grosso<br />

de vegetais, frutas, ovos e aves.<br />

Aperfeiçoar o Sistema de Cuida<strong>do</strong>s Médicos e<br />

Elaborar o Planeamento de Longo Prazo<br />

O nível da saúde <strong>do</strong>s residentes é parte importante da qualidade de vida da população.<br />

Ten<strong>do</strong> passa<strong>do</strong> já 20 anos desde a última ampliação das instalações <strong>do</strong> Centro Hospitalar Conde<br />

de São Januário, o planeamento e desenho original de então já não responde às exigências da<br />

medicina moderna, que cresceram devi<strong>do</strong> à rápida mudança <strong>do</strong> ambiente social. Assim, o Governo<br />

da RAEM divulgou em 2011 o “Projecto de Melhoramento das Infra-estruturas <strong>do</strong> Sistema de<br />

Saúde - Planeamento Decenal”, planean<strong>do</strong> nos próximos dez anos reforçar o seu investimento<br />

na ordem <strong>do</strong>s dez mil milhões de patacas nos recursos da saúde, em três vertentes: as obras<br />

de ampliação e reconstrução, construção <strong>do</strong> complexo de cuida<strong>do</strong>s de saúde nas Ilhas e criação<br />

da rede <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s de saúde primários, ten<strong>do</strong> por fim aperfeiçoar as instalações médicas e<br />

sanitárias e o sistema de cuida<strong>do</strong>s médicos de <strong>Macau</strong>.<br />

Em coordenação com o desenvolvimento social, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Saúde procedeu<br />

à ampliação e remodelação de várias instalações de cuida<strong>do</strong>s médicos, iniciou a construção<br />

<strong>do</strong> Complexo Hospitalar das Ilhas e aperfeiçoou a rede <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s de saúde primários. Dos<br />

projectos em obra destacaram-se: a ampliação <strong>do</strong> Edifício de Serviços de Urgência, <strong>do</strong> Edifício<br />

Multidisciplinar <strong>do</strong> Centro Hospitalar Conde de São Januário; a preparação de construção <strong>do</strong><br />

Edifício de Especialidades Medicas Diferenciadas <strong>do</strong> Centro Hospitalar Conde de São Januário<br />

<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de 100 camas; a reconstrução <strong>do</strong> Centro de Recuperação de Doenças Infecciosas no<br />

Alto da Montanha de Coloane e a construção <strong>do</strong> Hospital de Reabilitação em Ká-Hó, de Coloane.<br />

Está previsto para 2013 o início de obras da construção <strong>do</strong> Complexo Hospitalar das Ilhas e será<br />

inaugurada, em 2015, a obra da primeira fase <strong>do</strong> Hospital de Urgência das Ilhas com 100 camas,<br />

enquanto outros projectos serão concluí<strong>do</strong>s no mais tardar em 2020. No tocante aos cuida<strong>do</strong>s<br />

de saúde primário, o desenvolvimento estrutura-se através de planos de curto, médio e longo<br />

prazo. Está prevista a construção de uma rede <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s de saúde primários composta de<br />

11 centros de saúde e <strong>do</strong>is postos de saúde, dentro de uma década.<br />

Responder às Necessidades da Saúde e Reforçar a<br />

Prevenção e Fiscalização<br />

Em Abril de 2011, a Assembleia Legislativa aprovou na especialidade o “Regime de<br />

Prevenção e Controlo <strong>do</strong> Tabagismo”, que entrou em vigor a partir de 1 de Janeiro de <strong>2012</strong>. O<br />

diploma proíbe fumar na maior parte <strong>do</strong>s recintos fecha<strong>do</strong>s destina<strong>do</strong>s a utilização colectiva, ou<br />

seja, em 32 recintos, nomeadamente, locais de trabalho, órgãos legislativos, hotéis, casinos,<br />

64


Retrospectiva de 2011<br />

estabelecimentos de sauna e lugares cobertos de estacionamento de veículos, entre outros. Os<br />

infractores serão sanciona<strong>do</strong>s com multa de 400 a 600 patacas.<br />

“O Regime de Prevenção e Controlo <strong>do</strong> Tabagismo” tem como objectivos, em especial,<br />

assegurar a protecção contra a exposição ao fumo <strong>do</strong> tabaco; a regulamentação da composição<br />

<strong>do</strong>s produtos <strong>do</strong> tabaco e das informações a prestar sobre os produtos <strong>do</strong> tabaco, a proibição<br />

da publicidade ao tabaco, bem como da sua promoção e patrocínio; a definição das medidas de<br />

redução da procura e oferta <strong>do</strong> tabaco. O referi<strong>do</strong> regime visa estabelecer limitações ao consumo<br />

de tabaco em recintos fecha<strong>do</strong>s destina<strong>do</strong>s a utilização colectiva e em outros locais determina<strong>do</strong>s<br />

por lei, nomeadamente, hospitais, estabelecimentos de ensino primário e secundário, órgãos<br />

legislativos, locais de trabalho, estabelecimentos hoteleiros, estabelecimentos de comidas,<br />

estabelecimentos comerciais, terminais cobertos afectos a veículos de transporte colectivo de<br />

passageiros, entre outros. Além disso, o “Regime de Prevenção e Controlo <strong>do</strong> Tabagismo estipula<br />

que deverão, dentro de um ano a partir da entrada em vigor da presente lei, ou seja, antes de<br />

2013, criadas áreas para fuma<strong>do</strong>res nos casinos até um máximo de 50 por cento <strong>do</strong> total da área<br />

destinada ao público, que satisfaçam os requisitos fixos pelo regulamento administrativo a ser<br />

divulga<strong>do</strong>. A presente lei será revista em cada três anos sobre a data da sua entrada em vigor.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, passa<strong>do</strong>s três anos sobre a data da entrada em vigor <strong>do</strong> “Regime de Prevenção<br />

e Controlo <strong>do</strong> Tabagismo”, ou seja, depois de 1 de Janeiro de 2015, será totalmente proibi<strong>do</strong><br />

fumar nos locais excepcionais, tais como bares, salas de dança, estabelecimentos de sauna e<br />

de massagens e serão feitos arranjos especiais de controlo <strong>do</strong> tabagismo nos casinos. Cabem<br />

ao Gabinete para a Prevenção e Controlo <strong>do</strong> Tabagismo a responsabilidade pelos respectivos<br />

trabalhos. O Governo da RAEM anunciou em Dezembro de <strong>2012</strong> o aumento de imposto de tabaco<br />

em articulação com o trabalho de prevenção e controlo <strong>do</strong> tabagismo.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, a segurança alimentar, que envolve a saúde física de to<strong>do</strong>s os residentes<br />

de <strong>Macau</strong> e seus direitos e interesses <strong>do</strong> consumo, vem nos últimos anos merecen<strong>do</strong> a maior<br />

atenção internacional. O Governo da RAEM, por seu turno, tem presta<strong>do</strong> muita atenção à situação<br />

de abastecimento de produtos alimentares e está a elaborar a proposta de lei de seguraça<br />

alimentar. Para o tal efeito, será cria<strong>do</strong> o Centro de Seguraça Alimentar pelo Instituto para os<br />

Assuntos Cívicos e Municipais. No intuito de aperfeiçoar o trabalho de supervisão e gestão da<br />

segurança alimentar, o Governo planeia transferir para o novo Merca<strong>do</strong> Abastece<strong>do</strong>r, o Centro<br />

de Seguraça Alimentar, o Laboratório e Serviços de Inspecção e Sanidade <strong>do</strong> IACM, para que<br />

o trabalho de fiscalização sanitária, quarentena e análise seja feito de forma mais directa e<br />

rápida, a fim de melhorar o trabalho <strong>do</strong> controlo final da segurança alimentar e aperfeiçoar a<br />

fiscalização da importação <strong>do</strong>s produtos alimentares frescos com base na elevação tecnológica.<br />

65


macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>


Retrospectiva de 2011<br />

IV. Implementação de Planos de Habitação<br />

Pública e Ajustamento <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong><br />

Imobiliário Priva<strong>do</strong><br />

Nos últimos anos, a economia de <strong>Macau</strong> tem-se desenvolvi<strong>do</strong> a uma velocidade muito alta<br />

e a população não parou de crescer. A par das mudanças na sociedade, a procura habitacional<br />

<strong>do</strong>s cidadãos passou a ser um problema social importante. Altamente atento ao problema de<br />

habitação <strong>do</strong>s cidadãos, o Governo da RAEM tem aperfeiçoa<strong>do</strong> de forma contínua as políticas<br />

de habitação, ajudan<strong>do</strong>-os na satisfação das necessidades básicas de habitação.<br />

“Habitação para to<strong>do</strong>s, bem-estar para to<strong>do</strong>s” é o objectivo planea<strong>do</strong> e global das políticas<br />

de habitação <strong>do</strong> Governo da RAEM. O Governo anunciou, no Relatório das Linhas de Acção<br />

Governativa de 2008, que iria construir 19 mil fracções de habitação económica antes de <strong>2012</strong>.<br />

Até 2011, já se encontravam no merca<strong>do</strong> as fracções de habitação económica <strong>do</strong> Edifício da<br />

Alameda da Tranquilidade e <strong>do</strong> Edifício <strong>do</strong> Lago, ao mesmo tempo que foi inicia<strong>do</strong> o projecto de<br />

habitação económica de Seac Pai Van e foram completadas as estruturas superiores de todas as<br />

torres de habitação pública na Rua de Francisco Xavier Pereira, entrou em vigor da nova “Lei da<br />

Habitação Económica”, marcan<strong>do</strong> a entrada na fase crucial <strong>do</strong> “Planeamento para a construção<br />

de 19 mil fracções de habitação económica”.<br />

Divulgação de Diploma Legal de Habitação<br />

Económica e Aperfeiçoamento <strong>do</strong> Regime de Venda<br />

A “Lei da Habitação Económica” entrou em vigor no dia 1 de Outubro de 2011, definin<strong>do</strong>:<br />

que a construção <strong>do</strong>s edifícios de habitação económica é da responsabilidade <strong>do</strong> Governo da<br />

RAEM; que são fixos os limites de rendimento e de património líqui<strong>do</strong> <strong>do</strong>s candidatos, sen<strong>do</strong>,<br />

por exemplo, de 17.000 patacas o limite máximo <strong>do</strong> rendimento mensal de agrega<strong>do</strong> familiar<br />

composto por uma pessoa; que os candidatos não podem possuir, nos cinco anos anteriores à<br />

data da apresentação da candidatura e até à data de celebração da escritura pública de compra<br />

e venda da fracção, propriedade com finalidade habitacional ou terreno em <strong>Macau</strong>; que o prazo<br />

67


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

de inalienabilidade é de dezasseis anos, a contar da data de emissão da licença de utilização;<br />

que após decurso de seis anos, mas ainda durante o prazo de inalienabilidade, a fracção<br />

pode ser vendida aos candidatos que reúnam os requisitos de acesso à habitação económica,<br />

sen<strong>do</strong> que o novo preço de venda não pode exceder o limite máximo fixa<strong>do</strong> pelo Instituto de<br />

Habitação; que decorri<strong>do</strong> o prazo de inalienabilidade, a fracção pode ser vendida desde que, o<br />

Instituto de Habitação goze <strong>do</strong> direito de preferência de aquisição e seja paga pelo proprietário<br />

uma compensação à RAEM; e que é revisto o regime de candidatura à habitação económica,<br />

alteran<strong>do</strong> o actual regime de ordenação na lista por pontuação para o sorteio público com vista<br />

à atribuição de habitação.<br />

Simultaneamente mantêm-se válida a lista de espera de habitação económica existente,<br />

mas deve observar-se o prazo de dezasseis anos de inalienabilidade, o preço de venda das<br />

fracções económicas calcula<strong>do</strong> em função de novo méto<strong>do</strong> e o pagamento de compensação<br />

nos termos da lei por proprietário após a venda de habitação económica, ou seja, resolve-se<br />

a questão de ligação entre a antiga e a nova lei de habitação económica através de “regime<br />

anterior aplica<strong>do</strong> aos casos velhos e regime actual aplica<strong>do</strong> aos casos novos”. Assim na Lei da<br />

Habitação Económica revista, foi introduzida ainda o regime de venda antecipada de fracções<br />

económicas, permitin<strong>do</strong> que o Governo conheça, de forma precisa, a procura real da habitação<br />

económica, de mo<strong>do</strong> a ajustar oportunamente a disposição <strong>do</strong>s recursos de habitação pública.<br />

O preço de venda das fracções, que preocupa mais a sociedade, é fixa<strong>do</strong> por diploma<br />

complementar. Na fixação <strong>do</strong> preço de venda são ti<strong>do</strong>s em consideração, nomeadamente, a<br />

capacidade aquisitiva <strong>do</strong>s possíveis beneficiários deste tipo de habitação; a localização <strong>do</strong>s<br />

edifícios; o ano de conclusão <strong>do</strong>s edifícios; a direcção e localização das fracções na estrutura<br />

global <strong>do</strong> edifício; a área e tipologia das fracções.<br />

Habitação Económica - Implementação de Projectos<br />

e Reserva de Terrenos<br />

Após a entrada em vigor da Lei da Habitação Económica, o Governo procedeu à venda<br />

antecipada das fracções da habitação económica <strong>do</strong> Edifício de Alameda da Tranquilidade e <strong>do</strong><br />

Edifício <strong>do</strong> Lago. No Edifício de Alameda da Tranquilidade disponibilizaram-se 2703 fracções de<br />

habitação económica, com um preço médio de venda por pé quadra<strong>do</strong> da área de construção de<br />

1256 patacas, sen<strong>do</strong> o valor mínimo por pé quadra<strong>do</strong> de 900 patacas, com uma percentagem útil<br />

de 78,94 por cento. Os preços de venda das fracções T1 e T4 variam de 560.000 a 1.670.000<br />

patacas, ao passo que a área útil varia de 41 a 83 metros quadra<strong>do</strong>s. O rácio bonifica<strong>do</strong> <strong>do</strong> Edifício<br />

de Alameda da Tranquilidade é de 50 por cento. Até 31 de Dezembro de 2011 foram vendidas<br />

um total de 704 fracções de habitação económica no Edifício de Alameda da Tranquilidade.<br />

A habitação económica <strong>do</strong> Edifício <strong>do</strong> Lago é o primeiro empreendimento de habitação<br />

pública em <strong>Macau</strong> financiada directamente pelo Governo da RAEM, compreenden<strong>do</strong> as funções<br />

comunitárias completas. O Edifício <strong>do</strong> Lago é composto por seis torres, sen<strong>do</strong> disponibilizadas<br />

2703 fracções. O preço de venda das fracções T1 <strong>do</strong> Edifício <strong>do</strong> Lago é de 544.000 patacas,<br />

com uma área útil de 36,5 metros quadra<strong>do</strong>s, enquanto o preço de venda das fracções T3 é de<br />

1.454.200 patacas, com a área útil de 68,97 metros quadra<strong>do</strong>s. Se for calcula<strong>do</strong> com base na<br />

percentagem útil de 72,19 por cento, o valor mínimo por pé quadra<strong>do</strong> da área de construção<br />

<strong>do</strong> Edifício <strong>do</strong> Lago é de 840 patacas, com uma percentagem útil de 72,19 por cento. Sen<strong>do</strong><br />

68


Retrospectiva de 2011<br />

a forma <strong>do</strong> cálculo <strong>do</strong> rácio bonifica<strong>do</strong> igual à <strong>do</strong> Edifício de Alameda da Tranquilidade, o rácio<br />

bonifica<strong>do</strong> <strong>do</strong> Edifício <strong>do</strong> Lago é de 54,3 por cento.<br />

Início das Obras <strong>do</strong> Projecto de Habitação Pública<br />

de Seac Pai Van<br />

Iniciaram-se em 2011, as obras <strong>do</strong> projecto de habitação pública de Seac Pai Van, que,<br />

sen<strong>do</strong> integra<strong>do</strong> no planeamento para a construção de 19 mil fracções de habitação económica,<br />

conta com a maior área de terreno e o maior número de fracções e população.<br />

O projecto de habitação pública de Seac Pai Van está a ser edifica<strong>do</strong> num terreno onde<br />

existia um terreno industrial e uma pedreira. Após a conclusão <strong>do</strong> projecto, Seac Pai Van tornar-<br />

-se-à uma nova zona de residência, onde se disponibilizarão 8649 habitações, com todas as<br />

instalações, nomeadamente, escola, centro de saúde, merca<strong>do</strong>, instalações recreativas, parque<br />

de estacionamento público e centro geral de transbor<strong>do</strong> de autocarros, sen<strong>do</strong> também introduzi<strong>do</strong><br />

o conceito de reutilização de água reciclada com o objectivo de fornecer um ambiente agradável<br />

aos residentes nesta zona. Está prevista para finais de <strong>2012</strong>, a venda antecipada de habitações<br />

<strong>do</strong> projecto de habitação pública de Seac Pai Van.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, foram completadas, em Fevereiro de <strong>2012</strong>, as estruturas superiores de<br />

todas as torres da obra de construção da habitação pública localizada na Rua de Francisco<br />

Xavier Pereira, cuja construção teve início no 4.º trimestre de 2010, esperan<strong>do</strong>-se que sejam<br />

inauguradas no 3.º trimestre <strong>do</strong> <strong>2012</strong>. Este projecto proporcionará cerca de 350 fracções de<br />

habitação pública e 350 lugares de estacionamento.<br />

Reservar Terrenos Destina<strong>do</strong>s à Construção de<br />

Habitação Pública<br />

No âmbito <strong>do</strong> planeamento para a construção de 19 mil fracções de habitação pública, o<br />

Governo da RAEM reservou terrenos para construção de cerca de 6300 fracções de habitação<br />

pública, das quais, 3850 fracções encontram-se na fase de planeamento, preven<strong>do</strong>-se que<br />

após a conclusão <strong>do</strong>s processos <strong>do</strong> concurso público a ser lança<strong>do</strong> em <strong>2012</strong>, as construções<br />

duma parte das fracções se possam iniciar. Em articulação com o desenvolvimento urbano e<br />

populacional de longo prazo, o Governo vai, também, reservar espaços destina<strong>do</strong>s à construção<br />

de habitação pública nos terrenos a serem desenvolvi<strong>do</strong>s na zona <strong>do</strong>s novos aterros de forma<br />

a assegurar o fornecimento contínuo de habitações.<br />

Elaborar a “Estratégia <strong>do</strong> Desenvolvimento para<br />

Habitação Pública (2011-2020)” para Proceder à<br />

Consulta Pública<br />

Para avaliar e estudar globalmente a política de habitação de <strong>Macau</strong> nos próximos dez anos,<br />

o Governo elaborou a Estratégia <strong>do</strong> Desenvolvimento para a Habitação Pública (2011-2020),<br />

para proceder à consulta pública. A Estratégia vai manter o tom principal da acção governativa<br />

69


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

“ten<strong>do</strong> a habitação social um papel principal e a habitação económica um papel secundário”,<br />

formulan<strong>do</strong> as quatro acções principais para a obtenção <strong>do</strong>s objectivos: investimento de recursos<br />

de terrenos e financeiros de longo prazo; produção <strong>do</strong> diploma legal e regimes jurídicos;<br />

admissão periódica de pedi<strong>do</strong>s à habitação pública e fixação de prazos de espera; e reforço das<br />

atribuições <strong>do</strong> Conselho para os Assuntos da Habitação Pública.<br />

Medidas de Combate à Especulação e Transparência<br />

<strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Imobiliário com Revisão das Leis<br />

Paralelamente à descolagem económica da RAEM, o preço <strong>do</strong>s edifícios priva<strong>do</strong>s não parou<br />

de subir. Com vista ao combate ao super aquecimento <strong>do</strong> clima de especulação, o Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo, Chui Sai On, quan<strong>do</strong> da presença na reunião de interpelação e resposta da Assembleia<br />

Legislativa de 20 de Abril de 2011, anunciou uma série de medidas para esfriar a especulação<br />

no merca<strong>do</strong> imobiliário, incluin<strong>do</strong> a cobrança de imposto <strong>do</strong> selo especial sobre a transmissão de<br />

bens imóveis destina<strong>do</strong>s à habitação dentro <strong>do</strong> prazo estipula<strong>do</strong> e imposição de maior restrição<br />

quanto ao limite máximo de crédito para a aquisição de fracções autónomas de edifícios em<br />

construção. Estas medidas contiveram, por um la<strong>do</strong>, as actividades de especulação excessivas<br />

no merca<strong>do</strong> imobiliário, reduzin<strong>do</strong> o risco de bolha de bens, e asseguraram, por outro, a<br />

segurança <strong>do</strong> sistema monetário, promoven<strong>do</strong> o desenvolvimento saudável e sustentável <strong>do</strong><br />

merca<strong>do</strong> imobiliário.<br />

Em 7 de Junho, de acor<strong>do</strong> com a sugestão apresentada pelo Governo da RAEM, a Assembleia<br />

Legislativa aprovou, por processo urgente, a proposta de Lei sobre Imposto <strong>do</strong> Selo Especial<br />

sobre a Transmissão de Bens Imóveis Destina<strong>do</strong>s à Habitação. Estipula-se na referida proposta<br />

de lei que é devi<strong>do</strong> o imposto <strong>do</strong> selo especial nas transmissões de fracções habitacionais no<br />

prazo após <strong>do</strong>is anos a contar da data de liquidação, sen<strong>do</strong> a taxa <strong>do</strong> imposto classificada em<br />

<strong>do</strong>is níveis. Assim, caso a transmissão ocorra no primeiro ano após a liquidação, a taxa é de<br />

20 por cento sobre a matéria colectável, e caso a transmissão ocorra no segun<strong>do</strong> ano após a<br />

liquidação, a taxa é de dez por cento sobre a matéria colectável. Por outro la<strong>do</strong>, a transmissão<br />

das fracções habitacionais relativamente às quais não tenha si<strong>do</strong> pago o imposto <strong>do</strong> selo nos<br />

termos legais, ocorrida após a entrada em vigor da lei, está sujeita ao imposto <strong>do</strong> selo especial<br />

de 20 por cento, independentemente <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> que medeia entre a aquisição e a transmissão.<br />

Ao mesmo tempo, o diploma aplicou igualmente uma maior restrição quanto ao limite<br />

máximo de crédito para a aquisição de fracções autónomas de edifícios em construção, ten<strong>do</strong><br />

fixa<strong>do</strong> 70 por cento <strong>do</strong> limite máximo de crédito para residentes de <strong>Macau</strong> e 50 por cento para<br />

não-residentes de <strong>Macau</strong>. O Governo lançou, ainda, as directivas destinadas a regulamentar<br />

a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção, focadas, sobretu<strong>do</strong>,<br />

à criação de cláusulas elementares nos contratos de compra e venda de fracções autónoma<br />

de edifícios em construção para cumprimento também por parte no promotor imobiliário, no<br />

senti<strong>do</strong> de melhor salvaguardar o direito e interesse de ambas as partes. A par disso, a Direcção<br />

<strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes e o Conselho de Consumi<strong>do</strong>res criaram<br />

ainda respectivamente na sua página electrónica um espaço específico para tornar públicas as<br />

informações sobre os edifícios que serão objectos de venda ao público, cujo anteprojecto foi já<br />

aprova<strong>do</strong>, mas que não foi ainda emitida a Licença de Utilização, bem como os da<strong>do</strong>s que serão<br />

periodicamente entregues pelos promotores imobiliários respeitantes a situação da venda das<br />

fracções autónomas de edifícios em construção, de forma a incrementar assim a divulgação de<br />

70


Retrospectiva de 2011<br />

informações e permitir aos cidadãos tomar uma decisão mais prudente e racional.<br />

Na sequência destas medidas, o volume de transacções <strong>do</strong> terceiro trimestre de 2011<br />

desceu 76,4 por cento em comparação com o segun<strong>do</strong> trimestre <strong>do</strong> mesmo ano, ten<strong>do</strong>-se<br />

regista<strong>do</strong> uma queda anual de 6,7 por cento face a 2010. Estes da<strong>do</strong>s demonstram que as<br />

medidas a<strong>do</strong>ptadas pelo Governo da RAEM resultaram na atenuação <strong>do</strong> aquecimento sobre o<br />

merca<strong>do</strong> imobiliário priva<strong>do</strong>.<br />

Assembleia Legislativa Aprova a Lei da Actividade<br />

de Mediação Imobiliária<br />

A maioria das transacções de bens imóveis tem si<strong>do</strong> promovidas por profissionais que<br />

exercem actividades da mediação imobiliária, porém acontece que até à data não existe ainda<br />

nenhum diploma legal regula<strong>do</strong>r <strong>do</strong> sector da mediação imobiliária, situação que nada favorece<br />

a protecção <strong>do</strong>s direitos <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r e <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> sector em apreciação. Nesta<br />

perspectiva, o Governo da RAEM arrancou em 2007 com o trabalho da produção <strong>do</strong> Regime<br />

Jurídico da Actividade de Mediação Imobiliária e procedeu a uma consulta pública no ano seguinte.<br />

A Assembleia Legislativa aprovou na generalidade, a 28 de Fevereiro de 2011, a Lei da<br />

Actividade de Mediação Imobiliária, que enquadra legalmente: o estabelecimento <strong>do</strong> regime de<br />

requerimentos para concessão de licenças, a definição das regras relativas aos direitos e deveres<br />

das entidades que exercem actividade da mediação imobiliária e a instituição de mecanismos<br />

de fiscalização. O projecto-lei atribui, ainda, à autoridade competente o estatuto e o poder de<br />

autoridade pública no exercício das funções de fiscalização e estipula as medidas cautelares<br />

e as sanções acessórias aplicáveis às infracções verificadas em processos de fiscalização,<br />

consagran<strong>do</strong> ainda o regime transitório para as entidades que exercem actualmente actividade<br />

da mediação imobiliária. No final de 2011, a 1.ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa<br />

e representantes <strong>do</strong> Governo discutiram e analisaram em pormenor o diploma.<br />

Financiamento à Revitalização de Bairros Antigos e<br />

Prioridade ao Ambiente no Planeamento de Novas<br />

Zonas Urbanas<br />

Para ajudar os proprietários na gestão de edifícios, o Governo da RAEM criou em 2007,<br />

o Fun<strong>do</strong> de Reparação Predial e neste âmbito lançou sucessivamente cinco planos de apoio,<br />

nomeadamente, o Plano de Crédito sem Juros para Reparação de Edifícios, o Plano de Apoio<br />

Financeiro para Reparação de Edifícios, o Plano de Apoio Financeiro para a Administração de<br />

Edifícios, o Plano Provisório de Apoio Financeiro para Reparação das Instalações Comuns de<br />

Edifícios Baixos e o Plano de Apoio a Projectos de Reparação de Edifícios, apoian<strong>do</strong> por várias<br />

formas os proprietários no cumprimento <strong>do</strong>s seus deveres de reparação e manutenção <strong>do</strong>s<br />

edifícios. Até ao quarto trimestre de 2011, foram, no âmbito <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Reparação Predial,<br />

aprova<strong>do</strong>s 2121 pedi<strong>do</strong>s de apoio financeiro com 235 milhões de patacas concedidas. Com<br />

vista a conhecer o efeito da implementação <strong>do</strong>s cinco planos de apoio financeiro, o Instituto de<br />

Habitação incumbiu a Universidade de <strong>Macau</strong> de proceder à “Avaliação e Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Reparação Predial”, servin<strong>do</strong> de referência para a optimização <strong>do</strong>s respectivos<br />

71


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

planos no âmbito <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Reparação Predial.<br />

Face ao desenvolvimento económico e social de <strong>Macau</strong>, nomeadamente com a alteração<br />

estrutural da actividade industrial vir sen<strong>do</strong> substituída pelo sector da prestação de serviços e,<br />

ainda, devi<strong>do</strong> à existência de alguns edifícios industriais devolutos há algum tempo, em avança<strong>do</strong><br />

esta<strong>do</strong> de degradação e com problemas de segurança, a DSSOPT lançou, em 12 de Abril de<br />

2011, uma medida destinada à revitalização <strong>do</strong>s edifícios industriais, de forma a permitir que<br />

os construtores ou <strong>do</strong>nos destes edifícios possam convertê-los em habitações, acrescentan<strong>do</strong>,<br />

assim, a quantidade de oferta de fracções habitacionais com <strong>do</strong>is quartos e uma sala de visitas, e<br />

um quarto e uma sala de visitas para melhorar o ambiente comunitário. Desde o lançamento da<br />

medida em Abril, as autoridades receberam oito pedi<strong>do</strong>s de plantas de alinhamento oficial, seis<br />

<strong>do</strong>s quais aprova<strong>do</strong>s, além de ter recebi<strong>do</strong> <strong>do</strong>is pedi<strong>do</strong>s de revitalização de edifícios industriais.<br />

Obras de Aterro das Novas Zonas Urbanas<br />

Concluídas em Cinco <strong>Ano</strong>s<br />

Visto que a política de habitação da RAEM envolve o aproveitamento de recursos de solos e<br />

ten<strong>do</strong> em consideração objectivos <strong>do</strong> futuro desenvolvimento sustentável de <strong>Macau</strong>, da promoção<br />

de diversificação adequada da economia e da integração regional, o Governo da RAEM continuou<br />

a empenhar-se nos trabalhos de elaboração <strong>do</strong>s anteprojectos <strong>do</strong> Plano Director das Novas<br />

Zonas Urbanas. Após a conclusão em 2010 de consultas públicas da primeira fase sobre o Plano<br />

Director das Novas Zonas Urbanas, o Governo deu início imediato à redacção <strong>do</strong> Plano Director<br />

das Novas Zonas Urbanas e procedeu, no fim de Outubro de 2011, à segunda fase de consultas<br />

públicas sobre o Plano Director das Novas Zonas Urbanas, com uma duração de <strong>do</strong>is meses.<br />

Conforme o resulta<strong>do</strong> da consulta pública da 2.ª fase, o Governo da RAEM prevê iniciar,<br />

ainda dentro de <strong>2012</strong>, as obras de aterro para a conquista de cinco terrenos com uma área<br />

total de 350 hectares destina<strong>do</strong>s para construção das novas zonas urbanas, estan<strong>do</strong> prevista<br />

a conclusão das obras de aterro em cinco anos, com um investimento de sete mil milhões<br />

de patacas. Espera-se que os cinco terrenos possam proporcionar recursos de solos para o<br />

desenvolvimento de <strong>Macau</strong> nos próximos 20 a 30 anos. Articulan<strong>do</strong> com necessidade da futura<br />

política populacional, a nova zona urbana disponibilizará 33.000 a 43.000 unidades habitacionais<br />

e reservará terrenos para construção de habitação pública, de instalações públicas e espaços<br />

verdes. O Plano Director das Novas Zonas Urbanas a ser aperfeiçoa<strong>do</strong> injectará novos elementos<br />

e força motriz ao desenvolvimento sustentável da RAEM. No anteprojecto II, estão indica<strong>do</strong>s<br />

os novos posicionamentos e funções projecta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s cinco terrenos das novas zonas urbanas:<br />

a Zona A, a maior zona com uma área de 138 hectares, é planeada para habitação, comércio<br />

e escritório, instalações públicas, infra-estruturas municipais, instalações culturais e turísticas<br />

e espaços verdes, sen<strong>do</strong> destinada também à construção de landmarks <strong>do</strong> portal urbano; a<br />

Zona B, com uma área de 47 hectares, assume-se como zona de “construções públicas” e<br />

“instalações turísticas e culturais”, para aperfeiçoar o sistema de espaços verdes das zonas<br />

urbanas existentes e criar um corre<strong>do</strong>r verde costeiro. Ao mesmo tempo, é cria<strong>do</strong> um skyline<br />

urbano completamente novo para remodelar uma bela fachada urbana, em conjugação com as<br />

construções públicas e diversas instalações turísticas e culturais, enriquecen<strong>do</strong> os elementos<br />

paisagísticos. As Zonas C e D, cujas áreas perfazem no total 92 hectares, são definidas como<br />

zonas piloto de baixo teor de carbono e de transporte verde, promoven<strong>do</strong> a deslocação pe<strong>do</strong>nal<br />

e a utilização de bicicletas e impon<strong>do</strong>-se diferentes restrições de acesso de veículos motoriza<strong>do</strong>s<br />

72


Retrospectiva de 2011<br />

particulares. A Zona E serve principalmente como um centro modal de transportes e os seus<br />

terrenos serão principalmente utiliza<strong>do</strong>s para finalidade mista de comércio e habitação, comércio<br />

e escritórios, assim como instalações municipais e espaços ajardina<strong>do</strong>s.<br />

O Governo vai elaborar em <strong>2012</strong>, o projecto <strong>do</strong> plano e iniciar a consulta pública da 3.ª<br />

fase com base nas opiniões e sugestões de cidadãos recolhidas na 2.ª fase da consulta pública.<br />

Aperfeiçoamento de Regime Jurídico de<br />

Planeamento Urbano e Combate às Práticas<br />

Inapropriadas<br />

Estan<strong>do</strong> consciente de que o desenvolvimento urbano não pode separar-se <strong>do</strong> plano urbano<br />

aperfeiçoa<strong>do</strong>, o Governo da RAEM empenhou-se no trabalho de planeamento urbano em 2011,<br />

articulan<strong>do</strong> de melhor forma com a direcção <strong>do</strong> desenvolvimento da zona regional e <strong>Macau</strong>,<br />

com vista a projectar um desenvolvimento urbano concerta<strong>do</strong> entre bairros novos e antigos e<br />

nitidamente caracteriza<strong>do</strong> por panorama original urbano. Simultaneamente ao planeamento<br />

urbano de bairros novos, o Governo continuou a levar efeito o trabalho <strong>do</strong> reordenamento<br />

<strong>do</strong>s bairros antigos e apresentou, no primeiro trimestre de 2011, à Assembleia Legislativa, o<br />

projecto de lei sobre o Regime Jurídico <strong>do</strong> Reordenamento <strong>do</strong>s Bairros Antigos, que tem si<strong>do</strong><br />

objecto de discussão há bastante tempo, dan<strong>do</strong> um importante passo em frente da construção<br />

legal <strong>do</strong> reordenamento <strong>do</strong>s bairros antigos.<br />

Realização da Consulta Pública sobre o Projecto da<br />

Lei <strong>do</strong> Planeamento Urbanístico em <strong>2012</strong><br />

No esquema <strong>do</strong> planeamento urbano <strong>do</strong> Governo, a elaboração <strong>do</strong> projecto da Lei <strong>do</strong><br />

Planeamento Urbanístico e <strong>do</strong>s Diplomas Legais Complementares fazem parte integrante da<br />

acção para <strong>2012</strong>. Estan<strong>do</strong> basicamente concluí<strong>do</strong> o projecto da Lei <strong>do</strong> Planeamento Urbanístico,<br />

espera-se que a consulta pública tenha lugar em <strong>2012</strong>, procuran<strong>do</strong>-se que seja apresenta<strong>do</strong> à<br />

Assembleia Legislativa no mesmo ano. O referi<strong>do</strong> projecto definiu os procedimentos da futura<br />

elaboração de planeamentos urbanos, a forma de consulta, objectivos, princípios, sanções e<br />

uso de terrenos entre outro teor, classifican<strong>do</strong> claramente ainda categorias e conteú<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s<br />

diversos planeamentos. Após a entrada em vigor da Lei <strong>do</strong> Planeamento Urbanístico, o Governo<br />

irá procederá de forma ordenada ao trabalho de elaboração <strong>do</strong> plano director e <strong>do</strong> plano de<br />

pormenor.<br />

Revisão Anual <strong>do</strong> Valor <strong>do</strong> Prémio de Concessão<br />

para Reflectir o Preço de Merca<strong>do</strong><br />

As finalidades <strong>do</strong> uso de terrenos estão estreitamente ligadas ao planeamento urbano<br />

global. Logo na fase preparatória de elaboração da Lei <strong>do</strong> Planeamento Urbanístico, o Governo<br />

deu início aos diversos trabalhos relativos à consulta sobre a revisão da Lei de Terras e concluiu<br />

a última versão da Lei de Terras para a apreciação <strong>do</strong> Conselho Executivo, estan<strong>do</strong> prevista a<br />

sua apresentação à Assembleia Legislativa em <strong>2012</strong>.<br />

73


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Antes da divulgação da nova Lei de Terras, o Governo a<strong>do</strong>ptou várias medidas<br />

administrativas para assegurar que sejam aproveita<strong>do</strong>s de forma razoável e valiosa os recursos<br />

de solos. Na sequência das actualizações <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> de determinação <strong>do</strong> montante <strong>do</strong> prémio<br />

de concessão realizadas respectivamente em 2004 e 2007, o Governo procedeu em 2011, à<br />

sua 3.ª actualização e implementou o novo méto<strong>do</strong> de determinação <strong>do</strong> montante <strong>do</strong> prémio<br />

de concessão, anuncian<strong>do</strong> ainda que iria proceder à revisão anual <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> de determinação<br />

<strong>do</strong> montante <strong>do</strong> prémio de concessão. O Governo já iniciou o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> novo ajustamento <strong>do</strong><br />

méto<strong>do</strong> de determinação <strong>do</strong> montante <strong>do</strong> prémio de concessão, incluin<strong>do</strong> a introdução de novos<br />

elementos na determinação <strong>do</strong> montante <strong>do</strong> prémio de concessão, de mo<strong>do</strong> que o prémio de<br />

concessão possa reflectir melhor o preço <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário. Referencian<strong>do</strong> regimes de<br />

prémio de concessão vigentes nas regiões vizinhas e ten<strong>do</strong> em conta a realidade de <strong>Macau</strong>,<br />

está em consideração a eventual introdução de respectivos regimes exteriores.<br />

Reversão de Terrenos Ilegalmente Ocupa<strong>do</strong>s e<br />

Cobrança das Despesas de Despejo<br />

Na revisão da Lei de Terras foram ti<strong>do</strong>s em conta os meios de combate contra actos de<br />

ocupação ilegal de terrenos, para além de prever a introdução <strong>do</strong> crime de desobediência<br />

consagra<strong>do</strong> no direito penal, será também agrava<strong>do</strong> o valor da multa, servin<strong>do</strong> assim estes como<br />

os aspectos essenciais <strong>do</strong> fundamento jurídico para o combate a longo prazo <strong>do</strong> Governo contra<br />

a ocupação ilegal de terrenos. Desde a primeira acção de despejo, que teve lugar em Março de<br />

2009, o grupo de trabalho inter-departamental de despejo fez reverter para a RAEM, até finais de<br />

Março de <strong>2012</strong>, um total de 36 terrenos, sitos na Península de <strong>Macau</strong>, ilhas de Taipa e Coloane,<br />

que foram ilegalmente ocupa<strong>do</strong>s, perfazen<strong>do</strong> na sua totalidade uma área superior a 173 mil<br />

metros quadra<strong>do</strong>s. A área global <strong>do</strong>s terrenos reverti<strong>do</strong>s é equivalente a aproximadamente 25<br />

campos de futebol. O Governo deu início aos trâmites respeitantes à cobrança aos ocupantes<br />

ilegais das despesas de despejo, que variam entre 100 mil a mais de três milhões de patacas.<br />

A RAEM irá prosseguir através de meios severos o combate aos actos de ocupação ilegal de<br />

terrenos seus, de mo<strong>do</strong> a salvaguardar assim os interesses públicos.<br />

Resulta<strong>do</strong>s Preliminares <strong>do</strong> Combate às<br />

Obras Ilegais<br />

O Grupo Permanente de Trabalho Interdepartamental para Demolição e Desocupação<br />

de Obras Ilegais <strong>do</strong> Governo da RAEM continuou a empenhar-se no trabalho de combate às<br />

obras ilegais. Desde o segun<strong>do</strong> semestre de 2010, altura da primeira acção de demolição<br />

e desocupação, até finais de Fevereiro de <strong>2012</strong>, foram classifica<strong>do</strong>s 571 processos como<br />

merece<strong>do</strong>res de tratamento prioritário, <strong>do</strong>s quais cerca de 264 já foram trata<strong>do</strong>s, revelan<strong>do</strong><br />

que o trabalho de combate às obras ilegais já tenha conquista<strong>do</strong> certos resulta<strong>do</strong>s. Para além<br />

<strong>do</strong> combate contínuo às obras ilegais, o Governo pretende elaborar uma directiva relativa<br />

à montagem legal de instalações contra furto e de segurança em edifícios, servin<strong>do</strong>-se de<br />

fundamento jurídico para os cidadãos.<br />

74


Retrospectiva de 2011<br />

V. Crescimento Estável da Economia em<br />

Geral e Comportamento Ideal <strong>do</strong> Turismo<br />

e Comércio a Retalho<br />

Em 2011, a economia de <strong>Macau</strong>, praticamente livre <strong>do</strong>s efeitos da crise financeira<br />

internacional, tem vin<strong>do</strong> a retomar a sua dinâmica de crescimento estável e relativamente<br />

acelera<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> regista<strong>do</strong> um crescimento real de 20,7 por cento. O crescimento económico<br />

foi impulsiona<strong>do</strong> principalmente pela exportação de serviços, pelo consumo priva<strong>do</strong>, e pelo<br />

investimento. A subida considerável das receitas brutas de jogo e o aumento <strong>do</strong> valor global das<br />

despesas de visitantes contribuíram para uma subida ideal de exportação de serviços, enquanto<br />

que a exportação de merca<strong>do</strong>ria continuava mostrar-se fraca. No âmbito de procura interna, o<br />

investimento manteve-se em crescimento e o consumo priva<strong>do</strong> conheceu uma subida contínua<br />

graças ao aumento de emprego e <strong>do</strong> rendimento <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res.<br />

Em 2011, a receita global <strong>do</strong> Governo totalizou 112.721 milhões de patacas, um aumento<br />

de 41 por cento, sen<strong>do</strong> 99.656 milhões oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Imposto <strong>do</strong> Jogo, correspondentes a uma<br />

subida de 44,8 por cento. O valor total das despesas <strong>do</strong> Governo foi de 48.976 milhões de<br />

patacas, um aumento de 29,7 por cento, registan<strong>do</strong> um sal<strong>do</strong> financeiro de 63.745 milhões<br />

de patacas, que é superior a 41.878 milhões <strong>do</strong> sal<strong>do</strong> financeiro regista<strong>do</strong> no ano de 2010.<br />

Até o final de 2011, o agrega<strong>do</strong> monetário M1 atingiu 36,2 mil milhões de patacas,<br />

implican<strong>do</strong> um crescimento de quatro por cento em relação a 34,7 mil milhões de 2010. A<br />

circulação monetária e os depósitos à ordem registaram a subida de 12,3 por cento e <strong>do</strong>is<br />

por cento, respectivamente. Ao mesmo tempo, o agrega<strong>do</strong> monetário M2 (incluin<strong>do</strong> M1 e as<br />

responsabilidades quase-monetárias) atingiram 297,7 mil milhões de patacas, traduzin<strong>do</strong> um<br />

crescimento de 22,4 por cento.<br />

Os depósitos de residentes relativamente a 2010, subiram 22,7 por cento, atingin<strong>do</strong><br />

291.573 mil milhões de patacas. Os depósitos em patacas, em Hong Kong dólares e noutras<br />

moedas cresceram 13,7 por cento, 22,3 por cento e 37,2 por cento, respectivamente, que foram<br />

converti<strong>do</strong>s em patacas, na ordem <strong>do</strong>s 71.210 milhões, 162.430 milhões e 57.930 milhões.<br />

75


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Os empréstimos internos ao sector priva<strong>do</strong> aumentaram 37,9 por cento relativamente a<br />

2010, atingin<strong>do</strong> 167.890 milhões, ten<strong>do</strong>-se verifica<strong>do</strong> um aumento notável na primeira metade<br />

<strong>do</strong> ano e um afrouxamento na segunda metade. O rácio empréstimo/depósitos de residentes<br />

registou em 2011 um aumento de 2,1 pontos percentuais relativamente a 2010, atingin<strong>do</strong> 52,2<br />

por cento, ao passo que o volume que incluiu o rácio empréstimo/depósitos de não-residentes<br />

elevou-se anualmente 5,5 pontos percentuais, atingin<strong>do</strong> os 77,8 por cento.<br />

Estrutura Económica Impulsionada pelo Sector de<br />

Serviços<br />

A exportação <strong>do</strong>s produtos de têxteis e de vestuário, que constituía o principal pilar<br />

económico de <strong>Macau</strong>, continuou a registar uma queda de 17,7 por cento face ao perío<strong>do</strong> idêntico<br />

<strong>do</strong> ano precedente com 13.400 milhões de patacas. Embora os valores de exportação de tabaco,<br />

bebidas alcoólicas, máquinas, aparelhos e acessórios subiram 42,4 por cento e 39,8 por cento<br />

respectivamente, o valor global de exportação de merca<strong>do</strong>rias no ano inteiro cifrou-se na ordem<br />

<strong>do</strong>s 69,70 milhões de patacas, assinalan<strong>do</strong> uma subida ligeira de 0,2 por cento. Ao mesmo<br />

tempo, registou uma subida de 12 por cento <strong>do</strong> número total <strong>do</strong>s visitantes chega<strong>do</strong>s a <strong>Macau</strong>,<br />

um aumento de 11 por cento <strong>do</strong>s visitantes hospeda<strong>do</strong>s em hotéis, e um acréscimo de 20 por<br />

cento das despesas totais de visitantes face a 2010. Verificou-se também uma subida de 34,6<br />

por cento de exportação de serviços de jogo, que impulsionaram um crescimento de 27,9 por<br />

cento nas exportações líquidas de merca<strong>do</strong>rias e serviços, sen<strong>do</strong> uma percentagem superior ao<br />

nível de crescimento económico, de forma que o seu peso no Produto Interno Bruto da RAEM<br />

subiu de 55,9 por cento para 58,8 por cento, demonstran<strong>do</strong> a mudança da estrutura económica<br />

de <strong>Macau</strong> para a pre<strong>do</strong>minância de indústrias <strong>do</strong> jogo, turismo e serviços.<br />

Quanto à importação, o valor total anual de importação de merca<strong>do</strong>rias foi de 62.290 milhões<br />

de patacas, um aumento de 41,2 por cento em relação a 2010, ten<strong>do</strong>-se regista<strong>do</strong> também<br />

um acréscimo de 35,7 por cento na importação de serviços, uma queda ligeira em comparação<br />

com o crescimento de 35,8 por cento verifica<strong>do</strong> no segun<strong>do</strong> trimestre.<br />

As indústrias <strong>do</strong> jogo, turismo e sectores relaciona<strong>do</strong>s continuaram a ser o principal motor<br />

de crescimento da economia de <strong>Macau</strong>. Em 2011, o número total <strong>do</strong>s visitantes chega<strong>do</strong>s a<br />

<strong>Macau</strong> atingiu 28.002.279 pessoas, marcan<strong>do</strong> um novo recorde histórico e uma subida de 12,2<br />

por cento em relação ao de 2010, ten<strong>do</strong> os visitantes que não pernoitaram em <strong>Macau</strong> ocupa<strong>do</strong><br />

53,8 por cento com 15.007.119 pessoas. O Interior <strong>do</strong> País continuou a ser a maior origem<br />

de visitantes, com o número total de 16.162.747 pessoas, que ocuparam 57,7 por cento <strong>do</strong>s<br />

visitantes chega<strong>do</strong>s a <strong>Macau</strong>, traduzin<strong>do</strong> um aumento anual de 22 por cento. Dos visitantes <strong>do</strong><br />

Interior <strong>do</strong> País, 6.588.722 chegaram a <strong>Macau</strong> com visto individual, ocupan<strong>do</strong> 40,8 por cento.<br />

Os vin<strong>do</strong>s da Província de Guang<strong>do</strong>ng foram 8.196.139 pessoas, metade chega<strong>do</strong>s com visto<br />

individual, e outros em grupo.<br />

Hong Kong e Taiwan são ainda principais merca<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>res de turistas posicionan<strong>do</strong>-<br />

-os apenas atrás <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País, com 7.582.923 e 1.215.162 visitantes, equivalentes ao<br />

aumento de 1,6 por cento e seis por cento, respectivamente. O número de visitantes da Coreia<br />

<strong>do</strong> Sul registou, também, um forte crescimento de 20 por cento, atingin<strong>do</strong> 398.807 pessoas.<br />

A despesa <strong>do</strong>s visitantes (excluin<strong>do</strong> despesa no jogo) registou um acréscimo considerável<br />

de 20 por cento, passan<strong>do</strong> de 37,9 mil milhões em 2010 para 45,3 mil milhões em 2011. A<br />

76


Retrospectiva de 2011<br />

despesa per capita <strong>do</strong>s visitantes situou-se nas 1619 patacas em 2011, ten<strong>do</strong>-se regista<strong>do</strong> um<br />

aumento de sete por cento, face ao ano de 2010. Em termos <strong>do</strong> local de residência, a despesa<br />

per capita <strong>do</strong>s visitantes <strong>do</strong> Interior da China foi a mais elevada, atingin<strong>do</strong> 2048 patacas, um<br />

aumento de 0,4 por cento, enquanto a despesa per capita <strong>do</strong>s visitantes provenientes <strong>do</strong>s<br />

restantes países e regiões era aproximadamente igual, varian<strong>do</strong> entre 1100 e 1300 patacas.<br />

A despesa per capita nas compras <strong>do</strong>s visitantes <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País ocupou um peso de 60<br />

por cento <strong>do</strong> consumo médio per capita, que é visivelmente superior ao <strong>do</strong>s visitantes vin<strong>do</strong>s<br />

das outras regiões. A despesa per capita (excluin<strong>do</strong> as despesas em compras e no jogo) <strong>do</strong>s<br />

visitantes <strong>do</strong> Japão foi a mais elevada, atingiu 1213 patacas, representan<strong>do</strong> uma percentagem<br />

de 89 por cento da estrutura de consumo médio per capita.<br />

No que diz respeito à taxa de ocupação hoteleira, o número de quartos disponíveis <strong>do</strong>s<br />

hotéis era de 22.356, com a entrada em funcionamento de um grande resort, ten<strong>do</strong> subi<strong>do</strong><br />

11 por cento, face ao ano de 2010. A taxa média de ocupação hoteleira aumentou ainda 4,3<br />

pontos percentuais, face ao ano de 2010, atingin<strong>do</strong> 84,1 por cento.<br />

As receitas brutas de jogo alcançaram 269,058 mil milhões de patacas em 2011, equivalentes<br />

a um aumento anual de 41,9 por cento, das quais 267,867 mil milhões eram receitas de jogos<br />

de fortuna ou azar, ocupan<strong>do</strong> 99,6 por cento das receitas brutas totais, marcan<strong>do</strong> um acréscimo<br />

anual de 42,2 por cento.<br />

Até o final de 2011, existia em <strong>Macau</strong> um total de 34 casinos, um aumento anual de três<br />

por cento, que contavam com 5306 mesas de jogo e 16.056 “slot-machine”, um acréscimo,<br />

respectivamente, de 10,66 por cento e 14,28 por cento. Calculadas de acor<strong>do</strong> com as receitas<br />

brutas das diversas modalidades de jogos de fortuna ou azar, a receita da VIP Bacará foi mais<br />

elevada com 196,126 mil milhões, seguida da Bacará com 48,669 mil milhões e da “slot-machine”<br />

com 11,425 mil milhões.<br />

As receitas de Imposto <strong>do</strong> Jogo arrecadas em 2011 cifraram-se em 99,656 mil milhões,<br />

representan<strong>do</strong> uma subida de 44,9 por cento.<br />

Ao par <strong>do</strong> aumento de número de visitantes a <strong>Macau</strong> e um grande número de visitantes <strong>do</strong><br />

Interior <strong>do</strong> País a <strong>Macau</strong> para fazer compras, o comércio a retalho continuou em 2011 conhecer<br />

um crescimento notório, ten<strong>do</strong> o valor anual de venda a retalho atingi<strong>do</strong> 43,340 milhões, um<br />

acréscimo de 41,7 por cento face ao de 2010. O valor da venda de relógios e joalharia cifrou-<br />

-se em 3810 milhões, ocupan<strong>do</strong> 30 por cento <strong>do</strong> comércio a retalho, 15 por cento da venda de<br />

merca<strong>do</strong>ria geral, 11 por cento de produtos de couro, nove por cento de vestuário de adultos<br />

e sete por cento de automóveis.<br />

Aplicação <strong>do</strong> Imposto <strong>do</strong> Selo Especial - Primeiros<br />

Resulta<strong>do</strong>s<br />

O crescimento económico levou também à subida <strong>do</strong>s preços. O índice de preços no<br />

consumi<strong>do</strong>r (IPC) geral médio de 2011 atingiu 110,30 ten<strong>do</strong> a inflação anual cresci<strong>do</strong> 5,81 por<br />

cento. A taxa de inflação foi impulsionada principalmente pela ascensão contínua de preços<br />

das refeições adquiridas fora de casa, vestuário e gasolina, que contribuíram para a subida<br />

de 2,5 pontos percentuais da inflação. Refira-se que uma parte <strong>do</strong> crescimento deste índice<br />

foi compensa<strong>do</strong> pelo subsídio de electricidade e pela diminuição de preços <strong>do</strong>s serviços de<br />

77


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

telecomunicações.<br />

Relativamente a 2011, verificaram-se subidas notáveis no índice de preços das secções <strong>do</strong>s<br />

bens e serviços: produtos e serviços diversos (9,06 por cento); transportes (8,75 por cento);<br />

produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (8,14 por cento) e vestuário (6,73 por cento),<br />

enquanto se registou uma diminuição de 10,67 por cento no índice de preços das secções de<br />

telecomunicações. Por outro la<strong>do</strong>, o IPC-A e o IPC-B registaram crescimentos de 5,51 por cento<br />

e 5,99 por cento, em termos anuais, respectivamente.<br />

Em Julho de 2011, o Governo da RAEM promulgou a Lei relativa ao Imposto <strong>do</strong> Selo<br />

Específico de Transmissão de Fracções Habitacionais, estipulan<strong>do</strong> que a transmissão de fracções<br />

habitacionais dentro de <strong>do</strong>is anos da aquisição deve pagar o Imposto <strong>do</strong> Selo Especial, além<br />

de aplicar restrições sobre a percentagem de empréstimo bancários concedi<strong>do</strong> para compra de<br />

promessa das fracções em construção. Assim, o número das fracções autónomas transaccionadas<br />

caiu em 71,1 por cento e o preço médio por metro quadra<strong>do</strong> diminuiu 17,9 por cento no terceiro<br />

trimestre. No entanto, a transacção de fracções mostrou-se estável em número de fracções<br />

transaccionadas e o preço médio por metro quadra<strong>do</strong> voltou a subir dez por cento no quarto<br />

trimestre, revelan<strong>do</strong> que as medidas acima ditas produziram certo efeito para contenção de<br />

transacção especulativa de bens imóveis, porém não causaram o impacto sobre o valor <strong>do</strong>s<br />

bens imóveis.<br />

Em 2011, transaccionaram-se 27.624 fracções autónomas pelo valor de 76,26 mil milhões<br />

de patacas, foram equivalentes a uma queda de 6,7 por cento em número e um aumento de 34,4<br />

por cento em valor, respectivamente, em relação ao ano de 2010. Analisan<strong>do</strong> pela finalidade das<br />

fracções, 17.176 unidades destinaram-se à habitação, e corresponderam a 58,86 mil milhões<br />

de patacas, ou seja, diminuíram 4,5 por cento em número e subiram 28,1 por cento em valor,<br />

face ao ano 2010. Observou-se que foram transaccionadas 2196 fracções comerciais, 932<br />

fracções autónomas destinadas a escritórios e 194 fracções industriais. O número de lugares<br />

de estacionamento para automóveis era de 6977.<br />

Em 2011 o preço médio por metro quadra<strong>do</strong> das fracções autónomas habitacionais<br />

transaccionadas foi de 41.433 patacas, representan<strong>do</strong> um acréscimo de 33,6 por cento face<br />

ao ano 2010. O preço médio por metro quadra<strong>do</strong> das fracções autónomas transaccionadas<br />

destinadas a escritórios atingiu as 35.076 patacas, ten<strong>do</strong> cresci<strong>do</strong> 53,5 por cento, enquanto o<br />

das fracções industriais se situou nas 12.001 patacas e cresceu 72,4 por cento.<br />

Em 2011 iniciou-se a construção de edifícios com um total de 367.253 metros quadra<strong>do</strong>s<br />

de área bruta de construção, subin<strong>do</strong> 100 por cento relativamente a 2010. Nestes edifícios havia<br />

2159 fracções autónomas, 1277 lugares de estacionamento de automóveis e 718 lugares de<br />

motociclos. Neste ano em análise, foram concluí<strong>do</strong>s 1.162.506 metros quadra<strong>do</strong>s de área bruta<br />

de construção (incluin<strong>do</strong> obras de ampliação), ten<strong>do</strong> baixa<strong>do</strong> 8,6 por cento face ao verifica<strong>do</strong> no<br />

ano 2010, aos quais correspondiam 1387 fracções autónomas, destas 1099 fracções autónomas<br />

destinavam-se à habitação, ten<strong>do</strong> diminuí<strong>do</strong> 73 por cento nos termos anuais.<br />

Em 2011 iniciou-se a construção de edifícios priva<strong>do</strong>s com um total de 367.253 metros<br />

quadra<strong>do</strong>s de área bruta de construção, mostran<strong>do</strong> uma subida anual de 100 por cento. Nestes<br />

edifícios havia 2159 fracções autónomas, 1277 lugares de estacionamento de automóveis e 718<br />

lugares de motociclos. Foram concluí<strong>do</strong>s edifícios (incluem-se as obras de ampliação) com um<br />

total de 1.162.506 metros quadra<strong>do</strong>s de área bruta de construção, uma queda anual de 8,6<br />

por cento, disponibilizan<strong>do</strong> 1387 fracções autónomas. As fracções autónomas concluídas no<br />

78


Retrospectiva de 2011<br />

ano inteiro e destinadas à habitação totalizaram 1099 fogos, ten<strong>do</strong> regista<strong>do</strong> uma diminuição<br />

anual de 73 por cento.<br />

Apoio Empenha<strong>do</strong> às Pequenas e Médias Empresas<br />

Para concretizar a política de diversificação adequada da economia, o Governo tem-se<br />

empenha<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s anos em apoiar as pequenas e médias empresas através de diversas<br />

medidas relativas ao financiamento, apoio técnico e informações, encorajan<strong>do</strong> as iniciativas das<br />

pequenas e médias empresas pela criação de um ambiente operacional favorável. O número de<br />

sociedades constituídas em 2011 foi de 3405, que detêm 983 milhões <strong>do</strong> capital social, ten<strong>do</strong><br />

cresci<strong>do</strong> 13,8 por cento e 94,1 por cento respectivamente, em relação ao ano de 2010. Analizan<strong>do</strong><br />

por ramos de actividade, 1228 sociedades constituídas dedicam-se ao comércio a retalho, 567 e<br />

440 sociedades operam no sector de serviços industriais e comerciais de apoio e no imobiliário.<br />

Nos termos <strong>do</strong> capital social, 2378 sociedades novas contam com o capital social inferior a 50<br />

mil patacas, perfazen<strong>do</strong> um montante total na ordem de 62,26 milhões <strong>do</strong> capital social, com<br />

uma percentagem de 6,3 por cento <strong>do</strong> capital inscrito, enquanto 72 sociedades novas possuem<br />

o capital social igual ou superior a um milhão de patacas, perfazen<strong>do</strong> um montante total na<br />

ordem de 781 milhões de patacas <strong>do</strong> capital social, ocupan<strong>do</strong> 79,4 por cento <strong>do</strong> capital inscrito.<br />

Em 2011, no âmbito da implementação <strong>do</strong>s três planos de apoio às pequenas e médias<br />

empresas - o “Plano de Garantia de Créditos a Favor das Pequenas e Médias Empresas”, o<br />

“Plano de Garantia de Créditos a Pequenas e Médias Empresas Destina<strong>do</strong>s a Projecto Específico”<br />

e o “Plano de Apoio às Pequenas e Médias Empresas” - foram aprova<strong>do</strong>s, respectivamente,<br />

53 pedi<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>is pedi<strong>do</strong>s e 419 pedi<strong>do</strong>s, envolven<strong>do</strong> créditos bancários de 90,278 milhões, 2<br />

milhões e 130 milhões de patacas, respectivamente. Analisan<strong>do</strong> por montantes de créditos<br />

concedi<strong>do</strong>s, o sector de comércio a retalho teve uma grande percentagem, seguida por sector<br />

de construção e obras públicas, comércio por grosso, serviços públicos, bem-estar social e<br />

empresas privadas de serviço.<br />

Em 2011, a situação de emprego e o rendimento da população empregada continuou a<br />

revelar-se satisfatória. No perío<strong>do</strong> de Novembro a Dezembro de 2011, a população activa era<br />

composta por 347 mil de pessoas, a população empregada atingiu 340 mil de indivíduos e a<br />

população desempregada foi de 7,4 mil de indivíduos. A taxa de actividade situou-se em 72,9<br />

por cento, subin<strong>do</strong> 1,5 pontos percentuais relativamente ao mesmo perío<strong>do</strong> de 2010. Observou-<br />

-se que a taxa de desemprego era de 2,1 por cento, ou seja decresceu 0,6 pontos percentuais<br />

em relação ao idêntico perío<strong>do</strong> de 2010, enquanto a taxa de sub-emprego situou-se em 0,9<br />

por cento, descen<strong>do</strong> 0,8 pontos percentuais, em comparação com o igual perío<strong>do</strong> anterior.<br />

Na distribuição <strong>do</strong> emprego por ramos de actividade, a população empregada, que se<br />

dedicava a actividades culturais e recreativas, lotarias e outros serviços, era mais numerosa<br />

com 84,6 mil pessoas. Seguidamente 46 mil pessoas encontravam-se em hotéis e restaurantes,<br />

46,5 mil, no comércio por grosso e a retalho, 27,7 mil na construção civil e 26,7 em imóvel,<br />

indústria, comércio e serviços.<br />

A mediana <strong>do</strong> rendimento mensal da população empregada global e a <strong>do</strong>s residentes<br />

emprega<strong>do</strong>s cifraram-se nas 10.000 patacas, no quarto trimestre de 2011, registan<strong>do</strong> um<br />

aumento de 11,1 por cento face ao igual perío<strong>do</strong> de 2010. Em termos de ocupação profissional,<br />

a mediana <strong>do</strong> rendimento mensal de emprega<strong>do</strong>s da administração pública e segurança social<br />

79


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

é mais elevada com 25.000 patacas, seguida por 20.000 patacas <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res em sector<br />

de produção e abastecimento de electricidade, gás e água, 13.300 patacas no sector financeiro,<br />

13.000 patacas nas actividades culturais e recreativas, lotarias e outros serviços, 10.000 patacas<br />

em transportes, comunicações e armazenagem.<br />

Em 2011, <strong>Macau</strong> obteve maiores desenvolvimentos em sectores de comércio a retalho,<br />

convenções e exposições, e serviços relaciona<strong>do</strong>s, e avanços substanciais na cooperação<br />

económica regional, ten<strong>do</strong>-se mostra<strong>do</strong> estáveis os outros índices económicos. O ambiente<br />

operacional das pequenas e médias empresas conheceu um certo melhoramento, mas uma<br />

parte delas encontrou algumas dificuldades operacionais.<br />

Com a chegada de <strong>2012</strong>, a economia mundial tem vin<strong>do</strong> afrouxar os passos de recuperação,<br />

de forma que o Fun<strong>do</strong> Monetário Internacional baixou as previsões da taxa <strong>do</strong> crescimento<br />

económico. O impacto da crise de dívidas da Europa ensombrou a perspectiva da recuperação<br />

económica mundial.<br />

Ao par de factores incertos e indefini<strong>do</strong>s acarreta<strong>do</strong>s pelo ambiente económico circundante,<br />

existe também, para o próprio desenvolvimento económico de <strong>Macau</strong>, dificuldades e problemas,<br />

tais como, a contradição entre a oferta e procura <strong>do</strong>s recursos humanos, a inflação e subida de<br />

custos operacionais, dificuldades operacionais das pequenas e médias empresas e a estrutura<br />

económica relativamente monótona.<br />

Porém, existem uma série de factores favoráveis ao desenvolvimento global da economia de<br />

<strong>Macau</strong>, a saber: o rápi<strong>do</strong> desenvolvimento da indústria <strong>do</strong> jogo e <strong>do</strong> turismo e a boa tendência<br />

de crescimento <strong>do</strong>s sectores relaciona<strong>do</strong>s, nomeadamente convenções e exposições, comércio a<br />

retalho, restaurantes e hotéis; a prevista diminuição de inflação, capaz de atenuar a pressão de<br />

inflação importada; e novas oportunidades <strong>do</strong> desenvolvimento económico de <strong>Macau</strong> oferecidas<br />

pelo maior estreitamento das relações económicas e comerciais entre <strong>Macau</strong> e o Interior <strong>do</strong><br />

País, paralelamente à plena implementação <strong>do</strong>s planos prioritários consagra<strong>do</strong>s no “12.º Plano<br />

Quinquenal”, da CEPA, das “Linhas Gerais <strong>do</strong> Planeamento para a Reforma e Desenvolvimento<br />

da Região <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas” e <strong>do</strong> “Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>”.<br />

O desenvolvimento da nova zona da Ilha de Hengqing (Montanha) e o arranque da construção<br />

<strong>do</strong> Parque Industrial da Medicina Tradicional Chinesa Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong> constituem uma nova<br />

oportunidade para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas de <strong>Macau</strong> e para a<br />

diversificação adequada da economia de <strong>Macau</strong>.<br />

80


Retrospectiva de 2011<br />

VI. Implementação Gradual da Primazia <strong>do</strong><br />

Transporte Público e Desenvolvimento da<br />

Conservação Energética e Diminuição de<br />

Resíduos<br />

Paralelamente ao aumento progressivo da população e <strong>do</strong>s visitantes a <strong>Macau</strong>, o Governo<br />

da RAEM tem vin<strong>do</strong> a optimizar a política <strong>do</strong>s transportes marítimo, terrestre e aéreo, para<br />

articular com as necessidades decorrentes <strong>do</strong> novo posicionamento de <strong>Macau</strong> como Centro<br />

Internacional de Turismo e Lazer, e <strong>do</strong> desenvolvimento sustentável. A par <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

urbano, o Governo da RAEM prestou particular atenção ao trabalho da protecção ambiental,<br />

lançan<strong>do</strong> importantes políticas de protecção ambiental no senti<strong>do</strong> de um maior empenho na<br />

construção duma cidade verde.<br />

Optimizar o Sistema de Transportes Públicos pela<br />

Criação de Novo Modelo de Serviço de Autocarros<br />

O Governo concluiu em 2010, o trabalho de redacção <strong>do</strong> “Quadro Geral da Política de<br />

Trânsito e Transportes Terrestres de <strong>Macau</strong> (2010-2020)”, concretizan<strong>do</strong> progressivamente os<br />

seguintes objectivos da política de transportes de curto, médio e longo prazo: o reordenamento<br />

<strong>do</strong> transporte público em <strong>2012</strong>, asseguran<strong>do</strong> a deslocação <strong>do</strong>s cidadãos; a inauguração <strong>do</strong> metro<br />

ligeiro em 2015, concretizan<strong>do</strong> integralmente a política de primazia <strong>do</strong> transporte público; e<br />

a realização da interligação regional de transportes em 2020, alcançan<strong>do</strong> a meta desejada de<br />

transporte verde com facilidades de circulação e de excursão.<br />

Para atingir o objectivo <strong>do</strong> reordenamento <strong>do</strong>s transportes em <strong>2012</strong>, o Governo da RAEM<br />

concretizou em 2011, a reforma de prestação de serviços públicos por autocarros, e adjudicou,<br />

mediante o concurso público, às três empresas vence<strong>do</strong>ras, a Transportes Urbanos de <strong>Macau</strong>,<br />

S.A.R.L., a Sociedade de Transportes Colectivos de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L. e a Sociedade de Transportes<br />

Públicos Reolian, S.A., contratos de prestação de serviço público de transportes colectivos<br />

81


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

ro<strong>do</strong>viários de passageiros durante um perío<strong>do</strong> de sete anos.<br />

Com o arranque <strong>do</strong> novo modelo de serviços <strong>do</strong>s autocarros a partir da madrugada de 1 de<br />

Agosto de 2011, os serviços públicos <strong>do</strong>s autocarros entraram numa nova fase de “funcionamento<br />

mercantil orienta<strong>do</strong> pelo Governo”. No âmbito desta nova fase, o Governo assumiu a orientação<br />

na definição <strong>do</strong>s percursos, frequência de partidas e localização das paragens. O número de<br />

opera<strong>do</strong>ras de autocarros aumentou de duas para três, com mais de 600 autocarros para to<strong>do</strong>s<br />

os serviços e com um aumento de 40 por cento na frequência de partidas para responder às<br />

necessidades de transporte <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

Concretizar a Construção <strong>do</strong> Transporte Colectivo<br />

pelo Arranque das Obras <strong>do</strong> Metro Ligeiro<br />

Orienta<strong>do</strong> pelo conceito de construção da rede de transportes públicos tridimensional,<br />

o Governo da RAEM assume o metro ligeiro como eixo principal, os autocarros e táxis como<br />

auxiliar, e o sistema pe<strong>do</strong>nal como complementar, melhoran<strong>do</strong> de forma eficaz as necessidades<br />

de deslocação <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

Em simultâneo ao reordenamento de serviços público de autocarros, o Governo prosseguiu<br />

a construção <strong>do</strong> sistema de transportes públicos. O projecto <strong>do</strong> metro ligeiro entrou oficialmente<br />

na fase da construção, em 2011, com a cerimónia <strong>do</strong> lançamento da empreitada para a “Obra<br />

de Construção das Fundações <strong>do</strong> Parque de Materiais e Oficina da 1.ª Fase <strong>do</strong> Sistema de Metro<br />

Ligeiro”, que teve lugar em 23 de Novembro, simbolizan<strong>do</strong> um passo significativo da<strong>do</strong> em<br />

frente na construção <strong>do</strong> projecto <strong>do</strong> Sistema de Metro Ligeiro. O Parque de Materiais e Oficina,<br />

que se encontra localiza<strong>do</strong> no aterro novo de COTAI, é considera<strong>do</strong> o “coração” <strong>do</strong> sistema de<br />

metro ligeiro.<br />

Foram realizadas, em 21 de Fevereiro de <strong>2012</strong>, as obras da Empreitada de Construção<br />

<strong>do</strong> Segmento <strong>do</strong> Centro da Taipa <strong>do</strong> Sistema de Metro Ligeiro de <strong>Macau</strong>, que se relacionava<br />

estreitamente com a vida quotidiana <strong>do</strong>s cidadãos, o que marcou o arranque oficial da obra de<br />

construção <strong>do</strong>s segmentos <strong>do</strong> Metro Ligeiro. Ao mesmo tempo, foram lança<strong>do</strong>s concursos públicos<br />

para outras empreitadas nomeadamente, a “Empreitada da Construção Civil <strong>do</strong> Segmento <strong>do</strong><br />

Posto Fronteiriço da Taipa da 1.ª Fase <strong>do</strong> Sistema de Metro Ligeiro”, a “Empreitada de Construção<br />

da 1.ª Fase <strong>do</strong> Centro Modal de Transportes da Estrada Governa<strong>do</strong>r Albano de Oliveira da Taipa”,<br />

a “Empreitada da Construção Civil <strong>do</strong> Segmento <strong>do</strong> COTAI da 1.ª Fase <strong>do</strong> Sistema de Metro<br />

Ligeiro” e o “Fornecimento de Eleva<strong>do</strong>res e Escadas Rolantes das Estações <strong>do</strong> Sistema de Metro<br />

Ligeiro da Taipa”, estan<strong>do</strong> prevista para 2015 a inauguração integral <strong>do</strong> Metro Ligeiro.<br />

Para que os cidadãos possam ter um melhor conhecimento sobre a concepção <strong>do</strong>s<br />

respectivos traça<strong>do</strong>s e a localização das estações, o Gabinete para as Infra-estruturas de<br />

Transportes (GIT), na fase pré-construção, avançou com acções de divulgação e promoção e<br />

realizou, em 2011, actividades de apresentação pública sobre a concepção <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> e das<br />

estações <strong>do</strong>s segmentos <strong>do</strong> COTAI <strong>do</strong> Sistema de Metro Ligeiro, nos locais de maior circulação<br />

pessoal <strong>do</strong> COTAI, exibin<strong>do</strong> aos cidadãos os da<strong>do</strong>s detalha<strong>do</strong>s, de forma escrita, através da<br />

imagem e da maqueta tridimensional. O GIT preparou também sessões de apresentação<br />

destinadas ao público, associações profissionais, e respectivas entidades, e várias visitas às<br />

associações de mo<strong>do</strong> a transmitir por diferentes níveis aos cidadãos as respectivas informações<br />

concepcionais <strong>do</strong> Metro Ligeiro e recolher opiniões.<br />

82


Retrospectiva de 2011<br />

Em 3 de Março de 2011, o Governo da RAEM e a Mitsubishi Heavy Industries, Ltd. <strong>do</strong> Japão,<br />

celebraram, o “Contrato de Fornecimento <strong>do</strong> Sistema e Material Circulante <strong>do</strong> Sistema de Metro<br />

Ligeiro de <strong>Macau</strong>”, cujo preço adjudica<strong>do</strong> foi de 4,688 mil milhões de patacas. Em Setembro, o<br />

Governo da RAEM organizou, na Praça <strong>do</strong> Tap Seac, a “Exposição <strong>do</strong> Projecto sobre o Exterior<br />

<strong>do</strong> Comboio de Metro Ligeiro e Actividades de Votação”, na qual foram exibidas maquetas de<br />

<strong>do</strong>is modelos de comboio projecta<strong>do</strong>s pela Mitsubishi Heavy para a votação <strong>do</strong>s cidadãos. Como<br />

resulta<strong>do</strong> de votação, o modelo “OCEAN CRUISER”, basea<strong>do</strong> na concepção de local turístico com<br />

frente marítima, foi o preferi<strong>do</strong> pelos cidadãos e tornan<strong>do</strong>-se o modelo de comboio escolhi<strong>do</strong><br />

para o Metro Ligeiro de <strong>Macau</strong>.<br />

Obra da Ponte Hong Kong-Zhuhai-<strong>Macau</strong> em Bom<br />

Ritmo e Reestruturação <strong>do</strong> Conselho de Trânsito<br />

A construção <strong>do</strong> sistema de Metro Ligeiro irá contribuir para a optimização <strong>do</strong>s transportes<br />

urbanos de <strong>Macau</strong>, e a sua ligação ao transporte ferroviário <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País promoverá<br />

uma melhor integração de <strong>Macau</strong> na Região <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas. A Ponte Hong Kong-<br />

-Zhuhai-<strong>Macau</strong>, que assume a mesma missão de ligação aos transportes <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País,<br />

será inaugurada em 2015, entran<strong>do</strong> em funcionamento em 2016. As obras da ilha artificial onde<br />

vai ser edifica<strong>do</strong> o posto fronteiriço Zhuhai-<strong>Macau</strong> decorrem a bom ritmo, estan<strong>do</strong> a conclusão<br />

de todas as obras de aterro prevista para Dezembro de <strong>2012</strong>.<br />

Ten<strong>do</strong> em conta a realidade de <strong>Macau</strong> e a direcção <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong>s transportes<br />

em articulação com a criação da Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos de Tráfego, o Governo<br />

formulou a intenção de reestruturar o Conselho Consultivo <strong>do</strong> Tráfego para absorver, de forma<br />

mais eficaz, opiniões e sugestões da sociedade relativas ao desenvolvimento <strong>do</strong>s transportes,<br />

através de alargamento da sua representatividade e introdução de um novo modelo de<br />

funcionamento, que servirão da referência ao Governo na definição das políticas. Para tal efeito,<br />

foi cria<strong>do</strong>, em Junho de 2011, por despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, o Conselho Consultivo <strong>do</strong><br />

Tráfego, que tem como finalidade assessorar o Governo da Região Administrativa Especial de<br />

<strong>Macau</strong>, na formulação da política geral de transportes terrestres, ordenamento viário, gestão<br />

de veículos e optimização das infra-estruturas ro<strong>do</strong>viárias e pe<strong>do</strong>nais.<br />

Boa Cooperação entre a Administração e<br />

os Cidadãos e Inauguração Antecipada <strong>do</strong><br />

Reordenamento da Rede de Drenagem<br />

Iniciou-se em Dezembro de 2010, a execução da obra de reordenamento da rede de<br />

drenagem da Avenida de Horta e Costa, importante eixo de transportes <strong>do</strong> Território. No intuito<br />

de minimizar, na medida <strong>do</strong>s possíveis, o impacto da obra na vida <strong>do</strong>s cidadãos, a Direcção <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes e a Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos de<br />

Tráfego empenharam-se, um ano antes <strong>do</strong> arranque da obra, em acções preparatórias, incluin<strong>do</strong><br />

a realização de inquéritos na Avenida de Horta e Costa para conhecer os hábitos de deslocação<br />

<strong>do</strong>s condutores e peões, suas expectativas e preocupações sobre a execução faseada da obra,<br />

bem como o horário aceitável <strong>do</strong>s trabalhos extraordinários necessários ao encurtamento <strong>do</strong><br />

prazo da execução da obra. O Governo privilegiou a comunicação directa com os cidadãos,<br />

83


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

realizan<strong>do</strong> sessões de esclarecimento com associações de serviços, de motoristas existentes<br />

na zona, para auscultar opiniões e sugestões sobre o aperfeiçoamento <strong>do</strong>s arranjos para a<br />

execução <strong>do</strong>s trabalhos, de forma a elaborar estratégia optimizada para a execução da obra.<br />

A obra foi executada em dez troços. Durante o perío<strong>do</strong> da execução da obra, foram a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong><br />

o plano provisório de transportes e uma série de medidas para reduzir o impacto da execução<br />

da obra nos cidadãos e lojistas, incluin<strong>do</strong> a instalação de um painel transparente para garantir<br />

a separação entre o passeio e a obra, e a segurança da circulação no passeio. Aos empreiteiros<br />

foi, ainda, exigi<strong>do</strong> o cumprimento de determinadas normas a serem seguidas, nomeadamente,<br />

a execução <strong>do</strong>s trabalhos barulhentos na medida <strong>do</strong> possível em pleno dia; o transporte de<br />

maquinaria de grandes dimensões no perío<strong>do</strong> de menos trânsito; e durante o perío<strong>do</strong> nocturno<br />

reforçar a iluminação no local das obras e a sinalização de trânsito. Com a aproximação das<br />

festas <strong>do</strong> Natal e <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Novo Lunar, para diminuir o impacto da obra nos negócios <strong>do</strong>s lojistas,<br />

numa época <strong>do</strong>urada tradicional, o Governo da RAEM decidiu, após ouvir opiniões de cidadãos<br />

e comerciantes, a suspensão da execução de obra durante o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Novo Lunar. No<br />

perío<strong>do</strong> da execução da obra de reordenamento, que se prolongou por um ano, o Governo da<br />

RAEM auscultou amiúde as opiniões <strong>do</strong>s cidadãos e lojistas afecta<strong>do</strong>s, procuran<strong>do</strong> minimizar<br />

ao máximo o impacto da obra, através da publicação periódica de informações de mudança<br />

de circulação <strong>do</strong> trânsito, e distribuição de panfletos no local da obra. A Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

para os Assuntos de Tráfego destacou ainda o seu pessoal para permanecer nas paragens de<br />

autocarros explican<strong>do</strong> aos cidadãos os arranjos de trânsito.<br />

A obra de reordenamento da rede de drenagem da Avenida de Horta e Costa foi bem acolhida<br />

pelos cidadãos. Sob a compreensão e colaboração <strong>do</strong> público, a referida obra foi integralmente<br />

inaugurada em Dezembro de 2011, com quatro meses de antecedência relativamente ao prazo<br />

de 500 dias previamente defini<strong>do</strong>. A experiência bem sucedida adquirida na execução da obra<br />

de reordenamento da rede de drenagem da Avenida de Horta e Costa serviu de importante<br />

referência para a execução de outros projectos de obras públicas posteriores.<br />

Planeamento <strong>do</strong> Desenvolvimento da Aviação<br />

e Ampliação <strong>do</strong> Aeroporto para Aumentar a<br />

Capacidade de Transporte<br />

A forte tendência <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> turismo de <strong>Macau</strong> e a dedicação <strong>do</strong> Governo nos<br />

últimos anos à exploração de fontes de turistas no exterior fizeram aumentar a procura de<br />

serviços de transporte aéreo de <strong>Macau</strong>. O Governo da RAEM desenvolveu em 2010, os trabalhos<br />

iniciais relativos ao “Plano Geral de Desenvolvimento <strong>do</strong> Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong>”<br />

para elaborar um conjunto de planeamentos de longo prazo e um programa de execução para<br />

o Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong>.<br />

No início de 2011, a Autoridade de Aviação Civil incumbiu uma empresa de proceder ao<br />

estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> “Plano Geral de Desenvolvimento <strong>do</strong> Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong>”. Ten<strong>do</strong> como<br />

objectivo o planeamento de desenvolvimento até ao ano de 2030, o referi<strong>do</strong> plano irá definir<br />

planeamentos e calendários <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> Aeroporto de cinco, dez e vinte anos e<br />

projectar, conforme a necessidade <strong>do</strong> desenvolvimento, as infra-estruturas necessárias, incluin<strong>do</strong><br />

a expansão das áreas das placas de estacionamento e <strong>do</strong> edifício <strong>do</strong> terminal, bem como, a<br />

optimização de pistas para permitir que as estruturas possam continuar cumprir com as normas<br />

84


Retrospectiva de 2011<br />

estabelecidas pela Organização da Aviação Civil Internacional.<br />

A expansão <strong>do</strong> Aeroporto será feita em quatro fases e com base nos requisitos de que as<br />

suas instalações possam vir a receber anualmente 15 milhões de passageiros, para responder<br />

à necessidade da recepção anual de 5,6 milhões de passageiros em 2015, na primeira fase,<br />

7,1 milhões em 2020, na segunda fase e 11 milhões em 2030 na terceira fase, bem como, 15<br />

milhões nos anos posteriores a 2030, na quarta fase.<br />

Em relação ao aperfeiçoamento <strong>do</strong> sistema jurídico e garantia de segurança, o Governo da<br />

RAEM accionou o processo legislativo <strong>do</strong> Regulamento Administrativo sobre os “Direitos Mínimos<br />

<strong>do</strong>s Passageiros <strong>do</strong> Transporte Aéreo em Caso de Recusa de Embarque, Cancelamento ou Atraso<br />

de Voos” e a “Lei de Investigação de Acidentes e Incidentes Aeronáuticos e da Protecção da<br />

Informação de Segurança Aérea”. Além disso, procedeu ao estu<strong>do</strong> sobre a necessidade da<br />

elaboração <strong>do</strong> novo regulamento administrativo relativo à segurança aérea. A Autoridade de<br />

Aviação Civil procedeu, em Fevereiro, às actualizações técnicas <strong>do</strong> Regulamento de Navegação<br />

Aérea de <strong>Macau</strong> que, por razões de segurança <strong>do</strong> transporte aéreo, se revelavam necessárias<br />

para reforçar a garantia de segurança <strong>do</strong> transporte aéreo.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, o Governo da RAEM subscreveu, em 2011, 420 mil novas acções da<br />

companhia Air <strong>Macau</strong> pelo preço de 700 milhões de patacas. Com a injecção de 700 milhões<br />

de patacas, o Governo de <strong>Macau</strong> reforçou a sua posição passan<strong>do</strong> de terceiro accionista para<br />

segun<strong>do</strong> accionista da companhia. A Air <strong>Macau</strong> pretende utilizar o dinheiro injecta<strong>do</strong> pelo<br />

Governo para renovar a sua frota de aeronaves, modernizar instalações <strong>do</strong> sistema informático<br />

e tecnológico e equipamentos de segurança de aviação, a fim de elevar o nível da segurança<br />

operacional e melhorar o serviço presta<strong>do</strong> aos passageiros.<br />

Governo Assume Gestão Directa <strong>do</strong> Terminal<br />

Marítimo <strong>do</strong> Porto Exterior para Optimizar<br />

Instalações e Conforto <strong>do</strong>s Passageiros<br />

Relativamente à política de transporte marítimo, o Governo da RAEM aprovou, em 2010,<br />

o Regulamento Administrativo sobre o Transporte Marítimo de Passageiros e emitiu licenças e<br />

autorizações de itinerários marítimos <strong>do</strong> transporte regular marítimo, com prazo de validade<br />

até dez anos, a favor de cinco companhias. A Capitania <strong>do</strong>s Portos, por seu turno, autorizou,<br />

a 15 de Abril, a companhia de transporte Hong Kong North West Express Limited a operar o<br />

itinerário marítimo entre o Terminal de Passageiros <strong>do</strong> Porto Exterior e o Terminal Marítimo de<br />

Tuen Mun, Hong Kong.<br />

Após a abertura deste itinerário, Hong Kong passou a ter quatro cais de embarcações que<br />

operam nos itinerários marítimos entre o Terminal Marítimo <strong>do</strong> Porto Exterior e Hong Kong: o<br />

Terminal Marítimo de Passageiros Hong Kong-<strong>Macau</strong> de Hong Kong (Sheung Wan), o Terminal<br />

Marítimo de Passageiros da China (Kowloon), o Terminal Marítimo de Tuen Mun de Hong Kong<br />

e o Terminal Marítimo Sky Pier no Aeroporto Internacional de Hong Kong (Chek Lap Kok).<br />

Em 21 de Dezembro de 2011, a Capitania <strong>do</strong>s Portos passou a ser o responsável directo<br />

pela gestão <strong>do</strong> Terminal Marítimo <strong>do</strong> Porto Exterior e optimizou o espaço global e instalações <strong>do</strong><br />

referi<strong>do</strong> terminal, permitin<strong>do</strong> que as áreas e instalações fossem aproveitadas de forma racional<br />

e eficaz. Para além de disponibilizar, no Terminal Marítimo <strong>do</strong> Porto Exterior, placas indica<strong>do</strong>ras<br />

85


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

multilingues e ecrãs electrónicos, que fornecem aos cidadãos informações claras relativas aos<br />

serviços <strong>do</strong> Terminal, ao transporte e às viagens de embarcações, foi instala<strong>do</strong> ainda, no átrio<br />

<strong>do</strong> Terminal, o Balcão de Serviços Informativos e Consultivos que prestam informações relativas<br />

aos serviços <strong>do</strong> Terminal aos cidadãos em necessidade.<br />

Diversificação <strong>do</strong> Trabalho de Protecção Ambiental<br />

e Empenho na Construção da Cidade Verde<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental, cria<strong>do</strong> há <strong>do</strong>is anos, continuou em 2011,<br />

a desenvolver, de forma ordenada, vários trabalhos de protecção ambiental em estreita sintonia<br />

com o objectivo da acção governativa de “fornecer elementos ambientais necessários para a<br />

melhoria da qualidade de vida <strong>do</strong>s cidadãos”, estabelecen<strong>do</strong> um sóli<strong>do</strong> alicerce para a promoção<br />

contínua da construção de <strong>Macau</strong> como cidade verde.<br />

Arranque <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> para a Protecção Ambiental e a<br />

Conservação Energética e Promoção da Redução de<br />

Resíduos a Partir da Fonte<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental lançou, em 2011, vários regulamentos<br />

administrativos, nomeadamente o regulamento administrativo relativo ao “Fun<strong>do</strong> para a<br />

Protecção Ambiental e a Conservação Energética”, o regulamento administrativo sobre “Plano<br />

de Apoio à Aquisição de Produtos e Equipamentos para a Protecção Ambiental e a Conservação<br />

Energética” e a Tabela de Paramétricos anexa ao Regulamento Administrativo “Fixação <strong>do</strong>s<br />

limites de emissão de gases poluentes a que devem obedecer os motociclos e ciclomotores<br />

novos aquan<strong>do</strong> da sua importação”.<br />

Em 12 de Setembro, o Governo criou formalmente o Fun<strong>do</strong> para a Protecção Ambiental e<br />

a Conservação Energética, com um capital inicial no valor de 200 milhões de patacas, ten<strong>do</strong><br />

como destinatários <strong>do</strong> apoio financeiro empresas comerciais e associações. O apoio financeiro<br />

a conceder por cada pedi<strong>do</strong> aprova<strong>do</strong> é o correspondente a 80 por cento <strong>do</strong> montante total <strong>do</strong>s<br />

produtos e equipamentos adquiri<strong>do</strong>s ou substituí<strong>do</strong>s, não poden<strong>do</strong> exceder o limite máximo de<br />

500.000 patacas. O Governo pretende estimular empresas e associações a montar equipamentos<br />

de conservação energética mediante o apoio financeiro, esperan<strong>do</strong> ainda transmitir à sociedade<br />

a mensagem de protecção ambiental a fim de promover a prática, em toda a sociedade, <strong>do</strong>s<br />

diversos actos ambientais <strong>do</strong> dia-a-dia, contribuin<strong>do</strong> em conjunto para a construção da cidade<br />

verde.<br />

Para reduzir a poluição de ar causada pela emissão de gases de escape de automóvel, o<br />

Governo, após várias rondas de consultas e recolha de opiniões <strong>do</strong> público e de sector profissional,<br />

publicou em 30 de Janeiro de <strong>2012</strong>, o Regulamento Administrativo n.º 1/<strong>2012</strong> sobre “Fixação<br />

<strong>do</strong>s limites de emissão de gases de escape a que devem obedecer os automóveis novos aquan<strong>do</strong><br />

da sua importação”, visan<strong>do</strong> o reforço de gestão da poluição a partir de fonte, para evitar a<br />

importação e circulação em <strong>Macau</strong> <strong>do</strong>s veículos de alta poluição e reduzir a poluição importada,<br />

a fim de melhorar a qualidade <strong>do</strong> ar. De acor<strong>do</strong> com o referi<strong>do</strong> regulamento, será proibida, a<br />

partir de 1 de Setembro de <strong>2012</strong>, a venda e inscrição <strong>do</strong>s veículos que não cumpram normas<br />

e parâmetros estipula<strong>do</strong>s no novo diploma, que irá entrar em vigor em 1 de Março de <strong>2012</strong>.<br />

86


Retrospectiva de 2011<br />

Ao mesmo tempo, o Governo da RAEM tem vin<strong>do</strong> a concretizar a política de promoção de<br />

veículos ecológicos a partir de 2011, incluin<strong>do</strong> a alteração <strong>do</strong> Regulamento de Imposto sobre<br />

Veículos Motoriza<strong>do</strong>s e o lançamento da política de redução de impostos sobre veículos ligeiros<br />

ecológicos, sugerin<strong>do</strong> que os veículos ligeiros, que reúnam as normas ecológicas de emissão<br />

de gases poluentes, possam gozar <strong>do</strong> benefício fiscal, com uma redução correspondente a 50<br />

por cento <strong>do</strong> imposto sobre veículos motoriza<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> o limite máximo de 60 mil patacas. O<br />

Governo pretende controlar eficazmente, mediante a implementação desta política, a poluição de<br />

ar causada pela emissão de gases de escape de automóveis, de forma a assegurar a qualidade<br />

ambiental e a saúde da população.<br />

A “redução de resíduos a partir de fonte” é uma das prioridades <strong>do</strong> trabalho da Direcção<br />

<strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental em 2011. A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental<br />

concluiu a consulta pública da 1.ª fase sobre o “Quadro Geral <strong>do</strong> Planeamento Conceptual da<br />

Protecção Ambiental de <strong>Macau</strong> (2010-2020)”, na qual foi defini<strong>do</strong> o “incentivo à poupança de<br />

recursos” como um <strong>do</strong>s seis vertentes estratégicos, e formula<strong>do</strong> o objectivo da “redução de<br />

consumo excessivo de recursos e promoção de reciclagem de recursos”, destacan<strong>do</strong> não apenas<br />

“3RS” - “Redução, Reuso e Reciclagem”, como também promoven<strong>do</strong> “5RS” ou seja, mais <strong>do</strong>is<br />

“RS” - “Reparação e Rejeição”, a fim de intensificar o trabalho de “redução de resíduos a partir<br />

da fonte”.<br />

Através das três plataformas de planos de parceria “Eco-Escolas”, “Empresas Verdes” e<br />

“Prémio Hotel Verde <strong>Macau</strong>”, a Administração continuou a divulgar o conceito ambiental de<br />

“redução de resíduos a partir da fonte” e “poupança de recursos”, promoven<strong>do</strong> a formação<br />

<strong>do</strong> clima verde social. Em 2011, foi lança<strong>do</strong> pelo Governo da RAEM o plano experimental de<br />

reciclagem de resíduos de cozinhas em escolas e hotéis, procuran<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> de reciclagem<br />

de resíduos de cozinhas mais apropria<strong>do</strong> a <strong>Macau</strong>, através <strong>do</strong> conhecimento das características<br />

<strong>do</strong>s diferentes resíduos.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, com vista a estimular ainda mais a transformação <strong>do</strong>s actos ambientais<br />

num hábito da vida quotidiana <strong>do</strong>s cidadãos, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental<br />

organizou o programa de pontos “verdes”, esperan<strong>do</strong> que a execução <strong>do</strong> programa seja iniciada<br />

pela apelação à recolha selectiva de resíduos recicláveis, a fim de estimular os cidadãos a<br />

reduzir os resíduos a partir da fonte, intensifican<strong>do</strong>, assim, a consciência de recolha de resíduos<br />

recicláveis, através de criação de vias fáceis, e a atribuição de prémios pela acumulação <strong>do</strong>s<br />

pontos “verdes”.<br />

Em 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental realizou pela primeira vez, no<br />

dia 5 de Junho, a “Semana Ambiental de <strong>Macau</strong> 2011” para acompanhar o “Dia Mundial <strong>do</strong><br />

Ambiente”, visan<strong>do</strong> mobilizar as forças sociais a promoverem em conjunto a redução de resíduos<br />

a partir da fonte e a concretização <strong>do</strong> conceito ambiental de vida verde.<br />

Fórum de Cooperação Ambiental Alcança Novos<br />

Êxitos e Peritos Abordam Conjuntamente as<br />

Políticas Ambientais<br />

Ten<strong>do</strong> atribuí<strong>do</strong> grande importância à protecção ambiental e dedican<strong>do</strong>-se à promoção<br />

junto <strong>do</strong>s cidadãos de <strong>Macau</strong> da prática de uma vida de protecção ambiental de baixo carbono,<br />

87


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

o Governo da RAEM tem organiza<strong>do</strong>, por quatro anos consecutivos, o Fórum e Exposição<br />

Internacional de Cooperação Ambiental de <strong>Macau</strong> (MIECF). Ao longo <strong>do</strong>s quatro anos da sua<br />

existência, o MIECF tem vin<strong>do</strong> a aumentar de envergadura, ten<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>, na edição de 2011,<br />

sete fóruns em vez de cinco no passa<strong>do</strong>, nos quais, 70 funcionários governamentais, peritos e<br />

académicos da protecção ambiental vin<strong>do</strong>s de 11 países abordaram diversos novos conceitos<br />

da protecção ambiental, técnicas de redução de emissão e o relacionamento entre combate à<br />

alteração climática e o desenvolvimento económico.<br />

O 4.º MIECF atraiu a participação de 324 expositores de 24 países e regiões de to<strong>do</strong> o<br />

mun<strong>do</strong> e a área da exposição cresceu 22,5 por cento, comparativamente a 2010, passan<strong>do</strong><br />

para 16.500 metros quadra<strong>do</strong>s. O número total de participantes ultrapassou as 8800 pessoas,<br />

equivalente a um aumento de dez por cento, <strong>do</strong>s quais 6400 eram representantes profissionais.<br />

No âmbito das actividades <strong>do</strong> Dia Verde para o Público, cerca de 2400 pessoas deslocaram-se ao<br />

recinto da exposição. O presente fórum recolheu no total 625 projectos ambientais e promoveu<br />

574 sessões de bolsas de contacto.<br />

Sensibilização de Poupança de Água e Reservatório<br />

Zhuyin Combate às Marés Salgadas<br />

O Governo da RAEM definiu em 2011, o “Novo Mecanismo das Tarifas da Água”, para gerir<br />

e planear de melhor forma os recursos hídricos preciosos e estimular a população em geral de<br />

<strong>Macau</strong> a poupar conjuntamente a água. Ao par disso, o Grupo de Trabalho para a Construção<br />

de uma Sociedade Economiza<strong>do</strong>ra de Água voltou a lançar o “Plano de bonificação nas tarifas<br />

de água” durante o perío<strong>do</strong> entre Novembro de 2010 e Abril de 2011, impulsionan<strong>do</strong>, através<br />

de medidas incentivas, os diversos sectores da sociedade a poupar a água e levar a cabo a<br />

prática de poupança de água na vida quotidiana.<br />

No âmbito <strong>do</strong> plano, foram atribuídas as tarifas de água bonificadas a mais de 33 mil<br />

consumi<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>s quais 90 por cento eram consumi<strong>do</strong>res residenciais, ten<strong>do</strong> cinco mil utentes<br />

atingi<strong>do</strong> a meta da economia <strong>do</strong> consumo de água por <strong>do</strong>is anos consecutivos, ocupan<strong>do</strong> 17<br />

por cento <strong>do</strong> total de participantes no plano. O volume total de água poupada foi superior a 1,1<br />

milhões de metros cúbicos. O valor das tarifas bonificadas atribuídas aos consumi<strong>do</strong>res, que<br />

atingiram a meta, ultrapassou 2,69 milhões de patacas.<br />

Com o intuito de intensificar a cooperação com escolas e incutir nos alunos a consciência<br />

de poupança de água e valorização de recursos hídricos, o Grupo de Trabalho para a Construção<br />

de uma Sociedade Economiza<strong>do</strong>ra de Água organizou actividades escolares de sensibilização de<br />

poupança de água, incluin<strong>do</strong> workshops e uma exposição itinerária de cartazes de poupança de<br />

água. Durante o ano de 2011, o referi<strong>do</strong> grupo realizou visitas a 14 escolas de ensino primário<br />

e secundário, com 18 workshops monta<strong>do</strong>s. Organizou uma exposição de cartazes de poupança<br />

de água itinerária em 31 escolas de ensino primário e secundário, e estabelecimentos <strong>do</strong> ensino<br />

superior. Em 2011, foram realizadas ainda seis campanhas de sensibilização <strong>do</strong>s conceitos de<br />

poupança de água nos bairros, divulgan<strong>do</strong>, junto <strong>do</strong>s cidadãos, informações de poupança de<br />

água e dispositivos de poupança de água, através de exposição de dispositivos economiza<strong>do</strong>res<br />

de água, stand de jogo e cartazes.<br />

Nas estações de Inverno e Primavera de cada ano, <strong>Macau</strong> é muito provavelmente afecta<strong>do</strong><br />

por marés salgadas. Assim, o Governo da RAEM tem toma<strong>do</strong> medidas de curto, médio e longo<br />

88


Retrospectiva de 2011<br />

prazo para fazer face às marés salgadas. Como medida de médio prazo, o reservatório Zhuyin<br />

desempenhou um papel importante e crucial para superar a crise das marés salgadas no ano<br />

de 2011. A entrada em funcionamento <strong>do</strong> reservatório de Zhuyin em Abril de 2011 significa<br />

que está basicamente garantida a segurança <strong>do</strong> abastecimento de água de Zhuhai e <strong>Macau</strong><br />

nos próximos dez anos.<br />

Realizou-se a 1 de Dezembro de 2011 em Guiping, na Província de Guangxi, a cerimónia<br />

de arranque da obra da estrada de uso exclusivo, que liga Guiping na Província de Guangxi<br />

ao Complexo Hidráulico de Datengxia. A referida estrada <strong>do</strong> uso exclusivo é um importante<br />

empreendimento da obra preparatória <strong>do</strong> Complexo Hidráulico de Datengxia, que é tida como<br />

medida de longo prazo, pois a sua futura inauguração reforçará a capacidade preventiva da<br />

RAEM nas ameaças de marés salgadas.<br />

Consulta Pública sobre o Novo Sistema Tarifário de<br />

Electricidade<br />

No que diz respeito à política de energia, o Governo da RAEM pretenden<strong>do</strong> proceder à<br />

revisão <strong>do</strong> sistema tarifário de electricidade, que tem vin<strong>do</strong> a ser usa<strong>do</strong> há 25 anos, lançou em<br />

2011, a consulta pública sobre o “Sistema Tarifário de Electricidade e Fixação <strong>do</strong>s Preços da<br />

Electricidade”, auscultan<strong>do</strong> amplamente opiniões <strong>do</strong>s diversos sectores da sociedade e cidadãos,<br />

para a futura aplicação de novo sistema tarifário. É de esperança <strong>do</strong> Governo que o novo sistema<br />

tarifário possa dar benefício ao público em geral, minimizan<strong>do</strong>, em especial, a carga tarifária<br />

<strong>do</strong>s cidadãos de baixos recursos, e contribuin<strong>do</strong> para o desenvolvimento global da sociedade.<br />

O Gabinete para o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sector Energético auscultou e recolheu opiniões<br />

no perío<strong>do</strong> entre 21 de Novembro de 2011 e 20 de Janeiro de <strong>2012</strong>. Ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de<br />

consulta, foram realizadas, ao to<strong>do</strong>, oito conferências de imprensa e sessões de consulta<br />

pública, bem como, visitas a 12 associações para auscultar opiniões e sugestões sobre o novo<br />

regime de preços de electricidade. O Gabinete para o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sector Energético<br />

irá proceder ao tratamento e análise das opiniões e sugestões recolhidas e fará ajustamentos<br />

segun<strong>do</strong> as necessidades reais, a fim de elaborar um projecto que satisfaça interesses da<br />

maioria <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

Mais Dois Licenciamentos de Operação de Redes<br />

Fixas Aperfeiçoam o Merca<strong>do</strong> de Telecomunicações<br />

Ao par da internacionalização de <strong>Macau</strong>, o aperfeiçoamento de instalações de<br />

telecomunicações pode elevar a competitividade da Cidade de <strong>Macau</strong> e melhorar a qualidade<br />

de vida <strong>do</strong>s cidadãos. Em resposta à plena liberalização <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de telecomunicações<br />

em 1 de Janeiro de <strong>2012</strong>, o Governo da RAEM elaborou em 2011, o projecto <strong>do</strong> regulamento<br />

administrativo <strong>do</strong> regime de instalação e operação de redes públicas de telecomunicações fixas,<br />

sobre o qual o Conselho Executivo concluiu a sua apreciação em Dezembro. A Direcção <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Regulação de Telecomunicações planeia emitir três licenciamentos de prestação de<br />

serviços nas redes fixas. Além de um licenciamento já emiti<strong>do</strong> a CTM, o actual opera<strong>do</strong>r, outros<br />

<strong>do</strong>is licenciamentos serão emiti<strong>do</strong>s mediante concurso público a ser lança<strong>do</strong>. Acredita-se que<br />

os novos opera<strong>do</strong>res de prestação de serviços possam contribuir para a diminuição de preços.<br />

89


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Por outro la<strong>do</strong>, articulan<strong>do</strong> com a situação de que o serviço de telecomunicações móveis<br />

local será presta<strong>do</strong> apenas através da tecnologia de 3G a partir de 9 de Julho de <strong>2012</strong>, a Direcção<br />

<strong>do</strong>s Serviços de Regulação de Telecomunicações exigiu, nos mea<strong>do</strong>s de 2010, os opera<strong>do</strong>res<br />

de telecomunicações que procedessem aos trabalhos de preparação da transição de serviço de<br />

2G para o serviço de 3G, incluin<strong>do</strong> o alargamento de capacidade e a optimização das redes.<br />

O Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> financiou, em 2010, a construção<br />

<strong>do</strong> “Sistema de banda larga sem fios - WiFi GO” que proporciona o serviço <strong>do</strong> acesso gratuito<br />

à Internet de banda larga sem fios aos cidadãos e turistas de <strong>Macau</strong> em instalações públicas,<br />

nos serviços <strong>do</strong> Governo, nos portos principais e locais turísticos. Com vista a possibilitar o gozo<br />

deste serviço <strong>do</strong> acesso gratuito à Internet sem fios por mais cidadãos e turistas, a Direcção<br />

<strong>do</strong>s Serviços de Regulação de Telecomunicações continua em 2011, a ampliar e melhorar o<br />

sistema da rede, através de 23 novos pontos de acesso, que serão instala<strong>do</strong>s em vários locais,<br />

incluin<strong>do</strong> centros de saúde, zonas de lazer e praças, bem como serviços <strong>do</strong> Governo e instalações<br />

desportivas, totalizan<strong>do</strong>, assim, 83 pontos <strong>do</strong> serviço <strong>do</strong> acesso gratuito à Internet de banda<br />

larga sem fios “WiFi GO”.<br />

90


Retrospectiva de 2011<br />

VII. Desenvolvimento Contínuo <strong>do</strong> Turismo<br />

e da Indústria de Convenções e<br />

Exposições e Ajustamento da Indústria<br />

<strong>do</strong> Jogo<br />

O sector <strong>do</strong> jogo, turismo e serviços de <strong>Macau</strong> continuou a conhecer, em 2011, um<br />

desenvolvimento estável, impulsionan<strong>do</strong> o crescimento contínuo da economia global de <strong>Macau</strong>.<br />

<strong>Macau</strong> registou uma entrada de 28 milhões de visitantes, crian<strong>do</strong> um novo recorde histórico, o<br />

que representa um acréscimo de 12,2 por cento relativamente ao perío<strong>do</strong> homólogo de 2010,<br />

enquanto as receitas brutas provenientes da exploração de jogos atingiram 269.058 mil milhões,<br />

traduzin<strong>do</strong> um aumento de 41,9 por cento face ao ano anterior.<br />

Regulamento da Ordem <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Promove o<br />

Desenvolvimento Saudável <strong>do</strong> Turismo<br />

A indústria <strong>do</strong> turismo de <strong>Macau</strong> manteve em 2011, a tendência <strong>do</strong> crescimento verifica<strong>do</strong> em<br />

2010, registan<strong>do</strong> uma entrada de mais de 28 milhões de visitantes no ano inteiro. O Interior da<br />

China, Hong Kong e Taiwan continuaram a ser os três maiores merca<strong>do</strong>s de turistas, verifican<strong>do</strong>-se<br />

o crescimento de 22,2 por cento <strong>do</strong>s visitantes <strong>do</strong> Interior da China com 16.162.747 visitantes.<br />

Houve um aumento visível <strong>do</strong> número de visitantes da Coreia <strong>do</strong> Sul com 398.807 entradas,<br />

assinalan<strong>do</strong> um crescimento de 20,2 por cento, subin<strong>do</strong> assim de sexto lugar em 2010 para<br />

quarto lugar no merca<strong>do</strong> de fontes de turistas, passan<strong>do</strong> a ser o segun<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> com maior<br />

taxa de crescimento.<br />

Em 2011, 8.612.127 visitantes ficaram hospeda<strong>do</strong>s em hotéis de <strong>Macau</strong>, registan<strong>do</strong>-se<br />

um crescimento de 11 por cento, face ao ano anterior, com uma taxa de ocupação média <strong>do</strong>s<br />

hotéis e das pensões de 84,1 por cento ou seja um aumento de 4,3 por cento. O valor global<br />

das despesas <strong>do</strong>s visitantes no ano inteiro foi de 45,3 mil milhões de patacas, representan<strong>do</strong><br />

um crescimento considerável de 20 por cento em relação a 2010.<br />

91


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Em 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo (DST) organizou diversos eventos promocionais<br />

subordina<strong>do</strong>s ao tema “Dinâmica de <strong>Macau</strong>”, respectivamente, nas cidades de Nanjing, Tianjin,<br />

Fujian e Nanning; a “Semana de <strong>Macau</strong> em Jiangsu e a Exposição de Promoção Dinâmica de<br />

<strong>Macau</strong>”, em Nanjing; e co-organizou a actividade promocional “Semana de <strong>Macau</strong> em Tianjin”.<br />

Divulgou o Património Mundial de <strong>Macau</strong> por diferentes formas, e criou outros itinerários turísticos<br />

temáticos, incluin<strong>do</strong> os destina<strong>do</strong>s às famílias, como o passeio <strong>do</strong> eco-turismo, nos trilhos das<br />

Ilhas, e o passeio ao Pavilhão <strong>do</strong> Panda Gigante. Para os cidadãos seniores foram concebi<strong>do</strong>s<br />

itinerários ao património <strong>do</strong>s estilos chinês e português e ao património mundial e fotografias<br />

com vesti<strong>do</strong>s de casamentos, a fim de aumentar os esforços de promoção de <strong>Macau</strong>.<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo celebrou em 2011, memoran<strong>do</strong>s de cooperação com<br />

várias províncias e municípios: em Julho, foi assina<strong>do</strong> o memoran<strong>do</strong> de cooperação turística entre<br />

Cantão e <strong>Macau</strong> para explorar em conjunto projectos de cooperação turística em Nansha; em<br />

Maio, foram assina<strong>do</strong>s protocolos com várias outras províncias e cidades da China para promover<br />

a cooperação turística, incluin<strong>do</strong> os protocolos de cooperação turística com a Administração <strong>do</strong><br />

Turismo da Província de Hubei e da Cidade de Guangyuan, na Província de Sichuan, e, ainda,<br />

em Outubro, assinou com a Administração <strong>do</strong> Turismo da Província de Jiangsu, o Memoran<strong>do</strong> de<br />

Entendimento sobre “Excursões de Qualidade de <strong>Macau</strong>” promoven<strong>do</strong>, assim de melhor forma,<br />

o relacionamento de cooperação turística com diversas províncias e cidades.<br />

Em 2011, os responsáveis da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo e da Administração Nacional<br />

<strong>do</strong> Turismo da China abordaram a necessidade de aumentar a cooperação e a<strong>do</strong>ptar medidas<br />

concretas para regulamentar o merca<strong>do</strong> de visitantes <strong>do</strong> Interior da China a <strong>Macau</strong>, e melhorar<br />

a qualidade <strong>do</strong>s serviços turísticos, procuran<strong>do</strong> impulsionar um desenvolvimento saudável <strong>do</strong><br />

merca<strong>do</strong>. Após consultas, ficou decidida a a<strong>do</strong>pção <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento “Pontos fundamentais para<br />

os contratos entre as agências de turismo organiza<strong>do</strong>ras e receptoras de grupos <strong>do</strong>s cidadãos<br />

<strong>do</strong> Interior da China com destino a <strong>Macau</strong>”, que foi a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> no dia 1 de Agosto de 2011<br />

simultaneamente no Interior da China e em <strong>Macau</strong>.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo (DST) criou, com a Administração<br />

<strong>do</strong> Turismo de Guang<strong>do</strong>ng e a Administração <strong>do</strong> Turismo de Fujian, o sistema de troca de<br />

informações turísticas durante a semana <strong>do</strong>urada por ocasião <strong>do</strong> Festival da Primavera e <strong>do</strong><br />

Dia Nacional, comunican<strong>do</strong> uma à outra informações relativas ao número de visitantes, preço<br />

por quarto e a taxa de ocupação <strong>do</strong>s hotéis, incluin<strong>do</strong> preços médios por quartos das pensões<br />

e hotéis bem como da<strong>do</strong>s relativas à taxa de ocupação <strong>do</strong>s hotéis de três a cinco estrelas.<br />

Estas informações turísticas fornecidas por departamentos turísticos locais são conhecidas<br />

oportunamente por visitantes a <strong>Macau</strong> através da imprensa, e publicadas também na página<br />

electrónica da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo, permitin<strong>do</strong> o conhecimento <strong>do</strong>s órgãos de<br />

comunicação social e <strong>do</strong> público, e asseguran<strong>do</strong> que o trabalho de acolhimento de visitantes<br />

durante as semanas <strong>do</strong>uradas <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Novo Lunar e <strong>do</strong> Dia Nacional fosse efectua<strong>do</strong> com êxito.<br />

Acções de combate à prestação ilegal de alojamento foram realizadas continuamente.<br />

A DST distribuiu panfletos e cartazes cola<strong>do</strong>s nos autocarros públicos e táxis e intensificou o<br />

trabalho de divulgação na televisão no Interior <strong>do</strong> País, nomeadamente a exibição de vídeo clips<br />

na Província de Guang<strong>do</strong>ng para alertar e estimular visitantes <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País a hospedar-<br />

-se nos hotéis legais.<br />

92


Retrospectiva de 2011<br />

Maior Qualidade da Indústria de Convenções e<br />

Exposições<br />

Após vários anos de desenvolvimento, a indústria de convenções e exposições tem vin<strong>do</strong><br />

a melhorar a qualidade <strong>do</strong>s eventos. Em 2011, foram realizadas no total 1045 convenções e<br />

exposições. Embora verifican<strong>do</strong>-se uma redução anual de 354 eventos, o número de participantes<br />

atingiu um total de 1.278.054 pessoas, marcan<strong>do</strong> um forte aumento de 59 por cento em<br />

comparação com o de 2010. No que diz respeito às exposições, registaram-se menos seis<br />

eventos, atrain<strong>do</strong>, contu<strong>do</strong>, a presença de 1.167.283 pessoas, corresponden<strong>do</strong> a uma subida<br />

anual de 78 por cento.<br />

Para intensificar a promoção da indústria de convenções e exposições, foi criada em<br />

2011 pelo Governo da RAEM, a entidade específica para o desenvolvimento de convenções e<br />

exposições. Em 15 de Agosto, o Governo da RAEM divulgou o Regulamento Administrativo n.º<br />

15/2003 “Organização e Funcionamento da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia”, com alterações<br />

introduzidas pelo Regulamento Administrativo n.º 27/2011, que incluem principalmente:<br />

a ampliação de âmbito das atribuições da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia, a inclusão<br />

da promoção <strong>do</strong> desenvolvimento da indústria de convenções e exposições no âmbito das<br />

atribuições da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia (DSE) e a definição jurídica desta direcção<br />

de serviços como entidade específica para a promoção <strong>do</strong> desenvolvimento da indústria de<br />

convenções e exposições. Assim, a designação <strong>do</strong> Departamento de Desenvolvimento das<br />

Actividades Económicas, subunidade da DSE, foi alterada para Departamento de Desenvolvimento<br />

de Convenções e Exposições e das Actividades Económicas, a quem compete o trabalho da<br />

promoção <strong>do</strong> desenvolvimento das convenções e exposições, o estu<strong>do</strong> e a elaboração de políticas<br />

e planeamento adequa<strong>do</strong>s para o desenvolvimento <strong>do</strong> sector de convenções e exposições da<br />

RAEM, crian<strong>do</strong> medidas e incentivos ao seu desenvolvimento sustentável, no senti<strong>do</strong> de garantir<br />

uma maior profissionalização e internacionalização desta importante área.<br />

A Feira Internacional de Automóveis China (<strong>Macau</strong>) 2011 e a Feira Internacional de<br />

Importação e Exportação de Iates China (<strong>Macau</strong>) 2011 realizaram-se em <strong>Macau</strong>, respectivamente,<br />

de 28 a 30 e de 27 a 30 de Outubro de 2011. As duas grandes feiras internacionais foram<br />

introduzidas em <strong>Macau</strong> pela primeira vez, nas quais, foram exibi<strong>do</strong>s automóveis de renome<br />

internacional, iates de marcas famosas e marcas de automóveis e iates desenha<strong>do</strong>s e fabrica<strong>do</strong>s<br />

pela China com patentes próprias, aproveitan<strong>do</strong> a vantagem de plataforma de <strong>Macau</strong> para<br />

promover o intercâmbio e cooperação da indústria de automóvel e de iate <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País<br />

com os seus congéneres internacionais.<br />

Decorreu de 20 a 23 de Outubro, a 16.ª Feira Internacional de <strong>Macau</strong> (MIF) que atraiu no<br />

total 850 expositores vin<strong>do</strong>s de mais de 60 países e regiões, sen<strong>do</strong> de 1650 o número de stands<br />

instala<strong>do</strong>s. Foi ampliada a escala da MIF com novas zonas de exposição autónomas instaladas<br />

por o Nepal, Quénia e Coreia <strong>do</strong> Sul, e zonas novas de exposição autónomas instaladas pelas<br />

províncias chinesas de Anhui e Jiangsu. Na presente edição da MIF, foram promovidas ao to<strong>do</strong><br />

1502 sessões de bolsas de contacto, das quais resultou a assinatura de 81 protocolos, e realiza<strong>do</strong>s<br />

47 fóruns, seminários e sessões de apresentação, ten<strong>do</strong> neles participa<strong>do</strong> mais de 7000 pessoas.<br />

O Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de <strong>Macau</strong> 2011 (MIECF)<br />

decorreu entre o dia 31 de Março e 2 de Abril. Sob o tema “Oportunidade Verde - Desenvolvimento<br />

de Cidades de Baixo Carbono”, o presente MIECF preconizou a noção de “Cidades verdes,<br />

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<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

tecnologia inteligente e crescimento sustenta<strong>do</strong>” em articulação com a política nacional de<br />

redução de emissão e as linhas de acção governativa relativas à protecção ambiental <strong>do</strong> Governo<br />

da RAEM. O MIECF contou com um total de 324 expositores de 24 países e regiões. A área da<br />

exposição cresceu 22,5 por cento, comparativamente ao ano anterior, passan<strong>do</strong> para 16.500<br />

metros quadra<strong>do</strong>s. O número total de participantes ultrapassou as 8800 pessoas, equivalente a<br />

um aumento de dez por cento. O Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental, que<br />

se realiza em <strong>Macau</strong> pelo quarto ano consecutivo, passou a ser gradualmente uma importante<br />

plataforma <strong>do</strong> desenvolvimento das indústrias verdes da Região <strong>do</strong> Sul da China e <strong>do</strong> Grande-<br />

-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas.<br />

Limite Anual <strong>do</strong> Aumento de Três por Cento <strong>do</strong><br />

Número de Mesas de Jogo<br />

Ao par da consolidação e aprofundamento <strong>do</strong> desenvolvimento estável da indústria <strong>do</strong><br />

turismo e <strong>do</strong> jogo, ajustar de forma adequada a dimensão de crescimento da indústria <strong>do</strong> jogo<br />

constitui uma política persistente <strong>do</strong> Governo da RAEM quanto ao desenvolvimento da indústria<br />

<strong>do</strong> jogo. O secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, afirmou em 19 de Setembro de<br />

2011, que o Governo da RAEM traçou o limite anual <strong>do</strong> aumento de três por cento de mesas de<br />

jogo durante dez anos, a partir de 2013, ten<strong>do</strong> em conta o prazo <strong>do</strong>s contratos actuais com as<br />

seis opera<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> jogo e reiterou, relativamente à concessão de terrenos para desenvolvimento<br />

de operações no sector, que o Governo não fez mais concessões depois <strong>do</strong>s pedi<strong>do</strong>s feitos e<br />

<strong>do</strong>s projectos de investimento aprova<strong>do</strong>s até 2008.<br />

A propósito <strong>do</strong> projecto <strong>do</strong> <strong>Macao</strong> Studio City, a Melco Crown Entertainment Limited<br />

anunciou, em 16 de Junho de 2011, que adquiriu 60 por cento <strong>do</strong> direito de propriedade <strong>do</strong><br />

promotor <strong>do</strong> empreendimento. Em relação ao futuro desenvolvimento deste projecto, o secretário<br />

para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io, deu uma resposta, no dia 20 de Junho, que o<br />

terreno aproveita<strong>do</strong> pelo <strong>Macao</strong> Studio City devia corresponder ao projecto <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

da alteração da finalidade da concessão de terra autoriza<strong>do</strong> pelo Governo em 2008 e que o<br />

projecto revisto abrangia, ainda, o programa de produção de filmes, precisan<strong>do</strong>, no entanto,<br />

que fossem observadas as leis locais para proceder à transmissão de quotas. Por outro la<strong>do</strong>, o<br />

secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, disse, em 1 de Dezembro, que a Direcção<br />

de Inspecção e Coordenação de Jogos de <strong>Macau</strong> ainda não tinha recebi<strong>do</strong> nenhum pedi<strong>do</strong> para<br />

introduzir novos elementos relaciona<strong>do</strong>s com o jogo no projecto <strong>do</strong> <strong>Macao</strong> Studio City e frisou<br />

que irá cumprir escrupulosamente a política de regulamentação vigente, sen<strong>do</strong> que, no futuro, a<br />

Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), de acor<strong>do</strong> com a realidade, irá proceder<br />

à respectiva apreciação.<br />

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Retrospectiva de 2011<br />

VIII. Planeamento Científico de<br />

Desenvolvimento <strong>do</strong> Ensino e<br />

Promoção Diversificada da Construção<br />

Cultural e Humana<br />

O desenvolvimento integral de talentos constitui a base <strong>do</strong> progresso social. O Governo<br />

da RAEM tem atribuí<strong>do</strong>, desde sempre, grande importância ao ensino, aumentan<strong>do</strong> de forma<br />

contínua, a aposta de recursos nesta área, com vista a assegurar a qualidade da educação. Ao<br />

mesmo tempo, definiu como objectivo o desenvolvimento de indústrias culturais e criativas,<br />

protegen<strong>do</strong> com to<strong>do</strong> o empenho o património cultural e enriquecen<strong>do</strong> a sua conotação.<br />

Empenhou-se ainda na optimização de instalações recreativas e desportivas e no apoio às<br />

actividades desportivas e culturais, estabelecen<strong>do</strong> alicerces em três <strong>do</strong>mínios educativo,<br />

desportivo e cultural para o desenvolvimento sustentável da formação de recursos humanos e<br />

da construção de uma cultura espiritual de <strong>Macau</strong>.<br />

Auscultação para Definição <strong>do</strong> Plano Decenal de<br />

Ensino<br />

O Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, atento ao desenvolvimento<br />

educativo desde o seu estabelecimento, tem-se empenha<strong>do</strong> em aperfeiçoar o regime, ambiente<br />

e eficácia <strong>do</strong> ensino não superior, através da implementação com êxito <strong>do</strong> regime de 15 anos de<br />

escolaridade gratuita. Com vista a concretizar melhor a orientação de “Construção da prosperidade<br />

de <strong>Macau</strong> através da educação” e aumentar a eficácia, a visão perspectiva e coordenação das<br />

políticas de ensino, ten<strong>do</strong> ausculta<strong>do</strong> as opiniões das respectivas individualidades e discuti<strong>do</strong><br />

de forma profunda no Conselho de Educação para o Ensino Não Superior, e na sua comissão<br />

especializada, o Governo elaborou no início de 2011, o <strong>do</strong>cumento preliminar para a recolha de<br />

opiniões sobre o “Planeamento para os Próximos 10 <strong>Ano</strong>s para o Desenvolvimento <strong>do</strong> Ensino Não<br />

Superior (2011-2020)”, realizan<strong>do</strong> consulta pública junto <strong>do</strong>s diversos sectores da sociedade<br />

e da população em geral.<br />

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<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

No perío<strong>do</strong> entre Janeiro e Março de <strong>2012</strong>, o Governo da RAEM promoveu a divulgação<br />

através de edição de revista especial e brochuras e organizou várias sessões de apresentação<br />

destinadas ao sector educativo e ao público, bem como, destacou o seu pessoal para participar<br />

em programas da rádio e em colóquios de debate organiza<strong>do</strong>s por associações, recolhen<strong>do</strong><br />

no total mais de 500 pareceres através de telefone, fax, e-mail e apresentação pessoal. De<br />

seguida, foi apresenta<strong>do</strong> em Julho, ao Conselho de Educação para o Ensino Não Superior o<br />

projecto revisto <strong>do</strong> “Planeamento para os Próximos 10 <strong>Ano</strong>s para o Desenvolvimento <strong>do</strong> Ensino<br />

Não Superior (2011-2020)”, no qual, foram acrescentadas medidas beneficiárias para atrair<br />

os finalistas excelentes <strong>do</strong> ensino secundário complementar, para que frequentem os cursos<br />

<strong>do</strong> ensino superior em educação, para preparar quadros qualifica<strong>do</strong>s para o corpo <strong>do</strong>cente,<br />

optimizan<strong>do</strong> assim a construção <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong>cente. Para fazer face ao problema de alta taxa de<br />

retenção, a Administração promoveu, ainda, na referida <strong>do</strong>cumentação-base, a adaptação de<br />

formas de avaliação diversificada e a reforma de meto<strong>do</strong>logia pedagógica em todas as escolas<br />

da RAEM para avaliar de forma abrangente a capacidade de aprendizagem <strong>do</strong>s alunos. Na<br />

próxima etapa, o Governo lançará as políticas e medidas complementar em articulação com a<br />

direcção definida no “Planeamento para os Próximos 10 <strong>Ano</strong>s para o Desenvolvimento <strong>do</strong> Ensino<br />

Não Superior (2011-2020)” e o mecanismo de revisão periódica <strong>do</strong> Planeamento no decurso<br />

<strong>do</strong> futuro desenvolvimento.<br />

Aumento de Regalias e Garantias de Aposentação e<br />

Elaboração <strong>do</strong> Quadro Geral Profissional <strong>do</strong> Pessoal<br />

Docente<br />

O Governo da RAEM prossegue a linha orienta<strong>do</strong>ra de “Construção da prosperidade de <strong>Macau</strong><br />

através da educação” e o espírito de respeito para com os professores, prestan<strong>do</strong> muita atenção<br />

a qualidade e garantia profissional <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong>cente. O Governo mantém uma atitude aberta<br />

para auscultar, de forma sincera, as opiniões <strong>do</strong> sector educativo, por um la<strong>do</strong>, aumentan<strong>do</strong><br />

progressivamente o subsídio directo e o prémio de antiguidade <strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong>cente, aperfeiçoan<strong>do</strong><br />

efectivamente, por outro, a sua garantia profissional mediante a implementação <strong>do</strong> “Quadro<br />

Geral <strong>do</strong> Pessoal Docente das Escolas Particulares <strong>do</strong> Ensino Não Superior”.<br />

Em Abril, o Governo anunciou que irá acrescentar 41 milhões de patacas para aumentar<br />

o subsídio directo e o prémio de antiguidade <strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong>cente no ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>,<br />

sen<strong>do</strong> a taxa de aumento de sete por cento, que implica o aumento da despesa anual orçamental<br />

para 278 milhões de patacas.<br />

Relativamente aos trabalhos legislativos <strong>do</strong> regime jurídico <strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong>cente das escolas<br />

particulares, o projecto de lei <strong>do</strong> “Quadro Geral <strong>do</strong> Pessoal Docente das Escolas Particulares <strong>do</strong><br />

Ensino Não Superior” foi submeti<strong>do</strong> à Assembleia Legislativa em Junho, logo após a conclusão<br />

da apreciação <strong>do</strong> Conselho Executivo. A partir de Julho, a população e o sector profissional<br />

formularam com empenho as suas opiniões sobre o referi<strong>do</strong> projecto, que foi aprecia<strong>do</strong> na<br />

especialidade pela Segunda Comissão Permanente da Assembleia Legislativa. Até 20 de Fevereiro<br />

de <strong>2012</strong>, a Segunda Comissão Permanente da Assembleia Legislativa concluiu a análise e<br />

apreciação da proposta de lei <strong>do</strong> Quadro Geral <strong>do</strong> Pessoal Docente das Escolas Particulares <strong>do</strong><br />

Ensino Não Superior, subscreven<strong>do</strong> o respectivo parecer escrito. Em 29 de Fevereiro de <strong>2012</strong>,<br />

foi aprova<strong>do</strong> na especialidade pela Assembleia Legislativa o “Quadro Geral <strong>do</strong> Pessoal Docente<br />

96


Retrospectiva de 2011<br />

das Escolas Particulares <strong>do</strong> Ensino Não Superior”, que demorou 20 anos para concepção e<br />

configuração.<br />

O “Quadro Geral <strong>do</strong> Pessoal Docente das Escolas Particulares <strong>do</strong> Ensino Não Superior” definiu<br />

não só o regime de carreiras <strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong>cente e condições para mudança de níveis, mas<br />

também reduziu o tempo lectivo semanal, crian<strong>do</strong> o regime <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> de previdência e o acesso<br />

gratuito <strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong>cente aos cuida<strong>do</strong>s de saúde, e estipulan<strong>do</strong> ainda que a remuneração<br />

<strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong>cente e a contribuição para o fun<strong>do</strong> de providência têm de ser de valor igual ou<br />

superior a 70 por cento das receitas fixas e permanentes da escola particular. Por outro la<strong>do</strong>,<br />

foram aumentadas as exigências relativas às habilitações académicas para o exercício de funções<br />

<strong>do</strong>centes, definidas fórmulas de apreciação <strong>do</strong> nível <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes e horas <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

profissional exigidas para mudança de níveis. Foi cria<strong>do</strong> ainda o Conselho Profissional <strong>do</strong> Pessoal<br />

Docente, ao qual compete definir as normas profissionais <strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong>cente.<br />

Aumento Contínuo de Recursos Educativos e<br />

Promoção Diversificada <strong>do</strong> Desenvolvimento <strong>do</strong><br />

Ensino<br />

O Governo da RAEM continuou a aumentar os subsídios da escolaridade gratuita e para<br />

o pagamento de propinas e o investimento de recursos educativos, e acelerou os passos da<br />

implementação de regime de turmas reduzidas, desenvolven<strong>do</strong>-se mais, em relação às escolas,<br />

as funções de apoio <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Desenvolvimento Educativo e o seu papel orienta<strong>do</strong>r nas<br />

políticas educativas.<br />

No ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, o Governo continuará a aumentar o investimento <strong>do</strong><br />

financiamento educativo, o montante <strong>do</strong> subsídio de escolaridade gratuita será aumenta<strong>do</strong>,<br />

ainda mais, no novo ano lectivo, sen<strong>do</strong>, respectivamente, de 570, 600, 770 e 870 mil patacas<br />

os subsídios por turma para os ensinos infantil, primário, secundário geral e complementar,<br />

o aumento varia entre os 3,6 e os 11,1 por cento. O subsídio de propinas <strong>do</strong>s alunos que<br />

frequentam as escolas não integradas no sistema escolar de escolaridade gratuita é, também,<br />

aumenta<strong>do</strong>, passan<strong>do</strong>, o montante deste subsídio por aluno <strong>do</strong>s ensinos infantil, primário e<br />

secundário, respectivamente, para 12, 13 e 14 mil patacas, varian<strong>do</strong> o aumento entre os 7,7<br />

por cento e os 18,2 por cento. O subsídio para aquisição de manuais escolares <strong>do</strong>s ensinos<br />

infantil, primário e secundário, passou de 1500 para 1700 patacas por aluno, o que representa<br />

um aumento de 13,3 por cento.<br />

Em 2011, foi também aplica<strong>do</strong> de forma eficaz o “Programa de Desenvolvimento e<br />

Aperfeiçoamento Contínuo” e impulsiona<strong>do</strong> o desenvolvimento contínuo <strong>do</strong> ensino recorrente<br />

e da educação comunitária, dan<strong>do</strong> assim um forte apoio à participação <strong>do</strong>s cidadãos de <strong>Macau</strong><br />

no aperfeiçoamento contínuo. Promoveu-se a reforma curricular com empenho, definin<strong>do</strong>-se<br />

o “Quadro da organização curricular da educação regular”, bem como o estu<strong>do</strong> e a elaboração<br />

<strong>do</strong>s currículos <strong>do</strong> ensino recorrente. Ao mesmo tempo, iniciou-se a implementação <strong>do</strong> “Plano<br />

piloto <strong>do</strong>s currículos para o ensino infantil”.<br />

Relativamente à cooperação regional na área <strong>do</strong> ensino superior, o Governo tem<br />

acompanha<strong>do</strong> o trabalho legislativo relativo à lei <strong>do</strong> “Regime <strong>do</strong> Ensino Superior”, e procedeu à<br />

última revisão e ajustamento <strong>do</strong>s articula<strong>do</strong>s <strong>do</strong> projecto da lei para ser aprecia<strong>do</strong> no Conselho<br />

97


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Executivo, ao mesmo tempo, empenhou-se na elaboração de outros diplomas legais relaciona<strong>do</strong>s.<br />

Reforçou a atenção e o apoio aos estudantes <strong>do</strong> ensino superior, melhoran<strong>do</strong> permanentemente<br />

o mecanismo de atribuição de bolsas de estu<strong>do</strong> e a base de da<strong>do</strong>s para o ensino superior. Iniciou<br />

ainda o trabalho preliminar relativo à futura aplicação <strong>do</strong> sistema da avaliação <strong>do</strong> ensino superior<br />

e à criação da base de da<strong>do</strong>s de recursos humanos qualifica<strong>do</strong>s.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, o Governo da RAEM concedeu um subsídio ao abrigo <strong>do</strong> Programa de Subsídio<br />

de Aquisição de Material Escolar, no montante de 2000 patacas, aos estudantes que estejam a<br />

frequentar cursos de ensino superior ou de pós-graduação, dentro ou fora de <strong>Macau</strong>, alivian<strong>do</strong><br />

os seus encargos com a aquisição de livros, materiais de referência e de aprendizagem.<br />

O Governo da RAEM continuou a apoiar as instituições de ensino superior locais a celebrar<br />

com as <strong>do</strong> exterior vários protocolos de cooperação relaciona<strong>do</strong>s com o intercâmbio académico,<br />

para implementar vários projectos de cooperação. As instituições de ensino superior de <strong>Macau</strong><br />

e as <strong>do</strong> Interior da China criaram, em conjunto, <strong>do</strong>is laboratórios-chave de nível nacional,<br />

cujas áreas são a micro-electrónica e a medicina tradicional chinesa, que já foram inaugura<strong>do</strong>s<br />

em 2011. Em articulação com o desenvolvimento das necessidades sociais de <strong>Macau</strong> e das<br />

especialidades académicas de cada entidade, as instituições de ensino superior procederam à<br />

optimização e reformas curriculares, desenvolven<strong>do</strong>-se a educação geral, e crian<strong>do</strong>-se o sistema<br />

de colégio residencial, de forma a permitir aos estudantes um desenvolvimento integral.<br />

Protecção de Património Cultural pela Legislação e<br />

Promoção das Indústrias Culturais e Criativas<br />

Em 2011, no âmbito cultural, os esforços concentravam-se nos trabalhos e projectos<br />

prioritários, partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> posicionamento de <strong>Macau</strong> como “Centro Mundial de Turismo e Lazer”<br />

e segun<strong>do</strong> as linhas de acção governativa, com vista a impulsionar a construção cultural.<br />

O Instituto Cultural lançou em Fevereiro de 2009, o <strong>do</strong>cumento de consulta sobre o projecto<br />

de “Lei de Salvaguarda <strong>do</strong> Património Cultural”, que já se encontra em processo legislativo,<br />

promoven<strong>do</strong> de forma contínua a conservação e transmissão de património cultural de <strong>Macau</strong><br />

mediante a promoção e divulgação amplamente desenvolvida pelas autoridades. Neste momento,<br />

aprofunda-se o trabalho de conservação de património cultural através de cooperação abrangente<br />

entre o Governo e associações sociais e individualidades, concentran<strong>do</strong> no planeamento e<br />

restauração da zona nuclear e das imediações das Ruínas de S. Paulo. Em Julho de 2011, o<br />

Governo deu início à obra da construção <strong>do</strong> Museu Memorial Zheng Guanyin fisicamente liga<strong>do</strong><br />

à Casa <strong>do</strong> Mandarim, pretenden<strong>do</strong> exibir in-situ momentos da vida e <strong>do</strong>cumentação de Zheng<br />

Guanyin.<br />

Em Maio de 2011, mais três projectos de candidatura de <strong>Macau</strong> foram incluí<strong>do</strong>s na “Lista <strong>do</strong><br />

Património Cultural Imaterial da China”, incluin<strong>do</strong> a “Naamyam Cantonense” (Canções narrativas),<br />

a “Música Ritual Taoista de <strong>Macau</strong>” e o “Festival <strong>do</strong> Dragão Embriaga<strong>do</strong>”.<br />

Com a definição básica <strong>do</strong> planeamento <strong>do</strong> desenvolvimento e planos concretos das<br />

indústrias culturais e criativas, os respectivos trabalhos foram desenvolvi<strong>do</strong>s de forma global,<br />

dan<strong>do</strong> o primeiro passo <strong>do</strong> desenvolvimento das indústrias culturais e criativas em <strong>Macau</strong>. Desde<br />

a inauguração, o “Pavilhão de Criatividade de <strong>Macau</strong>”, sito na Cave I <strong>do</strong> Centro de Actividades<br />

Turísticas e Culturais (Casa Amarela localizada ao la<strong>do</strong> das Ruínas de S. Paulo) encontrou um<br />

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Retrospectiva de 2011<br />

acolhimento caloroso, registan<strong>do</strong> um valor de vendas na ordem de cerca de 80 mil patacas<br />

durante o perío<strong>do</strong> entre Março e Setembro. Posteriormente, foi lança<strong>do</strong>, em Novembro, um<br />

concurso público para a promoção de investimento na Casa Amarela, convidan<strong>do</strong> 95 empresas<br />

das indústrias culturais e criativas inscritas na base de da<strong>do</strong>s para apresentaram propostas.<br />

Finalmente a empresa Mo-Design foi escolhida entre sete empresas admitidas pelo Governo<br />

da RAEM para participar no reordenamento <strong>do</strong> espaço existente, que já iniciou a operação sob<br />

designação de “Espaço Cultural e Criativo MOD” no início de <strong>2012</strong>.<br />

O Instituto Cultural (IC) realizou em Outubro de 2011, um concurso público para adjudicar<br />

o arrendamento da C-Shop da Praia Grande, para comercializar produtos culturais e criativos<br />

originais de <strong>Macau</strong>. Contan<strong>do</strong> com uma área de 80 m 2 , o edifício é dividi<strong>do</strong> em três pisos e fica<br />

vizinho da zona comercial e turística, sen<strong>do</strong> a localização favorável à criação de um “museu<br />

ao ar livre”.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, com vista a promover comunicação de informações das indústrias culturais e<br />

criativas locais e reforçar o conhecimento <strong>do</strong>s diversos sectores sociais sobre indústrias culturais<br />

e criativas e sua direcção <strong>do</strong> desenvolvimento, o Instituto Cultural instalou, em Agosto de<br />

2011, a página electrónica (www.macaucci.com) das indústrias culturais e criativas de <strong>Macau</strong>,<br />

permitin<strong>do</strong> aos leitores desta página electrónica conhecer, através desta plataforma, novidades<br />

actualizadas das indústrias culturais e criativas de <strong>Macau</strong>. O IC alargou, também, o âmbito<br />

de recolha de informações para a base de da<strong>do</strong>s das indústrias culturais e criativas de <strong>Macau</strong>,<br />

estenden<strong>do</strong>-se à recolha de da<strong>do</strong>s das empresas ou entidades das áreas, bem como, de órgãos<br />

jurídicos e de agentes culturais não residenciais.<br />

Desde o início, a base de da<strong>do</strong>s das indústrias culturais e criativas <strong>do</strong> Instituto Cultural<br />

já recolheu 200 conjuntos de da<strong>do</strong>s de várias empresas especializadas, associações e agentes<br />

da RAEM relaciona<strong>do</strong>s com as indústrias culturais e criativas. À medida que se realizam vários<br />

projectos de exposição de venda e promoção de produtos das indústrias culturais e criativas e<br />

entra em funcionamento a página electrónica temática das indústrias culturais e criativas, a base<br />

de da<strong>do</strong>s está a desempenhar um papel activo na promoção de intercâmbio de informações, de<br />

cooperação e de exibição da capacidade das indústrias culturais e criativas de <strong>Macau</strong>.<br />

Abertura de Instalações de Escolas e Associações<br />

Promove Actividades Recreativas e Desportivas<br />

Em 2011, o Governo continuou a investir recursos no desenvolvimento de diversas acções<br />

no <strong>do</strong>mínio desportivo, promoven<strong>do</strong> o desenvolvimento <strong>do</strong> desporto da RAEM. Relativamente ao<br />

trabalho de generalização <strong>do</strong> desporto para to<strong>do</strong>s, a organização diversificada das actividades<br />

e competições desportivas, associadas à generalização de conhecimentos científicos de prática<br />

desportiva, à abertura contínua da rede das instalações desportivas públicas e à promoção<br />

<strong>do</strong> Plano de Sócio “Sport Easy”, permitiram o acesso e participação frequente de cidadãos em<br />

actividades desportivas.<br />

Visto que, desde há muito, a oferta de campos desportivos tem esta<strong>do</strong> aquém da procura,<br />

o Governo da RAEM envi<strong>do</strong>u maiores esforços, no senti<strong>do</strong> das escolas e associações detentoras<br />

de instalações desportivas pudessem disponibilizar os seus equipamentos desportivos ao público,<br />

através de acor<strong>do</strong>s de cooperação, a fim de satisfazer ao máximo as necessidades crescentes das<br />

instalações desportivas por parte <strong>do</strong>s cidadãos em geral. Enquanto isto, construiu instalações<br />

99


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

recreativas e desportivas na habitação pública e económica recentemente edificada, alargan<strong>do</strong><br />

espaços de campos destina<strong>do</strong>s às actividades de desporto para to<strong>do</strong>s. Assinou ainda acor<strong>do</strong>s<br />

de cooperação com entidades da sociedade civil, promoven<strong>do</strong> em conjunto actividades de<br />

generalização de desporto para to<strong>do</strong>s. O Governo tem estimula<strong>do</strong> as instalações desportivas da<br />

sociedade civil a integrarem a rede das instalações desportivas públicas, ten<strong>do</strong> nos últimos anos<br />

a Associação Geral <strong>do</strong>s Operários (Campo <strong>do</strong>s Operários) e União Geral das Associações <strong>do</strong>s<br />

Mora<strong>do</strong>res (Quintal Desportivo <strong>do</strong> Bairro de San Kio) aderi<strong>do</strong> à rede. Assinou também acor<strong>do</strong>s<br />

com a Universidade de Ciência e Tecnologia e a Escola Secundária Sam Yuk sobre o uso público<br />

das instalações desportivas da sua dependência. Em Março de 2011, procedeu a consultas com<br />

a Associação de Amizade <strong>do</strong>s Mora<strong>do</strong>res da Zona de Nordeste sobre a construção de instalações<br />

recreativas e desportivas na zona de descanso <strong>do</strong> bairro residencial, que já se encontram abertas<br />

ao público. Actualmente o Governo está a considerar a construção de instalações de desporto<br />

para to<strong>do</strong>s em outras zonas residenciais semelhantes ou na habitação pública e económica para<br />

generalizar o desporto para to<strong>do</strong>s.<br />

Em relação a outros campos e instalações desportivos, o Governo procedeu a diversos<br />

trabalhos favoráveis à expansão <strong>do</strong> espaço e optimização da “Rede das instalações desportivas<br />

públicas”, incluin<strong>do</strong> novos planeamentos, tais como, a construção da instalação desportiva<br />

provisória na zona B <strong>do</strong>s novos aterros, a reconstrução de “Pavilhão de Mong-Há” lançada<br />

oficialmente em Setembro e o “Centro Polivalente de Estágio”, cuja projecção e adjudicação de<br />

empreitada já foram iniciadas.<br />

No que diz respeito ao desporto de rendimento, o Governo da RAEM impulsionou o<br />

desenvolvimento estável <strong>do</strong> desporto de rendimento mediante diferentes acções de formação de<br />

atletas de diversas modalidades, da criação de mais uma “Escola de bowling juvenil de <strong>Macau</strong>”,<br />

<strong>do</strong> financiamento e apoio ao funcionamento e desenvolvimento das associações desportivas,<br />

bem como, <strong>do</strong>s trabalhos relativos à construção <strong>do</strong> “Centro Polivalente de Estágio” e às medidas<br />

de apoio ao plano de talentos <strong>do</strong> desporto.<br />

Em 2011, a Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> alcançou excelentes resulta<strong>do</strong>s em<br />

oito eventos desportivos, nomeadamente, na 10.ª Regatas Mundiais de Barcos-Dragão, o<br />

Campeonato Mundial de Ciclismo em Recinto Coberto, nos Jogos Mundiais de Cadeira de Rodas,<br />

no 23.º Campeonato Asiático de Levantamento de Peso Feminino, no 13.º Jogos Olímpicos<br />

Especiais Mundiais de Verão, no Campeonato Mundial de Ciclismo de Sur<strong>do</strong>s, no 6.º Campeonato<br />

Asiático Juvenil de Wushu e no 11.º Campeonato Mundial de Wushu. A fim de premiar os atletas<br />

e treina<strong>do</strong>res que alcançaram excelentes resulta<strong>do</strong>s nos eventos internacionais <strong>do</strong> ano 2011, o<br />

Governo realizou, em Janeiro de <strong>2012</strong>, a “Cerimónia de Distribuição de Prémios e Certifica<strong>do</strong>s aos<br />

Atletas e Treina<strong>do</strong>res de Mérito de <strong>Macau</strong> 2011”, na qual foram atribuí<strong>do</strong>s prémios pecuniários a<br />

81 atletas e treina<strong>do</strong>res de 11 modalidades e concedi<strong>do</strong>s certifica<strong>do</strong>s a 327 atletas e treina<strong>do</strong>res<br />

de 26 modalidades, ten<strong>do</strong> o valor total <strong>do</strong>s prémios pecuniários atingi<strong>do</strong> 3,885 milhões.<br />

Em 2011, foi realizada a quinta edição da eleição de “Atletas Excepcionais de <strong>Macau</strong>”,<br />

um evento realiza<strong>do</strong> em cada <strong>do</strong>is anos pelo Instituto <strong>do</strong> Desporto em parceria com órgãos<br />

de comunicação social. Os atletas Jia Rui, Chu Chi Wai e Cai Liangcan (Wushu), Choi Sut Ian<br />

(mergulho), Hui Long (triatlo), Wong Hang Cheong (ciclismo artístico), Wong Weng Man (volante),<br />

Zhang Shaoling (levantamento de peso), Fung Chi Ip (olimpíada especial) e Leong Ka Hang<br />

(futebol) foram eleitos como atletas excepcionais da presente edição. Na edição de 2011, foi<br />

acrescenta<strong>do</strong> o prémio de “treina<strong>do</strong>res excepcionais” de <strong>Macau</strong>, sen<strong>do</strong> eleitos 12 treina<strong>do</strong>res<br />

e distingui<strong>do</strong>s com medalha de ouro.<br />

100


Retrospectiva de 2011<br />

IX. Recolha de Opiniões Públicas sobre Políticas<br />

Relevantes e Criação <strong>do</strong> Regime para<br />

Aumento <strong>do</strong> Efeito das Consultas Públicas<br />

Em 2011, a RAEM, empenha<strong>do</strong> na consolidação <strong>do</strong> conceito “governação científica” e no<br />

reforço de estu<strong>do</strong> de políticas, deu continuidade ao aperfeiçoamento progressivo de vários<br />

mecanismos de consulta e auscultou de forma ampla as opiniões da população em geral,<br />

procuran<strong>do</strong> elevar a qualidade de acção governativa. Empenhou-se também na intensificação<br />

<strong>do</strong> trabalho da administração e justiça, consolidan<strong>do</strong> a construção <strong>do</strong> sistema.<br />

Implementação <strong>do</strong> Conceito “Governo Transparente<br />

e Tomada Científica de Decisões”<br />

Para continuar a concretizar o conceito “governo transparente e tomada científica de<br />

decisões”, o Governo lançou vários trabalhos, nomeadamente, o aperfeiçoamento <strong>do</strong> sistema<br />

de porta-voz <strong>do</strong> Governo, a criação <strong>do</strong> Gabinete de Estu<strong>do</strong> das Políticas, abertura da página<br />

electrónica oficial <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo e a divulgação de “Normas para a Consulta<br />

de Políticas Públicas”. O Gabinete de Porta-voz <strong>do</strong> Governo realizou 16 conferências de imprensa,<br />

toman<strong>do</strong> a iniciativa de divulgar informações relativas aos temas que preocupavam a população,<br />

a fim de aumentar a transparência de informações <strong>do</strong> Governo e implementar o conceito de<br />

“governo transparente”. O Governo pretende reforçar o carácter científico, oportuno e preciso<br />

da divulgação de informações públicas, através de aperfeiçoamento <strong>do</strong> regime de porta-voz<br />

<strong>do</strong> Governo.<br />

Lançamento da Página Electrónica Oficial <strong>do</strong><br />

Gabinete <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

A página electrónica oficial (www.gce.gov.mo) <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo entrou<br />

101


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

em funcionamento a 10 de Novembro. A página, elaborada nas duas línguas oficiais, chinês<br />

(tradicional e simplifica<strong>do</strong>) e português, reúne um conjunto de informações relativas ao Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo, ao seu Gabinete e à Sede <strong>do</strong> Governo. A página <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

contém ainda um correio electrónico para envio de sugestões e opiniões, onde os cidadãos<br />

podem, através de e-mail, enviar opiniões e sugestões ao Governo relativamente à melhoria<br />

<strong>do</strong>s serviços públicos, assim como ao impulso <strong>do</strong> desenvolvimento de <strong>Macau</strong>, e que serão, na<br />

medida <strong>do</strong> possível, consideradas na elaboração das políticas públicas. A criação da página<br />

electrónica oficial <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo é mais um passo na construção de um<br />

governo mais transparente que põe em prática os princípios da acção governativa <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo. A página electrónica oficial <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo está adaptada para<br />

ser consultada através de computa<strong>do</strong>res, tablets ou smartphones.<br />

O Governo criou, no início <strong>do</strong> ano em apreço, o Gabinete de Estu<strong>do</strong> das Políticas, reforçan<strong>do</strong><br />

o estu<strong>do</strong> das políticas. O Gabinete tem por atribuição proporcionar, ao Chefe <strong>do</strong> Executivo,<br />

da<strong>do</strong>s referenciais relativos à análise e diagnóstico <strong>do</strong>s problemas estruturais e a tendência<br />

<strong>do</strong> desenvolvimento da sociedade, que habilitem a tomadas de decisão de forma científica.<br />

Intensificou gradualmente o trabalho de pesquisa sobre a cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong> e a<br />

política populacional, oferecen<strong>do</strong> fundamentos teóricos científicos para as políticas <strong>do</strong> Governo.<br />

O Centro de Informações ao Público aperfeiçoou de forma contínua os serviços, introduzin<strong>do</strong><br />

tecnologia informática por forma a aumentar e supervisar a eficácia de resposta <strong>do</strong>s organismos<br />

públicos nos tratamentos <strong>do</strong>s casos recebi<strong>do</strong>s, impulsionan<strong>do</strong> a transparência governativa e a<br />

publicidade <strong>do</strong>s assuntos administrativos.<br />

“Normas para a Consulta de Políticas Públicas”<br />

Aumentam Efeitos de Consultas<br />

O Governo divulgou em Agosto, as “Normas para a Consulta de Políticas Públicas”, para<br />

implementar a sistematização de consulta de políticas, aumentar a sua qualidade e promover a<br />

governação científica. Tais normas definiram sete princípios a serem segui<strong>do</strong>s, ao mesmo tempo<br />

estipularam também a elaboração e publicação de relatório de balanço da consulta das políticas<br />

públicas, o tratamento de opiniões, questões e propostas recolhidas, bem como, esclarecimentos<br />

e respostas a serem feitos, para reflectir de forma precisa resulta<strong>do</strong>s de consulta, que permitem<br />

o conhecimento <strong>do</strong> público sobre pontos de vista <strong>do</strong>s participantes na consulta, promoven<strong>do</strong> a<br />

comunicação e conhecimento mútuo entre si e elevan<strong>do</strong> a aceitabilidade das políticas <strong>do</strong> Governo.<br />

Após o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, ter referi<strong>do</strong>, no Relatório das Linhas Gerais de<br />

Acção Governativa apresenta<strong>do</strong> em Março de 2010, que o Governo iria iniciar a revisão da “Lei<br />

de Imprensa” e da “Lei de Radiodifusão”, o Gabinete de Comunicação Social (GCS) desenvolveu<br />

diversas acções para promover a revisão das duas leis. De acor<strong>do</strong> com o plano <strong>do</strong> GCS, o trabalho<br />

de revisão da legislação realiza-se por quatro fases, sen<strong>do</strong> a primeira fase destinada ao estu<strong>do</strong><br />

e investigação. Durante esta fase, são efectua<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s comparativos de leis e regulamentos<br />

de imprensa e de radiodifusão de diversos países e territórios vizinhos e procede-se à recolha de<br />

opiniões e à sondagem da opinião pública objectiva e científica sobre a orientação da revisão;<br />

a segunda fase será concentrada na elaboração <strong>do</strong>s projectos de revisão de leis; a terceira e<br />

quarta fases serão dedicadas ao trabalho de consultas públicas sobre os projectos de revisão.<br />

Finalmente, entra no processo legislativo.<br />

102


Retrospectiva de 2011<br />

Na sequência de elaboração de <strong>do</strong>cumento orienta<strong>do</strong>r para a revisão da “Lei de Imprensa”<br />

e “Lei de Radiodifusão” concluída em 2010 por uma entidade académica por sua incumbência,<br />

o da Gabinete de Comunicação voltou a encarregar uma entidade de pesquisa de proceder à<br />

“sondagem deliberativa” (Deliberative Polling) em 2011, esperan<strong>do</strong> que possa reflectir opiniões<br />

de órgãos de comunicação social e da sociedade em geral sobre a revisão das duas leis, através<br />

de recolha e consulta ampla, científica e objectiva da opinião pública. A “sondagem deliberativa”<br />

(DP) foi inventada em 1988 pelo Prof. James Fishkin da Universidade de Stanford <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s da América e já posta em prática por mais de 70 ocasiões em 19 países e regiões,<br />

envolven<strong>do</strong> os temas profissionais abrangentes, nomeadamente, reforma de regime tributário,<br />

política de recursos energéticos, reforma de estrutura de assembleia legislativa, bem como,<br />

temas públicos gerais, tais como a distribuição financeira orçamental, segurança alimentar e a<br />

questão das pensões de aposentação.<br />

A equipa técnica de estu<strong>do</strong> realizou a 4 de Dezembro o “Dia da Sondagem Deliberativa”<br />

nas instalações da Escola Secundária Kao Ip <strong>do</strong> Porto Exterior, com a participação de grupos<br />

da sociedade civil e de profissionais da comunicação social, num total de 277 pessoas<br />

escolhidas aleatoriamente e de 29 profissionais <strong>do</strong> sector, em representação de vários órgãos<br />

de comunicação social locais.<br />

A equipa técnica de estu<strong>do</strong> divulgou em Março de <strong>2012</strong>, o relatório intercalar da sondagem<br />

deliberativa. De acor<strong>do</strong> com as conclusões <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, a população apoia no geral a revisão das<br />

duas leis inclinan<strong>do</strong>-se para a opinião de que a criação de uma entidade auto-regula<strong>do</strong>ra da<br />

comunicação social deve ser definida pelo próprio sector, sem a participação de representantes<br />

oficiais, esperan<strong>do</strong> ainda que tenha a participação <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

Desde Dezembro de 2011 até Março de <strong>2012</strong>, o GCS levou a efeito 24 encontros com<br />

representantes de seis associações da comunicação social e 31 órgãos <strong>do</strong> sector, realizan<strong>do</strong><br />

também, na segunda quinzena de Fevereiro, duas palestras abertas ao sector de imprensa,<br />

para troca franca de opiniões e de observações sobre a revisão das leis. Em resumo, foram<br />

expressas diferentes opiniões e posições sobre a revisão das duas leis, mas relativamente ao<br />

seu tratamento, a opinião pre<strong>do</strong>minante considerou ser necessário estudá-las e ajustá-las, e<br />

salientou que manter ou alargar a actual liberdade de imprensa é um princípio importante e<br />

fundamental para prevenir qualquer diminuição da liberdade de expressão e garantir o direito<br />

de informar e ser informa<strong>do</strong> e o total respeito pelo exercício da actividade <strong>do</strong>s profissionais da<br />

comunicação social.<br />

O Gabinete de Comunicação Social entende que algumas das disposições <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is<br />

diplomas promulga<strong>do</strong>s há mais de 20 anos não foram concretizadas integralmente, sen<strong>do</strong> da<br />

responsabilidade <strong>do</strong> Governo lidar com isso, ou seja, rever disposições inadequadas no senti<strong>do</strong><br />

de alterá-las ou complementá-las. O Governo não tem nenhuma posição predefinida sobre os<br />

conselhos de Imprensa e de Radiodifusão, bem como a respectiva composição, competência e<br />

funcionamento e ainda que o regime de credenciação profissional são matérias que devem ser<br />

conduzidas pelo próprio sector.<br />

Governo Coloca a Consulta Vários Diplomas Legais<br />

e Políticas Importantes<br />

Simultaneamente o Governo procedeu à consulta sobre vários diplomas legais importantes,<br />

103


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

nomeadamente, a “Lei-Base de Garantia de Direitos e Interesses <strong>do</strong>s I<strong>do</strong>sos”, a “Lei da Segurança<br />

Alimentar”, o “Código de Processo Civil” e o “Regime Jurídico de Compra e Venda de Fracções<br />

Autónomas <strong>do</strong>s Edifícios em Construção”. Foram lançadas, também, consultas sobre diversas<br />

políticas importantes, tais como, o “Sistema Tarifário de Electricidade e Fixação <strong>do</strong>s Preços da<br />

Electricidade”, o “Plano Director das Novas Zonas Urbanas” e as obras <strong>do</strong> metro ligeiro.<br />

A Nova Direcção <strong>do</strong>s Serviços da Reforma Jurídica<br />

e <strong>do</strong> Direito Internacional Activa o Mecanismo da<br />

Coordenação Central da Reforma Jurídica<br />

Em articulação com o plano anual de produção legislativa no âmbito da coordenação,<br />

promoção e concretização, o Governo da RAEM criou, com base nos organismos funcionais<br />

anteriormente existentes e através de fusão, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços da Reforma Jurídica e <strong>do</strong><br />

Direito Internacional que entrou em funcionamento em 1 de Janeiro <strong>do</strong> corrente ano, tornan<strong>do</strong>-se<br />

um organismo público especializa<strong>do</strong> na coordenação jurídica, ao qual caberá o acompanhamento<br />

<strong>do</strong> plano anual de produção legislativa defini<strong>do</strong> pelo Governo da Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong>, accionan<strong>do</strong> assim o mecanismo de coordenação central da reforma jurídica. Em 2011,<br />

o Governo apresentou um total de 25 propostas de lei à Assembleia Legislativa, das quais nove<br />

estavam incluídas no Plano de Produção Legislativa e as restantes 16 não constavam desse<br />

plano. Deste mo<strong>do</strong>, 12 propostas de lei foram já aprovadas na especialidade pela Assembleia<br />

Legislativa, incluin<strong>do</strong>: Alteração ao Regulamento <strong>do</strong> Imposto <strong>do</strong> Selo, a Tabela Geral <strong>do</strong> Imposto<br />

<strong>do</strong> Selo e a Composição das Comissões de Revisão <strong>do</strong> Imposto Complementar de Rendimentos<br />

e <strong>do</strong> Imposto Profissional; a Lei da Habitação Económica, Alteração ao Regulamento da<br />

Contribuição Predial Urbana e o Regime de Prevenção e Controlo <strong>do</strong> Tabagismo, entre outras. Por<br />

outro la<strong>do</strong>, o Chefe <strong>do</strong> Executivo promulgou 42 regulamentos administrativos, nomeadamente<br />

sobre o “Plano de comparticipação pecuniária no desenvolvimento económico para o ano de<br />

2011”, o “Regime de avaliação <strong>do</strong> tipo e grau da deficiência, seu registo e emissão de cartão”,<br />

e a “Prorrogação <strong>do</strong> prazo da aplicação das medidas provisórias <strong>do</strong> subsídio complementar aos<br />

rendimentos <strong>do</strong> trabalho”.<br />

Cria<strong>do</strong> Conjunto de Leis e Diplomas Legais<br />

Relativos ao Regime de Responsabilização<br />

A formação de uma equipa de funcionários públicos eficiente e profissional, íntegra e<br />

leal é uma garantia essencial para a concretização de uma governação pautada por valores<br />

científicos e para a promoção da transparência governativa. Para tal efeito, o Governo promoveu<br />

a implementação dum conjunto de leis e diplomas legais que visam estabelecer o regime de<br />

responsabilização, para incrementar a consciência <strong>do</strong>s titulares <strong>do</strong>s cargos públicos sobre as<br />

suas responsabilidades. Na sequência da implementação em 2010 <strong>do</strong> Estatuto <strong>do</strong>s Titulares <strong>do</strong>s<br />

Principais Cargos da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> e das Normas de Conduta <strong>do</strong>s<br />

Titulares <strong>do</strong>s Principais Cargos da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> e <strong>do</strong>s Padrões de<br />

Conduta <strong>do</strong> Pessoal de Direcção e Chefia - Deveres e Responsabilidades em Caso de Violação<br />

<strong>do</strong>s Mesmos, criou-se, em Abril de 2011, na dependência <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, a Comissão<br />

de apreciação de pedi<strong>do</strong>s relativos ao exercício de actividade privada por parte <strong>do</strong>s ex-titulares<br />

104


Retrospectiva de 2011<br />

<strong>do</strong> cargo <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo e <strong>do</strong>s principais cargos, a qual procedeu, em conjunto com a<br />

Comissão de Ética para a Administração Pública já criada em 2009, ao estabelecimento <strong>do</strong>s<br />

princípios e critérios determinantes da não autorização para o exercício de actividades privadas<br />

após a cessação de funções por parte <strong>do</strong>s ex-titulares <strong>do</strong> cargo <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, e <strong>do</strong>s<br />

titulares <strong>do</strong>s principais cargos e de direcção.<br />

Reestruturação <strong>do</strong>s SAFP e Promoção <strong>do</strong><br />

Recrutamento Centraliza<strong>do</strong> e Formação <strong>do</strong>s<br />

Funcionários Públicos para Efeitos de Acesso<br />

A implementação <strong>do</strong> recrutamento centraliza<strong>do</strong> e da formação para efeitos de acesso é<br />

um parâmetro crucial para a optimização da gestão centralizada de pessoal. Em Setembro de<br />

2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Administração e Função Pública concluiu a reestruturação,<br />

passan<strong>do</strong> a compreender nove departamentos e 17 divisões, eliminan<strong>do</strong> cinco secções, em<br />

lugar de seis departamentos, oito divisões e cinco secções anteriores. Esta direcção, para além<br />

das anteriores funções que envolvem a eficiência funcional <strong>do</strong> Governo, a gestão de pessoal,<br />

as leis da função pública e o apoio técnico-eleitoral, dispõe de várias novas funções, entre as<br />

quais o estu<strong>do</strong> sobre a reforma administrativa, a gestão centralizada de pessoal, a conciliação<br />

e tratamento, a promoção da abertura <strong>do</strong>s assuntos governamentais e o desenvolvimento <strong>do</strong>s<br />

serviços electrónicos no Governo. Também se criaram as respectivas unidades especializadas com<br />

o objectivo de alcançar o impulso da tomada de decisões científicas e da abertura <strong>do</strong>s assuntos<br />

governamentais, optimizar o funcionamento <strong>do</strong> Governo e os serviços presta<strong>do</strong>s, aperfeiçoar a<br />

gestão <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da Administração Pública e elevar as suas aptidões em geral.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, a promulgação e implementação <strong>do</strong> Regulamento Administrativo n.º 23/2011<br />

sobre o Recrutamento, Selecção, e Formação para Efeitos de Acesso <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s<br />

Serviços Públicos e a entrada em funcionamento <strong>do</strong> Centro de Formação para os Trabalha<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong>s Serviços Públicos tornaram mais aperfeiçoa<strong>do</strong> o planeamento <strong>do</strong> recrutamento centraliza<strong>do</strong><br />

e a formação para efeitos de acesso <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s serviços públicos.<br />

A Lei n.º 14/2009 “Regime das Carreiras <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Serviços Públicos e o<br />

Regulamento Administrativo sobre o Recrutamento, Selecção”, e “Formação para Efeitos de<br />

Acesso <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Serviços Públicos”, tornou-se possível a regulamentação mais<br />

eficaz <strong>do</strong> recrutamento centraliza<strong>do</strong>, e a formação para efeitos de acesso e gestão. Através <strong>do</strong><br />

Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 230/2011, estabeleceram-se as carreiras cujos processos<br />

de recrutamento e selecção estão sujeitas à gestão centralizada. Procedeu-se, em primeiro<br />

lugar, ao recrutamento de pessoal para as carreiras de técnico superior e de adjunto-técnico.<br />

Com o objectivo de alcançar uma maior eficácia na gestão centralizada <strong>do</strong>s recursos humanos<br />

da Administração Pública, após a implementação <strong>do</strong> regime de recrutamento centraliza<strong>do</strong>, os<br />

organismos públicos efectuarão a revisão e definição <strong>do</strong>s planos de recrutamento de pessoal,<br />

quer <strong>do</strong> quadro quer fora <strong>do</strong> quadro, dan<strong>do</strong> prioridade ao recrutamento de pessoal sob a forma<br />

de vinculação ao quadro.<br />

Ao par da reestruturação da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Administração e Função Pública,<br />

o Centro de Formação para os Trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Serviços Públicos entrou oficialmente em<br />

funcionamento em Setembro, impulsionan<strong>do</strong> o desenvolvimento diversifica<strong>do</strong> das acções de<br />

formação. Simultaneamente, foi lança<strong>do</strong> o Plano de Formação de Forma<strong>do</strong>res que se destina à<br />

105


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

preparação de funcionários públicos para o exercício das funções de forma<strong>do</strong>res, com o objectivo<br />

de proporcionar àquele c entro os apoios necessários no âmbito <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes. Por outro la<strong>do</strong>, o<br />

Governo aprofun<strong>do</strong>u a cooperação com o Instituto Nacional de Administração, celebrou o acor<strong>do</strong><br />

de cooperação com o Centro de Investigação sobre Hong Kong e <strong>Macau</strong> da Universidade de<br />

Pequim e assinou, em Janeiro, um novo memoran<strong>do</strong> com o Civil Service College de Singapura.<br />

Em articulação com o desenvolvimento da acção governativa a longo prazo e as necessidades<br />

da vida profissional <strong>do</strong>s funcionários públicos nos vários níveis, foram defini<strong>do</strong>s os Planos<br />

de Formação a Curto, Médio e Longo Prazo que permitirão a realização ordenada <strong>do</strong>s cursos<br />

correspondentes, e daí elevar de forma sistemática a qualidade desses funcionários públicos.<br />

Aperfeiçoamento das Regalias e Apoios da Função<br />

Pública<br />

Os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s serviços públicos, considera<strong>do</strong>s como bens preciosos <strong>do</strong> Governo,<br />

são indispensáveis para o seu funcionamento e a promoção <strong>do</strong> desenvolvimento. Assim a<br />

estabilidade <strong>do</strong> contingente de trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s serviços públicos tem si<strong>do</strong> sempre alvo de<br />

atenção permanente <strong>do</strong> Governo. Em 2011, relativamente ao aperfeiçoamento <strong>do</strong>s benefícios e<br />

apoios na função pública, foram desenvolvidas muitas acções, designadamente a actualização<br />

global <strong>do</strong>s montantes <strong>do</strong> prémio de antiguidade e <strong>do</strong>s subsídios de residência e de família<br />

<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s serviços públicos, simplificação das formalidades e <strong>do</strong>s procedimentos<br />

administrativos desse regime, bem como, o aumento de vencimento, pensões de aposentação e<br />

de sobrevivência <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da Administração Pública. O Boletim Oficial da RAEM publicou,<br />

em 26 de Janeiro de <strong>2012</strong>, o despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, que criou, na dependência da<br />

Secretaria para a Administração e Justiça, a Comissão para Apreciação das Remunerações <strong>do</strong>s<br />

Trabalha<strong>do</strong>res da Administração Pública, de forma a aperfeiçoar o regime de vencimento da<br />

função pública e estabelecer um mecanismo justo, científico e independente, sobre o ajustamento<br />

<strong>do</strong> vencimento <strong>do</strong>s funcionários públicos. O Boletim Oficial da RAEM publicou em 28 de Março<br />

de 2011, o Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 53/2011, que, em conformidade com a Lei <strong>do</strong><br />

Apoio Judiciário em Virtude <strong>do</strong> Exercício de Funções Públicas, criou, na dependência <strong>do</strong> Chefe<br />

<strong>do</strong> Executivo, a Comissão de Patrocínio Judiciário para o Exercício de Funções Públicas, à qual<br />

compete analisar os pedi<strong>do</strong>s de concessão de apoio judiciário nos processos judiciais em que<br />

sejam demanda<strong>do</strong>s por acto ou factos ocorri<strong>do</strong>s em virtude <strong>do</strong> exercício de funções públicas os<br />

trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s serviços públicos.<br />

106


Retrospectiva de 2011<br />

X. Prevenção e Repressão da Criminalidade<br />

e Reforço <strong>do</strong>s Serviços com<br />

Aperfeiçoamento de Equipamentos em<br />

Defesa da População<br />

Em 2011, na área de segurança, foi construída uma equipa de integridade de alta eficiência<br />

e profissional das Forças de Segurança Pública, com base nos seguintes traços essenciais:<br />

consolidação interna da qualidade e criação externa de boa imagem. Foram envida<strong>do</strong>s também<br />

esforços na consolidação da segurança interna, protecção de vidas e bens e prestação de<br />

serviços de segurança, a fim de garantir a segurança de <strong>Macau</strong> enquanto cidade internacional<br />

turística e de lazer.<br />

Repressão da Criminalidade com Esforço de<br />

Diversas Partes<br />

Perante a criminalidade, a autoridade policial acompanhou de perto a tendência das<br />

actividades criminosas, manteve-se vigilante, reforçou a recolha de informações e elaborou a<br />

estratégia de prevenção e repressão em função das novas características de actividade criminal<br />

de diversos tipos, com vista a melhorar empenhadamente o ambiente da segurança pública de<br />

<strong>Macau</strong>. Quanto à actividade delituosa geral <strong>do</strong> ano 2011, em <strong>Macau</strong>, foram contabiliza<strong>do</strong>s no<br />

total 12.512 processos crimes, mais de 864 delitos, o que representa uma subida de 7,4 por<br />

cento quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com os números <strong>do</strong> idêntico perío<strong>do</strong> de 2010. Esta subida é reflectida<br />

principalmente na taxa de aumento de crime de “furto” com aumento de 770 delitos, enquanto<br />

a criminalidade violenta assinalou uma subida de 18,5 por cento devi<strong>do</strong> ao aumento visível de<br />

crimes de “extorsão” e “roubo”. Merece referência o facto de que não se ter regista<strong>do</strong> durante<br />

2011 nenhum delito de “rapto”.<br />

Para fazer face ao aumento de ocorrência de crimes de furto, roubo, e drogas em edifícios<br />

residenciais, a “Equipa de Prevenção de Crime Residencial” tem desempenha<strong>do</strong> um papel activo<br />

107


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

ao longo <strong>do</strong> ano, e resolveu com sucesso vários casos relevantes sobre os crimes residenciais,<br />

citan<strong>do</strong> como exemplo, o caso de burla de “armadilha de recrutamento de trabalha<strong>do</strong>res”, em que<br />

foram envolvi<strong>do</strong>s 1500 pessoas, e o caso de “oficina de droga” instalada num edifício industrial.<br />

Segun<strong>do</strong> a Classificação pelos Cinco Grupos de<br />

Crimes Previstos no Código Penal, os Mesmos<br />

Apresentaram Diferentes Níveis de Aumento e<br />

Diminuição<br />

No Grupo de Crimes contra a Pessoa, registaram-se 2428 delitos, o que representa uma<br />

diminuição de 1,7 por cento. No Grupo de Crimes contra o Património, houve 7080 delitos, o<br />

que assinala uma subida de 16,2 por cento. O Grupo de Crimes contra a Vida em Sociedade<br />

teve um somatório anual de 670 delitos, o que traduz um aumento ligeiro de 1,4 por cento.<br />

No Grupo de Crimes contra o Território, foram regista<strong>do</strong>s no total 955 delitos, representan<strong>do</strong><br />

uma subida de 10,1 por cento. Quanto ao Grupo de Crimes Não Classifica<strong>do</strong>s em Outra Parte<br />

verificou-se uma redução notável de 11,3 por cento com 1379 delitos regista<strong>do</strong>s.<br />

Em 2011, o número de imigrantes ilegais e de pessoas em excesso de permanência,<br />

totalizou 33.781, o que representa uma subida de 10,5 por cento, assim distribuí<strong>do</strong>: entrada<br />

ilegal proveniente <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País, 1266 pessoas, uma diminuição de 36 pessoas; excesso<br />

de permanência de titulares de Visto Individual, 4256 pessoas, um aumento de 112 pessoas;<br />

excesso de permanência de titulares <strong>do</strong>utros <strong>do</strong>cumentos <strong>do</strong> Interior da China, 25.252 pessoas,<br />

uma descida considerável de 3598 pessoas, e excesso permanência de estrangeiros, 3007<br />

pessoas, menos de 457 pessoas.<br />

Atender à Vida da População e Servir o Povo<br />

As Forças de Segurança Pública acompanham a evolução <strong>do</strong> tempo, valorizan<strong>do</strong> o espírito<br />

de servir ao povo, tanto na resposta à contingência como na elaboração de planeamento futuro.<br />

Enfrentan<strong>do</strong> o acidente <strong>do</strong>s vazamentos de radiação nuclear no Japão, o Corpo de Bombeiros<br />

procedeu ao planeamento oportuno, toman<strong>do</strong> uma série de medidas de prevenção, destacan<strong>do</strong><br />

bombeiros para o Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong> para ajudar ao trabalho de detecção de<br />

radiação, asseguran<strong>do</strong> assim a saúde <strong>do</strong>s cidadãos de <strong>Macau</strong>. Por outro la<strong>do</strong>, o Gabinete<br />

Coordena<strong>do</strong>r de Segurança desenvolveu o trabalho de elaboração <strong>do</strong> “Plano de contingência<br />

de emergência para acidente nuclear das estações nucleares nas zonas adjacentes à Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>” em substituição <strong>do</strong> “Plano de contingência de emergência<br />

para acidente nuclear” já existente, precaven<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> desastre possível.<br />

À medida que a RAEM se desenvolve, aumenta bruscamente a circulação de pessoas. A<br />

Comissão de Acompanhamento das Medidas de Dissuasão <strong>do</strong> Tráfico de Pessoas desenvolveu<br />

activamente os seus trabalhos de prevenção, protecção e investigação e acusação, bem como<br />

estabeleceu relacionamento de parceria para combater e prevenir o crime de tráfico de pessoas.<br />

Nos primeiros três trimestres de 2011, a autoridade policial resolveu 13 casos de tráfico,<br />

resgatan<strong>do</strong> 13 vítimas, que foram devidamente cuidadas e protegidas.<br />

Paralelamente ao andamento atempa<strong>do</strong> da construção <strong>do</strong> novo estabelecimento prisional, o<br />

108


Retrospectiva de 2011<br />

Estabelecimento Prisional de <strong>Macau</strong> (EPM) avançou com a melhoria de seus softwares através <strong>do</strong><br />

lançamento <strong>do</strong> plano de serviço “cuidar da sociedade” que foi um novo trabalho para incentivar<br />

os reclusos a prestarem serviço à comunidade. Esta actividade contribuiu para a aceitação<br />

pública <strong>do</strong>s reclusos.<br />

Cooperação Transfronteiriça de Prevenção e<br />

Repressão da Criminalidade e Desenvolvimento <strong>do</strong><br />

Trabalho Alfandegário Adapta<strong>do</strong> à Nova Realidade<br />

Os Serviços de Polícia Unitários (SPU) desenvolveram as suas atribuições no coman<strong>do</strong> e<br />

coordenação e orientaram o Corpo de Polícia de Segurança Pública e a Polícia Judiciária nos<br />

procedimentos operacionais, prosseguin<strong>do</strong> activamente a cooperação entre as autoridades<br />

policiais de Guang<strong>do</strong>ng, Hong Kong e <strong>Macau</strong>. Para combater o jogo ilícito, as três entidades<br />

policiais (Guang<strong>do</strong>ng, Hong Kong e <strong>Macau</strong>) realizaram, em Hong Kong, uma reunião de trabalho<br />

<strong>do</strong> grupo contra o jogo ilegal, efectuan<strong>do</strong> uma operação conjunta de combate. A Polícia Judiciária<br />

resolveu em 2011, um caso de apostas ilegais de grande envergadura, no qual foram deti<strong>do</strong>s<br />

vários suspeitos, apreenden<strong>do</strong> grandes quantidades de dinheiro e “apostas ilícitas nas corrida<br />

de cavalos e nos jogos desportivos”.<br />

Nas véspera <strong>do</strong>s “26. os Jogos Universitários Mundiais”, realiza<strong>do</strong>s em Agosto em Shenzhen,<br />

as polícias da Província de Guang<strong>do</strong>ng, Hong Kong e <strong>Macau</strong> realizaram em Julho uma operação<br />

conjunta denominada “Trovoada 11”, com duração de um mês, ten<strong>do</strong> como objectivo principal<br />

o combate à criminalidade transfronteiriça e outros problemas de segurança pública, na qual<br />

foram deti<strong>do</strong>s cerca de dez mil pessoas. A autoridade policial de <strong>Macau</strong> efectuou mais de 300<br />

patrulha e buscas nos diversos recintos, levan<strong>do</strong> cerca de 1500 pessoas para investigação, sen<strong>do</strong><br />

279 foram encaminhadas ao Ministério Público envolvidas com 223 casos delitos.<br />

Os Serviços de Alfândega (SA) promoveram, nos termos <strong>do</strong> “Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação<br />

Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>”, a implementação de medidas de facilitação <strong>do</strong> despacho aduaneiro. Em Maio<br />

foi celebra<strong>do</strong> o Acor<strong>do</strong> de cooperação sobre facilidades tributárias e aduaneiras concedidas à<br />

importação de vinhos para o Interior <strong>do</strong> País, via <strong>Macau</strong>, com a Direcção-Geral da Alfândega da<br />

RPC e a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Alfândega de <strong>Macau</strong>. Os <strong>do</strong>is serviços aduaneiros apresentaram<br />

ao sector o mo<strong>do</strong> de operação, continuan<strong>do</strong>, na operação real, a apoiar os sectores de importação<br />

e exportação e de transporte para promover o desenvolvimento diversifica<strong>do</strong> adequadamente<br />

da economia de <strong>Macau</strong>.<br />

Os SA têm implementa<strong>do</strong>, ainda, com determinação ao longo <strong>do</strong>s anos, as atribuições de<br />

protecção de direito de propriedade intelectual, não poupan<strong>do</strong> esforços no combate às actividades<br />

infractoras de falsificação de marcas e pirataria. Os SA estão a adquirir equipamentos electrónicos<br />

para reforçar formação profissional, através da cooperação com o exterior, a fim de acelerar a<br />

elevação a capacidade <strong>do</strong> combate aos casos de violação <strong>do</strong> direito de propriedade na Internet.<br />

Renovação de Equipamentos, Reforço da Formação<br />

e Melhoramento de Serviço<br />

O novo Edifício <strong>do</strong> Serviço de Migração, que entrou em funcionamento em Fevereiro de<br />

109


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

2011, fornece um ambiente mais confortável e espaçoso para o público e visitantes. O centro<br />

de detenção de imigrantes clandestinos sito no 4.º andar <strong>do</strong> mesmo edifício disponibiliza<br />

instalações condignas aos utentes.<br />

Melhorar equipamentos de socorro em larga escala foi um <strong>do</strong>s importantes objectivos <strong>do</strong><br />

Corpo de Bombeiros (CB) em 2011. Neste senti<strong>do</strong> o CB adquiriu <strong>do</strong>is veículos de socorro em<br />

desastres em larga escala, a saber: um veículo de resgate de arranha-céu e um veículo para<br />

transportar ferramentas de resgate; vai receber oito novas ambulâncias de novo modelo em<br />

substituição gradual das ambulâncias existentes. Foram adquiri<strong>do</strong>s equipamentos antiterroristas<br />

e anti-químicos, tais como, medi<strong>do</strong>r de quantidade da radiação nuclear e detector de radiação<br />

nuclear entre outros. Em articulação com as necessidades da polícia, foi instala<strong>do</strong> o sistema<br />

de posicionamento para certos veículos <strong>do</strong> Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e<br />

aperfeiçoa<strong>do</strong> o sistema de auto-passagem, além da actualização de funções, para que mais<br />

pessoas com <strong>do</strong>cumentação diferente possam usar o sistema. No Aeroporto Internacional de<br />

<strong>Macau</strong> foram instala<strong>do</strong>s oito canais de sistema de auto-passagem.<br />

A Escola Superior das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong> (ESFSM) e outras instituições de<br />

educação e formação dependentes <strong>do</strong>s diversos departamentos das Forças de Segurança<br />

desenvolveram de forma dinâmica o trabalho da formação pessoal, garantin<strong>do</strong> a necessidade<br />

de recursos humanos. A Escola Superior das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong> tomou medidas<br />

para melhorar as instalações e software, tais como o aumento de quatro novas salas de aula,<br />

e ajustar o perío<strong>do</strong> de treino, a fim de aumentar a capacidade de formação máxima. Até o<br />

terceiro trimestre, o pessoal das forças de segurança totalizavam mais de 8000 efectivos, <strong>do</strong>s<br />

quais, 28,2 por cento possuíam habilitação universitária e 33,4 por cento, o nível <strong>do</strong> ensino<br />

secundário complementar. Em 2011, foram realiza<strong>do</strong>s 850 cursos de formação, palestras e<br />

seminários com a participação de 16.000 pessoas/vezes.<br />

110


Retrospectiva de 2011<br />

XI. Assembleia Legislativa - Cumprir as<br />

Competências Legislativa e Fiscaliza<strong>do</strong>ra<br />

e Aprovação de 12 Leis em Plenário<br />

Na 2.ª Sessão Legislativa da IV Legislatura da Assembleia Legislativa da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> (de 16 de Outubro de 2010 a 15 de Agosto de 2011) foram<br />

aprovadas, em plenário, 12 leis, uma resolução e cinco simples deliberações. Todas as leis<br />

aprovadas no decurso da referida sessão legislativa corresponderam a iniciativas legislativas<br />

<strong>do</strong> Governo (propostas de lei).<br />

Cumprimento das Competências Legislativa e<br />

Fiscaliza<strong>do</strong>ra<br />

No âmbito <strong>do</strong> cumprimento da função legislativa, acresce a intervenção da Assembleia<br />

Legislativa (AL) no <strong>do</strong>mínio da fiscalização orçamental e das finanças públicas, conforme<br />

competências conferidas na Lei Básica, nomeadamente na apreciação e votação das propostas<br />

de “Lei <strong>do</strong> Orçamento de 2011”, “Alteração <strong>do</strong> Orçamento de 2011” e “Regime Jurídico da<br />

Reserva Financeira” e na elaboração de parecer e resolução, respeitantes ao “Relatório sobre<br />

a Execução <strong>do</strong> Orçamento <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> 2009”, apresenta<strong>do</strong> pelo Governo. No âmbito <strong>do</strong> regime da<br />

função pública, ten<strong>do</strong> em conta diversos factores, tais como o desenvolvimento contínuo da<br />

economia de <strong>Macau</strong>, o aumento da taxa de inflação, entre outros, foram aprovadas as propostas<br />

de “Actualização <strong>do</strong>s vencimentos e pensões <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da Administração Pública” e<br />

“Regime <strong>do</strong> prémio de antiguidade e <strong>do</strong>s subsídios de residência e família”, por forma a proceder<br />

à actualização <strong>do</strong>s respectivos montantes e à simplificação <strong>do</strong>s procedimentos administrativos,<br />

na atribuição <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s subsídios. Por outro la<strong>do</strong>, a aprovação da proposta de lei intitulada<br />

“Apoio judiciário em virtude <strong>do</strong> exercício de funções públicas” melhorou a protecção daqueles que<br />

têm como missão a prestação <strong>do</strong> serviço público no exercício das suas funções. No âmbito <strong>do</strong><br />

regime fiscal <strong>do</strong> sector imobiliário, a fim de equilibrar o nível das taxas de impostos e de mo<strong>do</strong><br />

a atenuar a carga fiscal e a dinamizar o desenvolvimento saudável <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário, foi<br />

aprovada a proposta de lei de “Alteração ao Regulamento da Contribuição Predial Urbana”; e com<br />

o objectivo de combater as actividades de especulação no merca<strong>do</strong> imobiliário, foram aprovadas,<br />

respectivamente, as propostas de lei de “Alteração ao Regulamento <strong>do</strong> Imposto <strong>do</strong> Selo, à Tabela<br />

Geral <strong>do</strong> Imposto <strong>do</strong> Selo e à Composição das Comissões de Revisão <strong>do</strong> Imposto Complementar<br />

de Rendimentos e <strong>do</strong> Imposto Profissional” e de “Imposto <strong>do</strong> Selo Especial sobre a Transmissão<br />

de Bens Imóveis Destina<strong>do</strong>s a Habitação”. No âmbito da qualidade de vida da população, foi<br />

aprovada a proposta de lei intitulada “Regime de Prevenção e Controlo <strong>do</strong> Tabagismo”, que<br />

define uma série de medidas relativas à proibição <strong>do</strong> fumo, com o objectivo de salvaguardar a<br />

saúde pública <strong>do</strong>s perigos <strong>do</strong> consumo <strong>do</strong> tabaco; e a aprovação da proposta de lei intitulada<br />

“Regime de Construção e Venda de Habitação Económica”, que está intimamente ligada com os<br />

interesses da população, visan<strong>do</strong> aliviar e apoiar os residentes com níveis de rendimento baixos<br />

na resolução <strong>do</strong>s problemas habitacionais, ten<strong>do</strong> em conta o actual desenvolvimento social;<br />

111


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

por último, a aprovação da proposta de lei intitulada “Regime <strong>do</strong> Subsídio de Invalidez e <strong>do</strong>s<br />

Cuida<strong>do</strong>s de Saúde Presta<strong>do</strong>s em Regime de Gratuitidade” que visou assegurar uma assistência<br />

e um apoio adequa<strong>do</strong> aos grupos fragiliza<strong>do</strong>s da sociedade e tem implícita uma manifestação<br />

de solidariedade, por parte <strong>do</strong> Governo, às pessoas porta<strong>do</strong>ras de deficiência.<br />

No âmbito <strong>do</strong> cumprimento da função fiscaliza<strong>do</strong>ra, os deputa<strong>do</strong>s apresentaram 452<br />

interpelações escritas e 27 interpelações orais, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> realizadas quatro sessões plenárias<br />

destinadas a estas últimas. No decurso das sessões plenárias, no perío<strong>do</strong> de antes da ordem<br />

<strong>do</strong> dia, os deputa<strong>do</strong>s apresentaram um total de 229 intervenções, nas quais foram expostos<br />

assuntos de carácter político, social, económico, cultural, administrativo ou outros considera<strong>do</strong>s<br />

de interesse público para a Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>.<br />

No decurso da referida sessão legislativa da AL, realizaram-se 33 plenários e 106 reuniões<br />

das Comissões. O Chefe <strong>do</strong> Executivo e o Governo, que está sob a sua liderança, cooperaram<br />

amplamente com a Assembleia Legislativa, ten<strong>do</strong>, nomeadamente, participa<strong>do</strong> nas sessões<br />

plenárias e nas reuniões das Comissões, respondi<strong>do</strong> às interpelações apresentadas pelos<br />

deputa<strong>do</strong>s.<br />

Reforçar a Divulgação <strong>do</strong> Direito e a Participação<br />

<strong>do</strong>s Cidadãos<br />

Reflectir e ouvir suficientemente as opiniões, sugestões e críticas <strong>do</strong>s residentes e responder<br />

atempadamente às exigências da sociedade são também atribuições <strong>do</strong> órgão legislativo. No<br />

decurso da referida sessão legislativa, os residentes apresentaram à AL três petições relativas<br />

a questões jurídicas relacionadas com imóveis, protecção civil e erro médico. O serviço de<br />

atendimento ao público, disponibiliza<strong>do</strong> através <strong>do</strong> atendimento presencial feito pelos deputa<strong>do</strong>s<br />

segun<strong>do</strong> uma escala, foi continuamente reforça<strong>do</strong> e o número de atendimentos com a presença<br />

de deputa<strong>do</strong>s atingiu os 19. A Assembleia Legislativa aceitou ainda as reclamações, queixas<br />

e petições <strong>do</strong>s residentes, apresentadas através de telefone e de endereço electrónico, e, no<br />

âmbito das suas competências, respondeu atempadamente às solicitações <strong>do</strong>s residentes.<br />

Por forma a aumentar o grau de transparência das actividades e a salvaguardar o direito <strong>do</strong><br />

público à informação, a AL, à semelhança de anos anteriores, continuou a divulgar as respectivas<br />

informações na sua página electrónica, incluin<strong>do</strong> a agenda diária da AL, o ponto de situação de<br />

apreciação <strong>do</strong>s diplomas, as interpelações e as respectivas respostas, os pareceres e relatórios<br />

das Comissões, entre outras. A Assembleia Legislativa procedeu ainda à transmissão electrónica<br />

em directo das quatro reuniões plenárias que contaram com a presença <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

Para que o público consiga atempadamente ter conhecimento das actividades da AL, deu-se<br />

seguimento à publicação <strong>do</strong>s respectivos Diários, que reflectem globalmente essas actividades,<br />

e à publicação de <strong>do</strong>is volumes da Colectânea de Leis Penais Avulsas - “Prevenção e Repressão<br />

<strong>do</strong> Crime de Branqueamento de Capitais” e “Prevenção e Repressão <strong>do</strong>s Crimes de Terrorismo”.<br />

Para além disso, a AL voltou a abrir as suas portas à população de <strong>Macau</strong>, em 23 de Julho de<br />

2011, permitin<strong>do</strong>-lhe tomar contacto com o edifício <strong>do</strong> órgão legislativo e melhor inteirar-se<br />

das competências, organização interna, funcionamento e actividades da Assembleia Legislativa.<br />

Ten<strong>do</strong> em vista a divulgação <strong>do</strong> Direito junto <strong>do</strong> público em geral e a criação de uma<br />

plataforma para o intercâmbio entre a assessoria jurídica da AL, académicos e especialistas,<br />

realizaram-se, nos dias 20 e 21 de Janeiro de 2011, no Edifício da Assembleia Legislativa, as<br />

112


Retrospectiva de 2011<br />

Terceiras Jornadas de Direito e Cidadania da AL, subordinadas ao tema “Senti<strong>do</strong> e Importância<br />

<strong>do</strong> Direito Compara<strong>do</strong> no Âmbito <strong>do</strong> Princípio ‘um país, <strong>do</strong>is sistemas’”.<br />

Prioridade na Formação de Recursos Humanos e<br />

Reforço das Relações com o Exterior<br />

A Assembleia Legislativa tem vin<strong>do</strong> a dar grande importância às acções de formação de<br />

recursos humanos. Assim sen<strong>do</strong>, no decurso da referida sessão legislativa, os quadros dirigentes<br />

e chefias, os membros da assessoria e os funcionários administrativos e técnico-profissionais<br />

estiveram envolvi<strong>do</strong>s, nomeadamente, em diversos seminários e cursos de formação por forma<br />

a elevar o nível técnico-profissional <strong>do</strong> seu pessoal e a qualidade <strong>do</strong>s serviços a prestar.<br />

No âmbito das relações da AL com o exterior, esta continuou a manter uma política de<br />

diálogo, de abertura e de amplo contacto com o exterior. O Presidente e Vice-presidente da<br />

Assembleia Legislativa receberam em audiência muitos cônsules acredita<strong>do</strong>s nas regiões<br />

administrativas especiais de <strong>Macau</strong> e de Hong Kong e muitas delegações <strong>do</strong> exterior, incluin<strong>do</strong><br />

o Cônsul-Geral de Portugal em <strong>Macau</strong> e Hong Kong, o Cônsul-Geral <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da<br />

América em Hong Kong e <strong>Macau</strong>, uma delegação representativa da República Democrática de<br />

Timor-Leste, entre outros. O Presidente da Assembleia Legislativa recebeu ainda em audiência<br />

os ex-governa<strong>do</strong>res de <strong>Macau</strong>, general José Eduar<strong>do</strong> Martinho Garcia Leandro e engenheiro<br />

Carlos Montez Melancia.<br />

As visitas efectuadas pelo Comissário e Vice-Comissário <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Negócios<br />

Estrangeiros da República Popular da China na Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, por<br />

dirigentes e quadros superiores <strong>do</strong> Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e de <strong>Macau</strong>, por<br />

dirigentes da Ilha da Montanha, da Província de Guang<strong>do</strong>ng, por quadros superiores da Guarnição<br />

em <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Exército de Libertação Popular da China, entre outros, reforçaram o intercâmbio<br />

e as relações entre a Assembleia Legislativa e o Interior <strong>do</strong> País.<br />

No decurso da referida sessão legislativa, a Assembleia Legislativa manteve um amplo<br />

contacto, a vários níveis e sob diversas formas, com o Governo da RAEM, a sociedade civil e<br />

os órgãos de comunicação social da RAEM. É de destacar o importante papel desenvolvi<strong>do</strong> pela<br />

comunicação social na divulgação das actividades da Assembleia Legislativa. Com o reforço da<br />

cooperação com os meios de comunicação social, os trabalhos desenvolvi<strong>do</strong>s pela Assembleia<br />

Legislativa foram divulga<strong>do</strong>s de forma global, precisa e atempada.<br />

113


macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>


Retrospectiva de 2011<br />

XII. Responder às Solicitações da Sociedade<br />

e Órgãos Judiciais para o Futuro<br />

Processos Judiciais Trata<strong>do</strong>s nos Diversos Tribunais<br />

Durante o ano judiciário, que decorreu entre 1 de Setembro de 2010 e 31 de Agosto de<br />

2011, o número <strong>do</strong>s processos recebi<strong>do</strong>s pelos tribunais das três instâncias atingiu 17.558,<br />

baten<strong>do</strong> um recorde histórico, <strong>do</strong>s quais, 69 deram entrada no Tribunal de Última Instância,<br />

972 no Tribunal de Segunda Instância, 16.200 no Tribunal Judicial de Base e 317 seguiram para<br />

o Tribunal Administrativo. Salvo o número de processos recebi<strong>do</strong>s pelo Tribunal de Segunda<br />

Instância, os números <strong>do</strong>s processos recebi<strong>do</strong>s pelos restantes tribunais são maiores nos últimos<br />

desde o retorno de <strong>Macau</strong> à Pátria.<br />

As três instâncias concluíram 19.890 processos no ano judiciário de 2010-2011. Entre estes,<br />

contam-se 73 processos concluí<strong>do</strong>s e sete por concluir pelo Tribunal de Última Instância; 980<br />

processos concluí<strong>do</strong>s e 865 pendentes no Tribunal de Segunda Instância; 18.593 processos<br />

concluí<strong>do</strong>s e 8587 por concluir pelo Tribunal Judicial de Base; 244 processos concluí<strong>do</strong>s e 170<br />

processos aguarda<strong>do</strong>s no Tribunal Administrativo.<br />

Apoio Administrativo Judicial e Informação ao<br />

Público<br />

Durante o ano judiciário de 2010-2011, na prestação de serviços de informação às<br />

partes envolvidas em processos judiciais, a Secção de Informação <strong>do</strong> Tribunal Judicial de Base<br />

recebeu 6671 pessoas interessadas sobre um conjunto de 6184 processos. Esta secção tratou<br />

directamente de 5253 processos, ten<strong>do</strong> encaminha<strong>do</strong> 847 para o Ministério Público (MP) e 84<br />

para outros departamentos.<br />

Ten<strong>do</strong> em vista facilitar os pedi<strong>do</strong>s de informação <strong>do</strong> público, os serviços de prestação de<br />

informações relacionadas com os processos <strong>do</strong> Juízo de Pequenas Causas Cíveis permaneceram<br />

sob a responsabilidade <strong>do</strong>s funcionários deste juízo específico. No ano judiciário de 2010-2011,<br />

115


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

foram recebi<strong>do</strong>s 2907 pedi<strong>do</strong>s de informação, sen<strong>do</strong> que 1805 se reportavam ao andamento<br />

<strong>do</strong>s processos judiciais, e assuntos relaciona<strong>do</strong>s com os respectivos processos, e 1102 eram<br />

relativos a procedimentos judiciais ou outros assuntos.<br />

Como órgão responsável pela prestação de apoio administrativo e financeiro aos tribunais<br />

das três instâncias da RAEM, o Gabinete <strong>do</strong> Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância, no<br />

ano judiciário de 2010-2011, desempenhou todas as funções, segun<strong>do</strong> as necessidades <strong>do</strong><br />

funcionamento e situações concretas <strong>do</strong>s diversos tribunais, cumprin<strong>do</strong> assim, em pleno, as<br />

atribuições de apoio administrativo e financeiro, para que os juízes e os funcionários de justiça<br />

<strong>do</strong>s diversos tribunais se pudessem dedicar, em exclusivo e sem preocupações, às tarefas<br />

identificadas com as actividades jurisdicional e judiciária.<br />

Execução de Acor<strong>do</strong>s Judiciais<br />

A assistência judicial tem funciona<strong>do</strong> de forma contínua e normal, nos termos <strong>do</strong> “Acor<strong>do</strong><br />

sobre os Pedi<strong>do</strong>s Mútuos de Citação ou Notificação de Actos Judiciais e de Produção de Provas em<br />

Matéria Civil e Comercial entre os Tribunais <strong>do</strong> Interior da China e os da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong>”, que entrou em vigor no dia 15 de Setembro de 2001. Desde esta data e<br />

até 7 de Setembro de 2011, o TUI recebeu 385 pedi<strong>do</strong>s de citação ou notificação <strong>do</strong>s tribunais<br />

<strong>do</strong> Interior da China, emitin<strong>do</strong>, entretanto, os tribunais da RAEM 144 pedi<strong>do</strong>s de citação ou<br />

notificação para o Interior da China, o que perfaz um total de 529 entre pedi<strong>do</strong>s recebi<strong>do</strong>s e<br />

emiti<strong>do</strong>s.<br />

Desde a entrada em vigor em 1 de Abril de 2006 <strong>do</strong> “Acor<strong>do</strong> sobre a Confirmação e Execução<br />

Recíprocas de Decisões Judiciais em Matéria Civil e Comercial entre o Interior da China e a<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>” e a entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2008 <strong>do</strong><br />

“Acor<strong>do</strong> sobre a Confirmação e Execução Recíprocas de Decisões Arbitrais entre o Interior da<br />

China e a Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>”, os tribunais de diversas instâncias de <strong>Macau</strong><br />

receberam 67 pedi<strong>do</strong>s deste género.<br />

Responder às Solicitações <strong>do</strong> Desenvolvimento<br />

Social pelo Aperfeiçoamento da Cooperação entre<br />

as Partes<br />

O presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância, Dr. Sam Hou Fai, afirmou, no seu discurso<br />

proferi<strong>do</strong> na Sessão Solene de Abertura <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Judiciário de 2011-<strong>2012</strong>, que, no ano judiciário<br />

que fin<strong>do</strong>u, com os esforços de to<strong>do</strong>s, o funcionamento <strong>do</strong>s tribunais das diversas instâncias<br />

revelou ter vin<strong>do</strong> a ser aperfeiçoa<strong>do</strong>, o que se reflecte principalmente nos seguintes aspectos:<br />

regista-se um novo recorde <strong>do</strong>s processos admiti<strong>do</strong>s e a descida significativa <strong>do</strong>s processos<br />

pendentes; 2.ª marcação <strong>do</strong> julgamento tende a ser mais razoável; o funcionamento das secções<br />

especializadas <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância optimizou o julgamento <strong>do</strong>s processos; foi dada<br />

importância ao julgamento <strong>do</strong>s processos relevantes, e cria<strong>do</strong> um mecanismo de informação<br />

sobre a situação <strong>do</strong>s processos.<br />

O presidente, Sam Hou Fai, indicou ainda que a par <strong>do</strong> desenvolvimento socioeconómico<br />

rápi<strong>do</strong> e da elevação contínua de consciência da população quanto à defesa <strong>do</strong>s seus direitos,<br />

116


Retrospectiva de 2011<br />

aumentar-se-á o número <strong>do</strong>s processos admiti<strong>do</strong>s, elevan<strong>do</strong>-se também as exigências <strong>do</strong>s<br />

cidadãos e pessoas colectiva em relação à eficiência e qualidade <strong>do</strong> funcionamento <strong>do</strong>s tribunais,<br />

como órgãos de poder destina<strong>do</strong>s ao combate contra a criminalidade, à resolução de conflitos<br />

e à salvaguarda <strong>do</strong>s direitos e interesses legítimos da população. Para resolver a questão de<br />

justiça e eficiência, é crucial o aumento atempa<strong>do</strong> <strong>do</strong> número de magistra<strong>do</strong>s e de oficiais de<br />

justiça locais. Além disso destacou que merecem ainda, no futuro, uma atenção especial de to<strong>do</strong>s<br />

os seguintes aspectos, esperan<strong>do</strong>-se uma cooperação <strong>do</strong> Governo e <strong>do</strong>s órgãos legislativos:<br />

1. Aumentar Adequadamente o Número <strong>do</strong>s Juízes <strong>do</strong><br />

Tribunal de Segunda Instância e Dedicar Mais Esforços<br />

ao Julgamento <strong>do</strong>s Processos Relevantes<br />

Com o aumento <strong>do</strong> número <strong>do</strong>s juízes <strong>do</strong>s Tribunais de Primeira Instância e a elevação<br />

da eficiência <strong>do</strong> julgamento, nos últimos anos, tem si<strong>do</strong> cerca de mil o número <strong>do</strong>s recursos<br />

admiti<strong>do</strong>s pelo Tribunal de Segunda Instância anualmente, ten<strong>do</strong>, ainda, em consideração os<br />

cerca de 900 processos pendentes e aos novos processos, torna-se impossível para os oito juízes<br />

ora existentes concluírem o julgamento de to<strong>do</strong>s os recursos dentro de um prazo relativamente<br />

razoável. Perante esta situação, o Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s Judiciais já propôs oficialmente<br />

ao Governo a ampliação adequada <strong>do</strong> quadro de juízes no Tribunal de Segunda Instância. Sam<br />

Hou Fai manifestou a esperança de que, antes da concretização <strong>do</strong> aumento <strong>do</strong> número <strong>do</strong>s<br />

juízes e da implementação de outras medidas de reforma, os juízes <strong>do</strong>s tribunais de todas as<br />

instâncias sejam anima<strong>do</strong>s pelo espírito de diligência e fidelidade profissional e de servir as<br />

partes processuais, e façam o possível para acelerar o andamento de julgamento <strong>do</strong>s processos<br />

relevantes de grande repercussão ou relativos à vida social e da população.<br />

2. Haver Necessidade de Acelerar o Processo de Alteração<br />

<strong>do</strong>s Diversos Códigos Processuais e de Optimizar o<br />

Sistema de Competência <strong>do</strong>s Juízos<br />

Sam Hou Fai salientou, também, que o Código de Processo Penal, o Código de Processo<br />

Civil e o Código <strong>do</strong> Processo Administrativo Contencioso estão em vigor há mais de dez anos.<br />

Atenden<strong>do</strong> a que a sociedade sofreu uma profunda mudança, e que a maior parte <strong>do</strong>s juízes<br />

locais já estão <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s de experiência suficiente por terem exerci<strong>do</strong> a sua profissão durante mais<br />

de dez anos, há necessidade de serem feitos ajustes adequa<strong>do</strong>s à competência <strong>do</strong>s tribunais<br />

colectivos e singulares <strong>do</strong> Tribunal Judicial de Base no julgamento <strong>do</strong>s processos, tais como o<br />

alargamento de jurisdição <strong>do</strong>s tribunais singulares penais e a elevação <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> objecto de<br />

jurisdição <strong>do</strong>s tribunais singulares cíveis, de mo<strong>do</strong> a que sejam melhor aproveita<strong>do</strong>s os limita<strong>do</strong>s<br />

recursos judiciais e elevada a eficiência de julgamento <strong>do</strong>s processos. Além disso, deve ainda<br />

começar-se a pensar na alteração <strong>do</strong> Código <strong>do</strong> Processo Administrativo Contencioso.<br />

3. Existe por Parte <strong>do</strong> Governo a Necessidade de Elevar a<br />

Eficiência e a Qualidade das Decisões Administrativas<br />

Susceptíveis de Controlo Judicial<br />

Sam Hou Fai disse que os tribunais das várias instâncias verificaram no julgamento de<br />

117


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

processos de contencioso administrativo, que muitas decisões administrativas não conseguem<br />

obter a confirmação <strong>do</strong>s tribunais meramente por existência de erros e omissões procedimentais<br />

ou vícios resultantes de falta de conhecimentos sobre as leis e regulamentos. Por outro la<strong>do</strong>,<br />

muitos concursos públicos para a prestação de serviços só vieram a ser abertos quan<strong>do</strong> o prazo<br />

<strong>do</strong> contrato anterior já estava quase a expirar, de maneira que, uma vez interposto recurso<br />

contra uma determinada decisão administrativa, por muito que o Tribunal de Segunda Instância<br />

ou de Última Instância acelere o ritmo de julgamento <strong>do</strong>s processos, estes não vão poder dar<br />

resposta atempada às necessidades práticas da sociedade e <strong>do</strong> Governo. Contu<strong>do</strong>, na realidade<br />

o Governo poderia ter deixa<strong>do</strong> tempo suficiente para fazer face aos recursos contenciosos que<br />

eventualmente poderão surgir, elevan<strong>do</strong> a eficiência de previsão e de decisão, por ordem a<br />

evitar cair na passividade devi<strong>do</strong> aos recursos contenciosos.<br />

4. É Necessário Acelerar o Ritmo de Construção das<br />

Instalações <strong>do</strong>s Tribunais<br />

Sam Hou Fai acrescentou que já tinha exprimi<strong>do</strong> a esperança, na Sessão Solene de Abertura<br />

<strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Judiciário passa<strong>do</strong>, de que fosse acelerada a construção de instalações provisórias <strong>do</strong>s<br />

tribunais, antes da construção das instalações definitivas, porém, passa<strong>do</strong> um ano, a construção<br />

das instalações provisórias <strong>do</strong>s tribunais, que estava prevista para o início de <strong>2012</strong> não aconteceu<br />

como o espera<strong>do</strong>. Só que, daqui a <strong>do</strong>is anos, quan<strong>do</strong> os 12 novos magistra<strong>do</strong>s concluírem a<br />

formação e 80 oficiais de justiça se integrarem nos órgãos judiciais, e quan<strong>do</strong> o número <strong>do</strong>s<br />

juízes <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância tiver um aumento, o espaço de trabalho torna-se cada<br />

vez mais insuficiente. Por este motivo, o Presidente exortou à urgência na construção das<br />

instalações <strong>do</strong>s tribunais, apelan<strong>do</strong> à atenção de to<strong>do</strong>s para o assunto.<br />

Salvaguarda da Segurança Pública pelo Combate às<br />

Actividades Criminosas<br />

Em 2011, o Ministério Público (MP) cumpriu, nos termos da lei e com determinação, as<br />

suas funções e combateu de forma enérgica as actividades criminosas através da dedução<br />

de acusações <strong>do</strong>s casos criminais, salvaguardan<strong>do</strong> efectivamente a segurança da sociedade.<br />

Em comparação com 2010, registou um aumento global de número de processos penais<br />

trata<strong>do</strong>s pelo MP, nomeadamente, o crime de furto, roubo, dano patrimonial, burla, extorsão,<br />

branqueamento de capitais, jogo ilícito, usura, crime contra a liberdade sexual, ofensa à honra<br />

de outrem, violação <strong>do</strong> direito da propriedade intelectual, ofensa à vida privada e crimes<br />

informáticos. Dos quais se verificou uma subida visível de 25 por cento nos crimes de furto e<br />

roubo, 49 por cento no crime de ofensa à honra, 16 por cento no crime contra a reserva da<br />

vida privada e 100 por cento no crime informático. Da<strong>do</strong>s estatísticos demonstraram também<br />

o aumento de crimes graves que são relaciona<strong>do</strong>s com casinos, branqueamento de capitais,<br />

crimes relaciona<strong>do</strong>s com droga, crime organiza<strong>do</strong>/seita e a criminalidade transfronteiriça,<br />

enquanto se verificou uma descida em diferentes graus <strong>do</strong> número <strong>do</strong>s processos autua<strong>do</strong>s<br />

relativos ao crime relaciona<strong>do</strong> com a migração clandestina, o crime cometi<strong>do</strong> por agente público<br />

em exercício de funções, crime contra a segurança pública, ofensas à integridade física e o<br />

crime contra a concretização da justiça.<br />

118


Retrospectiva de 2011<br />

Direcção da Investigação Criminal Promove o<br />

Sustento <strong>do</strong> Processo Penal<br />

Em 2011, o número total <strong>do</strong>s processos penais autua<strong>do</strong>s pelo MP foram, de 11.734, mais<br />

1043 em relação a 2010, assinalan<strong>do</strong> um aumento de dez por cento, o que representa um<br />

auge <strong>do</strong>s processos penais autua<strong>do</strong>s desde o retorno de <strong>Macau</strong> à Pátria. Daqueles, 706 foram<br />

processos relaciona<strong>do</strong>s com criminalidade grave autua<strong>do</strong>s pelo Grupo <strong>do</strong>s Casos Especiais<br />

<strong>do</strong> MP, marcan<strong>do</strong> uma subida de 16 por cento. Em 2011, foram concluí<strong>do</strong>s pelo MP 10.648<br />

processos, traduzin<strong>do</strong> uma redução de três por cento face a 2010; 2644 processos acusa<strong>do</strong>s,<br />

um aumento de <strong>do</strong>is por cento em comparação com 2010; 7785 processos arquiva<strong>do</strong>s, uma<br />

descida de quatro por cento em relação a 2010; e 88 processos autua<strong>do</strong>s de novo depois de<br />

ser arquiva<strong>do</strong>, o número, contu<strong>do</strong>, é igual ao <strong>do</strong> ano 2010.<br />

No que diz respeito à direcção por delega<strong>do</strong> magistra<strong>do</strong> da investigação criminal e <strong>do</strong><br />

susten<strong>do</strong> <strong>do</strong> processo penal, durante 2011, foram intenta<strong>do</strong>s em processo comum, 2644<br />

processos penais, 3308 argui<strong>do</strong>s acusa<strong>do</strong>s pela prática de 3323 crimes, e 239 presos preventivos<br />

promovi<strong>do</strong>s pelo MP. Houve ainda 4734 argui<strong>do</strong>s aos quais o MP aplicou directamente, ou<br />

propôs aplicar, medidas de coacção, designadamente, a apresentação obrigatória <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s<br />

sobre a identidade e residência, apresentação obrigatória e periódica às autoridades judiciais,<br />

proibição da ausência <strong>do</strong> território e contacto com intervenientes, interdição de funções, de<br />

actividade profissional e de direitos, entre outras, e 1376 actos processuais especiais incluin<strong>do</strong>,<br />

nomeadamente, apreensões, buscas, escutas telefónicas tomadas directamente ou sob proposta<br />

<strong>do</strong> MP. Por outro la<strong>do</strong>, com vista a elevar a eficácia processual e economizar recursos judiciais,<br />

o MP entregou 963 casos ao tribunal para julgamento em processo sumário e teve arquiva<strong>do</strong><br />

7785 processos autua<strong>do</strong>s após a investigação. Este encaminhou nos termos da lei, ainda, os<br />

inimputáveis, ou seja, os menores de 16 anos de idade, para o Tribunal Judicial de Base, além<br />

de ter autua<strong>do</strong> por si 108 processos educativos.<br />

Supervisar a Aplicação da Lei e Defender os<br />

Direitos e Interesses Legítimos<br />

Além da direcção da investigação criminal e promoção <strong>do</strong> processo penal, o Ministério<br />

Público, em representação da RAEM, participou em processos, supervisan<strong>do</strong> a aplicação da lei e<br />

salvaguardan<strong>do</strong> os direitos e interesses legítimos da população. Interveio, ainda, nos processos<br />

em representação <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e seus familiares ou das pessoas incapazes, incertas e<br />

desaparecidas e interpôs recursos <strong>do</strong>s actos administrativos ilícitos, além de ter feito outros<br />

trabalhos. O Serviço <strong>do</strong> Ministério Público junto <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância e <strong>do</strong>s outros<br />

tribunais tratou 1290 processos penais, cíveis e administrativos, e relativos aos conflitos das<br />

competências <strong>do</strong>s tribunais e <strong>do</strong>s poderes jurisdicionais, assim como ao reconhecimento das<br />

decisões judiciais estrangeiras, emitiu 672 pareceres escritos, e apresentou-se em audiências e<br />

conferências no tribunal 363 vezes, enquanto, o Serviço <strong>do</strong> Ministério Público junto <strong>do</strong> Tribunal<br />

Judicial de Base instruiu 773 processos administrativos, <strong>do</strong>s quais, 82 processos relativos<br />

a conflitos sobre contratos laborais, 361 processos de conciliação sobre acidentes laborais,<br />

<strong>do</strong>enças profissionais e litígios de trabalho, e 64 processos sobre a investigação da identidade<br />

familiar. Instruiu oficiosamente, ainda, 170 processos cíveis relativos ao poder paternal,<br />

trabalho, interdição e alimento no momento da apresentação da petição inicial. O MP interveio,<br />

119


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

na qualidade <strong>do</strong> cura<strong>do</strong>r de menores, em 58 processos de inventário obrigatório. No processo<br />

de execução, o MP apresentou 363 pedi<strong>do</strong>s de execução das custas judiciais e intentou, em<br />

representação da Fazenda da RAEM, pedi<strong>do</strong>s em processos de liquidação de impostos. Recebeu<br />

ainda um total de 288 pedi<strong>do</strong>s de obtenção de apoio judiciário. O Serviço <strong>do</strong> Ministério Público<br />

junto <strong>do</strong> Tribunal Administrativo interveio e concluiu 150 processos relativos à execução fiscal e<br />

contenciosa administrativa. No ano inteiro, os Serviços <strong>do</strong> Ministério Público junto <strong>do</strong>s Tribunais<br />

das diversas Instâncias e o Gabinete <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r prestaram à população um total de 8700<br />

consultas jurídicas.<br />

Optimizar Estruturas Funcionais Ten<strong>do</strong> em Vista o<br />

Desenvolvimento Futuro<br />

Desde o estabelecimento da RAEM, o número <strong>do</strong>s processos trata<strong>do</strong>s pelo MP e o seu âmbito<br />

de acção têm aumenta<strong>do</strong>. Para fazer face às necessidades de servir a sociedade de <strong>Macau</strong>, em<br />

particular, as necessidades de melhorar ainda mais a eficiência judicial e qualidade processual,<br />

o MP, após a aprovação <strong>do</strong> Governo, implementou em 2011, o regulamento administrativo<br />

relativo à Organização e Funcionamento <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r, ajustan<strong>do</strong> e optimizan<strong>do</strong><br />

a estrutura e função <strong>do</strong>s departamentos funcionais subordina<strong>do</strong>s ao Gabinete <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r. A<br />

partir de Dezembro de 2011, ao Gabinete <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r foram acrescenta<strong>do</strong>s um chefe-adjunto,<br />

<strong>do</strong>is departamentos e nove divisões, passan<strong>do</strong> o quadro <strong>do</strong> pessoal de 220 para 288 pessoas<br />

e sen<strong>do</strong> adita<strong>do</strong> principalmente o número <strong>do</strong>s funcionários de justiça, que se dedicam aos<br />

trabalhos profissionais na primeira linha. Actualmente, o Gabinete <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r compreende<br />

o Departamento de Apoio Judiciário, o Departamento de Assuntos Jurídicos, o Departamento<br />

de Cooperação Judiciária, o Departamento de Gestão Pessoal e Financeira e o Departamento<br />

de Apoio. Os diversos departamentos desenvolvem as actividades segun<strong>do</strong> as competências<br />

atribuídas por lei, e prestam to<strong>do</strong>s os tipos de apoio e serviço ao Procura<strong>do</strong>r e aos magistra<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> Ministério Público no âmbito de acção judicial, investigação criminal, consultas jurídicas,<br />

estu<strong>do</strong> e análise, apoio técnico, divulgação e intercâmbio, cooperação internacional, gestão<br />

pessoal e financeira e apoio logístico.<br />

Reforçar a Cooperação e Intercâmbio e Promover a<br />

Educação Legal<br />

Em 2011, o MP continuou a intensificar a cooperação internacional, em particular, o<br />

intercâmbio com departamentos judiciais <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País, Hong Kong e Taiwan, participan<strong>do</strong><br />

nas actividades organizadas pelas associações profissionais, designadamente, a Associação<br />

Internacional das Autoridades contra a Corrupção e a Associação Internacional de Magistra<strong>do</strong>s.<br />

Destacou ainda magistra<strong>do</strong>s e peritos para participarem em actividades sociais e reuniões<br />

relacionadas com o trabalho procuratório, efectuan<strong>do</strong> um amplo intercâmbio com colegas<br />

<strong>do</strong> sector judicial, indivíduos de diversos sectores sociais e amigos de associações e sector<br />

académico. Durante este ano, o Procura<strong>do</strong>r à frente de delegações, ou delega<strong>do</strong>s de procura<strong>do</strong>r,<br />

ou profissionais de justiça participaram nas seguintes conferências internacionais: a 7.ª<br />

Conferência de Procura<strong>do</strong>res-Gerais China-ASEAN, a 16.ª Conferência Anual e Assembleia-Geral<br />

da Associação Internacional de Magistra<strong>do</strong>s e 4.ª Cimeira Mundial de Procura<strong>do</strong>res-Gerais e<br />

Procura<strong>do</strong>res-Chefe, o 3.º Seminário da Associação Internacional das Autoridades contra a<br />

120


Retrospectiva de 2011<br />

Corrupção (IAACA), e a 5.ª Conferência Anual e Assembleia-Geral da Associação Internacional<br />

das Autoridades contra a Corrupção (IAACA). O MP tratou no ano em curso 92 pedi<strong>do</strong>s de apoio<br />

judiciário em matéria penal e civil. Inspira<strong>do</strong> no conceito de órgãos judiciais para servir o povo,<br />

o MP tem manti<strong>do</strong>, no combate à criminalidade e prevenção de crimes, contactos estreitos<br />

com diversos sectores sociais, escolas e associações e instituições, empenha<strong>do</strong> na divulgação<br />

jurídica e na educação legal, aumentan<strong>do</strong>, assim, a transparência e publicidade <strong>do</strong> trabalho<br />

procuratório. Em 2011, o Gabinete <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r-Geral organizou ou enviou o seu pessoal para<br />

participar em 256 actividades sociais e reuniões, apresentou ao Governo 58 pareceres jurídicos,<br />

compareceu em 112 concursos públicos e lançou 16 publicações. Por outro la<strong>do</strong>, o Gabinete <strong>do</strong><br />

Procura<strong>do</strong>r-Geral recebeu ainda 80 visitas de departamentos governamentais de <strong>Macau</strong> ou <strong>do</strong><br />

exterior, associações, cidadãos, estudantes e indivíduos de diversos sectores sociais, no total<br />

de 1464 pessoas.<br />

121


macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>


Retrospectiva de 2011<br />

XIII. Comissaria<strong>do</strong> contra a Corrupção<br />

Pragmático no Tratamento de Queixas<br />

E Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria Promove<br />

Aplicação Adequada <strong>do</strong> Erário Público<br />

Supervisar a Legitimidade e Justiça <strong>do</strong>s Processos<br />

Administrativos<br />

Em 2011, o Comissaria<strong>do</strong> contra a Corrupção (CCAC) seguiu uma política de combate e<br />

prevenção simultânea cumprin<strong>do</strong> com empenho as suas funções, realizan<strong>do</strong> investigações e<br />

combaten<strong>do</strong> severamente actos de corrupção prova<strong>do</strong>s. O Comissaria<strong>do</strong> intensificou a supervisão<br />

sobre a legalidade e justiça das decisões administrativas, de forma a desempenhar o devi<strong>do</strong><br />

papel de supervisão para fomentar a elevação de eficiência e a consciência de legalidade <strong>do</strong>s<br />

actos administrativos.<br />

Em 2011, o CCAC recebeu, no total, 804 queixas e participações e instruiu 575 autos para<br />

investigação, sen<strong>do</strong> 112 de natureza criminal, 45 de corrupção no sector priva<strong>do</strong> e 463 de<br />

natureza administrativa. Relativamente aos processos penais, 64 processos já foram concluí<strong>do</strong>s,<br />

enquanto no âmbito de impugnação administrativa, foram concluídas investigações sobre 453<br />

processos e arquiva<strong>do</strong>s. Além de processos de queixas, o CCAC recebeu ainda 433 pedi<strong>do</strong>s de<br />

consulta.<br />

No âmbito da prove<strong>do</strong>ria de justiça, o risco das queixas e participações concentravam-se<br />

em actos, níveis da execução de lei e meto<strong>do</strong>logia de gestão <strong>do</strong>s serviços da Administração<br />

Pública, e em resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s trabalhos realiza<strong>do</strong>s pelos Serviços de Obras Públicas no âmbito<br />

das suas atribuições. Para salvaguardar, de forma oportuna e efectiva, os direitos e interesses<br />

legítimos <strong>do</strong>s cidadãos, o CCAC recorreu à maneira pragmática, sumária e directa no tratamento<br />

<strong>do</strong>s casos recebi<strong>do</strong>s, apontan<strong>do</strong> de forma explícita, aos respectivos serviços, as infracções<br />

administrativas e apresentan<strong>do</strong> propostas de melhoramento caso necessário. Em relação aos<br />

casos, que envolviam problemas graves, foi a<strong>do</strong>ptada a forma de emissão de recomendações<br />

ou elaboração de relatórios de investigação, onde foram aponta<strong>do</strong>s problemas existentes <strong>do</strong><br />

123


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

ponto de vista jurídico e nos princípios de legitimidade e justiça. Em 2011, o CCAC emitiu uma<br />

recomendação e <strong>do</strong>is relatórios de investigação. O CCAC submeteu, ainda, nos termos das<br />

suas atribuições legais, ao Chefe <strong>do</strong> Executivo, 13 pareceres e apresentou informações de valor<br />

referencial aos órgãos de tomada de decisão com vista a fomentar a construção <strong>do</strong> sistema <strong>do</strong><br />

Governo da RAEM e melhorar a eficiência administrativa.<br />

Desenvolver a Divulgação de Prevenção da<br />

Corrupção no Sector Priva<strong>do</strong><br />

No âmbito da divulgação e educação, o CCAC a<strong>do</strong>ptou a táctica de divulgação mediante a<br />

penetração nos bairros comunitários e visita a associações, organizan<strong>do</strong> actividades diversificadas<br />

de sensibilização de integridade no seio <strong>do</strong> pessoal de instituições públicas e privadas, jovens<br />

e pessoas de associações, e de diferentes camadas, valorizan<strong>do</strong> a boa-fé e integridade, a fim<br />

de ganhar o apoio e participação por parte da população em geral na construção da sociedade<br />

íntegra. No ano em análise, foram organizadas 391 palestras com temas específicos com a<br />

participação de 25.487 pessoas.<br />

O CCAC criou propositadamente um grupo de trabalho para efectuar as tarefas de divulgação<br />

prioritariamente sobre a prevenção da corrupção no sector priva<strong>do</strong>, explican<strong>do</strong>, junto <strong>do</strong> pessoal<br />

de órgãos priva<strong>do</strong>s e organizações profissionais, o teor da Lei de Prevenção e Repressão da<br />

Corrupção no Sector Priva<strong>do</strong>, através da visita a associações e da realização de palestras,<br />

recolhen<strong>do</strong> também opiniões de sectores profissionais e promoven<strong>do</strong>-os a elaborar normas<br />

de trabalho de combate contra a corrupção, a fim de salvaguardar em conjunto o ambiente<br />

de negócios íntegro e justo. Em 2011, foram realizadas 73 palestras com uma participação de<br />

3040 pessoas.<br />

No que toca ao intercâmbio com o exterior, o CCAC destacou em 2011 delegações<br />

para participarem, nomeadamente na Reunião da Direcção da Associação <strong>do</strong> Ombudsman<br />

Internacional; na 12.ª Conferência da Associação <strong>do</strong> Ombudsman Asiático (AOA); na 16.ª<br />

Reunião <strong>do</strong> Grupo de Iniciativa Anti-Corrupção da Ásia-Pacífico; e na 5.ª Conferência Anual e<br />

Assembleia-Geral da Associação Internacional das Autoridades contra a Corrupção, reforçan<strong>do</strong>,<br />

assim, a ligação e intercâmbio com instituições internacionais. A delegação <strong>do</strong> CCAC visitou<br />

a Agência de Investigação de Corrupção de Singapura e a Procura<strong>do</strong>ria e Administração de<br />

Supervisão da Província de Guang<strong>do</strong>ng, entre outras. Ao mesmo tempo, recebeu visitas de<br />

delegações da Procura<strong>do</strong>ria Popular Suprema, das procura<strong>do</strong>rias populares das províncias de<br />

Guang<strong>do</strong>ng e Fujian, da Administração de Supervisão <strong>do</strong> Município de Shenzhen e de Zhuhai, <strong>do</strong><br />

Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Conselho de Esta<strong>do</strong>, da Administração de<br />

Segurança Pública da Província de Guang<strong>do</strong>ng, da Direcção de Controlo de Jogos e da Agência<br />

de Investigação de Corrupção de Singapura, bem como, de representantes <strong>do</strong>s consula<strong>do</strong>s da<br />

Austrália e de Canadá acredita<strong>do</strong>s em Hong Kong.<br />

Servir a sociedade ten<strong>do</strong> em conta as ideias e opiniões da população em geral e avançar<br />

progressiva e firmemente na área da sua competência são os objectivos principais <strong>do</strong> CCAC.<br />

O reforço da cooperação com as associações populares e a procura de apoio e participação da<br />

sociedade constituem elementos cruciais para a construção duma sociedade íntegra. O CCAC<br />

vai, como sempre, seguir as orientações e políticas já definidas e continuar a envidar esforços<br />

para a construção de uma sociedade íntegra e justa e da promoção <strong>do</strong> trabalho de combate<br />

contra a corrupção.<br />

124


Retrospectiva de 2011<br />

Propor a Revisão Geral das Disposições Legais para<br />

a Aplicação Adequada <strong>do</strong> Erário Público<br />

Em 2011, para além <strong>do</strong> “Relatório de Auditoria da Conta Geral de 2010”, cuja preparação e<br />

divulgação é consagrada na lei, o Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria (CA) divulgou ainda <strong>do</strong>is relatórios de<br />

auditoria de resulta<strong>do</strong>s, “Deslocações ao exterior em missão oficial de serviço <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res<br />

da Administração Pública” e “Recrutamento e formação de médicos internos”, e <strong>do</strong>is relatórios<br />

de auditoria específica “1.ª Fase <strong>do</strong> Sistema de Metro Ligeiro” e “Gestão e Funcionamento <strong>do</strong><br />

Centro de Ciência de <strong>Macau</strong>, S.A.”.<br />

O relatório “Deslocações ao exterior em missão oficial de serviço <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da<br />

Administração Pública” refere que os serviços públicos gerem as deslocações ao exterior em<br />

missão oficial de forma díspar e desigual e, por outro la<strong>do</strong>, a noção de fiscalização e de economia<br />

de recursos não é suficiente, principalmente, com as despesas realizadas no âmbito de alojamento<br />

em hotéis e de alimentação. O relatório propõe que seja feita uma revisão geral das disposições<br />

legais relevantes, que estão em aplicação há mais de 20 anos, de mo<strong>do</strong> a atingir o objectivo<br />

de aplicação adequada <strong>do</strong> erário público. Por outro la<strong>do</strong>, o relatório “Recrutamento e formação<br />

de médicos internos” revela que os Serviços de Saúde não dispõem dum plano de longo prazo<br />

para a gestão <strong>do</strong>s seus recursos humanos médicos, tanto que o número de internatos médicos<br />

realiza<strong>do</strong>s e o número total de estagiários envolvi<strong>do</strong>s registaram uma queda significativa nos<br />

últimos 11 anos. A situação foi ainda agravada com a suspensão de realização <strong>do</strong>s internatos<br />

geral 2006 e complementar 2005, o que deu origem a um número insuficiente de candidatos<br />

com os requisitos exigi<strong>do</strong>s para a carreira médica nos Serviços de Saúde.<br />

O relatório de auditoria específica “1.ª Fase <strong>do</strong> Sistema de Metro Ligeiro” revela que o serviço<br />

público responsável pela condução <strong>do</strong> empreendimento não preparou um orçamento global,<br />

que cobrisse a totalidade <strong>do</strong>s trabalhos da primeira fase das obras <strong>do</strong> sistema <strong>do</strong> metro ligeiro.<br />

O investimento de 7,5 mil milhões de patacas, divulga<strong>do</strong> em 2009, não incluía os cerca de 260<br />

milhões de patacas com obras e serviços já adjudica<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong>s trabalhos principais <strong>do</strong><br />

empreendimento, tão pouco incluía as instalações e os equipamentos associa<strong>do</strong>s. O relatório<br />

salienta que a ausência <strong>do</strong> valor global <strong>do</strong> investimento prejudica o controlo <strong>do</strong>s custos das<br />

obras que vão ainda ser lançadas, propicia o aumento contínuo das despesas e conduz ao risco<br />

de descontrolo de despesas. O relatório de auditoria específica “Gestão e Funcionamento <strong>do</strong><br />

Centro de Ciência de <strong>Macau</strong>, S.A.” revela que o Centro de Ciência de <strong>Macau</strong>, S.A., no decurso<br />

<strong>do</strong>s concursos para a concepção e montagem das salas de exposição, acrescentou aos critérios<br />

de pontuação fixa<strong>do</strong>s nos respectivos <strong>do</strong>cumentos de concurso outras considerações relativas<br />

à qualidade de execução, deixan<strong>do</strong> assim de avaliar as propostas conforme os critérios de<br />

pontuação anteriormente acorda<strong>do</strong>s com os concorrentes, sujeitan<strong>do</strong>-se deste mo<strong>do</strong> ao risco<br />

de futuras polémicas desnecessárias.<br />

Reforçar o Relacionamento com Outras Instituições<br />

de Auditoria<br />

Paralelamente à realização <strong>do</strong>s relatórios de auditoria acima apresenta<strong>do</strong>s, com vista a<br />

reforçar o relacionamento <strong>do</strong> CA com outras instituições superiores de auditoria, conhecer<br />

o desenvolvimento recente das actividades de auditoria noutros locais e contribuir para o<br />

125


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

desenvolvimento da actividade de auditoria, o Comissário da Auditoria, em 2011, manteve<br />

contactos em Portugal, Timor e Pequim com os responsáveis das respectivas instituições<br />

superiores de auditoria.<br />

No âmbito da formação de pessoal, em 2011, foram convida<strong>do</strong>s profissionais locais e <strong>do</strong><br />

Interior da China para leccionar no CA cursos de auditoria, contabilidade e gestão administrativa;<br />

foi envia<strong>do</strong> pessoal de auditoria a Pequim Nanjing, Xiamen, Guangzhou e Hong Kong para<br />

participar em diversos cursos de formação, (nomeadamente “Auditoria Informática - nível<br />

intermédio”, “Auditoria a Investimentos em Activos Fixos”, “Auditoria para Quadros Dirigentes” e<br />

“Teoria e Prática de Auditoria Interna - nível avança<strong>do</strong>”), com vista a actualizar, constantemente,<br />

os seus conhecimentos profissionais e a elevar a eficácia <strong>do</strong>s trabalhos de auditoria.<br />

Em 2011, o CA deu continuidade às sessões de esclarecimento sobre os trabalhos de<br />

auditoria com dirigentes e chefias <strong>do</strong>s serviços públicos, instruen<strong>do</strong>s das Forças de Segurança,<br />

instruen<strong>do</strong>s da Polícia Judiciária, trabalha<strong>do</strong>res recém-admiti<strong>do</strong>s na função pública, estudantes<br />

<strong>do</strong> ensino superior, bem como, pela primeira vez e em colaboração com a Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Administração e Função Pública, organizou encontros destina<strong>do</strong>s a técnicos superiores e<br />

técnicos, com vista a reforçar nos interlocutores a noção de poupança que o CA tem vin<strong>do</strong> a<br />

promover. Em 2011, o CA realizou um total de 112 sessões de esclarecimento e encontros,<br />

com cerca de 2700 participantes.<br />

126


Retrospectiva de 2011<br />

26 de Dezembro de 2011<br />

O Presidente, Hu Jintao, recebeu o Chefe <strong>do</strong> Executivo da RAEM, Chui Sai On,<br />

que se encontra em Pequim em missão oficial de serviço<br />

26 de Dezembro de 2011<br />

O Primeiro-Ministro, Wen Jiabao, recebeu o Chefe <strong>do</strong> Executivo da RAEM,<br />

Chui Sai On, que se encontra em Pequim em missão oficial de serviço<br />

127


Retrospectiva de 2011<br />

15 de Abril de 2011<br />

O Presidente, Hu Jintao, e as delegações de Hong Kong e de <strong>Macau</strong> e empresários<br />

de Ainão na reunião anual <strong>do</strong> Fórum Boao da Ásia 2011<br />

15 de Junho de 2011<br />

O director <strong>do</strong> Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e <strong>Macau</strong> <strong>do</strong><br />

Conselho de Esta<strong>do</strong>, Wang Guangya, reúne com representantes de vários<br />

sectores da sociedade<br />

128


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

20 de Dezembro de 2011<br />

Cerimónia <strong>do</strong> içar da bandeira das cerimónias comemorativas <strong>do</strong> 12.º<br />

aniversário <strong>do</strong> estabelecimento da Região Administrativa Especial,<br />

com a presença <strong>do</strong>s mais altos responsáveis oficiais de <strong>Macau</strong><br />

12 de Janeiro de 2011<br />

Encontro de cortesia entre o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, e o<br />

Primeiro-Ministro, Lee Hsien Loong, durante a visita a Singapura<br />

129


Retrospectiva de 2011<br />

11 de Agosto de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, deslocou-se ao plenário da<br />

Assembleia Legislativa para responder às questões <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s<br />

relacionadas com as linhas de acção e políticas <strong>do</strong> Governo, bem<br />

como outras matérias<br />

130


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

28 de Janeiro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, presente na Cerimónia da<br />

Imposição de Medalhas e Títulos Honoríficos <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> de 2010<br />

8 de Setembro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, na foto com o grupo de cinco novos<br />

delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> procura<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Ministério Público<br />

131


Retrospectiva de 2011<br />

20 de Outubro de 2011<br />

Cerimónia de abertura da 16.ª edição da Feira Internacional<br />

de <strong>Macau</strong> (MIF)<br />

21 de Setembro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, no encontro de altos dirigentes <strong>do</strong> VII<br />

Fórum para a Cooperação e Desenvolvimento da Região <strong>do</strong> Grande-Delta<br />

<strong>do</strong> Rio das Pérolas e a Feira <strong>do</strong> Comércio, na Província de Jiangxi<br />

132


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

6 de Março de 2011<br />

O Vice-Presidente, Xi Jinping, testemunha assinatura <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong>-<br />

-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong> por representantes<br />

de Guang<strong>do</strong>ng e <strong>Macau</strong><br />

19 de Abril de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, e o governa<strong>do</strong>r da Província de<br />

Guang<strong>do</strong>ng, Huang Huahua, presidem à cerimónia de lançamento da primeira<br />

pedra <strong>do</strong> Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa no<br />

quadro de cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong><br />

133


Retrospectiva de 2011<br />

1 de Setembro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, no Fórum para o<br />

Desenvolvimento Económico e Cooperação China-Eurasia<br />

19 de Abril de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo da RAEM, Chui Sai On, e o governa<strong>do</strong>r da<br />

Província de Guang<strong>do</strong>ng, Huang Huahua, presidem a cerimónia de<br />

conclusão das obras <strong>do</strong> Reservatório de Zhuyin, em Zhuhai<br />

134


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

25 de Janeiro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, assiste à cerimónia de inauguração<br />

<strong>do</strong> Laboratório de Referência <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> para Investigação de Qualidade<br />

em Medicina Chinesa e Laboratório de Referência <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> em<br />

Circuitos Integra<strong>do</strong>s em Muito Larga Escala Analógicos e Mistos<br />

18 de Janeiro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, na cerimónia de inauguração <strong>do</strong><br />

“Pavilhão <strong>do</strong> Panda Gigante” em Seak Pai Van (Coloane), na RAEM<br />

135


Retrospectiva de 2011<br />

28 de Julho de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, e a directora-geral da Organização<br />

Mundial de Saúde, Margaret Chan, assinam acor<strong>do</strong> de cooperação sobre<br />

medicina tradicional entre a Região Administrativa de <strong>Macau</strong> e a OMS<br />

136


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

14 de Dezembro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, Chui Sai On,<br />

testemunha a assinatura <strong>do</strong> Suplemento VIII ao Acor<strong>do</strong> CEPA<br />

19 de Abril de 2011<br />

Representantes de <strong>Macau</strong> e Guang<strong>do</strong>ng assinam um plano de<br />

trabalho para a implementação <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação<br />

Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong><br />

137


Retrospectiva de 2011<br />

29 de Outubro de 2011<br />

Cerimónia de inauguração da “União contra o Tabagismo”<br />

25 de Outubro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, numa visita ao Bairro Fai Chi Kei<br />

138


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

19 de Março de 2011<br />

Para se inteirar sobre os procedimentos em curso relativamente a testes de<br />

despiste aos passageiros vin<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Japão, o Chefe <strong>do</strong> Executivo desloca-se<br />

ao Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong><br />

8 de Setembro de 2011<br />

Cerimónia da tomada de posse de quatro juízes <strong>do</strong> Tribunal de<br />

Primeira Instância com a presença <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On<br />

139


Retrospectiva de 2011<br />

15 de Novembro de 2011<br />

O “Relatório das Linhas de Acção Governativa para o <strong>Ano</strong> Financeiro<br />

de <strong>2012</strong> da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> da República<br />

Popular da China”, fica disponível gratuitamente ao público, nas<br />

versões chinesa e portuguesa<br />

12 de Agosto de 2011<br />

Cerimónia de Abertura da Operação <strong>do</strong>s Censos 2011<br />

140


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

18 de Novembro de 2011<br />

O secretário para os Transportes e Obras Publicas, Lau Si Io, observa<br />

in loco as obras <strong>do</strong> Novo Campus da Universidade de <strong>Macau</strong> na Ilha<br />

de Hengqin (Montanha)<br />

1 de Setembro de 2011<br />

O director <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos de Tráfego, Wong Wan, e<br />

representantes da DSEJ observam serviço de transporte público e<br />

circulação nas ro<strong>do</strong>vias no primeiro dia de aulas <strong>do</strong> novo ano escolar<br />

141


Retrospectiva de 2011<br />

26 de Julho de 2011<br />

Festa de aniversário <strong>do</strong> panda “Xin-Xin” organizada pelo Instituto<br />

para os Assuntos Cívicos e Municipais<br />

2 de Abril de 2011<br />

“Dia Verde” <strong>do</strong> público no Fórum e Exposição Internacional de<br />

Cooperação Ambiental 2011<br />

142


Segunda parte<br />

BREVE<br />

APRESENTAÇÃO<br />

DA RAEM


Desde o dia 20 de Dezembro<br />

de 1999, <strong>Macau</strong> é uma<br />

Região Administrativa<br />

Especial da República<br />

Popular da China, e o seu<br />

diploma constitucional -<br />

a Lei Básica da Região<br />

Administrativa Especial de<br />

<strong>Macau</strong> - concomitantemente<br />

implementa<strong>do</strong>.


I<br />

SISTEMA<br />

POLÍTICO E<br />

ADMINISTRAÇÃO


O Chefe <strong>do</strong> Executivo no plenário da Assembleia Legislativa<br />

(Foto: GCS)


Sistema Político e Administração<br />

Administração de <strong>Macau</strong> por Pessoas Locais<br />

e Alto Grau de Autonomia<br />

Desde o dia 20 de Dezembro de 1999, <strong>Macau</strong> é uma Região Administrativa Especial da<br />

República Popular da China, e o seu diploma constitucional - a Lei Básica da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> - concomitantemente implementa<strong>do</strong>.<br />

A Lei Básica, aprovada pela 1.ª Sessão da VIII Legislatura da Assembleia Popular Nacional,<br />

e promulgada no dia 31 de Março de 1993, expõe, em suprema forma de direito, as políticas<br />

básicas que o Esta<strong>do</strong> definiu para a Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> e fixa, também,<br />

os sistemas a aplicar na RAEM e o enquadramento da governação durante os 50 anos, a partir<br />

da transferência de administração em 1999.<br />

De acor<strong>do</strong> com a Lei Básica, os sistemas e políticas aplica<strong>do</strong>s na Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> (RAEM), incluin<strong>do</strong> os sistemas social e económico, o sistema de garantia<br />

<strong>do</strong>s direitos e liberdades fundamentais <strong>do</strong>s seus residentes, os sistemas executivo, legislativo e<br />

judicial, bem como as políticas com eles relacionadas, baseiam-se nas suas próprias disposições.<br />

De acor<strong>do</strong> com as disposições da Lei Básica, <strong>Macau</strong> goza de um alto grau de autonomia e<br />

de poderes executivo, legislativo e judicial independentes, incluin<strong>do</strong> o de julgamento em última<br />

instância, excepto no concernente à defesa nacional e assuntos das relações externas. O órgão<br />

executivo e o órgão legislativo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> são ambos compostos<br />

por residentes permanentes da Região. A RAEM mantém o seu estatuto de porto franco, sen<strong>do</strong><br />

um Território aduaneiro autónomo, em que são livres a transferência de capitais, o merca<strong>do</strong><br />

financeiro e a gestão das diversas instituições financeiras, e que pode, com a denominação de<br />

“<strong>Macau</strong>, China”, manter e desenvolver, por si próprio, relações, celebrar e executar acor<strong>do</strong>s com<br />

os países e regiões ou organizações internacionais nas áreas de interesse mútuo, designadamente<br />

economia, comércio, finanças, transportes marítimos, comunicações, turismo, cultura, ciência,<br />

tecnologia e desporto.<br />

“Um país, <strong>do</strong>is sistemas”, “administração de <strong>Macau</strong> por pessoas locais” e “alto grau de<br />

autonomia”, já passaram com sucesso a prova inicial de viabilização <strong>do</strong> sistema, ten<strong>do</strong> obti<strong>do</strong><br />

reconhecimento geral, constituin<strong>do</strong> hoje um comportamento social e uma cultura política a que<br />

os residentes de <strong>Macau</strong> já estão habitua<strong>do</strong>s e normalmente praticam.<br />

147


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

“Administração de <strong>Macau</strong> por pessoas locais” significa que <strong>Macau</strong> é administra<strong>do</strong> pelos<br />

seus próprios residentes. O Chefe <strong>do</strong> Executivo, os titulares <strong>do</strong>s principais cargos, os membros<br />

<strong>do</strong> Conselho Executivo, os deputa<strong>do</strong>s da Assembleia Legislativa (AL), o Presidente <strong>do</strong> Tribunal<br />

de Última Instância e o Procura<strong>do</strong>r terão de ser obrigatoriamente residentes permanentes da<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> e, nalguns casos, também cidadãos chineses.<br />

“Alto grau de autonomia” significa o exercício de eleva<strong>do</strong> grau de autonomia autoriza<strong>do</strong> pela<br />

Assembleia Popular Nacional (APN) da República Popular da China, ou seja o Governo Popular<br />

Central não pode interferir nos assuntos da administração autónoma da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong>. A RAEM goza de poderes executivo, legislativo e judicial independentes,<br />

incluin<strong>do</strong> o de julgamento em última instância, bem como outros que lhe sejam atribuí<strong>do</strong>s<br />

pela APN, pelo Comité Permanente desta Assembleia e pelo Governo Popular Central. Todavia,<br />

o alto grau de autonomia não é igual a plena autonomia: a fim de salvaguardar a unidade<br />

e soberania nacionais e a integridade territorial, o Governo Popular Central reserva para si<br />

algumas competências, como, por exemplo, as referentes a matéria de relações externas e de<br />

defesa da RAEM.<br />

Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo é o dirigente máximo da RAEM e é responsável perante o Governo<br />

Popular Central e a Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>. O Chefe <strong>do</strong> Executivo deve ser<br />

cidadão chinês, com pelo menos 40 anos de idade, residente permanente, e que tenha residi<strong>do</strong><br />

habitualmente em <strong>Macau</strong> pelo menos 20 anos consecutivos.<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo é nomea<strong>do</strong> pelo Governo Popular Central, com base nos resulta<strong>do</strong>s de<br />

eleições ou consultas realizadas localmente. O mandato <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo tem a duração<br />

de cinco anos, sen<strong>do</strong> permitida uma recondução.<br />

Compete ao Chefe <strong>do</strong> Executivo dirigir o Governo da Região Administrativa Especial de<br />

<strong>Macau</strong>; fazer cumprir a Lei Básica e outras leis aplicáveis à RAEM; assinar os projectos e as<br />

propostas de lei aprova<strong>do</strong>s pela Assembleia Legislativa (AL) e mandar publicar as leis, assinar a<br />

proposta de orçamento aprovada pela AL e comunicar ao Governo Popular Central, para efeitos<br />

de registo, o orçamento e as contas finais; definir as políticas <strong>do</strong> Governo da RAEM e mandar<br />

publicar as ordens executivas; elaborar, mandar publicar e fazer cumprir os regulamentos<br />

administrativos; submeter ao Governo Popular Central, para efeitos de nomeação, os nomes<br />

<strong>do</strong>s titulares <strong>do</strong>s cargos de Secretários, Comissário contra a Corrupção, Comissário da Auditoria,<br />

principal responsável pelos serviços de polícia e principal responsável pelos serviços de alfândega<br />

e submeter ao Governo Popular Central as propostas de exoneração <strong>do</strong>s titulares <strong>do</strong>s cargos<br />

acima referi<strong>do</strong>s; nomear parte <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa; nomear e exonerar<br />

os membros <strong>do</strong> Conselho Executivo; indigitar o candidato ao cargo de Procura<strong>do</strong>r para ser<br />

nomea<strong>do</strong> pelo Governo Popular Central e propor a este a sua exoneração; nomear e exonerar<br />

os presidentes e juízes <strong>do</strong>s tribunais das várias instâncias, os delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r e os<br />

cargos da função pública, e dissolver a Assembleia Legislativa sob certas circunstâncias.<br />

O primeiro e segun<strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> foi<br />

Edmund Ho Hau Wah e, o terceiro Chefe <strong>do</strong> Executivo é Chui Sai On.<br />

Conselho Executivo<br />

148<br />

O Conselho Executivo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> é o órgão destina<strong>do</strong>


Sistema Político e Administração<br />

a coadjuvar o Chefe <strong>do</strong> Executivo na tomada de decisões. Nos termos <strong>do</strong> artigo 58.º da Lei<br />

Básica, o Chefe <strong>do</strong> Executivo deve consultar o Conselho Executivo antes de tomar decisões<br />

importantes, de apresentar propostas de lei à AL, de definir regulamentos administrativos e<br />

de dissolver a Assembleia Legislativa, salvo no que diz respeito à nomeação e exoneração <strong>do</strong><br />

pessoal, às sanções disciplinares ou às medidas a<strong>do</strong>ptadas em caso de emergência. Se o Chefe<br />

<strong>do</strong> Executivo não aceitar o parecer da maioria <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> Conselho Executivo, devem ser<br />

registadas as razões justificativas específicas da recusa.<br />

Nos termos <strong>do</strong> artigo 57.º da Lei Básica, os membros <strong>do</strong> Conselho Executivo da RAEM<br />

devem ser cidadãos chineses de entre os residentes permanentes da Região. O número <strong>do</strong>s<br />

membros <strong>do</strong> Conselho Executivo é de sete a 11, designa<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo de entre<br />

os titulares <strong>do</strong>s principais cargos <strong>do</strong> Governo da RAEM, deputa<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa e<br />

figuras públicas, sen<strong>do</strong> por ele determinadas a sua nomeação e exoneração, não poden<strong>do</strong> o<br />

seu mandato exceder o termo <strong>do</strong> mandato <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo que os nomeia. No entanto,<br />

os anteriores membros <strong>do</strong> Conselho Executivo mantêm-se temporariamente no exercício das<br />

suas funções até à tomada de posse <strong>do</strong> novo Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

O artigo 58.º da Lei Básica estipula que o Conselho Executivo é presidi<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo e reúne pelo menos uma vez por mês. Apesar <strong>do</strong> sigilo <strong>do</strong>s assuntos aborda<strong>do</strong>s nas<br />

reuniões, as decisões importantes são anunciadas ao público através de um porta-voz designa<strong>do</strong><br />

pelo Conselho Executivo. Em 2011, foram realizadas no total 50 reuniões oficiais.<br />

O primeiro e segun<strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, Edmund Ho Hau Wah, nomeou, durante cada<br />

um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is mandatos, dez membros <strong>do</strong> Conselho Executivo, respectivamente.<br />

O terceiro Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, nomeou dez membros <strong>do</strong> Conselho Executivo,<br />

designadamente, um secretário <strong>do</strong> Governo, três deputa<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa e seis<br />

figuras públicas.<br />

Órgão Legislativo<br />

Segun<strong>do</strong> a Lei Básica, a RAEM goza de poder legislativo e “a Assembleia Legislativa é o<br />

órgão legislativo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>”.<br />

No âmbito da auto-administração, a RAEM exerce por si própria to<strong>do</strong>s os assuntos<br />

relaciona<strong>do</strong>s com a legislação, o que constitui importante demonstração e garantia <strong>do</strong> seu alto<br />

grau de autonomia. O poder legislativo da RAEM é exerci<strong>do</strong> exclusivamente pela Assembleia<br />

Legislativa (AL), sem que mais algum <strong>do</strong>s outros órgãos ou entidades gozem <strong>do</strong> mesmo poder.<br />

As leis elaboradas pela AL têm que ser conformes à Lei Básica.<br />

Para além <strong>do</strong> exercício da competência legislativa de acor<strong>do</strong> com a Lei, a Assembleia<br />

Legislativa exerce ainda poderes de fiscalização e outras competências conforme o estipula<strong>do</strong><br />

na Lei Básica e no Regimento da Assembleia Legislativa.<br />

Competência Legislativa<br />

A competência legislativa consiste na elaboração de leis gerais e abstractas, aplicáveis<br />

à RAEM e seus residentes. A competência legislativa da AL compreende, concretamente a<br />

elaboração de leis, a alteração de leis, a suspensão de leis, e a revogação de leis.<br />

149


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Nos termos da Lei Básica e <strong>do</strong> Regimento da Assembleia Legislativa, a iniciativa da lei<br />

pertence aos deputa<strong>do</strong>s e ao Governo. As iniciativas <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s podem ser subscritas por<br />

um número máximo de nove deputa<strong>do</strong>s; as iniciativas originárias <strong>do</strong> Governo da RAEM devem<br />

ser apresentadas pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo e conter a menção de sobre elas ter si<strong>do</strong> consulta<strong>do</strong><br />

o Conselho Executivo da RAEM. O exercício da iniciativa <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s em matérias atinentes à<br />

política <strong>do</strong> Governo da RAEM depende de autorização escrita <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo. É reservada<br />

em exclusivo ao Governo da RAEM, a iniciativa da lei em quatro matérias, a saber: Lei Eleitoral<br />

da Assembleia Legislativa, receitas e despesas públicas, estrutura política e funcionamento <strong>do</strong><br />

Governo.<br />

As propostas ou projectos de lei aprova<strong>do</strong>s pela AL só entram em vigor depois de serem<br />

assina<strong>do</strong>s e publica<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

Fiscalização e Outras Competências<br />

A Assembleia Legislativa tem competência para examinar e aprovar a proposta de orçamento<br />

apresentada pelo Governo da RAEM, para apreciar o relatório sobre a execução <strong>do</strong> orçamento<br />

apresenta<strong>do</strong> pelo Governo da RAEM, para definir, com base na proposta apresentada pelo<br />

Governo da RAEM, os elementos essenciais <strong>do</strong> regime tributário, bem como autorizar o Governo<br />

da RAEM a contrair dívidas.<br />

Ouvir e debater o relatório sobre as Linhas de Acção Governativa apresenta<strong>do</strong> pelo Chefe<br />

<strong>do</strong> Executivo, é também competência de fiscalização da AL. Para além de responder perante<br />

o Governo Popular Central, o Chefe <strong>do</strong> Executivo é também responsável perante a RAEM. O<br />

Governo, dirigi<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo, responde, por seu turno, perante a AL. Nestes<br />

termos, deve o Chefe <strong>do</strong> Executivo, em nome <strong>do</strong> Governo da RAEM, apresentar periodicamente<br />

à AL relatórios respeitantes à execução das Linhas de Acção Governativa, onde se expõem as<br />

linhas de acção e as políticas e estratégias a a<strong>do</strong>ptar pelo Governo da RAEM, prestan<strong>do</strong>, ainda,<br />

os esclarecimentos necessários. A Assembleia Legislativa pode debater o relatório apresenta<strong>do</strong><br />

pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo, assim como as questões de interesse público.<br />

A AL pode reunir-se e solicitar a presença de representantes <strong>do</strong> Governo para o debate<br />

das questões de interesse público, que envolvam diversas vertentes da vida social de <strong>Macau</strong>.<br />

A Assembleia Legislativa pode ainda receber e dar andamento às queixas apresentadas pelos<br />

residentes, sobre questões relacionadas com o regime jurídico em vigor, sem tratar, directamente,<br />

de casos particulares, nem <strong>do</strong>s pedi<strong>do</strong>s de consulta jurídica.<br />

As competências de fiscalização da AL incluem ainda poder mover censura contra o Chefe<br />

<strong>do</strong> Executivo. A Assembleia Legislativa pode, mediante deliberação, incumbir o Presidente <strong>do</strong><br />

Tribunal de Última Instância de formar uma comissão de inquérito independente para proceder<br />

a averiguações, se for proposta conjuntamente por um terço <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s uma moção,<br />

acusan<strong>do</strong> o Chefe <strong>do</strong> Executivo de grave violação da lei ou de aban<strong>do</strong>no das suas funções, e se<br />

este não se demitir. Se a comissão entender que há provas suficientes para sustentar aquelas<br />

acusações, a AL pode aprovar uma moção de censura, por maioria de <strong>do</strong>is terços <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s,<br />

comunican<strong>do</strong>-a ao Governo Popular Central para decisão.<br />

A Assembleia Legislativa pode, ainda, apresentar interpelações sobre a acção governativa<br />

da RAEM. Esta competência é exercida pelos deputa<strong>do</strong>s nos termos da Resolução da AL,<br />

relativa ao Processo de Interpelação sobre a Acção Governativa. Nos termos <strong>do</strong> Regulamento<br />

das Audições, pode convocar e solicitar pessoas relacionadas para testemunhar e apresentar<br />

150


Sistema Político e Administração<br />

provas, no exercício das competências acima referidas.<br />

Composição e Legislatura da Assembleia Legislativa<br />

Os deputa<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa, que é constituída por uma maioria de membros<br />

eleitos, devem ser residentes permanentes da RAEM. Cada legislatura da AL tem a duração de<br />

quatro anos, excepto o previsto para a primeira legislatura.<br />

A primeira Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, com mandato<br />

até 2001, era composta por 23 membros, oito <strong>do</strong>s quais eleitos por sufrágio directo, oito por<br />

sufrágio indirecto e sete nomea<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo. A segunda Assembleia Legislativa,<br />

constituída depois das eleições de Setembro <strong>do</strong> mesmo ano, era composta por 27 membros, dez<br />

<strong>do</strong>s quais eleitos por sufrágio directo, dez por sufrágio indirecto e sete nomea<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo, com mandato até ao ano de 2005. A terceira e posteriores Assembleias Legislativas<br />

serão compostas por 29 membros, 12 eleitos por sufrágio directo, dez por sufrágio indirecto e<br />

sete nomea<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

Se for necessário alterar em 2009, e nos anos posteriores, a meto<strong>do</strong>logia para a constituição<br />

da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, as alterações devem<br />

ser feitas com aprovação de uma maioria de <strong>do</strong>is terços de to<strong>do</strong>s os deputa<strong>do</strong>s à Assembleia<br />

Legislativa e com a concordância <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, deven<strong>do</strong> o Comité Permanente da<br />

Assembleia Popular Nacional ser informa<strong>do</strong> dessas alterações, para efeitos de registo.<br />

A Assembleia Legislativa dispõe de um presidente e de um vice-presidente. Estes são<br />

eleitos por e de entre os deputa<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa. O Presidente e o Vice-presidente<br />

da Assembleia Legislativa devem ser cidadãos chineses de entre os residentes permanentes<br />

da RAEM que tenham residi<strong>do</strong> habitualmente em <strong>Macau</strong> pelo menos 15 anos consecutivos.<br />

Órgãos e Funcionamento da Assembleia Legislativa<br />

Os órgãos da Assembleia Legislativa são o Presidente, a Mesa, a Comissão de Regimentos<br />

e Mandatos, comissões permanentes, comissões de acompanhamento eventualmente criadas<br />

para diversas áreas e comissões eventuais. O Presidente representa a Assembleia Legislativa,<br />

dirige e coordena os trabalhos da AL. O Presidente exerce os poderes funcionais concebi<strong>do</strong>s no<br />

estipula<strong>do</strong> da Lei Básica e <strong>do</strong> Regimento da Assembleia Legislativa.<br />

Em geral, cada legislatura da Assembleia Legislativa é composta por quatro sessões<br />

legislativas. Cada sessão legislativa tem a duração de um ano. O perío<strong>do</strong> normal de funcionamento<br />

da Assembleia Legislativa decorre de 16 de Outubro a 15 de Agosto <strong>do</strong> ano seguinte. A Assembleia<br />

Legislativa funciona nas duas línguas oficiais de <strong>Macau</strong>, chinês e português.<br />

Mesa da Assembleia Legislativa<br />

A Mesa da Assembleia Legislativa é composta pelo presidente, pelo vice-presidente e por<br />

<strong>do</strong>is secretários (que são eleitos). As competências da Mesa da AL estão claramente definidas no<br />

Regimento da Assembleia Legislativa, as quais incluem coadjuvar, em geral, o presidente e o vice-<br />

-presidente no exercício das suas funções e pronunciar-se sobre todas as questões submetidas<br />

à sua apreciação pelo presidente ou pelo plenário. Além disso, exerce ainda as competências<br />

no âmbito de administração de acor<strong>do</strong> com a Lei Orgânica da Assembleia Legislativa.<br />

151


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Comissões da Assembleia Legislativa<br />

As comissões da Assembleia Legislativa compreendem a Comissão de Regimento e<br />

Mandatos, as Comissões Permanentes, as comissões de acompanhamento e as comissões<br />

eventuais. Os deputa<strong>do</strong>s podem servir, simultaneamente, em mais de uma comissão (artigos<br />

22.º a 32.º <strong>do</strong> Regimento da Assembleia Legislativa aprova<strong>do</strong> pela Resolução n.º 1/1999 da<br />

AL, revisto pela Resolução n.º 1/2004 da AL e pela Resolução n.º 2/2009 da AL).<br />

Comissão de Regimento e Mandatos<br />

A Comissão de Regimento e Mandatos da primeira e segunda Assembleia Legislativa da<br />

RAEM era composta por cinco deputa<strong>do</strong>s, eleitos pelo plenário. Porém, a Comissão de Regimento<br />

e Mandatos da terceira e subsequente Assembleia Legislativa da RAEM é composta por sete<br />

deputa<strong>do</strong>s, eleitos pelo plenário. A Comissão de Regimento e Mandatos da terceira Assembleia<br />

Legislativa passará a ser composta por sete deputa<strong>do</strong>s. Compete à Comissão de Regimento<br />

e Mandatos (artigo 26.º <strong>do</strong> Regimento da Assembleia Legislativa): instruir os processos de<br />

impugnação de elegibilidade e os de perda e de suspensão de mandato e emitir os respectivos<br />

pareceres, nos termos previstos no Estatuto <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s; proceder a inquéritos a factos<br />

ocorri<strong>do</strong>s no âmbito da Assembleia Legislativa que comprometam a honra ou dignidade de<br />

qualquer deputa<strong>do</strong>; dar parecer sobre as questões de interpretação e integração de lacunas<br />

<strong>do</strong> Regimento da Assembleia Legislativa, e sobre as propostas de alterações <strong>do</strong> Regimento da<br />

Assembleia Legislativa; e decidir sobre conflitos de competência entre comissões.<br />

Comissões Permanentes<br />

A constituição e o elenco das comissões permanentes, a sua designação e composição são<br />

decidi<strong>do</strong>s na segunda reunião plenária de cada legislatura, por simples deliberação <strong>do</strong> plenário,<br />

mediante proposta da Mesa. A competência específica das comissões permanentes é (artigo<br />

28.º <strong>do</strong> Regimento da Assembleia Legislativa): examinar e emitir relatório e parecer sobre os<br />

projectos e as propostas de lei, de resolução e de deliberação, e as propostas de alteração<br />

apresenta<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa; examinar as petições dirigidas à Assembleia Legislativa;<br />

votar na especialidade os textos aprova<strong>do</strong>s na generalidade pelo plenário, se para o efeito forem<br />

incumbi<strong>do</strong>s; e, em geral, pronunciar-se sobre to<strong>do</strong>s os problemas submeti<strong>do</strong>s à sua apreciação<br />

pelo plenário ou pelo presidente. Actualmente há na AL três comissões permanentes.<br />

Comissões de Acompanhamento<br />

A Assembleia Legislativa pode constituir comissões de acompanhamento para áreas<br />

específicas de governação. Compete às comissões de acompanhamento (artigo 30.º <strong>do</strong> Regimento<br />

da Assembleia Legislativa): acompanhar os assuntos relevantes relaciona<strong>do</strong>s com a área de<br />

governação para que foram constituídas e a aplicação das leis aprovadas pela Assembleia<br />

Legislativa para essa área; requerer a presença <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> Governo da respectiva<br />

área de governação, a fim de serem presta<strong>do</strong>s esclarecimentos relativamente ao assunto em<br />

acompanhamento, assim como requerer a apresentação de quaisquer elementos relevantes; e<br />

dever elaborar um relatório ou parecer sempre que terminem o acompanhamento de um assunto<br />

poden<strong>do</strong> propor as medidas consideradas necessárias ou adequadas à matéria em análise.<br />

Funcionam actualmente na Assembleia Legislativa três Comissões de Acompanhamento, a<br />

152


Sistema Político e Administração<br />

Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Terras e Concessões Públicas, a Comissão<br />

de Acompanhamento para os Assuntos de Finanças Públicas e Comissão de Acompanhamento<br />

para os Assuntos da Administração Pública.<br />

Comissões Eventuais<br />

A Assembleia pode constituir comissões eventuais para qualquer matéria ou fim<br />

determina<strong>do</strong>. A iniciativa de constituição de comissões eventuais deve ser exercida por um<br />

mínimo de cinco deputa<strong>do</strong>s. Compete às comissões eventuais apreciar os assuntos determinantes<br />

da sua constituição, apresentan<strong>do</strong> os respectivos relatórios ou pareceres nos prazos fixa<strong>do</strong>s<br />

pelo plenário ou pelo presidente (artigos 31.º e 32.º <strong>do</strong> Regimento da Assembleia Legislativa).<br />

Organograma <strong>do</strong>s Órgãos Políticos da AL<br />

Presidente<br />

Mesa<br />

Comissão de<br />

Regimento e<br />

Mandatos<br />

Primeira<br />

Comissão<br />

Permanente<br />

Segunda<br />

Comissão<br />

Permanente<br />

Terceira<br />

Comissão<br />

Permanente<br />

Comissões<br />

Eventuais<br />

Órgãos de Administração e Serviços de Apoio à Assembleia<br />

Legislativa<br />

São órgãos de administração da Assembleia Legislativa o Presidente, a Mesa e o Conselho<br />

Administrativo. No âmbito de administração, as competências da Mesa são (Lei n.º 11/2000 -<br />

Lei Orgânica da Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, alterada<br />

pela Lei n.º 14/2008 e pela Lei n.º 1/2010): definir a política geral de administração e os meios<br />

necessários à sua execução; definir a política de recrutamento e de selecção <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong>s Serviços de Apoio à Assembleia Legislativa, assim como a relativa ao pessoal de direcção<br />

e chefia, incluin<strong>do</strong> a definição <strong>do</strong>s limites remuneratórios <strong>do</strong>s contratos de direito priva<strong>do</strong>;<br />

fiscalizar a gestão financeira da Assembleia Legislativa; exercer o poder de direcção sobre o<br />

pessoal <strong>do</strong>s Serviços de Apoio à Assembleia Legislativa; praticar to<strong>do</strong>s os actos relativos ao<br />

provimento e situação <strong>do</strong>s funcionários, agentes e pessoal assalaria<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Serviços de Apoio<br />

à Assembleia Legislativa; exercer o poder disciplinar nos termos <strong>do</strong> regime geral da função<br />

pública; regulamentar a organização interna <strong>do</strong>s serviços técnicos e administrativos <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Apoio à Assembleia Legislativa através de normas a publicar na II Série <strong>do</strong> “Diário<br />

da Assembleia Legislativa”.<br />

153


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Os Serviços de Apoio à Assembleia Legislativa dependem directamente da Mesa. No termo da<br />

legislatura ou em caso de dissolução da Assembleia Legislativa, a Mesa exerce as competências<br />

até à primeira reunião da Assembleia Legislativa da nova legislatura. Dos Serviços de Apoio<br />

fazem parte os trabalha<strong>do</strong>res da Assembleia Legislativa, sob a responsabilidade directa <strong>do</strong><br />

secretário-geral, e dirigi<strong>do</strong>s pelo Presidente e pela Mesa. Subdividem-se em vários serviços,<br />

e prestam apoio técnico e administrativo aos deputa<strong>do</strong>s e aos órgãos de administração da AL.<br />

Regime de Serviço de Atendimento ao Público<br />

A Assembleia Legislativa criou um serviço de atendimento ao público, que se destina a<br />

receber opiniões, sugestões ou reparos relativos à produção legislativa, a acções ou políticas <strong>do</strong><br />

Governo da RAEM ou a outros temas de interesse público, bem como a prestar esclarecimentos<br />

sobre a actividade da AL e a prestar auxílio no exercício <strong>do</strong> direito de petição e de queixa perante<br />

a Assembleia Legislativa.<br />

Os cidadãos podem dirigir-se pessoalmente à AL, através de telefone, correio, fax ou<br />

correio electrónico, para contactar os serviços de atendimento ao público. O horário <strong>do</strong> serviço<br />

ao público da Assembleia Legislativa é das 9h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30, de segunda<br />

a sexta-feira.<br />

O atendimento é também feito pelos deputa<strong>do</strong>s no serviço de atendimento ao público da<br />

AL, das 12h00 às 13h00, de segunda a sexta-feira, mediante marcação prévia <strong>do</strong> particular e<br />

segun<strong>do</strong> uma escala de atendimento consecutiva para cada sessão legislativa.<br />

Lei Eleitoral<br />

O regime eleitoral da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> assenta principalmente sob<br />

<strong>do</strong>is instrumentos: a Lei <strong>do</strong> Recenseamento Eleitoral (a Lei n.º 12/2000, alterada através da Lei<br />

n.º 9/2008) e a Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong> (a Lei n.º 3/2001, alterada através da Lei n.º 11/2008). Estas duas leis regulam<br />

as eleições por sufrágio directo e por sufrágio indirecto da Assembleia Legislativa da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, assim como a designação <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s nomea<strong>do</strong>s, a que<br />

se refere o n.º 1 <strong>do</strong> Anexo II da Lei Básica.<br />

A Lei <strong>do</strong> Recenseamento Eleitoral, composta por 60 artigos, regula o processo <strong>do</strong><br />

recenseamento eleitoral das pessoas singulares e colectivas, e a Lei Eleitoral para a Assembleia<br />

Legislativa da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, com 205 artigos, regula as eleições <strong>do</strong>s<br />

deputa<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa por sufrágio directo e por sufrágio indirecto.<br />

Regime Eleitoral para a Assembleia Legislativa<br />

Segun<strong>do</strong> a Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong>, o regime eleitoral reside em regular a eleição, por sufrágio directo e por sufrágio<br />

indirecto, <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>.<br />

As pessoas singulares, residentes permanentes da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>,<br />

maiores de 18 anos, gozam de capacidade eleitoral activa, nas eleições por sufrágio directo,<br />

desde que se tenham inscrito no recenseamento eleitoral conforme a Lei <strong>do</strong> Recenseamento<br />

Eleitoral, a fim de eleger 12 deputa<strong>do</strong>s para a Assembleia Legislativa. Segun<strong>do</strong> a estipulação<br />

154


Sistema Político e Administração<br />

<strong>do</strong> n.º 1 <strong>do</strong> Anexo II da Lei Básica, são eleitos 12 deputa<strong>do</strong>s por sufrágio directo para a 3.ª e<br />

posteriores legislaturas da Assembleia Legislativa.<br />

As pessoas colectivas, devidamente registadas na Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Identificação,<br />

que tenham si<strong>do</strong> reconhecidas como pertencentes aos respectivos sectores há, pelo menos,<br />

quatro anos e tenham adquiri<strong>do</strong> personalidade jurídica há, pelo menos, sete anos, gozam de<br />

capacidade eleitoral activa, nas eleições por sufrágio indirecto, elegen<strong>do</strong> dez deputa<strong>do</strong>s para<br />

a Assembleia Legislativa.<br />

Nas eleições, por sufrágio directo ou por sufrágio indirecto, a conversão <strong>do</strong>s votos em<br />

mandatos faz-se de acor<strong>do</strong> com as seguintes regras: O número de votos obti<strong>do</strong> por cada<br />

candidatura é dividi<strong>do</strong> sucessivamente por 1, 2, 4, 8 e demais potências de 2, até ao número de<br />

mandatos a distribuir, sen<strong>do</strong> os quocientes alinha<strong>do</strong>s pela ordem decrescente da sua grandeza<br />

numa série de tantos termos quantos os mandatos. Os mandatos pertencem às candidaturas<br />

a que correspondem os termos da série estabelecida pela regra anterior, receben<strong>do</strong> cada uma<br />

das candidaturas tantos mandatos quantos os seus termos de série. Haven<strong>do</strong> um mandato para<br />

distribuir e sen<strong>do</strong> os termos seguintes da série iguais e de candidaturas diferentes, o mandato<br />

cabe à candidatura que ainda não tiver obti<strong>do</strong> qualquer mandato ou, se tal se não verificar, à<br />

candidatura que tiver obti<strong>do</strong> maior número de votos. Verifican<strong>do</strong>-se empate no número de votos<br />

obti<strong>do</strong>s por duas ou mais candidaturas, o mandato é distribuí<strong>do</strong> por sorteio público.<br />

No prazo de 15 dias após a recepção da acta de apuramento geral, referida na alínea 2<br />

<strong>do</strong> artigo 133.º da Lei Eleitoral, o Chefe <strong>do</strong> Executivo designa, por ordem executiva, os sete<br />

deputa<strong>do</strong>s nomea<strong>do</strong>s para a Assembleia Legislativa.<br />

Comissão Eleitoral da Assembleia Legislativa<br />

Compete à Comissão Eleitoral da Assembleia Legislativa (CEAL) promover, coordenar e<br />

vigiar os trabalhos relaciona<strong>do</strong>s com as eleições para a Assembleia Legislativa.<br />

Os vogais da Comissão Eleitoral são nomea<strong>do</strong>s, por despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo. A<br />

CEAL é composta por um presidente e quatro vogais, to<strong>do</strong>s escolhi<strong>do</strong>s de entre cidadãos de<br />

reconhecida i<strong>do</strong>neidade, e o seu funcionamento conta com as providências <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Administração e Função Pública (SAFP).<br />

As principais competências da Comissão Eleitoral da Assembleia Legislativa são: assegurar<br />

a igualdade efectiva de acção e de propaganda das candidaturas durante a campanha eleitoral;<br />

apreciar a licitude de actos que possam envolver ilícito eleitoral, e participar às entidades<br />

competentes quaisquer actos de ilícito eleitoral de que tome conhecimento; assegurar criar, nos<br />

termos da lei, as necessárias condições de segurança no âmbito <strong>do</strong> processo eleitoral; propor<br />

ao Chefe <strong>do</strong> Executivo a distribuição de tempos de emissão na rádio e na televisão entre as<br />

candidaturas; e apreciar a regularidade das receitas e despesas eleitorais efectuadas na campanha<br />

eleitoral pelas candidaturas. A Comissão Eleitoral da Assembleia Legislativa dissolve-se 150 dias<br />

após o apuramento geral da eleição.<br />

Órgãos Judiciais<br />

Os Tribunais da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> exercem com independência a<br />

função judicial, sen<strong>do</strong> livres de qualquer interferência e estan<strong>do</strong> apenas sujeitos à Lei. A RAEM<br />

155


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

dispõe de Tribunais de Primeira Instância, de um Tribunal de Segunda Instância e de um Tribunal<br />

de Última Instância, a quem compete o poder de julgar em última instância na Região.<br />

Nos Tribunais de Primeira Instância podem constituir-se, se necessário, tribunais de<br />

competência especializada. Mantém-se o regime <strong>do</strong> Tribunal de Instrução Criminal anteriormente<br />

existente.<br />

A RAEM dispõe de um Tribunal Administrativo que tem jurisdição sobre as acções<br />

administrativas e fiscais. Das decisões <strong>do</strong> Tribunal Administrativo cabe recurso para o Tribunal<br />

de Segunda Instância.<br />

Os juízes <strong>do</strong>s tribunais das diferentes instâncias da RAEM são nomea<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo, sob proposta de uma comissão independente constituída por juízes, advoga<strong>do</strong>s e<br />

personalidades locais de renome. Os presidentes <strong>do</strong>s tribunais das diferentes instâncias da<br />

RAEM são nomea<strong>do</strong>s de entre os juízes pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo. O Presidente <strong>do</strong> Tribunal de<br />

Última Instância deve ser cidadão chinês de entre os residentes permanentes da RAEM. As<br />

decisões de nomeação e de exoneração <strong>do</strong> Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância devem<br />

ser comunicadas, para registo, ao Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional.<br />

O Ministério Público da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> desempenha com<br />

independência as funções jurisdicionais atribuídas por lei e é livre de qualquer interferência.<br />

O Procura<strong>do</strong>r da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> deve ser cidadão chinês de entre<br />

os residentes permanentes da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> e é nomea<strong>do</strong> pelo<br />

Governo Popular Central, sob indigitação <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo. Os delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r<br />

são nomea<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo, mediante indigitação <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r. A organização,<br />

competência e funcionamento <strong>do</strong> Ministério Público são regula<strong>do</strong>s por lei.<br />

Relacionamento entre as Autoridades Centrais e a<br />

RAEM<br />

A Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> é uma região administrativa local da República<br />

Popular da China que goza de um alto grau de autonomia e fica directamente subordinada ao<br />

Governo Popular Central. Nenhuma repartição <strong>do</strong> Governo Popular Central, província, região<br />

autónoma ou cidade directamente subordinada àquele governo pode interferir nos assuntos<br />

que a RAEM administra, por si própria, nos termos da Lei Básica. Para entrarem na RAEM, as<br />

pessoas das províncias, regiões autónomas e cidades directamente subordinadas ao Governo<br />

Popular Central devem requerer autorização. As repartições <strong>do</strong> Governo Popular Central, as<br />

províncias, regiões autónomas ou cidades directamente subordinadas ao Governo Popular Central,<br />

que tenham necessidade de estabelecer representações na RAEM, devem obter a anuência <strong>do</strong><br />

Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> e a aprovação <strong>do</strong> Governo Popular Central.<br />

O Governo Popular Central é responsável pela defesa, e pelas relações externas da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>. O Governo Popular Central autoriza a RAEM a tratar, por si<br />

própria, nos termos da Lei Básica e com a designação de “<strong>Macau</strong>, China”, <strong>do</strong>s assuntos externos<br />

concernentes.<br />

O Governo Popular Central nomeia e exonera o Chefe <strong>do</strong> Executivo, os titulares <strong>do</strong>s<br />

principais cargos <strong>do</strong> Governo assim como o Procura<strong>do</strong>r da Região Administrativa Especial de<br />

<strong>Macau</strong>. As leis produzidas pelo órgão legislativo da RAEM devem ser comunicadas para registo<br />

156


Sistema Político e Administração<br />

ao Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional. A comunicação para registo não afecta<br />

a sua entrada em vigor.<br />

As leis nacionais não se aplicam na Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, salvo as<br />

indicadas no Anexo III da Lei Básica, que são aplicadas localmente mediante publicação ou<br />

acto legislativo da RAEM.<br />

São as seguintes as Leis Nacionais a aplicar na Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>:<br />

- Resolução sobre a Capital, o Calendário, o Hino Nacional e a Bandeira Nacional da<br />

República Popular da China;<br />

- Resolução sobre o Dia Nacional da República Popular da China;<br />

- Lei da Nacionalidade da República Popular da China;<br />

- Regulamentos da República Popular da China relativos a Privilégios e Imunidades<br />

Diplomáticos;<br />

- Regulamentos da República Popular da China relativos a Privilégios e Imunidades<br />

Consulares;<br />

- Lei da Bandeira Nacional da República Popular da China;<br />

- Lei <strong>do</strong> Emblema Nacional da República Popular da China;<br />

- Lei sobre as Águas Territoriais e Zonas Adjacentes;<br />

- Lei sobre a Zona Económica Exclusiva e a Plataforma Continental da República Popular<br />

da China;<br />

- Lei <strong>do</strong> Estacionamento de Tropas na Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> da República<br />

Popular da China; e,<br />

- Lei da República Popular da China sobre a Imunidade relativa à Aplicação de Medidas<br />

Judiciais Coercivas ao Património de Bancos Centrais Estrangeiros (esta Lei passou a<br />

ser aplicada na RAEM em Março de 2006).<br />

Os Tribunais da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> não têm jurisdição sobre actos<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, tais como os relativos à defesa nacional e às relações externas.<br />

Os cidadãos chineses de entre os residentes da RAEM participam na gestão <strong>do</strong>s assuntos<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, nos termos da lei.<br />

Gabinete de Ligação <strong>do</strong> Governo Popular Central na<br />

RAEM<br />

O Gabinete de Ligação <strong>do</strong> Governo Popular Central na RAEM (GLGPC), que era a sucursal de<br />

<strong>Macau</strong> da Agência Noticiosa Xinhua, passou a ter a actual designação após a criação da RAEM<br />

e foi inaugura<strong>do</strong> numa cerimónia realizada a 18 de Janeiro de 2000, continuan<strong>do</strong> a contribuir<br />

para o desenvolvimento e a estabilidade da Região.<br />

Como uma instituição de trabalho <strong>do</strong> Governo Popular Central, em <strong>Macau</strong>, o Gabinete de<br />

Ligação <strong>do</strong> Governo Popular Central na RAEM, seguin<strong>do</strong> o princípio de “um país, <strong>do</strong>is sistemas”<br />

e “administração de <strong>Macau</strong> por pessoas locais”, apoia categoricamente o Governo da RAEM na<br />

157


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

sua governação em conformidade com a Lei Básica, e procede aos trabalhos de ligação que<br />

visam promover o relacionamento entre o Interior <strong>do</strong> País e a RAEM.<br />

Ao GLGPC compete pôr em contacto o Comissaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros<br />

na RAEM e a Guarnição em <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Exército de Libertação <strong>do</strong> Povo Chinês; contactar e coordenar<br />

as relativas repartições <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País na administração das instituições de capital chinês<br />

localizadas em <strong>Macau</strong>; promover o intercâmbio e cooperação socioeconómica entre o Interior<br />

<strong>do</strong> País e <strong>Macau</strong>; transferir as opiniões <strong>do</strong>s residentes em relação ao Interior <strong>do</strong> País; tratar<br />

<strong>do</strong>s assuntos relativos a Taiwan; e organizar e proceder aos outros trabalhos que lhe foram<br />

incumbi<strong>do</strong>s pelo Governo Popular Central.<br />

O GLGPC recorreu, ainda, aos mais diversos canais para reforçar o relacionamento com os<br />

círculos sociais de <strong>Macau</strong> e acompanhar os problemas relaciona<strong>do</strong>s com o desenvolvimento e<br />

estabilidade da sociedade de <strong>Macau</strong>, ten<strong>do</strong> presta<strong>do</strong> apoio na medida <strong>do</strong> possível.<br />

Comissaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros<br />

na RAEM<br />

Segun<strong>do</strong> as disposições da Lei Básica, o Governo Popular Central é responsável pelos<br />

assuntos das relações externas relativas à RAEM, e o Ministério <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros<br />

estabelece uma repartição em <strong>Macau</strong> para tratar <strong>do</strong>s assuntos das relações externas. No dia<br />

20 de Dezembro de 1999, foi cria<strong>do</strong> o Comissaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros<br />

da República Popular da China na Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>. Compete ao<br />

Comissaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros (CMNE) na RAEM:<br />

1. Tratar <strong>do</strong>s assuntos das relações externas relativas à RAEM pelos quais é responsável<br />

o Governo Popular Central;<br />

2. Coordenar e tratar das matérias inerentes à participação da RAEM nas organizações<br />

e conferências internacionais; e ao estabelecimento de gabinetes de organizações<br />

e agências internacionais na RAEM; e das relacionadas com conferências inter-<br />

-governamentais a realizar na RAEM;<br />

3. Tratar de matérias relacionadas com a aplicação das Convenções Internacionais na RAEM<br />

e apoiar o Governo da RAEM na obtenção das necessárias autorizações para negociar<br />

e concluir acor<strong>do</strong>s bilaterais com países estrangeiros, que requeiram aprovação <strong>do</strong><br />

Governo Central;<br />

4. Coordenar e tratar <strong>do</strong>s assuntos relaciona<strong>do</strong>s com o estabelecimento de entidades<br />

consulares ou outras instituições oficiais ou semioficiais estrangeiras na RAEM, e tratar<br />

de assuntos consulares relevantes;<br />

5. Executar quaisquer outras tarefas que lhe forem incumbidas pelo Governo Popular<br />

Central ou pelo Ministério <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros.<br />

Guarnição em <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Exército de Libertação <strong>do</strong> Povo<br />

Chinês<br />

A Guarnição em <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Exército de Libertação <strong>do</strong> Povo Chinês (designada abreviadamente<br />

158


Sistema Político e Administração<br />

por Guarnição em <strong>Macau</strong>) entrou na RAEM, a 20 de Dezembro de 1999, dia em que foi<br />

estabelecida a Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>.<br />

Nos termos da Lei <strong>do</strong> Estacionamento de Tropas na Região Administrativa Especial de<br />

<strong>Macau</strong> da República Popular da China, a Guarnição em <strong>Macau</strong> é responsável pela defesa sob<br />

o princípio de não interferir nos assuntos locais da RAEM. O Governo da RAEM pode, quan<strong>do</strong><br />

necessário, pedir ao Governo Popular Central o auxílio da Guarnição em <strong>Macau</strong>, para manter a<br />

ordem pública ou acorrer a calamidades.<br />

Observan<strong>do</strong> rigorosamente as disposições da Lei Básica e da Lei <strong>do</strong> Estacionamento de<br />

Tropas na Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> da República Popular da China, a Guarnição<br />

em <strong>Macau</strong> tem cumpri<strong>do</strong> lealmente a missão da defesa da RAEM, reforça<strong>do</strong> a comunicação<br />

e intercâmbio com os mais diversos círculos sociais de <strong>Macau</strong> e participa<strong>do</strong> activamente em<br />

actividades de caridade.<br />

Estrutura Executiva<br />

O Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> é o órgão executivo da RAEM. O<br />

Chefe <strong>do</strong> Executivo é o dirigente máximo <strong>do</strong> Governo da RAEM, dispon<strong>do</strong> ainda de Secretarias,<br />

Direcções de Serviços, Departamentos e Divisões.<br />

Secretarias: o Governo da RAEM dispõe de cinco secretarias, cuja denominação e ordem de<br />

precedência é a seguinte: Secretaria para a Administração e Justiça; Secretaria para a Economia<br />

e Finanças; Secretaria para a Segurança; Secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura; e,<br />

Secretaria para os Transportes e Obras Públicas. Cada Secretaria dispõe de um secretário que<br />

a dirige e exerce funções nos diversos <strong>do</strong>mínios de actividade governamental. Quan<strong>do</strong> o Chefe<br />

<strong>do</strong> Executivo estiver impedi<strong>do</strong> de exercer as suas funções por um curto espaço de tempo, são<br />

estas funções interinamente exercidas por um <strong>do</strong>s secretários segun<strong>do</strong> a ordem de precedência<br />

das respectivas secretarias.<br />

Direcções de serviços: unidade directamente subordinada à Secretaria exerce as suas<br />

funções num determina<strong>do</strong> âmbito.<br />

Departamentos: subunidades caracterizadas pela concepção técnica.<br />

Divisões: subunidades da direcção de serviços ou <strong>do</strong> departamento caracterizadas pela<br />

execução <strong>do</strong>s trabalhos técnicos.<br />

Os serviços públicos da RAEM dispõem ainda de subunidades - o sector e a secção.<br />

Os titulares <strong>do</strong>s principais cargos <strong>do</strong> Governo da RAEM são: os Secretários, o Comissário<br />

contra a Corrupção, o Comissário da Auditoria, o principal responsável pelos Serviços de Polícia<br />

Unitários e o principal responsável pelos Serviços de Alfândega. Os titulares <strong>do</strong>s principais<br />

cargos devem ser cidadãos chineses de entre os residentes permanentes da RAEM que tenham<br />

residi<strong>do</strong> habitualmente em <strong>Macau</strong> pelo menos 15 anos consecutivos.<br />

Compete ao Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>: definir e aplicar políticas;<br />

gerir os diversos assuntos administrativos; tratar <strong>do</strong>s assuntos externos, quan<strong>do</strong> autoriza<strong>do</strong><br />

pelo Governo Popular Central, nos termos previstos na Lei Básica; organizar e apresentar o<br />

orçamento e as contas finais; apresentar propostas de lei e de resolução, e elaborar regulamentos<br />

administrativos; e, designar funcionários para assistirem às sessões da Assembleia Legislativa<br />

para ouvir opiniões ou intervir em nome <strong>do</strong> Governo.<br />

159


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

O Governo da RAEM tem de cumprir a lei e responde perante a Assembleia Legislativa da<br />

Região nos seguintes termos: fazen<strong>do</strong> cumprir as leis aprovadas pela Assembleia Legislativa<br />

que se encontram em vigor, apresentar periodicamente à Assembleia Legislativa relatórios<br />

respeitantes à execução das Linhas de Acção Governativa, e responder às interpelações <strong>do</strong>s<br />

deputa<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa.<br />

Secretário para a Administração e Justiça<br />

O Secretário para a Administração e Justiça exerce as competências nas seguintes áreas<br />

da governação: administração pública; assuntos cívicos e municipais; tradução e divulgação<br />

jurídicas; assuntos <strong>do</strong> direito internacional; reinserção social; identificação civil e criminal;<br />

orientação e coordenação <strong>do</strong>s sistemas de registos e notariais; e, produção <strong>do</strong> Boletim Oficial<br />

da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>.<br />

Secretário para a Economia e Finanças<br />

O Secretário para a Economia e Finanças exerce as competências nas seguintes áreas da<br />

governação: finanças e orçamento; sectores da indústria, comércio, inspecção de jogos, e a<br />

vertente offshore; sistema monetário, cambial e financeiro, incluin<strong>do</strong> a actividade segura<strong>do</strong>ra;<br />

administração financeira pública e sistema fiscal; produção estatística; trabalho e emprego;<br />

formação profissional; e defesa <strong>do</strong>s direitos e interesses <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r.<br />

Secretário para a Segurança<br />

O Secretário para a Segurança exerce as competências nas seguintes áreas da governação:<br />

segurança pública interna da RAEM; investigação criminal; controlos de imigração; fiscalização<br />

<strong>do</strong> tráfego marítimo e das respectivas regras disciplina<strong>do</strong>ras; protecção civil; coordenação e<br />

gestão <strong>do</strong> sistema prisional; e, actividades alfandegárias no âmbito defini<strong>do</strong> pela Lei n.º 11/2001.<br />

Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura<br />

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura exerce as competências nas seguintes áreas<br />

da governação: educação; saúde; acção social; segurança social; cultura; turismo; desporto;<br />

assuntos juvenis; e, segurança social.<br />

Secretário para os Transportes e Obras Públicas<br />

O Secretário para os Transportes e Obras Públicas exerce as competências nas seguintes<br />

áreas da governação: ordenamento físico <strong>do</strong> Território; regulação <strong>do</strong>s transportes, aeronaves e<br />

actividades portuárias; infra-estruturas e obras públicas; transportes e comunicações; protecção<br />

<strong>do</strong> ambiente; habitação económica e social; e, meteorologia.<br />

Comissaria<strong>do</strong> contra a Corrupção<br />

O Comissaria<strong>do</strong> contra a Corrupção funciona como órgão independente. O Comissário contra<br />

a Corrupção é indigita<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo e nomea<strong>do</strong> pelo Governo Popular Central,<br />

responden<strong>do</strong> perante o Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

160


Sistema Político e Administração<br />

Constituem atribuições <strong>do</strong> Comissaria<strong>do</strong> contra a Corrupção: desenvolver acções de<br />

prevenção de actos de corrupção ou de fraude; praticar actos de investigação referentes a actos<br />

de corrupção ou de fraude pratica<strong>do</strong>s por funcionários públicos, no respeito pela lei; praticar<br />

actos de investigação referentes a actos de corrupção e de fraude pratica<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong><br />

recenseamento eleitoral e das eleições para órgãos da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>,<br />

no respeito pela lei; no respeito pela legislação; promover a defesa <strong>do</strong>s direitos, liberdades,<br />

garantias e interesses legítimos das pessoas, asseguran<strong>do</strong> a justiça, a legalidade e a eficiência<br />

da administração pública; e desenvolver nos termos da lei acções de investigação e inquérito<br />

referentes a actos de corrupção <strong>do</strong> sector priva<strong>do</strong>.<br />

Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria<br />

Nos termos da Lei Básica, foi cria<strong>do</strong> o Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria (CA), que funciona como<br />

órgão independente, responden<strong>do</strong> o Comissário perante o Chefe <strong>do</strong> Executivo. O Comissaria<strong>do</strong><br />

da Auditoria procede à auditoria financeira sobre a execução <strong>do</strong> orçamento <strong>do</strong> Governo da<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>; elabora o relatório de auditoria da Conta Geral da<br />

RAEM; realiza auditoria sobre a execução <strong>do</strong> orçamento, as contas finais, a gestão e utilização<br />

de fun<strong>do</strong>s extra-orçamentais, nomeadamente activos, passivos, lucros e prejuízos, contas,<br />

receitas e despesas públicas, rendimentos e encargos financeiros <strong>do</strong>s “sujeitos a auditoria” e bem<br />

assim sobre a verificação de que os pagamentos foram feitos de acor<strong>do</strong> com os procedimentos<br />

legais; e efectua a “auditoria de resulta<strong>do</strong>s” sob o ponto de vista da racionalização <strong>do</strong> nível da<br />

eficiência e eficácia económica no exercício de funções pelos “sujeitos a auditoria”.<br />

São também “sujeitos a auditoria” as seguintes entidades: entidades cujo orçamento é<br />

constituí<strong>do</strong> em mais de metade por fun<strong>do</strong>s públicos em relação à sua receita anual; outras<br />

entidades que não preencham o requisito anterior, mas que aceitem previamente por escrito,<br />

a sua sujeição à auditoria.<br />

O CA pode ainda proceder a auditoria financeira às entidades concessionárias, desde que<br />

autoriza<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo da RAEM e em razão <strong>do</strong>s interesses públicos ou proceder a<br />

outras auditorias previstas noutros diplomas legais.<br />

Serviços de Polícia Unitários<br />

Os Serviços de Polícia Unitários (SPU) são responsáveis pela segurança pública da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> e integram o sistema de segurança interna da RAEM. Os SPU<br />

constituem o órgão de coman<strong>do</strong> e direcção operacional <strong>do</strong>s organismos de natureza policial, que<br />

lhe ficam subordina<strong>do</strong>s hierarquicamente. São considera<strong>do</strong>s organismos de natureza policial o<br />

Corpo de Polícia de Segurança Pública e a Polícia Judiciária.<br />

O principal responsável pelos serviços de polícia é o Comandante-Geral <strong>do</strong>s SPU, que é<br />

indigita<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo e nomea<strong>do</strong> pelo Governo Popular Central e responde perante<br />

o Chefe <strong>do</strong> Executivo, sem prejuízo da supervisão decorrente das competências cometidas ao<br />

Secretário para a Segurança, por regulamento administrativo.<br />

Serviços de Alfândega<br />

Os Serviços de Alfândega da RAEM foram cria<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong> com o estipula<strong>do</strong> na Lei Básica.<br />

161


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Os Serviços de Alfândega (SA) são um órgão público <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de autonomia administrativa da<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, que têm por objectivo dirigir, executar e fiscalizar<br />

as medidas de política alfandegária e assumir funções de natureza policial relativamente ao<br />

controlo e fiscalização alfandegárias (artigo 1.º da Lei n.º 11/2001).<br />

O principal responsável é o Director-Geral <strong>do</strong>s Serviços de Alfândega que é indigita<strong>do</strong> pelo<br />

Chefe <strong>do</strong> Executivo e nomea<strong>do</strong> pelo Governo Popular Central e que responde perante o Chefe<br />

<strong>do</strong> Executivo, sem prejuízo da supervisão decorrente das competências cometidas ao Secretário<br />

para a Segurança por regulamento administrativo (n.º 6 <strong>do</strong> artigo 50.º da Lei Básica e artigo<br />

6.º da Lei n.º 11/2001).<br />

Gabinete <strong>do</strong> Porta-voz <strong>do</strong> Governo<br />

O Gabinete <strong>do</strong> Porta-voz <strong>do</strong> Governo foi cria<strong>do</strong> por Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º<br />

41/2010 e tem como funções: definir, coordenar e concertar a execução da estratégia informativa<br />

<strong>do</strong> Governo; assegurar de forma coerente, eficaz e integrada a comunicação <strong>do</strong> Governo; e<br />

fomentar as relações com os meios de comunicação social e com a população em tu<strong>do</strong> o que<br />

respeite às políticas, medidas e actividades <strong>do</strong> Governo.<br />

O Gabinete <strong>do</strong> Porta-voz funciona na directa dependência e sob orientação <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo e desenvolve a sua actividade em articulação com o Gabinete de Comunicação Social.<br />

O Gabinete <strong>do</strong> Porta-voz é orienta<strong>do</strong> pelo Porta-voz <strong>do</strong> Governo, coadjuva<strong>do</strong> por um porta-voz<br />

adjunto.<br />

Gabinete de Estu<strong>do</strong> das Políticas <strong>do</strong> Governo da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

O Gabinete de Estu<strong>do</strong> das Políticas <strong>do</strong> Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

foi cria<strong>do</strong> através <strong>do</strong> Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 375/2010 e tem por objectivos realizar<br />

pesquisas, trabalhos e estu<strong>do</strong>s nas áreas da política, <strong>do</strong> direito, da economia, da sociedade e<br />

da cultura, dar apoio técnico e institucional ao Chefe <strong>do</strong> Executivo na avaliação, formulação e<br />

acompanhamento de políticas públicas, planos e programas de desenvolvimento, que habilitem<br />

a tomada de decisão de forma democrática, científica e eficiente.<br />

Delegação da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

em Pequim<br />

A Delegação da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> em Pequim (DRAEMP) é uma<br />

estrutura <strong>do</strong>tada de autonomia administrativa e funciona na directa dependência <strong>do</strong> Chefe<br />

<strong>do</strong> Executivo, como serviço de representação da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> na<br />

Capital <strong>do</strong> País. O Chefe da Delegação é nomea<strong>do</strong> por despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, em<br />

regime de comissão de serviço, competin<strong>do</strong>-lhe representar e dirigir a delegação, bem como<br />

coordenar a sua actividade.<br />

Em 2011, a DRAEMP realizou em Pequim com sucesso a “Exposição de Património Mundial<br />

de <strong>Macau</strong>”, organizan<strong>do</strong> ao mesmo tempo o concurso de conhecimentos relativos ao património<br />

mundial de <strong>Macau</strong> com participação de dez mil alunos de ensino primário e secundário de Pequim,<br />

162


Sistema Político e Administração<br />

alcançan<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s satisfatórios na promoção e divulgação de cultura e turismo de <strong>Macau</strong>.<br />

Organizou ainda, junto com a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo o Seminário Temático “<strong>Macau</strong>-<br />

-Centro Mundial de Turismo e Lazer”, no qual foram convida<strong>do</strong>s funcionários de departamentos<br />

governamentais <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País e de <strong>Macau</strong>, peritos e académicos, bem como representantes<br />

<strong>do</strong> sector turístico para proceder de forma ampla e aprofundada a debates e intercâmbios.<br />

Em 2011, a Delegação da RAEM em Pequim deu assistência ao Governo da RAEM na sua<br />

ligação com departamentos governamentais <strong>do</strong> Interior da China; aju<strong>do</strong>u também governos e<br />

empresas <strong>do</strong> Interior da China na sua ligação com departamentos governamentais e organizações<br />

da RAEM, procuran<strong>do</strong> com to<strong>do</strong> o empenho oportunidades de desenvolvimento conjunto com<br />

base no benefício mútuo e reciprocidade; prestou, ainda, apoio a residentes de <strong>Macau</strong> ou <strong>do</strong><br />

Interior da China no acompanhamento e tratamento de litígios e problemas relaciona<strong>do</strong>s com<br />

investimento, residência e prosseguimento de estu<strong>do</strong>s em locais remotos. Durante to<strong>do</strong> o ano de<br />

2011, a Delegação acolheu a visita à Sede da Delegação de mais de dez grupos ou delegações<br />

de <strong>Macau</strong> ou <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País.<br />

Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong>, em Lisboa<br />

A Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong>, em Lisboa (DECM), é um organismo<br />

representativo e <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de autonomia administrativa, sen<strong>do</strong> responsável pela defesa <strong>do</strong>s<br />

interesses das diversas partes da RAEM em Portugal.<br />

Em 2011, a Delegação recebeu o secretário para a Economia e Finanças, Tam Pak Yuen,<br />

e o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Cheong U, que se deslocaram a Portugal em<br />

visitas oficiais, prestou apoio às visitas a Portugal da delegação de funcionários veteranos <strong>do</strong><br />

Gabinete de Ligação <strong>do</strong> Governo Central na RAEM, e da delegação <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong>s Assuntos<br />

de Hong Kong e <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Governo da Província de Guang<strong>do</strong>ng. A Delegação prestou ainda<br />

assistência ao procura<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Ministério Público, Ho Chio Meng, e ao comissário da Auditoria<br />

Ho Veng On, bem como, a várias delegações de serviços públicos, organizações e associações<br />

cíveis da RAEM, em deslocações oficiais a Portugal.<br />

A Delegação prestou apoio à organização da presença de <strong>Macau</strong> na edição de 2011 da<br />

OVIBEJA, certame onde <strong>Macau</strong> se fez representar através <strong>do</strong> Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio<br />

e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong>.<br />

No quadro da participação de <strong>Macau</strong> na UCCLA, a DECM esteve presente na XXVIII<br />

Assembleia-Geral e na Reunião da Comissão Executiva daquela organização, bem como, nas<br />

reuniões técnicas das redes temáticas da “Defesa Civil das Cidades UCCLA” e na reunião temática<br />

da “Protecção e Valorização <strong>do</strong>s Centros Históricos”.<br />

No âmbito das iniciativas promovidas pela DECM, foram de salientar, ao longo <strong>do</strong> ano, a<br />

realização de diversas exposições de pintura, conferências, apresentações e lançamentos de<br />

livros com temáticas relacionadas com <strong>Macau</strong>.<br />

Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong>, junto da<br />

União Europeia, em Bruxelas<br />

A Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong>, junto da União Europeia, sedeada em<br />

Bruxelas (DECMUE), é um organismo representativo e <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de autonomia administrativa. A<br />

163


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Delegação tem como atribuição apoiar o Chefe <strong>do</strong> Executivo nas tarefas de relacionamento e<br />

cooperação económica e comercial da RAEM com a União Europeia.<br />

Em 2011, a DECMUE continuou prestar assistência aos projectos de cooperação sobre<br />

a formação de intérpretes e tradutores simultâneos e à participação de <strong>Macau</strong> no Programa<br />

Erasmus Mundus da União Europeia.<br />

Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong>, junto da<br />

Organização Mundial <strong>do</strong> Comércio<br />

A Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong>, junto da Organização Mundial <strong>do</strong> Comércio<br />

com sede em Genebra, Suíça, é um organismo representativo e tem como atribuição promover<br />

e tratar as relações económicas e comerciais e assuntos de cooperação entre a RAEM e os<br />

membros da Organização Mundial <strong>do</strong> Comércio.<br />

Entre Maio e Junho de 2011, a DECM, junto da OMC, recebeu a delegação oficial da RAEM<br />

que participou na Conferência Anual da Organização Mundial de Saúde e a delegação da RAEM<br />

que participou na 100.ª Assembleia da Organização Internacional <strong>do</strong> Trabalho. Em Dezembro, a<br />

DECM tomou parte nos trabalhos preparatórios da 8.ª Conferência Ministerial da OMC e integrou<br />

junto com outros serviços governamentais de <strong>Macau</strong> a delegação de <strong>Macau</strong> na Conferência.<br />

Delegação Económica e Cultural de <strong>Macau</strong> em Taiwan<br />

A Delegação Económica e Cultural de <strong>Macau</strong> em Taiwan foi criada através <strong>do</strong> Regulamento<br />

Administrativo n.º 33/2011 e tem como atribuições prestar serviços abrangentes aos residentes<br />

de <strong>Macau</strong> que se encontram a trabalhar, estudar, viajar, desenvolver actividades comerciais ou<br />

residir em Taiwan; promover o intercâmbio e a cooperação entre <strong>Macau</strong> e Taiwan, designadamente<br />

nas áreas da economia, comércio, cultura, educação, cuida<strong>do</strong>s de saúde e serviços sociais; e<br />

promover o reforço da cooperação no âmbito <strong>do</strong> combate ao crime e da cooperação judicial.<br />

Serviços Municipais<br />

De acor<strong>do</strong> com a Lei n.º 17/2001, aprovada pela Assembleia Legislativa em 14 de Dezembro<br />

de 2001, o Governo da RAEM criou, em 1 de Janeiro de 2002, o Instituto para os Assuntos<br />

Cívicos e Municipais (IACM), e extinguiu os <strong>do</strong>is órgãos municipais provisórios, designadamente<br />

a Câmara Municipal de <strong>Macau</strong> Provisória e a Câmara Municipal das Ilhas Provisória.<br />

Relativamente às competências <strong>do</strong> IACM, para além de herdar as atribuídas aos antigos<br />

órgãos municipais, continuan<strong>do</strong> a prestar serviços à população no âmbito da cultura, recreação,<br />

higiene ambiental, entre outros, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais prossegue<br />

ainda outras: conceber, acompanhar e tratar os assuntos relativos à vida da população; conceber<br />

e executar campanhas de informação e formação cívicas; apoiar as organizações populares,<br />

estimulan<strong>do</strong> o desenvolvimento <strong>do</strong> associativismo nas diversas áreas de interesse social e<br />

comunitário; e, resolver de forma mais eficaz os problemas com que se debatem os cidadãos<br />

no seu dia-a-dia, receben<strong>do</strong> e tratan<strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>s e queixas relativas à vida social e quotidiana.<br />

São órgãos <strong>do</strong> Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais: o Conselho de Administração,<br />

o Conselho Consultivo e a Comissão de Fiscalização.<br />

164


Sistema Político e Administração<br />

O Conselho de Administração é o órgão executivo <strong>do</strong> IACM que dirige as subunidades<br />

<strong>do</strong> IACM. O Conselho de Administração tem reuniões regulares e reservadas aos respectivos<br />

membros. Para reforçar a comunicação com os cidadãos, o Conselho de Administração organiza<br />

mensalmente uma sessão para intervenções por parte <strong>do</strong> público, ouvin<strong>do</strong> directamente as suas<br />

opiniões, sugestões e críticas.<br />

Fundação <strong>Macau</strong><br />

A Fundação <strong>Macau</strong> foi instituída em 11 de Julho de 2001, mediante a fusão e reestruturação<br />

de duas fundações públicas de carácter semelhante. A Fundação é uma pessoa colectiva de<br />

direito público com autonomia administrativa, patrimonial e financeira, tutelada pelo Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo, que tem por fins a promoção, o desenvolvimento e o estu<strong>do</strong> de acções de carácter<br />

cultural, social, económico, educativo, científico, académico e filantrópico, incluin<strong>do</strong> actividades<br />

que visem a promoção de <strong>Macau</strong>.<br />

Subsídios e Bolsas de Estu<strong>do</strong><br />

Em 2011, a Fundação <strong>Macau</strong> aprovou 928 pedi<strong>do</strong>s de subsídio, financian<strong>do</strong> no total 1283<br />

milhões de patacas, <strong>do</strong> qual, a maior percentagem (36,97%) foi concedida ao sector <strong>do</strong> ensino.<br />

A fim de comemorar o 100.º Aniversário da Revolução de Xinhai, a Fundação <strong>Macau</strong> atribuiu um<br />

apoio financeiro específico no valor de cerca de 17 milhões de patacas a entidades e organismos<br />

da RAEM e <strong>do</strong> Interior da China, incluin<strong>do</strong> o financiamento à produção <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentários “Sun<br />

Yat Sen e <strong>Macau</strong>” e “Biografia de Kelin” em cooperação com a CCTV.<br />

A Fundação <strong>Macau</strong> continuou em 2011, a atribuir bolsas de estu<strong>do</strong> a 255 estudantes<br />

<strong>do</strong> Interior da China, e estrangeiros, que frequentam cursos no ensino superior em <strong>Macau</strong>,<br />

conceden<strong>do</strong>, no ano lectivo 2010-2011, um total de 22 milhões de patacas em bolsas de estu<strong>do</strong>.<br />

Apoio à Camada Vulnerável<br />

Para implementar o conceito governativo de “atender à vida da população e ajudar as<br />

camadas mais carenciadas”, a Fundação <strong>Macau</strong> desenvolveu acções de oferta de prendinhas,<br />

através da rede de serviço de associações locais, por ocasião da Festa da Primavera e da<br />

Festa <strong>do</strong> Bolo Lunar de 2011, aos residentes locais pertencentes às camadas mais carenciadas<br />

da sociedade, nomeadamente, i<strong>do</strong>sos moran<strong>do</strong> sozinhos, <strong>do</strong>entes permanentes, deficientes,<br />

viúvos e pobres, entre outros. Um total de 15 associações tomaram parte nestas actividades<br />

e registou um número total de cerca de 20.900 beneficia<strong>do</strong>s, ten<strong>do</strong> a despesa real atingi<strong>do</strong><br />

4,66 milhões de patacas.<br />

Actividades de Estu<strong>do</strong> Académico e de Edição<br />

A Fundação <strong>Macau</strong> organizou vários simpósios académicos, nomeadamente, o “Simpósio<br />

Académico sobre a Cultura da Etnia Dan”, o “Fórum da Cooperação Técnica e Económica entre a<br />

China, a América Latina e Caribe 2011” e “Pessoal Forma<strong>do</strong> no Exterior e Revolução de Xinhai”<br />

e o “2.º Seminário Internacional sobre a Cultura da Formação no Exterior da China”.<br />

Em 2011, a Fundação <strong>Macau</strong> lançou, na área editorial, 21 novos livros e publicações<br />

periódicas.<br />

165


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Actividade Cultural e Artística<br />

A Fundação <strong>Macau</strong> (FM) realizou em 2011, por si, ou em colaboração com outras associações<br />

e órgãos, mais de 39 actividades de exposições e espectáculos. A FM lançou o “Plano de<br />

Divulgação de Artistas Locais”, promoven<strong>do</strong> o desenvolvimento cultural e artístico da RAEM, de<br />

forma sistemática, o que contribuiu para o aumento de renome local e internacional de artistas<br />

locais e para a concretização <strong>do</strong>s objectivos da divulgação de <strong>Macau</strong> e da elevação <strong>do</strong> nível<br />

cultural e artístico da RAEM.<br />

Cooperação com Instituições<br />

A Fundação <strong>Macau</strong> continuou a disponibilizar instalações ao Instituto Internacional de<br />

Tecnologia de Software da Universidade das Nações Unidas, subsidian<strong>do</strong> a sua conservação<br />

e reparação, bem como, a aquisição de equipamentos, prestan<strong>do</strong> também o subsídio de<br />

funcionamento ao Centro de Ciência de <strong>Macau</strong>, para as suas instalações, equipamentos e peças<br />

expostas, bem como, reparação interior.<br />

Na qualidade de membro funda<strong>do</strong>r, a Fundação <strong>Macau</strong> participou em 2011, nas assembleias-<br />

-gerais <strong>do</strong> Instituto de Estu<strong>do</strong>s Europeus de <strong>Macau</strong>, <strong>do</strong> Instituto de Engenharia de Sistemas e<br />

Computa<strong>do</strong>res de <strong>Macau</strong> e <strong>do</strong> Instituto para o Desenvolvimento e Qualidade, <strong>Macau</strong>.<br />

Cooperação com o Exterior<br />

Em 2011, a Fundação <strong>Macau</strong> atribuiu apoio financeiro ao “Prémio de Protecção <strong>do</strong> Património<br />

Cultural da Região Ásia-Pacífico da UNESCO” e celebrou acor<strong>do</strong>s de cooperação com a Fundação<br />

<strong>do</strong> Espaço da China, o Centro de Estu<strong>do</strong> de Hong Kong e <strong>Macau</strong> da Universidade Pequim, a<br />

Faculdade de Direito da Universidade Qinhua, a Universidade de Política e Direito da China e<br />

o Centro de Estu<strong>do</strong> da Lei Básica de Hong Kong e <strong>Macau</strong> da Universidade de Shenzhen, dan<strong>do</strong><br />

início a uma série de projectos de cooperação.<br />

Sen<strong>do</strong> membro funda<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Fórum Boao para a Ásia, a Fundação <strong>Macau</strong> fez-se representar<br />

através <strong>do</strong>s seus delega<strong>do</strong>s na Conferência Anual de 2011 que decorreu em Abril em Boao,<br />

Hainão.<br />

Gabinete para a Protecção de Da<strong>do</strong>s Pessoais<br />

O Gabinete para a Protecção de Da<strong>do</strong>s Pessoais (GPDP) foi cria<strong>do</strong> pelo Despacho <strong>do</strong> Chefe<br />

<strong>do</strong> Executivo n.º 83/2007 e funciona de forma autónoma sob tutela <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo. O<br />

GPDP responsabiliza-se pela fiscalização e coordenação <strong>do</strong> cumprimento e execução da “Lei da<br />

Protecção de Da<strong>do</strong>s Pessoais”, bem como pelo estabelecimento <strong>do</strong> regime de sigilo adequa<strong>do</strong><br />

e fiscalização da sua execução.<br />

Em 2011, o GPDP recebeu 86 queixas ou participações relativas a fuga de da<strong>do</strong>s pessoais ou<br />

a tratamento inadequa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s mesmos; 32 pedi<strong>do</strong>s de emissão de parecer; 125 notificações de<br />

tratamento de da<strong>do</strong>s; 24 pedi<strong>do</strong>s de autorização de da<strong>do</strong>s pessoais; e 740 pedi<strong>do</strong>s de consulta<br />

jurídica. O Gabinete organizou, por si próprio ou em colaboração, 25 sessões de esclarecimento,<br />

a que assistiram 1561 pessoas, sen<strong>do</strong> 19 as instituições que cooperaram com o Gabinete nesta<br />

área. O GPDP organizou, também, por si próprio, ou em colaboração, 48 cursos de formação, a<br />

166


Sistema Político e Administração<br />

que assistiram 1358 pessoas, sen<strong>do</strong> cinco as instituições que cooperaram com o GPDP nesta área.<br />

Regime de Funcionários e Agentes Públicos<br />

São condições gerais para a admissão de funcionários e agentes públicos: ser residente<br />

permanente de <strong>Macau</strong>, ter idade compreendida entre os 18 e 65 anos, as necessárias habilitações<br />

académicas ou experiência de trabalho e capacidade profissional; não ter si<strong>do</strong> criminal ou<br />

juridicamente puni<strong>do</strong>, ou estar impedi<strong>do</strong> por lei de desempenhar funções na função pública;<br />

e ter aptidão física e mental. Em circunstâncias especiais, podem ser contrata<strong>do</strong>s residentes<br />

não permanentes para assumirem cargos de consultores ou funções técnicas especializadas.<br />

O provimento de funcionários e agentes públicos é feito por contrato ou nomeação. A<br />

nomeação é a forma de recrutamento de pessoal <strong>do</strong>s quadros, incluin<strong>do</strong> nomeação definitiva,<br />

nomeação provisória e em comissão de serviço. O contrato é a forma de contratação de<br />

pessoal fora <strong>do</strong> quadro, incluin<strong>do</strong> a contratação além <strong>do</strong> quadro e a contratação em regime de<br />

assalariamento e de contrato individual de trabalho.<br />

A promoção e transferência de funcionários e agentes públicos são definidas por lei. Quanto<br />

aos funcionários ou agentes públicos que cometam infracções disciplinares, podem aplicar-se-lhes<br />

penas de repreensão escrita, multa, suspensão, aposentação compulsiva, demissão, entre outras.<br />

Nos termos <strong>do</strong>s artigos 98.º e 99.º da Lei Básica, à data <strong>do</strong> estabelecimento da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, os funcionários e agentes públicos que originalmente<br />

exerçam funções em <strong>Macau</strong>, incluin<strong>do</strong> os da polícia e os funcionários judiciais, podem manter<br />

os seus vínculos funcionais e continuar a trabalhar com vencimento, subsídios e benefícios não<br />

inferiores aos anteriores, contan<strong>do</strong>-se, para efeitos de sua antiguidade, o serviço anteriormente<br />

presta<strong>do</strong>. Aos funcionários e agentes públicos, que mantenham os seus vínculos funcionais e<br />

gozem, conforme a lei anteriormente vigente em <strong>Macau</strong>, <strong>do</strong> direito às pensões de aposentação<br />

e de sobrevivência e que se aposentem depois <strong>do</strong> estabelecimento da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong>, ou aos seus familiares, a RAEM paga as devidas pensões de aposentação e<br />

de sobrevivência em condições não menos favoráveis <strong>do</strong> que as anteriores, independentemente<br />

da sua nacionalidade e <strong>do</strong> seu local de residência.<br />

A Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> pode nomear portugueses e outros estrangeiros<br />

de entre os funcionários e agentes públicos que tenham anteriormente trabalha<strong>do</strong> em <strong>Macau</strong>,<br />

ou que sejam porta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Bilhete de Identidade de Residente Permanente da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, para desempenhar funções públicas a diferentes níveis,<br />

exceptuan<strong>do</strong> as previstas na Lei Básica. Os respectivos serviços públicos da RAEM podem ainda<br />

contratar portugueses e outros estrangeiros para servirem como consultores ou em funções<br />

técnicas especializadas. Os indivíduos acima referi<strong>do</strong>s são admiti<strong>do</strong>s apenas a título pessoal e<br />

respondem perante a Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>.<br />

No final de 2011, havia no total 25.994 funcionários e agentes públicos em <strong>Macau</strong> (excluin<strong>do</strong><br />

as 55 pessoas recrutadas por regime de contrato de tarefa e por regime de contrato de direito<br />

priva<strong>do</strong>), <strong>do</strong>s quais 25.824 foram recruta<strong>do</strong>s localmente e 170 fora da RAEM. A percentagem de<br />

funcionários <strong>do</strong> sexo masculino era de 58,66 por cento e a <strong>do</strong> sexo feminino 41,34 por cento.<br />

Os que possuem habilitações académicas de nível superior cifraram-se nos 14.645, ocupan<strong>do</strong><br />

56,34 por cento <strong>do</strong> total; e 89,97 por cento <strong>do</strong>s dirigentes e chefes (673) tinham habilitações<br />

académicas de nível superior.<br />

167


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Reestruturação da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Administração e Função Pública Promove a Reforma da<br />

Administração Pública<br />

O Governo da RAEM concluiu a reestruturação da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Administração e<br />

Função Pública, visan<strong>do</strong> articulá-la com o desenvolvimento sustentável da reforma administrativa,<br />

concretizar o recrutamento centraliza<strong>do</strong> e da formação para efeitos de acesso e fortalecer as<br />

funções de coordenação centralizada. Para tal efeito, foram criadas, na Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Administração e Função Pública, as novas unidades especializadas de estu<strong>do</strong> sobre a<br />

reforma administrativa, da gestão centralizada de pessoal, da conciliação e tratamento e <strong>do</strong><br />

desenvolvimento <strong>do</strong>s serviços electrónicos no Governo.<br />

As novas entidades foram criadas com o objectivo de promover a tomada de decisão<br />

científica, a edificação de mecanismo de gestão centralizada <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da administração<br />

pública e a optimização <strong>do</strong> funcionamento <strong>do</strong> Governo, articulan<strong>do</strong>-se com as necessidades <strong>do</strong><br />

desenvolvimento da reforma da administração pública.<br />

Aperfeiçoamento de Regime de Deslocação ao Exterior<br />

em Missão Oficial de Serviço <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res da<br />

Administração Pública<br />

O Governo da RAEM publicou em 2011, as “Instruções das deslocações ao exterior<br />

em missão oficial de serviço <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s serviços públicos”, reiteran<strong>do</strong> não só os<br />

princípios a obedecer nas deslocações ao exterior em missão oficial de serviço, como também<br />

regulamentan<strong>do</strong> sobre a necessidade, os critérios gerais das despesas efectuadas em “regime<br />

alternativo” e a apresentação <strong>do</strong> relatório de deslocação entre outros.<br />

Melhoria da Qualidade de Prestação de Serviços Públicos<br />

Actualmente, 11 organismos públicos <strong>do</strong> Governo da RAEM disponibilizam serviços<br />

integra<strong>do</strong>s no programa “One Stop” que envolvem matérias relativas à compra e venda de<br />

imóveis, ao registo de sociedades, ao licenciamento de estabelecimentos de comidas e bebidas,<br />

ao tratamento inter-serviços de infiltrações de água nos edifícios, ao plano provisório de apoio<br />

financeiro para reparação de instalações comuns de edifícios baixos, entre outros.<br />

Os trabalhos de ocupação da segunda fase <strong>do</strong> Centro de Serviços da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> foram concluídas no final de 2011, o que permitiu o aumento <strong>do</strong>s projectos no<br />

<strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>s assuntos de trânsito ro<strong>do</strong>viário, <strong>do</strong> comércio e investimentos, da segurança social,<br />

<strong>do</strong> trabalho e emprego, das obras públicas, entre outros, sen<strong>do</strong> que o Centro já dispõe de mais<br />

de 23 organismos públicos, incluin<strong>do</strong> aqueles aí instala<strong>do</strong>s na primeira fase, prestan<strong>do</strong> no total<br />

227 tipos de serviços. Além disso, o plano de ocupação da terceira face vai ser implementa<strong>do</strong><br />

de forma contínua, com vista a prestar mais serviços à população.<br />

A Comissão de Avaliação <strong>do</strong>s Serviços Públicos procedeu à avaliação de 42 organismos<br />

públicos no âmbito da certificação de qualidade, acompanhan<strong>do</strong> os serviços interdepartamentais<br />

não integra<strong>do</strong>s no âmbito da certificação de qualidade <strong>do</strong>s seus serviços mas directamente<br />

168


Sistema Político e Administração<br />

liga<strong>do</strong>s à vida da população, além <strong>do</strong> andamento de execução de planos de aperfeiçoamento<br />

de diversos serviços públicos. Assim, verificou-se que o número de serviços com certificação<br />

de qualidade aumentou de 429 em 2009 para 460 em 2011.<br />

O Governo da RAEM criou, em 2011, o prémio de serviço público de alta qualidade a atribuir<br />

em cada <strong>do</strong>is anos, dan<strong>do</strong> um novo incentivo para premiar os organismos públicos e as equipas<br />

de trabalho que tenham alcança<strong>do</strong> bons resulta<strong>do</strong>s na implementação da Carta de Qualidade<br />

e demais medidas de melhoramento.<br />

Gestão de Trabalha<strong>do</strong>res da Função Pública<br />

Com base nos novos regimes implementa<strong>do</strong>s no âmbito das carreiras <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s<br />

serviços públicos, da avaliação <strong>do</strong> desempenho e das regalias, o Governo da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> efectuou de forma mais profunda a reforma, a partir da gestão integrada<br />

<strong>do</strong> pessoal nas vertentes de planeamento, recrutamento, acesso na carreira, formação, entre<br />

outros, proceden<strong>do</strong> de forma gradual à edificação e uniformização <strong>do</strong> sistema de gestão na<br />

Função Pública. Com a publicação e entrada em vigor <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is regulamentos administrativos,<br />

respectivamente, sobre o Regime das Carreiras <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Serviços Públicos, e<br />

sobre o Recrutamento, Selecção, e Formação para Efeitos de Acesso <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s<br />

Serviços Públicos, tornou-se possível a implementação de normas mais eficazes no recrutamento<br />

centraliza<strong>do</strong>, formação para efeitos de acesso, e gestão.<br />

Governo Electrónico<br />

Pouco depois <strong>do</strong> estabelecimento da RAEM em 2000, foi criada uma forma embrionária<br />

<strong>do</strong> Governo Electrónico com a colaboração <strong>do</strong>s serviços e entidades públicas de <strong>Macau</strong>, sob<br />

a forma de cooperação, promoção, estu<strong>do</strong>, planeamento e implementação de uma série de<br />

programas de técnicas e estruturas electrónicas que estão relaciona<strong>do</strong>s com o seu âmbito de<br />

trabalho. Em 2005, foram elaboradas as “Bases de Desenvolvimento <strong>do</strong> Governo Electrónico<br />

Quinquenal” que determinam o objectivo geral e a estratégia de desenvolvimento <strong>do</strong> Governo<br />

Electrónico. Em 2007, foram imediatamente desenvolvi<strong>do</strong>s os trabalhos relativos ao Governo<br />

Electrónico. O programa em si tem como objectivo a promoção da prestação de serviço público<br />

electrónico externo, a gestão da administração e a não utilização <strong>do</strong> papel no trabalho. Em<br />

2010, foi concluída a criação <strong>do</strong> Centro de Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Governo.<br />

A partir de 2001, foram reforça<strong>do</strong>s os trabalhos de Normalização da Codificação Internacional<br />

<strong>do</strong> ISO10646.<br />

O “Grupo de Trabalho para a Codificação <strong>do</strong>s Caracteres Chineses <strong>do</strong>s Sistemas Informáticos”<br />

de <strong>Macau</strong> empenhou-se continuamente nos trabalhos de uniformização da codificação <strong>do</strong>s<br />

caracteres chineses <strong>do</strong>s sistemas informáticos entre os serviços e entidades públicas da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>. O referi<strong>do</strong> Grupo de Trabalho, em Outubro de 2010, começou<br />

a implementar a título experimental a directiva <strong>do</strong> funcionamento da “Colectânea <strong>do</strong>s Caracteres<br />

Chineses <strong>do</strong>s Sistemas Informáticos de <strong>Macau</strong>” e a “Colectânea <strong>do</strong>s Caracteres Chineses de<br />

<strong>Macau</strong> - Novos e Complementares”, com trabalhos preparativos para o lançamento <strong>do</strong> projecto<br />

unifica<strong>do</strong>.<br />

O Portal <strong>do</strong> Governo (www.gov.mo) entrou oficialmente em funcionamento em Dezembro<br />

de 2004. Em 2007, foi lançada a página electrónica <strong>do</strong>s funcionários públicos. No início de<br />

169


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

2008, o projecto de modelos das formalidades administrativas foi implementa<strong>do</strong>, permitin<strong>do</strong><br />

que cada serviço público pudesse actualizar, por iniciativa própria e atempadamente, as<br />

formalidades da sua área através <strong>do</strong> sistema de informatização, envian<strong>do</strong>-as, de imediato,<br />

ao Portal <strong>do</strong> Governo, de forma a elevar a exactidão e a utilidade das informações. O Portal<br />

<strong>do</strong> Governo fornece um leque de diferentes tipos de serviços electrónicos relaciona<strong>do</strong>s com a<br />

contratação de trabalha<strong>do</strong>res e pedi<strong>do</strong> de emprego, benefícios de segurança social, <strong>do</strong>cumento<br />

de identificação pessoal, veículos e condução, bibliotecas públicas, educação, procedimentos<br />

judiciais e de negócios, entre outros. Além disso, é concretizada a possibilidade de pagamento<br />

através da Internet, na plataforma de pagamento electrónico <strong>do</strong> Governo.<br />

E-<strong>Macao</strong> (Governo Electrónico) é um projecto importante que visa apoiar o desenvolvimento<br />

<strong>do</strong>s serviços electrónicos da RAEM, que funcionam em colaboração com instituições académicas<br />

internacionais e locais. A primeira fase <strong>do</strong> projecto foi concluída em 2006 e, a segunda fase em<br />

2007 e 2009, que teve como objectivo apoiar primordialmente o desenvolvimento <strong>do</strong>s trabalhos<br />

relativos ao Governo Electrónico e o apoio aos serviços públicos electrónicos, envolven<strong>do</strong> cerca<br />

de 20 programas. A terceira fase <strong>do</strong> projecto e-<strong>Macao</strong>, com um prazo de três anos foi já lançada<br />

com o objectivo de acarretar benefícios materiais para a sociedade de <strong>Macau</strong>, intensificar ainda<br />

mais os serviços electrónicos da RAEM e alargar a cooperação interdepartamental.<br />

No recenseamento eleitoral em 2008 foi introduzi<strong>do</strong>, pela primeira vez, a utilização <strong>do</strong><br />

bilhete de identidade inteligente e as técnicas de digitalização de imagens. Nas eleições para a<br />

Assembleia Legislativa, realizadas em 2009, foi introduzida também a utilização <strong>do</strong> bilhete de<br />

identidade inteligente para que o processo de verificação da qualidade de eleitor pudesse ser<br />

concluí<strong>do</strong> num curto espaço de tempo, reduzin<strong>do</strong> muito o tempo necessário para o eleitor votar.<br />

Em 2008 e 2009, foram emitidas, aos organismos públicos, directivas de segurança<br />

informativa, de gestão de segurança sobre a utilização da Internet e <strong>do</strong> correio electrónico.<br />

Em 2010, reforçou-se progressivamente a segurança da rede informática da administração<br />

pública (InforMac).<br />

Em 2009, foi lança<strong>do</strong>, para assinatura electrónica de <strong>do</strong>cumentos por parte <strong>do</strong>s funcionários<br />

públicos, o primeiro “Sistema de Autorização Electrónica de Férias” (eLeave), marcan<strong>do</strong> a<br />

aplicação generalizada da assinatura electrónica de <strong>do</strong>cumentos electrónicos. Por outro la<strong>do</strong>,<br />

tornou-se gradualmente madura a gestão de ofícios electrónicos e <strong>do</strong>cumentos electrónicos.<br />

Em 2010, o número de <strong>do</strong>cumentos envia<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> mecanismo electrónico ultrapassou<br />

os 36.700.<br />

Em 2009, a primeira fase <strong>do</strong> passe inteligente (designa<strong>do</strong> abreviadamente por “ePass”)<br />

foi formalmente emiti<strong>do</strong> e é gratuito para os cidadãos que queiram solicitá-lo, com acesso<br />

imediato à conta <strong>do</strong> “ePass”, permitin<strong>do</strong> a utilização segura e eficaz de serviços electrónicos<br />

proporciona<strong>do</strong>s pelos serviços públicos. Em 2010, o projecto “ePass” ganhou o “Prémio de<br />

Ouro” <strong>do</strong> grupo “Governo Electrónico” na “<strong>Macau</strong> Information and Communication Technology<br />

Award 2010 (MICTA)” e conquistou uma “Menção Especial” na “Asia Pacific Information and<br />

Communication Technology Award 2010 (APICTA)”.<br />

Em 2009, foi estabeleci<strong>do</strong> um balcão de atendimento de controlo remoto no Centro de<br />

Serviços da RAEM e no Centro de Informações ao Público, facilitan<strong>do</strong> os trabalha<strong>do</strong>res no senti<strong>do</strong><br />

de poderem explicar dúvidas <strong>do</strong>s cidadãos à distância através <strong>do</strong> sistema de vídeo-conferência.<br />

Em 2010, o Centro de Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Governo entrou formalmente em funcionamento. No<br />

Centro estão instala<strong>do</strong>s: o Centro de Da<strong>do</strong>s Gerais, o Centro de Recuperação de Da<strong>do</strong>s, a Sala<br />

170


Sistema Político e Administração<br />

de Armazenamento em Fitas, a Sala de Monitorização da Rede Electrónica e a Sala de Apoio,<br />

prestan<strong>do</strong> serviços de apoio 24 horas ininterruptas por dia. O Centro presta aos organismos<br />

públicos, entre outros, serviços de tutela, de segurança, de rede e serviço de aplicação. A<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Administração e Função Pública concretizou, em 2011, a participação<br />

<strong>do</strong> Centro no Certifica<strong>do</strong> de Gestão da Segurança de Da<strong>do</strong>s ISO 27001.<br />

O Governo da RAEM tem da<strong>do</strong> continuidade à participação em conferências internacionais<br />

académicas sobre serviços electrónicos. Em Setembro de 2011, uma delegação <strong>do</strong> Governo da<br />

RAEM participou na quinta edição da Conferência Internacional sobre Teorias e Práticas para<br />

o Governo Electrónico 2011 (ICEGOV) co-organizada pela e-Governance Academy Foundation<br />

da Estónia e pelo Center for Technology in Govenment State University of New York at Albany.<br />

As jornadas de ICEGOV, que tiveram origem em <strong>Macau</strong>, a partir de 2007, constituem uma das<br />

actividades académicas mais influentes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> no <strong>do</strong>mínio de serviços electrónicos.<br />

Formação de Quadros Públicos<br />

O Centro de Formação <strong>do</strong>s SAFP, para os Trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Serviços Públicos foi cria<strong>do</strong><br />

ten<strong>do</strong> por objectivo integrar recursos de formação, e elaborar de forma sistemática cursos em<br />

função da lei, <strong>do</strong> desenvolvimento de graus e cargos da carreira <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Serviços<br />

Públicos, a fim de formar uma equipa de alta qualidade de funcionários públicos. A formação <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Serviços Públicos abrange essencialmente cursos obrigatórios e selectivos. Os<br />

cursos obrigatórios são organiza<strong>do</strong>s conforme as necessidades da acção governativa da RAEM<br />

e das funções exercidas pelos funcionários e agentes públicos, ten<strong>do</strong> por objectivo levar os<br />

trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Serviços Públicos a trabalhar mais conscientemente em conformidade com<br />

a acção governativa da RAEM, <strong>do</strong>minar os conhecimentos necessários e capacidade de elevar<br />

a eficiência <strong>do</strong> trabalho e a qualidade <strong>do</strong>s serviços. Os cursos selectivos abrangem seis áreas,<br />

designadamente: gestão da administração pública; prática da execução de lei; aperfeiçoamento<br />

de procedimentos de funcionamento; relações públicas e comunicação, informática; e línguas,<br />

permitin<strong>do</strong> aos funcionários e agentes públicos <strong>do</strong>minar conhecimentos de diversas áreas. A<br />

formação <strong>do</strong>s funcionários e agentes públicos inclui também a aprendizagem on-line.<br />

Em articulação com as exigências de formação para efeitos de acesso previstas no Regime<br />

das Carreiras <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Serviços Públicos, o Governo da RAEM veio definir a formação<br />

como um <strong>do</strong>s requisitos exigi<strong>do</strong>s para o acesso <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s serviços públicos nas<br />

carreiras. As acções de formação para efeitos de acesso podem ser em regime de frequência e<br />

em regime de aproveitamento. As acções de formação em regime de frequência referem-se aos<br />

cursos de formação técnico-profissional geral em que é exigida aos trabalha<strong>do</strong>res a frequência<br />

de um determina<strong>do</strong> número de horas acumuladas para efeitos de acesso aos graus 2 e 4 das<br />

carreiras, enquanto as em regime de aproveitamento referem-se aos cursos de formação<br />

especial de acesso organiza<strong>do</strong>s e realiza<strong>do</strong>s pela Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Administração e<br />

Função Pública, cuja frequência é exigida aos trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s serviços públicos para o acesso<br />

aos graus 3 e 5 das carreiras.<br />

Línguas Oficiais<br />

De acor<strong>do</strong> com as disposições <strong>do</strong> artigo 9.º da Lei Básica, além da língua chinesa, pode<br />

usar-se também a língua portuguesa nos órgãos executivo, legislativo e judicial da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, sen<strong>do</strong> também o português língua oficial.<br />

171


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Regime de Atribuição de Medalhas e Títulos Honoríficos<br />

Para distinguir os indivíduos (incluin<strong>do</strong> pessoas colectivas) que se notabilizem por feitos<br />

pessoais, por contributos para a sociedade ou por serviços presta<strong>do</strong>s à RAEM, o Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo, Ho Hau Wah, publicou, em Novembro de 2001, o Regulamento Administrativo n.º<br />

28/2001, que estabelece a atribuição de medalhas e títulos honoríficos. Segun<strong>do</strong> o diploma,<br />

são instituí<strong>do</strong>s na RAEM quatro tipos de medalhas e títulos: medalhas de honra; medalhas de<br />

mérito; medalhas de serviços distintos; e títulos honoríficos. As medalhas de honra têm por<br />

fim galar<strong>do</strong>ar indivíduos ou entidades pela prestação de serviços excepcionais à RAEM, à sua<br />

imagem e bom nome, tanto na Região como no exterior, ou pela prestação de serviços, em<br />

qualquer <strong>do</strong>mínio, de grande relevância para o desenvolvimento da RAEM, sen<strong>do</strong> de três graus:<br />

1.º Grande Lótus; 2.º Lótus de Ouro; 3.º Lótus de Prata.<br />

As medalhas de mérito compreendem as seguintes categorias: medalha de mérito<br />

profissional; medalha de mérito industrial e comercial; medalha de mérito turístico; medalha<br />

de mérito educativo; medalha de mérito cultural; medalha de mérito altruístico; medalha de<br />

mérito desportivo. As medalhas de mérito são atribuídas a indivíduos e entidades com contributos<br />

de grande relevância, ou que se distingam nas respectivas profissões, sectores ou <strong>do</strong>mínios.<br />

As medalhas de serviços distintos destinam-se a premiar qualquer entidade ou órgão público,<br />

ou seus trabalha<strong>do</strong>res, que se distingam no desempenho das suas funções pela prestação de<br />

destaca<strong>do</strong>s serviços, especificadamente: a medalha de valor, pela abnegação e bravura, bem<br />

como pela dedicação às causas nobres, no exercício de quaisquer funções; e, a medalha de<br />

dedicação, pelas excepcionais qualidades e espírito de respeito e dedicação no desempenho<br />

de funções públicas.<br />

Os títulos honoríficos têm por objectivo distinguir indivíduos que contribuam de forma<br />

destacada para o desenvolvimento e prestígio ou progresso social da RAEM, deven<strong>do</strong> ser<br />

especialmente merece<strong>do</strong>res <strong>do</strong> respeito e consideração públicos, especificadamente: o título<br />

honorífico de prestígio a atribuir apenas a indivíduos não-residentes da RAEM, por actos<br />

relevantes para o prestígio, desenvolvimento ou progresso social da RAEM; e, o título honorífico<br />

de valor a atribuir a residentes da RAEM, por actos relevantes para o prestígio, desenvolvimento<br />

ou progresso social da RAEM.<br />

A competência para a concessão de medalhas e títulos honoríficos cabe exclusivamente<br />

ao Chefe <strong>do</strong> Executivo. A competência <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo para a concessão de medalhas e<br />

títulos honoríficos poderá ser exercida por iniciativa <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, sob proposta <strong>do</strong>s<br />

Secretários <strong>do</strong> Governo, sob proposta <strong>do</strong>s restantes titulares <strong>do</strong>s principais cargos <strong>do</strong> Governo,<br />

ou sob proposta da Comissão de Designação.<br />

A Comissão de Designação é composta por, no máximo, sete membros designa<strong>do</strong>s por<br />

despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, a publicar no Boletim Oficial da RAEM. O mandato <strong>do</strong>s membros<br />

da Comissão tem a duração de quatro anos, renováveis. Os membros da Comissão elegem de<br />

entre si o presidente.<br />

O cita<strong>do</strong> regulamento administrativo prevê a forma de concessão e imposição de medalhas<br />

e títulos honoríficos. A concessão de medalhas e títulos honoríficos reveste a forma de ordem<br />

executiva, e a sua imposição é feita em acto público, presidi<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo, ou<br />

por um <strong>do</strong>s titulares <strong>do</strong>s principais cargos <strong>do</strong> Governo em quem o Chefe <strong>do</strong> Executivo delegue<br />

expressamente essa competência. Os títulos honoríficos são assina<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

172


Sistema Político e Administração<br />

e autentica<strong>do</strong>s com o selo branco da RAEM. A concessão das medalhas é acompanhada pela<br />

atribuição de um diploma, assina<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo e autentica<strong>do</strong> com o selo branco<br />

da RAEM.<br />

Em 19 de Dezembro de 2001, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Ho Hau Wah, atribuiu, pela primeira<br />

vez, a 39 individualidades e entidades medalhas de honra, mérito e serviços distintos e títulos<br />

honoríficos. Até 2011, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, por ordem executiva, concedeu já por 11 vezes<br />

(uma vez por ano) medalhas e títulos honoríficos a individualidades ou entidades que merecem<br />

ser distinguidas.<br />

Bandeira e Emblema Regional da RAEM<br />

A forma e cor de cada uma das faces da bandeira regional devem ser iguais, encontran<strong>do</strong>-se,<br />

em ambas as faces e simetricamente, cinco estrelas, uma flor de lótus, uma linha representan<strong>do</strong><br />

uma ponte e quatro linhas representan<strong>do</strong> a água <strong>do</strong> mar. A bandeira regional é de cor verde<br />

e forma rectangular, sen<strong>do</strong> a proporção entre o comprimento e a altura de três para <strong>do</strong>is. No<br />

centro da bandeira encontra-se uma flor de lótus branca, de três pétalas.<br />

Por cima da flor de lótus devem encontrar-se cinco estrelas <strong>do</strong>uradas de cinco pontas. Uma<br />

das estrelas, maior <strong>do</strong> que as restantes, deve colocar-se ao centro. As restantes quatro estrelas,<br />

mais pequenas, devem ser colocadas duas a duas, respectivamente, à esquerda e à direita da<br />

estrela maior. Por baixo da flor de lótus encontram-se uma linha branca, representan<strong>do</strong> uma<br />

ponte, e, por baixo desta, quatro linhas brancas, representan<strong>do</strong> a água <strong>do</strong> mar, que devem<br />

ir aumentan<strong>do</strong> de espessura, gradualmente e de cima para baixo, dan<strong>do</strong> uma perspectiva de<br />

profundidade (Anexo II da Lei n.º 6/1999).<br />

Desenho da Bandeira Regional da<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

173


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

O emblema regional tem forma circular, sen<strong>do</strong> delimita<strong>do</strong> por uma circunferência de cor<br />

verde. Contém um anel com inscrições e um círculo interior de cor verde com cinco estrelas,<br />

uma flor de lótus, uma linha representan<strong>do</strong> uma ponte e quatro linhas representan<strong>do</strong> a água<br />

<strong>do</strong> mar. O anel com inscrições situa-se entre a circunferência e o círculo interior, ambos de cor<br />

verde. Os caracteres chineses e as letras encontram-se escritos a verde sobre fun<strong>do</strong> branco. Na<br />

parte superior e inferior <strong>do</strong> anel encontram-se dispostos de forma uniforme, respectivamente,<br />

os caracteres chineses tradicionais “ 中 華 人 民 共 和 國 澳 門 特 別 行 政 區 ” e a palavra em português<br />

“MACAU” ambos com o formato-padrão <strong>do</strong> emblema regional. A parte inferior <strong>do</strong>s caracteres<br />

e a parte superior das letras apontam para o centro <strong>do</strong> emblema. Os referi<strong>do</strong>s caracteres e<br />

letras encontram-se distribuí<strong>do</strong>s equilibradamente, toman<strong>do</strong>-se como pontos de referência<br />

os eixos <strong>do</strong> emblema. O cálculo interior <strong>do</strong> emblema contém uma flor de lótus branca, de<br />

três pétalas. Por cima da flor de lótus encontram-se cinco estrelas <strong>do</strong>uradas de cinco pontas.<br />

Uma das estrelas, maior <strong>do</strong> que as restantes, está colocada ao centro. As restantes quatro<br />

estrelas, mais pequenas, estão colocadas duas a duas, respectivamente, à esquerda e à direita<br />

da estrela maior. Todas as estrelas estão colocadas em forma de arco, ten<strong>do</strong> como ponto de<br />

referência comum o centro <strong>do</strong> emblema. As duas pontas inferiores de cada estrela encontram-se<br />

viradas para o centro <strong>do</strong> emblema. Por baixo da flor de lótus encontram-se uma linha branca,<br />

representan<strong>do</strong> uma ponte, e, por baixo desta, quatro linhas brancas, representan<strong>do</strong> a água <strong>do</strong><br />

mar, que devem ir aumentan<strong>do</strong> de espessura, gradualmente e de cima para baixo, dan<strong>do</strong> uma<br />

perspectiva de profundidade.<br />

Desenho <strong>do</strong> Emblema Regional da<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

174


175<br />

Gabinete de<br />

Comunicação Social<br />

Gabinete para a Protecção<br />

de Da<strong>do</strong>s Pessoais<br />

Gabinete <strong>do</strong><br />

Porta-voz <strong>do</strong> Governo<br />

Gabinete de Estu<strong>do</strong> das<br />

Políticas <strong>do</strong> Governo da<br />

Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong><br />

Fun<strong>do</strong> para o<br />

Desenvolvimento das<br />

Ciências e da Tecnologia<br />

Delegação Económica e<br />

Comercial de <strong>Macau</strong>,<br />

junto da União Europeia,<br />

em Bruxelas<br />

Delegação Económica e<br />

Comercial de <strong>Macau</strong>,<br />

em Lisboa<br />

Delegação da Região<br />

Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong> em Pequim<br />

Delegação Económica e<br />

Comercial de <strong>Macau</strong>,<br />

junto da Organização<br />

Mundial <strong>do</strong> Comércio<br />

Delegação Económica<br />

e Cultural de<br />

<strong>Macau</strong> em Taiwan<br />

Serviços de Alfândega<br />

da RAEM da RPC<br />

Gabinete <strong>do</strong> SAJ Gabinete <strong>do</strong> SEF Gabinete <strong>do</strong> SS Gabinete <strong>do</strong> SASC Gabinete <strong>do</strong> SOPT<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Administração e<br />

Função Pública<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Assuntos de Justiça<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Identificação<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

da Reforma Jurídica e<br />

<strong>do</strong> Direito Internacional<br />

Instituto para os Assuntos<br />

Cívicos e Municipais<br />

Fun<strong>do</strong> de Pensões<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Economia<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Finanças<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Estatística e Censos<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços para<br />

os Assuntos Laborais<br />

Direcção de Inspecção e<br />

Coordenação de Jogos<br />

Gabinete para os<br />

Recursos Humanos<br />

Gabinete de<br />

Informação Financeira<br />

Gabinete de Apoio ao<br />

Secretaria<strong>do</strong> Permanente <strong>do</strong><br />

Fórum para a Cooperação<br />

Económica e Comerical entre a<br />

China e os Países de Língua<br />

Portuguesa<br />

Instituto de Promoção<br />

<strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong><br />

Investimento de <strong>Macau</strong><br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

das Forças de<br />

Segurança de <strong>Macau</strong><br />

Escola Superior das Forças<br />

de Segurança de <strong>Macau</strong><br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Educação e Juventude<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Turismo<br />

Gabinete de Apoio ao<br />

Ensino Superior<br />

Instituto de<br />

Formação Turística<br />

Fun<strong>do</strong> de<br />

Segurança Social<br />

Comissão <strong>do</strong> Grande<br />

Prémio de <strong>Macau</strong><br />

Gabinete de Gestão<br />

de Crises <strong>do</strong> Turismo<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Solos, Obras<br />

Públicas e Transportes<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Cartografia e Cadastro<br />

Direcção <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Correios<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

Meteorológicos e Geofísicos<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Regulação de<br />

Telecomunicações<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços para<br />

os Assuntos de Tráfego<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Protecção Ambiental<br />

Gabinete para o<br />

Desenvolvimento de<br />

Infra-estruturas<br />

Gabinete para o<br />

Desenvolvimento <strong>do</strong> Sector<br />

Energético<br />

Gabinete para as<br />

Infra-estruturas de<br />

Transportes<br />

Nota: O presente organograma não<br />

abrange todas as entidades sob<br />

superintendência e tutela <strong>do</strong><br />

Governo da RAEM<br />

Sistema Político e Administração


macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>


14 de Junho de 2011<br />

O director <strong>do</strong> Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e <strong>Macau</strong> junto <strong>do</strong><br />

Conselho de Esta<strong>do</strong>, Wang Guangya, num encontro de trabalho com o<br />

Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On e titulares <strong>do</strong>s principais cargos da RAEM<br />

11 de Janeiro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, e o vice-primeiro-ministro de Singapura,<br />

Teo Chee Hean, testemunham a assinatura <strong>do</strong> memoran<strong>do</strong> de cooperação<br />

entre os SAFP e o Instituto de Administração Pública de Singapura<br />

Sistema Político e Administração<br />

177


Sistema Político e Administração<br />

27 de Fevereiro de 2011<br />

Cerimónia de Abertura <strong>do</strong> Curso de Mestra<strong>do</strong> em Administração<br />

Pública (MPA) da RAEM - 2011<br />

178


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

28 de Novembro de 2011<br />

A Secretária para a Administração e Justiça assiste à cerimónia de abertura<br />

da “Semana de Sensibilização de Protecção e Serviços Consulares”<br />

23 de Agosto de 2011<br />

Sessões de esclarecimento sobre o Regulamento Administrativo<br />

“Recrutamento, selecção, e formação para efeitos de acesso <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s serviços públicos”<br />

179


O ordenamento jurídico<br />

da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> assenta<br />

sobre as bases sólidas da<br />

sociedade de direito e da<br />

independência <strong>do</strong> poder<br />

judicial. Segun<strong>do</strong> o princípio<br />

“um país, <strong>do</strong>is sistemas”,<br />

mantém-se inaltera<strong>do</strong> o<br />

sistema jurídico de <strong>Macau</strong><br />

pertencente ao modelo <strong>do</strong><br />

direito continental.


II<br />

ORDENAMENTO<br />

JURÍDICO E<br />

SISTEMA JUDICIAL


Abertura <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Judiciário (Foto: GCS)


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

O ordenamento jurídico da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> assenta sobre as bases<br />

sólidas da sociedade de direito e da independência <strong>do</strong> poder judicial. Segun<strong>do</strong> o princípio “um<br />

país, <strong>do</strong>is sistemas”, mantém-se inaltera<strong>do</strong> o sistema jurídico de <strong>Macau</strong> pertencente ao modelo<br />

<strong>do</strong> direito continental.<br />

O caminho que a RAEM percorreu nos seus primeiros anos demonstra que <strong>Macau</strong> vive<br />

com um ordenamento jurídico completamente consolida<strong>do</strong> e um sistema judicial independente,<br />

respeita<strong>do</strong>r e defensor <strong>do</strong>s direitos humanos, em quem a população confia.<br />

As leis, os decretos-lei, portarias e demais actos normativos existentes antes de 20 de<br />

Dezembro de 1999 mantêm-se, excepto uma pequena parte que contrarian<strong>do</strong> a Lei Básica não<br />

pode ser a<strong>do</strong>ptada como legislação da RAEM. Isto reflecte bem a concretização <strong>do</strong> princípio de<br />

“sistema jurídico originalmente existente mantém-se inaltera<strong>do</strong>”, permitin<strong>do</strong> a continuidade da<br />

estabilidade <strong>do</strong> desenvolvimento depois <strong>do</strong> estabelecimento da RAEM.<br />

De acor<strong>do</strong> com o artigo 145.º da Lei Básica, “ao estabelecer-se a Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong>, as leis anteriormente vigentes em <strong>Macau</strong> são a<strong>do</strong>ptadas como leis da Região,<br />

salvo no que seja declara<strong>do</strong> pelo Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional como<br />

contrário a esta Lei. Se alguma lei for posteriormente descoberta como contrária a esta Lei,<br />

pode ser alterada ou deixa de vigorar, em conformidade com as disposições desta Lei e com os<br />

procedimentos legais”. O artigo 8.º da Lei Básica estabelece ainda que “as leis, os decretos-lei,<br />

os regulamentos administrativos e demais actos normativos previamente vigentes em <strong>Macau</strong><br />

mantêm-se, salvo no que contrariar esta Lei ou no que for sujeito a emendas em conformidade<br />

com os procedimentos legais, pelo órgão legislativo ou por outros órgãos competentes da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>”.<br />

O Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (CPAPN), na sua 12.ª reunião<br />

realizada a 31 de Outubro de 1999, aprovou, nos termos da Lei Básica, cinco deliberações e<br />

quatro anexos respeitantes às leis previamente existentes em <strong>Macau</strong>.<br />

De acor<strong>do</strong> com essas deliberações, são 12 as leis, os decretos-lei e actos normativos<br />

que contrariam a Lei Básica e que, por isso, não puderam ser a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>s como legislação da<br />

RAEM, bem como 18 as leis e decretos-lei que contêm artigos que sen<strong>do</strong> contraditórios à Lei<br />

Básica, não são considera<strong>do</strong>s legislação da RAEM. São três as leis e os decretos-lei que, embora<br />

183


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

contrarian<strong>do</strong> a Lei Básica - e enquanto não for elaborada nova legislação - pode a RAEM tratar<br />

as questões reguladas nesses diplomas de acor<strong>do</strong> com os princípios conti<strong>do</strong>s na Lei Básica da<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, ten<strong>do</strong> por referência as práticas anteriores.<br />

Conforme o CPAPN, as designações ou expressões como “Portugal”, “Esta<strong>do</strong> Português”,<br />

“Governo Português”, “República”, “Presidente da República”, “Governo da República” e “Ministros<br />

<strong>do</strong> Governo”, bem como designações ou expressões semelhantes, quan<strong>do</strong> apareçam em<br />

normas que versem sobre assuntos que, de acor<strong>do</strong> com o estatuí<strong>do</strong> na Lei Básica da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, sejam da competência das autoridades centrais ou sejam<br />

relativas às relações entre estas e a Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, devem ser<br />

interpretadas e aplicadas nas leis da RAEM, conforme os casos, como “China”, “Governo Central”<br />

ou outros órgãos competentes <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> ou, ainda, como “Governo da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong>”, enquanto que as referências a “<strong>Macau</strong>”, “território de <strong>Macau</strong>”, “Território” e<br />

“foro de <strong>Macau</strong>” devem ser interpretadas como “Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>”. As<br />

referências aplicáveis à área da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> devem ser aplicadas<br />

depois de devidamente interpretadas em conformidade com o mapa da divisão administrativa<br />

da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> publica<strong>do</strong> pelo Conselho de Esta<strong>do</strong>; as designações<br />

ou expressões como “tribunais <strong>do</strong> foro de <strong>Macau</strong>”, “Tribunal de Competência Genérica”, “Tribunal<br />

Administrativo”, “Tribunal Superior de Justiça” e “Ministério Público”, devem ser interpretadas,<br />

respectivamente, como “tribunais da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>”, “Tribunal Judicial<br />

de Base”, “Tribunal Administrativo”, “Tribunal de Segunda Instância” e “Ministério Público”; as<br />

designações “Governa<strong>do</strong>r” ou “Governa<strong>do</strong>r de <strong>Macau</strong>” devem ser interpretadas como “Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>” e as designações ou expressões como<br />

“Tribunal de Contas” e “Alto Comissaria<strong>do</strong> contra a Corrupção e a Ilegalidade Administrativa”,<br />

bem como outras designações ou expressões semelhantes, devem ser interpretadas como<br />

“Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria” e “Comissaria<strong>do</strong> contra a Corrupção”.<br />

Na “Lei de Reunificação” estabelecida em Dezembro de 1999, foram incluí<strong>do</strong>s esses princípios<br />

de interpretação como parte integrante das leis da RAEM.<br />

Aperfeiçoar a Legislação da RAEM<br />

Para aperfeiçoar o sistema jurídico da RAEM, torna-se necessário proceder a alterações de<br />

adaptação de uma parte da legislação de forma a corresponder à Lei Básica e ao novo estatuto<br />

de <strong>Macau</strong> como Região Administrativa Especial da República Popular da China.<br />

Em Fevereiro de 2001, o Governo da RAEM criou um grupo de trabalho constituí<strong>do</strong> por<br />

juristas de serviços governamentais e da Assembleia Legislativa (Grupo de Trabalho para o<br />

Estu<strong>do</strong> e Adaptação da Legislação), para estudar a adaptabilidade da legislação, desde há muito<br />

tempo em vigor, ao novo estatuto de <strong>Macau</strong>, apresentan<strong>do</strong> propostas que possam contribuir<br />

para garantir a harmonia de to<strong>do</strong> o sistema jurídico.<br />

O Governo da RAEM tem da<strong>do</strong>, desde sempre uma atenção relevante à reforma <strong>do</strong> direito.<br />

Dois despachos <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, publica<strong>do</strong>s em Março de 2005, são disso significativos: o<br />

Despacho n.º 58/2005 que criou o Gabinete para a Reforma Jurídica, e o Despacho n.º 59/2005<br />

que manda criar um órgão consultivo denomina<strong>do</strong> por Conselho Consultivo da Reforma Jurídica.<br />

Em Dezembro de 2010, ao abrigo <strong>do</strong> Regulamento Administrativo n.º 22/2010, foi criada<br />

a Direcção <strong>do</strong>s Serviços da Reforma Jurídica e <strong>do</strong> Direito Internacional.<br />

184


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

Leis da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

Na legislação em vigor na RAEM incluem-se: a Lei Básica; as leis nacionais constantes <strong>do</strong><br />

Anexo III da Lei Básica; a legislação vigente antes de 20 de Dezembro de 1999 e a<strong>do</strong>ptada<br />

pelo CPAPN como legislação da RAEM e as leis criadas pelo órgão legislativo da RAEM: “Código<br />

Penal”, “Código de Processo Penal”, “Código Civil”, “Código de Processo Civil”, “Código Comercial”<br />

(denomina<strong>do</strong>s como os cinco grande códigos), sen<strong>do</strong> parte integrante essencial <strong>do</strong> sistema<br />

jurídico de <strong>Macau</strong>.<br />

As leis nacionais não se aplicam na Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, salvo as<br />

indicadas no Anexo III da Lei Básica. As leis indicadas no Anexo III são aplicadas localmente<br />

mediante publicação ou acto legislativo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>. São, até<br />

agora, 11 as leis nacionais aplicadas na Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>.<br />

O Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional pode aumentar ou reduzir o elenco<br />

das leis referidas no Anexo III da Lei Básica, depois de consultar a Comissão da Lei Básica<br />

dele dependente e o Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>. Estas leis devem<br />

limitar-se às respeitantes a assuntos de defesa nacional e de relações externas, bem como a<br />

outras matérias não compreendidas no âmbito da autonomia da Região, nos termos desta Lei.<br />

Direitos Fundamentais<br />

A Lei Básica garante aos residentes de <strong>Macau</strong> o gozo da liberdade de expressão, de<br />

imprensa, de edição, de associação, de reunião, de desfile e de manifestação, bem como <strong>do</strong><br />

direito e liberdade de organizar e participar em associações sindicais e em greves, da liberdade<br />

de religião e liberdade de viajar, sair da Região e a ela regressar. Mantêm-se em vigor na<br />

RAEM, nas partes aplicáveis, o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, o Pacto<br />

Internacional Económico, Social e Cultural, bem como outras convenções de trabalho.<br />

<strong>Macau</strong> continuará a observar os trata<strong>do</strong>s internacionais sobre direitos humanos, que<br />

incluem a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação<br />

Racial, a Convenção contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou<br />

Degradantes, a Convenção sobre os Direitos da Criança e a Convenção sobre a Eliminação de<br />

Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, entre outros.<br />

Sistema Judicial<br />

Autonomia Judicial<br />

Segun<strong>do</strong> a Lei Básica, a Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> goza de poder judicial<br />

independente, incluin<strong>do</strong> o de julgamento em última instância. Os tribunais da RAEM exercem<br />

de forma independente a sua função judicial, livres de quaisquer interferências, estan<strong>do</strong> apenas<br />

sujeitos à lei.<br />

Os juízes da RAEM exercem o poder judicial nos termos da lei e não estão sujeitos a<br />

quaisquer ordens ou instruções, excepto as situações previstas no parágrafo terceiro <strong>do</strong> artigo<br />

19.º da Lei Básica. Os juízes não respondem judicialmente pelos actos pratica<strong>do</strong>s no exercício<br />

das suas funções judiciais. O Ministério Público da RAEM desempenha com independência as<br />

funções jurisdicionais atribuídas por lei e é livre de qualquer interferência.<br />

185


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Órgãos Judiciais<br />

Segun<strong>do</strong> a Lei Básica da RAEM e a Lei de Bases da Organização Judiciária, os órgãos<br />

judiciais da RAEM compreendem os Tribunais e o Ministério Público.<br />

Tribunais<br />

Na sequência <strong>do</strong> retorno de <strong>Macau</strong> à Pátria em 20 de Dezembro de 1999 e <strong>do</strong> estabelecimento<br />

da RAEM, entrou em pleno funcionamento o sistema judicial de três graus de jurisdição,<br />

estabeleci<strong>do</strong> nos termos <strong>do</strong> disposto na Lei Básica da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

e na Lei de Bases da Organização Judiciária, o que demonstra plenamente que a RAEM goza <strong>do</strong><br />

poder judicial em última instância com total independência, conferi<strong>do</strong> pelo Esta<strong>do</strong>.<br />

Sen<strong>do</strong> os únicos órgãos com competência para exercer o poder jurisdicional, assegurar<br />

a defesa <strong>do</strong>s direitos e interesses legalmente protegi<strong>do</strong>s, reprimir a violação da legalidade e<br />

dirimir os conflitos de interesses públicos e priva<strong>do</strong>s, os tribunais, nos seus julgamentos, decidem<br />

as questões sobre que detenham jurisdição exclusivamente de acor<strong>do</strong> com o direito, não se<br />

encontram sujeitos a interferências de outros poderes ou a quaisquer ordens ou instruções. Isto<br />

é a pedra angular de independência da justiça, promoção da justiça, salvaguarda da estabilidade<br />

social bem como garantia <strong>do</strong>s direitos <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

Tribunais de Primeira Instância<br />

Os tribunais de primeira instância cria<strong>do</strong>s após o estabelecimento da RAEM compreendem o<br />

Tribunal Judicial de Base e o Tribunal Administrativo, a quem compete exercer o poder judicial nos<br />

termos da Lei Básica. Nos tribunais de primeira instância podem constituir-se, se for necessário,<br />

tribunais de competências especializadas. Mantém-se, ainda, o regime <strong>do</strong> Tribunal de Instrução<br />

Criminal anteriormente existente, o qual integra o Tribunal Judicial de Base.<br />

O Presidente <strong>do</strong>s Tribunais de Primeira Instância é nomea<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo e<br />

escolhi<strong>do</strong> entre os juízes <strong>do</strong> quadro local daqueles tribunais. O mandato <strong>do</strong> presidente é de<br />

três anos, sen<strong>do</strong> renovável. Actualmente a função de presidente é exerci<strong>do</strong> por um juiz <strong>do</strong><br />

tribunal colectivo <strong>do</strong> Tribunal Judicial de Base. O Presidente <strong>do</strong>s Tribunais de Primeira Instância<br />

é representante destes perante as restantes autoridades.<br />

Alçada <strong>do</strong> Tribunal de Primeira Instância<br />

- A alçada <strong>do</strong> Tribunal de Primeira Instância é de 50 mil patacas em matéria cível e cível<br />

laboral;<br />

- 50 mil patacas, em matéria de acções e pedi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> contencioso administrativo, caso a<br />

fixação <strong>do</strong> valor da causa ou <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> seja possível;<br />

- 15 mil patacas, em matéria de contencioso fiscal e aduaneiro, caso a fixação <strong>do</strong> valor<br />

da causa seja possível;<br />

- Não há alçada em matéria penal, penal laboral, de regimes educativo e de protecção<br />

social de jurisdição de menores, <strong>do</strong>s restantes meios <strong>do</strong> contencioso administrativo,<br />

fiscal e aduaneiro e de fiscalização da legalidade de normas.<br />

186


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

Tribunal Judicial de Base<br />

O Tribunal Judicial de Base dispõe de uma secção central, três juízos cíveis, quatro criminais,<br />

<strong>do</strong>is de instrução criminal, um de pequenas causas cíveis. Para facilitar o conhecimento <strong>do</strong><br />

funcionamento <strong>do</strong>s tribunais e responder às questões inerentes a qualquer <strong>do</strong>cumento judicial<br />

emiti<strong>do</strong> pelos mesmos por parte <strong>do</strong>s residentes, e outros intervenientes processuais, foi criada<br />

a secção de informação <strong>do</strong> Tribunal Judicial de Base.<br />

Até Dezembro de 2011, no Tribunal Judicial de Base havia 26 juízes, <strong>do</strong>s quais seis como<br />

presidentes de tribunal colectivo, e 20 de tribunal singular.<br />

Funcionamento <strong>do</strong> Tribunal Judicial de Base<br />

Para efeito de julgamento, o Tribunal Judicial de Base funciona com tribunal colectivo ou<br />

com tribunal singular. Sempre que a lei não preveja, o tribunal funciona com tribunal singular.<br />

O Tribunal Colectivo é composto por um presidente <strong>do</strong> tribunal colectivo, que preside ao<br />

julgamento, o juiz <strong>do</strong> processo e um juiz previamente designa<strong>do</strong> pelo Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s<br />

Judiciais.<br />

Salvo quan<strong>do</strong> o contrário resultar da lei, os julgamentos <strong>do</strong> Tribunal Judicial de Base são<br />

públicos.<br />

Competência <strong>do</strong>s Juízos Cíveis<br />

Competem aos Juízos Cíveis as causas de natureza cível que não sejam da competência<br />

de outros juízos, bem como as causas de outra natureza que não caibam na competência de<br />

outros juízos ou tribunais, incluin<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os seus incidentes e questões.<br />

Competência <strong>do</strong>s Juízos Criminais<br />

Aos Juízos Criminais competem as causas, de natureza criminal ou contravencional, não<br />

atribuídas a outros juízos ou tribunais, incluin<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os seus incidentes e questões.<br />

Juízo de Instrução Criminal<br />

O Juízo de Instrução Criminal dispõe, actualmente, de três juízes.<br />

O poder de superintendência na secretaria <strong>do</strong> Juízo de Instrução Criminal é exerci<strong>do</strong> por<br />

um juiz <strong>do</strong> quadro daquele tribunal a quem compete, também, o exercício das funções dispostas<br />

nas alíneas 2) a 5) <strong>do</strong> n.º 4 <strong>do</strong> artigo 33.º da Lei n.º 9/1999 (Lei de Bases da Organização<br />

Judiciária). Essas funções são exercidas, por um perío<strong>do</strong> de três anos, em sistema rotativo, a<br />

partir <strong>do</strong> juiz mais antigo.<br />

Funcionamento <strong>do</strong> Juízo de Instrução Criminal<br />

O Juízo de Instrução Criminal exerce funções jurisdicionais relativas ao inquérito, procede<br />

à instrução e decide quanto à pronúncia nos processos de natureza penal, responsabilizan<strong>do</strong>-se<br />

ainda pela execução das penas de prisão e das medidas de segurança de internamento.<br />

187


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Competência <strong>do</strong> Juízo de Instrução Criminal<br />

São competências <strong>do</strong> Juízo de Instrução Criminal:<br />

1. O exercício das funções jurisdicionais relativas ao inquérito, à instrução e decisão quanto<br />

à pronúncia nos processos de natureza penal;<br />

2. A execução das penas de prisão e das medidas de segurança de internamento,<br />

designadamente quan<strong>do</strong> essa intervenção se prende com as seguintes finalidades:<br />

- Homologação e execução <strong>do</strong> plano individual de readaptação;<br />

- Apreciação de queixa de recluso, mesmo quan<strong>do</strong> preventivamente preso;<br />

- Apreciação de recurso de decisões disciplinares proferidas pelos órgãos competentes<br />

<strong>do</strong>s estabelecimentos prisionais, mesmo contra presos preventivos;<br />

- Concessão e revogação de medida de flexibilização da execução da pena;<br />

- Desconto, no cumprimento da pena ou da medida, <strong>do</strong> tempo em que recluso se<br />

manteve interna<strong>do</strong> por <strong>do</strong>ença simulada;<br />

- Concessão e revogação da liberdade condicional;<br />

- Prorrogação da pena;<br />

- Apreciação de anomalia psíquica sobrevinda;<br />

- Cessação, revisão, reexame e prorrogação <strong>do</strong> internamento;<br />

- Concessão e revogação da liberdade experimental;<br />

- Determinação de libertação <strong>do</strong> estabelecimento;<br />

- Proposta de concessão e aplicação de indulto a condena<strong>do</strong>s a pena de prisão ou a<br />

medida de segurança de internamento;<br />

- Concessão e revogação de reabilitação judicial a condena<strong>do</strong>s a pena de prisão ou a<br />

medida de segurança de internamento;<br />

- Visita periódica, de regularidade nunca superior a mensal, aos estabelecimentos<br />

prisionais a fim de verificar se as prisões preventivas e as condenações se encontram<br />

a ser executadas nos termos da lei; e,<br />

- Apreciação, por ocasião da visita, das pretensões <strong>do</strong>s reclusos que para o efeito<br />

manifestem previamente esse desejo.<br />

Juízo de Pequenas Causas Cíveis<br />

No dia 4 de Janeiro de 2005, entrou em funcionamento o Juízo de Pequenas Causas Cíveis<br />

que tem por competência apreciar as causas que envolvam obrigações pecuniárias e direitos<br />

<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r até 50 mil patacas resultantes <strong>do</strong> consumo a crédito, da taxa de con<strong>do</strong>mínio, da<br />

renda, <strong>do</strong> uso de cartas de crédito e da compra e venda a empréstimo, assim como <strong>do</strong> exercício<br />

<strong>do</strong>s direitos <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r. As petições iniciais das referidas acções podem ser apresentadas<br />

através de impressos próprios no Tribunal Judicial de Base, e a constituição de advoga<strong>do</strong> não<br />

é obrigatória, não haven<strong>do</strong>, também, pagamento de quaisquer preparos, o que contribui para<br />

188


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

elevar a eficácia <strong>do</strong> processo.<br />

Segun<strong>do</strong> as disposições da lei, sem prejuízo de outras que por lei lhes sejam atribuídas, são<br />

da competência <strong>do</strong>s Juízos de Pequenas Causas Cíveis as acções que devam seguir os termos <strong>do</strong><br />

processo especial referente a pequenas causas, incluin<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os seus incidentes e questões.<br />

Tribunal Administrativo<br />

O Tribunal Administrativo é constituí<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> o quadro de pessoal, por <strong>do</strong>is juízes.<br />

O poder de superintendência na secretaria <strong>do</strong> Tribunal Administrativo é exerci<strong>do</strong> por um juiz<br />

<strong>do</strong> quadro <strong>do</strong> mesmo tribunal, a quem compete o exercício das funções correspondentes às<br />

referidas nas alíneas 2) a 5) <strong>do</strong> n.º 4 <strong>do</strong> artigo 33.º da Lei de Bases da Organização Judiciária.<br />

O exercício dessas funções obedece a uma escala rotativa por perío<strong>do</strong>s de três anos, a partir<br />

<strong>do</strong> juiz mais antigo.<br />

Funcionamento <strong>do</strong> Tribunal Administrativo<br />

Para efeito de julgamento, o Tribunal Administrativo funciona com tribunal colectivo ou<br />

com tribunal singular. Sempre que a lei não preveja, o tribunal funciona com tribunal singular.<br />

O Tribunal Colectivo é composto por um presidente <strong>do</strong> tribunal colectivo <strong>do</strong> Tribunal<br />

Judicial de Base previamente designa<strong>do</strong> pelo Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s Judiciais, que preside ao<br />

julgamento, o juiz <strong>do</strong> processo e um juiz previamente designa<strong>do</strong> pelo Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s<br />

Judiciais.<br />

Competência <strong>do</strong> Tribunal Administrativo<br />

O Tribunal Administrativo é competente para dirimir litígios emergentes de relações jurídicas<br />

administrativas, fiscais e aduaneiras.<br />

No âmbito <strong>do</strong> contencioso administrativo, e sem prejuízo da competência <strong>do</strong> Tribunal de<br />

Segunda Instância, compete ao Tribunal Administrativo conhecer:<br />

- Dos recursos <strong>do</strong>s actos administrativos ou em matéria administrativa pelas entidades<br />

seguintes: Directores de serviços e outros órgãos da administração que não tenham<br />

categoria superior à daqueles; Órgãos <strong>do</strong>s institutos públicos; Concessionários; Órgãos<br />

de associações públicas; Órgãos de pessoas colectivas de utilidade pública administrativa;<br />

Os serviços públicos <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s de personalidade jurídica e autonomia administrativa;<br />

- Do contencioso eleitoral relativo a órgãos de pessoas colectivas públicas para cujo<br />

conhecimento não seja competente outro tribunal;<br />

- Das seguintes acções sobre:<br />

Reconhecimento de direitos ou interesses legalmente protegi<strong>do</strong>s; Prestação de<br />

informação, consulta de processo ou passagem de certidão; Contratos administrativos;<br />

Responsabilidade civil extracontratual da RAEM, <strong>do</strong>s demais entes públicos e <strong>do</strong>s titulares<br />

<strong>do</strong>s seus órgãos, funcionários ou agentes, por prejuízos decorrentes de actos de gestão<br />

pública, incluin<strong>do</strong> acções de regresso;<br />

- Dos pedi<strong>do</strong>s de intimação para um comportamento;<br />

189


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

- Das questões que, em arbitragem voluntária sobre matérias de contencioso<br />

administrativo, a lei aplicável atribua aos Tribunais de Primeira Instância, quan<strong>do</strong> não<br />

resulte o contrário da lei de processo.<br />

No âmbito <strong>do</strong> contencioso fiscal, e sem prejuízo da competência <strong>do</strong> Tribunal de Segunda<br />

Instância, compete ao Tribunal Administrativo conhecer:<br />

- Dos recursos <strong>do</strong>s actos administrativos respeitantes a questões fiscais e parafiscais;<br />

- Dos recursos <strong>do</strong>s actos de liquidação de receitas fiscais e parafiscais;<br />

- Dos recursos <strong>do</strong>s actos de fixação de valores patrimoniais susceptíveis de impugnação<br />

judicial autónoma;<br />

- Dos recursos <strong>do</strong>s actos preparatórios <strong>do</strong>s menciona<strong>do</strong>s nas duas alíneas anteriores<br />

susceptíveis de impugnação judicial autónoma;<br />

- Dos recursos <strong>do</strong>s actos contenciosamente recorríveis de indeferimento total ou parcial<br />

de impugnações administrativas <strong>do</strong>s actos a que se referem as três alíneas anteriores;<br />

- Dos recursos <strong>do</strong>s actos pratica<strong>do</strong>s pela entidade competente <strong>do</strong>s serviços da administração<br />

fiscal nos processos de execução fiscal;<br />

- Dos embargos, oposição à execução, verificação e graduação de créditos, anulação de<br />

venda e de to<strong>do</strong>s os incidentes da instância previstos na lei de processo que se suscitem<br />

nos processos de execução fiscal;<br />

- Das acções em matéria fiscal sobre reconhecimento de direitos ou interesses legalmente<br />

protegi<strong>do</strong>s e prestação de informação, consulta de processo ou passagem de certidão;<br />

- Dos pedi<strong>do</strong>s de intimação para um comportamento;<br />

- Dos pedi<strong>do</strong>s de providências cautelares para garantia de créditos fiscais.<br />

No âmbito <strong>do</strong> contencioso aduaneiro, e sem prejuízo da competência <strong>do</strong> Tribunal de Segunda<br />

Instância, compete ao Tribunal Administrativo conhecer:<br />

- Dos recursos <strong>do</strong>s actos administrativos respeitantes a questões aduaneiras que não<br />

devam ser conhecidas em processo de execução fiscal;<br />

- Dos recursos <strong>do</strong>s actos de liquidação de receitas aduaneiras, bem como <strong>do</strong>s respectivos<br />

actos preparatórios susceptíveis de impugnação judicial autónoma;<br />

- Dos recursos <strong>do</strong>s actos contenciosamente recorríveis de indeferimento total ou parcial<br />

de impugnações administrativas <strong>do</strong>s actos a que se refere a alínea anterior;<br />

- Das acções em matéria aduaneira sobre reconhecimento de direitos ou interesses<br />

legalmente protegi<strong>do</strong>s e prestação de informação, consulta de processo ou passagem<br />

de certidão;<br />

- Dos pedi<strong>do</strong>s de intimação para um comportamento.<br />

Compete ainda ao Tribunal Administrativo, no âmbito <strong>do</strong> contencioso administrativo, fiscal<br />

e aduaneiro, conhecer:<br />

- Dos recursos de actos de que resultem conflitos de atribuições que envolvam órgãos de<br />

pessoas colectivas públicas diferentes;<br />

190


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

- Dos pedi<strong>do</strong>s de suspensão de eficácia <strong>do</strong>s actos administrativos de cujo recurso<br />

contencioso conheça e <strong>do</strong>s demais incidentes relativos a recurso nele pendente ou a<br />

interpor;<br />

- Dos pedi<strong>do</strong>s de produção antecipada de prova formula<strong>do</strong>s em processo nele pendente<br />

ou a interpor;<br />

- Dos recursos <strong>do</strong>s actos de aplicação de multas e sanções acessórias e <strong>do</strong>s restantes<br />

actos previstos na lei proferi<strong>do</strong>s por órgãos administrativos em processos de infracção<br />

administrativa;<br />

- Dos pedi<strong>do</strong>s de revisão das decisões de aplicação de multas e sanções acessórias referidas<br />

na alínea anterior;<br />

- Dos recursos, acções e outros meios processuais <strong>do</strong> contencioso administrativo, fiscal e<br />

aduaneiro que por lei sejam submeti<strong>do</strong>s ao seu conhecimento ou para o qual não seja<br />

competente tribunal superior.<br />

Tribunal de Segunda Instância<br />

O Tribunal de Segunda Instância é constituí<strong>do</strong> por nove juízes, um <strong>do</strong>s quais exerce as<br />

funções de presidente por nomeação <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo. O mandato <strong>do</strong> presidente é de<br />

três anos, sen<strong>do</strong> renovável.<br />

O Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância é o representante <strong>do</strong> Tribunal perante as<br />

restantes autoridades, além de exercer as funções de juiz e presidente, assegura também o<br />

normal funcionamento <strong>do</strong> tribunal.<br />

A Alçada <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância é de:<br />

1. Um milhão de patacas, em matéria cível e cível laboral;<br />

2. Um milhão de patacas, em matéria de acções e pedi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> contencioso administrativo;<br />

3. Um milhão de patacas, em matéria de contencioso fiscal e aduaneiro;<br />

4. Não há alçada em matéria penal, penal laboral, de regimes educativo e de protecção<br />

social de jurisdição de menores, <strong>do</strong>s restantes meios <strong>do</strong> contencioso administrativo,<br />

fiscal e aduaneiro e de fiscalização da legalidade de normas.<br />

Funcionamento <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância<br />

O Tribunal de Segunda Instância compreende uma secção de processos em matéria criminal,<br />

com competência para julgar as causas de natureza penal e uma secção de processos com<br />

competência para julgar as restantes causas. Para efeito de julgamento, o Tribunal de Segunda<br />

Instância funciona em conferência e em audiência. O funcionamento <strong>do</strong> Tribunal de Segunda<br />

Instância rege-se, no tocante às matérias não previstas na Lei de Bases da Organização Judiciária,<br />

Estatuto <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s e leis de processos, pelo próprio regulamento.<br />

As entidades que intervêm na conferência e na audiência são: o presidente <strong>do</strong> tribunal,<br />

(como o relator ou juiz-adjunto), <strong>do</strong>is juízes e as entidades previstas nas leis de processo;<br />

ou o Presidente <strong>do</strong> Tribunal (não como o relator ou juiz-adjunto), três juízes e as entidades<br />

previstas nas leis de processo, salvo quan<strong>do</strong> o contrário resultar da lei. O relator exerce as<br />

191


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

competências, nos termos da lei e desempenha as demais funções que lhe sejam conferidas<br />

pelas leis de processo.<br />

As sessões <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância realizam-se, ordinariamente, uma vez por<br />

semana. Salvo quan<strong>do</strong> o contrário resultar da lei e, ainda, para anunciar as decisões que não<br />

tenham natureza meramente interlocutória, as sessões <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância não<br />

são públicas. Mas o presidente <strong>do</strong> Tribunal, ouvi<strong>do</strong>s os juízes intervenientes na sessão, pode<br />

dar conhecimento aos meios de comunicação social de quaisquer decisões.<br />

As competências <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância são:<br />

- Julgar os recursos das decisões <strong>do</strong>s Tribunais de Primeira Instância e das proferidas em<br />

processos de arbitragem voluntária susceptíveis de impugnação;<br />

- Julgar em primeira instância, por causa <strong>do</strong> exercício das suas funções, as acções propostas<br />

contra o Comissário contra a Corrupção, o Comissário da Auditoria, o Comandante-<br />

-Geral <strong>do</strong>s Serviços de Polícia Unitários e o Director-Geral <strong>do</strong>s Serviços de Alfândega,<br />

os Membros <strong>do</strong> Conselho Executivo e os Deputa<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa;<br />

- *Julgar em primeira instância processos por crimes e contravenções cometi<strong>do</strong>s, no<br />

exercício das suas funções, por: Comissário contra a Corrupção, Comissário da Auditoria,<br />

Comandante-Geral <strong>do</strong>s Serviços de Polícia Unitários, Director-Geral <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Alfândega, Membros <strong>do</strong> Conselho Executivo e Deputa<strong>do</strong>s à Assembleia Legislativa;<br />

- Julgar em primeira instância acções propostas contra juízes de primeira instância e<br />

delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r, no exercício das suas funções;<br />

- **Julgar em primeira instância processos por crimes e contravenções cometi<strong>do</strong>s pelos<br />

magistra<strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s na alínea anterior;<br />

- Proceder à instrução, decidir quanto à pronúncia e exercer as funções jurisdicionais<br />

relativas ao inquérito nos processos referi<strong>do</strong>s nas alíneas assinaladas com * e **;<br />

- Autorizar ou denegar a revisão de sentenças penais, anular sentenças penais inconciliáveis<br />

e suspender a execução das penas durante o processo de revisão;<br />

- Julgar em primeira instância recursos <strong>do</strong>s actos administrativos ou em matéria<br />

administrativa, ou <strong>do</strong>s respeitantes a questões fiscais, parafiscais ou aduaneiras,<br />

pratica<strong>do</strong>s por: Chefe <strong>do</strong> Executivo, Presidente da Assembleia Legislativa e Presidente<br />

<strong>do</strong> Tribunal de Última Instância, Secretários, Comissário contra a Corrupção, Comissário<br />

da Auditoria, Procura<strong>do</strong>r, Comandante-Geral <strong>do</strong>s Serviços de Polícia Unitários e<br />

Director-Geral <strong>do</strong>s Serviços de Alfândega, Mesa da Assembleia Legislativa, Comissão<br />

Independente para a Indigitação <strong>do</strong>s Juízes, Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s Judiciais e<br />

respectivos Presidentes, Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância, Presidente <strong>do</strong>s<br />

Tribunais de Primeira Instância e Juízes que superintendam nas secretarias, Conselho<br />

<strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério Público e respectivo Presidente, Procura<strong>do</strong>res-adjuntos e<br />

Delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r, e outros órgãos da Administração de categoria superior à de<br />

director de serviços;<br />

- Julgar processos de impugnação de normas emanadas de órgãos da Administração no<br />

desempenho da função administrativa;<br />

- Julgar pedi<strong>do</strong>s de suspensão de eficácia <strong>do</strong>s actos administrativos e das normas de cujo<br />

192


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

recurso contencioso e impugnação, respectivamente, conheça e os demais incidentes<br />

relativos a recurso nele pendente ou a interpor;<br />

- Julgar pedi<strong>do</strong>s de produção antecipada de prova formula<strong>do</strong>s em processo <strong>do</strong> contencioso<br />

administrativo, fiscal ou aduaneiro nele pendente ou a interpor;<br />

- Rever decisões de aplicação de multas e sanções acessórias proferidas pelo competente<br />

Tribunal de Primeira Instância em processos de infracção administrativa;<br />

- Rever e confirmar decisões, designadamente as proferidas por tribunais ou árbitros <strong>do</strong><br />

exterior de <strong>Macau</strong>;<br />

- Conhecer <strong>do</strong>s conflitos de competência entre Tribunais de Primeira Instância;<br />

- Conhecer <strong>do</strong>s conflitos de jurisdição entre o Tribunal Administrativo e autoridades<br />

administrativas, fiscais ou aduaneiras;<br />

- Exercer quaisquer outras competências conferidas por lei.<br />

Tribunal de Última Instância<br />

O Tribunal de Última Instância é o órgão supremo na hierarquia <strong>do</strong>s tribunais.<br />

Até Dezembro de 2011, o Tribunal de Última Instância era constituí<strong>do</strong> por <strong>do</strong>is juízes. A<br />

função da presidência, por nomeação <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, é exercida por um juiz titular de<br />

lugar <strong>do</strong> quadro daquele Tribunal, de nacionalidade chinesa e residente permanente da RAEM.<br />

O mandato <strong>do</strong> presidente é de três anos, sen<strong>do</strong> renovável.<br />

O Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância é o representante <strong>do</strong>s Tribunais da RAEM,<br />

além de exercer as funções de juiz e presidente, assegura também o normal funcionamento <strong>do</strong><br />

tribunal e <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância.<br />

Funcionamento <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância<br />

Para efeito de julgamento, o Tribunal de Última Instância funciona em conferência e em<br />

audiência. O funcionamento <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância rege-se, no tocante às matérias<br />

não previstas na Lei de Bases da Organização Judiciária, Estatuto <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s e leis de<br />

processos, pelo próprio regulamento.<br />

As entidades que intervêm na conferência e em audiência são: o presidente <strong>do</strong> tribunal,<br />

como juiz-adjunto, o relator (o juiz a quem o processo tenha si<strong>do</strong> distribuí<strong>do</strong>) e o juiz-adjunto<br />

(o juiz que se lhe siga em ordem de antiguidade no tribunal) e as entidades previstas nas leis<br />

de processo.<br />

O relator pode exercer as competências, nos termos da lei e desempenhar as demais<br />

funções que lhe sejam conferidas pelas leis de processo.<br />

As sessões das conferências e audiências têm lugar segun<strong>do</strong> uma tabela e realizam-se,<br />

ordinariamente, uma vez por semana, em regra às quartas-feiras, e extraordinariamente,<br />

quan<strong>do</strong> o presidente o determine. A tabela onde consta a ordem <strong>do</strong> dia e hora das sessões é<br />

afixada, com antecedência, no átrio <strong>do</strong> Tribunal.<br />

Salvo quan<strong>do</strong> o contrário resultar da lei, as sessões <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância não são<br />

193


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

públicas. Mas poderá o presidente, ouvi<strong>do</strong>s os juízes intervenientes na sessão, dar conhecimento<br />

aos meios de comunicação social de decisões <strong>do</strong> Tribunal. São competências <strong>do</strong> Tribunal de<br />

Última Instância:<br />

- Uniformizar a jurisprudência, nos termos das leis de processo;<br />

- Julgar os recursos <strong>do</strong>s acórdãos <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância proferi<strong>do</strong>s em matéria<br />

cível e laboral, bem como nas acções <strong>do</strong> contencioso administrativo, fiscal e aduaneiro,<br />

em segun<strong>do</strong> grau de jurisdição, quan<strong>do</strong> sejam susceptíveis de impugnação nos termos<br />

da Lei de Bases da Organização Judiciária e das leis de processo;<br />

- Julgar os recursos <strong>do</strong>s acórdãos <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância proferi<strong>do</strong>s, em matéria<br />

criminal, em segun<strong>do</strong> grau de jurisdição, quan<strong>do</strong> sejam susceptíveis de impugnação nos<br />

termos das leis de processo;<br />

- Julgar os recursos <strong>do</strong>s acórdãos <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância, proferi<strong>do</strong>s em primeira<br />

instância, que sejam susceptíveis de impugnação;<br />

- Excepto disposição da lei em contrário, julgar acções propostas contra o Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo, o Presidente da Assembleia Legislativa e os Secretários, por causa <strong>do</strong> exercício<br />

das suas funções;<br />

- *Excepto disposição da lei em contrário, julgar processos por crimes e contravenções<br />

cometi<strong>do</strong>s no exercício das suas funções pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo, pelo Presidente da<br />

Assembleia Legislativa e pelos Secretários;<br />

- Julgar as acções propostas contra os Juízes <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância, o Procura<strong>do</strong>r,<br />

os Juízes <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância e os Procura<strong>do</strong>res-adjuntos, por causa <strong>do</strong><br />

exercício das suas funções;<br />

- **Julgar processos por crimes e contravenções cometi<strong>do</strong>s pelos magistra<strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s<br />

na alínea anterior;<br />

- Proceder à instrução, decidir quanto à pronúncia e exercer as funções jurisdicionais<br />

relativas ao inquérito nos processos referi<strong>do</strong>s nas alíneas assinaladas com * e **;<br />

- Exercer jurisdição em matéria de “habeas corpus”;<br />

- Conhecer <strong>do</strong> contencioso eleitoral relativo ao Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s Judiciais e <strong>do</strong><br />

Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério Público;<br />

- Julgar pedi<strong>do</strong>s de suspensão de eficácia <strong>do</strong>s actos administrativos de cujo recurso<br />

contencioso conheça e os demais incidentes relativos a recurso nele pendente ou a<br />

interpor;<br />

- Julgar pedi<strong>do</strong>s de produção antecipada de prova formula<strong>do</strong>s em processo <strong>do</strong> contencioso<br />

administrativo nele pendente ou a interpor;<br />

- Conhecer <strong>do</strong>s conflitos de competência entre o Tribunal de Segunda Instância e os<br />

tribunais de Primeira Instância;<br />

- Conhecer <strong>do</strong>s conflitos de jurisdição entre o Tribunal de Segunda Instância e autoridades<br />

administrativas, fiscais ou aduaneiras;<br />

- Exercer quaisquer outras competências conferidas por lei.<br />

194


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

Gabinete <strong>do</strong> Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância<br />

O Gabinete <strong>do</strong> Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância é um órgão com função<br />

independente <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de autonomia administrativa e financeira, competente para coordenar o<br />

expediente <strong>do</strong>s tribunais das várias instâncias, prestan<strong>do</strong>-lhes apoio técnico, administrativo e<br />

financeiro. O Gabinete é dirigi<strong>do</strong> pelo Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância. O Gabinete <strong>do</strong><br />

Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância dispõe de Departamento de Apoio Judicial e Técnico,<br />

Departamento de Apoio à Tradução e Departamento de Administração e Finanças e, de Divisão<br />

de Assuntos de Justiça, Divisão de Organização e Informática, Divisão de Recursos Humanos,<br />

Divisão Financeira e Patrimonial e Divisão de Serviços Gerais. Estes departamentos e divisões<br />

desempenham as atribuições conferidas por lei.<br />

Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s Judiciais<br />

O Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s Judiciais é o órgão de gestão e disciplina <strong>do</strong>s magistra<strong>do</strong>s<br />

judiciais e <strong>do</strong>s funcionários judiciais.<br />

O Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s Judiciais é composto pelo Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última<br />

Instância, que preside; duas personalidades designadas pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo sob proposta<br />

da Comissão Independente responsável pela indigitação <strong>do</strong>s candidatos ao cargo de juiz e <strong>do</strong>is<br />

magistra<strong>do</strong>s judiciais eleitos por estes. O mandato <strong>do</strong>s membros é de três anos, sen<strong>do</strong> renovável.<br />

Compete ao presidente exercer todas as competências previstas no Estatuto <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s<br />

e no regulamento interno <strong>do</strong> Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s Judiciais.<br />

O Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s Judiciais dispõe de uma secretaria para assegurar o expediente<br />

<strong>do</strong> Conselho.<br />

Nomeação de Juízes<br />

Os juízes <strong>do</strong>s tribunais das diferentes instâncias da RAEM são nomea<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo, sob proposta de uma comissão independente constituída por juízes, advoga<strong>do</strong>s e<br />

personalidades locais de renome. A sua escolha baseia-se em critérios de qualificação profissional,<br />

poden<strong>do</strong> ser convida<strong>do</strong>s magistra<strong>do</strong>s estrangeiros em quem concorram os requisitos necessários.<br />

Comissão Independente para a Indigitação de Juízes<br />

Por nomeação <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, a Comissão Independente para a Indigitação de<br />

Juízes é constituída por sete personalidades de <strong>Macau</strong>, sen<strong>do</strong> um juiz <strong>do</strong> quadro de <strong>Macau</strong>, um<br />

advoga<strong>do</strong> e cinco personalidades de renome de outros sectores. To<strong>do</strong>s os membros participam<br />

na Comissão em nome individual e exercem as suas funções na mesma qualidade. A Comissão<br />

é dirigida por um presidente que é eleito de entre os seus membros. Compete ao presidente<br />

exercer as competências previstas no Regulamento Interno da Comissão Independente para<br />

a Indigitação de Juízes. A Comissão dispõe de um secretário para assegurar o expediente <strong>do</strong><br />

Conselho.<br />

Ministério Público<br />

O Ministério Público é o único órgão judicial que cumpre funções procuratórias, ten<strong>do</strong> como<br />

195


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

competências representar a Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> em juízo, assegurar a<br />

acção penal, defender os interesses legítimos e, nos termos defini<strong>do</strong>s pela legislação processual,<br />

fiscalizar a aplicação da Lei Básica. É um órgão com estatuto jurídico independente, exerce<br />

com independência as competências, sen<strong>do</strong> livre de qualquer interferência. A sua autonomia<br />

e independência apenas obedecem aos princípios legais e critérios objectivos <strong>do</strong> Ministério<br />

Público. Os seus magistra<strong>do</strong>s precisam apenas de respeitar as leis. A organização, competência<br />

e funcionamento são regula<strong>do</strong>s por lei.<br />

O Procura<strong>do</strong>r é o mais alto responsável e representante <strong>do</strong> Ministério Público, é nomea<strong>do</strong><br />

pelo Governo Popular Central, sob indigitação <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo. Os restantes magistra<strong>do</strong>s<br />

são nomea<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo, mediante indigitação <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r.<br />

Atribuições e Competências<br />

O Ministério Público assume um papel importante na repressão <strong>do</strong>s crimes, defesa <strong>do</strong><br />

sistema jurídico e construção de uma sociedade regida por lei, justa e democrática.<br />

As quatro principais competências <strong>do</strong> Ministério Público são:<br />

1. Dirigir as investigações criminais e assegurar a acção penal;<br />

2. Representar a RAEM em juízo;<br />

3. Fiscalizar a aplicação das leis;<br />

4. Defender os interesses legítimos.<br />

A primeira competência fundamental <strong>do</strong> Ministério Público é a de dirigir as investigações<br />

criminais e assegurar a acção penal, que é um <strong>do</strong>s trabalhos pre<strong>do</strong>minantes no seu funcionamento.<br />

Dirigir as investigações criminais, significa que tem o Ministério Público a competência de<br />

dirigir os órgãos de polícia criminal na realização de trabalhos de investigação criminal, bem<br />

como fiscalizar se os actos de inquérito estão a ser realiza<strong>do</strong>s em conformidade com a lei.<br />

Assegurar a acção penal refere-se ao facto de o Ministério Público ter necessariamente<br />

de promover a realização de to<strong>do</strong> o processo penal, incluin<strong>do</strong>, essencialmente, os trabalhos<br />

de decisão sobre uma eventual acusação <strong>do</strong>s suspeitos de crimes uma vez concluída a fase<br />

de inquérito, de estar presente no julgamento <strong>do</strong>s processos-crime remeti<strong>do</strong>s ao tribunal para<br />

tal efeito a fim de sustentar a acusação, supervisionar a legalidade <strong>do</strong> procedimento judicial e<br />

fiscalizar o cumprimento das sentenças penais.<br />

A segunda competência fundamental exercida pelo Ministério Público é a de representar<br />

a RAEM em juízo. Noutros termos, quan<strong>do</strong> um órgão administrativo, ou a Fazenda Pública <strong>do</strong><br />

Território estiver envolvi<strong>do</strong> em acção judicial, o Ministério Público torna-se o seu representante<br />

junto <strong>do</strong>s tribunais.<br />

Uma outra competência fundamental <strong>do</strong> Ministério Público é a fiscalização da aplicação das<br />

leis o que é reflectida não só no facto de o Ministério Público poder verificar se as investigações<br />

criminais <strong>do</strong>s órgãos de polícia criminal, e as funções jurisdicionais <strong>do</strong>s tribunais, estão a<br />

ser cumpridas sob observância da lei, como também no facto de o Ministério Público poder<br />

fiscalizar juridicamente a execução da lei procedida pelos diversos órgãos da Administração<br />

Pública, mediante verificação anterior ou posterior, para assegurar o cumprimento rigoroso<br />

196


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

das disposições legais no respectivo procedimento. Ainda, a pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo ou<br />

da Assembleia Legislativa, o Ministério Público tem o poder de exercer a sua função consultiva<br />

jurídica.<br />

É outra função <strong>do</strong> Ministério Público defender os interesses legítimos, a qual é manifestada<br />

sob as formas a seguir expostas: defenden<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os legítimos interesses colectivos e públicos<br />

nos casos previstos na lei; assumin<strong>do</strong> como representante <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e suas famílias;<br />

intervin<strong>do</strong> em processos de falência, de insolvência ou em to<strong>do</strong>s os que digam respeito a<br />

interesses públicos; representan<strong>do</strong> em juízo os incapazes, os incertos e os ausentes em parte<br />

incerta.<br />

Segun<strong>do</strong> os princípios jurídicos defini<strong>do</strong>s na Lei Básica, a procura de um modelo de<br />

estrutura judicial adequa<strong>do</strong> à realidade de <strong>Macau</strong> é uma das responsabilidades conferidas pela<br />

história aos órgãos judiciais da Região. É precisamente por esta razão que o Ministério Público<br />

de <strong>Macau</strong> criou o novo modelo estrutural constituí<strong>do</strong> por “um Ministério Público com afectação<br />

de magistra<strong>do</strong>s nos tribunais de três instâncias”.<br />

Quan<strong>do</strong> se diz “um Ministério Público”, tal significa que aquan<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu estabelecimento,<br />

em vez de serem criadas as três instâncias equiparadas com as <strong>do</strong>s tribunais, se a<strong>do</strong>ptou,<br />

antes, por uma estrutura orgânica singular, isto é, um único Ministério Público. Este modelo<br />

de estrutura não só corresponde às exigências de <strong>Macau</strong> com características de um território<br />

pequeno em termos geográficos, <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de uma população reduzida, como também é favorável<br />

à simplificação <strong>do</strong> organismo e pessoal assim como ao aumento da eficácia <strong>do</strong> trabalho.<br />

A afectação de magistra<strong>do</strong>s nos tribunais de três instâncias significa que o Ministério Público<br />

da RAEM her<strong>do</strong>u o regime de destacamento <strong>do</strong> antigo sistema original da procura<strong>do</strong>ria de<br />

<strong>Macau</strong>. Os magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério Público de três categorias diferentes, isto é, o Procura<strong>do</strong>r,<br />

Procura<strong>do</strong>res-adjuntos e Delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r, ao serem destaca<strong>do</strong>s respectivamente para<br />

os tribunais de três instâncias, assumem as funções de representar o Ministério Público e intervir<br />

em processos judiciais.<br />

Conforme este modelo estrutural, foram cria<strong>do</strong>s os seguintes serviços:<br />

- O Ministério Público junto <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância, representa<strong>do</strong> pelo Procura<strong>do</strong>r<br />

que, nas situações necessárias, é coadjuva<strong>do</strong> pelos Procura<strong>do</strong>res-adjuntos;<br />

- O Ministério Público junto <strong>do</strong> Tribunal de Segunda Instância, representa<strong>do</strong> pelos<br />

Procura<strong>do</strong>res-adjuntos;<br />

- O Ministério Público junto <strong>do</strong>s tribunais de primeira instância, incluin<strong>do</strong> o Tribunal Judicial<br />

da Base e o Tribunal Administrativo, representa<strong>do</strong> pelos Delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r,<br />

poden<strong>do</strong> os Procura<strong>do</strong>res-adjuntos assumir a representação nos Tribunais de Primeira<br />

Instância quan<strong>do</strong> o justifique a gravidade ou complexidade <strong>do</strong>s casos, ou estejam em<br />

causa interesses públicos fundamentais;<br />

- O Serviço de Acção Penal <strong>do</strong> Ministério Público que funciona independentemente, caben<strong>do</strong><br />

aos Delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r dirigir a investigação criminal e interpor a acção penal.<br />

Organização <strong>do</strong> Pessoal <strong>do</strong> Ministério Público<br />

O Procura<strong>do</strong>r é o dirigente máximo e magistra<strong>do</strong> de categoria máxima <strong>do</strong> Ministério Público.<br />

197


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

O pessoal é constituí<strong>do</strong> por magistra<strong>do</strong>s, funcionários de justiça e pessoal administrativo<br />

profissional. Para coadjuvar o Procura<strong>do</strong>r na direcção <strong>do</strong> Ministério Público, foi cria<strong>do</strong> o Gabinete<br />

<strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r que goza de autonomia administrativa e financeira, cuja estrutura é formada<br />

pelos departamentos de Apoio Judiciário, de Assuntos Jurídicos, de Cooperação Judiciária, de<br />

Gestão Pessoal e Financeira e de Apoio.<br />

Ao Departamento de Apoio Judiciário compete prestar apoio jurídico e técnico aos<br />

magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério Público no cumprimento das suas atribuições de acor<strong>do</strong> com a lei<br />

processual, gerir os funcionários de justiça e outros trabalha<strong>do</strong>res relaciona<strong>do</strong>s, analisar e<br />

estudar de forma concentrada a informação <strong>do</strong> Ministério Público nos âmbitos da prevenção,<br />

investigação e resolução <strong>do</strong>s crimes e ajudar os cidadãos a terem acesso a consultas jurídicas<br />

e apoio judiciário. O Departamento de Apoio Judiciário compreende a Divisão de Assuntos<br />

Judiciários e a Divisão Técnica.<br />

Ao Departamento de Assuntos Jurídicos compete prestar apoio jurídico e técnico-<br />

-profissional nos âmbitos de estu<strong>do</strong>s e consultas jurídicos, divulgação e intercâmbio e de<br />

tradução, coordenar a publicação de livros, publicações e artigos de divulgação e gerir a<br />

página electrónica e a biblioteca <strong>do</strong> Ministério Público. O Departamento de Assuntos Jurídicos<br />

compreende a Divisão de Assuntos Legais e a Divisão de Divulgação e Intercâmbio.<br />

Ao Departamento de Gestão Pessoal e Financeira compete prestar apoio nos âmbitos<br />

da gestão financeira, patrimonial e pessoal <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r, assegurar o recebimento<br />

e remessa <strong>do</strong> expediente e organizar acções de formação. O Departamento de Gestão Pessoal<br />

e Financeira compreende a Divisão de Gestão Financeira e a Divisão de Gestão Pessoal.<br />

Ao Departamento de Cooperação Judiciária compete prestar apoio jurídico e técnico-<br />

-profissional nos âmbitos de colaboração e intercâmbio judiciários. O Departamento de<br />

Cooperação Judiciária compreende a Divisão de Colaboração Judiciária.<br />

Ao Departamento de Apoio compete aproveitar e gerir os equipamentos de mo<strong>do</strong> a<br />

optimizar o funcionamento diário e prestar apoio no âmbito da tecnologia informática moderna,<br />

nos <strong>do</strong>mínios da acção judicial, gestão administrativa e financeira e estu<strong>do</strong>s jurídicos. O<br />

Departamento de Apoio compreende a Divisão de Património e Equipamentos e a Divisão de<br />

Informática.<br />

O corpo da magistratura <strong>do</strong> Ministério Público é, actualmente, composto por 34 magistra<strong>do</strong>s,<br />

incluin<strong>do</strong> um procura<strong>do</strong>r, 12 procura<strong>do</strong>res-adjuntos e 18 delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> procura<strong>do</strong>r, aos quais<br />

compete principalmente investigar e deduzir acusação em casos penais, representar o Ministério<br />

Público em audiência de julgamento nos tribunais de diversas instâncias, intervir em acção penal,<br />

cível e administrativa. Um procura<strong>do</strong>r-adjunto está a desempenhar, em regime de destacamento,<br />

o cargo de Director da Polícia Judiciária.<br />

O pessoal administrativo profissional, compreende o pessoal de chefia, os profissionais<br />

e auxiliares, que se encontram sujeitos ao “Estatuto <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s”, ao “Estatuto <strong>do</strong>s<br />

Funcionários de Justiça” e ao “Estatuto <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res da Administração Pública de <strong>Macau</strong>”.<br />

Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério Público<br />

De um mo<strong>do</strong> geral, a classificação efectua-se de <strong>do</strong>is em <strong>do</strong>is anos, com o objectivo de<br />

inspeccionar, da forma integral, a capacidade de trabalho e a deontologia profissional <strong>do</strong> pessoal.<br />

198


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

O inspector e o instrutor <strong>do</strong> processo disciplinar são nomea<strong>do</strong>s pelo Conselho. A classificação e<br />

resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> processo disciplinar carecem da apreciação e confirmação <strong>do</strong> Conselho.<br />

Para poder melhor regulamentar e uniformizar o referi<strong>do</strong> trabalho, o Conselho não só definiu<br />

o próprio regulamento interno (incluin<strong>do</strong> o “Regulamento Interno <strong>do</strong> Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> Ministério Público” e o “Regulamento das Inspecções aos Magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério Público e<br />

aos Funcionários de Justiça”), como também criou regras pormenorizadas e critérios de forma<br />

mais global e justa.<br />

O Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério Público é um novo órgão e substituiu o antigo<br />

Conselho Judiciário que era composto por advoga<strong>do</strong>s, juízes, delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r e<br />

personalidades da sociedade, com funções de nomear e gerir os magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério Público.<br />

O Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério Público é composto pelo:<br />

- Procura<strong>do</strong>r, que assume o cargo de presidente ex-officio;<br />

- Um representante <strong>do</strong>s Procura<strong>do</strong>res-adjuntos, eleito de entre os magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério<br />

Público;<br />

- Um representante <strong>do</strong>s delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r, eleito de entre os magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

Ministério Público; e,<br />

- Duas personalidades da sociedade, designadas pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

Apoio Judiciário<br />

Segun<strong>do</strong> a Lei Básica de <strong>Macau</strong>, aos residentes de <strong>Macau</strong> é assegura<strong>do</strong> o acesso ao Direito.<br />

Têm o direito de intentar acções judiciais, direito à assistência por advoga<strong>do</strong> na defesa <strong>do</strong>s seus<br />

legítimos direitos e interesses, bem como à obtenção de reparações por via judicial. Todavia, nem<br />

to<strong>do</strong>s os residentes dispõem de capacidade financeira suficiente para suportar os encargos <strong>do</strong><br />

processo e os honorários de advoga<strong>do</strong>, pelo que a criação <strong>do</strong> apoio judiciário tem por objectivo<br />

assegurar esse direito aos residentes economicamente mais débeis.<br />

O apoio judiciário permite a isenção <strong>do</strong> pagamento total ou parcial <strong>do</strong>s preparos ou custas<br />

<strong>do</strong> processo ou prorrogan<strong>do</strong> o prazo de pagamento das pessoas economicamente mais débeis,<br />

sen<strong>do</strong>-lhes assegura<strong>do</strong> o patrocínio oficioso.<br />

Os residentes da RAEM, incluin<strong>do</strong> os residentes temporários, podem ter acesso ao apoio<br />

judiciário desde que reúnam as condições normais e específicas. Essas condições incluem a<br />

junção de <strong>do</strong>cumentos comprovativos da insuficiência económica <strong>do</strong> requerente (atesta<strong>do</strong> de<br />

situação económica emiti<strong>do</strong> pelo Instituto de Acção Social) ou <strong>do</strong>cumento comprovativo <strong>do</strong> facto<br />

de o requerente se encontrar a cargo da assistência pública, com a menção indicativa de tais<br />

<strong>do</strong>cumentos se destinarem à instrução de pedi<strong>do</strong> de apoio judiciário. A lei prevê presunção de<br />

insuficiência económica e quan<strong>do</strong> tal acontece (como os menores e os titulares de direito de<br />

indemnização por acidente) o interessa<strong>do</strong> não necessita de apresentar os <strong>do</strong>cumentos acima<br />

referi<strong>do</strong>s. O apoio judiciário pode ser requeri<strong>do</strong> para a activação de um processo ou enquanto<br />

correm os seus termos.<br />

Os pedi<strong>do</strong>s de apoio judiciário podem ser dirigi<strong>do</strong>s aos tribunais ou às secretarias <strong>do</strong><br />

Ministério Público junto <strong>do</strong> Tribunal Judicial de Base (Rua da Praia Grande, Edifício <strong>do</strong> Tribunal<br />

Judicial de Base, 3.º andar) ou ainda ao Ministério Público, Gabinete de Processos Penais.<br />

199


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Estrutura <strong>do</strong>s Órgãos Judiciais da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

Gabinete <strong>do</strong><br />

Procura<strong>do</strong>r<br />

Ministério Público<br />

Serviço <strong>do</strong><br />

Ministério Público<br />

junto <strong>do</strong> Tribunal de<br />

Última Instância<br />

Serviço <strong>do</strong><br />

Ministério Público<br />

junto <strong>do</strong> Tribunal de<br />

Segunda Instância<br />

Tribunal de Última<br />

Instância<br />

Tribunal de Segunda<br />

Instância<br />

Secções:<br />

1. Secção de processos de<br />

natureza penal<br />

2. Secção de processos das<br />

causas restantes<br />

Gabinete <strong>do</strong> Presidente <strong>do</strong><br />

Tribunal de Última Instância<br />

Tribunal Judicial<br />

de Base<br />

Tribunal Administrativo<br />

Serviço <strong>do</strong><br />

Ministério Público<br />

junto <strong>do</strong> Tribunal<br />

Judicial de Base<br />

Serviço <strong>do</strong><br />

Ministério Público<br />

junto <strong>do</strong> Tribunal<br />

Administrativo<br />

Juízos Cíveis, Juízos de<br />

Instrução Criminal, Juízos<br />

de Pequenas Causas<br />

Cíveis, Juízos Criminais,<br />

Juízos Laborais e Juízos de<br />

Família e de Menores<br />

Formação de Magistra<strong>do</strong>s<br />

Faculdade de Direito da Universidade de <strong>Macau</strong><br />

Desde a sua criação, em 1988, a Faculdade de Direito da Universidade de <strong>Macau</strong>, tem<br />

forma<strong>do</strong> um grande número de excelentes quadros de Direito local. A grande maioria <strong>do</strong>s<br />

magistra<strong>do</strong>s judiciais de <strong>Macau</strong> concluíram ali os seus cursos, e mais de 96 por cento <strong>do</strong>s juízes,<br />

delega<strong>do</strong>s magistra<strong>do</strong>s e advoga<strong>do</strong>s chineses ali têm si<strong>do</strong> gradua<strong>do</strong>s.<br />

Os cursos da Faculdade são o Curso de Licenciatura em Direito em Língua Portuguesa, o<br />

Curso de Licenciatura em Direito em Língua Chinesa, os Cursos de Mestra<strong>do</strong> em Direito em<br />

Língua Portuguesa e Chinesa, e Cursos de Direito da União Europeia, Direito Internacional,<br />

Direito Compara<strong>do</strong> e Direito Comercial Internacional em Língua Inglesa. Em 2007, iniciaram-<br />

-se os Cursos de Doutoramento em Direito, em Iíngua Chinesa e em Língua Inglesa. Também<br />

se oferecem Cursos de Pós-graduação em Direito em Língua Portuguesa, em Língua Chinesa<br />

e em Língua Inglesa bem como o Curso de Introdução ao Direito de <strong>Macau</strong> e o Curso de<br />

Aperfeiçoamento de Prática e Linguagem Jurídica.<br />

No ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, matricularam-se na Faculdade de Direito, 410 alunos no<br />

curso de licenciatura, 245 nos cursos de mestra<strong>do</strong>, 92 nos cursos de pós-graduação e 26 nos<br />

cursos de <strong>do</strong>utoramento.<br />

Universidade de Ciência e Tecnologia de <strong>Macau</strong><br />

A Faculdade de Direito da UCTM, criada em 2000, assegura cursos de licenciatura, mestra<strong>do</strong><br />

e <strong>do</strong>utoramento em Direito.<br />

200


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

O regime <strong>do</strong>s cursos de licenciatura, de mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>utoramento de Direito são,<br />

respectivamente, de quatro, de <strong>do</strong>is e de três anos.<br />

Os cursos de licenciatura dispõem, entre outras matérias, <strong>do</strong> Direito Local de <strong>Macau</strong>, <strong>do</strong><br />

Direito <strong>do</strong> Interior da China e <strong>do</strong>s direitos <strong>do</strong>s principais países <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, e da Filosofia <strong>do</strong> Direito.<br />

Os cursos de mestra<strong>do</strong> contam com cursos de Direito Económico e Comercial Internacional, de<br />

Justiça Penal, de Lei e de Direito (cinco áreas de especialização: a Filosofia <strong>do</strong> Direito, o Direito<br />

Comparativo, a Constituição e o Direito Administrativo, o Direito Civil e Comercial e o Direito<br />

Penal). Os cursos de <strong>do</strong>utoramento incluem nove disciplinas, nomeadamente, a Filosofia <strong>do</strong><br />

Direito, a História de Direito, o Direito Civil e Comercial, o Direito Penal, a Constituição e Direito<br />

Administrativo, o Direito Económico, o Direito Internacional, o Direito de Processo, e o Direito<br />

de Protecção Ambiental e de Recursos.<br />

Na Faculdade de Direito da UCTM, no ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, foram admiti<strong>do</strong>s 468<br />

alunos para o Curso de Licenciatura em Direito, <strong>do</strong>s quais, 336 provenientes <strong>do</strong> exterior e 132<br />

de <strong>Macau</strong>, ten<strong>do</strong>-se, ainda, matricula<strong>do</strong> 84 alunos para mestra<strong>do</strong> e 42 para <strong>do</strong>utoramento.<br />

Centro de Formação Jurídica e Judiciária<br />

Cria<strong>do</strong> pelo Regulamento Administrativo n.º 5/2001, e com as alterações introduzidas pelo<br />

Regulamento Administrativo n.º 1/2003 que define a sua organização e funcionamento, e pelo<br />

Regulamento Administrativo n.º 7/2010, o Centro de Formação Jurídica e Judiciária (CFJJ) é um<br />

estabelecimento público de ensino profissional, <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de autonomia científica e pedagógica, e<br />

destina<strong>do</strong> à formação profissional, nas áreas da justiça e <strong>do</strong> Direito.<br />

A formação para ingresso nos quadros das Magistraturas Judicial e <strong>do</strong> Ministério Público é<br />

uma das principais atribuições <strong>do</strong> Centro.<br />

Segun<strong>do</strong> o Regime e o Regulamento <strong>do</strong> Curso e Estágio de Formação para Ingresso nas<br />

Magistraturas Judicial e <strong>do</strong> Ministério Público, o ingresso nos quadros das magistraturas judicial<br />

e <strong>do</strong> Ministério Público depende da frequência, com aproveitamento, <strong>do</strong> curso e <strong>do</strong> estágio com<br />

a duração de <strong>do</strong>is anos promovi<strong>do</strong> pelo CFJJ. Em Maio de 2002, iniciou-se o primeiro Curso de<br />

Formação de Magistra<strong>do</strong>s após o estabelecimento da RAEM. Em Junho de 2007, começou o<br />

Segun<strong>do</strong> Curso de Formação de Magistra<strong>do</strong>s, ten<strong>do</strong>-se concluí<strong>do</strong>, o Terceiro Curso de Formação<br />

de Magistra<strong>do</strong>s em Junho de 2011. Os três cursos formaram para a RAEM um total de 25<br />

magistra<strong>do</strong>s (14 juízes e 11 magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério Público). O quarto curso de formação<br />

de magistra<strong>do</strong>s deu início nos mea<strong>do</strong>s de 2011.<br />

Além da formação de ingresso de magistra<strong>do</strong>s, ao CFJJ cabe também a respectiva formação<br />

de reciclagem, ou permanente, sen<strong>do</strong> que, neste âmbito, foram realizadas diversas acções<br />

em colaboração com o Instituto de Formação de Magistra<strong>do</strong>s Judiciais da RPC, o Instituto de<br />

Formação de Magistra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ministério Público da RPC, o Centro de Estu<strong>do</strong>s Judiciários de<br />

Portugal e a Escola Nacional de Magistratura de França, bem como actividades de formação que<br />

contaram com a colaboração de juristas e peritos de <strong>Macau</strong>. Neste contexto, o CFJJ realizou,<br />

em 2011, várias palestras temáticas, como: “Criminalidade Informática no Novo Código Penal<br />

da RPC e a Investigação e Dedução de Acusação” e “Prova Indiciária e as Novas Formas de<br />

Criminalidade” entre outros.<br />

Quanto à formação de ingresso de funcionários de justiça, o Centro ministrou, em 2005 e<br />

2006, <strong>do</strong>is cursos de habilitação com duração de um ano cada, com um total de 125 forman<strong>do</strong>s<br />

201


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is cursos que foram integra<strong>do</strong>s nas carreiras, estan<strong>do</strong> previsto, para finais de Abril de<br />

<strong>2012</strong>, o início <strong>do</strong> terceiro curso de habilitação, com 120 alunos a serem admiti<strong>do</strong>s.<br />

Por solicitação <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Ministério Público e <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Presidente<br />

<strong>do</strong> Tribunal de Última Instância, o CFJJ organizou o Curso de Formação para Acesso à Categoria<br />

de Escrivão <strong>do</strong> Ministério Público Especialista, o Curso de Formação para Acesso à Categoria de<br />

Escrivão <strong>do</strong> Ministério Público Principal, o Curso de Formação para Acesso à Categoria de Escrivão<br />

<strong>do</strong> Ministério Público Adjunto, o Curso de Formação para Provimento no Cargo de Escrivão de<br />

Direito, o Curso de Formação para Acesso à Categoria de Escrivão Judicial Especialista, o Curso<br />

de Formação para Acesso à Categoria de Escrivão Judicial Principal e o Curso de Formação para<br />

Acesso à Categoria de Escrivão Judicial Adjunto.<br />

Com a colaboração da DSAJ, foram organizadas, em 2011, as actividades formativas,<br />

incluídas no curso de formação para acesso na categoria de ajudante principal <strong>do</strong>s serviços<br />

<strong>do</strong>s registos e notaria<strong>do</strong> e palestras temáticas, tais como a palestra sobre a “Qualidade de<br />

Serviço <strong>do</strong>s Registos e <strong>do</strong> Notaria<strong>do</strong>” e palestra sobre a “Reforma <strong>do</strong>s Registos e <strong>do</strong> Notaria<strong>do</strong><br />

de Portugal”, bem como, seminário sobre a “Reforma <strong>do</strong> Direito Processual Civil da China”,<br />

respectivamente, destinadas a conserva<strong>do</strong>res e notários.<br />

A formação jurídica para os trabalha<strong>do</strong>res da Administração Pública é também uma das<br />

prioridades <strong>do</strong> Centro. No âmbito da formação de ingresso e da formação permanente para<br />

trabalha<strong>do</strong>res da função pública, o CFJJ, além de organizar o “Curso da Lei Básica e o Curso<br />

Temático sobre a Lei Básica”, realizou, ao mesmo tempo, uma ou várias edições de “Curso de<br />

Procedimento Administrativo”, “Curso sobre o Regime Jurídico da Função Pública”, “Curso de<br />

Regime de Administração Financeira Pública”, “Curso sobre o Regime Jurídico <strong>do</strong>s Contratos<br />

Administrativos”, “Curso sobre Processo Administrativo Contencioso”, “Curso sobre Direito <strong>do</strong><br />

Trabalho” e “Curso sobre o Regime Jurídico das Empreitadas de Obras Públicas”. O CFJJ organizou<br />

ainda, por solicitação <strong>do</strong>s vários Serviços da Administração Pública, cursos de formação temática<br />

especializada em diversas áreas, tais como: “Curso de Noções Gerais de Direito Penal” e “Curso<br />

de Formação de Ingresso para Inspectores da Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos Laborais”.<br />

O CFJJ organizou, ainda, uma série de cursos destina<strong>do</strong>s a juristas, tais como: “Curso de<br />

Aprofundamento de Direito e Prática Jurídica na Administração Pública”, “Curso de Produção<br />

Legislativa” em língua chinesa, “Curso Breve sobre Produção Legislativa: Legística Formal” em<br />

língua portuguesa, “Curso de Direito e Processo de Trabalho” e “Curso de Direito Comercial” em<br />

língua chinesa ou portuguesa, participan<strong>do</strong> ainda, em conjunto com os SAFP, na organização <strong>do</strong><br />

“Programa de Aperfeiçoamento de Língua Portuguesa na Área Jurídica”. O CFJJ deu continuidade à<br />

colaboração com os Departamentos de Trata<strong>do</strong>s e Leis <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros da<br />

RPC, na organização, em <strong>Macau</strong>, <strong>do</strong> Seminário Temático sobre “Desenvolvimento da Diplomacia<br />

Chinesa” destina<strong>do</strong> ao pessoal de direcção e chefia.<br />

O CFJJ continuou a organizar actividades no âmbito <strong>do</strong> 2.º Programa de Cooperação na Área<br />

Jurídica entre a União Europeia e <strong>Macau</strong>, que decorreram, de Março a Novembro de 2011, em<br />

forma de seminários e workshops, pela seguinte ordem cronológica: “Seminário sobre Cooperação<br />

Judiciária - A<strong>do</strong>pção”, “Seminário sobre Criminalidade Informática: a Resposta de Pequenos<br />

Países ao Desafio Global”, “Seminário sobre Direitos <strong>do</strong>s Consumi<strong>do</strong>res - Desenvolvimentos<br />

Recentes no Direito <strong>do</strong> Consumi<strong>do</strong>r Europeu”, “Seminário sobre Cooperação Judiciária: Autonomia<br />

das Partes nos Assuntos Transfronteiriços em Matéria Civil e Comercial”, “Seminário sobre<br />

Direitos Humanos e Liberdades Fundamentais: Direito à Privacidade e Direito à Protecção de<br />

Da<strong>do</strong>s Pessoais”, “Seminário sobre Água e Direito - As Respostas Global, Regionais e Locais”,<br />

202


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

e o “Workshop sobre Experiências Legislativas de Ordens Jurídicas Bilingues e Multilingues e<br />

Gestão da Legislação”.<br />

Ainda, por solicitação da Associação <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong>, o CFJJ continuou organizar<br />

várias actividades formativas destina<strong>do</strong>s aos advoga<strong>do</strong>s estagiários.<br />

Advoga<strong>do</strong>s e Associação <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong><br />

Os advoga<strong>do</strong>s exercem um papel importante nos sistemas jurídico e judicial de <strong>Macau</strong>,<br />

sobretu<strong>do</strong> no mandato judicial e na consulta<strong>do</strong>ria jurídica. Ninguém poderá estar priva<strong>do</strong><br />

de patrocínio judicial, sob quaisquer pretextos, nomeadamente, de natureza financeira. Os<br />

advoga<strong>do</strong>s têm o dever de prestar assistência aos que pretendem fazer valer os seus direitos<br />

nos tribunais e patrocinar os processos de apoio judiciário que lhes são distribuí<strong>do</strong>s.<br />

O Decreto-Lei n.º 31/91/M, de 6 de Maio de 1991, (Estatuto <strong>do</strong> Advoga<strong>do</strong>) estabelece que a<br />

Associação <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong> é a pessoa colectiva representativa da classe de advoga<strong>do</strong>s,<br />

ten<strong>do</strong> ainda o dever de zelar pela manutenção <strong>do</strong> seu nível profissional e deontológico e tratar<br />

das queixas dirigidas contra os advoga<strong>do</strong>s. A conduta <strong>do</strong>s advoga<strong>do</strong>s da Associação é regulada<br />

por vários diplomas legais, nomeadamente, o Regulamento Geral <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s, os Estatutos<br />

da Associação <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s, o Regulamento <strong>do</strong> Conselho Superior da Advocacia, o Código<br />

Deontológico (Despacho n.º 121/GM/92), o Código Disciplinar <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s (Despacho n.º<br />

53/GM/95), o Regulamento de Acesso à Advocacia, e o Regulamento <strong>do</strong>s Lau<strong>do</strong>s.<br />

A constituição <strong>do</strong>s órgãos sociais da Associação <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong> é: Mesa da<br />

Assembleia-geral, Direcção e Conselho Fiscal. O Conselho Superior da Advocacia é o órgão de<br />

disciplina profissional <strong>do</strong>s advoga<strong>do</strong>s. Órgão colegial independente exerce jurisdição disciplinar<br />

exclusiva sobre os advoga<strong>do</strong>s e os advoga<strong>do</strong>s estagiários, competin<strong>do</strong>-lhe ainda zelar pela<br />

manutenção da ética e deontologia da classe. O Conselho Superior de Advocacia é constituí<strong>do</strong><br />

por: três advoga<strong>do</strong>s com dez, ou mais anos de actividade; três advoga<strong>do</strong>s com menos de<br />

dez anos de actividade; um magistra<strong>do</strong> judicial; um magistra<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ministério Público e, uma<br />

personalidade designada pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

Os licencia<strong>do</strong>s em Direito pela Universidade de <strong>Macau</strong>, ou por outras universidades<br />

reconhecidas por <strong>Macau</strong>, que queiram exercer a profissão de advocacia, necessitam de se<br />

inscrever na Associação <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong> e de frequentar um estágio de advocacia. O<br />

estágio permite ao advoga<strong>do</strong> estagiário tomar contacto com as técnicas profissionais, e aprender<br />

os padrões deontológicos, preparan<strong>do</strong>-o para desempenhar a profissão.<br />

Os estágios têm a duração mínima de 18 meses ininterruptos. A inscrição na Associação<br />

<strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong> deve ocorrer no prazo de 60 dias, a contar da conclusão <strong>do</strong> estágio.<br />

Os licencia<strong>do</strong>s em Direito por universidade que não seja de <strong>Macau</strong> poderão ser obriga<strong>do</strong>s,<br />

ao abrigo <strong>do</strong> Regulamento de Acesso à Advocacia, a frequentar um curso prévio de adaptação<br />

ao ordenamento jurídico de <strong>Macau</strong>, por um perío<strong>do</strong> mínimo de 12 e máximo de 15 meses.<br />

Até finais de 2011, estavam inscritos em <strong>Macau</strong> 231 advoga<strong>do</strong>s e 111 advoga<strong>do</strong>s estagiários.<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Assuntos de Justiça<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Assuntos de Justiça (DSAJ) é um serviço de estu<strong>do</strong> e apoio<br />

técnico no âmbito da política de Justiça, em geral, de execução das políticas específicas definidas<br />

203


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

para a produção, tradução e divulgação jurídicas, de organização e funcionamento no <strong>do</strong>mínio<br />

<strong>do</strong> regime educativo da jurisdição de menores infractores e da reinserção social e, ainda, de<br />

coordenação e apoio <strong>do</strong>s serviços <strong>do</strong>s registos e <strong>do</strong> notaria<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s notários priva<strong>do</strong>s. A sua<br />

orgânica é constituída pelos departamentos de Produção Jurídica, Tradução Jurídica, Divulgação<br />

Jurídica, Inspecção e Contencioso, Reinserção Social, Gestão Administrativa e Financeira e<br />

Instituto de Menores.<br />

No âmbito da DSAJ funcionam, ainda, os serviços de registo e notaria<strong>do</strong>, incluin<strong>do</strong> o registo<br />

predial, registo comercial e de bens móveis, registo civil, os 1.º e 2.º cartórios notariais e o<br />

das Ilhas.<br />

Conservatória <strong>do</strong> Registo Predial<br />

O serviço de registo predial destina-se essencialmente a dar publicidade à situação jurídica<br />

<strong>do</strong>s prédios, aquisição, hipoteca, transmissão, entre outros, ten<strong>do</strong> em vista a segurança <strong>do</strong><br />

comércio imobiliário.<br />

Conservatória <strong>do</strong> Registo Comercial e de Bens Móveis<br />

Os serviços de registo desta Conservatória destinam-se a dar publicidade à situação jurídica<br />

<strong>do</strong>s empresários e das empresas comerciais, bem como <strong>do</strong>s automóveis e das aeronaves, ten<strong>do</strong><br />

por finalidade a segurança <strong>do</strong> comércio jurídico.<br />

Conservatória <strong>do</strong> Registo Civil<br />

Serviço competente para registar o nascimento, a filiação, a a<strong>do</strong>pção e a regulação, inibição<br />

ou suspensão <strong>do</strong> exercício <strong>do</strong> poder paternal, casamento, as convenções matrimoniais, o óbito<br />

e a morte presumida ocorri<strong>do</strong>s na RAEM e emitir certidões que comprovem estes factos.<br />

Cartórios Notariais<br />

Actualmente existem três entidades notariais: 1.º Cartório, 2.º Cartório, e Cartório das<br />

Ilhas que têm essencialmente por fim dar forma legal e conferir fé pública aos actos jurídicos<br />

extrajudiciais e prestar assessoria às partes na expressão da sua vontade negocial.<br />

Notaria<strong>do</strong> Priva<strong>do</strong><br />

O Regime de Notário Priva<strong>do</strong> foi instituí<strong>do</strong> em 1991, com o objectivo de compartilhar o<br />

trabalho <strong>do</strong>s três cartórios públicos acima referi<strong>do</strong>s. Os notários priva<strong>do</strong>s são regulamenta<strong>do</strong>s<br />

principalmente pelo “Estatuto de Notários Priva<strong>do</strong>s” (Decreto-Lei n.º 66/99/M) e “Código <strong>do</strong><br />

Notaria<strong>do</strong>” (Decreto-Lei n.º 62/99/M, altera<strong>do</strong> pela Lei n.º 4/2000).<br />

Podem ser nomea<strong>do</strong>s, pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo, notários priva<strong>do</strong>s os advoga<strong>do</strong>s que<br />

cumulativamente: não sejam estagiários; estejam regular e definitivamente inscritos no<br />

respectivo organismo representativo; tenham escritório e se encontrem em exercício de funções<br />

na RAEM e não tenham si<strong>do</strong> pronuncia<strong>do</strong>s, ou não tenha si<strong>do</strong> designa<strong>do</strong> dia para julgamento,<br />

ou condena<strong>do</strong>s pela prática de crime <strong>do</strong>loso gravemente desonroso.<br />

204


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

Compete aos Serviços de Justiça o trabalho de coordenação e fiscalização <strong>do</strong>s notários<br />

priva<strong>do</strong>s. Até finais de 2011, estavam regista<strong>do</strong>s e exerciam funções em <strong>Macau</strong> 55 notários<br />

priva<strong>do</strong>s.<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços da Reforma Jurídica e <strong>do</strong> Direito<br />

Internacional<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços da Reforma Jurídica e <strong>do</strong> Direito Internacional foi criada pelo<br />

Regulamento Administrativo n.º 22/2010. Além de assumir as funções pertencentes ao antigo<br />

Gabinete para a Reforma Jurídica e ao antigo Gabinete para os Assuntos <strong>do</strong> Direito Internacional,<br />

a Direcção <strong>do</strong>s Serviços da Reforma Jurídica e <strong>do</strong> Direito Internacional é ainda responsável por<br />

promover o trabalho de criação <strong>do</strong> mecanismo de coordenação central da reforma jurídica <strong>do</strong><br />

Governo da RAEM, de forma a que este possa concentrar recursos para elaborar regulamentos<br />

em função de urgência e prioridade de cada um, responden<strong>do</strong> oportunamente às necessidades<br />

sociais.<br />

Conselho Consultivo da Reforma Jurídica<br />

O Conselho Consultivo da Reforma Jurídica foi cria<strong>do</strong> em Março de 2005 pelo Despacho <strong>do</strong><br />

Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 59/2005.<br />

Em harmonia com as acções governativas da RAEM, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços da Reforma<br />

Jurídica e <strong>do</strong> Direito Internacional criada em 2011, empenhou-se na promoção <strong>do</strong> mecanismo<br />

central de reforma jurídica e <strong>do</strong> planeamento <strong>do</strong>s projectos legislativos, promoven<strong>do</strong> o tratamento<br />

prioritário <strong>do</strong>s projectos relativos à vida da população e aos assuntos cívicos segun<strong>do</strong> a ordem<br />

de urgência e, supervisan<strong>do</strong> e coordenan<strong>do</strong> diversos departamentos na conclusão atempada<br />

<strong>do</strong>s respectivos trabalhos legislativos a fim de responder as aspirações da sociedade.<br />

Articulan<strong>do</strong> com a direcção governativa <strong>do</strong> reforço da coordenação central da reforma<br />

jurídica, o mecanismo central de reforma jurídica constituí<strong>do</strong> pelo Conselho Consultivo da<br />

Reforma Jurídica e pela Direcção <strong>do</strong>s Serviços da Reforma Jurídica e <strong>do</strong> Direito Internacional<br />

tratou com prioridade os trabalhos de reforma jurídica no âmbito de vida da população, da<br />

economia e <strong>do</strong> direito processual, em resposta às necessidades prementes da sociedade,<br />

sen<strong>do</strong> que os principais códigos objecto de revisão são o Código de Processo Penal e o Código<br />

de Processo Civil, bem como o Regime Jurídico da Propriedade Horizontal no Código Civil. De<br />

entre os projectos especializa<strong>do</strong>s de reforma jurídica destacam-se o Regime Geral <strong>do</strong> Contrato<br />

de Trabalho na Administração Pública e os respectivos diplomas.<br />

205


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

206


31 de Dezembro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, anuncia a interpretação <strong>do</strong> Comité<br />

Permanente da Assembleia Popular Nacional sobre o Artigo 7.º <strong>do</strong> Anexo<br />

I e <strong>do</strong> Artigo 3.º <strong>do</strong> Anexo II da Lei Básica de <strong>Macau</strong><br />

Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

207


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

11 de Agosto de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, deslocou-se nesta data ao plenário da<br />

Assembleia Legislativa para responder às questões <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s relacionadas<br />

com as linhas de acção e políticas <strong>do</strong> Governo, bem como outras matérias<br />

208


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

19 de Dezembro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, na cerimónia de abertura da<br />

sessão sobre a relação entre o novo sistema jurídico da China e<br />

“um país, <strong>do</strong>is sistemas”<br />

27 de Março de 2011<br />

Feira <strong>do</strong> 18.º aniversário da promulgação da Lei Básica<br />

209


Ordenamento Jurídico e Sistema Judicial<br />

4 de Janeiro de 2011<br />

O presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância, Sam Hou Fai,<br />

preside à cerimónia da tomada de posse de quatro juízes<br />

4 de Dezembro de 2011<br />

Sondagem deliberativa sobre a revisão das Leis de Imprensa e de<br />

Radiodifusão, encomendada pelo Gabinete de Comunicação Social à<br />

Companhia de Soluções ERS (<strong>Macau</strong>), Lda.<br />

210


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

5 de Maio de 2011<br />

A 7.ª Conferência de Procura<strong>do</strong>res-Gerais da China e Países de ASEAN<br />

realizada em Singapura<br />

211


O Governo Central é<br />

responsável pelos assuntos<br />

das relações externas relativos<br />

à Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong>. Depois<br />

da criação da RAEM, o<br />

Governo Central estabeleceu<br />

o Comissaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ministério<br />

<strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros da<br />

República Popular da China<br />

na RAEM para tratar <strong>do</strong>s<br />

assuntos inerentes às relações<br />

externas. O Governo Central<br />

autoriza a RAEM a tratar, por<br />

si própria e nos termos da Lei<br />

Básica, <strong>do</strong>s assuntos externos<br />

concernentes.


III<br />

RELAÇÕES<br />

EXTERNAS


Descerramento da Placa <strong>do</strong> Centro de Formação <strong>do</strong> Fórum<br />

para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e<br />

os Países de Língua Portuguesa (Foto: GCS)


Relações Externas<br />

Relações Externas<br />

O Governo Central é responsável pelos assuntos das relações externas relativos à Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>. Depois da criação da RAEM, o Governo Central estabeleceu o<br />

Comissaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros da República Popular da China na RAEM<br />

para tratar <strong>do</strong>s assuntos inerentes às relações externas. O Governo Central autoriza a RAEM a<br />

tratar, por si própria e nos termos da Lei Básica, <strong>do</strong>s assuntos externos concernentes.<br />

O capítulo VII da Lei Básica regula os assuntos externos que a RAEM pode tratar por si<br />

própria.<br />

Como entidade não soberana, a RAEM mantém amplos contactos e estreitas relações com<br />

vários países e regiões <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, nomeadamente com a União Europeia e os países lusófonos,<br />

com os quais, desde há muito, tem um relacionamento amplo, directo e amistoso, que constitui<br />

uma grande vantagem para <strong>Macau</strong>.<br />

“Estabelecer relações com os países e regiões distantes e consolidar a integração com<br />

os países e regiões vizinhos” é a estratégia <strong>do</strong> desenvolvimento a longo prazo, definida para<br />

as relações externas da RAEM. No que diz respeito às relações internacionais, a RAEM vai<br />

continuar a desenvolver a cooperação bilateral e multilateral. O Governo da RAEM realiza<br />

diversas actividades com o exterior, e esforça-se por desenvolver o intercâmbio e a cooperação<br />

com os outros países e regiões nas áreas comercial e cultural, a fim de alargar o espaço de<br />

desenvolvimento de <strong>Macau</strong>.<br />

Isenção Mútua de Vistos<br />

Promover os <strong>do</strong>cumentos de viagem da RAEM é uma das tarefas importantes <strong>do</strong> Governo<br />

da RAEM. Com o apoio e ajuda <strong>do</strong> Governo Central, o Governo tem consegui<strong>do</strong> grande êxito na<br />

obtenção de isenção de vistos para os passaportes e título de viagem da RAEM. Até Março de<br />

<strong>2012</strong>, um total de 86 países e territórios (regiões) tinham concedi<strong>do</strong> aos titulares <strong>do</strong> passaporte<br />

da RAEM isenção de vistos, e nove países tinham concedi<strong>do</strong> visto à chegada. (Ver apêndice IX<br />

“Dispensa de Visto de Entrada para Porta<strong>do</strong>res de Passaporte e de Título de Viagem da RAEM”)<br />

Além destes, nove países tinham concedi<strong>do</strong> isenção de visto ou visto à chegada aos titulares<br />

de título de viagem da RAEM.<br />

215


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

A RAEM também concede isenção de visto a cidadãos de 69 países. Os cidadãos destes<br />

países podem permanecer na RAEM por um perío<strong>do</strong> de 14 até 90 dias, haven<strong>do</strong> até casos em<br />

que a permanência pode ser superior, como os cidadãos <strong>do</strong> Reino Uni<strong>do</strong>, que podem permanecer<br />

seis meses, desde que entrem em <strong>Macau</strong> com passaporte váli<strong>do</strong>. (Ver apêndice X “Passaportes<br />

Cujos Porta<strong>do</strong>res Estão Isentos de Visto e de Autorização de Entrada na RAEM”)<br />

Instituições Consulares em <strong>Macau</strong><br />

De acor<strong>do</strong> com o artigo 142.º da Lei Básica, os postos consulares e outras missões oficiais<br />

ou semi-oficiais estrangeiros podem estabelecer-se na Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>,<br />

mediante a aprovação <strong>do</strong> Governo Popular Central. Podem manter-se em <strong>Macau</strong> os postos<br />

consulares e outras missões oficiais <strong>do</strong>s países que têm relações diplomáticas com a República<br />

Popular da China. De acor<strong>do</strong> com as circunstâncias de cada caso, os postos consulares e outras<br />

missões oficiais em <strong>Macau</strong> <strong>do</strong>s países que não têm relações diplomáticas com a República Popular<br />

da China podem manter-se ou ser converti<strong>do</strong>s em semi-oficiais. Os países não reconheci<strong>do</strong>s<br />

pela República Popular da China podem apenas estabelecer na Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong> instituições não-governamentais.<br />

Até Dezembro de 2011, 88 países mantinham funções consulares com a RAEM (incluin<strong>do</strong><br />

aqueles cuja jurisdição consular cobre a RAEM, aqueles cujo consula<strong>do</strong>-geral em Hong Kong<br />

é responsável pelos assuntos consulares em <strong>Macau</strong>, e os que nomearam cônsul honorário<br />

na RAEM), totalizan<strong>do</strong> 86 instituições consulares acreditadas na RAEM. (Ver apêndice VIII<br />

“Representações Consulares na RAEM”)<br />

Desses países, Portugal, Angola e Filipinas estabeleceram consula<strong>do</strong>s-gerais na RAEM.<br />

Os 55 países cujo consula<strong>do</strong>-geral em Hong Kong é responsável pelos assuntos consulares na<br />

RAEM ou podem exercer funções consulares na RAEM são: África <strong>do</strong> Sul, Alemanha, Arábia<br />

Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bangladesh, Bélgica, Brasil, Brunei, Camboja, Canadá,<br />

Cazaquistão, Chile, Colômbia, Coreia <strong>do</strong> Sul, Dinamarca, Egipto, Espanha, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da<br />

América, França, Finlândia, Grécia, Holanda, Índia, In<strong>do</strong>nésia, Irão, Israel, Itália, Japão, Kuwait,<br />

Laos, Malásia, México, Mongólia, Myanmar, Nepal, Nigéria, Nova Zelândia, Paquistão, Peru,<br />

Polónia, Reino Uni<strong>do</strong>, República Checa, Roménia, Rússia, Singapura, Suécia, Suíça, Tailândia,<br />

Turquia, Venezuela, Vietname e Zimbabwe. (Embora os governos da China e da Antígua e Barbuda<br />

tenham chega<strong>do</strong> a acor<strong>do</strong> quanto ao estabelecimento de um consula<strong>do</strong>-geral deste país na<br />

Região Administrativa Especial de Hong Kong, este ainda não se encontra em funcionamento)<br />

Os dez países que nomearam cônsul honorário na RAEM são: Cabo Verde, Estónia, Granada,<br />

Guiné, Guiné-Bissau, Mali, Moçambique, Níger, Peru e Reino Uni<strong>do</strong>. (Nota: os cônsules honorários<br />

<strong>do</strong> Butão, França e Suriname não foram, ainda, nomea<strong>do</strong>s)<br />

Os 19 países cujo cônsul honorário em Hong Kong tem jurisdição consular de cobertura<br />

sobre a RAEM são: Chipre, Eritreia, Eslovénia, Etiópia, Hungria, Eslováquia, Quénia, Lituânia,<br />

Maldivas, Marrocos, Namíbia, Noruega, Ruanda, São Marino, Ilhas Seychelles, Sri Lanka, Sudão,<br />

Tanzânia e Uruguai. (Nota: o cônsul honorário da Islândia não foi, ainda, nomea<strong>do</strong>)<br />

Organizações e Convenções Internacionais<br />

216<br />

Como uma cidade moderna e internacional, a adesão da RAEM às organizações e


Relações Externas<br />

convenções internacionais contribui para a manutenção <strong>do</strong> seu estatuto específico na comunidade<br />

internacional, e para o desenvolvimento das relações externas nos <strong>do</strong>mínios da economia,<br />

comércio, finanças, transportes aéreo e marítimo, cultura, educação, protecção ambiental e<br />

saúde.<br />

Organizações Internacionais<br />

As disposições <strong>do</strong>s artigos 136.º e 137.º da Lei Básica estipulam os princípios da participação<br />

da RAEM, pela forma apropriada, nas actividades das organizações internacionais, que constituem<br />

as bases jurídicas para os governos central e da RAEM tratarem da participação da RAEM nas<br />

actividades internacionais multilaterais.<br />

Após a criação da RAEM, o Governo Central tem apoia<strong>do</strong> e colabora<strong>do</strong> sempre com a RAEM,<br />

nos termos da Lei Básica, no âmbito de participar em conferências internacionais e actividades<br />

das organizações internacionais, e tem presta<strong>do</strong> atenção e salvaguarda<strong>do</strong> os interesses e direitos<br />

da RAEM nas respectivas organizações internacionais.<br />

A RAEM participa nas organizações governamentais internacionais de duas formas: através<br />

da adesão como membro de pleno direito nessas organizações ou convenções internacionais,<br />

neste caso, como entidade própria pelo cumprimento <strong>do</strong>s deveres e usufruin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s direitos<br />

internacionais; ou através da adesão como estatuto de membro-candidato, de membro-associa<strong>do</strong><br />

ou membro sem direito a voto nas organizações e convenções internacionais, intervin<strong>do</strong> em<br />

nome de “<strong>Macau</strong>, China” e assumin<strong>do</strong>, em circunstâncias específicas, os deveres internacionais<br />

e direito ao gozo <strong>do</strong>s direitos internacionais.<br />

Nas organizações governamentais internacionais em que <strong>Macau</strong> não tem estatuto<br />

independente, os representantes <strong>do</strong> Governo da RAEM podem participar nas conferências como<br />

membros de delegações da República Popular da China, nomeadamente às sessões especiais<br />

das Nações Unidas, às conferências das instituições especializadas das Nações Unidas e das<br />

outras organizações e instituições enquadradas no sistema das Nações Unidas, podem ainda,<br />

com a designação de “<strong>Macau</strong>, China”, emitir pareceres sobre os assuntos relaciona<strong>do</strong>s com a<br />

RAEM. <strong>Macau</strong> pode também participar nas conferências regionais e profissionais das organizações<br />

governamentais internacionais cuja participação não é limitada aos Esta<strong>do</strong>s.<br />

De acor<strong>do</strong> com o consenso alcança<strong>do</strong> pelas partes chinesa e portuguesa <strong>do</strong> Grupo de Ligação<br />

Conjunto Sino-Português, em Julho de 1998, no âmbito das organizações não-governamentais,<br />

as duas não discutiram dentro deste grupo a continuação da participação de <strong>Macau</strong> nestas<br />

organizações. As partes chinesa e portuguesa perceberam que após a criação da RAEM, a<br />

participação de <strong>Macau</strong> nas organizações não-governamentais se inseria na área da autonomia<br />

da RAEM, poden<strong>do</strong> esta decidir conforme a realidade.<br />

Em 2011, o Governo da RAEM continuou a participar nas várias conferências internacionais,<br />

de assuntos diversifica<strong>do</strong>s, como membro da delegação <strong>do</strong> Governo Central, ou com a<br />

denominação de “<strong>Macau</strong>, China”. Como membro da delegação <strong>do</strong> Governo Central, o Governo da<br />

RAEM participou, entre outros eventos: na 6.ª sessão da Comissão Especial para a Convenção<br />

sobre os Aspectos Civis <strong>do</strong> Rapto Internacional de Crianças; na 7.ª Conferência de Procura<strong>do</strong>res-<br />

-Gerais da China-ASEAN (Associação das Nações <strong>do</strong> Sudeste Asiático); na 4.ª Conferência <strong>do</strong>s<br />

Países Contratantes da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção; na 100.ª Sessão da<br />

Conferência Internacional <strong>do</strong> Trabalho; na 64.ª Assembleia Mundial de Saúde; na 4.ª Reunião<br />

217


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Regional da Ásia-Pacífico da Conferência de Haia de Direito Internacional Priva<strong>do</strong>; na 34.ª Reunião<br />

<strong>do</strong> Grupo de Trabalho sobre Transportes da APEC; na Reunião Anual <strong>do</strong> Conselho de Operações<br />

Postais da UPU 2011 e na 17.ª Sessão da Cimeira da Convenção sobre Mudança <strong>do</strong> Clima.<br />

Ao mesmo tempo, com a denominação de “<strong>Macau</strong>, China”, a RAEM participou, entre outros,<br />

nos seguintes eventos internacionais: na Conferência internacional sobre inovação tecnológica<br />

na informação e comunicação - director de informática e desastres naturais; na 31.ª reunião<br />

da Conferência da Ásia e <strong>do</strong> Pacífico de Administra<strong>do</strong>res Penitenciários (APCCA); na 7.ª Edição<br />

<strong>do</strong> Seminário da OACI; no 11.º Congresso Internacional de Engenharia de Alimentos; na 15.ª<br />

Reunião da Ásia e Pacífico da Organização Internacional <strong>do</strong> Trabalho; na 18.ª Conferência da<br />

Confederação de Contabilistas da Ásia e Pacífico (CAPA); na 16.ª Reunião da Comissão Mista da<br />

UE e <strong>Macau</strong>; na 8.ª Conferência Ministerial da Organização Mundial <strong>do</strong> Comércio; na Conferência<br />

Global SDMX - FMI (Fun<strong>do</strong> Monetário Internacional) e Banco Mundial; na reunião anual <strong>do</strong> Grupo<br />

da Ásia-Pacífico sobre o Branqueamento de Capitais (APG); na Reunião <strong>do</strong> Grupo Offshore de<br />

Supervisores Bancários; na Reunião Plenária <strong>do</strong> Grupo de Egmont; na 32.ª Reunião PGB para<br />

Programa Internacional de Avaliação de Alunos; na Conferência Internacional sobre o Ensino<br />

Superior; na 35.ª Sessão <strong>do</strong> Comité <strong>do</strong> Património Mundial da UNESCO; na 19.ª Assembleia-<br />

-Geral da Organização Mundial <strong>do</strong> Turismo (OMT); no 22.º Congresso Mundial da Associação<br />

Internacional de Desporto para To<strong>do</strong>s (TAFISA); na 67.ª Sessão da Comissão Económica e<br />

Social para a Ásia-Pacífico das Nações Unidas; na 27.ª Conferência da Organização Marítima<br />

Internacional; e na 4.ª Reunião <strong>do</strong> Grupo de Segurança de Aviação da Região Asiática.<br />

Convenções Internacionais<br />

O artigo 138.º da Lei Básica, que regula a questão da aplicação das convenções<br />

internacionais a <strong>Macau</strong>, constitui o principal fundamento legal para a RAEM nesta questão,<br />

definin<strong>do</strong> os princípios básicos e regulamentos para a forma de aplicabilidade das convenções<br />

internacionais pelos governos Central e da RAEM.<br />

Antes da criação da RAEM, as partes chinesa e portuguesa negociaram, e chegaram<br />

a acor<strong>do</strong>, no âmbito <strong>do</strong> Grupo de Ligação Conjunto Sino-Português, sobre a questão da<br />

aplicação das convenções internacionais a <strong>Macau</strong>, ten<strong>do</strong> ambas as partes desenvolvi<strong>do</strong> as<br />

acções necessárias a nível internacional. Depois <strong>do</strong> estabelecimento da RAEM, são aplicáveis<br />

em <strong>Macau</strong> as seguintes convenções internacionais de grande relevância: o Pacto Internacional<br />

sobre os Direitos Civis e Políticos; o Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e<br />

Culturais; a Constituição da Organização Internacional <strong>do</strong> Trabalho; a Convenção de Interdição<br />

das Piores Formas de Trabalho das Crianças e à Acção Imediata com Vista à Sua Eliminação;<br />

a Convenção da Organização Marítima Internacional; a Convenção de Viena para a Protecção<br />

da Camada de Ozono; a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de<br />

Discriminação Racial; a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de<br />

Discriminação contra as Mulheres; a Convenção sobre os Direitos da Criança; a Convenção contra<br />

a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis Desumanos ou Degradantes; o Regulamento<br />

Sanitário Internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS); a Convenção de Paris contra<br />

a Discriminação no Campo <strong>do</strong> Ensino, entre outras.<br />

Até 2011, existia um total de 269 convenções internacionais multilaterais aplicáveis em<br />

<strong>Macau</strong>, das quais 51 são <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio diplomático e de defesa nacional, 15 da aviação civil, dez das<br />

actividades aduaneiras, quatro da droga, sete da economia e finanças, sete da educação, ciência,<br />

218


Relações Externas<br />

tecnologia e cultura, 18 <strong>do</strong> ambiente e conservação, três da saúde, 20 de direitos humanos,<br />

quatro de propriedade intelectual, 11 de crime internacional, <strong>do</strong>is de comércio internacional,<br />

36 de trabalho, 32 de direito marítimo, dez de direito internacional priva<strong>do</strong>, duas de trânsito<br />

ro<strong>do</strong>viário, oito de telecomunicações e correios e 29 de trata<strong>do</strong>s constitutivos de organizações<br />

internacionais. (Ver apêndice XI “Trata<strong>do</strong>s Internacionalmente em Vigor na RAEM”)<br />

Relativamente aos assuntos <strong>do</strong> direito internacional, até 31 de Dezembro de 2011, o<br />

Governo da RAEM publicou, no total, 73 instrumentos internacionais, sen<strong>do</strong> 11 resoluções <strong>do</strong><br />

Conselho de Segurança das Nações Unidas, cinco trata<strong>do</strong>s multilaterais e 57 trata<strong>do</strong>s bilaterais,<br />

ao mesmo tempo emitiu pareceres sobre a aplicação na RAEM de 34 convenções internacionais.<br />

<strong>Macau</strong> e a União Europeia<br />

Oficialmente as relações entre <strong>Macau</strong> e a União Europeia (UE) estão alicerçadas num acor<strong>do</strong><br />

de comércio e cooperação, assina<strong>do</strong> por ambas as partes em 1992. Após a criação da RAEM,<br />

<strong>Macau</strong> continua a manter boas relações de cooperação económica e comercial com a União<br />

Europeia. A RAEM abriu em Bruxelas, sede da União Europeia, uma Delegação Económica e<br />

Comercial de <strong>Macau</strong>, junto da União Europeia, contribuin<strong>do</strong> para consolidar o relacionamento<br />

multilateral.<br />

Segun<strong>do</strong> este acor<strong>do</strong>, <strong>Macau</strong> e a União Europeia podem cooperar nas áreas da indústria,<br />

investimento, ciência e tecnologia, energia, informação e formação. Uma comissão mista reúne<br />

uma vez por ano, alternadamente, em <strong>Macau</strong> e Bruxelas, a fim de rever a aplicação <strong>do</strong> acor<strong>do</strong><br />

e projectar o desenvolvimento futuro. Até hoje a Comissão Mista já efectuou 16 reuniões.<br />

De acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s estatísticos da União Europeia, a partir da assinatura <strong>do</strong> acor<strong>do</strong><br />

acima referi<strong>do</strong> entre as duas partes, a União Europeia tem investi<strong>do</strong> anualmente um milhão de<br />

euros para patrocinar projectos de cooperação com <strong>Macau</strong>, nomeadamente: de Formação para<br />

a Indústria Turística (1999-2001); Programa de Estu<strong>do</strong>s Europeus (1999-2001); Programa de<br />

Desenvolvimento de Serviços (1999-2001); Programa de Investimento na Ásia (2001 e 2002);<br />

Programa de Cooperação Legal UE-<strong>Macau</strong>, que está em processo de desenvolvimento; e Formação<br />

para Tradução e Intérprete, realizada, em 2006, pela Direcção-Geral para a Interpretação (SCIC)<br />

da Comissão Europeia com o patrocínio <strong>do</strong> Governo da RAEM. Relativamente à cooperação<br />

jurídica com a União Europeia e a Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, foi celebra<strong>do</strong>,<br />

em 2009, um novo “Grant Agreement” respeitante ao 2.º Programa de Cooperação na Área<br />

Jurídica entre as Partes, com a duração de três anos conta<strong>do</strong>s, a partir de 2010. A execução<br />

<strong>do</strong> Programa de Cooperação na Área Jurídica inicia<strong>do</strong> em 2010, conta já com várias acções<br />

de formação, orientadas por especialistas de Direito da União Europeia e <strong>do</strong> Interior da China<br />

em colaboração com diversas entidades públicas, nomeadamente, o European Union Business<br />

Information Programme (EUBIP) (2009-<strong>2012</strong>), e o Programa Académico da União Europeia,<br />

lança<strong>do</strong> no terceiro trimestre de 2011.<br />

Dos projectos de cooperação <strong>Macau</strong>-UE em curso, destacam-se: o Euro-Info Centre de<br />

<strong>Macau</strong> e o Centro de Estu<strong>do</strong>s Avança<strong>do</strong>s de Turismo <strong>Macau</strong>-Europa (ME-CATS) e o Instituto de<br />

Estu<strong>do</strong>s Europeus, entre outros.<br />

Desde a sua criação em 1992, o Euro-Info Centre alcançou um grande sucesso no<br />

fornecimento de informações válidas sobre a Europa aos empresários locais, de Hong Kong, da<br />

Região <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas e de outras regiões vizinhas.<br />

219


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Em Outubro de 2006, a Comissão Europeia emitiu uma comunicação ao Conselho e<br />

ao Parlamento Europeu intitulada “A União Europeia, Hong Kong e <strong>Macau</strong>: possibilidades<br />

de cooperação em 2007-2013”, que salienta que, “os diálogos em matéria de políticas e de<br />

regulamentação e a cooperação existentes entre a UE e as RAE de Hong Kong e <strong>Macau</strong> têm<br />

proporciona<strong>do</strong> uma excelente base para o desenvolvimento das relações entre as partes. Para<br />

que essas relações progridam ainda mais, é preciso, não só apoiar-se nessa base e reforçá-la,<br />

mas também alargá-la de forma a incluir outros sectores e tomar em consideração a cooperação<br />

muito mais vasta da UE com a China continental. Com efeito, Hong Kong e <strong>Macau</strong> são plataformas<br />

que permitem aprofundar a cooperação com a China continental. A UE deverá agora alargar<br />

e aprofundar as bases que permitirão à UE uma maior participação na cooperação trilateral<br />

actualmente existente entre Hong Kong, <strong>Macau</strong> e a China continental”. O mesmo <strong>do</strong>cumento<br />

fixa novos objectivos da cooperação entre a UE e <strong>Macau</strong> nos seguintes <strong>do</strong>mínios: comércio e<br />

áreas aduaneiras, finanças, intercâmbio pessoal e académico, transporte, ambiente, saúde e<br />

segurança alimentar.<br />

A UE é o segun<strong>do</strong> maior parceiro <strong>do</strong> comércio externo de <strong>Macau</strong>. Em 2011, o valor global<br />

das merca<strong>do</strong>rias que a RAEM exportou para a UE foi de 383 milhões de patacas, com um<br />

decréscimo de 6,4 por cento em relação ao ano de 2010, enquanto importou da UE 15,51 mil<br />

milhões de patacas de merca<strong>do</strong>rias, que se traduziram em 55,6 por cento de aumento em<br />

comparação com o ano de 2010.<br />

Isenção de Vistos<br />

Desde 10 de Abril de 2001, que os titulares de passaporte da RAEM podem entrar, isentos<br />

de visto, e para uma estadia de 90 dias, em 13 países membros da União Europeia, signatários<br />

<strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> de Schengen, nomeadamente, a Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha,<br />

Finlândia, França, Grécia, Holanda, Itália, Luxemburgo, Portugal, e Suécia. E os outros <strong>do</strong>is países<br />

signatários deste e que não são membros da União Europeia, a Noruega e Islândia, concederam<br />

também isenção de visto aos titulares de passaporte da RAEM para uma estadia de 90 dias.<br />

Esta iniciativa reforça o intercâmbio entre <strong>Macau</strong> e a União Europeia e outros países europeus.<br />

Através de revisão da legislação, o Governo da RAEM prolongou a estadia em <strong>Macau</strong>, isenta<br />

de visto, para os cidadãos de to<strong>do</strong>s os países membros da União Europeia, Noruega e Islândia,<br />

aumentan<strong>do</strong> de 30 para os actuais 90 dias.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, o Governo <strong>do</strong> Reino Uni<strong>do</strong> também concede aos titulares de passaporte<br />

da RAEM isenção de visto por um perío<strong>do</strong> máximo de seis meses, desde 17 de Abril de 2002.<br />

O Governo da Irlanda concede aos titulares <strong>do</strong> passaporte da RAEM a entrada na Irlanda com<br />

isenção de visto por um perío<strong>do</strong> máximo de 90 dias, desde 27 de Abril de 2002.<br />

Para reforçar o relacionamento com os países membros da União Europeia e promover as<br />

trocas comerciais entre a RAEM e a UE, após o retorno de <strong>Macau</strong> à China, o Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

da RAEM, Edmund Ho, visitou quatro países da UE, nomeadamente Portugal, França, Bélgica<br />

e Alemanha, em 2000, 2001 e 2004. Em 2006, Edmund Ho, à frente duma delegação, visitou,<br />

novamente, a União Europeia, Portugal e Bélgica. Em 2010, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai<br />

On, à frente de uma delegação oficial, efectuou uma visita a Portugal, a primeira deslocação<br />

ao exterior desde que assumiu o cargo de Chefe <strong>do</strong> Executivo, para reforçar laços de amizade<br />

e aprofundar a cooperação bilateral nas áreas económica, comercial, social e cultural.<br />

220


Relações Externas<br />

<strong>Macau</strong> e Portugal<br />

Após a criação da RAEM, <strong>Macau</strong> continua a manter um amistoso relacionamento com<br />

Portugal, ten<strong>do</strong> estabeleci<strong>do</strong> em Lisboa a Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong> para<br />

consolidar ainda mais as relações mútuas.<br />

Em Maio de 2000, a RAEM e Portugal assinaram o Acor<strong>do</strong> sobre a Promoção e Protecção<br />

Recíproca de Investimentos da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> da República Popular<br />

da China e da República Portuguesa, com vista a reforçar a cooperação económica e comercial<br />

e contactos bilaterais, crian<strong>do</strong> condições favoráveis para os investi<strong>do</strong>res da RAEM e Portugal.<br />

Nos últimos anos, <strong>Macau</strong> e Portugal assinaram uma série de acor<strong>do</strong>s de cooperação em<br />

diferentes áreas, como a administração e direito, a assistência médica e saúde, a ciência e<br />

tecnologia, o desporto e a auditoria, nomeadamente, o Acor<strong>do</strong> Quadro de Cooperação entre a<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> da República Popular da China e a República Portuguesa,<br />

celebra<strong>do</strong> em Maio de 2001. O acor<strong>do</strong> visa o desenvolvimento da cooperação bilateral entre<br />

a RAEM e Portugal nos <strong>do</strong>mínios económico, financeiro, técnico, científico, cultural, segurança<br />

pública interna e judicial. Entretanto, a fim de implementar este acor<strong>do</strong> quadro, as duas partes<br />

podem celebrar, no seu âmbito, acor<strong>do</strong>s específicos no futuro.<br />

Segun<strong>do</strong> aquele acor<strong>do</strong>, os governos da RAEM e de Portugal assinaram em <strong>Macau</strong>, o<br />

Acor<strong>do</strong> de Cooperação Científica e Tecnológica em Julho de 2001, a fim de dar mais um<br />

passo na cooperação e desenvolvimento na ciência e tecnologia. Acordaram relativamente ao<br />

intercâmbio de cientistas e técnicos e à permuta de informação científica e tecnológica, bem<br />

como à elaboração e realização de projectos de investigação e desenvolvimento em conjunto,<br />

e à promoção e organização conjunta de conferências, seminários e outros eventos.<br />

Em 2011, o valor global das merca<strong>do</strong>rias que <strong>Macau</strong> importou de Portugal atingiu 185<br />

milhões de patacas, com um aumento na ordem <strong>do</strong>s 37 por cento em relação ao ano de 2010,<br />

enquanto que exportou para Portugal 1098 mil patacas de merca<strong>do</strong>rias, valor que se traduziu<br />

num aumento de 184,5 por cento em comparação com o ano de 2010.<br />

<strong>Macau</strong> e os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América<br />

Após o regresso de <strong>Macau</strong> à China, o intercâmbio entre a RAEM e os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da<br />

América (EUA) tem vin<strong>do</strong> a aumentar. As duas partes reforçaram a cooperação nos <strong>do</strong>mínios<br />

de combate ao trânsito ilegal e à contrafacção de software, de formação e execução de leis<br />

e combate contra o terrorismo. Ambas as partes expressam a vontade de estabelecer boas<br />

relações, desenvolver as cooperações e promover o comércio e investimento. O Consula<strong>do</strong>-<br />

-geral <strong>do</strong>s EUA em Hong Kong estimula as visitas a <strong>Macau</strong> das autoridades norte-americanas<br />

com vista a fortalecer ainda mais as relações mútuas.<br />

Os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s são o maior merca<strong>do</strong> para as exportações de <strong>Macau</strong>, cerca de 40 por<br />

cento <strong>do</strong> volume anual das exportações de <strong>Macau</strong> têm como destinatário os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Em<br />

2011, o valor global das exportações de <strong>Macau</strong> atingiu 6970 milhões de patacas, <strong>do</strong>s quais 556<br />

milhões foram de exportações para os EUA, registan<strong>do</strong>-se um decréscimo na ordem <strong>do</strong>s 28,9<br />

por cento em relação ao ano de 2010, enquanto que as merca<strong>do</strong>rias que <strong>Macau</strong> importou <strong>do</strong>s<br />

EUA no mesmo perío<strong>do</strong> foram calculadas em 3732 milhões de patacas, valor que representou<br />

42,5 por cento de acréscimo em comparação ao ano de 2010.<br />

221


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Depois da abertura da concessão <strong>do</strong> jogo, das empresas que obtiveram concessão ou<br />

subconcessão de jogos de fortuna ou azar em <strong>Macau</strong>, três contam com capital social <strong>do</strong>s EUA.<br />

<strong>Macau</strong> e os Países de Língua Portuguesa<br />

Em 1996, os oito países de língua oficial portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-<br />

-Bissau, Moçambique, Portugal, S. Tomé e Príncipe, e Timor-Leste) criaram a Comunidade <strong>do</strong>s<br />

Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Lisboa. Por motivos históricos, <strong>Macau</strong> tem manti<strong>do</strong><br />

estreitas relações com Portugal e um tradicional e particular relacionamento com os países<br />

membros da CPLP, sen<strong>do</strong> a única cidade chinesa que consegue desenvolver particulares relações<br />

com os países lusófonos espalha<strong>do</strong>s em quatro continentes. Pode-se dizer que a RAEM, como<br />

plataforma de cooperação económica e comercial entre a China e os países lusófonos, apresenta<br />

uma vantagem singular.<br />

Uma das políticas mais importantes <strong>do</strong> Governo da RAEM é desenvolver <strong>Macau</strong> como uma<br />

plataforma de cooperação económica entre a China e os países de expressão portuguesa.<br />

O Governo Central presta muita atenção ao papel desempenha<strong>do</strong> pela RAEM como<br />

plataforma de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa. Organiza<strong>do</strong> pelo<br />

Governo da RAEM, o Governo Central realizou, em <strong>Macau</strong>, as Conferências Ministeriais <strong>do</strong> Fórum<br />

para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.<br />

Recorde-se que, a primeira reunião deste Fórum foi realizada em Outubro de 2003, em <strong>Macau</strong>,<br />

com a presença das delegações oficiais e empresariais da China e de sete <strong>do</strong>s países lusófonos,<br />

nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.<br />

Na primeira reunião <strong>do</strong> Fórum, a China e os países lusófonos assinaram o Plano de Acção para a<br />

Cooperação Económica e Comercial, e decidiram o estabelecimento <strong>do</strong> Secretaria<strong>do</strong> Permanente<br />

<strong>do</strong> Fórum, em <strong>Macau</strong>.<br />

Em Setembro de 2006, a 2.ª Conferência Ministerial <strong>do</strong> Fórum para a Cooperação Económica<br />

e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa foi realizada em <strong>Macau</strong>, sob o lema<br />

“Aprofundamento da Cooperação e Desenvolvimento Comum”.<br />

Os ministros da China e <strong>do</strong>s sete países de língua portuguesa aprovaram e assinaram o<br />

“Plano de Acção para a Cooperação Económica e Comercial (2007-2009)”. Durante o perío<strong>do</strong><br />

da realização da segunda Conferência Ministerial <strong>do</strong> Fórum, foram realiza<strong>do</strong>s, entre outros, o<br />

Encontro <strong>do</strong>s Empresários da China e <strong>do</strong>s Países de Língua Portuguesa, encontros bilaterais<br />

entre a China e os países de língua portuguesa, e uma exposição <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Fórum.<br />

Em Novembro de 2010, sob o tema de “Cooperação Diversificada e Desenvolvimento<br />

Harmonioso”, a 3.ª Conferência Ministerial <strong>do</strong> Fórum para a Cooperação Económica e Comercial<br />

entre a China e os Países de Língua Portuguesa decorreu em <strong>Macau</strong>. O Primeiro-Ministro, Wen<br />

Jiabao, presidiu à cerimónia de abertura e proferiu um importante e fundamental discurso na<br />

conferência. Durante o Fórum, to<strong>do</strong>s os responsáveis oficiais das partes presentes na conferência<br />

assinaram o “Plano de Acção para a Cooperação Económica e Comercial (2010-2013)”.<br />

Ten<strong>do</strong> em vista intensificar o intercâmbio desportivo entre <strong>Macau</strong> e os países de língua<br />

portuguesa, os Primeiros Jogos da Associação <strong>do</strong>s Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa<br />

foram realiza<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong>, em Outubro de 2006.<br />

Assinale-se que, o anterior Chefe <strong>do</strong> Executivo, Edmund Ho, durante os seus <strong>do</strong>is<br />

222


Relações Externas<br />

mandata<strong>do</strong>s visitou Moçambique e o Brasil, respectivamente em 2002 e 2005.<br />

Com o fim de promover as relações de cooperação nas áreas da economia e turismo,<br />

entre outras, o Governo da RAEM tem-se empenha<strong>do</strong>, ainda, no reforço <strong>do</strong> relacionamento de<br />

cooperação com os parceiros da região <strong>do</strong> Sudeste Asiático. Desde o estabelecimento da RAEM<br />

até ao final <strong>do</strong> ano de 2006, o anterior Chefe <strong>do</strong> Executivo, Edmund Ho, visitou Singapura, Japão,<br />

Coreia <strong>do</strong> Sul e Vietname. Em 2007, Edmund Ho, visitou ainda a Tailândia, Malásia e de novo<br />

a Singapura. Em Janeiro de 2011, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, à frente da delegação<br />

oficial, realizou uma visita oficial a Singapura.<br />

223


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

224


Relações Externas<br />

21 de Janeiro de 2011<br />

Encontro entre o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, e o ex-presidente<br />

da Comissão Europeia e ex-primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi,<br />

por ocasião da deslocação desta individualidade à RAEM<br />

225


Relações Externas<br />

28 de Dezembro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, encontra-se com a directora-geral<br />

da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan, em <strong>Macau</strong><br />

9 de Setembro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, na cerimónia da tomada de posse<br />

<strong>do</strong> novo Comissário <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros na RAEM,<br />

Hu Zhengyue<br />

226


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

19 de Novembro de 2011<br />

Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, no jantar anual com membros <strong>do</strong> corpo consular<br />

227


Relações Externas<br />

16 de Fevereiro de 2011<br />

O cônsul-geral <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América em Hong Kong, Stephen<br />

Young, apresenta cumprimentos ao presidente da Assembleia Legislativa,<br />

Lau Cheok Va<br />

28 de Julho de 2011<br />

Delegação parlamentar de Timor-Leste na Sala de Plenário da<br />

Assembleia Legislativa<br />

228


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

6 de Abril de 2011<br />

O chefe <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, Alexis Tam, e o director-geral de Política<br />

Externa <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros de Portugal, António Almeida Ribeiro,<br />

presidem à primeira reunião da comissão mista Portugal-<strong>Macau</strong>, criada ao abrigo <strong>do</strong><br />

acor<strong>do</strong>-quadro de cooperação bilateral, que decorreu neste dia na RAEM<br />

229


Embora com uma economia<br />

de pequena envergadura,<br />

altamente virada para o<br />

exterior, <strong>Macau</strong> desempenha<br />

um papel preponderante no<br />

contexto económico regional<br />

e como ponte de ligação entre<br />

os merca<strong>do</strong>s internacionais<br />

e o Continente chinês. Sen<strong>do</strong><br />

um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is portos francos<br />

internacionais da RPC, uma<br />

das zonas da menor taxa fiscal<br />

da região, e com estatuto<br />

de território aduaneiro<br />

separa<strong>do</strong>, é livre a circulação<br />

de merca<strong>do</strong>rias, de capitais,<br />

de divisas e de pessoas, facto<br />

que lhe confere um estatuto<br />

privilegia<strong>do</strong> nas relações<br />

económicas internacionais,<br />

designadamente com a União<br />

Europeia (UE) e os países de<br />

língua oficial portuguesa.


IV<br />

ECONOMIA


Centro comercial (Foto: GCS)


Economia<br />

Economia<br />

Embora com uma economia de pequena envergadura, altamente virada para o exterior,<br />

<strong>Macau</strong> desempenha um papel preponderante no contexto económico regional e como ponte<br />

de ligação entre os merca<strong>do</strong>s internacionais e o Continente chinês. Sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is portos<br />

francos internacionais da RPC, uma das zonas da menor taxa fiscal da região, e com estatuto de<br />

território aduaneiro separa<strong>do</strong>, é livre a circulação de merca<strong>do</strong>rias, de capitais, de divisas e de<br />

pessoas, facto que lhe confere um estatuto privilegia<strong>do</strong> nas relações económicas internacionais,<br />

designadamente com a União Europeia (UE) e os países de língua oficial portuguesa.<br />

As linhas gerais de governação traçadas para a área da economia e finanças para o ano<br />

de <strong>2012</strong> foram as seguintes: Pleno aproveitamento das oportunidades de expansão interna<br />

e externa e prestação de atenção re<strong>do</strong>brada às novas evoluções na conjuntura económica e<br />

financeira internacional, esforçan<strong>do</strong>-se para prevenir riscos e manter o desenvolvimento da<br />

nossa economia, de forma estável e relativamente rápi<strong>do</strong>; empenhamento na concretização<br />

efectiva <strong>do</strong> posicionamento <strong>do</strong> desenvolvimento económico e na promoção da diversificação<br />

adequada da economia; reforço da cooperação económica regional; prestação de apoio eficaz<br />

às PME; prosseguimento <strong>do</strong>s trabalhos para o incremento das oportunidades de emprego<br />

<strong>do</strong>s residentes e o melhoramento da sua qualidade da vida; reforço da governação científica;<br />

aperfeiçoamento incessante das condições de exploração comercial; elevação da competitividade<br />

geral local, empenho na transformação gradual de <strong>Macau</strong> num centro internacional de turismo de<br />

lazer e numa plataforma regional de serviços comerciais, com vista à concretização das metas<br />

definidas em termos da estabilidade <strong>do</strong> desenvolvimento económico e da melhoria progressiva<br />

da qualidade de vida <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

Incentivos ao Investimento<br />

<strong>Macau</strong> fornece aos investi<strong>do</strong>res vin<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> um ambiente de investimento<br />

que a RAEM implementou para estimular o investimento, incluin<strong>do</strong> designadamente diversas<br />

vantagens fiscais e financeiras conferidas aos investi<strong>do</strong>res, <strong>Macau</strong> passou a ser, pouco a pouco,<br />

um local ideal para o investimento.<br />

233


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Incentivos Fiscais<br />

Ten<strong>do</strong> em vista o desenvolvimento continua<strong>do</strong> de <strong>Macau</strong>, o Governo da RAEM concede<br />

incentivos fiscais a projectos de interesse para a RAEM e que satisfaçam, pelo menos, um <strong>do</strong>s<br />

seguintes requisitos: a promoção da diversificação económica, o contributo para o crescimento<br />

das exportações para novos merca<strong>do</strong>s não contingenta<strong>do</strong>s, a possibilidade de aumento <strong>do</strong> valor<br />

acrescenta<strong>do</strong> na cadeia produtiva e/ou o contributo para a modernização tecnológica.<br />

Uma vez aceite o pedi<strong>do</strong> de investimento, o requerente poderá usufruir de isenções fiscais<br />

tais como:<br />

1. Isenção total nos imóveis adquiri<strong>do</strong>s para instalação exclusiva de unidades industriais;<br />

A isenção parcial está prevista por um perío<strong>do</strong> até dez anos em <strong>Macau</strong>, e 20 anos nas<br />

Ilhas, para imóveis novos ou arrenda<strong>do</strong>s para fins industriais;<br />

2. Isenção total da contribuição industrial em pedi<strong>do</strong>s previamente autoriza<strong>do</strong>s. Redução<br />

de 50 por cento para os estabelecimentos situa<strong>do</strong>s nas Ilhas (excepto bancos offshore);<br />

3. Redução de 50 por cento <strong>do</strong> imposto complementar;<br />

4. Redução de 50 por cento a 100 por cento <strong>do</strong> imposto <strong>do</strong> selo sobre imóveis para<br />

instalação exclusiva de unidades industriais, comerciais, administrativos, empresas<br />

offshore, contratos de longa duração ou instituições não lucrativas. Redução <strong>do</strong> imposto<br />

<strong>do</strong> selo em relação a <strong>do</strong>ações de valor inferior a 50.000 patacas.<br />

Outros incentivos:<br />

1. Isenção <strong>do</strong> imposto de turismo às pensões e estabelecimentos de comidas e bebidas;<br />

2. Isenção <strong>do</strong> imposto sobre viaturas de turismo, de transporte colectivo e de carga.<br />

Incentivos Financeiros<br />

O novo Regime de Bonificação de Juros de Créditos para Financiamento Empresarial,<br />

aprova<strong>do</strong> pelo Regulamento Administrativo n.º 16/2009, altera<strong>do</strong> pelo Regulamento<br />

Administrativo n.º 10/2011 de 30 de Maio, reforça a aposta <strong>do</strong>s recursos, alargan<strong>do</strong> o âmbito<br />

das actividades económicas beneficiárias, acrescentan<strong>do</strong>, aos investimentos elegíveis, novos<br />

projectos de investimento, facilitan<strong>do</strong> as condições de candidatura e reduzin<strong>do</strong> os encargos<br />

das empresas beneficiárias a fim de apoiar as empresas locais a procederem, aproveitan<strong>do</strong> a<br />

presente medida de apoio financeiro, à inovação e reconversão tecnológica, elevan<strong>do</strong> a sua<br />

competitividade para adaptar-se ao ajustamento da estrutura industrial. A implementação <strong>do</strong><br />

Regime de Bonificação de Juros de Créditos para Financiamento Empresarial tem como objectivo,<br />

através da concessão de bonificação de juros de créditos, incentivar mais empresas locais a<br />

aumentar os seus investimentos no âmbito das suas actividades, no senti<strong>do</strong> de contribuir<br />

para os seguintes objectivos: promoção da diversificação das actividades económicas de<br />

<strong>Macau</strong>; protecção ambiental; inovação e reconversão tecnológica das empresas, elevan<strong>do</strong> a<br />

sua competitividade e o seu nível de modernização. As empresas beneficiárias podem gozar<br />

anualmente de uma bonificação de juros correspondente a quatro por cento, por um perío<strong>do</strong><br />

máximo de quatro anos, a partir <strong>do</strong> início <strong>do</strong> reembolso <strong>do</strong> crédito. A bonificação incide sobre<br />

o capital em dívida em cada momento.<br />

Em 2011, foram recebi<strong>do</strong>s 97 pedi<strong>do</strong>s para usufruir da bonificação referida e com os casos<br />

234


Economia<br />

acumula<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ano anterior, foram aprova<strong>do</strong>s 71 casos, que correspondem a um total de créditos<br />

bonifica<strong>do</strong>s na ordem de cerca de 205 milhões de patacas. As empresas beneficiárias dedicam-<br />

-se principalmente aos seguintes sectores: comércio por grosso (24,05 por cento), transporte<br />

e armazenagem (19,02 por cento), comércio a retalho (11,34 por cento), construção civil e<br />

obras públicas (11,01 por cento), serviço público, segurança social e serviços pessoais (9,11<br />

por cento), actividades relacionadas com imóveis e serviços presta<strong>do</strong>s a empresas (8,65 por<br />

cento), restauração e hotelaria (5,99 por cento), têxteis, vestuário e produção de artigos em<br />

couro (4,69 por cento), indústria de papel, imprensa e publicações (3,45 por cento), entre outros.<br />

De acor<strong>do</strong> com o Decreto-Lei n.º 49/85/M, em especial com o artigo n.º 11, podem ser<br />

atribuí<strong>do</strong>s subsídios, reembolsáveis ou a fun<strong>do</strong> perdi<strong>do</strong>, a título de comparticipação nos custos<br />

decorrentes da implementação de projectos de investimento, designadamente de fabricação<br />

de produtos novos, à qual se encontre associa<strong>do</strong> um risco económico significativo decorrente<br />

da novidade <strong>do</strong> produto, de projectos de investigação ou desenvolvimento, ten<strong>do</strong> em vista<br />

aplicações industriais de interesse para <strong>Macau</strong> e de projectos de instalação de equipamentos<br />

antipoluição de cujo funcionamento resultem evidentes benefícios para a RAEM.<br />

Incentivos à Diversificação das Exportações<br />

As empresas registadas nos Serviços de Economia como opera<strong>do</strong>res <strong>do</strong> comércio externo<br />

podem beneficiar destes incentivos. Os custos totalmente subsidia<strong>do</strong>s abrangem a renda<br />

<strong>do</strong>s recintos de exibição, construção, decoração e desmontagem <strong>do</strong>s stands, apoio ao seu<br />

funcionamento, custos de participação das associações empresariais, incluin<strong>do</strong> o <strong>do</strong> transporte<br />

da delegação (sen<strong>do</strong> o número de participantes da delegação a determinar pelo Instituto de<br />

Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong>).<br />

Podem igualmente ser atribuí<strong>do</strong>s subsídios de 60 por cento, para custos de impressão de<br />

material promocional (folhetos, sumários, panfletos, outros), até 40 mil patacas; custos de<br />

produção de materiais audiovisuais, até 70 mil patacas; custo de participação individual em<br />

exposições organizadas fora de <strong>Macau</strong> (incluin<strong>do</strong> renda de stands e sua decoração), até 60<br />

mil patacas.<br />

Subsídios de 50 por cento incluem os apoios às despesas com o transporte <strong>do</strong>s exemplares<br />

apresenta<strong>do</strong>s em exposições internacionais ou das missões organizadas pelo IPIM, até 20<br />

quilogramas por carga aérea ou três metros cúbicos por transporte marítimo; duas passagens<br />

de ida e volta, por via aérea, em classe económica (por cada empresa, caso adquiridas através<br />

de agências de viagem locais).<br />

A indústria de manufactura, a indústria <strong>do</strong> turismo e jogo, o sector financeiro e cambial<br />

e o sector imobiliário e construção civil são considera<strong>do</strong>s desde há muito tempo os quatro<br />

maiores pilares da economia de <strong>Macau</strong>. Entretanto, com a mudança <strong>do</strong> ambiente económico em<br />

<strong>Macau</strong> e no exterior, o peso <strong>do</strong>s quatro sectores pilares no produto interno sofreu uma notória<br />

alteração. Nos últimos anos, a percentagem <strong>do</strong> sector <strong>do</strong> turismo e jogo relativa ao produto<br />

interno já ultrapassou o total da indústria de manufactura, <strong>do</strong> sector financeiro e cambial e <strong>do</strong><br />

sector imobiliário e construção civil.<br />

Indústria de Manufactura<br />

Na década de oitenta <strong>do</strong> século XX, a indústria de manufactura de <strong>Macau</strong> atingiu o seu<br />

235


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

auge. A partir da década de noventa, a economia local começou a basear-se mais no sector<br />

<strong>do</strong>s serviços, de mo<strong>do</strong> que o peso da indústria de manufactura no produto interno sofreu uma<br />

queda de 20,6 por cento em 1989 para 0,86 por cento em 2010. Em 2010, o valor bruto de<br />

produção (VBP) da indústria de manufactura e o valor acrescenta<strong>do</strong> bruto (VAB) cifraram-se,<br />

respectivamente, em 5,81 mil milhões e 1,26 mil milhões de patacas.<br />

Em 2011, o valor da actividade exporta<strong>do</strong>ra de <strong>Macau</strong> foi de 6,97 mil milhões de patacas,<br />

verifican<strong>do</strong>-se uma subida ligeira de 0,2 por cento em relação ao ano de 2010. O volume<br />

da produção local exportada manteve-se em 2,39 mil milhões de patacas, enquanto o das<br />

reexportações atingiu 4,58 mil milhões de patacas, o que originou um aumento de 0,2 por<br />

cento. Hong Kong continua a ser o principal merca<strong>do</strong> das exportações de <strong>Macau</strong>, ten<strong>do</strong> o valor<br />

das merca<strong>do</strong>rias para este merca<strong>do</strong> ocupa<strong>do</strong> 44,6 por cento, corresponden<strong>do</strong> a um aumento<br />

de 3,5 por cento, em relação ao ano de 2010. Por sua vez, a percentagem das exportações<br />

para o Interior da China, no valor total das exportações de <strong>Macau</strong>, ocupou 15,8 por cento, e<br />

para os EUA 8,0 por cento, o que se traduz numa descida de 0,4 por cento e 28,9 por cento,<br />

respectivamente, comparativamente às registadas no ano de 2010.<br />

A análise da evolução das exportações de produtos fabrica<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong> mostra que, em<br />

2011, o valor total <strong>do</strong>s produtos têxteis e de vestuário exporta<strong>do</strong>s por <strong>Macau</strong> cifrou-se em 1,34<br />

mil milhões de patacas, ou seja, uma queda de 17,7 por cento em relação ao ano de 2010,<br />

ten<strong>do</strong> o seu peso baixa<strong>do</strong> para 19,2 por cento, face ao total exporta<strong>do</strong>. Quanto aos produtos<br />

não-têxteis exporta<strong>do</strong>s, o valor <strong>do</strong>s artigos de tabaco e vinho e o das máquinas, aparelhos e<br />

seus componentes, ocupou 9,6 por cento e 9,0 por cento, enquanto o valor de cobre e suas<br />

obras 5,5 por cento, respectivamente.<br />

O Acor<strong>do</strong> de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Interior da China e<br />

<strong>Macau</strong> (CEPA) tem por objectivo promover a prosperidade e desenvolvimento conjunto <strong>do</strong> Interior<br />

da China e da RAEM, e reforçar as relações bilaterais no âmbito económico e comercial. Nos<br />

últimos oito anos de aplicação <strong>do</strong> CEPA, ambas as partes analisaram detalhada e profundamente<br />

os seus conteú<strong>do</strong>s, que englobam, até finais de 2011, um total de 1216 tipos de merca<strong>do</strong>rias<br />

originárias de <strong>Macau</strong> (segun<strong>do</strong> a classificação sob o código tarifário <strong>do</strong> Interior da China de<br />

2011) e que beneficiam de isenção de direitos aduaneiros na entrada <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Interior<br />

da China. Em 2011, o valor das exportações ao abrigo <strong>do</strong> CEPA cifrou-se em 85,191 milhões<br />

de patacas, destacan<strong>do</strong>-se os seguintes produtos: vestuário e produtos de malha, artigos de<br />

papelaria, selos postais, glicerina em bruto, áci<strong>do</strong>s gor<strong>do</strong>s, cimentos, produtos alimentares,<br />

placas revestidas a cobre, fios, plásticos recicla<strong>do</strong>s, detergentes, fitas de tinta e tinta para<br />

impressoras, produtos estes que envolvem um valor de 6,512 milhões de patacas com isenções<br />

de taxas e impostos. Todavia, se nos reportarmos cumulativamente aos oito anos da vigência<br />

<strong>do</strong> Acor<strong>do</strong>, constatamos que as merca<strong>do</strong>rias exportadas para o Interior da China, benefician<strong>do</strong><br />

destas vantagens, ascenderam a 252 milhões de patacas. O valor acumula<strong>do</strong> da isenção de<br />

impostos atingiu os 19,467 milhões de patacas.<br />

De acor<strong>do</strong> com o Suplemento II ao Acor<strong>do</strong>, as fábricas sedeadas em <strong>Macau</strong> podem, desde<br />

o dia 1 de Janeiro de 2006, fazer a entrega, junto da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia<br />

(DSE), das listas de merca<strong>do</strong>rias que beneficiam, de acor<strong>do</strong> com os regulamentos aplicáveis,<br />

da isenção de impostos. A DSE confere as listas de merca<strong>do</strong>rias, certifica-as e entrega-as ao<br />

Ministério de Comércio de acor<strong>do</strong> com um calendário fixo: primeiro dia de Março e primeiro dia<br />

de Setembro. A entidade alfandegária <strong>do</strong> Continente e a DSE analisam, então, os requisitos de<br />

origem de produção das merca<strong>do</strong>rias, seguin<strong>do</strong>-se a aprovação da isenção de taxas, também<br />

236


Economia<br />

num calendário fixo - antes <strong>do</strong>s dias 1 de Julho de cada ano e 1 de Janeiro <strong>do</strong> ano seguinte,<br />

respectivamente.<br />

Sector Financeiro<br />

O sector financeiro de <strong>Macau</strong> entrou no seu perío<strong>do</strong> de expansão nos anos oitenta <strong>do</strong> século<br />

passa<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong>-se torna<strong>do</strong>, nos dias de hoje, num sistema financeiro regional, moderno, aberto,<br />

e com características que propiciam o seu desenvolvimento. A actividade <strong>do</strong> sector financeiro<br />

é supervisionada pela Autoridade Monetária de <strong>Macau</strong> (AMCM).<br />

As instituições financeiras de <strong>Macau</strong> abrangem essencialmente os bancos, companhias de<br />

seguros, sociedades financeiras, intermediários financeiros, casas de câmbio, sociedades de<br />

entrega rápida de valores numerários, instituições de crédito não bancárias e escritórios de<br />

representações de instituições financeiras offshore. Até 31 de Dezembro de 2011, existiam em<br />

<strong>Macau</strong> 29 bancos, incluin<strong>do</strong> uma Caixa Económica Postal, (instituição <strong>do</strong> Governo da RAEM),<br />

23 companhias de seguros, uma sociedade de finanças, <strong>do</strong>is intermediários financeiros, 12<br />

casas de câmbio, seis balcões de câmbio, duas sociedades de entrega rápida de valores em<br />

numerário, uma instituição de crédito não bancária e uma representação de instituição financeira<br />

<strong>do</strong> exterior. Os bancos são as principais instituições de crédito. Dos 29 bancos existentes, 12<br />

estão sedea<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong> (<strong>do</strong>s quais um de natureza offshore) e os restantes 17 sedea<strong>do</strong>s no<br />

exterior (<strong>do</strong>s quais um de natureza offshore).<br />

Sistema Bancário<br />

O Regime Jurídico <strong>do</strong> Sistema Financeiro (RJSF), publica<strong>do</strong> em 1993, é a principal base<br />

jurídica <strong>do</strong> sector financeiro de <strong>Macau</strong> com particular destaque no reforço das medidas de gestão<br />

de riscos e nas regras de prudência sobre o acesso à actividade, o controlo da i<strong>do</strong>neidade <strong>do</strong>s<br />

accionistas qualifica<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s gestores, os novos riscos operacionais e o regime de supervisão<br />

das instituições financeiras e suas sociedades subordinadas. O RJSF a<strong>do</strong>pta plenamente as<br />

orientações <strong>do</strong> Comité de Basileia para a Supervisão Bancária e os ensinamentos colhi<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> esforço de harmonização na UE sobre a coordenação na legislação bancária, bem como a<br />

experiência <strong>do</strong>s países e territórios com cujos sistemas financeiros <strong>Macau</strong> tem mais afinidades.<br />

Ao abrigo <strong>do</strong> RJSF, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, mediante parecer da AMCM, poderá autorizar,<br />

caso a caso, a criação de instituições de crédito sedeadas em <strong>Macau</strong>, sucursais de instituições de<br />

crédito com sede no exterior, sucursais e escritórios de representação no exterior das instituições<br />

de crédito sedeadas em <strong>Macau</strong>, e intermediários financeiros e outras instituições financeiras,<br />

excluin<strong>do</strong> as sociedades reguladas por legislação especial.<br />

Além disso, segun<strong>do</strong> o Decreto-Lei n.º 58/99/M, de 18 de Outubro, sobre o regime jurídico<br />

aplicável às actividades offshore, o Chefe <strong>do</strong> Executivo da RAEM, mediante parecer da AMCM,<br />

poderá autorizar a criação de instituições financeiras offshore.<br />

Até finais de 2011, os 29 bancos de <strong>Macau</strong> (um deles está em preparação), cujo capital<br />

conjunto atingiu 657,4 mil milhões de patacas, detinham 184 sedes e sucursais ou balcões,<br />

empregan<strong>do</strong> um total de 5278 trabalha<strong>do</strong>res. O valor total de depósitos nas instituições bancárias<br />

atingiu os 414 mil milhões de patacas, e o valor total de empréstimos aproximou-se <strong>do</strong>s 322<br />

mil milhões de patacas, traduzin<strong>do</strong> um rácio empréstimos/depósitos de 77,8 por cento.<br />

237


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Se classificar o sector bancário de <strong>Macau</strong> em função da origem <strong>do</strong>s capitais, além da Caixa<br />

Económica Postal sob a direcção <strong>do</strong> Governo da RAEM, <strong>do</strong>s 28 bancos que operam na Região,<br />

apenas um é constituí<strong>do</strong> por capitais locais, sen<strong>do</strong> os restantes, quer sucursais, quer filiais de<br />

grupos bancários sedea<strong>do</strong>s no exterior, constituí<strong>do</strong>s por capitais provenientes de sete países e<br />

regiões, nomeadamente, o Interior da China, Portugal, EUA, Reino Uni<strong>do</strong>, Singapura, Taiwan<br />

e Hong Kong.<br />

Os bancos de <strong>Macau</strong> caracterizam-se, também, pela sua maneira operacional altamente<br />

modernizada. Estan<strong>do</strong> <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s mais modernos sistemas de informatização, o seu serviço<br />

electrónico já é generaliza<strong>do</strong> na maioria das instituições bancárias. Fruto da cooperação da<br />

banca local, as caixas automáticas (ATM) cobrem, de forma interligada, hoje toda a RAEM,<br />

estan<strong>do</strong> igualmente assegura<strong>do</strong> por alguns bancos um serviço electrónico ininterrupto de 24<br />

horas, através da rede de telefones móveis e Internet.<br />

Apesar de ser muito rápi<strong>do</strong> o desenvolvimento nos últimos anos, graças à sua maneira<br />

operacional tradicional e cautelosa, associada a uma supervisão rigorosa, os bancos de <strong>Macau</strong><br />

não só têm conquista<strong>do</strong> sucessivamente resulta<strong>do</strong>s de recorde, como contam, também, com a<br />

adequação de capitais, ampla liquidez e qualidade de activos, sen<strong>do</strong> que to<strong>do</strong> o sector bancário<br />

se mantém seguro e saudável.<br />

Política Monetária<br />

Em <strong>Macau</strong> os capitais podem circular livremente, sen<strong>do</strong> livre, também, o câmbio monetário.<br />

A política monetária <strong>do</strong> Governo da RAEM consiste na manutenção da estabilidade monetária<br />

e cambial. Para a prossecução destes fins, a AMCM dispõe de <strong>do</strong>is instrumentos: a taxa de<br />

reserva legal e a emissão de bilhetes monetários. A taxa de reserva legal incide em três por<br />

cento sobre os depósitos à vista, <strong>do</strong>is por cento sobre os depósitos a prazo de maturidade até<br />

três meses e um por cento sobre os depósitos a prazo de maturidade superior a três meses.<br />

Os bilhetes monetários, um instrumento monetário de curto prazo dirigi<strong>do</strong> aos bancos, têm<br />

por objectivo a absorção <strong>do</strong>s excessos de liquidez em patacas deti<strong>do</strong>s pelo sistema bancário,<br />

cujas taxas de rendimento são competitivas face às taxas praticadas no merca<strong>do</strong> interbancário<br />

da Região Administrativa Especial de Hong Kong. A Autoridade Monetária de <strong>Macau</strong> procede<br />

também, adicionalmente, ao reajustamento das verbas que circulam no merca<strong>do</strong> monetário,<br />

através de acor<strong>do</strong> de recompra de bilhetes monetários e de contratos de troca de moedas<br />

celebra<strong>do</strong>s com os bancos.<br />

A Pataca<br />

A Pataca (MOP) é a moeda legal emitida em <strong>Macau</strong>, há mais de um século. Em 1905, o<br />

Governo de <strong>Macau</strong> atribuiu o direito de exclusividade da emissão de notas em patacas ao Banco<br />

Nacional Ultramarino (BNU), ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> posta em circulação a primeira emissão a 27 de Janeiro<br />

de 1906. A denominação “pataca” deriva de uma então popular moeda em prata (oito reais<br />

mexicanos) que circulava na Ásia, conhecida pelo nome de pataca mexicana.<br />

Em 1980, o Governo de <strong>Macau</strong> transferiu a exclusividade <strong>do</strong> direito de emissão de patacas<br />

<strong>do</strong> Banco Nacional Ultramarino (BNU) para o Instituto Emissor de <strong>Macau</strong> (IEM). Contu<strong>do</strong>, em<br />

1 de Julho de 1989, através da criação da AMCM, a emissão da moeda local passou de novo<br />

para a competência <strong>do</strong> Governo, manten<strong>do</strong>-se o BNU como instituição emissora de notas em<br />

patacas. Em Outubro de 1995, o Banco da China tornou-se no segun<strong>do</strong> banco emissor da pataca,<br />

238


Economia<br />

conservan<strong>do</strong> o Governo a competência da emissão da moeda.<br />

A emissão de patacas está completamente coberta por reservas em moeda externa. Os<br />

bancos emissores delega<strong>do</strong>s da pataca têm de entregar na AMCM, um montante equivalente em<br />

dólares de Hong Kong, à taxa de HKD1=MOP1,03, contra a aquisição de certifica<strong>do</strong>s de dívida<br />

não remunera<strong>do</strong>s, que servem de cobertura legal à emissão de notas. Com uma cobertura a 100<br />

por cento, a AMCM assegura a plena convertibilidade da pataca na moeda de reserva, isto é, em<br />

dólares de Hong Kong, ten<strong>do</strong> as duas moedas uma relação cambial fixa. Por outro la<strong>do</strong>, como<br />

o dólar de Hong Kong se encontra indexa<strong>do</strong> ao dólar norte-americano (USD), a pataca acaba<br />

por estar indirectamente ligada ao dólar norte-americano, a uma taxa de cerca USD1=MOP8.<br />

Quanto à circulação e uso de moedas, o Governo da RAEM a<strong>do</strong>pta as medidas necessárias<br />

para apoiar a circulação da pataca ao mesmo tempo que garante a circulação e uso de outras<br />

moedas. O Decreto-Lei n.º 16/95/M, que regula a circulação da pataca e o seu uso obrigatório,<br />

prevê que todas as pessoas singulares ou colectivas que apresentem para venda, no comércio<br />

local, merca<strong>do</strong>rias e serviços, devem indicar, de mo<strong>do</strong> claro, o respectivo preço em patacas,<br />

poden<strong>do</strong> fazê-lo, cumulativamente, noutra ou noutras moedas. O mesmo diploma estipula ainda<br />

que a pataca não pode ser recusada, sob qualquer fundamento ou pretexto, como forma de<br />

liquidação de obrigações ou de transacções efectuadas na Região Administrativa Especial de<br />

<strong>Macau</strong>, qualquer que seja a natureza ou o objecto destas.<br />

Desde Setembro de 2002, que as sucursais <strong>do</strong> Banco da China nas grandes cidades de<br />

Guang<strong>do</strong>ng prestam serviços de depósito e transferência bancária nos <strong>do</strong>is senti<strong>do</strong>s, tal como<br />

o câmbio da pataca, serviço extensível a quase to<strong>do</strong> o País, a todas as províncias e municípios<br />

directamente subordina<strong>do</strong>s ao Governo Central, o que contribui para alargar o âmbito <strong>do</strong> uso<br />

da moeda de <strong>Macau</strong> e elevar o seu estatuto em termos de circulação.<br />

Reserva Cambial e Fun<strong>do</strong> de Reserva<br />

O Governo da RAEM sempre se manteve prudente no que diz respeito à gestão e aplicação<br />

da reserva cambial e <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Reserva. Ao garantir o equilíbrio e estabilidade das receitas<br />

e despesas internacionais da RAEM, recorre quanto possível a to<strong>do</strong>s os instrumentos de<br />

investimento, a fim de assegurar a valorização da reserva cambial e <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Reserva. No<br />

fim de 2011, a reserva cambial atingiu os 272,4 mil milhões de patacas, com um aumento de<br />

42,3 por cento em relação ao ano de 2010, enquanto o Fun<strong>do</strong> de Reserva aumentou 0,7 por<br />

cento em comparação com o ano de 2010, com 13,2 mil milhões de patacas.<br />

Sector de Seguros<br />

Situação <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> de Seguros<br />

Nos finais de 2011, a indústria segura<strong>do</strong>ra era constituída por 23 segura<strong>do</strong>ras, 11 das<br />

quais exploravam o ramo vida e as restantes 12 os ramos gerais. Em termos de origem das<br />

companhias de seguros, oito são companhias constituídas localmente e as restantes 15 sucursais<br />

de segura<strong>do</strong>ras com sede no exterior, sen<strong>do</strong> autorizada a operar, também, uma sociedade de<br />

gestão de fun<strong>do</strong>s, dedicada à gestão de fun<strong>do</strong>s de pensões. Até finais de 2011, o sector de<br />

seguros contratava 444 pessoas e era composto por 3224 media<strong>do</strong>res de entre os quais 2177<br />

eram agentes pessoas singulares, 962 angaria<strong>do</strong>res, 66 trabalha<strong>do</strong>res com estatuto de agentes<br />

de seguros pessoas colectivas e 19 corretores de seguros.<br />

239


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

A produção global <strong>do</strong>s prémios brutos, em 2011, foi de 4,3 mil milhões de patacas, mais 15<br />

por cento relativamente ao ano de 2010. A produção <strong>do</strong>s prémios <strong>do</strong> ramo vida ocupou 70 por<br />

cento <strong>do</strong> total, e os restantes 30 por cento foram o contributo <strong>do</strong>s prémios <strong>do</strong>s outros ramos. No<br />

mesmo ano, os prémios <strong>do</strong> ramo vida atingiram 3,1 mil milhões de patacas, com um aumento<br />

de 16,5 por cento em relação ao ano de 2010, enquanto os <strong>do</strong>s outros ramos desceram a 1,2<br />

mil milhões de patacas, um aumento de 11,8 por cento.<br />

Em finais de 2011, havia em <strong>Macau</strong>, sete segura<strong>do</strong>ras de vida e uma companhia de gestão<br />

de fun<strong>do</strong>s de pensões que se dedicavam aos serviços de gestão de fun<strong>do</strong>s priva<strong>do</strong>s de pensões.<br />

Havia no total 45 fun<strong>do</strong>s priva<strong>do</strong>s de pensões cria<strong>do</strong>s ao abrigo <strong>do</strong> Regime Jurídico <strong>do</strong>s Fun<strong>do</strong>s<br />

Priva<strong>do</strong>s de Pensões, dentre os quais, cinco fun<strong>do</strong>s fecha<strong>do</strong>s e 40 abertos. Um total de mais<br />

de 700 instituições ou indivíduos por conta própria têm estabelecimento no plano de fun<strong>do</strong>s<br />

priva<strong>do</strong>s de pensões, sen<strong>do</strong> de quase 90 mil o número de emprega<strong>do</strong>s abrangi<strong>do</strong>s. Os capitais<br />

sob a gestão <strong>do</strong>s fun<strong>do</strong>s atingiram sete mil milhões de patacas.<br />

Fiscalização e Diplomas de Seguros<br />

A superintendência, coordenação e fiscalização da actividade segura<strong>do</strong>ra são da competência<br />

<strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, sen<strong>do</strong> o desempenho dessas funções executa<strong>do</strong> por intermediação da<br />

AMCM através das competências delegadas.<br />

Os três principais diplomas que regulam as actividades das companhias de seguros, das<br />

companhias de gestão de fun<strong>do</strong>s priva<strong>do</strong>s de pensões e <strong>do</strong>s media<strong>do</strong>res de seguros são o<br />

Diploma Regula<strong>do</strong>r da Actividade Segura<strong>do</strong>ra de <strong>Macau</strong>, o Regime Jurídico <strong>do</strong>s Fun<strong>do</strong>s Priva<strong>do</strong>s<br />

de Pensões e o Diploma Regula<strong>do</strong>r da Actividade de Mediação de Seguros.<br />

Seguro Obrigatório<br />

Na RAEM há seis seguros obrigatórios, para os quais são aprovadas as respectivas<br />

apólices e tarifas. Os seguros obrigatórios abrangem: o de responsabilidade civil automóvel,<br />

acidentes de trabalho e <strong>do</strong>enças profissionais, responsabilidade civil profissional das agências<br />

de viagem, responsabilidade civil referente à afixação de material de propaganda e publicidade,<br />

de responsabilidade civil das embarcações de recreio e o de responsabilidade civil profissional<br />

<strong>do</strong>s advoga<strong>do</strong>s.<br />

O “Regime legal <strong>do</strong> seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel” altera<strong>do</strong> em<br />

2011, e que entrou em vigor a partir de 1 de Junho deste ano, estabelece os limites mínimos<br />

e obrigatórios <strong>do</strong> seguro de responsabilidade civil automóvel, os modelos de cartão de<br />

responsabilidade civil e <strong>do</strong> certifica<strong>do</strong> provisório <strong>do</strong> seguro e as condições gerais e particulares<br />

<strong>do</strong> seguro automóvel, bem como, a tarifa de prémios e condições para o ramo “automóvel”.<br />

Certifica<strong>do</strong> de Qualidade de Media<strong>do</strong>r de Seguros<br />

Para elevar o nível profissional <strong>do</strong>s media<strong>do</strong>res de seguros, estipula-se que to<strong>do</strong>s os<br />

candidatos que forem aprova<strong>do</strong>s no exame de qualificação podem obter licença de media<strong>do</strong>r,<br />

e exercer actividade no sector de seguros na RAEM. Em 2011, 2668 indivíduos submeteram-<br />

-se ao exame de qualificação de media<strong>do</strong>r de seguros, ten<strong>do</strong> fica<strong>do</strong> aprova<strong>do</strong>s 86 por cento.<br />

240


Economia<br />

Para salvaguardar os interesses de clientes e assegurar que os media<strong>do</strong>res de seguros<br />

tenham conhecimentos sobre os respectivos produtos de seguro, desde o dia 1 de Julho de<br />

2011, to<strong>do</strong>s os media<strong>do</strong>res de seguros relaciona<strong>do</strong>s com investimento devem ser aprova<strong>do</strong>s no<br />

exame de qualificação. Os que já obtiveram a licença antes desta data, gozam de um perío<strong>do</strong> de<br />

transição de <strong>do</strong>is anos a fim de satisfazer as respectivas exigências, ten<strong>do</strong>, o perío<strong>do</strong> de transição,<br />

termina<strong>do</strong> no dia 30 de Junho de 2013. Até finais de 2011, 392 indivíduos submeteram-se ao<br />

exame de qualificação, ten<strong>do</strong> fica<strong>do</strong> aprova<strong>do</strong>s 77 por cento.<br />

Quanto à defesa <strong>do</strong>s interesses de clientes, a Autoridade Monetária de <strong>Macau</strong> implementou<br />

várias estipulações ten<strong>do</strong> em vista estabelecer critérios para as instituições segura<strong>do</strong>ras quanto<br />

à forma e processo de revelação de informações. Introduziu, nomeadamente, os direitos de<br />

reflexão em apólices de seguros de vida, as ilustrações-padrão para apólices <strong>do</strong> ramo de vida,<br />

e as normas orienta<strong>do</strong>ras para a subscrição de apólices de seguros de vida, entre outros.<br />

Sector Imobiliário e Construção Civil<br />

Depois <strong>do</strong> retorno de <strong>Macau</strong> à China, a par da recuperação da economia de <strong>Macau</strong>, os<br />

sectores imobiliário e da construção civil entraram num novo cenário de crescimento.<br />

Em 2011, o preço de transacção por metro quadra<strong>do</strong> de área útil das fracções autónomas<br />

foi de 41.433 patacas, em média, registan<strong>do</strong> um aumento na ordem de 33,6 por cento em<br />

relação ao <strong>do</strong> ano de 2010, com 31.016 patacas. No mesmo ano, para a Península de <strong>Macau</strong>,<br />

Taipa e Coloane, o preço de transacção foi, respectivamente, de 39.599, 40.332 e 68.991<br />

patacas por metro quadra<strong>do</strong>.<br />

Em 2011, o preço médio por metro quadra<strong>do</strong> das fracções autónomas para escritórios<br />

transaccionadas em <strong>Macau</strong> foi de 35.076 patacas contra 22.857 patacas em 2010, assinalan<strong>do</strong><br />

um aumento de 53,5 por cento, enquanto o preço médio por metro quadra<strong>do</strong> das fracções<br />

autónomas industriais foi de 12.001 patacas contra 6962 patacas em 2010, representan<strong>do</strong> um<br />

aumento de 72,4 por cento em relação ao ano de 2010.<br />

A área total de construção de edifícios iniciada em 2011 foi de 367,3 mil metros quadra<strong>do</strong>s,<br />

marcan<strong>do</strong> um aumento de quase 100 por cento em relação ao ano de 2010, respectivamente,<br />

de 2053 fracções autónomas, mais 1272 <strong>do</strong> que em 2010 com 781 fracções autónomas. A<br />

área total de construção de edifícios concluída em 2011 foi de 1162,5 mil metros quadra<strong>do</strong>s,<br />

assinalan<strong>do</strong> uma diminuição de 8,6 por cento em relação ao ano de 2010, respectivamente, de<br />

4099 fracções autónomas, uma diminuição considerável de 2967 <strong>do</strong> que em 2010.<br />

Ao longo de 2011, foram transaccionadas 27.624 fracções autónomas, menos 6,7 por<br />

cento <strong>do</strong> que em 2010. O valor da transacção das fracções autónomas em 2011 cifrou-se em<br />

76,255 mil milhões de patacas, registan<strong>do</strong> uma subida de 34,4 por cento em comparação com<br />

o ano de 2010.<br />

O número total de contratos de crédito hipotecário celebra<strong>do</strong>s no ano de 2011 foi de 9961,<br />

traduzin<strong>do</strong> uma descida de 3,1 por cento em relação aos 10.284 contratos em 2010. Desse<br />

número, 7930 foram contratos de crédito hipotecário para a aquisição de fracções habitacionais,<br />

ten<strong>do</strong> diminuí<strong>do</strong> 6,7 por cento em relação aos 8500 celebra<strong>do</strong>s no ano de 2010.<br />

Em 2011, os preços <strong>do</strong>s materiais de construção mantiveram uma subida progressiva,<br />

ao longo <strong>do</strong> ano. Portanto, o índice de preços <strong>do</strong>s materiais de construção aumentou 16,0 por<br />

cento em relação ao ano de 2010, nomeadamente, o preço de aço e de betão que conheceu<br />

241


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

uma maior subida, de 29,4 por cento e 20,2 por cento, respectivamente.<br />

Em 2011 o índice geral <strong>do</strong>s salários nominais <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da construção civil registou<br />

um aumento na ordem <strong>do</strong>s 4,9 por cento em relação ao ano de 2010, enquanto que o <strong>do</strong>s<br />

salários reais registou um decréscimo de 4,0 por cento.<br />

Emprego e Merca<strong>do</strong> Laboral<br />

Apesar de ser afectada pelos factores exteriores, nomeadamente, pelo impacto da crise das<br />

dívidas europeias e <strong>do</strong> forte terramoto no Japão, a economia de <strong>Macau</strong> conheceu ainda, em 2011,<br />

um desenvolvimento satisfatório, registan<strong>do</strong> um crescimento material de <strong>do</strong>is dígitos. O número<br />

de visitantes e o valor da sua despesa bateram novo recorde, impulsionan<strong>do</strong> continuamente o<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> sector <strong>do</strong> jogo, hotelaria e comércio a retalho. A situação geral <strong>do</strong> emprego<br />

em 2011 manteve-se ideal com a taxa de desemprego a ficar a baixo nível durante o ano inteiro,<br />

registan<strong>do</strong>-se um aumento <strong>do</strong>s rendimentos <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res.<br />

Conforme os da<strong>do</strong>s estatísticos regista<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> entre Outubro e Dezembro de 2011,<br />

o rendimento mensal médio da população laboral de <strong>Macau</strong> era de 10.000 patacas, marcan<strong>do</strong><br />

um aumento anual de 11,1 por cento. Verificou-se que no mesmo perío<strong>do</strong> a população laboral<br />

de <strong>Macau</strong> estimava-se em 340 mil trabalha<strong>do</strong>res, enquanto a taxa de desemprego diminuiu<br />

para 2,1 por cento, novo recorde histórico, com apenas 7400 pessoas. Para complementar<br />

a escassez de recursos humanos locais, o número <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res importa<strong>do</strong>s atingiu as<br />

94.028 pessoas, até finais de Dezembro de 2011, traduzin<strong>do</strong> um aumento de 24,0 por cento<br />

em relação a igual perío<strong>do</strong> de 2010.<br />

População Laboral e Taxa de Actividade<br />

Em 2011 a população laboral de <strong>Macau</strong> estimava-se em 336,3 mil trabalha<strong>do</strong>res e a taxa<br />

global de actividade foi de 72,5 por cento. A taxa de actividade <strong>do</strong> sexo masculino foi de 78,1<br />

por cento e a <strong>do</strong> sexo feminino de 67,5 por cento. Por grupo etário, os trabalha<strong>do</strong>res de idade<br />

compreendida entre os 30-34 anos representam a maior taxa de actividade - 94,4 por cento,<br />

sen<strong>do</strong> a taxa de actividade <strong>do</strong> sexo masculino de 98 por cento e a <strong>do</strong> sexo feminino 91,2 por cento.<br />

Situação <strong>do</strong> Emprego<br />

Em 2011, a população empregada era de 327,6 mil trabalha<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>s quais 50,6 por cento<br />

eram <strong>do</strong> sexo masculino. Mais de 60 por cento <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res estavam assim distribuí<strong>do</strong>s:<br />

actividades culturais e recreativas, lotarias e outros serviços 25 por cento; hotelaria e<br />

restaurantes 14,1 por cento; comércio por grosso e a retalho 13,3 por cento; e construção civil<br />

8,6 por cento. Em termos de ocupação profissional, são os grupos de emprega<strong>do</strong>s administrativos,<br />

segui<strong>do</strong> <strong>do</strong> pessoal de serviços e vende<strong>do</strong>res, e de trabalha<strong>do</strong>res não qualifica<strong>do</strong>s, os que<br />

representam a maior parte da população empregada, respectivamente, 27,6 por cento, 22,9<br />

por cento e 17,5 por cento.<br />

Da população empregada 20,1 por cento tem a escolaridade primária ou inferior, 27,1 por<br />

cento o ensino secundário geral, 28,6 por cento o ensino secundário complementar, e 24,2 por<br />

cento estão habilita<strong>do</strong>s com curso superior. As faixas etárias agrupadas entre os 25-29 anos,<br />

os 45-49 anos e os 40-44 anos, representam, respectivamente, 14,4 por cento, 13,2 por cento<br />

242


Economia<br />

e 12,4 por cento da população empregada.<br />

Desemprego e Sub-emprego<br />

Em 2011, a população desempregada de <strong>Macau</strong> era de 8700 pessoas, equivalente a<br />

2,6 por cento da taxa de desemprego, e o sub-emprego representava uma percentagem<br />

de 1,1 por cento. Os desemprega<strong>do</strong>s que já tinham trabalha<strong>do</strong> e se encontravam à procura<br />

de novo emprego representavam 87,6 por cento, enquanto que 12,4 por cento das pessoas<br />

desempregadas nunca tinham trabalha<strong>do</strong> e encontravam-se à procura <strong>do</strong> primeiro emprego. Por<br />

níveis de escolaridade, 28 por cento das pessoas desempregadas tinha a escolaridade primária<br />

ou inferior; 30,6 por cento o ensino secundário geral; 23,9 por cento o ensino secundário<br />

complementar e 17,5 por cento o ensino superior. Em termos de faixas etárias, o desemprego<br />

tem a seguinte expressão percentual: entre os 20-24 anos, o maior grupo desemprega<strong>do</strong> ocupa<br />

23 por cento, entre os 45-49 anos e entre os 50-54 anos, ocupam ambos 13,8 por cento e<br />

11,5 por cento, respectivamente.<br />

Em termos <strong>do</strong>s ramos de actividade económica anterior, verifica-se que as actividades<br />

culturais e recreativas, lotarias e outros serviços são os sectores mais procura<strong>do</strong>s pelos que<br />

procuram novo emprego, traduzin<strong>do</strong> 20,2 por cento, seguin<strong>do</strong>-se o sector <strong>do</strong> comércio grossista e<br />

de retalho, a indústria de construção civil e a indústria hoteleira e restauração, respectivamente,<br />

18,7 por cento, 18,5 por cento e 18,4 por cento. Quanto à profissão que originou o maior<br />

número de desemprega<strong>do</strong>s que procuram novo emprego, a maior parte são trabalha<strong>do</strong>res<br />

de serviços, vende<strong>do</strong>res, ocupan<strong>do</strong> 25,6 por cento, segui<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s escrivães e operários não<br />

técnicos, ocupan<strong>do</strong> 24 por cento e 19,2 por cento, respectivamente. Os principais motivos <strong>do</strong><br />

desemprego prendem-se com razões pessoais e familiares, com o fim <strong>do</strong> emprego temporário e<br />

com o despedimento, ocupan<strong>do</strong> 47,4 por cento, 15,8 por cento e 13,2 por cento, respectivamente.<br />

Rendimento Mensal<br />

Em 2011, o rendimento mensal médio da população laboral de <strong>Macau</strong> era de 10.000 patacas.<br />

A média mensal <strong>do</strong>s salários nas indústrias transforma<strong>do</strong>ras era de 6500 patacas, na construção<br />

civil de 10.100 patacas, no comércio por grosso e a retalho de 8000 patacas, no pessoal da<br />

indústria hoteleira e restauração 7500 patacas, no sector <strong>do</strong>s transportes, armazenamento e<br />

telecomunicações 10.000 patacas, nas lotarias 13.700 patacas, e no sector financeiro 12.000<br />

patacas.<br />

Trabalha<strong>do</strong>res Não-Residentes<br />

Toman<strong>do</strong> em consideração as realidades <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> laboral de <strong>Macau</strong> e em resposta ao<br />

desenvolvimento económico de <strong>Macau</strong>, o Governo da RAEM é muito rigoroso com a autorização<br />

de pedi<strong>do</strong>s de importação de mão-de-obra. Até finais de Dezembro de 2011, o número de<br />

trabalha<strong>do</strong>res não-residentes era de 94.028, marcan<strong>do</strong> um aumento de 24 por cento em relação<br />

ao ano de 2010. A maior percentagem <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res não-residentes labora na indústria<br />

hoteleira e restauração, ocupan<strong>do</strong> 28,8 por cento, seguin<strong>do</strong>-se os emprega<strong>do</strong>s <strong>do</strong>mésticos, 17,3<br />

por cento, os trabalha<strong>do</strong>res da construção civil, 12,5 por cento, os emprega<strong>do</strong>s de actividades<br />

culturais e recreativas, lotarias e outros serviços, 12,1 por cento, incluin<strong>do</strong> os 2781 trabalha<strong>do</strong>res<br />

da construção civil contrata<strong>do</strong>s directamente pelas empresas de jogo.<br />

243


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Administração Financeira<br />

Em virtude <strong>do</strong> cumprimento das suas atribuições no âmbito das finanças públicas, a Direcção<br />

<strong>do</strong>s Serviços de Finanças (DSF) superintende, nos termos da lei, o funcionamento financeiro da<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> (RAEM) e em sede da gestão orçamental, estabelece<br />

um conjunto de diplomas legais e instruções e reforça a fiscalização e o controlo financeiro<br />

sobre o orçamento <strong>do</strong>s serviços autónomos. O princípio da elaboração <strong>do</strong> Orçamento é garantir<br />

a mais adequada distribuição <strong>do</strong>s recursos financeiros ten<strong>do</strong> em conta os interesses públicos.<br />

Segun<strong>do</strong> as linhas de orientação para a elaboração <strong>do</strong> orçamento anual, a DSF autoriza<br />

e fiscaliza a situação financeira das entidades públicas e assegura o cumprimento <strong>do</strong> sistema<br />

de contabilidade pública, assim como, <strong>do</strong> respectivo regulamento e da legalidade de todas as<br />

despesas.<br />

Ten<strong>do</strong> em vista o exercício das suas competências de orientação e fiscalização da actividade<br />

financeira <strong>do</strong>s serviços públicos da região, a DSF procede anualmente à elaboração <strong>do</strong> Orçamento<br />

Geral da RAEM e da Conta Geral da RAEM.<br />

Elaboração <strong>do</strong> Orçamento da Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong><br />

O Orçamento Geral da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> é composto por duas<br />

partes, o orçamento ordinário integra<strong>do</strong> <strong>do</strong> Governo e o orçamento <strong>do</strong>s organismos especiais.<br />

O orçamento ordinário integra<strong>do</strong> <strong>do</strong> Governo é elabora<strong>do</strong> no regime de caixa e reflecte os<br />

serviços integra<strong>do</strong>s, os serviços com autonomia administrativa e os organismos autónomos. O<br />

ano económico <strong>do</strong> orçamento inicia-se a 1 de Janeiro e termina a 31 de Dezembro. Por despacho<br />

<strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, definem-se to<strong>do</strong>s os anos a calendarização da apresentação da proposta<br />

de lei orçamental, assim como as matérias a que os serviços públicos devem tomar atenção<br />

na sua preparação. Por regra geral, a DSF procede no início <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> semestre <strong>do</strong> ano, à<br />

remessa aos serviços públicos <strong>do</strong> formato da proposta de lei relativa ao Orçamento Geral <strong>do</strong><br />

ano seguinte. Os serviços públicos, por sua vez, procedem num perío<strong>do</strong> de <strong>do</strong>is a três meses,<br />

ao envio da proposta à DSF, após a recolha e preparação <strong>do</strong>s elementos para aprovação pela<br />

sua tutela. Integran<strong>do</strong> as propostas recebidas pelos serviços públicos, a DSF submete uma<br />

proposta de lei orçamental consolidada ao Chefe <strong>do</strong> Executivo, e posteriormente à Assembleia<br />

Legislativa para aprovação. A proposta de lei orçamental produz efeito após a aprovação da<br />

Assembleia Legislativa e respectiva publicação no Boletim Oficial da RAEM. Consta da Conta<br />

Geral especificamente todas as receitas e despesas <strong>do</strong> Governo da RAEM, sen<strong>do</strong> que as receitas<br />

carecem de inscrição orçamental para poderem ser liquidadas e cobradas e as despesas <strong>do</strong>s<br />

serviços públicos não podem exceder o limite orçamenta<strong>do</strong>.<br />

O orçamento <strong>do</strong>s organismos especiais é, por sua vez, prepara<strong>do</strong> em regime de acréscimo,<br />

ten<strong>do</strong> a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> este regime, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Correios de <strong>Macau</strong>, a Caixa Económica<br />

Postal, o Fun<strong>do</strong> de Pensões, a Autoridade Monetária de <strong>Macau</strong> e o Fun<strong>do</strong> de Garantia Automóvel<br />

e Marítimo. Visto que tais organismos exercem actividades específicas de concessão de crédito,<br />

seguros, investimentos financeiros ou serviços postais, entende-se necessário a utilização <strong>do</strong><br />

regime de acréscimo para reflectir o respectivo resulta<strong>do</strong> da execução orçamental e posição<br />

financeira.<br />

244


Economia<br />

Conta Geral da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

No Orçamento Geral da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> regulam-se as receitas<br />

e as despesas <strong>do</strong> Governo, enquanto que na Conta Geral da Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong> reporta-se a situação real das finanças públicas. A Conta Geral compreende duas<br />

partes. A primeira parte, elaborada em regime de caixa, consiste na Conta Ordinária integrada<br />

<strong>do</strong> Governo, reflectin<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s da execução orçamental e a respectiva posição financeira,<br />

no fim <strong>do</strong> exercício. A segunda parte da Conta Geral da RAEM consiste na conta agregada <strong>do</strong>s<br />

organismos especiais e é elaborada em regime de acréscimo, reflectin<strong>do</strong> em geral o resulta<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> exercício <strong>do</strong>s seis organismos especiais.<br />

A DSF deve proceder à apresentação ao Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria, nos cinco meses<br />

posteriores ao fim <strong>do</strong> ano económico, da Conta Geral da RAEM bem como <strong>do</strong>s elementos<br />

necessários para efeitos de auditoria.<br />

Gestão Patrimonial<br />

Compete ao Departamento de Gestão Patrimonial da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Finanças<br />

(DSF) a gestão e a conservação <strong>do</strong> património dura<strong>do</strong>uro da Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong> (RAEM), caben<strong>do</strong>-lhe, nomeadamente, desenvolver os processos referentes à venda<br />

e à aquisição de imóveis em que seja parte da RAEM, colaborar no processo de definição<br />

das características das viaturas a adquirir pelos serviços públicos, realizar os concursos de<br />

fornecimento de bens e serviços necessários ao Governo da RAEM, organizar e manter actualiza<strong>do</strong><br />

o cadastro e inventário <strong>do</strong> património dura<strong>do</strong>uro da RAEM, bem como, analisar as contas de<br />

responsabilidade de material <strong>do</strong>s serviços públicos.<br />

Com o objectivo de prosseguir essas atribuições, a DSF organiza anualmente a venda<br />

em hasta pública <strong>do</strong>s bens abati<strong>do</strong>s à carga e os declara<strong>do</strong>s perdi<strong>do</strong>s a favor da RAEM, sen<strong>do</strong><br />

anunciadas as datas das licitações e a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> o critério de adjudicação à melhor oferta de<br />

preços, incrementan<strong>do</strong> assim as receitas <strong>do</strong>s cofres da região. Além da venda em hasta<br />

pública, o fornecimento de bens ou de materiais para o Governo da RAEM é efectua<strong>do</strong> através<br />

<strong>do</strong> lançamento de concurso público. O respectivo programa <strong>do</strong> concurso de fornecimento é<br />

divulga<strong>do</strong> na imprensa de <strong>Macau</strong>, no Boletim Oficial da RAEM e na página electrónica da DSF,<br />

de forma a aumentar a gama <strong>do</strong>s bens a seleccionar e a transparência <strong>do</strong> processo. Podem<br />

candidatar-se ao concurso de fornecimento integral, ou parcial, <strong>do</strong>s bens, as pessoas singulares<br />

ou as empresas registadas junto <strong>do</strong> Núcleo de Contribuição Industrial da DSF, para exercício<br />

de actividades relacionadas com o objecto a adjudicar. A adjudicação é realizada, em regra,<br />

ao concorrente cuja proposta ofereça melhores condições de preço, de qualidade <strong>do</strong>s bens<br />

forneci<strong>do</strong>s e de prazo de entrega, sen<strong>do</strong> também observa<strong>do</strong> o critério da qualidade <strong>do</strong>s bens<br />

forneci<strong>do</strong>s nos tempos anteriores e os casos eventuais de reclamação.<br />

O Departamento de Gestão Patrimonial tem ainda como função a atribuição e a administração<br />

das moradias e <strong>do</strong>s lugares de estacionamento da RAEM, estan<strong>do</strong> encarrega<strong>do</strong> das obras de<br />

reparação e de conservação dessas moradias. Cabe a este departamento, o arrendamento <strong>do</strong>s<br />

escritórios, armazéns, moradias e lugares de estacionamento aos serviços públicos, bem como<br />

a emissão de opiniões sobre a utilização <strong>do</strong>s imóveis da propriedade da RAEM, assim como as<br />

instalações sociais e infra-estruturas a favor da RAEM, fican<strong>do</strong> aquele departamento responsável<br />

pela entrega e recepção das mesmas.<br />

245


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Fontes das Receitas Fiscais<br />

Receitas Fiscais <strong>do</strong> Governo<br />

Os impostos servem de fonte de financiamento das actividades administrativas <strong>do</strong>s<br />

organismos públicos. A<strong>do</strong>pta-se na RAEM a política de um regime fiscal simples com taxa baixa.<br />

O ano fiscal inicia-se em 1 de Janeiro e termina em 31 de Dezembro, sen<strong>do</strong> tributa<strong>do</strong>s diversos<br />

impostos e contribuições, nomeadamente, o Imposto <strong>do</strong> Jogo, a Contribuição Industrial, o<br />

Imposto Complementar de Rendimentos, o Imposto Profissional, a Contribuição Predial, o Imposto<br />

de Turismo, o Imposto sobre Veículos Motoriza<strong>do</strong>s e o Imposto <strong>do</strong> Selo sobre Transmissão de<br />

Bens.<br />

Imposto <strong>do</strong> Jogo<br />

Todas as actividades de fortuna e de azar que englobam os jogos de fortuna ou azar, as<br />

corridas de cavalos, as corridas de galgos e as lotarias, estão sujeitas ao imposto <strong>do</strong> jogo, a<br />

tributar com base nos lucros brutos decorrentes <strong>do</strong> exercício de actividades ou noutra meto<strong>do</strong>logia<br />

da tributação, o imposto <strong>do</strong> jogo é cobra<strong>do</strong> em relação aos 35 por cento <strong>do</strong>s lucros brutos,<br />

constituin<strong>do</strong> assim as receitas originadas deste a maior fonte de receitas da RAEM.<br />

Contribuição Industrial<br />

O Regulamento da Contribuição Industrial dispõe que todas as pessoas singulares ou<br />

colectivas que exerçam qualquer actividade de natureza comercial ou industrial estão sujeitas<br />

a essa contribuição. As colectas baseiam-se nas taxas fixas da Tabela Geral de Actividades<br />

constante no regulamento, sen<strong>do</strong> o valor a pagar em geral de 300 patacas em cada ano e de<br />

80 mil patacas para os bancos comerciais.<br />

Imposto Complementar de Rendimentos<br />

Ao abrigo <strong>do</strong> Regulamento <strong>do</strong> Imposto Complementar de Rendimentos, o imposto incide<br />

sobre o rendimento global <strong>do</strong> exercício da actividade comercial ou industrial que as pessoas<br />

singulares ou colectivas aufiram na RAEM. As taxas <strong>do</strong> imposto complementar de rendimentos<br />

discriminam-se na seguinte tabela:<br />

Rendimentos anuais colectáveis<br />

Rendimentos até 32.000 patacas<br />

Percentagens<br />

Isentos<br />

No que exceder e progressivamente:<br />

De 32.001 a 65.000 patacas 3%<br />

De 65.001 a 100.000 patacas 5%<br />

De 100.001 a 200.000 patacas 7%<br />

De 200.001 a 300.000 patacas 9%<br />

Acima de 300.000 patacas 12%<br />

246


Economia<br />

Imposto Profissional<br />

Conforme o Regulamento <strong>do</strong> Imposto Profissional, este imposto incide sobre os rendimentos<br />

<strong>do</strong> trabalho, estan<strong>do</strong> sujeitos ao pagamento <strong>do</strong> imposto <strong>do</strong>is grupos <strong>do</strong>s contribuintes, o<br />

primeiro grupo integra as pessoas que exerçam qualquer actividade, por conta de outrem, quer<br />

assalaria<strong>do</strong>s quer emprega<strong>do</strong>s, e o segun<strong>do</strong> grupo engloba as pessoas que exerçam, por conta<br />

própria, qualquer das actividades das profissões liberais e técnicas.<br />

Rendimentos anuais colectáveis<br />

Rendimentos até 95.000 patacas<br />

Percentagens<br />

Isentos<br />

No que exceder e progressivamente:<br />

Até 20.000 patacas 7%<br />

De 20.001 a 40.000 patacas 8%<br />

De 40.001 a 80.000 patacas 9%<br />

De 80.001 a 160.000 patacas 10%<br />

De 160.001 a 280.000 patacas 11%<br />

Acima de 280.000 patacas 12%<br />

Imposto de Turismo<br />

Em conformidade com o disposto no Regulamento <strong>do</strong> Imposto de Turismo, estão sujeitos<br />

a cinco por cento, a título <strong>do</strong> imposto, os serviços presta<strong>do</strong>s no âmbito das actividades <strong>do</strong>s<br />

estabelecimentos hoteleiros e similares, <strong>do</strong>s estabelecimentos <strong>do</strong> tipo health club, saunas,<br />

massagens e karaokes.<br />

Contribuição Predial<br />

Nos termos <strong>do</strong> disposto no Regulamento da Contribuição Predial Urbana, a contribuição<br />

predial incide sobre os rendimentos <strong>do</strong>s prédios urbanos situa<strong>do</strong>s nesta região, aplican<strong>do</strong>-se,<br />

a esse título, seis por cento sobre o rendimento colectável <strong>do</strong>s prédios não arrenda<strong>do</strong>s e dez<br />

por cento sobre o rendimento colectável <strong>do</strong>s prédios arrenda<strong>do</strong>s.<br />

Imposto <strong>do</strong> Selo sobre Transmissões de Bens<br />

É devi<strong>do</strong> Imposto <strong>do</strong> Selo de transmissão temporária ou definitiva, entre vivos, a título<br />

oneroso ou gratuito de imóveis, sen<strong>do</strong> as taxas a aplicar conforme a seguinte tabela:<br />

247


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Incidência <strong>do</strong> Imposto<br />

Taxas<br />

Transmissões de bens imóveis a título oneroso até $2.000.000 1%<br />

No que exceder $2.000.000 e até $4.000.000 2%<br />

No que exceder $4.000.000 3%<br />

Transmissões de bens imóveis a título gratuito 5%<br />

Imposto de Consumo<br />

O Imposto de Consumo de <strong>Macau</strong> incide apenas sobre produtos como o cimento, os<br />

combustíveis os lubrificantes, o tabaco, as bebidas alcoólicas, as bebidas com aromatizantes e<br />

os minerais. Em relação a algumas bebidas alcoólicas, a taxa incide sobre o valor FOB (Valor<br />

franco a bor<strong>do</strong>) enquanto que a outros produtos a taxa incide sobre um valor fixo.<br />

Imposto sobre Veículos Motoriza<strong>do</strong>s<br />

As pessoas singulares ou colectivas que procedam à importação de veículos motoriza<strong>do</strong>s<br />

novos para uso próprio ou transmitam veículos motoriza<strong>do</strong>s novos para o consumi<strong>do</strong>r estão<br />

sujeitas ao imposto sobre veículos motoriza<strong>do</strong>s com base no preço fiscal pratica<strong>do</strong> <strong>do</strong> veículo<br />

em causa. As taxas aplicáveis encontram-se discriminadas conforme as seguintes tabelas:<br />

Motociclos e ciclomotores<br />

Escalões de valor tributável (em Patacas)<br />

Taxa correspondente a<br />

cada escalão<br />

Taxa média a considerar<br />

na liquidação<br />

Até 15.000 --- 10%<br />

De mais de 15.000 a 25.000 35% 20%<br />

De mais de 25.000 a 40.000 40% 30%<br />

De mais de 40.000 --- 30%<br />

Automóveis<br />

Escalões de valor tributável (em Patacas)<br />

Taxa correspondente a<br />

cada escalão<br />

Taxa média a considerar<br />

na liquidação<br />

Até 100.000 --- 30%<br />

De mais de 100.000 a 200.000 40% 35%<br />

De mais de 200.000 a 300.000 65% 45%<br />

De mais de 300.000 a 500.000 70% 55%<br />

De mais de 500.000 --- 55%<br />

248


Economia<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Finanças<br />

São principais atribuições da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Finanças (DSF), orientar, coordenar e<br />

fiscalizar a actividade financeira <strong>do</strong>s serviços públicos da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>.<br />

Auditores e Contabilistas Regista<strong>do</strong>s<br />

Até ao final de 2011, encontravam-se registadas 12 sociedades de auditores, 111 auditores<br />

de contas, e 160 contabilistas.<br />

O “Factor Continente” na Economia da RAEM<br />

Sob o princípio “um país, <strong>do</strong>is sistemas”, o Governo da RAEM tem vin<strong>do</strong> a fomentar através<br />

<strong>do</strong>s respectivos mecanismos, a cooperação e o intercâmbio com províncias <strong>do</strong> Continente,<br />

cumprin<strong>do</strong> com eficácia o papel de <strong>Macau</strong> como ponte de ligação comercial entre a China e<br />

o resto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. A aplicação e entrada em vigor <strong>do</strong> CEPA, em 1 de Janeiro de 2004, e <strong>do</strong><br />

Quadro de Cooperação Regional <strong>do</strong> Grande-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas, celebra<strong>do</strong> em Junho de<br />

2004, mostra que o desenvolvimento dessa cooperação económica e comercial com o resto<br />

<strong>do</strong> país já entrou numa nova fase. O estatuto da economia de <strong>Macau</strong> tem-se valoriza<strong>do</strong> com o<br />

vasto merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País.<br />

O capital <strong>do</strong> País é hoje uma importante força para o desenvolvimento económico de<br />

<strong>Macau</strong>. As empresas de capital chinês espalham-se principalmente nos sectores da indústria, <strong>do</strong><br />

comércio, das finanças, <strong>do</strong> turismo, da construção civil, <strong>do</strong>s transportes e actividade segura<strong>do</strong>ra.<br />

Em Janeiro de 2009, a Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reforma divulgou “As<br />

Linhas Gerais <strong>do</strong> Planeamento para a Reforma e Desenvolvimento da Região <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das<br />

Pérolas (2008-2020)” (Linhas Gerais), formulan<strong>do</strong> a meta de transformar, até 2020, a Região<br />

<strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas na Cefalópode mais dinâmica e competitiva <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, regida pela<br />

cooperação, mediante a distribuição de trabalhos e a complementaridade de vantagens, entre<br />

Guang<strong>do</strong>ng, Hong Kong e <strong>Macau</strong>.<br />

Em Março de 2011, o 12.º Plano Quinquenal Nacional, onde foi integra<strong>do</strong> Hong Kong e<br />

<strong>Macau</strong> como um capítulo separa<strong>do</strong>, refere que serão reforçadas a cooperação e intercâmbio<br />

entre o resto <strong>do</strong> País, Hong Kong e <strong>Macau</strong> implementa<strong>do</strong>, de forma contínua, o CEPA, o apoio à<br />

transformação de <strong>Macau</strong> num centro internacional de turismo e lazer; a construção acelerada<br />

da plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China e os países<br />

de língua portuguesa; a ajuda a <strong>Macau</strong> na promoção da diversificação adequada da economia e<br />

no desenvolvimento acelera<strong>do</strong> de indústrias de turismo e lazer, e de convenções e exposições,<br />

assim como a medicina tradicional chinesa, o serviço educativo e cultural e a criatividade.<br />

Conforme da<strong>do</strong>s estatísticos divulga<strong>do</strong>s pelo Ministério <strong>do</strong> Comércio, o valor global <strong>do</strong><br />

comércio de 2011 entre <strong>Macau</strong> e o Interior <strong>do</strong> País foi de 2,52 mil milhões de dólares americanos,<br />

traduzin<strong>do</strong> um crescimento de 11,2 por cento. No perío<strong>do</strong> de Janeiro a Dezembro de 2011,<br />

<strong>Macau</strong> investiu em 283 projectos no Interior <strong>do</strong> País, com um montante real investi<strong>do</strong> no valor<br />

de 680 milhões de dólares americanos. Até finais de Dezembro de 2011, <strong>Macau</strong> investiu em<br />

12.839 projectos no Interior <strong>do</strong> País com um montante real investi<strong>do</strong> acumula<strong>do</strong> no valor de<br />

10,38 mil milhões de dólares americanos, ocupan<strong>do</strong> 0,9 por cento <strong>do</strong> montante total acumula<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> investimento exterior atraí<strong>do</strong> pelo Interior <strong>do</strong> País.<br />

249


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

CEPA<br />

O Acor<strong>do</strong> de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Continente Chinês<br />

e <strong>Macau</strong> (CEPA) é um arranjo que visa criar relações semelhantes às de parceiros de comércio<br />

livre para as duas zonas aduaneiras independentes pertencentes a um mesmo Esta<strong>do</strong>. Sem<br />

prejuízo <strong>do</strong> quadro organiza<strong>do</strong>r da Organização Mundial <strong>do</strong> Comércio (OMC) e com a autorização<br />

<strong>do</strong> Conselho de Esta<strong>do</strong>, os trabalhos de consulta sobre o CEPA foram inicia<strong>do</strong>s em Junho de<br />

2003, em Pequim. Em 17 de Outubro de 2003, na presença <strong>do</strong> vice-presidente, Zeng Qinghong,<br />

os representantes da RAEM e <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Comércio assinaram o acor<strong>do</strong> e os seis anexos,<br />

a saber: Isenção de Direitos Aduaneiros no Comércio de Merca<strong>do</strong>rias, Regras de Origem para<br />

o Comércio de Merca<strong>do</strong>rias, Procedimentos para a Emissão e Verificação de Certifica<strong>do</strong>s de<br />

Origem, Compromissos Específicos sobre a Liberalização <strong>do</strong> Comércio de Serviços, Definição<br />

de “Presta<strong>do</strong>r de Serviços” e Respectivas Regras e Facilitação <strong>do</strong> Comércio e Investimento. O<br />

CEPA entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2004.<br />

O Interior da China e a RAEM assinaram mais oito suplementos ao CEPA no perío<strong>do</strong><br />

compreendi<strong>do</strong> entre 2004 e 2011. O conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> CEPA abarca especificamente três<br />

grandes áreas, designadamente, o comércio de merca<strong>do</strong>rias, o comércio de serviços e a<br />

facilitação <strong>do</strong> comércio e investimento. No aspecto <strong>do</strong> comércio de merca<strong>do</strong>rias, o Interior da<br />

China comprometeu-se, a partir de 2006, a conceder isenção de direitos aduaneiros a todas<br />

as merca<strong>do</strong>rias de fabrico em <strong>Macau</strong>, cujos critérios de origem tenham si<strong>do</strong> estabeleci<strong>do</strong>s. Até<br />

ao final de 2011, eram 1216, o número de produtos, cujos critérios de origem tenham si<strong>do</strong><br />

estabeleci<strong>do</strong>s, (no início da implementação da CEPA em 2004, o número de produtos era de<br />

273). No âmbito <strong>do</strong> comércio de serviços, o Interior da China concorda em facilitar as condições<br />

de acesso ao merca<strong>do</strong> de vários sectores de serviços de <strong>Macau</strong>. A partir de Abril de <strong>2012</strong>, 46<br />

sectores <strong>do</strong> País serão abertos a <strong>Macau</strong>, engloban<strong>do</strong> 281 medidas, crian<strong>do</strong> um espaço enorme<br />

de cooperação e uma plataforma ampla de desenvolvimento comum para ambas as partes.<br />

No capítulo de facilitação <strong>do</strong> investimento e <strong>do</strong> comércio, foram incluí<strong>do</strong>s dez sectores na<br />

cooperação bilateral: 1. Promoção <strong>do</strong> comércio e <strong>do</strong> investimento; 2. Facilitação de formalidades<br />

alfandegárias; 3. Inspecção das merca<strong>do</strong>rias, inspecção de quarentena de animais e plantas,<br />

segurança alimentar, controlo sanitário, certificação, acreditação e gestão padronizada; 4.<br />

Comércio electrónico; 5. Transparência da legislação; 6. Cooperação entre pequenas e médias<br />

empresas; 7. Cooperação industrial (incluin<strong>do</strong> a cooperação nas indústrias de medicina tradicional<br />

chinesa, convenções e exposições, cultura, protecção ambiental, ciência e tecnologia inova<strong>do</strong>ras);<br />

8. Protecção <strong>do</strong>s direitos de autor; 9. Cooperação no âmbito das marcas e 10. Cooperação no<br />

<strong>do</strong>mínio educativo.<br />

A cobertura <strong>do</strong> CEPA vai, assim, sen<strong>do</strong> alargada gradualmente. A celebração e aplicação<br />

deste acor<strong>do</strong> contribui em muito para promover o desenvolvimento e prosperidade conjunta de<br />

<strong>Macau</strong> e <strong>do</strong> Continente, reforçar ainda mais as relações de cooperação económica e comercial<br />

com os outros países e regiões <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, diversificar as indústrias de <strong>Macau</strong> e abrir um maior<br />

espaço de desenvolvimento no Interior <strong>do</strong> País para os empresários e comerciantes, e os<br />

cidadãos de <strong>Macau</strong> em geral.<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia, em cooperação com a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Assuntos de Justiça e com o Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong>,<br />

estabeleceu o portal <strong>do</strong> CEPA: www.cepa.gov.mo, fornecen<strong>do</strong>, assim, aos sectores de indústria<br />

e comércio e aos cidadãos em geral, um canal conveniente para obterem informações jurídicas<br />

250


Economia<br />

relativas às actividades de indústria, comércio e investimento no Interior <strong>do</strong> País e em <strong>Macau</strong>.<br />

Ligação de <strong>Macau</strong> com outras Províncias e Municípios<br />

O Governo da RAEM prossegue o conceito governativo de “estabelecer relações com os países<br />

e regiões distantes e consolidar a integração com os países e regiões vizinhos”, manten<strong>do</strong> relações<br />

económicas e comerciais estreitas com províncias e regiões circundantes, ao mesmo tempo,<br />

desenvolven<strong>do</strong> e intensifican<strong>do</strong> activamente o intercâmbio e cooperação com outras províncias<br />

e municípios <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País. Assim, <strong>Macau</strong> estabeleceu óptimas relações interactivas com as<br />

províncias de Guang<strong>do</strong>ng e Fujian, o Município de Chongqing, a Região Autónoma da Mongólia<br />

Interior, as províncias de Jiangsu e Zhejiang, bem como, o Município de Tianjin.<br />

Com vista a melhor planear e implementar as acções governativas na área económica,<br />

promover activamente a integração da economia de <strong>Macau</strong> à <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País, intensificar o<br />

papel de <strong>Macau</strong> como plataforma de serviços em três âmbitos e optimizar a estrutura industrial<br />

de <strong>Macau</strong>, bem como, melhorar a situação <strong>do</strong> emprego, o Governo da RAEM tem aperfeiçoa<strong>do</strong><br />

constantemente as funções de serviço <strong>do</strong>s diversos departamentos competentes e conselhos<br />

especializa<strong>do</strong>s.<br />

Em Setembro de 2011, teve lugar o 7.º Fórum para a Cooperação da Região <strong>do</strong> Grande-<br />

-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas na Cidade de Nanchang, na Província de Jiangxi, no qual, participaram,<br />

chefian<strong>do</strong> as respectivas delegações oficiais, o Chefe <strong>do</strong> Executivo a RAEM, Chui Sai On e os<br />

dirigentes <strong>do</strong>s governos da Região <strong>do</strong> Grande-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, o Governo da RAEM realizou em <strong>Macau</strong>, entre 31 de Março a 2 de Abril de<br />

2011, o “Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de <strong>Macau</strong> 2010” (2011<br />

MIECF), em colaboração com dez províncias e regiões da Região <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas,<br />

no qual, participaram as delegações das províncias e das regiões <strong>do</strong> “9+2” (Região <strong>do</strong> Grande-<br />

-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas) com as suas representações temáticas.<br />

Com o objectivo de promover e reforçar a cooperação e intercâmbio no âmbito da economia<br />

e comércio, turismo e cultura entre a Província de Fujian e <strong>Macau</strong>, em Abril de 2011, o secretário-<br />

-geral <strong>do</strong> Comité <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Comunista da China da Província de Fujian, Sun Chunlan, à frente<br />

de uma delegação oficial, chegou a <strong>Macau</strong> para presidir à Sessão de Promoção de Cooperação<br />

Fujian-<strong>Macau</strong>. Em Junho, o vice-presidente da Conferência Consultiva Política <strong>do</strong> Povo Chinês<br />

e ex-Chefe <strong>do</strong> Executivo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, Edmund Ho, à frente de<br />

uma delegação de empresários de <strong>Macau</strong>, Fujian e Heilongjiang, deslocou-se a Timor-Leste<br />

e Singapura para uma visita de inspecção económica e comercial por quatro dias. Em 17 de<br />

Junho, teve lugar, na Cidade de Fuzhou, o encontro bilateral de alto nível Fujian-<strong>Macau</strong>. O<br />

Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com o secretário-geral <strong>do</strong> Comité <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong><br />

Comunista da China da Província de Fujian, Sun Chunlan, em que foi acertada a realização de<br />

um encontro anual bilateral ao mais alto nível, bem como o reforço da cooperação na área <strong>do</strong><br />

comércio e <strong>do</strong> turismo. As partes acordaram em promover empresários <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s a participar<br />

em exposições realizadas nos <strong>do</strong>is lugares. Em Outubro, o vice-governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Governo Popular<br />

de Fujian, Ye Shuangyu, à chefia da delegação provincial de economia e comércio, participou<br />

na 16.ª Feira Internacional de <strong>Macau</strong> e na “Mesa Re<strong>do</strong>nda entre os Países Lusófonos, Fujian e<br />

<strong>Macau</strong> para o Intercâmbio Económico e a Cooperação no Sector de Materiais de Construção”,<br />

entre outras actividades, sen<strong>do</strong> instala<strong>do</strong> o Pavilhão de Fujian na Feira.<br />

251


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

<strong>Macau</strong> e as Relações com a Província de Guang<strong>do</strong>ng<br />

A escassez de mão-de-obra e o aumento <strong>do</strong>s custos de produção foram responsáveis pela<br />

transferência de uma parte da indústria local para o Continente, ten<strong>do</strong> como centro o Delta <strong>do</strong><br />

Rio das Pérolas, na Província de Guang<strong>do</strong>ng, região cuja economia beneficiou <strong>do</strong> fluxo desses<br />

capitais mobiliza<strong>do</strong>s não só de <strong>Macau</strong> como também de Hong Kong e que abriu um vasto espaço<br />

de desenvolvimento para os investi<strong>do</strong>res das duas regiões administrativas especiais.<br />

Em 2003, foi cria<strong>do</strong> o regime da Conferência Conjunta de Cooperação <strong>Macau</strong>-Guang<strong>do</strong>ng.<br />

Da reunião saíram seis pontos principais da cooperação entre <strong>Macau</strong> e Guang<strong>do</strong>ng: sector<br />

de serviços, Parque Industrial Transfronteiriço Zhuhai-<strong>Macau</strong> (PIT), estu<strong>do</strong> de viabilidade de<br />

desenvolvimento conjunto da Ilha da Montanha, grandes vias de comunicação transfronteiriça,<br />

indústria de turismo e colaboração entre alfândegas. A criação deste regime de conferência<br />

conjunta contribui para promover ainda mais a cooperação bilateral, sobretu<strong>do</strong> o pleno<br />

aproveitamento de vantagens de cada uma das partes, através <strong>do</strong> reordenamento das vantagens<br />

que a Província de Guang<strong>do</strong>ng detém na indústria transforma<strong>do</strong>ra, tecnologia, recursos humanos<br />

e baixos custos, e das vantagens que <strong>Macau</strong> apresenta enquanto zona alfandegária independente<br />

e porto franco, de forma a gozar conjuntamente dum maior desenvolvimento e prosperidade.<br />

O Parque Industrial Transfronteiriço Zhuhai-<strong>Macau</strong> (PIT), o maior projecto de cooperação<br />

<strong>Macau</strong>-Guang<strong>do</strong>ng, obteve a autorização <strong>do</strong> Conselho de Esta<strong>do</strong> e foi estabeleci<strong>do</strong>, em 5 de<br />

Dezembro de 2003, no terreno entre Maoshengwei, em Gongbei, Zhuhai, e a Ilha Verde, na<br />

zona noroeste de <strong>Macau</strong>. A primeira fase das obras cobre 400 mil metros quadra<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais<br />

290 mil metros quadra<strong>do</strong>s em Zhuhai e os restantes 110 mil metros quadra<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong>. O<br />

PIT destina-se principalmente ao desenvolvimento industrial, para além de logística, comércio<br />

de trânsito, exposição e venda de produtos, entre outros.<br />

Em Março de 2011, foi assina<strong>do</strong> em Pequim o Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<br />

-<strong>Macau</strong>, marcan<strong>do</strong> a entrada da cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong> numa nova fase histórica. O<br />

Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>, constitui<strong>do</strong> por oito capítulos, 38 artigos,<br />

cobriu todas as áreas de cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>, designadamente, economia, sociedade,<br />

vida populacional, cultura, entre outras e clarificou de forma explícita o posicionamento, princípio<br />

e objectivo da cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>, definin<strong>do</strong> como prioridades a exploração da Ilha<br />

de Hengqin (Montanha) mediante a cooperação, o desenvolvimento industrial coordena<strong>do</strong>,<br />

articulação de infra-estruturas e facilidade aduaneira, serviços públicos sociais e planeamento<br />

da cooperação regional.<br />

Realizou-se, em 19 de Abril de 2011, em Zhuhai da Província de Guang<strong>do</strong>ng, a Conferência<br />

Conjunta de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong> 2011. As duas partes decidiram agarrar esta<br />

oportunidade e condições favoráveis, e assim, de acor<strong>do</strong> com o 12.º Plano Quinquenal,<br />

impulsionar a execução das Linhas Gerais <strong>do</strong> Planeamento para a Reforma e Desenvolvimento<br />

da Região <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas e <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>, no<br />

senti<strong>do</strong> de aprofundar a cooperação estreita, impulsionar o desenvolvimento social e económico<br />

sustentável para os <strong>do</strong>is territórios e garantir melhor qualidade de vida para a população. Após<br />

a conferência, as duas partes assinaram um “Compromisso de Concretização <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> Quadro<br />

para a Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>”, o “Acor<strong>do</strong> de cooperação sobre o impulso da área de<br />

demonstração global <strong>do</strong> projecto piloto <strong>do</strong> CEPA em Nansha por ambas regiões” e o “Acor<strong>do</strong><br />

sobre a construção <strong>do</strong> Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa pelos<br />

252


Economia<br />

governos de Zhuhai e da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>”.<br />

Inseri<strong>do</strong> numa agenda importante da “Conferência Conjunta de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<br />

-<strong>Macau</strong> 2011”, a cerimónia de inauguração oficial <strong>do</strong> Parque Científico e Industrial de Medicina<br />

Tradicional Chinesa no novo distrito da Ilha de Hengqin foi realizada, no dia 19 de Abril. O Parque<br />

Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa foi o primeiro projecto de construção<br />

implementa<strong>do</strong> oficialmente no âmbito da cooperação entre Guang<strong>do</strong>ng e <strong>Macau</strong>, desde a<br />

assinatura <strong>do</strong> “Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>”. O Parque Científico e Industrial<br />

de Medicina Tradicional Chinesa, com uma área de cerca de 0,5 quilómetros quadra<strong>do</strong>s tem como<br />

objectivo integrar as vantagens sectoriais nas áreas da medicina tradicional chinesa, educação e<br />

pesquisa científica de Guang<strong>do</strong>ng, bem como a capacidade científica e tecnológica e os recursos<br />

humanos de <strong>Macau</strong>, para atrair as grandes empresas de medicina <strong>do</strong> País e <strong>do</strong> exterior para ali<br />

instalarem as suas sedes. O parque pretende ser uma base industrial internacional de medicina<br />

tradicional chinesa que inclui o tratamento médico, cuida<strong>do</strong>s de saúde, transformação científica<br />

e tecnológica, pesquisa e desenvolvimento de produtos de saúde, logística, convenções e<br />

exposições, e ao mesmo tempo, uma plataforma internacional de comércio de matérias-primas<br />

amigas <strong>do</strong> ambiente e de produtos de saúde de elevada qualidade.<br />

No mesmo dia, teve lugar também a cerimónia de conclusão <strong>do</strong> projecto de construção<br />

<strong>do</strong> reservatório de Zhuyin em Zhuhai, capaz de resolver, após a conclusão da obra, a questão<br />

<strong>do</strong> abastecimento de água potável para Zhuhai e <strong>Macau</strong> durante a época de marés salgadas.<br />

Em 18 de Julho de 2011, decorreu na zona Nansha da Cidade de Cantão, a Reunião de<br />

Cooperação Cantão-<strong>Macau</strong> 2011, na qual as duas partes assinaram quatro instrumentos de<br />

cooperação para intensificar a cooperação em áreas de turismo, economia, comércio, convenção<br />

e exposição.<br />

Em 2011, os Serviços <strong>do</strong> Comércio e da Cooperação Económica com o Exterior, da<br />

Província de Guang<strong>do</strong>ng, e o Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong><br />

organizaram várias actividades de promoção económica e comercial: em Julho, o Seminário sobre<br />

a Cooperação Económica e Comercial e Serviços entre Guang<strong>do</strong>ng, <strong>Macau</strong> e África <strong>do</strong> Sul-2011<br />

e o Seminário sobre a Cooperação Económica e Comercial e Serviços entre Guang<strong>do</strong>ng, <strong>Macau</strong><br />

e Moçambique-2011, decorreram, respectivamente, na Cidade <strong>do</strong> Cabo, na África <strong>do</strong> Sul, e na<br />

Cidade de Maputo, em Moçambique. Em simultâneo, uma delegação de representantes <strong>do</strong> sector<br />

económico e comércio da Província de Guang<strong>do</strong>ng organizada pelo Departamento <strong>do</strong> Comércio<br />

e Cooperação Económica com o Exterior <strong>do</strong> Governo Provincial de Guang<strong>do</strong>ng e uma delegação<br />

empresarial organizada pelo Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong><br />

participaram no “Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a<br />

China e os Países de Língua Portuguesa - Edição Angola”, realizada em Luanda. Em Julho, teve<br />

lugar, no Centro de Convenções e Exposições da Doca <strong>do</strong>s Pesca<strong>do</strong>res, em <strong>Macau</strong>, a “Feira de<br />

Produtos de Marca da Província de Guang<strong>do</strong>ng e <strong>Macau</strong> 2011”.<br />

Em 22 de Agosto de 2011, decorreu em <strong>Macau</strong> a sessão de divulgação e de esclarecimento<br />

sobre o Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong> e as políticas inova<strong>do</strong>ras aplicáveis à<br />

Ilha de Hengqin (Montanha) realizada pelos governos da Província de Guang<strong>do</strong>ng e da RAEM, na<br />

qual, os dirigentes de Guang<strong>do</strong>ng e <strong>Macau</strong> teceram ainda explicações detalhadas e aprofundadas<br />

sobre o andamento da concretização <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong>-Quadro e a autorização <strong>do</strong> Governo Central sobre<br />

as políticas inova<strong>do</strong>ras para a Ilha de Hengqin, divulgan<strong>do</strong> a cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>, o<br />

desenvolvimento da Ilha de Hengqin, o ambiente de investimento entre outros.<br />

253


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia é o serviço incumbi<strong>do</strong> de o coadjuvar na elaboração<br />

e execução da política económica, no âmbito das actividades económicas e da propriedade<br />

intelectual, bem como noutros <strong>do</strong>mínios que lhe sejam cometi<strong>do</strong>s por lei.<br />

Licença Industrial<br />

Segun<strong>do</strong> o Decreto-Lei n.º 11/99/M, de 22 de Março, os estabelecimentos da indústria<br />

transforma<strong>do</strong>ra especifica<strong>do</strong>s na Secção D da Classificação das Actividades Económicas de<br />

<strong>Macau</strong> - Revisão 1, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 55/97/M, de 9 de Dezembro, necessitam<br />

de requerer à DSE a respectiva licença industrial. Nos termos <strong>do</strong> artigo n.º 11 <strong>do</strong> Decreto-Lei<br />

n.º 11/99/M, é interdita a exploração dessas actividades em edifícios para fins de habitação.<br />

Os pedi<strong>do</strong>s de atribuição de licença industrial podem ser <strong>do</strong> regime geral (edifícios<br />

industriais), <strong>do</strong> regime especial ou actividades especiais. Para a exploração de actividades<br />

não especiais em edifícios industriais, a taxa de licença é de 500 patacas, sen<strong>do</strong> as licenças<br />

abrangidas pelo regime especial (em edifícios não industriais) ou de actividades especiais,<br />

taxadas consoante a área <strong>do</strong> estabelecimento e variam entre as 700 e as 4500 patacas.<br />

Durante o ano de 2011, os Serviços de Economia emitiram no total 17 licenças <strong>do</strong> regime<br />

geral, 13 licenças <strong>do</strong> regime especial ou actividades especiais, 27 licenças de regime geral em<br />

edifício industrial, 27 licenças <strong>do</strong> regime especial/actividade especial em edifício industrial, ten<strong>do</strong><br />

cancela<strong>do</strong> 52 licenças industriais e 95 licenças de indústria em fracções autónomas. Entretanto,<br />

foram reemitidas 92 licenças para actividades industriais por motivos de alienação, mudança,<br />

junção ou alteração de estabelecimentos industriais.<br />

Certificação de Origem<br />

A passagem, pela DSE, de <strong>do</strong>cumentos certificativos de origem de <strong>Macau</strong> destina-se a<br />

comprovar perante terceiros que as merca<strong>do</strong>rias exportadas receberam na RAEM, processo<br />

de transformação bastante e necessário a conferir-lhes a qualidade de originárias de <strong>Macau</strong>.<br />

Porém, essa mesma qualidade não se perde, ainda que parte <strong>do</strong> processo de transformação<br />

haja decorri<strong>do</strong> no exterior.<br />

A qualificação de origem de <strong>Macau</strong> é feita em conformidade com os critérios estabeleci<strong>do</strong>s<br />

pela DSE ou, quan<strong>do</strong> aplicáveis, os resultantes <strong>do</strong>s acor<strong>do</strong>s internacionais e das regras <strong>do</strong>s<br />

países e regiões de destino das merca<strong>do</strong>rias.<br />

O certifica<strong>do</strong> de origem abrange os seguintes tipos: primeiro, certificação de origem de<br />

<strong>Macau</strong> de merca<strong>do</strong>rias contingentadas, para fins aduaneiros; segun<strong>do</strong>, a certificação de origem<br />

de <strong>Macau</strong> de merca<strong>do</strong>rias não contingentadas, destinada a fins aduaneiros <strong>do</strong> país ou região<br />

importa<strong>do</strong>r de merca<strong>do</strong>rias GSP; terceiro, certificação de origem estrangeira, destinada a<br />

produtos exporta<strong>do</strong>s a partir de <strong>Macau</strong>, mas não fabrica<strong>do</strong>s no Território; e, quarto, certifica<strong>do</strong><br />

de origem de <strong>Macau</strong> de merca<strong>do</strong>rias que beneficiam da isenção ou outros direitos aduaneiros<br />

ao entrar no Continente no âmbito <strong>do</strong> CEPA.<br />

Durante o ano de 2011, foram emiti<strong>do</strong>s 11.678 certifica<strong>do</strong>s de origem <strong>do</strong> primeiro tipo,<br />

254


Economia<br />

destina<strong>do</strong>s, principalmente, aos EUA, ocupan<strong>do</strong> 38,5 por cento, e UE, 31,7 por cento, 33 <strong>do</strong><br />

segun<strong>do</strong> tipo destina<strong>do</strong>s principalmente à UE, representan<strong>do</strong> 87,9 por cento, e 497 <strong>do</strong> quarto tipo.<br />

Certifica<strong>do</strong> de Presta<strong>do</strong>r de Serviços de <strong>Macau</strong><br />

As empresas de <strong>Macau</strong> podem beneficiar de tratamento preferencial ao abrigo <strong>do</strong> “Acor<strong>do</strong><br />

de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Continente Chinês e <strong>Macau</strong>”,<br />

desde que preencham os requisitos estipula<strong>do</strong>s no Anexo 5 <strong>do</strong> acor<strong>do</strong> e respectivos suplementos.<br />

As empresas devem requerer à DSE um Certifica<strong>do</strong> de Presta<strong>do</strong>r de Serviços de <strong>Macau</strong>. Após<br />

a obtenção <strong>do</strong> certifica<strong>do</strong>, podem requerer junto das repartições <strong>do</strong> Continente a prestação<br />

de serviços, benefician<strong>do</strong> das facilidades concedidas pelo Acor<strong>do</strong> CEPA. No perío<strong>do</strong> entre 1<br />

de Janeiro de 2004 e 31 de Dezembro de 2011, a DSE emitiu 420 Certifica<strong>do</strong>s de Presta<strong>do</strong>r<br />

de Serviços de <strong>Macau</strong>, destacan<strong>do</strong>-se os serviços de transportes e logística, convenções e<br />

exposições, consultoria de gestão, construção e engenharia, distribuição, telecomunicações,<br />

serviços jurídicos, publicidade, venda e comercialização de serviços de transporte aéreo e<br />

sector de imobiliário, audiovisual, agências de viagens, agenciamento de marcas, impressão e<br />

indústria de serviços de publicações, entre outros.<br />

O Centro de Informação sobre o Acor<strong>do</strong> CEPA da DSE presta ao público serviços de recepção<br />

de requerimentos, consulta e de informações.<br />

Licenças para Operações de Comércio Externo<br />

As licenças para as operações de comércio externo são reguladas pela Lei n.º 7/2003 - Lei<br />

<strong>do</strong> Comércio Externo. Nos termos daquele diploma, podem efectuar operações de comércio<br />

externo as pessoas singulares ou as pessoas colectivas da RAEM, que provem ter cumpri<strong>do</strong> as<br />

obrigações fiscais, nomeadamente, no que respeita à Contribuição Industrial e ao Imposto de<br />

Consumo. Em <strong>Macau</strong> mantém-se o mais baixo controlo às merca<strong>do</strong>rias exportadas e importadas,<br />

sen<strong>do</strong> o controlo exerci<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> em conta os compromissos internacionais, ou os determina<strong>do</strong>s<br />

por razões de ordem ambiental, de saúde ou de segurança.<br />

Os principais diplomas legais sobre as actividades de comércio externo são, entre outros:<br />

1. Lei <strong>do</strong> Comércio Externo, Lei n.º 7/2003; 2. Regulamento Administrativo n.º 28/2003 -<br />

Regulamento das Operações de Comércio Externo; 3. Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º<br />

452/2011 (a tabela de merca<strong>do</strong>rias destinadas a uso ou consumo pessoal, as tabelas de<br />

exportação e de importação e a tabela de merca<strong>do</strong>rias sujeitas a controlo sanitário/fitossanitário);<br />

4. Decreto-Lei n.º 45/86/M, que regulamenta para aplicação na RAEM da Convenção sobre o<br />

Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção;<br />

5. Lei n.º 4/99/M, que aprova o Regulamento <strong>do</strong> Imposto de Consumo - Revogações, alteradas<br />

pelas Lei n.º 8/2008 aprovada, em 25 de Agosto, Lei n.º 7/2009 aprovada em 25 de Maio e<br />

pela Lei n.º 11/2011 aprovada em 19 de Dezembro; 6. Decreto-Lei n.º 62/95/M, que estabelece<br />

medidas de controlo e redução <strong>do</strong> uso de substâncias que empobrecem a camada <strong>do</strong> ozono e<br />

diplomas relativos; 7. Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 425/2009, que define o contingente<br />

anual de importação de hidroclorofluorcarbonetos (HCFC) menciona<strong>do</strong>s na Tabela C anexa ao<br />

Despacho n.º 78/GM/95, de 4 de Dezembro; e 8. Decreto-Lei n.º 51/99/M, que regula o comércio<br />

e indústria de programas de computa<strong>do</strong>r, fonogramas e videogramas.<br />

Segun<strong>do</strong> a legislação, quanto aos produtos submeti<strong>do</strong>s aos regimes especiais e os das<br />

255


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

tabelas de exportação (Tabela A) e de importação (Tabela B), constantes <strong>do</strong> Anexo II <strong>do</strong><br />

Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 368/2006, altera<strong>do</strong> pelo Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

n.º 452/2011, a sua importação ou exportação requer o licenciamento. A DSE é uma das<br />

entidades competentes para a emissão de licenças.<br />

Os produtos submeti<strong>do</strong>s aos regimes especiais e os das tabelas de exportação (Tabela A) e<br />

de importação (Tabela B) são dividi<strong>do</strong>s em duas categorias segun<strong>do</strong> a classificação das actividades<br />

de comércio externo. Os produtos cuja exportação está sujeita ao regime de autorização são:<br />

1. os produtos têxteis e o vestuário; 2. as espécies reguladas pela Convenção sobre o Comércio<br />

Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES); 3. As<br />

substâncias depletivas <strong>do</strong> ozono; 4. os equipamentos e matérias-primas destinadas ao fabrico<br />

de CD; 5. as armas e munições e as suas peças e acessórios; e 6. os produtos farmacêuticos<br />

e medicamentos, e algumas substâncias químicas. Os produtos cuja importação está sujeita<br />

a restrição, são: 1. as bebidas alcoólicas com teor alcoólico, em volume, superior ou igual a<br />

30 por cento, tabaco; 2. os veículos motoriza<strong>do</strong>s; 3. as espécies reguladas pela CITES; 4. as<br />

substâncias depletivas <strong>do</strong> ozono; 5. os equipamentos e matérias-primas destinadas ao fabrico<br />

de CD; 6. os animais vivos, carnes, produtos aquáticos, ovos e parte de produtos de leite, entre<br />

outros; 7. os produtos farmacêuticos e medicamentos, e algumas substâncias químicas; 8. as<br />

armas e munições e as suas peças e acessórios; 9. as substâncias explosivas; e 10. parte de<br />

emissores e receptores de telecomunicações.<br />

Foi introduzi<strong>do</strong>, no quarto trimestre de 2000, pelos Serviços de Economia, o sistema<br />

informático de pedi<strong>do</strong> de licenciamento das exportações de têxteis e vestuário, poden<strong>do</strong> os<br />

opera<strong>do</strong>res obterem a respectiva licença através <strong>do</strong> seu próprio impressor. A partir de 2004, foi,<br />

também, introduzi<strong>do</strong> pelos Serviços de Economia, a título experimental o sistema informático<br />

de pedi<strong>do</strong> de licenciamento das importações de certos produtos. Constata-se que entre 2005<br />

e 2011, o uso deste tipo de pedi<strong>do</strong> de serviço electrónico começou a aumentar gradualmente,<br />

nomeadamente, para o licenciamento relativo a tabaco, vinhos e veículos motoriza<strong>do</strong>s e aparelho<br />

de ar condiciona<strong>do</strong>.<br />

Durante o ano de 2011, foram emitidas 8315 licenças de exportação e 28.105 licenças<br />

de importação.<br />

Defesa <strong>do</strong> Direito de Propriedade Intelectual<br />

Ao Departamento da Propriedade Intelectual (DPI) <strong>do</strong>s Serviços de Economia compete<br />

essencialmente contribuir para a definição das políticas de protecção da propriedade<br />

intelectual, executar os dispositivos legais vigentes no <strong>do</strong>mínio da propriedade intelectual e ser<br />

responsável pelo registo da propriedade industrial, incluin<strong>do</strong> registos de marca, nome/insígnia<br />

de estabelecimento, patente de invenção, patente de utilidade, desenhos/modelos, topografia<br />

de produto semicondutor, denominação de origem/indicação geográfica e recompensa, ainda,<br />

à inscrição <strong>do</strong>s respectivos actos de modificação e registo de averbamentos, renovação e<br />

extinção. Ao mesmo tempo, efectuar os registos <strong>do</strong>s organismos de gestão colectiva de direitos<br />

de autor e conexos. No âmbito da propriedade intelectual, compete aos Serviços de Alfândega<br />

supervisionarem a legislação e aplicar as sanções para aumentar a concorrência leal e combater<br />

a contrafacção, promover o cumprimento da legislação relativa à propriedade intelectual e ao<br />

direito de autor.<br />

256


Economia<br />

Regime Jurídico da Propriedade Intelectual<br />

O Regime <strong>do</strong> Direito de Autor e Direitos Conexos e o Regime Jurídico da Propriedade<br />

Intelectual constituem os <strong>do</strong>is principais diplomas de propriedade intelectual em vigor em <strong>Macau</strong>.<br />

Regime <strong>do</strong> Direito de Autor e Direitos Conexos<br />

Os direitos de autor em <strong>Macau</strong> vinham sen<strong>do</strong> fundamentalmente regi<strong>do</strong>s pelo Decreto-Lei<br />

n.º 46980, de 27 de Abril de 1966, publica<strong>do</strong> em Boletim Oficial no dia 8 de Janeiro de 1972. A<br />

evolução tecnológica e o estabelecimento de novos padrões internacionais ao nível <strong>do</strong>s direitos<br />

de autor tornaram aquele decreto de certo mo<strong>do</strong> obsoleto, requeren<strong>do</strong> a sua actualização. A<br />

Lei n.º 4/85/M, de 25 de Novembro e o Decreto-Lei n.º 17/98/M, de 4 de Maio, surgiram para<br />

preencher as lacunas existentes. Mas só com a publicação <strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 43/99/M (Regime<br />

<strong>do</strong> Direito de Autor e Direitos Conexos), a 16 de Agosto, e em vigor a partir de 1 de Outubro<br />

<strong>do</strong> mesmo ano, foi possível assegurar de forma mais clara os direitos de autor.<br />

Com efeito, a nova legislação estabelece como sen<strong>do</strong> obras protegidas pelo direito de<br />

autor as criações de obras literárias e artísticas ou as <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio musical, cinematográfico<br />

televisivo, entre outras. Trata-se de uma das obrigações internacionais decorrentes, para <strong>Macau</strong>,<br />

da participação na OMC e <strong>do</strong> respectivo vínculo ao Acor<strong>do</strong> sobre os Aspectos <strong>do</strong>s Direitos de<br />

Propriedade Intelectual Relaciona<strong>do</strong>s com o Comércio.<br />

O direito de autor é um direito na RAEM. Uma vez que o trabalho esteja acaba<strong>do</strong>, não<br />

importa a sua divulgação, publicação, utilização ou exploração económica, o autor terá o direito<br />

protegi<strong>do</strong> pela lei, sem quaisquer formalidades de registo. Em termos gerais, o direito de autor<br />

em <strong>Macau</strong> caduca 50 anos após a morte <strong>do</strong> cria<strong>do</strong>r da obra, mesmo em caso de obra divulgada<br />

ou publicada postumamente. No entanto, o perío<strong>do</strong> de protecção real <strong>do</strong> trabalho depende <strong>do</strong><br />

tipo <strong>do</strong> trabalho.<br />

Regime Jurídico da Propriedade Industrial<br />

O Regime Jurídico da Propriedade Industrial (Decreto-Lei n.º 97/99/M, de 13 de Dezembro)<br />

que substitui a legislação anterior, entrou em vigor a 6 de Junho de 2000, permitin<strong>do</strong> assim à<br />

RAEM, pela primeira vez, dispor de legislação autónoma de defesa de propriedade industrial,<br />

para poder honrar os seus compromissos internacionais. O Regime Jurídico da Propriedade<br />

Industrial abrange a protecção de oito áreas, nomeadamente, o direito de patente (invenção e<br />

aplicação), a certificação de defesa e certificação complementar de medicamentos e produtos<br />

fitofarmacêuticos, topografia de produtos semicondutores, desenhos e modelos industriais,<br />

marcas, nomes e insígnias de estabelecimento, denominações de origem, indicações geográficas<br />

e regime de recompensa.<br />

Registo de Marca<br />

Em <strong>Macau</strong>, o registo de marca não é obrigatório, poden<strong>do</strong> todas as marcas serem registadas<br />

segun<strong>do</strong> os preceitos <strong>do</strong> Regime Jurídico da Propriedade Industrial. O regime <strong>do</strong> registo de<br />

marca da RAEM tem uma natureza regional e a legislação de marca da RAEM apenas protege<br />

as marcas que foram concedidas na RAEM, estan<strong>do</strong> a sua protecção noutros países ou regiões<br />

dependente <strong>do</strong> registo nos países ou regiões respectivos.<br />

257


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Em 2011, o DPI da DSE recebeu 8590 pedi<strong>do</strong>s de registo de marca, um acréscimo de 27,18<br />

por cento relativamente ao ano de 2010, com 6754 pedi<strong>do</strong>s. Entre os países ou regiões com<br />

maior número de pedi<strong>do</strong>s incluem-se os <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América, <strong>Macau</strong>, Interior da<br />

China, Japão, Hong Kong, Ilhas Virgens Britânicas, Reino Uni<strong>do</strong>, França, Itália e Suíça. O total<br />

de pedi<strong>do</strong>s de registo de marca recebi<strong>do</strong>s pela DSE até 31 de Dezembro de 2011 foi de 77.755.<br />

Registo de Patente<br />

A partir de 6 de Junho de 2000, o registo de patente (incluin<strong>do</strong> as de invenção e de utilidade)<br />

passou para a competência da DSE.<br />

Conforme o “Acor<strong>do</strong> de Cooperação entre a Direcção Nacional da Propriedade Intelectual e<br />

a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> na Área <strong>do</strong>s<br />

Direitos de Propriedade Intelectual” assina<strong>do</strong> em 24 de Janeiro de 2003, em Pequim, entre a<br />

DSE e a DNPI, define, podem ser solicita<strong>do</strong>s extensões à RAEM das patentes concedidas pela<br />

DNPI. A partir de 2008, o acor<strong>do</strong> acima referi<strong>do</strong> foi renova<strong>do</strong> por um perío<strong>do</strong> de cinco anos.<br />

Durante o ano de 2011, a DSE recebeu 145 pedi<strong>do</strong>s de extensão de patente de invenção, 72<br />

pedi<strong>do</strong>s de registo de patente e 157 pedi<strong>do</strong>s de registo de desenhos e modelos. Os pedi<strong>do</strong>s foram<br />

principalmente provenientes <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América, Japão e Taiwan. O total de pedi<strong>do</strong>s<br />

de extensão de patente de invenção, de registo de patente, e de registo de desenhos/modelos<br />

recebi<strong>do</strong>s pela DSE até 31 de Dezembro de 2011, foi de 727, 1227 e 866, respectivamente.<br />

Plano de Apoio a Pequenas e Médias Empresas<br />

Ao longo <strong>do</strong>s anos, desde a criação da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, o Governo<br />

tem esta<strong>do</strong> atento e apoia<strong>do</strong>, o desenvolvimento das PME, objectivo que está incluí<strong>do</strong> nas Linhas<br />

de Acção Governativa. Em 2003, em resposta à situação social e económica, foram lança<strong>do</strong>s,<br />

três planos de apoio visan<strong>do</strong> facilitar a obtenção de financiamento para as PME.<br />

O Plano de Apoio às PME, lança<strong>do</strong> em Maio de 2003, destinava-se a conceder empréstimos,<br />

isentos de juros, às pequenas e médias empresas, visan<strong>do</strong> apoiar a reconversão das condições<br />

de exploração, capacidade de exploração ou atenuação <strong>do</strong> impacto negativo provoca<strong>do</strong> pelo<br />

surto da pneumonia atípica. Para fazer face ao crescimento económico local, e às necessidades<br />

sentidas nos últimos anos, o plano seria revisto em Novembro de 2006. Desde então, cada<br />

verba máxima de apoio passou de 200 mil, para 300 mil patacas, e, em Fevereiro de 2009 para<br />

500 mil patacas. Até ao final de Dezembro de 2011, foram recebi<strong>do</strong>s 6104 pedi<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais<br />

5383 foram aprova<strong>do</strong>s, traduzin<strong>do</strong>-se num montante global de 1,209 mil milhões de patacas<br />

(incluin<strong>do</strong> pedi<strong>do</strong>s feitos devi<strong>do</strong> aos prejuízos causa<strong>do</strong>s pelo tufão “Hagupit”, em 2008). De entre<br />

as empresas elegíveis para o subsídio governamental, destacam-se as <strong>do</strong>s sectores <strong>do</strong> comércio<br />

a retalho, construção civil e obras públicas, restauração, hotelaria, comércio por grosso, serviço<br />

público, segurança social e serviços pessoais, actividades relacionadas com imóveis e serviços<br />

presta<strong>do</strong>s a empresas, entre outros.<br />

O Plano de Garantia de Crédito às PME, que se iniciou em Agosto de 2003, visa apoiar as<br />

PME na obtenção de financiamento junto das instituições bancárias. As empresas beneficiadas<br />

poderão obter uma garantia de crédito prestada pelo Governo da RAEM, no montante máximo<br />

de 50 por cento <strong>do</strong> crédito bancário solicita<strong>do</strong>, até ao limite de 1,5 milhões de patacas. Com as<br />

alterações introduzidas no plano em Junho de 2009, foi aumenta<strong>do</strong> o limite máximo da garantia<br />

258


Economia<br />

para 70 por cento <strong>do</strong> crédito bancário solicita<strong>do</strong>, até ao limite de 3,5 milhões de patacas.<br />

Desde o início <strong>do</strong> esquema e até ao final de Dezembro de 2011, foram recebi<strong>do</strong>s 246 pedi<strong>do</strong>s,<br />

envolven<strong>do</strong> um montante de 584 milhões de patacas. Destes, 234 obtiveram garantias de<br />

crédito num montante de 377 milhões de patacas. A participação mais significativa no plano,<br />

a maioria, verificou-se na construção e obras públicas, seguin<strong>do</strong>-se o sector de comércio a<br />

retalho, comércio por grosso, exportação e importação, actividades relacionadas com imóveis e<br />

serviços presta<strong>do</strong>s a empresas, têxteis, vestuário e produção de artigos em couro, entre outros.<br />

O Plano de Garantia de Crédito às PME para Projectos Específicos foi também lança<strong>do</strong><br />

em Agosto de 2003. O plano tem por finalidade apoiar as PME na obtenção <strong>do</strong> financiamento<br />

necessário ao desenvolvimento de projectos específicos. As empresas aprovadas poderão obter<br />

uma garantia bancária de crédito a 100 por cento, prestada pelo Governo da RAEM, cobrin<strong>do</strong><br />

cada montante <strong>do</strong>s créditos até ao limite de um milhão de patacas. Até ao fim de Dezembro<br />

de 2011, foram formula<strong>do</strong>s 66 pedi<strong>do</strong>s, envolven<strong>do</strong> um montante de garantia de 52,137<br />

milhões de patacas. Destes, 54 obtiveram garantias de crédito a 100 por cento, representan<strong>do</strong><br />

um montante de 43,737 milhões de patacas, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> o comércio a retalho o sector mais<br />

procura<strong>do</strong>. Outros sectores relevantes foram os da indústria de papel, imprensa e publicações,<br />

comércio por grosso, exportação e importação, construção e obras públicas, têxteis, vestuário<br />

e produção de artigos em couro, entre outros.<br />

Autoridade Monetária de <strong>Macau</strong><br />

A Autoridade Monetária de <strong>Macau</strong> possui funções semelhantes às de um banco central e<br />

competências de supervisionar o sistema financeiro de <strong>Macau</strong>. O seu antecessor - o Instituto<br />

Emissor de <strong>Macau</strong> - foi cria<strong>do</strong> em 1980, e era responsável pela emissão da moeda - a Pataca<br />

- e pela gestão da reserva cambial de <strong>Macau</strong>.<br />

Em Julho de 1989, foi criada a Autoridade Monetária e Cambial de <strong>Macau</strong>. As funções desta<br />

nova instituição foram claramente definidas, ten<strong>do</strong>-lhe si<strong>do</strong> concedida autonomia administrativa,<br />

financeira e patrimonial. Com o estabelecimento da RAEM, foi alterada a sua designação<br />

(21/2/2000) para Autoridade Monetária de <strong>Macau</strong>, não obstante terem si<strong>do</strong> mantidas as funções<br />

e a autonomia estabelecidas anteriormente.<br />

Para além de fiscalizar os merca<strong>do</strong>s monetário e financeiro de <strong>Macau</strong> nos termos da<br />

legislação vigente, a AMCM tem-se empenha<strong>do</strong> na promoção da dura<strong>do</strong>ura estabilidade e<br />

contínuo desenvolvimento <strong>do</strong> sector financeiro da RAEM.<br />

Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento<br />

de <strong>Macau</strong><br />

O Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong> (IPIM) é uma instituição<br />

de gestão não lucrativa, cria<strong>do</strong> com o objectivo de promover o comércio e captar investimentos.<br />

Cooperação Exterior<br />

O IPIM é membro da Associação <strong>do</strong>s Institutos de Promoção <strong>do</strong> Comércio Mundial (WAIPA) e<br />

<strong>do</strong> Fórum de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento da Ásia (ATPE). Nos últimos anos, celebrou<br />

259


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

acor<strong>do</strong>s da cooperação com institutos económicos e comerciais de, por exemplo, Angola, Brasil,<br />

Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor Leste e várias províncias e regiões<br />

<strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País, nomeadamente, Guang<strong>do</strong>ng, Zhejiang, Hebei, Sichuan, Guangxi, Jiangsu,<br />

Jiangxi e Mongólia Interior, e as cidades de Shantou, de Chaozhou, de Jieyang, de Shenzhen,<br />

de Xiamen, de Chongqing, entre outras, e com entidades económicas e comerciais <strong>do</strong>s EUA e<br />

<strong>do</strong> Vietname. Para reforçar os serviços presta<strong>do</strong>s às empresas de <strong>Macau</strong> no Interior <strong>do</strong> País e<br />

atrair empresas <strong>do</strong> Interior a investirem em <strong>Macau</strong>, o IPIM estabeleceu, a partir de 2006, um<br />

gabinete de ligação na Cidade de Hangzhou, capital provincial de Zhejiang, na Cidade de Jieyang,<br />

Província de Guang<strong>do</strong>ng, e outro na Cidade de Chengdu, capital provincial de Sichuan, bem<br />

como, um outro gabinete de ligação na Cidade de Shenyang, capital provincial de Liaoning. O<br />

IPIM deu início, em 2011, ao trabalho preparatório para a criação dum gabinete de ligação na<br />

Cidade de Fuzhou, capital provincial de Fujian, para prestar facilidades e serviços às empresas<br />

de <strong>Macau</strong> e da Província de Fujian nas suas actividades de investimento e operações económicas<br />

e comerciais, estan<strong>do</strong> prevista a sua criação formal em <strong>2012</strong>.<br />

Centro de Apoio Empresarial de <strong>Macau</strong> e Núcleo de Serviços<br />

às PME<br />

O Centro de Apoio Empresarial de <strong>Macau</strong> (MBSC), na dependência <strong>do</strong> IPIM, entrou em<br />

funcionamento a 1 de Agosto de 2002, e no ano de 2005, foi amplia<strong>do</strong> de forma a permitir um<br />

aperfeiçoamento de serviços e <strong>do</strong>s equipamentos. O centro disponibiliza às empresas espaços<br />

para escritórios, salas de conferências polivalentes, salas de negócios, galeria para pequenas<br />

exposições, serviços completos de informática e zona de informações, fornecen<strong>do</strong> também às<br />

pequenas e médias empresas (PME) serviços de comércio em geral, para reduzir os custos e<br />

riscos das empresas na fase da exploração inicial, desenvolven<strong>do</strong> assim melhor as funções <strong>do</strong><br />

centro no apoio ao desenvolvimento das PME. Além disso, estão instala<strong>do</strong>s, no centro, escritórios<br />

permanentes de organizações/câmaras de comércio e balcão de consulta, destina<strong>do</strong>s a prestar<br />

consultas e informações económicas e comerciais regionais, bem como, serviços comerciais<br />

intermediários, aumentan<strong>do</strong> os canais de intercâmbio comercial entre <strong>Macau</strong> e o exterior.<br />

Para concretizar as políticas que apoiam o desenvolvimento das pequenas e médias<br />

empresas, a<strong>do</strong>ptadas pelo Governo da RAEM, no dia 23 de Agosto de 2007, o Centro de Apoio<br />

Empresarial de <strong>Macau</strong>, na dependência <strong>do</strong> IPIM, estabeleceu o Núcleo de Serviços às PME,<br />

que tem como principais funções prestar uma série de serviços destina<strong>do</strong>s, especialmente às<br />

pequenas e médias empresas, nomeadamente, auxílio às em função das diferentes necessidades<br />

no decurso <strong>do</strong> desenvolvimento, incluin<strong>do</strong> o apoio à criação de marcas, à exploração de<br />

oportunidades comerciais em diferentes etapas <strong>do</strong> desenvolvimento; a prestação de serviços de<br />

consulta e informações, incluin<strong>do</strong> serviços de informações de “One stop”, serviços de informações<br />

sobre operação comercial no merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País, serviços de informações económicas e<br />

comerciais de <strong>Macau</strong>, informações sobre conferências e exposições, e assuntos relaciona<strong>do</strong>s com<br />

o franchising, bem como fornecimento de livros e publicações relativos à actualidade económica<br />

e comercial; o lançamento de planos de incentivo financeiro para a promoção de serviços das<br />

PME, incluin<strong>do</strong> para a participação em feiras e exposições, para a promoção <strong>do</strong> e-Commerce<br />

das PME e a promoção de serviços das PME. O Núcleo apoia as pequenas e médias empresas no<br />

aproveitamento das instalações e serviços <strong>do</strong> núcleo para as acções de intercâmbio, de procura<br />

de parceiros, da conjugação comercial e da promoção de seus produtos e serviços. O núcleo<br />

tem, desde o início, organiza<strong>do</strong> várias actividades económicas e comerciais, nomeadamente,<br />

260


Economia<br />

workshops de diversas espécies, conferências de intercâmbio comercial e simpósios de promoção<br />

de produtos/serviços exteriores, apoian<strong>do</strong> as empresas locais a aumentarem as actividades<br />

empresariais.<br />

O Centro de Apoio Empresarial de <strong>Macau</strong> e o Núcleo de Serviços às PME empenham-se<br />

no seu papel de plataforma de serviços compostos de comércio, ten<strong>do</strong> por destinatárias as<br />

pequenas e médias empresas locais.<br />

Feira Internacional de <strong>Macau</strong><br />

Desde 1996, o IPIM vem realizan<strong>do</strong> a Feira Internacional de <strong>Macau</strong> (MIF). Como um evento<br />

de convenções e exposições de grande envergadura de <strong>Macau</strong>, a MIF tem por objectivo promover<br />

o comércio multilateral e o investimento, com vista a congregar fun<strong>do</strong>s, recursos, merca<strong>do</strong>s<br />

e tecnologias, e promover a diversificação adequada da economia, através da apresentação<br />

de produtos e de oportunidades de investimento, aliada à realização de fóruns, conferências,<br />

bolsas de contacto e negociações entre os compra<strong>do</strong>res.<br />

Em 2005, a Feira Internacional de <strong>Macau</strong> (MIF) foi reconhecida como um “UFI-Approved<br />

Event”, e o IPIM aceite como membro de pleno direito da Global Association of the Exhibition<br />

Industry - UFI (Associação Geral da Indústria de Exposições). A MIF é a primeira feira de <strong>Macau</strong><br />

a ser aprovada pela UFI.<br />

A 16.ª Feira Internacional de <strong>Macau</strong> teve como tema “Promover a Cooperação, Crian<strong>do</strong><br />

em Conjunto Oportunidades de Negócio”. Tiran<strong>do</strong> proveito das características multi-culturais<br />

de <strong>Macau</strong> e o seu papel de plataforma regional de serviços comerciais, a MIF visa promover<br />

a cooperação económica e comercial entre as empresas de <strong>Macau</strong>, <strong>do</strong> Interior da China e <strong>do</strong>s<br />

Países de Língua Portuguesa, e atraiu no total mais de 95 mil visitas, marcan<strong>do</strong> um aumento de<br />

17 por cento em relação à edição anterior. Através <strong>do</strong>s serviços “Expresso da Feira” e “Plano de<br />

Convites Especiais aos Visitantes <strong>do</strong> Exterior”, instituí<strong>do</strong>s pela entidade organiza<strong>do</strong>ra, o número<br />

de visitantes profissionais foi superior a 5700. Na presente edição da MIF, realizaram-se ao<br />

to<strong>do</strong> 1502 sessões de bolsas de contacto, uma subida de 30,5 por cento face à edição anterior,<br />

de que resultou a assinatura de 81 protocolos - mais 30,65 por cento relativamente à edição<br />

anterior - durante os quatro dias em que decorreu esta edição da MIF.<br />

De salientar que, na 16.ª Feira Internacional de <strong>Macau</strong> foram tomadas uma série de<br />

medidas tanto no conteú<strong>do</strong> da exposição como nos serviços profissionais, salientan<strong>do</strong> o teor<br />

da cooperação regional. Em relação à edição anterior, verificou-se um aumento da ordem <strong>do</strong>s<br />

18 por cento no número de stands, com 850 expositores vin<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Interior da China, <strong>Macau</strong> e<br />

de mais de 60 países e regiões, sen<strong>do</strong> de 1650 o número total de stands instala<strong>do</strong>s. Não só foi<br />

ampliada a escala da MIF, como foram também instaladas zonas de exposição autónomas para<br />

o Nepal, Quénia e Coreia <strong>do</strong> Sul, e zonas novas de exposição autónomas para as províncias<br />

chinesas de Anhui e Jiangsu, pelo que o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong>s materiais expostos tornou-se mais rico,<br />

mais abrangente, mais internacional, mais profissional e mais orienta<strong>do</strong>s para o merca<strong>do</strong>.<br />

One Stop Service aos Investi<strong>do</strong>res<br />

O “One stop service” <strong>do</strong> IPIM proporciona aos investi<strong>do</strong>res o apoio em to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>mínios<br />

e assistência quanto à concretização de projectos de investimento, atende investi<strong>do</strong>res através<br />

de, entre outros canais, encontros, Internet, via telefónica e designa pessoal especializa<strong>do</strong><br />

261


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

para prestar serviços desde o atendimento simples ao acompanhamento em to<strong>do</strong> o processo,<br />

até à concretização de projectos de investimento em <strong>Macau</strong>. Simultaneamente, presta, aos<br />

investi<strong>do</strong>res, serviços gratuitos da combinação de parcerias empresariais, e outros serviços de<br />

assistência na procura de parceiros de cooperação, através de, entre outras vias, plataforma de<br />

serviços de combinação de parcerias empresariais pela Internet, bolsas de contacto, combinação<br />

de projectos, actividades de promoção e publicações.<br />

Os investi<strong>do</strong>res são atendi<strong>do</strong>s, e podem também receber orientações adequadas para<br />

acompanhar os procedimentos administrativos necessários para desenvolver e concretizar<br />

o seu projecto, através da cooperação estreita <strong>do</strong> mecanismo de ligação da “Comissão de<br />

Investimentos”, composta pelos representantes de nove serviços públicos: Instituto de Promoção<br />

<strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong> (IPIM), Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras Públicas<br />

e Transportes (DSSOPT), Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia (DSE), Direcção <strong>do</strong>s Serviços para<br />

os Assuntos Laborais (DSAL), Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), Direcção<br />

<strong>do</strong>s Serviços de Finanças (DSF), Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Saúde (DSS), Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Turismo (DST) e Corpo de Bombeiros (CB). Por outro la<strong>do</strong>, foi cria<strong>do</strong> o notário privativo<br />

especialmente destaca<strong>do</strong> para tratar os procedimentos da constituição e registo comercial de<br />

empresas, prestan<strong>do</strong> aos investi<strong>do</strong>res serviços completos.<br />

Serviços Offshore<br />

O Decreto-Lei n.º 58/99/M de Serviços Offshore de <strong>Macau</strong> está em vigor desde 1 de<br />

Novembro de 1999. As instituições, que operam em <strong>Macau</strong> serviços financeiros offshore, podem<br />

gozar de incentivos fiscais, incluin<strong>do</strong> a isenção <strong>do</strong> Imposto Complementar de Rendimentos, da<br />

Contribuição Industrial e de algum Imposto <strong>do</strong> Selo. Além disto, os quadros dirigentes e técnicos<br />

especializa<strong>do</strong>s que sejam autoriza<strong>do</strong>s a fixar residência na RAEM estão isentos de Imposto<br />

Profissional, nos primeiros três anos de trabalho para a instituição offshore.<br />

As empresas offshore dividem-se em <strong>do</strong>is grupos: o sector de serviços financeiros offshore (é<br />

autoriza<strong>do</strong> e tutela<strong>do</strong> pela Autoridade Monetária de <strong>Macau</strong>) e o sector de serviços não financeiros<br />

offshore (é autoriza<strong>do</strong> e tutela<strong>do</strong> pelo Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento<br />

de <strong>Macau</strong>). As instituições de serviços não financeiros dividem-se também em <strong>do</strong>is tipos, IBC<br />

- companhias comerciais internacionais, autorizadas a prestar serviços a todas as instituições<br />

e companhias de serviços de apoio, e as companhias de apoio a serviços, autorizadas somente<br />

a prestar serviço à sua empresa holding. As actividades de serviços offshore em <strong>Macau</strong> devem<br />

observar disposições seguintes: 1. a moeda de liquidação das transacções não poderá ser a<br />

Pataca; 2. os compra<strong>do</strong>res não podem ser residentes da RAEM; e 3. os merca<strong>do</strong>s não podem<br />

ser os de <strong>Macau</strong>.<br />

As actividades de serviços comerciais e auxiliares permitidas no offshore de <strong>Macau</strong><br />

distribuem-se por oito categorias: consultoria em equipamento informático; consultoria e<br />

programação informática; processamento de da<strong>do</strong>s; actividades de bancos de da<strong>do</strong>s; actividades<br />

de apoio administrativo e arquivístico; actividades de investigação e desenvolvimento; actividades<br />

de ensaios e análises técnicas, e serviços de gestão e administração de navios e aeronaves.<br />

Para se articular com o objectivo da diversificação adequada da indústria de <strong>Macau</strong> e<br />

consolidar a função de <strong>Macau</strong> como plataforma de serviço económico e comercial, os serviços<br />

offshore, permitiram aos investi<strong>do</strong>res fazerem de <strong>Macau</strong> o ponto de vanguarda da investigação<br />

<strong>do</strong>s seus produtos e a base de exploração <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s exteriores e da produção, bem como,<br />

262


Economia<br />

o centro de apoio logístico da sua rede de vendas, através da operação e desenvolvimento<br />

substancial em <strong>Macau</strong>. Pela introdução de serviço comercial de novo tipo em <strong>Macau</strong>, é elevada<br />

a qualidade <strong>do</strong>s recursos humanos e amplia<strong>do</strong> o espaço <strong>do</strong> desenvolvimento, crian<strong>do</strong>, para<br />

<strong>Macau</strong> e investi<strong>do</strong>res, um situação “win-win”.<br />

Pedi<strong>do</strong> da Fixação de Residência Temporária de<br />

Investi<strong>do</strong>res<br />

Nos termos <strong>do</strong> Regulamento Administrativo n.º 3/2005, que regula o Regime de fixação<br />

de residência temporária de investi<strong>do</strong>res, quadros dirigentes e técnicos especializa<strong>do</strong>s, o IPIM<br />

presta apoio no pedi<strong>do</strong> da fixação de residência temporária em <strong>Macau</strong> aos titulares de projectos<br />

de investimento, em apreciação nos competentes serviços da Administração, que sejam<br />

considera<strong>do</strong>s relevantes para a RAEM; aos titulares de investimentos que sejam considera<strong>do</strong>s<br />

relevantes para a Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>; aos quadros dirigentes e técnicos<br />

especializa<strong>do</strong>s contrata<strong>do</strong>s por emprega<strong>do</strong>res locais que, por virtude da sua formação académica,<br />

qualificação ou experiência profissional, sejam considera<strong>do</strong>s de particular interesse para a RAEM.<br />

Em Abril de 2007, foi publica<strong>do</strong> o Regulamento Administrativo n.º 7/2007, que suspendia a<br />

eficácia de alguns artigos <strong>do</strong> Regulamento Administrativo n.º 3/2005, através <strong>do</strong> qual tinha si<strong>do</strong><br />

estabeleci<strong>do</strong> o regime de fixação de residência temporária de investi<strong>do</strong>res, quadros dirigentes<br />

e técnicos especializa<strong>do</strong>s. Ficavam criadas as condições formais para proceder à revisão da<br />

política relativa aos pedi<strong>do</strong>s de residência de investi<strong>do</strong>res.<br />

Centro de Exposição de Produtos de <strong>Macau</strong> - “<strong>Macao</strong> Ideas”<br />

“<strong>Macao</strong> Ideas”, instala<strong>do</strong> pelo Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de<br />

<strong>Macau</strong> (IPIM), é o primeiro centro de exposições concebi<strong>do</strong> para exibir uma vasta gama de<br />

produtos “Fabrica<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong>”, produtos com a “Marca de <strong>Macau</strong>”, produtos “Concebi<strong>do</strong>s em<br />

<strong>Macau</strong>” e “Agenciamento de Produtos <strong>do</strong>s Países de Língua Portuguesa”, passan<strong>do</strong> a ser uma<br />

das plataformas da promoção de produtos e exploração de merca<strong>do</strong>s das pequenas e médias<br />

empresas de <strong>Macau</strong>.<br />

Inaugura<strong>do</strong> em 9 de Maio de 2011, “<strong>Macao</strong> Ideas”, com uma área total de 600 metros<br />

quadra<strong>do</strong>s, abrange várias zonas temáticas onde são exibi<strong>do</strong>s mais de 760 produtos de 102<br />

expositores e organismos, das quais se destaca a Zona “MinM” (Made in <strong>Macau</strong>), uma zona<br />

especial de venda de produtos de <strong>Macau</strong>. “MinM” é uma marca <strong>do</strong>s produtos fabrica<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong><br />

especialmente criada pela Associação Industrial de <strong>Macau</strong>. Os artigos com esta marca foram<br />

exibi<strong>do</strong>s e vendi<strong>do</strong>s em várias exposições realizadas em <strong>Macau</strong> ou no exterior, permitin<strong>do</strong> aos<br />

visitantes sentir o carisma <strong>do</strong>s produtos fabrica<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong>.<br />

O Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong> criou uma página<br />

electrónica temática na qual foram carregadas as informações e fotografias <strong>do</strong>s produtos<br />

expostos no referi<strong>do</strong> centro, bem como os elementos respeitantes aos respectivos expositores,<br />

fornecen<strong>do</strong> aos empresários as informações mais actualizadas relativas ao “<strong>Macao</strong> Ideas”. Os<br />

trabalha<strong>do</strong>res ao serviço local <strong>do</strong> “<strong>Macao</strong> Ideas” encontram-se periodicamente com expositores<br />

para se inteirar <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s detalha<strong>do</strong>s das empresas, e <strong>do</strong>s seus produtos exibi<strong>do</strong>s, e prestar<br />

serviços de informações e consultas aos visitantes. Para além disso, prestam ainda serviços<br />

de sessões de bolsas de contacto, ajudan<strong>do</strong> as empresas de <strong>Macau</strong> na divulgação, promoção e<br />

263


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

venda <strong>do</strong>s seus produtos localmente fabrica<strong>do</strong>s, em merca<strong>do</strong>s exteriores.<br />

<strong>Macau</strong> Investimento e Desenvolvimento, S.A.<br />

Conforme o Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>, ambas as partes<br />

comprometeram-se construir, na zona de criação cultural, investigação científica e alta tecnologia<br />

da Ilha de Hengqin (Montanha), um parque industrial de cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong> com<br />

cinco quilómetros quadra<strong>do</strong>s, para desenvolver prioritariamente indústrias como as da medicina<br />

tradicional chinesa, da criação cultural, <strong>do</strong> ensino e formação. Sob a égide <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong>-Quadro de<br />

Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>, os governos da RAEM e da Província de Guang<strong>do</strong>ng criaram uma<br />

empresa em sistema de joint-venture. Para facilitar a participação de capitais, foi constituída,<br />

pelo Regulamento Administrativo N.º 14/2011 promulga<strong>do</strong> no dia 20 de Junho de 2011, a<br />

<strong>Macau</strong> Investimento e Desenvolvimento, S.A. com um capital social inicial de 400 milhões de<br />

patacas, a subscrever e a realizar integralmente em dinheiro pelos accionistas, nas seguintes<br />

proporções: RAEM: 94 por cento; Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização:<br />

três por cento; e Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong>: três por<br />

cento. Esta sociedade opera no âmbito económico e financeiro, sen<strong>do</strong> a Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Finanças a sua entidade de tutela.<br />

Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia<br />

de <strong>Macau</strong><br />

O Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia de <strong>Macau</strong> (CPTTM), cria<strong>do</strong> em<br />

1996, é uma instituição sem fins lucrativos em regime de “joint-venture” entre o Governo de<br />

<strong>Macau</strong> e o sector priva<strong>do</strong>. A missão <strong>do</strong> CPTTM é auxiliar as empresas a utilizar efectivamente<br />

um novo pensamento, basea<strong>do</strong> na informação e recursos conceptuais, de forma a aumentar<br />

o valor acrescenta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s seus produtos ou serviços, incrementar a produtividade e fortalecer<br />

a competitividade da empresa, estimular e apoiar a criação e desenvolvimento das novas<br />

empresas e encorajar o pessoal emprega<strong>do</strong> a valorizar-se e estabelecer a sua própria carreira.<br />

Formação e Serviços de Exame Vocacional/Profissional<br />

A formação vocacional/profissional facultada pelo CPTTM pode dividir-se em: 1) “valorização<br />

contínua <strong>do</strong> pessoal emprega<strong>do</strong>”; 2) “formação para pessoas de meia-idade”, para revitalizar as<br />

capacidades vocacionais de pessoas de meia-idade; 3) “formação para jovens”, para fomentar<br />

o interesse de jovens por uma carreira; e 4) “gestão operacional de empresas”, especialmente<br />

concebida para empresários e comerciantes.<br />

Em 2011, o CPTTM realizou 866 cursos de formação e seminários, com cerca de 18.183<br />

inscrições e uma duração total de 19.050 horas, que, compara<strong>do</strong> com o ano de 2010, aumentou<br />

3,1 por cento.<br />

Exames de Qualificação Profissional<br />

A Unidade de Recursos para Exames Profissionais, subordinada ao CPTTM, é responsável<br />

pela coordenação de exames públicos de qualificação profissional, em diferentes <strong>do</strong>mínios<br />

264


Economia<br />

profissionais, organiza<strong>do</strong>s pelo CPTTM, e pelo fornecimento ao público de informações sobre<br />

os outros exames profissionais existentes em <strong>Macau</strong>, funcionan<strong>do</strong> também como escritório da<br />

Unidade Coordena<strong>do</strong>ra de <strong>Macau</strong> para Exames de Qualificação Vocacional a Nível Nacional.<br />

Presentemente é possível aceder, através da Unidade de Recursos de Exames Profissionais,<br />

a quatro categorias de exames públicos: 1) Profissionalismo em IT, incluin<strong>do</strong>: as diferentes<br />

certificações de IT através de Prometric e VUE, certificação de gráficos A<strong>do</strong>be e design de<br />

webpage, certificação de AutoCAD, certificação de CISSP, certificação profissional <strong>do</strong>s softwares<br />

de Microsoft Office (MOS), exame sobre a técnica de digitação de caracteres chineses, e Exame<br />

Nacional para a Avaliação <strong>do</strong> Nível de Qualificação Técnica Profissional de Computa<strong>do</strong>res e<br />

Software; 2) Gestão e habilidades sectoriais, incluin<strong>do</strong>: os exames de qualificação profissional de<br />

City & Guilds (maquilhagem, esteticismo, cabeleireiro, gestão, técnicas de formação e serviços<br />

de clientes); qualificação profissional de sistemas internacionais de gestão ISO; qualificação<br />

profissional de gestão de projectos; as séries de exames de LCCI (incluin<strong>do</strong> finanças e méto<strong>do</strong>s de<br />

cálculo comercial, “merchandising” e serviços de clientes, comércio, administração e tecnologias<br />

de informação); Avaliação de Qualificação Vocacional de Nível Nacional das habilidades de<br />

assistente a estilistas de vestuário; 3) Profissionalismo em linguagem comercial; e 4) Exames<br />

de Qualificação Vocacional de Nível Nacional.<br />

Em 2011, com o vasto desenvolvimento das séries de exames de LCCI na RAEM, o número<br />

de examinan<strong>do</strong>s inscritos nos diversos exames através da Unidade de Recursos de Exames<br />

Profissionais foi de 3504, corresponden<strong>do</strong> a um aumento de 81,8 por cento em relação ao ano<br />

2010.<br />

Formação Tecnológica e Serviços de Apoio<br />

Com a “House of Apparel Technology” (HAT) e através de formação e promoção técnica, o<br />

CPTTM pretende optimizar a indústria tradicional, apoian<strong>do</strong> o sector <strong>do</strong> vestuário a transformar-<br />

-se em direcção a valores-acrescenta<strong>do</strong>s mais altos e à indústria criativa, ao mesmo tempo que<br />

ajuda os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> sector <strong>do</strong> vestuário a incrementar as diversas técnicas de produção<br />

e as habilidades de produção de padrões, de supervisão, gestão e “merchandising”. O CPTTM<br />

disponibiliza diversos serviços técnicos e de apoio, tais como serviços de impressão digital<br />

em teci<strong>do</strong> e serviços de borda<strong>do</strong>s. O CPTTM possui também uma “Galeria de Informação da<br />

Moda” facultan<strong>do</strong> aos industriais e estilistas locais informações sobre o vestuário e tendências<br />

<strong>do</strong> teci<strong>do</strong>. O CPTTM apoia, também, os agentes sectoriais na transformação para a criação de<br />

marcas, aumentan<strong>do</strong> assim a sua competitividade no merca<strong>do</strong> internacional.<br />

Em 2011, para fomentar estilistas locais, o CPTTM continuou a organizar o “Curso de<br />

Diploma sobre Design de Vestuário” que durou mais de um ano, e, para lhes dar oportunidade<br />

de exibirem o que aprenderam, foi realiza<strong>do</strong> um “desfile de moda” para os alunos finalistas. Em<br />

cooperação com a Escola Luso-Chinesa Técnico-Profissional e com a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Educação e Juventude, o CPTTM tem vin<strong>do</strong> a organizar o “Curso Criativo de Design e Produção<br />

de Vestuário” e vários outros liga<strong>do</strong>s à produção de vestuário e de inspiração criativa, no âmbito<br />

das actividades de Verão. Em 2011, o CPTTM continuou a realizar o “Concurso Juvenil de Design<br />

Criativo e Produção de Vestuário 2011”, o 2.º “Concurso de Ilustrações <strong>do</strong> Vestuário de <strong>Macau</strong>”, a<br />

“Exibição <strong>do</strong>s Trabalhos Criativos de Jovens <strong>do</strong>s Cursos de Verão de 2011”, fomentan<strong>do</strong> artistas e<br />

estilistas de vestuário jovem. Desde que foi aprova<strong>do</strong> como o local de exames de City & Guilds,<br />

para realizar exames de certifica<strong>do</strong>/diploma em Esteticismo, e certifica<strong>do</strong> em Maquilhagem, a<br />

265


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

“Image Lab”, afecta ao CPTTM, que tem vin<strong>do</strong> a organizar os cursos relaciona<strong>do</strong>s.<br />

Em 2011, o CPTTM seleccionou um representante para a participação na 41.ª edição <strong>do</strong><br />

World Skills, realizada na Inglaterra, na modalidade de “Técnicas de Vestuário”. Nessa edição,<br />

18 países/regiões participaram naquela modalidade. A candidata de <strong>Macau</strong> teve um desempenho<br />

extraordinário no concurso onde ganhou o 2.º prémio, troféu de prata, dignifican<strong>do</strong> bastante<br />

<strong>Macau</strong>. Além disso, o centro tem vin<strong>do</strong> a apoiar modelistas e forman<strong>do</strong>s na participação de<br />

concursos de design e passagem de modelos, onde obtiveram bons resulta<strong>do</strong>s. Em 2011,<br />

continuou a encorajar forman<strong>do</strong>s a participar no “Concurso de Design de Vesti<strong>do</strong>s de Noiva,<br />

Mingrui Cup da China 2011”; na 12.ª edição <strong>do</strong> “Concurso de Jovens para Design de Vestuário<br />

Feminino Humen Cup”, e co-organizou concursos com diversas entidades de <strong>Macau</strong>, para os<br />

forman<strong>do</strong>s participarem activamente nas actividades de design de vestuário em <strong>Macau</strong>, servin<strong>do</strong><br />

ao mesmo tempo de promoção para os jovens criarem as suas próprias marcas, entran<strong>do</strong> no<br />

merca<strong>do</strong> asiático. Em 2011, o CPTTM organizou ainda diversas missões e visitas ao exterior,<br />

e participou activamente em exibições locais e no exterior, realizadas por organismos locais,<br />

no senti<strong>do</strong> de elevar a imagem de design de vestuário de <strong>Macau</strong>. Para fomentar amplamente<br />

a criatividade <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s de design de vestuário, e continuou a promover o programa de<br />

incubação sistemática de vestuário MaConsef.<br />

Através de seminários sobre o vestuário, em 2011, o CPTTM apresentou regularmente<br />

ao sector as informações mais actualizadas e as técnicas de vestuário, ten<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> seis<br />

seminários, com mais de 300 participantes interessa<strong>do</strong>s.<br />

Em 2011, 425 candidatos inscreveram-se em exames de certificação internacional de IT,<br />

<strong>do</strong>s quais 338 foram aprova<strong>do</strong>s e obtiveram certifica<strong>do</strong>.<br />

A equipa de <strong>Macau</strong>, seleccionada e treinada pelo CPTTM ganhou cinco medalhas de ouro,<br />

quatro de prata e três de bronze, no “The 7 th Hong Kong-<strong>Macao</strong> Youth Networking Skills<br />

Competition” em 2011.<br />

Em 2011, o CPTTM formou 305 pessoas de meia-idade sobre utilização de computa<strong>do</strong>rs<br />

para elevar as suas aptidões profissionais.<br />

Informações de Gestão e Serviços de Consulta<strong>do</strong>ria<br />

O CPTTM continuou a empenhar-se na prestação de serviços integra<strong>do</strong>s no âmbito <strong>do</strong><br />

“programa de incentivos, formação, informação e consulta<strong>do</strong>ria”, apoian<strong>do</strong> os organismos<br />

locais a elevarem o seu nível de gestão aos padrões internacionais. Na qualidade de Membro<br />

Correspondente da ISO, representan<strong>do</strong> <strong>Macau</strong> (China), o CPTTM disponibiliza: serviços de<br />

consulta<strong>do</strong>ria sobre o sistema de gestão; análise de divergências em sistemas de gestão e<br />

serviços de auditoria interna, bem como o “Subsidy for First-time Certification to International<br />

Management System Standards”; divulgação de informações sobre novos sistemas; publicação<br />

<strong>do</strong> panfleto “International Standards Updates”; e venda de sistemas/publicações da ISO.<br />

No campo da consulta<strong>do</strong>ria, foram processa<strong>do</strong>s 54 casos, em 2011. Quanto ao “Programa<br />

de Incentivos para a Certificação/Acreditação de Sistemas Internacionais de Gestão”, foram<br />

recebi<strong>do</strong>s 23 pedi<strong>do</strong>s. De Outubro de 1996 até finais de 2011, registou-se um total de 223<br />

pedi<strong>do</strong>s de subsídios para certificação, <strong>do</strong>s quais 186 já obtiveram a certificação. Os sectores/<br />

actividades abrangem, nomeadamente: engenharia e construção; gestão de instalações<br />

266


Economia<br />

(incluin<strong>do</strong>: gestão predial, segurança e limpeza); serviços de utilidade pública; manufactura;<br />

organizações de fins não-lucrativos e outros serviços (como por exemplo: comércio, logística,<br />

transporte, turismo, serviços financeiros, IT, entre outros).<br />

Para melhor promover a qualidade e segurança <strong>do</strong>s produtos de <strong>Macau</strong>, em Fevereiro de<br />

2010, o CPTTM lançou, a título experimental, o “Serviços de envio de produtos ao exterior para<br />

análises laboratoriais”, sen<strong>do</strong> o vestuário e os produtos electrónicos/eléctricos, os produtos<br />

abrangi<strong>do</strong>s na 1.ª fase; desde Outubro <strong>do</strong> mesmo ano, esse serviço de apoio alargou o âmbito<br />

até produtos alimentares, e em 2011, até mobílias e produção de medicamentos. Até finais de<br />

Dezembro de 2011, foram trata<strong>do</strong>s 3632 casos.<br />

Para promover a protecção ambiental e o desenvolvimento sustenta<strong>do</strong>, o CPTTM continuou<br />

a apoiar as instituições locais a implementarem o sistema de gestão ambiental ISO14001, para a<br />

realização da gestão verde, e a intensificação <strong>do</strong> conhecimento sobre a responsabilidade social.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, o programa de apoio educacional “EnviroKids” <strong>do</strong> CPTTM, realiza<strong>do</strong> por cinco<br />

vezes a partir de 2006 até finais de 2011, contou com a participação de 2593 alunos vin<strong>do</strong>s<br />

de 19 escolas primárias.<br />

Para elevar as capacidades <strong>do</strong> sector comercial, o CPTTM tem promovi<strong>do</strong> séries de formação<br />

em operação e gestão comercial. Em 2006, o CPTTM lançou o software livre “Contabilidade<br />

Fácil para Pequenas e Médias Empresas” e os respectivos serviços de apoio. Até finais de 2011,<br />

foram vendi<strong>do</strong>s/distribuí<strong>do</strong>s 1752 jogos desse software, ten<strong>do</strong> 844 forman<strong>do</strong>s frequenta<strong>do</strong> as<br />

aulas de apoio.<br />

Intercâmbio, Cooperação e Apoio às Pequenas e Médias<br />

Empresas<br />

O CPTTM tem da<strong>do</strong> sempre grande importância à intensificação <strong>do</strong> intercâmbio tecnológico<br />

e cooperação com o exterior, para além de realizar em <strong>Macau</strong> actividades de intercâmbio<br />

científico e tecnológico, tem também encoraja<strong>do</strong> e apoia<strong>do</strong> empresas e organizações locais,<br />

para a participação em diversos eventos realiza<strong>do</strong>s no exterior.<br />

Em 2011, o CPTTM continuou a organizar a presença de empresas e organismos locais<br />

na “Feira Internacional de Alta Tecnologia da China” (Hi-Tech Fair). O “Pavilhão de <strong>Macau</strong>” que<br />

ocupava uma área de 180 metros quadra<strong>do</strong>s, e dispunha de 14 bancas de exposição, captou<br />

a participação de 11 empresas e organismos. Além disso, o CPTTM organizou conjuntamente<br />

com o Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong> (IPIM), uma delegação<br />

para participar na 9.ª edição da “China Cross-Strait Technology and Projects Fair”, onde se<br />

construiu uma área de exibição conjunta de <strong>Macau</strong>, de 350 metros quadra<strong>do</strong>s, ten<strong>do</strong> 20<br />

empresas, essencialmente das áreas de protecção ambiental, tecnológicas e de IT, exibi<strong>do</strong> os<br />

seus produtos.<br />

O CPTTM, que toma por tarefa de longo prazo a prestação de serviços diversifica<strong>do</strong>s de<br />

apoio às pequenas e médias empresas, recebeu em 2011, 31 pedi<strong>do</strong>s de apoio, <strong>do</strong>s quais 26<br />

ficaram concluí<strong>do</strong>s. Os pedi<strong>do</strong>s de apoio recebi<strong>do</strong>s centram-se nas áreas de serviços técnicos,<br />

serviços de consulta<strong>do</strong>ria, parcerias, entre outros. Através <strong>do</strong> serviço de consulta em português,<br />

o CPTTM prestou essencialmente apoio a empresas, associações e indivíduos a ultrapassarem<br />

as dificuldades encontradas na utilização <strong>do</strong> português.<br />

267


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

<strong>Macau</strong> - World Trade Center<br />

A criação <strong>do</strong> <strong>Macau</strong> - World Trade Center teve como principal objectivo promover a abertura<br />

de novos merca<strong>do</strong>s para o sector empresarial local, apoian<strong>do</strong>, através da sua experiência e<br />

pessoal especializa<strong>do</strong>, e dum conjunto de instalações comerciais distribuídas pelas diversas partes<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, os empresários na penetração de novos merca<strong>do</strong>s no exterior e na participação de<br />

actividades internacionais. Através <strong>do</strong> centro, os utentes podem estar em contacto com as 300<br />

instituições congéneres espalhadas pelo mun<strong>do</strong> na pesquisa de potenciais parceiros comerciais.<br />

O <strong>Macau</strong> - World Trade Center e a China Chamber of International Commerce criaram, em<br />

conjunto, o Centro de Conciliação China/<strong>Macau</strong>, com o objectivo de resolver eventuais disputas<br />

comerciais entre as duas partes.<br />

Euro-Info Centre, <strong>Macau</strong><br />

Em 1992, sob recomendação <strong>do</strong> Governo de <strong>Macau</strong> e <strong>do</strong>s auspícios da Comunidade Europeia,<br />

foi estabeleci<strong>do</strong> o Euro-Info Centre, <strong>Macau</strong>, como um gabinete agrega<strong>do</strong> ao Instituto de Apoio<br />

às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI), de Portugal, sen<strong>do</strong> o primeiro<br />

Euro-Info Centre a ser estabeleci<strong>do</strong> na Ásia. Reestrutura<strong>do</strong> em 2007, o Euro-Info Centre, <strong>Macau</strong><br />

é hoje geri<strong>do</strong>, conjuntamente, pelo Instituto de Estu<strong>do</strong>s Europeus de <strong>Macau</strong> (IEEM), o Banco<br />

Nacional Ultramarino, <strong>Macau</strong> (BNU) o Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de<br />

<strong>Macau</strong> (IPIM) e o IAPMEI. O Euro-Info Centre, <strong>Macau</strong> tem por objectivo servir de interface entre<br />

as pequenas e médias empresas e as instituições europeias; apoiar as empresas para uma maior<br />

rentabilidade nas oportunidades que lhes são apresentadas na Europa; proporcionar peritagem<br />

às empresas em matérias respeitantes à Europa; assegurar informação às empresas; assegurar<br />

a ligação entre as empresas e outros centros e a Comissão Europeia; apoiar as empresas a<br />

adquirirem mais valia; promover a troca de informação, comércio e cooperação entre a UE,<br />

<strong>Macau</strong>, China e outros países e regiões da Ásia.<br />

Sociedade para o Desenvolvimento <strong>do</strong>s Parques<br />

Industriais de <strong>Macau</strong><br />

Para um melhor aproveitamento <strong>do</strong>s recursos existentes, em Junho de 2004, o Governo da<br />

RAEM reestruturou a Sociedade <strong>do</strong> Parque Industrial da Concórdia, Lda. em Sociedade para o<br />

Desenvolvimento <strong>do</strong>s Parques Industriais de <strong>Macau</strong>, Lda. que tem por missão desenvolver e gerir<br />

os terrenos reserva<strong>do</strong>s para o desenvolvimento industrial, e actividades relativas, localiza<strong>do</strong>s<br />

na RAEM, incluin<strong>do</strong> o Parque Industrial da Concórdia, o Parque Industrial Transfronteiriço<br />

<strong>Macau</strong>-Zhuhai, e outros parques industriais. A RAEM e o Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio<br />

e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong> (IPIM) detêm, respectivamente, 60 e 40 por cento da sociedade.<br />

Ten<strong>do</strong> em vista estimular o investimento e a diversificação industrial, foi cria<strong>do</strong>, em 1993,<br />

um parque industrial na Zona de Aterros da Concórdia em Coloane, com uma área total de 337<br />

mil metros quadra<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais 160 mil metros quadra<strong>do</strong>s são <strong>do</strong> parque industrial. A gestão<br />

<strong>do</strong> parque foi entregue à SPIC - Sociedade <strong>do</strong> Parque Industrial da Concórdia, Lda..<br />

Esta sociedade foi criada em Outubro de 1993, com a característica de empresa privada.<br />

Em 1996, a SPIC aderiu à International Association of Science Parks e, ten<strong>do</strong> em vista reforçar a<br />

cooperação com outras instituições congéneres, firmou acor<strong>do</strong>s de cooperação com o Taguspark<br />

268


Economia<br />

- Parque de Ciência e Tecnologia, o Polo Científico e Tecnológico da Madeira, S.A. e ainda com o<br />

Parque Tecnológico da Mutela, estabelecen<strong>do</strong> ainda relações estreitas com a Associação Chinesa<br />

de Parques de Ciência e Tecnologia Industrial.<br />

A SPIC tem como prioridade promover projectos industriais não poluentes e não<br />

comportáveis em edifícios industriais de pequenas e médias dimensões, nomeadamente, os<br />

projectos liga<strong>do</strong>s a novas tecnologias ou reformuladas, ou processos avança<strong>do</strong>s de “know-how”;<br />

produtos novos ou de alto valor acrescenta<strong>do</strong>; investimentos consideráveis em equipamentos<br />

de produção, que contribuem para a actividade exporta<strong>do</strong>ra de <strong>Macau</strong>; um maior envolvimento<br />

de quadros profissionais e técnicos; projectos tecnológicos vocaciona<strong>do</strong>s ao enriquecimento da<br />

produção e projectos de poupança de energia.<br />

Até final <strong>do</strong> ano de 2011, nove edifícios fabris estabeleceram-se no Parque Industrial da<br />

Concórdia, oito <strong>do</strong>s quais entraram já em funcionamento.<br />

A construção da parte de <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Parque Industrial Transfronteiriço Zhuhai - <strong>Macau</strong><br />

está a avançar a bom ritmo. Até finais de 2011, <strong>do</strong>s 41 projectos recomenda<strong>do</strong>s a entrarem<br />

para o Parque Industrial (de <strong>Macau</strong>), dez foram propostos para a concessão de terrenos para<br />

construção de fábricas, e 31 para o arrendamento de instalações fabris, envolven<strong>do</strong> projectos<br />

de produtos alimentares saudáveis, produção de medicamentos da medicina ocidental e da<br />

medicina chinesa, manufactura de vestuário, logística, transporte e armazenamento, produtos<br />

alimentares e bebidas, produtos electrónicos, utensílios usa<strong>do</strong>s no jogo, indústria ambiental e<br />

impressora. Os investi<strong>do</strong>res foram provenientes de <strong>Macau</strong>, Interior <strong>do</strong> País, Hong Kong, Taiwan,<br />

Portugal e Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s entre outros países e regiões.<br />

As empresas <strong>do</strong> Parque Industrial da Concórdia e <strong>do</strong> Parque Industrial Transfronteiriço<br />

Zhuhai-<strong>Macau</strong> gozam de um conjunto de medidas de bonificação.<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos Laborais<br />

A Direcção <strong>do</strong> Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) é o serviço público responsável<br />

pela execução das políticas de trabalho, emprego, segurança e higiene ocupacional e formação<br />

profissional.<br />

Apoio ao Emprego<br />

O Departamento de Emprego da DSAL proporciona serviços gratuitos aos emprega<strong>do</strong>res e<br />

trabalha<strong>do</strong>res, no âmbito de informação de empregos e contratações e orientação nas opções<br />

de emprego, formulan<strong>do</strong> ainda pareceres de análise sobre os pedi<strong>do</strong>s de contratação de<br />

trabalha<strong>do</strong>res não-residentes e <strong>do</strong> tratamento <strong>do</strong> licenciamento administrativo das agências<br />

de emprego.<br />

No ano de 2011, o Departamento de Emprego intensificou ainda mais os serviços de<br />

“procura e oferta de emprego na rede informática”, acrescentan<strong>do</strong> ao seu sistema a técnica<br />

de reconhecimento e-Pass, para facilitar os cidadãos a usarem este serviço electrónico. O<br />

departamento continua a prestar serviços de registo, colocação profissional e acompanhamento<br />

de emprego <strong>do</strong>s candidatos ao “Plano de estágio no Interior da China para alunos gradua<strong>do</strong>s<br />

em instituições de ensino superior”, bem como manter estreito contacto e cooperação com<br />

as organizações laborais e empresariais, no senti<strong>do</strong> de prestar serviços individualiza<strong>do</strong>s de<br />

269


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

apoio a emprega<strong>do</strong>res e trabalha<strong>do</strong>res. Em resposta à retomada de obras de 5.ª e 6.ª fase<br />

da empreitada de COTAI Strip na Taipa, e para ajudar desemprega<strong>do</strong>s da construção civil no<br />

emprego, o Departamento de Emprego realizou periodicamente, com organismos ou empresas,<br />

reuniões de revisão sobre actividades de recrutamento e, acompanhou de perto a situação<br />

de colocação de candidatos ao emprego, ao mesmo tempo que inspeccionou as acções de<br />

recrutamento realizadas por diversas empresas e adjudicatários das obras públicas, que<br />

envolviam principalmente vagas de postos na construção civil, restauração, jogo e transportes,<br />

de forma que um total de 4642 candidatos ao emprego conseguiram colocação. O Departamento<br />

de Emprego, que é, também, responsável pela gestão de um banco de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s operários de<br />

base <strong>do</strong> sector de convenções e exposições, tem acompanha<strong>do</strong> continuamente a revisão <strong>do</strong>s<br />

regulamentos jurídicos das agências de emprego.<br />

Em 2011, o Departamento de Emprego registou 10.722 candidatos a emprego, <strong>do</strong>s quais<br />

63 inscritos no “Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento de Capacidades”, responsável pela<br />

colocação profissional de pessoas deficientes, e 224.980 postos de trabalho, ten<strong>do</strong> consegui<strong>do</strong><br />

colocação para 1777 indivíduos, incluin<strong>do</strong> 46 deficientes, através da organização de entrevistas<br />

entre os emprega<strong>do</strong>res e os trabalha<strong>do</strong>res, num total de 60.946 pessoas/vezes. Estas 1777<br />

colocações envolvem 94 profissões, concentran<strong>do</strong>-se, 38,9 por cento das colocações, nos<br />

emprega<strong>do</strong>s de escritório, pessoal de limpeza de hotéis e trabalha<strong>do</strong>res similares, vende<strong>do</strong>res<br />

de lojas e apresenta<strong>do</strong>res de produtos, emprega<strong>do</strong>s de escritório não classifica<strong>do</strong>s em outra<br />

parte, trabalha<strong>do</strong>res da construção civil e de engenharia e similares, bem como, emprega<strong>do</strong>s<br />

de mesa e trabalha<strong>do</strong>res similares.<br />

Durante o ano de 2011, o Departamento de Emprego emitiu 4000 <strong>do</strong>cumentos comprovativos<br />

destina<strong>do</strong>s a pedi<strong>do</strong>s de subsídio de desemprego, um parecer sobre pedi<strong>do</strong>s para a integração<br />

laboral <strong>do</strong> desemprega<strong>do</strong>, e três pareceres sobre pedi<strong>do</strong> de subsídio para contratação de jovens<br />

à procura <strong>do</strong> primeiro emprego.<br />

Em 2011, o Departamento de Emprego recebeu 172 pedi<strong>do</strong>s de licenciamento administrativo<br />

de agências de emprego, incluin<strong>do</strong> 16 novos pedi<strong>do</strong>s, 111 renovações, 35 alterações de<br />

anotações, seis anulações de pedi<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> os restantes quatro referentes ao pedi<strong>do</strong> de repetição<br />

de emissão, reclamação e transmissão de acções.<br />

Formação Profissional<br />

O Departamento de Formação Profissional (DFP), além de organizar uma vasta gama de<br />

cursos de formação destina<strong>do</strong>s aos residentes de <strong>Macau</strong> para melhorar a qualidade <strong>do</strong>s recursos<br />

humanos locais, compete-lhe ainda desenvolver a cooperação técnica e a troca de informações<br />

com outros organismos na área da formação profissional, fazer a conciliação entre a tendência<br />

e as estratégias <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong>s cursos e as acções de formação profissional, bem<br />

como estabelecer regimes de certificação técnico-profissional para diferentes sectores, a fim<br />

de melhor elevar o nível técnico <strong>do</strong>s recursos humanos e o grau de reconhecimento da sua<br />

qualificação profissional, promoven<strong>do</strong> a circulação <strong>do</strong>s recursos humanos em direcção superior.<br />

No ano de 2011, um total de 12.139 indivíduos participaram nas acções de formação<br />

promovidas pelo DFP, com uma cobertura bem alargada, e a que foi dada grande importância<br />

na aplicação pragmática, fornecen<strong>do</strong> mais escolhas aos cidadãos, preparan<strong>do</strong> pessoal com<br />

formação para diversos sectores de <strong>Macau</strong> carencia<strong>do</strong>s de mão-de-obra.<br />

270


Economia<br />

Número de Frequência <strong>do</strong> Curso de Formação<br />

<strong>do</strong> DFP em 2011<br />

Sistemas de Formação<br />

Modalidades <strong>do</strong>s Cursos<br />

N.º Total de<br />

Forman<strong>do</strong>s<br />

Aprendizagem 177<br />

Formação Profissional<br />

Plano de formação para técnicos<br />

estagia<strong>do</strong>s<br />

Plano de estágio no Interior da China<br />

para alunos gradua<strong>do</strong>s em instituições<br />

de ensino superior<br />

40<br />

95<br />

Aperfeiçoamento 1977<br />

Formação de 2.ª Aptidão Profissional 1113<br />

Formação Contínua<br />

Formação para o Apoio à Colocação da<br />

População Activa com Idade Avançada<br />

Formação de Pesca<strong>do</strong>res na Moratória<br />

de Pesca<br />

7374<br />

390<br />

Curso Preparatório para o Teste de<br />

Aptidão Profissional<br />

973<br />

Total: 12.139<br />

Conteú<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Cursos<br />

A Formação em Regime de Aprendizagem é um curso de <strong>do</strong>is anos a tempo inteiro,<br />

preparatório para a profissão, destina<strong>do</strong> a indivíduos <strong>do</strong>s 14 aos 24 anos, habilita<strong>do</strong>s com<br />

mais <strong>do</strong> terceiro ano <strong>do</strong> ensino secundário. Em 2011, prosseguiu a formação em regime de<br />

aprendizagem; os cursos abrangem disciplinas de electricidade de instalações, electrónica de<br />

potência e telecomunicações, e electromecânica-auto. Aos finalistas, são atribuí<strong>do</strong>s certifica<strong>do</strong>s<br />

profissionais, equipara<strong>do</strong>s ao segun<strong>do</strong> ano <strong>do</strong> curso complementar. Até a 2011, foram efectuadas<br />

sem interrupção 15 edições da Formação em Regime de Aprendizagem, as últimas 13 edições<br />

formaram um total de 540 técnicos. Na 13.ª edição, concluída em Agosto de 2011, 52 alunos<br />

obtiveram o diploma de graduação e um completou o curso, sen<strong>do</strong> a taxa de graduação de<br />

100 por cento. A taxa de colocação em posto de trabalho dentro de um mês após a graduação<br />

é de 86,5 por cento, das quais 71,1 por cento se refere a sectores relaciona<strong>do</strong>s com o curso.<br />

O Plano de Formação para Técnicos Estagia<strong>do</strong>s em Obra é um curso de um ano a<br />

tempo inteiro, destina<strong>do</strong> a indivíduos habilita<strong>do</strong>s com ou superior ao segun<strong>do</strong> ano <strong>do</strong> ensino<br />

secundário complementar e <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s de certifica<strong>do</strong> de manutenção electrónica, de electricidade,<br />

electromecânica e aparelhos eléctricos ou de experiência de manutenção e reparação<br />

271


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

electromecânica. A formação, que é feita principalmente através <strong>do</strong> estágio em empresas, tem<br />

como objectivo formar técnicos de engenharia mediante a combinação da formação de habilidades<br />

com estágio. Em 2011, foram realiza<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is cursos de formação para técnicos estagia<strong>do</strong>s,<br />

frequenta<strong>do</strong>s por 40 alunos, que fizeram o estágio em 16 diferentes empresas principalmente<br />

em serviços públicos, hotelaria e manutenção de engenharia. O primeiro curso foi concluí<strong>do</strong> em<br />

Junho de 2011, com uma taxa de colocação imediata <strong>do</strong>s forman<strong>do</strong>s de 95 por cento.<br />

O Plano de Estágio no Interior da China para alunos gradua<strong>do</strong>s em instituições de ensino<br />

superior tem por objectivo principal, proporcionar oportunidades de estágio em empresas de<br />

grande dimensão <strong>do</strong> Interior da China para os gradua<strong>do</strong>s universitários locais nos últimos<br />

<strong>do</strong>is anos a tempo inteiro. Cada gradua<strong>do</strong> poderá escolher empresas de estágio conforme a<br />

sua vocação profissional receben<strong>do</strong>, mensalmente, um total de 5500 patacas de subsídio de<br />

vivência e de habitação. Em 2011, 95 gradua<strong>do</strong>s participaram no plano, e realizaram estágios<br />

principalmente nos sectores bancário, turístico, de transportes e cuida<strong>do</strong>s médicos. Até finais<br />

de 2011, 52 gradua<strong>do</strong>s concluíram o estágio, <strong>do</strong>is interromperam o estágio e 41 continuam<br />

em estágios.<br />

Os Cursos de Aperfeiçoamento abrangem um âmbito muito alarga<strong>do</strong>, incluin<strong>do</strong> cursos de<br />

formação de graus mais eleva<strong>do</strong>s e disciplinas <strong>do</strong>s Cursos de Qualificação Especializada com<br />

reconhecimento regional e internacional. O objectivo <strong>do</strong>s cursos é elevar o nível de técnica<br />

profissional de trabalha<strong>do</strong>res, no senti<strong>do</strong> de impulsionar o desenvolvimento <strong>do</strong> sector. Em<br />

2011, realizaram-se 70 cursos de formação, frequenta<strong>do</strong>s por 1977 alunos, marcan<strong>do</strong> uma<br />

diminuição respectivamente, de 44,9 por cento e 41,3 por cento em relação ao ano de 2010,<br />

devi<strong>do</strong> principalmente à diminuição da procura de cursos de formação a tempo inteiro e de<br />

cursos de formação linguística decorrente da boa situação de emprego.<br />

O Plano da Formação de 2.ª Aptidão Profissional tem por objectivo incentivar, de acor<strong>do</strong> com<br />

a própria capacidade e interesse <strong>do</strong>s alunos, a aprendizagem auxiliar para uma futura aptidão,<br />

aumentan<strong>do</strong> opções e oportunidades de emprego. Os módulos <strong>do</strong> programa estão dividi<strong>do</strong>s em<br />

três níveis de ensino: introdução, básico e avança<strong>do</strong>, poden<strong>do</strong> os alunos gradua<strong>do</strong>s <strong>do</strong>minar de<br />

forma ordenada habilitações profissionais <strong>do</strong> tipo de trabalho depois de terem completa<strong>do</strong> três<br />

níveis de ensino. Em 2011, realizaram-se 50 cursos, frequenta<strong>do</strong>s por 1113 alunos, assinalan<strong>do</strong><br />

uma redução respectivamente, de 43,2 e 36,9 por cento em relação ao ano de 2010, devi<strong>do</strong><br />

principalmente à diminuição <strong>do</strong> número de cursos realiza<strong>do</strong>s, decorrente da demolição duma<br />

parte <strong>do</strong>s edifícios no recinto de realização <strong>do</strong>s cursos, levada a cabo em articulação com plano<br />

de construção de habitação pública.<br />

O Plano de Formação para o Apoio à Colocação da População Activa com Idade Avançada<br />

é destina<strong>do</strong> principalmente à camada com idade avançada, pouca escolaridade, dificuldade em<br />

procura de trabalho ou trabalho ideal. Através destes cursos, podem elevar-se as qualificações<br />

técnico-profissionais <strong>do</strong>s participantes, e ajudá-los a aceder ao merca<strong>do</strong> de emprego, ou a<br />

mudar para um melhor emprego, maximizan<strong>do</strong>, desta forma, os recursos humanos. Em 2011,<br />

foram ministra<strong>do</strong>s 254 cursos, a que assistiram 7374 alunos, subin<strong>do</strong>, respectivamente, 12,4<br />

e 14,8 por cento face a 2010.<br />

O Plano de Formação de Pesca<strong>do</strong>res na Moratória de Pesca tem uma duração de 96 horas,<br />

incluin<strong>do</strong> 84 horas de formação de aptidão profissional e 12 horas de formação de conhecimentos<br />

marítimos. Os forman<strong>do</strong>s podem receber um subsídio máximo de formação até 6000 patacas<br />

conforme a taxa de frequência real, alivian<strong>do</strong> a pressão económica resultante <strong>do</strong> facto de não<br />

terem nenhuma receita durante os <strong>do</strong>is meses e meio da moratória de pesca, ajudan<strong>do</strong>, assim,<br />

272


Economia<br />

os pesca<strong>do</strong>res a adquirirem outras aptidões profissionais. Em 2011, foram realiza<strong>do</strong>s 14 cursos<br />

com a participação de 390 pessoas, representan<strong>do</strong> uma subida de oito por cento em relação<br />

ao ano de 2010.<br />

O Plano de Formação no Posto de Trabalho e de Contratação é destina<strong>do</strong> à promoção de<br />

emprego e melhoria da situação de desemprego. Foram integradas no âmbito de aplicação<br />

<strong>do</strong> plano, seis concessionárias da indústria <strong>do</strong> jogo e as empresas que contratam 30 ou mais<br />

trabalha<strong>do</strong>res não-residentes não especializa<strong>do</strong>s para tipos de trabalho enquadra<strong>do</strong>s na área<br />

de alojamento e restaurantes. Essas empresas devem absorver desemprega<strong>do</strong>s locais não<br />

especializa<strong>do</strong>s, através da oferta de uma quota de formação no posto de trabalho ou contratação<br />

directa no merca<strong>do</strong>, conforme a percentagem definida. As empresas fora <strong>do</strong> âmbito de aplicação<br />

<strong>do</strong> plano, podem, consoante as suas necessidades, requerer voluntariamente a adesão ao plano,<br />

para, na medida <strong>do</strong> possível, proporcionarem oportunidades de formação no posto de trabalho<br />

a trabalha<strong>do</strong>res locais.<br />

Cada trabalha<strong>do</strong>r forman<strong>do</strong> pode receber, durante o perío<strong>do</strong> de formação, um subsídio<br />

deformação atribuí<strong>do</strong> pelo Governo da RAEM. Os trabalha<strong>do</strong>res locais que participem na formação<br />

no posto de trabalho, devem receber a formação em empresas no perío<strong>do</strong> não superior a três<br />

meses, sen<strong>do</strong> o rendimento mensal <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r forman<strong>do</strong> durante o perío<strong>do</strong> de formação<br />

composto pelo subsídio de formação no valor de 3500 patacas pago pelo Governo e pela<br />

remuneração de trabalho paga pela empresa. Através da formação, trabalha<strong>do</strong>res forman<strong>do</strong>s<br />

podem adquirir habilitações e conhecimentos profissionais básicos, enquanto, as empresas<br />

podem contratar trabalha<strong>do</strong>res locais adequa<strong>do</strong>s, diminuin<strong>do</strong> gradualmente, o número de<br />

trabalha<strong>do</strong>res não-residentes não especializa<strong>do</strong>s contrata<strong>do</strong>s e permitin<strong>do</strong> aos trabalha<strong>do</strong>res<br />

locais serem contrata<strong>do</strong>s com prioridade.<br />

À medida que a economia de <strong>Macau</strong> se desenvolvia de forma estável e a situação de<br />

emprego melhorava progressivamente, o referi<strong>do</strong> plano, lança<strong>do</strong> em 2009, terminou em 30<br />

de Setembro de 2011, por ocasião da conclusão oficial <strong>do</strong> seu 8.º curso. Como balanço <strong>do</strong>s<br />

oito cursos realiza<strong>do</strong>s, verificou-se que um total de 6847 vagas de postos de trabalho foram<br />

oferecidas por empresas e 3926 trabalha<strong>do</strong>res locais contrata<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais, 3831 contrata<strong>do</strong>s<br />

de forma directa, ocupan<strong>do</strong> 97,6 por cento, enquanto 95 trabalha<strong>do</strong>res foram contrata<strong>do</strong>s na<br />

forma de formação no posto de trabalho, representan<strong>do</strong> 2,4 por cento e envolven<strong>do</strong> cerca de<br />

760 mil patacas de subsídio de formação no posto de trabalho.<br />

O Curso Preparatório para o Teste de Aptidão Profissional é o curso destina<strong>do</strong>s aos<br />

candidatos ao teste de aptidão profissional, oferecen<strong>do</strong>-lhes conhecimentos técnicos e teóricos<br />

<strong>do</strong>s respectivos ofícios, a ser testa<strong>do</strong>s, e permitin<strong>do</strong>-lhe conhecer informações actualizadas <strong>do</strong><br />

sector, bem como, os procedimentos e normas <strong>do</strong> teste. Em 2011, foram realiza<strong>do</strong>s no total<br />

42 cursos com 973 participantes.<br />

Avaliação Técnica<br />

Com vista a implementar efectivamente o Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>,<br />

aprofundar a cooperação Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong> na área de Avaliação de Técnicas Profissionais e<br />

acelerar a comunicação mútua e integração <strong>do</strong> mecanismo de Avaliação de Técnicas Profissionais<br />

<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is lugares, elevan<strong>do</strong> o nível da internacionalização, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços <strong>do</strong>s Assuntos<br />

Laborais assinou, em Dezembro de 2011, com o Departamento <strong>do</strong>s Recursos Humanos e<br />

Segurança Social da Província de Guang<strong>do</strong>ng, o Protocolo de Cooperação sobre o Modelo de<br />

273


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Formação “Um teste, Três certifica<strong>do</strong>s”, ao mesmo tempo, como primeiro projecto implementa<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> modelo “Um teste, Três certifica<strong>do</strong>s”, o Centro de Instruções sobre a Avaliação de Técnicas<br />

Profissionais da Província de Guang<strong>do</strong>ng e Associação de Administração Profissional de <strong>Macau</strong><br />

assinaram o Protocolo de Cooperação Específica sobre o Modelo “Um teste, Três certifica<strong>do</strong>s”<br />

da Profissão de Gestão de Instalações.<br />

Em Outubro de 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços <strong>do</strong>s Assuntos Laborais assinou com o CPTTM o<br />

Protocolo de Cooperação sobre “Um teste, Dois certifica<strong>do</strong>s”, permitin<strong>do</strong> aos residentes de <strong>Macau</strong><br />

que participaram e foram aprova<strong>do</strong>s no exame nacional de qualificação profissional organiza<strong>do</strong><br />

por referi<strong>do</strong> centro, obterem o certifica<strong>do</strong> de qualificação profissional emiti<strong>do</strong> pela DSAL de<br />

<strong>Macau</strong>, além <strong>do</strong> certifica<strong>do</strong> nacional de qualificação profissional. Assim, foi progressivamente<br />

alargada a cobertura em mais ofícios <strong>do</strong> modelo “Um teste, Dois certifica<strong>do</strong>s”, permitin<strong>do</strong> aos<br />

cidadãos obterem ao mesmo tempo certifica<strong>do</strong>s de qualificação profissional de <strong>do</strong>is lugares<br />

mediante apenas um teste, aumentan<strong>do</strong> por tanto as oportunidades de emprego.<br />

De acor<strong>do</strong> com o desenvolvimento socioeconómico, o Departamento de Formação<br />

Profissional tem aumenta<strong>do</strong> incessantemente sectores e ofícios no âmbito da aplicação de teste<br />

de aptidão profissional e introduziu testes de aptidão profissional <strong>do</strong>s respectivos graus nos<br />

cursos de formação organiza<strong>do</strong>s. Os ofícios já selecciona<strong>do</strong>s para a realização de teste de aptidão<br />

profissional incluem os arranjos florais, electricistas de reparação, monta<strong>do</strong>r de equipamentos<br />

eléctricos, assenta<strong>do</strong>r de tijolos, estuca<strong>do</strong>r e revesti<strong>do</strong>r de superfícies da construção civil, bem<br />

como, opera<strong>do</strong>res de maquinaria pesada da construção civil em diversos estaleiros. Em 2011,<br />

1782 pessoas já tinham obti<strong>do</strong> certifica<strong>do</strong>s de qualificação profissional emiti<strong>do</strong>s pela Direcção<br />

<strong>do</strong>s Serviços <strong>do</strong>s Assuntos Laborais, de ofícios e graus diferentes.<br />

Concurso de Aptidão Profissional<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos Laborais intensificou ainda mais o intercâmbio<br />

e cooperação com instituições de formação profissional de diversos lugares <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> através<br />

de participação ou realização de concursos de aptidão profissional, absorven<strong>do</strong> experiências<br />

e técnicas mais avançadas de formação e reforçan<strong>do</strong> a atenção <strong>do</strong> público social na formação<br />

profissional, a fim de impulsionar o desenvolvimento da formação profissional de <strong>Macau</strong>. Em<br />

Outubro de 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos Laborais, chefiou uma delegação<br />

de <strong>Macau</strong>, que se deslocou a Londres para participar na 41.ª edição de World Skills. Nessa<br />

edição, representantes de <strong>Macau</strong> participaram em nove modalidades, ganhan<strong>do</strong> o 2.º prémio<br />

na modalidade de “Técnicas de Vestuário”, o troféu de prata em Design de Página Electrónica e<br />

um Desempenho Extraordinário em Design Florestal, o que representa os melhores resulta<strong>do</strong>s<br />

já alcança<strong>do</strong>s desde a primeira participação no concurso. Além disso, junto <strong>do</strong> Instituto de<br />

Acção Social e Caritas de <strong>Macau</strong>, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos Laborais organizou<br />

pela primeira vez a delegação de <strong>Macau</strong> na participação de 8.º Concurso Mundial de Aptidão<br />

Profissional de Deficientes, decorri<strong>do</strong> em Seul da Coreia <strong>do</strong> Sul. Representantes de <strong>Macau</strong><br />

concorreram a 15 modalidades, conquistan<strong>do</strong> uma medalha de bronze no Desporto Electrónico<br />

e o Prémio Especial na Reciclagem de Resíduos e no Croché.<br />

Lei Laboral<br />

A Lei n.º 7/2008 “Lei das relações de trabalho” constitui um diploma básico para regular<br />

as relações de trabalho. A “Lei das relações de trabalho” consagra normas mais explícitas<br />

274


Economia<br />

sobre o tempo de trabalho, trabalho nocturno, trabalho por turnos, descanso semanal,<br />

feria<strong>do</strong>s obrigatórios, férias anuais, faltas, licença de maternidade, remuneração de trabalho,<br />

cessação de relação de trabalho, tipos de contrato, sanções de infracções administrativas e<br />

contravenções, entre outros, de forma a garantir e equilibrar direitos e interesses de ambas as<br />

partes, trabalha<strong>do</strong>r e emprega<strong>do</strong>r.<br />

A Lei n.º 21/2009 “Lei da contratação de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes” e o respectivo<br />

regulamento complementar reforçaram ainda mais a concretização da “Lei de Bases da Política de<br />

Emprego e <strong>do</strong>s Direitos Laborais” e reiterou que a contratação de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes<br />

deve assegurar, por um la<strong>do</strong>, a prioridade <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res locais no acesso ao emprego e, por<br />

outro, o gozo <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res não-residentes de um tratamento não menos favorável que o<br />

<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res locais, ao nível <strong>do</strong>s direitos, deveres e condições de trabalho.<br />

Ten<strong>do</strong> em consideração a identidade sectorial e necessidades sociais de <strong>Macau</strong>, a Direcção<br />

<strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos Laborais está a proceder ao estu<strong>do</strong> sobre a produção legislativa de<br />

vários diplomas legais no âmbito da relação laboral, designadamente, a elaboração <strong>do</strong> “Regime<br />

de trabalho a tempo parcial”, a “Lei de Relação Laboral de Marinheiros”, bem como, a revisão<br />

<strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 40/95/M “Regime Jurídico <strong>do</strong> Seguro de Acidentes de Trabalho e Doenças<br />

Profissionais” e <strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 32/94/M “Regime de Aprovação de Emissão de Licença aos<br />

Media<strong>do</strong>res de Profissão”.<br />

Relações Laborais<br />

O Departamento de Inspecção de Trabalho (DIT) da DSAL assegura informação gratuita sobre<br />

a Lei Laboral, desempenhan<strong>do</strong> ainda o papel intermediação de conciliação <strong>do</strong>s conflitos laborais,<br />

inspeccionan<strong>do</strong> o cumprimento da lei pelas empresas. Para repressão efectiva de contratação<br />

de trabalha<strong>do</strong>res clandestinos, o Departamento de Inspecção de Trabalho, junto <strong>do</strong> Corpo de<br />

Polícia de Segurança Pública e Serviços de Alfândega desenvolveu conforme as respectivas<br />

atribuições, por si próprio ou em conjunto, acções de inspecção periódicas ou não periódicas.<br />

Durante o ano de 2011, o DIT atendeu, na sede da DSAL, 5829 pedi<strong>do</strong>s de informação<br />

sobre a legislação laboral, 74,5 por cento solicita<strong>do</strong>s por trabalha<strong>do</strong>res e 25,5 por cento por<br />

emprega<strong>do</strong>res. Sectorialmente, a maior parte das consultas tiveram origem no exercício de<br />

actividades de serviços comunitários, sociais e individuais e construção civil. Das consultas<br />

efectuadas, a maior parte relacionava-se com despedimentos, feria<strong>do</strong>s anuais e salários,<br />

ocupan<strong>do</strong> 28,8 por cento, 8,7 por cento e 6,3 por cento <strong>do</strong> número total das consultas presenciais,<br />

respectivamente. Além disso, o DIT atendeu um total de 41.168 consultas telefónicas.<br />

Foram recebidas 2505 reclamações, apresentadas por 5229 emprega<strong>do</strong>s, com um aumento<br />

de 43,2 por cento em relação ao ano 2010. Das reclamações, a maioria eram questões sobre<br />

a compensação aos trabalhos extraordinários, os despedimentos e salários ocupan<strong>do</strong> 18,9 por<br />

cento, 12,9 por cento e 11,9 por cento <strong>do</strong> número total das reclamações, respectivamente.<br />

Segun<strong>do</strong> a análise por sector, a maior parte das reclamações foi apresentada pelos trabalha<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> sector de construção civil, com 29,7 por cento, segui<strong>do</strong> <strong>do</strong>s serviços comunitários, sociais<br />

e individuais, com 28,6 por cento, e alojamento, restaurante e hotéis, com 19,9 por cento,<br />

respectivamente.<br />

Em 2011, foram trata<strong>do</strong>s 11.083 casos, envolven<strong>do</strong> 12.394 trabalha<strong>do</strong>res de 3559 locais<br />

de trabalho com 777 autos elabora<strong>do</strong>s. Dos casos de violação à lei, detecta<strong>do</strong>s nos inquéritos<br />

275


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

sobre conflitos laborais, 1629 casos foram relaciona<strong>do</strong>s com direito de crédito, ten<strong>do</strong> a maioria<br />

<strong>do</strong>s casos envolvi<strong>do</strong> em salários, despedimentos e compensação aos trabalhos extraordinários.<br />

Em 5,4 por cento <strong>do</strong>s casos de violação à lei, os emprega<strong>do</strong>res optaram pela rectificação<br />

voluntária, pagan<strong>do</strong> a emprega<strong>do</strong>s o crédito sem recurso a autos enquanto os restantes casos<br />

foram resolvi<strong>do</strong>s através de recurso a autos ou envia<strong>do</strong>s a tribunal.<br />

O total <strong>do</strong> montante de crédito deriva<strong>do</strong> de conflitos laborais, acidentes de trabalho e<br />

<strong>do</strong>enças profissionais atingiu aproximadamente os 63,09 milhões de patacas, envolven<strong>do</strong> 7889<br />

trabalha<strong>do</strong>res. Os casos relaciona<strong>do</strong>s com acidentes de trabalho, salários e despedimento ocupam<br />

73,9 por cento, 13 por cento e 4,7 por cento <strong>do</strong> montante total <strong>do</strong> crédito, respectivamente.<br />

Em 2011, o Departamento de Inspecção de Trabalho recebeu um total de 68 cópias da<br />

notificação de redução remuneratória contratual, envolven<strong>do</strong> 388 trabalha<strong>do</strong>res locais e 46<br />

trabalha<strong>do</strong>res não-residentes. Após investigação e apuramento de responsabilidades, foram<br />

instaura<strong>do</strong>s 11 processos por suspeição de infracção à “Lei das relações de trabalho”, envolven<strong>do</strong><br />

37 indivíduos.<br />

Quanto à contratação de menores, o Departamento de Inspecção de Trabalho recebeu<br />

233 notificações através da cópia <strong>do</strong> contrato laboral, envolven<strong>do</strong> 846 menores entre os 16<br />

anos e os 18 anos, e <strong>do</strong>is menores entre 14 anos e 16 anos. Após investigação e apuramento,<br />

foram instaura<strong>do</strong>s 62 processos por suspeição de infracção à “Lei das relações de trabalho”,<br />

envolven<strong>do</strong> 92 pessoas.<br />

Na repressão ao trabalho ilegal, de acor<strong>do</strong> com o Regulamento sobre a Proibição <strong>do</strong><br />

Trabalho Ilegal, a “Lei da contratação de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes” e seu respectivo<br />

regulamento complementar, o Departamento de Inspecção de Trabalho instaurou no total<br />

832 autos de notícia de trabalho ilegal, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> detecta<strong>do</strong>s na investigação 554 residentes<br />

permanentes por terem ofereci<strong>do</strong> trabalho a outrem na RAEM sem nenhuma autorização e 437<br />

trabalha<strong>do</strong>res não-residentes por exercerem actividade pessoal, e directamente em proveito<br />

próprio. O montante total das multas aplicadas em <strong>do</strong>is casos foi de 12,25 milhões de patacas.<br />

De acor<strong>do</strong> com o disposto relativo ao direito de alojamento <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res não-residentes<br />

da “Lei da contratação de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes” e <strong>do</strong> Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

n.º 88/2010, a DSAL efectuou um total de 46 acções de inspecção e instaurou 29 processos de<br />

violação ao direito <strong>do</strong> alojamento.<br />

Segurança e Higiene Ocupacional<br />

Ao Departamento de Segurança e Saúde Ocupacional (DSSO) da DSAL compete coordenar<br />

as acções de sensibilização e divulgação de segurança e saúde ocupacional; fazer o estu<strong>do</strong>, a<br />

avaliação e a investigação <strong>do</strong>s factores de risco profissionais; supervisionar a observância da<br />

legislação e disposições relativas à segurança e saúde ocupacional e, eliminar, no âmbito das<br />

competências atribuídas pela lei, situações inadequadas de segurança e saúde ocupacional<br />

existentes no local e posto de trabalho, instauran<strong>do</strong> acusações; proporcionar exames de<br />

saúde ocupacional e realizar trabalhos para a identificação das <strong>do</strong>enças profissionais; estudar<br />

e apresentar propostas para o reforço ou a melhoria <strong>do</strong>s diplomas legais ou orientações no<br />

<strong>do</strong>mínio da segurança e saúde ocupacional.<br />

Durante o ano de 2011, o Departamento de Segurança e Saúde Ocupacional (DSSO) da<br />

276


Economia<br />

DSAL efectuou no total 7364 inspecções periódicas de segurança e higiene aos 1678 estaleiros<br />

de obras da construção, ten<strong>do</strong> emiti<strong>do</strong> 2662 recomendações para melhorar a situação. O<br />

DSSO, instaurou 25 processos sancionais sobre situações inadequadas de segurança e saúde<br />

ocupacional existentes no local e posto de trabalho, envolven<strong>do</strong> 20 estaleiros de obras da<br />

construção e 12 mil patacas de multas. Houve <strong>do</strong>is casos em que foi ordenada a suspensão de<br />

operação devi<strong>do</strong> à existência de situação altamente perigosa no local de trabalho, não sen<strong>do</strong><br />

abrangi<strong>do</strong> o caso <strong>do</strong> acidente de trabalho. Através da participação nos trabalhos de diversas<br />

comissões, nomeadamente, a Comissão de Vistorias de Licenças a Estabelecimentos Industriais,<br />

a Comissão de Vistorias de Licenças a Estabelecimentos <strong>do</strong> Ramo Farmacêutico, a Comissão de<br />

Vistorias de Licenciamento a Estabelecimentos de Comidas e Bebidas, a Comissão de Vistorias<br />

de Hotéis e Estabelecimentos Similares, e a Comissão de Vistorias de Licenças de Escolas de<br />

Condução de Automóveis, O DSSO efectuou 220 acções de inspecção em 158 locais de trabalho,<br />

ten<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong> cerca de 178 recomendações para a melhoria das condições ambientais e<br />

higiénicas <strong>do</strong>s locais de trabalho.<br />

O Laboratório de Higiene Ocupacional na dependência <strong>do</strong> Departamento de Segurança e<br />

Saúde Ocupacional (DSSO), que já obteve a acreditação de conformidade de laboratório ISO/IEC<br />

17025 emitida pela China National Accreditation Board for Conformity Assessment, tem como<br />

atribuição especializada proceder à avaliação de factores prejudicais no âmbito de iluminação ou<br />

ambiente térmico e de ruí<strong>do</strong> ocupacional bem como dissolventes orgânicos nos locais de trabalho.<br />

No tocante à visita inspectiva de segurança e saúde ocupacional a hotéis e restaurantes, o DSSO<br />

efectuou, em 2011, visitas inspectivas a 48 hotéis e 64 restaurantes e procedeu à primeira<br />

ronda <strong>do</strong> trabalho de verificação, apresentan<strong>do</strong> 127 e 73 recomendações de melhoramento;<br />

fez um total de 142 visitas de inspecção de segurança e saúde ocupacional a supermerca<strong>do</strong>s,<br />

locais de trabalho de fábricas de vestuários, lojas de artigos gerais, fábricas de alimento e<br />

fornece<strong>do</strong>res de combustíveis, locais de limpeza exterior de edifícios destina<strong>do</strong>s à hotelaria<br />

e comércio, emitin<strong>do</strong> 97 recomendações de melhoramento. Dos outros trabalhos efectua<strong>do</strong>s<br />

no ano destacam-se: averiguações a acidentes de trabalho, acompanhamentos de casos de<br />

reclamações, respostas a consultas quanto à segurança e saúde ocupacional, recomendações<br />

de segurança e saúde ocupacional para serviços públicos e instituições privadas, entre outros.<br />

Funciona, ainda, na dependência <strong>do</strong> Departamento de Segurança e Saúde Ocupacional, o<br />

Grupo de Medicina no Trabalho, onde se efectua anualmente o inquérito de saúde ocupacional<br />

sectorial, e presta o serviço <strong>do</strong> exame médico de saúde ocupacional a pedi<strong>do</strong> das empresas e <strong>do</strong><br />

exame médico de saúde para jovens antes, ou depois, da admissão. No ano de 2011, o Grupo<br />

de Medicina no Trabalho, fez 6105 exames médicos de saúde ocupacional, ten<strong>do</strong> emiti<strong>do</strong> 9685<br />

recomendações de melhoramento de saúde ocupacional. Nos termos <strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 34/93/M,<br />

procedeu ao acompanhamento <strong>do</strong>s exames médicos de capacidade auditiva aos trabalha<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong>s sectores que produzem alto ruí<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> efectua<strong>do</strong> exames <strong>do</strong> género a nove instituições<br />

utiliza<strong>do</strong>ras de equipamentos de alto ruí<strong>do</strong>. Efectuou, no total, 314 visitas inspectivas de saúde<br />

ocupacional ao ambiente de trabalho, ten<strong>do</strong> emiti<strong>do</strong> 81 recomendações. Ao mesmo tempo<br />

continuou a realizar o inquérito sobre a ergonomia, e realizou 414 avaliações, ten<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong><br />

40 recomendações de melhoramento. Efectuou, também, 1158 exames médicos de admissão<br />

aos candidatos aos cursos de formação profissional ministra<strong>do</strong>s pela DSAL, ten<strong>do</strong> emiti<strong>do</strong> 148<br />

recomendações de protecção de saúde, respondeu a 59 casos de consulta quanto à saúde e<br />

<strong>do</strong>ença ocupacional. Em articulação com a política de prestação de serviços de qualidade <strong>do</strong><br />

Governo da RAEM, o Grupo de Medicina no Trabalho tem optimiza<strong>do</strong> constantemente projectos<br />

já reconheci<strong>do</strong>s pelo ISO17020.<br />

277


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Com o objectivo de prestar informações sobre segurança e saúde no trabalho, à população<br />

em geral, bem como, aos trabalha<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>res, promover a cultura de segurança e<br />

saúde ocupacional e estimular os trabalha<strong>do</strong>res de diferentes sectores a promover a preparação<br />

de bons hábitos de segurança, elevan<strong>do</strong> o nível da cultura de segurança, o DSSO levou a cabo<br />

diversas acções de divulgação, como conferências, cursos, textos e publicidade na imprensa<br />

escrita e distribuição de panfletos.<br />

Para maior divulgação de informações de segurança e saúde ocupacional no meio da<br />

população de <strong>Macau</strong>, foi edita<strong>do</strong>, em Dezembro de 2010, o n.º 1 <strong>do</strong> Jornal Electrónico de<br />

Segurança e Saúde Ocupacional, na página electrónica da DSAL para consulta <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

Em 2010, realizou, no total, 62 acções de divulgação e promoção sobre a segurança e higiene<br />

ocupacional, nomeadamente, acções de divulgação e promoção sobre a segurança e higiene<br />

ocupacional de hotéis e escolas, a assinatura de pacto de segurança e higiene ocupacional e<br />

a preparação para o lançamento <strong>do</strong> “Plano de Prémio à Segurança da Execução de Obras na<br />

Construção Civil”. O referi<strong>do</strong> plano destina-se a premiar e louvar o bom comportamento na<br />

segurança e saúde ocupacional <strong>do</strong>s adjudicatários, sub-adjudicatários e gestores de estaleiros<br />

de obras da construção civil, ten<strong>do</strong> nele inscrito e participa<strong>do</strong> 21 instituições, 12 estaleiros de<br />

obra e 42 gestores de segurança e trabalha<strong>do</strong>res. Em 2011, foram realizadas conferências com<br />

a participação de cerca de 3743 pessoas, o curso de formação em segurança e saúde, reparti<strong>do</strong><br />

por 43 turmas, ten<strong>do</strong> 881 alunos obti<strong>do</strong> o respectivo certifica<strong>do</strong>, e o Curso de “Utilização de<br />

Dispositivos Portáteis de Ancoragem Temporária”, reparti<strong>do</strong> por sete turmas, nas quais 148<br />

participantes receberam o certifica<strong>do</strong>. Organizaram-se 997 turmas <strong>do</strong> Curso para Obtenção<br />

<strong>do</strong> Cartão de Segurança Ocupacional na Construção Civil, e 317 turmas de revisão, nas quais<br />

6853 e 5057 participantes receberam o Cartão de Segurança Ocupacional e a renovação <strong>do</strong><br />

Cartão de Segurança Ocupacional na Construção Civil, respectivamente. Em colaboração com<br />

a Universidade de <strong>Macau</strong> foi ministra<strong>do</strong>, ainda, o “Curso de Encarrega<strong>do</strong> de Segurança na<br />

Construção Civil”, reparti<strong>do</strong> por três turmas, ten<strong>do</strong> 98 forman<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong> a qualificação para<br />

exercer a profissão de encarrega<strong>do</strong> de segurança na construção civil. Em colaboração com a<br />

Universidade de <strong>Macau</strong> foi ministra<strong>do</strong> o “Curso Complementar de Encarrega<strong>do</strong> de Segurança na<br />

Construção Civil” com uma turma, ten<strong>do</strong> 20 forman<strong>do</strong>s concluí<strong>do</strong> o curso e obti<strong>do</strong> o certifica<strong>do</strong><br />

de qualificação.<br />

Gabinete para os Recursos Humanos<br />

Através <strong>do</strong> Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 116/2007, foi cria<strong>do</strong> o Gabinete para os<br />

Recursos Humanos. Este gabinete é principalmente responsável por: recolher e analisar toda<br />

a informação relativa à situação e evolução <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho local que seja necessária<br />

para fundamentar as decisões da Administração em matéria de contratação de trabalha<strong>do</strong>res<br />

não-residentes; propor superiormente medidas relativas à contratação de trabalha<strong>do</strong>res não-<br />

-residentes; receber os pedi<strong>do</strong>s de contratação de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes e proceder<br />

à respectiva instrução; colaborar com os outros serviços públicos de <strong>Macau</strong> na execução da<br />

legislação relativa à contratação de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes; e colaborar com a Direcção<br />

<strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos Laborais na execução da legislação e das políticas laborais.<br />

Contratação de Trabalha<strong>do</strong>res Não-Residentes<br />

A política de importação de mão-de-obra está submetida, na RAEM, à condição prioritária<br />

278


Economia<br />

a protecção <strong>do</strong>s direitos <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res locais no acesso ao emprego, para que os mesmos<br />

não sejam prejudica<strong>do</strong>s. Por isso, a contratação de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes serve apenas<br />

como uma medida complementar para colmatar a escassez ou insuficiência de recursos humanos<br />

locais, ao mesmo tempo que permite à economia de <strong>Macau</strong> desenvolver-se de forma estável<br />

e sustentada. O Gabinete para os Recursos Humanos, desde a sua criação, em 28 de Maio de<br />

2007, tem-se empenha<strong>do</strong> na rigorosa apreciação e aprovação de cada pedi<strong>do</strong> de importação<br />

de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes. Em 2011, foram recebi<strong>do</strong>s um total de 31.621 pedi<strong>do</strong>s de<br />

autorização para importação, renovação e transferência de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes, <strong>do</strong>s<br />

quais 11.030 envolveram trabalha<strong>do</strong>res não especializa<strong>do</strong>s, 3052 diziam respeito a trabalha<strong>do</strong>res<br />

especializa<strong>do</strong>s e 17.514 a trabalha<strong>do</strong>res não-residentes destina<strong>do</strong>s a serviço <strong>do</strong>méstico. Foram,<br />

ainda, processa<strong>do</strong>s 25 pedi<strong>do</strong>s de autorização para o exercício de actividade por conta própria. Até<br />

finais de 2011, o número de titulares de cartão de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes era de 94.028.<br />

Conselho de Consumi<strong>do</strong>res<br />

O Conselho de Consumi<strong>do</strong>res tem como atribuições, pronunciar-se sobre as políticas<br />

de defesa <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r a definir pelo Governo e desenvolver acções comuns de defesa <strong>do</strong><br />

consumi<strong>do</strong>r.<br />

Rede de Cooperação<br />

Em 1997, o Conselho de Consumi<strong>do</strong>res de <strong>Macau</strong> passou a ser membro oficial da organização<br />

- Consumers International. O Conselho tem vin<strong>do</strong> a celebrar, desde 1997, protocolos de<br />

cooperação com o Instituto <strong>do</strong> Consumi<strong>do</strong>r de Portugal, com o Instituto Nacional de Consumo de<br />

Espanha, com a Associação de Consumi<strong>do</strong>res de Singapura, com a Fundação de Consumi<strong>do</strong>res<br />

de Taiwan e a implementar a ligação em rede com as entidades de consumi<strong>do</strong>res na Região <strong>do</strong><br />

Grande-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas “9+2”. Em Outubro de 2009, o Conselho de Consumi<strong>do</strong>res de<br />

<strong>Macau</strong>, junto com 22 entidades de consumi<strong>do</strong>res de várias cidades <strong>do</strong> Interior da China e de<br />

Hong Kong, emitiu uma Declaração de Cooperação, forman<strong>do</strong> a “Aliança da Defesa de Direitos <strong>do</strong>s<br />

Consumi<strong>do</strong>res Urbanos”. Nos últimos dez anos, o Conselho de Consumi<strong>do</strong>res assinou protocolos<br />

de cooperação com 41 entidades de consumi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Interior da China, nomeadamente, o<br />

Conselho de Consumi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Município de Zhuhai, o Conselho de Consumi<strong>do</strong>res da Província de<br />

Guang<strong>do</strong>ng e da Região Autónoma de Guangxi, e com as instituições congéneres de Pequim, de<br />

Xangai, das províncias de Fujian e de Shan<strong>do</strong>ng, e a Associação de Consumi<strong>do</strong>res de Sichuan, a<br />

Associação de Consumi<strong>do</strong>res de Longrina, instituições congéneres das províncias de Zhejiang,<br />

de Tianjin, o Conselho de Consumi<strong>do</strong>res de Shenzhen, entre outros, no quadro de cooperação,<br />

com vista a promover a troca de informações sobre a protecção <strong>do</strong>s direitos e segurança <strong>do</strong>s<br />

consumi<strong>do</strong>res, e a realização de diversos projectos de cooperação.<br />

Atendimento ao Público<br />

Para articular-se com o serviço “One stop” presta<strong>do</strong> pelo Governo, o Conselho de<br />

Consumi<strong>do</strong>res transferiu, no final de 2011, a sua delegação localizada no Bairro Iao Hon para<br />

o Edifício <strong>do</strong> Centro de Serviços da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> situa<strong>do</strong> na Areia<br />

Preta. Os consumi<strong>do</strong>res de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> podem hoje recorrer ao correio electrónico para<br />

apresentarem as suas reclamações e fazerem as consultas desejadas, junto <strong>do</strong> Conselho de<br />

Consumi<strong>do</strong>res da RAEM.<br />

279


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo<br />

A criação, em 1998, deste Centro de Arbitragem teve como objectivo, promover a resolução<br />

de conflitos de consumo de valor não superior a 50 mil patacas, que ocorram na RAEM, através<br />

da mediação, conciliação e arbitragem.<br />

Se o consumi<strong>do</strong>r se sentiu lesa<strong>do</strong> porque o produto que adquiriu tinha defeito de fabrico,<br />

ou porque um serviço não foi bem executa<strong>do</strong>, ou ainda porque um orçamento não foi cumpri<strong>do</strong>,<br />

pode dirigir-se ao Centro de Arbitragem, fazen<strong>do</strong>-se acompanhar de to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cumentos<br />

disponíveis (facturas, recibos, etc.) relaciona<strong>do</strong>s com o caso em questão.<br />

Os trabalhos <strong>do</strong> Centro de Arbitragem são leva<strong>do</strong>s a cabo por um responsável e um técnico<br />

afecto, que prestam apoio jurídico aos interessa<strong>do</strong>s. As decisões arbitrais são tomadas por<br />

um magistra<strong>do</strong> judicial que exerce, em regime de acumulação, as funções de juiz-árbitro. Se<br />

o comerciante zeloso da imagem <strong>do</strong> seu estabelecimento pretende resolver um problema de<br />

possível conflito com consumi<strong>do</strong>res, pode aderir ao Centro de Arbitragem.<br />

Até final <strong>do</strong> ano de 2011, 1328 estabelecimentos em funcionamento tinham aderi<strong>do</strong> ao<br />

Centro de Arbitragem. Entre estes estabelecimentos contam-se, farmácias, lojas de quinquilharia,<br />

supermerca<strong>do</strong>s, fornece<strong>do</strong>res de géneros alimentícios, restaurantes, ourivesarias, relojoarias,<br />

companhias de seguros, lavandarias, salões de beleza, telemóveis, produtos informáticos,<br />

agências de viagem e serviços de intermediação imobiliária.<br />

Direitos <strong>do</strong> Consumi<strong>do</strong>r<br />

Nos termos da Lei n.º 12/88/M, considera-se consumi<strong>do</strong>r, to<strong>do</strong> aquele a quem sejam<br />

forneci<strong>do</strong>s bens ou serviços destina<strong>do</strong>s ao seu uso priva<strong>do</strong> por pessoa singular ou colectiva que<br />

exerça, com carácter profissional, uma actividade económica.<br />

O consumi<strong>do</strong>r tem direito à protecção da saúde e à segurança contra as práticas desleais<br />

ou irregulares de publicitação ou fornecimento de bens ou serviços; à formação e à informação;<br />

à protecção contra o risco de lesão <strong>do</strong>s seus interesses; à prevenção e reparação de danos,<br />

individuais ou colectivos; a uma justiça acessível e à participação na definição legal ou<br />

administrativa <strong>do</strong>s seus direitos e interesses.<br />

Para divulgar os direitos e a legislação relativos ao consumi<strong>do</strong>r, foi publica<strong>do</strong> em Julho<br />

de 1993, o primeiro número da revista “O Consumi<strong>do</strong>r”. Com uma tiragem de quatro mil<br />

exemplares, a revista publicou em Dezembro de 2011, o seu n.º 220, ten<strong>do</strong> como principais<br />

temas a informação sobre a segurança no consumo quotidiano, as actividades desenvolvidas<br />

pelo Conselho de Consumi<strong>do</strong>res, e as políticas de instituições internacionais na defesa <strong>do</strong>s<br />

consumi<strong>do</strong>res.<br />

Queixas<br />

Durante o ano de 2011, o Conselho de Consumi<strong>do</strong>res atendeu no total 1689 reclamações,<br />

4987 consultas e 174 sugestões, o número total de casos trata<strong>do</strong>s atingiu os 6850. As<br />

reclamações incidiram principalmente sobre a qualidade, manutenção e reparação, serviços<br />

de telecomunicações e de artigos de telecomunicações, e conflitos decorrentes da venda de<br />

produtos alimentares e bebidas.<br />

280


Economia<br />

Para acompanhar a estratégia que o Governo da RAEM definiu para a indústria de turismo e<br />

jogos e <strong>do</strong> chama<strong>do</strong> “visto individual” <strong>do</strong>s residentes no Interior <strong>do</strong> País para Hong Kong e <strong>Macau</strong>,<br />

o Conselho de Consumi<strong>do</strong>res reforçou os serviços presta<strong>do</strong>s aos turistas, empenhan<strong>do</strong>-se na<br />

promoção <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> mecanismo completo de <strong>Macau</strong> para a protecção <strong>do</strong>s direitos<br />

e interesses <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res. É de referir que cerca de 22 por cento das 6700 reclamações e<br />

consultas, foram apresentadas por turistas provenientes de diversas regiões.<br />

“Loja Certificada”<br />

A etiqueta “Loja Certificada” foi lançada a 15 de Março de 2001, pelo Conselho de<br />

Consumi<strong>do</strong>res. Este esquema foi reconheci<strong>do</strong> em <strong>Macau</strong> e em unidades <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País.<br />

A partir de 2007, para promover o objectivo e âmbito da etiqueta “Loja Certificada”, esta foi<br />

emitida, em conjunto, pelo Conselho de Consumi<strong>do</strong>res e pelo All Country Commerce, Industry<br />

and Tourism Chamber, promoven<strong>do</strong>, assim, o desenvolvimento <strong>do</strong>s direitos e interesses <strong>do</strong>s<br />

consumi<strong>do</strong>res.<br />

Destina-se a distinguir os estabelecimentos comerciais que aderiram ao Centro de<br />

Arbitragem de Conflitos de Consumo e sobre os quais não recaiu qualquer queixa durante o<br />

ano, medida tida como encoraja<strong>do</strong>ra da defesa <strong>do</strong>s direitos <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r. Até finais de 2011,<br />

o conselho reconheceu 1190 lojas certificadas para o ano de <strong>2012</strong>.<br />

Para reforçar a regulamentação das “Lojas Certificadas” e maior garantia <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res,<br />

o Conselho de Consumi<strong>do</strong>res exigiu às “Lojas Certificadas” que assumissem mais compromissos,<br />

nomeadamente: fornecer aos consumi<strong>do</strong>res informações mais rigorosas sobre os produtos<br />

comercializa<strong>do</strong>s e os serviços a prestar, assim como os serviços após a venda; fazerem constar<br />

na factura os preços das merca<strong>do</strong>rias e serviços; e chegar a acor<strong>do</strong> com o consumi<strong>do</strong>r, dentro<br />

de 14 dias, a partir da data da recepção da queixa, sobre o reembolso, a troca de produto ou<br />

a apresentação <strong>do</strong> conflito para arbitragem.<br />

Para assegurar e aumentar o nível de serviço nas “Lojas Certificadas”, acompanhan<strong>do</strong> o<br />

desenvolvimento de sociedade, o Conselho de Consumi<strong>do</strong>res definiu princípios para os diferentes<br />

sectores, que devem ser segui<strong>do</strong>s no âmbito dessa certificação.<br />

O Conselho de Consumi<strong>do</strong>res definiu, até ao momento, princípios para 13 sectores distintos,<br />

designadamente, o sector de lavandaria e tinturaria, serviço de intermediação imobiliária,<br />

supermerca<strong>do</strong>s, farmácias, serviços de estética, lojas de lembranças, artigos fotográficos<br />

a retalho e revelação e impressão fotógrafa, jóias e ourivesaria, peles, equipamentos de<br />

telecomunicações, materiais de computa<strong>do</strong>r, alimentação exótica, e venda de bens de electrónica<br />

e eléctricos.<br />

O Conselho de Consumi<strong>do</strong>res estabeleceu igualmente, um mecanismo de supervisão <strong>do</strong><br />

cumprimento <strong>do</strong>s compromissos assumi<strong>do</strong>s pelas “Lojas Certificadas”.<br />

Serviços de Estatística e Censos<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Estatística e Censos (DSEC) é o serviço da Administração<br />

Pública da RAEM incumbi<strong>do</strong> da orientação, coordenação, execução e fiscalização da actividade<br />

estatística no Território e <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de autonomia técnica.<br />

281


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Produção de Estatísticas Oficiais<br />

O Decreto-Lei n.º 62/96/M, de 14 de Outubro, estipula que as estatísticas oficiais são as<br />

produzidas pelos órgãos produtores de estatística, sen<strong>do</strong> da competência da DSEC, a produção<br />

de da<strong>do</strong>s estatísticos nas áreas demográfica, económica, social e ambiental, enquanto que as<br />

estatísticas financeiras, monetárias, cambiais e da actividade segura<strong>do</strong>ra são da competência<br />

da AMCM.<br />

A DSEC produz um vasto leque de informação estatística oficial, através <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s<br />

forneci<strong>do</strong>s directamente a partir <strong>do</strong>s recenseamentos e inquéritos estatísticos, mas também<br />

<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s indirectamente a partir <strong>do</strong> aproveitamento de actos administrativos forneci<strong>do</strong>s por<br />

diferentes serviços. Essa informação tem eleva<strong>do</strong> valor referencial: para formular e fundamentar<br />

as medidas de política governamental; para tomar opções e decisões económicas, e, para a<br />

investigação académica.<br />

De entre as operações estatísticas de periodicidade anual ou superior merecem destaque,<br />

pela importância da informação recolhida e pela mobilização de recursos que envolvem, os<br />

Recenseamentos da População e da Habitação e os Intercensos realiza<strong>do</strong>s de dez em dez anos, o<br />

Inquérito aos Orçamentos Familiares, com periodicidade quinquenal, o Inquérito à Construção, o<br />

Inquérito Industrial, o Inquérito aos Hotéis e Similares, o Inquérito aos Restaurantes e Similares,<br />

o Inquérito ao Sector <strong>do</strong>s Serviços, o Inquérito ao Sector <strong>do</strong>s Transportes, Armazenagem e<br />

Comunicações, e o Inquérito ao Comércio por Grosso e a Retalho, realiza<strong>do</strong>s anualmente.<br />

Procede-se à recolha e tratamento de informação relativa a sectores fundamentais da<br />

actividade económica da RAEM, designadamente, comércio externo de merca<strong>do</strong>rias, turismo,<br />

convenções e exposições, comércio a retalho, preços, emprego e construção, com uma<br />

periodicidade infra-anual.<br />

São ainda elaboradas pela DSEC as estimativas <strong>do</strong> Produto Interno Bruto e <strong>do</strong> rendimento<br />

<strong>do</strong>s residentes locais, em resulta<strong>do</strong> da integração <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s estatísticos produzi<strong>do</strong>s nas áreas<br />

económica, social e das finanças públicas.<br />

Informação Estatística Disponível<br />

A DSEC publica na Imprensa de <strong>Macau</strong> os principais da<strong>do</strong>s estatísticos que congregam maior<br />

atenção <strong>do</strong> público e os da<strong>do</strong>s mais detalha<strong>do</strong>s são divulga<strong>do</strong>s através <strong>do</strong> website ou por forma<br />

de publicações. É de referir que todas as estatísticas oficiais são fornecidas gratuitamente aos<br />

utiliza<strong>do</strong>res e podem ser obtidas na sua página electrónica, ou ser consultadas e acedidas no<br />

Centro da Documentação e Difusão de Informação (CDDI) da DSEC. Estes serviços salvaguardam<br />

rigorosamente os princípios <strong>do</strong> segre<strong>do</strong> estatístico, protegen<strong>do</strong> a confidencialidade da informação<br />

individual e individualizável.<br />

Censos 2011<br />

A DSEC realizou, em 12 a 26 de Agosto de 2011, o XV Recenseamento da População e V<br />

Recenseamento da Habitação em 2011, publican<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s iniciais e detalha<strong>do</strong>s em 29<br />

de Dezembro de 2011 e em Abril de <strong>2012</strong>, respectivamente.<br />

282


Economia<br />

Serviço Diversifica<strong>do</strong> de Consulta às Informações<br />

Estatísticas<br />

Para facilitar a consulta rápida <strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>res às informações estatísticas, a DSEC<br />

empenhou-se no reforço de meios de consulta em função das necessidades. Foi em 2010, lança<strong>do</strong><br />

o serviço “Consulta através de mensagem - SMS”, segui<strong>do</strong> <strong>do</strong> lançamento da página electrónica<br />

de celular, facilitan<strong>do</strong> aos utiliza<strong>do</strong>res consulta às informações estatísticas actualizadas através<br />

<strong>do</strong> uso de celular a qualquer hora e em qualquer local.<br />

Reforço da Divulgação aos Inquéritos<br />

A qualidade das informações estatísticas depende <strong>do</strong> apoio e cooperação <strong>do</strong>s inquéritos<br />

e organismos inqueri<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s exactos e completos por eles forneci<strong>do</strong>s. Para ganhar o<br />

apoio <strong>do</strong>s inquéritos e organismos inqueri<strong>do</strong>s, a DSEC intensificou, por um la<strong>do</strong>, a comunicação<br />

e cooperação com associações e organismos, divulgou, por outro e junto <strong>do</strong>s inquéritos, a<br />

importância das informações estatísticas para a vida quotidiana da população, através de<br />

diversos meios, elevan<strong>do</strong> assim a qualidade das informações estatísticas.<br />

Gabinete de Apoio ao Secretaria<strong>do</strong> Permanente <strong>do</strong><br />

Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre<br />

a China e os Países de Língua Portuguesa (<strong>Macau</strong>)<br />

O Gabinete de Apoio ao Secretaria<strong>do</strong> Permanente <strong>do</strong> Fórum para a Cooperação Económica e<br />

Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (<strong>Macau</strong>), cria<strong>do</strong> pelo Despacho <strong>do</strong> Chefe<br />

<strong>do</strong> Executivo n.º 33/2004, com base no Gabinete para a Organização <strong>do</strong> Fórum para a Cooperação<br />

Económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa cria<strong>do</strong> em 2003, tem como objectivo,<br />

a prestação de apoio ao Secretaria<strong>do</strong> Permanente <strong>do</strong> Fórum para a Cooperação Económica e<br />

Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, proporcionan<strong>do</strong>-lhe os necessários<br />

recursos, com vista a utilizar <strong>Macau</strong> como plataforma de serviços económicos e comerciais<br />

entre a China e os Países de Língua Portuguesa, assim como promover o desenvolvimento das<br />

relações económicas e comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Desde a sua<br />

criação, o Gabinete de Apoio tem coadjuva<strong>do</strong> activamente o Secretaria<strong>do</strong> Permanente <strong>do</strong> Fórum<br />

no desenvolvimento de acções, designadamente, a promoção de troca de visitas de alto nível<br />

nacional (incluin<strong>do</strong> <strong>Macau</strong>), a cooperação na exploração de recursos humanos, implementação<br />

de facilidades comerciais e de investimento, exploração de novos <strong>do</strong>mínios de cooperação e<br />

desempenho <strong>do</strong> papel de <strong>Macau</strong> como plataforma de serviço económico e comercial.<br />

Em 2011, o Gabinete de Apoio continuou acompanhar e apoiou os diversos trabalhos<br />

subsequentes da 1.ª, 2.ª e 3.ª Conferência Ministerial <strong>do</strong> Fórum, prestan<strong>do</strong> apoio logístico aos<br />

representantes <strong>do</strong>s diversos países presentes na conferência, manten<strong>do</strong> contactos estreitos<br />

com países de língua portuguesa e consolidan<strong>do</strong> constantemente o posicionamento de <strong>Macau</strong><br />

como plataforma de cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua<br />

Portuguesa através <strong>do</strong> reforço da vantagem única de <strong>Macau</strong>.<br />

Em 2011, foi mantida a tendência das visitas recíprocas de alto nível entre a China e os<br />

Países de Língua Portuguesa, reforçan<strong>do</strong> a confiança mútua e a amizade, mediante intercâmbio<br />

frequente em to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>mínios entre ambas as partes, e impulsionan<strong>do</strong> o desenvolvimento<br />

283


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

contínuo, rápi<strong>do</strong>, saudável e estável <strong>do</strong> cooperação económica e comercial. No ano inteiro,<br />

registaram-se mais de 180 visitas bilaterais, ten<strong>do</strong> mais de 20 visitas envolvi<strong>do</strong> deslocações e<br />

encontros de dirigentes estatais.<br />

Graças ao esforço <strong>do</strong> Fórum de <strong>Macau</strong> e das diversas partes, o valor de troca comercial<br />

bilateral entre a China e os Países de Língua Portuguesa atingiu, em 2011, 100 mil milhões<br />

dólares americanos estabeleceu, apesar de que as circunstâncias económicas mundiais estavam<br />

ainda complexas e cheias de mudanças, concretizan<strong>do</strong> e ultrapassan<strong>do</strong> com antecedência de <strong>do</strong>is<br />

anos, a meta de 100 mil milhões <strong>do</strong> valor global de troca comercial definida no Plano de Acção<br />

para a Cooperação Económica e Comercial (2010-2013), que previa ser alcançada em 2013.<br />

O Secretaria<strong>do</strong> Permanente tem desde sempre esta<strong>do</strong> atento e implementa<strong>do</strong> a sério seis<br />

medidas novas anunciadas, na cerimónia de abertura da 3.ª Conferência Ministerial <strong>do</strong> Fórum,<br />

pelo Primeiro-Ministro, Wen Jiabao: 1. Fun<strong>do</strong> de 1 bilião de USD para a cooperação entre a China<br />

e os PLP; 2. Créditos preferenciais; 3. Projecto de cooperação agrícola; 4. Criação <strong>do</strong> Centro de<br />

Formação <strong>do</strong> Fórum de <strong>Macau</strong>, que foi inaugura<strong>do</strong> em 29 de Março de <strong>2012</strong>, impulsionan<strong>do</strong> a<br />

cooperação na exploração <strong>do</strong>s recursos humanos entre a China e os Países de Língua Portuguesa;<br />

5. Bolsas de estu<strong>do</strong> governamentais; e 6. Equipamentos médicos e aparelhos.<br />

O Secretaria<strong>do</strong> Permanente organizou, junto com o Instituto para os Assuntos Cívicos e<br />

Municipais e a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo, o Carnaval-Semana Cultural da China e Países<br />

de Língua Portuguesa. O Gabinete de Apoio participou activamente nas actividades organizadas<br />

por serviços públicos <strong>do</strong> Governo da RAEM, manten<strong>do</strong> contactos e coordenação estreitos com<br />

respectivos departamentos da RAEM. Prestou de forma contínua apoio às actividades de promoção<br />

económica, comercial e cultura realizadas pelas associações chinesas ou lusófonas, associações<br />

de ascendência portuguesas e macaenses sediadas em <strong>Macau</strong>. Aju<strong>do</strong>u ainda empresas de <strong>Macau</strong><br />

na procura de parceiros de cooperação no Interior <strong>do</strong> País e nos países de língua portuguesa<br />

e coadjuvou empresas <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País no fornecimento de informações e da<strong>do</strong>s para o<br />

sector empresarial <strong>do</strong>s países de língua portuguesa através da plataforma de <strong>Macau</strong>. Prestou<br />

serviços de informações e consulta a comunidade e associações lusófonas, câmaras comerciais,<br />

associações macaenses, pequenas e médias empresas, bem como, empresas <strong>do</strong>s países de língua<br />

portuguesa e <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País, ajudan<strong>do</strong> as no desenvolvimento de actividades económica,<br />

comercial e cultura e desempenhan<strong>do</strong> o papel de ponte.<br />

Gabinete de Informação Financeira<br />

Para acompanhar os mais recentes desenvolvimentos internacionais na esfera da repressão<br />

ao branqueamento de capitais, através <strong>do</strong> Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 227/2006 de 29<br />

de Julho de 2006, foi estabeleci<strong>do</strong> o Gabinete de Informação Financeira (GIF).<br />

Este gabinete é uma entidade independente, na tutela directa <strong>do</strong> Secretário para a Economia<br />

e Finanças, responsabilizan<strong>do</strong>-se por recolha e análise de informações respeitantes ao crime de<br />

branqueamento de capitais e ao crime de financiamento ao terrorismo, bem como fornecê-las<br />

às entidades competentes.<br />

Para acompanhar a aplicação das leis e regulamentos relativos à prevenção e repressão<br />

<strong>do</strong> crime de branqueamento de capitais e <strong>do</strong> crime de terrorismo, o Gabinete de Informação<br />

Financeira privilegia três áreas de intervenção:<br />

1. Intensificar progressivamente a concretização das orientações relativas ao combate ao<br />

284


Economia<br />

branqueamento de capitais e a sensibilização <strong>do</strong>s públicos;<br />

2. Contribuir para aumentar a capacidade, a nível de software e hardware, da base de<br />

da<strong>do</strong>s, no senti<strong>do</strong> de incrementar a qualidade de análise das informações, para, mais<br />

efectivamente, identificar os negócios suspeitos e as relações entre os negócios, e<br />

prestar colaboração mais efectiva ao Ministério Público e à Polícia Judiciária;<br />

3. Actualizar os conhecimentos sobre os padrões internacionais <strong>do</strong> ilícito, como são<br />

divulga<strong>do</strong>s pelas organizações de combate ao branqueamento de capitais. De acor<strong>do</strong><br />

com as necessidades das organizações internacionais, e a situação especial de <strong>Macau</strong>,<br />

assumir as responsabilidades e cumprir com os compromissos internacionais, para<br />

aumentar a capacidade de resposta ao crime de branqueamento de capitais. Em paralelo,<br />

está a ser analisa<strong>do</strong> um projecto de memoran<strong>do</strong> para a cooperação com outros países<br />

e regiões, que permita estabelecer canais de cooperação e incrementar as trocas de<br />

informação.<br />

Desde Novembro de 2006, o GIF começou a receber relatórios sobre negócios suspeitos.<br />

No ano de 2011, o gabinete recebeu mais de 1500 relatórios e alguns casos, após terem si<strong>do</strong><br />

trata<strong>do</strong>s, foram participa<strong>do</strong>s ao Ministério Público. Os relatórios sobre negócios suspeitos foram<br />

apresenta<strong>do</strong>s, principalmente, pelos sectores de finanças, jogo e diversões, provin<strong>do</strong> também<br />

alguns de agências imobiliárias e <strong>do</strong> sector de retalho. Este envolvimento demonstra que as<br />

acções de sensibilidade e educação realizadas pelo Gabinete de Informação Financeira junto<br />

da população têm surti<strong>do</strong> efeito.<br />

A RAEM é membro <strong>do</strong> Grupo Ásia-Pacífico contra o Branqueamento de Capitais (APG),<br />

organismo que, em 2006, efectuou uma avaliação ao sistema vigente na RAEM, e, em 2007,<br />

aceitou o relatório de avaliação de <strong>Macau</strong>, depois de ter verifica<strong>do</strong> diversos aspectos e conferiu<br />

um resulta<strong>do</strong> muito positivo em relação ao sistema contra o branqueamento de capitais em vigor<br />

na RAEM. Em 2011, o Gabinete de Informação Financeira continuou a acompanhar, junto <strong>do</strong>s<br />

diferentes serviços públicos, o andamento da execução <strong>do</strong>s trabalhos propostos no relatório de<br />

avaliação, e elaborou o relatório ao AGP apresentan<strong>do</strong> a nova situação de <strong>Macau</strong>. Entretanto,<br />

o GIF discutiu com as respectivas entidades supervisoras a revisão da legislação relativo à luta<br />

contra o branqueamento de capitais e ao combate ao financiamento <strong>do</strong> terrorismo, com vista<br />

a satisfazer as exigências da comunidade internacional, sugerin<strong>do</strong> ao Governo da RAEM, uma<br />

série de acções para aperfeiçoar o actual regime jurídico de luta contra o branqueamento de<br />

capitais e o combate ao financiamento <strong>do</strong> terrorismo.<br />

O Gabinete de Informação Financeira mantém contactos com o APG e os seus membros,<br />

ten<strong>do</strong> envia<strong>do</strong> pessoal para participar nas reuniões e workshops organiza<strong>do</strong>s por este organismo.<br />

Além disso, apoia também outras organizações internacionais, tais como o Fun<strong>do</strong> Monetário<br />

Internacional e o Banco Mundial, na organização de workshops de formação sobre o combate ao<br />

branqueamento de capitais e financiamento <strong>do</strong> terrorismo, para elevar a capacidade de análise<br />

<strong>do</strong>s agentes que zelam pelo cumprimento da lei.<br />

A nível local, o Gabinete de Informação Financeira é responsável pela coordenação <strong>do</strong><br />

grupo interdepartamental de combate ao branqueamento de capitais, composto pela Autoridade<br />

Monetária de <strong>Macau</strong>, Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos, Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Economia, Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Finanças e Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong><br />

Investimento de <strong>Macau</strong>. Cabe, também, definir orientações destinadas aos sectores que estão<br />

sob fiscalização, elaboran<strong>do</strong> periodicamente relatórios com informações sobre a prática de<br />

285


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

negócios suspeitos e apresentan<strong>do</strong> às autoridades fiscaliza<strong>do</strong>ras estu<strong>do</strong>s sobre a tendência de<br />

desenvolvimento das transacções suspeitas e as características <strong>do</strong>s casos.<br />

Na área de cooperação internacional, o Gabinete de Informação Financeira acedeu ao<br />

Grupo de Egmont em Maio de 2009 e, usan<strong>do</strong> esta plataforma, procurou estabelecer laços de<br />

cooperação com outros países e regiões. O GIF já assinou um memoran<strong>do</strong> de cooperação com<br />

instituições de informação financeira de dez jurisdições: Interior da China, Portugal, Hong Kong,<br />

Coreia <strong>do</strong> Sul, In<strong>do</strong>nésia, Filipinas, Malásia, Japão, Tailândia e Singapura. O GIF vai continuar<br />

a estudar a viabilidade de assinar memoran<strong>do</strong>s de cooperação com outros países e regiões.<br />

Instituições Consultivas<br />

Conselho para o Desenvolvimento Económico<br />

O Conselho para o Desenvolvimento Económico foi cria<strong>do</strong> através <strong>do</strong> Regulamento<br />

Administrativo n.º 1/2007, como órgão consultivo <strong>do</strong> Governo da Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong>, no âmbito da formulação de estratégias <strong>do</strong> desenvolvimento económico e das políticas<br />

económicas e de recursos humanos.<br />

O conselho tem a seguinte composição: Chefe <strong>do</strong> Executivo, que preside; Secretário<br />

para a Economia e Finanças, como vice-presidente; representantes de associações de<br />

interesses económicos; profissionais, individualidades de reconheci<strong>do</strong> mérito na respectiva<br />

área, e personalidades de prestígio; e representantes de órgãos e serviços públicos das áreas<br />

relacionadas com as atribuições <strong>do</strong> conselho.<br />

Conselho Permanente de Concertação Social<br />

O Conselho Permanente de Concertação Social é o órgão de consulta <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

para a política socio-laboral, estabeleci<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com o Decreto-Lei n.º 59/97/M. O Conselho<br />

visa favorecer o diálogo e a concertação entre a Administração, emprega<strong>do</strong>res e trabalha<strong>do</strong>res,<br />

a fim de assegurar a sua participação na definição da política socio-laboral <strong>do</strong> Governo e na<br />

promoção <strong>do</strong> desenvolvimento social.<br />

O conselho é constituí<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo, que preside, os Secretários que tutelam as<br />

áreas da economia, <strong>do</strong> trabalho, <strong>do</strong> turismo e da segurança, os membros da Comissão Executiva,<br />

três representantes, a nível de direcção, das organizações representativas <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>res<br />

de <strong>Macau</strong>, e três representantes, a nível de direcção, das organizações representativas <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res de <strong>Macau</strong>. Segun<strong>do</strong> a legislação, o conselho é presidi<strong>do</strong> pelo Secretário para a<br />

Economia e Finanças, por delegação <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

O conselho efectua, anualmente, duas reuniões ordinárias e reúne-se extraordinariamente,<br />

quan<strong>do</strong> convoca<strong>do</strong> pelo presidente ou a pedi<strong>do</strong> de um terço <strong>do</strong>s membros.<br />

A Comissão Executiva funciona dentro <strong>do</strong> conselho, é composta por <strong>do</strong>is representantes<br />

da Administração, que desempenham as funções de coordena<strong>do</strong>r e coordena<strong>do</strong>r-adjunto; <strong>do</strong>is<br />

representantes das organizações representativas <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>res e <strong>do</strong>is representantes das<br />

organizações representativas <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res.<br />

No ano de 2011, realizaram-se oito reuniões, sen<strong>do</strong> duas conferências plenárias e seis<br />

reuniões da Comissão Executiva.<br />

286


Economia<br />

21 de Abril de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, na sessão de apresentação<br />

sobre as linhas gerais <strong>do</strong> 12.º Plano Quinquenal<br />

22 de Setembro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, presente na cimeira de líderes da<br />

Região <strong>do</strong> Grande-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas<br />

287


Economia<br />

31 de Março de 2011<br />

Cerimónia de inauguração <strong>do</strong> Fórum e Exposição Internacional de<br />

Cooperação Ambiental de <strong>Macau</strong> 2011, com a presença <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo, Chui Sai On<br />

288


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

20 de Janeiro de 2011<br />

O secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, no seminário<br />

promocional de <strong>Macau</strong> sobre a concretização de um papel pioneiro<br />

da zona de demonstração <strong>do</strong> CEPA, na área de Nansha<br />

28 de Outubro de 2011<br />

O secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, participa na<br />

10.ª edição da Conferência de Cooperação Económica e Comercial<br />

entre os Dois La<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Estreito, Hong Kong e <strong>Macau</strong><br />

289


Economia<br />

19 de Dezembro de 2011<br />

Assinatura de protocolo de cooperação entre a Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

para os Assuntos Laborais, o Departamento de Recursos Humanos e<br />

Segurança Social da Província de Guang<strong>do</strong>ng e a Associação de Gestão<br />

(Management) de <strong>Macau</strong> sobre modelos de gestão de instalações<br />

28 de Julho de 2011<br />

O secretário para a Economia e Finanças, Francis Tam, na<br />

cerimónia de abertura da Feira de Produtos de Marca da Província<br />

de Guang<strong>do</strong>ng e <strong>Macau</strong> 2011<br />

290


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

17 de Agosto de 2011<br />

Sessão de apresentação sobre o “Acor<strong>do</strong>-Quadro de Cooperação<br />

Guang<strong>do</strong>ng-<strong>Macau</strong>” e políticas inova<strong>do</strong>ras da Ilha da Montanha<br />

291


De acor<strong>do</strong> com a<br />

necessidade real <strong>do</strong><br />

desenvolvimento sustentável<br />

da RAEM, o Governo<br />

tem implementa<strong>do</strong>, de<br />

forma gradual, medidas<br />

de ajustamento e controlo<br />

da dimensão e ritmo<br />

<strong>do</strong> desenvolvimento<br />

da indústria <strong>do</strong> jogo,<br />

empenha<strong>do</strong> no aumento<br />

da sua competitividade,<br />

na limitação <strong>do</strong> número de<br />

novos casinos, de mesas de<br />

jogo e de slot-machines e<br />

no reforço da fiscalização<br />

<strong>do</strong> sector, com vista a<br />

promover o desenvolvimento<br />

adequa<strong>do</strong>, ordena<strong>do</strong> e<br />

regulariza<strong>do</strong> da indústria <strong>do</strong><br />

jogo e sensibilizar e educar<br />

para o jogo responsável.


V<br />

INDÚSTRIA<br />

DO JOGO


<strong>Macau</strong> à note (Foto: GCS)


Indústria <strong>do</strong> Jogo<br />

Indústria <strong>do</strong> Jogo<br />

De acor<strong>do</strong> com a necessidade real <strong>do</strong> desenvolvimento sustentável da RAEM, o Governo<br />

tem implementa<strong>do</strong>, de forma gradual, medidas de ajustamento e controlo da dimensão e ritmo<br />

<strong>do</strong> desenvolvimento da indústria <strong>do</strong> jogo, empenha<strong>do</strong> no aumento da sua competitividade,<br />

na limitação <strong>do</strong> número de novos casinos, de mesas de jogo e de slot-machines e no reforço<br />

da fiscalização <strong>do</strong> sector, com vista a promover o desenvolvimento adequa<strong>do</strong>, ordena<strong>do</strong> e<br />

regulariza<strong>do</strong> da indústria <strong>do</strong> jogo e sensibilizar e educar para o jogo responsável.<br />

Segun<strong>do</strong> os números da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Estatística e Censos (DSEC) e da<br />

Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), as receitas fiscais <strong>do</strong>s jogos de <strong>Macau</strong><br />

continuaram a atingir novos recordes em 2011, com 99,656 mil milhões de patacas contra<br />

68,776 mil milhões de patacas em 2010, com um aumento de 44,9 por cento. As receitas brutas<br />

<strong>do</strong>s jogos atingiram 269,058 mil milhões de patacas em 2011 contra 189,588 mil milhões de<br />

patacas em 2010, registan<strong>do</strong>-se um aumento de 41,92 por cento.<br />

Jogos Bem Varia<strong>do</strong>s e Longa História<br />

A indústria <strong>do</strong> jogo em <strong>Macau</strong>, legalizada no século XIX, tem uma tradição que atravessa<br />

três séculos. Actualmente, os jogos legais em <strong>Macau</strong> dividem-se em quatro espécies: jogos<br />

de fortuna ou azar, jogos interactivos, apostas mútuas e lotarias. Segun<strong>do</strong> a Lei n.º 16/2001 -<br />

Regime Jurídico da Exploração de Jogos de Fortuna ou Azar em Casino, os jogos de fortuna ou<br />

azar são aqueles em que o resulta<strong>do</strong> é contingente por depender exclusiva, ou principalmente,<br />

da sorte <strong>do</strong> joga<strong>do</strong>r. Como a exploração de jogos de fortuna ou azar em casino é confinada<br />

rigorosamente pela lei aos locais e recintos autoriza<strong>do</strong>s, os jogos de fortuna ou azar são<br />

vulgarmente considera<strong>do</strong>s como jogos em casino. Os jogos de fortuna ou azar constituem,<br />

de facto, o mais importante ramo da indústria <strong>do</strong> jogo em <strong>Macau</strong>. Em 2011, a receita bruta<br />

<strong>do</strong>s jogos de fortuna ou azar atingiu 267,867 mil milhões de patacas, em comparação com<br />

os 188,343 mil milhões de patacas em 2010, registan<strong>do</strong>-se um aumento de 42,22 por cento,<br />

representan<strong>do</strong> 99,56 por cento na receita bruta total da indústria <strong>do</strong> jogo de <strong>Macau</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> a lei, aos opera<strong>do</strong>res é autorizada a exploração <strong>do</strong>s seguintes tipos de jogos de<br />

fortuna ou azar: 1. “Bacará”; 2. “Black Jack” ou “Vinte e Um”; 3. “Vinte e Cinco”; 4. “Craps”;<br />

295


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

5. “Cussec”; 6. “Doze Números”; 7. “Fantan”; 8. “Jogo de Da<strong>do</strong>s Peixe-Camarão-Caranguejo”;<br />

9. “Jogo de 13 Cartas”; 10. “Mah Jong”; 11. “Mahjong-Bacará”; 12. “Mahjong-Pai Kao”; 13.<br />

“Pachinko” 14. “Pai Kao”; 15. “Pai Kao de 2 Pedras”; 16. “Poker de 3 Cartas”; 17. “Poker de 5<br />

Cartas”; 18. “Roleta”; 19. “Sap-I-Chi” ou “Jogo de 12 Cartas”; 20. “Super Pan 9”; 21. “Taiwan-<br />

-Pai Kao”; 22. “3-Card Bacará Game”; 23. “Roda da Sorte”; 24. “Poker de Futebol”; 25. “Stud<br />

Poker”; 26. “Tômbola”; 27. “Slot-Machines”; 28. “Q Poker”; 29. “Desafio ao Casino”; 30.<br />

“Makccarat”; 31. “Texas Holdem Poker”; 32. “Fortune Poker de 3 Cartas”; 33. “Fortune 8”; 34.<br />

“Dragão/Fénix” e 35. “Omaha Poker”.<br />

Ao longo <strong>do</strong> século XX, a concessão <strong>do</strong> contrato de jogos em <strong>Macau</strong> sofreu três grandes<br />

mudanças, das quais a mais influente ocorreu em 1961, quan<strong>do</strong> um novo grupo financeiro<br />

composto pelos comerciantes de Hong Kong e <strong>Macau</strong>, Henry Fok, Stanley Ho, Ip Hon e Teddy<br />

Ip, venceu, através <strong>do</strong> concurso público, a concessão de exploração de jogos de fortuna ou azar.<br />

Em 1962, este grupo estabeleceu a Sociedade de Turismo e Diversões de <strong>Macau</strong> (STDM), que<br />

sucedeu à companhia “Tai Heng”, que tinha monopoliza<strong>do</strong> o sector durante 24 anos. O prazo <strong>do</strong><br />

contrato de concessão de jogos de fortuna ou azar da STDM foi várias vezes prorroga<strong>do</strong> pelo<br />

Governo e só terminou a 31 de Março de 2002, 40 anos após o seu início. Segun<strong>do</strong> o contrato,<br />

a STDM tinha de pagar ao Governo o Imposto Especial sobre o Jogo, cuja taxa, depois de ter<br />

si<strong>do</strong> alterada várias vezes era, em 2001, de 31,8 por cento das receitas brutas. À STDM cabiam,<br />

ainda, responsabilidades de execução de diversos empreendimentos, e no campo social, como<br />

contributo para o desenvolvimento de <strong>Macau</strong>. Antes <strong>do</strong> estabelecimento da RAEM, as receitas<br />

brutas anuais resultantes <strong>do</strong>s jogos de fortuna ou azar eram apenas de 17.780 milhões de<br />

patacas, nível muito inferior ao <strong>do</strong>s últimos anos.<br />

As corridas de galgos e de cavalos são outros jogos autoriza<strong>do</strong>s a operar em <strong>Macau</strong>,<br />

pertencen<strong>do</strong> às apostas mútuas. Segun<strong>do</strong> a Lei n.º 16/2001, que define o regime jurídico da<br />

exploração de jogos de fortuna ou azar em casino, as apostas mútuas são um sistema de apostas<br />

numa corrida de animais em velocidade ou num evento desportivo, no qual os vence<strong>do</strong>res<br />

dividem entre si o total <strong>do</strong> montante aposta<strong>do</strong>, depois de deduzidas as comissões, taxas e<br />

impostos na proporção <strong>do</strong> montante individualmente aposta<strong>do</strong>.<br />

Várias vezes suspensas e recuperadas por motivos económicos, as corridas de galgos e de<br />

cavalos remontam, pelo menos, a 1842 e 1932, respectivamente. Actualmente são opera<strong>do</strong>ras<br />

das corridas de cavalos e das corridas de galgos, a Companhia de Corridas de Cavalos de <strong>Macau</strong><br />

(Jockey Clube de <strong>Macau</strong>) e a Companhia de Corridas de Galgos <strong>Macau</strong> (Yat-Yuen).<br />

Ten<strong>do</strong> em vista proporcionar condições mais favoráveis para o desenvolvimento das corridas<br />

de cavalos e de galgos, em Agosto de 2003, o Governo da RAEM autorizou as respectivas<br />

concessionárias a aceitarem apostas via Internet. Presentemente, além de efectuar a transmissão<br />

por broadcast de corridas de cavalos realizadas em Hong Kong, Singapura e Malásia e aceitar<br />

apostas nessas corridas, o Jockey Clube de <strong>Macau</strong> está autoriza<strong>do</strong>, desde 2010, a transmitir<br />

corridas realizadas na África <strong>do</strong> Sul.<br />

Em 2011, as receitas brutas das corridas de cavalos em <strong>Macau</strong> registaram um crescimento<br />

ligeiro de 0,23 por cento em relação a 2010, enquanto as das corridas de galgos registaram<br />

uma diminuição de 12,6 por cento.<br />

Além <strong>do</strong>s jogos de fortuna ou azar, e das corridas de cavalos e de galgos, operam, ainda,<br />

em <strong>Macau</strong> outras actividades de jogos, nomeadamente a lotaria desportiva, com grande<br />

acolhimento por parte <strong>do</strong> público.<br />

296


Indústria <strong>do</strong> Jogo<br />

A concessão da lotaria desportiva pertence à Sociedade de Lotarias e Apostas Mútuas<br />

de <strong>Macau</strong>, Lda. (Slot), que foi autorizada a aceitar apostas no futebol (1998) e apostas no<br />

basquetebol (2000). A Slot é, desde 1987, a concessionária da lotaria instantânea, lançada<br />

em 1984.<br />

A Lotaria Chinesa, mais conhecida por Pacapio (lotaria de pombo branco), é um <strong>do</strong>s mais<br />

velhos jogos existentes em <strong>Macau</strong>. Nos seus primeiros tempos, era o pombo branco que “presidia”<br />

à abertura da lotaria: debicava à vontade 20 das 80 bolinhas de papel que levavam cada um <strong>do</strong>s<br />

primeiros 80 caracteres <strong>do</strong> livro Mil Caracteres, os caracteres conti<strong>do</strong>s nas bolinhas escolhidas<br />

eram os premia<strong>do</strong>s. Posteriormente, as bolinhas de papel deram lugar às bolas sorteadas pela<br />

força mecânica. Em finais de 1990, o sorteio passou a ser computoriza<strong>do</strong>, pelo que é também<br />

conheci<strong>do</strong> como Pacapio Computoriza<strong>do</strong>. Com a autorização <strong>do</strong> Governo da RAEM, as apostas<br />

de Pacapio podem, desde Abril de 2004 ser efectuadas através <strong>do</strong> telefone e da Internet. A<br />

Sociedade de Lotarias Wing Hing, Limitada, é hoje a concessionária da Lotaria Chinesa (Pacapio).<br />

Em 2011, o total das receitas brutas da Lotaria Desportiva, da Lotaria Instantânea e <strong>do</strong><br />

Pacapio representou apenas 0,17 por cento no valor total das receitas brutas da indústria <strong>do</strong> jogo.<br />

As actividades de jogos, bem diversificadas e de longa história, têm contribuí<strong>do</strong> para fazer<br />

de <strong>Macau</strong> uma conhecida cidade internacional caracterizada pelo turismo e entretenimento.<br />

Liberalização Decisiva e Reajustamento Oportuno<br />

O regime de monopólio <strong>do</strong> jogo tem uma longa história em <strong>Macau</strong>, e os jogos de fortuna<br />

ou azar foram sujeitos ao regime de exclusividade na década de 30 <strong>do</strong> século XX. Em 1982, a<br />

Assembleia Legislativa aprovou a Lei n.º 6/82/M, estipulan<strong>do</strong> que “as concessões para exploração<br />

de jogos de fortuna ou azar podem ser efectuadas em regime de exclusivo ou de licença especial”<br />

e que “é de quatro o número máximo de concessões segun<strong>do</strong> o regime de licença especial”. Em<br />

1986, a Assembleia Legislativa aprovou a Lei n.º 10/86/M, que reviu a lei anterior passan<strong>do</strong> a<br />

definir que “é de três o número máximo de concessões segun<strong>do</strong> o regime de licença especial”.<br />

Daqui se depreende que, embora o governo na altura demonstrasse intenção em romper o<br />

regime de monopólio, a verdade é que nunca o conseguiu.<br />

Após o estabelecimento da RAEM, o Governo adaptou-se bem às realidades ao decidir pôr<br />

fim ao regime de monopólio <strong>do</strong> jogo a 31 de Dezembro de 2001, data da expiração <strong>do</strong> contrato<br />

de concessões da exploração de jogos de fortuna ou azar, por forma a introduzir modelos<br />

modernos de operação e gestão através duma devida concorrência, dinamizar a indústria <strong>do</strong><br />

jogo e até ao desenvolvimento da economia global de <strong>Macau</strong> e criar mais postos de trabalho<br />

para os residentes, lançan<strong>do</strong> assim mais sóli<strong>do</strong>s alicerces para um contínuo e dura<strong>do</strong>uro<br />

desenvolvimento de <strong>Macau</strong>.<br />

Em Julho de 2000, foi criada a Comissão Especializada sobre o Sector <strong>do</strong>s Jogos de Fortuna<br />

ou Azar, com o Chefe <strong>do</strong> Executivo, Edmund Ho, como presidente, para proceder a um estu<strong>do</strong><br />

aprofunda<strong>do</strong> sobre o desenvolvimento <strong>do</strong> jogo em <strong>Macau</strong>.<br />

Em finais de Agosto de 2001, a Assembleia Legislativa aprovou a Lei n.º 16/2001, que<br />

define o regime jurídico da exploração de jogos de fortuna ou azar em casino. Esta lei, para além<br />

da definição de casino e jogos, regulamenta ainda, duma regra geral, o número de licenças, o<br />

regime das concessões, as suas condições, os concursos para concessão de exploração, os mo<strong>do</strong>s<br />

de operação das concessionárias, a exigência de i<strong>do</strong>neidade <strong>do</strong>s accionistas e <strong>do</strong>s gerentes, os<br />

297


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

impostos sobre o jogo e as contribuições destinadas às acções de beneficência social.<br />

Em 26 de Outubro de 2001, o Chefe <strong>do</strong> Executivo assinou o Regulamento Administrativo<br />

n.º 26/2001, que regulamenta o concurso público para a atribuição de concessões para a<br />

exploração de jogos de fortuna ou azar em casino; o contrato de concessão e os requisitos de<br />

i<strong>do</strong>neidade e capacidade financeira das concorrentes e das concessionárias; cria a comissão <strong>do</strong><br />

concurso composta pelo menos por três elementos; e define a natureza <strong>do</strong> prémio e o mo<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> seu pagamento.<br />

Por despacho de 30 de Outubro de 2001, o Chefe <strong>do</strong> Executivo criou a Comissão <strong>do</strong> Primeiro<br />

Concurso Público para a Atribuição de Concessões para a Exploração de Jogos de Fortuna ou<br />

Azar em Casino, à qual competiu coordenar os trabalhos relaciona<strong>do</strong>s com os procedimentos<br />

<strong>do</strong> concurso público. A Comissão era composta por oito elementos e presidida pelo secretário<br />

para a Economia e Finanças, Francis Tam Pak Yuen.<br />

O concurso público teve início em 2 de Novembro. Após o concurso público internacional<br />

e o procedimento de avaliação, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, adjudicou provisoriamente, através dum<br />

despacho assina<strong>do</strong> a 8 de Fevereiro de 2002, a concessão da exploração <strong>do</strong>s jogos de fortuna<br />

ou azar às seguintes empresas: Galaxy Casino, S.A., Wynn Resorts (<strong>Macau</strong>), S.A. e Sociedade<br />

de Jogos de <strong>Macau</strong>, S.A. (SJM).<br />

Em 2002, o Governo da RAEM assinou, separadamente, o Contrato de Concessão para a<br />

Exploração de Jogos de Fortuna ou Azar ou Outros Jogos em Casino na Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> com a Sociedade de Jogos de <strong>Macau</strong>, S.A. (28 de Março), com a Wynn Resorts<br />

(<strong>Macau</strong>), S.A. (24 de Junho) e com a Galaxy Casino, S.A. (26 de Junho). O contrato de concessão<br />

assina<strong>do</strong> com a Sociedade de Jogos de <strong>Macau</strong>, S.A. é váli<strong>do</strong> por 18 anos, de 1 de Abril de 2002<br />

até a 31 de Março de 2020, enquanto os <strong>do</strong>is contratos assina<strong>do</strong>s, respectivamente, com Wynn<br />

Resorts (<strong>Macau</strong>), S.A. e Galaxy Casino, S.A. são ambos váli<strong>do</strong>s por 20 anos, de 27 de Junho de<br />

2002 até a 26 de Junho de 2022. A taxa <strong>do</strong> Imposto Especial sobre o Jogo é de 35 por cento<br />

para as três concessionárias. Segun<strong>do</strong> o contrato, a Sociedade de Jogos de <strong>Macau</strong>, S.A. obriga-<br />

-se a pagar à concedente uma contribuição, de montante correspondente a 1,6 por cento das<br />

receitas brutas da exploração <strong>do</strong> jogo, que será colocada à disposição de uma fundação pública<br />

a ser indicada pelo Governo e que tenha por fins a promoção, o desenvolvimento e o estu<strong>do</strong><br />

de acções de carácter cultural, académico e filantrópico e outras relacionadas, a ser indicada<br />

pelo Governo, e a pagar à concedente uma contribuição, de montante correspondente a 1,4 por<br />

cento das receitas brutas da exploração <strong>do</strong> jogo, destinada ao desenvolvimento urbanístico, à<br />

promoção turística e à segurança social da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>; e quanto<br />

às outras duas concessionárias, as duas percentagens de montantes, que se obrigam a pagar<br />

à fundação pública e à concedente acima mencionadas, são de 1,6 por cento e 2,4 por cento,<br />

respectivamente.<br />

A adjudicação de novas licenças para exploração de jogos de fortuna ou azar marcou de<br />

facto uma nova fase na história <strong>do</strong> desenvolvimento da indústria <strong>do</strong> jogo de <strong>Macau</strong>. Vale a pena<br />

indicar que, segun<strong>do</strong> os contratos assina<strong>do</strong>s, as três concessionárias irão investir em <strong>Macau</strong>,<br />

até ao ano de 2009, um total de verbas não inferior a 17.540 milhões de patacas.<br />

Segun<strong>do</strong> a Lei n.º 16/2001 “É de três o número máximo de concessões para a exploração<br />

de jogos de fortuna ou azar em casino”. Contu<strong>do</strong>, depois de ter concluí<strong>do</strong> o processo de<br />

concessão, o Governo da RAEM, em resposta à necessidade <strong>do</strong> desenvolvimento de <strong>Macau</strong>,<br />

autorizou, sucessivamente, a Wynn Resorts (<strong>Macau</strong>), S.A., a Galaxy Casino, S.A. e a Sociedade<br />

298


Indústria <strong>do</strong> Jogo<br />

de Jogos de <strong>Macau</strong>, S.A. para, pela via da subconcessão, introduzir, respectivamente, uma<br />

companhia de exploração <strong>do</strong>s jogos de fortuna ou azar para <strong>Macau</strong>, forman<strong>do</strong>, assim, uma<br />

situação de (3+3).<br />

Em Dezembro de 2002, o Governo da RAEM e a Galaxy Casino, S.A. introduziram alterações<br />

ao seu contrato da concessão para exploração de jogos, o que permitiu ao grupo “The Venetian”<br />

obter, de forma subconcessionária, uma autorização para exploração de jogos em <strong>Macau</strong>. No<br />

mês de Abril de 2005 e no mês de Setembro de 2006, a Sociedade de Jogos de <strong>Macau</strong>, S.A.<br />

e a Wynn Resorts (<strong>Macau</strong>), S.A., foram respectivamente autorizadas pelo Governo da RAEM a<br />

assinarem os contratos de subconcessão com a MGM Grand Paradise, S.A. e Melco PBL Jogos<br />

(<strong>Macau</strong>), S.A..<br />

Actualmente, um total de seis opera<strong>do</strong>res, com qualidade de pessoa colectiva individual<br />

e direito autónomo de exploração de jogos de fortuna ou azar, estão autoriza<strong>do</strong>s a operar em<br />

<strong>Macau</strong>. A primeira empresa a iniciar o seu funcionamento foi a Sociedade de Jogos de <strong>Macau</strong>,<br />

S.A. (SJM), a 1 de Abril de 2002.<br />

A liberalização <strong>do</strong> jogo injectou uma grande força no desenvolvimento económico de <strong>Macau</strong><br />

e depois de alguns anos de crescimento em alta velocidade, o Governo da RAEM, considerou<br />

ter chega<strong>do</strong> o momento oportuno de proceder à revisão à situação actual e futura <strong>do</strong> sector.<br />

Neste contexto, o Chefe <strong>do</strong> Executivo, anunciou, em 22 de Abril de 2008, que introduziria novas<br />

políticas e medidas ao sector <strong>do</strong> jogo, determinan<strong>do</strong> a suspensão de concessão de licenças num<br />

longo prazo de tempo. Em Fevereiro de 2010, o Governo da RAEM ajustou a composição da<br />

Comissão Especializada <strong>do</strong> Sector <strong>do</strong>s Jogos de Fortuna ou Azar, que passou a ter o Chefe <strong>do</strong><br />

Executivo como presidente. A Comissão tem, como atribuições, definir políticas relacionadas,<br />

fiscalizar o desenvolvimento e funcionamento <strong>do</strong> sector <strong>do</strong>s jogos de fortuna ou azar, definir<br />

regras e emitir orientações.<br />

Durante o ano de 2011, entrou em actividade um novo casino. Até ao final de 2011, 34<br />

casinos estavam em funcionamento, <strong>do</strong>s quais 20 pertenciam à Sociedade de Jogos de <strong>Macau</strong>,<br />

S.A., três ao grupo “The Venetian”, seis à Galaxy Casino, S.A., um à Wynn Resorts (<strong>Macau</strong>),<br />

S.A., três à Melco Crown Jogos (<strong>Macau</strong>), S.A., e um à MGM Grand Paradise, S.A..<br />

O número de mesas de jogo aumentou de 4791 registadas no final de 2010, para 5302 no<br />

final de 2011, traduzin<strong>do</strong> um aumento de 10,67 por cento, enquanto o número de slot-machines<br />

passou de 14.050 para 16.056, assinalan<strong>do</strong> um aumento de 14,28 por cento.<br />

No final de 2011, existiam 2274 vagas de emprego no sector <strong>do</strong> jogo (excluin<strong>do</strong> as vagas<br />

de promotor de jogos de fortuna ou azar em casino e cooperante de jogos), menos de 39,5 por<br />

cento relativamente ao idêntico perío<strong>do</strong> de 2010. Dessas 2274 vagas, 1504 eram de croupiers;<br />

198 de tesouraria, ficheiro e caixa, chefe e fiscal de banca e opera<strong>do</strong>r de serviços de apostas;<br />

e 240 de assistente de salas e de slot-machines, de guarda de segurança e de opera<strong>do</strong>r de<br />

sistemas de vigilância.<br />

No final de 2011 (excluin<strong>do</strong> os promotores de jogos de fortuna ou azar em casino e os seus<br />

cooperantes), encontravam-se ao serviço 50.198 trabalha<strong>do</strong>res remunera<strong>do</strong>s na indústria <strong>do</strong><br />

jogo, registan<strong>do</strong>-se um acréscimo de 12 por cento em relação a 2010. Destes, 22.345 eram<br />

croupiers, o que se traduziu numa subida de 16,7 por cento; 13.491 eram emprega<strong>do</strong>s de<br />

tesouraria, ficheiros e caixas, chefes e fiscais de banca, e opera<strong>do</strong>res de serviços de apostas,<br />

que aumentaram 13,2 por cento; e 5539 eram assistentes de salas e de slot-machines, guardas<br />

de segurança e opera<strong>do</strong>res de sistemas de vigilância, marcan<strong>do</strong> uma subida de 7,1 por cento.<br />

299


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

No final de 2011, a remuneração média por profissão, <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res directamente<br />

liga<strong>do</strong>s às lotarias e outros jogos de apostas subiu 6,5 por cento em relação ao mesmo perío<strong>do</strong><br />

de 2010, cifran<strong>do</strong>-se nas 16.720 patacas. Por seu turno, a remuneração média <strong>do</strong>s croupiers era<br />

de 14.700 patacas, com uma subida de oito por cento; a de pessoal de tesouraria, ficheiros e<br />

caixas, chefes e fiscais de banca, e opera<strong>do</strong>res de serviços de apostas, era de 20.770 patacas,<br />

com uma subida de 7,4 por cento; e a de assistentes de salas e de slot-machines, guardas<br />

de segurança e opera<strong>do</strong>res de sistemas de vigilância era de 10.930 patacas, registan<strong>do</strong> um<br />

aumento de 5,1 por cento em relação ao ano anterior.<br />

Aperfeiçoamento da Fiscalização Legal e Regulação<br />

<strong>do</strong> Limite Máximo de Comissões a Pagar aos<br />

Promotores de Jogos<br />

Para se adaptar à mudança <strong>do</strong> ambiente <strong>do</strong> jogo em <strong>Macau</strong>, e submeter a indústria <strong>do</strong> jogo e<br />

as actividades com ela relacionadas a uma fiscalização jurídica mais rigorosa, o Governo da RAEM<br />

começou, em 2001, a elaborar e a publicar um conjunto de diplomas legais, nomeadamente,<br />

o diploma que regula a actividade de promoção de jogos de fortuna ou azar em casino e o<br />

diploma relativo à normalização da concessão de crédito para jogo.<br />

O regime de promotor de jogos de fortuna ou azar em casino pode remontar pelo menos<br />

à década de 30 <strong>do</strong> século XX. Desde a década de 80, os promotores de jogos começaram a<br />

desempenhar um papel cada vez mais importante para alargar a fonte de clientes, embora não<br />

tenham ti<strong>do</strong> um devi<strong>do</strong> estatuto jurídico durante longo tempo. Esta situação só mu<strong>do</strong>u ao ser<br />

aprovada a Lei n.º 16/2001, diploma que define um estatuto oficial aos promotores de jogos:<br />

“Promotores de jogos - os agentes de promoção de jogos de fortuna ou azar em casino, que<br />

exercem a sua actividade através da atribuição de facilidades a joga<strong>do</strong>res, nomeadamente, no<br />

que respeita a transportes, alojamento, alimentação e entretenimento, receben<strong>do</strong> uma comissão<br />

ou outra remuneração paga por uma concessionária”.<br />

O Regulamento Administrativo n.º 6/2002 (que “regula as condições de acesso e de exercício<br />

da actividade de promoção de jogos de fortuna ou azar em casinos”) é o diploma legal principal<br />

regula<strong>do</strong>r da actividade de promoção de jogos de fortuna ou azar em casinos. Pelo Regulamento<br />

Administrativo n.º 27/2009 (que “Regula a actividade de promoção de jogos de fortuna ou<br />

azar em casino”), de Agosto de 2009, passou a regular as condições de acesso e de exercício<br />

da actividade de promoção de jogos de fortuna ou azar em casino, estabelecen<strong>do</strong> rigorosas e<br />

detalhadas normas quanto à i<strong>do</strong>neidade <strong>do</strong>s candidatos a licença de promotor de jogos, e <strong>do</strong>s<br />

promotores de jogos que sejam sociedades comerciais ou empresários comerciais, ou pessoas<br />

singulares, e quanto a situações determinadas.<br />

Nos termos deste diploma, o acesso à actividade de promoção de jogos depende da<br />

atribuição pelo Governo, através da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ),<br />

de uma licença de promotor de jogos, e os promotores de jogos exercem a sua actividade nos<br />

termos <strong>do</strong> contrato celebra<strong>do</strong> com uma concessionária, contrato que está sujeito à forma escrita<br />

e é celebra<strong>do</strong> em triplica<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> as assinaturas objecto de reconhecimento notarial presencial,<br />

sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s exemplares originais <strong>do</strong> contrato entregue à DICJ. O Governo da RAEM começou<br />

a receber os requerimentos para o registo e licenciamento <strong>do</strong>s promotores de jogos, a partir<br />

de 7 de Junho de 2004. Até ao final de 2011, havia 219 promotores de jogos licencia<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s<br />

300


Indústria <strong>do</strong> Jogo<br />

quais, 184 eram de sociedades comerciais e 35 pessoas singulares. Em 2011, a Direcção de<br />

Inspecção e Coordenação de Jogos concluiu o novo processo de verificação da i<strong>do</strong>neidade <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>is tipos de promotor de jogos acima menciona<strong>do</strong>s, para garantir que os titulares das licenças<br />

sejam idóneos e mantenham capacidade financeira para prosseguir o exercício da actividade.<br />

Os promotores de jogos podem, ainda, dispor, para o exercício da sua actividade, de<br />

colabora<strong>do</strong>res por si escolhi<strong>do</strong>s, pelo que a lista conten<strong>do</strong> a identificação desses colabora<strong>do</strong>res<br />

deverá ser sujeita à aprovação da DICJ.<br />

Na medida que se agravou a concorrência no merca<strong>do</strong>, a “guerra de comissões” conduziu<br />

ao aumento de custos de exploração de salas VIP e à diminuição de rendimentos de lucros,<br />

prejudican<strong>do</strong> esta concorrência maligna, o normal desenvolvimento da indústria <strong>do</strong> jogo.<br />

Para regular e administrar eficazmente a ordem <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> da indústria <strong>do</strong> jogo e assumir a<br />

responsabilidade de defender o desenvolvimento ordena<strong>do</strong> <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> da indústria <strong>do</strong> jogo, o<br />

Governo da RAEM decidiu regular o nível de comissões a pagar aos promotores de jogos, para<br />

que o sector se desenvolvesse de forma saudável.<br />

O Governo reuniu-se pela primeira vez, em 21 de Maio de 2008, com seis opera<strong>do</strong>ras de<br />

jogos para discutir o limite máximo das comissões atribuídas aos promotores de jogos, ten<strong>do</strong><br />

si<strong>do</strong> obti<strong>do</strong>, após várias coordenações e consultas, um consenso, fixan<strong>do</strong> 1,25 por cento <strong>do</strong><br />

limite máximo das comissões atribuídas aos promotores de jogos. O Regulamento Administrativo<br />

n.º 27/2009, publica<strong>do</strong> em Agosto de 2009, alterou disposições <strong>do</strong> Regulamento Administrativo<br />

n.º 6/2002, no respeitante ao pagamento das comissões ou outras remunerações que sejam<br />

pagas aos promotores de jogos, pelo que o Secretário para a Economia e Finanças pode fixar,<br />

por despacho, o limite máximo das comissões ou outras remunerações que podem ser pagas<br />

pelas concessionárias aos promotores de jogos. Em Setembro, o Despacho n.º 83/2009 <strong>do</strong><br />

Secretário para a Economia e Finanças fixou o limite máximo das comissões atribuídas aos<br />

promotores de jogos equivalente a 1,25 por cento <strong>do</strong> valor total aposta<strong>do</strong>, estipulan<strong>do</strong> ainda<br />

obrigações das concessionárias de enviar mensalmente à Direcção de Inspecção e Coordenação<br />

de Jogos, uma relação discriminada.<br />

Após a implementação <strong>do</strong>s diplomas respectivos, o Governo continuou a proceder à<br />

comunicação, discussão e revisão com opera<strong>do</strong>ras e sector <strong>do</strong> jogo, e elaborou, após auscultação<br />

de opiniões, um guia mais aperfeiçoa<strong>do</strong> e concreto, que foi executa<strong>do</strong> oficialmente, como<br />

regulamento administrativo, a partir de 1 de Dezembro de 2009.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, os promotores têm de pagar o imposto estipula<strong>do</strong> pela lei, cuja taxa é de<br />

cinco por cento <strong>do</strong> total das comissões recebidas da concessionária e de outras remunerações.<br />

O Governo da RAEM a<strong>do</strong>pta uma atitude activa quanto ao enquadramento no âmbito de<br />

fiscalização jurídica <strong>do</strong>s empréstimos destina<strong>do</strong>s aos jogos. O Regime jurídico da concessão<br />

de crédito para jogo ou para aposta em casino (publica<strong>do</strong> pela Lei n.º 5/2004), aprova<strong>do</strong> pela<br />

Assembleia Legislativa em Maio de 2004, entrou em vigor em 1 de Julho <strong>do</strong> mesmo ano. Nos<br />

termos deste diploma, estão habilitadas a exercer a actividade de concessão de crédito as<br />

concessionárias e subconcessionárias; e, estão, ainda, habilita<strong>do</strong>s a exercer a actividade de<br />

concessão de crédito os promotores de jogos de fortuna ou azar em casino ou as sociedades<br />

gestoras que assumam poderes de gestão de concessionárias quanto à exploração de jogos de<br />

fortuna ou azar ou outros jogos em casino, mediante contrato a celebrar com uma concessionária<br />

ou subconcessionária. Da concessão de crédito exercida ao abrigo desta lei emergem obrigações<br />

civis.<br />

301


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Para além de definir o que se considera como “dinheiro”, nas operações de concessão<br />

de crédito, a lei normaliza ainda a celebração de contrato, a concessão de crédito e os actos<br />

relaciona<strong>do</strong>s, estipulan<strong>do</strong> sobre tu<strong>do</strong> que apenas existe concessão de crédito quan<strong>do</strong> um<br />

concedente de crédito transmita a um terceiro a titularidade de fichas de jogo de fortuna ou<br />

azar em casino sem que haja lugar ao pagamento imediato, em dinheiro, dessa transmissão.<br />

A aplicação <strong>do</strong> Regime Jurídico da Concessão de Crédito para Jogo ou para Aposta em<br />

Casino reveste-se de grande significa<strong>do</strong> para regulamentar o desenvolvimento <strong>do</strong> sector de<br />

jogos de fortuna ou azar de <strong>Macau</strong>.<br />

Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos<br />

Reestruturar os Serviços de Fiscalização Reforçan<strong>do</strong> as<br />

Suas Funções<br />

Para efectuar uma eficaz fiscalização à indústria <strong>do</strong> jogo, para além de elaborar<br />

sistematicamente leis e regulamentos administrativos com ela relaciona<strong>do</strong>s, não menos<br />

importante é ter órgãos de fiscalização de alta eficiência. Desde o Conselho da Inspecção de<br />

Jogos na década de 60 <strong>do</strong> século XX, à criação da DICJ em 1988, e à sua reestruturação em<br />

2003, tu<strong>do</strong> demonstra que incansáveis esforços têm si<strong>do</strong> envida<strong>do</strong>s para reforçar as funções<br />

e empenho <strong>do</strong>s respectivos órgãos de fiscalização. Para corresponder ao desenvolvimento da<br />

indústria <strong>do</strong> jogo, o Governo da RAEM, através <strong>do</strong> Regulamento Administrativo n.º 34/2003,<br />

reestruturou a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos.<br />

A Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos é uma direcção de serviços de apoio e<br />

assistência ao Chefe <strong>do</strong> Executivo na definição e execução da política económica nos <strong>do</strong>mínios<br />

da indústria da exploração <strong>do</strong>s jogos de fortuna ou azar ou outros jogos em casino, das apostas<br />

mútuas, e das operações oferecidas ao público. São atribuições da DICJ:<br />

Exercer Fiscalização <strong>do</strong> Apuramento das Receitas Brutas<br />

A DICJ exerce fiscalização, essencialmente, <strong>do</strong>s trabalhos relativos ao apuramento das<br />

receitas brutas <strong>do</strong> jogo, para efeitos de contabilização <strong>do</strong>s impostos devi<strong>do</strong>s pela concessionária,<br />

nos termos <strong>do</strong> Contrato de Concessão para a Exploração de Jogos de Fortuna ou Azar ou Outros<br />

Jogos em Casino na Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>. Essa actividade é realizada<br />

sobretu<strong>do</strong> nos casinos e nas tesourarias pelo inspector que se encontra destaca<strong>do</strong> em regime<br />

permanente.<br />

Fiscalizar o Cumprimento da Lei nos Casinos<br />

É competência da DICJ fiscalizar o regular funcionamento <strong>do</strong>s casinos, nomeadamente,<br />

a recolha das caixas de numerário (drop-box) e das caixas de gratificações, o cálculo <strong>do</strong>s<br />

reforços e <strong>do</strong>s capitais iniciais e a reciclagem das fichas junket, bem como exercer fiscalização<br />

nas salas e mesas de jogo e dirimir os conflitos entre o público e entre as concessionárias<br />

e o público, nos termos da lei. As situações mais frequentes são o furto dentro <strong>do</strong>s casinos<br />

ou em cima das bancas, falhas <strong>do</strong> croupier, altercações e agressões, e pessoas cuja entrada<br />

tinha si<strong>do</strong> proibida.<br />

302


Indústria <strong>do</strong> Jogo<br />

Analisar as Alterações à Exploração e Funcionamento <strong>do</strong>s<br />

Jogos<br />

Todas as alterações no funcionamento <strong>do</strong>s casinos são precedidas de autorização da DICJ.<br />

Geralmente as propostas de alteração são apresentadas pelas concessionárias, competin<strong>do</strong> ao<br />

Departamento de Inspecção de Jogos de Fortuna ou Azar analisá-las e emitir pareceres quanto<br />

à sua viabilidade e racionalidade. As propostas de alteração mais vulgares são: alteração <strong>do</strong><br />

limite máximo das apostas; alteração <strong>do</strong> montante <strong>do</strong> capital inicial de mesas de jogo; aumento<br />

<strong>do</strong> número de mesas de jogo; alteração <strong>do</strong> horário de funcionamento de mesas de jogo; uso<br />

de novas fichas de jogo; substituição de máquinas de jogo, entre outras.<br />

Fiscalização às Corridas e Lotarias<br />

A DICJ exerce fiscalização às actividades respeitantes às apostas mútuas e às lotarias, pré,<br />

durante e pós cada corrida ou sessão. As concessionárias explora<strong>do</strong>ras das referidas actividades<br />

são obrigadas a entregar à DICJ, com maior brevidade possível, o relatório das sessões e<br />

respectivos da<strong>do</strong>s uma vez finda cada corrida e sessão de extracção.<br />

Prevenir, Combater e Punir o Jogo Ilícito<br />

Para prevenir, combater e punir as actividades de apostas ilícitas, a DICJ tem efectua<strong>do</strong>,<br />

entre outras, as seguintes acções: divulgação e educação feitas com a colaboração de outros<br />

órgãos governamentais e de grupos sociais, destinadas essencialmente aos jovens estudantes e<br />

aos mora<strong>do</strong>res na generalidade; recolha de informações relacionadas com jogos ilícitos através<br />

de diferentes meios e seu encaminhamento para as autoridades policiais uma vez confirmada a<br />

veracidade da fonte mediante investigações; aplicação de sanções administrativas adequadas<br />

aos indivíduos detecta<strong>do</strong>s pela prática de jogo ilícito, nos termos previstos na Lei n.º 8/96/M.<br />

Durante o ano de 2011, 303 indivíduos estiveram envolvi<strong>do</strong>s em tais actividades, o que<br />

corresponde a um aumento de 8,6 por cento em relação ao ano de 2010. 95 por cento <strong>do</strong>s<br />

infractores eram residentes de <strong>Macau</strong>, e estavam envolvi<strong>do</strong>s, principalmente, na modalidade<br />

mahjong. A DICJ continuou a reforçar a divulgação junto da população, combaten<strong>do</strong> e prevenin<strong>do</strong><br />

o surto das actividades de apostas ilícitas.<br />

Fiscalizar a Venda de Rifas e os Sorteios<br />

Relativamente à venda de rifas e aos sorteios que careçam de autorização da DICJ, é da<br />

competência desta Direcção aceitar e apreciar os respectivos requerimentos e, uma vez emitida<br />

a respectiva autorização, fiscalizar to<strong>do</strong> o decurso destas actividades.<br />

Registo <strong>do</strong>s Promotores de Jogos e Respectiva Fiscalização<br />

Os promotores de jogos de fortuna ou azar só podem exercer a actividade uma vez obtida a<br />

licença emitida pela DICJ mediante requerimento apresenta<strong>do</strong> pelo interessa<strong>do</strong> e após verificação<br />

da sua i<strong>do</strong>neidade, nos termos <strong>do</strong> Regulamento Administrativo n.º 6/2002, que regula o exercício<br />

da actividade de promoção de jogos de fortuna ou azar em casino. A actividade de promoção<br />

de jogos é sujeita à monitorização e fiscalização da DICJ.<br />

303


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Relativamente ao limite máximo das comissões a pagar aos promotores de jogo, no ano<br />

2011 foi concluída a segunda auditoria às seis opera<strong>do</strong>ras de jogos de fortuna ou azar, e da<strong>do</strong><br />

continuidade ao aperfeiçoamento <strong>do</strong>s formulários detalha<strong>do</strong>s próprios sobre o pagamento<br />

das referidas comissões, bem como <strong>do</strong>s procedimentos de auditoria, de forma a confirmar o<br />

cumprimento <strong>do</strong> limite legal máximo destas comissões por parte das concessionárias.<br />

Auditoria Periódica de Elementos Contabilísticos<br />

O Departamento de Auditoria da DICJ procede à auditoria periódica <strong>do</strong>s elementos<br />

contabilísticos integrantes <strong>do</strong> sistema contabilístico das concessionárias de jogos, e à<br />

verificação <strong>do</strong> cumprimento das obrigações contratuais estabelecidas entre a Administração<br />

e as concessionárias, designadamente quanto ao cumprimento das obrigações contratuais de<br />

pagamento.<br />

Banco de Da<strong>do</strong>s sobre as Actividades <strong>do</strong> Jogo<br />

É da competência <strong>do</strong> Departamento de Estu<strong>do</strong>s e Investigação (DEI) recolher, analisar e<br />

proceder ao tratamento <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s referentes às operações das concessionárias bem como <strong>do</strong>s<br />

seus indica<strong>do</strong>res económico-financeiros e, ainda, criar e actualizar constantemente o banco de<br />

da<strong>do</strong>s das actividades mais relevantes das concessionárias. Para além da elaboração <strong>do</strong> relatório<br />

de previsão económica <strong>do</strong> desenvolvimento das actividades <strong>do</strong> jogo, é também atribuição<br />

<strong>do</strong> DEI fiscalizar e efectuar investigações quanto à capacidade financeira e à i<strong>do</strong>neidade das<br />

concessionárias da exploração de jogos de fortuna ou azar e outros jogos em casino.<br />

Em 2011, a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos prosseguiu a optimização<br />

constante <strong>do</strong> mecanismo fiscaliza<strong>do</strong>r e a revisão <strong>do</strong>s diplomas legais correlativos, com o intuito<br />

de promover o aperfeiçoamento intrínseco da estrutura <strong>do</strong> sector de jogo de <strong>Macau</strong> para o<br />

fortalecimento da sua competitividade a nível internacional. De uma forma geral, tem actua<strong>do</strong><br />

nos seguintes aspectos:<br />

1. A par <strong>do</strong> aumento das unidades das máquinas de jogo na RAEM, as respectivas receitas<br />

tem vin<strong>do</strong> a registar uma percentagem cada vez maior nas receitas <strong>do</strong>s jogos de fortuna<br />

ou azar (cerca de 5%, em 2011). A DICJ tem continua<strong>do</strong> a realizar, de forma activa,<br />

estu<strong>do</strong>s sobre a monitorização à distância através de acesso ao sistema de gestão central<br />

por linha exclusiva. Acresce que foram elaboradas, em 2011, como tarefa essencial, as<br />

Normas Técnicas para as Máquinas de Jogo (Mandatory Gaming Machine Standard), as<br />

quais têm como objectivo assegurar a unanimidade das exigências técnicas, tanto para<br />

o hardware como para o software, das máquinas de jogo autorizadas a ser exploradas<br />

na RAEM, ten<strong>do</strong> ainda si<strong>do</strong> elaborada uma instrução para regular o funcionamento e para<br />

fiscalizar de forma eficiente as máquinas de jogo das concessionárias de jogo em <strong>Macau</strong>.<br />

2. Com vista a reduzir as influências nefastas advindas <strong>do</strong> sector de jogo à sociedade, foi<br />

procedida, de forma activa, a recolha de informações junto de outros países/jurisdições<br />

e, toman<strong>do</strong> como referência os critérios internacionalmente reconheci<strong>do</strong>s, foi elabora<strong>do</strong><br />

o Projecto da Instrução sobre o Jogo Responsável, no senti<strong>do</strong> de consolidar os trabalhos<br />

de prevenção ao jogo patológico e problemático. Foram ainda realizadas diversas<br />

actividades promocionais referentes ao conceito de Jogo Responsável a fim de consolidar<br />

o conhecimento <strong>do</strong>s cidadãos e turistas a este nível.<br />

304


Indústria <strong>do</strong> Jogo<br />

3. A DICJ tem acompanha<strong>do</strong> de perto as alterações sobre o número das bancas e das<br />

máquinas de jogo verificadas em cada casino das concessionárias, de forma a manter o<br />

número das bancas inferior a 5500. Esta situação será adequadamente reajustada em<br />

2013 com a implementação de novas políticas.<br />

4. Deu-se continuidade à apreciação periódica aos “Procedimentos Fiscaliza<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Combate<br />

ao Branqueamento de Capitais” remeti<strong>do</strong>s pelas opera<strong>do</strong>ras de jogos de fortuna ou azar,<br />

nomeadamente, em matéria de revisão e actualização <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s procedimentos face<br />

ao desenvolvimento tecnológico e à alteração <strong>do</strong> modelo operacional a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>. A DICJ<br />

tem continua<strong>do</strong> a efectuar análises e apreciações aos relatórios sumariais de operações<br />

de valor eleva<strong>do</strong>, que são remetidas, depois de devidamente compostas, ao Gabinete<br />

de Informação Financeira, para efeitos de análise, arquivamento e averiguações.<br />

5. No âmbito da fiscalização às apostas mútuas, foi reforça<strong>do</strong> o controlo às operações das<br />

apostas mútuas e lotarias; foi ainda cria<strong>do</strong> um mecanismo automático e remoto que<br />

consiga responder às necessidades de monitorização e que possa recolher a tempo real<br />

da<strong>do</strong>s sobre as apostas, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> elevadas as técnicas de fiscalização ao sistema de<br />

apostas das concessionárias de jogos e a exactidão <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s electrónicos.<br />

Percentagem das Receitas Brutas <strong>do</strong>s Jogos de Fortuna ou Azar em<br />

Relação à Totalidade das Receitas Brutas <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> de 2011<br />

(100 milhões de MOP)<br />

Descrição 2011<br />

Receitas brutas <strong>do</strong>s jogos de fortuna ou azar 2678,67<br />

Totalidade das receitas brutas da indústria <strong>do</strong> jogo 2690,58<br />

Percentagem 99,56%<br />

Receitas Brutas das Diversas Modalidades de Jogos<br />

de Fortuna ou Azar <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> de 2011<br />

(100 milhões de MOP)<br />

Modalidade<br />

Receita Bruta<br />

3 Card Baccarat Game 2,81<br />

Bacará 486,69<br />

Bacará VIP 1961,26<br />

Black Jack 27,13<br />

305


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

(Cont.)<br />

Receitas Brutas das Diversas Modalidades de Jogos<br />

de Fortuna ou Azar <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> de 2011<br />

(100 milhões de MOP)<br />

Modalidade<br />

Receita Bruta<br />

Cartas de Futebol ---<br />

Craps 1,51<br />

Cussec 47,74<br />

Desafio ao Casino 2,25<br />

Dragão/Fénix 0,05<br />

Fan Tan 2,11<br />

Fortune 3 Card Poker 1,41<br />

Fortune 8 ---<br />

Jogos Mistos em Broadcast 3,11<br />

Mahjong 0,7<br />

Mahjong - Pai Kao ---<br />

Makccarat 0,04<br />

Máquinas de Jogo 114,25<br />

Mini Bacará ---<br />

Pachinko ---<br />

Pai Kao 1,14<br />

Peixe-Camarão-Carangueijo 0,51<br />

Poker de 3 Cartas 1,9<br />

Q Poker ---<br />

Roda da Sorte 0,35<br />

Roleta 7,84<br />

306


Indústria <strong>do</strong> Jogo<br />

(Cont.)<br />

Receitas Brutas das Diversas Modalidades de Jogos<br />

de Fortuna ou Azar <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> de 2011<br />

(100 milhões de MOP)<br />

Modalidade<br />

Receita Bruta<br />

Stud Poker 13,09<br />

Texas Holdem Poker 2,77<br />

Tômbola 0,014<br />

Vinte e Cinco ---<br />

Total 2678,67<br />

307


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

308


Indústria <strong>do</strong> Jogo<br />

15 de Maio de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, assiste à cerimónia de inauguração<br />

<strong>do</strong> Galaxy <strong>Macau</strong>, no COTAI<br />

Novas instalações hoteleiras no COTAI<br />

309


O sector <strong>do</strong> turismo é um<br />

pilar importante da economia<br />

da RAEM. A estabilidade<br />

social, o melhoramento das<br />

condições de segurança após<br />

o retorno de <strong>Macau</strong> à China,<br />

a optimização constante das<br />

instalações turísticas, e a<br />

captação de oportunidades<br />

pelos serviços públicos<br />

liga<strong>do</strong>s ao turismo para a<br />

promoção de um conjunto<br />

de acções de divulgação<br />

no Interior da China e<br />

noutros países e regiões,<br />

para além de atraírem<br />

residentes <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País<br />

a viajarem para <strong>Macau</strong>, e<br />

de terem contribuí<strong>do</strong> para<br />

a exploração <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s<br />

de turismo internacionais,<br />

resultaram, também,<br />

num efeito importante<br />

para o desenvolvimento<br />

diversifica<strong>do</strong> <strong>do</strong> sector <strong>do</strong><br />

turismo.


VI<br />

TURISMO


Dança folclórica (Foto: GCS)


Turismo<br />

Turismo<br />

O sector <strong>do</strong> turismo é um pilar importante da economia da RAEM. A estabilidade social,<br />

o melhoramento das condições de segurança após o retorno de <strong>Macau</strong> à China, a optimização<br />

constante das instalações turísticas, e a captação de oportunidades pelos serviços públicos<br />

liga<strong>do</strong>s ao turismo para a promoção de um conjunto de acções de divulgação no Interior da<br />

China e noutros países e regiões, para além de atraírem residentes <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País a viajarem<br />

para <strong>Macau</strong>, e de terem contribuí<strong>do</strong> para a exploração <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s de turismo internacionais,<br />

resultaram, também, num efeito importante para o desenvolvimento diversifica<strong>do</strong> <strong>do</strong> sector<br />

<strong>do</strong> turismo.<br />

Situação Geral <strong>do</strong> Turismo<br />

Comportamento <strong>do</strong>s Principais Merca<strong>do</strong>s<br />

De acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s pelos Serviços de Estatísticas e Censos, em 2011,<br />

<strong>Macau</strong> registou uma entrada de 28.002.279 pessoas, o que representa um acréscimo de 12,2<br />

por cento relativamente ao perío<strong>do</strong> homólogo de 2010. Em 2011, a indústria <strong>do</strong> turismo da<br />

RAEM continuou a progredir significativamente como no ano transacto, com vários <strong>do</strong>s principais<br />

merca<strong>do</strong>s a registarem aumentos contínuos de turistas e os novos merca<strong>do</strong>s a terem, também,<br />

comportamentos satisfatórios.<br />

Em 2011, de entre os dez principais merca<strong>do</strong>s da RAEM destacam-se os da Grande China<br />

(16.162.747 pessoas, que representaram 57,7 por cento <strong>do</strong> número total); segui<strong>do</strong> <strong>do</strong> de<br />

Hong Kong (7.582.923 pessoas, representaram 27,1 por cento <strong>do</strong> número total); Taiwan,<br />

China (1.215.162 pessoas, que representaram 4,3 por cento <strong>do</strong> número total); Correia <strong>do</strong> Sul<br />

(398.807 pessoas, que representaram 1,4 por cento <strong>do</strong> número total); Japão (396.023 pessoas,<br />

representaram 1,4 por cento <strong>do</strong> número total); Malásia (324.509 pessoas, que representaram 1,2<br />

por cento <strong>do</strong> número total); Singapura (280.602 pessoas, que representaram um por cento <strong>do</strong><br />

número total); Filipinas (268.710 pessoas, que representaram um por cento <strong>do</strong> número total);<br />

In<strong>do</strong>nésia (220.423 pessoas, que representaram 0,8 por cento <strong>do</strong> número total); e Tailândia<br />

(196.375 pessoas, que representaram 0,7 por cento <strong>do</strong> número total).<br />

Em 2011, os merca<strong>do</strong>s da Grande China (Interior da China, Hong Kong e Taiwan, China)<br />

313


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

representaram 89,1 por cento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> global e os merca<strong>do</strong>s internacionais representaram<br />

10,9 por cento. Os merca<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Interior da China continuam a ser a maior fonte turística da<br />

PAEM, totalizan<strong>do</strong> 16.162.747 pessoas, o que quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com o perío<strong>do</strong> homólogo<br />

de 2010, assinala uma subida de 22,2 por cento, representan<strong>do</strong> 57,7 por cento <strong>do</strong> total de<br />

visitantes chega<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong>, <strong>do</strong>s quais 6.588.722 (40,8%) pessoas eram porta<strong>do</strong>res de<br />

“visto individual”.<br />

Em 2011, o merca<strong>do</strong> da Correia <strong>do</strong> Sul registou um aumento significativo de turistas,<br />

passan<strong>do</strong> <strong>do</strong> sexto lugar em 2010 para o quatro lugar, na ordem das 398.807 pessoas, traduzin<strong>do</strong>,<br />

assim, um acréscimo de 20,2 por cento relativamente ao perío<strong>do</strong> homólogo de 2010. O merca<strong>do</strong><br />

da Tailândia que figura em décimo lugar, em 2011 registou uma entrada de 196.375 pessoas,<br />

um decréscimo de 7,6 por cento relativamente ao perío<strong>do</strong> homólogo de 2010.<br />

Embora a economia mundial se caracterize, actualmente, pela incerteza, no ano transacto<br />

a indústria de turismo de <strong>Macau</strong> ainda conseguiu manter o ritmo de crescimento com vários<br />

merca<strong>do</strong>s de longa distância a registarem o acréscimo de um dígito em percentagem de turistas.<br />

Em 2011, o número de turistas estrangeiros chega<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong> atingiu as 3.041.447 pessoas,<br />

traduzin<strong>do</strong> um acréscimo de 2,2 por cento em relação ao perío<strong>do</strong> homólogo de 2010.<br />

Indústria Hoteleira<br />

De acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s pelo Departamento de Licenciamento e Inspecção <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Turismo, até finais de 2011, operavam em <strong>Macau</strong> 65 hotéis e 32 pensões, com<br />

um total de 23.222 quartos. Quanto à categoria e número de quartos disponíveis as unidades<br />

hoteleiras dividem-se em cinco estrelas (18), de luxo (8), quatro estrelas (13), três estrelas<br />

(14), duas estrelas (12) e pensões (32).<br />

Dos 23.222 quartos disponíveis, 22.606 estão, assim, distribuí<strong>do</strong>s: 10.766 em hotéis de 5<br />

estrelas, 3679 em hotéis de luxo, 4530, em hotéis de 4 estrelas, 2830 em hotéis de 3 estrelas,<br />

801 em hotéis de 2 estrelas e 616 em pensões.<br />

Em 2011, o número de ocupantes <strong>do</strong>s hotéis foi de 8.612.127, número que compara<strong>do</strong> com<br />

os 7.755.214 regista<strong>do</strong>s em 2010, mostra um acréscimo de 11,1 por cento. A taxa de ocupação<br />

de 79,83 por cento em 2010 aumentou para 84,12 por cento em 2011. O tempo médio de<br />

permanência foi de 1,53 noites, o que representou uma descida de 0,01 noites em relação ao<br />

ano anterior. De acor<strong>do</strong> com as estatísticas fornecidas pela Associação <strong>do</strong>s Estabelecimentos<br />

hoteleiros de <strong>Macau</strong>, em 2011, o preço médio por quarto <strong>do</strong>s hotéis de três a cinco estrelas<br />

foi de 1347,7 patacas, face às 1174,5 patacas em 2010, ten<strong>do</strong>-se regista<strong>do</strong> um aumento de<br />

14,8 por cento.<br />

Agências de Viagens<br />

Até finais <strong>do</strong> ano de 2011, operavam em <strong>Macau</strong> 157 agências de viagem o que representa<br />

um aumento de 4,7 por cento, ou seja, mais sete agências, em relação às 150 registadas no<br />

ano de 2010. O número de guias turísticos credencia<strong>do</strong>s pelos Serviços de Turismo cifrou-se em<br />

1518, mais 41 <strong>do</strong> que em 2010, um acréscimo de 2,8 por cento. Estes guias turísticos <strong>do</strong>minam<br />

o cantonês, o mandarim, os dialectos de Fujian e Chaozhou, e as línguas inglesa, portuguesa,<br />

alemã, japonesa, coreana, tailandesa, francesa, espanhola, russa.<br />

314


Turismo<br />

Em 2011, o número de turistas integra<strong>do</strong>s em excursões foi de 7.307.438, uma subida<br />

de 27,2 por cento, relativamente a 2010. Destes, 5.322.716 eram provenientes <strong>do</strong> Interior da<br />

China, mais 30,9 por cento <strong>do</strong> que em 2010. Seguin<strong>do</strong>-se os turistas de Taiwan e Hong Kong,<br />

respectivamente, 450.576 e 329.644.<br />

Em 2011, o número de residentes de <strong>Macau</strong> que participaram em excursões ao exterior<br />

foi de 242.997, <strong>do</strong>s quais 181.413 (74,7 por cento) tiveram como destino o Interior da China.<br />

Tailândia e Taiwan foram os segun<strong>do</strong> e terceiro destinos favoritos <strong>do</strong>s residentes de <strong>Macau</strong>,<br />

com a Tailândia a atrair 12.286 (5,1 por cento), e Taiwan 10.868 (4,5 por cento), o número<br />

de residentes que viajaram individualmente, mas, que utilizaram os serviços das agências de<br />

viagens foi de 648.739, um aumento de 28,7 por cento em relação a 2010.<br />

Política <strong>do</strong> Turismo<br />

Em resposta ao posicionamento estratégico <strong>do</strong> desenvolvimento de <strong>Macau</strong> como centro<br />

internacional de turismo e lazer, o Governo da RAEM deu prioridade à criação de um plano<br />

abrangente sobre esse desenvolvimento. Paralelamente, intensificou os trabalhos relativos à<br />

cooperação regional, à qualidade <strong>do</strong> turismo, à conjuntura <strong>do</strong>s produtos turísticos à inovação<br />

promocional, ten<strong>do</strong> em vista a construção de <strong>Macau</strong> como destino turístico de qualidade.<br />

Assim, o Governo da RAEM focou a sua atenção nas acções relativas à formação de quadros<br />

profissionais de turismo e à elevação da qualidade <strong>do</strong>s serviços, impulsionan<strong>do</strong> o desenvolvimento<br />

contínuo e saudável <strong>do</strong> turismo de <strong>Macau</strong>.<br />

Em <strong>2012</strong>, o Governo continuará a desenvolver as actividades promocionais, sob o<br />

tema “Touching Moments - Experience <strong>Macau</strong>”, crian<strong>do</strong> uma nova imagem temática turística<br />

correspondente ao actual esta<strong>do</strong> de desenvolvimento <strong>do</strong> Turismo; irá estudar o aproveitamento<br />

da aplicação das novas tecnologias, incluin<strong>do</strong> aplicações em telemóveis e plataformas virtuais<br />

na promoção turística, lançan<strong>do</strong> um Website <strong>do</strong> Turismo renova<strong>do</strong> e interactivo.<br />

Irá também de forma permanente analisar a tendência turística <strong>do</strong>s potenciais merca<strong>do</strong>s<br />

e os resulta<strong>do</strong>s da promoção turística, e apoiar de forma contínua a abertura de novas rotas<br />

aéreas, impulsionan<strong>do</strong> a diversificação de merca<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>res. Para enriquecer os produtos<br />

turísticos mistos, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo (DST) irá trabalhar, em conjunto com<br />

outros departamentos governamentais, e entidades, para o acompanhamento contínuo e<br />

aprofundamento <strong>do</strong> “Centro de Actividades Turísticas e Culturais” e “Plano de Desenvolvimento<br />

de Novos Produtos de <strong>Macau</strong>”. Continuará, ainda, a realizar actuações culturais interactivas<br />

durante os fins-de-semana nos locais <strong>do</strong> património mundial e diversos eventos internacionais de<br />

grande envergadura, bem como actividades comemorativas das festas tradicionais, aumentan<strong>do</strong><br />

assim a exibição de conotação <strong>do</strong> turismo cultural original de <strong>Macau</strong>.<br />

Contan<strong>do</strong> com o apoio enérgico <strong>do</strong> planeamento nacional, será realizada a transformação<br />

multidireccional para a cooperação regional, intensifican<strong>do</strong> a cooperação recíproca aprofundada<br />

na melhoria da qualidade de serviço, salvaguarda da ordem <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, gestão <strong>do</strong> sector e<br />

<strong>do</strong>s itinerários “multidestinos”. A nível internacional, continuará a utilizar as oportunidades<br />

obtidas através da participação em organizações internacionais de turismo, para absorver as<br />

informações mais recentes sobre o desenvolvimento e a promoção turística, bem como as<br />

experiências de gestão.<br />

315


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo<br />

Em 2011, a legislação da nova organização e funcionamento da DST foi aprovada e<br />

implementada. A nova estrutura cria novas subunidades orgânicas. As atribuições alteradas da<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo (DST) incluem colaborar na definição da política de turismo<br />

da RAEM e proceder à sua execução com vista à elevação da RAEM a Centro Mundial de Turismo<br />

e Lazer; promover a melhoria da qualidade <strong>do</strong>s serviços a prestar, designadamente através da<br />

formação na área <strong>do</strong> turismo; colaborar na preservação e valorização <strong>do</strong>s recursos turísticos da<br />

RAEM, bem como fomentar e orientar o seu conveniente aproveitamento; colaborar e incentivar o<br />

melhoramento, expansão e diversificação <strong>do</strong> produto turístico da RAEM; incentivar e promover a<br />

realização de actividades de interesse para o sector <strong>do</strong> turismo; promover o turismo nos principais<br />

merca<strong>do</strong>s turísticos; colaborar com outras entidades públicas ou privadas na promoção global da<br />

RAEM, estimulan<strong>do</strong> a participação destas em actividades relacionadas com o desenvolvimento<br />

da indústria turística; representar, a nível oficial, o turismo na RAEM e no exterior e assegurar<br />

a ligação aos organismos regionais e internacionais de turismo; propor medidas legislativas<br />

relativas aos serviços e produtos turísticos; zelar pelo cumprimento das normas legais relativas<br />

ao sector <strong>do</strong> turismo; licenciar e fiscalizar os estabelecimentos e actividades legalmente sujeitos<br />

à sua intervenção; outras que lhe sejam legalmente cometidas.<br />

A DST criou representações em várias regiões e países, para apoiar as acções de divulgação<br />

no exterior. Existem representações em Hong Kong, Japão, Coreia <strong>do</strong> Sul, Singapura, Malásia,<br />

Tailândia, Filipinas, Índia, In<strong>do</strong>nésia Alemanha, Inglaterra/Irlanda, França, EUA, Austrália/Nova<br />

Zelândia. Além disso, a Delegação <strong>do</strong> Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> em<br />

Pequim; a Delegação Económica e Cultural de <strong>Macau</strong> em Taiwan; a Belgium - <strong>Macau</strong> Economic<br />

and Trade Office, Delegação de <strong>Macau</strong> em Bruxelas e o Centro de Promoção e Informação<br />

Turística de <strong>Macau</strong> em Portugal estão, também, a promover activamente o turismo de <strong>Macau</strong>.<br />

Turismo de Negócios<br />

Para promover o desenvolvimento estável <strong>do</strong> Turismo de Negócios de <strong>Macau</strong>, em 2011,<br />

a DST continuou a desenvolver e a realizar uma série de trabalhos a fim de fomentar o<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> Turismo de Negócios, como também estabelecer uma base consistente para<br />

a sustentabilidade <strong>do</strong> desenvolvimento da indústria a longo prazo. Em 2011, a DST continuou<br />

a implementar o “Plano de Apoio ao Turismo de Incentivos”, este “Plano” tem por objectivo<br />

atribuir apoio financeiros para os organiza<strong>do</strong>res e/ou planea<strong>do</strong>res de eventos de turismo de<br />

incentivos a terem lugar em <strong>Macau</strong>.<br />

Em 2011, através <strong>do</strong> mecanismo de participação na promoção de MICE (indústria de<br />

convenções e exposições) no exterior e, de acor<strong>do</strong> com os diferentes incentivos de merca<strong>do</strong><br />

conceder subsídios correspondentes na participação de exposições no exterior. Os parceiros da<br />

indústria envolvem uma ampla gama de serviços, tais como: alojamento, locais de exposições,<br />

transporte, alimentação e entretenimento, gestão de eventos, anúncio das relações públicas,<br />

entre outros. Concluí<strong>do</strong> o ano de 2011, foram registadas 119 actividades, incluin<strong>do</strong> 35 reuniões<br />

e convenções, 29 exposições e 55 incentivos, envolven<strong>do</strong> um orçamento de 30 milhões de<br />

patacas. Em 2011, este Centro recebeu um total de 208 pessoas <strong>do</strong>s 19 grupos de visitas<br />

oriun<strong>do</strong>s das diferentes cidades e regiões <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, além disso, apoiou a realização de 148<br />

actividades relacionadas com o sector de MICE em <strong>Macau</strong>.<br />

316


Turismo<br />

Gestão <strong>do</strong> Sector Turístico<br />

Em 2011, face à mudança constante <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> turístico, foi processada a revisão <strong>do</strong><br />

diploma que regula a actividade das agências de viagens e <strong>do</strong>s guias turísticos, ten<strong>do</strong> a versão<br />

final <strong>do</strong> diploma si<strong>do</strong> concluí<strong>do</strong> e inicia<strong>do</strong> o processo legislativo. Em resposta ao desenvolvimento<br />

acelera<strong>do</strong> <strong>do</strong>s sectores de hotelaria e de restauração, foi elaborada a revisão <strong>do</strong> diploma que<br />

regula as respectivas actividades. Neste senti<strong>do</strong> realizaram-se várias reuniões com o Instituto<br />

para os Assuntos Cívicos e Municipais para troca de opiniões.<br />

Em 2011, foram trata<strong>do</strong>s 2257 casos de pedi<strong>do</strong> de licenças, <strong>do</strong>s quais 2174 já foram<br />

despacha<strong>do</strong>s; 6834 pessoas deslocaram-se pessoalmente aos serviços para pedirem informações<br />

ou tratar da emissão de licenças. A DST efectuou, ainda, um total de 1678 monitorização nos<br />

pontos turísticos e nos estabelecimentos e nas actividades licenciadas pela DST.<br />

Resolução <strong>do</strong>s Problemas <strong>do</strong>s Turistas<br />

Durante a estadia em <strong>Macau</strong>, os turistas podem apresentar directamente as suas<br />

reclamações ou manifestar o seu descontentamento relativamente à qualidade <strong>do</strong>s serviços ou<br />

aos preços <strong>do</strong>s produtos ofereci<strong>do</strong>s por hotéis, restaurantes, agências de viagens, transportes,<br />

estabelecimentos comerciais ou de entretenimento, à “Linha Aberta para o Turismo”, à DST, ou aos<br />

gabinetes de atendimento e informação. Fora de <strong>Macau</strong>, as reclamações podem ser apresentadas<br />

aos escritórios de turismo no exterior através de carta, fax, e-mail ou <strong>do</strong> preenchimento de<br />

formulários proporciona<strong>do</strong>s pelos Serviços de Turismo.<br />

Durante o ano de 2011, foram recebidas 548 reclamações relativamente a alguns sectores,<br />

nomeadamente nas áreas das compras, no sector de jogos, <strong>do</strong>s estabelecimentos de comidas<br />

e bebidas, agências de viagens e turismo/hotéis, transportes, burla e serviços públicos.<br />

Comparativamente com as registadas em 2010, houve um aumento de 5,6 por cento.<br />

A DST dispõe de um serviço de “Linha Aberta para o Turismo - 28333000”, 24 horas por<br />

dia, e fornece, também, gravação de informações turísticas, apoio, prestação de informações<br />

e recepção de opiniões e reclamações apresenta<strong>do</strong>s pelos cidadãos e turistas. A “Linha Aberta<br />

para o Turismo” está disponível em Cantonês, Mandarim, Português, Inglês e Japonês. Em 2011,<br />

foram recebidas 24.842 chamadas.<br />

Balcões de Informação Turística<br />

Existem dez balcões de informação turística que funcionam sob a supervisão da Divisão de<br />

Relações Públicas <strong>do</strong> Departamento de Promoção da DST. Estes balcões encontram-se distribuí<strong>do</strong>s<br />

por diversos locais de acesso a <strong>Macau</strong> e pontos turísticos (Portas <strong>do</strong> Cerco, Terminal Marítimo,<br />

Centro de Turismo de Negócios de <strong>Macau</strong>, Farol da Guia, Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong>, Doca<br />

<strong>do</strong>s Pesca<strong>do</strong>res e Terminal Marítimo <strong>do</strong> Pac On, na Taipa), bem como em Hong Kong (Shun Tak<br />

Centre e Aeroporto de Chek Lap Kok), asseguran<strong>do</strong> o fornecimento da mais recente informação<br />

turística, material de divulgação, informação sobre grandes eventos e apoio aos turistas. Os<br />

balcões de informação turística prestam, ainda, aos turistas informação cultural, histórica e<br />

sobre os pontos turísticos e tradições de <strong>Macau</strong>, informação gastronómica, transporte e hotéis,<br />

asseguran<strong>do</strong> ainda ajuda aos turistas em circunstâncias de emergência.<br />

Durante 2011, foram atendidas em <strong>Macau</strong> e Hong Kong um total de 1.375.350 pessoas,<br />

317


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

em comparação com as 1.320.529 de 2010, registou-se uma descida de 4,2 por cento.<br />

Formação Turística<br />

O sector turístico, e os sectores com ele relaciona<strong>do</strong>s, absorvem um enorme peso da<br />

actividade profissional da população activa. O Governo da RAEM dedica grande atenção à<br />

formação turística, sen<strong>do</strong> o Instituto de Formação Turística (IFT), o estabelecimento vocaciona<strong>do</strong><br />

para a formação de quadros profissionais para este sector.<br />

Instituto de Formação Turística<br />

O Instituto de Formação Turística (IFT), funda<strong>do</strong> em 1995, sob a tutela <strong>do</strong> Secretário para<br />

os Assuntos Sociais e Cultura, é uma instituição pública de ensino superior que, em 2000, passou<br />

a ser, também, a primeira instituição de formação turística <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> a ser contemplada com<br />

a certificação Themis TedQual (Qualidade de Formação Turística) pela Organização Mundial de<br />

Turismo das Nações Unidas. O IFT disponibiliza cursos curriculares de gestão empresarial de<br />

turismo e serviços de formação profissional, além de proporcionar vários programas de mestra<strong>do</strong><br />

em parceria com os principais estabelecimentos de formação turística <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, merecen<strong>do</strong>,<br />

ainda, a confiança <strong>do</strong> Governo da RAEM e outros órgãos institucionais para conduzir investigação<br />

sobre políticas que possam contribuir para o desenvolvimento e planeamento <strong>do</strong> sector.<br />

O IFT, como instituição de ensino superior de alta qualidade, com cursos de turismo e<br />

serviços internacionalmente reconheci<strong>do</strong>s, tem a missão de preparar, não só para <strong>Macau</strong>, mas<br />

também para toda a Região da Ásia-Pacífico, alunos com competências técnicas profissionais<br />

para poderem desempenhar, com qualificação, as suas aptidões no sector. O IFT apresenta as<br />

três seguintes características para desempenhar cabalmente a sua missão:<br />

1. Identidade única: O IFT funciona de forma independente, dedican<strong>do</strong>-se exclusivamente<br />

ao fornecimento de cursos superiores e acções de formação profissional nas áreas <strong>do</strong><br />

turismo e <strong>do</strong>s serviços;<br />

2. Integração: Estão integra<strong>do</strong>s o desenvolvimento académico e as acções de formação<br />

profissional; e<br />

3. Internacionalização: Desenvolve cooperação com benefício mútuo com as instituições<br />

similares <strong>do</strong> exterior, promoven<strong>do</strong> activamente acções de intercâmbio internacional a<br />

nível académico e de estudantes.<br />

Em 1997, o IFT foi selecciona<strong>do</strong> como centro de formação e consultoria da Região<br />

Ásia-Pacífico pelo APETIT (Education and Training Institutes in Tourism), um corpo apoia<strong>do</strong><br />

inteiramente pela UNESCAP (Comissão Económica e Social para a Ásia e o Pacífico, das Nações<br />

Unidas). Ainda no mesmo ano, foi condecora<strong>do</strong> pela PATA (Pacific Asia Travel Association) com o<br />

galardão de ouro em “Educação e Formação”, sen<strong>do</strong> assim reconheci<strong>do</strong>s o conteú<strong>do</strong> e qualidade<br />

<strong>do</strong>s seus programas. Em 2002, o Instituto foi agracia<strong>do</strong>, mais uma vez, com o mesmo título<br />

por ter estabeleci<strong>do</strong>, com a cooperação da União Europeia, o sistema de “Reconhecimento de<br />

Habilidade Profissional de <strong>Macau</strong>” (MORS) para a indústria local de turismo e serviços.<br />

Em 1999, com a cooperação da União Europeia, foi cria<strong>do</strong>, no IFT, o ME-CATS (Centro de<br />

Estu<strong>do</strong>s de Turismo Avança<strong>do</strong>s <strong>Macau</strong>-Europa), que visa incorporar as novas teorias <strong>do</strong> turismo<br />

e serviços da Europa no desenvolvimento turístico da Região Ásia-Pacífico, dedican<strong>do</strong>-se a ser<br />

318


Turismo<br />

o centro de ensino e formação da área <strong>do</strong> turismo, da Região Ásia-Pacífico, e promoven<strong>do</strong>,<br />

ainda, intercâmbio e troca de experiências entre as instituições académicas da região, de <strong>Macau</strong><br />

e da Europa.<br />

Em 2003, o IFT, a convite expresso da UNESCO e <strong>do</strong> ICCROM (The International Centre for<br />

the Study of the Preservation and Restoration of Cultural Property) tornou-se membro da AAHM<br />

(The Asian Academy for Heritage Management). O objectivo desta entidade é o de promover<br />

e reforçar a formação profissional na área da gestão <strong>do</strong> património na região. Em 2011, o IFT<br />

foi reeleito como Presidente <strong>do</strong> Conselho de Administração da AAHM com mandato até Maio de<br />

2013, sen<strong>do</strong>, no entanto, de 1 de Julho de 2011 a 30 de Junho de 2013, presidente da PATA<br />

<strong>Macau</strong> Chapter. Como presidentes das referidas organizações internacionais, o IFT tem-se<br />

dedica<strong>do</strong> a intensificar a troca das opiniões e a cooperação entre os membros, e promover o<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> sector turístico e outras actividades concernentes.<br />

O Instituto foi distingui<strong>do</strong> com a medalha de mérito turístico de 2008 pelo Governo da RAEM<br />

reconhecen<strong>do</strong>, assim, os importantes contributos <strong>do</strong> IFT para a promoção <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

da indústria turística local.<br />

Para acompanhar o desenvolvimento turístico e satisfazer a futura procura de recursos<br />

humanos na área <strong>do</strong> turismo, no ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, o número de vagas <strong>do</strong>s cursos<br />

com graus académicos foi de 400, acrescentan<strong>do</strong>-se, ainda, o Curso de licenciatura em Gestão<br />

Culinária. No ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, 1452 alunos frequentaram os cursos com graus<br />

académicos. No ano lectivo de 2010/2011, foram abertos o Curso de Gestão de Hotelaria e o<br />

Curso de Gestão de Eventos em Turismo - cursos nocturnos com graus académicos,ministra<strong>do</strong>s<br />

em chinês. No ano lectivo de 2010/2011, um total de 19.202 alunos frequentaram diversos<br />

cursos profissionais e de formação permanente; 785 participaram na certificação técnico-<br />

-profissional no sector turístico-hoteleiro (MORS); 3925 frequentaram diversos cursos <strong>do</strong><br />

Plano <strong>do</strong> Desenvolvimento de Educação Comunitária organiza<strong>do</strong>s por instituições de formação<br />

profissional e de educação permanente no Centro de Formação Técnica nas Áreas <strong>do</strong> Turismo<br />

e Jogo de <strong>Macau</strong>. Actualmente, o IFT mantém um conjunto de actividades, em intercâmbio<br />

com instituições oficiais e privadas das áreas <strong>do</strong> turismo e hotelaria, e desenvolve acções de<br />

formação com diversos países e regiões, nomeadamente, o Interior da China, Hong Kong e<br />

Taiwan, assim como África <strong>do</strong> Sul, Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Cabo Verde, Canadá,<br />

Coreia <strong>do</strong> Sul, Dinamarca, Espanha, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América, Finlândia, França, Holanda,<br />

Índia, Irão, Japão, Malásia, Mianmar (antiga Birmânia), Moçambique, Mongólia, Nova Zelândia,<br />

Portugal, Reino Uni<strong>do</strong>, Suíça, Suécia, Singapura, Tailândia e Vietname.<br />

Para responder às necessidades da sociedade e <strong>do</strong> sector de turismo, o IFT abriu,<br />

para trabalha<strong>do</strong>res, os cursos de diploma de técnica de cozinha ocidental e de pastelaria e<br />

panificação - de um ano e meio de duração - No ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, um total de 180<br />

alunos frequentaram aqueles cursos.<br />

Para além <strong>do</strong> curso de técnicas turísticas, equivalente aos três anos <strong>do</strong> ensino secundário<br />

complementar, organiza<strong>do</strong> em colaboração com a Escola Luso-Chinesa Técnico-Profissional<br />

da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Educação e Juventude, o IFT em cooperação com diferentes<br />

associações e instituições ministrou cursos de diferentes tipos no senti<strong>do</strong> de promover o Plano<br />

de Desenvolvimento de Ensino Comunitário, que tem por objectivo preparar pessoal para<br />

satisfazer as novas necessidades de formação resultantes <strong>do</strong> desenvolvimento das indústrias<br />

turística e hoteleira.<br />

319


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Recursos Turísticos<br />

Com uma história de 400 anos de convivência cultural entre o Oriente e o Ocidente, <strong>Macau</strong><br />

constitui uma cidade atractiva para os turistas pela sua singularidade e condições geográficas.<br />

As vetustas casas de antigas tradições, os templos das dinastias Qing e Ming, as construções<br />

mediterrânicas e igrejas barrocas, são pontos peculiares <strong>do</strong> seu panorama turístico, a que não<br />

falta a arquitectura <strong>do</strong>s tempos modernos.<br />

O “Centro Histórico de <strong>Macau</strong>” inscrito na Lista <strong>do</strong> Património Mundial da UNESCO, é um<br />

testemunho vivo <strong>do</strong> estabelecimento histórico da cidade, incorporan<strong>do</strong> um lega<strong>do</strong> arquitectónico<br />

interliga<strong>do</strong> no contexto <strong>do</strong> seu teci<strong>do</strong> urbano original, ilustran<strong>do</strong> bem o primeiro e mais dura<strong>do</strong>uro<br />

encontro entre a China e o mun<strong>do</strong> ocidental.<br />

Igrejas<br />

Ruínas de S. Paulo<br />

É o nome da<strong>do</strong> ao que hoje resta da Igreja da Madre de Deus <strong>do</strong> Colégio de S. Paulo. A<br />

sua fachada principal constitui um <strong>do</strong>s grandes pontos de atracção turística de <strong>Macau</strong>. A Igreja,<br />

da autoria de um jesuíta italiano, começou a ser construída em 1602, ten<strong>do</strong> fica<strong>do</strong> concluída<br />

entre 1637 e 1640. Ao longo da sua existência, foi consumida por três vezes pelo fogo. No<br />

crepúsculo vespertino de 26 de Janeiro de 1835, um incêndio de duas horas destruiu o corpo<br />

e Igreja, sobreviven<strong>do</strong> apenas a fachada principal.<br />

O monumento, que combina o barroco ocidental com a arquitectura oriental, ostenta<br />

elementos esculturais de fina qualidade, foi alvo de sucessivas obras de manutenção as últimas<br />

das quais em 1994, ten<strong>do</strong> sofri<strong>do</strong>, em 2004, obras de consolidação e limpeza.<br />

O Museu de Arte Sacra, cria<strong>do</strong> durante as obras de manutenção entre 1990 a 1996, no local<br />

onde existiu o altar-mor da Igreja, conserva um rico espólio das peças mais representativas<br />

das igrejas de <strong>Macau</strong>.<br />

As Ruínas de S. Paulo estão inscritas na Lista <strong>do</strong> Património Mundial da UNESCO.<br />

Ermida de Nossa Senhora da Guia<br />

É a construção mais antiga da colina da Guia. A ermida começou a ser erguida em 1622,<br />

foi reconstruída e ampliada em 1637, ten<strong>do</strong> fica<strong>do</strong> concluída no ano seguinte, sen<strong>do</strong> dedicada<br />

à protectora <strong>do</strong>s marinheiros portugueses. No seu interior conservam-se as características <strong>do</strong>s<br />

mosteiros portugueses <strong>do</strong> séc. XVII. Em 1996, foram descobertas pinturas datadas de há cerca<br />

de 200 anos, sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s raros exemplares de pinturas murais em construções religiosas no<br />

sul da China. A Ermida de Nossa Senhora da Guia faz parte <strong>do</strong> conjunto da Fortaleza da Guia,<br />

inscrito na Lista <strong>do</strong> Património Mundial da UNESCO.<br />

Igreja de Santo António<br />

Situada em frente <strong>do</strong> Jardim de Camões, foi construída entre 1558 e 1560, pela Companhia<br />

de Jesus, sen<strong>do</strong> uma das mais antigas igrejas católicas de <strong>Macau</strong>. Santo António é o padroeiro <strong>do</strong>s<br />

noivos, sen<strong>do</strong> conheci<strong>do</strong> como o santo casamenteiro. Por isso a Igreja é vulgarmente conhecida<br />

pelo nome de “Igreja <strong>do</strong>s casamentos”. A Igreja foi reconstruída em 1930, e a história <strong>do</strong> edifício<br />

320


Turismo<br />

actual é contada sucintamente numa placa junto à porta: “Construída em 1638. Incendiada em<br />

1809. Reconstruída em 1810. Incendiada novamente em 1874. Reparada em 1875”. A Igreja<br />

de Santo António está inscrita na Lista <strong>do</strong> Património Mundial da UNESCO.<br />

Igreja de Santo Agostinho<br />

A Igreja original foi construída por frades espanhóis agostinhos em 1591, sen<strong>do</strong> uma das<br />

mais antigas igrejas de <strong>Macau</strong>. Mas, a sua imagem de hoje, deve-se à reconstrução de que foi<br />

alvo em 1874. A Igreja ergue-se a cerca de 17 metros e o seu estilo é simples, a<strong>do</strong>ptan<strong>do</strong> o<br />

desenho clássico da era <strong>do</strong> Renascimento da Europa. Possui um espaçoso interior com três naves<br />

e, o altar-mor, construí<strong>do</strong> em mármore é encima<strong>do</strong> por uma escultura de Cristo carregan<strong>do</strong><br />

a cruz. A Igreja de Santo Agostinho está inscrita na Lista <strong>do</strong> Património Mundial da UNESCO.<br />

Igreja de S. Domingos<br />

A Igreja de S. Domingos, localizada na zona central da península de <strong>Macau</strong>, que data <strong>do</strong><br />

início <strong>do</strong> ano de 1587, está construída no local em que foi erguida uma capela e um convento<br />

pelos <strong>do</strong>minicanos filipinos. Pouco depois a gestão da Igreja, dedicada a Nossa Senhora <strong>do</strong><br />

Rosário, passou para as mãos de cristãos portugueses. Utilizou-se madeira de cânfora aquan<strong>do</strong><br />

da sua construção, sen<strong>do</strong> mais tarde substituída por tijolos maciços, pedras e massa de cal. O<br />

desenho <strong>do</strong> edifício pertence à arquitectura portuguesa <strong>do</strong>s séculos XVII e XVIII, então muito<br />

utilizada no Oriente.<br />

A Igreja é composta por uma nave principal que confina com um arco construí<strong>do</strong> em tijolo e<br />

duas naves laterais. O tecto ostenta pinturas e elementos decorativos e uma coroa que encima<br />

o altar-mor. Os portões são de madeira trabalhada e o espaço interior decora<strong>do</strong> com vitrais<br />

e ícones. No altar-mor existe uma estátua da Virgem Maria com o Menino ao colo. Numa das<br />

alas fica a imagem de Nossa Senhora de Fátima. To<strong>do</strong>s os anos, a 13 de Maio, a procissão de<br />

Nossa Senhora de Fátima começa na Igreja de S. Domingos, caminhan<strong>do</strong> os crentes a passos<br />

lentos para a Colina da Penha para comemorar o aparecimento da Nossa Senhora em Fátima,<br />

em Portugal.<br />

Em 1997, o Governo de <strong>Macau</strong> procedeu à restauração geral da Igreja, crian<strong>do</strong> no<br />

campanário, com a altura de três pisos, o Museu de Tesouros de Arte Sacra de S. Domingos,<br />

conservan<strong>do</strong> e expon<strong>do</strong> cerca de 300 peças e relíquias, incluin<strong>do</strong> pinturas a óleo e esculturas.<br />

Nos últimos anos, vários grandes concertos internacionais foram realiza<strong>do</strong>s nesta Igreja,<br />

demonstran<strong>do</strong> a sua importância e valorizan<strong>do</strong> o seu peso cultural. A Igreja de S. Domingos<br />

está inscrita na Lista <strong>do</strong> Património Mundial da UNESCO.<br />

Igreja de S. Lourenço<br />

Faz parte das grandes igrejas de <strong>Macau</strong>. Começou por ser construída em madeira entre<br />

1558 e 1560. Ao longo da sua história, a Igreja foi sofren<strong>do</strong> diversos arranjos, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> por<br />

diversas vezes reconstruída, a primeira das quais em 1618 e a última em 1954. Entretanto, as<br />

obras conduzidas em 1979 trouxeram outro brilho e imponência a esta construção antiga. Ostenta<br />

um campanário e uma torre de relógio, com o telha<strong>do</strong> de arquitectura chinesa. O seu interior<br />

está ricamente decora<strong>do</strong> e caracteriza-se pela presença de elementos de arquitectura oriental.<br />

321


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

No altar-mor há uma bonita gravura de S. Lourenço com ricas vestes. Para os marinheiros<br />

portugueses, S. Lourenço é o santo <strong>do</strong>s bons ventos. A Igreja de S. Lourenço está inscrita na<br />

Lista <strong>do</strong> Património Mundial da UNESCO.<br />

Igreja de S. Lázaro<br />

Edificada em 1623, a Igreja de S. Lázaro, conhecida também por “Igreja <strong>do</strong>s leprosos”,<br />

devi<strong>do</strong> à existência, em tempos antigos, de uma leprosaria que lhe era contígua. É considerada<br />

como a primeira catedral de <strong>Macau</strong>, onde os bispos eram consagra<strong>do</strong>s, após a fundação da<br />

Diocese de <strong>Macau</strong> em Janeiro de 1576, pelo Papa XIII.<br />

A dimensão e aspecto actual da Igreja surgem na sequência das obras de reconstrução<br />

efectuadas em 1885. O revestimento da fachada em marmorite data de 1957.<br />

O cruzeiro da Igreja da Nossa Senhora da Esperança, ou de S. Lázaro, tal como o seu adro,<br />

datam de 1637, como assinala a inscrição: Cruz da Esperança <strong>Ano</strong> 1637.<br />

Igreja da Sé Catedral<br />

Não se conhece a data exacta da sua construção, mas em 1576, uma bula <strong>do</strong> Papa Gregório<br />

XIII elevava-a a Catedral. A Igreja primitiva era feita de madeira, e foi substituída por construção<br />

de taipa em 1622. Em 1836, foi destruída por um tufão e reconstruída 14 anos mais tarde<br />

(1844-1850), graças a uma subscrição de fun<strong>do</strong>s, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> inaugurada a 14 de Fevereiro de<br />

1850, pelo Bispo de <strong>Macau</strong>.<br />

As últimas obras de beneficiação - com um custo de 109 mil patacas - datam de 1937 e<br />

conferiram-lhe o seu aspecto actual.<br />

Muitas das principais festividades <strong>do</strong> calendário litúrgico centram-se na Catedral,<br />

especialmente na Páscoa, em que, além da procissão de Nosso Senhor <strong>do</strong>s Passos, há uma<br />

procissão solene, na Sexta-Feira Santa.<br />

A Igreja da Sé Catedral conserva, ainda, muitas peças de arte sacra, expostas no Paço<br />

Episcopal, para a apreciação <strong>do</strong> público. Esta Igreja está inscrita na Lista <strong>do</strong> Património Mundial<br />

da UNESCO.<br />

Fortalezas<br />

Fortaleza <strong>do</strong> Monte<br />

É também conhecida pelo nome de Fortaleza de S. Paulo fazen<strong>do</strong> parte <strong>do</strong> complexo que<br />

envolve as Ruínas e a área <strong>do</strong> antigo Colégio de S. Paulo. Considera<strong>do</strong> como um <strong>do</strong>s principais<br />

monumentos da cidade, a Fortaleza <strong>do</strong> Monte começou a ser construída pelos Jesuítas em<br />

1617, e concluída em 1626, para sua protecção, servin<strong>do</strong> mais tarde para fins militares e de<br />

protecção da cidade. Em forma de trapézio, a fortaleza ocupa cerca de 800 metros quadra<strong>do</strong>s,<br />

sen<strong>do</strong> constituída por grossas muralhas. No interior das muralhas funciona hoje o Museu de<br />

<strong>Macau</strong>, numa bem sucedida solução arquitectónica, em vários níveis, que ocupa à superfície a<br />

volumetria <strong>do</strong> antigo edifício <strong>do</strong>s serviços meteorológicos.<br />

Entre alguns artefactos da época a Fortaleza conserva alguns canhões e um sino. São,<br />

ainda, visíveis construções antigas, nomeadamente uma das antigas residências <strong>do</strong>s Jesuítas.<br />

322


Turismo<br />

A Fortaleza <strong>do</strong> Monte está inscrita na Lista <strong>do</strong> Património Mundial da UNESCO.<br />

Fortaleza de Mong-Há<br />

Começou a ser construída em 1849, sob a supervisão <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r Ferreira <strong>do</strong> Amaral,<br />

para defender <strong>Macau</strong> <strong>do</strong>s invasores. Ferreira <strong>do</strong> Amaral viria a ser assassina<strong>do</strong>, pelo que os<br />

trabalhos de construção só foram retoma<strong>do</strong>s em 1864 e concluí<strong>do</strong>s em 1866.<br />

A Fortaleza que ocupa uma área de 650 metros quadra<strong>do</strong>s serviu mais tarde para<br />

aquartelamento de solda<strong>do</strong>s portugueses africanos, daí surgin<strong>do</strong> a sua denominação popular de<br />

“colina <strong>do</strong>s negros”. Com o fim da presença militar em <strong>Macau</strong> nos anos 70, a Fortaleza ficou ao<br />

aban<strong>do</strong>no até que, na década de oitenta, foi ali instalada a Escola de Hotelaria, actual Instituto<br />

de Formação Turística.<br />

Fortaleza de S. Francisco<br />

A Fortaleza, localizada no sudeste da antiga costa da Praia Grande, foi construída em 1622,<br />

dispon<strong>do</strong> de <strong>do</strong>is pisos, com um túnel (já desapareci<strong>do</strong> por motivo das obras de aterro) que<br />

ligava à zona baixa da Fortaleza. O seu muro de granito de cerca de 6,6 m por 66 m foi sen<strong>do</strong><br />

restaura<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s tempos. Em 1584, missionários espanhóis edificaram na parte posterior<br />

da Fortaleza, o mosteiro de S. Francisco que mais tarde foi transforma<strong>do</strong> em quartel. Com a<br />

retirada das tropas portuguesas na década de setenta, o local passou a albergar o coman<strong>do</strong><br />

das forças de segurança.<br />

Fortaleza da Guia<br />

Localizada na colina mais alta de <strong>Macau</strong>, e ocupan<strong>do</strong> uma área de 800 metros quadra<strong>do</strong>s,<br />

a Fortaleza da Guia foi concluída em 1622 e ampliada entre 1637 e 1638. Devi<strong>do</strong> à sua posição<br />

<strong>do</strong>minante sobre toda a Península de <strong>Macau</strong> constituiu grande valor militar, pelo que apenas<br />

passou a abrir ao público como ponto turístico, depois de se terem retira<strong>do</strong> as tropas portuguesas<br />

em 1976. É de referir que o forte, ainda, conserva as suas características originais.<br />

A Capela da Nossa Senhora da Guia foi construída em 1622. O Farol da Guia, adjacente à<br />

Capela, foi construí<strong>do</strong> em 1864 e entrou em funcionamento em 24 de Setembro de 1865. Em<br />

Setembro de 1874, o Farol sofreu danos durante uma grande tempestade e foi submeti<strong>do</strong> a<br />

obras de reconstrução, ten<strong>do</strong>-lhe si<strong>do</strong>, então, instala<strong>do</strong> um mecanismo rolante importa<strong>do</strong> de<br />

Paris. Com uma altura de 13 metros e capacidade para projecção da luz a uma distância de 25<br />

milhas, o Farol, que voltou a estar operacional em Junho de 1910, é o mais antigo <strong>do</strong> Extremo<br />

Oriente e, ao longo <strong>do</strong>s anos tem servi<strong>do</strong> para orientação <strong>do</strong>s navega<strong>do</strong>res. Ao seu la<strong>do</strong> existe<br />

um mastro onde são iça<strong>do</strong>s os sinais de tempestade tropical.<br />

A Fortaleza da Guia - incluin<strong>do</strong> a Capela da Guia e o Farol da Guia - está inscrita na Lista<br />

<strong>do</strong> Património Mundial da UNESCO.<br />

Fortaleza de S. Tiago da Barra<br />

Também conheci<strong>do</strong> pelo nome de Forte da Barra e de Forte de Sai Van, a Fortaleza começou<br />

a ser construída em 1622 na base dum simples forte. Era considerada de grande importância<br />

323


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

para a defesa <strong>do</strong> Porto Interior, devi<strong>do</strong> à sua localização na estreita entrada deste porto. A sua<br />

muralha tem 110 metros de comprimento e 40 metros de largura, forman<strong>do</strong>-se uma plataforma<br />

de três metros acima <strong>do</strong> nível das águas <strong>do</strong> mar. Existe no seu interior um depósito de água<br />

em pedra, uma cave e uma capela dedicada a S. Tiago. Em 1981, a Fortaleza foi adaptada a<br />

pousada, preservan<strong>do</strong>-se as suas características iniciais.<br />

Os Três Grandes Templos Chineses<br />

Templo A-Má (Rainha <strong>do</strong> Céu), o Templo de Kun Iam (Deusa da Misericórdia) e Templo<br />

Lin Fong (Flor de Lótus) constituem os mais importantes templos chineses de <strong>Macau</strong>. Neles se<br />

veneram diferentes divindades. As diferentes épocas em que foram edifica<strong>do</strong>s, e o significa<strong>do</strong><br />

que encerram, fazem com que sejam muito procura<strong>do</strong>s pelos fiéis.<br />

Templo de A-Má<br />

Construí<strong>do</strong> há mais de 500 anos, na dinastia Ming, é um <strong>do</strong>s monumentos mais famosos<br />

e o mais antigo <strong>do</strong>s três maiores templos de <strong>Macau</strong>. Era conheci<strong>do</strong> pelo nome de Templo de<br />

Má Chou (Rainha <strong>do</strong> Céu). É composto por quatro corpos principais, destacan<strong>do</strong>-se o portal<br />

guarda<strong>do</strong> por um par de leões e os tectos suspensos que caracterizam a arquitectura chinesa.<br />

A encosta está repleta de lápides de pedra, desde a Capela Wang Ian ao nicho da Deusa da<br />

Misericórdia, nas quais se podem ler inscrições de frases de individualidades notórias da vida<br />

social e política, para além de poemas escritos em diferentes estilos de caligrafia.<br />

O Templo é muito visita<strong>do</strong> pelos devotos durante o <strong>Ano</strong> Novo Lunar e no 23.º dia da 3.ª<br />

lua (nascimento da Deusa Leong Má).<br />

O Templo de A-Má está inscrito na Lista <strong>do</strong> Património Mundial da UNESCO.<br />

Templo de Kun Iam<br />

A sua construção, de estilo budista, data da dinastia Ming e é constituída por três secções,<br />

sen<strong>do</strong> de assinalar os detalhes idênticos aos <strong>do</strong>s mosteiros budistas chineses. O Templo divide-se<br />

num espaço de culto principal e outros secundários, <strong>do</strong> Buda da Longevidade e da Deusa Kun<br />

Iam (Deusa da Misericórdia), para além de quatro compartimentos, da ala oriental e <strong>do</strong>s jardins.<br />

O Templo é famoso, ainda, pelo seu recheio e colecção de peças de arte e caligrafia,<br />

destacan<strong>do</strong>-se as obras <strong>do</strong> grande mestre pintor Kou Kim Fu e <strong>do</strong>s seus pupilos, bem como<br />

os poemas <strong>do</strong>s três maiores poetas da Escola Ling Nan (escola das províncias de Guang<strong>do</strong>ng<br />

e Guangxi).<br />

Num <strong>do</strong>s jardins conserva-se a mesa de granito e respectivos quatro bancos sobre a qual<br />

foi assina<strong>do</strong> o Trata<strong>do</strong> Sino-Americano de Mong-Há, e a lápide descritiva <strong>do</strong> acontecimento. A<br />

Árvore <strong>do</strong> Abraço constitui um outro atractivo <strong>do</strong> templo.<br />

Templo Lin Fong (Lótus)<br />

Foi construí<strong>do</strong> na dinastia Ming, sen<strong>do</strong> também conheci<strong>do</strong> pelo nome de Templo Tin Fei<br />

(Concubina <strong>do</strong> Céu). É um Templo relativamente mais pequeno, dedica<strong>do</strong> à Rainha <strong>do</strong> Céu.<br />

324


Turismo<br />

Sofreu diversas remodelações desde a dinastia Qing, até ganhar o aspecto actual.<br />

É constituí<strong>do</strong> por várias capelas, sen<strong>do</strong> a capela-mor dedicada ao culto de Tin Hau (Rainha<br />

<strong>do</strong> Céu) e as outras dedicadas a divindades distintas. No seu interior destacam-se um tanque<br />

de pedra para a plantação de lótus, que no Verão deixa no ar um aroma refrescante das folhas<br />

da flor nas águas, e pinturas murais.<br />

Em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XIX, Lin Zexu, envia<strong>do</strong> imperial da corte <strong>do</strong> reina<strong>do</strong> Qing, recebeu<br />

no interior <strong>do</strong> Templo, as autoridades portuguesas de <strong>Macau</strong>. Para além destes três templos<br />

mais importantes, existem em <strong>Macau</strong>, ainda, mais de uma dezena de outros templos dedica<strong>do</strong>s<br />

a divindades diferentes.<br />

Fontes Cibernéticas<br />

Existem em <strong>Macau</strong>, duas Fontes Cibernéticas, uma nos Lagos Nam Van e outra no Parque<br />

Dr. Carlos d’Assumpção (em frente à Estátua de Kun Iam). A primeira proporciona quatro<br />

espectáculos diários e seis aos sába<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>mingos acresci<strong>do</strong>s de mais <strong>do</strong>is espectáculos de<br />

laser, à noite. Nos dias festivos, designadamente <strong>Ano</strong> Novo, <strong>Ano</strong> Novo Lunar, Festa <strong>do</strong> Bolo Lunar<br />

e Natal, o número de espectáculos é também aumenta<strong>do</strong>. Com o apoio da Fundação <strong>Macau</strong>, na<br />

Fonte Cibernética <strong>do</strong>s Lagos Nam Van foram instala<strong>do</strong>s, em 2003, um novo sistema de laser a<br />

cores e um projector ultra brilhante (10.000 lux), o mais potente <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. O actual sistema<br />

oferece à população de <strong>Macau</strong>, e aos visitantes, espectáculos digitaliza<strong>do</strong>s de alta qualidade.<br />

Centro de Convenções e Entretenimento da Torre de <strong>Macau</strong><br />

Construí<strong>do</strong> com o investimento da Sociedade de Turismo e Diversões de <strong>Macau</strong>, S.A., o<br />

Centro de Convenções e Entretenimento da Torre de <strong>Macau</strong> foi inaugura<strong>do</strong> em 19 de Dezembro<br />

de 2001. Elevan<strong>do</strong>-se a 338 metros sobre a cidade, o novo símbolo de <strong>Macau</strong>, era a décima<br />

Torre livre mais alta <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e a oitava na Ásia, à data da sua conclusão. Com o pódio situa<strong>do</strong><br />

a 223 metros acima <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> solo, a Torre tem quatro pisos, começan<strong>do</strong> com um piso que<br />

incluiu um café, um restaurante giratório e terminan<strong>do</strong> com um piso panorâmico, onde os<br />

visitantes podem contemplar uma imponente paisagem em círculo, abrangen<strong>do</strong> a vista completa<br />

de <strong>Macau</strong> e áreas próximas <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas e algumas ilhas de Hong Kong, num<br />

raio de 55 quilómetros.<br />

Uni<strong>do</strong> com a Torre, o Centro de Convenções e Entretenimento é composto por quatro pisos,<br />

com equipamentos para exposições e convenções, e áreas de lazer.<br />

Estátua da Deusa A-Má<br />

Erigida no cimo <strong>do</strong> Altinho de Coloane, é a maior estátua de jade branco <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e pesa<br />

mais de 500 toneladas. Esculpida a partir de 120 blocos daquele material, a Estátua, que foi<br />

inaugurada a 28 de Outubro de 1998, mede 19,99 m de altura. A face da Deusa foi esculpida<br />

a partir de um só bloco de pedra.<br />

Actividades Turísticas e Desportivas Mundiais<br />

São celebradas em <strong>Macau</strong>, ao longo <strong>do</strong> ano, diversas actividades culturais e desportivas<br />

325


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

de carácter internacional, que desempenham um papel importante na promoção da RAEM.<br />

Grande Prémio de <strong>Macau</strong><br />

O Grande Prémio de <strong>Macau</strong> teve a primeira edição em 1954, numa competição ama<strong>do</strong>ra<br />

que reuniu um grupo local de amantes <strong>do</strong> desporto motoriza<strong>do</strong>. Hoje esta prova constitui um<br />

<strong>do</strong>s grandes cartazes, nela competin<strong>do</strong> grandes nomes internacionais. To<strong>do</strong>s os anos, em<br />

Novembro, o Grande Prémio atrai a <strong>Macau</strong> mais de duas centenas de pilotos e dezenas de<br />

milhares de turistas para a única prova <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que reúne, simultaneamente, corridas de<br />

carros e motos num circuito de cidade.<br />

A corrida de Fórmula 3 representa um <strong>do</strong>s pontos altos <strong>do</strong> programa <strong>do</strong> evento, nela<br />

competin<strong>do</strong> 30 pilotos vin<strong>do</strong>s de todas as partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

A prova realizou-se pela primeira vez em 1983 e foi ganha por Ayrton Senna. Desde então,<br />

<strong>Macau</strong> consoli<strong>do</strong>u o seu nome no calendário <strong>do</strong> desporto motoriza<strong>do</strong> internacional. Michael<br />

Schumacher venceu em 1990, ingressan<strong>do</strong> logo a seguir na F1, tornan<strong>do</strong>-se campeão mundial.<br />

David Coulthard sucedeu-lhe no ano seguinte, suscitan<strong>do</strong> também as atenções das equipas de<br />

F1, e o mesmo aconteceu a Jenson Button, que saiu <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> lugar, em 1999, directamente<br />

para a mais importante competição de carros de fórmula.<br />

O Grande Prémio de Motos atrai, também, anualmente a <strong>Macau</strong> grandes nomes como Kevin<br />

Schwantz, Carl Fogarty, Didier de Radigues, Ron Haslem entre outros pilotos de reconhecida<br />

qualidade.<br />

Maratona Internacional de <strong>Macau</strong><br />

Anualmente, em Dezembro, tem lugar a maior prova de atletismo de <strong>Macau</strong> - a Maratona<br />

Internacional de <strong>Macau</strong> - cujo itinerário inclui a Península de <strong>Macau</strong>, e as ilhas da Taipa e<br />

Coloane, num percurso de 42,195 km. Atletas de renome internacional, vêm de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>,<br />

juntan<strong>do</strong>-se aos atletas locais e de Hong Kong.<br />

O evento tem como objectivo desenvolver a actividade desportiva em <strong>Macau</strong>, incrementar<br />

a amizade com os países <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, e divulgar o nome da região no campo internacional <strong>do</strong><br />

desporto e <strong>do</strong> turismo.<br />

Concurso Internacional de Fogo de Artifício<br />

É um evento que granjeou já enorme reputação internacional. To<strong>do</strong>s os anos, o Concurso<br />

atrai um número considerável de companhias de fogo de artifício, turistas e população local,<br />

contribuin<strong>do</strong> para dar a conhecer a imagem de <strong>Macau</strong>.<br />

O primeiro concurso realizou-se em 1989, com a participação de concorrentes de cinco<br />

países e regiões, onde se incluíam a China, Portugal, Japão, e Taiwan. Em 1995, o número de<br />

equipas concorrentes aumentou para dez, actuan<strong>do</strong>, em cada noite, duas equipas. Já com 22 anos<br />

de existência, o Concurso Internacional de Fogo de Artifício é hoje um evento anual de grande<br />

interesse turístico, proporcionan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os anos, de Setembro a Outubro, na baía defronte<br />

à Torre de <strong>Macau</strong>, grandes espectáculos pirotécnicos de qualidade única e lindíssimas formas.<br />

Das actividades culturais e desportivas de <strong>Macau</strong> assinalam-se, ainda, entre outras, a<br />

326


Turismo<br />

jornada de <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Grande Prémio Mundial de Voleibol Feminino, o Campeonato Aberto de<br />

Golfe de <strong>Macau</strong>, as Regatas Internacionais de Barcos-Dragão de <strong>Macau</strong>, o Festival de Artes<br />

de <strong>Macau</strong>, (Maio), o Festival Internacional de Música de <strong>Macau</strong>, (Outubro), e o Festival de<br />

Gastronomia de <strong>Macau</strong>.<br />

Gastronomia<br />

A Gastronomia de <strong>Macau</strong> congrega sabores da cozinha oriental e ocidental, de que se<br />

destacam a comida regional chinesa (Pequim, Xangai, Sichuan, Guang<strong>do</strong>ng, Taiwan e de<br />

outras províncias), e os sabores das cozinhas portuguesa, italiana, francesa, japonesa, indiana,<br />

vietnamita, coreana, brasileira e tailandesa, entre outras.<br />

Os pratos de origem portuguesa com sabores adapta<strong>do</strong>s mais ao paladar ocidental tornaram<br />

<strong>Macau</strong> numa terra única onde estes pratos que reúnem condimentos de origem portuguesa,<br />

africana, indiana, malaia e chinesa podem ser aprecia<strong>do</strong>s. A galinha à africana, os camarões<br />

picantes, a galinha à portuguesa, o pato de cabidela, a feijoada e a casquinha de caranguejo<br />

são alguns <strong>do</strong>s exemplos da rica ementa da cozinha de <strong>Macau</strong>, onde não faltam também os<br />

enchi<strong>do</strong>s, os pastéis de bacalhau e as sardinhas portuguesas.<br />

Ao longo da Avenida de Almeida Ribeiro, da Travessa <strong>do</strong> Auto Novo, da Rua de S. Paulo e<br />

na velha vila da Taipa abundam lojas de guloseimas de <strong>Macau</strong>, desde os rolos <strong>do</strong>ces de ovos,<br />

aos bolos de amên<strong>do</strong>a, passan<strong>do</strong> por um varia<strong>do</strong> tipo de carnes e frutos secos, produtos que<br />

são muito procura<strong>do</strong>s pelos turistas para ofertas a amigos e parentes.<br />

327


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

328


Turismo<br />

5 de Outubro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, presente na cerimónia de abertura<br />

<strong>do</strong> 9.º Festival Cultural e Turístico da Deusa A-Má<br />

329


Turismo<br />

3 de Fevereiro de 2011<br />

Celebrações <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Novo Lunar, organizadas em conjunto pela<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo e pelo Instituto para os Assuntos<br />

Cívicos e Municipais<br />

330


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

27 de Setembro de 2011<br />

Corrida de Bandejas e distribuição de prémios <strong>do</strong> Dia Mundial<br />

<strong>do</strong> Turismo organizada pela Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo<br />

<strong>do</strong> Governo da RAEM<br />

Desfile por <strong>Macau</strong>, Cidade Latina<br />

Foto: Chan Chou Meng<br />

331


Turismo<br />

Fogo de artifício<br />

Foto: Lam Sai Kuong<br />

1 de Outubro de 2011<br />

23.º Concurso Internacional de Fogo de Artifício de <strong>Macau</strong><br />

332


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

1 de Janeiro de 2011<br />

Passagem de <strong>Ano</strong> - <strong>Macau</strong>: Contagem decrescente para o <strong>Ano</strong> de 2011<br />

333


<strong>Macau</strong> é um território<br />

seguro, com uma das taxas de<br />

criminalidade mais baixa <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong>, onde se pode viver e<br />

trabalhar em tranquilidade.<br />

Seguin<strong>do</strong> as políticas definidas<br />

e pesan<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> actual da<br />

sociedade, as autoridades<br />

de segurança têm ajusta<strong>do</strong>,<br />

planea<strong>do</strong> e executa<strong>do</strong> as<br />

medidas de prevenção e<br />

combate à criminalidade em<br />

função da sua evolução, com<br />

o fim de garantir a vida e os<br />

bens das pessoas e a paz da<br />

sociedade.


VII<br />

ORDEM<br />

PÚBLICA


Instruen<strong>do</strong>s da polícia em treino (Foto: GCS)


Ordem Pública<br />

Ordem Pública<br />

<strong>Macau</strong> é um território seguro, com uma das taxas de criminalidade mais baixa <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>,<br />

onde se pode viver e trabalhar em tranquilidade. Seguin<strong>do</strong> as políticas definidas e pesan<strong>do</strong> o<br />

esta<strong>do</strong> actual da sociedade, as autoridades de segurança têm ajusta<strong>do</strong>, planea<strong>do</strong> e executa<strong>do</strong><br />

as medidas de prevenção e combate à criminalidade em função da sua evolução, com o fim de<br />

garantir a vida e os bens das pessoas e a paz da sociedade.<br />

Serviços de Polícia Unitários<br />

Os Serviços de Polícia Unitários (SPU) são responsáveis pelo coman<strong>do</strong> e a direcção das<br />

execuções das missões <strong>do</strong> Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e da Polícia Judiciária<br />

(PJ). Os SPU foram constituí<strong>do</strong>s após o estabelecimento da RAEM e integram o sistema de<br />

segurança interna da RAEM, ten<strong>do</strong> entra<strong>do</strong> em pleno funcionamento em Outubro de 2001.<br />

As principais competências <strong>do</strong>s SPU são a uniformização no coman<strong>do</strong> directo e na<br />

direcção operacional <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is organismos de natureza policial que lhe ficam subordina<strong>do</strong>s<br />

hierarquicamente, e, através <strong>do</strong>s órgãos policiais subordina<strong>do</strong>s, defender a segurança e a<br />

ordem pública nos diversos <strong>do</strong>mínios, salvaguardan<strong>do</strong> a tranquilidade social. As acções de rotina<br />

<strong>do</strong>s SPU são: dirigir e articular os <strong>do</strong>is dispositivos operacionais das duas entidades policiais,<br />

ordenar missões, articular a investigação criminal, superintender na execução das operações,<br />

avaliar a capacidade da operação e, entre outras, a eficácia da mesma. Podem ainda, quan<strong>do</strong><br />

necessário, participar directamente nas operações, coordenar as operações conjuntas, para<br />

aproveitar, assim, de forma concentrada e racional as forças policiais, elevar a sua capacidade<br />

operacional, garantir a sua eficiência imediata no combate ao crime, controlar a criminalidade,<br />

manter a ordem pública, e assegurar a segurança e protecção <strong>do</strong>s bens <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

Os SPU são um órgão de planeamento e de conselho, constituí<strong>do</strong> por seis subunidades<br />

orgânicas: o Gabinete <strong>do</strong> Comandante-geral, o Centro de Análise de Informações (CAI), o<br />

Departamento de Gestão de Recursos (DGR), o Centro de Planeamento de Operações (CPO),<br />

o Núcleo de Informática e de Tecnologias de Informação (NITI) e o Gabinete de Comunicação<br />

e Relações Públicas (GCRP).<br />

Sob o coman<strong>do</strong> e direcção <strong>do</strong>s SPU, e com os esforços conjuntos e cooperação da Polícia de<br />

337


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Segurança Pública e da Polícia Judiciária, conseguiram-se melhores resulta<strong>do</strong>s, promoven<strong>do</strong>-se,<br />

substancialmente, a capacidade <strong>do</strong>s agentes policiais na prevenção e no combate à criminalidade<br />

e na manutenção da segurança da RAEM.<br />

Polícia de Segurança Pública<br />

O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) tem como principais missões assegurar<br />

a ordem pública, exercer a prevenção, investigação e combate da criminalidade, defender o<br />

interesse público e garantir a segurança de pessoas e de bens, fiscalizar a imigração ilegal,<br />

efectuar o serviço migratório, controlar e fiscalizar a circulação de veículos e peões.<br />

São órgãos e subunidades <strong>do</strong> CPSP: Coman<strong>do</strong> e Órgãos <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong>; Departamento de<br />

Gestão de Recursos; Departamento de Informações; Departamento de Operações; Serviços de<br />

Migração; Departamento de Trânsito; Departamento Policial de <strong>Macau</strong>; Departamento Policial<br />

das Ilhas; Unidade Táctica de Intervenção da Polícia; Divisão de Apoio e Serviços; Escola de<br />

Polícia e Banda de Música.<br />

Até final de 2011, o quadro de pessoal <strong>do</strong> Corpo de Polícia de Segurança Pública era de 5120<br />

lugares, <strong>do</strong>s quais 4252 preenchi<strong>do</strong>s, existin<strong>do</strong> 868 vagas. 314 é o número de efectivos civis.<br />

Centro de Controlo de Operações<br />

O Departamento de Operações <strong>do</strong> CPSP possui um Centro de Controlo de Operações,<br />

poden<strong>do</strong> a população através <strong>do</strong> telefone número 999, linha de emergência, ligar directamente a<br />

este centro, o qual fará a classificação e enviará guardas ao local para o tratamento devi<strong>do</strong>. Em<br />

caso de incêndio, de salvamento de indivíduos em perigo de vida, feri<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>entes entre outros,<br />

o centro comunica, de imediato, com as três partes (participante, guarda da linha de emergência<br />

e pessoal <strong>do</strong> Corpo de Bombeiros) para a tomada das providências necessárias, enquanto os<br />

outros tipos de ocorrências imediatas são transferi<strong>do</strong>s para os respectivos comissaria<strong>do</strong>s ou<br />

para os Serviços de Alfândega, se for incidente no mar.<br />

A linha de emergência 999 foi criada para estar ao serviço da população em situações de<br />

emergência. Assim, para evitar o abuso na sua utilização, existe um dispositivo que permite<br />

identificar a origem de todas as chamadas efectuadas, fican<strong>do</strong> as mesmas registadas, para<br />

que, caso necessário, se possa proceder a investigações por parte das autoridades. Em 2011,<br />

o total de chamadas de emergência (999) recebidas foi de 389.999.<br />

Este centro dispõe de um sistema de fiscalização e controlo <strong>do</strong> trânsito com câmaras de<br />

vídeo, instaladas nas pontes, o que permite agir de acor<strong>do</strong> com as situações de trânsito.<br />

O Centro de Controlo de Operações está muni<strong>do</strong> de um sistema informático de alarme<br />

visual que pode transmitir directamente para o centro, os da<strong>do</strong>s visuais a partir <strong>do</strong> local da<br />

ocorrência, permitin<strong>do</strong> ao pessoal <strong>do</strong> centro conhecer atempadamente a situação real para<br />

tomar medidas mais adequadas.<br />

Unidade Táctica de Intervenção da Polícia<br />

A Unidade Táctica de Intervenção da Polícia (UTIP), criada em 1979 com cerca de 20<br />

efectivos, conta hoje com 628 elementos.<br />

338


Ordem Pública<br />

Dependem da UTIP seis entidades: a Divisão de Intervenção, o Grupo de Protecção de<br />

Altas Entidades e Instalações Importantes, a Secção de Inactivação de Engenhos Explosivos<br />

Improvisa<strong>do</strong>s, o Pelotão Cinotécnico, o Grupo de Busca e Revista de Segurança e o Grupo de<br />

Operações Especiais. Compete à UTIP, designadamente, assegurar a protecção de instalações de<br />

maior importância; actuar contra delinquentes, nomeadamente, os que façam uso de armas de<br />

fogo; e actuar em situações de alta violência, envolven<strong>do</strong> franco-atira<strong>do</strong>res e tomada de reféns.<br />

Polícia Judiciária<br />

A Directoria da Polícia Judiciária (PJ) está sob a tutela da Secretaria para a Segurança e tem<br />

como missão principal a prevenção e investigação criminal, e auxiliar na administração da Justiça.<br />

São subunidades da PJ: o Departamento de Investigação Criminal, o Departamento de<br />

Investigação de Crimes Relaciona<strong>do</strong>s com o Jogo e Económicos, o Departamento de Informações<br />

e Apoio, o Departamento de Ciências Forenses, o Departamento de Coordenação de Informática<br />

e Telecomunicações, o Departamento de Gestão e Planeamento, a Escola de Polícia Judiciária e<br />

o Subgabinete de <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Gabinete Central Nacional Chinês da Interpol. O quadro de pessoal<br />

da Polícia Judiciária é de 1356 lugares, <strong>do</strong>s quais 988 já se encontravam preenchi<strong>do</strong>s em 2011.<br />

A PJ registou, no ano de 2011, um total de 10.613 processos criminais de vários géneros,<br />

entre os quais, 4830 inquéritos, 2543 investigações sumárias, 2989 diligências solicitadas e<br />

251 autos de denúncia. Foram concluí<strong>do</strong>s 9738 processos, 4424 inquéritos, 2497 investigações<br />

sumárias, 2568 diligências solicitadas e 251 autos de denúncia. Nos processos concluí<strong>do</strong>s contam-<br />

-se quatro casos de homicídio, 20 de crime contra a liberdade pessoal, 49 de extorsão, 38 de<br />

fogo posto, 163 roubos, 2064 de furto, 96 de tráfico de droga, 102 de consumo de droga, 13 de<br />

tráfico de pessoas, 25 de manipulação de prostituição, três de associação secreta/seita, nove de<br />

crime organiza<strong>do</strong>, 175 de usura, 2028 relaciona<strong>do</strong>s com jogos, 240 casos de crimes de passagem<br />

de moeda falsa (incluin<strong>do</strong> casos de crime de uso e falsificação de cartão de crédito), 201 de<br />

burla e 124 de burla em computa<strong>do</strong>r ou na Internet, bem como, 84 casos de burla telefónica.<br />

Departamento de Investigação Criminal<br />

O Departamento de Investigação Criminal (DIC) é um serviço de investigação da PJ, e tem<br />

a competência de proceder à prevenção e investigação relativamente aos crimes defini<strong>do</strong>s no<br />

artigo 7.º da Lei n.º 5/2006, compreenden<strong>do</strong> tráfico e consumo de droga, roubo, crime contra<br />

a pessoa e contra o património, crime organiza<strong>do</strong>, crime de fogo posto e outros crimes puníveis<br />

com pena de prisão que pode ir para além <strong>do</strong>s três anos.<br />

As subunidades <strong>do</strong> Departamento de Investigação Criminal, que se responsabilizam pelo<br />

tratamento <strong>do</strong>s crimes acima referi<strong>do</strong>s, são: a Divisão de Investigação e Combate ao Tráfico de<br />

Estupefacientes, a Divisão de Investigação e Combate ao Banditismo, a Secção de Investigação<br />

de Crimes contra a Pessoa, a Secção de Investigação de Crimes contra a Propriedade, a Secção<br />

de Investigação e Combate ao Roubo e a Secção de Investigação e Combate aos Crimes de<br />

Fogo Posto.<br />

Departamento de Investigação de Crimes Relaciona<strong>do</strong>s com<br />

o Jogo e Económicos<br />

Sob o Departamento de Investigação de Crimes relaciona<strong>do</strong>s com o Jogo e Económicos<br />

339


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

existem as seguintes subunidades: a Divisão de Investigação de Crimes relaciona<strong>do</strong>s com o<br />

Jogo, a Divisão de Investigação de Crimes Económicos, a Divisão de Investigação de Crimes de<br />

Branqueamento de Capitais e a Divisão de Investigação de Crimes Informáticos. A Divisão de<br />

Investigação de Crimes Informáticos criou recentemente a Secção de Investigação de Crimes<br />

Informáticos, a Secção de Prevenção de Crimes Informáticos e a Secção de Estu<strong>do</strong> e Apoio ao<br />

Combate aos Crimes Informáticos, facilitan<strong>do</strong> a optimização e integração <strong>do</strong>s trabalhos da própria<br />

divisão, a fim de prevenir e combater de forma eficaz os crimes informáticos, impulsionan<strong>do</strong><br />

mais activamente os trabalhos de prevenção da prática de crimes com recurso à alta tecnologia.<br />

Ao Departamento compete essencialmente proceder à prevenção e investigação <strong>do</strong>s crimes<br />

<strong>do</strong>s jogos ilícitos, de usura, crimes pratica<strong>do</strong>s no interior <strong>do</strong>s casinos, salas e recintos de jogo,<br />

ou ao re<strong>do</strong>r destes quan<strong>do</strong> relaciona<strong>do</strong>s com o jogo, fraude, abuso de confiança, emissão de<br />

cheque sem cobrança, falsificação de <strong>do</strong>cumentos, falsificação de moedas, uso e passagem de<br />

notas falsas, crime de desobediência, declaração de identificação falsa, falsificação de esta<strong>do</strong><br />

civil, detenção e uso de <strong>do</strong>cumento de identificação de outros, crime informático, crime de<br />

transferência e branqueamento de capitais, e crime de financiamento ao terrorismo.<br />

Departamento de Informações e Apoio<br />

O Departamento de Informações e Apoio funciona na dependência <strong>do</strong> Comandante-Geral.<br />

As suas competências traduzem-se na organização, instalação, exploração e manutenção de<br />

um sistema automatiza<strong>do</strong> de registo de informações de natureza policial e criminal tendente<br />

a auxiliar a investigação <strong>do</strong>s crimes delega<strong>do</strong>s na PJ, bem como definir planos estratégicos<br />

para o combate à criminalidade e prestar apoio às várias subunidades de investigação da PJ,<br />

designadamente no âmbito da prevenção <strong>do</strong>s crimes de associação ou sociedade secreta, da<br />

criminalidade organizada e <strong>do</strong> terrorismo.<br />

O Departamento de Informações e Apoio tem como suas subunidades, a Divisão de<br />

Informações em Geral, a Divisão de Apoio Operacional, a Divisão de Investigação Tecnológica<br />

e a Divisão de Investigação Especial.<br />

Departamento de Ciência Forenses<br />

O Departamento de Ciências Forenses (DCF) é uma unidade que goza de independência<br />

técnica, e as suas entidades dependentes são as seguintes: a Divisão de Inspecção ao Local<br />

<strong>do</strong> Crime, a Divisão de Peritagem e Ciências Forenses e a Divisão de Apoio Técnico de Ciências<br />

Forenses. O Departamento de Ciências Forenses pretende elevar o nível de gestão de ciência<br />

e tecnologia policial e a capacidade de estu<strong>do</strong>s científicos. A este Departamento compete<br />

essencialmente coordenar e dirigir as inspecções ao local <strong>do</strong> crime, realizar peritagens de técnica<br />

criminal, em particular, exames periciais de provas materiais relaciona<strong>do</strong>s com físico-química,<br />

biologia, <strong>do</strong>cumentação, vídeo, vestígios, drogas e tóxicos, e ainda a gestão da qualidade pericial;<br />

assegurar a gestão das provas materiais e <strong>do</strong>s respectivos equipamentos e aparelhos, bem como<br />

a gestão de arquivos técnicos informáticos e efectuar estu<strong>do</strong>s científicos em matéria criminal.<br />

Departamento de Coordenação de Informática e<br />

Telecomunicações<br />

Ao Departamento de Coordenação de Informática e Telecomunicações compete estudar,<br />

340


Ordem Pública<br />

coordenar, avaliar, definir e executar os planos de sistemas informáticos e de telecomunicações<br />

necessários para a prossecução das atribuições da PJ, bem como estudar, a nível de informática e<br />

telecomunicações, as técnicas especializadas de prevenção criminal e de combate à criminalidade,<br />

competin<strong>do</strong>-lhe ainda conceber, instalar e manter os respectivos equipamentos, coadjuvan<strong>do</strong>, a<br />

nível técnico-informático, na investigação de crimes relaciona<strong>do</strong>s com a informática, no âmbito<br />

das competências atribuídas à Divisão de Informática Forense.<br />

O Departamento de Coordenação de Informática e Telecomunicações compreende as<br />

seguintes subunidades: a Divisão de Informática, a Divisão de Telecomunicações e a Divisão de<br />

Informática Forense. Sen<strong>do</strong> uma subentidade recém-criada, à Divisão de Informática Forense<br />

compete: coadjuvar, a nível técnico-informático, na investigação de crimes relaciona<strong>do</strong>s com<br />

a informática e recurso a alta tecnologia; recolher, examinar e analisar as provas electrónicas<br />

relacionadas com os crimes, bem como provar a veracidade <strong>do</strong>s factos em juízo.<br />

Escola de Polícia Judiciária<br />

A Escola de Polícia Judiciária (EPJ) é um departamento da Polícia Judiciária a quem compete<br />

a selecção e formação <strong>do</strong> pessoal integra<strong>do</strong> em carreiras de regime especial da PJ, a fiscalização<br />

da realização de estágios, e a edição de publicações bem como organização de actividades de<br />

promoção.<br />

As acções de formação abrangem as áreas de formação inicial, para acesso, permanente<br />

e linguística, cujos destinatários são inspectores, sub-inspectores, peritos de criminalística,<br />

e adjuntos-técnicos de criminalística. Em 2011, a EPJ organizou 90 cursos de formação de<br />

ingresso no quadro, de promoção e de formação em serviço, num total de 2218 horas, para<br />

um conjunto de 3295 instruen<strong>do</strong>s.<br />

A EPJ publica, periodicamente, um mensal informativo da PJ, a Revista Investigação Criminal<br />

e Sistema Jurídico e o Relatório Anual da PJ.<br />

Subgabinete de <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Gabinete Central Nacional Chinês<br />

da Interpol<br />

As competências <strong>do</strong> Subgabinete da Interpol (SMGCNCI) são: executar ou promover, nos<br />

termos da lei, a realização das diligências que lhe sejam solicitadas por gabinetes da Interpol<br />

<strong>do</strong> exterior; proceder à difusão de manda<strong>do</strong>s de detenção de infractores em fuga que sejam<br />

procura<strong>do</strong>s pelas autoridades de <strong>Macau</strong> ao Secretaria<strong>do</strong>-Geral da Organização Internacional<br />

de Polícia Criminal, em França, e de informações relativas ao crime ao exterior; transmitir<br />

aos membros da organização os pedi<strong>do</strong>s de detenção provisória que devam ser executa<strong>do</strong>s<br />

no âmbito de processos de entrega de infractores em fuga; deter ou promover a detenção de<br />

indivíduos procura<strong>do</strong>s pelo Secretaria<strong>do</strong>-Geral da Organização Internacional de Polícia Criminal<br />

que sejam por factos que justifiquem a entrega; colaborar na transferência para <strong>Macau</strong> <strong>do</strong>s<br />

suspeitos de crime e de delinquentes que se encontrem em fuga fora de <strong>Macau</strong>; formular<br />

propostas de a<strong>do</strong>pção de medidas de prevenção e repressão da criminalidade; proceder ao<br />

intercâmbio de informações relativas a criminosos internacionais e à difusão de <strong>do</strong>cumentos de<br />

interesse policial; estabelecer relações de cooperação com serviços de segurança <strong>do</strong> exterior;<br />

e, proceder à recepção, selecção, tratamento, difusão e arquivo da <strong>do</strong>cumentação respeitante<br />

a criminosos internacionais.<br />

341


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Núcleo de Apoio a Menores<br />

Integram o Núcleo de Apoio a Menores (NAM) um inspector, vários investiga<strong>do</strong>res de<br />

processos criminais e um funcionários da área social que têm como funções: estudar as<br />

características da delinquência juvenil em <strong>Macau</strong>, de acor<strong>do</strong> com as realidades sociais;<br />

apresentar, empenhadamente e com eficiência, as respectivas propostas na prevenção de<br />

delinquência juvenil; aumentar a comunicação entre escolas e associações juvenis, trocan<strong>do</strong><br />

assim experiências e opiniões no senti<strong>do</strong> de conhecer, atempadamente, as tendências da<br />

criminalidade juvenil, para que as mesmas possam ser descobertas em tempo, evitan<strong>do</strong> assim<br />

a sua propagação; e, através de simpósios, palestras e outras formas de actividades transmitir<br />

aos jovens uma nova concepção de vida e de valores.<br />

Em 2011 realizaram-se 86 simpósios, e 25 alunos receberam ajuda e orientações, ten<strong>do</strong> o<br />

NAM efectua<strong>do</strong> 154 patrulhas nas imediações das escolas primárias e secundárias, 26 acções<br />

extensivas ao exterior e 25 visitas organizadas às instalações policiais, o que parece ter produzi<strong>do</strong><br />

efeitos positivos para a prevenção da delinquência juvenil.<br />

Grupo de Negociação para Situações de Crise<br />

O Grupo de Negociação para Situações de Crise tem a finalidade de resolver e atenuar<br />

situações de crise, bem como minorar os prejuízos em vidas humanas e patrimoniais. O grupo<br />

é convoca<strong>do</strong> e dirigi<strong>do</strong> pelo Subdirector da PJ responsável pela investigação criminal e acções,<br />

e forma<strong>do</strong> por membros das diferentes unidades de investigação. Os membros, que são<br />

voluntários, e acumulam as funções de negocia<strong>do</strong>r com as <strong>do</strong> trabalho normal, só podem fazer<br />

parte integrante <strong>do</strong> grupo após selecção rigorosa e formação adequada, deven<strong>do</strong> ainda participar<br />

em manobras e treinos periodicamente realiza<strong>do</strong>s e estar prontos a qualquer momento a ser<br />

chama<strong>do</strong>s para executar tarefas de negociação para situações de crise, ajudan<strong>do</strong> a resolução<br />

de casos de sequestro de refém e de suicídio.<br />

Em 2011, o Grupo de Negociação para Situações de Crise foi chama<strong>do</strong> para desempenhar<br />

funções de negociação em 11 casos de suicídio e de auto-enclausura, sen<strong>do</strong> bem sucedi<strong>do</strong> na<br />

resolução de to<strong>do</strong>s os casos. O Grupo de Negociação para Situações de Crise recebeu, ainda,<br />

26 pedi<strong>do</strong>s de outros serviços públicos no senti<strong>do</strong> de mandar o seu pessoal comparecer no<br />

local, prestan<strong>do</strong> ajuda em acções de despejo e desocupação de barracas e terrenos ilegalmente<br />

ocupa<strong>do</strong>s.<br />

Grupo de Prevenção Criminal na Área da Habitação<br />

Na sequência <strong>do</strong> aumento de ocorrência de crimes de furto, roubo, crimes relaciona<strong>do</strong>s<br />

com estupefacientes e de burla nos edifícios habitacionais, a Polícia Judiciária criou, no início<br />

de 2010, o “Grupo de Prevenção Criminal na Área da Habitação”.<br />

O grupo é forma<strong>do</strong> por dez membros das cinco unidades (a Divisão de Investigação e<br />

Combate ao Tráfico de Estupefacientes, a Divisão de Investigação e Combate ao Banditismo,<br />

a Secção de Investigação de Crimes de Fraudes, a Secção de Investigação de Crimes contra a<br />

Propriedade e a Divisão de Ligação entre Polícia e Comunidade e Relações Públicas). Os membros,<br />

que integram o Grupo por acumulação, desenvolvem o seu trabalho em <strong>do</strong>is destacamentos.<br />

Em 2011, o “Grupo de Prevenção Criminal na Área da Habitação” efectuou no total 62 visitas<br />

342


Ordem Pública<br />

de inspecção a 1448 edifícios/vezes em cúmulo, incluin<strong>do</strong> edifícios habitacionais, comerciais e<br />

industriais, realizou várias reuniões de trabalho com associações e organizações para melhorar<br />

a situação de segurança pública na área de habitação e 20 palestras de prevenção de furto.<br />

Forças de Segurança de <strong>Macau</strong><br />

Das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong> (FSM), fazem parte a Direcção <strong>do</strong>s Serviços das Forças<br />

de Segurança (DSFSM), o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), o Corpo de Bombeiros<br />

(CB) e a Escola Superior das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong> (ESFSM), constituin<strong>do</strong>, junto com<br />

os Serviços de Polícia Unitários, Serviços de Alfândega, Polícia Judiciária e Estabelecimento<br />

Prisional de <strong>Macau</strong>, o sistema de segurança interna de <strong>Macau</strong>. No final de 2011, tinham ao seu<br />

serviço 5379 efectivos militariza<strong>do</strong>s e 800 efectivos civis.<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços das Forças de Segurança de<br />

<strong>Macau</strong><br />

A principal atribuição da DSFSM é assegurar a administração e gestão <strong>do</strong>s recursos<br />

financeiros das diversas subunidades e prestar-lhes apoio técnico. A DSFSM tem por subunidades,<br />

o Departamento de Administração, o Departamento de Apoio Técnico, o Gabinete de Relações<br />

Públicas e Arquivo Histórico.<br />

Recrutamento<br />

O recrutamento de guardas <strong>do</strong> CPSP e de bombeiros <strong>do</strong> CB é da responsabilidade da DSFSM.<br />

O requisito de habilitações escolares para o ingresso nos postos de guarda <strong>do</strong> CPSP e de bombeiro<br />

<strong>do</strong> CB é fixo no 12.º ano de escolaridade (ensino secundário complementar). Os candidatos<br />

têm que se submeter a inspecção sanitária, a provas físicas, a provas de conhecimentos gerais<br />

e a provas psicotécnicas. Ao concluir, em 2011, o 13.º CFI Normal, 200 instruen<strong>do</strong>s foram<br />

recruta<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> 163 incorpora<strong>do</strong>s no CPSP e 37 no CB; e <strong>do</strong> 14.º CFI Normal, 110 instruen<strong>do</strong>s<br />

foram recruta<strong>do</strong>s no CB. Quan<strong>do</strong> o 15.º CFI Normal foi concluí<strong>do</strong> em 25 de Janeiro de <strong>2012</strong>,<br />

115 instruen<strong>do</strong>s foram recruta<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> 91 incorpora<strong>do</strong>s no CPSP e 24 no CB.<br />

Recrutamento de instruen<strong>do</strong>s das FSM em 2011<br />

CFI<br />

N.º de<br />

Candidatos<br />

N.º de instruen<strong>do</strong>s que frequentam os CFI após<br />

provas eliminatórias<br />

sexo masculino sexo feminino Total<br />

15.° 2375 100 15 115<br />

16.° 1685 129 18 147<br />

Quan<strong>do</strong> finalizarem os cursos de formação, os instruen<strong>do</strong>s que obtiverem aproveitamento<br />

serão incorpora<strong>do</strong>s nas FSM como guardas <strong>do</strong> CPSP ou bombeiros <strong>do</strong> CB. O recrutamento <strong>do</strong><br />

343


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

pessoal civil das FSM é também da responsabilidade da DSFSM. Após o processo de admissão,<br />

o pessoal admiti<strong>do</strong> é coloca<strong>do</strong> nos vários serviços das FSM.<br />

Informações e Queixas<br />

Desde a constituição da DSFSM, existe um serviço de informações ao público presta<strong>do</strong><br />

pelo seu Gabinete de Relações Públicas e Arquivo Histórico, que inclui consultas, propostas ou<br />

queixas apresentadas pelos cidadãos junto das diversas unidades das FSM.<br />

No ano de 2011, a DSFSM registou 171 casos, <strong>do</strong>s quais 16 foram de queixas; seis foram<br />

de propostas e sugestões; 134 foram de consultas de informações; três foram de denúncia;<br />

um foi de elogio, 11 não envolveram as FSM. Entre os 16 casos de queixas, quatro envolveram<br />

equipamentos e instalações, cinco envolveram elementos seus, três estavam relaciona<strong>do</strong>s com<br />

assuntos de trânsito, <strong>do</strong>is com trâmites, um envolveu meio ambiente e um estava relaciona<strong>do</strong><br />

com uniforme.<br />

Instauração de Processos Disciplinares<br />

Devi<strong>do</strong> à exigência muito rigorosa das FSM em relação à disciplina, feita a to<strong>do</strong>s os<br />

militariza<strong>do</strong>s, de acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s pelas FSM, em 2011, foram instaura<strong>do</strong>s 338<br />

processos disciplinares, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> averigua<strong>do</strong>s 387 indivíduos. Estes processos incluíram 307<br />

casos <strong>do</strong> CPSP, 26 casos <strong>do</strong> CB, um caso da DSFSM e quatro casos da ESFSM. A maior parte<br />

<strong>do</strong>s processos disciplinares foi instaurada devi<strong>do</strong> a infracções ligeiras. Como consequência <strong>do</strong>s<br />

processos instaura<strong>do</strong>s, oito elementos <strong>do</strong> CPSP e um elemento <strong>do</strong> CB foram puni<strong>do</strong>s devi<strong>do</strong> a<br />

infracções penais.<br />

Corpo de Bombeiros<br />

O Corpo de Bombeiros tem como principal missão a prestação de socorro em caso de<br />

incêndios, inundações, desabamentos e de uma maneira geral, e, em to<strong>do</strong>s os sinistros<br />

que ponham em risco a vida e a integridade física das pessoas, bem como os seus haveres;<br />

Exercer a prevenção contra incêndios; Prestar socorro a sinistra<strong>do</strong>s e a <strong>do</strong>entes, em esta<strong>do</strong><br />

de emergência; e participar na protecção civil e fazer face à ocorrência de contingências.<br />

É a seguinte a estrutura actual <strong>do</strong> CB: Coman<strong>do</strong>, Conselho Disciplinar, Assessoria Jurídica,<br />

Gabinete de Apoio ao Coman<strong>do</strong>, Departamento de Gestão de Recursos, Divisão de Pessoal e<br />

Logística, Departamento Técnico, Departamento Operacional de <strong>Macau</strong>, Divisão de Operações<br />

e de Ambulâncias de <strong>Macau</strong>, Departamento Operacional das Ilhas, Divisão de Operações e de<br />

Ambulâncias das Ilhas, Escola de Bombeiros, Divisão de Serviços e entre outras subunidades<br />

orgânicas a Divisão de Aeroporto.<br />

Com um quadro para 1173 funcionários, o CB, até ao final <strong>do</strong> ano de 2011, contava<br />

apenas com 988 afectos ao quadro, existin<strong>do</strong>, assim, 177 vagas. Até finais <strong>do</strong> mesmo ano<br />

encontravam-se em funcionamento sete postos operacionais <strong>do</strong> CB distribuí<strong>do</strong>s por diferentes<br />

locais da Península de <strong>Macau</strong>, Taipa e Coloane, nomeadamente, o Posto Operacional <strong>do</strong> Lago<br />

Sai Van, o Posto Operacional Central, o da Areia Preta, o da Taipa, o de Coloane e <strong>do</strong>is postos<br />

localiza<strong>do</strong>s no Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong>.<br />

No ano de 2011, o Corpo de Bombeiros tratou de 35.215 ocorrências.<br />

344


Ordem Pública<br />

Viaturas e Equipamentos<br />

O CB conta com um total de 162 veículos contra incêndios, incluin<strong>do</strong> 16 auto-bomba-<br />

-tanques, cinco auto-bomba-tanques de 18 metros, nove viaturas de auto-escadas, seis auto-<br />

-pronto-socorros, <strong>do</strong>is veículo de equipamentos para salvamentos em grande altura, seis veículos<br />

com colchão de salvamento, <strong>do</strong>is auto-espuma e pó químico, um veículo de mangueira de pó<br />

químico, 14 motociclos de assistência médica/contra incêndio, 32 ambulâncias, sete motociclos<br />

de assistência médica, duas ambulâncias de transporte, <strong>do</strong>is veículos de assistência com<br />

medicamento, um veículo de transporte de equipamentos de emergência médica, um veículo<br />

de tratamento de objectos perigosos, <strong>do</strong>is veículos de mangueiras, um veículo de equipamentos<br />

químicos, <strong>do</strong>is veículos aspira<strong>do</strong>r de fumos, duas viaturas de aparelhos respiratórios, <strong>do</strong>is<br />

auto-projector, um veículo de transporte de equipamentos de descontaminação e limpeza, <strong>do</strong>is<br />

veículos de coman<strong>do</strong>, três veículos particulares de cinco assentos, dez veículos particulares de<br />

seis assentos, um veículo particular de sete assentos, 13 jeeps, duas vans, duas camionetas,<br />

<strong>do</strong>is autocarros, uma viatura de divulgação de prevenção contra incêndios, cinco motociclos e<br />

cinco viaturas tipo agricultor e de equipamentos e materiais.<br />

Combate ao Fogo<br />

No ano de 2011, o Corpo de Bombeiros combateu um total de 33 casos de média dimensão,<br />

644 de pequena dimensão e 421 casos varia<strong>do</strong>s. As causas de alarme foram, na maioria <strong>do</strong>s<br />

casos, a negligência, que provocou 684 incêndios, incluin<strong>do</strong> 83 casos de curto-circuito, ten<strong>do</strong>-se<br />

ainda regista<strong>do</strong> 123 casos de alarme por mal-entendi<strong>do</strong>, seis casos de falso alarme intencional,<br />

33 casos de suspeita de fogo posto e 169 de outros incêndios. Durante o ano registaram-se<br />

121 feri<strong>do</strong>s.<br />

Outros Serviços de Emergência e Especiais<br />

Em caso de emergência, <strong>do</strong>méstica, industrial, de viação, de desmoronamento de prédios,<br />

de terras, de inundações, tentativas de suicídio, e serviços especiais no Aeroporto Internacional<br />

de <strong>Macau</strong>, o CB presta serviços de socorro. Durante o ano de 2011, o CB tratou de 4950 casos<br />

de alerta para este tipo de ocorrências.<br />

Serviços de Ambulância<br />

O Corpo de Bombeiros, com uma equipa de socorro de 595 elementos de salvamento com<br />

formação específica certificada, assume a responsabilidade pelo serviço de ambulância em toda a<br />

RAEM. Em 2011, foram trata<strong>do</strong>s 29.167 casos de pedi<strong>do</strong>s de ambulância, que se traduziram em<br />

34.119 deslocações de viaturas. A maioria <strong>do</strong>s destinatários <strong>do</strong>s serviços de ambulância tiveram<br />

origem em acidentes, por incêndio, de trabalho, de viação, <strong>do</strong>mésticos, suicídio, hemorragias<br />

e fracturas provocadas por agressões, perda de senti<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>enças súbitas de origem cardíaca,<br />

e <strong>do</strong> foro psiquiátrico, entre outros.<br />

Prevenção de Fogo<br />

Segun<strong>do</strong> os artigos 2.º e 3.º <strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 24/95/M, compete à Direcção <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Solos, Obras Públicas e Transportes e às demais entidades licencia<strong>do</strong>ras, fiscalizar o cumprimento<br />

345


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

<strong>do</strong> Regulamento de Segurança contra Incêndios e acompanhar a sua aplicação, e, no exercício<br />

das competências referidas, solicitar a colaboração de outros serviços ou entidades públicas<br />

da RAEM, no âmbito das respectivas atribuições e competências. Segun<strong>do</strong> o “Regulamento de<br />

normas de segurança contra incêndios”, toda a concepção da nova construção de edifícios, e<br />

instalação de equipamentos contra incêndio é regulamentada por esta norma. No caso <strong>do</strong>s<br />

edifícios antigos, conforme situações pontuais, são sugeridas melhorias, ten<strong>do</strong> em vista a<br />

prevenção e combate ao fogo. O Corpo de Bombeiros efectua vistorias, testa e fiscaliza, centros<br />

comerciais, fábricas, estabelecimentos de comidas, estabelecimentos de divertimentos, para<br />

se assegurar <strong>do</strong> cumprimento das normas de segurança contra incêndios, e verificar se os<br />

equipamentos de combate ao fogo estão em condições de funcionamento e apresentar, para<br />

efeitos de acompanhamento, os respectivos resulta<strong>do</strong>s da inspecção e os seus pareceres às<br />

entidades competentes. Em 2011, foram efectuadas 1800 fiscalizações às plantas <strong>do</strong>s projectos,<br />

1383 vistorias, 1086 testes aos equipamentos de combate ao fogo, e 2210 inspecções das normas<br />

de segurança contra incêndio, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong>, ainda, tratadas 420 queixas sobre segurança contra<br />

incêndios, bem como o reconhecimento de 35 equipamentos de combate ao fogo e de extintores.<br />

O CB atento às causas de incêndio, e à falta de conhecimento que leva à negligência <strong>do</strong>s<br />

residentes, elaborou recomendações de prevenção e tem-se empenha<strong>do</strong> num trabalho de<br />

sensibilização, através da distribuição de brochuras e panfletos dan<strong>do</strong> a conhecer à população<br />

as normas de segurança contra incêndios, de forma a evitar perigo de incêndio, danos materiais<br />

e perigo de vida. Em 2011, o CB realizou 132 sessões de esclarecimento e sensibilização sobre<br />

normas de segurança para a população, associações, hotéis, fábricas, e escolas, ten<strong>do</strong> o número<br />

de participantes atingi<strong>do</strong> os 17.069. Através <strong>do</strong>s sistemas de atendimento foram efectuadas,<br />

no mesmo ano, 296 consultas sobre o combate ao incêndio.<br />

Escola Superior das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong><br />

A Escola Superior das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong> (ESFSM) é uma subunidade no<br />

âmbito da Secretaria para Segurança, equiparada a Direcção, e é um estabelecimento de ensino<br />

superior da RAEM.<br />

A Escola tem por tarefa principal formar oficiais para os quadros das corporações que<br />

integram as Forças de Segurança de <strong>Macau</strong> (FSM).<br />

Desde a sua criação, a ESFSM já formou pessoal (polícias e bombeiros), com qualificações<br />

específicas, nomeadamente quadros superiores para as FSM.<br />

De 1995 a 2011, o Curso de Formação de Oficiais (Polícias e Bombeiros), formou um<br />

total de 232 oficiais, assumin<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s eles, neste momento, cargos de direcção e chefia em<br />

ambas as corporações. Há hoje 85 forman<strong>do</strong>s a frequentarem a 10.ª, 11.ª, 12.ª e 13.ª edição<br />

destes cursos, <strong>do</strong>s quais três são provenientes <strong>do</strong> Interior da China integran<strong>do</strong> um programa<br />

de intercâmbio de alunos.<br />

O Curso de Formação de Instruen<strong>do</strong>s das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong>, organiza<strong>do</strong> pelo<br />

Centro de Formação Conjunta da ESFSM, entre 1991 e 2011, formou cerca de 5450 elementos<br />

da corporação.<br />

Em 2011, a ESFSM organizou conferências, seminários, e 66 cursos frequenta<strong>do</strong>s por cerca<br />

de 4936 forman<strong>do</strong>s.<br />

346


Ordem Pública<br />

Acidentes de Viação<br />

De acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s estatísticos <strong>do</strong> CPSP, no ano de 2011, registaram-se na RAEM<br />

14.102 acidentes de viação de que resultaram 5505 feri<strong>do</strong>s e 12 mortos.<br />

Serviços de Alfândega<br />

Os Serviços de Alfândega (SA) entraram em funcionamento a 1 de Novembro de 2001,<br />

e a 6 <strong>do</strong> mesmo mês foram inauguradas as instalações <strong>do</strong> novo serviço. Esta última data foi<br />

definida como o dia comemorativo da criação <strong>do</strong>s Serviços de Alfândega.<br />

Os Serviços de Alfândega, constituí<strong>do</strong>s de acor<strong>do</strong> com a Lei Básica, são uma entidade pública<br />

autónoma da RAEM, destinada a desempenhar tarefas de direcção, execução e fiscalização das<br />

respectivas medidas políticas, bem como assumir funções de administração e de supervisão,<br />

no âmbito alfandegário e policial.<br />

É da sua competência a prevenção, combate e repressão da fraude aduaneira. Os SA são,<br />

também, responsáveis pela prevenção e repressão <strong>do</strong> tráfico ilícito, deven<strong>do</strong> contribuir nas suas<br />

actividades para o desenvolvimento <strong>do</strong> comércio externo, manten<strong>do</strong> o prestígio da RAEM no<br />

palco internacional. Os Serviços de Alfândega têm de garantir, de acor<strong>do</strong> com a lei, a protecção<br />

<strong>do</strong>s direitos da propriedade intelectual. O empenhamento no cumprimento <strong>do</strong>s compromissos<br />

assumi<strong>do</strong>s internacionalmente, no âmbito alfandegário, a dedicação à protecção da vida e<br />

<strong>do</strong>s bens <strong>do</strong>s cidadãos, e os procedimentos concernentes à execução adequada da política<br />

de segurança interna são, ainda, obrigações <strong>do</strong>s SA, que participam, também, nas acções de<br />

protecção civil e nas operações especiais de emergência.<br />

Os SA são chefia<strong>do</strong>s por um Director-geral, um Subdirector-geral e adjuntos, e contam, entre<br />

outros, com os seguintes departamentos: de Gestão Operacional; de Fiscalização Alfandegária<br />

<strong>do</strong>s Postos Fronteiriços; da Propriedade Intelectual; de Inspecção Marítima; de Informática e<br />

de Comunicações; Administrativo e Financeiro e Gabinete de Auditoria Interna.<br />

Fiscalização Marítima<br />

A Flotilha de Meios Navais e o pessoal <strong>do</strong>s SA são responsáveis pelas acções de patrulha<br />

na zona costeira. Com a cooperação da Brigada Geral de Defesa Fronteiriça <strong>do</strong> Departamento<br />

de Segurança Pública da Província de Guang<strong>do</strong>ng e <strong>do</strong>s serviços de alfândega nacionais,<br />

os SA têm vin<strong>do</strong> a reforçar eficazmente o combate à actividade clandestina e contraban<strong>do</strong><br />

organiza<strong>do</strong>. Neste senti<strong>do</strong> o pessoal da Flotilha de Meios Navais <strong>do</strong>s Serviços de Alfândega<br />

de <strong>Macau</strong>, juntamente com as respectivas unidades <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País (pequena Brigada de<br />

Defesa Fronteiriça <strong>do</strong> Departamento de Segurança Pública da Cidade de Zhuhai), efectuaram,<br />

em 2011, na costa marítima adjacente, por 55 vezes, acções conjuntas vocacionadas para a<br />

manutenção da segurança marítima e da segurança no canal. Foram realizadas 54 vezes acções<br />

de fiscalização marítima conjunta pela Capitania <strong>do</strong>s Portos e pelos SA nos canais <strong>do</strong>s Portos<br />

Exterior e Interior, com vista à intensificação da ordem e segurança das referidas zonas.<br />

A Flotilha de Meios Navais <strong>do</strong>s Serviços de Alfândega tem nove lanchas de fiscalização e<br />

22 botes rápi<strong>do</strong>s.<br />

347


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Cooperação Internacional<br />

Os Serviços de Alfândega de <strong>Macau</strong> são membros da Organização Mundial Aduaneira (The<br />

World Customs Organization). Os SA estiveram, ainda, envolvi<strong>do</strong>s nas respectivas acções de<br />

prevenção e combate às actividades criminais <strong>do</strong> terrorismo, nas medidas de persuasão de<br />

tráfego de pessoas e de prevenção e combate às actividades de branqueamento de capitais. Por<br />

outro la<strong>do</strong>, os Esta<strong>do</strong>s-Membros e as Regiões da Zona Ásia-Pacífico da Organização Mundial das<br />

Alfândegas promoveram uma acção designada por “Iceberg”, no perío<strong>do</strong> compreendi<strong>do</strong> entre 1<br />

de Janeiro de 2011 e 31 de Maio de 2011, no senti<strong>do</strong> de combater principalmente a actividade<br />

ilegal de venda de cetamina.<br />

Tratamento de Pedi<strong>do</strong>s de Informação e de Reclamações<br />

O Gabinete de Auditoria Interna, unidade dependente <strong>do</strong> Director-geral <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Alfândega, assume especial responsabilidade para tratar as denúncias, reclamações e pedi<strong>do</strong>s<br />

de informação. Em 2011, recebeu 243 casos de denúncia, que envolveram diversas áreas:<br />

violação de propriedade intelectual, de regime de comércio externo e de normas de segurança<br />

marítima, emigração ilegal, mão-de-obra ilegal, e actividades relativas à droga, entre outras.<br />

Foram recebidas 77 reclamações abrangen<strong>do</strong> as seguintes áreas: moral e conduta <strong>do</strong> pessoal<br />

<strong>do</strong>s Serviços de Alfândega, formalidades de procedimento, equipamentos e instalações, meio<br />

ambiente e ruí<strong>do</strong>, entre outras, além de um total de 3200 consultas de informações.<br />

Plano de Protecção Civil<br />

A finalidade da Protecção Civil é a de prevenir riscos colectivos inerentes à ocorrência de<br />

acidentes graves, catástrofes ou calamidades, atenuar os seus efeitos e socorrer as pessoas<br />

em perigo. Para a prossecução de tal objectivo a Administração Pública, entidades particulares<br />

e cidadãos unem os seus esforços.<br />

O Coman<strong>do</strong> da Acção Conjunta, com os recursos humanos e materiais atribuí<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong><br />

da ocorrência de acidente grave, catástrofe ou calamidade, propõe, coordena e supervisiona o<br />

conjunto de medidas passivas e activas de carácter excepcional destinadas a prevenir, atenuar<br />

riscos e limitar os seus efeitos, ao mesmo tempo que garante as providências necessárias à<br />

preparação e manutenção <strong>do</strong>s serviços vitais e preservação da normalidade das condições de<br />

vida da população, em consequência <strong>do</strong> desencadeamento de factores anormais e adversos<br />

nomeadamente, as decorrentes de tempestades tropicais ou outras ocorrências com especial<br />

relevância para as primeiras.<br />

Ao executar as suas acções a Protecção Civil tem que ter em conta o grau da catástrofe<br />

ou calamidade, assim como a extensão das suas consequências. Nesse senti<strong>do</strong>, de forma a<br />

uma maior operacionalidade, <strong>Macau</strong> poderá ser dividi<strong>do</strong> em duas áreas - Península de <strong>Macau</strong><br />

e ilhas da Taipa e de Coloane - crian<strong>do</strong> em cada uma delas um Centro de Operações para a<br />

implementação e coordenação das medidas ou acções a desenvolver, sob a coordenação <strong>do</strong><br />

Comandante <strong>do</strong> Coman<strong>do</strong> Conjunto.<br />

As entidades, serviços públicos, forças de segurança e entidades particulares que integram<br />

o grupo de Operações de Protecção Civil são as seguintes: Centro de Operações de Protecção<br />

Civil, Centro de Operações das Ilhas, Corpo de Bombeiros, Corpo de Polícia de Segurança<br />

348


Ordem Pública<br />

Pública, Direcção <strong>do</strong>s Serviços das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong>, Escola Superior das Forças<br />

de Segurança de <strong>Macau</strong>, Gabinete Coordena<strong>do</strong>r de Segurança, Polícia Judiciária, Serviços de<br />

Alfândega, Autoridade de Aviação Civil, Capitania <strong>do</strong>s Portos, Centro Hospitalar Conde de S.<br />

Januário, Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Educação e Juventude, Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras<br />

Públicas e Transportes, Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo, Direcção <strong>do</strong>s Serviços Meteorológicos<br />

e Geofísicos, Gabinete de Comunicação Social, Instituto de Acção Social, Instituto de Habitação,<br />

Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Saúde e Direcção <strong>do</strong>s<br />

Serviços para os Assuntos de Tráfego, assim como a Companhia de Electricidade de <strong>Macau</strong>,<br />

Companhia de Telecomunicações de <strong>Macau</strong>, Hospital Kiang Wu, Sociedade de Abastecimento<br />

de Águas de <strong>Macau</strong> e Teledifusão de <strong>Macau</strong>.<br />

Estabelecimento Prisional de <strong>Macau</strong><br />

O Estabelecimento Prisional de <strong>Macau</strong>, que foi inaugura<strong>do</strong> em 1990, anteriormente conheci<strong>do</strong><br />

como Estabelecimento Prisional de Coloane, tem esta<strong>do</strong> em funcionamento até hoje.<br />

Devi<strong>do</strong> à necessidade de medidas especiais, em 1998, iniciou-se a construção de uma<br />

prisão de alta segurança, sob a tutela <strong>do</strong> Estabelecimento Prisional de Coloane, em terreno<br />

junto à Escola Superior das Forças de Segurança. Esta nova ala da prisão é destinada a reclusos<br />

classifica<strong>do</strong>s no grupo de segurança e submeti<strong>do</strong>s a isolamento especial, ten<strong>do</strong> entra<strong>do</strong> em<br />

funcionamento no ano seguinte. O antigo Estabelecimento Prisional de Menores, ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> EPM,<br />

foi remodela<strong>do</strong> para albergar reclusas. A 20 de Dezembro de 1999, no dia <strong>do</strong> estabelecimento da<br />

RAEM, a designação <strong>do</strong> Estabelecimento Prisional de Coloane foi alterada para Estabelecimento<br />

Prisional de <strong>Macau</strong> (EPM).<br />

Competências <strong>do</strong> Estabelecimento Prisional<br />

O EPM é um serviço de execução de penas privativas da liberdade e de medidas de prisão<br />

preventiva.<br />

O Estabelecimento Prisional de <strong>Macau</strong> dispõe de uma zona prisional masculina e de uma<br />

zona prisional feminina, na qual existem duas subzonas, sen<strong>do</strong> uma para presos preventivos<br />

e outra para condena<strong>do</strong>s.<br />

O EPM dispõe ainda de zonas prisionais especiais, geograficamente situadas em locais<br />

distintos daquele onde se situam as zonas acima referidas, destinadas ao alojamento de reclusos<br />

classifica<strong>do</strong>s no grupo de segurança, <strong>do</strong>s que se encontrem em regime de incomunicabilidade<br />

absoluta ou restrita e ainda daqueles aos quais tenha si<strong>do</strong> aplicada a medida especial de<br />

segurança de isolamento.<br />

Excepcionalmente, obtida autorização <strong>do</strong> membro <strong>do</strong> Governo da RAEM competente, o EPM<br />

executa medidas de segurança de internamento.<br />

Equipamentos <strong>do</strong> Estabelecimento Prisional<br />

O EPM é composto por nove edifícios, seis <strong>do</strong>s quais se destinam a albergar reclusos, um<br />

destes edifícios, localiza<strong>do</strong> ao la<strong>do</strong> da Escola Superior das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong> está<br />

reserva<strong>do</strong> a reclusos classifica<strong>do</strong>s no grupo de segurança e submeti<strong>do</strong>s a isolamento especial.<br />

349


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Os outros três edifícios têm funções múltiplas, albergan<strong>do</strong> gabinetes de controlo de segurança<br />

e de local de trabalho, oficinas, salas de aula, salas polivalentes, enfermarias, entre outros.<br />

Possui, ainda, um edifício administrativo que se encontra isola<strong>do</strong> da zona <strong>do</strong>s reclusos, e que<br />

serve de gabinete para os trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> EPM e de atendimento ao público, ten<strong>do</strong> ainda uma<br />

zona que serve de ala de segurança na entrada <strong>do</strong> Estabelecimento Prisional.<br />

Para uma maior e eficiente coordenação de segurança e assistência médica, foi criada uma<br />

ala para internamento de reclusos, conjuntamente, pelos Serviços de Saúde e o Estabelecimento<br />

Prisional de <strong>Macau</strong>. A Ala de Internamento para Reclusos dispõe de equipamento de consulta<br />

geral, externa e internamento, com pessoal médico por turnos e vigilância <strong>do</strong>s guardas prisionais.<br />

A fim de elevar continuamente a qualidade de serviço e de oferecer maior acessibilidade<br />

ao público, o Estabelecimento Prisional de <strong>Macau</strong> criou o Centro de Atendimento e Informação<br />

<strong>do</strong> EPM, na Avenida da Praia Grande, Edf. “China Plaza”, 8.º andar - A, fornecen<strong>do</strong> os seguintes<br />

serviços: informações gerais, recepção das queixas <strong>do</strong> público, tratamento <strong>do</strong>s pedi<strong>do</strong>s de<br />

emissão de cartão de visita e de certifica<strong>do</strong>s, marcação de entrevistas com o técnico social, e<br />

recepção de cartas e informações complementares <strong>do</strong> público.<br />

Em Novembro de 2011, foi cria<strong>do</strong> o Serviços de Visita Visual “On-line”. Após a aprovação<br />

<strong>do</strong> respectivo pedi<strong>do</strong>, as pessoas i<strong>do</strong>sas, grávidas, pessoas com dificuldades de locomoção<br />

ou inválidas, podem deslocar-se ao Centro de Atendimento e Informação <strong>do</strong> Estabelecimento<br />

Prisional de <strong>Macau</strong>. Através <strong>do</strong> sistema de comunicação audio-visual, podem dialogar, por um<br />

perío<strong>do</strong> de uma hora, com o familiar ou amigo que se encontra na prisão.<br />

População de Reclusos<br />

O EPM possui uma capacidade máxima de albergar 1341 reclusos. Até 31 de Dezembro <strong>do</strong><br />

ano de 2011, o EPM tinha uma população total de 1030 reclusos. Destes, 186 reclusos estavam<br />

em prisão preventiva e os outros 844 eram condena<strong>do</strong>s.<br />

População Prisional (até 31 de Dezembro de 2011)<br />

15%<br />

3%<br />

12%<br />

70%<br />

Condena<strong>do</strong> Masculino: 718 Preventivo Masculino: 154<br />

Condena<strong>do</strong> Feminino: 126 Preventivo Feminino: 32<br />

350


Ordem Pública<br />

Plano de Reinserção Social<br />

Para que os reclusos consigam, depois de saírem em liberdade, a reinserção na sociedade,<br />

o EPM oferece um completo plano de reinserção social com o apoio <strong>do</strong> EPM, facilitan<strong>do</strong>,<br />

nomeadamente, ensino escolar e de formação técnico-profissional. Os reclusos podem, conforme<br />

a própria condição, vontade e necessidade, apresentar os seus pedi<strong>do</strong>s junto <strong>do</strong>s respectivos<br />

departamentos <strong>do</strong> EPM.<br />

Ensino Escolar<br />

O EPM e os Serviços de Educação organizaram, em conjunto, nas instalações penitenciárias,<br />

<strong>do</strong>is cursos - ensino primário e ensino secundário geral - de forma a levar os reclusos a regressar<br />

aos estu<strong>do</strong>s.<br />

Os reclusos podem, conforme as suas habilitações e interesses, inscrever-se nos cursos,<br />

poden<strong>do</strong>, depois de aprova<strong>do</strong>s no exame, receber certifica<strong>do</strong>s de aproveitamento por cada<br />

disciplina concluída. Por outro la<strong>do</strong>, os reclusos podem, ainda, inscrever-se em cursos por<br />

correspondência, cujos conteú<strong>do</strong>s, contu<strong>do</strong>, terão que se submeter à apreciação <strong>do</strong> EPM.<br />

Formação Técnico-profissional<br />

O EPM dispõe de diferentes oficinas de formação técnico-profissional com o respectivo<br />

corpo de orienta<strong>do</strong>res. Conforme os interesses pessoais <strong>do</strong>s reclusos, e as suas perspectivas<br />

de futuro, estes podem solicitar a sua participação nos diversos cursos ministra<strong>do</strong>s. Cabe ao<br />

EPM, através da avaliação disciplinar e <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> psicofísico <strong>do</strong> recluso, proceder à sua triagem<br />

pelas diferentes oficinas.<br />

Todas as despesas e receitas das oficinas <strong>do</strong> EPM pertencem ao Fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Estabelecimento<br />

Prisional de <strong>Macau</strong> que tem como principal objectivo apoiar os reclusos na reconstrução de<br />

uma nova vida, com a sua própria capacidade profissional. Para aumentar as oportunidades<br />

de aprendizagem técnica <strong>do</strong>s reclusos, existem, actualmente, 15 oficinas que facultam os<br />

seguintes cursos de formação técnico-profissional: alfaiataria, carpintaria, tipografia, serralharia,<br />

artesanato, reparação e manutenção, electricidade e água, mecânica auto, lavandaria, padaria/<br />

pastelaria e cozinha.<br />

Para acompanhar o desenvolvimento social, o Estabelecimento tem colabora<strong>do</strong>, entre outros,<br />

com o Instituto de Formação Turística, o Centro de Produtividade e Transferência de Tecnologia<br />

de <strong>Macau</strong>, a Associação de Bibliotecários e Gestores de Informação de <strong>Macau</strong>, a Associação<br />

de Educação de Adultos de <strong>Macau</strong> e as agências de publicidade da RAEM, para ministrarem<br />

cursos de formação aos reclusos, nomeadamente, de emprega<strong>do</strong> da mesa, de formação de<br />

comércio a retalho, de cosmética, de barbearia, de gestão de bibliotecas, de contabilidade e de<br />

redactor, oferecen<strong>do</strong> oportunidades aos reclusos de adquirirem habilitações profissionais, que<br />

lhes permitam vir a contribuir para a sociedade após a sua libertação.<br />

Reconhecimento da Qualidade Profissional <strong>do</strong>s Reclusos<br />

Com o objectivo de reconhecer a qualidade profissional <strong>do</strong>s reclusos, favorecen<strong>do</strong> a sua<br />

reinserção social, em termos de oportunidades de emprego, o Estabelecimento Prisional de<br />

351


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

<strong>Macau</strong>, conseguiu, com sucesso, a nomeação pelo City & Guilds of Lon<strong>do</strong>n Institute como<br />

Centro de Exames da qualidade profissional em Cosmética e Alfaiataria. Os reclusos que<br />

frequentam estes cursos, depois de aprova<strong>do</strong>s em exame, poderão receber um certifica<strong>do</strong><br />

internacionalmente reconheci<strong>do</strong> passa<strong>do</strong> por aquela instituição, o que beneficia o seu processo<br />

de reinserção social.<br />

Apoio e Auxílio aos Reclusos<br />

O EPM faculta, diariamente, refeições aos reclusos e dispõe de assistência médica. Do mesmo<br />

mo<strong>do</strong>, o Estabelecimento Prisional dá grande importância ao esta<strong>do</strong> psicológico e psiquiátrico<br />

<strong>do</strong>s reclusos, que são acompanha<strong>do</strong>s, respectivamente, por psicólogos e psiquiatras, sen<strong>do</strong> os<br />

outros restantes casos acompanha<strong>do</strong>s por técnicos sociais.<br />

Caso os reclusos tenham filhos menores de 16 anos, poderão inscrever-se no plano de<br />

apoio às crianças, e ter encontros, na presença <strong>do</strong> assistente social, com os mesmos, aos<br />

sába<strong>do</strong>s ou <strong>do</strong>mingos, e, através de jogos e outras actividades, aproximarem-se e melhorarem<br />

as relações com os seus filhos.<br />

Os reclusos estão autoriza<strong>do</strong>s a receber visitas de uma hora (uma pessoa por semana),<br />

da lista de seis, familiares e amigos, indica<strong>do</strong>s e autoriza<strong>do</strong>s poden<strong>do</strong> ainda em situações<br />

especiais requerer visitas frente a frente. Quan<strong>do</strong> necessário e com a devida autorização das<br />

autoridades <strong>do</strong> EPM, os reclusos podem contactar os familiares através de telefone ou visita de<br />

face a face. Os reclusos têm ainda direito à correspondência com os familiares e amigos e são<br />

livres de professar a sua crença religiosa, poden<strong>do</strong>, ainda, ter na sua posse objectos religiosos,<br />

previamente autoriza<strong>do</strong>s pelo estabelecimento.<br />

Existem no EPM sistemas e canais de queixas, poden<strong>do</strong> os reclusos, conforme as suas<br />

necessidades apresentá-las às respectivas entidades.<br />

Relações Públicas<br />

O EPM criou a Divisão de Relações Públicas e Imprensa, à qual compete assegurar a<br />

interacção entre o EPM e o público e a ligação com os órgãos de comunicação social, receber e<br />

acompanhar os pedi<strong>do</strong>s de informação, propostas e reclamações <strong>do</strong>s cidadãos, receber visitas de<br />

entidades públicas ou privadas ao EPM, acolher os representantes diplomáticos ou consulares,<br />

coordenar as informações e actividades de propaganda <strong>do</strong> EPM, no senti<strong>do</strong> de elevar o nível de<br />

qualidade de serviço enquadra<strong>do</strong> no espírito de melhor servir o público.<br />

Durante o ano de 2011, 47 grupos envolven<strong>do</strong> 1326 pessoas oriundas de <strong>Macau</strong>,<br />

nomeadamente, de escolas e de serviços congéneres de territórios vizinhos, visitaram o EPM.<br />

Ao mesmo tempo, o EPM organizou encontros para entrevistas entre reclusos e estudantes<br />

visitantes, com o objectivo de que as experiências daqueles possam, de alguma forma, servir<br />

aos jovens como forma de se afastarem <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> crime.<br />

Os cidadãos podem, pessoalmente, apresentar opiniões, propostas e reclamações ou através<br />

de correspondência, fax ou telefone. Para além das reclamações a serem tratadas por pessoal<br />

especializa<strong>do</strong>, todas as informações recebidas, são acompanhadas directamente pelo Director<br />

ou Subdirectora <strong>do</strong> Estabelecimento Prisional de <strong>Macau</strong>.<br />

352


Ordem Pública<br />

Reinserção Social<br />

O Departamento de Reinserção Social (DRS) é uma subunidade orgânica da DSAJ<br />

responsável pelos serviços de reinserção social <strong>do</strong>s delinquentes adultos, de correcção <strong>do</strong>s<br />

jovens delinquentes, com vista a apoiar a reintegração <strong>do</strong>s delinquentes, adultos e jovens, na<br />

sociedade e levar uma vida sã e disciplinada.<br />

Os serviços de reinserção elaboram relatórios pré-sentenciais, auxilian<strong>do</strong> o tribunal a tomar<br />

a sua decisão e apoian<strong>do</strong>-o na execução de penas, ou medidas não privativas de liberdade,<br />

tais como a suspensão da pena, a liberdade condicional, a desintoxicação e a substituição da<br />

multa por dias de trabalho. Consideran<strong>do</strong> as necessidades <strong>do</strong>s destinatários <strong>do</strong>s serviços, o DRS<br />

elaborou um correspondente plano de auxílio, recorren<strong>do</strong> à combinação da correcção com o<br />

auxílio para os ajudar a implementarem uma vida normal. O plano de auxílio inclui, em termos<br />

gerais, cursos de adaptação à nova vida, assistência psicológica, desintoxicação, entre outros.<br />

Os serviços de correcção <strong>do</strong>s jovens delinquentes preparam o relatório pré-sentencial sobre<br />

os jovens delinquentes, de forma a ajudar o tribunal a tomar a sua decisão, apoian<strong>do</strong>-o na<br />

execução de medidas tutelares educativas (serviço a favor da comunidade, acompanhamento<br />

educativo, entre outras). O aspecto essencial desses serviços consiste em dar assistência e<br />

educação adequadas a menores delinquentes, bem como organizar a sua integração em escolas<br />

ou em acções de formação profissional, a par de assistência familiar, com vista a ajudá-los a<br />

regressarem à vida familiar normal.<br />

Até 31 de Dezembro de 2011, o DSR acompanhou, conforme mostra o mapa estatístico,<br />

processos, <strong>do</strong>s quais 774 relativos a maiores e 454 a menores.<br />

Mapa Estatístico <strong>do</strong>s Casos Trata<strong>do</strong>s em 2011 pelo DRS<br />

Casos de Maiores<br />

Casos de Menores<br />

Classificação<br />

Recebi-<br />

-<strong>do</strong>s<br />

Concluí<strong>do</strong>s<br />

Classificação<br />

Acumula<strong>do</strong>s<br />

(em<br />

Acompanhamento)<br />

Recebi-<br />

-<strong>do</strong>s<br />

Concluí<strong>do</strong>s<br />

Acumula<strong>do</strong>s<br />

(em<br />

Acompanhamento)<br />

Relatório pré-<br />

-sentencial<br />

121 162 197<br />

Relatório pré-<br />

-sentencial<br />

131 134 136<br />

Liberdade<br />

condicional<br />

66 71 163<br />

Reconciliação com<br />

o ofendi<strong>do</strong><br />

18 15 18<br />

Regime de<br />

prova<br />

123 126 325<br />

Imposição de<br />

regras de conduta<br />

20 15 34<br />

Substituição<br />

por trabalho<br />

8 5 11<br />

Serviço a favor da<br />

comunidade<br />

6 12 16<br />

353


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

(Cont.)<br />

Mapa Estatístico <strong>do</strong>s Casos Trata<strong>do</strong>s em 2011 pelo DRS<br />

Casos de Maiores<br />

Casos de Menores<br />

Classificação<br />

Recebi-<br />

-<strong>do</strong>s<br />

Concluí<strong>do</strong>s<br />

Classificação<br />

Acumula<strong>do</strong>s<br />

(em<br />

Acompanhamento)<br />

Recebi-<br />

-<strong>do</strong>s<br />

Concluí<strong>do</strong>s<br />

Acumula<strong>do</strong>s<br />

(em<br />

Acompanhamento)<br />

Pedi<strong>do</strong> de não<br />

transcrição das<br />

decisões<br />

2 2 2<br />

Acompanhamento<br />

educativo<br />

65 104 202<br />

Reabilitação<br />

judicial<br />

45 47 48<br />

Colocação em<br />

unidade de<br />

residência<br />

temporária<br />

24 25 44<br />

Outros 19 15 28<br />

Casos de<br />

observação<br />

1 1 1<br />

- - - - - - - - - - - - Outros 3 2 3<br />

Total 384 428 774 Total 268 308 454<br />

Total de casos acumula<strong>do</strong>s 1228<br />

Instituto de Menores<br />

O Instituto de Menores (IM) é um serviço sob a tutela <strong>do</strong>s Serviços de Assuntos de Justiça,<br />

ten<strong>do</strong> por principal função albergar os menores que tenham viola<strong>do</strong> a lei, nos casos transferi<strong>do</strong>s<br />

pelo tribunal.<br />

O IM dispõe de uma zona masculina e de uma zona feminina, com uma equipa de<br />

orienta<strong>do</strong>res, em regime rotativo, e assistente social, psicólogos, orienta<strong>do</strong>res e professores<br />

para formação profissional.<br />

Destinatário <strong>do</strong> Serviço<br />

O serviço de recolha <strong>do</strong> IM, dum mo<strong>do</strong> geral é aplicável a menores entre 12 e 16 anos de<br />

idade, poden<strong>do</strong> o tempo ir até aos 21 anos. Até finais <strong>do</strong> ano de 2011, o IM acolheu 21 jovens<br />

<strong>do</strong> sexo masculino e cinco <strong>do</strong> sexo feminino.<br />

Formação Académica e Profissional<br />

Existem no IM cursos <strong>do</strong> ensino primário e secundário, cursos de electrónica e electrotecnia,<br />

354


Ordem Pública<br />

poden<strong>do</strong> os menores ser, ainda, transferi<strong>do</strong>s para outros centros de formação. Foram já realiza<strong>do</strong>s<br />

cursos, de curta duração, de técnicas de entrevista, interpretação de Quociente Emocional (QE) e<br />

de artes terapêuticas, para que os menores possam adquirir conhecimentos nas várias vertentes.<br />

Orientação Individual<br />

Os problemas da maioria <strong>do</strong>s menores <strong>do</strong> instituto baseiam-se no conceito de auto-<br />

-valorização, reflexão racional, conceito <strong>do</strong> bem e <strong>do</strong> mal e conceitos de moral, assim aquan<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> acompanhamento individual, as orientações são dadas conforme cada caso.<br />

Plano de Serviço Social<br />

Para que os menores <strong>do</strong> Instituto tenham mais e melhores conhecimentos, se interessem<br />

e aumentem a sua responsabilidade perante a comunidade, foi constituí<strong>do</strong> no interior <strong>do</strong> IM<br />

um grupo de voluntários para prestarem serviços voluntários, nomeadamente, na limpeza e<br />

manutenção de <strong>do</strong>micílio <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos que vivem sozinhos, <strong>do</strong>s deficientes mentais, bem como<br />

apoiar associações na organização de actividades comunitárias.<br />

Orientação Familiar<br />

A fim de auxiliar a reinserção familiar <strong>do</strong>s menores, o serviço <strong>do</strong> IM tem estendi<strong>do</strong> a sua<br />

prestação de serviço até às famílias <strong>do</strong>s menores <strong>do</strong> instituto, orientan<strong>do</strong>-as a reconstruir as<br />

relações entre os familiares e os menores, intensifican<strong>do</strong> a comunicação entre os mesmos, e<br />

desenvolver a rede de apoio familiar, elevar a capacidade de educação <strong>do</strong>s encarrega<strong>do</strong>s de<br />

educação. Por outro la<strong>do</strong>, o IM, auxilia ainda as famílias necessitadas na procura de outros<br />

apoios sociais, nomeadamente, apoio económico, habitação, assistência médica e na procura<br />

de emprego <strong>do</strong>s agrega<strong>do</strong>s familiares e, entre outros tipos de apoio, na procura de escolas,<br />

através <strong>do</strong>s quais são criadas mais e melhores condições aos beneficiários para uma reinserção<br />

social com sucesso.<br />

355


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

356


Ordem Pública<br />

7 de Outubro de 2011<br />

O secretário para a Segurança, Cheong Kuoc Vá, na cerimónia de<br />

graduação <strong>do</strong> 14.º curso de formação de agentes da polícia<br />

357


Ordem Pública<br />

6 de Janeiro de 2011<br />

A Polícia Judiciária apresenta o Núcleo de Denúncias e Intervenção<br />

à comunicação social<br />

31 de Janeiro de 2011<br />

Actividades de sensibilização sobre prevenção contra incêndios, roubos e<br />

poluição, junto da comunidade piscatória, organizadas pela Capitania <strong>do</strong>s<br />

Portos, pelo Corpo de Bombeiros e pelos Serviços de Alfândega, em parceria<br />

com a Associação de Mútuo Auxílio <strong>do</strong>s Pesca<strong>do</strong>res<br />

358


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

24 de Março de 2011<br />

Reunião de trabalho entre as polícias de Guang<strong>do</strong>ng e de <strong>Macau</strong><br />

359


Desde a criação da RAEM,<br />

o Governo tem promovi<strong>do</strong> o<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> ensino não<br />

superior e <strong>do</strong> ensino superior de<br />

<strong>Macau</strong>, para concretizar a acção<br />

governativa de “construção da<br />

prosperidade de <strong>Macau</strong> através<br />

da educação” e “fortalecimento<br />

de <strong>Macau</strong> com quadros<br />

qualifica<strong>do</strong>s” através de uma<br />

série de medidas, nomeadamente,<br />

o aperfeiçoamento progressivo<br />

<strong>do</strong> regime de escolaridade<br />

gratuita de 15 anos, e o estu<strong>do</strong> e<br />

elaboração <strong>do</strong> planeamento para<br />

o desenvolvimento <strong>do</strong> ensino. Por<br />

outro la<strong>do</strong>, nortea<strong>do</strong> pela política<br />

de desenvolvimento diversifica<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> ensino superior, tem apoia<strong>do</strong><br />

as instituições de ensino superior<br />

a desenvolverem com autonomia o<br />

ensino, proceden<strong>do</strong> à coordenação<br />

<strong>do</strong> desenvolvimento das instituições<br />

de ensino superior, empenhan<strong>do</strong>-se<br />

na melhoria global da qualidade<br />

<strong>do</strong> ensino de <strong>Macau</strong> e <strong>do</strong> seu nível<br />

académico.


VIII<br />

EDUCAÇÃO


Enfrentar o futuro (Foto: GCS)


Educação<br />

Educação<br />

Desde a criação da RAEM, o Governo tem promovi<strong>do</strong> o desenvolvimento <strong>do</strong> ensino não<br />

superior e <strong>do</strong> ensino superior de <strong>Macau</strong>, para concretizar a acção governativa de “construção<br />

da prosperidade de <strong>Macau</strong> através da educação” e “fortalecimento de <strong>Macau</strong> com quadros<br />

qualifica<strong>do</strong>s” através de uma série de medidas, nomeadamente, o aperfeiçoamento progressivo<br />

<strong>do</strong> regime de escolaridade gratuita de 15 anos, e o estu<strong>do</strong> e elaboração <strong>do</strong> planeamento<br />

para o desenvolvimento <strong>do</strong> ensino. Por outro la<strong>do</strong>, nortea<strong>do</strong> pela política de desenvolvimento<br />

diversifica<strong>do</strong> <strong>do</strong> ensino superior, tem apoia<strong>do</strong> as instituições de ensino superior a desenvolverem<br />

com autonomia o ensino, proceden<strong>do</strong> à coordenação <strong>do</strong> desenvolvimento das instituições de<br />

ensino superior, empenhan<strong>do</strong>-se na melhoria global da qualidade <strong>do</strong> ensino de <strong>Macau</strong> e <strong>do</strong> seu<br />

nível académico.<br />

Ensino Não Superior<br />

<strong>Macau</strong> é hoje, o primeiro território no quadro da Região da Grande China, onde vigora o<br />

regime de escolaridade gratuita de 15 anos.<br />

Em <strong>Macau</strong>, desde a promulgação e implementação, em 2006, da Lei de Bases <strong>do</strong> Sistema<br />

Educativo Não Superior, o ensino não superior foi dividi<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is tipos: a educação regular<br />

e a educação contínua. A educação regular abrange o ensino infantil, ensino primário, ensino<br />

secundário e ensino especial, enquanto a educação contínua abrange o ensino recorrente,<br />

educação familiar, educação comunitária e formação profissional. Os cursos <strong>do</strong> ensino técnico-<br />

-profissional, que são cria<strong>do</strong>s apenas no perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> ensino secundário complementar, podem<br />

ser ministra<strong>do</strong>s simultaneamente em escolas dedicadas à educação regular ou ao ensino<br />

recorrente. O sistema escolar é composto por escolas oficiais e particulares e o sistema escolar<br />

de escolaridade gratuita integra as escolas oficiais que ministram a educação regular e as<br />

particulares maioritariamente financiadas que proporcionam a escolaridade gratuita.<br />

As escolas particulares classificam-se em escolas particulares <strong>do</strong> regime escolar local e<br />

escolas particulares <strong>do</strong> regime escolar não local. As escolas particulares sem fins lucrativos <strong>do</strong><br />

regime escolar local podem requerer a integração no sistema escolar de escolaridade gratuita.<br />

Ten<strong>do</strong> em conta o pano de fun<strong>do</strong> das diferentes escolas, o Governo da RAEM encoraja-as a<br />

cultivar as suas características e estilos próprios na filosofia de ensino, identidade curricular e<br />

363


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

modelo didáctico e, a desenvolver um sistema escolar diversifica<strong>do</strong>, a fim de formar o maior<br />

número de talentos para a sociedade.<br />

De acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s estatísticos da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Educação e Juventude<br />

(DSEJ) referentes ao ensino não superior, com base na emissão de alvarás, no ano lectivo de<br />

2011/<strong>2012</strong>, existiam em <strong>Macau</strong>, 78 escolas, das quais, 11 públicas e 67 particulares. Destas<br />

escolas, 66 são de ensino regular, três de ensino recorrente, e nove de ensino regular e<br />

recorrente.<br />

O número total de alunos que frequentaram o ensino não superior, apura<strong>do</strong> no ano lectivo<br />

de 2011/<strong>2012</strong>, foi de 73.425. Destes, 70.719 frequentaram o ensino regular e estavam assim<br />

distribuí<strong>do</strong>s: 11.787 (16 por cento) frequentaram o ensino pré-escolar; 22.646 (30,8 por cento)<br />

o ensino primário; 35.726 (48,7 por cento) o ensino secundário, <strong>do</strong>s quais 1601 (2,2 por cento)<br />

frequentam o ensino técnico-profissional e 560 (0,8 por cento) a educação especial. Por sua<br />

vez, 2706 frequentaram o ensino recorrente, <strong>do</strong>s quais 216 (0,3 por cento) frequentam o ensino<br />

primário e 2490 (3,4 por cento) frequentam o ensino secundário, <strong>do</strong>s quais 224 (0,3 por cento)<br />

frequentam o ensino técnico-profissional.<br />

O número total de <strong>do</strong>centes de ensino não superior em exercício no ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong><br />

era de 5284, representan<strong>do</strong> um aumento na ordem de 0,3 por cento em relação ao ano lectivo<br />

2010/2011.<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Educação e Juventude<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) é o organismo encarrega<strong>do</strong> de<br />

conceber, orientar, coordena<strong>do</strong>r, gerir e avaliar os diversos modelos de educação <strong>do</strong> ensino não<br />

superior, e de apoio aos jovens e às suas organizações.<br />

Conselho de Educação para o Ensino Não Superior<br />

O Conselho de Educação para o Ensino Não Superior (CEENS) é o órgão de consulta que<br />

congrega as diversas forças sociais, e promove, através da participação, coordenação, cooperação<br />

e reflexão, o desenvolvimento da Educação.<br />

Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Educativo<br />

O Governo da RAEM criou, em 2007, o Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Educativo para promover<br />

e apoiar os projectos em prol <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong>s planos e actividades educativas na<br />

área de ensino não superior. O Plano de Desenvolvimento das Escolas é o plano principal de<br />

financiamento <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Educativo. Em 2011, um total de 1410 projectos<br />

foram financia<strong>do</strong>s pelo Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Educativo, envolven<strong>do</strong> um valor de 480<br />

milhões de patacas.<br />

Com vista a encorajar os cidadãos a participarem na educação contínua, aperfeiçoar a<br />

qualidade pessoal e cultivar o conceito de aprendizagem permanente, o Governo lançou, em<br />

2007, o Plano de Financiamento para a Educação Contínua, atribuin<strong>do</strong>, em colaboração com<br />

instituições de formação, apoios financeiros de propinas a forman<strong>do</strong>s que reúnem os requisitos.<br />

Até Junho de 2011, o referi<strong>do</strong> Plano financiou no total 1659 projectos de formação, organiza<strong>do</strong>s<br />

364


Educação<br />

por 50 instituições com um valor na ordem de cerca de 8,2 milhões de patacas, oferecen<strong>do</strong> mais<br />

de 16.200 vagas para formação. O Plano de Financiamento para a Educação Contínua terminou<br />

em Junho de 2011, devi<strong>do</strong> ao lançamento de outro novo plano, nomeadamente, a Programa de<br />

Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo.<br />

Desenvolvimento da Escolaridade Obrigatória<br />

O sistema de escolaridade obrigatória consiste na aplicação obrigatória da educação<br />

comum aos menores com idade entre os cinco e os 15 anos, implican<strong>do</strong> a obrigatoriedade <strong>do</strong>s<br />

encarrega<strong>do</strong>s de educação efectuarem, anualmente, inscrições de admissão ou de estu<strong>do</strong> nas<br />

escolas para menores integra<strong>do</strong>s na camada etária da escolaridade obrigatória, enquanto o<br />

Governo e órgãos educativos têm responsabilidade de assegurar a conclusão <strong>do</strong> ensino obrigatório<br />

<strong>do</strong>s menores integra<strong>do</strong>s na camada etária da escolaridade obrigatória.<br />

A DSEJ estabeleceu o mecanismo de informação <strong>do</strong> aban<strong>do</strong>no de alunos, e, através <strong>do</strong>s<br />

serviços de informação sobre as vagas escolares e o plano de serviços de apoio aos alunos que<br />

aban<strong>do</strong>nam o ensino, bem como mediante apoio financeiro às organizações a desenvolverem o<br />

“Projecto especial para os alunos sem vagas escolares”, prestan<strong>do</strong>-lhes adequada educação e<br />

orientação e ajudan<strong>do</strong> assim os alunos a regressarem à escola. Em paralelo, a DSEJ delegou na<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Identificação a responsabilidade de emitir notificações aos encarrega<strong>do</strong>s<br />

de educação, ou tutores, das crianças com bilhete de identidade de residente que estão integradas<br />

na camada etária da escolaridade obrigatória, mas que ainda não se inscreveram nas escolas<br />

de <strong>Macau</strong>, com o propósito de salvaguardar os direitos <strong>do</strong>s menores ao ensino.<br />

Desenvolvimento da Escolaridade Gratuita<br />

A educação gratuita, no ano lectivo de 2007/2008, estendeu-se a to<strong>do</strong>s os 15 anos de<br />

educação regular, que compreendem três anos <strong>do</strong> ensino infantil, seis anos <strong>do</strong> ensino primário,<br />

três anos <strong>do</strong> ensino geral e três anos de ensino complementar.<br />

No ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, o Governo reforçou ainda mais o investimento financeiro na<br />

educação, através <strong>do</strong> aumento de subsídios à educação: o montante <strong>do</strong> subsídio para o ensino<br />

secundário complementar é hoje de 870 mil patacas por turma (calculada na base de 35 a 45<br />

alunos), para o ensino secundário geral de 770 mil patacas por turma (também calculada na<br />

base de 35 a 45 alunos), para o ensino primário de 600 mil patacas por turma (calculada na<br />

base de 25 a 35 alunos) e para o ensino infantil de 570 mil patacas por turma (calculada na<br />

base de 25 a 35 alunos), registan<strong>do</strong> aumentos na ordem de 3,6 a 11,1 por cento em relação<br />

ao ano lectivo de 2010/2011.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, os subsídios, atribuí<strong>do</strong>s aos alunos que frequentam as escolas de escolaridade<br />

não gratuita aumentaram para as 12 mil patacas a cada aluno <strong>do</strong> ensino infantil, e para 13<br />

mil patacas a cada aluno <strong>do</strong> ensino primário, e os relativos ao ensino secundário, para as 14<br />

mil patacas. Além disso, o Governo lançou de forma contínua, no ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, o<br />

subsídio para aquisição de materiais escolares, aumentan<strong>do</strong> para 1700 patacas a cada aluno<br />

<strong>do</strong> ensino regular primário e secundário, residente de <strong>Macau</strong>, visto que é relativamente maior<br />

a despesa para aquisição de materiais escolares <strong>do</strong>s ensinos primário e secundário, além de<br />

aumentar para 1500 patacas a cada aluno <strong>do</strong> ensino infantil.<br />

365


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Para criar condições favoráveis ao ensino de turmas reduzidas, foi ajusta<strong>do</strong>, desde o ano<br />

lectivo de 2007/2008, o número de cada turma desde o primeiro ano <strong>do</strong> ensino infantil, de<br />

forma que o limite de 35-45 alunos por turma diminuiu para 25-35 alunos por turma, modelo<br />

aplica<strong>do</strong> anualmente às turmas <strong>do</strong>s anos superiores. Com vista a acelerar a implementação<br />

de turmas reduzidas, as medidas de limite numérico de alunos por turma, que originalmente<br />

deveriam ser aplicadas, no ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, ao quarto ano <strong>do</strong> ensino primário, foram<br />

estendidas ao sexto ano <strong>do</strong> ensino primário.<br />

O rácio de professor/turma foi optimiza<strong>do</strong>, no ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, para o rácio<br />

médio mais de 1,6, 2,0 e 2,3 professores/turma no ensino infantil, primário e secundário,<br />

respectivamente. O rácio de aluno/professor foi optimiza<strong>do</strong>, no ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, para<br />

o rácio médio menos de 16,7, 14,1 e 14,4 alunos/professor nos ensinos infantil, primário e<br />

secundário, respectivamente.<br />

Subsídios de Escolaridade Gratuita e de Propinas<br />

Fase educativa<br />

Valor no ano lectivo de<br />

2011/<strong>2012</strong><br />

Subsídio de<br />

escolaridade<br />

gratuita<br />

Ensino infantil<br />

Ensino primário<br />

Ensino secundário geral<br />

Ensino secundário complementar<br />

570.000 patacas/turma<br />

600.000 patacas/turma<br />

770.000 patacas/turma<br />

870.000 patacas/turma<br />

Esclarecimento: Se o número de alunos for inferior ao mínimo fixa<strong>do</strong>, o montante <strong>do</strong><br />

subsídio será, assim, calcula<strong>do</strong>: (montante <strong>do</strong> subsídio menciona<strong>do</strong> acima ÷ número mínimo<br />

fixa<strong>do</strong>) × o número efectivo de alunos.<br />

Fase educativa<br />

<strong>Ano</strong> lectivo de 2011/<strong>2012</strong><br />

Subsídio para cada aluno<br />

Subsídio de<br />

propinas<br />

Ensino infantil<br />

Ensino primário<br />

Ensino secundário geral<br />

Ensino secundário complementar<br />

12.000 patacas<br />

13.000 patacas<br />

14.000 patacas<br />

14.000 patacas<br />

Ensino Técnico-profissional<br />

Articulan<strong>do</strong>-se com o desenvolvimento da diversificação social, económica e industrial de<br />

<strong>Macau</strong> e no intuito de criar a plataforma e oportunidade para valorizar as capacidades potenciais<br />

<strong>do</strong>s estudantes, a DSEJ empenhou-se no impulso <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>do</strong> ensino técnico-<br />

-profissional. Através da ajuda <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Educativo, apoiou as escolas que<br />

366


Educação<br />

abriram Cursos <strong>do</strong> Ensino Técnico-Profissional diversifica<strong>do</strong>s, prestan<strong>do</strong> aos alunos orientações<br />

adequadas ao planeamento de carreiras e à vocação profissional.<br />

Financiou, de forma contínua e através <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Educativo, escolas<br />

particulares na ministração de Cursos <strong>do</strong> Ensino Técnico-Profissional com características de<br />

cada escola, organiza<strong>do</strong>s em resposta ao desenvolvimento diversifica<strong>do</strong> da economia. No ano<br />

lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, o Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Educativo financiou um total de 40 milhões<br />

de patacas.<br />

No ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, dez escolas da RAEM, públicas e particulares, ministraram<br />

40 cursos diferentes, nomeadamente, Turismo e Convenções/Exposições, Tradução, Moda<br />

Criativa e Design, Comércio e Administração, Informática, Ciência e Tecnologia, Engenharia<br />

Eléctrica, Comércio Electrónico, Desenho Artístico, Música, Dança, Desporto, Criação Cultural<br />

de Multimédia e Serviço Social, com um total de 95 turmas.<br />

Educação Especial<br />

Para assegurar o direito à frequência às aulas <strong>do</strong>s alunos com necessidades de aprendizagem<br />

especial, a DSEJ disponibiliza serviços de avaliação e consulta aos alunos com necessidades,<br />

proporcionan<strong>do</strong> colocação escolar adequada, orientação e tratamento médico, de forma a ajudar<br />

o desenvolvimento das potencialidades de cada um, e a sua integração social.<br />

No ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, foram regista<strong>do</strong>s 1044 alunos na área da educação especial,<br />

<strong>do</strong>s quais 484 frequentam turmas integradas, e 560 frequentam turmas pequenas e de educação<br />

especial.<br />

Educação Contínua<br />

O Governo da RAEM lançou, em Julho de 2011, o Programa de Desenvolvimento e<br />

Aperfeiçoamento Contínuo, atribuin<strong>do</strong> cinco mil patacas de subsídio de aperfeiçoamento a cada<br />

residente de <strong>Macau</strong> com 15 anos de idade que reúna os requisitos. Até Dezembro de 2011,<br />

um total de 234 instituições requereram a ministração de 12 mil cursos <strong>do</strong> ensino superior,<br />

da educação contínua e de exame de credenciação, que foram aprova<strong>do</strong>s na avaliação e<br />

integra<strong>do</strong>s no Plano, disponibilizan<strong>do</strong> mais de 220 mil de vagas de estu<strong>do</strong>. Ao mesmo tempo,<br />

houve também cerca de <strong>do</strong>is mil pedi<strong>do</strong>s ao financiamento para cursos <strong>do</strong> ensino superior, da<br />

educação contínua e de exame de credenciação realiza<strong>do</strong>s no exterior. Até Dezembro de 2011,<br />

um total de mais de 30 mil residentes participou em cursos de aperfeiçoamento, mediante o<br />

Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo, sen<strong>do</strong> atribuí<strong>do</strong>s subsídios na<br />

ordem <strong>do</strong>s 90 milhões de patacas.<br />

Em 2011, ao “Projecto <strong>do</strong> Prémio sobre a Aprendizagem Contínua” aderiram 93<br />

instituições, oferecen<strong>do</strong>-se 3500 oportunidades de aprendizagem de diferentes tipos. Também<br />

20 instituições e associações participaram na “Semana de Aprendizagem Contínua 2011”,<br />

com mais de 60 actividades, nas quais foram convidadas oito instituições de educação de<br />

adultos e sete livrarias que participaram com a realização de cursos e descontos na compra<br />

de livros. O grau de adesão e o número de premia<strong>do</strong>s aumentou anualmente, ten<strong>do</strong> o número<br />

de participantes no Plano subi<strong>do</strong> de 2025 em 2010, para 2316 em 2011. Um total de 311<br />

cidadãos obteve diferentes prémios.<br />

367


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Programa de Socialização Comunitária <strong>do</strong> Recinto Escolar<br />

Para fomentar a integração mútua entre escola e sociedade, e melhorar a qualidade<br />

comunitária e a valorização de conceito de aprendizagem permanente mediante a interacção e a<br />

compartilha de recursos, o Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Educativo continua a apoiar e encorajar,<br />

através <strong>do</strong> Programa de Socialização Comunitária <strong>do</strong> Recinto Escolar, a abertura das escolas à<br />

comunidade, permitin<strong>do</strong> que alunos e cidadãos compartilhem recursos educativos. As escolas<br />

que participaram no Programa disponibilizam, pela forma de abertura, as suas instalações<br />

directamente aos cidadãos, ou às organizações e círculos académicos, sen<strong>do</strong> que algumas das<br />

escolas organizam actividades educativas comunitárias para residentes. As instalações abertas<br />

ao público incluem, entre outras, bibliotecas, salas de estu<strong>do</strong>, laboratórios informáticos, campos<br />

de desporto, salões de reuniões, piscinas e pavilhões desportivos. No ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>,<br />

15 escolas aderiu ao referi<strong>do</strong> Programa.<br />

Desenvolvimento Profissional <strong>do</strong>s Docentes<br />

O pessoal <strong>do</strong>cente representa um importante recurso para o desenvolvimento <strong>do</strong> ensino,<br />

com a sua excelência têm desempenha<strong>do</strong> um importante papel na elevação da qualidade<br />

educativa. A edificação de um contingente <strong>do</strong>cente de alta qualidade profissional constitui uma<br />

das prioridades <strong>do</strong> desenvolvimento educativo definidas no “Planeamento para os Próximos 10<br />

<strong>Ano</strong>s para o Desenvolvimento <strong>do</strong> Ensino Não Superior (2011-2020)”. A DSEJ irá intensificar a<br />

comunicação com o pessoal <strong>do</strong>cente, promoven<strong>do</strong> com to<strong>do</strong> o empenho o seu desenvolvimento<br />

profissional.<br />

O Quadro Geral <strong>do</strong> Pessoal Docente das Escolas Particulares <strong>do</strong> Ensino Não Superior conferiu<br />

ao trabalho <strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong>cente garantias necessárias e suficientes, regulan<strong>do</strong> direitos, deveres,<br />

remunerações e regalias, níveis e regime para mudança de níveis, bem como, a garantia de<br />

aposentação entre outros aspectos. Por outro la<strong>do</strong>, o <strong>do</strong>cumento, procurou aumentar a qualidade<br />

profissional <strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong>cente, fomentan<strong>do</strong> o seu desenvolvimento profissional. Em 2011, o<br />

respectivo diploma foi encaminha<strong>do</strong> para a Assembleia Legislativa para apreciação formal, ao<br />

mesmo tempo que avançavam os trabalhos preparatórios.<br />

Apoio aos Professores<br />

O Centro de Recursos Educativos na dependência da DSEJ, aberto aos professores e pessoal<br />

especializa<strong>do</strong> de to<strong>do</strong>s os estabelecimentos escolares da RAEM, oferece facilidades modernas,<br />

recursos educativos ricos e apoio de diversos tipos aos <strong>do</strong>centes, e ao mesmo tempo, introduz<br />

e recomenda novos equipamentos pedagógicos e as mais recentes técnicas didácticas, organiza<br />

cursos de formação e actividades relacionadas com o prémio projecto pedagógico entre outras<br />

actividades, incentivan<strong>do</strong> os esforços desenvolvi<strong>do</strong>s no senti<strong>do</strong> da melhoria da qualidade e da<br />

inovação pedagógica.<br />

Ten<strong>do</strong> como objectivo libertar os professores das actividades não lectivas, no ano lectivo de<br />

2011/<strong>2012</strong>, o Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Educativo continuou a atribuir o subsídio à contratação<br />

de promotor de leitura, enfermeiro escolar, pessoal de ensino informático e de tecnologia, pessoal<br />

organiza<strong>do</strong>r de actividades extra-curriculares e pessoal gestor de laboratórios. O subsídio para<br />

contratar trabalha<strong>do</strong>res especializa<strong>do</strong>s a tempo inteiro é de 244 mil patacas por pessoa em<br />

cada ano lectivo, e o subsídio para contratar um trabalha<strong>do</strong>r especializa<strong>do</strong> a tempo parcial é<br />

368


Educação<br />

de 122 mil patacas por pessoa em cada ano lectivo.<br />

Inspecção Escolar<br />

A inspecção escolar tem por atribuição fiscalizar e avaliar a qualidade pedagógica <strong>do</strong><br />

sistema de ensino de nível não superior, bem como responsabilizar-se pelos trabalhos de<br />

superintendência das áreas administrativa e financeira das escolas em geral, a fim de promover<br />

o desenvolvimento saudável das escolas.<br />

A avaliação escolar global é feita com base nos da<strong>do</strong>s e opiniões recolhi<strong>do</strong>s através de<br />

diversas vias para avaliar representação escolar em diversos aspectos. O plano de avaliação<br />

escolar global toma cada sete anos como um ciclo de avaliação e foi executa<strong>do</strong> formalmente em<br />

2006, depois de se ter inicia<strong>do</strong> o seu plano director em 2003. Até final de 2011, foi concluí<strong>do</strong> o<br />

trabalho de avaliação sobre 60 escolas, traduzin<strong>do</strong> 77 por cento <strong>do</strong> total das escolas da RAEM.<br />

O Programa Internacional da Avaliação de Alunos (PISA)<br />

O Programa Internacional da Avaliação de Alunos (PISA), organiza<strong>do</strong> pela OCDE, visa<br />

avaliar, em cada três anos, a literacia <strong>do</strong>s alunos <strong>do</strong> secundário de 15 anos de idade <strong>do</strong>s países/<br />

regiões nas áreas de Leitura, de Matemática e de Ciência, alternadamente. A RAEM participou<br />

nas avaliações de 2003, 2006 e de 2009 <strong>do</strong> PISA.<br />

<strong>Macau</strong> vai participar na avaliação <strong>do</strong> PISA a ser realizada em <strong>2012</strong>, com a ênfase na<br />

Matemática, segui<strong>do</strong> da Leitura e da Ciência. Como trabalho preparatório à avaliação de <strong>2012</strong>,<br />

a DSEJ organizou o teste de ensaio da avaliação em 2011, no qual participaram 44 escolas e<br />

2500 alunos.<br />

Educação para o Amor à Pátria e a <strong>Macau</strong><br />

A DSEJ desenvolve de forma activa os trabalhos de educação para o amor à Pátria e a<br />

<strong>Macau</strong>, e encoraja as escolas a inserir a educação para o amor à Pátria no próprio ensino e<br />

aprendizagem, e na vida escolar em geral, através de actividades pedagógicas na sala de aula<br />

e no tempo de descanso, bem como da influência da cultura e <strong>do</strong> ambiente escolar, recorren<strong>do</strong><br />

sobretu<strong>do</strong> às aulas de educação moral e cívica para aprofundar sistematicamente o conhecimento<br />

<strong>do</strong>s alunos sobre a Pátria, preparan<strong>do</strong> o seu amor pela Pátria e por <strong>Macau</strong>.<br />

Por ocasião da comemoração <strong>do</strong> Centenário da Revolução Xinhai, em 2011, a DSEJ organizou<br />

uma série de actividades comemorativas “Retrospectiva <strong>do</strong> Centenário da Revolução Xinhai”,<br />

fomentan<strong>do</strong>, através da retrospecção de façanhas heróicas de antecessores revolucionários, o<br />

conhecimento <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes sobre a história da nação, cultivan<strong>do</strong> o sentimento patriótico.<br />

A DSEJ continuou a organizar viagens de estu<strong>do</strong> “Conhecer a Pátria e Amar a Pátria” e a<br />

“Jornada de Educação sobre a Defesa Nacional”, entre outras actividades. Deu apoio financeiro<br />

ao plano da “Jornada de Educação sobre Amar a Pátria e Amar <strong>Macau</strong> das Águias Voa<strong>do</strong>ras”<br />

organiza<strong>do</strong> por esta associação e destinada aos alunos <strong>do</strong> 1.º ano <strong>do</strong> ensino secundário geral,<br />

com vista a aumentar o seu conhecimento sobre a defesa nacional e treinar a sua vontade e<br />

senti<strong>do</strong> disciplinar.<br />

Em 2011, a DSEJ ministrou, pela primeira vez, o “Curso de Formação da Educação sobre<br />

369


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Assuntos Nacionais”, organizan<strong>do</strong> alunos a deslocarem-se a Pequim e Tianjin para estudarem<br />

e conhecerem a cultura chinesa e a situação nacional.<br />

A DSEJ organizou ainda, pela primeira vez, actividades em série “Semana de conhecimentos<br />

de assuntos diplomáticos”, incluin<strong>do</strong> a exibição de filmes diplomáticos, a exposição de fotografias<br />

sobre eventos diplomáticos e o diálogo vivo com o porta-voz <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Negócios<br />

Estrangeiros Sr. Hong Lei, com uma participação de mais de dez mil cidadãos e alunos.<br />

Cooperação entre a Família e a Escola<br />

Em 2011, a DSEJ realizou <strong>do</strong>is cursos de formação de cooperação entre a escola e a família<br />

e duas reuniões de partilha de experiências de sucesso de encarrega<strong>do</strong>s de educação, bem<br />

como, 24 palestras sobre a educação <strong>do</strong>s pais para 17 escolas, reforçan<strong>do</strong> o conhecimento das<br />

escolas e <strong>do</strong>s pais relativamente à cooperação entre a escola e a família e proporcionan<strong>do</strong>-lhes<br />

informações de diversos géneros, incluin<strong>do</strong> técnicas de orientação <strong>do</strong>s filhos.<br />

Para o biénio 2011-<strong>2012</strong>, em termos da cooperação entre a escola e a família, a DSEJ<br />

financiou 43 associações de pais na ordem de mais de 2,2 milhões de patacas e realizou 266<br />

actividades promocionais da cooperação entre a escola e a família. Com vista a divulgar o<br />

conceito da cooperação entre a escola e a família e da educação <strong>do</strong>s pais, a DSEJ lançou o<br />

CD-ROM “sala de aula aérea <strong>do</strong>s pais” com temas de cooperação entre a escola e a família,<br />

educação moral familiar e educação sexual familiar, respectivamente, destina<strong>do</strong>s ao uso das<br />

instituições educativas ou de serviço familiar, escolas e associações de pais.<br />

Educação Artística<br />

Em 2011, a DSEJ continuou a promover vários planos e actividades de educação artística,<br />

designadamente, o Plano de Generalização da Educação Artística para Alunos <strong>do</strong> Ensino<br />

Secundário, e os Concursos Culturais e Recreativos Interescolares, crian<strong>do</strong> mais oportunidades<br />

aos jovens para apreciarem e participarem em actividades culturais e artísticas, reforçan<strong>do</strong><br />

o seu interesse pela arte, incentivan<strong>do</strong>-os a explorarem e mostrarem a sua criatividade e<br />

potencialidade.<br />

O Pavilhão de Exposições e Espectáculos Artísticos para Jovens na dependência da DSEJ<br />

organizou com frequência actividades de exposições e representações artísticas, realizan<strong>do</strong>,<br />

em 2011, 19 exposições e 35 representações, enquanto que o Centro de Recursos Educativos<br />

que dispõe duma sala de exposições realizou em 2011, 11 exposições.<br />

Acção Social Escolar<br />

O Governo criou o Fun<strong>do</strong> de Acção Social Escolar asseguran<strong>do</strong>, mediante diversos apoios,<br />

que cada cidadão de <strong>Macau</strong>, designadamente, cada criança de idade escolar tenha a oportunidade<br />

de igualdade educativa e prosseguimento <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s. Neste momento, o bem-estar de que<br />

gozam os alunos de <strong>Macau</strong>, estão principalmente ao nível <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s de saúde, <strong>do</strong> seguro<br />

escolar, <strong>do</strong>s subsídios de propinas e da aquisição de material escolar requeri<strong>do</strong>s pelos alunos<br />

com necessidades, e <strong>do</strong> subsídio alimentar, entre outros.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, com vista a estimular os alunos a prosseguirem o estu<strong>do</strong> para o ensino<br />

370


Educação<br />

superior, o Governo prestou, através <strong>do</strong> Plano de Bolsas de Estu<strong>do</strong> para o Ensino Superior e<br />

o “Plano de Pagamento <strong>do</strong>s Juros ao Crédito para os Estu<strong>do</strong>s” lança<strong>do</strong> em cooperação com os<br />

bancos, ajuda aos estudantes com necessidades no prosseguimento <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s no ensino<br />

superior, e criou “bolsas de mérito especial”, prestan<strong>do</strong> apoio financeiro aos que frequentem<br />

universidades de renome internacional.<br />

No Âmbito <strong>do</strong>s Assuntos Juvenis<br />

Conselho da Juventude<br />

O Conselho da Juventude é um órgão de consulta, ten<strong>do</strong> por finalidade fornecer sugestões<br />

e pareceres profissionais para a formulação das políticas de juventude e a avaliação da sua<br />

aplicação. A DSEJ presta o apoio necessário ao Conselho da Juventude nas áreas técnica,<br />

administrativa e financeira.<br />

Estratégia de Desenvolvimento Integral da Juventude de <strong>Macau</strong><br />

Para criar um ambiente social capaz de oferecer, aos jovens, oportunidades de melhor<br />

desenvolvimento e fomentar o seu crescimento integral e saudável, o Conselho da Juventude,<br />

na sequência da elaboração em Maio de 2007 da “Estratégia <strong>do</strong> Desenvolvimento Integral <strong>do</strong>s<br />

Jovens de <strong>Macau</strong>”, concluiu, em 2008 e 2010, a elaboração <strong>do</strong> “Projecto <strong>do</strong>s Serviços Juvenis<br />

na Área <strong>do</strong> Jogo” e o “Projecto <strong>do</strong>s Serviços Juvenis na Área <strong>do</strong>s Comportamentos Desviantes”,<br />

oferecen<strong>do</strong>, aos respectivos serviços públicos e organismos cívicos, orientações e referências<br />

de trabalho pragmáticas.<br />

Em 2010 iniciou-se o estu<strong>do</strong> sobre o trabalho relativo ao planeamento integral, definin<strong>do</strong>-<br />

-se de forma progressiva as “Políticas para a juventude”, para que os assuntos da juventude<br />

pudessem acompanhar o desenvolvimento social. “Políticas para a juventude”, vocacionadas ao<br />

desenvolvimento juvenil, vão esboçar a direcção <strong>do</strong> futuro desenvolvimento juvenil, elencan<strong>do</strong><br />

a estratégia, princípio e orientação das acções sobre o futuro desenvolvimento juvenil.<br />

No decurso da elaboração das “Políticas para a juventude”, foram recolhidas opiniões de<br />

diferentes destinatários, em função das necessidades das diferentes etapas da elaboração,<br />

incluin<strong>do</strong> jovens, respectivas associações e peritos, ten<strong>do</strong> o processo de recolha de opiniões<br />

si<strong>do</strong> concluí<strong>do</strong> em 2011. Será defini<strong>do</strong> um calendário <strong>do</strong> trabalho de elaboração das “Políticas<br />

para a juventude” e realizada a redacção <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s das diversas componentes das “Políticas<br />

para a juventude” conforme opiniões recolhidas, em articulação com o esta<strong>do</strong> social de <strong>Macau</strong><br />

e referencian<strong>do</strong> as políticas para a juventude de organizações internacionais, <strong>do</strong> Interior<br />

<strong>do</strong> País, de outros países e regiões, a fim de produzir um <strong>do</strong>cumento de política relativo ao<br />

desenvolvimento integral <strong>do</strong>s jovens.<br />

Indica<strong>do</strong>res e Estu<strong>do</strong>s sobre a Juventude<br />

A fim de promover o desenvolvimento de trabalho de estu<strong>do</strong> sobre a juventude de <strong>Macau</strong><br />

e conhecer o esta<strong>do</strong> e mudanças <strong>do</strong>s jovens <strong>do</strong>s 13 aos 19 anos de idade, a DSEJ continuou<br />

em 2011, a acompanhar o trabalho de estu<strong>do</strong> sobre a juventude e de recolha de da<strong>do</strong>s de<br />

indica<strong>do</strong>res sobre a juventude, estudan<strong>do</strong> a evolução <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> da juventude de <strong>Macau</strong> mediante<br />

a recolha de da<strong>do</strong>s e investigação social e publican<strong>do</strong> informações na “Rede de Indica<strong>do</strong>res<br />

371


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

sobre a Juventude de <strong>Macau</strong>”. Além disso, a DSEJ publicou, em 2011, o relatório “Estu<strong>do</strong> Social<br />

<strong>do</strong>s Indica<strong>do</strong>res sobre a Juventude em <strong>Macau</strong> - 2010”.<br />

A DSEJ continuou a promover as instituições e organizações sociais a desenvolverem<br />

inquéritos especializa<strong>do</strong>s sobre os assuntos juvenis, através <strong>do</strong> “Plano de Financiamento para<br />

Pesquisa e Análise Social sobre os Jovens em <strong>Macau</strong>” e a “Rede de Estu<strong>do</strong> sobre a Juventude em<br />

<strong>Macau</strong>”. Em 2011, lançou o plano de apoio financeiro ao estu<strong>do</strong> sob a temática da “Participação<br />

<strong>do</strong>s Jovens nos Trabalhos Voluntários”, proceden<strong>do</strong> aos trabalhos de divulgação e requerimento<br />

de aprovação <strong>do</strong> respectivo plano.<br />

Actividades Juvenis e Apoio Financeiro<br />

Em 2011, a DSEJ prestou apoio financeiro anual a actividades das organizações juvenis<br />

sociais já inscritas, e continuou a desenvolver o plano de financiamento “Cuidar <strong>do</strong> Crescimento<br />

<strong>do</strong>s Jovens”. Foram já concedi<strong>do</strong>s, sob o tema de vida activa, subsídios financeiros a 34<br />

instituições no desenvolvimento de 53 planos, que possam encorajar a participação social <strong>do</strong>s<br />

jovens e contribuir para a prevenção de comportamentos desviantes nos jovens, continuou<br />

apoiar também organizações sociais na realização de planos temáticos de educação moral, com<br />

o valor global de cerca de 3,88 milhões de patacas. A DSEJ continuou a lançar, ainda em 2011,<br />

o plano de financiamento das actividades juvenis “Tenho talento natural”, para apoiar jovens<br />

<strong>do</strong>s 18 aos 29 anos de idade ou grupos, que não pertençam a qualquer pessoa colectiva ou<br />

organização, a desenvolver actividades.<br />

A DSEJ através <strong>do</strong> Plano <strong>do</strong> Desenvolvimento das Escolas, financiou, as escolas a desenvolver<br />

várias actividades desportivas, artísticas e de aptidão de vida, bem como outras actividades<br />

extracurriculares, incentivou o desenvolvimento, organização e a contratação de agentes para<br />

a realização de actividades extracurriculares, ajudan<strong>do</strong> a reduzir a sobrecarga de horário de<br />

trabalho <strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong>cente. Em 2011, foi criada a “Rede das informações de actividades<br />

extracurriculares”, dan<strong>do</strong> às escolas e instituições envolvidas uma plataforma de cooperação<br />

e intercâmbio.<br />

Actividades Escolares Desportivas, Culturais, Recreativas e da<br />

Generalização Científica<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Educação e Juventude organiza anualmente diversas actividades<br />

desportivas, culturais, recreativas e da generalização <strong>do</strong> conhecimento científico, e competições,<br />

promoven<strong>do</strong>, e apoian<strong>do</strong>, equipas escolares a participarem em competições, nacionais e<br />

internacionais.<br />

Em 2011, a DSEJ organizou a competição Interport Escolar de Voleibol e a competição<br />

Interport Escolar de Futebol. A delegação desportiva <strong>do</strong> sector educativo de <strong>Macau</strong> conquistou<br />

o segun<strong>do</strong> lugar e terceiro lugar no grupo masculino. Por outro la<strong>do</strong>, a delegação desportiva<br />

<strong>do</strong> sector educativo participou ainda em oito competições desportivas <strong>do</strong> sector educativo,<br />

alcançan<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s satisfatórios no Interport Escolar de Andebol entre Hong Kong e <strong>Macau</strong><br />

e nos 11. os Jogos Nacionais de Alunos <strong>do</strong> Secundário.<br />

Quanto às actividades de generalização <strong>do</strong> conhecimento científico, a delegação de <strong>Macau</strong><br />

participou em oito competições nacionais e internacionais de generalização <strong>do</strong> conhecimento<br />

científico e ganhou várias medalhas, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> campeão no grupo de alunos <strong>do</strong> secundário <strong>do</strong><br />

372


Educação<br />

Concurso “Interport Power Tech”, o campeão nacional no grupo <strong>do</strong> secundário da modalidade<br />

de Biped Walking Robot Floor Exercise na China Robo Cup Open 2011, e três campeões na 2011<br />

Liuzhou Junior Robotic Olympic Competition - CHINA.<br />

Instalações e Serviços Juvenis<br />

A DSEJ dispõe das Pousadas de Juventude de Cheoc Van e de Hac Sá e de quatro centros<br />

de juventude. O Centro de Juventude da Areia Preta, o Centro de Experimentação para Jovens,<br />

o Centro de Juventude <strong>do</strong> Fórum e o Centro de Actividades Juvenis <strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong> Hipódromo<br />

proporcionam, de forma contínua, serviços de aconselhamento a jovens e de formação<br />

de voluntários, desenvolven<strong>do</strong> diversas actividades em prol <strong>do</strong> crescimento da juventude,<br />

nomeadamente nas áreas da educação, <strong>do</strong> lazer, da educação artística, <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

desportivo, recreativo e colectivo.<br />

Com instalações principalmente abertas às escolas e associações juvenis, mas também ao<br />

público nos locais determina<strong>do</strong>s, enriquecen<strong>do</strong> e alargan<strong>do</strong> assim o mo<strong>do</strong> e espaço de desporto<br />

<strong>do</strong>s alunos e jovens, entrou em funcionamento em 2011, o Centro de Bem-Estar. Entretanto, o<br />

Centro de Actividades Juvenis <strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong> Hipódromo em 2011 continuou a prolongar as horas<br />

de funcionamento, com horário entre as 22h00 e as 02h00, para satisfazer as necessidades <strong>do</strong>s<br />

jovens quanto ao uso das instalações.<br />

Ensino Superior<br />

O ensino superior visa garantir uma sólida formação científica, cultural e técnica que prepare<br />

para o exercício das actividades profissionais e culturais, através da difusão de conhecimentos<br />

científicos de ín<strong>do</strong>le teórica e prática e fomente o desenvolvimento das capacidades de<br />

concepção, de investigação científica, de inovação, de análise crítica e de criatividade artística,<br />

visa, ainda, proporcionar à sociedade quadros qualifica<strong>do</strong>s nas várias áreas, divulgar culturas<br />

e conhecimentos, e promover intercâmbio académico.<br />

O desenvolvimento <strong>do</strong> ensino superior moderno de <strong>Macau</strong> tem uma história de cerca de 30<br />

anos. Devi<strong>do</strong> ao número reduzi<strong>do</strong> de instituições de ensino superior existentes no passa<strong>do</strong>, eram<br />

poucos e monótonos os cursos ministra<strong>do</strong>s, e <strong>do</strong>mínios académicos. Todavia, na medida em que<br />

foi aumentan<strong>do</strong> o número de instituições de ensino superior e a procura social de conhecimentos<br />

profissionais de diferentes disciplinas, os cursos tendem a diversificar-se dia a dia.<br />

Actualmente em <strong>Macau</strong>, há dez instituições de ensino superior, quatro públicas e seis<br />

particulares. O ano lectivo de 2010/2011, contou com 32.543 alunos matricula<strong>do</strong>s, para um<br />

contingente de 1840 <strong>do</strong>centes. As instituições de ensino superior, no seu conjunto, oferecerem<br />

243 cursos de diplomas, pós-graduação, bacharelato, licenciatura, mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>utoramento.<br />

Em 2011, as instituições de ensino superior <strong>do</strong> exterior obtiveram autorização para abrir em<br />

<strong>Macau</strong> 34 cursos superiores.<br />

Em 2011, o Governo da RAEM continuou a impulsionar o desenvolvimento estável <strong>do</strong><br />

ensino superior, acompanhan<strong>do</strong> e aperfeiçoan<strong>do</strong> o respectivo sistema jurídico, para além de<br />

reforçar a ligação com as instituições <strong>do</strong> exterior, especializadas em avaliação, aprenden<strong>do</strong> com<br />

novas experiências, de mo<strong>do</strong> a realizar os preparativos para a implementação <strong>do</strong> sistema de<br />

avaliação <strong>do</strong> ensino superior. O estreitamento da cooperação regional, na vertente educativa,<br />

foi outra tarefa realizada no ano passa<strong>do</strong>, que se traduziu no desencadeamento, ordena<strong>do</strong>, <strong>do</strong>s<br />

373


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

projectos de construção, na Ilha de Hengqin (Montanha), <strong>do</strong> Novo Campus da Universidade de<br />

<strong>Macau</strong>, na conclusão sucessiva das diversas obras de infra-estruturas <strong>do</strong> mesmo Campus, assim<br />

como na criação, em conjunto, pelas instituições de ensino superior de <strong>Macau</strong> e <strong>do</strong> Interior<br />

da China, <strong>do</strong>s primeiros <strong>do</strong>is laboratórios estatais de importância primordial em matéria de<br />

estu<strong>do</strong>s de microelectrónica, bem como de medicina e medicamentos tradicionais chineses.<br />

No que diz respeito à atenção e apoio concedi<strong>do</strong>s aos estudantes universitários, procedeu-se,<br />

em 2011, à optimização contínua <strong>do</strong> mecanismo de atribuição das bolsas de estu<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong>-se<br />

aumenta<strong>do</strong> o número das bolsas concedidas, bem como a quantia atribuída, ao estu<strong>do</strong> da<br />

concessão <strong>do</strong> subsídio para aquisição de material escolar para os estudantes locais <strong>do</strong> ensino<br />

superior, com o intuito de apoiar os seus estu<strong>do</strong>s. Para além disso, foi cria<strong>do</strong> na Internet um<br />

sítio próprio para estes estudantes, dan<strong>do</strong>-lhes, desta forma, uma plataforma para reforço<br />

<strong>do</strong>s seus contactos e intercâmbios, inician<strong>do</strong>, ao mesmo tempo, um estu<strong>do</strong> sobre projectos de<br />

serviços de aconselhamento, com planeamento de carreira. Para continuar a aperfeiçoar a base<br />

de da<strong>do</strong>s para o ensino superior, já se iniciaram os trabalhos de preparação da primeira fase<br />

para a construção <strong>do</strong> banco de da<strong>do</strong>s de pessoas qualificadas. Ten<strong>do</strong> em conta as necessidades<br />

da sociedade de <strong>Macau</strong> e o desenvolvimento das diferentes disciplinas, as instituições <strong>do</strong><br />

ensino superior de <strong>Macau</strong> criaram cursos <strong>do</strong> ensino superior em áreas diversificadas e com<br />

níveis diferentes, ao mesmo tempo, que se procedeu à reforma <strong>do</strong>s cursos, desenvolven<strong>do</strong> a<br />

educação geral, para dar resposta, em to<strong>do</strong>s os aspectos, às necessidades que a sociedade<br />

tem de pessoas qualificadas.<br />

Gabinete de Apoio ao Ensino Superior<br />

Cria<strong>do</strong> em 1992, o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) é um serviço governamental<br />

responsável pela coordenação, acompanhamento e desenvolvimento <strong>do</strong> ensino superior nos<br />

termos <strong>do</strong> diploma legal vigente.<br />

Pedi<strong>do</strong>s para Autorização de Cursos ou Alteração de<br />

Currículos<br />

Em 2011, o GAES analisou 51 pedi<strong>do</strong>s para autorização de cursos ou alteração <strong>do</strong> plano de<br />

estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s cursos já existentes nas várias instituições de ensino superior de <strong>Macau</strong>. Destes,<br />

18 pedi<strong>do</strong>s foram aprova<strong>do</strong>s, 14 foram cancela<strong>do</strong>s pela instituição, e 19 estão, ainda, em<br />

fase de análise. No que se refere aos cursos de ensino superior ministra<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong> pelas<br />

instituições de ensino superior <strong>do</strong> exterior, foram apresenta<strong>do</strong>s 52 pedi<strong>do</strong>s, incluin<strong>do</strong> a criação,<br />

alteração e renovação de alguns destes cursos, <strong>do</strong>s quais 34 foram aprova<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>is cancela<strong>do</strong>s<br />

pela instituição, estan<strong>do</strong>, ainda, em fase de análise 16.<br />

Coordenação da Admissão de Estudantes <strong>do</strong> Interior da<br />

China no Ensino Superior de <strong>Macau</strong><br />

Em 2011, com a aprovação <strong>do</strong> Ministério da Educação da República Popular da China, e sob<br />

a coordenação <strong>do</strong> GAES, a Universidade de <strong>Macau</strong>, o Instituto Politécnico de <strong>Macau</strong>, o Instituto<br />

de Formação Turística, a Universidade de Ciência e Tecnologia de <strong>Macau</strong>, a Universidade da<br />

Cidade de <strong>Macau</strong>, o Instituto de Enfermagem Kiang Wu, continuaram a admitir estudantes nas<br />

374


Educação<br />

31 cidades e províncias <strong>do</strong> Interior da China.<br />

No ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, 12.210 alunos <strong>do</strong> Interior da China candidataram-se às seis<br />

instituições de ensino superior de <strong>Macau</strong> acima referidas. Dos 2592 alunos matricula<strong>do</strong>s, 130<br />

frequentaram cursos de <strong>do</strong>utoramento, 903 cursos de mestra<strong>do</strong>, 1328 cursos de licenciatura e<br />

231 encontram-se a frequentar cursos pré-universitários, ou cursos preparatórios.<br />

Prosseguimento de Estu<strong>do</strong>s e Serviços de Apoio<br />

A Sala de Informações <strong>do</strong> GAES fornece aos interessa<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s relativamente à situação<br />

das várias instituições de ensino superior de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. O GAES presta também serviços de<br />

informação por telefone, correio electrónico ou caixa postal, em prol de resolver os problemas<br />

relativos ao prosseguimento de estu<strong>do</strong>s no ensino superior. O Gabinete oferece, também,<br />

serviços de orientação individual ou em grupo sobre o prosseguimento de estu<strong>do</strong>s no ensino<br />

superior para alunos e outros cidadãos. Em 2011, o GAES tratou no total 329 casos de serviços<br />

de orientação sobre o prosseguimento de estu<strong>do</strong>s e pedi<strong>do</strong>s de informações.<br />

Com o objectivo de prestar mais informações aos cidadãos sobre o acesso ao ensino superior,<br />

o GAES em cooperação com diversas associações e instituições, realizou várias actividades, a<br />

saber o “Seminário sobre o Prosseguimento <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s em Instituições <strong>do</strong> Ensino Superior”,<br />

“Workshop sobre o Prosseguimento <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s e a Escolha das Áreas de Especialização” e<br />

o “Seminário sobre o Prosseguimento de Estu<strong>do</strong>s e Emprego”, ten<strong>do</strong>, também, continua<strong>do</strong> a<br />

organizar a “Exposição sobre o Ensino Superior no Interior da China”.<br />

Actividades Inter-universitárias para Estudantes<br />

Com o intuito de enriquecer a vida extracurricular <strong>do</strong>s estudantes das instituições de<br />

ensino superior, com vista a desenvolver as suas potencialidades e fomentar as suas qualidades<br />

humanas, em 2011, o GAES, em cooperação com diversas associações e instituições, realizou,<br />

nomeadamente, as seguintes actividades: “7.ª Edição <strong>do</strong> Concurso de Composição de Textos<br />

para Estudantes das Instituições <strong>do</strong> Ensino Superior de <strong>Macau</strong>”, “Seminário sobre Assuntos<br />

Nacionais” e a “Exposição de Fotografias e Gravuras em Comemoração <strong>do</strong> 100.º Aniversário da<br />

Revolução de Xinhai”, cuja organização contou com a cooperação <strong>do</strong> Círculo de Educação de<br />

<strong>Macau</strong>. O GAES promoveu, ainda, um conjunto de acções subordina<strong>do</strong> ao tema “Projecto <strong>do</strong>s<br />

Estudantes Voluntários <strong>do</strong> Ensino Superior”.<br />

Para intensificar o intercâmbio cultural <strong>do</strong>s estudantes das instituições <strong>do</strong> ensino<br />

superior das várias regiões, o GAES realizou, ainda, a “3.ª Edição <strong>do</strong>s Jogos de Competição<br />

entre Estudantes das Instituições <strong>do</strong> Ensino Superior da Região Alargada <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio<br />

das Pérolas”, a “2.ª Edição <strong>do</strong> Concurso de Debate em Língua Inglesa entre Estudantes das<br />

Instituições <strong>do</strong> Ensino Superior das Regiões da Ásia Oriental”, o “Grupo de Visita a Gansu <strong>do</strong>s<br />

Docentes, Trabalha<strong>do</strong>res Administrativos e Estudantes das Instituições <strong>do</strong> Ensino Superior de<br />

<strong>Macau</strong>” e a “3.ª Edição da Viagem Cultural <strong>do</strong>s Jovens de Cantão, Hong Kong e <strong>Macau</strong>”. Para<br />

além disso, para reforçar a interligação entre os estudantes universitários de <strong>Macau</strong> e os <strong>do</strong><br />

exterior, foi cria<strong>do</strong> o “Blog para os Estudantes <strong>do</strong> Ensino Superior de <strong>Macau</strong>”, que em Julho<br />

entrou em funcionamento, proporcionan<strong>do</strong>-lhes um espaço de atenção mútua, de informação<br />

e de intercâmbio.<br />

375


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Admissão de Estudantes <strong>do</strong>s Cursos de Pós-graduação e de<br />

Licenciatura das Instituições de Ensino Superior <strong>do</strong> Interior<br />

da China em <strong>Macau</strong><br />

O GAES é um <strong>do</strong>s locais para inscrição nos exames de admissão às instituições de ensino<br />

superior <strong>do</strong> Interior da China para estudantes chineses residentes em <strong>Macau</strong>, Hong Kong, Taiwan<br />

e no estrangeiro. No ano de 2011, 891 estudantes <strong>do</strong> estrangeiro, <strong>Macau</strong>, de Hong Kong bem<br />

como de Taiwan candidataram-se aos cursos das instituições de ensino superior <strong>do</strong> Interior da<br />

China, para o ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>. Daqueles, 403 candidataram-se aos cursos de pós-<br />

-graduação, para o ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>.<br />

Candidatura e Atribuição das Bolsas de Mérito para Estu<strong>do</strong>s<br />

Pós-gradua<strong>do</strong>s<br />

Com o objectivo de encorajar os residentes de <strong>Macau</strong> a frequentarem cursos de pós-<br />

-graduação, o Governo da RAEM atribui bolsas de mérito para estu<strong>do</strong>s pós-gradua<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong><br />

esta tarefa da responsabilidade da Comissão Técnica de Atribuição de Bolsas para Estu<strong>do</strong>s<br />

Pós-gradua<strong>do</strong>s, competin<strong>do</strong>, contu<strong>do</strong>, ao GAES a organização <strong>do</strong>s processos de candidaturas<br />

a atribuição das bolsas.<br />

Em 2011, a referida Comissão fez ajustamentos relativos ao número de bolsas atribuídas,<br />

ten<strong>do</strong> aumenta<strong>do</strong> para 15 (as de <strong>do</strong>utoramento), 60 (para o mestra<strong>do</strong>), crian<strong>do</strong>, ainda, a<br />

bolsa de mérito para o curso integra<strong>do</strong> de mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>utoramento (uma vaga), sen<strong>do</strong>-lhes<br />

atribuídas, respectivamente, as seguintes quantias anuais, 63.000 patacas, 45.000 patacas<br />

e 54.000 patacas. No ano lectivo 2011/<strong>2012</strong>, registou-se um total de 386 pedi<strong>do</strong>s de bolsas.<br />

Desencadeamento das Investigações Científicas<br />

Com o objectivo de compreender a situação da distribuição <strong>do</strong>s profissionais qualifica<strong>do</strong>s,<br />

locais, das diversas áreas, o Governo da RAEM está a ponderar a criação de uma base de da<strong>do</strong>s<br />

das pessoas qualificadas, ten<strong>do</strong> o GAES inicia<strong>do</strong>, para isso, em 2011, os trabalhos de preparação<br />

da primeira fase de construção da referida base, recolhen<strong>do</strong>, para o efeito, informações sobre<br />

as especialidades escolhidas pelos residentes locais, que estudam nas instituições <strong>do</strong> ensino<br />

superior tanto em <strong>Macau</strong> como no exterior. O GAES encarregou a Universidade de <strong>Macau</strong> de<br />

realizar a pesquisa, denominada “Análise <strong>do</strong> Capital Humano Necessário para a RAEM”, bem<br />

como encarregou outras instituições de procederem ao “Estu<strong>do</strong> sobre os Serviços de Apoio ao<br />

Prosseguimento <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong> e sobre a Necessidade <strong>do</strong> Planeamento da Carreira”, bem<br />

como ao “Estu<strong>do</strong> de Pesquisa sobre o Planeamento <strong>do</strong>s Serviços de Aconselhamento Presta<strong>do</strong>s<br />

aos Estudantes Universitários de <strong>Macau</strong>”, com vista a perceber melhor a situação actual destes<br />

estudantes, para elaborar planos de desenvolvimento prospectivos e a longo prazo sobre a<br />

prestação <strong>do</strong>s serviços necessários junto <strong>do</strong>s mesmos.<br />

Instituições de Ensino Superior<br />

Universidade de <strong>Macau</strong><br />

A Universidade de <strong>Macau</strong> (UM), criada em 1981, é uma instituição pública internacional<br />

376


Educação<br />

de ensino superior. Originalmente designada Universidade da Ásia Oriental, era uma instituição<br />

privada, até ter si<strong>do</strong> adquirida pelo Governo de <strong>Macau</strong> em 1988, ten<strong>do</strong> o nome si<strong>do</strong> altera<strong>do</strong>, em<br />

1991, para Universidade de <strong>Macau</strong>. A Universidade de <strong>Macau</strong> dispõe actualmente das seguintes<br />

unidades académicas: Faculdade de Gestão de Empresas; Faculdade de Ciências da Educação;<br />

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas; Faculdade de Direito; Faculdade de Ciências e<br />

Tecnologia; Instituto de Ciências Médicas Chinesas e Colégio de Honra. O principal idioma veicular<br />

de ensino é inglês, sen<strong>do</strong> uma parte <strong>do</strong>s cursos lecciona<strong>do</strong>s em chinês, português ou japonês.<br />

A Universidade de <strong>Macau</strong> dispõe de 432 professores a tempo inteiro, incluin<strong>do</strong> oito<br />

professores convida<strong>do</strong>s, 39 professores catedráticos, 91 professores associa<strong>do</strong>s, 202 professores<br />

auxiliares, 92 leitores e outros <strong>do</strong>centes, além de <strong>do</strong>is professores convida<strong>do</strong>s por acumulação.<br />

No ano lectivo de 2011/<strong>2012</strong>, a UM ministrou 34 cursos de licenciatura, 33 cursos de<br />

mestra<strong>do</strong>, 22 cursos de <strong>do</strong>utoramento e sete cursos de certifica<strong>do</strong> de pós-graduação. Havia<br />

8109 alunos matricula<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais 5738 frequentam os cursos de licenciatura, 1899 estão<br />

a frequentar os cursos de pós-graduação, 272 os cursos de <strong>do</strong>utoramento, e 180 os cursos<br />

pré-universitários e outros.<br />

A Universidade de <strong>Macau</strong> recebeu, no ano lectivo 2011/<strong>2012</strong>, 8324 pedi<strong>do</strong>s de candidaturas<br />

a cursos de licenciatura e admitiu 1333 alunos locais e 241 alunos não locais. Por outro la<strong>do</strong>,<br />

havia 214 alunos locais <strong>do</strong> ensino secundário qualifica<strong>do</strong>s, que ao abrigo <strong>do</strong> programa de<br />

admissão directa por recomendação da Universidade de <strong>Macau</strong>, se candidataram aos cursos<br />

superiores com isenção de exames de admissão, a to<strong>do</strong>s eles foi atribuída bolsa de estu<strong>do</strong>. A<br />

45 alunos foi atribuída “Bolsa de Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> Exame de Admissão”. Registou-se a admissão de<br />

77 alunos através <strong>do</strong> “Preferential Admission Scheme for Admission Examination Candidates”.<br />

Instituto Politécnico de <strong>Macau</strong><br />

O Instituto Politécnico de <strong>Macau</strong> (IPM) é uma escola superior pública criada em Setembro<br />

de 1991. O IPM dispõe actualmente das seguintes unidades académicas: Escola Superior de<br />

Línguas e Tradução, Escola Superior de Ciências Empresariais, Escola Superior de Educação<br />

Física e Desporto, Escola Superior de Administração Pública, Escola Superior de Artes, Escola<br />

Superior de Saúde, Academia <strong>do</strong> Cidadão Sénior, Centro de Formação Contínua e de Projectos<br />

Especiais, IPM-Bell Centro de Inglês, Centro de Estu<strong>do</strong>s da Cultura Sino-Ocidental, Centro de<br />

Estu<strong>do</strong>s Sociais e Económicos e Políticas Públicas, Centro Pedagógico e Científico na Área <strong>do</strong><br />

Jogo, Centro de Estu<strong>do</strong>s “Um País, Dois Sistemas”, Centro de Estu<strong>do</strong>s de Línguas e Culturas de<br />

<strong>Macau</strong>, Centro de Investigação de Sistemas Informáticos <strong>do</strong> IPM e da Queen Mary, University<br />

of Lon<strong>do</strong>n e Centro IPM-BMM de Testes para Técnicas de Jogos.<br />

O IPM é membro convida<strong>do</strong> especial <strong>do</strong> Conselho Coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s Institutos Superiores<br />

Politécnicos de Portugal, membro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa, membro<br />

da Associação das Universidades da Ásia-Pacífico e membro da Federação de Educação Contínua<br />

(The Federation for Continuing Education in Tertiary Institutions) dirigida pela Universidade<br />

Politécnica de Hong Kong. Assinou dezenas de acor<strong>do</strong>s sobre a cooperação de projectos e o<br />

reconhecimento inter-universitário de créditos com várias famosas universidades <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s, Inglaterra, Austrália, Portugal, Interior da China, Taiwan e Hong Kong e organizou em<br />

conjunto mais de dez cursos de mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>is cursos de <strong>do</strong>utoramento.<br />

O Instituto Politécnico de <strong>Macau</strong> tem presta<strong>do</strong> muita atenção à promoção <strong>do</strong><br />

377


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

desenvolvimento de cursos conferentes de grau académico e acções de formação profissional,<br />

possuin<strong>do</strong>, actualmente, uma vasta equipa composta por cerca de 590 trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>centes<br />

e administrativos a tempo inteiro. De entre estes cerca de 240 são <strong>do</strong>centes e investiga<strong>do</strong>res<br />

científicos (58 por cento têm o grau de <strong>do</strong>utoramento), bem como cerca de 3000 alunos,<br />

matricula<strong>do</strong>s em vários cursos conferentes de grau académico. Além disso, foram cria<strong>do</strong>s e<br />

postos em funcionamento, ainda, neste Instituto, diversos cursos de formação, não conferentes<br />

de grau académico, ultrapassan<strong>do</strong> os 20 mil o número de inscrições anuais.<br />

Instituto de Formação Turística de <strong>Macau</strong><br />

O Instituto de Formação Turística (IFT), cria<strong>do</strong> em Agosto de 1995, é uma instituição pública<br />

de ensino superior. O Instituto tem duas escolas subordinadas: Escola Superior de Turismo e<br />

Escola de Educação Profissional e Contínua.<br />

No ano lectivo de 2010/2011, o IFT ministrou 11 cursos a nível de bacharelato e licenciatura,<br />

assim como outros cursos de diploma, certifica<strong>do</strong> profissional e acções de formação. O IFT tinha<br />

107 <strong>do</strong>centes e 1343 alunos matricula<strong>do</strong>s em cursos de nível superior.<br />

Escola Superior das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong><br />

A Escola Superior das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong> (ESFSM), criada em Julho de 1988,<br />

é uma instituição pública de ensino superior subordinada às Forças de Segurança de <strong>Macau</strong>,<br />

que tem por objectivo formar quadros <strong>do</strong>s serviços de polícias e bombeiros.<br />

No ano lectivo de 2010/2011, além de uma série de cursos de formação profissional para<br />

o pessoal no posto de trabalho, a escola ministrou cinco cursos de licenciatura, com 74 alunos<br />

matricula<strong>do</strong>s em cursos de nível superior, e 35 <strong>do</strong>centes.<br />

Universidade da Cidade de <strong>Macau</strong><br />

A Universidade da Cidade de <strong>Macau</strong> designada, anteriormente, por Universidade Aberta<br />

Internacional da Ásia (<strong>Macau</strong>), foi criada em Setembro de 1992. Em Setembro de 2010, mu<strong>do</strong>u<br />

de entidade titular e, mais tarde, em 1 de Fevereiro de 2011, a<strong>do</strong>ptou o nome de Universidade<br />

Cidade de <strong>Macau</strong>. É uma instituição <strong>do</strong> ensino superior priva<strong>do</strong>, ministra cursos <strong>do</strong> ensino superior<br />

e tem as seguintes unidades académicas: Faculdade de Gestão de Empresas, Faculdade de<br />

Ciências Humanas e Sociais, Faculdade de Turismo Internacional e Gestão de Hotéis, Faculdade<br />

de Estu<strong>do</strong>s Portugueses, Faculdade Aberta Internacional e Faculdade de Educação Contínua. E,<br />

ainda, o Centro de Estu<strong>do</strong>s sobre o Desenvolvimento Socioeconómico de <strong>Macau</strong>, o Centro de<br />

Estu<strong>do</strong>s de Economia, o Centro de Estu<strong>do</strong>s sobre o Turismo e a Indústria <strong>do</strong> Jogo e o Centro<br />

de Estu<strong>do</strong>s de Línguas.<br />

No ano lectivo de 2010/2011, a Universidade ministrou um total de 18 cursos de diploma,<br />

pós-graduação, licenciatura, mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>utoramento, contan<strong>do</strong> neste ano com 241 <strong>do</strong>centes<br />

e 8445 estudantes matricula<strong>do</strong>s em cursos de nível superior.<br />

Universidade de São José<br />

Em Dezembro de 2009, o Instituto Inter-Universitário de <strong>Macau</strong> cria<strong>do</strong> em 1996, passou a<br />

378


Educação<br />

denominar-se Universidade de São José. Instituição privada de ensino superior, a Universidade de<br />

São José integra as seguintes unidades: Faculdade de Letras e Ciências; Faculdade de Sistemas<br />

Inteligentes e Tecnologias; Faculdade de Gestão e Administração Pública; Faculdade de Estu<strong>do</strong>s<br />

Cristãos; Faculdade de Investigação; Centro de Estu<strong>do</strong>s sobre África e <strong>do</strong> Desenvolvimento;<br />

Centro de Inovação e Criatividade; Centro de Estu<strong>do</strong>s de História e Património; Centro de<br />

Investigação em Ciências <strong>do</strong> Ambiente; Centro de Estu<strong>do</strong>s Cristãos, bem como demais unidades<br />

de investigação.<br />

No ano lectivo de 2010/2011, a Universidade de São José ministrou um total de 38 cursos<br />

de atribuição de diploma, pós-graduação, licenciatura, mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>utoramento, com 163<br />

<strong>do</strong>centes e 1722 estudantes matricula<strong>do</strong>s.<br />

Instituto de Enfermagem Kiang Wu de <strong>Macau</strong><br />

O Instituto de Enfermagem Kiang Wu de <strong>Macau</strong>, outrora designa<strong>do</strong> por Escola de<br />

Enfermagem e Partejamento Kiang Wu de <strong>Macau</strong>, instituição criada em 1923, convertida em<br />

instituição privada de ensino superior em Novembro de 1999, dedica-se à formação de quadros<br />

qualifica<strong>do</strong>s na área de enfermagem.<br />

No ano lectivo de 2010/2011, o Instituto ministrou <strong>do</strong>is cursos de licenciatura, complementar<br />

de licenciatura e diploma profissional, com 39 <strong>do</strong>centes e 237 estudantes matricula<strong>do</strong>s.<br />

Universidade de Ciência e Tecnologia de <strong>Macau</strong><br />

A Universidade de Ciência e Tecnologia de <strong>Macau</strong> é a primeira universidade integrada sem<br />

fins lucrativos, criada em Março de 2000, forman<strong>do</strong> principalmente quadros qualifica<strong>do</strong>s nas áreas<br />

aplicadas. A Universidade dispõe das seguintes unidades académicas: Faculdade de Ciências<br />

Informáticas, Faculdade de Administração e Gestão; Faculdade de Direito; Faculdade de Medicina<br />

Chinesa; Faculdade de Turismo Internacional, Faculdade de Artes e Humanidades; Faculdade<br />

de Ciência de Saúde; Instituto de Pós-graduação; Departamento de Estu<strong>do</strong>s Gerais; Faculdade<br />

de Educação Permanente; Instituto de Estu<strong>do</strong> de Desenvolvimento Sustentável; Instituto de<br />

Aplicações de Medicamentos e Saúde; Instituto de Ciências Sociais e Culturais; Instituto de<br />

Ciências Espaciais e Laboratório de Referência <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> para Investigação de Qualidade em<br />

Medicina Chinesa, entre outras. O Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia dependente<br />

da Fundação da Universidade de Ciência e Tecnologia de <strong>Macau</strong> é a base de ensino clínico, de<br />

investigação científica e de estágios da Faculdade de Medicina Chinesa.<br />

No ano lectivo de 2010/2011, a universidade ministrou um total de 28 cursos de licenciatura,<br />

mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>utoramento, contan<strong>do</strong> neste ano com 384 professores e 9863 estudantes<br />

matricula<strong>do</strong>s em cursos de nível superior.<br />

Instituto de Gestão de <strong>Macau</strong><br />

O Instituto de Gestão de <strong>Macau</strong>, cria<strong>do</strong> em Julho de 2000, é um instituto destina<strong>do</strong> a formar<br />

quadros qualifica<strong>do</strong>s apenas na área da gestão.<br />

No ano lectivo de 2010/2011, o instituto ministrou um total de três cursos de bacharelato<br />

e licenciatura, contan<strong>do</strong> com 37 <strong>do</strong>centes e 371 estudantes matricula<strong>do</strong>s em cursos de nível<br />

superior.<br />

379


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Instituto Milénio de <strong>Macau</strong><br />

O Instituto Milénio de <strong>Macau</strong>, cria<strong>do</strong> em Agosto de 2001, é uma instituição privada de<br />

ensino superior. No ano lectivo de 2010/2011, o instituto ministrou um total de <strong>do</strong>is cursos de<br />

bacharelato e licenciatura, lecciona<strong>do</strong>s por 51 <strong>do</strong>centes, e frequenta<strong>do</strong>s por 426 estudantes<br />

em cursos de nível superior.<br />

Nota: 1) Os da<strong>do</strong>s disponibiliza<strong>do</strong>s neste texto referentes a <strong>do</strong>centes e discentes das instituições de<br />

ensino superior, excepto a Universidade de <strong>Macau</strong> e o Instituto Politécnico de <strong>Macau</strong>, no<br />

ano lectivo de 2010/2011, reportam-se a elementos recolhi<strong>do</strong>s em Novembro de 2010. Os<br />

respectivos da<strong>do</strong>s são forneci<strong>do</strong>s pelo GAES.<br />

2) O número de cursos referi<strong>do</strong> neste texto é calcula<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com os relatórios anuais<br />

das instituições de ensino superior no ano lectivo de 2010/2011. Os respectivos da<strong>do</strong>s são<br />

forneci<strong>do</strong>s pelas instituições de ensino superior.<br />

380


Educação<br />

27 de Maio de 2011<br />

Cerimónia de graduação da Universidade de <strong>Macau</strong>, com a presença<br />

<strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On<br />

29 de Outubro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, participa no 30.º aniversário e<br />

na cerimónia de graduação da Universidade da Cidade de <strong>Macau</strong><br />

381


Educação<br />

26 de Outubro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, na cerimónia de graduação <strong>do</strong><br />

Instituto de Formação Turística 2011<br />

25 de Outubro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, visita a Escola Tong Nam<br />

382


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

19 de Setembro de 2011<br />

Cerimónia de entrega <strong>do</strong>s “Prémios para o Projecto Pedagógico <strong>do</strong><br />

<strong>Ano</strong> Lectivo 2009/2010”<br />

11 de Fevereiro de 2011<br />

Cerimónia de início <strong>do</strong> 1.º Curso com Certifica<strong>do</strong> de Cuida<strong>do</strong>s de Saúde<br />

Básicos, ministra<strong>do</strong> pelo Instituto de Enfermagem Kiang Wu a pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Saúde<br />

383


Nos últimos mais de quatro<br />

séculos da sua história,<br />

têm coexisti<strong>do</strong> em <strong>Macau</strong><br />

diversas culturas num<br />

pluralismo de línguas,<br />

de valores, de crenças<br />

religiosas, de hábitos, de<br />

costumes, de tradições, e<br />

de estilos arquitectónicos,<br />

que têm desenvolvi<strong>do</strong><br />

gradualmente uma cultura<br />

única. Nesta cultura própria<br />

de <strong>Macau</strong> coexistem, para<br />

além de outras, elementos<br />

indeléveis das duas culturas<br />

mais fortes em presença, a<br />

cultura chinesa tradicional<br />

e a cultura ocidental,<br />

esta, principalmente<br />

por via portuguesa. Na<br />

diversificação é, no entanto,<br />

pre<strong>do</strong>minante a cultura<br />

tradicional chinesa.


IX<br />

CULTURA E<br />

DESPORTO


Competição de Rugby (Foto: Tang Chan Seng)


Cultura e Desporto e Cultura e Desporto<br />

Nos últimos mais de quatro séculos da sua história, têm coexisti<strong>do</strong> em <strong>Macau</strong> diversas<br />

culturas num pluralismo de línguas, de valores, de crenças religiosas, de hábitos, de costumes,<br />

de tradições, e de estilos arquitectónicos, que têm desenvolvi<strong>do</strong> gradualmente uma cultura<br />

única. Nesta cultura própria de <strong>Macau</strong> coexistem, para além de outras, elementos indeléveis<br />

das duas culturas mais fortes em presença, a cultura chinesa tradicional e a cultura ocidental,<br />

esta, principalmente por via portuguesa. Na diversificação é, no entanto, pre<strong>do</strong>minante a cultura<br />

tradicional chinesa.<br />

Seguin<strong>do</strong> uma política de desenvolvimento da cultura chinesa, com especial enfoque na<br />

preservação das características culturais da Região, e sua diversificação cultural, o Governo<br />

da RAEM organiza diversas actividades culturais. Neste senti<strong>do</strong>, convida grupos artísticos de<br />

<strong>Macau</strong>, <strong>do</strong> Interior da China, e estrangeiros, para realizarem espectáculos em <strong>Macau</strong>, dan<strong>do</strong><br />

ao público local, assim, oportunidade para conhecer outras gentes, histórias, culturas e artes,<br />

promoven<strong>do</strong> o intercâmbio e elevan<strong>do</strong> o nível cultural <strong>do</strong>s residentes. Importante, também,<br />

para a prossecução daquela política é o apoio financeiro presta<strong>do</strong> pelo Governo da RAEM a<br />

organizações cívicas e agentes culturais para a organização de diversas acções culturais e<br />

criação artística, enriquecen<strong>do</strong>, assim, a vida cultural da RAEM.<br />

Instituto Cultural<br />

O Instituto Cultural (IC) é um serviço governamental responsável pela implementação <strong>do</strong><br />

objectivo global na área cultural defini<strong>do</strong> pelo Governo da RAEM.<br />

O Instituto Cultural organiza espectáculos, concertos, exposições, seminários, cursos<br />

de música, cursos de dança, cursos de teatro, concursos para jovens músicos, para além de<br />

eventos que já fazem parte <strong>do</strong> calendário cultural internacional como o Festival Internacional de<br />

Música de <strong>Macau</strong> (Outubro), Festival de Artes de <strong>Macau</strong> (Maio/Junho) e a “Exposição Anual de<br />

Artes Visuais”. O Instituto concede, ainda, subsídios, bolsas de investigação académica, apoio<br />

à investigação e ao aperfeiçoamento artístico, para além da manutenção da sua actividade<br />

editorial.<br />

387


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Indústrias Culturais e Criativas<br />

O Instituto Cultural criou em 2010, o Departamento de Promoção das Indústrias Culturais<br />

e Criativas e desenvolveu activamente diversas acções promocionais <strong>do</strong> desenvolvimento das<br />

indústrias culturais e criativas de <strong>Macau</strong>, designadamente, actividades de divulgação e promoção<br />

de venda de produtos culturais e criativos, realização de estu<strong>do</strong>s relativos a estas indústrias e a<br />

prestação de apoio à definição <strong>do</strong> quadro geral de políticas e medidas <strong>do</strong> seu desenvolvimento,<br />

bem como, a ampla recolha de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> sector das indústrias culturais e criativas locais para<br />

o estabelecimento da Base de Da<strong>do</strong>s das Indústrias Culturais e Criativas.<br />

As informações integradas na base de da<strong>do</strong>s serão utilizadas na combinação de bolsas<br />

comerciais e na organização de associações profissionais e companhias das indústrias culturais<br />

e criativas locais para participar em feiras e actividades promocionais de venda de produtos<br />

culturais, realizadas na RAEM e no exterior e para divulgar a imagem cultural criativa de <strong>Macau</strong>.<br />

XXII Festival de Artes de <strong>Macau</strong><br />

O XXII Festival de Artes de <strong>Macau</strong> (FAM), que decorreu de 29 de Abril a 28 de Maio de<br />

2011, juntou, sob o slogan “Desfrutar da Vida pela Arte”, os melhores grupos de representação<br />

provenientes de diversos cantos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que apresentaram 29 programas em mais de 100<br />

espectáculos. Foram realiza<strong>do</strong>s vários workshops, seminários, exposições e espectáculos com<br />

“Conversas Pós-espectáculo”. A taxa de venda de bilhetes atingiu perto de 90 por cento com 19<br />

mil bilhetes vendi<strong>do</strong>s, assinalan<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s recorde <strong>do</strong> Festival de Artes de <strong>Macau</strong>.<br />

Os programas <strong>do</strong> Festival incluíram o espectáculo “Marco Polo - A Viagem Imaginária” pela<br />

Compagnie Pietragalla (França), o espectáculo “Pampa Furiosa Ballet d’Argentine” (Argentina),<br />

o espectáculo “Scattered”, o espectáculo “Momentum”, pelo grupo israelita Mayumana e ainda o<br />

espectáculo de dança teatro “Scattered” pelos Motionhouse (Reino Uni<strong>do</strong>), “O <strong>Livro</strong> Imaginário”,<br />

“Stones”, e “Ti-tó-tis - Dança e Música para Bebés”. As produções locais incluíram espectáculos<br />

representa<strong>do</strong>s pela Associação Geral de Ópera Cantonense, Grupo Infantil de Ópera Cantonense<br />

<strong>do</strong>s Kaifong de <strong>Macau</strong>, Step Out, Associação de Representação Teatral Hiu Koc, Teatro de<br />

Lavra<strong>do</strong>res, Associação de Artes Pequena Montanha e Teatro Areia Preta, entre outros grupos<br />

teatrais locais, que participaram com entusiasmo no Festival, de forma que a participação<br />

de grupos artísticos locais ultrapassou, pela primeira vez, 50 por cento <strong>do</strong>s espectáculos<br />

apresenta<strong>do</strong>s, baten<strong>do</strong> o recorde das edições anteriores <strong>do</strong> Festival.<br />

Os Encontros: Mapping Audiovisual das Ruínas de S. Paulo integraram música, iluminação<br />

dan<strong>do</strong> relevo ao património mundial, o que foi alvo de excelentes críticas. Para além de uma<br />

média diária de cerca de 4000 especta<strong>do</strong>res, os vídeos coloca<strong>do</strong>s na Internet atraíram muitos<br />

especta<strong>do</strong>res de outros países e regiões, passan<strong>do</strong> a ser um destaque <strong>do</strong> Festival. Ao pedi<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> público, a entidade organiza<strong>do</strong>ra decidiu voltar a exibi-lo no perío<strong>do</strong> entre 26 de Agosto e 4<br />

de Setembro, dan<strong>do</strong> continuidade ao efeito dura<strong>do</strong>uro <strong>do</strong> “mapping audiovisual”, o que atraiu<br />

a presença de grande número de visitantes.<br />

XXV Festival Internacional de Música de <strong>Macau</strong><br />

O XXV Festival Internacional de Música de <strong>Macau</strong> (FIMM), que decorreu de 7 de Outubro a<br />

5 de Novembro de 2011, apresentou um total de 36 espectáculos em 20 programas de géneros<br />

388


Cultura e Desporto<br />

diferentes, celebran<strong>do</strong> o 25.º Aniversário <strong>do</strong> Festival Internacional de Música de <strong>Macau</strong>, com a<br />

realização de um concerto diversifica<strong>do</strong> de alto gosto estético, exposição de Jubileu de Prata <strong>do</strong><br />

Festival, <strong>do</strong>cumentários, embaixa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Festival e actividades vocacionadas à arte musical.<br />

Dos espectáculos musicais, que fizeram parte <strong>do</strong> programa <strong>do</strong> Festival, destacam-se,<br />

nomeadamente, o musical inspira<strong>do</strong>r da Broadway, a ópera em três actos de Weber. Der<br />

Freischutz-o Franco-Atira<strong>do</strong>r, a Orquestra Filarmónica de Viena, orquestra de renome mundial,<br />

o famoso violista Itzak Perlman, o Quarteto de Cordas Juilliard e a Academia de Música Antiga<br />

de Berlim, Alemanha. Em articulação com representação em sítio <strong>do</strong> património mundial, o local<br />

de representação foi alarga<strong>do</strong> à Igreja de S. Domingos, Teatro D. Pedro V, Casa <strong>do</strong> Mandarim<br />

e Praia de Hac Sá.<br />

Em comemoração <strong>do</strong> aniversário <strong>do</strong> centenário da Revolução de Xinhai, realizaram-se o<br />

musical Sol Nascente e o Concerto Comemorativo da Revolução de Xinhai.<br />

A organização <strong>do</strong> Festival produziu ainda o Concerto Fascinante de Caridade em Homenagem<br />

ao Dia Mundial da Vista em colaboração com a Orbis, uma organização de voluntários sem fins<br />

lucrativos. Toda a receita resultante da venda de bilhetes foi <strong>do</strong>ada à Orbis para apoiar a sua<br />

missão de salvamento da visão a ser desenvolvida no Nepal.<br />

A taxa de venda de bilhetes <strong>do</strong> XXV Festival Internacional de Música de <strong>Macau</strong> atingiu 86,7<br />

por cento. Foram realizadas no decurso <strong>do</strong> Festival seis palestras, Master Classes, a visita guiada<br />

ao Palco, bem como outras actividades marginais, desempenhan<strong>do</strong> um papel muito positivo<br />

para impulsionar o ensino de arte local.<br />

Desfile por <strong>Macau</strong>, Cidade Latina<br />

Em celebração <strong>do</strong> 12.º Aniversário da Transferência da Administração de <strong>Macau</strong> para a<br />

China, o Instituto Cultural organizou, pela primeira vez, um “Desfile por <strong>Macau</strong>, Cidade Latina”.<br />

Grupos e cerca de 700 artistas de Portugal, Brasil, França, Itália, Colômbia, Chile, Venezuela,<br />

Peru e Equa<strong>do</strong>r, entre outros países da América Latina, associa<strong>do</strong>s aos de <strong>Macau</strong> e <strong>do</strong> Interior<br />

da China, demonstraram, através das várias artes performativas, a fusão harmoniosa das<br />

características culturais únicas de <strong>Macau</strong>. Com início nas icónicas Ruínas de S. Paulo, o desfile<br />

seguiu para o pitoresco Bairro de S. Lázaro, passan<strong>do</strong> pela sua igreja, e terminou na Praça<br />

<strong>do</strong> Tap Seac, onde teve lugar um espectáculo grandioso intitula<strong>do</strong> de “Amor, Paz, Integração<br />

Cultural” com a participação de to<strong>do</strong>s os grupos e artistas envolvi<strong>do</strong>s. O espectáculo durou<br />

três horas e meia e foi transmiti<strong>do</strong> ao vivo na televisão, atrain<strong>do</strong> uma assistência de 100 mil<br />

pessoas.<br />

Orquestra de <strong>Macau</strong><br />

A Orquestra de <strong>Macau</strong>, através <strong>do</strong>s oito programas em série da temporada de concertos,<br />

apresentou, de forma mais completa e sistemática, obras de melhor qualidade, modernas e<br />

clássicas. Durante o ano inteiro em curso, realizou 75 concertos, e o número de especta<strong>do</strong>res<br />

atingiu os 44.912.<br />

Além <strong>do</strong> ciclo clássico, ciclo festividades e ciclo de concertos de câmara, programas principais<br />

da temporada de concertos, a Orquestra de <strong>Macau</strong> empenhou-se no ensino musical <strong>do</strong>s jovens,<br />

realizan<strong>do</strong> uma série de actividades nas suas temporadas de concertos, nomeadamente, os<br />

389


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

“Concertos Universitários”, “Concertos Escolares” e a “Viagem ao Mun<strong>do</strong> da Música” interagin<strong>do</strong><br />

com cerca de 13 mil estudantes universitários, <strong>do</strong> ensino secundário e <strong>do</strong> primário, das 37<br />

instituições de ensino de <strong>Macau</strong>. Ao par disso, realizou ainda representação “Voar com sonho<br />

de música” junto de coros locais de ensino secundário e primário, estudantes e amantes da<br />

música no mesmo palco, levou a efeito, também, na véspera <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Novo Chinês o Concerto<br />

“Celebração <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Novo Chinês com os I<strong>do</strong>sos” para os i<strong>do</strong>sos e classe mais desfavorecida,<br />

no qual, participou um total de 24 associações de caridade.<br />

Orquestra Chinesa de <strong>Macau</strong><br />

A Orquestra Chinesa de <strong>Macau</strong> é uma orquestra profissional na dependência <strong>do</strong> Instituto<br />

Cultural <strong>do</strong> Governo da RAEM. Sob a direcção artística <strong>do</strong> seu maestro principal Pang Ka Pang<br />

- um maestro nacional de primeira categoria - e com a integração de 42 músicos profissionais<br />

de alta qualidade, a Orquestra Chinesa de <strong>Macau</strong>, com adesão de jovens músicos tecnicamente<br />

destaca<strong>do</strong>s, viu eleva<strong>do</strong> de forma substancial o seu nível artístico, sen<strong>do</strong> unanimemente<br />

reconhecida e louvada pelo sector da música chinesa.<br />

Em 2011, a Orquestra Chinesa de <strong>Macau</strong> apresentou no total 51 concertos, com a audiência<br />

global a atingir o número de 33 mil especta<strong>do</strong>res. Dos eventos representativos destacam-se:<br />

Concerto “Sonho <strong>do</strong> Pavilhão Vermelho” no Festival de Artes e Concerto Comemorativo <strong>do</strong><br />

Centenário da Revolução de Xinhai no Festival Internacional de Música de <strong>Macau</strong>. Foi convidada<br />

para participar nas actividades promocionais da “Semana de <strong>Macau</strong> em Jiangsu e <strong>Macau</strong><br />

Dinâmico” e realizou, no Centro Cultural e Artístico de Nanquim, o Concerto “Impressão de<br />

<strong>Macau</strong>”.<br />

Concurso para Jovens Músicos de <strong>Macau</strong><br />

Organiza<strong>do</strong> anualmente pelo Instituto Cultural, o Concurso para Jovens Músicos de <strong>Macau</strong><br />

visa promover o desenvolvimento local da música e proporcionar aos a<strong>do</strong>lescentes locais<br />

oportunidades preciosas de actuação, aprendizagem e intercâmbio. Através daquele concurso<br />

muitos premia<strong>do</strong>s enveredaram com sucesso pelo caminho profissional da música, ten<strong>do</strong><br />

aumenta<strong>do</strong> anualmente o número de alunos vocaciona<strong>do</strong>s à música. Em cada categoria, a par<br />

<strong>do</strong>s prémios habituais ao 1.º, 2.º, e 3.º classifica<strong>do</strong>s, a organização atribui ainda o prémio<br />

Instituto Cultural, Prémio de Talento e o Prémio <strong>do</strong> Melhor Grupo, convidan<strong>do</strong> os premia<strong>do</strong>s<br />

destaca<strong>do</strong>s a estarem representa<strong>do</strong>s na Cerimónia de Atribuição de Prémios, e no Concerto de<br />

Vence<strong>do</strong>res, adjudican<strong>do</strong>-lhes prémios especiais.<br />

O 29.º Concurso para Jovens Músicos de <strong>Macau</strong>, que decorreu de 18 de Junho a 11 de<br />

Julho, realizou 37 competições em 24 categorias que incluíram, entre outras, Piano Solo e Sopro,<br />

Harpa Solo e Conjunto. Com uma participação de 963 pessoas, o evento atraiu a presença de<br />

2570 especta<strong>do</strong>res.<br />

Exposição de Artes Visuais<br />

Em 2011, estiveram ali patentes várias exposições, nomeadamente: “Escrito na Água -<br />

Obras de Erik A. Frandsen”; “Exposição Anual de Artes Visuais de <strong>Macau</strong> 2011 - Uma Década<br />

de Glória”; Exposição “Um Olhar sobre a Pintura Contemporânea Francesa”; Código - Exposição<br />

390


Cultura e Desporto<br />

<strong>do</strong>s Cartazes Vence<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Concurso; Exposição “Reconstrução da Civilização - Escultura<br />

Contemporânea Chinesa”; “Para Além <strong>do</strong> Espaço - Exposição de Chu The-I e Kim Yong Sik”;<br />

“Explen<strong>do</strong>r Europeu -Exposição Fotográfica de Sítios <strong>do</strong> Património Mundial da UNESCO na<br />

União Europeia” e “Infecção - Indústria - Upsych - Exposição de Fotografia Contemporânea”.<br />

Em Junho <strong>do</strong> mesmo ano, foram organiza<strong>do</strong>s artistas de <strong>Macau</strong> para participar na Exposição<br />

de Obras Excelentes da Aproximação da Montanha Taihang e nas actividades de pintura na<br />

Montanha Taihang (na Província de Hebei).<br />

Plataforma de Informação Cultural<br />

O Website <strong>do</strong> Instituto Cultural da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> (www.icm. gov.<br />

mo) e sua versão móvel (m.icm.gov.mo) é o portal oficial <strong>do</strong> Instituto, que tem por objectivo<br />

oferecer, à população em geral, serviços de informações relativas a actividades culturais,<br />

espectáculos, exposições, salvaguarda <strong>do</strong> património cultural, generalização <strong>do</strong> ensino de arte,<br />

investigação académica entre outras. O Website <strong>do</strong> Instituto Cultural criou Website filiais das<br />

instalações culturais, nomeadamente, a Biblioteca Central de <strong>Macau</strong>, o Arquivo Histórico de<br />

<strong>Macau</strong>, o Conservatório de <strong>Macau</strong>, o Museu de <strong>Macau</strong> e a Galeria Tap Seac, além de proporcionar<br />

informações detalhadas sobre o Festival Internacional de Artes de <strong>Macau</strong>, o Festival Internacional<br />

de Música de <strong>Macau</strong> e o Desfile por <strong>Macau</strong> Cidade Latina em celebração <strong>do</strong> 12.º Aniversário da<br />

Transferência da Administração de <strong>Macau</strong> para a China, entre outras as actividades artísticas e<br />

culturais importantes. Em 2011, registou 2.808.333 visitas.<br />

A “<strong>Macau</strong> Heritage Net” (www.macauheritage.net) e a “<strong>Macau</strong> Art Net” (www.macauart.net)<br />

são hoje importantes plataformas de informação sobre a cultura de <strong>Macau</strong>. A “<strong>Macau</strong> Heritage<br />

Net” acompanha os trabalhos de protecção <strong>do</strong> património cultural, facilitan<strong>do</strong> a busca e a<br />

introdução de elementos sobre os monumentos de <strong>Macau</strong> e <strong>do</strong> Património Mundial, exercen<strong>do</strong><br />

o duplo papel de promoção e informação. Por outro la<strong>do</strong>, para facilitar a turistas e cidadãos no<br />

conhecimento total <strong>do</strong> Centro Histórico de <strong>Macau</strong>, a “<strong>Macau</strong> Heritage Net” criou o website filial<br />

de “Património Mundial de <strong>Macau</strong>” (www.wh.mo). Em 2011, a “<strong>Macau</strong> Heritage Net” registou<br />

571.625 visitas. O Instituto Cultural lançou no ano em apreço uma aplicação para iPhone e<br />

Android denominada “WH <strong>Macau</strong>”, subordinada ao tema “Passeio pelo Centro Histórico de <strong>Macau</strong>”.<br />

As opções e funções pragmáticas desta aplicação permitem ao utiliza<strong>do</strong>r conhecer através <strong>do</strong><br />

telemóvel, a to<strong>do</strong> o tempo e em qualquer lugar, to<strong>do</strong>s os aspectos <strong>do</strong> Centro Histórico de <strong>Macau</strong><br />

- Património Mundial, e obter as informações mais actualizadas sobre o mesmo.<br />

A “<strong>Macau</strong> Art Net”, por seu turno, fornece informações sobre as actividades culturais e<br />

artísticas que têm lugar em <strong>Macau</strong> e nas regiões vizinhas. Ao mesmo tempo, presta o serviço de<br />

web hosting provisório das páginas electrónicas de artes das instituições e organizações culturais<br />

e artísticas de <strong>Macau</strong>, para aumentar as informações artísticas na Internet, assumin<strong>do</strong>, ainda,<br />

o papel de coopera<strong>do</strong>r da parte de <strong>Macau</strong> no projecto da página electrónica de informações<br />

culturais entre Cantão-<strong>Macau</strong>-Hong Kong - www.prdculture.org. Em 2007, foi activada a secção<br />

“Artista <strong>do</strong> Mês”, através da qual, mensalmente, é possível aceder a entrevistas relacionadas<br />

com os artistas reconheci<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong> e exibir suas obras, visan<strong>do</strong>, deste mo<strong>do</strong>, estreitar a<br />

distância entre artistas e público, e, simultaneamente, servir de plataforma para conhecer os<br />

artistas locais. Em 2011, o número de visitas à “<strong>Macau</strong> Art Net” atingiu os 660.072.<br />

Com vista a promover o intercâmbio de informações das indústrias culturais e criativas<br />

locais e aumentar o conhecimento <strong>do</strong>s diversos sectores sociais sobre as indústrias culturais<br />

391


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

e criativas e sua direcção <strong>do</strong> desenvolvimento, o Instituto Cultural criou em Agosto de 2011,<br />

o Website das Indústrias Culturais e Criativas de <strong>Macau</strong> (www.macaucci.com), permitin<strong>do</strong><br />

que os utiliza<strong>do</strong>res possam obter através desta plataforma as informações mais actualizadas<br />

sobre as indústrias culturais criativas de <strong>Macau</strong>, e que as empresas das indústrias culturais e<br />

criativas possam divulgar, através da página electrónica, os seus novos produtos e informações<br />

relativas a actividades, promoven<strong>do</strong> bolsas comerciais e fomentan<strong>do</strong> a cooperação e intercâmbio<br />

intersectorial.<br />

Conservatório de <strong>Macau</strong><br />

O Conservatório de <strong>Macau</strong> é um organismo dependente <strong>do</strong> Instituto Cultural. Como uma<br />

instituição pública de educação em <strong>Macau</strong>, proporciona ensino secundário regular, ensino<br />

secundário complementar técnico-profissional em dança, música e teatro, bem como, educação<br />

contínua em artes. O Conservatório é constituí<strong>do</strong> pela Escola de Dança, Escola de Música e<br />

Escola de Teatro. Trata-se presentemente, da única instituição de ensino com a organização<br />

de diversos cursos de formação de representação e de artes, que assume a responsabilidade<br />

pela promoção e generalização <strong>do</strong> ensino artístico junto da população, e pela descoberta e<br />

formação de talentos artísticos locais. O Conservatório organiza periodicamente concertos<br />

musicais, espectáculos de dança e peças de teatro, proporcionan<strong>do</strong> aos alunos a oportunidade<br />

de apresentarem publicamente o seu talento e arte, e, ao mesmo tempo, adquirirem mais<br />

experiência. Mais de 120 <strong>do</strong>centes asseguram as diversas unidades lectivas <strong>do</strong> Conservatório,<br />

que são frequentadas, presentemente, por mais de 2000 alunos.<br />

A Escola de Dança, que é a escola regular de artes autorizada a oferecer ensino profissional<br />

da dança, ministrou, em parceria com a Escola de Dança de Xangai, o “Curso de Técnica de<br />

Dança” em regime completo, com intuito de formar artistas profissionais não apenas com a<br />

teoria mas, também, com a criatividade. A escola oferece aos alunos a formação profissional<br />

sistemática da dança e cursos de nível equivalente ao ensino secundário geral e complementar.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, a escola ministra o Ensino Geral de Arte que compreende as disciplinas de dança<br />

chinesa e de ballet para alunos das escolas primárias e secundárias, proporcionan<strong>do</strong> o Curso de<br />

Iniciação à Dança para Crianças. A Escola de Dança disponibiliza também o “Curso de Dança<br />

Chinesa para Jovens”, o “Curso de Dança Moderna para Jovens e Adultos”, o “Curso de Dança<br />

Latina para Crianças e Jovens” e o “Curso de Dança Jazz para Jovens e Adultos”, oferecen<strong>do</strong>,<br />

assim, aos alunos uma formação diversificada.<br />

A Escola de Música é uma escola regular de artes autorizada a oferecer ensino profissional<br />

de arte, também maior e a mais completa instituição de ensino da música, com o mais eleva<strong>do</strong><br />

número de <strong>do</strong>centes e alunos. A escola ministra, junto com a Escola Secundária de Música<br />

dependente <strong>do</strong> Conservatório Central de Música de Pequim, o “Curso de Técnica de Música”,<br />

proporcionan<strong>do</strong> o ensino profissional de música sistemático e completo aos alunos vocaciona<strong>do</strong>s<br />

para a disciplina de música. Por outro la<strong>do</strong>, a escola oferece também aos alunos cursos<br />

sistemáticos e regulares para o ensino básico e generaliza<strong>do</strong> de música. Os cursos estão dividi<strong>do</strong>s<br />

em cursos em instrumentos musicais chineses e ocidentais, além de disciplinas obrigatórias<br />

e facultativas. A escola coordena vários agrupamentos de música de câmara, agrupamentos<br />

instrumentais, coros e diversas orquestras estudantis, a fim de aumentar a capacidade de<br />

actuação em agrupamentos e cultivar o espírito de cooperação <strong>do</strong>s alunos.<br />

A Escola de Teatro, que é única escola regular de <strong>Macau</strong> com curso preliminar de formação<br />

392


Cultura e Desporto<br />

de arte de representação teatral, oferece, numa forma integral e sistemática, à população de<br />

<strong>Macau</strong>, diversos cursos de formação em teatro, descobre e forma talentos de representação<br />

locais, generalizan<strong>do</strong>, também, o ensino das artes dramáticas junto <strong>do</strong> público. A escola<br />

ministra cursos de formação abrangente, tais como Teatro para Crianças, Teatro para Jovens,<br />

Apresentação, Dramaturgia e Encenação, e Introdução Teatral. A Escola de Teatro realiza to<strong>do</strong>s<br />

os anos várias apresentações nas escolas secundárias e ao público, proporcionan<strong>do</strong> aos alunos<br />

oportunidades para concretizarem a aprendizagem através de actuações reais. Para uma maior<br />

profissionalização da educação teatral, a Escola de Teatro criou em 2009, a Companhia Juvenil<br />

de Teatro de <strong>Macau</strong>, que incorpora o ensino, aprendizagem e actuação, tencionan<strong>do</strong> avaliar os<br />

resulta<strong>do</strong>s da aprendizagem através da formação regular intensa e representação periódica de<br />

diferentes espectáculos cria<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong>s anos. O Conservatório de <strong>Macau</strong> tem convida<strong>do</strong><br />

especialistas e académicos de mérito, <strong>do</strong> interior e exterior, com o objectivo de organizar<br />

diversos tipos de palestras, workshops, cursos de curta duração e master classes, alargan<strong>do</strong><br />

desta forma o pensamento e os horizontes <strong>do</strong>s seus forman<strong>do</strong>s e, proporcionan<strong>do</strong>, por outro<br />

la<strong>do</strong>, aos artistas e amantes de arte de <strong>Macau</strong>, oportunidades de contacto directo com maestros<br />

e de auto-aprendizagem e auto-elevação.<br />

Arquitectura, Paisagem e Protecção Patrimonial<br />

O Decreto-Lei n.º 56/84/M, de 1984, e o Decreto-Lei n.º 83/92/M, de 1992, definem que<br />

é necessário coordenar e manter em bom esta<strong>do</strong> as antigas construções de valor histórico<br />

ou artístico, e conservar o património histórico de <strong>Macau</strong>. Presentemente, ascende a 128 o<br />

número <strong>do</strong>s imóveis incluí<strong>do</strong>s na lista de protecção patrimonial, distribuí<strong>do</strong>s por cinco grandes<br />

categorias, nomeadamente, monumentos, edifícios com valor artístico, conjuntos e sítios<br />

classifica<strong>do</strong>s e zonas da protecção, dissemina<strong>do</strong>s na Península de <strong>Macau</strong>, e nas ilhas da Taipa<br />

e Coloane. Consoante o seu género, o Governo da RAEM tem produzi<strong>do</strong> as medidas adequadas<br />

para assegurar a respectiva protecção.<br />

A salvaguarda <strong>do</strong> património cultural tem constituí<strong>do</strong> uma das prioridades <strong>do</strong> Governo da<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>. O facto de o Centro Histórico de <strong>Macau</strong> ter si<strong>do</strong> lista<strong>do</strong><br />

em 2005, no património mundial promoveu ainda mais o trabalho da salvaguarda <strong>do</strong> património<br />

cultural de <strong>Macau</strong>. Em 2006, foi alarga<strong>do</strong> o âmbito da zona de protecção <strong>do</strong> património cultural<br />

pelo Despacho n.º 202/2006 <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

Património Cultural Intangível<br />

Nos últimos anos, a salvaguarda <strong>do</strong> património cultural intangível tem mereci<strong>do</strong> uma<br />

consideração cada vez maior em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. Em Setembro de 2006, a Convenção para a<br />

Salvaguarda <strong>do</strong> Património Cultural Intangível entrou formalmente em vigor na RAEM. A “Ópera<br />

Cantonense” e o “Chá Medicinal”, apresenta<strong>do</strong>s conjuntamente por Guang<strong>do</strong>ng, Hong Kong e<br />

<strong>Macau</strong>, conseguiram figurar no mesmo ano na Lista <strong>do</strong> Património Cultural Intangível da China.<br />

Em 14 de Junho de 2008, graças aos esforços <strong>do</strong> Museu de <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> Instituto Cultural <strong>do</strong> Governo<br />

da RAEM e <strong>do</strong> sector da escultura de í<strong>do</strong>los sagra<strong>do</strong>s, a “Escultura de Í<strong>do</strong>los Sagra<strong>do</strong>s” foi inscrita<br />

no segun<strong>do</strong> lote da Lista <strong>do</strong> Património Cultural Intangível da China, sen<strong>do</strong> a primeira herança<br />

cultural intangível proposta exclusivamente por <strong>Macau</strong> a figurar neste âmbito de protecção<br />

a nível nacional. Em 2009, o Instituto Cultural e o Museu de <strong>Macau</strong> apresentaram mais três<br />

heranças culturais intangíveis de <strong>Macau</strong> para figurarem na lista nacional <strong>do</strong> Património Cultural<br />

393


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Intangível da China, nomeadamente, o “Naamyam - Canto Narra<strong>do</strong>”, a “Música Ritual Taoista<br />

de <strong>Macau</strong>” e o “Festival <strong>do</strong> Dragão Embriaga<strong>do</strong>”. Em 30 de Setembro <strong>do</strong> mesmo ano, a Ópera<br />

Cantonense foi inscrita com sucesso na Lista <strong>do</strong> Património Cultural Intangível da Humanidade<br />

da UNESCO sob proposta apresentada conjuntamente por Guang<strong>do</strong>ng, Hong Kong e <strong>Macau</strong>. Em<br />

Maio de 2011, as três formas artísticas de <strong>Macau</strong> “Canto Naamyam”, a “Música Ritual Taoista”<br />

e o “Festival <strong>do</strong> Dragão Embriaga<strong>do</strong>” foram oficialmente incluídas no terceiro lote da Lista de<br />

Património Nacional.<br />

Apoiar e Incentivar a Investigação Académica<br />

Para estimular a investigação académica, o Instituto Cultural reviu e publicou, em 2006,<br />

o novo regime de concessão de bolsas de investigação académica - o Regulamento de Bolsas<br />

de Investigação Académica - um sistema aperfeiçoa<strong>do</strong> para encorajar o desenvolvimento da<br />

investigação científica, aquan<strong>do</strong> <strong>do</strong> lançamento da 13.ª edição <strong>do</strong> Programa de Bolsas de<br />

Investigação Académica.<br />

O objectivo <strong>do</strong> programa é apoiar o desenvolvimento de projectos de investigação<br />

académica na área das Humanidades, que contribuam de forma significativa e original para<br />

um conhecimento mais profun<strong>do</strong> de <strong>Macau</strong> ou das relações entre <strong>Macau</strong> e o exterior. O valor<br />

pecuniário da bolsa por projecto varia entre 110 e 180 mil patacas. Os pedi<strong>do</strong>s podem ser<br />

recebi<strong>do</strong>s a qualquer momento.<br />

De 2006 a 2011, 34 pessoas beneficiaram destas bolsas.<br />

Biblioteca Central de <strong>Macau</strong><br />

Fundada em 1895, a Biblioteca Central de <strong>Macau</strong>, dependente <strong>do</strong> Instituto Cultural da<br />

RAEM, engloba a Biblioteca Central, a Biblioteca Sir Robert Ho Tung, a Biblioteca da Sede <strong>do</strong><br />

IACM, a Biblioteca da Ilha Verde, a Biblioteca de Mong-Há, a Biblioteca de Coloane e a Biblioteca<br />

Itinerante. Esta rede conta com cerca de 740.000 volumes e 35.000 objectos multimédia, sen<strong>do</strong><br />

a maior rede de bibliotecas de <strong>Macau</strong>.<br />

Os serviços presta<strong>do</strong>s pela Biblioteca Central de <strong>Macau</strong> (BC) são os seguintes: leitura<br />

ou requisição de livros e da<strong>do</strong>s de informações, jornais e revistas; serviço de referência de<br />

<strong>do</strong>cumentação sobre <strong>Macau</strong>; acesso à Internet; pesquisa em microfilme; leitura electrónica de<br />

jornais; e consulta de base de da<strong>do</strong>s electrónicos da Internet; serviço de fotocópia. Os editores<br />

podem, através <strong>do</strong> centro de ISBN, solicitar os ISBN, ISSN e ISRC.<br />

Para apresentar a diversidade de títulos nas bibliotecas de <strong>Macau</strong> e promover a educação<br />

em prol <strong>do</strong> aproveitamento <strong>do</strong>s recursos da instituição, a Biblioteca Central de <strong>Macau</strong> organiza,<br />

anualmente, actividades diversas para promoção a leitura e aproveitamento da biblioteca,<br />

atenden<strong>do</strong> visitantes em grupo.<br />

Biblioteca Central (Sede)<br />

A Biblioteca Central (sede), antigamente denominada Biblioteca Nacional de <strong>Macau</strong>,<br />

transferiu-se em 1983 para as actuais instalações na Avenida <strong>do</strong> Conselheiro Ferreira de Almeida.<br />

Trata-se de uma construção de estilo neoclássico, construída no início <strong>do</strong> século XX, com 1371<br />

metros quadra<strong>do</strong>s de área. Possui uma área para leitura com 256 lugares, conten<strong>do</strong> 259.585<br />

394


Cultura e Desporto<br />

livros (incluin<strong>do</strong> cerca de 35.693 <strong>do</strong> Serviço de Referência de Documentação de <strong>Macau</strong>); 77 títulos<br />

de jornais; e 651 títulos de publicações periódicas. Em 2011, 493.488 pessoas requisitaram<br />

livros à Biblioteca Central de <strong>Macau</strong>. O número de livros e informações requisitadas, para leitura<br />

externa, atingiu os 287.683 exemplares, e o número <strong>do</strong>s utentes que frequentaram a Biblioteca<br />

Central foi de 114.929. O acesso à Internet através <strong>do</strong> serviço <strong>do</strong> sistema de banda larga sem<br />

fios, foi utiliza<strong>do</strong> 40.956 vezes.<br />

Biblioteca Sir Robert Ho Tung<br />

O edifício da Biblioteca Sir Robert Ho Tung, sito no Largo de Santo Agostinho, com três<br />

pisos, é uma construção integrada de grande valor histórico, cultural e arquitectónico, estan<strong>do</strong><br />

classifica<strong>do</strong> como Património Mundial. Em 1955, Sir Robert Ho Tung faleceu em Hong Kong, e os<br />

seus familiares, segun<strong>do</strong> o seu testamento, <strong>do</strong>aram a propriedade situada em frente <strong>do</strong> Largo<br />

de Santo Agostinho e 25.000 dólares de Hong Kong ao Governo de <strong>Macau</strong>, para ali instalar uma<br />

biblioteca pública com livros em língua chinesa.<br />

A Biblioteca Sir Robert Ho Tung, aberta oficialmente ao público em 1958, no 2.º andar<br />

guarda cerca de 5000 livros chineses antigos, incluin<strong>do</strong> clássicos sobre literatura e história<br />

<strong>do</strong> reina<strong>do</strong> <strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r Jia Jing, da dinastia Ming, 16 tipos de colecções de livros chineses<br />

antigos, <strong>do</strong> espólio da Biblioteca de Ka Ip Tong, colecciona<strong>do</strong>s por Lao Seng Kun, e outros livros<br />

bastante raros e preciosos.<br />

Para ampliar o espaço de disposição de livros e de leitura, o IC fez obras de expansão numa<br />

zona contígua ao jardim das traseiras <strong>do</strong> edifício principal. A nova ala, que abriu ao público<br />

em 2006, tem quatro pisos, uma superfície de 2323 metros quadra<strong>do</strong>s e dispõe de uma sala<br />

infantil/juvenil e de uma sala de materiais multimédia e zonas de leitura interior e ao ar livre.<br />

Em 2006, esta biblioteca passou a receber o serviço de depósito de livros.<br />

Com uma área de 4778 metros quadra<strong>do</strong>s, a biblioteca possui um espaço para leitura de<br />

547 lugares, ten<strong>do</strong> uma colecção de 115.353 livros, 5601 objectos multimédia, e audiovisuais,<br />

55 títulos de jornais e 531 publicações periódicas. Em 2011, 315.320 pessoas requisitaram<br />

121.931 livros à Biblioteca Sir Robert Ho Tung e registaram-se 46.345 entradas e 27.434 vezes<br />

de acesso à Internet com a utilização <strong>do</strong> serviço <strong>do</strong> sistema de banda larga sem fios.<br />

Biblioteca da Sede <strong>do</strong> IACM<br />

A biblioteca, instalada na sede <strong>do</strong> IACM (Edifício <strong>do</strong> Leal Sena<strong>do</strong>, Património Mundial), foi<br />

criada à semelhança da Biblioteca <strong>do</strong> Convento de Mafra, (Portugal), com decorações e mobiliário<br />

de estilo bem clássico. A Biblioteca da Sede <strong>do</strong> IACM, aberta ao público em 1929, foi a sede da<br />

Biblioteca Central. Hoje, esta é uma das bibliotecas com colecções de maior valor. A biblioteca<br />

destina-se especialmente a conservar <strong>do</strong>cumentação ocidental valiosa e antiga, datada <strong>do</strong> século<br />

XVII até 1950. Possuin<strong>do</strong> uma área de 454,9 metros quadra<strong>do</strong>s, a biblioteca tem 12 lugares para<br />

leitura, coleccionan<strong>do</strong> 20.000 livros, 43 títulos de antigos jornais portugueses encaderna<strong>do</strong>s, e<br />

22 títulos de jornais actuais. Em 2011, registou a entrada de 37.808 pessoas e 2304 vezes de<br />

acesso à Internet com a utilização <strong>do</strong> serviço <strong>do</strong> sistema de banda larga sem fios.<br />

Biblioteca da Ilha Verde<br />

Esta biblioteca, instalada no 4.º andar <strong>do</strong> Edifício Mei Kui Kuong Cheong, é, desde 1995,<br />

395


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

um centro de cultura, educação, informação e recreio. Com uma área de 482 metros quadra<strong>do</strong>s,<br />

a biblioteca divide-se num espaço para leitura infantil, e numa sala de leitura e audiovisuais<br />

e multimédia, possuin<strong>do</strong> 82 lugares para leitura, coleccionan<strong>do</strong> 65.308 livros, 4679 objectos<br />

multimédia e audiovisuais, 43 títulos de jornais e 348 títulos de revistas. Em 2011, 186.254<br />

pessoas requisitaram 100.768 livros, o número <strong>do</strong>s utentes que frequentou a biblioteca foi de<br />

39.425 e registou, ainda, 17.260 vezes de acesso à Internet com a utilização <strong>do</strong> serviço <strong>do</strong><br />

sistema de banda larga sem fios.<br />

Biblioteca de Mong-Há<br />

A biblioteca, aberta ao público em 1988, está instalada num edifício localiza<strong>do</strong> no Bairro<br />

Social de Mong-Há. A Biblioteca de Mong Há suspendeu o serviço em Abril de 2011, devi<strong>do</strong> à<br />

obra de despejo em articulação com o plano da reconstrução da Habitação Social de Mong-Há.<br />

Depois de seis meses foi reinstalada no 3.ª andar <strong>do</strong> Edf. de Mong Sin da nova Habitação Social<br />

de Mong-Há, ten<strong>do</strong> reaberto ao público em Dezembro. As instalações da nova biblioteca, antes<br />

divididas por vários pisos, ficaram concentradas num único piso, em espaço mais amplia<strong>do</strong>, com<br />

quatro áreas de leitura: infantil, de jornais e revistas, adultos e sala de multimédia. A Biblioteca<br />

de Mong-Há com 360 metros quadra<strong>do</strong>s, proporciona 92 lugares para leitura, 23.500 volumes<br />

de monografias, 33 títulos de jornais e 160 títulos de revistas.<br />

Em 2011, o número de utentes da biblioteca foi de 34.093, destes 4579 requisitaram<br />

12.387 livros à Biblioteca de Mong-Há. Registou-se, ainda, um acesso ao serviço da Internet <strong>do</strong><br />

sistema de banda larga sem fios, por 2085 vezes. A partir de Novembro de 2011, a biblioteca<br />

implementou a título experimental, o horário de abertura ao público, passan<strong>do</strong> a estar aberta<br />

entre as 12h00 e as 19h00, de segunda a <strong>do</strong>mingo.<br />

Biblioteca de Coloane<br />

O edifício onde está instalada esta biblioteca, de estilo neoclássico e elegante, construí<strong>do</strong><br />

em 1911, situa-se na Avenida de 5 de Outubro, em Coloane. Esta biblioteca foi ali instalada<br />

em 1983, e destina-se principalmente a coleccionar livros infantis e romances populares. A<br />

biblioteca tem uma área de 170 metros quadra<strong>do</strong>s, 21 lugares para leitura e cerca de 8076<br />

livros, 17 títulos de jornais e 50 títulos de revistas. Em 2011, 24.479 pessoas requisitaram<br />

3397 livros à Biblioteca de Coloane. O número de utentes que frequentou a biblioteca foi de<br />

1249, ten<strong>do</strong>-se regista<strong>do</strong> um acesso à Internet, com a utilização <strong>do</strong> serviço <strong>do</strong> sistema de banda<br />

larga sem fios, por 951 vezes.<br />

Biblioteca Itinerante<br />

A Biblioteca Itinerante funciona desde 1986. O número médio de livros disponibiliza<strong>do</strong> em<br />

cada veículo é de cerca de 2848. De segunda a sába<strong>do</strong>, a Biblioteca Itinerante circula nos pontos<br />

de estacionamento das viaturas, prestan<strong>do</strong> serviço de requisição de livros para o exterior e de<br />

emissão de cartões de leitor. Em 2011, 7301 pessoas requisitaram livros à Biblioteca Itinerante.<br />

O número de livros requisita<strong>do</strong>s, para leitura externa, atingiu os 16.820 exemplares e o número<br />

<strong>do</strong>s utentes que frequentou a biblioteca foi de 7413 pessoas.<br />

396


Cultura e Desporto<br />

Bibliotecas Dependentes <strong>do</strong> IACM<br />

As bibliotecas dependentes <strong>do</strong> Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais são: a<br />

Biblioteca de Wong Ieng Kuan no Parque Municipal Dr. Sun Yat Sen, a Biblioteca no Jardim <strong>do</strong><br />

Comenda<strong>do</strong>r Ho Yin, a Biblioteca de Wong Ieng Kuan no Jardim Luís de Camões, a Biblioteca<br />

de Wong Ieng Kuan no Jardim da Areia Preta, a Biblioteca de Wong Ieng Kuan da Taipa, a<br />

Biblioteca da Casa Forte e a Biblioteca Infantil de Wong Ieng Kuan no Jardim da Areia Preta.<br />

As bibliotecas subordinadas ao IACM têm vin<strong>do</strong> a desenvolver diversas actividades para<br />

satisfazerem as necessidades <strong>do</strong>s leitores das diversas zonas da cidade, como a aquisição de<br />

novos livros, revistas e jornais, organização de actividades regulares, como contar histórias,<br />

conferências específicas, projecção de filmes, leitura entre pais e filhos, bem como acampamentos<br />

para experiências de leitura, de mo<strong>do</strong> que a biblioteca hoje não é apenas um centro de leitura,<br />

mas também um centro de animação social.<br />

Em 2011, as bibliotecas <strong>do</strong> IACM realizaram no total 678 actividades regulares de incentivo<br />

da leitura, com 27.097 participantes, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> de 720.080 o total de entradas de leitores nas<br />

sete bibliotecas comunitárias na dependência <strong>do</strong> IACM.<br />

A Biblioteca Wong Ieng Kuan no Parque Municipal Dr. Sun Yat Sen localizada no<br />

Parque Municipal Dr. Sun Yat Sen (no Parque <strong>do</strong> Canal <strong>do</strong>s Patos), foi construída com <strong>do</strong>ações<br />

de Wong Ieng Kuan, cidadão chinês residente no Peru, e aberta ao público formalmente em 26<br />

de Abril de 1996. Contan<strong>do</strong> com uma área de 212 metros quadra<strong>do</strong>s, e <strong>do</strong>tada de 80 lugares<br />

para leitura, com uma colecção de cerca de 18.000 livros, a biblioteca está dividida em <strong>do</strong>is<br />

pisos, ten<strong>do</strong> a sala de leitura para adultos no primeiro andar e a sala de leitura para crianças<br />

no rés-<strong>do</strong>-chão.<br />

A Biblioteca Wong Ieng Kuan no Jardim Luís de Camões foi construída com <strong>do</strong>ações<br />

de Wong Ieng Kuan, cidadão chinês residente no Peru, e inaugurada em Novembro de 1999<br />

no Jardim Luís de Camões. Com uma área de 675 metros quadra<strong>do</strong>s, a biblioteca está dividida<br />

em <strong>do</strong>is pisos. A sala de leitura no rés-<strong>do</strong>-chão, subdividida em zona de leitura de livros e zona<br />

de leitura de publicações periódicas, possui 80 lugares para leitura e uma colecção de cerca<br />

de 24.000 livros, principalmente livros de literatura e arte, além de mais de 180 títulos de<br />

publicações periódicas e jornais. Funciona no primeiro andar a sala de leitura para crianças.<br />

A Biblioteca de Wong Ieng Kuan no Jardim da Areia Preta localizada no Jardim da Areia<br />

Preta abriu ao público em 15 de Novembro de 2004, sen<strong>do</strong> a terceira biblioteca construída com<br />

<strong>do</strong>ações de Wong Ieng Kuan e com uma área de 220 metros quadra<strong>do</strong>s, é <strong>do</strong>tada de uma sala<br />

de leitura geral e de uma sala de leitura para crianças. Com um total de 80 lugares, dispõe de<br />

uma colecção de cerca de 18.000 livros. A partir de 2 de Julho de 2011, a Sala da Leitura para<br />

Crianças foi transferida para a Biblioteca Infantil de Wong Ieng Kuan no Jardim da Areia Preta.<br />

A Biblioteca Infantil de Wong Ieng Kuan no Jardim da Areia Preta, <strong>do</strong> antigo Centro<br />

de Serviço <strong>do</strong>s Mora<strong>do</strong>res da Zona Norte foi transformada na primeira biblioteca <strong>do</strong> Instituto<br />

para os Assuntos Cívicos e Municipais exclusivamente dedicada às crianças, sen<strong>do</strong> aberta<br />

oficialmente ao público no dia 2 de Julho de 2011. É um espaço com 210 metros quadra<strong>do</strong>s<br />

dividi<strong>do</strong> entre área de crianças e área de leitura de periódicos. Está abastecida com uma colecção<br />

de 6000 títulos para crianças sen<strong>do</strong> a maioria composta por romances e banda desenhada. Até<br />

ao momento, alberga a maior colecção livreira das bibliotecas <strong>do</strong> IACM. A este espólio juntam-<br />

-se mais 15 títulos periódicos ao gosto das crianças mas onde também se incluem conteú<strong>do</strong>s<br />

397


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

sobre a relação entre pais e filhos. As instalações dispõem ainda de 50 assentos espalha<strong>do</strong>s<br />

pelo recinto e de uma zona circular de recreio onde não só as crianças podem brincar com os<br />

seus jogos favoritos, como também se podem realizar diversas actividades.<br />

A Biblioteca no Jardim <strong>do</strong> Comenda<strong>do</strong>r Ho Yin localizada no NAPE no Jardim <strong>do</strong><br />

Comenda<strong>do</strong>r Ho Yin, suspendeu o funcionamento em 2005, devi<strong>do</strong> ao Plano de Reordenamento<br />

Urbano <strong>do</strong> NAPE e reabriu ao público (em 10 de Fevereiro de 2009) após a reconstrução. Com<br />

uma área de 368 metros quadra<strong>do</strong>s e instalada num edifício de <strong>do</strong>is pisos, a biblioteca tem a<br />

sala de leitura de jornais e a sala multimédia no rés-<strong>do</strong>-chão, e a sala de leitura geral no 1.º<br />

andar. A biblioteca possui 80 lugares para leitura e uma colecção máxima de 16.000 livros.<br />

A Biblioteca de Wong Ieng Kuan na Taipa localizada no 2.º e 3.º andar <strong>do</strong> Centro<br />

Comercial Hei Loi Tang na Rua de Rege<strong>do</strong>r, Taipa, sen<strong>do</strong> a quarta biblioteca construída com<br />

<strong>do</strong>ações de Wong Ieng Kuan, entrou em funcionamento no dia 31 de Janeiro de 2005. Com uma<br />

área de 660 metros quadra<strong>do</strong>s, o Centro de Actividades Culturais e Recreativas funciona no 2.º<br />

andar <strong>do</strong> Centro Comercial Hei Loi Tang e está destina<strong>do</strong> a múltiplas finalidades, nomeadamente,<br />

a leitura de jornais e publicações periódicas, a aprendizagem de aperfeiçoamento, a realização<br />

de palestras, apreciação de filmes e a realização de cursos de diferentes tipos e turmas de<br />

interesses desportivos e recreativos, através da divisão <strong>do</strong> recinto em salas isoladas com biombos<br />

móveis. Além disso, encontra-se, ainda, no segun<strong>do</strong> andar uma sala de leitura para crianças<br />

com a capacidade para albergar mais de 60 pessoas e com mais de 3000 livros adequa<strong>do</strong>s às<br />

crianças menores a 12 anos de idade. Com uma área de 420 metros quadra<strong>do</strong>s, o terceiro andar<br />

é o local onde se instalam uma zona pequena de exposições, a sala multimédia audiovisual<br />

com uma capacidade para albergar 18 pessoas e a sala de leitura com 60 lugares e cerca de<br />

25.000 livros.<br />

A Biblioteca da Casa Forte é uma biblioteca comunitária construída em resposta ao<br />

reordenamento da Rua da Casa Forte e destinada a disponibilizar aos cidadãos daquele bairro<br />

comunitário um local de lazer e de aprendizagem permanente. Instalada no 3.º andar <strong>do</strong><br />

edifício da Casa Forte, a biblioteca tem uma área de 1245 metros quadra<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> a biblioteca<br />

comunitária dependente <strong>do</strong> Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais com maior área. A<br />

biblioteca é <strong>do</strong>tada de sala de multimédia, sala de leitura para crianças, sala de actividades e<br />

sala de leitura de jornais. Conta com uma colecção de 16.000 livros e 120 lugares para leitura.<br />

É de referir que a sala de actividades tem uma capacidade para albergar 50 pessoas.<br />

Funcionam, ainda, em <strong>Macau</strong> algumas pequenas bibliotecas, tais como a <strong>do</strong> Jardim de S.<br />

Francisco (Biblioteca Oitavada). Nos diversos departamentos <strong>do</strong> Governo e estabelecimentos de<br />

ensino superior também funcionam bibliotecas próprias, onde o número <strong>do</strong>s livros em arquivo<br />

tem vin<strong>do</strong> a aumentar continuamente.<br />

Arquivo Histórico de <strong>Macau</strong><br />

O Arquivo Histórico de <strong>Macau</strong> é o Arquivo Geral da RAEM. O Arquivo tem como missão<br />

principal recolher, tratar, preservar, salvaguardar e difundir a <strong>do</strong>cumentação com valor histórico.<br />

A colecção <strong>do</strong> Arquivo é constituída principalmente de <strong>do</strong>cumentos <strong>do</strong>s serviços públicos,<br />

coleccionan<strong>do</strong>-se também <strong>do</strong>cumentação <strong>do</strong>ada por particulares e associações, bem como livros,<br />

que são feitos pre<strong>do</strong>minantemente de papel, incluin<strong>do</strong> fotografias, slides, fitas de vídeo e fitas<br />

de áudio, CD e outros objectos. Os arquivos mais antigos podem remontar aos <strong>do</strong>cumentos de<br />

1630 <strong>do</strong> Leal Sena<strong>do</strong>.<br />

398


Cultura e Desporto<br />

Está instalada no Arquivo uma sala de leitura para facilitar aos leitores o acesso e uso<br />

<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s colecciona<strong>do</strong>s pelo Arquivo. Além disso, a página electrónica <strong>do</strong> Arquivo Histórico<br />

de <strong>Macau</strong> (www.archives.gov.com) disponibiliza o serviço de pesquisa de catálogos e listas de<br />

colecciona<strong>do</strong>s e serviço on-line de consulta à <strong>do</strong>cumentação digitalizada.<br />

Galeria Tap Seac<br />

Sen<strong>do</strong> a principal base para realizar a exposição de artes visuais e ensino de artes, a Galeria<br />

Tap Seac está instalada num edifício de <strong>do</strong>is pisos construí<strong>do</strong> na década de vinte <strong>do</strong> século XX,<br />

sen<strong>do</strong> uma típica residência de família abastada de <strong>Macau</strong>. O edifício originalmente composto<br />

por duas partes foi converti<strong>do</strong>, após obras de remodelação, num único conjunto arquitectónico.<br />

A Galeria Tap Seac tem cerca de 400 metros quadra<strong>do</strong>s de área para exposição no rés-<strong>do</strong>-chão,<br />

poden<strong>do</strong> albergar, também, seminários e conferências.<br />

O conjunto arquitectónico <strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong> Tap Seac composto pela Galeria Tap Seac e as<br />

construções circundantes está classifica<strong>do</strong> por lei como património arquitectónico. O Instituto<br />

Cultural usa actualmente este conjunto para realizar exposições de artes visuais e diversas<br />

actividades culturais. A Galeria Tap Seac recebeu no ano inteiro de 2011, 42.866 visitas.<br />

Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de<br />

<strong>Macau</strong><br />

O Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de <strong>Macau</strong> está situa<strong>do</strong> na Rua de<br />

Xian Xing Hai, no NAPE, adjacente ao Centro Cultural de <strong>Macau</strong>. O local serviu de palco para a<br />

cerimónia de transferência de poderes, organizada conjuntamente pelos governos da República<br />

Popular da China e da República Portuguesa, em 20 de Dezembro de 1999. Com a demolição<br />

da construção anterior, no espaço foi edifica<strong>do</strong> o Museu das Ofertas sobre a Transferência de<br />

Soberania de <strong>Macau</strong>. A edificação <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> Museu destina-se a assinalar a efeméride da<br />

transferência de Administração de <strong>Macau</strong>.<br />

O edifício <strong>do</strong> Museu é composto por três pisos. No rés-<strong>do</strong>-chão (piso 0), estão situa<strong>do</strong>s<br />

o átrio de entrada e os serviços administrativos; a galeria de exposições com os presentes<br />

oferta<strong>do</strong>s por ocasião da transferência e, a galeria de exposições especiais. No terceiro piso<br />

está instala<strong>do</strong> o auditório.<br />

A galeria de exposições com os presentes mostra principalmente as ofertas <strong>do</strong> Conselho<br />

de Esta<strong>do</strong>, das províncias, municípios sob a tutela <strong>do</strong> Governo Central, regiões autónomas e<br />

da Região Administrativa Especial de Hong Kong, todas recebidas por ocasião da transferência<br />

de Administração de <strong>Macau</strong>. A galeria de exposições especiais destina-se a realizar outras<br />

exposições, sobretu<strong>do</strong> relacionadas com a história da transição, a cultura e história de <strong>Macau</strong>,<br />

ten<strong>do</strong> em vista demonstrar a faceta multicultural da Região.<br />

O Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de <strong>Macau</strong> realiza também<br />

exposições de alta qualidade, ten<strong>do</strong> como um <strong>do</strong>s seus objectivos elevar os padrões de qualidade<br />

de vida e de cultura <strong>do</strong>s residentes.<br />

Museus<br />

Enquanto local de encontro das culturas oriental e ocidental, <strong>Macau</strong> possui muitos museus<br />

399


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

singulares, <strong>do</strong>s quais se destacam o Museu de <strong>Macau</strong>, o Museu de Arte Sacra, o Museu Marítimo,<br />

o Museu <strong>do</strong> Grande Prémio, o Museu <strong>do</strong> Vinho, e o Museu <strong>do</strong> Corpo de Bombeiros.<br />

Museu de <strong>Macau</strong><br />

O Museu de <strong>Macau</strong> situa-se na Fortaleza <strong>do</strong> Monte - que faz parte <strong>do</strong> Património Mundial<br />

- nas proximidades das Ruínas de São Paulo.<br />

O Museu de <strong>Macau</strong> tem por objectivo revitalizar a história e a multicultura de <strong>Macau</strong>. Os<br />

objectos em exibição, com rico e profun<strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> histórico e cultural, relatam as vicissitudes<br />

da história de <strong>Macau</strong> durante séculos, e o harmonioso convívio <strong>do</strong>s seus residentes de origens<br />

e culturas diversas. O Museu abriu ao público em 18 de Abril de 1998. O edifício <strong>do</strong> Museu de<br />

<strong>Macau</strong> estende-se por três pisos. A sua área total é de 2100 metros quadra<strong>do</strong>s e destina-se a<br />

área útil de exposição. Tematicamente, o Museu de <strong>Macau</strong> divide-se em três grandes áreas: A<br />

área <strong>do</strong> 1.º piso - Génese <strong>do</strong> Território de <strong>Macau</strong>, onde se procura apresentar o desenvolvimento<br />

das culturas chinesa e ocidental antes da chegada <strong>do</strong>s portugueses a <strong>Macau</strong>, a história de<br />

fase inicial de <strong>Macau</strong>, os primeiros contactos em <strong>Macau</strong> <strong>do</strong>s chineses com os portugueses em<br />

áreas de comércio, religião e cultura, assim como a cultura de <strong>Macau</strong> que se formou ao longo<br />

de posteriores séculos; A área <strong>do</strong> 2.º piso - Arte e Tradições Populares de <strong>Macau</strong>, destina-se a<br />

apresentar a cultura e arte folclórica de <strong>Macau</strong>, através da reconstrução de antigas cenas de<br />

vida quotidiana em <strong>Macau</strong>, bem variadas e caracterizadas, nomeadamente, de divertimentos,<br />

ritos religiosos, festividades, usos e costumes, entre outros; A área <strong>do</strong> 3.º piso - <strong>Macau</strong> de Hoje,<br />

onde se apresentam os aspectos mais representativos <strong>do</strong> quotidiano e sociedade contemporânea<br />

de <strong>Macau</strong>, abordan<strong>do</strong>-se, ainda, obras literárias e artísticas com <strong>Macau</strong> por tema.<br />

Em 2011, o Museu de <strong>Macau</strong> continuou a organizar conferências e exposições para expandir<br />

a dimensão cultural <strong>do</strong>s residentes. O museu recebeu, durante o ano, 194.259 visitas, prestou<br />

1362 serviços de guia a um total de 18.543 visitantes, e organizou 25 sessões de actividades<br />

de Férias de Verão, em que participaram 766 pessoas.<br />

O Acesso à Fortaleza<br />

O Acesso à Fortaleza está situa<strong>do</strong> no sopé leste da Colina <strong>do</strong> Monte, que estabelece a<br />

ligação entre a Fortaleza <strong>do</strong> Monte e o Bairro de S. Lázaro. Esta construção, pelo cenário que<br />

proporciona, é um autêntico mira<strong>do</strong>uro, servin<strong>do</strong> de estação central entre a zona pe<strong>do</strong>nal <strong>do</strong><br />

Bairro de S. Lázaro, Fortaleza <strong>do</strong> Monte, Museu de <strong>Macau</strong> e o Largo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> e pretende<br />

contribuir para um maior desenvolvimento <strong>do</strong>s espaços históricos. O aproveitamento <strong>do</strong> espaço<br />

da zona de acesso é maximiza<strong>do</strong>, estan<strong>do</strong> ali patentes exposições de arte com regularidade.<br />

Museu Marítimo de <strong>Macau</strong><br />

O Museu Marítimo de <strong>Macau</strong> foi estabeleci<strong>do</strong> em 1987, pelo que é um <strong>do</strong>s mais antigos<br />

museus de <strong>Macau</strong>. O tema <strong>do</strong> Museu Marítimo reflecte a ligação estreita da história de <strong>Macau</strong><br />

com o mar, narran<strong>do</strong>, também, de uma forma sistemática, os êxitos extraordinários da China<br />

e de Portugal no campo de navegação marítima, dan<strong>do</strong> a conhecer a importância <strong>do</strong> mar no<br />

intercâmbio cultural da humanidade.<br />

O Museu Marítimo é constituí<strong>do</strong> por três pisos, com salas de exposições dedicadas à<br />

400


Cultura e Desporto<br />

actividade marítima da China, Portugal e de <strong>Macau</strong>. A galeria situada no rés-<strong>do</strong>-chão mostra a<br />

maneira de viver da comunidade piscatória de <strong>Macau</strong>. No segun<strong>do</strong> piso, descreve-se a história<br />

das actividades marítimas da China e de Portugal. No terceiro piso, estão patentes objectos<br />

relaciona<strong>do</strong>s com as técnicas da navegação marítima e a evolução <strong>do</strong>s transportes marítimos. O<br />

Museu utiliza uma forma descritiva simples mas elucidativa, apoiada num sistema multimédia,<br />

para mostrar os usos e costumes da comunidade piscatória local, a evolução das tecnologias<br />

de navegação, a biologia marítima e o conhecimento de outras áreas relacionadas. Além disso,<br />

encontram-se também patentes um grande número de modelos, quadros e maquetas de navios,<br />

de grande valor. Além das galerias, o Museu Marítimo está apetrecha<strong>do</strong> com quatro aquários<br />

e uma cafetaria.<br />

Museu <strong>do</strong> Vinho<br />

O museu foi inaugura<strong>do</strong> em 1995, apresentan<strong>do</strong> a cultura e o desenvolvimento <strong>do</strong> fabrico<br />

<strong>do</strong> vinho desde as suas origens na Mesopotâmia há cerca de 10.000 anos A.C., até aos dias de<br />

hoje, especialmente em Portugal. No museu estão colecciona<strong>do</strong>s diversos tipos de recipientes<br />

e utensílios para fabricar vinho através de fermentação, incluin<strong>do</strong> prensas com uma história<br />

de 200 anos, carroças para o transporte de pipas de vinho, recipientes para vinho em pele<br />

de carneiro, destila<strong>do</strong>res de bronze e pipas grandes e pequenas, que permitem aos visitantes<br />

conhecer a maneira antiga de fabrico de vinhos.<br />

O museu é de relativa pequena dimensão, mas nele estão expostos além de 1000 tipos de<br />

vinho <strong>do</strong>s quais, acima de 800 ainda a serem comercializa<strong>do</strong>s e, os restantes, como objectos<br />

de colecção. Entre eles pode-se encontrar uma antiquíssima garrafa de vinho <strong>do</strong> Porto datada<br />

de 1815.<br />

O museu dispõe de vários tipos de vinhos para provas, poden<strong>do</strong> os visitantes mediante a<br />

aquisição <strong>do</strong> bilhete de prova degustar esses vinhos, permitin<strong>do</strong>-lhes, ainda, adquirirem alguns<br />

desses vinhos na Loja <strong>do</strong> Museu.<br />

Museu <strong>do</strong> Grande Prémio<br />

Foi inaugura<strong>do</strong> em 18 de Novembro de 1993. Os objectos expostos, <strong>do</strong>a<strong>do</strong>s sobretu<strong>do</strong> por<br />

diversos serviços governamentais e instituições privadas, incluem uma colecção única de carros<br />

e motas que venceram nos vários Grandes Prémios. Entre as máquinas expostas destacam-<br />

-se as que foram utilizadas pelo faleci<strong>do</strong> piloto Ayrton Senna, e o grande Michael Schumacher,<br />

durante a sua corrida no Circuito da Guia. Neste museu encontram-se também em exposição<br />

uma grande variedade de memórias das quais se destacam as, fotografias e troféus.<br />

Museu de Arte de <strong>Macau</strong><br />

Faz parte <strong>do</strong> Centro Cultural de <strong>Macau</strong>. O edifício <strong>do</strong> Museu tem cinco pisos e sete galerias/<br />

salas, ocupan<strong>do</strong> uma área total de mais de 10.000 metros quadra<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais 4000 são área<br />

de exposição - o maior espaço da RAEM dedica<strong>do</strong> a exposições de artes visuais. O museu possui<br />

uma colecção notável de objectos artísticos e culturais de grande valor, que vão da pintura<br />

tradicional aos selos, passan<strong>do</strong> pela porcelana, cerâmicas chinesas, óleos ocidentais, fotografias<br />

modernas e outras formas de expressão artística contemporânea. Dos expostos, destacam-se<br />

as obras de porcelana de Shiwan da autoria <strong>do</strong>s grandes mestres de artes <strong>do</strong>s finais da dinastia<br />

401


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Qing ao princípio da República da China, Huang Bing, Pan Yu Shu e Chen Wei Yan, as obras<br />

de George Chinnery e de outro pintor da escola “China Trade” Gan Qiao Chang (Lam Qua), e<br />

as aguarelas <strong>do</strong> pintor russo George Smirnoff pintadas durante a sua permanência em <strong>Macau</strong><br />

entre 1944 e 1945, entre outras.<br />

Para além das colecções em exposição permanente, o Museu de Arte de <strong>Macau</strong> mantém<br />

estreita cooperação com reconheci<strong>do</strong>s museus e instituições culturais <strong>do</strong> País e <strong>do</strong> exterior,<br />

consula<strong>do</strong>s gerais em Hong Kong, assim como famosos artistas e colecciona<strong>do</strong>res, para organizar<br />

conjuntamente exposições de artes de alta qualidade - de que é exemplo a exposição anual<br />

levada a cabo com a cooperação <strong>do</strong> Museu Nacional <strong>do</strong> Palácio Imperial, com vista a contribuir<br />

para fazer de <strong>Macau</strong> uma ponte de ligação cultural ao exterior.<br />

O Museu de Arte impulsionou a criação <strong>do</strong>s “Amigos <strong>do</strong> Museu de Arte de <strong>Macau</strong>”,<br />

organizan<strong>do</strong>, de tempos a tempos, actividades relacionadas com a arte, com o objectivo de<br />

comunicar e promover a interacção com a população.<br />

O Museu de Arte foi autoriza<strong>do</strong> a integrar a instalação de uma loja exclusiva para venda de<br />

lembranças <strong>do</strong> Museu de Arte e uma para venda de lembranças <strong>do</strong> Palácio Imperial, destinadas<br />

à venda de publicações, lembranças características e artigos culturais criativos <strong>do</strong> próprio Museu<br />

de Arte, lembranças <strong>do</strong> Museu de Xangai e de museus estrangeiros, bem como, objectos de<br />

lembrança com características <strong>do</strong> Palácio Imperial, alargan<strong>do</strong>, assim, a sua influência cultural.<br />

Em 2011, o Museu de Arte de <strong>Macau</strong> organizou mais de 30 exposições, ao mesmo tempo,<br />

realizou várias actividades, designadamente, seminários, palestras, workshops de arte e encontro<br />

<strong>do</strong>s amigos <strong>do</strong> Museu de Arte.<br />

Biblioteca e Quadra<strong>do</strong> de Arte <strong>do</strong> Museu de Arte de <strong>Macau</strong><br />

A Biblioteca <strong>do</strong> Museu de Arte de <strong>Macau</strong> é uma biblioteca vocacionada para as obras de<br />

referência na área das Artes Visuais e conta com mais de 20 mil livros. A sua colecção inclui,<br />

principalmente, títulos sobre os temas de História de Arte, Pintura, Restauro Artístico, Porcelana<br />

e Cerâmicas, Arte Ocidental, Arquitectura, Desenho, Cinema, Fotografia e Ilustração Infantil.<br />

Cerca de 50 títulos de revistas da China ou <strong>do</strong> exterior e jornais em português e inglês completam<br />

o espólio desta biblioteca.<br />

A instituição faculta computa<strong>do</strong>res para acesso <strong>do</strong> público à Internet. Dispõe, ainda, de<br />

duas salas de audiovisuais independentes, onde o público pode apreciar até 600 filmes clássicos<br />

e CD de desenhos anima<strong>do</strong>s, in<strong>do</strong>, assim, ao encontro das várias preferências <strong>do</strong>s cidadãos. O<br />

Quadra<strong>do</strong> de Arte <strong>do</strong> Museu de Arte de <strong>Macau</strong>, ocupa uma área total de mais de 700 metros<br />

quadra<strong>do</strong>s e dispõe de sala de impressão de gravuras, sala de desenho, sala polivalente e sala<br />

audiovisual. Destina-se, principalmente, ao ensino teórico das artes visuais, e à criação artística.<br />

Casa-Museu Tak Seng On<br />

A Casa de Penhores Tradicional, que é a primeira casa-museu sectorial fruto da cooperação<br />

entre o Governo da RAEM e uma entidade civil, abriu ao público em Março de 2003, assinalan<strong>do</strong><br />

já o sucesso de um novo modelo experimental de protecção patrimonial.<br />

Esta casa-museu que está instalada na antiga Casa de Penhores “Tak Seng On”, inaugurada<br />

em 1917, é composta pelo edifício destina<strong>do</strong> à transacção <strong>do</strong> empréstimo, e pela torre prestamista<br />

402


Cultura e Desporto<br />

destinada à guarda <strong>do</strong>s artigos penhora<strong>do</strong>s. O edifício da casa de penhores, de três pisos, é de<br />

estilo arquitectónico eclético, enquanto a torre, de oito pisos, apresenta um contorno exterior<br />

semelhante às construções <strong>do</strong> mesmo género encontradas nas cidades de Taishan e Kaiping<br />

da Província de Guang<strong>do</strong>ng. A casa-museu continua a manter, em termos gerais, a tradicional<br />

disposição das antigas casas de penhores chinesas, guardan<strong>do</strong> em exposição um número<br />

considerável de objectos da antiga Casa de Penhores “Tak Seng On”, e de outras casas de<br />

penhores, tais como letreiros, livros de contas, títulos de empenho, biombos destina<strong>do</strong>s a ocultar<br />

o balcão da casa de penhores, cofres, entre muitos outros que permitem ao público conhecer<br />

o panorama e o modelo de funcionamento de uma casa de penhores de outrora.<br />

Em Setembro de 2004, a Casa de Penhores “Tak Seng On” recebeu uma Menção Honrosa na<br />

atribuição <strong>do</strong>s Prémios Ásia-Pacífico da UNESCO para a Conservação <strong>do</strong> Património Cultural 2004,<br />

e passou a ser o exemplo da Zona das Melhores Práticas de Desenvolvimento Urbano da EXPO<br />

2010 Xangai, abrin<strong>do</strong> assim uma nova janela para a comunidade internacional, mostran<strong>do</strong> os<br />

incansáveis esforços que <strong>Macau</strong> tem desenvolvi<strong>do</strong> na protecção e aproveitamento apropria<strong>do</strong> das<br />

suas construções de valor histórico. Em 2011, a “Tak Seng On” recebeu no total 14.051 visitas.<br />

Museu de Arte Sacra <strong>do</strong> Seminário de S. José<br />

O Seminário de S. José foi funda<strong>do</strong> em 1728 pelos Jesuítas, e está classifica<strong>do</strong>, juntamente<br />

com a Igreja, como Património Mundial. Durante mais de 200 anos, este seminário formou um<br />

grande contingente de eclesiásticos, ten<strong>do</strong> contribuí<strong>do</strong> significativamente para a missionação<br />

católica na China e no Sudeste Asiático. Foi-lhe da<strong>do</strong> o título de Real Colégio de <strong>Macau</strong>. Este<br />

seminário tem uma grande colecção de pinturas a óleo, esculturas e outras peças e relíquias.<br />

Para dar a conhecer ao público estes tesouros históricos, o Instituto Cultural <strong>do</strong> Governo da<br />

RAEM, com o consentimento e grande apoio <strong>do</strong> seminário, começou a preparar a criação <strong>do</strong><br />

museu. O Museu <strong>do</strong> Seminário de S. José, com <strong>do</strong>is pisos e 470 metros quadra<strong>do</strong>s de área<br />

de exposição, exibirá mais de uma centena de pinturas religiosas, imagens sagradas e outros<br />

objectos religiosos data<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XVIII aos princípios <strong>do</strong> século XX.<br />

Museu de Arte Sacra e Cripta<br />

Entre 1990 e 1995, a Administração de <strong>Macau</strong> procedeu aos trabalhos de escavação<br />

arqueológica e de restauro da antiga Igreja da Madre de Deus <strong>do</strong> Colégio de S. Paulo (Ruínas<br />

de S. Paulo), e construiu o Museu de Arte Sacra e o Túmulo <strong>do</strong> padre Alexandre Valignano,<br />

ti<strong>do</strong> como funda<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Colégio de S. Paulo, no local defini<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>s e provas<br />

arqueológicas.<br />

Entre os objectos colecciona<strong>do</strong>s figuram pinturas e esculturas religiosas, e a<strong>do</strong>rnos<br />

para trajes de cerimónias religiosas. As peças e objectos expostos foram cuida<strong>do</strong>samente<br />

selecciona<strong>do</strong>s de entre os existentes na Diocese de <strong>Macau</strong>. As mais atraentes são as pinturas<br />

religiosas aqui coleccionadas, como a de “S. Miguel Arcanjo” a <strong>do</strong> “Mártir em Nagasáqui”, e as<br />

quatro obras sobre a vida de S. Francisco Xavier. Os visitantes podem ver no museu adjacente<br />

ao Túmulo vários relíquias, com os restos mortais de mártires japoneses e vietnamitas.<br />

Casa-Memorial de Sun Yat Sen<br />

Esta Casa-Museu foi construída, após 1918, para familiares de Sun Yat Sen. O edifício de<br />

403


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

estilo islâmico foi aberto ao público em 1958, como Casa-Memorial Sun Yat Sen.<br />

Ali se encontram preserva<strong>do</strong>s e expostos os móveis e objectos usa<strong>do</strong>s por Sun Yat Sen<br />

quan<strong>do</strong> exercia medicina em <strong>Macau</strong> e assumia ainda o cargo de Generalíssimo em Cantão;<br />

fazem também parte <strong>do</strong> espólio <strong>do</strong> museu alguns manuscritos de Sun Yat Sen e fotografias<br />

tiradas com revolucionários. No jardim ao la<strong>do</strong> da casa está exposta uma estátua de bronze de<br />

Sun Yat Sen, para que os visitantes possam prestar-lhe homenagem.<br />

Casa-Memorial de Lin Zexu<br />

Construída em Novembro de 1997, no Templo de Lin Fong, esta Casa-Memorial enaltece<br />

este herói nacional e a sua corajosa luta e oposição ao tráfico e consumo de ópio. Em 3 de<br />

Setembro de 1839, na qualidade de envia<strong>do</strong> imperial, Lin Zexu dirigiu as acções de proibição<br />

<strong>do</strong> tráfico e consumo de ópio em Cantão. Na altura, acompanha<strong>do</strong> por Deng Tingzhen, então<br />

governa<strong>do</strong>r de Guang<strong>do</strong>ng e de Guangxi, ambos reuniram no Templo de Lin Fong com o então<br />

procura<strong>do</strong>r português em <strong>Macau</strong>, exercen<strong>do</strong> a soberania da China sobre o Território, com uma<br />

declaração de mercê e justiça <strong>do</strong> governo chinês e ordem peremptória de proibição estrita <strong>do</strong><br />

tráfico e consumo de ópio em <strong>Macau</strong>.<br />

Em exposição estão fotografias respeitantes à queima de ópio em Humen e <strong>Macau</strong> antigo;<br />

<strong>do</strong>cumentos troca<strong>do</strong>s entre Lin Zexu e a corte imperial da dinastia Qing; modelos <strong>do</strong>s barcos<br />

de guerra da China durante a dinastia Qing, <strong>do</strong>s barcos portugueses e barcos utiliza<strong>do</strong>s no<br />

transporte <strong>do</strong> ópio. No centro <strong>do</strong> museu, um modelo permite reviver o momento em que Lin<br />

Zexu recebia os funcionários estrangeiros durante um encontro em <strong>Macau</strong>. Os visitantes podem<br />

ainda ver diversos utensílios utiliza<strong>do</strong>s na preparação e consumo <strong>do</strong> ópio. Esta Casa-Memorial<br />

não deixa que se esqueça o passa<strong>do</strong>, e os malefícios da droga, e tem por objectivo, em grande<br />

parte, tentar informar e instruir, para que calamidades semelhantes nunca se repitam.<br />

Museu <strong>do</strong>s Bombeiros<br />

Este museu foi inaugura<strong>do</strong> em Dezembro de 1999 e encontra-se instala<strong>do</strong> na Estação<br />

Central de Operações <strong>do</strong> Corpo de Bombeiros da Estrada Coelho <strong>do</strong> Amaral. O museu recebeu,<br />

em 2011, 31.573 visitantes.<br />

Possui duas salas para exposições, de estilos diferentes, com uma área total de 350 metros<br />

quadra<strong>do</strong>s. Na sala principal estão expostas antigas bombas hidráulicas manuais, de fabrico<br />

chinês e inglês; <strong>do</strong>is antigos camiões de bombeiros de fabrico britânico; materiais históricos;<br />

fotografias, bandeiras e emblemas <strong>do</strong> Corpo; condecorações e escudetes com o logótipo da<br />

corporação, de mo<strong>do</strong> a proporcionar aos visitantes uma visão da evolução, em diferentes<br />

perío<strong>do</strong>s, <strong>do</strong> Corpo de Bombeiros. Na sala interior está exposta uma maqueta <strong>do</strong> Quartel Geral<br />

<strong>do</strong>s Bombeiros; a peça cópia de posto operacional central, um painel luminoso com a localização<br />

<strong>do</strong>s postos operacionais; equipamentos utiliza<strong>do</strong>s pelos bombeiros, nomeadamente, capacetes,<br />

botas e agulhetas, equipamentos contra incêndios e fotografias de sinistros ocorri<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong><br />

ao longo <strong>do</strong>s anos. Nesta sala está ainda exposta uma maqueta simulan<strong>do</strong> um incêndio ocorri<strong>do</strong><br />

num bairro de barracas de <strong>Macau</strong>. Os visitantes poderão obter um conhecimento preliminar<br />

sobre os equipamentos de combate aos incêndios, e apurar uma melhor noção sobre os perigos<br />

<strong>do</strong> fogo, elevan<strong>do</strong> desta forma a consciência da necessidade de prevenir os sinistros.<br />

404


Cultura e Desporto<br />

Museu Natural e Agrário<br />

Sen<strong>do</strong> o primeiro museu de Coloane, o Museu Natural e Agrário, localiza<strong>do</strong> no Parque Seac<br />

Pai Van, dependente <strong>do</strong> IACM, foi construí<strong>do</strong> pelo então Câmara Municipal das Ilhas e inaugura<strong>do</strong><br />

em 21 de Março de 1997, sen<strong>do</strong> também uma instalação cultural <strong>do</strong>tada de função pedagógica.<br />

O Museu Natural e Agrário divide-se em cinco principais áreas temáticas de exibição: Geografia<br />

Natural de <strong>Macau</strong>; Utensílios Agrícolas Usa<strong>do</strong>s nas Ilhas, no Passa<strong>do</strong>; Fauna de <strong>Macau</strong>; Flora<br />

de <strong>Macau</strong> e Área Ecológica Similar de Mangais de <strong>Macau</strong>.<br />

Através <strong>do</strong>s objectos expostos e suas legendas, permitin<strong>do</strong> aos visitantes ter um melhor<br />

conhecimento <strong>do</strong> ambiente ecológico e da antiga vida agrária de <strong>Macau</strong>.<br />

O museu preserva mais de uma centena de espécimes de plantas, insectos e vertebra<strong>do</strong>s,<br />

tais como fósseis de animais e plantas pré-históricos, <strong>do</strong>s quais se destaca uma semente de<br />

lo<strong>do</strong>icea maldivica pers, sen<strong>do</strong> muito preciosa, por se tratar de uma espécie que dá sementes<br />

de maior tamanho <strong>do</strong> que as de todas as outras plantas.<br />

O museu exibe também utensílios agrícolas que vêm desaparecen<strong>do</strong> em <strong>Macau</strong> a partir da<br />

década de 70 <strong>do</strong> século XX, por falta de uso, nomeadamente, um balde de arroz destina<strong>do</strong> ao<br />

debulho, uma tarara e uma nora chinesa, entre outros, deixan<strong>do</strong> os visitantes ter um melhor<br />

conhecimento <strong>do</strong> ambiente ecológico e da antiga vida agrária de <strong>Macau</strong>, enquanto, mais de<br />

uma centena de espécimes de fósseis de animais e plantas pré-históricos, animais, plantas,<br />

insectos e vertebra<strong>do</strong>s, bem como o espécime de esqueleto de golfinho branco chinês, sujeito<br />

à extinção, permitem aos visitantes conhecer o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>s recursos ecológicos de <strong>Macau</strong> e ter<br />

o conhecimento sobre a conservação ecológica.<br />

Casas-Museu da Praia<br />

A paisagem que integra a Avenida da Praia na Ilha da Taipa, onde se ergue um conjunto de<br />

cinco moradias de estilo tipicamente português, foi classificada como uma das oito paisagens mais<br />

características de <strong>Macau</strong>. Estas cinco moradias, construídas em 1921, serviram, no decurso <strong>do</strong><br />

tempo, de residência a individualidades que desempenharam altos cargos nos antigos serviços<br />

públicos, e a famílias macaenses. Porém, na década de 80 <strong>do</strong> século XX, foram adquiridas e<br />

remodeladas pela Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo, e, mais recentemente, em 1992, o Governo,<br />

reconhecen<strong>do</strong> o seu valor arquitectónico, decidiu repará-las totalmente e destinar três delas a<br />

museus, fican<strong>do</strong> designadas cada uma delas, por “Casa Macaense”, “Casa das Ilhas” e “Casa<br />

das Regiões de Portugal”, e as outras duas sen<strong>do</strong> baptizadas de “Casa de Exposições” e “Casa<br />

de Recepções”. O museu foi inaugura<strong>do</strong> em Dezembro de 1999, estan<strong>do</strong> desde então aberto<br />

ao público. Em 2002, este conjunto arquitectónico passou a ser oficialmente designa<strong>do</strong> por<br />

“Casas-Museu da Praia”.<br />

A Casa Macaense é uma das moradias típicas de <strong>Macau</strong>. As mobílias, objectos e decorações<br />

características, agora em exposição, provêm, na sua maioria, <strong>do</strong> recheio de casas habitadas em<br />

tempos por residentes de <strong>Macau</strong>. Uma disposição interior fortemente caracterizada pela fusão<br />

<strong>do</strong>s estilos chinês e ocidental e um número considerável de velhas fotografias podem dar-nos<br />

a conhecer algo sobre a antiga vida <strong>do</strong>s macaenses, sen<strong>do</strong> um bom testemunho <strong>do</strong> encontro e<br />

fusão das culturas chinesa e portuguesa e uma viva descrição de <strong>Macau</strong>.<br />

A Casa das Ilhas organizou, em 2011, duas exposições: “Reminiscência - Exposição<br />

Fotográfica da Taipa Esplêndida” e “Tempos Antigos das Cinco Moradias da Praia da Esperança<br />

405


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

- Uma Exposição Fotográfica”. A primeira exposição mostra objectos relaciona<strong>do</strong>s com a história<br />

da Taipa, incluin<strong>do</strong> várias fotografias e objectos na sua maioria das décadas vinte e trinta à<br />

década setenta <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>, fican<strong>do</strong> a história da Taipa mais enriquecida e atraente, e<br />

permitin<strong>do</strong> aos visitantes conhecer a fisionomia antiga da vida da Taipa através de múltiplos<br />

ângulos, enquanto a segunda visa sondar, através da exposição, a origem da história e cultura<br />

macaense, incluin<strong>do</strong> a ascendência portuguesa e a cultura religiosa da Taipa.<br />

A terceira vivenda, dita Casa das Regiões de Portugal, expõe trajes típicos de diferentes<br />

regiões de Portugal, e mostra, através de fotografias, objectos de artesanato e peças de vestuário,<br />

a forma de vida e mo<strong>do</strong>s de vestir das populações que as habitam.<br />

As Casas-Museu da Praia realizam, pontualmente, exposições de diferentes géneros. Em<br />

2011, receberam 106.391 visitantes, e 97 grupos de visitantes estrangeiros, de estudantes e de<br />

associações, e prestaram serviços de guia a 2093 pessoas no ano inteiro. Além disso, entraram<br />

ainda em cooperação com o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais para a realização<br />

de algumas grandes celebrações.<br />

Museu das Comunicações<br />

O Museu das Comunicações, inaugura<strong>do</strong> no dia 1 de Março de 2006, é um museu que<br />

generaliza, junto <strong>do</strong>s cidadãos de <strong>Macau</strong> e <strong>do</strong>s visitantes, a técnica filatélica e divulga a filatelia<br />

de <strong>Macau</strong>. Em 2011, recebeu 30.804 visitantes, 58,49 por cento <strong>do</strong>s quais eram professores<br />

e estudantes de <strong>Macau</strong>.<br />

Casa Cultural de Chá de <strong>Macau</strong><br />

Inaugurada no dia 1 de Junho de 2005, com uma área de construção é de 1076 metros<br />

quadra<strong>do</strong>s, a Casa Cultural de Chá de <strong>Macau</strong>, que está sob a tutela <strong>do</strong> Instituto para os Assuntos<br />

Cívicos e Municipais, é a primeira galeria, em <strong>Macau</strong>, dedicada à arte <strong>do</strong> chá. O espólio da Casa<br />

Cultural de Chá de <strong>Macau</strong> é rico, incluin<strong>do</strong> quadros sobre o chá e bules de chá de porcelana<br />

<strong>do</strong>urada e colorida de Cantão, data<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XIX, produzi<strong>do</strong>s para exportação, assim como<br />

artigos utiliza<strong>do</strong>s outrora pelas lojas de chá, entre outros. A Casa Cultural de Chá de <strong>Macau</strong><br />

tem organiza<strong>do</strong> exposições de curta e longa duração de diferentes géneros, bem como diversas<br />

actividades sobre a cultura <strong>do</strong> chá, dan<strong>do</strong> a conhecer em <strong>Macau</strong>, os costumes relaciona<strong>do</strong>s com<br />

o chá nas culturas oriental e ocidental, além de divulgar os conhecimentos sobre a cultura <strong>do</strong><br />

chá no mun<strong>do</strong> e o seu estu<strong>do</strong>. Em 2011, foram organizadas três exposições, e o número total<br />

de visitantes cifrou-se em 40.518, ao mesmo tempo que foram presta<strong>do</strong>s dez serviços de guia<br />

gratuito a 214 pessoas.<br />

Realizaram-se durante o ano, 22 actividades promocionais <strong>do</strong> chá, nomeadamente, a<br />

“Prova Pública de Chá” e “Saboreie a Cultura <strong>do</strong> Sabor-Programa de Promoção da Cultura <strong>do</strong><br />

Chá”, com 1239 participantes.<br />

Museu da História da Taipa e Coloane<br />

O Museu da História da Taipa e Coloane entrou em funcionamento a 7 de Maio de 2006.<br />

Está instala<strong>do</strong> no edifício da antiga Câmara Municipal das Ilhas. De acor<strong>do</strong> com os <strong>do</strong>cumentos<br />

mais antigos, o edifício de estilo português, construí<strong>do</strong> em 1920, com uma área de 638<br />

406


Cultura e Desporto<br />

metros quadra<strong>do</strong>s, foi construí<strong>do</strong> nos anos 20 <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>. O edifício, de <strong>do</strong>is andares,<br />

tem nove salas de exposições e uma loja de lembranças. No primeiro andar, estão expostos<br />

artefactos provenientes de escavações arqueológicas em Coloane, enquanto na cave estão<br />

patentes artefactos descobertos na Taipa, peças e <strong>do</strong>cumentos arquitectónicos, cartográficos<br />

e históricos - que dão uma ideia geral sobre o desenvolvimento e a história das aldeias, cultos<br />

e cultura nas ilhas da Taipa e Coloane. No segun<strong>do</strong> andar abordam-se temas diferentes,<br />

incluin<strong>do</strong> a história da antiga Câmara Municipal das Ilhas, uma retrospectiva da agricultura<br />

e <strong>do</strong> artesanato, no passa<strong>do</strong>, os traços arquitectónicos <strong>do</strong>s edifícios na Taipa e Coloane e o<br />

recente desenvolvimento das duas Ilhas. Oferece-se aos visitantes um melhor entendimento<br />

<strong>do</strong> moderno desenvolvimento político e económico da Taipa e Coloane. O Museu da História<br />

da Taipa e Coloane recebeu 47.006 visitantes em 2011, prestan<strong>do</strong> um total de 23 serviços de<br />

visita guiada gratuita com 691 visitantes. Continuou em 2011, a realizar o “Conto da Taipa e<br />

Coloane - Teatro Declama<strong>do</strong> à Noite”, e lançou o novo espectáculo “Voltar para o Futuro 2011”,<br />

permitin<strong>do</strong> visitantes conhecer a história da Taipa e Coloane num ambiente diverti<strong>do</strong>. Em 2011,<br />

foram realiza<strong>do</strong>s 20 espectáculos com 267 pessoas envolvidas.<br />

Pavilhão Iong Sam Tóng<br />

O Pavilhão Iong Sam Tóng, localiza<strong>do</strong> no interior <strong>do</strong> Jardim Lou Lim Ieoc, está dependente<br />

da Divisão de Instalações Culturais <strong>do</strong> Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. O Pavilhão<br />

Iong Sam Tóng, que foi construí<strong>do</strong> no início <strong>do</strong> século XX, faz parte integrante <strong>do</strong> Jardim Lou<br />

Lim Ieoc. O Pavilhão, inicialmente utiliza<strong>do</strong> para recepção aos hóspedes foi, de 1938 a 1952,<br />

transforma<strong>do</strong> em biblioteca, quan<strong>do</strong> a Escola Secundária Pui Ching alugou o Jardim Lou Lim<br />

Ieoc para edifício da sua escola. Depois disso, o pavilhão foi utiliza<strong>do</strong> pela Escola Primária<br />

Leng Nam como sala de aulas, converteu-se, nos anos 80 <strong>do</strong> séc. XX, na sala de Espécimes da<br />

Fauna e Flora <strong>do</strong> Leal Sena<strong>do</strong> de <strong>Macau</strong> e foi escritório e armazém de vários departamentos<br />

governamentais. Após a conclusão da obra de restauração em 2011, o Pavilhão foi formalmente<br />

aberto ao público a partir <strong>do</strong> dia 18 de Maio <strong>do</strong> mesmo ano, sen<strong>do</strong> aí exibi<strong>do</strong>s 50 objectos de<br />

alto valor histórico da família Lou, incluin<strong>do</strong> fotografias, cartas, auto-biografia, manuscritos,<br />

registos entre outros. O Pavilhão Iong Sam Tóng, que atraiu 14.978 visitas, encontra-se aberto<br />

de terça-feira a <strong>do</strong>mingo.<br />

Casa de Lou Kau<br />

Construída por volta de 1889, esta casa foi a residência de Lou Kau, um importante merca<strong>do</strong>r<br />

chinês que fez fortuna na indústria <strong>do</strong> jogo e em negócios bancários. O edifício mantém os<br />

seus elementos decorativos, mostran<strong>do</strong> elementos comuns ao design de habitações típicas das<br />

províncias de Guang<strong>do</strong>ng e Guangxi.<br />

Para divulgar a cultura tradicional chinesa e mostrar os artesanatos regionais, a Casa<br />

de Lou Kau organizou, de forma contínua, e com mudança de tema em cada duas semanas,<br />

demonstrações vivas em que os mestres de diferentes tipos de artesanato de renome <strong>do</strong> Interior<br />

<strong>do</strong> País mostraram as suas aptidões. Da<strong>do</strong> que as demonstrações têm si<strong>do</strong> muito bem acolhidas,<br />

os temas renovam-se semanalmente, atrain<strong>do</strong> a presença de um grande número de cidadãos<br />

para aprendizagem e intercâmbio com os mestres. Durante o ano de 2011, foram convida<strong>do</strong>s<br />

34 famosos mestres <strong>do</strong> fabrico artesanal da Província de Shan<strong>do</strong>ng, para vir a <strong>Macau</strong> no âmbito<br />

da aprendizagem e intercâmbio.<br />

407


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Em 2011, a Casa de Lou Kau registou 212.175 visitantes, e 316 pessoas participaram em<br />

workshops, realiza<strong>do</strong>s em cada sába<strong>do</strong> e <strong>do</strong>mingo, experimentan<strong>do</strong> o prazer <strong>do</strong> fabrico artesanal.<br />

Casa <strong>do</strong> Mandarim<br />

A Casa <strong>do</strong> Mandarim é a residência antiga de Zheng Guanying, uma personalidade afamada<br />

da história contemporânea da China, que completou a sua obra-prima “Advertências em Tempos<br />

de Prosperidade” nesta casa. Zheng Wenrui, o pai de Zheng Guanying, iniciou os trabalhos de<br />

construção da casa e os seus irmãos continuaram o projecto, amplian<strong>do</strong> a propriedade, deven<strong>do</strong><br />

a casa ter si<strong>do</strong> inaugurada antes de 1869.<br />

Com uma área de 4000 metros quadra<strong>do</strong>s, a Casa <strong>do</strong> Mandarim é a maior propriedade<br />

residencial privada de <strong>Macau</strong>. A Casa <strong>do</strong> Mandarim tem as características de uma residência<br />

tradicional típica da Região de Cantão, ten<strong>do</strong> igualmente incorpora<strong>do</strong> influências arquitectónicas<br />

da cultura ocidental, reflectin<strong>do</strong> a característica da fusão entre a cultura chinesa e a cultura<br />

ocidental em <strong>Macau</strong>.<br />

A partir <strong>do</strong>s mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século passa<strong>do</strong>, os descendentes da família Zheng emigraram<br />

para diversos cantos e a casa foi então arrendada, constan<strong>do</strong> que, em determinada altura<br />

teria servi<strong>do</strong> de residência de “72 famílias aluga<strong>do</strong>ras”. O conjunto arquitectónico sofreu<br />

também alterações e ampliações parciais, adicionadas de várias invasões de caruncho<br />

devi<strong>do</strong> à falta de manutenção e conservação ao longo <strong>do</strong>s anos, de forma que uma parte<br />

estrutural <strong>do</strong> conjunto se desmoronou. Quan<strong>do</strong> o Governo tomou posse da propriedade em<br />

2001, mais de 80 por cento da arquitectura apresentava diferentes graus de deterioração. O<br />

Governo, prosseguin<strong>do</strong> o princípio de autenticidade e integridade, procedeu ao trabalho de<br />

conservação. Passa<strong>do</strong>s oito anos de esforços contínuos de reparação. o Governo conseguiu,<br />

em colaboração com especialistas de conservação arquitectónicas e antigos inquilinos da casa,<br />

recuperar basicamente as características arquitectónicas originais. A Casa <strong>do</strong> Mandarim foi<br />

formalmente aberta ao público em Fevereiro de 2010. No ano de 2011, a Casa <strong>do</strong> Mandarim<br />

atraiu 101.900 visitantes.<br />

Centro Ecuménico Kun Iam<br />

Localiza<strong>do</strong> numa pequena ilha artificial na zona <strong>do</strong>s Novos Aterros <strong>do</strong> Porto Exterior (NAPE),<br />

este Centro, com 32 metros de altura, está liga<strong>do</strong> a terra por uma ponte de 60 metros.<br />

O Centro Ecuménico Kun Iam, da autoria da arquitecta Cristina Leiria, é composto de duas<br />

partes: a estátua e a base de lótus. Com 50 toneladas de peso e 20 metros de altura, a estátua<br />

de Kun Iam de bronze (Avaloquitesvara) está erguida numa base de lótus com 16 pétalas. A<br />

base da flor de lótus tem sete metros de altura e 19 de diâmetro. O Centro Ecuménico Kun<br />

Iam, inaugura<strong>do</strong> em Março de 1999, possui <strong>do</strong>is pisos, ten<strong>do</strong> no piso superior uma sala de<br />

contemplação, onde funcionam o balcão de recepção e outro de venda de livros e lembranças,<br />

enquanto, no piso inferior, se encontram uma mini-biblioteca e um salão multifuncional. O salão<br />

multifuncional, que pode albergar 50 pessoas, é adequa<strong>do</strong> para realizar actividades de dimensão<br />

reduzida, tais como, palestras, exposições e concertos entre outras. O Centro Ecuménico Kun<br />

Iam, que esteve temporariamente encerra<strong>do</strong> ao público nos meses de Novembro e Dezembro<br />

devi<strong>do</strong> a obras de manutenção e reparação, recebeu entre Janeiro e Outubro de 2011, um total<br />

de 91.567 visitantes.<br />

408


Cultura e Desporto<br />

Centro Cultural de <strong>Macau</strong><br />

O Centro Cultural de <strong>Macau</strong>, situa<strong>do</strong> na Avenida Xian Xing Hai, no NAPE, com uma área<br />

total de 45.000 metros quadra<strong>do</strong>s, foi inaugura<strong>do</strong> em Março de 1999. O Centro Cultural de<br />

<strong>Macau</strong> é constituí<strong>do</strong> por edifícios de Complexo de Auditórios, Museu da Arte, Largo <strong>do</strong> Centro<br />

Cultural e Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de <strong>Macau</strong>.<br />

O Complexo de Auditórios <strong>do</strong> Centro Cultural de <strong>Macau</strong> é <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de <strong>do</strong>is recintos de<br />

representação, um Grande Auditório (com um fosso para orquestra), apropria<strong>do</strong> à execução<br />

de grandes projectos, como concertos, espectáculos de dança, ópera e peças teatrais, com<br />

capacidade para 1076 especta<strong>do</strong>res, e um pequeno auditório, com apenas 389 lugares, espaço<br />

perfeito para a realização de pequenas peças teatrais, execução de peças musicais, dança<br />

contemporânea, seminários e cinema.<br />

Em 2011, o Centro Cultural de <strong>Macau</strong> levou a cabo uma série de magníficos programas, que<br />

cobriram a dança, música, teatro, multimédia entre outros <strong>do</strong>mínios, num total de 55 programas<br />

com 478 espectáculos/actividades. Por outro la<strong>do</strong>, continuou a disponibilizar, a diferentes<br />

instituições locais, as instalações culturais e serviços profissionais, pelo que foram no ano inteiro<br />

organiza<strong>do</strong>s 248 programas com 818 espectáculos/actividades, incluin<strong>do</strong> programas patrocina<strong>do</strong>s<br />

por entidades aluga<strong>do</strong>ras, que registaram uma afluência global de 176.846 especta<strong>do</strong>res.<br />

O Centro Cultural continuou a promover o intercâmbio e cooperação entre artistas/grupos<br />

locais e o sector congénere de fora, estenden<strong>do</strong> a cultura de representação para camadas<br />

populacionais mais amplas e aprofundan<strong>do</strong>, através <strong>do</strong> projecto “Artista Residente”, o “Projecto<br />

Residente de Arte”, o intercâmbio entre artistas da RAEM e artistas <strong>do</strong> exterior. Ao mesmo tempo,<br />

o Centro Cultural continuou desempenhar o papel de ponte para desenvolver o intercâmbio<br />

cultural entre <strong>Macau</strong> e China de um la<strong>do</strong> e países e regiões estrangeiros <strong>do</strong> outro.<br />

Actividades Desportivas<br />

O Governo da RAEM dedica-se também à promoção <strong>do</strong> desporto público, estimulan<strong>do</strong> os<br />

residentes a participar em diversos tipos de actividades desportivas tendentes ao fortalecimento<br />

da constituição física. Sob a concepção de toda a população praticar desporto e exercícios físicos<br />

durante toda a vida, orienta os cidadãos a criarem um mo<strong>do</strong> de viver saudável, e introduzirem<br />

o desporto no seu dia-a-dia. Ao mesmo tempo, presta grande atenção à elevação <strong>do</strong> nível<br />

competitivo <strong>do</strong> desporto local, apoian<strong>do</strong> e encorajan<strong>do</strong> as organizações desportivas de <strong>Macau</strong><br />

a organizarem, ou participarem em eventos desportivos e competições dentro e fora da RAEM.<br />

A evolução paralela entre o Desporto para To<strong>do</strong>s e o Desporto Competitivo, tem por base as<br />

infra-estruturas necessárias e os equipamentos desportivos modernos, e através <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s<br />

científicos da medicina desportiva, dar melhores condições, para que os cidadãos possam treinar<br />

sob orientações científicas, melhoran<strong>do</strong> assim a sua qualidade de vida.<br />

Instituto <strong>do</strong> Desporto<br />

O Instituto <strong>do</strong> Desporto é uma entidade pública incumbida de orientar, estimular, ajudar<br />

e promover o desenvolvimento <strong>do</strong> desporto de <strong>Macau</strong>, procuran<strong>do</strong> com to<strong>do</strong> o empenho<br />

criar condições necessárias ao desenvolvimento desportivo e desempenhan<strong>do</strong> um papel de<br />

coordena<strong>do</strong>r entre as associações desportivas e os agentes desportivos.<br />

409


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Desporto para To<strong>do</strong>s<br />

O ID continuou, em 2011, a envidar grandes esforços para promover o “Desporto para<br />

To<strong>do</strong>s”, divulgan<strong>do</strong> e propagan<strong>do</strong> junto da população as vantagens resultantes <strong>do</strong> exercício<br />

físico para fortalecer a saúde.<br />

Em 2011, foram organizadas 18 actividades e o número de participantes atingiu 344.374<br />

pessoas. O ID organizou ainda 1935 turmas integradas nas classes de recreação e manutenção<br />

que contaram com a participação de 49.239 pessoas. No ano em referência, 46.674 pessoas<br />

participaram nas Actividades de Férias, incluin<strong>do</strong> 18.496 nas actividades desportivas, envolven<strong>do</strong><br />

um total de 103 modalidades e 667 turmas.<br />

Desporto de Rendimento<br />

Em 2011, a 81 atletas e treina<strong>do</strong>res excelentes de 11 modalidades foram atribuí<strong>do</strong>s<br />

prémios pecuniários, pela conquista de excelentes resulta<strong>do</strong>s em oito eventos, sen<strong>do</strong> atribuí<strong>do</strong>s<br />

certifica<strong>do</strong>s a 327 atletas e treina<strong>do</strong>res de 26 associações desportivas.<br />

Medicina Desportiva<br />

De Janeiro a Abril de 2010, o Instituto <strong>do</strong> Desporto organizou novamente, com a colaboração<br />

<strong>do</strong>s Serviços de Saúde, da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Educação e Juventude, <strong>do</strong> Instituto de Acção<br />

Social, <strong>do</strong> Gabinete de Apoio ao Ensino Superior e <strong>do</strong> Instituto Politécnico de <strong>Macau</strong>, e com o<br />

apoio técnico contínuo <strong>do</strong> Instituto de Investigação da Ciência Desportiva da Administração<br />

Geral <strong>do</strong> Desporto da China, a segunda avaliação (a primeira avaliação foi realizada em 2005) da<br />

condição física da população de <strong>Macau</strong>. Em 2011, o Instituto <strong>do</strong> Desporto começou a acompanhar<br />

os trabalhos subsequentes da segunda avaliação, incluin<strong>do</strong> os trabalhos preparatórios para a<br />

publicação <strong>do</strong> “Relatório da Avaliação da Condição Física <strong>do</strong>s Residentes da RAEM de 2010” e o<br />

desenvolvimento de contra-medidas de melhoramento de acor<strong>do</strong> com os resulta<strong>do</strong>s da referida<br />

avaliação - conjuntamente com cinco entidades: os Serviços de Saúde, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Educação e Juventude, o Instituto de Acção Social, o Gabinete de Apoio ao Ensino Superior<br />

e o Instituto Politécnico de <strong>Macau</strong>.<br />

4. os Jogos da Ásia Oriental<br />

Os 4. os Jogos da Ásia Oriental tiveram lugar entre 29 de Outubro a 6 de Novembro de<br />

2005, sen<strong>do</strong> os primeiros grandes jogos de desporto a serem realiza<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong>. Foram<br />

realizadas competições em 17 modalidades distintas, participan<strong>do</strong> nos jogos atletas oriun<strong>do</strong>s<br />

de nove países e territórios, nomeadamente, China, <strong>Macau</strong>-China, Coreia <strong>do</strong> Norte, Mongólia,<br />

Hong Kong-China, Taipé-China, Japão, Guam e Coreia <strong>do</strong> Sul.<br />

1. os Jogos da Lusofonia<br />

Os 1. os Jogos da Lusofonia decorreram de 7 a 15 de Outubro de 2006, em <strong>Macau</strong>, com<br />

a participação de nove membros efectivos, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, <strong>Macau</strong>,<br />

Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, e de <strong>do</strong>is membros associa<strong>do</strong>s:<br />

Índia (Goa) e Sri Lanka. O evento contou com oito modalidades desportivas de alta competição:<br />

410


Cultura e Desporto<br />

atletismo, basquetebol, futebol, futsal, taekwon<strong>do</strong>, ténis-de-mesa, voleibol e voleibol de praia.<br />

Participaram nesta primeira edição mais de um milhar de atletas.<br />

2. os Jogos Asiáticos em Recinto Coberto<br />

Os 2. os Jogos Asiáticos em Recinto Coberto, que decorreram de 26 de Outubro a 3 de<br />

Novembro de 2007, foram o terceiro grande evento <strong>do</strong> género realiza<strong>do</strong> por <strong>Macau</strong>, sen<strong>do</strong><br />

também os primeiros jogos da Ásia realiza<strong>do</strong>s localmente. To<strong>do</strong>s os Comités Olímpicos <strong>do</strong>s 45<br />

países/regiões membros <strong>do</strong> Conselho Olímpico da Ásia enviaram delegações para participarem<br />

nestes Jogos. Mais de três mil atletas disputaram nas 17 modalidades oficiais e nas duas de<br />

demonstração.<br />

Campos Desportivos e Recreativos<br />

A maioria <strong>do</strong>s campos desportivos e recreativos de <strong>Macau</strong> é gerida pelo Instituto <strong>do</strong> Desporto<br />

e pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais.<br />

Para acompanhar o desenvolvimento social, o Instituto <strong>do</strong> Desporto tem vin<strong>do</strong> a envidar<br />

esforços contínuos no senti<strong>do</strong> de melhorar as suas instalações, promoven<strong>do</strong> um desenvolvimento<br />

diversifica<strong>do</strong> a fim de satisfazer as necessidades das mais diferentes modalidades desportivas. A<br />

distribuição e o planeamento de instalações desportivas têm si<strong>do</strong> feitos toman<strong>do</strong> em consideração<br />

to<strong>do</strong>s os aspectos para poder instalar um centro desportivo em cada zona da cidade, facilitan<strong>do</strong><br />

o acesso da população em geral à prática desportiva. As instalações são as seguintes:<br />

Designação Área/m 2 Instalações Modalidades<br />

Pavilhão<br />

Polidesportivo Tap<br />

Seac<br />

5539 2 pavilhões e sala de<br />

ténis-de-mesa<br />

Basquetebol, voleibol,<br />

wushu, taekwon<strong>do</strong>,<br />

karate-<strong>do</strong>, andebol,<br />

badmington, ténis-de-<br />

-mesa e futsal<br />

Centro Desportivo da<br />

Vitória<br />

2 salas de ginástica, 2<br />

campos de squash<br />

To<strong>do</strong>s os desportos<br />

cobertos<br />

<strong>Macau</strong><br />

Centro Desportivo<br />

Tamagnini Barbosa<br />

1085 1 piscina de recinto<br />

coberto de água morna,<br />

1 campo desportivo<br />

polivalente exterior<br />

Natação, futebol,<br />

basquetebol, ténis-de-<br />

-mesa e hóquei de mesa<br />

Centro Desportivo <strong>do</strong><br />

Colégio D. Bosco<br />

2265 1 piscina de recinto<br />

coberto de água morna,<br />

1 campo de futebol de<br />

relva artificial, 2 salas de<br />

ginástica<br />

Natação, futebol de 7 e<br />

diversos desportos em<br />

recinto coberto<br />

411


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Designação Área/m 2 Instalações Modalidades<br />

(Cont.)<br />

<strong>Macau</strong><br />

Centro Desportivo de<br />

Lin Fong<br />

Campo relva<strong>do</strong>, pistas<br />

de atletismo, piscinas<br />

de recinto coberto de<br />

água morna e pavilhão<br />

desportivo coberto<br />

Futebol, atletismo,<br />

natação, ténis-de-mesa,<br />

ken<strong>do</strong>, taichi, dança<br />

desportiva, bola rítmica,<br />

ju<strong>do</strong>, karate-<strong>do</strong>.<br />

Uma das piscinas para<br />

o uso de deficientes e<br />

treinos de reabilitação<br />

Centro Náutico da<br />

Praia Grande<br />

(gestão autorizada<br />

pelo IACM)<br />

151.000 6 pistas de 500 m de<br />

comprimento, 13,5 m<br />

de largura e 3,5 m de<br />

profundidade, armazém<br />

para as embarcações, e<br />

palcos terrestres<br />

Desporto matinal,<br />

actividades náuticas<br />

Centro Desportivo<br />

Olímpico<br />

76.877<br />

(excluin<strong>do</strong><br />

a área da<br />

Piscina e<br />

<strong>do</strong> Quintal<br />

Desportivo)<br />

1. Estádio<br />

2. Campo de Hóquei<br />

3. Quintal Desportivo<br />

4. Piscina Olímpica<br />

5. Silo Automóvel<br />

6. Campo de Basquetebol<br />

de Três<br />

7. Zona de Badmington<br />

Desporto matinal,<br />

atletismo, futebol<br />

de diferente tipo,<br />

basquetebol, voleibol,<br />

badmington, ténis-de-<br />

-mesa, andebol, wushu,<br />

karate-<strong>do</strong>, hóquei em<br />

campo, ténis, gatebol,<br />

râguebi, natação, pólo-<br />

-aquático, natação<br />

sincronizada e saltos para<br />

a água<br />

Taipa<br />

Piscinas <strong>do</strong> Carmo<br />

1 piscina de recinto<br />

coberto de água morna,<br />

1 piscina ao ar livre e 2<br />

salas de ginástica<br />

Natação e alguns<br />

desportos em recinto<br />

fecha<strong>do</strong><br />

Campo de Futebol<br />

e de Atletismo da<br />

Universidade de<br />

44.800 Campo de futebol e<br />

10 pistas de tartan de<br />

atletismo<br />

Actividades pedagógica e<br />

desportiva<br />

Ciência e Tecnologia<br />

de <strong>Macau</strong><br />

(gestão autorizada<br />

pela UCTM)<br />

Centro de Formação 2460 2 salas polivalentes,<br />

salas para musculação,<br />

multifuncionais e de<br />

reuniões<br />

Karate-<strong>do</strong>, xadrez,<br />

ginástica física e aulas de<br />

formação<br />

412


Cultura e Desporto<br />

Designação Área/m 2 Instalações Modalidades<br />

(Cont.)<br />

Nave Desportiva <strong>do</strong>s<br />

Jogos da Ásia Oriental<br />

de <strong>Macau</strong><br />

140.000 1. Estádio de recinto<br />

coberto<br />

2. Arena<br />

3. Centro de Exposições<br />

4. Centro de Convenções<br />

Internacionais de<br />

<strong>Macau</strong><br />

Ginástica, voleibol,<br />

basquetebol, wushu,<br />

taekwon<strong>do</strong>, karate-<strong>do</strong>,<br />

badmington,<br />

esgrima, ciclismo<br />

acrobático,<br />

futsal, dança desportiva,<br />

atletismo em recinto<br />

coberto, exposições,<br />

conferências e recepções<br />

Centro Internacional<br />

de Tiro<br />

52.355 1. Centro de gestão<br />

2. Carreira de 10 m<br />

3. Carreira de 25 m<br />

4. Carreira de 50 m<br />

5. Carreira para prova<br />

final<br />

Tiro<br />

COTAI<br />

Centro de Bowling 5830 24 pistas de bowling,<br />

3 campos de squash, 1<br />

zona de ténis-de-mesa<br />

e 1 zona de simulação<br />

desportiva<br />

Bowling, squash, ténis-<br />

-de-mesa, hóquei de<br />

mesa e outros desportos<br />

simula<strong>do</strong>s<br />

Academia de Ténis 15.304 8 campos de ténis e 1<br />

instalação principal de<br />

competição<br />

Ténis<br />

Centro Náutico de<br />

Cheoc-Van<br />

4547 Armazenamento <strong>do</strong>s<br />

equipamentos das<br />

actividades náuticas<br />

Vela, windsurf, canoagem<br />

e acções de formação<br />

Centro Náutico de<br />

Hac-Sá<br />

4749 Armazém com 220<br />

lugares cobertos, semi-<br />

-cobertos e ao ar livre<br />

Embarcações não<br />

motorizadas, armazém<br />

de embarcações e centro<br />

polivalente de actividades<br />

desportivas<br />

Kartódromo de<br />

Coloane<br />

Cerca de<br />

43.000<br />

Pista de 1200 m, com<br />

uma largura de 10 metros<br />

e com várias curvas e<br />

rectas<br />

Kartódromo com<br />

instalações observan<strong>do</strong> os<br />

critérios internacionais<br />

Os lugares de desporto com gestão de instalações a cargo <strong>do</strong> Instituto para os Assuntos<br />

Cívicos e Municipais são: Parque e Piscina Municipais Dr. Sun Yat Sen, Parque Municipal de<br />

Mong-Há, Parque Municipal da Colina da Guia, Jardim <strong>do</strong> Comenda<strong>do</strong>r Ho Yin, Piscina Estoril,<br />

413


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Piscina de Cheoc Van, Parque e Piscina de Hac Sá, Campo Desportivo na Zona de Lazer de Lam<br />

Mau Tong, Centro de Diversões Aquáticas Barragem de Hac Sá, Casa de Férias e Parque de<br />

Campismo da Colina Balnear da Praia de Hac Sá, Centro Recreativo Municipal da Ponte Negra,<br />

Centro Desportivo e Recreativo <strong>do</strong> Carmo, Campo Livre da Ilha Verde “Cheng Choi”, Campo Livre<br />

da Avenida <strong>do</strong> Comenda<strong>do</strong>r Ho Yin, Campo Livre da Avenida <strong>do</strong> Conselheiro Borja, Campo Livre<br />

Veng Neng, Campo Livre da Rua Central da Areia Preta, Campo Livre de Almirante Magalhães<br />

Correia, Campo Livre de Lam Mau, Campo Livre da Vila de Coloane e Campo Livre da Praia de<br />

Hac Sá, Campo Livre <strong>do</strong> Canal <strong>do</strong>s Patos e Campo Livre da Barra.<br />

Em <strong>Macau</strong> encontra-se ainda muito equipamento desportivo pertencente a associações ou<br />

instituições, tais como o Campo <strong>do</strong>s Operários e os campos de Golfe.<br />

Fórum de <strong>Macau</strong><br />

Este equipamento tem a maior procura em termos de recreação e desporto. Inaugurou-<br />

-se em 27 de Maio de 1985, o primeiro pavilhão tem uma área de 7280 metros quadra<strong>do</strong>s<br />

e 4062 lugares. O campo desportivo ocupa 45x25 metros e tem uma altura de 15 metros,<br />

o que corresponde às normas internacionais, poden<strong>do</strong> ali realizar-se diversas actividades<br />

especializadas ou desportivas, nomeadamente, andebol, hóquei em patins, ténis, voleibol,<br />

futebol de câmara, badmington, pingue-pongue, ginástica, esgrima, e luta. O primeiro pavilhão<br />

ainda pode servir para a realização de espectáculos e encontros de canto, dança, acrobacia,<br />

concertos, conferências, e outros. Encontra-se instala<strong>do</strong> no primeiro pavilhão um átrio e uma<br />

sala de exposições, que podem ser utiliza<strong>do</strong>s para exibições.<br />

Piscinas e Praias Públicas<br />

A natação é uma das actividades desportivas predilecta da população de <strong>Macau</strong>. As piscinas<br />

geridas pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais são: a Piscina Estoril, a Piscina <strong>do</strong><br />

Parque Municipal Dr. Sun Yat Sen, a Piscina de Cheoc Van e a Piscina <strong>do</strong> Parque de Hac Sá. As<br />

piscinas dependentes <strong>do</strong> Instituto <strong>do</strong> Desporto são: a Piscina <strong>do</strong> Centro Desportivo de Lin Fong,<br />

a Piscina <strong>do</strong> Centro Desportivo <strong>do</strong> Colégio D. Bosco, a Piscina <strong>do</strong> Centro Desportivo de Artur<br />

Tamagnini Barbosa, a Piscina <strong>do</strong> Complexo Olímpico de <strong>Macau</strong> e a Piscina <strong>do</strong> Carmo.<br />

Entre as diversas praias de <strong>Macau</strong>, as que oferecem condições balneares são a Praia de<br />

Hac Sá e a Praia de Cheoc Van, sob a gestão da Capitania <strong>do</strong>s Portos.<br />

Trilhos<br />

A situação geográfica de <strong>Macau</strong> é caracterizada por zonas de maior altitude no sul e mais<br />

baixas no norte. Até finais de 2008, foram abertos no total 13 trilhos, com uma total extensão<br />

de 33 quilómetros, o que, para além de facilitarem o tratamento das árvores de pequeno porte,<br />

também impedem incêndios ou ajudam ao seu combate, crian<strong>do</strong> melhores condições para<br />

protecção da natureza.<br />

414


Cultura e Desporto<br />

Da<strong>do</strong>s Básicos sobre os 13 Trilhos<br />

Designação<br />

Localização<br />

Extensão<br />

(em metros)<br />

Características<br />

Duração<br />

aproximada<br />

<strong>do</strong> percurso<br />

(em minutos)<br />

Trilho da<br />

Barragem<br />

de Ká-Hó<br />

Situa-se no Parque<br />

da Barragem de<br />

Ká-Hó<br />

1550 Pouco íngreme no início, o restante<br />

<strong>do</strong> trilho é nivela<strong>do</strong> e largo. É um<br />

percurso ideal para apreciar flores e<br />

aves. Existe nesse trilho um acesso<br />

que liga com a Rede de Trilhos <strong>do</strong><br />

Nordeste de Coloane.<br />

30<br />

Circuito de<br />

Manutenção<br />

de Coloane<br />

A entrada situa-<br />

-se no cruzamento<br />

da Estrada <strong>do</strong> Alto<br />

de Coloane e da<br />

Estrada Militar. Dá<br />

a volta à encosta<br />

oeste <strong>do</strong> Alto de<br />

Coloane<br />

1225 É o primeiro circuito <strong>do</strong> género<br />

em Coloane, constituí<strong>do</strong> por nove<br />

estações para exercícios físicos, que<br />

dispõem de equipamentos simples.<br />

Existem nesse local <strong>do</strong>is cruzamentos<br />

que ligam com o Trilho de Coloane.<br />

25<br />

Trilho<br />

da Taipa<br />

Grande<br />

No Parque Natural<br />

da Taipa Grande<br />

4000 Trata-se de um trilho ecológico com<br />

600 m de comprimento. Perfeito<br />

para passeios de família. O 1.º troço<br />

é largo e plano, com uma ligeira<br />

subida. O troço central é um pouco<br />

íngreme, e mais difícil de percorrer.<br />

Pelos seus degraus de pedra, pode-se<br />

chegar ao ponto mais alto da Taipa (a<br />

158,2 metros acima <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> mar),<br />

ou tomar o rumo sudeste, por um<br />

trilho de 1200 metros de extensão,<br />

lugar ideal para apreciar as aves e<br />

contemplar toda a Ilha da Taipa.<br />

90<br />

Trilho 2000<br />

da Taipa<br />

Pequena<br />

Monte da Taipa<br />

Pequena<br />

2300 Este trilho tem 2,5 metros de largura<br />

e contorna inteiramente a Taipa<br />

Pequena. O percurso dispõe de cinco<br />

estações para exercícios físicos,<br />

um parque infantil, e uma zona de<br />

repouso. Ao longo <strong>do</strong> trilho pode-se<br />

desfrutar uma boa vista para <strong>Macau</strong>,<br />

para a Ilha da Taipa e para a Ilha da<br />

Montanha, em Zhuhai.<br />

415


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

(Cont.)<br />

Da<strong>do</strong>s Básicos sobre os 13 Trilhos<br />

Designação<br />

Localização<br />

Extensão<br />

(em metros)<br />

Características<br />

Duração<br />

aproximada<br />

<strong>do</strong> percurso<br />

(em minutos)<br />

Trilho de<br />

Coloane<br />

Subin<strong>do</strong> pela<br />

estrada <strong>do</strong> Alto de<br />

Coloane pode-se<br />

chegar ao ponto<br />

de início e fim <strong>do</strong><br />

trilho<br />

8100 O trilho foi construí<strong>do</strong> na encosta<br />

reflorestada com uma altitude média<br />

de 100 metros e que contorna o<br />

maciço central da Ilha de Coloane. Ao<br />

longo <strong>do</strong> percurso podem contemplar-<br />

-se diversas paisagens da Ilha,<br />

grande quantidade de plantas e aves<br />

locais. Trata-se <strong>do</strong> primeiro trilho<br />

aberto nas Ilhas e também <strong>do</strong> trilho<br />

de maior extensão no Território.<br />

150<br />

Rede de<br />

Trilhos <strong>do</strong><br />

Nordeste de<br />

Coloane<br />

Situa-se nos<br />

maciços a leste da<br />

Barragem de Seac<br />

Pai Van<br />

4290 Com uma cota média de 55 metros.<br />

Esta rede de trilhos de educação<br />

ambiental é plana no 1.º troço e é<br />

o único equipa<strong>do</strong> com dez estações<br />

e <strong>do</strong>is ramos. A rede de trilhos tem<br />

<strong>do</strong>is circuitos dignos de menção, o<br />

Circuito das Acácias e o Circuito de<br />

Golfe. O primeiro contorna um maciço<br />

revesti<strong>do</strong> por acácias de Taiwan; o<br />

outro permite gozar da paisagem<br />

pitoresca de to<strong>do</strong> o Campo de Golfe,<br />

da Aldeia de Ká-Hó, e da Barragem<br />

<strong>do</strong> mesmo nome. Na zona florestal<br />

em frente ao Parque de Merendas<br />

<strong>do</strong> Altinho de Ká-Hó foi aberto um<br />

trilho de 500 metros de extensão,<br />

ligan<strong>do</strong> o trilho <strong>do</strong> nordeste ao Trilho<br />

de Coloane, forman<strong>do</strong> uma rede de<br />

trilhos nessa Ilha.<br />

90<br />

Circuito da<br />

Barragem<br />

de Hac Sá<br />

No Parque de<br />

Merendas da<br />

Barragem de Hac<br />

Sá<br />

2650 Situa-se numa encosta relativamente<br />

alta e contorna a barragem. Ao<br />

longo <strong>do</strong> percurso pode-se gozar da<br />

paisagem tanto da Barragem como<br />

da Praia de Hac Sá. Este trilho é<br />

liga<strong>do</strong> ao Trilho de Coloane.<br />

55<br />

416


Cultura e Desporto<br />

Da<strong>do</strong>s Básicos sobre os 13 Trilhos<br />

(Cont.)<br />

Designação<br />

Localização<br />

Extensão<br />

(em metros)<br />

Características<br />

Duração<br />

aproximada<br />

<strong>do</strong> percurso<br />

(em minutos)<br />

Circuito de<br />

Manutenção<br />

da Barragem<br />

de Hac Sá<br />

Estende-se<br />

pelo Parque de<br />

Merendas da<br />

Barragem de Hac<br />

Sá<br />

1505 Dispõe de nove estações para<br />

exercícios físicos. É um percurso<br />

nivela<strong>do</strong>, ideal para a prática<br />

<strong>do</strong> jogging ou corrida, poden<strong>do</strong><br />

simultaneamente desfrutar-se de<br />

paisagens ao longo e re<strong>do</strong>r da<br />

barragem.<br />

30<br />

Trilho <strong>do</strong><br />

Morro de<br />

Hac Sá<br />

Localiza<strong>do</strong> no<br />

Su<strong>do</strong>este de<br />

Coloane, situa-<br />

-se junto ao início<br />

<strong>do</strong> Caminho <strong>do</strong><br />

Quartel de Hac Sá,<br />

à beira da Estrada<br />

de Cheoc Van<br />

2150 É um trilho circular dividi<strong>do</strong> em três<br />

troços, o trilho de contemplação de<br />

pedras, o trilho de contemplação <strong>do</strong><br />

mar e o trilho das folhas vermelhas.<br />

É o único trilho onde se pode gozar a<br />

paisagem da colina e <strong>do</strong> mar.<br />

45<br />

Trilho <strong>do</strong><br />

Altinho de<br />

Ká-Hó<br />

Situa-se no Parque<br />

de Merendas <strong>do</strong><br />

Altinho de Ká-Hó<br />

1490 Tem no seu início uma escadaria de<br />

280 metros de comprimento, que<br />

permite vencer um desnível de cerca<br />

de 50 metros, subin<strong>do</strong> até uma<br />

altitude de 100 metros e dan<strong>do</strong> uma<br />

volta à colina central. Os seus ramos<br />

conduzem ao Trilho de Coloane e ao<br />

Parque Natural da Barragem de Hac<br />

Sá, permitin<strong>do</strong> gozar a paisagem da<br />

Barragem e Campo de Golfe.<br />

30<br />

Trilho de<br />

Seac Pai<br />

Van<br />

Estende-se pelo<br />

Parque Natural de<br />

Seac Pai Van<br />

1680 Tem vários ramos. Um troço de 935<br />

metros de extensão, com 24 postos<br />

de explicações, destina-se à educação<br />

sobre a natureza.<br />

40<br />

Caminhos<br />

Antigos de<br />

Seac Min<br />

Pun de<br />

Coloane<br />

A entrada situa-se<br />

na Vila de Hac Sá<br />

Cerca de<br />

1500<br />

É o mais antigo trilho e com maior<br />

valor histórico de Coloane. O trilho é<br />

sinuoso, atravessan<strong>do</strong> <strong>do</strong>is vales, o<br />

de leste e o <strong>do</strong> oeste.<br />

35<br />

417


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

(Cont.)<br />

Da<strong>do</strong>s Básicos sobre os 13 Trilhos<br />

Designação<br />

Localização<br />

Extensão<br />

(em metros)<br />

Características<br />

Duração<br />

aproximada<br />

<strong>do</strong> percurso<br />

(em minutos)<br />

Trilho da<br />

Costa de<br />

Long Chao<br />

Kok<br />

Ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

conjunto de<br />

vivendas sito na<br />

Praia de Hac Sá<br />

Cerca de<br />

1120<br />

Localiza-se no extremo Sul <strong>do</strong><br />

território de <strong>Macau</strong>. O trilho estende-<br />

-se de este a oeste, a partir <strong>do</strong><br />

conjunto de vivendas da Praia de<br />

Hac Sá até ao conjunto de vivendas<br />

da Praia de Cheoc Van, manten<strong>do</strong><br />

sempre junto da costa. Rico em<br />

vegetação, principalmente de Fetos<br />

trepa<strong>do</strong>res, Nepentes, Briófilos, entre<br />

outras espécies.<br />

25<br />

Jardins e Parques<br />

<strong>Macau</strong> tem uma área reduzida, mas tem muitos jardins e parques, com aspectos e estilos<br />

diferentes, uma característica importante desta pequena cidade. Estes servem não só de pontos<br />

de interesse turístico, mas são também lugares onde os locais praticam exercícios matutinos<br />

ou que frequentam por puro deleite e lazer.<br />

Parque Municipal da Colina da Guia<br />

O Parque Municipal da Colina da Guia, um <strong>do</strong>s “pulmões” da Península de <strong>Macau</strong>, é hoje<br />

um sítio de grande interesse turístico, com ricos recursos botânicos, sen<strong>do</strong> o parque de <strong>Macau</strong><br />

com o maior número de árvores antigas.<br />

No ponto mais alto da Colina, está a Fortaleza de Nossa Senhora da Guia, concluída em<br />

1622. A Fortaleza ocupa uma área de cerca de 800 metros quadra<strong>do</strong>s e foi erguida em re<strong>do</strong>r<br />

de uma capela dedicada a Nossa Senhora da Guia. A <strong>do</strong>minar a Fortaleza está o gracioso e<br />

histórico “Farol da Guia”, o primeiro a iluminar a costa sul da China. Nos dias de hoje os sinais<br />

de tufão são iça<strong>do</strong>s aqui para aviso da população.<br />

Na Colina da Guia há um circuito de manutenção e diversas instalações de exercícios físicos,<br />

sen<strong>do</strong> o principal lugar de prática de exercícios físicos e divertimento para os residentes locais.<br />

Jardim Luís de Camões<br />

Este é um <strong>do</strong>s jardins mais antigos de <strong>Macau</strong>, ocupan<strong>do</strong> uma área de 19.200 metros<br />

quadra<strong>do</strong>s com uma área de viveiros de cerca de 4500 metros quadra<strong>do</strong>s.<br />

O nome chinês deste jardim é o Jardim <strong>do</strong> Ninho de Pombos Brancos. Em mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século<br />

XVIII, este lugar era a mansão de um rico comerciante português, de nome Lourenço Marques.<br />

418


Cultura e Desporto<br />

Ele gostava muito de criar pombos brancos, e chegou a ter centenas destas aves; quan<strong>do</strong><br />

pousavam nos telha<strong>do</strong>s da mansão, davam a sensação de que a residência era, na realidade,<br />

um ninho de pombos, razão por que os chineses lhe deram o nome que ainda hoje tem. Mais<br />

tarde, apesar de o lugar ter si<strong>do</strong> aberto como jardim e denomina<strong>do</strong> pelos portugueses “Jardim<br />

Luís de Camões”, o nome chinês manteve-se.<br />

A colina onde fica o jardim chamava-se “Colina Fénix” durante a dinastia Qing, porque<br />

naquela altura cresciam aí muitas “árvores de Fénix (Delonix regia)”. Quanto à paisagem<br />

maravilhosa, muitos famosos eruditos chineses que visitaram o jardim, como Qiu Fengjia, Li<br />

Xialing e Wang Zhaoyong, escreveram poemas a elogiar a sua beleza.<br />

No jardim existe uma gruta, chamada “Gruta de Luís de Camões”, onde está ergui<strong>do</strong><br />

o busto de bronze deste poeta português internacionalmente famoso. Consta que o poeta,<br />

nasci<strong>do</strong> há mais de 400 anos, por causa de ter ofendi<strong>do</strong> funcionários da corte portuguesa, foi<br />

desterra<strong>do</strong> para <strong>Macau</strong> e passou uma parte da sua vida retira<strong>do</strong> nesta gruta, onde teria escrito<br />

a epopeia “Os Lusíadas”. O busto de bronze que se vê hoje em dia foi manda<strong>do</strong> fundir em 1866<br />

por Lourenço Marques.<br />

No jardim encontra-se uma escultura denominada “Abraço”, símbolo da amizade entre<br />

Portugal e a China.<br />

Jardim <strong>do</strong> Comenda<strong>do</strong>r Ho Yin<br />

Localiza<strong>do</strong> no la<strong>do</strong> norte da Avenida da Amizade e aberto ao público em 1993, este jardim<br />

é uma homenagem a Ho Yin, respeita<strong>do</strong> líder da comunidade chinesa de <strong>Macau</strong>. Devi<strong>do</strong> ao<br />

desenvolvimento urbanístico, foi construí<strong>do</strong> em 2005, um silo subterrâneo para veículos, e o<br />

jardim foi reprojecta<strong>do</strong> e dividi<strong>do</strong> em duas partes, a zona sul e a zona norte que são interligadas<br />

entre si por uma via subterrânea para peões. A pérgula comemorativa <strong>do</strong> retorno da soberania<br />

de <strong>Macau</strong> à Pátria e o palco ao ar livre mantêm-se no seu esta<strong>do</strong> original e reabertos ao público<br />

em 2007.<br />

Parque Dr. Carlos d’Assumpção<br />

Situa<strong>do</strong> ao la<strong>do</strong> sul da Avenida da Amizade e aberto ao público em 1996, este parque,<br />

que tem uma área de 23.200 metros quadra<strong>do</strong>s, presta homenagem àquele que é considera<strong>do</strong><br />

o mais ilustre filho da terra <strong>do</strong>s tempos modernos, o ex-presidente da Assembleia Legislativa,<br />

Carlos d’Assumpção. Dispõe de um parque infantil num <strong>do</strong>s seus extremos e pérgulas e zonas de<br />

descanso ao longo da alameda central. Logo após a saída <strong>do</strong>s limites <strong>do</strong> jardim na parte junto<br />

ao mar, está instala<strong>do</strong> um repuxo musical. Em frente <strong>do</strong> parque, já sobre o mar, encontra-se<br />

uma estátua da Deusa Kun Iam.<br />

Jardim da Flora<br />

Situa<strong>do</strong> no sopé da Colina da Guia, este jardim servia de residência ao Governa<strong>do</strong>r de <strong>Macau</strong><br />

nos finais <strong>do</strong> século XIX, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> posteriormente compra<strong>do</strong> pelo filantropo de Hong Kong,<br />

Sir Robert Ho Tung, que mais tarde o ofereceu ao Governo de <strong>Macau</strong>. Na toponímia chinesa,<br />

o Jardim é chama<strong>do</strong> Ho Tung Fa Yun, “Jardim de Ho Tung”, também é conheci<strong>do</strong> por I Long<br />

Hau Fa Yun, “Jardim das Duas Torneiras”, evocan<strong>do</strong> a sua proximidade com a antiga “Fonte da<br />

419


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Inveja”, hoje desaparecida.<br />

Sen<strong>do</strong> o único jardim zoológico e botânico na Península de <strong>Macau</strong>, o jardim com abundante<br />

vegetação, alberga no seu mini-jardim zoológico, também, diversas aves, mamíferos e vários<br />

répteis que atraem os visitantes. Uma catarata artificial, um riacho e um aquário ocupam o<br />

centro <strong>do</strong> jardim.<br />

Em 1997, foi instala<strong>do</strong> e inaugura<strong>do</strong> um teleférico, com início na entrada <strong>do</strong> jardim e que<br />

conduz ao topo <strong>do</strong> Reservatório e que facilita o acesso tanto ao jardim como à Colina da Guia.<br />

Jardim Lou Lim Ioc<br />

É um jardim único em <strong>Macau</strong> e Hong Kong, que faz lembrar os famosos jardins de Suzhou,<br />

onde há pavilhões e terraços, um lago com ponte em ziguezague, uma pequena colina artificial<br />

com cascata e rochas, caminhos sinuosos e pérgulas.<br />

O Tchoôn Tchau Tóng, ou seja, Pavilhão da Relva Primaveril, é a construção principal<br />

<strong>do</strong> jardim. A partir dele e passan<strong>do</strong> pela Ponte das Nove Curvas depara-se ao visitante um<br />

quiosque alpendra<strong>do</strong>, ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> qual se eleva uma pequena montanha artificial, com cascata<br />

murmurante, qual pintura tridimensional.<br />

A pequena montanha artificial, construída de pedras grotescas, tem um topo esquisito,<br />

parecen<strong>do</strong> verdadeiramente o leão de cabeça levantada e arrogante que se ergue num jardim de<br />

Suzhou. No lago situa<strong>do</strong> diante ao pavilhão crescem grandes quantidades de lótus, cujas flores<br />

abrem no Verão, oferecen<strong>do</strong> aos visitantes um ambiente acolhe<strong>do</strong>r e relaxante. Nas margens<br />

<strong>do</strong> lago crescem numerosos salgueiro-chorão, que dançam ao sabor <strong>do</strong> vento, fazen<strong>do</strong> com<br />

que os visitantes se embriaguem na sua paisagem.<br />

O jardim possui muitos quiosques aprimora<strong>do</strong>s, com dísticos chineses a ambos os la<strong>do</strong>s da<br />

sua entrada, <strong>do</strong>s quais se destacam o Quiosque Perfuma<strong>do</strong>, o Quiosque Verde e o Quiosque da<br />

Longevidade. Os visitantes detêm-se amiúde a apreciar o seu conteú<strong>do</strong> profun<strong>do</strong> e caligrafia<br />

bonita <strong>do</strong>s dísticos.<br />

Parque Municipal de Sun Yat Sen<br />

Situa<strong>do</strong> na zona da Ilha Verde no norte de <strong>Macau</strong>, perto das Portas <strong>do</strong> Cerco, este parque,<br />

que ocupa uma área de 52.700 metros quadra<strong>do</strong>s, foi construí<strong>do</strong> num espaço anteriormente<br />

utiliza<strong>do</strong> como depósito <strong>do</strong>s lixos da cidade.<br />

Os pontos paisagísticos <strong>do</strong> parque espalham-se por duas zonas. Na zona nordeste, de estilo<br />

chinês, há um lago artificial, a ponte das nove curvas, uma pérgula e edifícios pequenos, e a<br />

zona su<strong>do</strong>este é de estilo ocidental.<br />

A pérgula está instalada no alto duma pequena montanha artificial, <strong>do</strong>nde se vê a Alfândega<br />

de Gongbei. Este conjunto de edifícios pequenos de paredes vermelhas e telha<strong>do</strong>s verdes e a<br />

ponte ziguezagueante são muito belos.<br />

No centro há ainda uma galeria circular de 500 metros de comprimento, sen<strong>do</strong> o circuito<br />

mais compri<strong>do</strong> de to<strong>do</strong>s os parques de <strong>Macau</strong>, que liga a maioria <strong>do</strong>s pontos paisagísticos<br />

<strong>do</strong> jardim. O jardim oferece, ainda, um anfiteatro ao ar livre, campo desportivo, instalações<br />

desportivas e piscina.<br />

420


Cultura e Desporto<br />

No jardim funciona uma biblioteca, inaugurada em 1996, e está erguida uma escultura<br />

titulada “Aperto de Mão”, um <strong>do</strong>s monumentos à amizade entre os povos português e chinês.<br />

Além de to<strong>do</strong>s os jardins e parques acima menciona<strong>do</strong>s, ainda existem em <strong>Macau</strong> outros<br />

de que se destacam: o Parque Municipal de Mong-Há, o Jardim da Montanha Russa, o Jardim de<br />

S. Francisco, o Jardim da Vitória, o Jardim Vasco da Gama, o Parque Marginal da Areia Preta, o<br />

Parque <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Iao Hon, o Jardim das Artes e o Parque da Areia Preta, na Península de<br />

<strong>Macau</strong>; o Jardim <strong>do</strong> Lago, Jardim Cidade de Flores, Jardim <strong>do</strong> Monumento, Jardim Dr.ª Laurinda<br />

Marques Esparteiro e Jardim <strong>do</strong> Cais, na Ilha da Taipa; e o Parque de Seac Pai Van, Parque de<br />

Hac Sá, Arboreto de Hac Sá e Parque de Merendas <strong>do</strong> Alto de Coloane, na Ilha de Coloane.<br />

421


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

422


Cultura e Desporto<br />

20 de Novembro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, na cerimónia de entrega de<br />

prémios <strong>do</strong> 58.º Grande Prémio de <strong>Macau</strong><br />

423


Cultura e Desporto<br />

25 de Março de 2011<br />

Cerimónia de inauguração da exposição “Cenas das margens <strong>do</strong> rio<br />

durante o Festival Cheng Ming” com a presença <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo,<br />

Chui Sai On<br />

4 de Setembro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, assiste às comemorações <strong>do</strong><br />

Centenário da Revolução Xinhai<br />

424


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

17 de Janeiro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, na Cerimónia de Distribuição de Prémios<br />

e Certifica<strong>do</strong>s aos Atletas e Treina<strong>do</strong>res de Mérito de <strong>Macau</strong> 2010<br />

425


Cultura e Desporto<br />

5 de Março de 2011<br />

Cerimónia de inauguração <strong>do</strong> “Pavilhão de Criatividade de <strong>Macau</strong>”<br />

25 de Maio de 2011<br />

Dia Mundial <strong>do</strong> Desafio 2011<br />

426


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

9 de Dezembro de 2011<br />

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Cheong U, com os<br />

participantes na exposição <strong>do</strong> “Mun<strong>do</strong> Cultural, <strong>Macau</strong> Brilhante -<br />

Fórum de Fotografia Internacional da China (<strong>Macau</strong>)”<br />

427


Cultura e Desporto<br />

27 de Maio de 2011<br />

XXII Festival de Artes de <strong>Macau</strong>: A Lenda <strong>do</strong> Lilau<br />

19 de Novembro de 2011<br />

O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais realiza a Feira de Arte<br />

<strong>do</strong> Tap Seac de 18 a 27 de Novembro<br />

428


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

20 de Novembro de 2011<br />

Desfile <strong>do</strong> Fringe<br />

429


Cultura e Desporto<br />

22 de Outubro de 2011<br />

Festa da Lusofonia e Semana Cultural da China e <strong>do</strong>s Países de<br />

Língua Portuguesa 2011<br />

Com esforço tu<strong>do</strong> se consegue<br />

Foto: Tam Kam Weng<br />

430


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

24 de Agosto de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, na cerimónia de abertura das<br />

finais <strong>do</strong> Grande Prémio Mundial da FIVB 2011 (voleibol) em <strong>Macau</strong><br />

431


Elevar e aperfeiçoar a<br />

qualidade <strong>do</strong>s serviços<br />

de saúde e profilácticos,<br />

aperfeiçoar instalações<br />

hospitalares e de saúde,<br />

e garantir e promover o<br />

nível da saúde de toda a<br />

população, tem si<strong>do</strong>, de<br />

há longa data, o objectivo<br />

<strong>do</strong> trabalho desenvolvi<strong>do</strong><br />

pelo Governo da RAEM. Os<br />

Serviços de Saúde têm-se<br />

dedica<strong>do</strong> desde sempre à<br />

aceleração da construção<br />

das instalações, aquisição<br />

de equipamentos, ao<br />

aperfeiçoamento <strong>do</strong> Sistema<br />

de Saúde, à melhoria <strong>do</strong><br />

nível de serviço médico e<br />

à expansão de recursos de<br />

saúde comunitários.


X<br />

SAÚDE PÚBLICA<br />

E ASSISTÊNCIA<br />

SOCIAL


Alegria de crianças (Foto: Tang Loi Cheng)


Saúde Pública e Assistência Social<br />

Saúde Pública e Assistência Social<br />

Elevar e aperfeiçoar a qualidade <strong>do</strong>s serviços de saúde e profilácticos, aperfeiçoar instalações<br />

hospitalares e de saúde, e garantir e promover o nível da saúde de toda a população, tem si<strong>do</strong>,<br />

de há longa data, o objectivo <strong>do</strong> trabalho desenvolvi<strong>do</strong> pelo Governo da RAEM. Os Serviços de<br />

Saúde têm-se dedica<strong>do</strong> desde sempre à aceleração da construção das instalações, aquisição<br />

de equipamentos, ao aperfeiçoamento <strong>do</strong> Sistema de Saúde, à melhoria <strong>do</strong> nível de serviço<br />

médico e à expansão de recursos de saúde comunitários.<br />

O reforço de construção de serviços sociais, empenho na garantia e melhoria de qualidade de<br />

vida da população, apoio às classes mais desfavorecidas e construção de famílias harmoniosas,<br />

e a harmonia comunitária fazem parte integrante da política de serviço social <strong>do</strong> Governo da<br />

RAEM. É de sublinhar o empenho que o Governo da RAEM tem dedica<strong>do</strong> ao apoio <strong>do</strong>s indivíduos,<br />

famílias e classes desfavorecidas, que atravessem uma situação difícil, na sua recuperação da<br />

função social, na elevação da sua capacidade de vivência e na melhoria da sua qualidade de vida.<br />

Saúde Pública<br />

O nível de saúde da RAEM é semelhante ao da maioria <strong>do</strong>s países e regiões mais avançadas<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> as estatísticas da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Saúde, em 2011, o rácio médico<br />

e enfermeiro/residente de <strong>Macau</strong> era de 1 para 388 e 1 para 347, respectivamente, e contava-<br />

-se uma cama de hospital (excluin<strong>do</strong> as camas de não internamento) por cada 457 habitantes.<br />

A mortalidade em 2011 foi de 3,4 por mil e a de na<strong>do</strong>s de menos de um ano de idade de 2,9<br />

por mil. A esperança de vida à data <strong>do</strong> nascimento era de 82,4 anos (2008-2011), atingin<strong>do</strong><br />

o nível mundial avança<strong>do</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> a 10.ª Edição da Lista de Classificação Internacional de Doenças (CID-10), as<br />

principais causas de mortalidade em <strong>Macau</strong>, em 2011, foram os tumores (30,9 por cento), a que<br />

se seguiram as <strong>do</strong>enças cardiovasculares (27,1 por cento) e as <strong>do</strong>enças <strong>do</strong> sistema respiratório<br />

(15,3 por cento).<br />

Serviços de Saúde<br />

Os Serviços de Saúde têm por missão assegurar a saúde <strong>do</strong>s cidadãos, através da<br />

435


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

coordenação das actividades das entidades públicas e privadas da área da saúde, e da prestação<br />

de cuida<strong>do</strong>s de saúde diferencia<strong>do</strong>s e primários, bem como da execução das acções necessárias<br />

à prevenção da <strong>do</strong>ença e à promoção da saúde.<br />

Recursos de Saúde<br />

Os recursos, que o Governo da RAEM investiu na área de saúde e assistência médica, foram<br />

considera<strong>do</strong>s suficientes e atingiram os 3,78 mil milhões de patacas em 2011, registan<strong>do</strong>-se<br />

um aumento na ordem de cerca de 27,3 por cento em relação ao ano de 2010 com 2,97 mil<br />

milhões de patacas.<br />

Os Serviços de Saúde presta<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong> podem dividir-se essencialmente em <strong>do</strong>is grandes<br />

tipos, o governamental e o não-governamental. No primeiro caso, há serviços de cuida<strong>do</strong>s<br />

de saúde primários presta<strong>do</strong>s principalmente pelos centros de saúde, e serviços de cuida<strong>do</strong>s<br />

diferencia<strong>do</strong>s presta<strong>do</strong>s pelo Centro Hospitalar Conde de S. Januário. Os serviços de saúde<br />

não-governamentais incluem os presta<strong>do</strong>s pelas entidades que aceitam o apoio financeiro <strong>do</strong><br />

Governo e de associações, como o Hospital Kiang Wu, o Dispensário <strong>do</strong>s Operários, a Clínica<br />

da Associação de Beneficência Tung Sin Tong, e pelos diversos tipos de clínicas privadas. Entre<br />

estes serviços de saúde, os presta<strong>do</strong>s pelos Centros de Saúde e pela Clínica Tung Sin Tong são<br />

basicamente gratuitos.<br />

Centro Hospitalar Conde de S. Januário<br />

O complexo ocupa um terreno descoberto de 31.614 metros quadra<strong>do</strong>s e uma área de<br />

construção de 62.604 metros quadra<strong>do</strong>s. Constituí<strong>do</strong> por quatro blocos interliga<strong>do</strong>s, dispõe<br />

incluso de um heliporto.<br />

Funda<strong>do</strong> em 1874, é um hospital moderno com instalações e equipamentos avança<strong>do</strong>s,<br />

onde funcionam os seguintes serviços: Internamento, Consulta Externa, Urgência, Bloco<br />

Operatório, Unidade de Cuida<strong>do</strong>s Intensivos, Unidade de Cuida<strong>do</strong>s Intensivos Coronários,<br />

Unidade de Queima<strong>do</strong>s, Medicina Física e de Reabilitação, Hemodiálise e Diálise Peritonial,<br />

Imagiologia, Laboratórios, e Hemato-oncologia. Os serviços de consulta externa compreendem,<br />

entre outras, as seguintes principais especialidades repartidas por 86 valências: Anestesiologia,<br />

Cardiologia, Cirurgia, Cirurgia Plástica, Dermatologia, Estomatologia, Obstetrícia e Ginecologia,<br />

Hemato-oncologia, Medicina Física e Reabilitação, Medicina Interna, Medicina Interna Geral,<br />

Nefrologia, Neurocirurgia, Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Pneumologia,<br />

Psiquiatria e Urologia.<br />

Segun<strong>do</strong> estatísticas <strong>do</strong>s Serviços de Saúde, em 2011, o Serviço de Internamento <strong>do</strong> Centro<br />

Hospitalar Conde de S. Januário estava <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de 554 camas, distribuídas por 14 secções. Em<br />

2011, a taxa de ocupação destas camas foi de 88,73 por cento, sen<strong>do</strong> de 9,72 dias o tempo<br />

médio da sua ocupação por utente. Nos Serviços de Urgência, funcionam a urgência geral, a<br />

urgência pediátrica e a urgência obstétrica/ginecológica, sen<strong>do</strong> na urgência geral que se verifica<br />

a maior percentagem de utentes assisti<strong>do</strong>s (62,5 por cento aproximadamente).<br />

Até ao fim de 2011, o Centro Hospitalar Conde de S. Januário contava com 262 médicos, 702<br />

enfermeiros, 666 camas (incluin<strong>do</strong> 554 <strong>do</strong> Serviço de Internamento e 112 de outras unidades<br />

hospitalares). O número total <strong>do</strong>s utentes <strong>do</strong> Serviço de Consulta Externa atingiu os 338.317,<br />

o <strong>do</strong>s utentes em tratamento no regime de hospital de dia os 25.627, o <strong>do</strong>s utentes <strong>do</strong> Serviço<br />

436


Saúde Pública e Assistência Social<br />

de Urgência os 218.099, e o <strong>do</strong>s <strong>do</strong>entes hospitaliza<strong>do</strong>s os 17.291. O número referente às<br />

assistências de operações e o de partos foram, respectivamente, de 7534 e 2995. O número das<br />

consultas e <strong>do</strong>s tratamentos no conjunto <strong>do</strong>s departamentos e unidades atingiu os 4.377.248.<br />

O Edifício da Unidade de Agu<strong>do</strong>s de Psiquiatria, na Taipa, tem cinco pisos, com um<br />

total de 7494,9 metros quadra<strong>do</strong>s de área útil. Integra os serviços de assistência clínica, de<br />

reabilitação, de psiquiatria forense e de ensino. Dispõe de 126 camas, das quais 81 na unidade<br />

de internamento e 45 de tratamento em regime de hospital de dia. Em 2011, o número <strong>do</strong>s<br />

pacientes adultos que foram assisti<strong>do</strong>s, pela primeira vez, na área da consulta externa foi de<br />

1361.<br />

O Hospital presta serviços de assistência médica gratuita, nomeadamente, aos seguintes<br />

indivíduos de entre os residentes da RAEM: grávidas; parturientes; crianças até à idade de dez<br />

anos; alunos <strong>do</strong>s ensinos regular, primário e secundário; professores e funcionários escolares;<br />

porta<strong>do</strong>res de <strong>do</strong>enças infecto-contagiosas; toxicodependentes; cancerosos; deficientes<br />

mentais; reclusos; indivíduos de 65 ou mais anos; titulares <strong>do</strong> certifica<strong>do</strong> da incapacidade<br />

<strong>do</strong> pagamento das despesas médicas devi<strong>do</strong> à dificuldade económica emiti<strong>do</strong> pelo Hospitalar<br />

Conde de S. Januário e titulares <strong>do</strong> certifica<strong>do</strong> <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> económico (Guia de Indigência);<br />

bem como titulares de Cartão de Registo de Avaliação da Deficiência emiti<strong>do</strong> pelo Instituto de<br />

Acção Social. Contu<strong>do</strong>, ficam a cargo de terceiros responsáveis os encargos com os cuida<strong>do</strong>s de<br />

saúde presta<strong>do</strong>s a utentes que tenham transferi<strong>do</strong> a respectiva responsabilidade para terceiros,<br />

ou cujos problemas tenham resulta<strong>do</strong> de acidente ou agressão, em que se possa presumir a<br />

existência de um ou vários responsáveis.<br />

Centros de Saúde<br />

Para alcançar o objectivo promovi<strong>do</strong> pela Organização Mundial de Saúde “Que to<strong>do</strong>s gozem<br />

de cuida<strong>do</strong>s de saúde”, os Serviços de Saúde estabeleceram centros de saúde nas diversas<br />

zonas de <strong>Macau</strong>, ten<strong>do</strong> cria<strong>do</strong> a rede de cuida<strong>do</strong>s de saúde primários da RAEM, com os centros<br />

de saúde como unidades de primeira linha. Assim, cada residente pode usufruir deste tipo de<br />

cuida<strong>do</strong>s de saúde presta<strong>do</strong>s pelos centros de saúde, perto da sua morada.<br />

Actualmente em <strong>Macau</strong>, funcionam seis centros de saúde e duas estações de saúde pública.<br />

Entre aqueles, o Centro de Saúde <strong>do</strong> Fai Chi Kei e o Centro de Saúde da Areia Preta, contam,<br />

ainda, com uma clínica de medicina tradicional chinesa. Até 31 de Dezembro de 2011, um total de<br />

97 médicos (incluin<strong>do</strong> médicos ocidentais, médicos de medicina tradicional chinesa e dentistas)<br />

e 154 enfermeiros, trabalhavam no sector de cuida<strong>do</strong>s de saúde primários. Relativamente<br />

à consulta externa, registou-se um número de utentes de 497.133. Das consultas externas<br />

registadas, a maioria foi de cuida<strong>do</strong>s de saúde de adultos (61,29 por cento), seguin<strong>do</strong>-se os<br />

cuida<strong>do</strong>s de saúde infantil (12,19 por cento) e os de planeamento familiar (7,96 por cento).<br />

Os centros de saúde prestam os seguintes tipos de serviços:<br />

- Cuida<strong>do</strong>s de saúde de grávidas - visa garantir a segurança da gravidez e a saúde das<br />

grávidas, através da realização de exames médicos regulares. Em 2011, foram assistidas<br />

31.028 grávidas;<br />

- Planeamento familiar - visa ajudar os casais a realizar o planeamento familiar; reduzir<br />

a incidência de mortalidade das grávidas, parturientes e bebés; melhorar a saúde e a<br />

qualidade da saúde das mulheres e suas famílias. Em 2011, beneficiaram deste serviço<br />

437


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

39.561 utentes;<br />

- Cuida<strong>do</strong>s de saúde infantil - procura assistir as crianças até aos 13 anos de idade. O<br />

serviço inclui exames e consultas médicas regulares, com medição da altura e peso, exame<br />

médico geral, transmissão de conhecimentos sobre os cuida<strong>do</strong>s a ter com os bebés e<br />

crianças, relativamente a vacinas, complemento de fluoretos, e outros. Em 2011, foram<br />

assistidas 60.663 crianças nestes serviços;<br />

- Cuida<strong>do</strong>s de saúde de adultos - inclui exame médico, diagnóstico, tratamento e controlo<br />

de diversas <strong>do</strong>enças comuns, especialmente <strong>do</strong>enças crónicas, como a hipertensão,<br />

diabetes e <strong>do</strong>enças pulmonares crónicas de natureza obstrutiva, bem como outros serviços<br />

médicos necessários, como a prescrição de medicamentos, análises e exames médicos<br />

suplementares. Em 2011, foram atendidas 304.766 pessoas por estes serviços;<br />

- Medicina oral - presta serviços de exame de rotina, obturação de dentes caria<strong>do</strong>s, limpeza<br />

e extracção de dentes, tratamento de perio<strong>do</strong>ntite e to<strong>do</strong>s os demais tratamentos comuns<br />

nesta especialidade. Em 2011, um total de 24.478 <strong>do</strong>entes utilizaram estes serviços;<br />

- Cuida<strong>do</strong>s de saúde escolar - dirigi<strong>do</strong>s aos alunos <strong>do</strong> primeiro ao sexto ano das escolas<br />

primárias, este serviço inclui o exame médico geral, vacinas e educação sanitária. Em<br />

2011, um total de 3177 estudantes beneficiaram destes serviços;<br />

- Educação de saúde - tem por finalidade permitir à população de <strong>Macau</strong> adquirir<br />

conhecimentos sobre a higiene, e sensibilizar os cidadãos para o conceito de que a<br />

prevenção é mais importante que o tratamento, encorajan<strong>do</strong>, assim, a uma prática de<br />

vida mais sadia e responsável;<br />

- Serviços de medicina chinesa - o Centro de Saúde <strong>do</strong> Fai Chi Kei presta estes serviços<br />

desde 1999. O Centro de Saúde da Areia Preta presta estes serviços desde Julho de 2006.<br />

Em 2011, o número de beneficiários destes serviços atingiu os 32.781.<br />

Os centros de saúde prestam aos residentes os seguintes serviços gratuitos que visam<br />

promover e proteger a saúde: visitas <strong>do</strong>miciliárias, serviços de transferência, vacinas, assistentes<br />

sociais na área da saúde, saúde psicológica, consulta de desabituação tabágica e outros cuida<strong>do</strong>s<br />

vários no <strong>do</strong>mínio da saúde.<br />

Pagamento de Serviços Médicos<br />

To<strong>do</strong>s os residentes legais de <strong>Macau</strong>, independentemente da sua idade e profissão, que<br />

sejam assisti<strong>do</strong>s nos centros de saúde, ou que sejam transferi<strong>do</strong>s para o Centro Hospitalar<br />

Conde de S. Januário, podem receber assistência médica gratuita. Os não-residentes de <strong>Macau</strong>,<br />

que façam uso <strong>do</strong>s serviços <strong>do</strong>s centros de saúde, devem pagar as consultas e outros serviços<br />

disponíveis segun<strong>do</strong> as normas estabelecidas pelos Serviços de Saúde.<br />

Os serviços presta<strong>do</strong>s pelo Centro Hospitalar Conde de S. Januário devem to<strong>do</strong>s ser<br />

pagos, com excepção <strong>do</strong>s indivíduos que se encontrem cobertos por situações especiais,<br />

definidas pelo Governo. Contu<strong>do</strong> a taxa devida pelos residentes é menor <strong>do</strong> que a exigida<br />

aos não-residentes.<br />

Laboratório de Saúde Pública<br />

É uma unidade com nível de departamento, dependente <strong>do</strong> sector de cuida<strong>do</strong>s gerais de<br />

438


Saúde Pública e Assistência Social<br />

saúde <strong>do</strong>s Serviços de Saúde. No final de 2011, contava com 72 trabalha<strong>do</strong>res. Em 2006, o<br />

laboratório obteve a certificação de “Acreditação da ISO/IEC 17025:2005 <strong>do</strong> Ramo Laboratorial”<br />

e ganhou no final de 2009, a certificação de “Acreditação <strong>do</strong> Laboratório de Sarampo <strong>do</strong> Território<br />

de <strong>Macau</strong>”, emitida pela Delegação da Região <strong>do</strong> Pacífico Ocidental da Organização Mundial da<br />

Saúde. Em 2011, renovou com sucesso a certificação de “Acreditação da ISO/IEC 17025:2005<br />

<strong>do</strong> Ramo Laboratorial”.<br />

São atribuições <strong>do</strong> laboratório as seguintes: prestar apoio de análise às diversas unidades<br />

subordinadas aos Serviços de Saúde e a outras instituições governamentais; executar<br />

investigação sobre saúde pública, por si próprio ou em colaboração com instituições <strong>do</strong> exterior<br />

ou de regiões vizinhas, assim como exercer a supervisão sobre a higiene ambiental e <strong>do</strong>enças<br />

contagiosas em <strong>Macau</strong>.<br />

Os serviços presta<strong>do</strong>s pelo laboratório abrangem os seguintes: a análise química e<br />

microbiológica de qualidade de produtos alimentícios, da qualidade da água e de medicamentos<br />

e amostras clínicas; a prestação de análise diagnóstica de <strong>do</strong>enças transmissíveis, que são,<br />

principalmente: tuberculose, parasitas, VIH, norovírus, hepatite, TORCH, sífilis, chlamydia<br />

trachomatis, Epstein-Barr, gastroenterites, viroses respiratórias, vírus dengue, Febre<br />

Chikungunya, vírus influenza e coronavírus da SARS. Em 2011, o Laboratório fez análises a<br />

71.780 amostras de diferentes tipos, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> de 243.832 o número total das modalidades<br />

submetidas a análise.<br />

Tratamento e Prevenção da SIDA<br />

Através de despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, em Novembro de 2005, foi criada a Comissão<br />

de Luta contra a SIDA, presidida pelo Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. Em<br />

Dezembro de 2008 e Julho de 2011, a duração da Comissão foi prorrogada por mais três anos<br />

por despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo. Integram esta Comissão, entre outros, os representantes<br />

<strong>do</strong>s Serviços de Saúde, <strong>do</strong> Instituto de Acção Social, <strong>do</strong>s Serviços de Educação e Juventude,<br />

<strong>do</strong>s Serviços de Polícia Unitários, <strong>do</strong> Estabelecimento Prisional de <strong>Macau</strong>, <strong>do</strong> Hospital Kiang Wu,<br />

da Escola Superior de Saúde <strong>do</strong> IPM, <strong>do</strong> Instituto de Enfermagem Kiang Wu e de organizações<br />

não-governamentais, como a Associação Chinesa <strong>do</strong>s Profissionais de Medicina, a Associação<br />

de Médicos de <strong>Macau</strong>, a Cruz Vermelha da RAEM, a Cáritas de <strong>Macau</strong>, a Associação Geral <strong>do</strong>s<br />

Operários de <strong>Macau</strong>, a União Geral das Associações de Mora<strong>do</strong>res de <strong>Macau</strong> e a Associação de<br />

Beneficência Tung Sin Tong, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> cria<strong>do</strong>s, na sua dependência, seis grupos de trabalho<br />

especializa<strong>do</strong>s. O objectivo da Comissão é planificar e promover o trabalho de prevenção e<br />

controlo da SIDA, através <strong>do</strong>s serviços públicos e associações e organizações nas diversas<br />

áreas, com vista a impedir a transmissão da <strong>do</strong>ença.<br />

Centro de Transfusões de Sangue<br />

É um serviço dependente <strong>do</strong>s Serviços de Saúde. O Centro de Transfusões de Sangue é a<br />

única instituição que fornece sangue e componentes de sangue em <strong>Macau</strong>, e a quem compete,<br />

principalmente, recrutar da<strong>do</strong>res voluntários, anónimos e não remunera<strong>do</strong>s, e fornecer sangue<br />

seguro e componentes de sangue, e em quantidade suficiente, aos <strong>do</strong>entes de <strong>Macau</strong>, que<br />

tenham necessidade de transfusões. Em 2011, o Centro contava com 42 trabalha<strong>do</strong>res.<br />

O Centro obteve, em 2003, a Certificação <strong>do</strong> Sistema Internacional de Controlo de Qualidade<br />

439


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

ISO 9001:2000. O Centro de Transfusões de Sangue observa os critérios da Comissão Europeia<br />

para proceder ao controle de qualidade <strong>do</strong> sangue e componentes de sangue; os laboratórios<br />

imuno-hematológico, microbiológico e de microbiologia molecular, na sua dependência,<br />

participaram, em Inglaterra e na Austrália, respectivamente, em programas sobre o controlo<br />

externo da qualidade da análise, para assegurar o nível de análise <strong>do</strong>s laboratórios <strong>do</strong> Centro.<br />

Este presta, ainda, consultas especializadas de transfusão médica e diagnóstico médico respectivo<br />

aos hospitais de <strong>Macau</strong>; apoia-os a desenvolverem a aplicação da transfusão clínica correcta,<br />

e apoia a formação de profissionais e técnicos <strong>do</strong> sector médico.<br />

Com o desenvolvimento muito rápi<strong>do</strong>, o constante aumento populacional, e o envelhecimento<br />

demográfico, a quantidade de sangue consumi<strong>do</strong> em <strong>Macau</strong>, em transfusões, tem vin<strong>do</strong> a<br />

aumentar continuamente. Diariamente, o Centro de Transfusões de Sangue precisa de recolher,<br />

pelo menos, sangue de 45 da<strong>do</strong>res, só assim poden<strong>do</strong> dar resposta às necessidades <strong>do</strong>s<br />

hospitais locais.<br />

Em 2011, o Centro de Transfusões de Sangue recolheu 12.449 unidades de sangue,<br />

provenientes de 14.317 da<strong>do</strong>res voluntários e foi prepara<strong>do</strong> e dividi<strong>do</strong> em 36.799 unidades<br />

de diferente composição sanguínea, que beneficiaram 2468 pacientes <strong>do</strong>s hospitais de <strong>Macau</strong>.<br />

Estatisticamente, o número de <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res ocupa cerca de 2,8 por cento <strong>do</strong>s cidadãos de idade<br />

apropriada; mais de 61,9 por cento <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>res são reincidentes; 34,8 por cento <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>res<br />

de sangue são estudantes (de escolas secundárias e de universidades), enquanto os funcionários<br />

<strong>do</strong>s sectores de serviços e comércio, e as mulheres, ocupam, respectivamente, 19 e 51,2 por<br />

cento <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>res. O grupo etário de idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos<br />

representa a “fatia” de <strong>do</strong>ação mais elevada (45,8 por cento).<br />

Departamento de Assuntos Farmacêuticos<br />

É uma unidade sob tutela directa <strong>do</strong> director <strong>do</strong>s Serviços de Saúde, que é responsável<br />

pela gestão administrativa e inspecção <strong>do</strong>s assuntos farmacêuticos e integra a Divisão de<br />

Inspecção e Licenciamento, e a Divisão de Fármaco-vigilância e de Fármaco-economia. Em<br />

2011, o departamento tinha 47 funcionários.<br />

Até finais de 2011, havia 25.006 genéricos medicamentosos ocidentais autoriza<strong>do</strong>s pelos<br />

Serviços de Saúde em circulação no merca<strong>do</strong> local. Destes, 7946 sem exigência de receita<br />

médica e 15.725 de receita obrigatória, enquanto 1335 só podiam ser usa<strong>do</strong>s em hospitais.<br />

Na mesma altura, os compostos de medicina tradicional chinesa, aprova<strong>do</strong>s pelos Serviços de<br />

Saúde, totalizavam 5825 tipos. Estavam regista<strong>do</strong>s nos Serviços de Saúde 309 farmacêuticos<br />

e 172 assistentes técnicos de farmácia. Estes Serviços emitiram licenças de importação, de<br />

exportação, e de retalho, a 114 firmas, 145 farmácias, 128 farmácias chinesas, 22 agências<br />

farmacêuticas e 19 unidades de produção de medicamentos.<br />

Centro de Prevenção e Controlo da Doença<br />

É uma unidade técnica incumbida de exercer funções nos Serviços de Saúde relativas à<br />

promoção e garantia da saúde e à prevenção e tratamento de <strong>do</strong>enças, bem como coordenar<br />

os trabalhos de controlo e tratamento de <strong>do</strong>enças a nível comunitário.<br />

O Centro de Controlo tem as seguintes subunidades: Núcleo de Prevenção de Doenças<br />

Infecciosas e Vigilância de Doença, Núcleo de Prevenção de Doenças Crónicas e Promoção<br />

440


Saúde Pública e Assistência Social<br />

de Saúde, Núcleo de Higiene Ambiental e Alimentar, Núcleo de Saúde Ocupacional, Núcleo<br />

de Planeamento de Saúde, Centro de Prevenção e Tratamento de Tuberculose, Equipa para o<br />

Controlo de Vectores, e seis equipas sanitárias comunitárias destacadas nos centros de saúde.<br />

No final de 2011, o Centro de Prevenção e Controlo da Doença tinha 138 trabalha<strong>do</strong>res.<br />

Em 2011, entre os principais objectivos das distintas actividades <strong>do</strong> centro constavam:<br />

promover a construção da capacidade; a promoção eficaz <strong>do</strong>s trabalhos de prevenção de<br />

contaminação grave; o reforço <strong>do</strong> Programa “Cidade Saudável” e a reformulação da segurança<br />

alimentar, e o desenvolvimento da rede de saúde pública e a garantia da manutenção da saúde<br />

pública em geral.<br />

Hospital Kiang Wu<br />

O Hospital Kiang Wu é uma instituição de saúde não-governamental, na dependência da<br />

Associação de Beneficência <strong>do</strong> Hospital Kiang Wu. Funda<strong>do</strong> e administra<strong>do</strong> por cidadãos chineses<br />

no 10.º ano <strong>do</strong> reina<strong>do</strong> <strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r Tong Zhi da dinastia Qing (1871), tem um historial de<br />

140 anos. Ao longo de mais de cem anos da sua existência, o Hospital Kiang Wu tem servi<strong>do</strong> a<br />

população com toda a dedicação. Actualmente, o Hospital Kiang Wu é um hospital polivalente,<br />

desempenhan<strong>do</strong> simultaneamente funções de serviços médicos, prevenção de <strong>do</strong>enças, ensino<br />

e investigação, possuin<strong>do</strong>, neste momento, uma moderna gestão informatizada. Contava em<br />

2011, com 1694 trabalha<strong>do</strong>res, <strong>do</strong>s quais 321 médicos, 499 enfermeiros, 28 técnicos e 590<br />

outros trabalha<strong>do</strong>res.<br />

O Hospital dispõe <strong>do</strong>s seguintes serviços: Serviços de Urgência; Serviços de Consulta<br />

Externa; Serviços de Internamento, Serviços de cuida<strong>do</strong>s médicos críticos (ICU); e vários<br />

Centros: de Prevenção e Tratamento de Doenças Cardiovasculares; de Diálise; Centro Hong<br />

Neng; de Radioterapia; de En<strong>do</strong>scopia; de Prevenção e Tratamento de Diabetes; de Doenças<br />

Mamárias; de Anti-Envelhecimento; de Rectificação Visual a Laser; de Plástica e Cosmética;<br />

de Exame de Saúde; de Tratamento por Ar de Alta Pressão; e Clínica da Taipa. Dispõe, ainda,<br />

entre outras, das seguintes secções clínicas: Medicina Interna, Cirurgia, Pediatria, Obstetrícia/<br />

Ginecologia, Medicina Chinesa Tradicional, Oncologia, Estomatologia, Oftalmologia, Medicina<br />

de Recuperação Física, Dermatologia, Otorrinolaringologia - Cirurgia de Cabeça e Pescoço, para<br />

além de oito serviços de apoio: Radiologia, Farmácia, Patologia, Laboratório, Cateteres, Exame<br />

de Funções Cardíacas, Informática e Tecnologia, e Produtos Esteriliza<strong>do</strong>s. Em Agosto de 2009,<br />

foi inaugura<strong>do</strong> o Edifício Henry Fok de Serviços de Especialidade, sen<strong>do</strong> nele instala<strong>do</strong>s vários<br />

serviços de consulta externa.<br />

O Hospital Kiang Wu tem serviço de urgências e três unidades de consulta externa, ten<strong>do</strong><br />

estas atendi<strong>do</strong>, em 2011, mais de 1,14 milhões de <strong>do</strong>entes com urgências, numa média diária<br />

de 3467 pacientes. O Serviço de Urgências está aberto 24 horas por dia e atendeu, durante<br />

o ano, perto de 180 mil pacientes, numa média diária de cerca de 492 utentes. O número de<br />

<strong>do</strong>entes recupera<strong>do</strong>s foi de 25 mil. A unidade de consultas externas e urgência da clínica da<br />

Taipa atendeu 127 mil pacientes, numa média diária de cerca de 382 utentes.<br />

Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia<br />

O Hospital da Universidade, na dependência da Fundação Universidade de Ciência e<br />

Tecnologia de <strong>Macau</strong>, é um moderno complexo hospitalar, ambivalente, sen<strong>do</strong> também a base<br />

441


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

da clínica pedagógica da Faculdade de Medicina Chinesa e da Faculdade de Ciências da Saúde<br />

da UCTM. O Hospital, para além <strong>do</strong>s especialistas locais e <strong>do</strong>s especialistas e consultores <strong>do</strong><br />

Interior da China e de Hong Kong, possui uma equipa clínica de proveniência e qualificação<br />

internacional.<br />

O Hospital da Universidade dispõe de medicina ocidental e medicina chinesa gerais<br />

e de valências de medicina interna e cirurgia, nomeadamente: Cardiologia, Oncologia,<br />

Gastrenterologia e Hepatologia, Psiquiatria, Psicologia Clínica, Reumatologia, Gerontologia,<br />

Transfusão de Sangue, Dietética, Urologia, Obstetrícia e Ginecologia, Pediatria, Oftalmologia,<br />

Otorrinolaringologia, Dermatologia, Cosmética Médica, Ortopedia, Quiroterapia, Fisioterapia,<br />

Osteoterapia, Coloproctologia, Acupunctura e Massagem.<br />

O Hospital dispõe, ainda, de Centro Internacional de Gestão de Saúde equipa<strong>do</strong> com<br />

equipamentos avança<strong>do</strong>s, de Centro de Diagnóstico Médico por Imagem (Medical Imaging<br />

Diagnostic Center), Centro de Gestão de Desordem <strong>do</strong> Sono, Centro de Diagnóstico de<br />

Laboratório Clínico (Clinical Laboratory Diagnostic Center), Centro de En<strong>do</strong>scopia e Salas de<br />

Cateter Intervencionista e Cirurgia. O Centro de Diagnóstico de Laboratório Clínico já participou<br />

no programa de controlo da qualidade CAP (College of American Pathologists) e obteve o<br />

Certifica<strong>do</strong> NATA, da Austrália. A NATA (National Association of Testing Authorities) é um instituto<br />

internacional destina<strong>do</strong> especialmente a certificar a qualidade <strong>do</strong>s laboratórios <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>.<br />

Os serviços de internamento <strong>do</strong> Hospital dispõem de 60 camas, distribuídas em quartos<br />

duplos, quartos particulares e quartos de luxo.<br />

Higiene Ambiental<br />

Melhorar o panorama da RAEM, manter a sua limpeza e ordenamento, e proteger o<br />

ambiente é uma das atribuições principais <strong>do</strong> Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais<br />

(IACM). Este Instituto responsabiliza-se principalmente pelo tratamento das queixas sobre<br />

a higiene ambiental, inspecção da higiene da cidade, fiscalização de empresas de limpeza,<br />

gestão <strong>do</strong> aterro de resíduos da construção civil, melhoria <strong>do</strong>s postos de lixo e sua distribuição,<br />

organização de campanhas de limpeza para consciencializar a população para a problemática<br />

da higiene ambiental, gestão de casas de banho públicas, prevenção de peste, entre outros.<br />

As reclamações estão relacionadas geralmente com o lixo amontoa<strong>do</strong> em sítios de obras de<br />

construção e edifícios desocupa<strong>do</strong>s, “pingos” de ar condiciona<strong>do</strong>, problemas relativos a estações<br />

de lixo, peste, ocupação <strong>do</strong> espaço público, negro-de-fumo, transbor<strong>do</strong> de águas residuais nas<br />

ruas, e ruí<strong>do</strong>, entre outras. Em 2011, o IACM tratou 8735 casos relaciona<strong>do</strong>s com as reclamações<br />

da higiene ambiental. O IACM continua a construir postos de lixo fecha<strong>do</strong>s nos vários bairros<br />

para substituir os contentores de rua, melhoran<strong>do</strong> a componente higiénica da recolha de lixo.<br />

Cemitérios<br />

Em <strong>Macau</strong> existem seis cemitérios públicos: Cemitério de S. Miguel Arcanjo, Cemitério de<br />

N.ª Senhora da Piedade, Cemitério Municipal de Sa Kong da Taipa, Cemitério Municipal <strong>do</strong> Carmo<br />

da Taipa, Cemitério Municipal de Coloane e Cemitério de Va Ian de Coloane; e 11 priva<strong>do</strong>s:<br />

Cemitério <strong>do</strong>s Parses, Cemitério Protestante de <strong>Macau</strong>, Cemitério Novo de Mong-Há, Cemitério<br />

Islâmico de <strong>Macau</strong>, Cemitério de Kai Fong da Taipa, Cemitério de Pao Choc, Cemitério Budista,<br />

Cemitério Uni<strong>do</strong> das Associações de Coloane, Cemitério de Hac Sá de Coloane, Cemitério de<br />

442


Saúde Pública e Assistência Social<br />

Ká-Hó e Cemitério Son I de Coloane.<br />

Nos cemitérios públicos, directamente geri<strong>do</strong>s pelo IACM, há um total de 13.315 tumbas,<br />

5626 das quais podem ser alugadas, e um total de 19.430 gavetas-ossários e câmaras de cinzas.<br />

Ao IACM compete também supervisionar os cemitérios priva<strong>do</strong>s.<br />

Sanitários Públicos<br />

Com tomada de diversas medidas, o IACM tem aperfeiçoa<strong>do</strong> e optimiza<strong>do</strong> activamente a<br />

distribuição e a qualidade de serviço de sanitários públicos da RAEM. Presentemente, existe, sob<br />

a gestão <strong>do</strong> IACM, 63 sanitários públicos fixos e quatro itinerantes, espalha<strong>do</strong>s em diferentes<br />

bairros, estan<strong>do</strong> aberto ao uso gratuito de cidadãos e visitantes.<br />

Protecção Ambiental e Educação sobre a Higiene da Cidade<br />

Ecotecas e Centro de Educação de Protecção Ambiental<br />

Em <strong>Macau</strong> existem <strong>do</strong>is centros destina<strong>do</strong>s à educação ambiental: o da Colina de Mong-Há<br />

e o <strong>do</strong> Jardim da Flora. Estes centros destinam-se a divulgar, junto <strong>do</strong>s cidadãos conhecimentos<br />

para a protecção ambiental e proporcionar um espaço de interacção, intercâmbio e aprendizagem,<br />

como forma de cativar os cidadãos para, através da educação e divulgação, participarem na<br />

protecção ambiental.<br />

Ecoteca da Colina de Mong-Há<br />

A Ecoteca da Colina de Mong-Há, criada em 14 de Março de 1999, é a primeira ecoteca de<br />

<strong>Macau</strong> destinada à educação ambiental. Ampliada em 2009, a Ecoteca foi reaberta formalmente<br />

ao público em 5 de Junho de 2010. O Centro, com <strong>do</strong>is pisos e 8,9 metros de altura, tem<br />

uma área de 540 metros quadra<strong>do</strong>s, aberta à utilização <strong>do</strong> público, sen<strong>do</strong> <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de salão de<br />

exposições, sala multifuncional, sala de jogos interactivos, biblioteca, sala de informática e sala<br />

de audiovisual. Estão monta<strong>do</strong>s no centro, ainda, vários modelos interactivos e instalações de<br />

demonstração expostos ao público.<br />

O Centro dispõe de 4435 livros em chinês e outras línguas, ten<strong>do</strong> ainda 80 filmes<br />

informáticos. A ecoteca organiza periodicamente diversas actividades regulares, tais como:<br />

demonstração de reciclagem de papel; artesanato com objectos descartáveis e desperdícios;<br />

projecção de filmes; guia de turismo; workshop sobre como criar e manter uma estufa;<br />

conferências temáticas, e também uma pequena granja experimental. Em 2010, o número total<br />

<strong>do</strong>s utentes <strong>do</strong>s serviços atingiu os 13.403.<br />

Ecoteca <strong>do</strong> Jardim da Flora<br />

Esta ecoteca, criada a 6 de Janeiro de 2001, dispõe de ligação à Internet, salas de leitura,<br />

projecção de filmes e exposições, pequeno laboratório e sala polivalente. Foram instala<strong>do</strong>s, os<br />

modelos de terra húmida e um sistema de equipamento gera<strong>do</strong>r, de recursos recicla<strong>do</strong>s, para<br />

fornecer energia. A ecoteca possui, ainda, 3581 livros em chinês e outras línguas, e 72 filmes<br />

informáticos. Realiza, também, diversas actividades semanais sobre a protecção ambiental,<br />

com vista à sua promoção. Em 2011, o número de visitantes ultrapassou os 22.937.<br />

443


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Terraço Ecológico<br />

Para reforçar a educação de higiene ambiental, divulgar a redução de desperdício de<br />

recursos e atribuição da importância às informações ecológicas, o Instituto para os Assuntos<br />

Cívicos e Municipais criou o Terraço Ecológico, que foi aberto formalmente, em 24 de Abril de<br />

2010, às visitas pré-marcadas. Nas instalações <strong>do</strong> Terraço Ecológico a visitar destacam-se<br />

uma máquina de tratamento de restos de comidas, equipamentos de arborização em terraço,<br />

áreas de trepadeiras, painéis solares para aquecimento de água, um tanque ecológico, área de<br />

compostagem, uma casa ecológica, um local de criação experimental de minhocas e um mini<br />

gera<strong>do</strong>r eólico. Através das instalações ecológicas e de protecção ambiental, o Instituto para os<br />

Assuntos Cívicos e Municipais pretende sensibilizar o público para a redução de desperdícios e<br />

divulgar informações da conservação enérgica e redução de resíduos, bem como aproveitamento<br />

eficiente de recursos.<br />

Granja <strong>do</strong> Óscar<br />

A Granja <strong>do</strong> Óscar entrou em funcionamento no decorrer da Semana Verde de <strong>Macau</strong> - 2005.<br />

A Granja <strong>do</strong> Óscar, a única unidade de cultura orgânica de <strong>Macau</strong>, tem uma superfície total de<br />

sete mil metros quadra<strong>do</strong>s, e a<strong>do</strong>pta a maneira de cultivo orgânico nos seus terrenos. A granja<br />

disponibiliza albergue e zona de campismo, e espaços para a realização de actividades ao ar<br />

livre, além de um alpendre de artesanato. No espaço de lazer e entretenimento, a Granja <strong>do</strong><br />

Óscar dispõe de jogos de xadrez, casa de chá, oficina de artesanato, jogos de grupo, circuito de<br />

manutenção física, parque infantil de diversões, zona de “BBQ”, o terreno de cultivo orgânico e<br />

pomar, proporcionan<strong>do</strong> um ambiente de contacto com a natureza que serve ao mesmo tempo<br />

de formação e de lazer para os residentes de <strong>Macau</strong>.<br />

Semana Verde<br />

A 30.ª edição da “Semana Verde de <strong>Macau</strong>” decorreu entre 19 e 27 de Março. Durante<br />

estes dias foram organizadas pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e Direcção <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Protecção Ambiental, com a colaboração de várias associações, nomeadamente, da<br />

Federação das Associações <strong>do</strong>s Operários de <strong>Macau</strong> e da União Geral da Associação <strong>do</strong>s Mora<strong>do</strong>res<br />

de <strong>Macau</strong>, mais de 148 actividades em 52 temas subordinadas ao slogan “Cidade Verde, Lar<br />

<strong>do</strong> Sonho”, com a participação de 100 mil pessoas, ten<strong>do</strong> planta<strong>do</strong> no total 84 árvores na rua,<br />

50 mangues e 2300 árvores na montanha, e ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> distribuí<strong>do</strong>s 9500 vasos com plantas.<br />

Embaixa<strong>do</strong>res Juvenis para a Protecção <strong>do</strong> Ambiente<br />

Os Embaixa<strong>do</strong>res Juvenis de <strong>Macau</strong> para a Protecção <strong>do</strong> Ambiente é um projecto <strong>do</strong> IACM<br />

que pretende divulgar a protecção ambiental, na tentativa de, ao aplicarem melhor os seus<br />

tempos livres, propiciar aos jovens estudantes mais conhecimentos, para que estes, por sua<br />

vez, os divulguem nas escolas.<br />

Embaixa<strong>do</strong>res I<strong>do</strong>sos da Campanha de Limpeza<br />

Da<strong>do</strong> o interesse em divulgar o mais possível a limpeza da cidade, o IACM organizou a<br />

actividade “Embaixa<strong>do</strong>res I<strong>do</strong>sos da Protecção Ambiental e de Limpeza”. Os i<strong>do</strong>sos participaram<br />

444


Saúde Pública e Assistência Social<br />

em visitas periódicas de sensibilização a zonas determinadas, aconselhan<strong>do</strong> os cidadãos a<br />

manterem a cidade limpa e em actividades organizadas pelo IACM, nomeadamente, visitas às<br />

instalações de protecção ambiental, cursos de formação e actividades de promoção da limpeza<br />

da cidade e de cultura e entretenimento, entre outras.<br />

Higiene Alimentar<br />

Segun<strong>do</strong> a legislação em vigor em <strong>Macau</strong>, a maior parte <strong>do</strong>s alimentos destina<strong>do</strong>s ao<br />

consumo humano (sobretu<strong>do</strong> de origem animal e vegetal) devem ser obrigatoriamente<br />

inspecciona<strong>do</strong>s, apenas poden<strong>do</strong> ser comercializa<strong>do</strong>s no merca<strong>do</strong> aqueles que tenham si<strong>do</strong><br />

submeti<strong>do</strong>s ao controlo sanitário e obedeçam às normas de consumo fixadas pelas autoridades<br />

locais.<br />

Quan<strong>do</strong> os produtos chegam a <strong>Macau</strong>, o IACM envia inspectores aos diversos pontos de<br />

inspecção, como a estação de inspecção das Portas <strong>do</strong> Cerco, estação de inspecção de peixe,<br />

merca<strong>do</strong> abastece<strong>do</strong>r, Mata<strong>do</strong>uro de <strong>Macau</strong>, cais, porto da águas profundas, aeroporto e estação<br />

de inspecção <strong>do</strong> COTAI, bem como a outros pontos de inspecção, para inspeccionam e exercem o<br />

controlo sanitário sobre os animais <strong>do</strong>mésticos, carne, verduras, produtos aquáticos e produtos<br />

secundários deriva<strong>do</strong>s de animais, e plantas fáceis de se deteriorarem.<br />

O IACM tem reforça<strong>do</strong> a fiscalização da qualidade <strong>do</strong>s produtos alimentícios, aumentan<strong>do</strong> o<br />

número de exames por amostra ao ga<strong>do</strong> e alimentos importa<strong>do</strong>s, a fim de impedir a introdução<br />

e alastramento de <strong>do</strong>enças contagiosas em <strong>Macau</strong>. Para o efeito, to<strong>do</strong>s os produtos alimentícios<br />

importa<strong>do</strong>s (incluin<strong>do</strong> verduras, três tipos de aves <strong>do</strong>mésticas, peixes, carne fresca e congelada,<br />

ovos, frutas, enlata<strong>do</strong>s, entre outros) devem ser sujeitos a inspecção e controlo sanitário e a teste<br />

<strong>do</strong>s insecticidas residuais; e sobre as aves <strong>do</strong>mésticas, efectua-se o exame da gripe das aves.<br />

Ao IACM compete também fiscalizar a higiene ao emitir licenças para os talhos, lojas de venda<br />

de verduras e produtos aquáticos, e, através da inspecção e avaliação regular da higiene dessas<br />

lojas, garantir a segurança e higiene <strong>do</strong>s produtos frescos e vivos que circulam no merca<strong>do</strong>.<br />

O IACM esforça-se também por melhorar continuamente o seu trabalho de inspecção<br />

e controlo sanitário da higiene alimentar através da estreita cooperação, troca de visitas e<br />

intercâmbio, entre as suas subunidades e com os Serviços de Alfândega, Serviços de Saúde e<br />

Serviços de Economia, assim como com os serviços congéneres das regiões vizinhas.<br />

Higiene de Animais<br />

O trabalho da inspecção da higiene de animais faz parte importante <strong>do</strong> trabalho de prevenção<br />

e <strong>do</strong>ença animais e da salvaguarda da saúde pública. A Divisão de Inspecção e Controlo<br />

Veterinário subordinada ao IACM é responsável pela prevenção e tratamento da <strong>do</strong>ença animal<br />

na RAEM, ten<strong>do</strong> como principais competências: prevenir a contaminação animal (em particular<br />

a hidrofobia e gripe das aves), inspeccionar a sanidade de importação e exportação animal,<br />

gerir animais; emitir e gerir a emissão de licenças de comércio a retalho de aves <strong>do</strong>mésticas e<br />

licenças de actividades recreativas e comerciais de animais de estimação; promover a educação<br />

e divulgação sobre o bem-estar e higiene animal; e emitir licenças de animais.<br />

Em 2011, o IACM recolheu no total 245 restos mortais de aves selvagens, 240 amostras de<br />

excrementos de aves migratórias, 663 amostras de ambiente de merca<strong>do</strong>s de venda a retalho<br />

de aves <strong>do</strong>mésticas vivas, 689 amostras de excrementos de aves <strong>do</strong>mésticas, 300 amostras de<br />

445


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

excrementos de aves nos aviários, que foram todas submetidas ao teste <strong>do</strong> vírus da gripe das<br />

aves, não ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> detecta<strong>do</strong> qualquer caso. Além disso, é rigorosamente observada a política<br />

da proibição de venda de aves vivas nos merca<strong>do</strong>s, de venda a retalho de aves <strong>do</strong>mésticas, e <strong>do</strong><br />

abate de todas as aves vivas no merca<strong>do</strong> antes das 19h00. Além disso, o IACM empenhou-se<br />

na transferência progressiva de casas de venda a retalho de aves <strong>do</strong>mésticos fora <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s<br />

para o interior destes, restan<strong>do</strong>, assim, actualmente, apenas quatro casas de venda a retalho<br />

de aves <strong>do</strong>mésticas a operar fora <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s.<br />

O IACM tem <strong>do</strong>is canis que atendem pedi<strong>do</strong>s de licença de animais de estimação, procedem<br />

à inoculação da vacina de hidrofobia, tratamento veterinário, a<strong>do</strong>pção de animais aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s,<br />

inspecção e quarentena <strong>do</strong>s animais, emissão de certifica<strong>do</strong>s da saúde de animais, cremação<br />

de restos mortais, entre outros.<br />

Para prevenir a hidrofobia, o IACM procedeu em 2011, à injecção da vacina de hidrofobia,<br />

com prazo de validade de três anos em 2651 animais de estimação, e emitiu 10.143 licenças<br />

de animais de estimação, capturan<strong>do</strong> 789 cães vadios e 427 gatos vadios.<br />

A partir de 2007, o IACM introduziu o “Plano de Gatos Vadios TNR”, reduzin<strong>do</strong> gradualmente<br />

o número de gatos vadios, através <strong>do</strong> controlo da sua capacidade de procriação. Em 2011, no<br />

total 348 gatos foram esteriliza<strong>do</strong>s, introduzi<strong>do</strong>s chips e marca<strong>do</strong>s a ferro na orelha e, após<br />

terem recebi<strong>do</strong> a vacina de hidrofobia, foram soltos no local original de captura ou transferi<strong>do</strong>s<br />

para local adequa<strong>do</strong>. Até 2011, um total de 977 gatos vadios foram integra<strong>do</strong>s no “Plano de<br />

Gatos Vadios TNR”.<br />

Merca<strong>do</strong>s<br />

Encontram-se, presentemente, em funcionamento em <strong>Macau</strong>, nove merca<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> sete<br />

na península de <strong>Macau</strong> e os restantes <strong>do</strong>is nas ilhas da Taipa e de Coloane, com um total de<br />

1168 bancas de venda.<br />

Em 2011, havia um total de 859 bancas de venda arrendadas, com 2152 pessoas que<br />

exerciam actividade nos merca<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais, 926 são arrendatários e titulares de licença de<br />

tendas ambulantes de carácter temporário, 503 coadjuvantes e 723 emprega<strong>do</strong>s.<br />

Vendilhões<br />

São da responsabilidade <strong>do</strong> IACM o controlo, fiscalização e licenciamento <strong>do</strong>s vendilhões<br />

da RAEM. O IACM procede à gestão das grandes actividades de venda provisória, realizadas<br />

por ocasião de importantes festivais tradicionais chineses, nomeadamente a venda e queima<br />

de panchões, uma feira nas vésperas <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Novo Chinês, e outras feiras de características<br />

especiais como a Feira da Taipa.<br />

Até finais de 2011, o IACM emitiu 1205 licenças de vendilhão, que incluem as licenças<br />

das 227 bancas de venda de alimentos cozinha<strong>do</strong>s, e as 80 licenças especiais concedidas aos<br />

vendilhões de flores de Wanchai (Lapa). Neste capítulo, registou-se uma diminuição de 1,9 por<br />

cento, ou seja, menos 23 bancas relativamente a 2010.<br />

Mata<strong>do</strong>uro<br />

De acor<strong>do</strong> com o regulamento <strong>do</strong> Governo, o abate de suínos, bovinos, caprinos e outros<br />

446


Saúde Pública e Assistência Social<br />

animais <strong>do</strong>mésticos deve ter lugar no Mata<strong>do</strong>uro de <strong>Macau</strong>. Uma vez que ao IACM cabe a<br />

responsabilidade de supervisionar a higiene <strong>do</strong> Mata<strong>do</strong>uro, os seus veterinários e inspectores<br />

empenham-se por garantir, a to<strong>do</strong> o custo a higiene e segurança da carne fresca que sai <strong>do</strong><br />

mata<strong>do</strong>uro para consumo humano. To<strong>do</strong>s os produtos <strong>do</strong> mata<strong>do</strong>uro são sujeitos, antes e<br />

depois <strong>do</strong> abate, a exame veterinário, e só quan<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s exames que lhes são<br />

feitos correspondem às normas estabelecidas, e a carne reúne as exigências necessárias, podem<br />

entrar no circuito <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. O IACM garante, ainda, os direitos e interesses <strong>do</strong>s animais, ora<br />

prevenin<strong>do</strong> que sejam sujeitos a maus-tratos, ora supervisionan<strong>do</strong> o seu processo de transporte.<br />

Quanto às carnes impróprias para o consumo humano, fiscaliza a acção de sua destruição.<br />

No ano de 2011, o Mata<strong>do</strong>uro de <strong>Macau</strong> abateu um total de 97.895 reses, entre bovinas<br />

e suínas.<br />

Assistência Social<br />

A política de acção social <strong>do</strong> Governo da RAEM consiste principalmente em promover<br />

os serviços sociais para que correspondam às necessidades reais da sociedade, e apoiar os<br />

indivíduos, famílias e comunidades em situação difícil, através da estreita colaboração com as<br />

instituições populares, para que eles recuperem as funções sociais, elevem a capacidade de viver<br />

e melhorem a sua qualidade de vida. Em 2011, o Instituto de Acção Social (IAS) investiu mais<br />

de 1062 milhões de patacas nos serviços sociais, registan<strong>do</strong>-se um aumento de 9,35 por cento.<br />

Em 2005, o Governo de RAEM começou a conceder um subsídio para i<strong>do</strong>sos residentes<br />

permanentes com 65, ou mais anos de idade, que é distribuí<strong>do</strong> duma vez em Outubro de cada<br />

ano. Em 2011, o subsídio foi fixa<strong>do</strong> no montante de 5000 patacas por ano, e houve um total<br />

de 47.874 pedi<strong>do</strong>s que satisfaziam as exigências. Em 2011, o Governo aplicou uma verba de<br />

239 milhões de patacas neste subsídio.<br />

Instituto de Acção Social<br />

O IAS fornece serviços a indivíduos, famílias, crianças, jovens e i<strong>do</strong>sos, nomeadamente, no<br />

campo da reabilitação e da prevenção da toxicodependência e de desintoxicação e reabilitação.<br />

Entre os equipamentos de serviço social sob a sua tutela destacam-se os centros de i<strong>do</strong>sos, um<br />

centro de sinistra<strong>do</strong>s, a Casa da Vontade Firme - Centro de Aconselhamento para a Problemática<br />

<strong>do</strong> Jogo, o Centro de Avaliação Geral de Reabilitação, o Centro de Educação de Vida Sadia, o<br />

Centro de Apoio à Educação para o Combate ao Abuso de Drogas, e o Complexo de Apoio a<br />

Toxicodependentes.<br />

Serviço de Apoio a Famílias<br />

O Instituto de Acção Social criou cinco centros de acção social em diversas zonas de <strong>Macau</strong><br />

para prestar serviços gerais a indivíduos ou famílias em situação difícil, entre eles destaque-se<br />

o aconselhamento a indivíduos e famílias, o apoio económico, o serviço de apoio durante as 24<br />

horas <strong>do</strong> dia, o apoio a sinistra<strong>do</strong>s, e o serviço de transferência para instituições.<br />

O Instituto presta ainda, entre outros, serviços de coordenação e consultas familiares para<br />

resolução de situações familiares críticas; o apoio a indivíduos e famílias que se encontrem em<br />

situações especialmente difíceis, sobretu<strong>do</strong> casos de violência familiar (maltrato de mulheres,<br />

447


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

filhos ou i<strong>do</strong>sos); o serviço de tratamento especializa<strong>do</strong> multidisciplinar a indivíduos com<br />

problemas gravemente emocionais (e com a tendência para o suicídio), incluin<strong>do</strong> a assistência<br />

médica especial, o tratamento da crise durante 24 horas por dia, o trabalho de grupo, e a<br />

consulta jurídica. A Linha Aberta de Aconselhamento, acessível 24 horas por dia, com o objectivo<br />

de prestar aconselhamento e encaminhar os que precisam de mais auxílio, recebeu, em 2011,<br />

um total de 517 solicitações.<br />

A Casa da Vontade Firme, sob a dependência <strong>do</strong> Departamento da Família e Comunidade <strong>do</strong><br />

IAS, é um centro que presta serviços de aconselhamento às pessoas afectadas pelo problema<br />

<strong>do</strong> jogo compulsivo. Em 2011, recebeu 52 pedi<strong>do</strong>s individuais e produziu 241 aconselhamentos<br />

em tempo real através da sua linha aberta; organizou 81 palestras sobre prevenção da<br />

problemática <strong>do</strong> jogo compulsivo e gestão financeira junto da comunidade, com um total de<br />

5108 participantes, e realizou e participou em quatro eventos públicos comunitários sobre<br />

prevenção <strong>do</strong> jogo compulsivo.<br />

Em finais de 2011, existiam em <strong>Macau</strong>, um centro público de sinistra<strong>do</strong>s, 12 centros não<br />

lucrativos de apoio à família (<strong>do</strong>s quais, 12 com apoio <strong>do</strong> IAS), uma instituição não lucrativa<br />

de aconselhamento que recebe apoios <strong>do</strong> IAS, e quatro centros não lucrativos de acolhimento<br />

temporário (<strong>do</strong>s quais três com apoios <strong>do</strong> IAS), ten<strong>do</strong> por objectivo melhorar a qualidade de<br />

vida familiar e prevenir a ocorrência de problemas familiares. Em 2011, o Centro de Sinistra<strong>do</strong>s<br />

da Ilha Verde acolheu 26 residentes necessita<strong>do</strong>s, e o centro de acolhimento temporário para<br />

desaloja<strong>do</strong>s prestou 2037 serviços a residentes; um total de 151.662 indivíduos beneficiou <strong>do</strong>s<br />

serviços presta<strong>do</strong>s pelos 12 centros de apoio à família que recebem apoios financeiros; 145<br />

indivíduos beneficiaram <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s pelos três centros de acolhimento temporário<br />

não lucrativos e com subsídios <strong>do</strong> Governo, e 13.706 indivíduos beneficiaram <strong>do</strong>s serviços<br />

presta<strong>do</strong>s por uma instituição de serviços de apoio com subsídios <strong>do</strong> Governo.<br />

Serviços Comunitários<br />

Há em <strong>Macau</strong>, 14 centros comunitários sem fins lucrativos destina<strong>do</strong>s a prestar diversos<br />

serviços aos seus residentes. Desses centros, 13 obtiveram apoios <strong>do</strong> IAS. Os centros<br />

comunitários dispõem de salas de estu<strong>do</strong>, de actividades desportivas e de leitura infantil e<br />

organizam regularmente conferências, exposições, bazares, bailes e diversas acções de formação.<br />

Em 2011, o Departamento de Família e Comunidade <strong>do</strong> IAS prestou, um total de 19.081<br />

serviços de diversos tipos e apoios a 8299 residentes, nomeadamente, sob as formas de ajuda<br />

financeira, orientação e aconselhamento a indivíduos ou famílias, apoios para obtenção de<br />

vagas em centros de dia, creches e lares, transferência para serviço de apoio <strong>do</strong>miciliário, entre<br />

outros. Os cinco centros de acção social <strong>do</strong> IAS, no âmbito da prossecução das suas actividades,<br />

efectuaram 14.424 entrevistas a um total de 7509 residentes e levaram a cabo 4977 visitas a<br />

3506 famílias. Quanto ao apoio regular, foram distribuí<strong>do</strong>s 281 milhões de patacas a 11.114<br />

indivíduos, pertencentes a 6197 famílias.<br />

Para estimular eficazmente a vontade <strong>do</strong>s beneficiários <strong>do</strong>s subsídios em procurar a sua<br />

reintegração no merca<strong>do</strong> laboral, o IAS e quatro organizações não-governamentais, promoveram<br />

o “Plano de Apoio Comunitário ao Emprego - Trabalho Sim, Caridade Não” que, até ao fim de<br />

2011, contava com 128 participantes, e lançaram, a política de estímulo e apoio ao emprego<br />

com o “Plano <strong>do</strong> Serviço da Vida Activa”. De entre os 62 pedi<strong>do</strong>s recebi<strong>do</strong>s, até final de 2011,<br />

no âmbito desta disposição legal, 34 foram deferi<strong>do</strong>s.<br />

448


Saúde Pública e Assistência Social<br />

Serviço de Apoio a Crianças e Jovens<br />

Em <strong>Macau</strong>, existem 33 creches, das quais uma é pública, 31 creches não lucrativas (27<br />

com apoios <strong>do</strong> IAS) e duas creches lucrativas, que se dedicam à pré-escolaridade e fornecem<br />

às crianças espaços de estu<strong>do</strong> relativamente ideais, de mo<strong>do</strong> a que as crianças possam crescer<br />

sadia e robustamente, e os seus pais possam trabalhar nas melhores condições possíveis e sem<br />

preocupações quanto ao cuida<strong>do</strong> <strong>do</strong>s seus filhos. Em 2011, um total de 4485 crianças estavam<br />

registadas nas creches.<br />

Recentemente em <strong>Macau</strong>, funcionam nove lares para crianças e jovens, não lucrativos e com<br />

apoios financeiros <strong>do</strong> IAS, que fornecem um bom ambiente de habitação aos órfãos, crianças e<br />

jovens aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s, ou carentes de cuida<strong>do</strong>s familiares, ou ainda jovens que se encontrem à<br />

beira de situações de crise devi<strong>do</strong> a conflitos no seio <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> familiar ou no meio social em<br />

que se encontrem inseri<strong>do</strong>s, de mo<strong>do</strong> a que possam receber os cuida<strong>do</strong>s necessários tanto a<br />

curto como a longo prazo. Em 2011, 291 jovens e crianças estavam matricula<strong>do</strong>s em nove lares.<br />

Em <strong>Macau</strong> funcionam, ainda, três equipas de acção social de jovens comunitários, que se<br />

dedicam ao serviço de apoio a jovens, extensivo ao exterior. Os membros destas equipas, que<br />

são assistentes sociais profissionais, contactam as crianças e jovens que vivem em situações em<br />

que possam sofrer más influências, nomeadamente, em salas de diversão, campos de desporto,<br />

restaurantes fast-food e noutros lugares públicos, prestan<strong>do</strong>-lhes serviço de aconselhamento e<br />

apoio à resolução de problemas individuais, familiares e comunitários, promoven<strong>do</strong> o contacto<br />

das crianças e jovens com as suas famílias, escolas e comunidades, e chaman<strong>do</strong> a atenção da<br />

população para os problemas da juventude e da criança e as suas necessidades particulares.<br />

Além <strong>do</strong> serviço extensivo ao exterior, as equipas prestam ainda serviços de planeamento<br />

<strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong>s jovens, de apoio aos familiares <strong>do</strong>s jovens e crianças desadaptadas, de<br />

apoio comunitário e de prevenção da toxicodependência. Em 2011, um total de 6656 pessoas<br />

participaram em actividades e grupos de actividades organiza<strong>do</strong>s por estas equipas.<br />

Em 2011, o IAS, como a única instituição de <strong>Macau</strong> com competência nesta área, tratou<br />

84 casos de a<strong>do</strong>pção. O IAS presta também apoio aos menores no quadro da protecção social<br />

de menores, ten<strong>do</strong> trata<strong>do</strong>, em 2011, 185 casos deste género. Tratou ainda cinco casos no<br />

âmbito de apoio comunitário.<br />

Serviço de Apoio a I<strong>do</strong>sos<br />

Para melhorar, de forma contínua, a situação de vida <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos de <strong>Macau</strong>, o Governo<br />

da RAEM, em 2011, continuou a ajudar, através da prestação de apoio financeiro e técnico,<br />

as associações e instituições sociais, a criarem diversos mecanismos de serviços sociais, e a<br />

lançarem os serviços de assistência comunitária, promoven<strong>do</strong> o melhoramento da qualidade<br />

<strong>do</strong>s serviços, de mo<strong>do</strong> a que os i<strong>do</strong>sos possam receber a assistência adequada e viverem num<br />

ambiente de respeito, felicidade e dignidade, gozan<strong>do</strong> de bons cuida<strong>do</strong>s durante os seus últimos<br />

anos de vida.<br />

Funcionam, em <strong>Macau</strong>, 19 lares para i<strong>do</strong>sos, <strong>do</strong>s quais dez não lucrativos (nove com<br />

apoios <strong>do</strong> IAS) e nove priva<strong>do</strong>s com fins lucrativos, que prestam serviços de apoio aos i<strong>do</strong>sos<br />

que não podem viver no seio das suas próprias famílias, por causas diversas. Em 2011, 1187<br />

i<strong>do</strong>sos viviam nestes lares.<br />

Em <strong>Macau</strong>, funcionam também um centro de dia para i<strong>do</strong>sos sob a gestão <strong>do</strong> IAS,<br />

449


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

quatro priva<strong>do</strong>s sem fins lucrativos e três centros não lucrativos de cuida<strong>do</strong>s especiais para a<br />

terceira idade que recebem subsídio <strong>do</strong> IAS e prestam serviços e cuida<strong>do</strong>s diurnos, incluin<strong>do</strong><br />

de reabilitação. Há ainda 23 centros de convívio, <strong>do</strong>s quais um público e 23 priva<strong>do</strong>s sem fins<br />

lucrativos, que funcionam com os apoios <strong>do</strong> IAS, prestan<strong>do</strong> aos 6167 i<strong>do</strong>sos diversos serviços.<br />

Há em <strong>Macau</strong>, cinco equipas de serviços de apoio e tratamento <strong>do</strong>miciliário e comunitário,<br />

dentro de três centros de dia para i<strong>do</strong>sos, e <strong>do</strong>is centros <strong>do</strong> tratamento de dia para i<strong>do</strong>sos<br />

que têm necessidades especiais, que apoiam i<strong>do</strong>sos isola<strong>do</strong>s, prestam serviços comunitários,<br />

como os de apoio <strong>do</strong>miciliário, e cuida<strong>do</strong>s de saúde aos mais fragiliza<strong>do</strong>s. O apoio compreende<br />

a prestação de cuida<strong>do</strong>s <strong>do</strong>miciliários (fornecimento de refeições, limpeza <strong>do</strong>miciliária, banho,<br />

cuida<strong>do</strong> e higiene individual, lavagem de roupas, acompanhamento de i<strong>do</strong>sos nas suas saídas<br />

de casa, acompanhamento nas consultas, compras, amparo nas deslocações fora <strong>do</strong> <strong>do</strong>micílio,<br />

aconselhamento, visitas, contactos regulares por telefone e, actividades comunitárias na rede e<br />

outro serviço de apoio comunitário no âmbito psicológico. Os serviços incluem, também, saúde<br />

e reabilitação. Em 2011, as equipas prestaram um total de 802 serviços individualiza<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s<br />

quais 470 a i<strong>do</strong>sos isola<strong>do</strong>s e 332 a não isola<strong>do</strong>s.<br />

Os <strong>do</strong>is serviços, a Rede de Serviços de Cuida<strong>do</strong>s aos I<strong>do</strong>sos e o Plano de Acesso <strong>do</strong>s Isola<strong>do</strong>s<br />

à Internet, asseguram, por seu turno, visitas regulares, e de consolo, a i<strong>do</strong>sos isola<strong>do</strong>s, através<br />

de voluntários, para que os i<strong>do</strong>sos possam sentir a atenção da sociedade. Em 2011, um total<br />

de 2623 i<strong>do</strong>sos isola<strong>do</strong>s beneficiou <strong>do</strong>s serviços de visitas regulares presta<strong>do</strong>s por esta rede.<br />

O “Serviço de Apoio Urgente Através da Chamada Telefónica” presta aos utentes o apoio<br />

de 24 horas, através da ligação <strong>do</strong>s telefones fixos da casa com o Centro de Serviços. Foi<br />

aberta a linha aberta “Atendimento Imediato” para i<strong>do</strong>sos para prestar serviços tais como,<br />

apoio emocional, cumprimentos em determinadas horas, informações comunitárias, serviços<br />

de transferência e visitas periódicas. Estas linhas de atendimento, em 2011, prestaram serviços<br />

a 2172 residentes necessita<strong>do</strong>s.<br />

Cartão de Benefícios Especiais para I<strong>do</strong>sos<br />

Os i<strong>do</strong>sos residentes permanentes, com idade superior a 65 anos podem solicitar o Cartão<br />

de Benefícios Especiais para I<strong>do</strong>sos. Os porta<strong>do</strong>res deste <strong>do</strong>cumento usufruem de descontos e<br />

outros benefícios, junto das instituições públicas e empresas que colaboram com o Instituto de<br />

Acção Social. Em finais de 2011, havia em <strong>Macau</strong>, 36.433 porta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Cartão de Benefícios<br />

Especiais para I<strong>do</strong>sos.<br />

Serviço de Reabilitação<br />

Em <strong>Macau</strong>, funcionam cinco lares, não lucrativos e com apoios <strong>do</strong> IAS, que prestam serviços<br />

de alojamento de reabilita<strong>do</strong>s. Desses lares quatro prestam serviços de alojamento, formação<br />

profissional, organização de convívio social e actividades recreativas para deficientes mentais ou<br />

<strong>do</strong>entes mentais crónicos já adultos, e a deficientes mentais e físicos com idades inferiores a 15<br />

anos, enquanto o outro é um lar para alojamento temporário de <strong>do</strong>entes mentais reabilita<strong>do</strong>s.<br />

Há ainda, oito centros diurnos não lucrativos e beneficiários <strong>do</strong>s apoios <strong>do</strong> Governo, que prestam<br />

serviço como exercícios físicos, estu<strong>do</strong> colectivo, tratamento físico, actividades regulares e<br />

apoio individual a sur<strong>do</strong>s, deficientes mentais, deficientes mentais reabilita<strong>do</strong>s e cegos. Em<br />

2011, os cinco lares de deficientes prestaram serviços de alojamento a 359 pessoas, enquanto<br />

450


Saúde Pública e Assistência Social<br />

1053 indivíduos beneficiaram <strong>do</strong>s serviços presta<strong>do</strong>s pelos oito centros diurnos de reabilitação.<br />

Há em <strong>Macau</strong>, seis oficinas de trabalho protegi<strong>do</strong> para deficientes, centros de formação<br />

profissional e apoio ao emprego beneficiárias de apoios financeiros, que prestam serviços e<br />

apoio a deficientes, e procuram conhecer o seu potencial e capacidade de trabalho, procuran<strong>do</strong><br />

desenvolver o espírito de autoconfiança e independência. Em 2011, 368 indivíduos beneficiaram<br />

destes serviços.<br />

Funcionam, ainda, em <strong>Macau</strong>, <strong>do</strong>is centros de educação/centros de pré-escolaridade, to<strong>do</strong>s<br />

beneficiários <strong>do</strong>s apoios financeiros <strong>do</strong> IAS, que educam, e promovem exercícios especiais de<br />

iniciação a crianças com impedimento de desenvolvimento mental ou de comportamento, e<br />

a crianças surdas de idade compreendida entre um e 18 anos, ajudan<strong>do</strong>-as a desenvolver as<br />

capacidades intelectuais, de línguas, de comunicação e de movimento físico. No ano de 2011,<br />

estes <strong>do</strong>is centros de educação/centros de pré-escolaridade prestaram serviços a 332 crianças.<br />

O Serviço de Autocarro de Reabilitação em <strong>Macau</strong> é presta<strong>do</strong> por duas instituições não<br />

lucrativas, que funcionam com apoios financeiros <strong>do</strong> Governo e utilizam autocarros compra<strong>do</strong>s<br />

com fun<strong>do</strong>s governamentais para transportar deficientes físicos ou que necessitam de serviço<br />

de diálise renal para se deslocarem aos hospitais ou centros de saúde. Em 2011, beneficiaram<br />

destes serviços 28.568 indivíduos. Em 2011, o serviço de transporte médico para deficientes<br />

físicos, que precisaram de se deslocar aos hospitais, beneficiou 5823 indivíduos.<br />

O Centro de Reabilitação de Deficientes Mentais apoia<strong>do</strong> pelo Governo entrou em<br />

funcionamento em Janeiro de 2006. O <strong>do</strong>rmitório <strong>do</strong> centro prestou acolhimento a deficientes<br />

mentais masculinos e femininos de grau ligeiro e médio entre os 16 e os 55 anos. De entre<br />

as actividades desenvolvidas pelo centro em 2011, destacam-se o curso anual de treino de<br />

auto-suficiência para 15 pessoas, o curso anual de apoio ao emprego destina<strong>do</strong> a deficientes<br />

mentais masculinos e femininos de grau ligeiro e médio entre os 16 e os 50 anos, e curso<br />

anual de formação técnico-profissional para 15 deficientes mentais. O centro prestou ainda<br />

serviços de apoio parental para deficientes mentais. Em 2011, um conjunto de 8482 pessoas<br />

beneficiaram destes serviços.<br />

O piquete de assistência comunitária de reabilitação mental foi constituí<strong>do</strong> com o apoio <strong>do</strong><br />

Governo. Esta unidade presta serviços comunitários extensivos de assistência aos deficientes<br />

mentais para que estes possam integrar-se no seio da comunidade. O piquete de assistência<br />

está vocacionada para os <strong>do</strong>entes com 16 ou mais anos de idade. Em 2011, prestou serviços<br />

a 120 pessoas.<br />

O Centro de Avaliação Geral de Reabilitação, sob a tutela <strong>do</strong> IAS, que presta serviços de<br />

avaliação profissional aos deficientes físicos que necessitam <strong>do</strong>s serviços de reabilitação e <strong>do</strong><br />

apoio financeiro <strong>do</strong> IAS, de mo<strong>do</strong> a identificar os serviços de apoio adequa<strong>do</strong>s, recebeu, em<br />

2011, 74 pedi<strong>do</strong>s.<br />

Desde a entrada em vigor <strong>do</strong> Regulamento Administrativo n.º 3/2011 “Regime de avaliação<br />

<strong>do</strong> tipo e grau da deficiência, seu registo e emissão de cartão”, o Centro de Avaliação Geral<br />

de Reabilitação começou atender requerimentos ao cartão de registo. Até 31 de Dezembro de<br />

2011, 9270 pessoas apresentaram requerimentos para a emissão <strong>do</strong> cartão de registo, ten<strong>do</strong><br />

3339 pessoas obti<strong>do</strong> o respectivo cartão.<br />

Dan<strong>do</strong> ainda uma maior atenção aos deficientes, em 29 de Agosto de 2011 entrou em<br />

vigor a Lei n.º 9/2011 “Regime <strong>do</strong> subsídio de invalidez e <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s de saúde presta<strong>do</strong>s em<br />

451


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

regime de gratuitidade aos porta<strong>do</strong>res de deficiência”. Este regime estipula que os residentes<br />

permanentes da RAEM, que sejam avalia<strong>do</strong>s como porta<strong>do</strong>res de deficiência, têm direito à<br />

atribuição anual <strong>do</strong> subsídio de invalidez. Este subsídio é pago anualmente numa única prestação<br />

e reveste-se de duas modalidades: o subsídio de invalidez normal de 6000 patacas por ano, e o<br />

subsídio de invalidez especial de 12.000 patacas por ano. Em 2011, 7992 pessoas apresentaram<br />

requerimento ao subsídio de invalidez, ten<strong>do</strong> 2713 si<strong>do</strong> abrangidas por este subsídio.<br />

Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxicodependência<br />

A prevenção e tratamento da toxicodependência é também uma das principais tarefas<br />

<strong>do</strong> Instituto de Acção Social, e ao seu Departamento de Prevenção e Tratamento da<br />

Toxicodependência compete conceber, elaborar e executar as tarefas de divulgação e educação<br />

sobre a prevenção contra o abuso de substâncias tóxicas; prestar directamente o serviço de<br />

tratamento e reabilitação; recolher e analisar da<strong>do</strong>s e materiais na área da toxicodependência;<br />

investigar estratégias referentes à prevenção e tratamento da toxicodependência; e participar<br />

na cooperação regional e internacional.<br />

Hoje, o trabalho de prevenção da toxicodependência é realiza<strong>do</strong> principalmente através da<br />

educação e divulgação junto das escolas, famílias e comunidades, e através da organização de<br />

conferências, cursos de formação, cartazes e panfletos, publicidade, exposições, jogos, Internet,<br />

linha aberta telefónica e serviços de atendimento, diversas actividades culturais e desportivas<br />

e divulgação de informação sobre a proibição <strong>do</strong> tráfico e consumo de drogas. Presta, ainda,<br />

apoio financeiro e técnico para promover as associações a organizarem acções tendentes ao<br />

controlo <strong>do</strong> uso da droga. O IAS dispõe de um Centro de Apoio à Educação para o Combate ao<br />

Abuso de Drogas e um Centro de Educação de Vida Sadia, de forma a popularizar a educação<br />

de prevenção e combate à droga e reforçar as acções de prevenção <strong>do</strong> abuso de medicamentos<br />

na população infantil.<br />

Em 2011, o IAS organizou diferentes acções de formação e conferências de combate à droga<br />

destinadas às escolas, à comunidade em geral, e aos profissionais em particular, que contaram<br />

com 5664 participantes. O Curso “Educação para uma Vida Sadia” destina<strong>do</strong> a crianças <strong>do</strong>s cinco<br />

aos 12 anos de idade foi frequenta<strong>do</strong> por 19.556 alunos provenientes de 62 escolas primárias.<br />

A outra acção <strong>do</strong> mesmo género, a “Estratégia Sensata de Combate às Drogas”, atraiu no total<br />

5267 alunos de ensino geral oriun<strong>do</strong>s de 12 escolas.<br />

Relativamente ao trabalho de desintoxicação e reabilitação, o IAS tem um centro polivalente<br />

de serviços de desintoxicação que presta serviços de tratamento e reabilitação, diversifica<strong>do</strong>s<br />

e globais, aos toxicodependentes que peçam a desintoxicação voluntariamente, incluin<strong>do</strong> a<br />

consulta externa e o serviço de tratamento contínuo de desintoxicação, dispon<strong>do</strong> dum espaço<br />

destina<strong>do</strong> ao estu<strong>do</strong> e lazer. Em 2011, 478 pessoas usufruíram <strong>do</strong>s serviços de consulta externa<br />

de desintoxicação e reabilitação, das quais 104 eram novos casos.<br />

Existem em <strong>Macau</strong>, cinco instituições particulares deste tipo, sem fins lucrativos, que operam<br />

quatro lares de desintoxicação e reabilitação, um serviço externo de desintoxicação, um serviço<br />

externo para os jovens toxicodependentes e um serviço de auto-apoio para a desintoxicação,<br />

a maioria destas receben<strong>do</strong> apoios financeiros <strong>do</strong> IAS. Em 2011, estas instituições privadas<br />

prestaram serviços a 106 pessoas e serviços extensivos <strong>do</strong> mesmo género a mais de 26.060 e<br />

serviços extensivos a 3670 jovens perigosos e toxicodependentes, enquanto que os serviços de<br />

auto-ajuda de desintoxicação prestaram serviços de reinserção social a 6862 pessoas.<br />

452


Saúde Pública e Assistência Social<br />

Para promover um desenvolvimento diversifica<strong>do</strong> nas acções de combate às drogas, apoios<br />

financeiros e técnicos foram também concedi<strong>do</strong>s a uma organização que presta serviços gratuitos<br />

de clínica externa no campo da abstenção <strong>do</strong> consumo <strong>do</strong> tabaco. Em 2011, foram presta<strong>do</strong>s<br />

1317 serviços de abstenção <strong>do</strong> consumo <strong>do</strong> tabaco a 627 pessoas.<br />

Fun<strong>do</strong> de Segurança Social<br />

O Fun<strong>do</strong> de Segurança Social é uma entidade responsável pela execução das medidas<br />

de política <strong>do</strong> âmbito da segurança social e gestão <strong>do</strong>s respectivos recursos. As suas receitas<br />

principais são as contribuições das entidades emprega<strong>do</strong>ras e <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, as taxas de<br />

trabalha<strong>do</strong>res não-residentes, as comparticipações nas contribuições jogos, um por cento das<br />

receitas correntes efectivamente apuradas em cada exercício <strong>do</strong> Orçamento da RAEM e os<br />

rendimentos de investimentos priva<strong>do</strong>s.<br />

O ano de 2011, foi um ano muito significativo sobre o desenvolvimento <strong>do</strong> sistema da<br />

segurança social. Na sequência da entrada em vigor da Lei n.º 4/2010 (Regime da Segurança<br />

Social) no dia 1 de Janeiro de 2011, a cobertura da segurança social foi alargada aos cidadãos<br />

de <strong>Macau</strong> que tenham completa<strong>do</strong> 18 anos de idade; a proposta de lei <strong>do</strong> Quadro-geral <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong><br />

de Previdência Central foi aprovada na generalidade no fim <strong>do</strong> ano, sen<strong>do</strong> iniciada faseadamente<br />

a concretização <strong>do</strong> regime da segurança social de <strong>do</strong>is níveis.<br />

Regime da Segurança Social<br />

A Lei n.º 4/2010 (Regime da Segurança Social) providencia uma protecção básica na vida<br />

pós-aposentação <strong>do</strong>s residentes da RAEM. Os trabalha<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>res que tenham relações<br />

laborais, devem pagar contribuições ao FSS. Os outros residentes adultos que preencham as<br />

disposições da lei podem efectuar o pagamento de contribuições através de inscrição no regime<br />

facultativo. Por outro la<strong>do</strong>, na referida lei foram definidas as disposições transitórias referentes<br />

às contribuições retroactivas, os indivíduos que preenchiam os requisitos legais podiam requerer<br />

as contribuições retroactivas dentro <strong>do</strong> ano de 2011.<br />

Em 2011, o total de beneficiários com pagamento de contribuições foi de 337.115, <strong>do</strong>s<br />

quais, 254.289 eram trabalha<strong>do</strong>res por conta de outrem, 82.826 eram <strong>do</strong> regime facultativo<br />

(incluin<strong>do</strong> os trabalha<strong>do</strong>res da Administração Pública no activo que estejam inscritos no regime<br />

de aposentação e sobrevivência). O montante total de contribuições foi cerca de 160 milhões de<br />

patacas, e o montante total de contribuições retroactivas foi cerca de 140 milhões de patacas.<br />

De acor<strong>do</strong> com a Lei da contratação de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes, o emprega<strong>do</strong>r<br />

fica sujeito ao pagamento de uma taxa de contratação por cada trabalha<strong>do</strong>r não-residente<br />

efectivamente contrata<strong>do</strong>, 200 patacas por cada trabalha<strong>do</strong>r não-residente, são pagas totalmente<br />

pelo emprega<strong>do</strong>r. Os emprega<strong>do</strong>res que se dediquem às actividades da indústria transforma<strong>do</strong>ra<br />

sujeitas ao Decreto-Lei n.º 11/99/M, conforme o seu artigo 1.º, beneficiam de uma redução de<br />

50 por cento no valor da taxa de contratação. São isentos <strong>do</strong> pagamento da taxa de contratação<br />

os emprega<strong>do</strong>res de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes contrata<strong>do</strong>s para prestar serviços de natureza<br />

<strong>do</strong>méstica. Em 2011, o montante total das taxas da contratação de trabalha<strong>do</strong>res não-residentes<br />

foi cerca de 130 milhões de patacas.<br />

Aos beneficiários que preencham as disposições previstas na lei <strong>do</strong> regime da segurança<br />

social, podem ser atribuídas prestações em caso de preencherem os requisitos legais, incluin<strong>do</strong><br />

453


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

as prestações de Pensão para i<strong>do</strong>sos, Pensão de invalidez, Subsídio de desemprego, Subsídio<br />

de <strong>do</strong>ença, Subsídio de funeral, Subsídio de casamento, Subsídio de nascimento, Créditos<br />

emergentes das relações de trabalho e Doenças profissionais respiratórias. Em 2011, os<br />

beneficiários que recebiam a pensão para i<strong>do</strong>sos, eram cerca de 56.185 e o valor total de<br />

prestações da segurança social pago foi cerca de 110 milhões de patacas. As pensões para<br />

i<strong>do</strong>sos ocupam 88,3 por cento <strong>do</strong> total das pensões e representaram uma despesa de cerca de<br />

970 milhões de patacas em 2011.<br />

Regime de Poupança Central<br />

A fim de assegurar aos residentes da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> melhores<br />

condições para a sua vida pós-aposentação, bem como criar alicerces para a constituição de um<br />

regime de fun<strong>do</strong> de previdência central não obrigatório que contemple também matérias sobre<br />

as contribuições de trabalha<strong>do</strong>res e emprega<strong>do</strong>res, o Governo da RAEM elaborou o Regulamento<br />

Administrativo n.º 31/2009 (Regras Gerais de Abertura e Gestão de Contas Individuais <strong>do</strong><br />

Regime de Poupança Central).<br />

Considera-se, automaticamente, participante da conta individual <strong>do</strong> Regime de Poupança<br />

Central, o residente permanente da RAEM que tenha completa<strong>do</strong> 22 anos de idade. Em 2011, o<br />

número de participantes era cerca de 382 mil, e o número de participantes que preenchiam os<br />

requisitos de atribuição de <strong>do</strong>tação era cerca de 300 mil. A cada conta individual <strong>do</strong>s participantes<br />

com requisitos legais foi atribuída uma verba de 6000 patacas.<br />

Em Julho de 2011, o Governo da RAEM alterou o respectivo regulamento administrativo,<br />

assim, cada cidadão com requisitos legais pode ter direito à verba de activação de só uma<br />

vez, no valor de 10 mil patacas. Foram, também, acrescentadas três razões que podem ser<br />

consideradas razões de permanência em <strong>Macau</strong>. Em 2011, o número de participantes a quem<br />

foi atribuída a verba de activação era cerca de 20 mil, e em Setembro, procedeu-se a uma<br />

atribuição de rendimentos, sen<strong>do</strong> atribuí<strong>do</strong> a cada conta individual um juro de 151 patacas.<br />

Em 2011, os participantes que completaram 65 anos de idade e preencheram os outros<br />

requisitos de levantamento de verba, puderam requerer o levantamento de verba da sua conta<br />

individual. Foram autoriza<strong>do</strong>s cerca de 40 mil requerimentos, o valor total de atribuição foi de<br />

cerca de 280 milhões de patacas.<br />

454


Saúde Pública e Assistência Social<br />

26 de Janeiro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, visita o Centro de Cuida<strong>do</strong>s<br />

Especiais Longevidade de I Chon, da União Geral das Associações<br />

<strong>do</strong>s Mora<strong>do</strong>res de <strong>Macau</strong><br />

455


Saúde Pública e Assistência Social<br />

30 de Março de 2011<br />

Cerimónia da Assinatura <strong>do</strong> Protocolo de Cooperação e Desenvolvimento<br />

Conjunto <strong>do</strong> Desporto para Deficientes, presidida pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo,<br />

Chui Sai On<br />

16 de Setembro de 2011<br />

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Cheong U, presente<br />

na primeira edição da eleição <strong>do</strong>s melhores assistentes sociais de<br />

<strong>Macau</strong> de 2011<br />

456


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

9 de Setembro de 2011<br />

Conferência de imprensa <strong>do</strong>s Serviços de Saúde e cerimónia de assinatura<br />

de memoran<strong>do</strong> no âmbito da XI Reunião Tripartida de Guang<strong>do</strong>ng, Hong<br />

Kong e <strong>Macau</strong> sobre a prevenção de <strong>do</strong>enças transmissíveis<br />

26 de Março de 2011<br />

Cerimónia da Entrega de Prémios <strong>do</strong> Plano Premia<strong>do</strong>r para Acções de<br />

Combate à Droga <strong>do</strong>s Jovens 2010<br />

457


<strong>Macau</strong> é um território onde<br />

existe liberdade de imprensa,<br />

expressão e edição. E, embora<br />

a RAEM tenha uma extensão<br />

geográfica pequena, a sua<br />

comunicação social é bastante<br />

desenvolvida.


XI<br />

COMUNICAÇÃO<br />

SOCIAL, TELECOMUNICAÇÕES<br />

E TECNOLOGIAS DA<br />

INFORMAÇÃO


Ciências conduzem à nova vida (Foto: GCS)


Comunicação Social, Telecomunicações e Tecnologias da Informação<br />

Comunicação Social, Telecomunicações e<br />

Tecnologias da Informação<br />

<strong>Macau</strong> é um território onde existe liberdade de imprensa, expressão e edição. E, embora<br />

a RAEM tenha uma extensão geográfica pequena, a sua comunicação social é bastante<br />

desenvolvida.<br />

O Governo da RAEM tem-se esforça<strong>do</strong> para aumentar a transparência da actuação <strong>do</strong><br />

Executivo e fortalecer a comunicação e diálogo com os órgãos de comunicação social, a fim de<br />

poder divulgar as suas informações junto <strong>do</strong> público em geral, de uma forma exacta, e garantir<br />

a tempo a divulgação dessa mesma informação. O Governo da RAEM espera que os órgãos de<br />

comunicação social possam desempenhar bem a sua função de vigilância estimulan<strong>do</strong> o Governo<br />

a melhorar o seu trabalho, a fim de fornecer serviços de melhor qualidade aos cidadãos.<br />

Em <strong>Macau</strong>, há legislação específica que garante que os profissionais <strong>do</strong>s órgãos de<br />

comunicação social têm o direito de informar, de se informar e de ser informa<strong>do</strong>s, e gozam de<br />

autonomia no exercício das suas funções.<br />

Órgãos de Comunicação Social<br />

Audiovisual<br />

<strong>Macau</strong> dispõe de uma estação de televisão e duas de rádio. Na RAEM existe uma empresa<br />

que distribui serviços de televisão por cabo, e quatro outras, que ten<strong>do</strong> como base <strong>Macau</strong>,<br />

fornecem serviços de radiodifusão televisiva por satélite.<br />

Em Fevereiro de 1988, a Teledifusão de <strong>Macau</strong>, S.A. (TDM) dá início às suas emissões<br />

regulares de televisão, como estação de serviço público. A partir de 2008, a TDM começou a<br />

prestar serviços de radiodifusão televisiva digital, transmitin<strong>do</strong> simultaneamente programação<br />

digital e analógica, assim, além de um canal em português (TDM-<strong>Macau</strong>) e de um outro em<br />

chinês (TDM-Ou Mun) em funcionamento 24 horas por dia, dispõe de vários canais digitais,<br />

nomeadamente, desporto, vida, de alta definição, e de notícias e <strong>do</strong>cumentários da CCTV,<br />

Televisão por Satélite Estreito e Televisão por Satélite Hunan Internacional.<br />

461


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

As duas estações de Rádio de <strong>Macau</strong> são a Ou Mun Tin Toi na dependência da TDM, que<br />

opera <strong>do</strong>is canais de rádio, um em língua chinesa (Ou Mun Tin Toi) e outro em língua portuguesa<br />

(Rádio <strong>Macau</strong>); e uma emissora privada - a Rádio Vila Verde. As duas estações emitem 24<br />

horas por dia.<br />

A TV Cabo <strong>Macau</strong>, S.A. entrou em funcionamento em Julho de 2000, e disponibiliza<br />

programação 24 horas por dia, através <strong>do</strong>s seus 94 canais (incluin<strong>do</strong>, 15 canais de teste e um<br />

<strong>do</strong> uso exclusivo de hotel).<br />

A Televisão por Satélite de <strong>Macau</strong>, S.A. (antiga Cosmos Televisão por Satélite, S.A. que foi a<br />

primeira companhia a prestar serviços de radiodifusão televisiva por satélite em <strong>Macau</strong>) dispõe<br />

de quatro canais: o canal de informação (emissão iniciada em Janeiro de 2009, 24 horas por<br />

dia); o canal de Gongfu (Artes Marciais) (emissão iniciada em Fevereiro de 2009, 16 horas por<br />

dia), o canal de Newsky Satélite TV (emissão iniciada em Agosto de 2010, 24 horas por dia)<br />

e o canal de Zhongbo Satélite TV (emissão iniciada em Novembro de 2011, 16 horas por dia).<br />

A Companhia de Televisão por Satélite China (Grupo), S.A. obteve, em 2000, a licença para<br />

prestar serviço de telecomunicações de radiodifusão televisiva por satélite e começou a funcionar<br />

em 28 de Março de 2008, dispon<strong>do</strong>, neste momento, de um canal de temas relaciona<strong>do</strong>s com<br />

a saúde, que emite 24 horas por dia.<br />

A Companhia de Televisão por Satélite MASTV, Limitada, entrou em funcionamento em<br />

Junho de 2001 e o seu canal em chinês emite 24 horas por dia.<br />

A <strong>Macau</strong> Lótus TV Media via Satélite, Limitada, que obteve, em 2 de Dezembro de 2008,<br />

a licença para prestar o serviço de telecomunicações de radiodifusão televisiva por satélite<br />

com um prazo de validade de 15 anos, iniciou formalmente o seu funcionamento no dia 1 de<br />

Janeiro de 2009, a companhia dispõe de um canal de programas que emite 24 horas por dia.<br />

Imprensa Escrita<br />

A Imprensa escrita tem uma história de mais de 100 anos em <strong>Macau</strong>. Lin Zexu, quan<strong>do</strong><br />

dirigiu a campanha de proibição <strong>do</strong> ópio em Cantão nos anos 1839 - 1840, man<strong>do</strong>u fazer<br />

extractos <strong>do</strong> Jornal Mensal de <strong>Macau</strong> para publicar em Cantão utilizan<strong>do</strong> o Ou Mun San Man Zhi<br />

(Jornal das Notícias de <strong>Macau</strong>), como referência da sua governação. Em 18 de Julho de 1893,<br />

Sun Yat Sen, e o macaense Francisco H. Fernandes, e outros, criaram o Echo Macaense, em<br />

chinês e português. Em 22 de Fevereiro de 1897, Kang Youwei e Liang Qichao fundaram o Chi<br />

Xin Bao (Jornal - o Reforma<strong>do</strong>r da China). Após a Revolução de 1911, a Imprensa de <strong>Macau</strong><br />

em língua chinesa registou um grande desenvolvimento com o aparecimento de novos jornais,<br />

nomeadamente, o Ao Men Times (Tempos de <strong>Macau</strong>), o Hao Jing Wan Bao (Vespertino Espelho<br />

<strong>do</strong> Mar), o Ao Men Tong Bao (Jornal Informação), e o Hao Jing Ri Bao (Jornal Espelho <strong>do</strong> Mar).<br />

Actualmente editam-se em <strong>Macau</strong> nove jornais em chinês, com uma tiragem total de<br />

mais de 100 mil exemplares, o Ou Mun Iat Pou (Diário de <strong>Macau</strong>), o Jornal Va Kio (Diário <strong>do</strong>s<br />

Chineses Ultramarinos), o Tai Chung Pou (Diário para To<strong>do</strong>s), o Si Man Pou (Jornal <strong>do</strong> Cidadão),<br />

o Seng Pou (Jornal Estrela), o Cheng Pou (Jornal Rigor), o Jornal Today <strong>Macau</strong> (<strong>Macau</strong> Hoje),<br />

o Jornal San Wa Ou (Novo Correio Sino-Macaense) e o último a surgir nas bancas, o Hou Kong<br />

Daily (Diário de <strong>Macau</strong>).<br />

Quanto a semanários em língua chinesa, <strong>Macau</strong>, conta, entre outros, com o Jornal<br />

Informação, o Pulso de <strong>Macau</strong>, o Semanário Recreativo de <strong>Macau</strong>, o Jornal Si Si, o Semanário<br />

462


Comunicação Social, Telecomunicações e Tecnologias da Informação<br />

Desportivo de <strong>Macau</strong>, o Observatório de <strong>Macau</strong> e o Agora <strong>Macau</strong> entre outros.<br />

A Imprensa escrita portuguesa em <strong>Macau</strong> tem uma história mais longa <strong>do</strong> que a chinesa.<br />

Em 1822, saiu o primeiro número <strong>do</strong> Abelha da China, o primeiro jornal a ser publica<strong>do</strong> na<br />

China. O Gazeta de <strong>Macau</strong>, o Imparcial e o Correio de <strong>Macau</strong> contam-se também entre os<br />

primeiros jornais publica<strong>do</strong>s em português. Hoje, podemos ler em <strong>Macau</strong> três jornais diários<br />

em português: o Ponto Final, o Jornal Tribuna de <strong>Macau</strong> e o Hoje <strong>Macau</strong>. O único semanário que<br />

se publica, presentemente, em língua portuguesa é O Clarim - Semanário Católico de <strong>Macau</strong>.<br />

Em <strong>Macau</strong> publicam-se, também, <strong>do</strong>is diários em língua inglesa - o The <strong>Macau</strong> Post Daily<br />

e o <strong>Macau</strong> Daily Times.<br />

Dezenas de jornais e revistas publicadas em <strong>Macau</strong>, Hong Kong, e no Interior <strong>do</strong> País, estão<br />

diariamente nas bancas em <strong>Macau</strong>, onde se pode, também, ouvir e ver programas de rádio e<br />

de televisão, emiti<strong>do</strong>s por estações de Hong Kong e <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País.<br />

Correspondentes em <strong>Macau</strong><br />

<strong>Macau</strong> não dispõe de agência noticiosa própria. Duas agências noticiosas, uma nacional,<br />

a Xinhua (Nova China) e outra de Portugal, a LUSA, estabeleceram delegações e escritórios<br />

representativos em <strong>Macau</strong>. No entanto, inúmeros órgãos de comunicação social <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País<br />

e <strong>do</strong> estrangeiro dispõem de correspondentes na RAEM, nomeadamente, a China News Service<br />

(China), a Televisão Central da China (CCTV), a Rádio Nacional da China, a Rádio Internacional<br />

da China, a China Radio & TV <strong>Macau</strong> Bureau (China), o Diário <strong>do</strong> Povo da China, o Wen Hui<br />

Bao (Xangai), a ATV (Hong Kong), a Hong Kong Cable Television Limited (Hong Kong), a RTHK<br />

(Hong Kong), o Ta Kung Pao (Hong Kong), o Wen Hui Bao (Hong Kong) e a HKNEWS (Hong<br />

Kong), China Economic Weekly, Hong Kong Commercial Newspapers, Oriental Press Group Ltd.,<br />

EyePress News e China Trade News.<br />

Organizações de Profissionais de Comunicação Social<br />

Em <strong>Macau</strong> existem oito organizações de profissionais da comunicação social, a Associação<br />

<strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res de Imprensa de <strong>Macau</strong>, o Clube de Jornalistas de <strong>Macau</strong>, a Associação <strong>do</strong>s<br />

Jornalistas de <strong>Macau</strong>, o Clube de Comunicação Social de <strong>Macau</strong>, a Associação Fraternal de<br />

Jornalistas <strong>do</strong>s Assuntos Desportivos de <strong>Macau</strong>, a Associação de Jornalistas Fotógrafos de <strong>Macau</strong>,<br />

a Associação de Imprensa de Língua Portuguesa e Inglesa de <strong>Macau</strong> e a União de Beneficência<br />

das Associações de Trabalha<strong>do</strong>res da Comunicação Social de <strong>Macau</strong>.<br />

Lei de Imprensa<br />

A Lei de Imprensa (Lei n.º 7/90/M), publicada em Agosto de 1990, regula o exercício da<br />

liberdade de imprensa e <strong>do</strong> direito à informação e à actividade das empresas jornalísticas,<br />

editoriais e noticiosas.<br />

A Lei de Imprensa é composta por seis capítulos e 61 artigos. O direito à informação<br />

<strong>do</strong>s jornalistas inclui o direito de informar, de se informar e de ser informa<strong>do</strong>. Os jornalistas<br />

têm direito de acesso às fontes de informação, designadamente, as <strong>do</strong>s órgãos <strong>do</strong> Governo,<br />

da Administração Pública, das empresas de capitais públicos, mistos em que a Região ou os<br />

463


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

seus serviços detenham participação maioritária, e ainda das empresas que explorem bens <strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>mínio público ou sejam concessionárias de obras ou de serviços públicos. No entanto, esse<br />

direito de acesso às fontes de informação cessa nos seguintes casos: processos em segre<strong>do</strong><br />

de justiça; factos e <strong>do</strong>cumentos considera<strong>do</strong>s pelas entidades competentes como segre<strong>do</strong>s de<br />

Esta<strong>do</strong>; factos e <strong>do</strong>cumentos que sejam secretos por imposição legal; e factos e <strong>do</strong>cumentos<br />

que digam respeito à reserva da intimidade da vida privada e familiar.<br />

Aos jornalistas é reconheci<strong>do</strong> o direito de manter as respectivas fontes de informação sob<br />

sigilo, não poden<strong>do</strong> sofrer pelo exercício deste direito qualquer sanção directa ou indirecta; os<br />

directores e editores das publicações, bem como as empresas jornalísticas, editoriais e noticiosas<br />

não são obriga<strong>do</strong>s a revelar as suas fontes de informação; a garantia de sigilo profissional só<br />

pode cessar, por determinação judicial, quan<strong>do</strong> estejam em causa factos com relevância penal<br />

relativos a associações criminosas ou de malfeitores. A Lei garante aos jornalistas o gozo de<br />

independência no exercício das suas funções.<br />

Segun<strong>do</strong> a Lei, é livre a discussão e crítica, designadamente, de <strong>do</strong>utrinas políticas, sociais<br />

e religiosas, das leis e <strong>do</strong>s actos <strong>do</strong>s órgãos <strong>do</strong> Governo próprios da RAEM e da Administração<br />

Pública, bem como <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong>s seus agentes.<br />

A Lei estipula que as entidades, que publicam ou se dedicam à publicação periódica, e os<br />

correspondentes em <strong>Macau</strong> envia<strong>do</strong>s por órgãos de comunicação social sedea<strong>do</strong>s fora da RAEM,<br />

têm de se registar junto <strong>do</strong> Gabinete de Comunicação Social (GCS).<br />

Ten<strong>do</strong> em conta que a Lei de Imprensa foi publicada há vinte anos, o Governo da RAEM<br />

formulou, em 2010, a ideia <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> sobre a revisão da “Lei de Imprensa”, no senti<strong>do</strong> de apoiar<br />

e ajudar, mediante a legislação, o desenvolvimento saudável <strong>do</strong>s media locais. O Gabinete de<br />

Comunicação Social anunciou por sua vez, em Março de 2010, que seria efectua<strong>do</strong> por fases o<br />

respectivo trabalho de estu<strong>do</strong>, consulta e elaboração da legislação. Em Junho, o Gabinete de<br />

Comunicação Social convi<strong>do</strong>u instituições académicas locais para proceder ao estu<strong>do</strong> e elaboração<br />

de <strong>do</strong>cumento orienta<strong>do</strong>r para a revisão da “Lei de Imprensa” e “Lei de Radiodifusão” e lançou<br />

no primeiro trimestre de 2011, o concurso público para inquérito e análise da opinião pública<br />

sobre a revisão das duas leis. Com a introdução pela primeira vez <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> da “sondagem<br />

deliberativa” (Deliberative Polling) os trabalhos de inquérito e análise realiza<strong>do</strong>s têm si<strong>do</strong> mais<br />

amplos, objectivos e científicos.<br />

Gabinete de Comunicação Social<br />

O Gabinete de Comunicação Social, que tem nível de direcção de serviços, está subordina<strong>do</strong><br />

directamente ao Chefe <strong>do</strong> Executivo da RAEM. O GCS apoia os serviços da Administração na<br />

coordenação e estu<strong>do</strong> da área de comunicação social, bem como na divulgação de informação<br />

oficial e na organização de contactos com a Imprensa. O GCS produz periodicamente a Revista<br />

<strong>Macau</strong>, a <strong>Macau</strong> Informação, e o Anuário <strong>Macau</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>, com edições em chinês,<br />

português e inglês.<br />

A par <strong>do</strong> desenvolvimento social e das técnicas de difusão informática e com vista a articular-<br />

-se com o reforço da transparência governativa <strong>do</strong> Governo da RAEM, fomentar a comunicação<br />

entre o Governo e cidadãos e órgãos de comunicação social, e melhor salvaguardar interesses<br />

públicos e o direito <strong>do</strong> público à informação, o Governo da RAEM publicou em Março de <strong>2012</strong>, o<br />

Regulamento Administrativo “Organização e funcionamento <strong>do</strong> Gabinete de Comunicação Social”.<br />

464


Comunicação Social, Telecomunicações e Tecnologias da Informação<br />

Sob a nova lei orgânica, a estrutura <strong>do</strong> Gabinete de Comunicação Social é alterada de<br />

um departamento, duas divisões e um grupo, para <strong>do</strong>is departamentos e cinco divisões:<br />

Departamento de Informação; Departamento de Estu<strong>do</strong>s e Promoção; Divisão de Informática<br />

e Arquivo; Divisão Administrativa e Financeira. O Departamento de Informação compreende a<br />

Divisão de Apoio à Comunicação Social e o Departamento de Estu<strong>do</strong>s e Promoção compreende<br />

a Divisão de Promoção e a Divisão de Publicações.<br />

Distribuição de Informação Oficial<br />

Através <strong>do</strong> Information Broadcasting System (IBS), que criou especialmente para os órgãos<br />

de comunicação social locais e os acredita<strong>do</strong>s junto da RAEM, o GCS publica na Internet todas<br />

as notícias, e fotografias oficiais. Os órgãos de comunicação social podem, assim, ter um acesso<br />

mais rápi<strong>do</strong> à informação, sem limites de tempo ou de distâncias.<br />

Em 2011, foram publicadas e distribuídas no total 10.426 notícias, notas de agenda,<br />

comunicações importantes e discursos, em chinês, português e inglês, redigi<strong>do</strong>s e produzi<strong>do</strong>s<br />

pelo Departamento de Informação, ou pelos outros serviços públicos <strong>do</strong> Governo da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, através da coordenação <strong>do</strong> Departamento de Informação,<br />

e, ainda, 1270 fotografias.<br />

Registo de Publicações Periódicas<br />

Ao Sector Administrativo e Financeiro <strong>do</strong> GCS compete proceder ao registo das empresas<br />

jornalísticas e editoriais e das publicações periódicas. Segun<strong>do</strong> o Regulamento <strong>do</strong> Registo de<br />

Imprensa, o registo será cancela<strong>do</strong> se a publicação não começar a ser publicada no prazo de<br />

cento e oitenta dias, caso seja diária, ou no prazo de um ano, caso o não seja, a contar da data<br />

da inscrição, ou se a publicação estiver interrompida por igual tempo. O registo de publicações<br />

periódicas é gratuito.<br />

Em 2011, foram registadas junto <strong>do</strong> GCS 22 publicações (com periodicidade diária, semanal,<br />

bissemanal, mensal, bimestral, e trimestral) e 11 editoras.<br />

Portal <strong>do</strong> Governo da RAEM<br />

O Portal <strong>do</strong> Governo da RAEM (www.gov.mo) entrou em funcionamento em Dezembro de<br />

2004. Trata-se duma plataforma complexa, com informações e serviços electrónicos de to<strong>do</strong>s<br />

os serviços públicos e da Administração Pública. Através deste Portal, o público pode aceder<br />

directamente aos diversos serviços da Administração, Assembleia Legislativa, Tribunais, Ministério<br />

Público, e instituições de ensino superior da RAEM.<br />

O Portal de acesso <strong>do</strong> Governo da RAEM fornece ao público informações sobre a RAEM<br />

nas línguas chinesa (tradicional e simplificada), portuguesa e inglesa, facilitan<strong>do</strong> a informação<br />

sobre a nova realidade da RAEM. Os conteú<strong>do</strong>s principais <strong>do</strong> Portal são: informação <strong>do</strong> Governo,<br />

anúncios, panorama de <strong>Macau</strong>, informação da cidade, eventos, serviços electrónicos, leis,<br />

queixas e sugestões, entre outros.<br />

A criação <strong>do</strong> Portal <strong>do</strong> Governo da RAEM tem contribuí<strong>do</strong> para que o Governo divulgue as<br />

suas políticas a tempo, fortalecen<strong>do</strong> a comunicação com o público, e aumentan<strong>do</strong>, assim, a<br />

transparência da governação ouvin<strong>do</strong> a opinião pública.<br />

465


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Imprensa Oficial<br />

A Imprensa Oficial tem por fim executar a política editorial <strong>do</strong> Governo da RAEM,<br />

responsabilizan<strong>do</strong>-se por compor, rever e imprimir o Boletim Oficial da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> e seus suplementos; as colecções e separatas oficiais da legislação da RAEM;<br />

o Orçamento da Região e os orçamentos <strong>do</strong>s órgãos e serviços nele menciona<strong>do</strong>s; as contas da<br />

RAEM; as Linhas de Acção Governativa; os impressos oficiais de modelo legalmente fixa<strong>do</strong>; os<br />

trabalhos de natureza oficial em que seja usa<strong>do</strong> o símbolo da RAEM; e os trabalhos que, pela<br />

sua natureza, exijam especiais condições de segurança e controlo.<br />

Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

O Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> - abreviadamente Boletim<br />

Oficial ou B.O. -, compreende as I e II Séries e é publica<strong>do</strong> semanalmente, à segunda e quarta-<br />

-feira, às 9h00, excepto quan<strong>do</strong> estas coincidam com feria<strong>do</strong>s, caso em que a publicação é<br />

feita no primeiro dia útil seguinte. As publicações que, pela sua natureza urgente ou especial,<br />

não possam ser feitas no prazo normal são incluídas em suplemento à correspondente série <strong>do</strong><br />

Boletim Oficial ou em número extraordinário.<br />

Sob pena de ineficácia jurídica, são publica<strong>do</strong>s na I Série: as leis; os regulamentos<br />

administrativos; as resoluções da Assembleia Legislativa; as ordens executivas e os despachos<br />

regulamentares externos exara<strong>do</strong>s pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo; os despachos regulamentares<br />

externos exara<strong>do</strong>s pelos titulares <strong>do</strong>s principais cargos da Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong>; os acor<strong>do</strong>s internacionais celebra<strong>do</strong>s com a denominação de “<strong>Macau</strong>, China”; os<br />

resulta<strong>do</strong>s das eleições para a Assembleia Legislativa; as nomeações <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s nomea<strong>do</strong>s<br />

à Assembleia Legislativa, as nomeações e exonerações <strong>do</strong> Conselho Executivo, as nomeações<br />

e exonerações <strong>do</strong>s presidentes e juízes <strong>do</strong>s tribunais das várias instâncias e <strong>do</strong>s delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

Procura<strong>do</strong>r, bem como as demais nomeações e exonerações que, por lei, devam ser publicadas;<br />

e os demais <strong>do</strong>cumentos que, por lei, devam ser publica<strong>do</strong>s nesta série.<br />

São ainda publica<strong>do</strong>s na I Série <strong>do</strong> Boletim Oficial:<br />

1. A Lei Básica e as suas emendas, bem como as propostas de revisão desta Lei a apresentar<br />

pela RAEM e as interpretações desta Lei feitas pelas entidades competentes;<br />

2. As Leis Nacionais a aplicar na RAEM e as interpretações quanto à sua aplicação na RAEM<br />

feitas pelo Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional;<br />

3. Os demais <strong>do</strong>cumentos relativos à RAEM aprova<strong>do</strong>s pela Assembleia Popular Nacional e<br />

pelo seu Comité Permanente;<br />

4. Os <strong>do</strong>cumentos regulamentares sobre o estabelecimento e o funcionamento da RAEM<br />

aprova<strong>do</strong>s pela Comissão Preparatória da RAEM da Assembleia Popular Nacional;<br />

5. Os <strong>do</strong>cumentos de delegação de poderes da Assembleia Popular Nacional e <strong>do</strong> seu<br />

Comité Permanente e os <strong>do</strong> Governo Popular Central, bem como as ordens, directrizes e<br />

autorizações emanadas, nos termos da Lei Básica da RAEM, <strong>do</strong> Governo Popular Central;<br />

6. Os <strong>do</strong>cumentos de nomeações e exonerações <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, <strong>do</strong>s titulares <strong>do</strong>s<br />

principais cargos <strong>do</strong> Governo da RAEM e <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r emana<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Governo Popular<br />

Central;<br />

466


Comunicação Social, Telecomunicações e Tecnologias da Informação<br />

7. Os relatórios sobre as Linhas de Acção Governativa <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

São objecto de publicação na II Série <strong>do</strong> Boletim Oficial:<br />

1. Os acor<strong>do</strong>s internacionais aplicáveis na RAEM;<br />

2. Os acor<strong>do</strong>s de assistência judiciária em regime de reciprocidade, assim como os<br />

acor<strong>do</strong>ssobre a isenção recíproca de vistos a celebrar entre a RAEM e outros países ou<br />

regiões, sob o apoio ou a autorização <strong>do</strong> Governo Popular Central;<br />

3. Os acor<strong>do</strong>s de assistência judiciária, em regime de reciprocidade, a celebrar com<br />

órgãosjudiciais de outras regiões <strong>do</strong> País;<br />

4. Os anúncios e as declarações da Assembleia Legislativa;<br />

5. Os anúncios e as declarações <strong>do</strong> Governo da RAEM;<br />

6. Os demais <strong>do</strong>cumentos que, por lei, devam ser publica<strong>do</strong>s nesta série.<br />

Desde 2000, a Imprensa Oficial coloca na Internet (www.io.gov.mo), de forma integral, as<br />

I e II Séries <strong>do</strong> B.O., a fim de facilitar a sua leitura pelo público. Até finais de 2011, a página<br />

da Imprensa Oficial tornou-se num arquivo electrónico com mais de 18.600 diplomas legais<br />

na íntegra, incluin<strong>do</strong> os diversos diplomas publica<strong>do</strong>s desde o estabelecimento da RAEM, bem<br />

como as leis, decretos-lei e outros diplomas legais que continuam em vigor na RAEM, publica<strong>do</strong>s<br />

entre 1976 e 19 de Dezembro de 1999. Em 2011, aquela página foi visitada numa média mensal<br />

235.000 vezes.<br />

Legislação da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

Antes <strong>do</strong> estabelecimento da RAEM, a Imprensa Oficial publicou a compilação legislativa<br />

Legislação de <strong>Macau</strong>. Após aquela data, a Imprensa Oficial começou a publicar a Legislação da<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, semestralmente, que reúne os principais diplomas<br />

legais publica<strong>do</strong>s no mesmo perío<strong>do</strong> pelo Boletim Oficial, nomeadamente as leis, regulamentos<br />

administrativos, resoluções da Assembleia Legislativa, ordens executivas, entre outros. A<br />

Imprensa Oficial disponibiliza, ainda, ao público um CD bilingue da legislação da RAEM, reunin<strong>do</strong><br />

to<strong>do</strong>s os diplomas legais publica<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> de 20 de Dezembro de 1999 a 31 de Dezembro<br />

de 2011.<br />

Tecnologias da Informação<br />

Conselho de Ciência e Tecnologia<br />

O Conselho de Ciência e Tecnologia é um órgão de consulta que tem por finalidade assessorar<br />

o Governo da RAEM na formulação das políticas de modernização e desenvolvimento científico<br />

e tecnológico.<br />

O Conselho tem a seguinte composição: o Chefe <strong>do</strong> Executivo, como presidente; o Secretário<br />

para os Transportes e Obras Públicas; o Secretário para a Economia e Finanças; o Secretário<br />

para os Assuntos Sociais e Cultura; o Reitor da Universidade de <strong>Macau</strong>; o Presidente <strong>do</strong> Instituto<br />

Politécnico de <strong>Macau</strong>; o Reitor da Universidade de Ciência e Tecnologia de <strong>Macau</strong>; o Presidente<br />

<strong>do</strong> Conselho de Administração da Fundação <strong>Macau</strong>; o Director-Geral <strong>do</strong> Centro de Produtividade<br />

e Transferência de Tecnologia de <strong>Macau</strong>; o Director <strong>do</strong> Instituto Internacional de Tecnologia<br />

467


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

<strong>do</strong> Software da Universidade das Nações Unidas; o Presidente <strong>do</strong> INESC-<strong>Macau</strong>, Instituto de<br />

Engenharia de Sistemas e Computa<strong>do</strong>res; e 20 personalidades de reconheci<strong>do</strong> mérito nas áreas<br />

da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, nomeadas pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

Assim, foram nomea<strong>do</strong>s consultores <strong>do</strong> Conselho de Ciência e Tecnologia: Lee Tsung-Dao,<br />

Lu Yongxiang, Zhu Lilan, Lu Zhonghe, Hui Yongzheng, Zhu Gaofeng, Charles Kao Kuen, Li Lianhe<br />

e Song Yong Hua, nove especialistas de renome internacional nas respectivas áreas científicas.<br />

Fun<strong>do</strong> para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia<br />

O Fun<strong>do</strong> para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT) foi cria<strong>do</strong> pelo<br />

Regulamento Administrativo n.º 14/2004 da RAEM. Sob a tutela <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, este<br />

Fun<strong>do</strong> visa a concessão de apoio financeiro ao ensino, investigação e realização de projectos,<br />

no quadro <strong>do</strong>s objectivos da política de ciência e tecnologia da RAEM. Concretizan<strong>do</strong> o seu<br />

objectivo, o Fun<strong>do</strong> apoia, em especial os seguintes projectos:<br />

- Que contribuam para a generalização e o aprofundamento <strong>do</strong> conhecimento científico e<br />

tecnológico;<br />

- Que contribuam para elevar a produtividade e reforçar a competitividade das empresas;<br />

- Que sejam inova<strong>do</strong>res no âmbito <strong>do</strong> desenvolvimento industrial;<br />

- Que contribuam para fomentar uma cultura e um ambiente propícios à inovação e ao<br />

desenvolvimento das ciências e da tecnologia;<br />

- Que promovam a transferência de ciências e de tecnologia, considera<strong>do</strong>s prioritários para<br />

o desenvolvimento social e económico;<br />

- Pedi<strong>do</strong>s de patentes.<br />

A este apoio podem candidatar-se as seguintes entidades: instituições de ensino superior<br />

locais, seus institutos e centros de investigação e desenvolvimento (I&D); laboratórios e outras<br />

entidades da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> vocacionadas para actividades de I&D<br />

científico e tecnológico; instituições privadas locais, sem fins lucrativos; empresários e empresas<br />

comerciais, regista<strong>do</strong>s na RAEM, com actividades de I&D; e investiga<strong>do</strong>res que desenvolvam<br />

actividades de I&D na RAEM.<br />

Em 2011, o FDCT subsidiou 57 projectos de investigação científica num montante global de<br />

53 milhões de patacas. Dos projectos subsidia<strong>do</strong>s, 40 foram concluí<strong>do</strong>s com 433 comunicações<br />

publicadas envolven<strong>do</strong>, ainda, 91 pós-gradua<strong>do</strong>s de mestra<strong>do</strong> e 54 de <strong>do</strong>utoramento. No que<br />

toca ao apoio financeiro aos projectos da generalização das ciências, foram apresenta<strong>do</strong>s 129<br />

pedi<strong>do</strong>s por escolas e associações, envolven<strong>do</strong> um valor de 13,3 milhões de patacas, sen<strong>do</strong> a<br />

taxa de aprovação de 76,41 por cento. Participaram nestes projectos 5232 alunos.<br />

Centro Incuba<strong>do</strong>r de Novas Tecnologias de <strong>Macau</strong><br />

O Centro Incuba<strong>do</strong>r de Novas Tecnologias de <strong>Macau</strong>, S.A. foi cria<strong>do</strong> em 2001, com o capital<br />

conjunto de entidades privadas e <strong>do</strong> Governo da RAEM. Este acto assinalou um grande passo<br />

na promoção da indústria inova<strong>do</strong>ra, e <strong>do</strong> desenvolvimento da indústria de ciência e tecnologia<br />

em <strong>Macau</strong>.<br />

468


Comunicação Social, Telecomunicações e Tecnologias da Informação<br />

O Centro Incuba<strong>do</strong>r de Novas Tecnologias de <strong>Macau</strong> é um incuba<strong>do</strong>r de full-service para<br />

apoiar o estabelecimento sustentável de start-ups em negócios de alto grau de inovação e de<br />

valor acrescenta<strong>do</strong>. O centro tem como objecto: ajudar a consolidar as indústrias das novas<br />

tecnologias em <strong>Macau</strong>, proporcionan<strong>do</strong> mais e melhores oportunidades às novas gerações;<br />

maximizar a utilização <strong>do</strong>s recursos humanos profissionais de <strong>Macau</strong> através da colaboração com<br />

as organizações multinacionais; atrair recursos globais para <strong>Macau</strong>, enquanto local vocaciona<strong>do</strong><br />

para o desenvolvimento das novas tecnologias na Grande Região da China, entre outros.<br />

Desde a sua inauguração, em 2002, o centro recebeu no total mais de 173 pedi<strong>do</strong>s de<br />

projectos de incubação de novas tecnologias, <strong>do</strong>s quais mais de 99 foram aprova<strong>do</strong>s para<br />

estabelecerem empresas incuba<strong>do</strong>ras no Centro Incuba<strong>do</strong>r de Novas Tecnologias de <strong>Macau</strong>.<br />

Centro de Ciência de <strong>Macau</strong><br />

Após sete anos de construção e preparativos, o Centro de Ciência de <strong>Macau</strong> foi inaugura<strong>do</strong><br />

a 19 de Dezembro de 2009, abrin<strong>do</strong> ao público a 25 de Janeiro de 2010. Projecta<strong>do</strong> pelo famoso<br />

arquitecto Ieoh Ming Pei, o Centro de Ciência de <strong>Macau</strong>, instalação cultural pública, que tem por<br />

objectivo a educação científica, compõe-se por duas partes - Centro de Exposições e Planetário.<br />

Os temas a exibir nas galerias de exposições terão como prioridade atrair uma participação<br />

mais interessada <strong>do</strong>s visitantes.<br />

Serviços de Telecomunicações<br />

A política que o Governo definiu para as telecomunicações compreende: liberalizar, de<br />

forma gradual, a instalação de redes públicas de telecomunicações e a prestação de serviços de<br />

telecomunicações de uso público, aumentan<strong>do</strong> o benefício público e crian<strong>do</strong> oportunidades de<br />

investimento, de mo<strong>do</strong> a reforçar a competitividade e o contínuo desenvolvimento económico<br />

e social; garantir, a toda a população e às actividades económicas e sociais, o acesso às<br />

telecomunicações, a tarifas e preços razoáveis, de forma não discriminatória e em condições de<br />

qualidade e eficiência que correspondam às suas necessidades; e assegurar a interoperabilidade<br />

das redes públicas de telecomunicações, bem como a portabilidade <strong>do</strong> número de cliente.<br />

Lei de Bases das Telecomunicações<br />

A Lei de Bases das Telecomunicações (Lei n.º 14/2001) foi promulgada em 20 de Agosto<br />

de 2001.<br />

Esta Lei de Bases, de três capítulos e 20 artigos, define as bases da política de<br />

telecomunicações da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, bem como o enquadramento<br />

geral a que obedece o estabelecimento, gestão e exploração de redes de telecomunicações e<br />

a prestação de serviços de telecomunicações.<br />

Segun<strong>do</strong> a Lei de Bases, o estabelecimento, gestão e exploração de redes de<br />

telecomunicações e a prestação de serviços de telecomunicações, são de interesse público, só<br />

poden<strong>do</strong> ser prossegui<strong>do</strong>s por entidades públicas ou por entidades privadas com título bastante<br />

para o efeito nos termos <strong>do</strong>s regulamentos aplicáveis.<br />

469


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Regulação de Telecomunicações<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Regulação de Telecomunicações (DSRT), subordina<strong>do</strong> ao<br />

Secretário para os Transportes e Obras Públicas, é o departamento da tutela no âmbito de<br />

Telecomunicações e ciência e tecnologia informática.<br />

Telecomunicações Fixas e Serviços de Telecomunicações<br />

com o Exterior<br />

Actualmente em <strong>Macau</strong>, as redes de telecomunicações fixas, e os serviços de<br />

telecomunicações com o exterior, são um exclusivo da Companhia de Telecomunicações de<br />

<strong>Macau</strong> (CTM). Em Novembro de 2009, o Governo celebrou com a CTM, o Contrato Concessionário<br />

Revisto para prestação de serviços públicos de telecomunicações, constan<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento a<br />

liberalização, mais ce<strong>do</strong> possível, de serviços de aluguer de linhas locais e internacionais, e<br />

serviços de transferência intermediária. Os restantes serviços concessiona<strong>do</strong>s serão totalmente<br />

liberaliza<strong>do</strong>s. Em <strong>2012</strong>, o Governo da RAEM elaborou o “Regime de instalação e operação<br />

de redes públicas de telecomunicações fixas” (Regulamento Administrativo n.º 41/2011),<br />

planean<strong>do</strong> emitir, em <strong>2012</strong>, licenciamentos para a instalação e operação de redes públicas de<br />

telecomunicações fixas.<br />

No final de 2011, havia em <strong>Macau</strong> 165.536 linhas fixas de telefone. Até final de Dezembro<br />

de 2011, estavam instala<strong>do</strong>s 774 telefones públicos nas ruas, e recintos públicos, da Península<br />

de <strong>Macau</strong>, e das ilhas da Taipa e Coloane. Estes telefones têm também função IDD. Com esta<br />

função é possível telefonar de <strong>Macau</strong> para 251 países e regiões <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

Serviços de Telefones Móveis <strong>do</strong> Uso Público<br />

O merca<strong>do</strong> das telecomunicações móveis de <strong>Macau</strong> foi liberaliza<strong>do</strong> em 2000, entran<strong>do</strong><br />

assim o sector das telecomunicações e da informação, numa nova fase <strong>do</strong> desenvolvimento. A<br />

CTM, a Hutchison - Telefone (<strong>Macau</strong>), Limitada e a SmarTone - Comunicações Móveis (<strong>Macau</strong>),<br />

S.A. obtiveram a licença definitiva emitida pelo Governo da RAEM, com um prazo de oito anos.<br />

A Kong Seng Paging Limitada foi autorizada para prestar serviços de telecomunicações móveis<br />

terrestre de uso público (opera<strong>do</strong>ra da rede móvel simulatória), sob a circunstância de não<br />

possuir, por si própria, a rede e frequência de telecomunicações de uso público.<br />

O Regulamento Administrativo n.º 41/2004 estabelece o regime de interligação de redes<br />

públicas de telecomunicações, num ambiente de igualdade de condições de concorrência, de<br />

forma a garantir que aquela se efectue em tempo oportuno e a custos razoáveis.<br />

De acor<strong>do</strong> com os regulamentos específicos, o Governo da RAEM decidiu, em 2005, licenciar<br />

a Companhia de China Unicom (<strong>Macau</strong>), Limitada* para operar uma rede pública CDMA2000<br />

1X de telecomunicações móveis terrestres e prestar o serviço itinerante, e transfronteiriço, de<br />

telecomunicações móveis. Após um ano de funcionamento, o opera<strong>do</strong>r solicitou ao Governo da<br />

RAEM autorização para a prestação de serviços locais, e a licença foi emitida.<br />

A partir de Outubro de 2006, a Companhia de China Unicom (<strong>Macau</strong>), Limitada, a<br />

Hutchison - Telefone (<strong>Macau</strong>), e a Companhia de Telecomunicações de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L. (CTM)<br />

obtiveram sucessivamente o licenciamento de operação de redes públicas de telecomunicações<br />

móveis terrestres de terceira geração (3G) e prestação <strong>do</strong>s correspondentes serviços de<br />

470


Comunicação Social, Telecomunicações e Tecnologias da Informação<br />

telecomunicações. Os residentes de <strong>Macau</strong> começaram a beneficiar <strong>do</strong> serviço das redes 3G nos<br />

segun<strong>do</strong> e terceiro trimestres de 2007. Além da Companhia de China Unicom (<strong>Macau</strong>), Limitada,<br />

(a pedi<strong>do</strong> da Companhia, a sua licença 2G foi cancelada em Abril de 2010) o prazo de validade<br />

da licença 2G das restantes três companhias foi renova<strong>do</strong> para o dia 8 de Julho de <strong>2012</strong>.<br />

De acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s estatísticos, até final de 2011, o número de utentes das cinco<br />

empresas de serviços de telecomunicações móveis, era de 1.353.194, sen<strong>do</strong> a taxa de<br />

popularização <strong>do</strong>s telefones móveis da ordem <strong>do</strong>s 241,6 por cento.<br />

Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Serviços de Radiocomunicações e de Telecomunicações<br />

<strong>Ano</strong><br />

Assinantes de<br />

chamada de pessoas<br />

de uso público<br />

Assinantes de telefone<br />

móvel de uso público<br />

Cartões SIM pré-pagos<br />

recarregáveis de telefone<br />

móvel de uso público<br />

2003 3453 198.695 165.335<br />

2004 2728 228.296 204.154<br />

2005 2513 259.336 273.422<br />

2006 1891 301.512 334.835<br />

2007 2782 356.117 438.206<br />

2008 2780 395.943 536.653<br />

2009 3097 420.098 617.282<br />

2010 3204 459.330 662.931<br />

2011 3101 525.209 827.985<br />

Serviços de Internet e Banda Larga<br />

O número <strong>do</strong>s utentes da Internet registou um aumento estável em <strong>Macau</strong>, ten<strong>do</strong> atingi<strong>do</strong><br />

os 138.222 no final de 2011, ou seja, cerca de 69,9 por cento das famílias residentes. No mês<br />

de Novembro de 2002, o Regulamento Administrativo n.º 24/2002, formalizou a integração <strong>do</strong><br />

serviço de Internet na esfera da concessão de licenças. Até agora foram concedidas licenças<br />

definitivas a 22 companhias.<br />

Em Julho de 2000, a Companhia de Telecomunicações de <strong>Macau</strong> começou a prestar serviços<br />

de banda larga. No final de 2011, 137.259 clientes estavam regista<strong>do</strong>s como utiliza<strong>do</strong>res da<br />

Banda Larga, representan<strong>do</strong> um aumento de 4,6 por cento, ou seja, mais 5235 utiliza<strong>do</strong>res<br />

em relação aos regista<strong>do</strong>s no ano de 2010, que eram 131.229. A taxa de cobertura da rede<br />

471


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

destes serviços era de 100 por cento na península de <strong>Macau</strong>, 99,9 por cento na Ilha da Taipa<br />

e 99 por cento na Ilha de Coloane.<br />

Em 2010 iniciou-se o Plano da rede urbana de acesso da banda larga sem fios, financia<strong>do</strong><br />

pelo Governo da RAEM. Os residentes e os turistas começaram a usufruir deste serviço gratuito<br />

a partir de Setembro de 2010. Até finais de 2011, foram instala<strong>do</strong>s no total 83 pontos <strong>do</strong> serviço<br />

<strong>do</strong> acesso gratuito à Internet de banda larga sem fios “WiFi GO”, ten<strong>do</strong>-se regista<strong>do</strong> mais de<br />

um milhão e quinhentos mil acessos à Internet com a utilização <strong>do</strong> serviço “WiFi GO”.<br />

Gestão e Registo de Nomes de Domínio da Internet<br />

Com a expiração <strong>do</strong> prazo da designação da Universidade de <strong>Macau</strong>, como entidade<br />

responsável pela gestão e registo de nomes de <strong>do</strong>mínio da Internet representativos da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> - “.mo”, o Governo da RAEM criou em Março de 2011 o novo<br />

Centro Informático da Internet de <strong>Macau</strong>, cuja operação foi adjudicada à HNET Asia, Limitada<br />

através <strong>do</strong> contrato de prestação de serviços.<br />

Desenvolvimento de Radiodifusão Televisiva Digital<br />

Terrestre<br />

O sistema de Radiodifusão Televisiva Digital Terrestre da Teledifusão de <strong>Macau</strong> S.A. (TDM),<br />

tem segui<strong>do</strong> de perto a tendência de desenvolvimento <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e a TDM actual fornece<strong>do</strong>ra<br />

de serviços de Radiodifusão Televisiva Digital Terrestre de <strong>Macau</strong>, passou a ter onze canais sem<br />

fios. Com vista a garantir a aquisição pelos cidadãos de produtos adequa<strong>do</strong>s de alta qualidade<br />

para receber a programação digital terrestre proporcionada na RAEM, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Regulação de Telecomunicações, em colaboração com o Instituto Politécnico de <strong>Macau</strong>,<br />

criou o Centro de Estu<strong>do</strong> e Teste de Radiodifusão Televisiva Digital Terrestre, que entrou em<br />

funcionamento em 20 de Setembro de 2010.<br />

Plano de Frequências e Coordenação de Serviços com as<br />

Regiões Vizinhas<br />

Após a assinatura em 2002, <strong>do</strong> “Protocolo sobre a Coordenação de Frequências no âmbito<br />

<strong>do</strong>s Serviços Móveis Terrestres, Serviços Fixos e Serviços de Radiodifusão Televisiva e Sonora<br />

entre o Interior da China e <strong>Macau</strong>”, ambas as partes têm manti<strong>do</strong> contactos regulares, no<br />

desenvolvimento das frequências rádio eléctricas.<br />

Em Outubro de 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Regulação de Telecomunicações<br />

e o Gabinete de Regulação de Radioeléctricas da Província de Guang<strong>do</strong>ng e respectivos<br />

departamentos realizaram uma reunião sobre a coordenação das frequências radioeléctricas,<br />

no qual, efectuaram, de forma aprofundada, a discussão e intercâmbio sobre vários temas<br />

específicos, tais como, a questão de cobertura de radioeléctricas <strong>do</strong> Novo Campus da Universidade<br />

de <strong>Macau</strong> na Ilha da Montanha e das zonas adjacentes, a viabilidade da integração de<br />

telecomunicações móveis na região determinada, o mecanismo da coordenação das frequências<br />

3G, bem como, o seu teste conjunto.<br />

472


Comunicação Social, Telecomunicações e Tecnologias da Informação<br />

Certificação de Documentos e Assinaturas Electrónicas<br />

A Lei n.º 5/2005, aprovada pela Assembleia Legislativa, em Agosto de 2005, estabelece o<br />

regime jurídico <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos e assinaturas electrónicas com um significa<strong>do</strong> muito relevante<br />

para o desenvolvimento sustentável <strong>do</strong>s assuntos governamentais e da esfera <strong>do</strong>s negócios. Por<br />

Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 376/2005, foi designada como autoridade credencia<strong>do</strong>ra,<br />

a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Regulação de Telecomunicações.<br />

Correios em <strong>Macau</strong><br />

Uma História que Atravessa Três Séculos<br />

O “Correio Marítimo” entrou em funcionamento em <strong>Macau</strong> em 1800. Em 1878, <strong>Macau</strong><br />

aderiu à União Postal Universal (UPU) e em 1884 entraram em vigor as “Instruções Provisórias<br />

para o Serviço <strong>do</strong> Correio de <strong>Macau</strong>”, regulan<strong>do</strong> o expediente postal segun<strong>do</strong> as Convenções<br />

Internacionais. Em 1891, os Correios de <strong>Macau</strong> iniciaram o serviço de vales de correio.<br />

O serviço de caixas de aparta<strong>do</strong> entrou em vigor em 1905 e em 1910, foram coloca<strong>do</strong>s os<br />

primeiros marcos postais nas ruas de <strong>Macau</strong>. Os serviços telefónicos foram transferi<strong>do</strong>s para a<br />

Repartição Técnica <strong>do</strong>s Correios e Telégrafos no dia 1 de Julho de 1927, ten<strong>do</strong> a central telefónica<br />

automática urbana “Passo-a-Passo” si<strong>do</strong> lançada no dia 8 de Dezembro de 1929, ano em que<br />

ficou concluí<strong>do</strong> o Edifício <strong>do</strong>s Correios, no Largo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>. Em Abril de 1958, foi estabeleci<strong>do</strong><br />

o serviço de permuta de pacotes postais por via marítima e aérea.<br />

A partir de dia 1 de Outubro de 1981, o serviço de telecomunicações foi concessiona<strong>do</strong> à<br />

Companhia de Telecomunicações de <strong>Macau</strong> (CTM).<br />

Em Junho de 2001, a competência regula<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s opera<strong>do</strong>res de telecomunicações passou,<br />

para a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Regulação de Telecomunicações. Hoje em dia a Direcção <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Correios (DSS) é responsável pelas áreas <strong>do</strong>s Serviços de Correios, Serviços de<br />

Certificação Electrónica, Caixa Económica Postal e Museu das Comunicações.<br />

Correios de <strong>Macau</strong><br />

Serviços de Correios<br />

Em 2011, com o número de correspondência comercial a aumentar de forma contínua, e<br />

com a distribuição das cartas enviadas pelo Governo da RAEM através <strong>do</strong> correio, nomeadamente<br />

<strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Segurança Social, por duas vezes, <strong>do</strong> Plano de Comparticipação Pecuniária e <strong>do</strong>s<br />

Censos 2011, realiza<strong>do</strong>s de dez em dez anos, o volume de correio local subiu seis por cento,<br />

comparativamente a 2010.<br />

Na correspondência internacional, e em comparação ao ano transacto, verificou-se uma<br />

descida de três por cento na correspondência expedida via superfície e de sete por cento na por<br />

via aérea, enquanto na recebida via superfície e via aérea se registou um aumento de nove e<br />

um por cento, respectivamente. A correspondência expedida e recebida teve como principais<br />

destinos e origens os seguintes países e regiões: Interior da China, Hong Kong, Taiwan,<br />

Singapura, Austrália, Portugal, Bélgica, Reino Uni<strong>do</strong> e Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América.<br />

Relativamente à correspondência registada, e comparativamente a 2010, registou-se em<br />

473


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

2011 um crescimento de 19 por cento no correio local, enquanto na expedição via superfície<br />

e via aérea se verificou um crescimento de 44 e 13 por cento, respectivamente. No que se<br />

refere ao volume de correspondência registada, registou-se um aumento de cinco por cento na<br />

recebida via superfície e de 14 por cento na recebida via aérea.<br />

Serviços Electrónicos Postais Seguros (SePS)<br />

Em 2011, os Correios criaram o sistema Caixa de Correio Electrónico Postal Seguro, basea<strong>do</strong><br />

nas tecnologias <strong>do</strong> Correio Electrónico Regista<strong>do</strong> Postal. No mesmo ano concluíram, ainda, os<br />

testes e estu<strong>do</strong>s sobre a integração de tecnologias de Carimbo Postal Electrónico Certifica<strong>do</strong>,<br />

de processamento digital de imagens e de servi<strong>do</strong>r de fax.<br />

Para desenvolvimento e aplicação <strong>do</strong> serviço de Carimbo Postal Electrónico Certifica<strong>do</strong>,<br />

foram implementa<strong>do</strong>s os seguintes sistemas: o sistema de envio de notas de vencimento;<br />

o sistema de recepção de propostas via electrónica para concursos públicos; e o sistema de<br />

arquivamento digital de relatórios de análises.<br />

O serviço SePS esteve envolvi<strong>do</strong> na elaboração das ordens executivas e <strong>do</strong>s regulamentos <strong>do</strong><br />

Serviço Público de Correio Electrónico Regista<strong>do</strong> Postal. Em termos de cooperação internacional,<br />

foi proposto pelos Correios de <strong>Macau</strong> a inserção <strong>do</strong>s regulamentos <strong>do</strong> Correio Regista<strong>do</strong><br />

Electrónico e da Caixa de Correio Electrónico Postal na Convenção da UPU, o que foi aprova<strong>do</strong><br />

pelo Conselho de Operações Postais da UPU, entran<strong>do</strong> em vigor em 1 de Janeiro de <strong>2012</strong>.<br />

Para uma maior promoção <strong>do</strong>s Serviços Electrónicos Postais Seguros, os Correios de <strong>Macau</strong><br />

participaram também na Semana I.T. 2011, exibin<strong>do</strong> o sistema de participação em concursos<br />

públicos via electrónica e o sistema de arquivamento de <strong>do</strong>cumentos digitais, ambos incorporan<strong>do</strong><br />

as tecnologias de Carimbo Postal Electrónico Certifica<strong>do</strong>.<br />

Filatelia<br />

Em 2011, os Correios de <strong>Macau</strong> lançaram dez emissões de selos: “<strong>Ano</strong> Lunar <strong>do</strong> Coelho”,<br />

“Vistas Cénicas <strong>do</strong> Continente IV”, “Edifícios Públicos e Monumentos”, “Naamyam Cantonense”,<br />

“Lendas e Mitos IX - A Lenda da Cobra Branca”, “50.º Aniversário da WWF”, “XXV Festival<br />

Internacional de Música de <strong>Macau</strong>”, “Figuras da História de <strong>Macau</strong>”, “Centenário da Revolução<br />

de Xinhai” e “140.º Aniversário da Associação de Beneficência <strong>do</strong> Hospital Kiang Wu”.<br />

Os Correios de <strong>Macau</strong> disponibilizam diferentes meios para que os clientes e colecciona<strong>do</strong>res<br />

de diversas partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> possam adquirir os produtos filatélicos de <strong>Macau</strong> mais facilmente.<br />

Assim, basta aceder à página electrónica <strong>do</strong>s Correios de <strong>Macau</strong> - www.macaupost.gov.mo -<br />

para obter informações mais actualizadas sobre a filatelia de <strong>Macau</strong> ou proceder à subscrição<br />

anual. Os clientes <strong>do</strong> exterior podem comprar os produtos filatélicos de <strong>Macau</strong> junto das<br />

autoridades postais da sua localidade ou através de agentes que tenham estabeleci<strong>do</strong> acor<strong>do</strong><br />

de agenciamento com os Correios de <strong>Macau</strong>.<br />

Caixa Económica Postal<br />

A Caixa Económica Postal (CEP) é uma instituição de crédito subordinada aos Correios<br />

que, para além de assumir a função de tesouraria <strong>do</strong>s Correios, proporciona vários serviços<br />

474


Comunicação Social, Telecomunicações e Tecnologias da Informação<br />

bancários, tais como crédito e transferência de fun<strong>do</strong>s e pagamento electrónico, entre outros,<br />

sem caução, a funcionários públicos e a trabalha<strong>do</strong>res de instituições de utilidade pública e de<br />

empresas privadas com as quais a CEP tenha celebra<strong>do</strong> protocolos de concessão de empréstimos.<br />

Durante o ano de 2011, o valor total de empréstimos concedi<strong>do</strong>s foi de cerca de 183<br />

milhões de patacas.<br />

Em relação à transferência de fun<strong>do</strong>s, a CEP, em cooperação com a Western Union Financial<br />

Services Inc., proporciona um serviço de envio instantâneo de dinheiro. Através da utilização<br />

de modernas tecnologias informáticas e de uma rede mundial de computa<strong>do</strong>res e balcões, o<br />

dinheiro pode ser transferi<strong>do</strong>, com segurança, para mais de 200 países ou regiões em apenas<br />

alguns minutos. Em 2011, registaram-se mais de 27.000 transacções. Presentemente, há nove<br />

postos de atendimento, nomeadamente na Caixa Económica Postal, na Sede <strong>do</strong>s Correios,<br />

na Estação Postal <strong>do</strong> Aeroporto, na Estação Postal <strong>do</strong> Terminal Marítimo <strong>do</strong> Porto Exterior, na<br />

Entidade de Registo eSignTrust, na Loja <strong>do</strong> Museu das Comunicações, na Estação de Almirante<br />

Lacerda, na Estação Jardins de Oceano e nos Correios <strong>do</strong> Coloane.<br />

Para além destes serviços, a CEP concluiu em 2006 a construção da plataforma para o serviço<br />

de pagamento electrónico. Quan<strong>do</strong> o público pretender requerer ou utilizar diferentes serviços<br />

governamentais, via Internet, pode efectuar simultaneamente o pagamento via Internet. Até<br />

finais de 2011, mais de 65 mil pessoas/vezes efectuaram pagamentos através desta plataforma.<br />

Serviços de Certificação<br />

Os Serviços de Certificação - eSignTrust, única entidade certifica<strong>do</strong>ra reconhecida pelo<br />

Governo da RAEM, a funcionar desde 2006, prestam serviços de autenticação on-line aos cidadãos<br />

e a pessoal de empresas e entidades governamentais, fornecen<strong>do</strong> <strong>do</strong>cumentos incorpora<strong>do</strong>s de<br />

assinatura electrónica qualificada, com valor jurídico e efeito vinculativo.<br />

* Segun<strong>do</strong> o arranjo estatal de reestruturação <strong>do</strong> sector de telecomunicações, a China Telecom adquiriu as redes<br />

e serviços de telecomunicações móveis terrestres CDMA da China Unicom. Após a conclusão <strong>do</strong> respectivo<br />

procedimento jurídico de alteração, a Companhia de China Unicom (<strong>Macau</strong>), Limitada, em 27 de Novembro de<br />

2008, passou a ter nova designação: “China Telecom (<strong>Macau</strong>), Limitada”.<br />

475


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

476


16 de Fevereiro de 2011<br />

Almoço de Primavera ofereci<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo,<br />

Chui Sai On, aos responsáveis da imprensa chinesa<br />

Comunicação Social, Telecomunicações e Tecnologias da de Informação<br />

477


Comunicação Social, Telecomunicações e Tecnologias da de Informação<br />

18 de Fevereiro de 2011<br />

Almoço de Primavera ofereci<strong>do</strong> pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On,<br />

aos responsáveis da comunicação social em língua portuguesa e inglesa<br />

478


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

17 de Maio de 2011<br />

Cerimónia de abertura das actividades comemorativas <strong>do</strong> Dia Mundial<br />

das Telecomunicações da Sociedade da Informação e entrega de prémios<br />

<strong>do</strong> concurso sobre software de WifiGo, presidida pelo secretário para os<br />

Transportes e Obras Publicas, Lau Si Io<br />

27 de Setembro de 2011<br />

Visita de uma delegação da comunicação social de <strong>Macau</strong> ao Luxemburgo.<br />

Na foto com representantes de serviços de comunicação social, informação<br />

<strong>do</strong> governo e conselho de imprensa <strong>do</strong> Grão-Duca<strong>do</strong>, após colóquio<br />

479


Comunicação Social, Telecomunicações e Tecnologias da de Informação<br />

10 de Dezembro de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo da Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong>, Alexis Tam, presente na cerimónia de abertura <strong>do</strong> Primeiro Congresso<br />

de Jornalistas de <strong>Macau</strong><br />

480


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

25 de Novembro de 2011<br />

Foto de grupo: Director <strong>do</strong> Gabinete de Comunicação Social, Victor Chan,<br />

com convida<strong>do</strong>s e vence<strong>do</strong>res no âmbito da inauguração da exposição<br />

“Momentos Felizes da Vida em <strong>Macau</strong> 2011”<br />

26 de Julho de 2011<br />

Fun<strong>do</strong> para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia realiza<br />

conferência de imprensa sobre a “RoboCup Júnior da China 2011”<br />

com entrega de prémios a alunos das escolas de <strong>Macau</strong> que vão<br />

participar na competição<br />

481


Para acompanhar os passos <strong>do</strong><br />

desenvolvimento urbanístico de<br />

<strong>Macau</strong>, o Governo da RAEM<br />

tem vin<strong>do</strong> a elaborar vários<br />

programas de longo prazo<br />

sobre a construção de grandes<br />

dimensões, comunicações,<br />

transportes, e outros<br />

projectos de desenvolvimento<br />

urbanístico, visan<strong>do</strong> melhorar,<br />

gradualmente, as bases<br />

materiais <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

urbano e aumentar a qualidade<br />

de vida da população.


XII<br />

SOLOS, INFRA-<br />

-ESTRUTURAS,<br />

HABITAÇÃO E<br />

ENTIDADES PÚBLICAS


Nova comunidade Novos dinamizada edifícios rasgan<strong>do</strong> (Foto: o GCS) céu


Solos, Infra-estruturas, Habitação e Entidades Públicas<br />

Solos, Infra-estruturas, Habitação e<br />

Entidades Públicas<br />

Planeamento Urbanístico<br />

Para acompanhar os passos <strong>do</strong> desenvolvimento urbanístico de <strong>Macau</strong>, o Governo da<br />

RAEM tem vin<strong>do</strong> a elaborar vários programas de longo prazo sobre a construção de grandes<br />

dimensões, comunicações, transportes, e outros projectos de desenvolvimento urbanístico,<br />

visan<strong>do</strong> melhorar, gradualmente, as bases materiais <strong>do</strong> desenvolvimento urbano e aumentar<br />

a qualidade de vida da população.<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras Públicas e<br />

Transportes<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) é um serviço de<br />

apoio técnico da Administração responsável nos <strong>do</strong>mínios da gestão e utilização de solos, <strong>do</strong><br />

planeamento urbanístico, das infra-estruturas, <strong>do</strong>s serviços básicos, <strong>do</strong> tráfego e <strong>do</strong>s transportes<br />

terrestres.<br />

Em 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT)<br />

empenhou-se na realização de grande número de acções de pesquisa e de consulta relativas<br />

à cooperação de desenvolvimento regional. Em <strong>2012</strong>, a DSSOPT irá realizar estu<strong>do</strong>s sobre o<br />

ordenamento da zona <strong>do</strong> Porto Interior, com vista a evitar cheias, o reordenamento <strong>do</strong>s bairros<br />

antigos, a concepção urbanística geral da Zona da Barra, o planeamento geral da zona nuclear<br />

<strong>do</strong> Património Mundial (Ruínas de S. Paulo), e outras, no senti<strong>do</strong> de melhorar o ambiente social<br />

<strong>do</strong>s bairros antigos e facilitar a definição de estratégias de macro visão que se adequem ao<br />

desenvolvimento a longo prazo da RAEM.<br />

Em referência ao trabalho de gestão de urbanização, elaboraram-se num total 306 Plantas<br />

de Alinhamento Oficial, entre as quais, 225 da Península de <strong>Macau</strong>, 37 da Taipa e 44 de Coloane.<br />

Além disso, emitiram-se 514 informações em relação aos estu<strong>do</strong>s prévios <strong>do</strong>s projectos de<br />

construção.<br />

485


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Construção Civil - Empresas e Construtores<br />

Até ao fim <strong>do</strong> ano de 2011, de acor<strong>do</strong> com da<strong>do</strong>s da DSSOPT, o número de inscrições e<br />

renovação de inscrições de construtores civis e empresas de construção civil, distribuía-se de<br />

acor<strong>do</strong> com a tabela seguinte:<br />

Inscrição Renovação Total<br />

Construtores Civis 27 151 178<br />

Empresas de<br />

Construção Civil<br />

175 574 749<br />

Total 202 725 972<br />

Engenheiros e Arquitectos<br />

Até ao fim <strong>do</strong> ano de 2011, de acor<strong>do</strong> com da<strong>do</strong>s da DSSOPT, o número de inscrições e<br />

renovação de inscrições de arquitectos e engenheiros, distribuía-se de acor<strong>do</strong> com a tabela<br />

seguinte:<br />

Tipos Inscrição Renovação Total<br />

Arquitectos 64 169 233<br />

Engenheiros (Construções Urbanas) 215 437 652<br />

Engenheiro (Gás) 9 17 26<br />

Engenheiro Técnico 7 14 21<br />

Total 295 637 932<br />

Soma Total 497 1362 1859<br />

Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas<br />

O Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI) é responsável por<br />

promover e coordenar acções da construção, conservação, modernização e desenvolvimento<br />

de empreendimentos de grande envergadura a serem implementa<strong>do</strong>s na Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong>, e estudar, acompanhar e desenvolver os projectos de construção no âmbito<br />

da cooperação regional <strong>do</strong> Grande-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas.<br />

486


Solos, Infra-estruturas, Habitação e Entidades Públicas<br />

Em 2011, o Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas continuou desenvolver<br />

várias obras da habitação pública, designadamente, a habitação pública na zona 1 <strong>do</strong> Lote CN3<br />

de Seac Pai Van, a habitação económica no Lote TN27 da Taipa, a habitação social <strong>do</strong> Bairro de<br />

Fai Chi Kei, a construção da habitação social na Rua Central de Tói San e no Bairro da Ilha Verde,<br />

bem como, a via de circulação automóvel subterrânea sita na Rotunda da Estrada <strong>do</strong> Istmo.<br />

Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes<br />

O Governo da RAEM criou, no dia 1 de Novembro de 2007, o Gabinete para as Infra-estruturas<br />

de Transportes (GIT), ten<strong>do</strong> como objectivo promover a modernização e aperfeiçoamento das<br />

infra-estruturas de transportes viários e implementar o sistema de metro ligeiro da RAEM,<br />

proporcionan<strong>do</strong>, assim, aos residentes e visitantes, um meio de transporte confortável, moderno<br />

e altamente eficiente.<br />

Na sequência <strong>do</strong> lançamento <strong>do</strong> concurso público e sua avaliação, o Gabinete para as<br />

Infra-estruturas de Transportes e a Mitsubishi Heavy Industries, Ltd., celebraram o contrato de<br />

adjudicação de “Fornecimento <strong>do</strong> Sistema e Material Circulante de Sistema de Metro Ligeiro de<br />

<strong>Macau</strong>”, sen<strong>do</strong> o preço de adjudicação da proposta base de 4688 milhões de patacas.<br />

Obras de Construção<br />

Construção Privada<br />

Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da DSSOPT, os edifícios de projectos priva<strong>do</strong>s concluí<strong>do</strong>s em 2011, com<br />

um total de 275.778 metros quadra<strong>do</strong>s de área de construção, comportam 1330 fracções<br />

autónomas, enquanto que os edifícios de projectos priva<strong>do</strong>s que foram inicia<strong>do</strong>s no ano de<br />

2011, terão uma área de construção de 435.475 metros quadra<strong>do</strong>s engloban<strong>do</strong> 2882 fracções<br />

autónomas.<br />

Obras Públicas<br />

Os projectos de investimento público que o Governo da RAEM realizou em 2011, incluem<br />

habitações, edifícios, arruamentos, pontes, diversos materiais de construção e transporte,<br />

maquinaria e equipamentos. O montante global para a execução <strong>do</strong>s projectos de investimento<br />

atingiu cerca de 8900 milhões de patacas.<br />

Laboratório de Engenharia Civil de <strong>Macau</strong> (LECM)<br />

Cria<strong>do</strong> em 1988, o Laboratório de Engenharia Civil de <strong>Macau</strong> (LECM) é uma organização<br />

técnico-científica, sem fins lucrativos, de utilidade pública, com autonomia técnica e financeira e<br />

património próprio. Os cargos de presidente da Assembleia-Geral e da Direcção <strong>do</strong> Laboratório<br />

são ambos assumi<strong>do</strong>s por representantes <strong>do</strong> Governo da RAEM.<br />

O LECM tem por missão prestar apoio técnico e tecnológico, no campo da engenharia civil<br />

e ciências afins ao Governo da RAEM, às empresas de construção civil e de serviços a elas<br />

ligadas que exercem a sua actividade em <strong>Macau</strong>, mediante inserção adequada nos programas<br />

de obras públicas e privadas de <strong>Macau</strong>.<br />

487


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Habitação<br />

Instituto de Habitação<br />

O Instituto de Habitação (IH) tem como atribuições principais garantir a implementação<br />

de medidas, projectos e trabalhos da habitação social e coordenar e apoiar a administração das<br />

partes comuns <strong>do</strong>s edifícios priva<strong>do</strong>s.<br />

Habitação Económica<br />

A “Habitação Económica” assim denominada por ter um preço relativamente baixo, era<br />

construída, de acor<strong>do</strong> com os termos <strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 13/93/M, de 12 de Abril de 1993,<br />

pela empresa para habitação adjudicatárias nos terrenos concedi<strong>do</strong>s. Além de parte <strong>do</strong>s fogos<br />

construí<strong>do</strong>s terem si<strong>do</strong> reverti<strong>do</strong>s para o Governo em contrapartida de benefícios e apoios<br />

diversos a conceder pela Administração, as restantes, de acor<strong>do</strong> com as condições e preços<br />

definidas no contrato de concessão, são comercializadas aos agrega<strong>do</strong>s familiares candidatos<br />

ao concurso para a compra de habitações designa<strong>do</strong>s pelo Instituto de Habitação.<br />

De acor<strong>do</strong> com a Lei n.º 10/2011, que entrou em vigor em 1 de Outubro de 2011, a<br />

construção <strong>do</strong>s edifícios de habitação económica passou a ser da responsabilidade <strong>do</strong> Governo<br />

da RAEM e promovida pelo Instituto de Habitação, ou por qualquer outro organismo público<br />

designa<strong>do</strong> para o efeito pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo.<br />

Objectivos da Habitação Económica<br />

A construção da habitação económica tem <strong>do</strong>is objectivos: apoiar os residentes da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> com determina<strong>do</strong>s níveis de rendimento e património, na<br />

resolução <strong>do</strong>s seus problemas habitacionais; promover a oferta de habitação mais adequada<br />

às reais necessidades e à capacidade aquisitiva <strong>do</strong>s residentes da RAEM.<br />

Condições da Candidatura ao Concurso<br />

Os residentes que pretendam comprar habitação económica devem apresentar o seu<br />

requerimento ao Instituto de Habitação. O requerente que se candidate ao concurso tem que<br />

ter no mínimo 18 anos de idade ou ser emancipa<strong>do</strong>, e tem que residir na RAEM, pelo menos<br />

há cinco anos. Além de cumprir os limites de rendimento legalmente fixos, os candidatos não<br />

podem ser ou ter si<strong>do</strong>, nos cinco anos anteriores à data da apresentação da candidatura e até<br />

à data de celebração da escritura pública de compra e venda da fracção, proprietários de prédio<br />

urbano ou fracção autónoma com finalidade habitacional ou terreno, não tenha desisti<strong>do</strong> da<br />

compra ou tenha vendi<strong>do</strong> uma fracção de habitação económica adquirida, nem tenha goza<strong>do</strong><br />

de bonificação ao crédito para aquisição de habitação própria. Elementos <strong>do</strong> mesmo agrega<strong>do</strong><br />

familiar não podem repetir a candidatura.<br />

Distribuição da Habitação<br />

Em 2011, foram trata<strong>do</strong>s 2436 agrega<strong>do</strong>s familiares, <strong>do</strong>s quais, 713 adquiriram fracções de<br />

“habitações por contrapartida”. Contu<strong>do</strong>, durante este ano, nenhum agrega<strong>do</strong> familiar adquiriu<br />

fracções autónomas que ficam pertença da empresa concessionária, haven<strong>do</strong>, ainda, 10.343<br />

488


Solos, Infra-estruturas, Habitação e Entidades Públicas<br />

agrega<strong>do</strong>s familiares em espera.<br />

Em 2011, houve 72 fracções de “habitações por contrapartida”, que foram vendidas aos<br />

agrega<strong>do</strong>s familiares que tiveram que desocupar barracas para serem demolidas.<br />

Habitação Social<br />

Por “Habitação Social” designam-se aquelas habitações construídas pelo Governo da RAEM,<br />

ou construídas com o investimento da empresa de desenvolvimento em terrenos forneci<strong>do</strong>s e<br />

concedi<strong>do</strong>s pelo Governo da RAEM, ou seja, as “habitações por contrapartida” resultantes <strong>do</strong>s<br />

contratos de desenvolvimento para a habitação celebra<strong>do</strong>s entre o Governo e os construtores.<br />

Destinam-se estas habitações a serem arrendadas a agrega<strong>do</strong>s familiares com baixo rendimento<br />

ou que se encontrem em casos especiais. A regularização da distribuição e gestão da habitação<br />

social baseia-se no Regulamento Administrativo n.º 25/2009.<br />

As habitações sociais são distribuídas a título de arrendamento a agrega<strong>do</strong>s familiares<br />

de “situação económica desfavorecida” ou que se encontrem em dificuldades especiais. Por<br />

“situação económica desfavorecida” entende-se que o rendimento total <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> familiar<br />

não excede o limite superior defini<strong>do</strong> na respectiva legislação.<br />

Requisitos para o Requerimento da Habitação Social<br />

O concurso de habitação social por arrendamento realiza-se quan<strong>do</strong> o Instituto de<br />

Habitação entender necessário. O agrega<strong>do</strong> familiar requerente da habitação social tem que<br />

obedecer aos seguintes requisitos: o requerente tem que ser maior de 18 anos ou emancipa<strong>do</strong>,<br />

residir pelo menos há sete anos na RAEM, e ser porta<strong>do</strong>r de bilhete de identidade de residente<br />

permanente da RAEM; Nenhum <strong>do</strong>s elementos <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> familiar requerente pode ser ou<br />

ter si<strong>do</strong> proprietário ou promitente-compra<strong>do</strong>r de qualquer prédio ou fracção autónoma na<br />

RAEM, ou proprietário ou concessionário de qualquer terreno <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio priva<strong>do</strong> da RAEM,<br />

no perío<strong>do</strong> de três anos antes <strong>do</strong> termo <strong>do</strong> prazo para entrega <strong>do</strong> boletim de candidatura;<br />

Nenhum <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> familiar requerente pode ser elemento que figure no boletim<br />

de candidatura de outro agrega<strong>do</strong> familiar, que já tenha si<strong>do</strong> autorizada para a aquisição de<br />

habitação económica; Nenhum <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> familiar requerente pode ser elemento<br />

que figure no boletim de candidatura de outro agrega<strong>do</strong> familiar, que já tenha si<strong>do</strong> autorizada<br />

para a aquisição de habitação nos termos <strong>do</strong> Regime de Bonificação ao Crédito para Aquisição<br />

ou Locação Financeira de Habitação Própria ou <strong>do</strong> Regime de Bonificação de Juros de Crédito<br />

Concedi<strong>do</strong> para Aquisição de Habitação Própria; Nenhum <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> familiar<br />

requerente pode ser elemento de agrega<strong>do</strong> familiar contra o qual tenha si<strong>do</strong> sanciona<strong>do</strong> pela<br />

infracção <strong>do</strong>s dispostos <strong>do</strong>s diplomas legais relativos ao regulamento de habitação social; e o<br />

total <strong>do</strong> rendimento mensal e <strong>do</strong> património líqui<strong>do</strong> <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> familiar não pode ultrapassar<br />

os limites estipula<strong>do</strong>s por lei.<br />

Limites <strong>do</strong> Rendimento Mensal e <strong>do</strong> Património Líqui<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Agrega<strong>do</strong> Familiar<br />

Nos temos <strong>do</strong> Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 297/2009, o total <strong>do</strong> rendimento mensal<br />

e <strong>do</strong> património líqui<strong>do</strong> <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> familiar requerente <strong>do</strong> arrendamento de habitação social<br />

não pode exceder a soma indicada no quadro seguinte.<br />

489


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Quadro <strong>do</strong> Rendimento Mensal e <strong>do</strong> Património<br />

Líqui<strong>do</strong> <strong>do</strong> Agrega<strong>do</strong> Familiar<br />

Dimensão <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong><br />

familiar<br />

(número de membros)<br />

Rendimento mensal <strong>do</strong><br />

agrega<strong>do</strong> familiar<br />

(patacas)<br />

Património líqui<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> familiar<br />

(patacas)<br />

1 7270 157.040<br />

2 11.370 245.600<br />

3 14.150 305.640<br />

4 15.940 344.310<br />

5 17.240 372.390<br />

6 20.370 440.000<br />

7 21.670 468.080<br />

Distribuição da Habitação<br />

A partir de 1996, foram realiza<strong>do</strong>s cinco concursos de habitação social por arrendamento.<br />

Em 2011, foram tratadas 2341 candidaturas, sen<strong>do</strong> que a 1300 agrega<strong>do</strong>s familiares foi<br />

distribuída uma fracção de habitação social, permanecen<strong>do</strong>, ainda, em lista de espera 7747<br />

agrega<strong>do</strong>s familiares.<br />

Para além <strong>do</strong> concurso público, pode também ser requerida habitação social através da<br />

apresentação de pedi<strong>do</strong> escrito. Nos termos <strong>do</strong> Regulamento Administrativo n.º 25/2009, a<br />

Administração Pública pode atribuir habitação com dispensa de qualquer <strong>do</strong>s requisitos de<br />

candidatura, a indivíduos ou agrega<strong>do</strong>s familiares que se encontrem em situação de crise<br />

habitacional, física ou moral.<br />

Em 2011, num total de 301 pedi<strong>do</strong>s entra<strong>do</strong>s, 6,6 por cento reuniam os requisitos legais<br />

necessários, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> atribuída habitação social.<br />

Plano Provisório de Atribuição de Abono de Residência a<br />

Agrega<strong>do</strong>s Familiares da Lista de Candidatos a Habitação Social<br />

Ten<strong>do</strong> em conta a inflação verificada, o Governo lançou, de novo, em Setembro de 2011,<br />

o Plano Provisório de Atribuição de Abono de Residência a Agrega<strong>do</strong>s Familiares da Lista de<br />

Candidatos a Habitação Social, de forma a aligeirar os encargos com a habitação. Os agrega<strong>do</strong>s<br />

familiares como candidatos na lista geral da habitação social podem receber um abono de<br />

residência, desde que o total <strong>do</strong> rendimento mensal <strong>do</strong> respectivo agrega<strong>do</strong> familiar não seja<br />

490


Solos, Infra-estruturas, Habitação e Entidades Públicas<br />

superior aos valores constantes no dito Plano. O montante <strong>do</strong> abono de residência é atribuí<strong>do</strong><br />

da seguinte forma: aos agrega<strong>do</strong>s familiares requerentes compostos por uma ou duas pessoas,<br />

é atribuí<strong>do</strong> o montante mensal de 1250 patacas, e aos agrega<strong>do</strong>s familiares requerentes<br />

compostos por três ou mais pessoas, é atribuí<strong>do</strong> o montante mensal de 1900 patacas. Em<br />

2011, 402 requerimentos foram aprova<strong>do</strong>s, adiciona<strong>do</strong>s de 5463 requerimentos aprova<strong>do</strong>s de<br />

2008 a 2010, que continuavam a ter direito ao abono de residência, e o valor total <strong>do</strong> abono<br />

de residência atribuí<strong>do</strong> cifrou-se em 89 milhões de patacas.<br />

Gestão da Habitação<br />

O Instituto de Habitação exerce, segun<strong>do</strong> a legislação relativa à habitação económica, a<br />

fiscalização e gestão sobre a habitação económica, sobretu<strong>do</strong>, a sua conservação, reparação e<br />

administração predial, poden<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> necessário, aplicar multas, nos termos da respectiva<br />

legislação, aos residentes ou entidades administra<strong>do</strong>ras da habitação que tenham transgredi<strong>do</strong><br />

os respectivos regulamentos legais.<br />

O Instituto de Habitação apoiou, também, os residentes em habitações económicas na<br />

criação de comissões administrativas, permitin<strong>do</strong> a participação directa <strong>do</strong>s proprietários na<br />

gestão <strong>do</strong>s seus próprios edifícios. Até ao final de 2011, foram criadas 52 comissões deste<br />

género. O Instituto prestou, ainda, apoio aos condóminos para resolverem conflitos resultantes<br />

da gestão <strong>do</strong>s prédios económicos, ten<strong>do</strong> em vista a conciliação entre as partes em conflito<br />

mediante consultas racionais. Em 2011, o IH coordenou e apoiou as comissões administrativas<br />

no tratamento de 282 casos.<br />

Quanto à habitação social, o Instituto de Habitação tem vin<strong>do</strong> a proceder aos trabalhos de<br />

manutenção necessários, à reparação e optimização, não se limitan<strong>do</strong> à reparação, manutenção<br />

e modernização <strong>do</strong> exterior e interior <strong>do</strong>s bairros sociais, mas executan<strong>do</strong> também reparações<br />

interiores para melhorar as condições residenciais <strong>do</strong>s arrendatários, sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos que<br />

vivem sós.<br />

A partir de 2006, o apoio na gestão das partes comuns <strong>do</strong>s edifícios priva<strong>do</strong>s construí<strong>do</strong>s<br />

no regime de propriedade horizontal foi inseri<strong>do</strong> nas atribuições <strong>do</strong> Instituto de Habitação. Até<br />

aos finais de 2011, o IH acompanhou o tratamento de 680 casos.<br />

Planos <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Reparação Predial<br />

Para encorajar e apoiar a assunção de responsabilidades na reparação das partes comuns<br />

<strong>do</strong>s edifícios, na optimização <strong>do</strong> ambiente de residência e de vida e na valorização <strong>do</strong>s prédios<br />

antigos, o IH criou, em Março de 2007, o Fun<strong>do</strong> de Reparação Predial, com o propósito de<br />

financiar as obras de conservação e reparação <strong>do</strong>s edifícios priva<strong>do</strong>s, no quadro das políticas de<br />

segurança e higiene ambiental. O Fun<strong>do</strong> de Reparação Predial lançou os seguintes planos: Plano<br />

de Crédito sem Juros para Reparação de Edifícios, Plano de Apoio Financeiro para Reparação<br />

de Edifícios, Plano de Apoio Financeiro para a Administração de Edifícios, Plano Provisório de<br />

Apoio Financeiro para Reparação das Instalações Comuns de Edifícios Baixos e Plano de Apoio<br />

a Projecto de Reparação de Edifícios.<br />

Até final de 2011, registaram-se 182 casos de consulta e requerimento no quadro <strong>do</strong>s<br />

planos <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de Reparação Predial.<br />

491


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Centro de Interserviços para Tratamento de Infiltrações de<br />

Águas nos Edifícios<br />

O problema de obstrução <strong>do</strong>s esgotos e infiltrações de água nos edifícios é um <strong>do</strong>s<br />

problemas <strong>do</strong> ambiente habitacional que, desde há muito, mais prejudica os residentes. Para<br />

resolver o problema, o Governo criou, em 1 de Fevereiro de 2009, o Centro de Interserviços<br />

para Tratamento de Infiltrações de Águas nos Edifícios - em colaboração interdepartamental<br />

- composto pela Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, Instituto para<br />

os Assuntos Cívicos e Municipais, Serviços de Saúde, Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Assuntos de<br />

Justiça e Instituto de Habitação. Coordena<strong>do</strong> pelo IH e em colaboração com a avaliação técnica<br />

<strong>do</strong> Laboratório de Engenharia Civil, o Centro funciona em forma de serviço “One stop”, para a<br />

recepção e tratamento das queixas <strong>do</strong>s cidadãos, com o objectivo de resolver, de forma mais<br />

simples e rápida possível, o problema das infiltrações de águas nos edifícios. No ano em análise<br />

foram autua<strong>do</strong>s 1955 casos, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> presta<strong>do</strong>, sob a coordenação <strong>do</strong> pessoal <strong>do</strong> IH, apoio<br />

à resolução com sucesso de 1092 casos de infiltração de água em colaboração com empresas<br />

de gestão predial, associações de con<strong>do</strong>mínios e con<strong>do</strong>mínios de fracções.<br />

Demolição de Barracas e Construções Ilegais<br />

Para acompanhar o planeamento urbanístico e a redistribuição de terrenos, o Instituto de<br />

Habitação tem-se empenha<strong>do</strong> na demolição de barracas e no realojamento <strong>do</strong>s residentes. Em<br />

2011, foram demolidas 21 barracas. Até finais <strong>do</strong> ano, contabilizavam-se 532 barracas, das<br />

quais 237 na Península de <strong>Macau</strong> e 295 nas Ilhas.<br />

Gestão das Terras<br />

Comissão de Terras<br />

A Comissão de Terras é um órgão consultivo sob tutela <strong>do</strong> Secretário para os Transportes<br />

e Obras Públicas. Esta comissão tem por atribuição emitir pareceres sobre o cumprimento<br />

das obrigações legais e contratuais, e propor a aplicação de multa ou outras punições legais<br />

ou estabelecidas no contrato. Ao mesmo tempo, pode emitir parecer sobre os processos de<br />

expropriação de terrenos por utilidade pública, e outorgar, renovar e revogar licenças de<br />

ocupação precária de terrenos.<br />

Conselho Consultivo para o Reordenamento <strong>do</strong>s Bairros<br />

Antigos de <strong>Macau</strong><br />

Nos termos <strong>do</strong> Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 354/2005, foi cria<strong>do</strong> o Conselho<br />

Consultivo para o Reordenamento <strong>do</strong>s Bairros Antigos de <strong>Macau</strong>, competin<strong>do</strong>-lhe recolher opiniões<br />

<strong>do</strong>s diferentes sectores da sociedade, e avaliar e emitir sugestões relativas ao reordenamento<br />

<strong>do</strong>s bairros antigos, para servirem de referência ao Governo e entidades competentes.<br />

Concessão de Terrenos<br />

A área <strong>do</strong>s terrenos concedi<strong>do</strong>s em 2011, foi de 20.803 metros quadra<strong>do</strong>s e a área abrangida<br />

492


Solos, Infra-estruturas, Habitação e Entidades Públicas<br />

foi de 67.983 metros quadra<strong>do</strong>s. A soma <strong>do</strong>s prémios atingiu 980.789.220 de patacas. Em 2011,<br />

foram feitos 35 contratos de concessão de terrenos, os quais se distribuíram da seguinte forma:<br />

concessão por arrendamento; revisão por arrendamento; revisão por aforamento; concessão por<br />

troca; rescisão de contratos, integração <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio público/priva<strong>do</strong> e unificação de regime legal.<br />

Os terrenos concedi<strong>do</strong>s são usa<strong>do</strong>s principalmente para a construção de residências,<br />

empresas comerciais, escritórios, hotéis, parques de estacionamento e instalações, entre<br />

outros fins. Em 2011, o valor <strong>do</strong>s prémios cobra<strong>do</strong>s foi de 2.893.844.766 de patacas, das quais<br />

133.311.830 correspondem a prémios em atraso <strong>do</strong>s anos anteriores.<br />

Redes de Esgotos<br />

O sistema de redes de esgotos é composto pelas três redes de esgotos independentes da<br />

Península de <strong>Macau</strong>, e das ilhas da Taipa e de Coloane.<br />

Os da<strong>do</strong>s estatísticos sobre o sistema de redes de esgotos apresentam-se na tabela seguinte:<br />

Da<strong>do</strong>s sobre o Sistema de Redes de Esgotos em 2011<br />

Tipos<br />

Zonas<br />

Península de<br />

<strong>Macau</strong><br />

Sistema de condutas de drenagem públicas<br />

(metros)<br />

Canos<br />

de<br />

águas<br />

residuais<br />

Canos<br />

pluviais<br />

Canos<br />

mistos<br />

de<br />

águas<br />

pluviais e<br />

residuais<br />

Canos de<br />

retenção<br />

(águas<br />

pluviais e<br />

residuais)<br />

Caixas<br />

para<br />

águas<br />

pluviais<br />

(quantidade)<br />

Sistemas de<br />

caixas para<br />

fiscalização<br />

de canos de<br />

drenagem<br />

públicos<br />

(caixas de<br />

visitas)<br />

(quantidade)<br />

Saída<br />

de<br />

canos<br />

públicos<br />

de<br />

águas<br />

pluviais<br />

(quantidade)<br />

Válvulas<br />

localizadas<br />

nas<br />

saídas<br />

(quantidade)<br />

Estações<br />

elevatórias<br />

(quantidade)<br />

83.290,48 91.782,24 63.877,92 16.037,38 13.757 10.528 170 39 19<br />

Ilha da Taipa 25.754,23 60.029,94 363,94 23.994,53 4061 2889 71 18 13<br />

Ilha de<br />

Coloane<br />

8.235,68 16.544,81 0,00 12.609,76 2243 1133 52 6 11<br />

Total 117.280,39 168.356,99 64.241,86 52.641,67 20.061 14.550 293 63 43<br />

São da Divisão de Saneamento Básico <strong>do</strong> Departamento de Saneamento, Vias e Manutenção<br />

Urbana <strong>do</strong> Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais as seguintes atribuições: limpar e<br />

dragar o sistema de redes de esgotos de <strong>Macau</strong>; fiscalizar e inspeccionar o funcionamento <strong>do</strong><br />

sistema; estudar e melhorar o sistema; e registar os da<strong>do</strong>s com ele relaciona<strong>do</strong>s.<br />

Em 2011, registaram-se, na temporada de chuva intensa, 11 reclamações relativas a<br />

inundações em ruas e 148 reclamações contra o entupimento <strong>do</strong>s canais principais. Por outro la<strong>do</strong>,<br />

registaram-se 17 autuações pela violação das disposições <strong>do</strong> Regulamento Geral <strong>do</strong>s Espaços<br />

Públicos, e foram emitidas 150 notificações a autores de escoamento ilegal de águas residuais.<br />

493


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Taludes<br />

Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da DSSOPT, até ao ano de 2011, existiam em <strong>Macau</strong> 190 taludes com<br />

índices de risco de desabamentos.<br />

Estatísticas de Taludes<br />

Localização<br />

Quantidade/Risco de Taludes<br />

Eleva<strong>do</strong> Médio Baixo Total<br />

Península de <strong>Macau</strong> 4 24 50 78<br />

Ilha da Taipa 2 18 32 52<br />

Ilha de Coloane 4 21 35 60<br />

Total 10 63 117 190<br />

A DSSOPT e o IACM estão encarrega<strong>do</strong>s da manutenção <strong>do</strong>s taludes junto das vias públicas,<br />

em parques e jardins públicos. Em 2011, a DSSOPT reparou e consoli<strong>do</strong>u quatro taludes, e o<br />

IACM reparou e consoli<strong>do</strong>u um outro talude.<br />

Topografia e Cartografia<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Cartografia e Cadastro<br />

É um serviço sob tutela <strong>do</strong> Secretário para os Transportes e Obras Públicas, cujas principais<br />

atribuições são: estabelecer e proteger a rede de topografia e controlo das terras e a rede de<br />

níveis geométricos da RAEM; apoiar a gestão das terras; traçar plantas temáticas de diferentes<br />

escalas e de diversos tipos; e executar a gestão cadastral da RAEM.<br />

Gestão Cadastral<br />

A partir de 1983, a Divisão de Cadastro da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Cartografia e Cadastro<br />

(DSCC), tem vin<strong>do</strong> a criar um banco de da<strong>do</strong>s cadastrais e a traçar, com base nisso, plantas<br />

cadastrais nos termos da Lei <strong>do</strong> Cadastro (Decreto-Lei n.º 3/94/M, de 17 de Janeiro). Esta<br />

Divisão tem vin<strong>do</strong>, também, a actualizar, ordenar e completar os da<strong>do</strong>s. A DSCC lançou, ainda,<br />

a “Rede de Informação Cadastral” em 2008, e o “Serviço de Compra de Plantas Cadastrais<br />

On-Line” em 2011.<br />

No que respeita à demarcação de terrenos, quan<strong>do</strong> o proprietário de um terreno exige<br />

uma nova demarcação com o fim de a aproveitar para realizar uma avaliação, por motivo de<br />

negócio ou desenvolvimento, a Divisão de Cadastro dá to<strong>do</strong> o apoio neste <strong>do</strong>mínio de acor<strong>do</strong><br />

com o arquivo geral relativo ao cadastro.<br />

Levantamento Topográfico e Cartográfico <strong>do</strong>s Terrenos<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Cartografia e Cadastro presta diversos serviços de topografia<br />

494


Solos, Infra-estruturas, Habitação e Entidades Públicas<br />

e cartografia de terrenos e fornece, ainda, mapas topográficos com anotações em chinês<br />

e português, de diversas escalas, nomeadamente de 1:1000, 1:2000, 1:5000, 1:10.000 e<br />

1:20.000, cartografia digital da RAEM, cartazes, mapas da RAEM e regiões adjacentes, cartas<br />

temáticas e fotografias aéreas <strong>do</strong>s anos de 1941, 1980, 1988, 1993 e 1998.<br />

Em 2011, foi lança<strong>do</strong> o “Atlas de <strong>Macau</strong> 2011”, que continuou a utilizar na sua elaboração a<br />

meto<strong>do</strong>logia da sobreposição das plantas de arruamento e das imagens de satélite, apresentan<strong>do</strong><br />

imagens tridimensionais <strong>do</strong> Centro Histórico de <strong>Macau</strong> e fotografias aéreas históricas da RAEM<br />

no século XX. Acompanham este Atlas, em anexo, além <strong>do</strong>s óculos destina<strong>do</strong>s à apreciação das<br />

imagens tridimensionais, um CD-ROM de software <strong>do</strong> “<strong>Macau</strong> GeoGuide”.<br />

Estação GPS de Referência<br />

O estabelecimento e manutenção das redes geodésicas e de nivelamento geométrico têm<br />

por finalidade facultar coordenadas planimétricas e cotas <strong>do</strong>s principais pontos de controlo,<br />

destinadas às diversas tarefas de levantamento topográfico e de engenharia. Pelo uso das<br />

tecnologias de GPS (Sistema de Posicionamento Global) e RTK (Real Time Kinematic), em<br />

combinação com méto<strong>do</strong>s topográficos tradicionais, realizar periodicamente as tarefas de<br />

adensamento e de verificação <strong>do</strong>s pontos de controlo das redes, de forma a poder manter a<br />

precisão das redes.<br />

Foram estabelecidas, respectivamente em 2002, 2005 e 2008, as três estações de referência<br />

de <strong>Macau</strong> na Fortaleza <strong>do</strong> Monte, no “Alto de Coloane” e na “Taipa Grande”, que, além de<br />

permitir a recepção de sinais <strong>do</strong> Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System,<br />

GPS), pode também receber da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Sistemas Globais de Navegação por Satélite (Global<br />

Navigation Satellite Systems, GLONASS), portanto, esta terceira estação GPS de referência de<br />

<strong>Macau</strong> funciona em sistema bi-satélite. Pela integração das três estações GPS de referência,<br />

poderá ser coberta uma área mais abrangente da RAEM, fornecen<strong>do</strong> um apoio necessário ao<br />

desenvolvimento da recolha de da<strong>do</strong>s espaciais de topografia, de demarcação, de engenharia<br />

topográfica, de navegação, e <strong>do</strong>s Sistemas de Informação Geográfica (Geographic Information<br />

System, GIS).<br />

Em 2009, foram lança<strong>do</strong>s e abertos oficialmente ao público, os “Serviços da Rede das<br />

Estações GPS de Referência de <strong>Macau</strong>” (www.dscc.gov.mo/mosref) para registo de uso público.<br />

Além disso, a DSCC presta simultaneamente aos utentes, serviços de levantamento RTK - Tempo<br />

Real Cinemático específicos para efectuarem a aplicação de posicionamento em tempo real e<br />

com precisão até ao grau de centímetro.<br />

Sistema de Informação Geográfica<br />

Conforme as necessidades da sociedade, a DSCC lançou diversos sistemas de informação<br />

geográfica, tais como:<br />

A “Rede de Informação Cadastral” (cadastre.gis.gov.mo) é uma plataforma complexa de<br />

informações de solos que proporciona da<strong>do</strong>s sobre solos e construções nos serviços públicos<br />

congéneres. Os utiliza<strong>do</strong>res podem neste sistema consultar da<strong>do</strong>s referentes a construções,<br />

parcelas, “servidões cartográficas”, alinhamento de arruamento, ordenamento de bairros, registo<br />

predial, da<strong>do</strong>s de talude e diplomas legais aplicáveis e despachos. Além disso, o sistema inclui<br />

estatísticas sobre solos, procedimentos administrativos e legislação variada. Desde 2008, data<br />

495


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

da abertura deste Website, até ao final de 2011, os visitantes já ultrapassaram cento e trinta<br />

mil pessoas/vezes.<br />

O “Mapa on-line de <strong>Macau</strong>” (webmap.gov.mo), actualmente em quatro versões, Chinês<br />

tradicional, Chinês simplifica<strong>do</strong>, Inglês e Português, facilita aos cidadãos a obtenção de<br />

informação geográfica necessária à vida quotidiana, poden<strong>do</strong> os utentes nele pesquisar, e em<br />

formas diferentes, as informações relacionadas com todas as construções, vias e pontos de<br />

interesse em <strong>Macau</strong>, como entidades públicas, pontos turísticos e bancos, entre outros. Deste o<br />

lançamento deste sistema, em 2001, até à actualidade, os visitantes acumula<strong>do</strong>s já ultrapassou<br />

mais de um milhão pessoas/vezes.<br />

O “<strong>Macau</strong> GeoGuide - versão Win<strong>do</strong>ws Mobile”, um sistema de visualização de mapas<br />

aplicável na plataforma Win<strong>do</strong>ws Mobile (agenda electrónica “PDA”), com o uso <strong>do</strong> Sistema de<br />

Posicionamento Global (GPS), torna-se numa ferramenta conveniente de navegação. Foram,<br />

ainda, introduzidas informações sobre paragens e itinerários de autocarros, proporcionan<strong>do</strong><br />

também o planeamento de itinerários e transferências por autocarro para que os residentes e<br />

turistas possam, através <strong>do</strong> sistema, usar eficazmente o actual sistema de transportes públicos.<br />

A DSCC introduziu, também, o sistema “<strong>Macau</strong> Geoguide - Versão PC” que dispõe também<br />

de funções de consulta <strong>do</strong> melhor percurso entre <strong>do</strong>is pontos, e de visualização <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s<br />

de trânsito no mapa, associadas ao único mapa inteligente de vias públicas. As informações<br />

geográficas <strong>do</strong> “<strong>Macau</strong> GeoGuide” são actualizadas semestralmente e estão disponíveis<br />

gratuitamente para descarregar pelos utiliza<strong>do</strong>res.<br />

A “Rede de Informação Geográfica para Tráfego” (traffic.gis.gov.mo) é um sistema<br />

explora<strong>do</strong> conjuntamente pelas Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Cartografia e Cadastro e a Direcção<br />

<strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos de Tráfego. A par disso, o público pode consultar o mapa de<br />

itinerário entre <strong>do</strong>is pontos no Posto de Informações na página electrónica (www.dspa.gov.mo/<br />

bus) da Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos de Tráfego, obten<strong>do</strong> informações relativas às<br />

respectivas paragens de autocarros.<br />

O Sistema de Informação Geográfica Ambiental de <strong>Macau</strong> (www.dspa.gov.mo/zhmo/aspx)<br />

é um sistema explora<strong>do</strong> conjuntamente pela Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Cartografia e Cadastro e<br />

pela Direcção <strong>do</strong>s Serviços para a Protecção <strong>do</strong> Ambiente, ten<strong>do</strong> como entidades participantes<br />

a Direcção <strong>do</strong>s Serviços Meteorológicos e Geofísicos e a Sociedade de Abastecimento de Águas<br />

de <strong>Macau</strong>. Por este sistema são divulga<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s ambientais e de análise, que podem ser<br />

consulta<strong>do</strong>s via Internet.<br />

A “Rede de Informação Cadastral-Rede Interna Interdepartamental” fornece informações<br />

imediatas de solos aos serviços de obras públicas, de habitação e de planeamento e administração<br />

de solos, de supervisão ambiental e de gestão municipal. Além <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s já coloca<strong>do</strong>s na<br />

“Rede de Informação Cadastral”, a “Rede Interna Interdepartamental” proporciona aos serviços<br />

governamentais a forma de ocupação de terrenos, fotografias aéreas <strong>do</strong>s anos de 1980, 1988,<br />

1993, 1993, 1998 e 2009, e informações relativas a áreas de terrenos, códigos de registo de<br />

construções, entre outras.<br />

Gabinete para o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sector Energético<br />

Com a finalidade de acompanhar as políticas <strong>do</strong> sector energético <strong>do</strong> Governo da RAEM,<br />

foi cria<strong>do</strong> em 1 de Janeiro de 2005, conforme o Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 11/2005,<br />

o Gabinete para o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sector Energético (GDSE), um serviço sob a tutela <strong>do</strong><br />

496


Solos, Infra-estruturas, Habitação e Entidades Públicas<br />

Secretário para os Transportes e Obras Públicas. Ten<strong>do</strong> por objectivos a promoção e coordenação<br />

de todas as actividades relacionadas com o sector energético, o GDSE foi incumbi<strong>do</strong> das<br />

seguintes competências:<br />

- Apoiar o Governo no exercício das suas funções de tutela e na formulação das políticas<br />

a prosseguir no sector;<br />

- Elaborar, ten<strong>do</strong> em consideração as perspectivas de desenvolvimento socioeconómico da<br />

RAEM e as questões ambientais, os planos e os programas de desenvolvimento <strong>do</strong> sector<br />

e acompanhar a sua execução;<br />

- Promover e participar na elaboração da legislação e regulamentação relativas às actividades<br />

<strong>do</strong> sector e velar pelo seu cumprimento;<br />

- Promover a utilização racional <strong>do</strong>s produtos energéticos e a melhor eficiência no seu<br />

consumo, numa perspectiva económica, de fiabilidade e qualidade <strong>do</strong> abastecimento e<br />

de minimização de efeitos nocivos para o ambiente.<br />

Energia Eléctrica<br />

Em 2011, o Gabinete para o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sector Energético planeou alterar o sistema<br />

tarifário de electricidade, que tem vin<strong>do</strong> a ser usa<strong>do</strong> há 25 anos, auscultan<strong>do</strong> amplamente, para<br />

tal efeito, opiniões e propostas sa população.<br />

A consulta pública sobre o “Sistema Tarifário de Electricidade e Fixação <strong>do</strong>s Preços da<br />

Electricidade” começou a 21 de Novembro de 2011 e terminou a 20 de Janeiro de <strong>2012</strong>. O<br />

Governo irá analizar as opiniões e propostas recolhidas e elaborar um projecto, que satisfaça os<br />

interesses da maioria <strong>do</strong>s cidadãos, procuran<strong>do</strong> a aplicação mais ce<strong>do</strong> possível <strong>do</strong> novo sistema<br />

tarifário, a fim de minimizar a carga tarifária.<br />

Para fazer face à pressão da inflação, o Governo estendeu por um ano a medida de subsídio<br />

da tarifa de electricidade, aumentan<strong>do</strong> o valor <strong>do</strong> subsídio mensal atribuí<strong>do</strong> a cada agrega<strong>do</strong><br />

familiar de 150 para 180 patacas.<br />

Está prevista, para 1 de Maio de <strong>2012</strong>, a inauguração da obra de construção da segunda<br />

linha de 220kV de transmissão de electricidade de Zhuhai à RAEM e da linha de 220kV de<br />

transmissão de electricidade das Portas de Cerco ao COTAI, aumentan<strong>do</strong> então o volume das<br />

reservas de energia eléctrica da rede interligada entre Guang<strong>do</strong>ng e <strong>Macau</strong> e asseguran<strong>do</strong> a<br />

estabilidade <strong>do</strong> fornecimento de energia eléctrica a <strong>Macau</strong>.<br />

Gás Natural<br />

Para se articular com o desenvolvimento <strong>do</strong> uso de gás natural em <strong>Macau</strong>, o Governo<br />

procedeu à alteração ao Regulamento Técnico <strong>do</strong>s Gasodutos de Transporte de Gases<br />

Combustíveis aprova<strong>do</strong> pelo Regulamento Administrativo n.º 36/2002, alteran<strong>do</strong> a designação<br />

para Regulamento Técnico <strong>do</strong>s Gasodutos de Transporte de Gases Combustíveis em Alta Pressão,<br />

que foi implementa<strong>do</strong> no início de <strong>2012</strong> após a conclusão <strong>do</strong> processo legislativo.<br />

Conservação Energética<br />

Foi implementa<strong>do</strong> em 54 serviços públicos o mecanismo de gestão energética, sen<strong>do</strong><br />

497


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

divulga<strong>do</strong> de forma contínua o conceito da conservação energética. A par disso, foi da<strong>do</strong> início<br />

ao teste de lâmpadas da rua tipo LED, recolhen<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s para se preparar a substituição das<br />

antigas lâmpadas pelas <strong>do</strong> tipo LED.<br />

Abastecimento de Água Potável<br />

Sociedade de Abastecimento de Águas de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L.<br />

A Sociedade de Abastecimento de Águas de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L (SAAM) foi criada em 1932,<br />

como uma empresa privada. Em 1985, a Sino French Holdings (Hong Kong) Limited adquiriu 85<br />

por cento das acções da SAAM e assinou um contrato de concessão de abastecimento de água<br />

com o então Governo de <strong>Macau</strong>. Actualmente, a Sino French Holdings (Hong Kong) Limited<br />

é uma parceria entre a SUEZ (companhia formada a partir da fusão da Lyonnaise des Eaux<br />

e a Compagnie de SUEZ em 1997) e a NWS Holdings Limited (empresa <strong>do</strong> grupo New World<br />

Development Company Limited).<br />

Abastecimento de Água Bruta<br />

O sistema de abastecimento de água bruta de Zhuhai para <strong>Macau</strong> é constituí<strong>do</strong> por duas<br />

partes principais: o Sistema Sul que entrou em funcionamento em 1988 e o Sistema Zhuyin que<br />

entrou em funcionamento parcial no ano de 2007. Estes <strong>do</strong>is sistemas estão interliga<strong>do</strong>s através<br />

da Estação de Bombagem de Guangchang. A distribuição <strong>do</strong> sistema encontra-se ilustrada abaixo.<br />

Estação de<br />

bombagem de<br />

Zhu Zhou Tou<br />

Reservatório<br />

de Zhu Yin<br />

Reservatório de<br />

Feng Huang Shan<br />

Estação de<br />

bombagem de<br />

Ping Gang<br />

Reservatório<br />

de Yue Keng<br />

Reservatório de<br />

Da Jing Shan<br />

Estação de<br />

bombagem de<br />

Yu Zhou<br />

Reservatório<br />

de Nan Ping<br />

Reservatório de<br />

Zhu Xian Dong<br />

Reservatório<br />

de She Di Keng<br />

Porta da eclusa<br />

de Gua Ding Jiao<br />

Porta da eclusa e<br />

Estação de bombagem<br />

de Hong Wan<br />

Reservatório de<br />

Yin Keng<br />

No mapa acima, a legenda vermelha indica a rede e os pontos de captação da água bruta<br />

fornecida a <strong>Macau</strong>. Aproximadamente 95 por cento da água bruta de <strong>Macau</strong> tem origem no<br />

canal de Madaomen, situa<strong>do</strong> estuário <strong>do</strong> Rio <strong>do</strong> Oeste. Nos últimos dez anos e em resposta às<br />

498


Solos, Infra-estruturas, Habitação e Entidades Públicas<br />

marés salgadas, os pontos de captação de água têm vin<strong>do</strong> a migrar a montante. Actualmente,<br />

grande parte da água bruta fornecida a <strong>Macau</strong> é captada em cinco locais.<br />

A legenda azul indica a localização <strong>do</strong>s diversos reservatórios. Além <strong>do</strong> grupo de reservatórios<br />

<strong>do</strong> Sistema Sul, que já entrou em funcionamento há mais de 20 anos, foi construí<strong>do</strong> nos últimos<br />

anos, o Reservatório de Zhuyin em Ping Gong no senti<strong>do</strong> de encontrar uma solução de longo<br />

prazo para o problema das marés salgadas. O Reservatório de Zhuyin entrou em funcionamento<br />

experimental no terceiro trimestre de 2011.<br />

Em 2011, Zhuhai forneceu a <strong>Macau</strong> aproximadamente 218.000m 3 /dia de água bruta,<br />

perfazen<strong>do</strong> um total anual de 79.410.000m 3 . Para além das épocas <strong>do</strong> Inverno e da Primavera,<br />

quan<strong>do</strong> as marés salgadas causam níveis ligeiramente eleva<strong>do</strong>s de cloreto na água bruta e<br />

um aumento sazonal <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res de coliformes fecais, a qualidade da água bruta tem<br />

basicamente atingi<strong>do</strong> a classe II das normas de águas superficiais da RPC (que utiliza a<br />

classificação GB3838-2002 da “qualidade ambiental das águas superficiais” como critério de<br />

avaliação).<br />

Produção, Armazenamento, Transporte e Distribuição da Água Potável<br />

A capacidade de tratamento de água de <strong>Macau</strong> aumentou <strong>do</strong>s 85.000m 3 /dia em 1985<br />

para os actuais 330.000m 3 /dia. Em relação à sua distribuição, a capacidade <strong>do</strong>s reservatórios<br />

de tratamento (incluin<strong>do</strong> os tanques cobertos de água <strong>do</strong>ce das estações de tratamento de<br />

água e os tanques eleva<strong>do</strong>s) aumentou <strong>do</strong>s 17.000m 3 em 1985 para os actuais 120.000m 3 . O<br />

comprimento total da rede de abastecimento aumentou <strong>do</strong>s 127km em 1985 para os 511km em<br />

2011, para mais, 95 por cento das as condutas instaladas antes de 1982 já foram substituídas.<br />

No final de 2011, os reservatórios de água bruta localiza<strong>do</strong>s no território de <strong>Macau</strong> (incluin<strong>do</strong><br />

os reservatórios <strong>do</strong> Porto Exterior, Seac Pai Van, Ka-Hó e Hac Sá) tinham uma capacidade<br />

total de 2,98 milhões de m 3 , sen<strong>do</strong> que entre estes o Reservatório <strong>do</strong> Porto Exterior tinha uma<br />

capacidade de 1,9 milhões de m 3 .<br />

Desde 1982 que o abastecimento diário de água a <strong>Macau</strong> é ininterrupto. O volume total <strong>do</strong><br />

abastecimento de água em 2011 foi de 77,6 milhões m 3 , um aumento de 1,1 por cento em relação<br />

a 2010, enquanto que a média diária <strong>do</strong> abastecimento de água foi de 213.000m 3 . Durante o<br />

ano, o dia que registou o maior volume de abastecimento de água foi o dia 30 de Agosto, com<br />

um volume de 230.600m 3 . Este aumento deveu-se principalmente à entrada em funcionamento<br />

de grandes empreendimentos turísticos e às elevadas temperaturas verificadas durante o Verão.<br />

Em 2011, o volume de venda de água atingiu os 70,55 milhões m 3 , representan<strong>do</strong> uma média<br />

diária de 193.000m 3 .<br />

Análise da Qualidade da Água<br />

O Laboratório e Centro de Investigação da S.A.A.M. é a unidade da empresa responsável<br />

pela monitorização e análise da qualidade da água, asseguran<strong>do</strong> a qualidade <strong>do</strong> abastecimento.<br />

Assim, to<strong>do</strong>s os dias úteis, os funcionários <strong>do</strong> laboratório <strong>do</strong> IACM seleccionam locais aleatórios<br />

na rede de abastecimento de água de <strong>Macau</strong> e procedem à recolha de amostras em conjunto<br />

com os técnicos da S.A.A.M., no senti<strong>do</strong> de monitorizar a qualidade da água. Enquanto que<br />

os técnicos <strong>do</strong> laboratório da S.A.A.M. também procedem à recolha de amostras nos feria<strong>do</strong>s<br />

públicos e fins-de-semana.<br />

499


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

De 1985 até ao presente, a água potável de <strong>Macau</strong> sempre atingiu os padrões europeus<br />

de água potável.<br />

Em 1997, o Laboratório e Centro de Investigação da S.A.A.M. participou no teste de<br />

competência laboratorial organiza<strong>do</strong> pela SUEZ Environment onde obteve resulta<strong>do</strong>s notáveis.<br />

Desde então tem si<strong>do</strong> como um “Laboratório de Referência” em várias ocasiões. Em 2000, o<br />

Laboratório e Centro de Investigação obteve a acreditação ISO17025 equivalente ao “Certifica<strong>do</strong><br />

de Acreditação Laboratorial atribuí<strong>do</strong> pela Comissão Nacional de Acreditação de Laboratórios<br />

da China (CNAL)”, sen<strong>do</strong> apenas o quarto laboratório da indústria de abastecimento de água<br />

da RPC a obter este certifica<strong>do</strong>.<br />

Serviço ao Cliente<br />

Em 1999, a S.A.A.M. criou um sistema integra<strong>do</strong> de informações de clientes, permitin<strong>do</strong><br />

processar os pedi<strong>do</strong>s de informação de forma rápida e precisa. Além das facilidades oferecidas<br />

no pagamento de tarifas e no atendimento de consulta de informações, têm aumenta<strong>do</strong>, ainda,<br />

os serviços ao longo <strong>do</strong>s anos, sen<strong>do</strong> introduzi<strong>do</strong> o serviço de limpeza de tanques de água <strong>do</strong>s<br />

edifícios e de análise da qualidade de água, e conceden<strong>do</strong> subsídios de água aos seus clientes<br />

“i<strong>do</strong>sos e com necessidades”, assim, têm direito a cinco metros cúbicos de água gratuitos por<br />

mês os i<strong>do</strong>sos que cumpram os 55 anos de idade, e os beneficiários <strong>do</strong> subsídio <strong>do</strong> Instituto<br />

de Acção Social à família monoparental, aos cuida<strong>do</strong>s médicos e à deficiência física. O tarifário<br />

de água por escalão e categoria foi oficialmente implementa<strong>do</strong> no dia 1 de Janeiro de 2011.<br />

Até ao final de 2011, o número total de clientes da S.A.A.M. era de 210.310, entre estes<br />

183.451 eram clientes residenciais, 25.092 clientes comerciais e industriais e 1767 clientes<br />

<strong>do</strong> sector esta<strong>do</strong>.<br />

Em 2003, a S.A.A.M. recebeu o certifica<strong>do</strong> de acreditação ISO 9001:2008 - Sistemas de<br />

Gestão de Qualidade, em 2005 o certifica<strong>do</strong> de acreditação OHSAS18001:2007 Sistemas de Gestão<br />

da Segurança e Saúde <strong>do</strong> Trabalho e em 2008, o certifica<strong>do</strong> de acreditação ISO14000:2004.<br />

Fornecimento de Energia Eléctrica<br />

Companhia de Electricidade de <strong>Macau</strong><br />

A Companhia de Electricidade de <strong>Macau</strong> - CEM, S.A. é uma empresa privada de utilidade<br />

pública concessionária exclusiva para o transporte, distribuição, venda, importação e exportação<br />

de energia eléctrica em <strong>Macau</strong>.<br />

Entre 1906 e 1972, o serviço de fornecimento de energia eléctrica foi geri<strong>do</strong> pela companhia<br />

<strong>Macau</strong> Electric Lighting Company Ltd. (MELCO), com sede em Hong Kong. Em 1972, o serviço<br />

de fornecimento de energia eléctrica passou a ser presta<strong>do</strong> pela CEM.<br />

A CEM iniciou a sua reestruturação económica e técnica com o apoio <strong>do</strong> Governo em 1982.<br />

Em 1984, a Companhia de Electricidade de <strong>Macau</strong> ficou interligada às redes primárias entre<br />

a Província de Guang<strong>do</strong>ng e <strong>Macau</strong> por duas linhas aéreas de 110kV. Em 2006, foi colocada<br />

em operação a segunda interligação, que também consiste num duplo circuito de 110kV. Esta<br />

decisão aumentou o volume das reservas de energia eléctrica para consumo local em <strong>Macau</strong>,<br />

permitin<strong>do</strong> que o serviço de fornecimento de energia eléctrica fosse mais seguro e flexível.<br />

500


Solos, Infra-estruturas, Habitação e Entidades Públicas<br />

Em Junho de 2008, a terceira interligação entre Zhuhai e <strong>Macau</strong>, que passou a ter 220kV,<br />

entrou em funcionamento, sen<strong>do</strong> a primeira linha de 220kV a transmitir electricidade <strong>do</strong> Interior<br />

<strong>do</strong> País à RAEM, com a capacidade de importação de energia de 1050MVA.<br />

Em Novembro de 2010, o Governo da RAEM e a CEM assinaram a extensão <strong>do</strong> Contrato de<br />

Concessão <strong>do</strong> Fornecimento de Energia Eléctrica por mais 15 anos. Os termos <strong>do</strong> novo contrato<br />

entraram em vigor no dia 1 de Dezembro de 2010.<br />

Desde 1987, o Governo de <strong>Macau</strong> deixou de ser o accionista maioritário da CEM, reten<strong>do</strong><br />

apenas oito por cento <strong>do</strong> capital social da empresa. Actualmente, os <strong>do</strong>is grupos principais de<br />

accionistas detêm 84 por cento <strong>do</strong> capital social da empresa: de um la<strong>do</strong> o grupo Sino-Francês<br />

(com 42 por cento), composto principalmente pela SUEZ Environment e pela NWS Holdings<br />

Limited, e <strong>do</strong> outro, o grupo Sino-Português (também com 42 por cento) em que a EDP Ásia -<br />

Investimento e Consulta<strong>do</strong>ria, Limitada detém a maior participação. A China Power International<br />

Holdings Ltd. detém seis por cento, e os restantes <strong>do</strong>is por cento encontram-se distribuí<strong>do</strong>s<br />

por accionistas locais.<br />

Nos anos 90 <strong>do</strong> século XX, assistiu-se a um rápi<strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong> consumo de energia<br />

eléctrica em <strong>Macau</strong>. Em 1998, a CEM construiu a Central Térmica de Coloane B, ten<strong>do</strong> opta<strong>do</strong><br />

pela tecnologia de Turbinas a Gás de Ciclo Combina<strong>do</strong>.<br />

O dia de maior carga regista<strong>do</strong> em 2011 foi o dia 8 de Julho, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> atingi<strong>do</strong> um valor<br />

de 725MW, o que representa um aumento de 4,9 por cento em relação ao ano de 2010.<br />

A rede de transporte de energia eléctrica de <strong>Macau</strong> compreende 20 subestações primárias,<br />

duas interligações de 110kV com as subestações de Zhuhai e Nanping e uma interligação de<br />

220kV com as subestações de Gongbei e Zhuhai, no Interior da China. A extensão de cerca de<br />

246 quilómetros da rede de transporte é composta essencialmente por cabos de alta tensão<br />

de 66kV e 110kV.<br />

A rede de transporte de média tensão de 11kV é composta por 37 postos de transformação<br />

priva<strong>do</strong>s e 1217 postos de transformação públicos de 11kV/400V, liga<strong>do</strong>s por um total de 597<br />

quilómetros de cabos eléctricos. A rede de transporte de baixa tensão é composta por cabos<br />

eléctricos num total de 772 quilómetros de comprimento, enquanto que o sistema de iluminação<br />

pública é composto por 529 quilómetros de cabos eléctricos e 16.060 postes de iluminação. A<br />

maior parte da rede eléctrica da CEM está ligada por cabos subterrâneos.<br />

Energia Eléctrica Produzida e Consumida<br />

O volume de energia eléctrica produzida pela CEM em 2011 foi de 730GWh, ten<strong>do</strong> regista<strong>do</strong><br />

um decréscimo de 21 por cento em relação a 2010. O volume de energia eléctrica importada <strong>do</strong><br />

Interior <strong>do</strong> País foi de 3165GWh, o que representa um aumento de 14 por cento em relação a<br />

2010, totalizan<strong>do</strong> 79 por cento <strong>do</strong> consumo de energia eléctrica, e o volume de energia eléctrica<br />

adquirida à Central de Incineração de Resíduos Sóli<strong>do</strong>s totalizou 107GWh. O volume total de<br />

vendas da CEM em 2011 foi de 3804GWh.<br />

Serviço a Clientes<br />

A Comissão de Ligação CEM-Clientes foi criada pela CEM no ano 2000. Composta por 19<br />

membros, representantes de 17 diferentes associações locais, a Comissão tem como principal<br />

501


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

objectivo recolher opiniões <strong>do</strong>s vários sectores da sociedade sobre os serviços presta<strong>do</strong>s pela<br />

CEM e o seu desempenho, bem como apresentar sugestões para o seu melhoramento. No final<br />

de 2011, a CEM tinha presta<strong>do</strong> serviços a 224.796 clientes. Enquanto zonas consumi<strong>do</strong>ras de<br />

electricidade, <strong>Macau</strong>, Taipa, Coloane e COTAI representavam, respectivamente, 86,33 por cento,<br />

12,96 por cento, 0,7 por cento e 0,01 por cento <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s clientes da CEM.<br />

502


27 de Maio de 2011<br />

O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io, preside à<br />

cerimónia de lançamento da primeira pedra das obras de construção de<br />

habitação pública em Seac Pai Van, zona 1, lote CN3<br />

30 de Setembro de 2011<br />

Cerimónia de lançamento da primeira pedra das obras de construção de<br />

habitação pública <strong>do</strong> lote 3 <strong>do</strong> Bairro da Ilha Verde<br />

Solos, Infra-estruturas, Habitação e Entidades Públicas<br />

503


Solos, Infra-estruturas, Habitação e Entidades Públicas<br />

30 de Março de 2011<br />

GDI apresenta o andamento da construção de habitação pública no lote<br />

TN27 e o planeamento da rede ro<strong>do</strong>viária nas imediações da zona<br />

1 de Novembro de 2011<br />

O Instituto de Habitação recebe pedi<strong>do</strong>s de potenciais<br />

candidatos à aquisição de habitação pública <strong>do</strong><br />

Edifício da Alameda da Tranquilidade<br />

504


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Novo bloco de habitação social na Ilha Verde,<br />

inaugura<strong>do</strong> a 22 de Julho de 2011<br />

505


As vias públicas da RAEM<br />

têm um comprimento total<br />

de 311,3 quilómetros,<br />

assim dividi<strong>do</strong>s: 180,5 na<br />

Península de <strong>Macau</strong>, 80,3<br />

na Taipa e COTAI, e 40,6<br />

em Coloane.


XIII<br />

TRANSPORTES


Rede ro<strong>do</strong>viária (Foto: GCS)


Transportes<br />

Transportes<br />

Vias e Pontes<br />

As vias públicas da RAEM têm um comprimento total de 311,3 quilómetros, assim dividi<strong>do</strong>s:<br />

180,5 na Península de <strong>Macau</strong>, 80,3 na Taipa e COTAI, e 40,6 em Coloane.<br />

Três pontes ligam a Península de <strong>Macau</strong> e a Ilha da Taipa, e esta liga-se à Ilha de Coloane<br />

por um aterro. A Ponte Governa<strong>do</strong>r Nobre de Carvalho (<strong>Macau</strong>-Taipa), com 2,5 quilómetros<br />

de extensão, foi inaugurada em Outubro de 1974. A Ponte da Amizade, com 4,4 quilómetros<br />

de extensão, foi aberta ao público em Abril de 1994. A Ponte Sai Van, que se estende por 2,1<br />

quilómetros, ficou concluída em Dezembro de 2004 e foi inaugurada em Janeiro de 2005. A<br />

Ponte Flor de Lótus, inaugurada em Março de 2000, com 900 metros de extensão, liga o COTAI<br />

à Ilha da Montanha, em Zhuhai, e até à auto-estrada Guangzhou-Zhuhai, sen<strong>do</strong> a segunda<br />

passagem terrestre a ligar <strong>Macau</strong> à cidade vizinha.<br />

A extensão da rede ro<strong>do</strong>viária em <strong>Macau</strong> atingiu os 416 quilómetros, <strong>do</strong>s quais 199,6<br />

quilómetros na Península de <strong>Macau</strong>, 133,8 quilómetros na Taipa e COTAI, 61,4 quilómetros<br />

em Coloane, cinco quilómetros na Ponte Governa<strong>do</strong>r Nobre de Carvalho, 10,2 quilómetros na<br />

Ponte da Amizade, 4,2 quilómetros na Ponte Sai Van e 1,8 quilómetros na Ponte Flor de Lótus.<br />

Transportes Públicos<br />

Existe em <strong>Macau</strong> um sistema de transportes públicos relativamente completo e eficiente.<br />

Uma boa rede ro<strong>do</strong>viária cobre toda a Península de <strong>Macau</strong> e as suas duas Ilhas, e os meios de<br />

transporte público incluem o autocarro, táxi e automóvel de aluguer, fornecen<strong>do</strong> aos residentes<br />

e turistas um conjunto de serviços de transportes adequa<strong>do</strong>.<br />

Autocarros<br />

O novo modelo de serviços <strong>do</strong>s autocarros de <strong>Macau</strong> entrou em funcionamento no dia 1<br />

de Agosto de 2011, e o número de opera<strong>do</strong>ras de autocarros aumentou de duas para três. Até<br />

o final de 2011, um total de 650 autocarros circula em 61 itinerários, sen<strong>do</strong> 225 autocarros<br />

509


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

pequenos, 159 médios e 272 grandes.<br />

O Governo da RAEM assinou com a Transportes Urbanos de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L., a Sociedade<br />

de Transportes Colectivos de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L. e a Sociedade de Transportes Públicos Reolian,<br />

S.A., os contratos para a prestação <strong>do</strong> serviço público de transportes colectivos ro<strong>do</strong>viários de<br />

passageiros, cujos prazos de validade são de sete anos. Conforme as exigências contratuais,<br />

as três empresas adjudicatárias, prestam serviços e disponibilizam autocarros, equipamentos,<br />

pessoal e instalações, cobran<strong>do</strong> <strong>do</strong> Governo as despesas <strong>do</strong> serviço definidas no contrato em<br />

função <strong>do</strong>s serviços efectivamente presta<strong>do</strong>s.<br />

Sociedade de Transportes Colectivos de <strong>Macau</strong><br />

A Sociedade de Transportes Colectivos de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L. (STCM) foi estruturada a partir<br />

da antiga Companhia de Transporte de Passageiros entre <strong>Macau</strong> e as Ilhas, que antigamente<br />

prestava serviços de transporte marítimo de passageiros entre <strong>Macau</strong> e as Ilhas. Após a aquisição<br />

gradual de companhias de autocarros, que já prestavam serviços de transportes na Taipa e<br />

Coloane nos anos 50, a Companhia de Transporte de Passageiros entre <strong>Macau</strong> e as Ilhas iniciou<br />

uma rede de transportes urbanos de passageiros.<br />

Em 1986, a Companhia de Transporte de Passageiros entre <strong>Macau</strong> e as Ilhas foi transformada<br />

na actual Sociedade de Transportes Colectivos de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L., que dan<strong>do</strong> resposta às<br />

políticas de transporte <strong>do</strong> Governo, presta serviço de autocarros públicos em <strong>Macau</strong> e nas Ilhas.<br />

A partir de Agosto de 2011, a STCM entrou na época de “funcionamento orienta<strong>do</strong> pelo<br />

Governo” e adquiriu, no mesmo ano, 63 autocarros EURO IV. Dispõe actualmente de 145<br />

autocarros, que circulam em 13 itinerários de <strong>Macau</strong> e <strong>Macau</strong>-Ilhas. Em 2011, a companhia<br />

transportou, no total, 33,50 milhões de passageiros, ten<strong>do</strong> atingi<strong>do</strong> uma quilometragem de<br />

circulação de cerca de 10,13 milhões de quilómetros.<br />

Transportes Urbanos de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L.<br />

A Companhia de Autocarros Fok Lei, criada em 1952, foi reestruturada, em Julho de 1988,<br />

transforman<strong>do</strong>-se na actual empresa Transportes Urbanos de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L. (Transmac). A<br />

partir de 2004, a Transmac introduziu na sua gestão integral o “sistema de gestão de qualidade<br />

ISO”, passan<strong>do</strong> a ser a primeira concessionária de transportes urbanos de <strong>Macau</strong>, a obter o<br />

certifica<strong>do</strong> <strong>do</strong> sistema de gestão de qualidade ISO9001-2008.<br />

A Transmac tem mais de 600 trabalha<strong>do</strong>res e dispõe de 276 modernos autocarros com ar<br />

condiciona<strong>do</strong>, circulan<strong>do</strong> em 21 itinerários em <strong>Macau</strong>, Taipa e Coloane. Em 2011, a companhia<br />

transportou, no total, 75 milhões de pessoas, ten<strong>do</strong> a quilometragem da circulação atingi<strong>do</strong><br />

os 16 milhões.<br />

Sociedade de Transportes Públicos Reolian, S.A.<br />

A Sociedade de Transportes Públicos Reolian, S.A., uma joint venture entre a Veolia Transport<br />

RATP e a empresa francesa HN Group, tem uma equipa diversificada de gestores e técnicos,<br />

oriun<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong>, França, Austrália, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, Interior <strong>do</strong> País e Hong Kong.<br />

510


Transportes<br />

A Sociedade de Transportes Públicos Reolian, S.A. dispõe de 245 autocarros, circulan<strong>do</strong> em<br />

26 itinerários em <strong>Macau</strong>, com uma quilometragem anual da circulação de 16 milhões. Durante<br />

o perío<strong>do</strong> entre 1 de Agosto e 31 de Dezembro de 2011, a companhia transportou, no total,<br />

22,5 milhões de pessoas.<br />

Táxis<br />

No final de 2011, havia, em <strong>Macau</strong>, 880 táxis de cor preta, 100 rádio táxis (de cor amarela),<br />

e 10.236 porta<strong>do</strong>res de carteira profissional de condutor de táxis válida.<br />

Gestão <strong>do</strong> Trânsito<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos de Tráfego<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), criada em Maio de 2008,<br />

é responsável pelo estu<strong>do</strong>, planeamento, promoção e execução das políticas de transportes<br />

terrestres, ordenamento viário, gestão de veículos e instalação, manutenção e optimização das<br />

infra-estruturas ro<strong>do</strong>viárias e pe<strong>do</strong>nais.<br />

Número de Veículos<br />

No final de 2011, havia em <strong>Macau</strong> 206.349 veículos em circulação, <strong>do</strong>s quais, 111.198<br />

ciclomotores e motociclos e 95.151 automóveis ligeiros particulares. Durante o ano foram<br />

registadas 17.702 viaturas, com um aumento de 10,09 por cento em relação ao ano de 2010.<br />

Destas, 9390 eram ciclomotores e motociclos e 7623 automóveis ligeiros.<br />

Inspecção <strong>do</strong> Trânsito<br />

A gestão e inspecção <strong>do</strong> trânsito são meios indispensáveis para manter a segurança e o<br />

ordenamento <strong>do</strong> sistema de transportes ro<strong>do</strong>viários. O Governo instalou um circuito fecha<strong>do</strong> de<br />

TV e radares nas pontes que ligam <strong>Macau</strong> e a Taipa, e nas principais vias públicas, com vista a<br />

inspeccionar a situação <strong>do</strong> trânsito. O sistema de vídeo vigilância, na Ponte da Amizade, tem<br />

30 câmaras de vídeo e seis pontos de detecção de excesso de velocidade de duplo senti<strong>do</strong>; na<br />

Ponte Sai Van há 52 câmaras de vídeo e <strong>do</strong>is pontos de detecção de excesso de velocidade de<br />

senti<strong>do</strong> único, e na Ponte Governa<strong>do</strong>r Nobre de Carvalho, há <strong>do</strong>is pontos de detecção de excesso<br />

de velocidade de duplo senti<strong>do</strong> e dez câmaras de vídeo, enquanto há 137 câmaras em circuito<br />

fecha<strong>do</strong>, 13 radares, e 22 grupos de 73 objectivas para supervisão electrónica de passagem <strong>do</strong><br />

sinal vermelho em diferentes locais de <strong>Macau</strong>. Em 2011, foram detecta<strong>do</strong>s 8493 veículos em<br />

excesso de velocidade, e 1861 veículos em passagem <strong>do</strong> sinal vermelho.<br />

Estacionamento<br />

Até finais de 2011, havia em <strong>Macau</strong>, entre outros, 31 parques para uso público,<br />

concessiona<strong>do</strong>s, com uma capacidade total para 9611 veículos ligeiros, 954 veículos pesa<strong>do</strong>s<br />

e 5544 motociclos.<br />

511


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Parques de Estacionamento de Viaturas de Uso Público de <strong>Macau</strong><br />

Auto-Silo <strong>do</strong> Park Lane<br />

Auto-Silo de Pak Tou<br />

Parques<br />

Auto-Silo das Portas <strong>do</strong> Cerco, também<br />

conheci<strong>do</strong> Pak Lai<br />

Auto-Silo Jai-Alai<br />

Auto-Silo Pak Lok, também designa<strong>do</strong> por Auto-<br />

-Silo <strong>do</strong> Terminal Marítimo<br />

Auto-Silo da Estrada <strong>do</strong> Repouso<br />

Auto-Silo Espaço Sintra<br />

Auto-Silo Ferreira de Almeida, também<br />

designa<strong>do</strong> por Pak Wai<br />

Auto-Silo Jardim da Vitória<br />

Auto-Silo da Alameda Dr. Carlos d’Assumpção<br />

Auto-Silo da Nam Van<br />

Auto-Silo Pak Kong<br />

Auto-Silo da ETAR<br />

Auto-Silo <strong>do</strong> Jardim de Vasco da Gama<br />

Auto-Silo Jardim de Iao Hon<br />

Auto-Silo <strong>do</strong> Jardim das Artes<br />

Auto-Silo Praça Ferreira <strong>do</strong> Amaral<br />

Auto-Silo Jardim Comenda<strong>do</strong>r Ho Yin<br />

Auto-Silo da Rua de Malaca<br />

Zona Provisória de Estacionamento <strong>do</strong>s<br />

Automóveis Pesa<strong>do</strong>s de Merca<strong>do</strong>rias<br />

Auto-Silo de Automóveis Pesa<strong>do</strong>s da Estrada<br />

Flor de Lótus<br />

519 veículos ligeiros<br />

211 veículos ligeiros<br />

355 veículos ligeiros<br />

417 veículos ligeiros<br />

Capacidade<br />

471 veículos ligeiros e 300 motociclos<br />

502 veículos ligeiros<br />

208 veículos ligeiros<br />

1019 veículos ligeiros<br />

171 veículos ligeiros<br />

722 veículos ligeiros<br />

682 veículos ligeiros e 196 motociclos<br />

287 veículos ligeiros e 31 veículos pesa<strong>do</strong>s<br />

276 veículos ligeiros e 459 veículos<br />

pesa<strong>do</strong>s<br />

171 veículos ligeiros e 113 motociclos e<br />

ciclomotores<br />

406 veículos ligeiros e 404 motociclos<br />

351 veículos ligeiros e 446 motociclos<br />

247 veículos ligeiros e 632 motociclos<br />

415 veículos ligeiros e 542 motociclos<br />

215 veículos ligeiros e 563 motociclos<br />

224 veículos pesa<strong>do</strong>s<br />

240 veículos pesa<strong>do</strong>s<br />

512


Transportes<br />

(Cont.)<br />

Parques de Estacionamento de Viaturas de Uso Público de <strong>Macau</strong><br />

Parques<br />

Auto-Silo <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> de S. Lourenço<br />

Auto-Silo <strong>do</strong> Centro de Ciência de <strong>Macau</strong><br />

Auto-Silo <strong>do</strong> Li<strong>do</strong><br />

Auto-Silo <strong>do</strong> Edifício da Direcção <strong>do</strong>s<br />

Serviços para os Assuntos de Tráfego<br />

Auto-Silo <strong>do</strong> Edifício Cheng Choi<br />

Auto-Silo <strong>do</strong> Edifício Mong Sin<br />

Auto-Silo da Rua <strong>do</strong> Almirante Sérgio<br />

Auto-Silo <strong>do</strong> Edifício Fai Fu<br />

Auto-Silo da Estrada Flor de Lótus<br />

Auto-Silo da Rua da Tranquilidade<br />

Capacidade<br />

60 veículos ligeiros e 74 motociclos<br />

415 veículos ligeiros e 413 motociclos<br />

62 veículos ligeiros e 24 motociclos<br />

148 veículos ligeiros e 178 motociclos<br />

304 veículos ligeiros e 518 motociclos<br />

133 veículos ligeiros e 236 motociclos<br />

155 veículos ligeiros e 106 motociclos<br />

215 veículos ligeiros e 194 motociclos<br />

416 veículos ligeiros e 514 motociclos<br />

58 veículos ligeiros e 93 motociclos<br />

Até finais de 2011, havia na RAEM 10.319 parquímetros e 40.925 lugares nas ruas para<br />

ciclomotores.<br />

Segurança nas Vias Públicas<br />

Em 2011, o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Assuntos de Justiça (DSAJ), o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), a Direcção<br />

<strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) e entidades privadas organizaram<br />

uma série de actividades de divulgação da “Lei <strong>do</strong> Trânsito Ro<strong>do</strong>viário” junto <strong>do</strong>s cidadãos, com<br />

o fim de intensificar a sensibilização para a segurança ro<strong>do</strong>viária, a diminuição <strong>do</strong>s acidentes<br />

de trânsito, e a importância da observação rigorosa das normas <strong>do</strong> trânsito. Por outro la<strong>do</strong>, o<br />

Departamento de Trânsito <strong>do</strong> CPSP e diversas escolas, associações de transportes e entidades<br />

privadas, organizaram jogos e seminários para promoverem os conceitos de segurança <strong>do</strong><br />

trânsito; através <strong>do</strong> ensino a longo prazo para melhorar a sensibilização pública sobre segurança<br />

<strong>do</strong> trânsito. No ano de 2011, as actividades organizadas pelo Departamento de Trânsito<br />

registaram a participação de 8193 pessoas provenientes de 108 escolas e dez organização cívica.<br />

Trânsito Transfronteiriço<br />

Passagem Terrestre Transfronteiriça<br />

<strong>Macau</strong> dispõe de duas passagens terrestres transfronteiriças de acesso ao Interior <strong>do</strong> País,<br />

513


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

nas Portas <strong>do</strong> Cerco e no Posto da Ponte Flor de Lótus (Posto Fronteiriço <strong>do</strong> COTAI). Com o<br />

crescente estreitamento das relações económicas e sociais entre a RAEM e o Interior <strong>do</strong> País,<br />

o volume <strong>do</strong> trânsito transfronteiriço tem aumenta<strong>do</strong> a um ritmo acelera<strong>do</strong>.<br />

Nas Portas <strong>do</strong> Cerco o horário de funcionamento, para passageiros, é das 7h00 às 24h00,<br />

e para cargas das 7h00 às 21h00 (com excepção <strong>do</strong>s veículos com autorização especial),<br />

enquanto que no Posto da Ponte Flor de Lótus, o horário para passageiros é das 9h00 às 20h00<br />

e o horário para cargas das 8h00 às 20h00.<br />

A passagem fronteiriça <strong>do</strong> Parque Industrial Transfronteiriço Zhuhai-<strong>Macau</strong> entrou em<br />

funcionamento no dia 18 de Outubro de 2006 e está aberta durante to<strong>do</strong> o dia. Em 2011, este<br />

posto, registou a entrada de 141.011 residentes de <strong>Macau</strong>.<br />

Em 2011, atravessaram a fronteira 4.135.910 veículos. O movimento geral terrestre de<br />

contentores (incluin<strong>do</strong> os que estavam em trânsito) foi de 4550.<br />

Relativamente ao movimento terrestre transfronteiriço de turistas, em 2011, a entrada foi<br />

de 15.299.600 pessoas, com um decréscimo de 16,9 por cento em relação ao ano de 2010.<br />

Daquelas 14.160.602 entraram pelas Portas <strong>do</strong> Cerco. Os provenientes <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País e de<br />

Hong Kong ocuparam, respectivamente, 81,6 e 12,5 por cento, <strong>do</strong> total. Pelo Posto Fronteiriço<br />

<strong>do</strong> COTAI entraram 1.115.719 pessoas. Durante o ano de 2011, as entradas de residentes de<br />

<strong>Macau</strong> através das Portas <strong>do</strong> Cerco e <strong>do</strong> Posto Fronteiriço <strong>do</strong> COTAI foram, respectivamente,<br />

de 24.213.705, e de 385.341 pessoas.<br />

Transporte Marítimo Transfronteiriço<br />

O Terminal Marítimo de Passageiros <strong>do</strong> Porto Exterior, o Terminal Marítimo de Passageiros<br />

da Taipa e o Terminal Marítimo de Passageiros <strong>do</strong> Porto Interior disponibilizam os serviços<br />

necessários às companhias que operam o transporte de passageiros entre <strong>Macau</strong> e Hong Kong<br />

e entre <strong>Macau</strong> e o Interior <strong>do</strong> País. Várias companhias fornecem linhas de transporte marítimo<br />

de passageiros <strong>Macau</strong>-Hong Kong e <strong>Macau</strong>-Interior <strong>do</strong> País, designadamente, a Shun Tak China<br />

Travel - Companhia de Gestão de Embarcações (<strong>Macau</strong>) Limitada, a Far East Hidrofoil Companhia,<br />

Lda., a Hong Kong <strong>Macau</strong> Hydrofoil Company Limited, a New World First Ferry Services (<strong>Macau</strong>)<br />

Ltd., a Agência de Transporte de Passageiros Yuet Tung Limitada, a Gold Ferry Co. Ltd., a “Norte<br />

Oeste Expresso Limitada” e a Dragon Shipping Co. Ltd. (esta última companhia suspendeu o<br />

exercício da actividade de transporte marítimo de passageiros em 15 de Setembro).<br />

O Terminal Marítimo de Passageiros <strong>do</strong> Porto Exterior<br />

O Terminal Marítimo de Passageiros <strong>do</strong> Porto Exterior foi inaugura<strong>do</strong> em 1993. Com 6000<br />

metros quadra<strong>do</strong>s de área principal de construção, o terminal dispõe de <strong>do</strong>is cais verticais com<br />

14 ancora<strong>do</strong>uros, onde podem atracar simultaneamente 14 embarcações de passageiros. O<br />

terminal oferece, ainda, serviço de helicópteros.<br />

O Governo realizou, em 2006, as obras de ampliação <strong>do</strong> Porto Exterior, aumentan<strong>do</strong> o seu<br />

espaço interior para atenuar a pressão causada pelo aumento contínuo de passageiros. Foram<br />

instala<strong>do</strong>s em 2009, canais com sistema de passagem automática. Durante o perío<strong>do</strong> entre<br />

2009 e 2011, várias obras de optimização de instalações foram realizadas, nomeadamente, a<br />

renovação de sistema de ar condiciona<strong>do</strong> central, a construção <strong>do</strong> novo átrio, a montagem de<br />

514


Transportes<br />

ecrãs electrónicos de informações, a abertura de zonas de espera de passageiros e pontos de<br />

concentração de passageiros, além de instalação de eleva<strong>do</strong>res e canais de acesso livre, de<br />

mo<strong>do</strong> a criar um ambiente mais confortável <strong>do</strong> terminal.<br />

O Governo planeia, ainda, proceder em <strong>2012</strong>, à obra de optimização <strong>do</strong> espaço <strong>do</strong> Terminal<br />

Marítimo <strong>do</strong> Porto Exterior e ao planeamento da disposição razoável das áreas <strong>do</strong> terminal,<br />

aperfeiçoan<strong>do</strong> as instalações de circulação de passageiros e de transporte de bagagens, com<br />

vista a prestar aos cidadãos e visitantes o serviço de melhor qualidade e facilidade.<br />

Expirou, no final de 2011, o prazo <strong>do</strong> contrato de gestão e operação <strong>do</strong> Terminal Marítimo<br />

de Passageiros <strong>do</strong> Porto Exterior, de forma que o Governo tomou, a partir de 21 de Dezembro<br />

de 2011, a gestão directa <strong>do</strong> Terminal Marítimo de Passageiros <strong>do</strong> Porto Exterior.<br />

O Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa<br />

Para uma melhor articulação com o desenvolvimento <strong>do</strong> sector de turismo e jogo nas Ilhas,<br />

resolver a capacidade de transporte de passageiros e a situação de saturação de movimentação<br />

<strong>do</strong> Porto Exterior, e ainda, desviar os passageiros e promover a rede de transporte marítimo<br />

entre <strong>Macau</strong> e as cidades vizinhas <strong>do</strong> Interior da China, o Governo, num terreno localiza<strong>do</strong> em<br />

Pac On, limítrofe ao Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong>, iniciou a construção <strong>do</strong> novo Terminal<br />

Marítimo de Passageiros da Taipa que ocupa uma área de 17.000 metros quadra<strong>do</strong>s.<br />

As instalações provisórias <strong>do</strong> novo Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa foram<br />

concluídas em Outubro de 2007, e dispõem de três cais de embarque. Após a inauguração<br />

das instalações definitivas, o novo terminal terá 16 cais de embarque para embarcações com<br />

capacidade para 400 passageiros, três cais de embarque para embarcações de passageiros de<br />

grande dimensão e, ainda, uma placa para estacionamento de helicópteros.<br />

O Terminal Marítimo de Passageiros <strong>do</strong> Porto Interior<br />

O Terminal Marítimo de Passageiros <strong>do</strong> Porto Interior, com 1200 metros quadra<strong>do</strong>s de área<br />

de construção, entrou em funcionamento em Fevereiro de 2008, e foi transferi<strong>do</strong> <strong>do</strong> Terminal<br />

n.º 14 <strong>do</strong> Porto Interior para o Terminal n.º 11A. O terminal disponibiliza os serviços necessários<br />

a três embarcações que operam o transporte de passageiros na linha <strong>Macau</strong>-Wanzai. O horário<br />

de funcionamento é das 8h00 às 16h30.<br />

Em 2011, o movimento de navios entre <strong>Macau</strong> e Hong Kong cifrou-se em 121.323 unidades,<br />

ten<strong>do</strong>-se regista<strong>do</strong> um decréscimo de 1,27 por cento em relação ao ano de 2010. No mesmo<br />

ano, 20.176 embarcações circularam entre o Interior <strong>do</strong> País e <strong>Macau</strong>, representan<strong>do</strong> um<br />

decréscimo de 22,56 por cento.<br />

Entraram em <strong>Macau</strong> por via marítima, em 2011, 12.365.302 pessoas, o que significa<br />

um aumento de 20,71 por cento em relação ao ano de 2010. Destas entradas, 8.283.122<br />

registaram-se no Terminal Marítimo de Passageiros <strong>do</strong> Porto Exterior. No Terminal Marítimo <strong>do</strong><br />

Porto Interior registaram-se 322.928 entradas. Houve, ainda, 3.759.252 entradas registadas<br />

no Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa.<br />

Quanto ao transporte de contentores, o movimento por via marítima foi de 74.903 em<br />

2011, ou seja, 101.989 TEU (Twenty-foot Equivalent Unit), registan<strong>do</strong>-se um aumento de 14,76<br />

515


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

e 11,69 por cento em relação ao ano de 2010, respectivamente.<br />

Transporte Transfronteiriço de Helicóptero<br />

O helicóptero é o meio de transporte mais conveniente entre Hong Kong e <strong>Macau</strong>. O<br />

transporte transfronteiriço de passageiros por helicóptero iniciou-se em Novembro de 1990,<br />

explora<strong>do</strong> pelas companhias AirTech-Manutenção de Aeronaves, Limitada e Linhas Aéreas<br />

Ásia Oriental, Limitada. Uma viagem entre <strong>Macau</strong> e Hong Kong, ou vice-versa, neste meio de<br />

transporte fica reduzida para 16 minutos. Os helicópteros funcionam das 9h00 às 23h00 horas,<br />

com um voo a cada 30 minutos, a partir de <strong>Macau</strong> e de Hong Kong. Desde Abril de 2002, que<br />

as Linhas Aéreas Ásia Oriental, Limitada prestam, ainda, serviços entre <strong>Macau</strong> e Shenzhen.<br />

Em 2011, foram efectua<strong>do</strong>s no Terminal <strong>do</strong> Porto Exterior 16.335 voos ligan<strong>do</strong> <strong>Macau</strong> a Hong<br />

Kong, e 3671 entre <strong>Macau</strong> e o Interior <strong>do</strong> País.<br />

Portos<br />

Porto Exterior<br />

O Porto Exterior localiza-se na parte leste da Península de <strong>Macau</strong>, é um porto, onde operam<br />

as carreiras regulares entre <strong>Macau</strong>-Hong Kong, e <strong>Macau</strong>-Shenzhen. O canal <strong>do</strong> Porto Exterior tem<br />

uma largura de 120 metros e é manti<strong>do</strong> regularmente a 4,4 metros abaixo <strong>do</strong> zero hidrográfico.<br />

Para optimizar as condições de navegação na rota a leste da Ponte de Amizade, a Capitania<br />

<strong>do</strong>s Portos executou trabalhos de reordenamento da “rota para o Porto Interior” localizada a<br />

leste da Ponte de Amizade, endireitan<strong>do</strong> a rota e montan<strong>do</strong> no local marcos de navegação<br />

avança<strong>do</strong>s com pisca-pisca síncrono.<br />

Porto Interior<br />

O Porto Interior está situa<strong>do</strong> na parte oeste da Península de <strong>Macau</strong> e é constituí<strong>do</strong> por várias<br />

pontes de cais, cujas funções são a carga e descarga de merca<strong>do</strong>rias. A Ponte n.º 14 <strong>do</strong> Porto<br />

Interior é a única onde as embarcações autorizadas pela Capitania podem efectuar o embarque<br />

e desembarque de passageiros. O Cais de Sampanas Sul situa<strong>do</strong> entre as Pontes n.º 8 e n.º 9<br />

<strong>do</strong> Porto Interior destina-se apenas ao acesso às embarcações fundeadas ou amarradas no Porto<br />

Interior, e só pode ser utiliza<strong>do</strong> por indivíduos porta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> BIR, ou autoriza<strong>do</strong>s para o efeito<br />

pelas autoridades competentes, deven<strong>do</strong> apresentar-se previamente no posto de controlo <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Alfândega existente no local. Os canais de acesso têm uma largura de 45 metros,<br />

e o de navegação <strong>do</strong> Porto Interior têm uma largura de 55 metros, sen<strong>do</strong> ambos manti<strong>do</strong>s,<br />

regularmente, a 3,5 metros abaixo <strong>do</strong> zero hidrográfico.<br />

Taipa<br />

As instalações provisórias <strong>do</strong> novo Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa localiza-se na<br />

parte nordeste da Ilha da Taipa, sen<strong>do</strong> um terminal especialmente destina<strong>do</strong> às embarcações<br />

de passageiros de alta velocidade das carreiras regulares entre <strong>Macau</strong>-Hong Kong e <strong>Macau</strong>-<br />

-Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas. O canal <strong>do</strong> novo Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa tem uma<br />

largura de 120 metros e é manti<strong>do</strong> regularmente a 4,4 metros abaixo <strong>do</strong> zero hidrográfico.<br />

516


Transportes<br />

Porto de Ká-Hó<br />

O Porto de Ká-Hó está localiza<strong>do</strong> na parte nordeste da Ilha de Coloane e compreende o cais<br />

de combustíveis, o cais da fábrica de cimento, o Terminal de Contentores <strong>do</strong> Porto de Ká-Hó e<br />

o cais da Central Térmica da Companhia de Electricidade de <strong>Macau</strong> (CEM). O canal comum de<br />

acesso ao Porto de Ká-Hó tem uma largura de 75 metros, sen<strong>do</strong> manti<strong>do</strong> a 4,4 metros abaixo<br />

<strong>do</strong> zero hidrográfico.<br />

Terminal de Contentores e Terminal de Combustíveis de Ká-Hó<br />

A primeira fase <strong>do</strong> Terminal de Contentores <strong>do</strong> Porto de Ká-Hó entrou em funcionamento<br />

em Dezembro de 1991, com uma área de construção de 42.000 metros quadra<strong>do</strong>s. Neste<br />

momento o terminal tem uma área total de construção de 49.524 metros quadra<strong>do</strong>s contan<strong>do</strong><br />

com terrenos de cais, parqueamento de contentores e armazém. O cais acostável tem <strong>do</strong>is<br />

lugares para embarcações com 135 e 171,4 metros de extensão; a área de serviço <strong>do</strong> cais<br />

tem 10.428 metros quadra<strong>do</strong>s; a área de parqueamento de contentores tem 23.828 metros<br />

quadra<strong>do</strong>s; e a área de armazém tem 2850 metros quadra<strong>do</strong>s. A capacidade anual de carga e<br />

descarga é de 100 mil TEU.<br />

O movimento de contentores no Porto de Ká-Hó, em 2011, incluin<strong>do</strong> os que estavam em<br />

trânsito, cifrou-se num número de entradas na ordem <strong>do</strong>s 5651 TEU (Twenty-foot Equivalent<br />

Unit), e de saídas (incluin<strong>do</strong> reexportação) na ordem <strong>do</strong>s 7080 TEU (Twenty-foot Equivalent Unit).<br />

O Terminal de Combustíveis de Ká-Hó, operacional desde Junho de 1995, foi concebi<strong>do</strong><br />

para poder armazenar to<strong>do</strong>s os tipos de combustíveis importa<strong>do</strong>s e poder receber, na sua ponte<br />

cais, <strong>do</strong>is petroleiros em simultâneo, para operações de carga e descarga. A sua capacidade<br />

nominal é de 86.000 metros cúbicos, repartida por 14 reservatórios.<br />

Capitania <strong>do</strong>s Portos de <strong>Macau</strong><br />

A Capitania <strong>do</strong>s Portos é um serviço público que exerce as atribuições específicas <strong>do</strong>s<br />

assuntos marítimos e responsabiliza-se por exercer competências da autoridade portuária e<br />

fomentar e coordenar o desenvolvimento das actividades marítimas.<br />

Para reforçar o apoio ao desenvolvimento económico da indústria da pesca, o Governo<br />

da RAEM publicou, em 2007, o Decreto-Lei n.º 3/2007, aprovan<strong>do</strong> a criação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> de<br />

Desenvolvimento e Apoio à Pesca.<br />

A partir de 30 de Abril de 2007, a Capitania <strong>do</strong>s Portos começou a acolher os pedi<strong>do</strong>s<br />

para o Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento e Apoio à Pesca, ten<strong>do</strong> o total de empréstimos concedi<strong>do</strong>s<br />

atingi<strong>do</strong> os 30 milhões de patacas.<br />

Administração Portuária e Serviços<br />

Inspecção e Vistoria às Embarcações<br />

Para garantir a segurança da navegação e administração efectiva <strong>do</strong> tráfego marítimo, todas<br />

as embarcações de <strong>Macau</strong> que pretendam navegar nas tradicionais áreas marítimas de <strong>Macau</strong><br />

precisam de proceder à manutenção anual e submeter-se à vistoria especial. As embarcações<br />

têm de possuir licença de navegação de tráfego de <strong>Macau</strong>, a fim de garantir a segurança das<br />

517


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

embarcações e a segurança da navegação. Às embarcações <strong>do</strong> exterior ancoradas nos portos<br />

de <strong>Macau</strong> e às embarcações em exercícios nas tradicionais águas sob jurisdição de <strong>Macau</strong>, a<br />

Capitania <strong>do</strong>s Portos pode, segun<strong>do</strong> a natureza das suas actividades, fazer-lhes, periódica ou<br />

não, vistoria por amostragem, com vista a assegurar que todas as embarcações fundeadas nos<br />

portos de <strong>Macau</strong> satisfaçam as exigências das convenções internacionais sobre a segurança<br />

marítima e a protecção da poluição.<br />

Serviço de Pilotagem<br />

A Capitania <strong>do</strong>s Portos presta serviço de pilotagem às embarcações para entrada e saída <strong>do</strong>s<br />

portos de <strong>Macau</strong> e para navegação e manobras no interior e exterior <strong>do</strong>s mesmos, nos canais<br />

e radas, nas águas marítimas e fluviais <strong>do</strong>s rios e canais, e em todas as instalações colocadas<br />

nas águas sob jurisdição da RAEM.<br />

Segun<strong>do</strong> os regulamentos, a pilotagem é obrigatória nos portos de Ká-Hó, exterior e<br />

interior. Estão isentas desta obrigatoriedade as embarcações que efectuam carreiras regulares<br />

rápidas de transporte de passageiros, das embarcações cujo capitão possua licença de pilotagem<br />

adequada, de tráfego local e auxiliares de <strong>Macau</strong>, as embarcações de pesca de <strong>Macau</strong> e costeira<br />

e embarcações de recreio.<br />

Centro de Gestão de Tráfego Marítimo<br />

O Centro de Gestão de Tráfego Marítimo de <strong>Macau</strong> (Vessel Traffic Control Centre of <strong>Macao</strong><br />

- VTS), instala<strong>do</strong> no Terminal <strong>do</strong> Porto Exterior e nas instalações provisórias <strong>do</strong> Terminal<br />

Marítimo de Passageiros da Taipa, é responsável pelo controlo e gestão das embarcações nas<br />

tradicionais águas sob jurisdição de <strong>Macau</strong>, sen<strong>do</strong> aplicadas, medidas supervisoras coactivas,<br />

especialmente às embarcações de passageiros de alta velocidade que entram e saem <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is<br />

terminais marítimos. Este centro também emite avisos sobre segurança marítima para uso <strong>do</strong>s<br />

navegantes por rádio canal VHF, a fim de garantir segurança marítima às embarcações.<br />

O VTS, através <strong>do</strong> rádio em canal VHF 16 e a chamada selectiva digital no canal 70 <strong>do</strong><br />

GMDSS - (VHF DSC), permanece em escuta durante to<strong>do</strong> o dia, prestan<strong>do</strong> apoio aos navios<br />

logo que receba mensagens de socorro.<br />

Busca e Salvamento<br />

A busca e salvamento constituem uma das mais importantes tarefas <strong>do</strong>s serviços portuários.<br />

Dos acidentes marítimos ocorri<strong>do</strong>s nas águas de <strong>Macau</strong> destacam-se: o encalhamento, a colisão,<br />

o incêndio a bor<strong>do</strong>, a fuga de combustível e a protecção da poluição. A busca e salvamento<br />

marítimo são responsabilidade da Capitania <strong>do</strong>s Portos e Serviços de Alfândega. A Capitania<br />

<strong>do</strong>s Portos de <strong>Macau</strong> assinou um acor<strong>do</strong> com as entidades homólogas de Hong Kong e Zhuhai,<br />

segun<strong>do</strong> o qual o Centro Coordena<strong>do</strong>r de Busca e Salvamento de <strong>Macau</strong> (CC) pode pedir apoio,<br />

quan<strong>do</strong> necessário, a estes <strong>do</strong>is centros congéneres, a fim de reforçar a sua capacidade de<br />

busca e salvamento marítimo.<br />

Levantamento Hidrográfico<br />

O Núcleo de Hidrografia da Capitania <strong>do</strong>s Portos executa levantamentos hidrográficos para<br />

518


Transportes<br />

o Governo, e para outras entidades que o solicitem desde que autoriza<strong>do</strong> superiormente e pagas<br />

as despesas das obras, conforme os regulamentos.<br />

Dragagem<br />

O Núcleo de Dragagens da Capitania <strong>do</strong>s Portos executa os trabalhos de dragagem para a<br />

RAEM nos locais da sua responsabilidade e não cobertos pelo contrato de jogos. O núcleo dispõe<br />

de um trem de dragagem composto por duas dragas estacionárias, um batelão de transporte<br />

e uma lancha de apoio.<br />

Limpeza Portuária<br />

A Capitania <strong>do</strong>s Portos contribui para a preservação <strong>do</strong> ambiente na RAEM, através de<br />

acções de limpeza nas zonas costeiras, combaten<strong>do</strong> a poluição <strong>do</strong> mar sobretu<strong>do</strong> por resíduos<br />

sóli<strong>do</strong>s (<strong>do</strong>mésticos e vegetação) e hidrocarbonetos. Os resíduos <strong>do</strong>mésticos recolhi<strong>do</strong>s no<br />

mar incluem, sobretu<strong>do</strong>, os lixos lança<strong>do</strong>s às águas pelas embarcações ancoradas nas zonas<br />

ribeirinhas e pontes-cais (paletas de madeira, sacos, embalagens), bem como plantas aquáticas,<br />

como, por exemplo, o jacinto de água.<br />

Cooperação e Intercâmbio Exterior<br />

A partir de 1990, ano em que <strong>Macau</strong> integrou a Organização Marítima Mundial das Nações<br />

Unidas, na qualidade de membro associa<strong>do</strong>, a Capitania <strong>do</strong>s Portos tem si<strong>do</strong> a entidade<br />

representante da RAEM nas conferências e reuniões anuais desta organização internacional.<br />

Em 1999, a aplicação de convenções internacionais sobre a segurança marítima e o controle da<br />

poluição marítima começou a ser estendida gradualmente a <strong>Macau</strong>, e a Capitania <strong>do</strong>s Portos foi<br />

designada como entidade responsável pelos assuntos, internos e externos, relaciona<strong>do</strong>s com<br />

as respectivas convenções marítimas internacionais, ou seja, pela implementação <strong>do</strong> território<br />

de pavilhão.<br />

Navegação<br />

Registo Marítimo<br />

Em conformidade com a legislação em vigor, é obrigatório o registo marítimo na CPM, e<br />

o registo comercial na Conservatória <strong>do</strong> Registo Comercial e de Bens Móveis, para todas as<br />

embarcações que exerçam actividades económicas, incluin<strong>do</strong> as embarcações de transporte de<br />

carga, de transporte de passageiros, de pesca, de apoio e outras. O registo marítimo tem por<br />

fim averiguar <strong>do</strong>s requisitos de natureza técnica e condições de segurança necessárias à sua<br />

navegabilidade, e protecção <strong>do</strong> ambiente no mar e constitui condição prévia à susceptibilidade<br />

de registo comercial. No final de 2011, estavam registadas 299 embarcações, das quais cinco<br />

foram registadas neste ano.<br />

To<strong>do</strong> o engenho ou aparelho de qualquer natureza com comprimento não inferior a 2,5<br />

m, utiliza<strong>do</strong> ou susceptível de ser utiliza<strong>do</strong> como meio de deslocação na água, aplica<strong>do</strong> nos<br />

desportos náuticos ou em simples lazer, sem fins lucrativos, incluin<strong>do</strong> as embarcações para<br />

navegação oceânica, embarcações para navegação ao largo, embarcações para navegação<br />

519


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

costeira, embarcações para navegação costeira restrita e embarcações para navegação local,<br />

está sujeito ao registo marítimo na Capitania <strong>do</strong>s Portos e ao registo comercial. No final de<br />

2011, estavam registadas na Capitania 100 embarcações <strong>do</strong> género, das quais nove registadas<br />

neste ano.<br />

Inscrição Marítima<br />

De acor<strong>do</strong> com a legislação em vigor, os residentes de <strong>Macau</strong> que cumpram os 18 anos<br />

de idade podem requerer inscrição marítima junto da Capitania <strong>do</strong>s Portos. Os residentes de<br />

<strong>Macau</strong> que pretendam exercer a profissão de marítimo, quer os tripulantes de embarcações<br />

da marinha mercante quer os de embarcações de pesca, ou outra profissão relacionada com<br />

os trabalhos marítimos, devem estar inscritos na Capitania <strong>do</strong>s Portos. Até ao final de 2011, a<br />

Capitania <strong>do</strong>s Portos emitiu no total 251 cédulas marítimas.<br />

Escola de Pilotagem de <strong>Macau</strong><br />

A Escola de Pilotagem é o único estabelecimento de ensino de actividades marítimas em<br />

<strong>Macau</strong>. A escola tem por finalidade proporcionar principalmente a formação cultural e técnico-<br />

-profissional e desenvolver os conhecimentos científicos, no âmbito das actividades marítimas<br />

e portuárias.<br />

Os cursos ministra<strong>do</strong>s pela Escola de Pilotagem são principalmente destina<strong>do</strong>s ao pessoal<br />

da Capitania <strong>do</strong>s Portos de <strong>Macau</strong>, <strong>do</strong>s Serviços de Alfândega, marinheiros, pesca<strong>do</strong>res e<br />

desportistas náuticos. A escola organiza, ainda, actividades extracurriculares, e durante as<br />

férias de Verão para estudantes.<br />

Estaleiro de Construção Naval<br />

O Estaleiro de Construção Naval (ECN) é um serviço de categoria de departamento da<br />

Capitania <strong>do</strong>s Portos. Tem atribuições de executar os trabalhos de construção, reparação e<br />

manutenção navais, efectuar vistorias, assegurar a reparação e manutenção <strong>do</strong>s veículos das<br />

entidades públicas, assim como fabricar e instalar matrículas de identificação nos veículos <strong>do</strong>s<br />

serviços públicos. Actualmente, os serviços de construção, reparação e manutenção naval <strong>do</strong><br />

ECN são presta<strong>do</strong>s principalmente ao Trem Naval da Capitania <strong>do</strong>s Portos e <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Alfândega. Em 2011, o Estaleiro de Construção Naval procedeu a 233 trabalhos de reparação<br />

e manutenção de embarcações da Capitania <strong>do</strong>s Portos, <strong>do</strong>s Serviços de Alfândega, e da<br />

Sociedade <strong>do</strong> Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong>, procedeu, também, ao trabalho de supervisão<br />

da qualidade técnica na construção de um navio de combate a incêndios com o comprimento de<br />

38 metros da Capitania <strong>do</strong>s Portos, e efectuou, ainda, 2018 trabalhos de inspecção, reparação<br />

e manutenção.<br />

Aviação Civil<br />

Autoridade de Aviação Civil de <strong>Macau</strong><br />

A Autoridade de Aviação Civil de <strong>Macau</strong> (AACM), criada através <strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 10/91/M,<br />

de 4 de Fevereiro, é uma instituição pública <strong>do</strong>tada de autonomia administrativa, financeira<br />

520


Transportes<br />

e patrimonial, encontran<strong>do</strong>-se no âmbito da tutela <strong>do</strong> Secretário para os Transportes e Obras<br />

Públicas. À AACM compete orientar, controlar e fiscalizar todas as actividades de aviação civil<br />

no espaço aéreo da RAEM e a operação das aeronaves inscritas em <strong>Macau</strong>.<br />

Serviços de Aviação Civil<br />

Com base no princípio de abertura <strong>do</strong> espaço aéreo da RAEM, o Governo tomou uma série<br />

de medidas para aperfeiçoar as infra-estruturas e redes relacionadas com a aviação civil de<br />

<strong>Macau</strong>, de forma a atrair mais companhias aéreas, nacionais e estrangeiras, para a exploração de<br />

serviços, aumentar a taxa da utilização <strong>do</strong> Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong> (AIM) e promover<br />

o desenvolvimento <strong>do</strong> transporte aéreo de passageiros e de merca<strong>do</strong>rias.<br />

Para promover a cooperação internacional no âmbito da aviação civil, o Governo da RAEM<br />

continuou a negociar acor<strong>do</strong>s aéreos. Até 31 de Dezembro de 2011, <strong>Macau</strong> tinha rubrica<strong>do</strong><br />

acor<strong>do</strong>s aéreos com 47 países, <strong>do</strong>s quais 40 já estão assina<strong>do</strong>s.<br />

Países que Estabeleceram Acor<strong>do</strong>s de Transporte Aéreo com <strong>Macau</strong><br />

Países<br />

Data de Assinatura<br />

Brasil 15/07/1994<br />

Finlândia 09/09/1994<br />

Áustria 04/11/1994<br />

Bélgica 16/11/1994<br />

Holanda 16/11/1994<br />

Luxemburgo 14/12/1994<br />

Nova Zelândia 09/03/1995<br />

Portugal 31/08/1995<br />

Suíça 05/09/1995<br />

Singapura 27/10/1995<br />

Malásia 31/10/1995<br />

Tailândia 01/11/1995<br />

EUA 03/07/1996<br />

Vietname 07/08/1996<br />

Alemanha 05/09/1996<br />

521


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Países que Estabeleceram Acor<strong>do</strong>s de Transporte Aéreo com <strong>Macau</strong><br />

(Cont.)<br />

Países<br />

Data de Assinatura<br />

Coreia <strong>do</strong> Norte 08/12/1996<br />

Dinamarca 11/12/1996<br />

Suécia 11/12/1996<br />

Noruega 11/12/1996<br />

Coreia <strong>do</strong> Sul 03/04/1997<br />

Filipinas 18/07/1997<br />

Índia 11/02/1998<br />

Nepal 19/02/1998<br />

África <strong>do</strong> Sul 04/04/1998<br />

Brunei 24/05/1998<br />

Emira<strong>do</strong>s Árabes Uni<strong>do</strong>s 06/12/1998<br />

Rússia 21/01/1999<br />

Mianmar (antiga Birmânia) 12/03/1999<br />

Austrália 24/08/1999<br />

Polónia 22/10/1999<br />

Paquistão 15/11/2000<br />

República Checa 25/09/2001<br />

Camboja 12/12/2001<br />

Reino Uni<strong>do</strong> 19/01/2004<br />

Islândia 13/07/2004<br />

Maldivas 16/01/2006<br />

França 23/05/2006<br />

Sri Lanka 08/06/2006<br />

Mongólia 27/06/2006<br />

522


Transportes<br />

Países que Estabeleceram Acor<strong>do</strong>s de Transporte Aéreo com <strong>Macau</strong><br />

(Cont.)<br />

Países<br />

Data de Assinatura<br />

Japão 10/02/2010<br />

Laos<br />

Omã<br />

In<strong>do</strong>nésia<br />

Israel<br />

Grécia<br />

Eslováquia<br />

Cabo Verde<br />

rubrica<strong>do</strong><br />

rubrica<strong>do</strong><br />

rubrica<strong>do</strong><br />

rubrica<strong>do</strong><br />

rubrica<strong>do</strong><br />

rubrica<strong>do</strong><br />

rubrica<strong>do</strong><br />

Em 31 de Dezembro de 2011, existiam em <strong>Macau</strong>, quatro companhias de transporte aéreo<br />

em operação, designadamente, a Companhia de Transportes Aéreos Air <strong>Macau</strong>, S.A.R.L., as<br />

Linhas Aéreas Ásia Oriental, Limitada, a Companhia de Aviação Jet Asia, Limitada, e a Companhia<br />

de Transporte Aérea de Comércio Internacional (<strong>Macau</strong>) S.A..<br />

Companhias de Transporte<br />

Aéreo<br />

Companhia de Transportes<br />

Aéreos Air <strong>Macau</strong>, S.A.R.L.<br />

Frota<br />

5 Airbus A319<br />

2 Airbus A320<br />

7 Airbus A321<br />

2 Airbus A300B4-<br />

622R<br />

Destinos<br />

Pequim, Chengdu, Hangzhou,<br />

Nanjing, Xangai (Pu<strong>do</strong>ng,<br />

Hongqiao), Hefei, Ningbo,<br />

Xiamen, Nangning, Chongqing,<br />

Taiyuan, Taipé, Kaohsiung,<br />

Banguecoque, Singapura, Seul,<br />

Tóquio e Osaka<br />

Linhas Aéreas Ásia Oriental,<br />

Limitada (serviços de helicópteros)<br />

3 AW139 Hong Kong, Shenzhen<br />

Companhia de Aviação Jet Asia,<br />

Limitada<br />

(serviços de charter destina<strong>do</strong>s à<br />

aviação executiva)<br />

2 Challenger<br />

CL600-2B16,<br />

2 Hawker<br />

Beechcraft 900XP<br />

4 Hawker<br />

Beechcraft 750<br />

Qualquer ponto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

Companhia de Transporte Aérea<br />

de Comércio Internacional (<strong>Macau</strong>)<br />

S.A.<br />

1 FALCON 2000LX Qualquer ponto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

523


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Até 31 de Dezembro de 2011, a AACM tinha emiti<strong>do</strong> as seguintes licenças a pilotos, com<br />

a distribuição que a seguir se indica:<br />

Companhia<br />

N.º de pilotos<br />

Autoridade de Aviação Civil 2<br />

Companhia de Transportes Aéreos Air <strong>Macau</strong>,<br />

S.A.R.L.<br />

163<br />

Linhas Aéreas Ásia Oriental, Limitada 32<br />

Companhia de Aviação Jet Asia, Limitada 4<br />

Companhia de Transporte Aérea de<br />

Comércio Internacional (<strong>Macau</strong>) S.A.<br />

5<br />

Total 206<br />

O Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong> (AIM) situa-se na área leste da Ilha da Taipa. O<br />

terminal de passageiros foi construí<strong>do</strong> num terreno conquista<strong>do</strong> à Ponta da Cabrita, e a placa<br />

de manobra é uma zona de aterro. O edifício <strong>do</strong> controlo de tráfego aéreo, a torre de controlo<br />

e o posto secundário de bombeiros foram ergui<strong>do</strong>s na Ilhota de Kia Kiong, a leste da placa de<br />

manobra. A pista foi construída também num aterro, estan<strong>do</strong> ligada à placa de manobra por<br />

duas pontes taxiway.<br />

O posto principal de bombeiros <strong>do</strong> aeroporto está instala<strong>do</strong> na ilha artificial da pista junto<br />

<strong>do</strong> taxiway oblíquo (Charlie 1). O Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong> fica a curta distância da<br />

Península de <strong>Macau</strong>, <strong>do</strong> Porto Exterior e <strong>do</strong> Município de Zhuhai sen<strong>do</strong> a ligação assegurada<br />

pelos transportes disponíveis através da via principal, Ponte da Amizade e Ponte Flor de Lótus,<br />

em menos de 20 minutos.<br />

Em 2011, o Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong> recebeu 4.045.014 passageiros, o que<br />

significou um decréscimo de 0,8 por cento em relação ao ano de 2010. O volume da carga<br />

transportada atingiu as 39.523 toneladas, registan<strong>do</strong> um decréscimo de 24,2 por cento, enquanto<br />

que o número de movimentos (aterragens e descolagens de aeronaves) se cifrou em 38.946,<br />

o que representa um crescimento de 4,8 por cento em relação ao ano transacto.<br />

O número de voos não regulares (charter), de carácter comercial ou particular, registou um<br />

crescimento ligeiro de 5,9 por cento, de 954 voos em 2010 para 1010 voos em 2011.<br />

Controle de Tráfego Aéreo<br />

Desde a sua inauguração em 1995, o controle de tráfego aéreo <strong>do</strong> Aeroporto Internacional<br />

de <strong>Macau</strong> tem funciona<strong>do</strong> sem problemas, garantin<strong>do</strong> a eficácia e segurança da aviação. O<br />

sistema de controlo de tráfego aéreo <strong>do</strong> aeroporto é composto por radares secundários e sistema<br />

automático. Os equipamentos das telecomunicações incluem AFTN/AMHS, estação terrestre de<br />

satélite e rádio de alta-frequência.<br />

A Zona de Controlo de Tráfego Aéreo de <strong>Macau</strong> (ZTA) é um espaço aéreo controla<strong>do</strong> Classe<br />

C, de acor<strong>do</strong> com as normas da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO). A área, em<br />

524


Transportes<br />

formato de buraco de fechadura desde a superfície até aos 3000 pés, compreende uma área<br />

circular de cinco milhas de raio a norte <strong>do</strong> AIM excepto a oeste, onde os limites são estabeleci<strong>do</strong>s<br />

por uma linha recta à distância de três milhas náuticas da pista e que se prolonga por uma faixa<br />

de cinco milhas de largura e dez milhas de comprimento a sul da pista.<br />

A ZTA de <strong>Macau</strong> fica compreendida entre as Regiões de Informação de Voo (FIR) de Hong<br />

Kong e Cantão. O controle de aeronaves dentro da ZTA é feito pela torre de controlo localizada<br />

no AIM. O tráfego pode aproximar-se ou partir <strong>do</strong> aeroporto nas duas direcções. O tráfego de<br />

ou para Norte é controla<strong>do</strong> pela unidade de controlo aéreo <strong>do</strong> Interior da China à saída da Zona<br />

de Controlo Aéreo de <strong>Macau</strong>. O controle <strong>do</strong> tráfego de ou para Sul é da responsabilidade <strong>do</strong><br />

controle de tráfego aéreo de Hong Kong. Devi<strong>do</strong> à complexidade da estrutura <strong>do</strong> espaço aéreo<br />

e a alta densidade de tráfego na área <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas é necessária uma intensa<br />

coordenação entre as várias unidades de controle aéreo de <strong>Macau</strong>, Hong Kong e Interior da<br />

China para assegurar a segurança e fluidez <strong>do</strong> tráfego na Zona de Controle de Tráfego Aéreo<br />

de <strong>Macau</strong> e espaços aéreos vizinhos.<br />

Ruí<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Aviões<br />

O AIM foi construí<strong>do</strong> numa zona marítima distante das áreas residenciais, pelo que foi<br />

desnecessário aplicar medidas contra o ruí<strong>do</strong>. No entanto, para evitar que os aviões que<br />

levantam para Norte produzam perturbação que impacte negativamente o Município de Zhuhai,<br />

o procedimento estipula que o avião, após a descolagem, não pode ultrapassar a linha radial<br />

230º da estação NDB (Non Directional Beacon - Rádio Farol Não Direccional) de Jiuzhou.<br />

Segurança <strong>do</strong> Aeroporto<br />

De acor<strong>do</strong> com o Decreto-Lei n.º 36/94/M, de 18 de Julho, e os regulamentos da Organização<br />

da Aviação Civil Internacional, o plano da segurança <strong>do</strong> Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong><br />

tem por finalidade garantir a segurança, o regular funcionamento e a eficiência da aviação<br />

civil internacional, toman<strong>do</strong> medidas necessárias à salvaguarda de passageiros, tripulantes,<br />

funcionários, aeronaves, carga, instalações e equipamento contra actos de interferência ilícita.<br />

No plano da segurança <strong>do</strong> aeroporto estão envolvi<strong>do</strong>s a Autoridade da Aviação Civil de<br />

<strong>Macau</strong>, os Serviços de Polícia Unitários, os Serviços de Alfândega, a Polícia de Segurança Pública,<br />

a Polícia Judiciária, a Capitania <strong>do</strong>s Portos, a companhia privada de segurança, os opera<strong>do</strong>res<br />

aéreos e outras entidades aeroportuárias.<br />

A companhia privada de segurança é responsável pela execução das medidas e procedimentos<br />

de segurança defini<strong>do</strong>s pelo opera<strong>do</strong>r <strong>do</strong> aeroporto, dispon<strong>do</strong> de pessoal técnico devidamente<br />

treina<strong>do</strong> e certifica<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s equipamentos de monitorização apropria<strong>do</strong>s destina<strong>do</strong>s à eficiente<br />

inspecção de passageiros, bagagens e merca<strong>do</strong>rias.<br />

Sociedade <strong>do</strong> Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong> (CAM)<br />

A Sociedade <strong>do</strong> Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong>, S.A.R.L. (CAM), é a opera<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />

Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong>, designada pelo Governo, responsabilizan<strong>do</strong>-se pela construção<br />

e operação <strong>do</strong> aeroporto. A CAM é uma companhia privada fundada em 18 de Janeiro de 1989.<br />

A CAM é a concessionária <strong>do</strong> AIM, responsável pela respectiva construção e gestão por um<br />

perío<strong>do</strong> de 50 anos, até 2039, por concessão atribuída pelo Governo da RAEM.<br />

525


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

526


Transportes<br />

23 de Novembro de 2011<br />

Cerimónia de lançamento da empreitada para a “Obra de<br />

Construção das Fundações <strong>do</strong> Parque de Materiais e Oficina da<br />

1.ª Fase <strong>do</strong> Sistema de Metro Ligeiro”<br />

3 de Março de 2011<br />

O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io, testemunha a<br />

cerimónia de assinatura <strong>do</strong> contrato de fornecimento <strong>do</strong> “Sistema e Material<br />

Circulante para a 1.ª Fase <strong>do</strong> Sistema de Metro Ligeiro de <strong>Macau</strong>” entre o<br />

Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes e a Mitsubishi<br />

527


Transportes<br />

13 de Dezembro de 2011<br />

Cerimónia de assinatura <strong>do</strong> “Memoran<strong>do</strong> de Cooperação Técnica entre o<br />

MTR Corporation Limited (Hong Kong) e o Projecto <strong>do</strong> Sistema de Metro<br />

Ligeiro de <strong>Macau</strong>”<br />

2 de Março de 2011<br />

Sessão de apresentação da concepção das estações e traça<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sistema<br />

de Metro Ligeiro de <strong>Macau</strong> no Centro da Taipa, pela Direcção para os<br />

Assuntos de Tráfego no Centro Cultural de <strong>Macau</strong><br />

528


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

31 de Julho de 2011<br />

Cerimónia de Inauguração <strong>do</strong> Novo Modelo de Serviços de Autocarros<br />

529


A Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> (RAEM)<br />

é parte <strong>do</strong> território da<br />

China, localizada no sul <strong>do</strong><br />

Continente chinês, a oeste<br />

<strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas,<br />

adjacente à Província de<br />

Guang<strong>do</strong>ng, a cerca de 60<br />

quilómetros de Hong Kong. A<br />

hora local regista um avanço<br />

de oito horas em relação ao<br />

meridiano de Greenwich. A<br />

RAEM abrange a Península<br />

de <strong>Macau</strong> e as ilhas da<br />

Taipa e de Coloane. As suas<br />

coordenadas geográficas são<br />

22º 12’ 40” de latitude Norte<br />

e 113º 32’ 22” de longitude<br />

Este. A Ponte Governa<strong>do</strong>r<br />

Nobre de Carvalho, a Ponte<br />

da Amizade e a Ponte Sai Van<br />

ligam a Península de <strong>Macau</strong><br />

e a Ilha da Taipa, enquanto<br />

o COTAI liga esta Ilha à de<br />

Coloane.


XIV<br />

GEOGRAFIA<br />

E POPULAÇÃO


<strong>Macau</strong> em progresso (Foto: GCS)


Geografia e População<br />

Geografia e População<br />

Localização Geográfica<br />

A Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> (RAEM) é parte <strong>do</strong> território da China, localizada<br />

no sul <strong>do</strong> Continente chinês, a oeste <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas, adjacente à Província de<br />

Guang<strong>do</strong>ng, a cerca de 60 quilómetros de Hong Kong. A hora local regista um avanço de oito<br />

horas em relação ao meridiano de Greenwich. A RAEM abrange a Península de <strong>Macau</strong> e as ilhas<br />

da Taipa e de Coloane. As suas coordenadas geográficas são 22º 12’ 40” de latitude Norte e<br />

113º 32’ 22” de longitude Este. A Ponte Governa<strong>do</strong>r Nobre de Carvalho, a Ponte da Amizade<br />

e a Ponte Sai Van ligam a Península de <strong>Macau</strong> e a Ilha da Taipa, enquanto o COTAI liga esta<br />

Ilha à de Coloane.<br />

Área<br />

A superfície da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> (RAEM) tem vin<strong>do</strong> a aumentar<br />

mercê <strong>do</strong>s aterros feitos na sua orla marítima. Com uma área de 11,6 quilómetros quadra<strong>do</strong>s em<br />

1912, ano em que se efectuou o primeiro registo da área <strong>do</strong> território, <strong>Macau</strong>, em 2011, contava<br />

com uma área de 29,9 quilómetros quadra<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais a Península de <strong>Macau</strong> ocupava 9,3<br />

quilómetros quadra<strong>do</strong>s (31,1 por cento da área total da RAEM), a Ilha da Taipa, 7,4 quilómetros<br />

quadra<strong>do</strong>s (24,8 por cento <strong>do</strong> total), e a Ilha de Coloane, 7,6 quilómetros quadra<strong>do</strong>s (ou seja,<br />

25,4 por cento da totalidade). A zona de aterros <strong>do</strong> COTAI tem uma superfície de 5,6 quilómetros<br />

quadra<strong>do</strong>s, ocupan<strong>do</strong> 18,7 por cento da área total da RAEM.<br />

Geologia e Topografia<br />

O tipo estrutural das terras em <strong>Macau</strong> é relativamente simples, sen<strong>do</strong> caracteriza<strong>do</strong><br />

principalmente por terrenos planos, socalcos e colinas. Os terrenos planos (incluin<strong>do</strong> os aterros)<br />

ocupam uma área de 20,8 quilómetros quadra<strong>do</strong>s, representan<strong>do</strong> 69,6 por cento da área total;<br />

as colinas de granito têm uma área de seis quilómetros quadra<strong>do</strong>s, 20,1 por cento da área<br />

total, e a área de socalcos tem apenas 1,2 quilómetros quadra<strong>do</strong>s, quatro por cento da total; os<br />

terrenos restantes são de “erosão antiga” e espalham-se principalmente pela Colina de Santo<br />

533


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Agostinho, pela Colina de Luís de Camões, pela montanha atrás <strong>do</strong> Templo de Kun Iam, pela<br />

Montanha Russa e pela parte sul da Ilha da Taipa, com uma altitude de 20 a 25 metros; embora<br />

a área deste tipo de terreno (mais acidenta<strong>do</strong>) não seja grande, como a sua altura e inclinação<br />

são relativamente pequenas, a taxa <strong>do</strong> seu aproveitamento é bastante alta. A superfície <strong>do</strong>s<br />

outros tipos de terreno é de apenas 1,9 quilómetros quadra<strong>do</strong>s, incluin<strong>do</strong> os terrenos para<br />

zonas de reserva, para os monumentos comemorativos e para o arvore<strong>do</strong> protegi<strong>do</strong> na zona<br />

de reserva, que ocupa 6,3 por cento da área total.<br />

A topografia de <strong>Macau</strong> caracteriza-se pelas zonas mais altas no sul, e mais baixas no norte.<br />

Por exemplo, no norte, o ponto mais alto é a Colina da Guia, na Península de <strong>Macau</strong>, com uma<br />

altura de 90 metros acima <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> mar, enquanto no sul, o mais alto é a Colina <strong>do</strong> Parque<br />

de Merendas <strong>do</strong> Alto de Coloane, com uma altitude de 170,6 metros, que é também a colina<br />

mais alta de toda a Região de <strong>Macau</strong>. Na Ilha da Taipa, situada no centro, o ponto mais alto é<br />

a Montanha da Taipa Grande, com uma altitude de 158,2 metros.<br />

Litoral<br />

<strong>Macau</strong> é uma região típica da orla marítima, com um litoral de 47,4 quilómetros de<br />

comprimento, <strong>do</strong>s quais 15 são linha de costa da Península de <strong>Macau</strong>, e os restantes 32,4 das<br />

Ilhas.<br />

Ar<br />

<strong>Macau</strong> é uma região pequena, mas populosa, com ruas estreitas e viaturas numerosas, o que<br />

exerce um impacto negativo sobre a qualidade <strong>do</strong> ar. Como as substâncias poluentes emitidas<br />

pela indústria são relativamente baixas, a qualidade <strong>do</strong> ar é, apesar de tu<strong>do</strong>, considerada boa<br />

pelos índices de aceitabilidade da poluição.<br />

Durante os meses <strong>do</strong> Inverno, a densidade de substâncias poluentes no ar é geralmente<br />

mais alta e o índice relativo da qualidade <strong>do</strong> ar é também mais eleva<strong>do</strong>. No Verão sente-se<br />

principalmente a influência <strong>do</strong> clima tropical, que faz com que caia com frequência chuva<br />

convectiva e as substâncias poluentes se expandam facilmente. Assim, a densidade da poluição<br />

é relativamente baixa e a qualidade <strong>do</strong> ar relativamente boa.<br />

Segun<strong>do</strong> o resulta<strong>do</strong> médio da vigilância da qualidade <strong>do</strong> ar nas bermas das ruas, em<br />

2011, os dias em que a qualidade <strong>do</strong> ar era boa ocuparam 74,0 por cento <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s dias <strong>do</strong><br />

ano; os dias em que a qualidade <strong>do</strong> ar era normal, 26,0 por cento. Nos bairros residenciais<br />

muito compactos de <strong>Macau</strong>, os dias em que a qualidade <strong>do</strong> ar era boa ocuparam 83,5 por cento<br />

de to<strong>do</strong> o ano; os dias em que a qualidade era normal, 16,5 por cento. Quanto aos bairros<br />

residenciais de alta densidade da Taipa, as mesmas três taxas eram, respectivamente, de 67,6<br />

por cento, 30,2 por cento e 2,2 por cento (quatro dias). Segun<strong>do</strong> o resulta<strong>do</strong> médio da vigilância<br />

da qualidade <strong>do</strong> ar ambiental, na Taipa, os dias em que a qualidade <strong>do</strong> ar era boa ocuparam<br />

81,3 por cento <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s dias <strong>do</strong> ano; os dias em que a qualidade <strong>do</strong> ar era normal, 18,7 por<br />

cento. Quanto ao resulta<strong>do</strong> da vigilância da qualidade <strong>do</strong> ar ambiental, em Coloane, os dias em<br />

que a qualidade <strong>do</strong> ar era boa ocuparam 78,2 por cento <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s dias <strong>do</strong> ano; os dias em<br />

que a qualidade <strong>do</strong> ar era normal, 21,2 por cento; e os dias em que a qualidade <strong>do</strong> ar desceu<br />

534


Geografia e População<br />

abaixo <strong>do</strong>s níveis mínimos de aceitabilidade, 0,6 por cento (<strong>do</strong>is dias).<br />

Em relação a 2010, com excepção de uma diminuição na densidade de ozono registada<br />

em todas as estações e nas densidades de dióxi<strong>do</strong> de enxofre, registada na Estação de Alta<br />

Densidade Habitacional de <strong>Macau</strong>, registou-se um nível idêntico, ou uma ligeira subida, na<br />

densidade das substâncias poluentes, enquanto houve uma subida na densidade das outras<br />

substâncias poluentes, registada na Estação Ambiental de Coloane. Em 2011, o número de dias<br />

em que a qualidade <strong>do</strong> ar não foi boa ou foi mais grave, foi ligeiramente inferior ao <strong>do</strong> ano de<br />

2010 em todas as estações, exceptuan<strong>do</strong>-se na Estação Ambiental de Coloane, onde se registou<br />

um nível idêntico. De uma forma geral, a qualidade <strong>do</strong> ar em <strong>Macau</strong> ainda é pre<strong>do</strong>minantemente<br />

boa, não sen<strong>do</strong> elevada a média da densidade das substâncias poluentes, que estiveram dentro<br />

<strong>do</strong>s padrões.<br />

Substâncias Poluentes Atmosféricas em 2011<br />

Densidade Média Anual<br />

Estação<br />

Partículas<br />

inaláveis em<br />

suspenso<br />

(µg/m 3 )<br />

Dióxi<strong>do</strong><br />

de enxofre<br />

(µg/m 3 )<br />

Dióxi<strong>do</strong><br />

de azoto<br />

(µg/m 3 )<br />

Ozono<br />

(µg/m 3 )<br />

Monóxi<strong>do</strong><br />

de<br />

carbonxo<br />

(mg/m 3 )<br />

Estação de berma da rua 62,4 - 64,6 - 1,05<br />

Estação de alta<br />

densidade habitacional<br />

de <strong>Macau</strong><br />

65,0 # 4,9# 43,4 # 19,1 # 0,63 #<br />

Estação de alta<br />

densidade habitacional 56,3 # - 37,3 # 41,7 # 0,63 #<br />

da Taipa (i)<br />

Estação ambiental da<br />

Taipa<br />

55,9 10,8 26,6 31,5 -<br />

Estação ambiental de<br />

Coloane<br />

58,5 # 21,1 # 53,5 # - -<br />

(i) Devi<strong>do</strong> à realização de obra, interrompeu o seu funcionamento a partir de 2 de Julho de 2011<br />

# Valor resultante de da<strong>do</strong>s incompletos<br />

535


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Densidade de Substâncias Poluentes com o Índice Diário da Qualidade <strong>do</strong><br />

Ar Quadro Comparativo<br />

Índice da qualidade<br />

<strong>do</strong> ar<br />

Partículas<br />

inaláveis<br />

em<br />

suspenso,<br />

média de<br />

24 horas<br />

(µg/m 3 )<br />

Dióxi<strong>do</strong> de<br />

enxofre,<br />

média de<br />

24 horas<br />

(µg/m 3 )<br />

Dióxi<strong>do</strong><br />

de azoto,<br />

média de<br />

24 horas<br />

(µg/m 3 )<br />

Ozono,<br />

média<br />

de 8 horas<br />

(µg/m 3 )<br />

Monóxi<strong>do</strong><br />

de<br />

carbono,<br />

média de<br />

8 horas<br />

(mg/m 3 )<br />

0 0 0 0 0 0<br />

50 100 60 80 80 5<br />

100 150 150 150 160 10<br />

200 350 800 280 350 17<br />

300 420 1600 565 600 34<br />

400 500 2100 750 800 46<br />

500 600 2620 940 1000 57<br />

Quadro Comparativo da Densidade de Substâncias<br />

Índice 0~50 51~100 101~200 201~300 301~400 401~500<br />

Classificação<br />

(<strong>Macau</strong>)<br />

Bom Normal Mau Muito mau Grave Prejudicial<br />

Sinal de<br />

situação<br />

Ruí<strong>do</strong><br />

O ruí<strong>do</strong> em <strong>Macau</strong> é motiva<strong>do</strong> por muitos factores, <strong>do</strong>s quais a alta densidade populacional<br />

e eleva<strong>do</strong> número de veículos, a estreiteza das ruas e blocos de edifícios altos, são os principais.<br />

Em 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) e o Corpo de Polícia de<br />

Segurança Pública (CPSP) receberam 4431 queixas, registan<strong>do</strong> uma diminuição de 6,87 por<br />

cento (menos 327 casos) em relação ao ano de 2010. Dessas queixas, 458 foram apresentadas<br />

junto da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental, com um aumento de 5,3 por cento (mais<br />

23 casos) em relação ao ano de 2010, e as outras 3973 junto <strong>do</strong> Corpo de Polícia de Segurança<br />

Pública (CPSP), registan<strong>do</strong> uma descida de 8,1 por cento (menos 350 casos) comparativamente<br />

ao ano anterior. Das queixas recebidas pelo CPSP, salientam-se as relativas a “conversa,<br />

escaramuças, brincadeira e cantar” (1171 casos), “obras de decoração no interior de habitação”<br />

(712 casos), “música e televisão de habitação” (500 casos), “jogos de mahjong” (244 casos),<br />

536


Geografia e População<br />

“engenharia e obras de construção civil” (249 casos), “bater em objectos” (210 casos), “ruí<strong>do</strong><br />

de oficinas e máquinas” (225 casos) e “música em sede comercial e karaoke” (140 casos) e<br />

que ocuparam 86,86 por cento (3451 casos) de todas as queixas. Comparativamente a 2010,<br />

a maior parte das novas queixas relacionavam-se com “ruí<strong>do</strong> de oficinas e máquinas” (mais<br />

46 casos), “bater em objectos” (mais 23 casos), “ladrar de cão” (mais 18 casos) e “sistemas<br />

sonoros de alarme” (mais 15 casos), enquanto diminuíram visivelmente as queixas relativas<br />

a “música e televisão em habitação” (menos 127 casos), “obras de decoração no interior de<br />

habitação” (menos 122), “música no exterior” (menos 56 casos) e “conversa, escaramuças,<br />

brincadeira e cantar” (menos 51 casos).<br />

Das queixas dirigidas ao CPSP, 22,9 por cento (910 casos) relacionavam-se com as<br />

actividades diurnas (das 8h00 às 20h00) sobretu<strong>do</strong> “obras de decoração no interior de habitação”,<br />

“engenharia e obras de construção civil”, “ruí<strong>do</strong> de máquinas” e “música em habitação”; enquanto<br />

as relacionadas com as actividades nocturnas (das 20h00 às 8h00) ocuparam 77,1 por cento <strong>do</strong><br />

total (3063 casos), nomeadamente contra “conversa, escaramuças”, “música em residência”,<br />

“jogos de mahjong”, “obras de decoração no interior de habitação”, “bater em objectos”, “ruí<strong>do</strong><br />

de máquinas”, “ladrar de cão”, “remoção de objectos”, “música em sede comercial” e “música<br />

no exterior”.<br />

Rede de Monitorização <strong>do</strong> Ambiente Sonoro<br />

A Rede de Monitorização <strong>do</strong> Ambiente Sonoro - que tem actualmente quatro estações<br />

(três na Península de <strong>Macau</strong> e uma na Taipa) - passou a monitorizar durante as 24 horas,<br />

automaticamente, o ruí<strong>do</strong> ambiental, o ruí<strong>do</strong> das vias públicas e transportes e o ruí<strong>do</strong> <strong>do</strong>s bairros<br />

mistos de residência, indústria e comércio. Os resulta<strong>do</strong>s daquela monitorização são publica<strong>do</strong>s<br />

periodicamente no Website da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental.<br />

Qualidade da Água e Tratamento de Águas<br />

Residuais<br />

Qualidade da Água<br />

<strong>Macau</strong>, localizada na foz <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas é banhada em toda a sua costa pelas<br />

águas <strong>do</strong> mar. A sul de <strong>Macau</strong>, estende-se o Mar <strong>do</strong> Sul da China, e a leste, é o vasto Linding<br />

Yang, onde o efeito das marés constitui um factor importante de diluição das águas. Na zona<br />

oeste, a <strong>do</strong> Porto Interior, principal ancora<strong>do</strong>uro <strong>do</strong>s barcos de <strong>Macau</strong> e de Zhuhai, e, no<br />

curso superior <strong>do</strong> canal <strong>do</strong> Porto Interior, encontram-se as válvulas de águas <strong>do</strong> Rio Qianshan,<br />

que, estan<strong>do</strong> fechadas resultam numa deficiente permuta de águas, tornan<strong>do</strong>-se mais fácil a<br />

acumulação de poluentes, e, estan<strong>do</strong> abertas, a qualidade das águas <strong>do</strong> Porto Interior torna-<br />

-se mais dependente das águas <strong>do</strong> Rio Qianshan, corren<strong>do</strong> os poluentes acumula<strong>do</strong>s para as<br />

zonas aquáticas vizinhas.<br />

Em 2011, ocorreram, na Primavera e no Verão, várias “marés vermelhas” nas zonas costeiras<br />

de <strong>Macau</strong>, nomeadamente, nas praias Hac Sá, e Cheok Van, Porto Exterior, Praia Grande e Pac<br />

On. Assim, o ano em apreço foi ano com ocorrência de maior número de “marés vermelhas”<br />

monitorizadas, desde o arranque <strong>do</strong> plano da monitorização da qualidade de água nas zonas<br />

costeiras de <strong>Macau</strong>, parecen<strong>do</strong> que as águas marítimas em re<strong>do</strong>r de <strong>Macau</strong> estão sujeitas a<br />

uma ameaça de “marés vermelhas” cada vez mais grave.<br />

537


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

O Governo da RAEM instalou 11 pontos de amostragem da qualidade das águas costeiras e<br />

um ponto de referência. Desde 1988, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Saúde procede, anualmente,<br />

através <strong>do</strong> seu Laboratório de Saúde Pública, a testes da qualidade das águas costeiras de<br />

<strong>Macau</strong>. Em resposta à ocorrência de “marés vermelhas”, foram reforçadas a frequência de<br />

recolha de amostragem de água e mecanismo de monitorização para confirmar a ocorrência<br />

de “marés vermelhas”, acumulan<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s científicos para o estu<strong>do</strong> aprofunda<strong>do</strong> e diminuição<br />

<strong>do</strong>s danos das “marés vermelhas”.<br />

Os parâmetros da monitorização concentram-se principalmente em três aspectos físico-<br />

-químico, bacteriológico e biológico com 38 itens e os parâmetros e a técnica de análise assentam,<br />

na sua maioria, nos “Standard Methods, 21 th Edition (2005)”, publica<strong>do</strong>s pela Associação da<br />

Saúde Pública <strong>do</strong>s EUA, e alguns seguem as normas de monitorização “Marine Monitoring Norms<br />

(GB17378-200)” da República Popular da China, e os méto<strong>do</strong>s sugeri<strong>do</strong>s pela Organização<br />

Mundial da Saúde. To<strong>do</strong> o processo de análise encontra-se sob a rigorosa monitorização <strong>do</strong><br />

sistema de garantia de águas, e a maioria <strong>do</strong>s projectos de análise obteve o certifica<strong>do</strong> ISO/<br />

IEC 17025:2005.<br />

De acor<strong>do</strong> com as conclusões <strong>do</strong> “Relatório sobre Monitorização e Avaliação da Qualidade<br />

das Águas Costeiras de <strong>Macau</strong> - 2011”, os resulta<strong>do</strong>s da avaliação físico-química revelam que os<br />

valores superiores ao normal concentram-se em cinco matérias, designadamente, pH, nitrogénio<br />

inorgânico, fosfato, mercúrio e zinco, sen<strong>do</strong> o nitrogénio inorgânico, a mais grave poluente com<br />

valores superiores ao normal nas áreas de águas costeiras de <strong>Macau</strong>, segui<strong>do</strong> <strong>do</strong> pH, fosfato e<br />

mercúrio. Segun<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s recolhi<strong>do</strong>s nos diversos pontos de amostragem, as águas no Porto<br />

Interior são as mais poluídas, sen<strong>do</strong> a única zona marítima com valores de poluição superior<br />

ao normal na avaliação integral, e os valores da poluição provocada por matérias não-metais<br />

ultrapassaram os padrões de referência, enquanto os valores da poluição de metais tiveram<br />

uma tendência de subida repetida nos últimos anos. Analisan<strong>do</strong> as mudanças globais de níveis<br />

de poluição <strong>do</strong>s últimos anos, registou-se uma subida <strong>do</strong>s índices da avaliação integral da<br />

qualidade de água nas zonas costeiras de <strong>Macau</strong> em relação ao ano de 2010, manten<strong>do</strong>-se,<br />

ainda, uma tendência de subida repetida.<br />

Rede de Pontos de Amostragem da Qualidade de Água<br />

Actualmente estão instala<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong> <strong>do</strong>is pontos de amostragem da qualidade de<br />

água, localiza<strong>do</strong>s na Doca da Ilha Verde <strong>do</strong> Fai Chi Kei e nas zonas ecológicas de COTAI, que<br />

monitorizam, a to<strong>do</strong> tempo durante 24 horas, as mudanças da qualidade da água através <strong>do</strong><br />

sistema de rede totalmente automático, crian<strong>do</strong> as condições necessárias ao conhecimento <strong>do</strong><br />

esta<strong>do</strong> da qualidade de água nas respectivas zonas marítimas.<br />

Fiscalização da Qualidade da Água Potável<br />

De acor<strong>do</strong> com o Regulamento Administrativo n.º 32/2001 de 18 de Dezembro, e o Despacho<br />

n.º 2/2002 de 14 de Janeiro, <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo, o Laboratório <strong>do</strong> IACM é responsável pela<br />

monitorização da qualidade da água da Sociedade de Abastecimento de Águas de <strong>Macau</strong>, desde<br />

o seu tratamento até à distribuição pelas redes de abastecimento, isto é, verifica o cumprimento<br />

<strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 46/96/M, referente ao Regulamento de Águas e de Drenagem de Águas<br />

Residuais de <strong>Macau</strong>.<br />

538


Geografia e População<br />

O Laboratório <strong>do</strong> IACM tem como atribuição monitorizar a qualidade da água da rede<br />

de abastecimento pública, de fontes de água e de poços públicos e particulares, e propor o<br />

eventual encerramento destas instalações em razão <strong>do</strong> interesse público. Tem participa<strong>do</strong>,<br />

e si<strong>do</strong> aprova<strong>do</strong>, nos testes laboratoriais - que obedeceram a todas as exigências técnicas<br />

internacionais - realiza<strong>do</strong>s no Interior da China e noutros países, como os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,<br />

Reino Uni<strong>do</strong> e Austrália. Em 28 de Outubro de 2003, o Laboratório obteve o ISO/IEC 17025<br />

“Certifica<strong>do</strong> de Reconhecimento de Laboratório”, conferi<strong>do</strong> pelo China National Accreditation<br />

Service for Conformity Assessment, reconhecimento que o Laboratório procurará manter, já<br />

que constitui factor de garantia da qualidade das suas análises e melhoria <strong>do</strong> sistema de gestão.<br />

Presentemente, os parâmetros de reconhecimento atingem os 150 itens.<br />

Tratamento de Águas Residuais<br />

Em <strong>Macau</strong>, há cinco estações de tratamento de águas residuais (ETAR): ETAR da<br />

Península de <strong>Macau</strong>; ETAR <strong>do</strong> Parque Industrial Transfronteiriço de <strong>Macau</strong>; ETAR da Taipa;<br />

ETAR <strong>do</strong> Aeroporto Internacional de <strong>Macau</strong> e ETAR <strong>do</strong> Coloane, com uma capacidade total para<br />

tratamento de 356 mil metros cúbicos de águas residuais por dia. Destas, destaca-se a ETAR<br />

<strong>do</strong> Parque Industrial Transfronteiriço de <strong>Macau</strong>, localizada na Ilha Verde e inaugurada em 2008,<br />

projectada para o tratamento máximo de 12 mil metros cúbicos de águas residuais por dia,<br />

em articulação com o desenvolvimento <strong>do</strong> Parque Industrial Transfronteiriço (zona de <strong>Macau</strong>)<br />

e da zona da Ilha Verde.<br />

Em 2011, o volume total das águas residuais tratadas foi de 54.287.854 metros cúbicos na<br />

ETAR da Península de <strong>Macau</strong>, 6.730.737 metros cúbicos na ETAR da Taipa, 6.365.485 metros<br />

cúbicos na ETAR <strong>do</strong> Coloane, 27.802 metros cúbicos na ETAR <strong>do</strong> Aeroporto Internacional de<br />

<strong>Macau</strong> e 354.679 metros cúbicos na ETAR <strong>do</strong> Parque Industrial Transfronteiriço de <strong>Macau</strong>.<br />

Para implementar a orientação da acção governativa sobre a protecção ambiental, a<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental tem optimiza<strong>do</strong> regularmente as instalações de<br />

tratamento de águas residuais e procedi<strong>do</strong> à transformação, e elevação, <strong>do</strong>s equipamentos das<br />

outras estações de tratamento de águas residuais, ten<strong>do</strong> em vista aumentar gradualmente as<br />

suas capacidades de tratamento de águas residuais, elevar a qualidade das águas tratadas<br />

e preparar-se para a futura promoção da utilização generalizada das águas recuperadas e<br />

neutralizadas. Em 2011, procedeu à escolha <strong>do</strong> local para a edificação da primeira Estação de<br />

Águas Recuperadas e ao estu<strong>do</strong> de projecção preliminar da tecnologia a ser usada.<br />

Gestão de Resíduos<br />

De acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s publica<strong>do</strong>s pela Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Estatística e Censos,<br />

entre 2001 e 2010, o volume <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s produzi<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong> aumentou em cerca<br />

de 38 por cento. Actualmente, em <strong>Macau</strong> a<strong>do</strong>pta-se a incineração como méto<strong>do</strong> principal para<br />

tratamento de sóli<strong>do</strong>s residuais, e o preenchimento deposita<strong>do</strong> como secundário.<br />

A recolha de lixo, a colocação e manutenção de caixotes de lixo públicos e o serviço<br />

de limpeza urbana cabem à Companhia de Sistemas de Resíduos, Lda. (CSR), a quem foi<br />

concessionada a recolha de lixos na RAEM, e cujo funcionamento é fiscaliza<strong>do</strong> pelo Governo.<br />

Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s pela CSR, o volume total de resíduos recolhi<strong>do</strong>s em 2011, foi de<br />

263.385 toneladas, ou seja, uma média de 722 toneladas diárias.<br />

539


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Tratamento de Resíduos de Materiais de Construção<br />

O Aterro para Resíduos de Materiais de Construção está situa<strong>do</strong> na Avenida <strong>do</strong> Aeroporto.<br />

O aterro está em funcionamento desde Março de 2006, e nele foram deposita<strong>do</strong>s resíduos<br />

sóli<strong>do</strong>s inertes resultantes das actividades de escavação e de demolição, incluin<strong>do</strong> detritos,<br />

betão, solo mole, areia <strong>do</strong> mar, escórias, entre outros. Em 2011, foram deposita<strong>do</strong>s cerca de<br />

1.618.000 metros cúbicos de resíduos de materiais de construção (incluin<strong>do</strong> 316.000 metros<br />

cúbicos de areia <strong>do</strong> mar).<br />

Central de Incineração<br />

A Central de Incineração de Resíduos Sóli<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong>, instalada em <strong>do</strong>is edifícios,<br />

destina-se a tratar os lixos diários da RAEM, com uma capacidade total de tratamento de 1728<br />

toneladas diárias de resíduos sóli<strong>do</strong>s. Em 2011, a central tratou no total 329.190 toneladas de<br />

lixo, ou seja, 902 toneladas diárias. É de referir que alguns <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong> são<br />

recolhi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mar pela Capitania <strong>do</strong>s Portos.<br />

Funcionan<strong>do</strong> 24 horas por dia, a central utiliza a energia térmica produzida quan<strong>do</strong> da<br />

incineração <strong>do</strong>s resíduos para produzir electricidade. Da energia eléctrica produzida, além de<br />

uma parte usada pela própria central, é transportada 21MW por hora para a rede eléctrica<br />

pública, quantidade suficiente para o consumo de cerca de 33 mil fogos de <strong>Macau</strong>. Em 2011,<br />

a Central de Incineração de Resíduos Sóli<strong>do</strong>s de <strong>Macau</strong> transportou no total 107.076MW de<br />

energia eléctrica para a rede eléctrica pública.<br />

Sistema Automático de Recolha de Resíduos Sóli<strong>do</strong>s<br />

O Governo desencadeou, em Junho de 2006, um projecto-piloto de recolha automática de<br />

resíduos sóli<strong>do</strong>s urbanos para melhorar os méto<strong>do</strong>s de recolha de lixo. O projecto desenvolveu-<br />

-se na zona de aterros da Areia Preta - Zona Norte - uma área que conta com mais de 19.000<br />

unidades habitacionais.<br />

Este sistema consiste na instalação de uma rede subterrânea de condutas com várias<br />

bocas de descarga, onde os resíduos são despeja<strong>do</strong>s e transporta<strong>do</strong>s pelo méto<strong>do</strong> de sucção<br />

por vácuo até a um posto de lixo transitório localiza<strong>do</strong> entre a Avenida da Amizade e a Estação<br />

de Tratamento de Águas Residuais. Os lixos ali deposita<strong>do</strong>s são transferi<strong>do</strong>s, finalmente, para<br />

o Centro de Incineração.<br />

Tratamento de Resíduos Especis e Perigosos<br />

A Estação de Tratamento de Resíduos Especiais e Perigosos de <strong>Macau</strong>, que entrou em<br />

funcionamento em 2007, está situada ao la<strong>do</strong> da Central de Incineração de Resíduos Sóli<strong>do</strong>s<br />

da Taipa. Este equipamento utiliza critérios de incineração adapta<strong>do</strong>s pela União Europeia<br />

no tratamento de resíduos sóli<strong>do</strong>s especiais, designadamente resíduos médicos, resíduos <strong>do</strong><br />

mata<strong>do</strong>uro, pneus utiliza<strong>do</strong>s, cavalos, cães e outros animais mortos e depósitos de óleo, bem<br />

como outros resíduos sóli<strong>do</strong>s e líqui<strong>do</strong>s especiais. Em 2011, o volume total <strong>do</strong>s resíduos especiais<br />

trata<strong>do</strong>s a estação (incluin<strong>do</strong> resíduos médicos) foi da ordem das 2358 toneladas, ten<strong>do</strong> o<br />

tratamento de pneus inutiliza<strong>do</strong>s ocupa<strong>do</strong> cerca de 30,7 por cento <strong>do</strong> total.<br />

540


Geografia e População<br />

Classificação <strong>do</strong> Lixo<br />

Com o intuito de promover a extensão <strong>do</strong> projecto de separação de lixos para recolha, em<br />

2011 foram acrescenta<strong>do</strong>s mais 246 postos públicos de recolha. Já tinham, entretanto, aderi<strong>do</strong><br />

ao projecto 305 entidades (escolas, departamentos <strong>do</strong> Governo, associações e instituições).<br />

O IACM, por seu turno, estabeleceu um programa de sensibilização e cooperação junto das<br />

administrações <strong>do</strong>s edifícios, para divulgar as vantagens <strong>do</strong> sistema de separação, conseguin<strong>do</strong><br />

que 304 imóveis aderissem ao plano de recolha e separação <strong>do</strong> lixo. Através deste projecto,<br />

no ano de 2011 foi possível recolher 421 toneladas de papel, cerca de 25 toneladas de metais<br />

e 53 toneladas de plásticos.<br />

Legislação e Controlo da Poluição<br />

Em 1991, foi promulgada, em <strong>Macau</strong>, a Lei de Bases <strong>do</strong> Ambiente (Lei n.º 2/91/M, de 11<br />

de Março), definin<strong>do</strong> o enquadramento geral e princípios fundamentais a que deve obedecer<br />

a política ambiental de <strong>Macau</strong>. Mais tarde, foram promulga<strong>do</strong>s, ainda, uma série de diplomas<br />

relaciona<strong>do</strong>s com os diversos sectores ambientais, nomeadamente: o Regulamento de Águas<br />

e de Drenagem de Águas Residuais de <strong>Macau</strong> (Decreto-Lei n.º 46/96/M, de 19 de Agosto); o<br />

Decreto-Lei sobre a proibição de lançar ou despejar substâncias nocivas nas áreas de jurisdição<br />

marítima (Decreto-Lei n.º 35/97/M, de 25 de Agosto); as normas sobre a importação e<br />

matrícula aos automóveis que estejam prepara<strong>do</strong>s para o consumo de gasolina sem chumbo<br />

(Decreto-Lei n.º 44/94/M, de 22 de Agosto); as medidas para o controlo e redução <strong>do</strong> consumo<br />

de substâncias que empobrecem a camada <strong>do</strong> ozono (Decreto-Lei n.º 62/95/M, de 4 de<br />

Dezembro), o Regulamento Geral da Prevenção e Controlo <strong>do</strong> Ruí<strong>do</strong> Ambiental (Decreto-Lei<br />

n.º 54/94/M, de 14 de Novembro); as normas sobre o teor máximo de enxofre no gasóleo <strong>do</strong>s<br />

veículos que se vendem em <strong>Macau</strong> (Ordem Executiva n.º 4/2006, de 23 de Janeiro) e fixação<br />

<strong>do</strong>s limites de emissão de gases poluentes a que devem obedecer os motociclos e ciclomotores<br />

novos aquan<strong>do</strong> da sua importação (Regulamento Administrativo n.º 1/2008), as tabelas de<br />

parâmetros de emissões de gases poluentes (Veículos com motor a quatro tempos) (Despacho<br />

<strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 356/2010) e as Normas Sonoras (Decreto-Lei n.º 24/94/M), a fim<br />

de reduzir e controlar a poluição produzida no tratamento de resíduos, de águas residuais, e<br />

<strong>do</strong>s, combustíveis, e, ainda, a poluição resultante <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong>, da luz, e da poluição na atmosfera,<br />

para alcançar o objectivo da protecção <strong>do</strong> ambiente.<br />

São aplicadas em <strong>Macau</strong>, uma série de convenções internacionais tendentes ao controlo<br />

<strong>do</strong> problema ambiental mundial, nomeadamente: a Convenção de Viena para a Protecção da<br />

Camada de Ozono, o Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Empobrecem a Camada de<br />

Ozono, as Emendas ao Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Empobrecem a Camada<br />

de Ozono, a<strong>do</strong>ptadas em Londres, as Emendas ao Protocolo de Montreal sobre as Substâncias<br />

que Empobrecem a Camada de Ozono, a<strong>do</strong>ptadas em Copenhaga, a Convenção Quadro das<br />

Nações Unidas sobre Alteração Climática, a Convenção sobre o Comércio Internacional das<br />

Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, a Convenção sobre a Diversidade<br />

Biológica, a Convenção de Basileia sobre o Controlo de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos<br />

Perigosos e sua Eliminação e a Decisão da Conferência <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Partes III/1, a<strong>do</strong>ptada em<br />

Genebra, em 22 de Setembro de 1995 (Proibição de Basileia), o Acor<strong>do</strong> sobre a Protecção <strong>do</strong>s<br />

Vegetais na Região da Ásia e <strong>do</strong> Pacífico, altera<strong>do</strong> em 1967, em 1979 e em 1983, a Convenção<br />

de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, a<strong>do</strong>ptada em Estocolmo, a Convenção<br />

541


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

sobre o Procedimento de Prévia Informação e Consentimento para Determina<strong>do</strong>s Produtos<br />

Químicos e Pesticidas Perigosos no Comércio Internacional, a Convenção sobre a Proibição de<br />

Utilização de Técnicas de Modificação <strong>do</strong> Ambiente para Fins Militares ou Quaisquer Outros Fins<br />

Hostis, a Convenção Fitossanitária Internacional, o Protocolo ao Trata<strong>do</strong> da Antárctida sobre<br />

a Protecção <strong>do</strong> Meio Ambiente e o Protocolo à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as<br />

Alterações Climáticas, feito em Quioto.<br />

São aplicadas em <strong>Macau</strong> e relacionadas com a protecção ambiental marinha, a Convenção<br />

Internacional sobre a Preparação, o Combate e a Cooperação em Matéria de Poluição por<br />

Hidrocarbonetos, de 1990, a Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por<br />

Navios, concluída em 1973, tal como modificada pelo Protocolo de 1978, a Convenção para a<br />

Prevenção da Poluição Marinha por Operações de Imersão de Detritos e Outros Produtos (feita<br />

em 1972), Emendas aos Anexos feitas em 1978 e em 1980, a Convenção Internacional sobre<br />

a Responsabilidade Civil por Danos Resultantes da Poluição Causada por Hidrocarbonetos de<br />

Bancas (feita em 2001) e a Convenção sobre a Conservação <strong>do</strong>s Recursos Vivos Marinhos<br />

Antárcticos.<br />

Para acompanhar a implementação <strong>do</strong>s acor<strong>do</strong>s e convenções internacionais aplica<strong>do</strong>s em<br />

<strong>Macau</strong>, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental entregou ao Ministério de Protecção<br />

Ambiental, em 2011, a actualização de da<strong>do</strong>s e conteú<strong>do</strong>s relativos a <strong>Macau</strong>, constantes<br />

<strong>do</strong> relatório sobre a aplicação da “Convenção de Basileia sobre o Controlo de Movimentos<br />

Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e sua Eliminação”. Por outro la<strong>do</strong>, a Direcção <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Protecção Ambiental reforçou a fiscalização e o trabalho de Controlo de Movimentos<br />

Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e sua Eliminação, através de cooperação com os<br />

Serviços de Alfândega e a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia, bem como, das actividades de<br />

intercâmbio com o exterior.<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental<br />

De acor<strong>do</strong> com a Lei n.º 6/2009 e o Regulamento Administrativo n.º 14/2009, o Governo<br />

da RAEM criou, em 29 de Junho de 2009, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental<br />

(DSPA), serviço público da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>, responsável pelo estu<strong>do</strong>,<br />

planeamento, execução e promoção da política <strong>do</strong> ambiente.<br />

Conselho Consultivo <strong>do</strong> Ambiente<br />

O Conselho Consultivo <strong>do</strong> Ambiente cria<strong>do</strong> nos termos <strong>do</strong> Regulamento Administrativo n.º<br />

14/2009 e <strong>do</strong> Despacho <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo n.º 263/2009 é composto por personalidades<br />

da sociedade civil e <strong>do</strong> Governo.<br />

São atribuições principais <strong>do</strong> Conselho Consultivo <strong>do</strong> Ambiente a recolha de opiniões<br />

<strong>do</strong>s diferentes sectores da sociedade e a emissão de propostas sobre o estu<strong>do</strong>, planeamento,<br />

execução e promoção da política <strong>do</strong> ambiente; pronunciar-se sobre o plano e o relatório<br />

de actividades da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental, as medidas legislativas e<br />

regulamentos no <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> ambiente, a aplicação e o desenvolvimento <strong>do</strong> disposto da Lei de<br />

Bases <strong>do</strong> Ambiente e o relatório <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ambiente; e propor medidas de sensibilização,<br />

educação e participação da população nas actividades de protecção ambiental.<br />

542


Geografia e População<br />

Fun<strong>do</strong> para a Protecção Ambiental e a Conservação<br />

Energética<br />

O Governo da RAEM criou, em 2011, pelo Regulamento Administrativo n.º 21/2011, o “Fun<strong>do</strong><br />

para a Protecção Ambiental e a Conservação Energética” e lançou, através <strong>do</strong> Regulamento<br />

Administrativo n.º 22/2011, o “Plano de Apoio à Aquisição de Produtos e Equipamentos para a<br />

Protecção Ambiental e a Conservação Energética”, inician<strong>do</strong> o atendimento aos pedi<strong>do</strong>s a partir<br />

de 12 de Setembro de 2011.<br />

A criação <strong>do</strong> “Fun<strong>do</strong> para a Protecção Ambiental e a Conservação Energética” tem por<br />

objectivo dar apoio financeiro às empresas comerciais e associações sociais na aquisição<br />

e renovação de produtos e equipamentos de conservação energética para aumentar a sua<br />

capacidade da protecção ambiental e introduzir tecnologias e equipamentos ambientais,<br />

procuran<strong>do</strong> melhor promover o trabalho da protecção ambiental e o desenvolvimento da indústria<br />

ambiental. O fun<strong>do</strong> conta com um capital inicial no valor de 200 milhões de patacas.<br />

O “Plano de Apoio à Aquisição de Produtos e Equipamentos para a Protecção Ambiental e<br />

a Conservação Energética”, primeiro plano de apoio financeiro desde a criação <strong>do</strong> fun<strong>do</strong>, tem<br />

como destinatários <strong>do</strong> apoio financeiro empresas comerciais e associações. O apoio financeiro<br />

a conceder por cada pedi<strong>do</strong> aprova<strong>do</strong> é o correspondente a 80 por cento <strong>do</strong> montante total <strong>do</strong>s<br />

produtos e equipamentos adquiri<strong>do</strong>s ou substituí<strong>do</strong>s, não poden<strong>do</strong> exceder o limite máximo<br />

de 500.000 patacas.<br />

Divulgação e Educação sobre o Ambiente<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental realizou, em torno <strong>do</strong> tema “construir<br />

um <strong>Macau</strong> de baixo carbono e partilhar uma vida verde”, actividades de divulgação e acções<br />

educativas junto <strong>do</strong>s diversos sectores da sociedade, ten<strong>do</strong>-se empenha<strong>do</strong> na elevação contínua<br />

da consciência da população para com o ambiente, reforçan<strong>do</strong> a consideração e responsabilidade<br />

<strong>do</strong>s cidadãos pela protecção ambiental.<br />

Em 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental organizou e apoiou um total de<br />

131 actividades, que contaram com a participação de 77.818 pessoas. Das diversas actividades<br />

de propaganda e de educação, destacam-se: actividades da divulgação <strong>do</strong> Dia da Terra, a Semana<br />

Ambiental de <strong>Macau</strong>, Escolas Verdes, actividades em série comemorativas <strong>do</strong> Dia Mundial sem<br />

Carros, o Projecto Pedagógico de Educação Ambiental de Escolas Verdes, o Plano para redução<br />

de resíduos durante o Festival de Gastronomia, actividades da recolha selectiva de resíduos<br />

recicláveis, entre outras. A par disso, lançou o Programa de pontos “verdes”, promoven<strong>do</strong>,<br />

através de atribuição de prémios, a prática contínua, por to<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s diversos actos ambientais<br />

e a transformação <strong>do</strong>s actos ambientais num hábito na vida quotidiana <strong>do</strong>s cidadãos.<br />

Estu<strong>do</strong> sobre Planeamento Ambiental<br />

Para garantir o desenvolvimento sustentável económico, social e ambiental, bem como<br />

o desenvolvimento <strong>do</strong> trabalho ambiental nos próximos dez anos, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Protecção Ambiental pretende concluir o primeiro plano ambiental de <strong>Macau</strong> em três fases.<br />

Na primeira fase, foi lança<strong>do</strong>, em Abril de 2010, o projecto para a consulta pública sobre o<br />

Quadro Geral <strong>do</strong> Planeamento Conceptual da Protecção Ambiental de <strong>Macau</strong> (2010-2020). Após<br />

543


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

a recolha de opiniões e confirmação de consenso da população, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Protecção Ambiental iniciou o estu<strong>do</strong> sobre o planeamento geral e os planeamentos específicos<br />

da protecção ambiental de <strong>Macau</strong>. Com base nos resulta<strong>do</strong>s alcança<strong>do</strong>s na primeira e segunda<br />

fases, lançou em 2011, o texto de recolha de opiniões sobre o Quadro Geral <strong>do</strong> Planeamento<br />

Conceptual da Protecção Ambiental de <strong>Macau</strong> (2010-2020), no qual, foi apresenta<strong>do</strong> o conceito<br />

sobre “Gestão de áreas Eco-funcionais”, associa<strong>do</strong> com três principais temas: “Optimização<br />

<strong>do</strong> ambiente para o tornar mais habitável e mais adequan<strong>do</strong> ao turismo”, “Promoção de uma<br />

sociedade de reciclagem e economiza<strong>do</strong>ra de recursos” e “Integração regional para construção<br />

de um círculo mais ecológico e de qualidade”. As actividades das consultas públicas sobre o<br />

referi<strong>do</strong> texto estavam previstas para decorrer durante <strong>do</strong>is meses. A Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Protecção Ambiental espera, através da conclusão <strong>do</strong> primeiro “Planeamento de Protecção<br />

Ambiental de <strong>Macau</strong>”, elaborar a estratégia e definir objectivos para a protecção e garantia<br />

de qualidade <strong>do</strong> ambiente de <strong>Macau</strong>, a fim de satisfazer os anseios de construir um <strong>Macau</strong> de<br />

baixo carbono e de uma vida mais verde.<br />

Criação <strong>do</strong> Regime de Avaliação <strong>do</strong> Impacto Ambiental<br />

Visan<strong>do</strong> promover a criação de um regime de avaliação <strong>do</strong> impacto ambiental de <strong>Macau</strong> e<br />

elevar o nível de conhecimento da sociedade sobre o mesmo, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção<br />

Ambiental concluiu a elaboração <strong>do</strong> “Texto exploratório para a criação de um regime de avaliação<br />

<strong>do</strong> impacto ambiental” e realizou, durante Agosto e Setembro de 2011, actividades de recolha<br />

de opiniões acerca <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> texto, absorven<strong>do</strong> opiniões de diversos sectores sociais, a fim<br />

de estabelecer uma base sólida para criação de um regime de avaliação <strong>do</strong> impacto ambiental<br />

pragmático e adequa<strong>do</strong> a <strong>Macau</strong>.<br />

Teste e Estu<strong>do</strong> de Da<strong>do</strong>s de Protecção Ambiental<br />

No senti<strong>do</strong> de dar cumprimento à Ordem Executiva n.º 4/2006, que define que o teor<br />

máximo de enxofre no gasóleo para veículos em <strong>Macau</strong> não pode ultrapassar 0,005 por cento<br />

em peso, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental procedeu, em Junho, Setembro e<br />

Novembro de 2011, a três recolhas de amostras nos postos de combustíveis de <strong>Macau</strong>, Taipa e<br />

Coloane e no Tanque de Combustíveis de Ká-Hó. Os resulta<strong>do</strong>s das análises demonstraram que<br />

o teor de enxofre, nestas amostras, estava abaixo <strong>do</strong> limite <strong>do</strong>s 0,005 por cento.<br />

Relativamente à prevenção e controlo da poluição ambiental, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Protecção Ambiental procedeu em 2011 ao estu<strong>do</strong> sobre normas de emissão de gases poluentes<br />

por escape de veículos motoriza<strong>do</strong>s e ao estu<strong>do</strong> sobre “Limites de Emissão para as Fontes de<br />

Poluição Atmosférica mais Grave de <strong>Macau</strong>”, dan<strong>do</strong> início também aos projectos específicos de<br />

controlo de emissão de fumos negros e cheiros <strong>do</strong>s estabelecimentos de restauração e de bebidas<br />

e ao estu<strong>do</strong> sobre os seus projectos-piloto. Através <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s, são estabeleci<strong>do</strong>s fundamentos<br />

científicos necessários à futura elaboração das respectivas políticas e <strong>do</strong>s diplomas legais.<br />

Em 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental continuou, em colaboração<br />

com a Universidade de <strong>Macau</strong> e o Instituto para o Desenvolvimento e Qualidade de <strong>Macau</strong>,<br />

a proceder ao trabalho <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> sobre a qualidade <strong>do</strong> ar no interior <strong>do</strong>s diferentes recintos<br />

públicos, para elaborar as respectivas directivas adequadas a <strong>Macau</strong> referencian<strong>do</strong> experiências<br />

de outros lugares.<br />

Para proceder a uma análise global e científica da situação e estabelecer um sistema<br />

544


Geografia e População<br />

geral aperfeiçoa<strong>do</strong> de controlo de emissão de poluentes por veículos motoriza<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong>,<br />

o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental (DSPA)<br />

deram corpo ao projecto das “Técnicas e demonstração de controlo geral de emissão de poluentes<br />

por veículos motoriza<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong>”, dan<strong>do</strong> o início à recolha de da<strong>do</strong>s básicos através da<br />

monitorização da emissão de poluentes por veículos motoriza<strong>do</strong>s e ao estu<strong>do</strong> de técnicas e<br />

demonstração de controlo geral de emissão de poluentes por veículos motoriza<strong>do</strong>s.<br />

Com vista a elaborar uma estratégia de gestão adequada à realidade de <strong>Macau</strong> e técnicas<br />

de controlo da poluição por resíduos electrónicos, o Ministério da Ciência e Tecnologia e a<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) desenvolveram, em conjunto, o projecto<br />

“Técnicas e demonstração de gestão e controlo da poluição por resíduos electrónicos em <strong>Macau</strong>”,<br />

proceden<strong>do</strong> em 2011 à pesquisa das características da produção de resíduos electrónicos<br />

por famílias e pelo sector profissional de <strong>Macau</strong> e ao estu<strong>do</strong> de técnicas e demonstração de<br />

tratamento de resíduos electrónicos.<br />

Administração <strong>do</strong> Ambiente<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental continuou a desenvolver o programa da<br />

gestão ambiental para sensibilizar os serviços da Administração Pública e to<strong>do</strong>s os sectores<br />

sociais para a necessidade de terem sempre em atenção o impacto <strong>do</strong> seu funcionamento sobre<br />

o ambiente e a<strong>do</strong>ptarem medidas preventivas.<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental elaborou e lançou formalmente as<br />

“Instruções de eco-aquisição destinadas aos serviços públicos”, servin<strong>do</strong> de referência para<br />

diversos serviços públicos nas suas actividades da aquisição.<br />

No final de 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental deu início ao “Estu<strong>do</strong> e<br />

investigação sobre a limitação de produção e uso de sacos de plástico”, elaboran<strong>do</strong> as respectivas<br />

políticas relativas à limitação de produção e uso de sacos de plástico e apresentan<strong>do</strong> várias<br />

propostas viáveis.<br />

Desde 2007 até 2011, foram realizadas quatro edições <strong>do</strong> “Prémio de Hotel Verde de <strong>Macau</strong>”.<br />

O “Prémio de Hotel Verde de <strong>Macau</strong>” tem por objectivo diminuir custos através duma série de<br />

medidas de conservação energética e redução de emissões a<strong>do</strong>ptada pelo sector hoteleiro,<br />

aumentar o grau de satisfação <strong>do</strong> cliente e contribuir para elevação de competitividade <strong>do</strong><br />

sector no merca<strong>do</strong> hoteleiro, benefician<strong>do</strong> finalmente o ambiente global de desenvolvimento<br />

de <strong>Macau</strong>. Até final de 2011, 22 estabelecimentos hoteleiros, com três estrelas ou superiores,<br />

foram galar<strong>do</strong>a<strong>do</strong>s, ocupan<strong>do</strong> cerca de 45 por cento <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s estabelecimentos hoteleiros<br />

de <strong>Macau</strong>.<br />

Tratamento de Reclamações e Prestação de Pareceres<br />

Técnicos<br />

Em 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental recebeu 851 reclamações,<br />

destas, 357 eram referentes à poluição sonora, 314 à poluição atmosférica, 91 referentes à<br />

poluição sonora e atmosférica, dez referentes à poluição sonora e outras, seis referentes à<br />

poluição atmosférica e outras, 31 referentes à higiene ambiental e 42 relacionadas com outras<br />

reclamações.<br />

545


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Em 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental, a pedi<strong>do</strong> da Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Turismo, participou em 115 acções de inspecção a estabelecimentos comerciais antes de<br />

emitir, ou renovar, as suas licenças e prestou assistência por seis vezes à medição de ruí<strong>do</strong><br />

em determina<strong>do</strong>s recintos. Forneceu, ainda, pareceres técnicos mediante os pedi<strong>do</strong>s escritos<br />

de consulta, num total de 79 casos de emissão de licenças a estabelecimentos de karaoke,<br />

bares, hotéis e restaurantes, e em <strong>do</strong>is pedi<strong>do</strong>s de outro género, e destacou o seu pessoal para<br />

participar em 80 acções de inspecção de prestação de alojamento ilegal, ten<strong>do</strong> também, a pedi<strong>do</strong><br />

da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia, participa<strong>do</strong> em acções de inspecção e de tratamento de<br />

reclamações relativas a nove instalações industriais, na sequência das quais foram emiti<strong>do</strong>s 12<br />

pareceres técnicos. O pedi<strong>do</strong> da Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes,<br />

a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental participou numa inspecção a estabelecimentos<br />

similares por causa de perturbação, emitin<strong>do</strong> 45 pareceres técnicos ao pedi<strong>do</strong> escrito de consulta.<br />

E, a pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, deu ainda 274 pareceres técnicos<br />

e prestou assistência por 11 vezes, a pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> Corpo de Polícia de Segurança Pública, na<br />

medição de ruí<strong>do</strong>s em recintos determina<strong>do</strong>s. Emitiu ainda pareceres sobre 21 requerimentos<br />

para importação de matérias classificadas como “substâncias regulamentadas” pertencentes à<br />

categoria <strong>do</strong>s HCFC, definidas no Decreto-Lei n.º 62/95/M.<br />

Clima<br />

<strong>Macau</strong> situa-se geograficamente na zona subtropical, ten<strong>do</strong> a norte o continente e a sul o<br />

mar. No Inverno está sujeita à alta pressão fria continental de alta e média latitude, razão por<br />

que sopra principalmente o vento <strong>do</strong> norte; o tempo é relativamente frio e seco, e chove pouco.<br />

No Verão está sujeita principalmente à influência de condicionantes climatéricas tropicais, e <strong>do</strong><br />

mar, sopran<strong>do</strong> principalmente o vento <strong>do</strong> su<strong>do</strong>este, sen<strong>do</strong> a temperatura relativamente alta,<br />

a humidade grande e a precipitação abundante. Como a direcção <strong>do</strong>s ventos de Inverno e de<br />

Verão em <strong>Macau</strong> é oposta, o clima da região insere-se no clima marítimo de monção.<br />

Segun<strong>do</strong> as normas da Organização Meteorológica Mundial a média é calculada com base<br />

nos da<strong>do</strong>s de 30 anos, assim no perío<strong>do</strong> de 1981 a 2010, a precipitação anual em <strong>Macau</strong><br />

ultrapassou em média os 2000 milímetros, sen<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> de Abril a Setembro, aquele em<br />

que a precipitação é maior. A maior precipitação em <strong>Macau</strong> ocorre no mês de Junho, chegan<strong>do</strong><br />

em média aos 363,8 milímetros, enquanto a <strong>do</strong> mês de Janeiro é a menor, sen<strong>do</strong> apenas de<br />

26,5 milímetros em média.<br />

A temperatura atmosférica anual de <strong>Macau</strong> é, em média, de 22,6ºC, sen<strong>do</strong> Janeiro o mês<br />

em que a temperatura média é mínima: apenas 15,1ºC; mas na maioria <strong>do</strong>s anos também se<br />

registam dias frios em que a temperatura é inferior a 5ºC, embora o perío<strong>do</strong> frio seja muito<br />

curto. Em <strong>Macau</strong>, há sete meses em que a temperatura mensal é superior a 22ºC, o que mostra<br />

que o Inverno na região é curto e o Verão longo.<br />

<strong>Macau</strong> é frequentemente açoita<strong>do</strong> por tufões. A estação <strong>do</strong>s tufões vai de Maio a Outubro, no<br />

entanto Julho e Setembro são os meses que registam maior frequência de tempestades tropicais.<br />

Situação Geral <strong>do</strong> Tempo<br />

Situação Normal<br />

Em 2011, registaram-se em <strong>Macau</strong>, uma temperatura média anual e a humidade média<br />

546


Geografia e População<br />

relativa, quase iguais ao valor normal, enquanto a evaporação total e a precipitação total foram<br />

inferiores aos valores normais, sen<strong>do</strong> o número das horas de sol notavelmente superior ao<br />

valor médio.<br />

Em 2011, foram registadas cinco tempestades tropicais, que afectaram <strong>Macau</strong>,<br />

nomeadamente, a tempestade tropical “Sarika”, de 10 a 11 de Junho, a tempestade tropical<br />

“Haima”, de 20 a 23 de Junho, o tufão “Nock Ten”, de 28 a 29 de Julho, o tufão “Nesat” de 27 a<br />

30 de Setembro e o tufão “Nalgae” de 2 a 4 de Outubro. É de referir que o sinal n.º 8 de ventos<br />

fortes de monção foi hastea<strong>do</strong>, devi<strong>do</strong> à aproximação <strong>do</strong> tufão “Chanthu”.<br />

Em 2011, foi hastea<strong>do</strong> sete vezes o sinal de vento forte de monção (bola preta), menos<br />

oito vezes <strong>do</strong> que em 2010.<br />

Em relação a alarmes de chuvas intensas, em 2011, foi iça<strong>do</strong> por duas vezes o sinal de<br />

aviso, menos seis vezes <strong>do</strong> que em 2010.<br />

Em 2011, foram feitos 45 avisos de trovoada. A primeira trovoada foi detectada a 17 de<br />

Abril, e o último aviso <strong>do</strong> ano foi emiti<strong>do</strong> no dia 19 de Setembro.<br />

Quanto ao aviso de storm surge, foi emiti<strong>do</strong> apenas um aviso amarelo em 2011.<br />

Sinais e Avisos de Mau Tempo em 2011<br />

Classificação de avisos/sinais<br />

N.º de sinais/avisos<br />

N.º de relatórios<br />

de alerta<br />

Sinal N.º 1 5 26<br />

Sinal N.º 3 5 28<br />

Sinais de aviso<br />

de tempestade<br />

tropical<br />

Sinal N.º 8 de Tufão Nordeste 1 6<br />

Sinal N.º 8 de Tufão Su-sueste 1 8<br />

Sinal N.º 8 de Tufão Sudeste 0 0<br />

Sinal N.º 8 de Tufão Noroeste 0 0<br />

Baixa<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os sinais 5 5<br />

Sinal de vento forte de monção (bola preta) 7 30<br />

Sinal de chuva intensa 2 5<br />

Sinal de trovoada 45 104<br />

Sinal de storm surge 1 4<br />

Temperatura<br />

A temperatura média foi de 21,9ºC em 2011, aproximada <strong>do</strong> valor médio. A temperatura<br />

547


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

média mensal mais alta <strong>do</strong> ano foi de 28,8ºC, registada no mês de Agosto, enquanto a<br />

temperatura média mensal mais baixa foi de 11,5ºC, registada no mês de Janeiro. A maior<br />

temperatura <strong>do</strong> ano foi de 36,1ºC, registada no dia 29 de Agosto, enquanto a menor foi de<br />

4,1ºC, registada no dia 12 de Janeiro.<br />

Humidade Relativa<br />

A humidade relativa média foi de 76 por cento em 2011, aproximada <strong>do</strong> valor médio. O mês<br />

de Fevereiro foi o mês mais húmi<strong>do</strong> <strong>do</strong> ano, com uma média mensal de 82 por cento. O mês de<br />

Dezembro foi aponta<strong>do</strong> como o mês mais seco <strong>do</strong> ano, com uma média mensal de 63 por cento.<br />

Precipitação<br />

A precipitação total foi de 1363,6 milímetros em 2011, representan<strong>do</strong> apenas 66 por cento<br />

das normais climatológicas. A maior precipitação mensal foi registada em Junho com 394,6<br />

milímetros, mais 30,8 milímetros <strong>do</strong> que as normais climatológicas, enquanto, a precipitação<br />

total <strong>do</strong> mês de Agosto foi apenas de 161,4 milímetros, muito menos das normais climatológicas<br />

<strong>do</strong> mês, que é 343,1 milímetros.<br />

Evaporação<br />

A evaporação total no ano de 2011 foi de 872,7 milímetros, menos 72,4 milímetros <strong>do</strong> que<br />

a média. A evaporação <strong>do</strong> Outubro foi apenas de 71,8 milímetros, menos 344,3 milímetros <strong>do</strong><br />

que o valor médio.<br />

Horas de Sol<br />

O número de horas de sol <strong>do</strong> ano de 2011 foi de 1846 horas, mais 72,1 horas <strong>do</strong> que o<br />

valor médio. O mês de Agosto foi aponta<strong>do</strong> como o mês com maior luz solar <strong>do</strong> ano, ten<strong>do</strong>-se<br />

regista<strong>do</strong> nesse mês 256,5 horas de sol, mais 61,1 horas <strong>do</strong> que o valor médio, enquanto o<br />

mês de Março, teve apenas 63,2 horas de sol, aproximada das normais climatológicas. Além<br />

disso, no mês de Novembro, o número de horas de sol foi de apenas 116,4 horas, menos 58,8<br />

horas <strong>do</strong> que as normais climatológicas.<br />

Vento<br />

Nos meses de Janeiro a Março, Setembro a Novembro de 2011, sopraram principalmente<br />

ventos de Nordeste e Norte, no mês de Abril, sopraram maioritariamente ventos de Sueste,<br />

nos meses de Maio e Agosto pre<strong>do</strong>minaram os ventos de Sueste e Sul, nos meses de Junho e<br />

Julho, os ventos de Sul, e no mês de Dezembro, os ventos de Norte. A velocidade média anual<br />

<strong>do</strong> vento foi de 13,2 quilómetros por hora.<br />

Serviços Geofísicos<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços Meteorológicos e Geofísicos<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços Meteorológicos e Geofísicos (DSMG) funciona sob a tutela<br />

548


Geografia e População<br />

<strong>do</strong> Secretário para os Transportes e Obras Públicas, caben<strong>do</strong>-lhe levar a cabo a previsão<br />

meteorológica, conhecimento de condições e alterações climatéricas em geral, medição e<br />

monitorização sismológica, e vigilância da qualidade <strong>do</strong> ar.<br />

Os Serviços Meteorológicos estão estreitamente liga<strong>do</strong>s com a vida da população de <strong>Macau</strong>.<br />

To<strong>do</strong>s os dias, e a horas fixas, a DSMG fornece, ao público, instituições da Administração<br />

Pública e instituições privadas, serviços de informação meteorológica actualiza<strong>do</strong>s, e emite<br />

diferentes relatórios de previsão meteorológica. Para além da emissão a cada hora <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s<br />

mais recentes da observação meteorológica, a DSMG publica ainda, to<strong>do</strong>s os dias e a horas<br />

fixas, cinco relatórios sobre as condições <strong>do</strong> tempo e duas previsões <strong>do</strong> tempo e da ondulação<br />

marítima na zona costeira <strong>do</strong> Sul da China. Em 2011, a DSMG estendeu de quatro para sete<br />

dias as previsões <strong>do</strong> tempo emitidas diariamente, emitin<strong>do</strong> durante o ano um total de 1825<br />

relatórios sobre o tempo e 730 relatórios de previsão da ondulação marítima, e sobre o tempo,<br />

na zona costeira <strong>do</strong> Sul da China.<br />

A DSMG, em colaboração com a TDM, tem uma intervenção em directo num programa<br />

matinal da TDM, onde responde às questões que lhe são colocadas pelos ouvintes sobre<br />

as condições meteorológicas. Quan<strong>do</strong> é iça<strong>do</strong> o sinal n.º 3 ou superior, a TDM actualiza as<br />

informações sobre o ciclone tropical, através de informação de rodapé que vai passan<strong>do</strong> no<br />

ecrã, para que cidadãos sejam informa<strong>do</strong>s, na hora, das mudanças meteorológicas. Além<br />

disso, a DSMG, em cooperação com a entidade que gerem a Ponte Sai Van e a DSSOPT, presta<br />

informações meteorológicas actualizadas, através <strong>do</strong>s ecrãs electrónicos coloca<strong>do</strong>s à entrada de<br />

ambos os la<strong>do</strong>s da ponte e nas entradas das ruas principais, informan<strong>do</strong> os automobilistas sobre<br />

a situação e as alterações <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> tempo. Nos ecrãs electrónicos coloca<strong>do</strong>s à entrada de<br />

ambos os la<strong>do</strong>s da Ponte Sai Van são, também, disponibiliza<strong>do</strong>s avisos de fenómenos severos.<br />

Com a aproximação <strong>do</strong> mau tempo, a DSMG pode também emitir, a tempo, avisos de<br />

diferentes tipos, incluin<strong>do</strong> os de tempestade tropical, ventos fortes de monção (bola preta),<br />

chuva intensa, trovoada e storm surge. Em 2010, foi lança<strong>do</strong> o serviço de alerta, via SMS,<br />

sobre as previsão de inundações devi<strong>do</strong> a chuvas intensas e de tempo frio ou quente, para que<br />

o comércio possa tomar as medidas de contingência necessárias contra as inundações previstas<br />

e as instituições e organizações com serviços de acção social possam reforçar cuida<strong>do</strong>s para<br />

i<strong>do</strong>sos e outras pessoas necessitadas, antes de mudança brusca das condições meteorológicas.<br />

Em 2011, alargou o serviço de alerta, via SMS, sobre as previsão de inundações devi<strong>do</strong> a chuvas<br />

intensas para acidentes de intrusão de água marítima e storm surge, mudan<strong>do</strong> também a<br />

designação para “o serviço de alerta, via SMS, sobre as inundações”, que foi aberto ao pedi<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s cidadãos de diversos bairros.<br />

Através da sua rede de monitorização automática da qualidade <strong>do</strong> ar, que funciona durante<br />

24 horas, e com os seus instrumentos de monitorização de raios ultravioletas, a DSMG resume<br />

diariamente a qualidade <strong>do</strong> ar e os índices de raios ultravioletas, divulgan<strong>do</strong> ao público esses<br />

resulta<strong>do</strong>s, assim como a previsão da qualidade <strong>do</strong> ar para o dia seguinte. Estes da<strong>do</strong>s podem<br />

ser obti<strong>do</strong>s através de vários canais como sejam a “informação meteorológica por telefone -<br />

1311”, o “boletim meteorológico por fax - 1313”, e a página electrónica da DSMG: http://www.<br />

smg.gov.mo.<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços Meteorológicos e Geofísicos estabeleceu, em 2005, um “Serviço<br />

de Informação Meteorológica por Cell-Broadcast” (http://mobile.smg.gov.mo) com vista a<br />

facilitar a obtenção de informações meteorológicas sobre <strong>Macau</strong> e o resto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Desde<br />

2008, os cidadãos podem, depois <strong>do</strong> registo na Internet, receber diariamente, através <strong>do</strong><br />

549


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

correio electrónico, relatórios emiti<strong>do</strong>s pela DSMG sobre o tempo, e de previsão de ondulação<br />

marítima costeira, sen<strong>do</strong> o mesmo serviço estendi<strong>do</strong> em 2009 à recepção de avisos de<br />

fenómenos meteorológicos severos através de e-mail. Em 2009, a DSMG disponibilizou o RSS e<br />

software “InfoMet” e outras vias da Internet para facilitar o acesso <strong>do</strong>s cidadãos às informações<br />

meteorológicas instantâneas e avisos de fenómenos meteorológicos severos. A DSMG elevou<br />

também no mesmo ano para 1000Mbps a velocidade de conexão da sua página electrónica<br />

com a Internet de <strong>Macau</strong>, para melhorar a capacidade <strong>do</strong> uso durante o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> aviso de<br />

ciclone tropical.<br />

Em 2010, a DSMG lançou sucessivamente o Índice de temperatura e previsões de Índices<br />

máximos de UV permitin<strong>do</strong> que o cidadão conheça facilmente as alterações climáticas e tome<br />

medidas de precaução em função <strong>do</strong> índice de temperatura, diminuin<strong>do</strong> impactos <strong>do</strong> tempo de<br />

calor intenso e frio rigoroso, bem como da exposição aos raios ultravioleta. Ten<strong>do</strong> em conta<br />

a necessidade <strong>do</strong>s visitantes <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País a <strong>Macau</strong>, foi aberta em 23 de Março de 2011<br />

uma página electrónica <strong>do</strong> tempo da China, onde são coloca<strong>do</strong>s três vezes por dia os da<strong>do</strong>s de<br />

previsões <strong>do</strong> tempo nos próximos sete dias de <strong>Macau</strong> e transmiti<strong>do</strong>s à Administração Nacional<br />

de Meteorologia para renovar a respectiva página electrónica, permitin<strong>do</strong> aos visitantes <strong>do</strong><br />

Interior <strong>do</strong> País o conhecimento mais preciso e rápi<strong>do</strong> <strong>do</strong> tempo de <strong>Macau</strong>.<br />

Em cooperação com os quatro opera<strong>do</strong>res de serviços de telefone móvel, a DSMG divulga<br />

da<strong>do</strong>s actualiza<strong>do</strong>s sobre o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> tempo através <strong>do</strong> SMS. E, em cooperação com a CTM, a<br />

DSMG fornece a informação meteorológica, três vezes por dia, e através de cell-broadcast, aos<br />

utentes de telemóvel regista<strong>do</strong>s.<br />

O Centro Meteorológico para a Aeronáutica, instala<strong>do</strong> no Aeroporto Internacional de<br />

<strong>Macau</strong>, fornece serviços meteorológicos de aviação às respectivas instituições de aviação e<br />

aos tripulantes. Estes serviços incluem as observações meteorológicas a cada 30 minutos,<br />

observações especiais em caso de situações de tempo adversas, previsões meteorológicas<br />

<strong>do</strong> aeroporto e escalas de voos, a emitir, a cada seis horas respectivamente para as 30 horas<br />

seguintes, avisos de trovoadas e ventos fortes e fornecimento de <strong>do</strong>cumentação com informações<br />

meteorológicas a cada voo que parte de <strong>Macau</strong>. Esta <strong>do</strong>cumentação inclui cartas meteorológicas,<br />

as temperaturas atmosféricas e cartas de ventos a altas altitudes, assim como as previsões<br />

meteorológicas <strong>do</strong> aeroporto e escalas de voos, sen<strong>do</strong> todas estas informações relacionadas<br />

com a linha de cada voo. Em 2011, foram emiti<strong>do</strong>s no total 19.470 <strong>do</strong>cumentos de informações<br />

meteorológicas de navegação aérea.<br />

A DSMG, através dum relógio atómico e servi<strong>do</strong>r de tempo, presta serviços de tempo com<br />

maior precisão e facilidade. Os cidadãos podem recorrer a estes serviços presta<strong>do</strong>s pela DSMG<br />

via Internet para corrigir o tempo <strong>do</strong> seu computa<strong>do</strong>r. Em 2009, foi coloca<strong>do</strong> em cada Boletim<br />

Meteorológico envia<strong>do</strong> por DSMG através <strong>do</strong> seu serviço e-ME (e-MET Expresso), o carimbo<br />

electrónico <strong>do</strong> relógio atómico emiti<strong>do</strong> por eSignTrust <strong>do</strong>s Correios de <strong>Macau</strong>, permitin<strong>do</strong> que<br />

os utiliza<strong>do</strong>res tenham certeza da hora da emissão <strong>do</strong> Boletim Meteorológico.<br />

Redes de Monitorização<br />

No que diz respeito à vigilância meteorológica, a DSMG opera com <strong>do</strong>ze redes de estações<br />

automáticas que recolhem da<strong>do</strong>s meteorológicos 24 horas por dia, sen<strong>do</strong> constituída por estações<br />

colocadas em pontos estratégicos de <strong>Macau</strong>, três das quais enviam automaticamente, de 15<br />

em 15 minutos, mensagens codificadas na forma de código SYNOP, para to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, através<br />

550


Geografia e População<br />

<strong>do</strong> Sistema Mundial de Telecomunicações (GTS). O Departamento Meteorológico Provincial<br />

de Guang<strong>do</strong>ng, o Observatório de Hong Kong e a DSMG instalaram, em conjunto, a Rede<br />

Meteorológica Automática <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas, a qual transmite os da<strong>do</strong>s meteorológicos<br />

em tempo real. Com o apoio da DSMG, em 2007, foi também instalada uma rede de estações<br />

automáticas, <strong>do</strong> novo modelo de observação meteorológica, destinada a prestar automaticamente<br />

informações no formato SYNOP e a realizar o programa automático de recolha de da<strong>do</strong>s<br />

meteorológicos. Em 2009 e 2010, a DSMG instalou mais duas redes de estações automáticas,<br />

<strong>do</strong> novo modelo de observação climática, destinada a transmitir automaticamente, em tempo<br />

real, da<strong>do</strong>s climáticos observa<strong>do</strong>s, substituin<strong>do</strong> o modelo manual de transmissão periódica de<br />

da<strong>do</strong>s climáticos observa<strong>do</strong>s.<br />

Em colaboração com o Observatório de Hong Kong, a DSMG instalou um detector de trovoada<br />

na Região <strong>do</strong> Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas. Esta “Rede de Localização de Trovoadas” funciona 24<br />

horas por dia, disponibilizan<strong>do</strong> informações actualizadas sobre as trovoadas na Região <strong>do</strong> Delta<br />

<strong>do</strong> Rio das Pérolas.<br />

No campo de previsão meteorológica telemétrica, a DSMG possui um sistema de recepção<br />

e tratamento <strong>do</strong> satélite VCSMTSAT para receber da<strong>do</strong>s transmiti<strong>do</strong> via satélite japonês MTSAT,<br />

um sistema de recepção e tratamento de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s satélites meteorológicos geostacionários<br />

Hua Yun para receber da<strong>do</strong>s transmiti<strong>do</strong>s via satélite Fengyun2E, um sistema global de recepção<br />

e tratamento de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s satélites meteorológicos FENGYUNcast, um medi<strong>do</strong>r <strong>do</strong> perfil <strong>do</strong><br />

vento de baixa atitude, um medi<strong>do</strong>r de altitude de nuvens e três medi<strong>do</strong>res da visibilidade.<br />

Um novo sistema de radar meteorológico de banda X Doppler entrou em funcionamento em<br />

2011, ten<strong>do</strong> os seus produtos si<strong>do</strong> transmiti<strong>do</strong>s <strong>do</strong> público através da Internet. Além disso,<br />

existe ainda um detector de relâmpagos para monitorizar a ocorrência de relâmpagos no céu<br />

de <strong>Macau</strong> e das zonas vizinhas.<br />

Em 2009, a DSMG instalou, em colaboração com vários serviços concernentes <strong>do</strong> Governo,<br />

a “Rede de Monitorização de Nível de Água e Maré”, constituída por nove estações terrestres de<br />

monitorização de nível de água situadas em várias ruas susceptíveis de serem inundadas, duas<br />

estações de monitorização de maré colocadas à beira <strong>do</strong> mar e uma estação de monitorização<br />

de ondulação marítima colocada no mar. Esta rede de monitorização opera 24 horas por dia,<br />

transmitin<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s de inundação e de maré em tempo real.<br />

Em 1987, foi iniciada a implementação da Rede de Monitorização da Qualidade <strong>do</strong> Ar, que<br />

tem vin<strong>do</strong> a ser explorada em colaboração com outros serviços governamentais. Actualmente,<br />

a DSMG opera uma rede automática de quatro estações que permitem medir as concentrações<br />

<strong>do</strong>s principais poluentes que afectam a qualidade <strong>do</strong> ar de <strong>Macau</strong>. Há, actualmente em <strong>Macau</strong><br />

seis estações de monitorização automática da qualidade <strong>do</strong> ar. Em 2011, a DSMG adquiriu um<br />

veículo motoriza<strong>do</strong> transforma<strong>do</strong>, servin<strong>do</strong> de estação itinerante de vigilância da qualidade <strong>do</strong><br />

ar. Está planeada a aquisição de aparelhos que serão monta<strong>do</strong>s no referi<strong>do</strong> veículo.<br />

Para a monitorização sísmica, a DSMG dispõe de <strong>do</strong>is postos de monitorização sísmica,<br />

instala<strong>do</strong>s na torre de faróis de Ká-Hó e na sede da DSMG na Taipa Grande. O posto na torre<br />

de faróis de Ká-Hó está muni<strong>do</strong> de um sismómetro simular, enquanto a sede da DSMG tem um<br />

sismómetro digital e um sismómetro digital instala<strong>do</strong> num poço de 30 metros de profundidade.<br />

Em 2011, a DSMG não registou nenhum abalo sísmico sensível.<br />

Na DSMG está instalada uma estação para monitorização da radiação ambiental que permite<br />

a medição da radiação gama.<br />

551


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Cooperação Regional e Internacional<br />

A DSMG é um <strong>do</strong>s membros da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Nessa qualidade<br />

tem participa<strong>do</strong> activamente na promoção tecnológica, investigação, e formação no campo<br />

da meteorologia. To<strong>do</strong>s os anos tem esta<strong>do</strong> presente nas reuniões, e acções de formação,<br />

organizadas pela Organização Meteorológica Mundial, ten<strong>do</strong>, juntamente com as instituições<br />

meteorológicas <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País e <strong>do</strong> exterior e com as instituições académicas, organiza<strong>do</strong><br />

to<strong>do</strong>s os tipos de reuniões, seminários, workshops, acções de formação, entre outras.<br />

A DSMG é também membro <strong>do</strong> Comité <strong>do</strong>s Tufões, estabeleci<strong>do</strong> sob os auspícios da Comissão<br />

Económica e Social para a Ásia e o Pacífico das Nações Unidas (ESCAP) e da Comité <strong>do</strong>s Tufões<br />

da Organização Meteorológica Mundial. Em Novembro de 2007, o Comité <strong>do</strong>s Tufões transferiu<br />

o seu Secretaria<strong>do</strong> para a RAEM, onde funciona.<br />

A DSMG também se empenhou na participação em reuniões e actividades de intercâmbio<br />

profissional com as instituições congéneres <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País e de Hong Kong. Neste senti<strong>do</strong>,<br />

to<strong>do</strong>s os anos envia quadros seus para visitas às instituições meteorológicas e ambientais <strong>do</strong><br />

Interior <strong>do</strong> País e de Hong Kong, e recebe a visita de instituições e delegações académicas da<br />

área de meteorologia e <strong>do</strong> ambiente das regiões vizinhas. Participa, também, to<strong>do</strong>s os anos, no<br />

Seminário Técnico-Científico de Meteorologia entre Guang<strong>do</strong>ng, Hong Kong e <strong>Macau</strong>, organiza<strong>do</strong><br />

rotativamente nos três locais, e na Conferência sobre Cooperação Meteorológica Operacional<br />

entre Guang<strong>do</strong>ng, Hong Kong e <strong>Macau</strong>, que visam reforçar o intercâmbio profissional, e a<br />

cooperação multilateral ao nível da partilha <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s das investigações meteorológicas, a<br />

nível científico e tecnológico, exploração e aplicação de tecnologia e monitorização da qualidade<br />

<strong>do</strong> ar. Em 2011, os eventos acima referi<strong>do</strong>s tiveram lugar em Hong Kong.<br />

Para reforçar a cooperação e intercâmbio com Zhuhai no <strong>do</strong>mínio meteorológico e aumentar<br />

a capacidade de previsão meteorológica de <strong>Macau</strong> e Zhuhai, a DSMG celebrou, a 6 de Maio de<br />

2009, com o Serviço Meteorológico de Zhuhai, um Protocolo de Cooperação sobre a Utilização<br />

Conjunta <strong>do</strong>s Recursos Meteorológicos, reforçan<strong>do</strong> a cooperação nos <strong>do</strong>mínios de partilha de<br />

recursos meteorológicos, prevenção conjunta de calamidades meteorológicas, construção e<br />

utilização comum das instalações de monitorização meteorológica e intercâmbio académico<br />

meteorológico.<br />

Para melhor conhecer o impacto das mudanças climáticas sobre a ecologia de <strong>Macau</strong> e<br />

aperfeiçoar o teor relativo a <strong>Macau</strong> <strong>do</strong> relatório nacional de informações relativas a mudanças<br />

climáticas na China, a DSMG assinou, em 10 de Junho de 2011, um protocolo de cooperação<br />

com o Jardim Botânico <strong>do</strong> Sul da China da Academia de Ciências da China e o Instituto de Estu<strong>do</strong><br />

sobre Insectos da Província de Guang<strong>do</strong>ng, para recolherem em conjunto os respectivos da<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> círculo biológico de <strong>Macau</strong> e realizar estu<strong>do</strong>s correspondentes.<br />

Em 10 a 14 de Outubro de 2011, a DSMG e a Organização Meteorológica Mundial realizaram<br />

em conjunto o 7.º Workshop Regional TCP/JCOMM sobre Previsões de Storm Surge e Ondas<br />

<strong>do</strong> Mar, com participação de cerca de 30 representantes oriun<strong>do</strong>s de dez países e regiões<br />

membros <strong>do</strong> Comité <strong>do</strong>s Tufões e de académicos e profissionais oriun<strong>do</strong>s de Índia, Reinos<br />

Uni<strong>do</strong>s, Noruega e Timor-Leste. O dito workshop serviu não só de plataforma de intercâmbio<br />

académico entre investiga<strong>do</strong>res meteorológicos e profissionais vin<strong>do</strong>s de diversos lugares, mas<br />

também proporcionou oportunidades para aprendizagem de novas tecnologias de aplicação de<br />

outras regiões, elevan<strong>do</strong> por tanto a precisão de previsões de Storm Surge e ondas <strong>do</strong> mar.<br />

552


Geografia e População<br />

Flora<br />

A flora de <strong>Macau</strong> conta com uma grande variedade de espécies. Segun<strong>do</strong> pesquisas<br />

efectuadas pelo IACM e pelo Jardim Botânico <strong>do</strong> Sul da China <strong>do</strong> Instituto Científico da China, até<br />

2004, foram encontra<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong>, cerca de 1508 espécies de plantas, espalhadas pelos matos<br />

e cultivadas nos jardins e zonas de lazer. As plantas silvestres são principalmente compostas<br />

por árvores perenes de folhas largas, matas de árvores e arbusto sem atas de arbustos de<br />

costa, nomeadamente, Murta ordinária, Falsa murta vermelha, Litsea rotundifolia, Bridelia<br />

tomentosa, Allen, Rafiolipis, Feto corno de vea<strong>do</strong> falso, e outras. Enquanto que as principais<br />

plantas de cultivo são a Hibiscus rosa-sinensis, a Flor de sapato, Bauínia de flor vermelha,<br />

Acácia suratensis, Falso amen<strong>do</strong>im, entre outras. Além disso, segun<strong>do</strong> o resulta<strong>do</strong> da pesquisa<br />

realizada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e pelo Jardim Botânico Xianhu <strong>do</strong> Município de<br />

Shenzhen, em 2010, existem em <strong>Macau</strong> 34 ordens e 63 famílias de um total de 104 espécies<br />

de briófitos, das quais, são mais raras e preciosas os Fissidens macaoensis, Carex tenuispicula,<br />

Phaeoceros laevis, Notothylas japonica, Maoromitrium japonioum e horik Vesicularia. Das quais,<br />

o Fissidens macaoensis é uma espécie nova que foi descoberta em <strong>Macau</strong> pela primeira vez,<br />

fican<strong>do</strong> por tanto com a designação de Fissidens macaoensis. No perío<strong>do</strong> de 1982 a 1995, um<br />

total de 404,53 hectares de matas das ilhas foram submeti<strong>do</strong>s a acções de arborização, ten<strong>do</strong><br />

si<strong>do</strong> introduzidas mais de 55 espécies de plantas, 26 das quais são consideradas espécies<br />

principais. A Acácia de Taiwan é a espécie pre<strong>do</strong>minante desta arborização, ocupan<strong>do</strong> 60 por<br />

cento <strong>do</strong> total. Outras plantas importantes são: a Schima superba, a Schima rubra, a Goma de<br />

formosa, a Acácia, a Acácia suratensis, a Bauínia de flor branca, a Bauínia de flor cor-de-rosa,<br />

a Acácia de vagens brancas e a Casuarina.<br />

No ano de 2000, teve início a reflorestação das matas das Ilhas. Durante o desenvolvimento<br />

desta acção, houve o cuida<strong>do</strong> de prestar atenção à prevenção <strong>do</strong>s incêndios florestais, deixan<strong>do</strong><br />

faixas de terreno limpo para servirem de corta-fogo. Na plantação utilizaram-se espécies de<br />

árvores rurais, facto que fez acrescentar, nomeadamente, Tetradium glabrifolum (Champ. ex<br />

Benth.), Gor<strong>do</strong>nia axillaris (Roxb.) Dietr., Acronychia pedunculata (L.) Miq., Diospyros morrisiana<br />

Hance, Carallia brachiata (Lour.) Merr., Dracontomelon duperreanum pierre, Litsea monopetala,<br />

Michelia chapensis, Pterocarpus indicus Willd, Pterospermum heterophyllum Hance, Artocarpus<br />

hypargyraea Hance, Pinus elliottii var, fiqueiro, Pinus massoniana entre outras. Actualmente, a<br />

zona de arborização das Ilhas contém 486.602 árvores.<br />

Até final de 2008, foram plantadas 16.231 árvores de rua, mais 601 <strong>do</strong> que em 2007.<br />

Devi<strong>do</strong> à alta densidade populacional e escassez de terreno, associadas às obras frequentes,<br />

designadamente, obras de ordenamento de ruas, que causaram um grande impacto sobre as<br />

árvores de rua, registou-se um crescimento muito pequeno de árvores de rua, ten<strong>do</strong> em conta<br />

a grande dificuldade da conquista de espaço verde.<br />

Hoje em dia nas faixas de arborização de <strong>Macau</strong>, são plantadas principalmente as seguintes<br />

plantas: Duranta repens, Ficus microcarpa, Hibiscus rosa-sinensis, Alternanthera versicolor,<br />

Roystonea regia, Araucaria heterophylla, Alysicarpusvaginalis, Bauínia variegata, foco beleza,<br />

Callistemon rigidus, Lótus, Cassia surattensis, Ficus microcarpa’Aurea, Chrysali<strong>do</strong>carpus<br />

lutescens, Nerium indicum, Ceiba pentandra, Bombax malabarica, entre outras, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong><br />

apreciadas mais pelas suas folhas <strong>do</strong> que flores.<br />

Fauna Selvagem<br />

Diversas causas, como o espaço pequeno <strong>do</strong> território associa<strong>do</strong> à exploração de terrenos<br />

553


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

e expansão urbanística, têm leva<strong>do</strong> à destruição e diminuição brusca da esfera de actividades<br />

e <strong>do</strong> espaço de sobrevivência da fauna selvagem e provoca<strong>do</strong> a redução progressiva da sua<br />

espécie e quantidade. À medida que avançam os trabalhos de pesquisa e estu<strong>do</strong> sobre a fauna<br />

selvagem de <strong>Macau</strong>, em 2011, verificou-se o novo registo de cinco espécies de aves e uma<br />

espécie de serpente. É indispensável o reforço de conservação desta última área de habitação<br />

da fauna selvagem no processo de desenvolvimento da urbanização, para que seres humanos<br />

possam conviver de forma harmoniosa com a natureza.<br />

Os anfíbios estão a diminuir dia a dia em <strong>Macau</strong>, devi<strong>do</strong> à escassez de recintos aquáticos<br />

naturais que não sejam poluí<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais dependem para sobrevivência e procriação, levan<strong>do</strong><br />

a que se tornem cada vez mais raros. Actualmente encontram-se apenas cinco tipos de anfíbios<br />

na RAEM: Bufo melanostictus Schneider, Rana guentheri, Polypedates megacephalus, Rana<br />

limnocharis e Kaloula pulchra. Por isso, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais procedeu<br />

à exploração de uma zona húmida artificial, irrigada com água <strong>do</strong>ce, nos bosques de Coloane,<br />

oferecen<strong>do</strong>, assim, um bom local de habitat para os anfíbios.<br />

O morcego, o rato e o esquilo de barriga vermelha (Callosciurus erythraeus) são os principais<br />

mamíferos encontra<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong>. Os morcegos pre<strong>do</strong>minam, principalmente, na Taipa e em<br />

Coloane. Na Península de <strong>Macau</strong>, aparecem duas espécies: o morcego <strong>do</strong>méstico e morcego<br />

de cara de cão. A primeira, que habita em fendas de construções, caça mosquitos e moscas,<br />

contribui muito para controlar os insectos nocivos, enquanto a outra, que se alimenta de frutas<br />

selvagens e de cultura, nos parques e bosques, contribui para espalhar sementes de árvores.<br />

As actividades destes <strong>do</strong>is últimos morcegos concorrem para o equilíbrio de espécies na cadeia<br />

biológica, maior protecção <strong>do</strong> ambiente urbano e da natureza. O esquilo de barriga vermelha é<br />

uma espécie de mamífero alheio que foi introduzi<strong>do</strong> em <strong>Macau</strong>, como animal de estimação. Da<strong>do</strong><br />

a falta de inimigos na natureza, o esquilo de barriga vermelha tem-se propaga<strong>do</strong> constituin<strong>do</strong><br />

já uma ameaça contra muitos animais locais, em particular, à procriação de aves por subtrair<br />

ovos <strong>do</strong>s seus ninhos.<br />

Os répteis, em particular as serpentes, desempenham uma função ecológica bastante<br />

importante para controlar a quantidade de ratos. A grande densidade populacional de <strong>Macau</strong>,<br />

adicionada a preconceitos e me<strong>do</strong> das pessoas em relação às serpentes, gera grandes pressões<br />

sobre o “habitat” <strong>do</strong>s répteis e a sua procura de alimentos, contribuin<strong>do</strong> para uma diminuição<br />

mais rápida <strong>do</strong> número de serpentes comparativamente às diversas espécies de fauna selvagem<br />

de <strong>Macau</strong>. Em 2011, <strong>Macau</strong> registou um Bungarus multicinctus, comprovan<strong>do</strong> que há ainda<br />

serpentes na floresta da Ilha de Coloane.<br />

Segun<strong>do</strong> as investigações realizadas, foram registadas mais de 300 espécies de aves.<br />

O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais tem realiza<strong>do</strong>, desde 2006, a fiscalização<br />

de aves de <strong>Macau</strong>, ten<strong>do</strong> descoberto e regista<strong>do</strong>, em 2011, exemplares de Capella megala,<br />

Agapornis fischeri, Hypsipetes madagascariensis, Ta<strong>do</strong>rna ferruginea e Yuhina castaniceps.<br />

Ta<strong>do</strong>rna ferruginea, Yuhina castaniceps e Hypsipetes madagascariensis, sen<strong>do</strong> a Hypsipetes<br />

madagascariensis uma espécie fugidia de ave de estimação.<br />

<strong>Macau</strong> é rico em recursos piscícolas que, segun<strong>do</strong> os diferentes habitats, podem ser dividi<strong>do</strong>s<br />

em peixes nativos de água salgada, mista e <strong>do</strong>ce. Os peixes nativos de água salgada e mista<br />

existem representam cerca de 200 espécies que nas águas costeiras de <strong>Macau</strong>. Os peixes nativos<br />

de água <strong>do</strong>ce merecem uma maior protecção no ambiente natural de <strong>Macau</strong>. Apesar de terem<br />

um “habitat” semelhante ao <strong>do</strong>s peixes nativos de água salgada e mista, os peixes nativos de<br />

água <strong>do</strong>ce têm uma esfera de vivência mais reduzida, sen<strong>do</strong> frequente e directamente afecta<strong>do</strong>s<br />

554


Geografia e População<br />

sempre que o ambiente seja destruí<strong>do</strong> ou interferi<strong>do</strong> artificialmente. As espécies de peixes<br />

de água <strong>do</strong>ce de <strong>Macau</strong> necessitam mais da protecção. Em <strong>Macau</strong>, existem cinco espécies de<br />

peixes nativos de água <strong>do</strong>ce, nomeadamente, Macropodus opercularis, Nicholsicypris normaalis,<br />

Oryzias curvinotus, Barbus arulius e Rhinogobius duospilus. As espécies de peixes de água <strong>do</strong>ce<br />

de <strong>Macau</strong> necessitam mais da protecção.<br />

Existem em <strong>Macau</strong> mais de 500 espécies identificadas e grande quantidade de insectos.<br />

Legislação e Protecção da Natureza<br />

<strong>Macau</strong> começou a elaborar diplomas legislativos respeitantes à protecção da natureza<br />

há mais de 20 anos, definin<strong>do</strong> zonas a conservar animais e plantas a proteger. Em 2004<br />

foram publica<strong>do</strong>s novos Regulamentos Administrativos que substituem os antigos diplomas da<br />

respectiva área. Quanto à legislação nesta matéria são de realçar principalmente os seguintes<br />

diplomas:<br />

- Decreto-Lei n.º 33/81/M, promulga<strong>do</strong> em 19 de Setembro de 1981, o Decreto-Lei n.º<br />

30/84/M, revisto em 28 de Abril de 1984, e o Decreto-Lei n.º 3/99/M, revisto em 25<br />

de Janeiro de 1999, que definiram o Parque de Seac Pai Van de Coloane como zona de<br />

reserva natural, pelo seu valor e nível educativo, ecológico, paisagístico e científico, com<br />

uma área de 196.225 metros quadra<strong>do</strong>s;<br />

- Decreto-Lei n.º 56/84/M, promulga<strong>do</strong> em 30 de Junho de 1984, e o Decreto-Lei n.º<br />

83/92/M, revisto em 31 de Dezembro de 1992, que definiram os lugares de Coloane com<br />

uma altitude de 80 metros acima <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> mar ou superior, como zonas protegidas;<br />

- A Lei de Bases <strong>do</strong> Ambiente, aprovada pela Assembleia Legislativa em 6 de Novembro de<br />

1990, e que entrou em vigor através da promulgação oficial <strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 2/91/M<br />

de 11 de Março de 1991, que fornece o enquadramento, e princípios fundamentais, a que<br />

deve obedecer a elaboração da política <strong>do</strong> ambiente;<br />

- O Regulamento Administrativo n.º 28/2004 “Regulamento Geral <strong>do</strong>s Espaços Públicos”,<br />

formula<strong>do</strong> em 28 de Julho de 2004, estabelece a disciplina genérica das condutas a<br />

observar na utilização e fruição <strong>do</strong>s espaços públicos;<br />

- O Regulamento Administrativo n.º 40/2004 “Controlo sanitário e fitossanitário”, formula<strong>do</strong><br />

em 14 de Dezembro de 2004, regula o controlo sanitário e fitossanitário das merca<strong>do</strong>rias<br />

a realizar pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais;<br />

- Com a aplicação em <strong>Macau</strong> da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies<br />

da Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção, da Convenção sobre a Diversidade<br />

Biológica e da Convenção Internacional de Protecção da Flora, a protecção e manutenção<br />

da natureza na RAEM passou a funcionar melhor conforme as normas e exigências<br />

internacionais.<br />

Reserva Ecológica<br />

As zonas ecológicas, administradas pela Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental,<br />

situam-se junto à Ponte Flor de Lótus no COTAI e ocupam uma área total de 55 hectares,<br />

procuran<strong>do</strong> fornecer um ambiente adequa<strong>do</strong> às aves migratórias. Dentro desta zona, foi<br />

555


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

constituída uma área para alimentação das aves com 40 hectares (Zona Ecológica II), localizada<br />

na costa oeste <strong>do</strong> COTAI e uma área de descanso correspondente aos restantes 15 hectares<br />

(Zona Ecológica I). Conforme os da<strong>do</strong>s recolhi<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong>s anos, a riqueza da diversidade<br />

biológica e os alimentos que aí se encontram, têm atraí<strong>do</strong> diversas aves residentes e migratórias<br />

para ali se alimentarem e descansarem. Existem nestas zonas 148 espécies de plantas, mais<br />

de 21 espécies de peixes, 11 espécies de moluscos 90 espécies de insectos, e 15 espécies de<br />

crustáceos. Registaram-se, no total destas zonas, mais de 134 espécies de aves, entre as quais<br />

se incluem algumas espécies protegidas tais como o colhereiro-de-cara-preta (Platalea minor), a<br />

Egretta sacra, o colhereiro-europeu (Platalea leucorodia), o Milvus migrans, o Elanus caeruleus,<br />

o Circus spilonotus, o Buteo buteo, o falcão preto, o falcão vermelho e o Centropus sinensis<br />

entre outras. Em 2011, foram detecta<strong>do</strong>s rastos de 53 colhereiros-de-cara-preta nas zonas<br />

ecológicas e encontra<strong>do</strong>s Anas falcate e Phylloscopus coronatus, <strong>do</strong>is novos registos de <strong>Macau</strong>.<br />

Para valorizar a função de protecção das zonas ecológicas, em 2011, a Direcção <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Protecção Ambiental realizou obras de optimização, nomeadamente a limpeza de<br />

ervas daninhas na Zona Ecológica I, enquanto, na Zona Ecológica II foi removi<strong>do</strong> o Acanthus<br />

ilicifolius, uma planta de baixo valor ecológico, e a Sonneratia apetalas, plantas invasoras, nas<br />

margens da zona húmida, com intuito de assegurar a existência de margens necessárias para<br />

a alimentação das aves. Para facilitar a observação de pássaros na Zona Ecológica I, foram<br />

instala<strong>do</strong>s, em Agosto de 2011, mira<strong>do</strong>uros em quatro observatórios desta zona.<br />

Parques Naturais<br />

Existem em <strong>Macau</strong> quatro parques naturais, o Parque de Seac Pai Van, o Parque Natural<br />

da Taipa Grande, o Parque Natural da Barragem de Hac Sá e o Parque Natural da Barragem<br />

de Ká-Hó.<br />

Parque Natural de Seac Pai Van<br />

Localiza<strong>do</strong> a noroeste <strong>do</strong> Alto de Coloane na Ilha de Coloane, ao la<strong>do</strong> da estrada de Seac Pai<br />

Van, o Parque Natural de Seac Pai Van ocupa uma área de cerca de 198 mil metros quadra<strong>do</strong>s e<br />

possui, no interior, instalações diversificadas, incluin<strong>do</strong> o Pavilhão <strong>do</strong> Panda Gigante, um jardim<br />

zoológico e uma gaiola para aves, destinadas à fauna; uma zona de exposições, com o Centro<br />

de Informação <strong>do</strong> Panda Gigante de <strong>Macau</strong> e o Museu Natural e Agrário, e uma zona recreativa<br />

para as crianças, zona de piqueniques e uma pastelaria, entre outras instalações de lazer.<br />

Pavilhão <strong>do</strong> Panda Gigante de <strong>Macau</strong><br />

O Pavilhão <strong>do</strong> Panda Gigante, com uma área de cerca de 3000 metros quadra<strong>do</strong>s, foi<br />

construí<strong>do</strong> numa encosta da colina e projecta<strong>do</strong> para tirar o máximo proveito <strong>do</strong> relevo e das<br />

características naturais <strong>do</strong> terreno. O Pavilhão está coberto por uma fibra translúcida de alta<br />

tecnologia que permite a entrada de luz natural, reduzin<strong>do</strong>-se assim o recurso a iluminação<br />

artificial. As instalações interiores e exteriores <strong>do</strong> pavilhão foram desenhadas de forma a<br />

enquadrar-se no espaço natural onde foram construí<strong>do</strong>s alguns elementos <strong>do</strong> habitat natural<br />

<strong>do</strong>s pandas, designadamente, uma queda de água e um riacho, árvores e vegetação, habitat<br />

com degraus e rochas, entre outras instalações de escalada, procuran<strong>do</strong> oferecer um ambiente<br />

de vivência confortável para os <strong>do</strong>is pandas “Kai Kai” e “Xin Xin”.<br />

556


Geografia e População<br />

Parque Natural da Taipa Grande<br />

Com uma área de cerca de 13 mil metros quadra<strong>do</strong>s, o parque está localiza<strong>do</strong> no leste da<br />

Ilha da Taipa, cobrin<strong>do</strong> matas entre a Estrada da Ponta da Cabrita, a Avenida <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r<br />

Nobre de Carvalho e a Estrada <strong>do</strong> Padre Estêvão Eusébio Sitú. O parque dispõe de viveiro de<br />

peixes primários, estátuas de escultura de 56 etnias chinesas, Exposição da Taipa Grande,<br />

áreas para “barbecue”, relva<strong>do</strong> artificial, entre outros. Este parque é um espaço polivalente<br />

para praticar exercício físico, implementar a educação ambiental e modelar o temperamento,<br />

e é um local ideal para os cidadãos gozarem <strong>do</strong> ambiente florestal, voltarem à Natureza e<br />

enriquecerem a sua vida de lazer.<br />

Parque de Escultura de Etnias Chinesas<br />

Inaugura<strong>do</strong> em 18 de Dezembro de 2009, o Parque de Escultura de Etnias Chinesas,<br />

localiza<strong>do</strong> no Parque Natural da Taipa Grande, é o primeiro parque de exibição temático com<br />

escultura étnica. O parque abrange duas zonas, a Zona de Exibição de Escultura e a Zona de<br />

Exposição. Na Zona de Exibição, estão patentes 56 peças de criação temática de portes graciosos<br />

das etnias chinesas, reflectin<strong>do</strong> o excelente nível da escultura de artistas modernos da China<br />

e demonstran<strong>do</strong> o espírito de paz e harmonia <strong>do</strong> povo chinês.<br />

Na Zona de Exposição, estão expostos trajes étnicos, objectos relaciona<strong>do</strong>s com a vida<br />

quotidiana, artigos de artesanato e instrumentos musicais entre outros, reflectin<strong>do</strong> características<br />

da vida e aspecto espiritual das diferentes etnias. Em 2011, o Parque recebeu 4416 visitantes.<br />

Parque Natural da Barragem de Hac Sá<br />

Situa<strong>do</strong> a sudeste da colina central de Coloane, este parque estende-se a leste até a Estrada<br />

de Hac Sá, que dá acesso ao Westin Resort <strong>Macau</strong>, e, a sul, até à saída de águas <strong>do</strong> tanque Chú<br />

Ku, em frente das moradias Man Hong Un, ten<strong>do</strong> 37,1 hectares de área. A sua zona de bosques<br />

tropicais, a área de plantas aquáticas e o tanque Chú Ku funcionam como base de protecção,<br />

manutenção e educação ecológica.<br />

Parque Natural da Barragem de Ká-Hó<br />

O Parque Natural de Ká-Hó está situa<strong>do</strong> no nordeste da ilha de Coloane, a este da Barragem<br />

de Ká-Hó, e muito próximo da Aldeia de Ká-Hó. Tem a oeste o Reservatório de Seac Pai Van,<br />

a sul, o Campo de Golfe e o Alto de Coloane. A norte, está limita<strong>do</strong> pela estrada de acesso ao<br />

Centro “Desafio Jovem”, estenden<strong>do</strong>-se até à área florestal <strong>do</strong> litoral. O parque ocupa uma<br />

área de 81,8 hectares.<br />

O centro de atracção <strong>do</strong> Parque Natural da Barragem de Ká-Hó é a pequena barragem<br />

com a mesma designação, Barragem de Ká-Hó. No interior <strong>do</strong> parque, pode encontrar-se um<br />

trilho construí<strong>do</strong> ao re<strong>do</strong>r da barragem, outro trilho a nordeste, um grande mural no paredão<br />

da barragem, uma praceta, “um pequeno ribeiro”, áreas para “barbecue”, área para merendas,<br />

uma ponte área para jogos, campo de manutenção e o mangal de água <strong>do</strong>ce. Trata-se de um<br />

local agradável, dispon<strong>do</strong> de facilidades para actividades educativas e recreativas, sen<strong>do</strong> também<br />

um espaço de lazer para a população.<br />

557


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

População<br />

A população residente de <strong>Macau</strong>, em 31 de Dezembro de 2011, estava estimada em 557.400<br />

habitantes, registan<strong>do</strong>-se um aumento de 3,1 por cento em relação ao número rectifica<strong>do</strong> no<br />

final de 2010, ou seja mais 16.800 habitantes.<br />

Em termos de distribuição sexual, o sexo masculino ocupava 48,1 por cento da população<br />

residente, e o sexo feminino 51,9 por cento. Em termos de distribuição etária, 11,8 por cento<br />

<strong>do</strong>s residentes eram crianças com idade inferior a 14 anos; 80,8 por cento eram adultos entre<br />

os 15 e 64 anos, e 7,3 por cento eram i<strong>do</strong>sos com idade igual ou superior a 65 anos.<br />

Quanto à alteração natural da população, que é um <strong>do</strong>s importantes factores que contribuem<br />

para o crescimento demográfico, em 2011, registaram-se 5852 na<strong>do</strong>s-vivos, um acréscimo de<br />

14,4 por cento em relação ao ano de 2010. Foram regista<strong>do</strong>s 1845 óbitos, com uma subida<br />

de 4,0 por cento relativamente ao ano de 2010. O crescimento natural demográfico cifrou-se<br />

em 0,73 por cento.<br />

A migração é outro factor que contribuiu para o crescimento demográfico. Em 2011, o<br />

número líqui<strong>do</strong> de imigrantes estimava-se em 15.000 pessoas, incluin<strong>do</strong> imigrantes <strong>do</strong> Interior<br />

da China, pessoas autorizadas a residir em <strong>Macau</strong>, trabalha<strong>do</strong>res não-residentes, enquanto que<br />

o número líqui<strong>do</strong> de emigrantes se estimava em 2200 pessoas.<br />

Segun<strong>do</strong> a análise demográfica por freguesias, a freguesia de Fátima é a mais populosa<br />

de <strong>Macau</strong>, com 39,6 por cento da população total.<br />

Natalidade<br />

Segun<strong>do</strong> os da<strong>do</strong>s relativos aos índices de população entre 2006 e 2011, a taxa de aumento<br />

natural da população cresceu de cinco por mil em 2006, para 7,3 por mil em 2011 e, a taxa de<br />

natalidade bruta, aumentou de 8,1 por mil em 2006 para 10,6 por mil em 2011.<br />

Envelhecimento Demográfico<br />

Embora a taxa de natalidade tivesse volta<strong>do</strong> a subir a partir de 2005, a população tende<br />

para o envelhecimento, devi<strong>do</strong> ao aumento <strong>do</strong> nível médio de vida. Quanto à distribuição etária,<br />

a percentagem das crianças até aos 14 anos é de 11,8 por cento em 2011, enquanto a mesma<br />

percentagem era de 12,4 por cento em 2010 e 14,8 por cento em 2006. A percentagem <strong>do</strong>s<br />

residentes de idade igual, ou superior, a 65 anos é de 7,3 por cento, enquanto que em 2010 era<br />

de 7,4 por cento e em 2006 era de 7,0 por cento. Comparativamente a 2010, a percentagem<br />

das crianças apresentou uma diminuição na ordem de 0,6 por cento, enquanto a <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos<br />

uma ligeira diminuição de 0,1 por cento.<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Identificação<br />

A Lei Básica define que o Governo da República Popular da China autoriza o Governo da<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> a emitir, em conformidade com a lei, passaportes<br />

da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> da República Popular da China para os cidadãos<br />

chineses titulares <strong>do</strong> Bilhete de Identidade de Residente Permanente da Região Administrativa<br />

558


Geografia e População<br />

Especial de <strong>Macau</strong> e outros <strong>do</strong>cumentos de viagem da Região Administrativa Especial de<br />

<strong>Macau</strong> da República Popular da China às outras pessoas que residam legalmente na Região. Os<br />

passaportes e <strong>do</strong>cumentos de viagem acima menciona<strong>do</strong>s são váli<strong>do</strong>s para to<strong>do</strong>s os países e<br />

regiões <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e registam o direito <strong>do</strong>s seus titulares ao regresso à Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong>.<br />

A Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Identificação (DSI) está sob tutela <strong>do</strong> Secretário para a<br />

Administração e Justiça. São suas atribuições: coordenar e executar as operações respeitantes<br />

à identificação civil e criminal <strong>do</strong>s residentes da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>; emitir<br />

bilhetes de identidade e certifica<strong>do</strong> de registo criminal; certificar, nos termos da lei, os factos<br />

que constem <strong>do</strong>s seus registos; emitir passaportes e outros <strong>do</strong>cumentos de viagem para os<br />

residentes da RAEM; organizar e manter actualiza<strong>do</strong> o registo das pessoas colectivas de fins<br />

não lucrativos, entre outras.<br />

Documentos Pessoais<br />

Podem requerer o passaporte da RAEM os indivíduos que satisfaçam to<strong>do</strong>s os seguintes<br />

requisitos: ser cidadão chinês <strong>do</strong>s residentes permanentes da RAEM; e, ser titular de Bilhete<br />

de Identidade de Residente de <strong>Macau</strong>.<br />

Podem requerer o título de viagem da RAEM os indivíduos que satisfaçam to<strong>do</strong>s os seguintes<br />

requisitos: ser cidadão chinês <strong>do</strong>s residentes não-permanentes da RAEM; ser titular de Bilhete<br />

de Identidade de Residente de <strong>Macau</strong>; e, não ter direito a outro passaporte ou <strong>do</strong>cumento de<br />

viagem.<br />

Até 31 de Dezembro de 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Identificação emitiu 328.892<br />

passaportes e 19.463 títulos de viagem da RAEM.<br />

De acor<strong>do</strong> com o abrigo da “Lei de Nacionalidade da República Popular da China” e <strong>do</strong><br />

“Esclarecimento <strong>do</strong> Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular sobre várias questões<br />

quanto à aplicação da Lei de Nacionalidade da República Popular da China na Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong>”, os residentes permanentes da Região que tenham a nacionalidade chinesa e<br />

sejam titulares de <strong>do</strong>cumentos de viagem de Portugal podem continuar a usar este <strong>do</strong>cumento<br />

para ir viajar a outros países ou regiões <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. Assim, as pessoas acima referidas podem<br />

ser ao mesmo tempo titulares de <strong>do</strong>cumentos de viagem da RAEM e de Portugal.<br />

À Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Identificação cabe a emissão <strong>do</strong> Título de Visita de Residentes<br />

de <strong>Macau</strong> à Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK). Podem requerer o Título de<br />

Visita à RAEHK to<strong>do</strong>s os que satisfaçam os seguintes requisitos: sejam cidadãos chineses ou<br />

portugueses, residentes da RAEM; e, sejam porta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Bilhete de Identidade de Residente<br />

Permanente da RAEM, ou de Bilhete de Identidade de Residente Não-Permanente da RAEM.<br />

Até 31 de Dezembro de 2011, a Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Identificação tinha emiti<strong>do</strong> 382.172<br />

Títulos de Visita à RAEHK.<br />

À Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Identificação cabe ainda a emissão <strong>do</strong> Bilhete de Identidade<br />

de Residente da RAEM. Até 31 de Dezembro de 2011, o número <strong>do</strong>s indivíduos titulares <strong>do</strong><br />

Bilhete de Identidade de Residente chegou aos 618.761. Desde 1 de Janeiro de 2011 até 31<br />

de Dezembro de 2011, foram registadas 21.705 pessoas que receberam pela primeira vez o<br />

Bilhete de Identidade de Residente da RAEM.<br />

559


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Nacionalidade<br />

A Lei n.º 7/1999 da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> define que à Direcção <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Identificação cabe o tratamento <strong>do</strong>s requerimentos relativos à nacionalidade <strong>do</strong>s<br />

residentes da RAEM. Os requerimentos abrangem os seguintes tipos: a aquisição da nacionalidade<br />

chinesa por naturalização pelos estrangeiros ou apátridas; a renúncia à nacionalidade chinesa<br />

pelos cidadãos chineses; a reaquisição da nacionalidade chinesa pelos estrangeiros que tenham<br />

ti<strong>do</strong> a nacionalidade chinesa; a escolha da nacionalidade chinesa ou portuguesa pelos residentes<br />

de ascendência chinesa e portuguesa; a alteração da nacionalidade <strong>do</strong>s cidadãos chineses<br />

residentes originários de <strong>Macau</strong> que têm outra nacionalidade.<br />

Desde Janeiro de 2000 até 31 de Dezembro de 2011, 738 pessoas adquiriram a nacionalidade<br />

chinesa por naturalização, 481 readquiriram a nacionalidade chinesa, 49 renunciaram à<br />

nacionalidade chinesa, 843 escolheram a nacionalidade chinesa, e 44 optaram pela nacionalidade<br />

portuguesa, ten<strong>do</strong>-se regista<strong>do</strong> três requerimentos de alteração de nacionalidade.<br />

Certifica<strong>do</strong> de Confirmação <strong>do</strong> Direito de Residência<br />

É um <strong>do</strong>cumento váli<strong>do</strong> para confirmar o estatuto de residente permanente da RAEM.<br />

Assim, to<strong>do</strong>s aqueles que declarem ter o direito de residência na RAEM, mas não sejam titulares<br />

<strong>do</strong> BIR váli<strong>do</strong>, ou <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento de identificação da RAEM váli<strong>do</strong>, e que não residem noutras<br />

regiões da República Popular da China (excepto na RAEHK e em Taiwan), têm que requerer o<br />

certifica<strong>do</strong> de confirmação <strong>do</strong> direito de residência junto da DSI.<br />

Têm este direito: os cidadãos chineses que tenham residi<strong>do</strong> habitualmente em <strong>Macau</strong> pelo<br />

menos sete anos consecutivos, antes ou depois <strong>do</strong> estabelecimento da RAEM; os filhos <strong>do</strong>s<br />

cidadãos chineses e residentes permanentes, de nacionalidade chinesa e nasci<strong>do</strong>s fora de <strong>Macau</strong>;<br />

os indivíduos de ascendência chinesa e portuguesa, que tenham residi<strong>do</strong> habitualmente em <strong>Macau</strong><br />

pelo menos sete anos consecutivos, antes ou depois <strong>do</strong> estabelecimento da RAEM, e aqui tenham<br />

o seu <strong>do</strong>micílio permanente; e, os filhos de residentes permanentes de ascendência chinesa e<br />

portuguesa, de nacionalidade chinesa ou que ainda não tenham feito opção de nacionalidade,<br />

nasci<strong>do</strong>s fora de <strong>Macau</strong> e que aqui tenham o seu <strong>do</strong>micílio permanente.<br />

No certifica<strong>do</strong> de confirmação <strong>do</strong> direito de residência é fixada a data da sua vigência.<br />

O titular só pode entrar na RAEM para efeitos de residência depois <strong>do</strong> início da vigência <strong>do</strong><br />

certifica<strong>do</strong>.<br />

Desde 20 de Dezembro de 1999 até 31 de Dezembro de 2011, a DSI emitiu 54.965<br />

certifica<strong>do</strong>s de confirmação <strong>do</strong> direito de residência.<br />

Certifica<strong>do</strong> de Registo Criminal<br />

Em Agosto de 1996, a DSI começou a emitir o certifica<strong>do</strong> de registo criminal e o certifica<strong>do</strong><br />

de registo especial de menor. O primeiro constitui <strong>do</strong>cumento único e bastante de prova <strong>do</strong>s<br />

antecedentes criminais <strong>do</strong> titular da informação, e o segun<strong>do</strong> destina-se aos indivíduos de<br />

idade inferior a 16 anos.<br />

Nos termos <strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 27/96/M e <strong>do</strong> Decreto-Lei n.º 87/99/M, os requerimentos<br />

560


Geografia e População<br />

de certifica<strong>do</strong> de registo criminal e de certifica<strong>do</strong> de registo especial de menor são dividi<strong>do</strong>s<br />

em duas espécies: requerimento apresenta<strong>do</strong> pelo público, ou seja, pelo próprio requerente<br />

ou seu procura<strong>do</strong>r; requerimento apresenta<strong>do</strong> por órgãos, nomeadamente de investigação<br />

criminal e de justiça.<br />

De 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2011, a DSI emitiu 103.318 certifica<strong>do</strong>s de registo<br />

criminal, <strong>do</strong>s quais 87.743 foram pedi<strong>do</strong>s pelo público e 15.575 pelos órgãos interessa<strong>do</strong>s, e<br />

185 certifica<strong>do</strong>s de registo especial de menor, <strong>do</strong>s quais 11 a pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> público e 174 solicita<strong>do</strong>s<br />

pelos órgãos interessa<strong>do</strong>s.<br />

Controlo de Migração<br />

A Lei Básica da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> define que o Governo da RAEM<br />

pode aplicar medidas de controlo de imigração sobre a entrada, estadia e saída de indivíduos de<br />

países e regiões estrangeiros. O Serviço de Migração <strong>do</strong> Corpo de Polícia de Segurança Pública<br />

é responsável pelo tratamento <strong>do</strong>s assuntos relaciona<strong>do</strong>s com as entradas e saídas da Região.<br />

Actualmente, nacionais de 66 países e regiões podem vir visitar <strong>Macau</strong>, isentos de visto<br />

de entrada. Os visitantes, titulares de passaportes ou <strong>do</strong>cumentos de viagem váli<strong>do</strong>s, podem,<br />

regra geral, permanecer em <strong>Macau</strong> por perío<strong>do</strong>s até 30 dias, enquanto que os indivíduos titulares<br />

de passaportes emiti<strong>do</strong>s por países membros da União Europeia e nacionais de outros países<br />

que tenham acor<strong>do</strong>s com a RAEM podem permanecer em <strong>Macau</strong> sem visto por perío<strong>do</strong>s até 90<br />

dias; os titulares de passaportes <strong>do</strong> Reino Uni<strong>do</strong> podem permanecer sem vistos até seis meses;<br />

os indivíduos titulares de bilhete de identidade de residente permanente de Hong Kong ou de<br />

certifica<strong>do</strong> de regresso a Hong Kong podem permanecer em <strong>Macau</strong> até um ano; os titulares de<br />

passaporte da República Popular da China podem, isentos <strong>do</strong> visto, entrar e permanecer em<br />

<strong>Macau</strong> até sete dias (trânsito).<br />

Imigração<br />

Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s estatísticos <strong>do</strong> Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), em 2011,<br />

registaram-se 6223 imigrantes legais <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País, <strong>do</strong>s quais 950 de idade inferior ou igual<br />

a 18 anos, 3460 de idade entre os 19 e 37 anos, 1792 de idade entre os 38 e 75 anos, 21 de<br />

idade superior a 75 anos. Destes, 3664 são <strong>do</strong> sexo feminino, representan<strong>do</strong> 58,88 por cento<br />

<strong>do</strong> total. Os provenientes das províncias de Guang<strong>do</strong>ng e de Fujian ocuparam, respectivamente,<br />

78,29 por cento e 8,92 por cento.<br />

Excesso de Permanência e Entrada Ilegal na RAEM<br />

Em 2011, segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> CPSP foram repatria<strong>do</strong>s 32.681 indivíduos que excederam o<br />

prazo de permanência concedida, incluin<strong>do</strong> 7781 residentes <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País, 64 residentes de<br />

Taiwan, 102 residentes de Hong Kong, 3007 indivíduos de nacionalidade estrangeira, e 25.807<br />

residentes <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> País que foram voluntariamente repatria<strong>do</strong>s.<br />

Em 2011, registaram-se 1266 imigrantes ilegais que foram repatria<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais 747 <strong>do</strong><br />

sexo masculino e 519 <strong>do</strong> sexo feminino. Destes, 179 foram envia<strong>do</strong>s ao Ministério Público, 153,<br />

por serem reincidentes, e outros 26 por falsas declarações. Entre estes casos, 90 declararam<br />

perda de <strong>do</strong>cumento de viagem.<br />

561


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Registo Civil<br />

À Conservatória <strong>do</strong> Registo Civil compete proceder ao registo civil <strong>do</strong>s factos ocorri<strong>do</strong>s na<br />

RAEM, nomeadamente o nascimento, a filiação, a a<strong>do</strong>pção, a regulação <strong>do</strong> exercício <strong>do</strong> poder<br />

paternal, o casamento, as convenções matrimoniais, o óbito, a cura<strong>do</strong>ria de ausentes e a morte<br />

presumida, e entre outros, emitir os respectivos certifica<strong>do</strong>s.<br />

Registo de Nascimentos<br />

O registo de nascimentos inclui o registo normal de nascimentos e a emissão de registos<br />

de nascimento atrasa<strong>do</strong>s (ou seja, para indivíduos de idade igual ou superior a 14 anos).<br />

Para os recém-nasci<strong>do</strong>s em <strong>Macau</strong>, é necessário que os seus pais ou tutores façam<br />

declaração oral <strong>do</strong> nascimento perante a Conservatória <strong>do</strong> Registo Civil num prazo de 30 dias<br />

após o nascimento da criança. Em 2011, foram regista<strong>do</strong>s 5882 bebés.<br />

Registo de Casamentos<br />

O registo de casamentos compete à Conservatória <strong>do</strong> Registo Civil, incluin<strong>do</strong> o tratamento<br />

e aprovação <strong>do</strong>s requerimentos relativos ao registo de casamentos, sua conclusão e respectivo<br />

registo.<br />

Para o requerimento <strong>do</strong> registo de casamento, deve uma, ou ambas as partes que tenham<br />

a vontade de se casar levar cópias <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos de identificação de ambos os interessa<strong>do</strong>s<br />

no acto <strong>do</strong> casamento e ir à Conservatória <strong>do</strong> Registo Civil, onde pedem informações sobre os<br />

<strong>do</strong>cumentos que necessitam de entregar para efeitos <strong>do</strong> requerimento <strong>do</strong> registo de casamento<br />

(os <strong>do</strong>cumentos a entregar variam conforme o local <strong>do</strong> nascimento e os indivíduos), poden<strong>do</strong><br />

marcar o tratamento das formalidades <strong>do</strong> requerimento <strong>do</strong> registo de casamento uma vez que<br />

estejam reuni<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>cumentos necessários. Depois de o conserva<strong>do</strong>r ter cumpri<strong>do</strong> a<br />

apreciação e aprovação, num prazo de cinco dias em termos gerais, os requerentes podem<br />

escolher livremente qualquer dia, dentro de 90 dias a contar da data de aprovação (excepto os<br />

fins-de-semana, <strong>do</strong>mingos e feria<strong>do</strong>s públicos) como a data de conclusão e registo <strong>do</strong> casamento.<br />

Em 2011, foram regista<strong>do</strong>s 3545 casamentos.<br />

Registo de Óbitos<br />

Os familiares ou parentes <strong>do</strong> faleci<strong>do</strong> podem dirigir-se à Conservatória <strong>do</strong> Registo Civil, ou<br />

aos postos de registo da Conservatória <strong>do</strong> Registo Civil localiza<strong>do</strong>s no Centro Hospitalar Conde<br />

de S. Januário e no Hospital Kiang Wu, para proceder ao registo <strong>do</strong> óbito. Em 2011, foram<br />

regista<strong>do</strong>s 1975 óbitos.<br />

Requerimento de Divórcio por Mútuo Consentimento<br />

Para instituir junto da Conservatória <strong>do</strong> Registo Civil o pedi<strong>do</strong> de divórcio por mútuo<br />

consentimento, os interessa<strong>do</strong>s deverão estar casa<strong>do</strong>s há mais de um ano, não terem filhos<br />

menores (de idade inferior a 18 anos), e terem já chega<strong>do</strong> a acor<strong>do</strong> sobre a prestação de<br />

alimentos aos filhos e sobre o destino da casa de morada da família. Em 2011, verificaram-se<br />

897 pedi<strong>do</strong>s de divórcio por mútuo consentimento.<br />

562


31 de Março de 2011<br />

O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui Sai On, presente no Jantar de Gala<br />

“Verde” <strong>do</strong> “Dia da Cooperação Negócios Verdes”, no âmbito <strong>do</strong> Fórum<br />

e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de <strong>Macau</strong> 2011<br />

Geografia e População<br />

19 de Março de 2011<br />

Festival Verde da Alegria - Cerimónia de abertura da 30.ª edição da<br />

Semana Verde de <strong>Macau</strong>, com a presença da secretária, Florinda Chan,<br />

no exercício de funções interinas <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

563


Geografia e População<br />

Cultivo<br />

Foto: Hon Peng U<br />

Cidade pequena<br />

Foto: Ho Chon In<br />

564


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Era de ouro e prosperidade<br />

Foto: Ung Teng Pong<br />

565


O artigo 34.º da Lei Básica<br />

da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> define<br />

que: “Os residentes de <strong>Macau</strong><br />

gozam da liberdade de crença<br />

religiosa e da liberdade<br />

de pregar, de promover<br />

actividades religiosas em<br />

público e de nelas participar”.<br />

No seu artigo 128.º pode,<br />

ainda, ler-se: “De acor<strong>do</strong> com<br />

o princípio da liberdade de<br />

crença religiosa, o Governo<br />

da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> não<br />

interfere nos assuntos internos<br />

das organizações religiosas,<br />

nem na manutenção e no<br />

desenvolvimento de relações<br />

das organizações religiosas<br />

e <strong>do</strong>s crentes com as<br />

organizações religiosas e os<br />

crentes de fora da Região de<br />

<strong>Macau</strong>. Não impõe restrições<br />

às actividades religiosas que<br />

não contrariem as leis da<br />

Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong>”.


XV<br />

RELIGIÕES<br />

E HÁBITOS


Harmonia da cultura religiosa (Foto: GCS)


Religiões e Hábitos e Hábitos<br />

Religiões e Hábitos<br />

O artigo 34.º da Lei Básica da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> define que: “Os<br />

residentes de <strong>Macau</strong> gozam da liberdade de crença religiosa e da liberdade de pregar, de promover<br />

actividades religiosas em público e de nelas participar”. No seu artigo 128.º pode, ainda, ler-se:<br />

“De acor<strong>do</strong> com o princípio da liberdade de crença religiosa, o Governo da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> não interfere nos assuntos internos das organizações religiosas, nem na<br />

manutenção e no desenvolvimento de relações das organizações religiosas e <strong>do</strong>s crentes com<br />

as organizações religiosas e os crentes de fora da Região de <strong>Macau</strong>. Não impõe restrições às<br />

actividades religiosas que não contrariem as leis da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>”.<br />

A Lei n.º 5/98/M, de 3 de Agosto, regula a liberdade de religião e de culto e as confissões<br />

religiosas em geral na RAEM. A Lei define que: “É reconhecida e garantida a liberdade de<br />

religião e de culto das pessoas e assegurada às confissões e demais entidades religiosas a<br />

protecção jurídica adequada. A liberdade de religião é inviolável. Ninguém pode ser prejudica<strong>do</strong>,<br />

persegui<strong>do</strong>, priva<strong>do</strong> de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos, por não professar<br />

qualquer religião, ou por causa das suas convicções ou práticas religiosas, salvo o direito à<br />

objecção de consciência, nos termos da lei”. Ainda segun<strong>do</strong> a mesma lei, fica claro que: “O<br />

Território de <strong>Macau</strong> não professa qualquer religião e as suas relações com as confissões religiosas<br />

assentam nos princípios da separação e da neutralidade. As confissões religiosas são livres na<br />

sua organização e no exercício das suas funções e <strong>do</strong> culto. O Território de <strong>Macau</strong> não interfere<br />

na organização das confissões religiosas e no exercício das suas funções e de culto e não se<br />

pronuncia sobre questões religiosas”. No “Princípio da Igualdade”, a Lei da Liberdade Religiosa,<br />

define que: “As confissões religiosas são iguais perante a lei”.<br />

Coexistência e Desenvolvimento de Diversas<br />

Religiões<br />

Uma das características que demonstra a importância de <strong>Macau</strong> como ponto de intercâmbio<br />

da cultura oriental e ocidental é a diversidade das religiões aqui professadas. Para além <strong>do</strong><br />

Confucionismo, Budismo e Taoismo como principais religiões, o Catolicismo, o Protestantismo, e<br />

o Islamismo, coexistem em <strong>Macau</strong> desde tempos antigos. Nos últimos 400 anos, os residentes<br />

569


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

de <strong>Macau</strong> de diferentes nacionalidades, culturas, etnias e crenças religiosas têm coexisti<strong>do</strong> em<br />

harmonia, influencian<strong>do</strong>-se mutuamente com os seus costumes e tradições. Os segui<strong>do</strong>res e<br />

crentes das diversas religiões desenvolvem com devoção as suas próprias actividades nas suas<br />

festas religiosas tradicionais e actividades de comemoração e congratulação.<br />

A Diocese de <strong>Macau</strong> organiza, segun<strong>do</strong> o calendário religioso católico, diversas procissões<br />

tradicionais, das quais as maiores são a Procissão de Nossa Senhora de Fátima, a Procissão <strong>do</strong><br />

Senhor Bom Jesus <strong>do</strong>s Passos, e a Procissão <strong>do</strong> Cristo Morto. Seguin<strong>do</strong> de perto a santa imagem<br />

e os sacer<strong>do</strong>tes, os crentes desfilam em procissão pelas ruas, entoan<strong>do</strong> cânticos religiosos,<br />

forman<strong>do</strong>-se assim uma cena ímpar. Ao longo <strong>do</strong> percurso da procissão a polícia mantém a<br />

ordem no trânsito ro<strong>do</strong>viário. Ao mesmo tempo, noutro local, é possível observar a realização<br />

de cerimónias budistas que em prece juntam as mãos e oferecem incenso, ou batem no “peixe<br />

de madeira”, suplican<strong>do</strong> a Buda que salve todas as criaturas vivas. Durante as festividades para<br />

celebrar o aniversário de divindades, como a Deusa Tian Hau, o Deus da Terra (Tou Tei), o Deus<br />

taoista Tam Kung, ou o Deus Na Tcha, os crentes oferecem-lhes sacrifícios, agradecen<strong>do</strong>-lhes<br />

com ofertas de leitão assa<strong>do</strong>, e com representações de ópera chinesa por grupos de teatro.<br />

Budismo<br />

O Budismo ocupa um lugar bastante importante no dia-a-dia da comunidade chinesa de<br />

<strong>Macau</strong>. Merece referência que, para muitos residentes de <strong>Macau</strong>, o Budismo é uma concepção<br />

genérica, poden<strong>do</strong> conter valores <strong>do</strong> Confucionismo e Taoismo e de outros costumes e práticas<br />

tradicionais. A melhor prova deste facto é que nos Templos de A-Má, de Kun Iam e de Lin Fong,<br />

lugares sagra<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s crentes budistas de <strong>Macau</strong>, que percorreram numerosas vicissitudes ao<br />

longo <strong>do</strong>s tempos, estão sempre acesos paus de incenso e velas, e os devotos e peregrinos<br />

vêm ali render a sua homenagem amiúde.<br />

A maioria <strong>do</strong>s residentes de <strong>Macau</strong> é chinesa, profundamente marcada pela sua cultura<br />

tradicional. Enquanto parte integrante da cultura tradicional da China, o Budismo é parte<br />

integrante, também, da cultura e vida <strong>do</strong>s chineses de <strong>Macau</strong>, contan<strong>do</strong>-se grande número de<br />

crentes. Em <strong>Macau</strong>, existem muitas organizações budistas, das quais a principal é a Associação<br />

Budista Geral de <strong>Macau</strong>, fundada em Junho de 1997.<br />

Em <strong>Macau</strong>, há mais de 40 templos budistas, dezenas de templos ao Deus da Terra e casas<br />

de divindades. Entre estes templos, grandes e pequenos, a maioria são dedica<strong>do</strong>s às deusas<br />

Kun Iam e Tin Hau e ao Deus Kuan Tai.<br />

Após o estabelecimento da RAEM, foi defini<strong>do</strong> o “Dia <strong>do</strong> Buda”, oitavo dia <strong>do</strong> quarto mês<br />

<strong>do</strong> calendário lunar, como feria<strong>do</strong> público (calhan<strong>do</strong> normalmente no mês de Maio).<br />

Cristianismo<br />

Católicos<br />

A Diocese de <strong>Macau</strong> foi fundada em 23 de Janeiro de 1576, de acor<strong>do</strong> com o édito <strong>do</strong> Papa<br />

Gregório XIII, tornan<strong>do</strong>-se assim na primeira diocese no Extremo Oriente. No perío<strong>do</strong> inicial<br />

da sua fundação, cobria uma área extremamente vasta, engloban<strong>do</strong> a China, Japão, Vietname<br />

e diversas ilhas ao longo da costa da Ásia <strong>do</strong> Sudeste.<br />

570


Religiões e Hábitos<br />

O primeiro bispo da Diocese de <strong>Macau</strong> foi D. Leonar<strong>do</strong> de Sá que só chegou a <strong>Macau</strong> em<br />

1581. De 1576, ano da fundação da Diocese de <strong>Macau</strong>, até 1581, as funções de bispo foram<br />

exercidas pelo Governa<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Bispa<strong>do</strong> D. Melchior Carneiro S. J., que fun<strong>do</strong>u a Santa Casa<br />

da Misericórdia, o Hospital de S. Rafael (chama<strong>do</strong> comummente Hospital <strong>do</strong> Cavalo Branco) e<br />

a Leprosaria de S. Lázaro (perto da Igreja de S. Lázaro). Já em 1565 a Companhia de Jesus<br />

tinha estabeleci<strong>do</strong> em <strong>Macau</strong> residências e um colégio - o Colégio de S. Paulo. No fim <strong>do</strong> séc.<br />

XVI, esta instituição académica foi reconhecida pelas universidades europeias. A antiga Igreja<br />

da Madre de Deus, que fazia parte <strong>do</strong> complexo <strong>do</strong> colégio foi consumida por vários incêndios,<br />

ten<strong>do</strong> fica<strong>do</strong> <strong>do</strong> último, regista<strong>do</strong> em 1835, até hoje, as actuais ruínas, vulgarmente chamada<br />

Ruínas de S. Paulo.<br />

Além da Companhia de Jesus, outras ordens religiosas como a <strong>do</strong>s Franciscanos, a <strong>do</strong>s<br />

Agostinhos, a <strong>do</strong>s Dominicanos, e a Congregação das Madres Clarissas, que professam a vida<br />

de retiro, estabeleceram, também, residências em <strong>Macau</strong>, durante os séculos XVI e XVII.<br />

Nos últimos mais de 400 anos, os assuntos religiosos da Diocese de <strong>Macau</strong> nas diversas<br />

regiões asiáticas sob sua jurisdição desenvolveram-se, ten<strong>do</strong>-se estabeleci<strong>do</strong>, a partir dela,<br />

várias dezenas de dioceses independentes. Hoje, a jurisdição da Diocese de <strong>Macau</strong> limita-se<br />

apenas à RAEM onde há seis freguesias, três quase paróquias, três paróquias, 18 igrejas e<br />

capelas, com edifício próprio, e 56 capelas nas instalações diocesanas.<br />

Segun<strong>do</strong> estatísticas da Diocese de <strong>Macau</strong>, até ao fim <strong>do</strong> ano de 2011, o número total de<br />

católicos em <strong>Macau</strong> era de 29.337, <strong>do</strong>s quais 13.865 são de <strong>Macau</strong>, a sua maioria membros da<br />

comunidade chinesa e, 15.472 residentes não-permanentes, (incluin<strong>do</strong> portugueses vin<strong>do</strong>s de<br />

Portugal a trabalharem em <strong>Macau</strong> e seus familiares, técnicos de língua inglesa vin<strong>do</strong>s de diversas<br />

regiões e familiares, e trabalha<strong>do</strong>res filipinos e familiares, bem como pessoas proveniente <strong>do</strong><br />

Interior da China e de outras regiões asiáticas e familiares).<br />

Os clérigos regista<strong>do</strong>s, na Diocese de <strong>Macau</strong>, são: um bispo, 18 padres da diocese e três<br />

padres especiais que trabalham em <strong>Macau</strong>. Quatro padres da Diocese de <strong>Macau</strong> trabalham em<br />

outras dioceses.<br />

Missionam em <strong>Macau</strong>, 58 padres e 26 religiosos de comunidades de irmãos religiosos, 184<br />

religiosas de diversas comunidades de irmãs religiosas, e 123 missionárias voluntárias.<br />

Nos últimos 50 anos, para responder às necessidades sociais, a Diocese de <strong>Macau</strong><br />

desenvolveu com entusiasmo vários projectos para o bem-estar social, angarian<strong>do</strong> grande<br />

número de fun<strong>do</strong>s junto <strong>do</strong>s crentes católicos, com <strong>do</strong>nativos vin<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, Governo<br />

de <strong>Macau</strong> e personalidades de Hong Kong e de <strong>Macau</strong>, para a construção de escolas, creches,<br />

clínicas, lares para i<strong>do</strong>sos, sanatórios para <strong>do</strong>entes, e centros de formação profissional.<br />

No ano lectivo de 2010/2011, segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da Diocese de <strong>Macau</strong>, funcionavam sob a<br />

sua tutela 31 estabelecimentos de ensino, com 30.210 alunos. Destes, 2084 frequentavam o<br />

ensino superior, 13.260 o secundário, 9941 o primário e 4925 o pré-escolar.<br />

A Diocese de <strong>Macau</strong> possui 23 instituições de serviço social, onde se incluem sete creches;<br />

seis sanatórios para i<strong>do</strong>sos; quatro centros de reabilitação para deficientes físicos e mentais;<br />

e seis lares para crianças de famílias monoparentais, e com problemas. Entre as 1592 pessoas<br />

que recebiam cuida<strong>do</strong>s destas instituições, 959 estavam internadas e 633 não internadas.<br />

A Igreja Católica está, ainda, empenhada noutras actividades, nomeadamente, na gestão<br />

571


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

de uma livraria, biblioteca pública, instituições de cultura e comunicação social, centros de<br />

convenções e de apoio social, instituições de bem-estar, acampamentos de Verão e retiros abertos<br />

ao público. A Diocese de <strong>Macau</strong> edita, ainda, revistas religiosas periódicas, e um semanário em<br />

língua portuguesa (O Clarim).<br />

Protestantismo<br />

A introdução <strong>do</strong> protestantismo na China experimentou quatro expedições, que ocorreram<br />

nas dinastias de Tang, Yuan, Ming e Qing, respectivamente, sen<strong>do</strong> as últimas duas expedições<br />

relacionadas com <strong>Macau</strong>. Por isso a história protestante designa <strong>Macau</strong> como a “Terra onde o<br />

Evangelho primeiro a chagou”.<br />

Em 1807, o missionário protestante Robert Morrison, envia<strong>do</strong> pela Sociedade Missionária<br />

de Londres da Inglaterra, pisou a Terra de <strong>Macau</strong> para a quarta missionação na China. Em<br />

1814, celebrou o baptismo de Choi Kou e trabalhou 27 anos em <strong>Macau</strong> e Cantão, passan<strong>do</strong><br />

a ser a ponte de intercâmbio entre Ocidente e Oriente. No séc. XIX, os missionários, vin<strong>do</strong>s<br />

maioritariamente da Europa e Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América, dedicavam-se às suas missões<br />

culturais e religiosas, desenvolven<strong>do</strong> também trabalhos de assistência médica, educação e<br />

edição. Em 1834, faleceu Robert Morrison e foi sepulta<strong>do</strong> no Cemitério Protestante de <strong>Macau</strong><br />

(junto ao Jardim Luís de Camões).<br />

Após a Guerra <strong>do</strong> Ópio, a base de missionação protestante transferiu-se para Hong Kong<br />

e Xangai, contu<strong>do</strong>, a comunidade protestante de <strong>Macau</strong> continuou a desempenhar papel activo<br />

no desenvolvimento <strong>do</strong> protestantismo no Delta <strong>do</strong> Rio das Pérolas.<br />

No séc. XX, as igrejas protestantes da comunidade chinesa começaram a ser fundadas. Com<br />

o esforço de missionários e de líderes chineses <strong>do</strong>s crentes retorna<strong>do</strong>s, foi criada em 1904, a<br />

igreja predecessora da Igreja Baptista de <strong>Macau</strong> (<strong>Macau</strong> Baptist Church). Em 1906, os crentes<br />

locais fundaram a Igreja Chi Tou na Zona de Areia Preta. Em 1938, os anglicanos desenvolviam<br />

as suas actividades em <strong>Macau</strong>. Na década de 50, existiam em <strong>Macau</strong> cinco igrejas evangélicas.<br />

Na década de 80, aumentaram para 20 e até a década de 90, muitas igrejas, com sede em<br />

Hong Kong e no exterior, estabeleceram em <strong>Macau</strong> filiais e instituições protestantes, de forma<br />

que o número de igrejas protestantes em <strong>Macau</strong> aumentou bruscamente para mais de 50.<br />

As principais confissões protestantes em <strong>Macau</strong> são: Igreja de Cristo da China, Igreja<br />

Baptista, Anglicanismo, Igreja Metodista, Igreja da Aliança Cristã e Missionária, Evangélica<br />

Baptista, Assembleia de Deus, Igreja <strong>do</strong>s Irmãos Uni<strong>do</strong>s de Cristo, Evangélica da Igreja Livre.<br />

Actualmente, há em <strong>Macau</strong> mais de 70 igrejas protestantes, mais de 60 instituições e cerca<br />

de 150 missionários, que se dedicam à missionação, e mais de 8000 crentes residentes e uma<br />

metade deles participa regularmente nos encontros de oração.<br />

Existem em <strong>Macau</strong> quatro estabelecimentos de ensino secundário cria<strong>do</strong>s pelas igrejas<br />

protestantes, dispon<strong>do</strong> cada um duma escola primária e jardim infantil, três escolas primárias<br />

com jardim infantil, uma escola de ensino especial, duas academias bíblicas e centros de<br />

formação, duas livrarias.<br />

A União das Igrejas Cristãs Evangélicas de <strong>Macau</strong>, que foi criada em 1990, dedica-se<br />

à coordenação de ligação e intercâmbio entre diferentes igrejas e à promoção de trabalhos<br />

conjuntos de divulgação e educação.<br />

572


Religiões e Hábitos<br />

Há cerca de 60 organizações protestantes de <strong>Macau</strong> que prestam serviços sociais<br />

diversifica<strong>do</strong>s, <strong>do</strong>s quais, se destacam os serviços sociais, nomeadamente, a ajuda às classes<br />

mais desfavorecidas, jovens e a<strong>do</strong>lescentes, lares, orientação psicológica e educação entre<br />

outros, prestan<strong>do</strong> ao mesmo tempo serviços à prisão, estabelecimentos hospitalares, centro de<br />

desintoxicação evangélica e pessoas sem abrigo, bem como, outros indivíduos com necessidade.<br />

Islamismo<br />

A Associação Islâmica de <strong>Macau</strong> foi fundada em 1935. Há alguns anos que a Associação<br />

Islâmica planeia a construção de uma nova mesquita e de um centro islâmico, cujos planos de<br />

construção já foram aprova<strong>do</strong>s. A futura mesquita terá uma área de 1250 metros quadra<strong>do</strong>s<br />

e uma capacidade para 600 fiéis.<br />

Bahá’í<br />

A crença Bahá’í foi introduzida em <strong>Macau</strong>, em 1953. A Secção Local de <strong>Macau</strong>, organismo<br />

para os assuntos <strong>do</strong>s Bahá’ís em <strong>Macau</strong>, foi estabelecida em Abril de 1958.<br />

Até ao fim da década de 80, o número <strong>do</strong>s crentes Bahá’ís em <strong>Macau</strong> aumentou de<br />

algumas centenas para mais de 2500. Nessa altura já havia duas secções, cujas sedes estavam<br />

instaladas na Península de <strong>Macau</strong> e na Ilha da Taipa, ten<strong>do</strong>, também, si<strong>do</strong> cria<strong>do</strong> em 1988,<br />

o órgão administrativo para os assuntos religiosos da zona de Coloane. Em Abril de 1989, foi<br />

finalmente cria<strong>do</strong> o órgão administrativo <strong>do</strong>s assuntos religiosos de to<strong>do</strong> o Território de <strong>Macau</strong> - a<br />

Associação da Assembleia Espiritual <strong>do</strong>s Bahá’ís de <strong>Macau</strong> e foi adquirida a sua sede permanente.<br />

A organização <strong>do</strong>s Bahá’ís abriu um estabelecimento de ensino com um jardim infantil,<br />

uma escola primária e uma escola secundária em 1988.<br />

Festividades Tradicionais<br />

<strong>Macau</strong> continua a desenvolver-se como espaço de coexistência e intercâmbio de culturas<br />

e tradições. Nos últimos quatro séculos, Chineses, Portugueses, Macaenses e as outras<br />

comunidades, com hábitos e costumes próprios, não pararam de se influenciar e assimilar<br />

mutuamente. As festividades e hábitos tradicionais de uns são aceites e respeita<strong>do</strong>s pelos<br />

outros. Existem em <strong>Macau</strong> vários feria<strong>do</strong>s orientais e ocidentais, alguns feria<strong>do</strong>s públicos de<br />

<strong>Macau</strong> foram defini<strong>do</strong>s conforme as festas populares chinesas ou tradições ocidentais, como o<br />

<strong>Ano</strong> Novo Lunar, o Cheng Ming (Dia de Fina<strong>do</strong>s), a Páscoa, o Dia <strong>do</strong> Buda, o Chong Chao (Bolo<br />

Lunar), a Imaculada Conceição, o Solstício de Inverno, e o Natal, entre outros.<br />

<strong>Ano</strong> Novo Lunar<br />

O <strong>Ano</strong> Novo Lunar é a festa mais importante <strong>do</strong> povo chinês. Em qualquer parte <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

onde haja chineses há celebrações entusiásticas por ocasião desta festa, e <strong>Macau</strong> não é excepção.<br />

Nos primeiros dias de festa, os residentes de <strong>Macau</strong> ficam geralmente em casa, ou vão aos<br />

templos, fazem oferendas, queimam incenso, petar<strong>do</strong>s, panchões e fogos de artifício, vão visitar<br />

parentes e amigos, ou vão divertir-se. Nos termos da lei, os trabalha<strong>do</strong>res da Administração<br />

Pública, que estão proibi<strong>do</strong>s de entrar nas casas de jogo durante to<strong>do</strong> o ano, podem ir jogar<br />

573


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

e tentar a sua sorte, durante os primeiros três dias, ou seja, <strong>do</strong> primeiro até ao terceiro dia<br />

da festa. Neste perío<strong>do</strong>, tanto as avenidas e ruas, como os largos e praças, estão decora<strong>do</strong>s e<br />

ouve-se de vez em quan<strong>do</strong> o explodir de panchões e matraquear de enfiadas de bombinhas.<br />

Nos últimos anos, mais e mais famílias de <strong>Macau</strong> preferem passar as férias <strong>do</strong> <strong>Ano</strong> Novo Lunar<br />

no exterior.<br />

Cheng Ming, Chong Yeong e Dia de Fina<strong>do</strong>s<br />

O Cheng Ming (Dia de Fina<strong>do</strong>s) e o Chong Yeong (Culto <strong>do</strong>s Antepassa<strong>do</strong>s) são dias para<br />

limpar as sepulturas prestan<strong>do</strong> homenagem aos antepassa<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> a conduta correcta para<br />

respeitar e recordar o passa<strong>do</strong>, promover íntimas relações com familiares e cumprir os deveres<br />

filiais. O Dia de Fina<strong>do</strong>s cristão, celebra<strong>do</strong> também para prestar culto aos antepassa<strong>do</strong>s, e<br />

celebra<strong>do</strong> a 2 de Novembro, é feria<strong>do</strong> público em <strong>Macau</strong>.<br />

Dia <strong>do</strong> Buda<br />

O Dia <strong>do</strong> Buda é uma festividade especial e com características muito próprias de <strong>Macau</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> uma lenda budista, o oitavo dia <strong>do</strong> quarto mês <strong>do</strong> calendário lunar é o dia de anos<br />

<strong>do</strong> funda<strong>do</strong>r <strong>do</strong> budismo Sakyamuni, razão por que este dia é defini<strong>do</strong> como o “Dia <strong>do</strong> Buda”.<br />

To<strong>do</strong>s os anos, durante o Dia <strong>do</strong> Buda, as organizações budistas de <strong>Macau</strong> organizam diversas<br />

actividades, nomeadamente, encontros para recitar salmos ou cerimónias para banhar o Buda,<br />

a fim de comemorar o seu nascimento.<br />

Para celebrar esta festa, as lojas de peixe fresco de <strong>Macau</strong>, e outras organizações não<br />

religiosas, organizam grandes comemorações - a dança <strong>do</strong> dragão embriaga<strong>do</strong> e a oferta de<br />

arroz de barco dragão são cerimónias tradicionais.<br />

A dança <strong>do</strong> dragão embriaga<strong>do</strong>, um costume antigo popular originário de Zhongshan na<br />

Província de Guang<strong>do</strong>ng, é agora uma actividade que representa a solidariedade da indústria<br />

piscatória, com a intenção de beneficiar a comunidade. Hoje em dia, o dragão embriaga<strong>do</strong> só<br />

tem a cabeça e o rabo. Os apresenta<strong>do</strong>res agitam o dragão ao mesmo tempo que bebem vinho,<br />

fican<strong>do</strong> um pouco embriaga<strong>do</strong>s. Conseguem, assim, representar com abnegação, mostran<strong>do</strong><br />

actos pareci<strong>do</strong>s aos <strong>do</strong>s bêba<strong>do</strong>s embora de espírito lúci<strong>do</strong>. No Dia <strong>do</strong> Buda, os presentes às<br />

actividades de celebração podem receber gratuitamente uma ração de “refeição de barco-dragão”.<br />

Em 2010 a Festividade e Dança <strong>do</strong> Dragão Embriaga<strong>do</strong>, que hoje só se realiza em <strong>Macau</strong>, foi<br />

inscrita na Lista <strong>do</strong> Património Intangível da China.<br />

Tung Ng<br />

No Tung Ng (Festa <strong>do</strong>s Barcos-Dragão), que cai no quinto dia <strong>do</strong> quinto mês <strong>do</strong> calendário<br />

lunar, tradicionalmente come-se “chong” (uma espécie de bolo de arroz envolto em folhas de<br />

bambu) e realizam-se regatas de barcos-dragão. Hoje um evento internacional que desperta<br />

grande atracção, as regatas de barcos-dragão possui, em <strong>Macau</strong>, características muito próprias,<br />

haven<strong>do</strong> mesmo algumas equipas ocidentais entre as concorrentes.<br />

Chong Chao<br />

Comer bolos lunares contemplan<strong>do</strong> a Lua Cheia no Chong Chao (Festa <strong>do</strong> Bolo Lunar) é<br />

574


Religiões e Hábitos<br />

um antigo costume chinês. Nas vésperas <strong>do</strong> Chong Chao, em <strong>Macau</strong>, sente-se a atmosfera<br />

festiva, sobretu<strong>do</strong> nas lojas que vendem bolos lunares, quase sempre cheias de fregueses.<br />

Regra geral, na noite da festa, todas as famílias se reúnem fora de casa, comen<strong>do</strong> bolos lunares<br />

e contemplan<strong>do</strong> a Lua Cheia.<br />

Dia da Imaculada Conceição<br />

É de referir que <strong>Macau</strong> é a única cidade asiática onde o Dia da Imaculada Conceição é<br />

feria<strong>do</strong> público. O culto à Imaculada Conceição de Maria é muito antigo entre os cristãos, sen<strong>do</strong><br />

a data de 8 de Dezembro referida desde o séc. VIII no Oriente e no séc. XI na Europa. Em 1439,<br />

o Concílio de Basileia considera o mistério como uma verdade da fé, e em 1854, o Papa Pio IX<br />

proclama-o como <strong>do</strong>gma. Os católicos de <strong>Macau</strong>, em diversas actividades litúrgicas, pedem,<br />

neste dia de cada ano, perdão pelos seus peca<strong>do</strong>s e a protecção da Mãe de Jesus, renovan<strong>do</strong>,<br />

assim, a esperança.<br />

Natal<br />

As festas <strong>do</strong> Natal celebram o nascimento de Cristo. Em <strong>Macau</strong>, a atmosfera festiva <strong>do</strong> Natal<br />

é muito intensa, com a sua característica europeia única, e sente-se como se estivesse na Europa.<br />

Durante este perío<strong>do</strong>, a cidade está toda iluminada, com diferentes luzes e decorações, ouvem-<br />

-se cânticos alusivos ao Natal nas igrejas, sentin<strong>do</strong>-se por toda a cidade o ambiente natalício.<br />

575


macau <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>


Religiões Religi˜es e Hábitos<br />

Procissão <strong>do</strong> Senhor <strong>do</strong>s Passos<br />

Foto: Kuok Kim Va<br />

577


Religiões e Hábitos<br />

Consagração<br />

Foto: Vong Kuok Kei<br />

578


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

A água é felicidade<br />

Foto: Pun Tak Cheong<br />

579


Desde sempre, <strong>Macau</strong> foi<br />

parte integrante da China. Já<br />

nos primórdios da unificação<br />

<strong>do</strong>s reinos chineses pelo<br />

Impera<strong>do</strong>r Qin Shihuang<br />

<strong>Macau</strong> figurava na planta da<br />

China, sob jurisdição <strong>do</strong> Jun 1<br />

de Nanhai, distrito de Panyu.<br />

<strong>Macau</strong> passou a partir da era<br />

Jin, até ao estabelecimento da<br />

era Sui, para a jurisdição <strong>do</strong><br />

Jun de Dongguan, regressan<strong>do</strong><br />

à tutela <strong>do</strong> distrito de Panyu.<br />

Com a fundação da era<br />

Tang, <strong>Macau</strong> retornou para<br />

o distrito de Dongguan. O<br />

ano 22 da dinastia Song <strong>do</strong><br />

Sul, 1152, reina<strong>do</strong> de Shao<br />

Xing, marcaria a desanexação<br />

de Guang<strong>do</strong>ng <strong>do</strong>s distritos<br />

de Nanhai, Punyu, Xinhui e<br />

Dongguan, e suas ilhas ao<br />

largo da costa chinesa, que<br />

passaram a formar o distrito<br />

de Xiangshan, nele integran<strong>do</strong><br />

<strong>Macau</strong>.


XVI<br />

HISTÓRIA


Antigo e moderno - contrastes (Foto: GCS)


História<br />

História<br />

<strong>Macau</strong> Foi Desde Sempre Parte Integrante da China<br />

Desde sempre, <strong>Macau</strong> foi parte integrante da China. Já nos primórdios da unificação <strong>do</strong>s<br />

reinos chineses pelo Impera<strong>do</strong>r Qin Shihuang <strong>Macau</strong> figurava na planta da China, sob jurisdição<br />

<strong>do</strong> Jun 1 de Nanhai, distrito de Panyu. <strong>Macau</strong> passou a partir da era Jin, até ao estabelecimento<br />

da era Sui, para a jurisdição <strong>do</strong> Jun de Dongguan, regressan<strong>do</strong> à tutela <strong>do</strong> distrito de Panyu.<br />

Com a fundação da era Tang, <strong>Macau</strong> retornou para o distrito de Dongguan. O ano 22 da dinastia<br />

Song <strong>do</strong> Sul, 1152, reina<strong>do</strong> de Shao Xing, marcaria a desanexação de Guang<strong>do</strong>ng <strong>do</strong>s distritos<br />

de Nanhai, Punyu, Xinhui e Dongguan, e suas ilhas ao largo da costa chinesa, que passaram a<br />

formar o distrito de Xiangshan, nele integran<strong>do</strong> <strong>Macau</strong>.<br />

A denominação em chinês <strong>do</strong> nome de <strong>Macau</strong> conheceu várias versões - Haojing (Espelho<br />

da Ostra), Jinghai (Mar <strong>do</strong> Espelho), Haojiang, Haijing, Jinghu (O Lago <strong>do</strong> Espelho), Haojingao e<br />

Majiao. Sen<strong>do</strong> Haojing a nomenclatura mais antiga encontrada em registo escrito. A referência<br />

mais antiga da actual denominação, Aomen, foi encontrada em 1564, (ano 43 <strong>do</strong> Impera<strong>do</strong>r<br />

Jiajing, da dinastia Ming), no relatório que Pang Shangpeng submeteu ao impera<strong>do</strong>r e segun<strong>do</strong><br />

o qual «... a Sul de Guang<strong>do</strong>ng, se localiza o distrito de Xiangshan, encosta<strong>do</strong> ao mar, desde<br />

Yongmai a Haojingao, a distância é de um dia de viagem. Em Haojingao, há duas colinas<br />

dispostas frente a frente, como duas torres, denominadas por Nantai (Torre <strong>do</strong> Sul) e Beitai<br />

(Torre <strong>do</strong> Norte), ou seja Aomen, ladea<strong>do</strong> de mar, onde povos estrangeiros aportam para fazer<br />

comércio...».<br />

No Aomen Jilue «Crónicas de <strong>Macau</strong>», edita<strong>do</strong> durante o reina<strong>do</strong> de Qianlong (1736), pode<br />

ler-se a designação Haojingao remontan<strong>do</strong> à história Ming, que lhe dá o nome de Aomen, “a<br />

Sul despontam quatro colinas, banhadas por águas <strong>do</strong> mar, em longitude e latitude, cruzan<strong>do</strong>-<br />

-se, sen<strong>do</strong> por isso chamada a Porta de Cruz ou Aomen”. O mais remoto registo <strong>do</strong> nome de<br />

<strong>Macau</strong> pode ser encontra<strong>do</strong> numa carta <strong>do</strong> escritor português Fernão Mendes Pinto, datada de<br />

20 de Novembro de 1555.<br />

A partir <strong>do</strong> séc. XV Portugal começou a expandir o comércio até ao Oriente, estabelecen<strong>do</strong><br />

1<br />

zona administrativa da antiguidade, de categoria inferior a distrito<br />

583


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

contactos, e fixan<strong>do</strong>-se em territórios de África e da Ásia. Em 1553, invocan<strong>do</strong> o pretexto de secar<br />

merca<strong>do</strong>rias alagadas, os portugueses obtiveram autorização das autoridades chinesas locais<br />

para permanecerem temporariamente na península de <strong>Macau</strong> e fazerem comércio, mediante o<br />

pagamento de um foro ao Governo chinês, prática que teve início por alturas de 1573.<br />

O Exercício da Soberania pelos Governos das<br />

Dinastias Ming e Qing<br />

Desde a ocupação pelos portugueses, até 300 anos antes da Guerra <strong>do</strong> Ópio, a soberania de<br />

<strong>Macau</strong> pertenceu às dinastias Ming e Qing, cujos governos administravam o território segun<strong>do</strong> a<br />

lei, cobravam impostos, estabeleciam serviços governamentais e tribunais, tropas e alfândega,<br />

gerin<strong>do</strong>, enfim, <strong>Macau</strong>, dentro <strong>do</strong>s princípios que definem a soberania, nas questões de solos,<br />

tropas, justiça e aduaneiras.<br />

No exercício desta soberania, os governos das dinastias Ming e Qing a<strong>do</strong>ptaram a política<br />

de «controlar os estrangeiros por meio de estrangeiros», permitin<strong>do</strong> que os portugueses<br />

administrassem os seus próprios assuntos e gerissem as suas causas autonomamente, para<br />

que pudessem ser manti<strong>do</strong>s o esquema económico e a ordem social <strong>do</strong>s bairros onde residiam.<br />

Em 1583, os portugueses de <strong>Macau</strong> estabeleceram um sena<strong>do</strong> encarregue de tratar os assuntos<br />

de foro interno <strong>do</strong>s portugueses. As instituições e organismos <strong>do</strong>s portugueses de <strong>Macau</strong> não<br />

possuíam, assim, no plano político e dentro <strong>do</strong> contexto de soberania, a natureza de órgãos<br />

institucionais, tratan<strong>do</strong>-se tão somente de uma gestão por delegação de poderes pelos governos<br />

<strong>do</strong>s Ming e Qing.<br />

A Ocupação Portuguesa e o “Trata<strong>do</strong> Amigável de<br />

Comércio Sino-Português”<br />

Finda a Guerra <strong>do</strong> Ópio os governos da China e da Grã-Bretanha assinaram o «Trata<strong>do</strong> de<br />

Nan Jing», com o governo Qing a conceder a parcela de Hong Kong aos britânicos, acontecimento<br />

que os portugueses aproveitaram para fazer valer algumas reivindicações, como a isenção <strong>do</strong><br />

pagamento de foros e para ocupar gradualmente <strong>Macau</strong>, obrigan<strong>do</strong> em 1887 o governo Qing<br />

a assinar o «Trata<strong>do</strong> Amigável de Comércio Sino-Português», através <strong>do</strong> qual os portugueses<br />

adquiriram o «direito de gerir definitivamente <strong>Macau</strong>». Em 1928, o Ministério <strong>do</strong>s Negócios<br />

Estrangeiros da China declarou formalmente junto da parte portuguesa a nulidade <strong>do</strong> trata<strong>do</strong>.<br />

Assinatura da Declaração Conjunta Sino-Portuguesa<br />

Após a sua fundação, em 1949, a República Popular da China declarou o não reconhecimento<br />

de to<strong>do</strong>s os trata<strong>do</strong>s firma<strong>do</strong>s em condições de falta de equidade, ten<strong>do</strong>, em 8 de Março de<br />

1972, envia<strong>do</strong> uma carta à Comissão de Descolonização da ONU, manifestan<strong>do</strong> a sua posição<br />

em relação aos territórios de Hong Kong e <strong>Macau</strong>. Em 8 de Fevereiro de 1979, aquan<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

restabelecimento das relações diplomáticas, China e Portugal, acordaram quanto à questão de<br />

<strong>Macau</strong> - um território chinês sob administração portuguesa, uma questão legada pela História<br />

que, em altura oportuna, seria objecto de solução através de negociações amistosas.<br />

A questão de <strong>Macau</strong> surgiu na ordem <strong>do</strong> dia das negociações, depois de soluciona<strong>do</strong> o<br />

584


História<br />

problema relativo a Hong Kong em 1984, com o início das reuniões Sino-Portuguesas sobre a<br />

questão de <strong>Macau</strong>, em Pequim, em Junho de 1986, e que se estenderam por um total de quatro<br />

rondas. Em Março de 1987, as duas partes chegaram a um consenso quanto aos termos <strong>do</strong>s<br />

acor<strong>do</strong>s e memoran<strong>do</strong>s, dan<strong>do</strong>-se assim as conversações por concluídas, com êxito, a 23 <strong>do</strong><br />

mesmo mês. No dia 26 de Março de 1987, a China e Portugal rubricaram em Pequim, no Palácio<br />

<strong>do</strong> Povo, a Declaração Conjunta Sino-Portuguesa. Pela parte chinesa interveio o vice-ministro<br />

<strong>do</strong>s Negócios Estrangeiros, Zhou Nan, e pela portuguesa o embaixa<strong>do</strong>r Rui Medina, ambos<br />

chefes das delegações <strong>do</strong>s respectivos países.<br />

A 13 de Abril de 1987, a China e Portugal assinaram formalmente a Declaração Conjunta<br />

Sino-Portuguesa, pela mão <strong>do</strong>s respectivos primeiros-ministros, Zhao Ziyang e Cavaco Silva, em<br />

cerimónia solene realizada no mesmo palácio, com a presença de Deng Xiaoping. O <strong>do</strong>cumento,<br />

que estabelece a retoma <strong>do</strong> exercício de soberania sobre <strong>Macau</strong> pela República Popular da China,<br />

foi ratifica<strong>do</strong> pelos parlamentos <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is países, respectivamente em Junho e Dezembro <strong>do</strong><br />

mesmo ano. Em 15 de Janeiro de 1988, a Declaração entrou em vigor, inician<strong>do</strong>-se o Perío<strong>do</strong><br />

de Transição que antecedeu a transferência <strong>do</strong>s poderes políticos.<br />

Elaboração da Lei Básica e Perío<strong>do</strong> de Transição<br />

Um ano depois, a 13 de Abril de 1988, na primeira reunião da VII Assembleia Popular<br />

Nacional (APN) foi deliberada a criação da Comissão de Elaboração de Lei Básica de <strong>Macau</strong> onde<br />

se consagraram as orientações políticas e a legislação a aplicar na futura Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong> (RAEM). No dia 5 de Setembro, a Comissão Permanente da APN aprovou a<br />

composição da Comissão, constituída por personalidades da China e de <strong>Macau</strong>. Após quatro anos<br />

de trabalhos, passan<strong>do</strong> por um processo alarga<strong>do</strong> de consultas públicas e debates realiza<strong>do</strong>s<br />

de forma democrática, a Comissão aprovou, em Janeiro de 1993, o projecto da Lei Básica,<br />

concluin<strong>do</strong>-se também os trabalhos de selecção <strong>do</strong>s desenhos da bandeira e emblema da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong>.<br />

A Lei Básica da RAEM da República Popular da China foi aprovada em sessão da APN<br />

realizada em 31 de Março de 1993, incluin<strong>do</strong> os respectivos anexos e os desenhos da bandeira<br />

e <strong>do</strong> emblema. No mesmo dia, em decreto presidencial, Jiang Zemin, promulgou a referida lei<br />

para vigorar a partir de 20 de Dezembro de 1999.<br />

O Perío<strong>do</strong> de Transição - de 15 de Janeiro de 1988 a 20 de Dezembro de 1999 - serviu<br />

essencialmente para assegurar a manutenção da estabilidade social, o fomento <strong>do</strong> progresso<br />

económico e criar condições para uma transferência sem sobressaltos.<br />

Conforme determina a Declaração Conjunta, a China e Portugal criaram o Grupo de Ligação<br />

Conjunto e o Grupo de Terras para a resolução das questões relacionadas com a transição,<br />

ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> alcança<strong>do</strong>s consensos relativamente à construção <strong>do</strong> Aeroporto Internacional de<br />

<strong>Macau</strong>, à participação <strong>do</strong> Banco da China na emissão de notas e à revisão <strong>do</strong> contrato de jogos.<br />

Outras questões de relevante interesse como fossem a localização de quadros da<br />

Administração Pública, a localização das leis e o estatuto oficial da língua chinesa, obtiveram<br />

igualmente resulta<strong>do</strong>s positivos.<br />

Em 29 de Abril de 1998, a Comissão Permanente da APN, na sua segunda reunião, aprovou<br />

a composição da Comissão Preparatória <strong>do</strong> Estabelecimento da RAEM, a qual tomou posse em<br />

Pequim em 5 de Maio <strong>do</strong> mesmo ano ten<strong>do</strong> como principal missão a criação da Comissão de<br />

585


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Selecção <strong>do</strong> Primeiro Governo da RAEM, responsável pela eleição <strong>do</strong> primeiro Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

da RAEM, composta por 200 membros, de entre cidadãos residentes permanentes de <strong>Macau</strong> e<br />

representantes <strong>do</strong>s sectores sociais.<br />

No dia 15 de Maio de 1999, a Comissão realizou a sua terceira sessão, elegen<strong>do</strong>, sob<br />

votação secreta, Edmund Ho Hau Wah, para o cargo de primeiro Chefe <strong>do</strong> Executivo da RAEM,<br />

eleição que foi confirmada em 20 de Maio, pelo Decreto n.º 264 <strong>do</strong> Conselho de Esta<strong>do</strong> Chinês,<br />

assina<strong>do</strong> pelo Primeiro-Ministro Zhu Rongji.<br />

Edmund Ho Hau Wah tomou posse <strong>do</strong> cargo em 20 de Dezembro de 1999.<br />

586


APÊNDICES


Encontro multicultural (Foto: GCS)


Apêndices<br />

I. Principais Titulares <strong>do</strong>s Cargos Públicos<br />

da RAEM<br />

Chefe <strong>do</strong> Executivo:<br />

Presidente da Assembleia Legislativa:<br />

Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância:<br />

Secretária para a Administração e Justiça:<br />

Secretário para a Economia e Finanças:<br />

Secretário para a Segurança:<br />

Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura:<br />

Secretário para os Transportes e Obras Públicas:<br />

Procura<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Ministério Público:<br />

Comissário contra a Corrupção:<br />

Comissária da Auditoria:<br />

Chui Sai On<br />

Lau Cheok Va<br />

Sam Hou Fai<br />

Florinda da Rosa Silva Chan<br />

Francis Tam Pak Yuen<br />

Cheong Kuoc Vá<br />

Cheong U<br />

Lau Si Io<br />

Ho Chio Meng<br />

Fong Man Chong<br />

Ho Veng On<br />

Comandante-Geral <strong>do</strong>s Serviços de Polícia Unitários: José Proença Branco<br />

Director-Geral <strong>do</strong>s Serviços de Alfândega:<br />

Chôi Lai Hang<br />

589


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

II. Membros <strong>do</strong> Conselho Executivo da RAEM<br />

Secretária para a Administração e Justiça:<br />

Porta-voz:<br />

Florinda da Rosa Silva Chan<br />

Leong Heng Teng<br />

Chan Meng Kam<br />

Leonel Alberto Alves<br />

Cheang Chi Keong<br />

Ma Iao Lai<br />

Liu Chak Wan<br />

Leong Vai Tac<br />

Ho Sut Heng<br />

Wong Yue Kai<br />

590


Apêndices<br />

III. Membros da Assembleia Legislativa da<br />

RAEM<br />

Deputa<strong>do</strong>s eleitos (por sufrágio indirecto)<br />

Lau Cheok Va<br />

Ho Iat Seng<br />

Chui Sai Cheong<br />

Kou Hoi In<br />

Fong Chi Keong<br />

Cheung Lup Kwan<br />

Cheang Chi Keong<br />

Leonel Alberto Alves<br />

Chan Chak Mo<br />

Lam Heong Sang<br />

Deputa<strong>do</strong>s eleitos (por sufrágio directo)<br />

Kwan Tsui Hang<br />

Au Kam San<br />

José Maria Pereira Coutinho<br />

Chan Meng Kam<br />

Mak Soi Kun<br />

Ho Ion Sang<br />

Ng Kuok Cheong<br />

Ung Choi Kun<br />

Leong On Kei<br />

Lee Chong Cheng<br />

Chan Wai Chi<br />

Chan Mei Yi<br />

Deputa<strong>do</strong>s nomea<strong>do</strong>s (pelo Chefe <strong>do</strong> Executivo)<br />

Tsui Wai Kwan<br />

Chui Sai Peng<br />

Lau Veng Seng<br />

Tong Io Cheng<br />

Vong Hin Fai<br />

Ho Sio Kam<br />

Sio Chi Wai<br />

591


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Membros das Comissões da 2.ª Sessão da 4.ª<br />

Legislatura<br />

(De 16 de Outubro de 2010 a 15 de Outubro de 2011)<br />

Membros da Mesa<br />

Presidente: Lau Cheok Va<br />

Vice-Presidente: Ho Iat Seng<br />

1.º Secretário: Chui Sai Cheong<br />

2.º Secretário: Kou Hoi In<br />

Membros das Comissões<br />

Comissão de Regimento e Mandatos<br />

Presidente: Fong Chi Keong<br />

Secretária: Vong Hin Fai<br />

Kou Hoi In<br />

Au Kam San<br />

Ung Choi Kun<br />

Lam Heong Sang<br />

Tong Io Cheng<br />

1.ª Comissão Permanente<br />

Presidente: Kwan Tsui Hang<br />

Secretário: Ung Choi Kun<br />

Kou Hoi In<br />

Leonel Alberto Alves<br />

Tsui Wai Kwan<br />

Au Kam San<br />

Sio Chi Wai<br />

Ho Ion Sang<br />

Chan Mei Yi<br />

2.ª Comissão Permanente<br />

Presidente: Chan Chak Mo<br />

Secretário: Lee Chong Cheng<br />

Fong Chi Keong<br />

Chui Sai Cheong<br />

Ng Kuok Cheong<br />

Vong Hin Fai<br />

Chan Meng Kam<br />

Ho Sio Kam<br />

Mak Soi Kun<br />

592


Apêndices<br />

3.ª Comissão Permanente<br />

Presidente: Cheang Chi Keong<br />

Secretário: Chui Sai Peng<br />

Cheung Lup Kwan<br />

José Maria Pereira Coutinho<br />

Leong On Kei<br />

Lau Veng Seng<br />

Lam Heong Sang<br />

Chan Wai Chi<br />

Tong Io Cheng<br />

Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Terras e<br />

Concessões Públicas<br />

Presidente: Kwan Tsui Hang<br />

Secretário: Kou Hoi In<br />

Leonel Alberto Alves<br />

Tsui Wai Kwan<br />

Au Kam San<br />

Ung Choi Kun<br />

Sio Chi Wai<br />

Ho Ion Sang<br />

Chan Mei Yi<br />

Comissão de Acompanhamento para os Assuntos de Finanças<br />

Públicas<br />

Presidente: Chan Chak Mo<br />

Secretário: Lee Chong Cheng<br />

Fong Chi Keong<br />

Chui Sai Cheong<br />

Ng Kuok Cheong<br />

Vong Hin Fai<br />

Chan Meng Kam<br />

Ho Sio Kam<br />

Mak Soi Kun<br />

593


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Comissão de Acompanhamento para os Assuntos da<br />

Administração Pública<br />

Presidente: Cheang Chi Keong<br />

Secretário: Chui Sai Peng<br />

Cheung Lup Kwan<br />

José Maria Pereira Coutinho<br />

Leong On Kei<br />

Lau Veng Seng<br />

Lam Heong Sang<br />

Chan Wai Chi<br />

Tong Io Cheng<br />

594


Apêndices<br />

IV. Juízes <strong>do</strong>s Tribunais da RAEM<br />

Tribunal de Última Instância<br />

Presidente:<br />

Juízes:<br />

Tribunal de Segunda Instância<br />

Presidente:<br />

Juízes:<br />

Tribunal de Primeira Instância<br />

Presidente:<br />

Sam Hou Fai<br />

Viriato Manuel Pinheiro de Lima<br />

Song Man Lei<br />

Lai Kin Hong<br />

Choi Mou Pan<br />

José Maria Dias Aze<strong>do</strong><br />

Chan Kuong Seng<br />

João Augusto Gonçalves Gil de Oliveira<br />

Fong Man Chong *<br />

Tam Hio Wa<br />

Ho Wai Neng<br />

José Cândi<strong>do</strong> de Pinho<br />

Tong Hio Fong<br />

Tribunal Judicial de Base<br />

Presidentes de tribunal colectivo:<br />

Juízes de tribunal singular:<br />

Alice Leonor das Neves Costa<br />

Chao Im Peng<br />

Teresa Leong<br />

Mário Augusto Silvestre<br />

Ip Son Sang<br />

Lam Peng Fai<br />

Cheong Un Mei<br />

Sam Keng Tan<br />

Ip Sio Fan<br />

Kan Cheng Ha<br />

Lou Ieng Ha<br />

Leong Fong Meng<br />

Jerónimo Alberto Gonçalves Santos<br />

Paulo Chan<br />

Rui Carlos <strong>do</strong>s Santos Pereira Ribeiro<br />

Carlos Arman<strong>do</strong> da Cunha Rodrigues de Carvalho<br />

Mário Pedro Martins da Assunção Seixas Meireles<br />

Ana Carla Gonçalves Ferreira de Seixas Meireles<br />

Cheong Weng Tong<br />

595


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Chan Io Chao<br />

Lou Lap Hong Silva<br />

Chan Chi Weng<br />

Juízos de Instrução Criminal<br />

Juízes:<br />

Chiang I Man<br />

Io Weng San<br />

Shen Li<br />

Tribunal Administrativo<br />

Juiz:<br />

Leong Sio Kun<br />

Seng Ioi Man<br />

* Nomea<strong>do</strong> como Comissário contra a Corrupção pelo Conselho de Esta<strong>do</strong> desde 20 de Dezembro de 2009<br />

596


Apêndices<br />

V. Serviços <strong>do</strong> Ministério Público da RAEM<br />

Procura<strong>do</strong>r:<br />

Procura<strong>do</strong>res-adjuntos:<br />

Ho Chio Meng<br />

Ma Iek<br />

Wong Sio Chak (1)<br />

Chan Tsz King<br />

Vong Vai Va<br />

Kuok Un Man<br />

Mai Man Ieng<br />

Paulo Martins Chan<br />

Kok Sio Peng<br />

Kong Chi<br />

Vitor Manuel Carvalho Coelho<br />

Choi Keng Fai<br />

Cheng Lap Fok<br />

Delega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r: António Augusto Archer Leite de Queirós<br />

António José de Sousa Ferreira Vidigal<br />

Joaquim Teixeira de Sousa<br />

Mei Fan Chan da Costa Roque<br />

Lai U Hou<br />

Leong Man Ieng<br />

Chan Seak Hou<br />

Tou Wai Fong<br />

Lao Ian Chi<br />

Wu Hio<br />

Kuok Kin Hong<br />

Tam I Kuan<br />

Leong Vai Cheng<br />

Chong Lao Sin<br />

Chan U Fu<br />

Ho Man<br />

Leong Weng Si<br />

Cheong Kuok Chi<br />

Sio In Ha<br />

Cheang Weng In<br />

Sam Kim Kuong<br />

Nota: (1) Actual Director da Polícia Judiciária em comissão de serviço<br />

597


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

VI. Directório <strong>do</strong> Governo da RAEM<br />

Gabinete <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

Chefe <strong>do</strong> Gabinete: Alexis Tam Chon Weng<br />

Endereço: Sede <strong>do</strong> Governo da RAEM da República Popular da China, Avenida da Praia<br />

Grande, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2872 6886 / 2856 5555<br />

Fax: (853) 2872 5468 / 2872 6168<br />

Página electrónica: http://www.gce.gov.mo<br />

Correio electrónico: gce@raem.gov.mo<br />

Gabinete da Secretária para a Administração e Justiça<br />

Chefe <strong>do</strong> Gabinete: Cheong Chui Ling, Grace<br />

Endereço: Sede <strong>do</strong> Governo da RAEM da República Popular da China, Rua de S. Lourenço,<br />

n.º 28, 4.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2872 6886<br />

Fax: (853) 2872 6880<br />

Gabinete <strong>do</strong> Secretário para a Economia e Finanças<br />

Chefe <strong>do</strong> Gabinete: Lok Kit Sim, Karen<br />

Endereço: Avenida Dr. Mário Soares, n. os 307 - 323, Ed. Banco da China, 23.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2878 7350<br />

Fax: (853) 2872 6302<br />

Gabinete <strong>do</strong> Secretário para a Segurança<br />

Chefe <strong>do</strong> Gabinete: Vong Chun Fat<br />

Endereço: Calçada <strong>do</strong>s Quartéis, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 8799 7501<br />

Fax: (853) 2858 0702<br />

Gabinete <strong>do</strong> Secretário para os Assuntos Sociais e<br />

Cultura<br />

Chefe <strong>do</strong> Gabinete: Cheung So Mui, Cecília<br />

Endereço: Sede <strong>do</strong> Governo da RAEM da República Popular da China, Rua de S. Lourenço,<br />

n.º 28, 2.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2872 6886<br />

Fax: (853) 2872 7594<br />

598


Apêndices<br />

Gabinete <strong>do</strong> Secretário para os Transportes e Obras<br />

Públicas<br />

Chefe <strong>do</strong> Gabinete: Wong Chan Tong<br />

Endereço: Avenida Dr. Mário Soares, n. os 307 - 323, Ed. Banco da China, 26.º andar,<br />

<strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2878 6919<br />

Fax: (853) 2872 7566<br />

Conselho Executivo<br />

Secretária-Geral: O Lam, Wallis<br />

Endereço: Sede <strong>do</strong> Governo da RAEM da República Popular da China, Avenida da Praia<br />

Grande, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2872 6886<br />

Fax: (853) 8989 5704<br />

Assembleia Legislativa<br />

Presidente: Lau Cheok Va<br />

Vice-Presidente: Ho Iat Seng<br />

Serviços de Apoio à Assembleia Legislativa<br />

Secretária-Geral: Soi U Ieong, Stella<br />

Endereço: Praça da Assembleia Legislativa, Ed. da Assembleia Legislativa, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2872 8377 / 2872 8379<br />

Fax: (853) 2872 7857<br />

Página electrónica: http://www.al.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@al.gov.mo<br />

Tribunais<br />

Tribunal de Última Instância<br />

Presidente: Sam Hou Fai<br />

Chefe <strong>do</strong> Gabinete: Tang Pou Kuok<br />

Chefe Adjunta <strong>do</strong> Gabinete: Chan Iok Lin<br />

Endereço: Praceta 25 de Abril, Ed. <strong>do</strong>s Tribunais de Segunda e de Última Instância, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 8398 4117<br />

Fax: (853) 2832 6744<br />

Página electrónica: http://www.court.gov.mo<br />

599


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Tribunal de Segunda Instância<br />

Presidente: Lai Kin Hong<br />

Endereço: Praceta 25 de Abril, Ed. <strong>do</strong>s Tribunais de Segunda e Última Instância, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 8398 4115 / 8398 4100<br />

Fax: (853) 2832 6747<br />

Tribunais de Primeira Instância<br />

Tribunal Judicial de Base<br />

Presidente: Tong Hio Fong<br />

Endereço: Avenida <strong>do</strong> Infante D. Henrique, n. os 47 - 53, Ed. The <strong>Macau</strong> Square, 3.º -<br />

6.º, 12.º e 17.º - 18.º andares, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 8597 0278<br />

Fax: (853) 2833 6506<br />

Juízo de Instrução Criminal<br />

Endereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n. os 411 - 417, Ed. Dynasty Plaza, 4.º<br />

andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 8796 6527 / 8796 6530<br />

Fax: (853) 2872 8275<br />

Tribunal Administrativo<br />

Endereço: Avenida da Praia Grande, n.º 517, Ed. Comercial Nam Tung, 22.º andar<br />

B - C, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2835 6060<br />

Fax: (853) 2835 5593<br />

Ministério Público<br />

Procura<strong>do</strong>r: Ho Chio Meng<br />

Chefe <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r: Lai Kin Ian, António<br />

Chefe Adjunto <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r: Cheang Hang Chip<br />

Endereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n. os 411 - 417, Ed. Dynasty Plaza, 7.º<br />

andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2878 6666<br />

Fax: (853) 2872 7621<br />

Linha de serviço 24 Horas: (853) 2872 7272<br />

Fax de serviço 24 Horas: (853) 2872 7228<br />

Página electrónica: http://www.mp.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@mp.gov.mo<br />

600


Apêndices<br />

Comissaria<strong>do</strong> contra a Corrupção<br />

Comissário: Fong Man Chong<br />

Adjunto <strong>do</strong> Comissário: Kuan Kun Hong<br />

Chefe <strong>do</strong> Gabinete: Sam Vai Keong<br />

Endereço: Avenida Xian Xing Hai, n.º 105, Centro Golden Dragon, 17.º Andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2832 6300<br />

Fax: (853) 2836 2336<br />

Página electrónica: http://www.ccac.org.mo<br />

Correio electrónico: ccac@ccac.org.mo<br />

Linha de serviço 24 horas: (853) 2836 1212<br />

Linha aberta para a Prove<strong>do</strong>ria de Justiça: (853) 2828 6606<br />

Posto de Atendimento de Queixas <strong>do</strong> CCAC: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n. os 411<br />

- 417, Ed. Dynasty Plaza, 14.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Delegação na Areia Preta<br />

Endereço: Rua 1.º de Maio, n. os 68 - 72, Ed. U Wa, r/c, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2845 3636<br />

Fax: (853) 2845 3611<br />

Delegação na Taipa<br />

Endereço: Rua de Nam Keng, Ed. Nova City, Bloco 4, r/c, Loja C, Taipa, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2836 3636<br />

Fax: (853) 2884 3344<br />

Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria<br />

Comissário da Auditoria: Ho Veng On<br />

Adjunto <strong>do</strong> Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria: Kou Chin Pang<br />

Chefe <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Commissário da Auditoria, Subst.ª: Brenda Dulce da Cunha e Pires<br />

Endereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n. os 336 - 342, Centro Comercial Cheng<br />

Feng, 19.º - 20.º andares, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2871 1211<br />

Fax: (853) 2871 1218<br />

Página electrónica: http://www.ca.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@ca.gov.mo<br />

Serviços de Polícia Unitários<br />

Comandante-Geral: José Proença Branco<br />

Adjunto <strong>do</strong> Comandante-Geral: Ma Io Kun<br />

Adjunto <strong>do</strong> Comandante-Geral: João Augusto da Rosa<br />

Coordena<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Gabinete: Chio U Man<br />

Endereço: Avenida da Praia Grande, n. os 730 - 804, Ed. China Plaza, 16.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2871 2999<br />

Fax: (853) 2871 3101<br />

Página electrónica: http://www.spu.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@spu.gov.mo<br />

601


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Serviços de Alfândega<br />

Director-Geral: Chôi Lai Hang<br />

Subdirectora-Geral: Lai Man Wa<br />

Adjunto <strong>do</strong> Director-Geral: Sin Wun Kao<br />

Adjunto <strong>do</strong> Director-Geral: Ng Kuok Heng<br />

Endereço: Rua de S. Tiago da Barra, Doca D. Carlos I, SW, Barra, Ed. <strong>do</strong>s Serviços de<br />

Alfândega, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2855 9944<br />

Fax: (853) 2837 1136<br />

Linha de serviço 24 horas (denúncia/queixa): (853) 2896 5001<br />

Fax de serviço 24 horas: (853) 2896 5003<br />

Linha aberta de informações: (853) 8989 4317<br />

Página electrónica: http://www.customs.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@customs.gov.mo<br />

Da tutela <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

Gabinete de Comunicação Social<br />

Director: Chan Chi Ping, Victor<br />

Subdirectora: Ho Wai Heng, Isabel<br />

Endereço: Avenida da Praia Grande, n. os 762 - 804, Ed. China Plaza, 15.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2833 2886<br />

Fax: (853) 2835 5426<br />

Página electrónica: http://www.gcs.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@gcs.gov.mo<br />

Gabinete para a Protecção de Da<strong>do</strong>s Pessoais<br />

Coordena<strong>do</strong>ra: Chan Hoi Fan<br />

Coordena<strong>do</strong>r-Adjunto: Yang Chongwei<br />

Endereço: Avenida da Praia Grande, n.º 804, Ed. China Plaza, 13.º andar, A - F, <strong>Macau</strong><br />

(Caixa Postal 880, <strong>Macau</strong>)<br />

Tel: (853) 2871 6006<br />

Fax: (853) 2871 6116<br />

Página electrónica: http://www.gpdp.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@gpdp.gov.mo<br />

Gabinete <strong>do</strong> Porta-voz <strong>do</strong> Governo<br />

Porta-voz <strong>do</strong> Governo: Alexis Tam Chon Weng<br />

Porta-voz adjunto: Chan Chi Ping, Victor<br />

602


Apêndices<br />

Gabinete de Estu<strong>do</strong> das Políticas <strong>do</strong> Governo da Região<br />

Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

Coordena<strong>do</strong>r: Lao Pun Lap<br />

Endereço: Rua <strong>do</strong> Desporto, n. os 185 - 195, Taipa, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2882 3419<br />

Fax: (853) 2882 3415<br />

Fundação <strong>Macau</strong><br />

Presidente: Wu Zhiliang<br />

Vice-Presidente: Lam Kam Seng<br />

Membros a tempo inteiro: Zhong Yi Seabra de Mascarenhas<br />

Membros a tempo parcial: Ho Kuai Leng, Au Weng Chi e Lai Chan Keong<br />

Endereço: Avenida de Almeida Ribeiro, n.º 39, Ed. <strong>Macau</strong> Centre, 7.º - 9.º andares, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2896 6777<br />

Fax: (853) 2896 8658<br />

Página electrónica: http://www.fmac.org.mo<br />

Correio electrónico: info@fm.org.mo<br />

Fun<strong>do</strong> para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia<br />

Presidente <strong>do</strong> Conselho de Administração: Tong Chi Kin<br />

Endereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n. os 411 - 417, Ed. Dynasty Plaza, 9.º<br />

andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2878 8777 / 2878 8778 / 2878 8779<br />

Fax: (853) 2878 8775 / 2878 8776<br />

Página electrónica: http://www.fdct.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@fdct.gov.mo<br />

Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong>, junto da União<br />

Europeia, em Bruxelas<br />

Chefe da Delegação: Raimun<strong>do</strong> Arrais <strong>do</strong> Rosário<br />

Endereço: Avenue Louise, 480, 1050 Bruxelas, Bélgica<br />

Tel: (322) 6471265<br />

Fax: (322) 6401552<br />

Correio electrónico: deleg.macao@skynet.be<br />

603


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong>, em Lisboa<br />

Chefe da Delegação: Raimun<strong>do</strong> Arrais <strong>do</strong> Rosário<br />

Adjunta <strong>do</strong> Chefe da Delegação: Maria Gabriela <strong>do</strong>s Remédios César<br />

Endereço: Avenida 5 de Outubro, n.º 115, 4.º andar, 1069 - 204 Lisboa, Portugal<br />

Tel: (351) 2178 18820<br />

Fax: (351) 2179 79328<br />

Página electrónica: http://www.decmacau.pt<br />

Correio electrónico: decmacau@decmacau.pt<br />

Delegação da RAEM em Pequim<br />

Chefe da Delegação: Hong Wai<br />

Endereço: 16/F <strong>Macau</strong> Center, N.º 8 Wangfujing East Street, Beijing, China (P.C.:<br />

100006)<br />

Tel: (8610) 5813 8010<br />

Fax: (8610) 5813 8020<br />

Correio electrónico: willa.hong@hotmail.com<br />

Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong>, junto da<br />

Organização Mundial <strong>do</strong> Comércio<br />

Chefe da Delegação: Raimun<strong>do</strong> Arrais <strong>do</strong> Rosário<br />

Adjunta <strong>do</strong> Chefe da Delegação: Lu My Yen<br />

Endereço: Avenue Louis-Casaï, 18, 1209, Genève, Suisse<br />

Tel: (4122) 7100788<br />

Fax: (4122) 7100780<br />

Correio electrónico: macaoeto@macaoeto.ch<br />

Delegação Económica e Cultural de <strong>Macau</strong> em Taiwan<br />

Chefe da Delegação: Leong Kit Chi<br />

Endereço: Suite A, 56/F, Taipei 101, 7 Xin Yi Road Section 5, Taipei 110, Taiwan<br />

Tel: (886) 28101 1056<br />

Fax: (886) 28101 1057<br />

Correio electrónico: info@decm.gov.mo<br />

604


Apêndices<br />

Da tutela da Secretaria para a Administração e Justiça<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Administração e Função Pública<br />

Director: José Chu<br />

Subdirector: Kou Peng Kuan<br />

Subdirectora: Joana Maria Noronha<br />

Endereço: Rua <strong>do</strong> Campo, n.º 162, Ed. Administração Pública, 11.º - 12.º e 21.º - 27.º<br />

andares, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2832 3623<br />

Fax: (853) 2859 4000<br />

Página electrónica: http://www.safp.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@safp.gov.mo<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Assuntos de Justiça<br />

Director: Cheong Weng Chon<br />

Subdirectora: Diana Maria Vital Costa<br />

Subdirectora, Subst.ª: Leong Pou Ieng<br />

Endereço: Rua <strong>do</strong> Campo, n.º 162, Ed. Administração Pública, 19.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2856 4225<br />

Fax: (853) 2831 8052<br />

Página electrónica: http://www.dsaj.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@dsaj.gov.mo<br />

Conservatória <strong>do</strong> Registo Civil<br />

Conserva<strong>do</strong>r: Leong Tak Fu<br />

Endereço: Rua <strong>do</strong> Campo, n.º 162, Ed. Administração Pública, 2.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2855 0110<br />

Fax: (853) 2837 3097<br />

Página electrónica: http://www.dsaj.gov.mo<br />

Correio electrónico: crc@dsaj.gov.mo<br />

Conservatória <strong>do</strong>s Registos Comercial e de Bens Móveis<br />

Conserva<strong>do</strong>ra: Tam Pui Man<br />

Conserva<strong>do</strong>r: Fong Soi Koc<br />

Endereço: Rua <strong>do</strong> Campo, n.º 162, Ed. Administração Pública, 2.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2837 4374<br />

Fax: (853) 2833 0741<br />

Página electrónica: http://www.dsaj.gov.mo<br />

Correio electrónico: crcbm@dsaj.gov.mo<br />

605


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Conservatória <strong>do</strong> Registo Predial<br />

Conserva<strong>do</strong>ra: Leong Mei Leng<br />

Conserva<strong>do</strong>r: Tam Peng Chun<br />

Conserva<strong>do</strong>r, Subst.º: Manuel Francisco de Jesus Júnior<br />

Endereço: Rua <strong>do</strong> Campo, n.º 162, Ed. Administração Pública, 1.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2857 1550<br />

Fax: (853) 2857 1556<br />

Página electrónica: http://www.dsaj.gov.mo<br />

Correio electrónico: crp@dsaj.gov.mo<br />

1.º Cartório Notarial<br />

Notário: Lou Soi Cheong<br />

Endereço: Largo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>, n.º 16, r/c, Ed. da Santa Casa da Misericórdia, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2857 4258<br />

Fax: (853) 2835 5205<br />

Página electrónica: http://www.dsaj.gov.mo<br />

Correio electrónico: 1cn@dsaj.gov.mo<br />

2.º Cartório Notarial<br />

Notária: Lo Cheng I<br />

Endereço: Rua <strong>do</strong> Campo, n.º 162, Ed. Administração Pública, 1.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2855 4460<br />

Fax: (853) 2856 2407 / 2833 0997<br />

Página electrónica: http://www.dsaj.gov.mo<br />

Correio electrónico: 2cn@dsaj.gov.mo<br />

Cartório Notarial das Ilhas<br />

Notário: Chan In Chio<br />

Endereço: Rua da Bragança, n.º 313, Ed. King Light Garden, r/c, Taipa, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2882 7502 / 2882 7504<br />

Fax: (853) 2882 5071 / 2883 7891<br />

Página electrónica: http://www.dsaj.gov.mo<br />

Correio electrónico: cni@dsaj.gov.mo<br />

606


Apêndices<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Identificação<br />

Director: Lai Ieng Kit<br />

Subdirectora: Ao Ieong U<br />

Endereço: Avenida da Praia Grande, n.º 804, Ed. China Plaza, 20.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2837 0777 / 2837 0888<br />

Fax: (853) 2837 4300<br />

Linha de “SOS” para residentes de <strong>Macau</strong> no exterior: (853) 2857 3333<br />

Página electrónica: http://www.dsi.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@dsi.gov.mo<br />

Imprensa Oficial<br />

Administra<strong>do</strong>r: Tou Chi Man<br />

Administra<strong>do</strong>r-Adjunto: Alberto Ferreira Leão<br />

Endereço: Rua da Imprensa Nacional, s/n, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2857 3822<br />

Fax: (853) 2859 6802<br />

Página electrónica: http://www.io.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@io.gov.mo<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços da Reforma Jurídica e <strong>do</strong> Direito<br />

Internacional<br />

Directora: Chu Lam Lam<br />

Subdirector: Chan Hin Chi<br />

Subdirector: Chou Kam Chon<br />

Endereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.º 398, Ed. CNAC, 6.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2875 0680<br />

Fax: (853) 2875 0813<br />

Página electrónica: http://www.dsrjdi.ccrj.gov.mo<br />

Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais<br />

Presidente <strong>do</strong> Conselho de Administração: Tam Vai Man, Raymond<br />

Vice-Presidente <strong>do</strong> Conselho de Administração: Lei Wai Nong<br />

Vice-Presidente <strong>do</strong> Conselho de Administração: Lo Veng Tak<br />

Endereço: Avenida de Almeida Ribeiro, n.º 163, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2838 7333<br />

Fax: (853) 2833 6477<br />

Página electrónica: http://www.iacm.gov.mo<br />

Correio electrónico: webmaster@iacm.gov.mo<br />

607


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Centro de Formação Jurídica e Judiciária<br />

Director: Manuel Marcelino Escovar Trigo<br />

Subdirectora: Lam Wan Nei<br />

Endereço: Rua <strong>do</strong> Dr. Pedro José Lobo, n. os 1 - 3, Ed. Banco Luso Internacional, 18.º<br />

andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2871 3843<br />

Fax: (853) 2871 3766<br />

Página electrónica: http://www.cfjj.gov.mo<br />

Correio electrónico: cfjj@cfjj.gov.mo<br />

Fun<strong>do</strong> de Pensões<br />

Presidente <strong>do</strong> Conselho de Administração: Ieong Kim I<br />

Vice-Presidente <strong>do</strong> Conselho de Administração: Ermelinda M. C. Xavier<br />

Endereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n. os 181 - 187, Centro Comercial<br />

Brilhantismo, 20.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2835 6556<br />

Fax: (853) 2859 4391<br />

Página electrónica: http://www.fp.gov.mo<br />

Correio electrónico: fp@fp.gov.mo<br />

Da tutela da Secretaria para a Economia e Finanças<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia<br />

Director: Sou Tim Peng<br />

Subdirector: Tai Kin Ip<br />

Subdirectora: Chan Tze Wai<br />

Endereço: Rua <strong>do</strong> Dr. Pedro José Lobo, n. os 1 - 3, Ed. Banco Luso Internacional, 6.º -<br />

7.º andares, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2856 2622<br />

Fax: (853) 2871 2552<br />

Página electrónica: http://www.economia.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@economia.gov.mo<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Finanças<br />

Directora: Vitória Alice Maria da Conceição<br />

Subdirector: Iong Kong Leong<br />

Subdirectora: Chong Seng Sam<br />

Endereço: Avenida da Praia Grande, n. os 575 - 579 e 585, Ed. das Finanças, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2833 6366<br />

Fax: (853) 2830 0133<br />

Informações Fiscais: (853) 2833 6886<br />

Página electrónica: http://www.dsf.gov.mo<br />

Correio electrónico: dsfinfo@dsf.gov.mo<br />

608


Apêndices<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Estatística e Censos<br />

Directora: Kong Pek Fong<br />

Subdirector: Ieong Meng Chao, Paul<br />

Subdirectora: Cheng I Wan<br />

Endereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n. os 411 - 417, Ed. Dynasty Plaza, 17.º<br />

andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2872 8188<br />

Fax: (853) 2856 1884<br />

Página electrónica: http://www.dsec.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@dsec.gov.mo<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos Laborais<br />

Director: Wong Chi Hong<br />

Subdirector: Chan Keng Leong<br />

Subdirectora: Noémia Maria de Fátima Lameiras<br />

Endereço: Avenida <strong>do</strong> Dr. Francisco Vieira Macha<strong>do</strong>, n. os 221 - 279, Ed. Advance Plaza,<br />

<strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2856 4109<br />

Fax: (853) 2855 0477<br />

Página electrónica: http://www.dsal.gov.mo<br />

Correio electrónico: dsalinfo@dsal.gov.mo<br />

Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos<br />

Director: Manuel Joaquim das Neves<br />

Subdirector: Leong Man Ion<br />

Endereço: Avenida da Praia Grande, n. os 762 - 804, Ed. China Plaza, 21.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2856 9262<br />

Fax: (853) 2837 0296<br />

Página electrónica: http://www.dicj.gov.mo<br />

Correio electrónico: enquiry@service.dicj.gov.mo<br />

Conselho de Consumi<strong>do</strong>res<br />

Presidente <strong>do</strong> Conselho Geral: Vong Kok Seng<br />

Presidente da Comissão Executiva: Wong Hon Neng<br />

Endereço: Rua de Inácio Baptista, n. os 6 – 6A, Ed. Seaview Garden, r/c, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 8988 9315<br />

Fax: (853) 2830 7816<br />

Página electrónica: http://www.consumer.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@consumer.gov.mo<br />

Dependência <strong>do</strong> Bairro Norte:<br />

Endereço: Rua Nova da Areia Preta, n.º 52, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 8988 9315<br />

Fax: (853) 2830 7816<br />

609


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Gabinete para os Recursos Humanos<br />

Coordena<strong>do</strong>ra: Lou Soi Peng<br />

Coordena<strong>do</strong>r-Adjunto: Lau Wai Meng<br />

Endereço: Avenida <strong>do</strong> Dr. Rodrigo Rodrigues, n. os 614A - 640, Ed. Long Cheng, 9.º -<br />

11.º andares, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2833 6960<br />

Fax: (853) 2871 1224<br />

Página electrónica: http://www.grh.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@grh.gov.mo<br />

Gabinete de Informação Financeira<br />

Coordena<strong>do</strong>ra: Ng Man Seong<br />

Endereço: Avenida Dr. Mário Soares, n. os 307 - 323, Ed. Banco da China, 22.º andar,<br />

<strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2852 3666<br />

Fax: (853) 2852 3777<br />

Página electrónica: http://www.gif.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@gif.gov.mo<br />

Gabinete de Apoio ao Secretaria<strong>do</strong> Permanente <strong>do</strong> Fórum para a<br />

Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de<br />

Língua Portuguesa<br />

Coordena<strong>do</strong>ra: Rita Botelho <strong>do</strong>s Santos<br />

Endereço: Avenida <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r Jaime Silvério Marques, n.º 415, Ed. Comercial Tai<br />

Fung, r/c - 2.º andares N, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 8791 3333 / 8791 3368<br />

Fax: (853) 2872 6366<br />

Página electrónica: http://www.forumchinaplp.org.mo<br />

Correio electrónico: e<strong>do</strong>c@gfce.gov.mo<br />

Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong><br />

Presidente: Cheong Chou Weng, Jackson<br />

Vogal Executivo: Chan Keng Hong<br />

Vogal Executivo: Irene Va Kuan Lau<br />

Endereço: Avenida da Amizade, n.º 918, Ed. World Trade Center, 1.º - 4.º andares, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2871 0300<br />

Fax: (853) 2859 0309<br />

Linha de serviço 24 horas: (853) 2888 1212<br />

Página electrónica: http://www.ipim.gov.mo<br />

Correio electrónico: ipim@ipim.gov.mo<br />

610


Apêndices<br />

Autoridade Monetária de <strong>Macau</strong><br />

Presidente <strong>do</strong> Conselho de Administração: Teng Lin Seng<br />

Membros <strong>do</strong> Conselho de Administração: António José Félix Pontes e Wan Sin Long<br />

Endereço: Calçada <strong>do</strong> Gaio, n. os 24 - 26, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2856 8288<br />

Fax: (853) 2832 5432<br />

Página electrónica: http://www.amcm.gov.mo<br />

Correio electrónico: general@amcm.gov.mo / complaints@amcm.gov.mo<br />

Da tutela da Secretaria para a Segurança<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong><br />

Director: Pun Su Peng<br />

Subdirectora: Kok Fong Mei<br />

Endereço: Calçada <strong>do</strong>s Quartéis, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2855 9999<br />

Fax: (853) 2855 9998<br />

Página electrónica: http://www.fsm.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@fsm.gov.mo<br />

Corpo de Polícia de Segurança Pública<br />

Comandante: Lei Siu Peng<br />

2.º Comandante: Custódio Ribeiro Maria Mourão<br />

2.º Comandante: Lai Kam Kun<br />

Endereço: Praceta 1 de Outubro, Ed. Conforseg, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2857 3333<br />

Fax: (853) 2878 0826<br />

Linha de serviço 24 horas: (853) 2878 7373<br />

Página electrónica: http://www.fsm.gov.mo/psp<br />

Polícia Judiciária<br />

Director: Wong Sio Chak<br />

Subdirectora: Cheong Ioc Ieng<br />

Subdirector: Chau Wai Kuong<br />

Endereço: Rua Central, Ed. da PJ, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2855 7777<br />

Fax: (853) 2831 2780<br />

Página electrónica: http://www.pj.gov.mo<br />

Correio electrónico: nar@pj.gov.mo<br />

611


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Estabelecimento Prisional de <strong>Macau</strong><br />

Director: Lee Kam Cheong<br />

Subdirectora: Loi Kam Wan<br />

Endereço: Rua de S. Francisco Xavier, s/n, Coloane, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2888 1211<br />

Fax: (853) 2888 2431<br />

Página electrónica: http://www.epm.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@epm.gov.mo<br />

Corpo de Bombeiros<br />

Comandante: Ma Io Weng<br />

2.º Comandante: Iu Chong Hin<br />

2.º Comandante, Subst.º: Leong Iok Sam<br />

Endereço: Avenida Doutor Stanley Ho, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 8989 1300<br />

Fax: (853) 2836 1128<br />

Linha aberta (prestação de socorros): (853) 2857 2222 / 119 / 120<br />

Informações e queixas - linha telefónica com gravação: (853) 8989 1373 / 8989 1374<br />

Página electrónica: http://www.fsm.gov.mo/cb<br />

Escola Superior das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong><br />

Director: Hoi Sio Iong<br />

Subdirector: Cheong Iok Kuan<br />

Endereço: Calçada <strong>do</strong> Quartel, Coloane, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2887 1112<br />

Fax: (853) 2887 1117 / 8899 0589<br />

Página electrónica: http://www.fsm.gov.mo/esfsm/default.htm<br />

Correio electrónico: esfsm-info@fsm.gov.mo<br />

Da tutela da Secretaria para os Assuntos Sociais e<br />

Cultura<br />

Serviços de Saúde<br />

Director: Lei Chin Ion<br />

Subdirector: Chan Wai Sin (Director <strong>do</strong> CHCSJ)<br />

Subdirector: Cheang Seng Ip<br />

Subdirectora: Ho Ioc San<br />

Endereço: Estrada <strong>do</strong> Visconde de S. Januário, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2831 3731<br />

Fax: (853) 2871 3105<br />

Página electrónica: http://www.ssm.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@ssm.gov.mo<br />

612


Apêndices<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Educação e Juventude<br />

Directora: Leong Lai<br />

Subdirector: Lou Pak Sang<br />

Subdirectora: Kuok Sio Lai<br />

Endereço: Avenida de D. João IV, n. os 7 - 9, 1.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2855 5533<br />

Fax: (853) 2831 7307<br />

Página electrónica: http://www.dsej.gov.mo<br />

Correio electrónico: webmaster@dsej.gov.mo<br />

Instituto Cultural<br />

Presidente: Ung Vai Meng<br />

Vice-Presidente: Chan Chak Seng<br />

Endereço: Praça <strong>do</strong> Tap Seac, Ed. <strong>do</strong> Instituto Cultural, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2836 6866<br />

Fax: (853) 2836 6899<br />

Página electrónica: http://www.icm.gov.mo<br />

Correio electrónico: webmaster@icm.gov.mo<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo<br />

Director: João Manuel Costa Antunes<br />

Subdirectora: Maria Helena de Senna Fernandes<br />

Subdirector: Manuel Gonçalves Pires Júnior<br />

Endereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n. os 335 - 341, Ed. Hotline, 12.º andar,<br />

<strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2831 5566<br />

Fax: (853) 2851 0104<br />

Página electrónica: http://www.macautourism.gov.mo<br />

Correio electrónico: mgto@macautourism.gov.mo<br />

Instituto de Acção Social<br />

Presidente: Iong Kong Io<br />

Vice-Presidente: Vong Yim Mui<br />

Endereço: Estrada <strong>do</strong> Cemitério, n.º 6, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2851 2512<br />

Fax: (853) 2855 9529<br />

Página electrónica: http://www.ias.gov.mo<br />

Correio electrónico: dep@ias.gov.mo<br />

613


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Instituto <strong>do</strong> Desporto<br />

Presidente: Vong Iao Lek<br />

Vice-Presidente: José Fonseca Tavares<br />

Vice-Presidente: Pun Weng Kun<br />

Endereço: Avenida <strong>do</strong> Dr. Rodrigo Rodrigues, Fórum de <strong>Macau</strong>, Bloco 1, 4.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2858 0762<br />

Fax: (853) 2834 3708<br />

Página electrónica: http://www.sport.gov.mo<br />

Correio electrónico: sport@macau.ctm.net<br />

Gabinete de Apoio ao Ensino Superior<br />

Coordena<strong>do</strong>r: Sou Chio Fai<br />

Coordena<strong>do</strong>ra-Adjunta: Sílvia Ribeiro Osório Ho<br />

Endereço: Avenida <strong>do</strong> Dr. Rodrigo Rodrigues, n. os 614A - 640, Ed. Long Cheng, 5.º -<br />

7.º andares, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2834 5403<br />

Fax: (853) 2831 8401<br />

Página electrónica: http://www.gaes.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@gaes.gov.mo<br />

Instituto de Formação Turística<br />

Presidente: Vong Chuk Kwan, Fanny<br />

Vice-Presidente: Ian Mei Kun, Florence<br />

Endereço: Colina de Mong-Há, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2856 1252<br />

Fax: (853) 2851 9058<br />

Página electrónica: http://www.ift.edu.mo<br />

Correio electrónico: iftpr@ift.edu.mo<br />

Fun<strong>do</strong> de Segurança Social<br />

Presidente <strong>do</strong> Conselho de Administração: Ip Ping Kin<br />

Vice-Presidente <strong>do</strong> Conselho de Administração: Chan Pou Wan<br />

Endereço: Rua de Eduar<strong>do</strong> Marques, n. os 2 - 6, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2853 2850<br />

Fax: (853) 2855 2561<br />

Página electrónica: http://www.fss.gov.mo<br />

Correio electrónico: at@fss.gov.mo<br />

614


Apêndices<br />

Comissão <strong>do</strong> Grande Prémio de <strong>Macau</strong><br />

Coordena<strong>do</strong>r: João Manuel Costa Antunes<br />

Coordena<strong>do</strong>ra-Adjunta: Chu Miu Lai, Davina<br />

Endereço: Avenida da Amizade, n.º 207, Ed. <strong>do</strong> Grande Prémio, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 8796 2268<br />

Fax: (853) 2872 7309<br />

Página electrónica: http://www.macau.grandprix.gov.mo<br />

Correio electrónico: macaugp@cgpm.gov.mo<br />

Gabinete de Gestão de Crises <strong>do</strong> Turismo<br />

Coordena<strong>do</strong>r: João Manuel Costa Antunes<br />

Endereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n. os 335 - 341, Ed. Hotline, 14.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2872 3993<br />

Fax: (853) 2872 2726<br />

Linha aberta para o turismo, 24 horas: (853) 2833 3000<br />

Página electrónica: http://www.ggct.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@ggct.gov.mo<br />

Centro de Promoção e Informação Turística de <strong>Macau</strong>, em<br />

Portugal<br />

Coordena<strong>do</strong>r: Ro<strong>do</strong>lfo Manuel Baptista Faustino<br />

Endereço: Avenida 5 de Outubro, n.º 115, r/c, 1069 - 204 Lisboa, Portugal<br />

Tel: (351) 217936542<br />

Fax: (351) 217960956<br />

Correio electrónico: geral@turismodemacau.com.pt<br />

Universidade de <strong>Macau</strong><br />

Reitor: Zhao Wei<br />

Vice-Reitor (Assuntos Académicos): Ho Shun Man<br />

Vice-Reitor (Investigação): Rui Paulo da Silva Martins<br />

Vice-Reitor (Administração): Lai Iat Long<br />

Endereço: Avenida Padre Tomás Pereira, Taipa, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2883 1622<br />

Fax: (853) 2883 1694<br />

Página electrónica: http://www.umac.mo<br />

Correio electrónico: info@umac.mo<br />

615


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Instituto Politécnico de <strong>Macau</strong><br />

Presidente: Lei Heong Iok<br />

Vice-Presidente: Yin Lei<br />

Secretário-Geral: Chan Wai Cheong<br />

Endereço: Rua de Luís Gonzaga Gomes, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2857 8722<br />

Fax: (853) 2830 8801<br />

Página electrónica: http://www.ipm.edu.mo<br />

Correio electrónico: webadmin@ipm.edu.mo<br />

Da tutela da Secretaria para os Transportes e Obras<br />

Públicas<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes<br />

Director: Jaime Roberto Carion<br />

Subdirectora: Chan Pou Ha<br />

Subdirector: Shin Chung Low Kam Hong<br />

Endereço: Estrada de D. Maria II, n.º 33, Ed. CEM, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2872 2488<br />

Fax: (853) 2834 0019<br />

Página electrónica: http://www.dssopt.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@dssopt.gov.mo<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Cartografia e Cadastro<br />

Director: Chan Hon Peng<br />

Endereço: Estrada de D. Maria II, n. os 32 - 36, Ed. CEM, 5.º - 6.º andares, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2834 0040 / 1 / 2<br />

Fax: (853) 2834 0046<br />

Página electrónica: http://www.dscc.gov.mo<br />

Correio electrónico: mail@dscc.gov.mo<br />

Capitania <strong>do</strong>s Portos<br />

Directora: Wong Soi Man<br />

Subdirector: Vong Kam Fai<br />

Endereço: Calçada da Barra, Quartel <strong>do</strong>s Mouros, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2855 9922<br />

Fax: (853) 2851 1986<br />

Página electrónica: http://www.marine.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@marine.gov.mo<br />

616


Apêndices<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Correios<br />

Directora: Lau Wai Meng<br />

Subdirector: Chiu Chan Cheong<br />

Subdirectora: Rosa Leong<br />

Endereço: Largo <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>, Ed. Sede <strong>do</strong>s CTT, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2857 4491<br />

Fax: (853) 2833 6603<br />

Página electrónica: http://www.macaupost.gov.mo<br />

Correio electrónico: macpost@macaupost.gov.mo<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços Meteorológicos e Geofísicos<br />

Director: Fong Soi Kun<br />

Endereço: Rampa <strong>do</strong> Observatório, Taipa Grande, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2885 0522<br />

Fax: (853) 2885 0557<br />

Página electrónica: http://www.smg.gov.mo<br />

Correio electrónico: meteo@smg.gov.mo<br />

Instituto de Habitação<br />

Presidente: Tam Kuong Man<br />

Vice-Presidente: Kuoc Vai Han<br />

Endereço: Travessa Norte <strong>do</strong> Patane, n.º 102, Ilha Verde, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2859 4875<br />

Fax: (853) 2830 5909<br />

Página electrónica: http://www.ihm.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@ihm.gov.mo<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Regulação de Telecomunicações<br />

Director: Tou Veng Keong<br />

Subdirector: Hoi Chi Leong<br />

Endereço: Avenida da Praia Grande, n. os 789 - 795, 1.º - 3.º andares, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 8396 9166<br />

Fax: (853) 2835 6328<br />

Página electrónica: http://www.dsrt.gov.mo<br />

Correio electrónico: ifx@dsrt.gov.mo<br />

617


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos de Tráfego<br />

Director: Wong Wan<br />

Subdirector: Chiang Ngoc Vai<br />

Endereço: Estrada de D. Maria II, n.º 33, r/c, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 8866 6666<br />

Fax: (853) 2875 0626<br />

Página electrónica: http://www.dsat.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@dsat.gov.mo<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental<br />

Director: Cheong Sio Kei<br />

Subdirector: Vai Hoi Ieong<br />

Subdirectora: Vong Man Hung<br />

Endereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n. os 393 - 437, Ed. Dynasty Plaza, 10.º<br />

andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2872 5134<br />

Fax: (853) 2872 5129<br />

Página electrónica: http://www.dspa.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@dspa.gov.mo<br />

Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas<br />

Coordena<strong>do</strong>r: Chan Hon Kit<br />

Coordena<strong>do</strong>r-Adjunto: Chau Vai Man<br />

Endereço: Avenida <strong>do</strong> Dr. Rodrigo Rodrigues, Ed. Nam Kwong, 10.º andar F, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2871 3724 / 2871 3725 / 2871 3726<br />

Fax: (853) 2871 3728<br />

Página electrónica: http://www.gdi.gov.mo<br />

Correio electrónico: gdi@macau.ctm.net<br />

Gabinete para o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sector Energético<br />

Coordena<strong>do</strong>r: Arnal<strong>do</strong> Ernesto <strong>do</strong>s Santos<br />

Coordena<strong>do</strong>r-Adjunto: Lou Sam Cheong<br />

Endereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.º 398, Ed. CNAC, 7.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2896 8838<br />

Fax:(853) 2896 8138<br />

Página electrónica: http://www.gdse.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@gdse.gov.mo<br />

618


Apêndices<br />

Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes<br />

Coordena<strong>do</strong>r: Lei Chan Tong<br />

Coordena<strong>do</strong>r-Adjunto: Ho Cheong Kei<br />

Coordena<strong>do</strong>r-Adjunto: André Duarte Xavier Sales Ritchie<br />

Endereço: Rua Dr. Pedro José Lobo, n. os 1 - 3, Ed. Banco Luso Internacional, 26.º<br />

andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2881 3721 / 2881 3722<br />

Fax: (853) 2881 3260<br />

Página electrónica: http://www.git.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@git.gov.mo<br />

Autoridade de Aviação Civil<br />

Presidente: Chan Weng Hong<br />

Endereço: Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n. os 336 - 342, Centro Comercial Cheng<br />

Feng, 18.º andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2851 1213<br />

Fax: (853) 2833 8089<br />

Página electrónica: http://www.aacm.gov.mo<br />

Correio electrónico: aacm@aacm.gov.mo<br />

619


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

VII. Representações da Direcção <strong>do</strong>s Serviços<br />

de Turismo da RAEM no Exterior<br />

Ásia/Pacífico<br />

Austrália<br />

Endereço: Level 11, 99 Bathurst Street, Sydney, NSW, 2000, Austrália<br />

Tel: (61) 2 92641488<br />

Fax: (61) 2 92677717<br />

Correio electrónico: macau@worldtradetravel.com<br />

Coreia <strong>do</strong> Sul<br />

Endereço: Suite 908, Baiknam Building (President Hotel), 188-3, Euljiro 1-ga, Jung-gu,<br />

Seoul, Coreia <strong>do</strong> Sul<br />

Tel: (82) 2 7784402<br />

Fax: (82) 2 7784404<br />

Página electrónica: http://kr.macautourism.gov.mo<br />

Correio electrónico: korea@macautourism.kr<br />

Filipinas<br />

Endereço: Suite 11-D, 11 th Floor, The Valero Tower, 122, Valero Street, Salce<strong>do</strong> Village,<br />

Makati City, 1227, Filipinas<br />

Tel: (63) 2 8122595 / 2 8130947<br />

Fax: (63) 2 8925232<br />

Correio electrónico: mgtophil@info.com.ph<br />

Hong Kong<br />

Endereço: Room 1102, 11/F, The Centre Mark, 287-299, Queen’s Road Central, Hong<br />

Kong<br />

Tel: (852) 28388680<br />

Fax: (852) 28388032 / 31182993<br />

Correio electrónico: mgto@macautourism.com.hk<br />

Índia<br />

Mumbai<br />

Endereço: 504, Marine Chambers, 43, New Marine Lines, Opp SNDT College, Mumbai<br />

- 400020, Índia<br />

Tel: (91) 22 22000262<br />

Fax: (91) 22 22070131<br />

Correio electrónico: mumbai@mgtoindia.in<br />

620


Apêndices<br />

Índia<br />

Nova Deli<br />

Endereço: 72, Todarmal Road, Near Bengali Market, New Delhi - 110001, Índia<br />

Tel: (91) 11 41669277<br />

Fax: (91) 11 41669577<br />

Correio electrónico: macau@mgtoindia.in<br />

In<strong>do</strong>nésia<br />

Endereço: Jl. Dr. Sahardjo, No. 96A, Jakarta 12960, In<strong>do</strong>nésia<br />

Tel: (62) 21 8305664 / 21 92869560<br />

Fax: (62) 21 83705913<br />

Página electrónica: http://id.macautourism.gov.mo<br />

Correio electrónico: mgto@intrareps.com<br />

Japão<br />

Endereço: Sanden Building, 3 rd Floor, 5-5, Kojimachi 3-Chome, Chiyoda-Ku, Tokyo<br />

102-0083, Japão<br />

Tel: (81) 3 52752537<br />

Fax: (81) 3 52752535<br />

Página electrónica: http://jp.macautourism.gov.mo<br />

Correio electrónico: macau@milepost.co.jp<br />

Malásia<br />

Endereço: Level 6, Office Tower, No. 1, Jalan Nagasari (Off Jalan Raja Chulan), 50200<br />

Kuala Lumpur, Malásia<br />

Tel: (60) 3 21442500<br />

Fax: (60) 3 21435886 / 3 21481357<br />

Página electrónica: http://my.macautourism.gov.mo<br />

Correio electrónico: mgto@pacificworld.travel<br />

Nova Zelândia<br />

Endereço: Level 10, 120 Albert Street, P.O. Box 6247, Wellesley St., Auckland, Nova<br />

Zelândia<br />

Tel: (64) 9 3085206<br />

Fax: (64) 9 3085207<br />

Correio electrónico: macau@aviationandtourism.co.nz<br />

621


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Singapura<br />

Endereço: 371 Beach Road, #12-06 KeyPoint, Singapore 199597, Singapura<br />

Tel: (65) 62925383<br />

Fax: (65) 62925882<br />

Correio electrónico: mgto@pacleisure.com<br />

Tailândia<br />

Endereço: 8 th Floor, Maneeya Center Building, 518/5 Ploenchit Road, Patumwan,<br />

Banguecoque 10330, Tailândia<br />

Tel: (66) 2 2555989<br />

Fax: (66) 2 6520509<br />

Página electrónica: http://th.macautourism.gov.mo<br />

Correio electrónico: mgto@plt.co.th<br />

AMÉRICA<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América<br />

Califórnia<br />

Endereço: 1334 Parkview Ave., Suite 300, Manhattan Beach, CA 90266, USA<br />

Tel: (1) 310 5453464<br />

Fax: (1) 310 5454221<br />

Chamada gratuita: 866 OK-MACAU<br />

Correio electrónico: macau@myriadmarketing.com<br />

Nova Iorque<br />

Endereço: 501, 5 th Ave. Suite 1101, New York, NY 10017, USA<br />

Tel: (1) 646 2270690<br />

Fax: (1) 646 3668170<br />

Correio electrónico: macau@myriadmarketing.com<br />

EUROPA<br />

Alemanha<br />

Endereço: Schenken<strong>do</strong>rfstrasse 1, 65187 Wiesbaden, Alemanha<br />

Tel: (49) 611 2676730<br />

Fax: (49) 611 2676760<br />

Página electrónica: http://de.macautourism.gov.mo<br />

Correio electrónico: macau@discover-fra.com<br />

622


Apêndices<br />

França<br />

Endereço: 5 Bis, Rue du Louvre, 75001 Paris, França<br />

Tel: (33) 1 44778806<br />

Fax: (33) 1 42600545<br />

Página electrónica: http://www.macautourism.gov.mo/fr/<br />

Correio electrónico: macau@expressconseil.com<br />

REINO UNIDO & IRLANDA<br />

Londres<br />

Endereço: 2 nd Floor, Magdalen House, 136-148 Tooley Street, Lon<strong>do</strong>n, SE1 2TU, Reino<br />

Uni<strong>do</strong><br />

Tel: (44) 0 8454989983<br />

Fax: (44) 0 2031170951<br />

Correio electrónico: macau@humewhitehead.co.uk<br />

Oxford<br />

Endereço: Claren<strong>do</strong>n House, 52 Cornmarket Street, Oxford, OX1 3HJ, Reino Uni<strong>do</strong><br />

Tel: (44) 0 8454989983<br />

Fax: (44) 0 2031170951<br />

Correio electrónico: macau@humewhitehead.co.uk<br />

623


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

VIII. Representações Diplomáticas na RAEM<br />

Até ao fim de Dezembro de 2011, 88 países mantinham funções consulares<br />

com a RAEM (incluin<strong>do</strong> aqueles cuja jurisdição consular cobre a RAEM, aqueles cujo<br />

consula<strong>do</strong>-geral em Hong Kong é responsável pelos assuntos consulares em <strong>Macau</strong>, e<br />

os que nomearam cônsul honorário na RAEM), totalizan<strong>do</strong> 86 instituições consulares<br />

acreditadas na RAEM:<br />

1. Os países com consula<strong>do</strong>s-gerais estabeleci<strong>do</strong>s na RAEM são: Angola, Filipinas<br />

e Portugal.<br />

2. Os 55 países cujo consula<strong>do</strong>-geral em Hong Kong é responsável pelos assuntos<br />

consulares na RAEM são: África <strong>do</strong> Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina,<br />

Austrália, Áustria, Bangladesh, Bélgica, Brasil, Brunei, Cambodja, Canadá,<br />

Cazaquistão, Chile, Colômbia, Coreia <strong>do</strong> Sul, Dinamarca, Egipto, Espanha,<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América, França, Finlândia, Grécia, Holanda, Índia, Irão,<br />

Israel, Itália, In<strong>do</strong>nésia, Japão, Kuwait, Laos, Malásia, México, Mianmar (antiga<br />

Birmânia), Mongólia, Nepal, Nigéria, Nova Zelândia, Paquistão, Peru, Polónia,<br />

Reino Uni<strong>do</strong>, República Checa, Roménia, Rússia, Singapura, Suécia, Suíça,<br />

Tailândia, Turquia, Venezuela, Vietname e Zimbabwe.<br />

* Embora o Governo da China tenha chega<strong>do</strong> acor<strong>do</strong> com o Governo de Antígua e Barbuda<br />

quanto ao estabelecimento de um consula<strong>do</strong>-geral deste país em Hong Kong, este ainda<br />

não se encontra em funcionamento.<br />

3. Os 10 países que nomearam cônsul honorário na RAEM são: Cabo Verde,<br />

Estónia, Grenada, Guiné, Mali, Moçambique, Níger, Peru, Reino Uni<strong>do</strong> e Guiné-<br />

-Bissau.<br />

* Os cônsules honorários na RAEM de Butão, França e Surinam não se encontram em funções.<br />

4. Os 19 países cujos cônsules honorários em Hong Kong têm jurisdição<br />

consular de cobertura sobre a RAEM são: Cipreste, Eritreia, Eslovénia, Etiópia,<br />

Eslováquia, Hungria, Luanda, Maldivas, Mónaco, Namíbia, Quénia, São Marino,<br />

Seicheles, Sri Lanka, Sudão, Tanzânia, Uruguai, Noruega e Lituânia.<br />

* O cônsul honorário da Islândia em Hong Kong não se encontra em funções.<br />

624


Apêndices<br />

IX. Dispensa de Visto de Entrada para Porta<strong>do</strong>res<br />

de Passaporte e de Título de Viagem da RAEM<br />

(países ordena<strong>do</strong>s por continente)<br />

Ásia<br />

País<br />

Passaporte da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com isenção de visto)<br />

Título de Viagem da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência<br />

com isenção de visto)<br />

Brunei 14 dias ---<br />

Camboja 30 dias c) ---<br />

Coreia <strong>do</strong> Sul 90 dias ---<br />

Filipinas 14 dias ---<br />

In<strong>do</strong>nésia 28 dias ---<br />

Israel 3 meses ---<br />

Japão 90 dias ---<br />

Jordânia --- c) ---<br />

Laos 30 dias e) ---<br />

Líbano 3 meses ---<br />

Malásia 30 dias 14 dias<br />

Maldivas 30 dias 30 dias<br />

Mongólia 90 dias* ---<br />

Nepal --- e) ---<br />

Singapura 30 dias ---<br />

Tailândia 30 dias* ---<br />

Timor-Leste --- c) ---<br />

Turquia 30 dias ---<br />

Europa<br />

País<br />

Passaporte da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com isenção de visto)<br />

Título de Viagem da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência<br />

com isenção de visto)<br />

Alemanha 90 dias a) ---<br />

An<strong>do</strong>rra 90 dias ---<br />

Áustria 90 dias a) ---<br />

Bélgica 90 dias a) ---<br />

625


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

País<br />

Europa<br />

Passaporte da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com isenção de visto)<br />

(Cont.)<br />

Título de Viagem da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência<br />

com isenção de visto)<br />

Bósnia e<br />

Herzegovina<br />

90 dias ---<br />

Bulgária 90 dias* ---<br />

Chipre 3 meses ---<br />

Croácia 90 dias ---<br />

Dinamarca 90 dias ---<br />

Eslováquia 90 dias* ---<br />

Eslovénia 90 dias ---<br />

Espanha 90 dias a) ---<br />

Estónia 90 dias* ---<br />

Finlândia 90 dias a) ---<br />

França 90 dias a) ---<br />

Gibraltar --- ---<br />

Grécia 90 dias a) ---<br />

Hungria 90 dias* ---<br />

Ilhas Feroé 3 meses b) ---<br />

Islândia 90 dias a) ---<br />

Itália 90 dias a) ---<br />

Letónia 90 dias* ---<br />

Liechenstein 90 dias* ---<br />

Lituânia 90 dias* ---<br />

Luxemburgo 90 dias a) ---<br />

Malta 90 dias ---<br />

Mónaco 90 dias ---<br />

Macedónia 90 dias ---<br />

Montenegro 90 dias ---<br />

Noruega 90 dias a) ---<br />

Países Baixos 90 dias a) ---<br />

Polónia 90 dias* ---<br />

Portugal 90 dias a) ---<br />

626


Apêndices<br />

País<br />

Europa<br />

Passaporte da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com isenção de visto)<br />

(Cont.)<br />

Título de Viagem da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência<br />

com isenção de visto)<br />

Reino Uni<strong>do</strong> 6 meses ---<br />

República Checa 90 dias ---<br />

República da Irlanda 90 dias ---<br />

Roménia 90 dias ---<br />

Rússia 30 dias* (ainda não entrou em vigor) ---<br />

San Marinho 20 dias ---<br />

Sérvia 90 dias* (ainda não entrou em vigor) ---<br />

Suécia 90 dias a) ---<br />

Suíça 90 dias* ---<br />

África<br />

País<br />

Passaporte da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com isenção de visto)<br />

Título de Viagem da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência<br />

com isenção de visto)<br />

África <strong>do</strong> Sul 30 dias ---<br />

Cabo Verde 90 dias 90 dias<br />

Egipto 90 dias ---<br />

Etiópia --- f) ---<br />

Madagáscar 90 dias c) ---<br />

Mali 90 dias* 90 dias*<br />

Mayotte 3 meses b) ---<br />

Moçambique 30 dias c) ---<br />

Namíbia 30 dias* 30 dias*<br />

Quênia 3 meses c) ---<br />

Reunião 3 meses b) ---<br />

São Tomé<br />

e Príncipe<br />

30 dias d) ---<br />

Seychelles 30 dias 30 dias<br />

St. Helena 4-9 dias ---<br />

Tanzânia 90 dias ---<br />

Uganda --- c) ---<br />

627


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

América<br />

País<br />

Passaporte da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com isenção<br />

de visto)<br />

Título de Viagem da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência<br />

com isenção de visto)<br />

Aruba 3 meses ---<br />

Anguilla 3 meses ---<br />

Antilhas Neerlandesas --- ---<br />

Brasil 90 dias ---<br />

Chile 30 dias ---<br />

Dominica 90 dias* 90 dias*<br />

Gronelândia 3 meses ---<br />

Guadalupe 3 meses b) ---<br />

Guiana Francesa 3 meses b) ---<br />

Ilhas Virgens Britânicas 6 meses ---<br />

Martinica 3 meses b) ---<br />

México 90 dias* ---<br />

República Dominicana 30 dias c) ---<br />

São Pedro e Miquelão 3 meses b) ---<br />

St. Vincent and the<br />

Grenadines<br />

1 mês ---<br />

Oceânia<br />

País<br />

Passaporte da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com isenção de visto)<br />

Título de Viagem da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência<br />

com isenção de visto)<br />

Kiribati 30 dias 30 dias<br />

Micronésia 30 dias ---<br />

Niue 30 dias ---<br />

Palau 30 dias c) ---<br />

Polinésia Francesa 3 meses b) ---<br />

Samoa 30 dias* 30 dias*<br />

Tonga 31 dias c) ---<br />

Vanuatu 30 dias ---<br />

Wallis e Futuna 3 meses b) ---<br />

628


Apêndices<br />

Oceano Índico<br />

País<br />

Passaporte da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com isenção de visto)<br />

Título de Viagem da RAEM<br />

(Perío<strong>do</strong> máximo de permanência<br />

com isenção de visto)<br />

Terras Austrais e<br />

Antárcticas Francesas<br />

3 meses b) ---<br />

Observação:<br />

* Acor<strong>do</strong>s relativos a isenção de visto assina<strong>do</strong>s entre RAEM e outros países.<br />

a) Conforme o Regulamento (CE) n.º 539/2001 <strong>do</strong> Conselho da União Europeia, de 15 de Março<br />

de 2001, publica<strong>do</strong> no Jornal Oficial da União Europeia em 21 de Março de 2001, os titulares <strong>do</strong><br />

Passaporte da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> ficam dispensa<strong>do</strong>s de visto de entrada<br />

nesses países europeus, chaman<strong>do</strong>-se a atenção para que esta medida é aplicável apenas à<br />

entrada em territórios desses países no Continente Europeu.<br />

b) A partir de 1 de Janeiro de 2002, os titulares <strong>do</strong> Passaporte da RAEM ficam dispensa<strong>do</strong>s de visto<br />

de entrada nos Departamentos Ultramarinos Francesos (Guadalupe, Martinica, Guiana Francesa<br />

e Reunião), Mayotte, São Pedro e Miquelão, Polinésia Francesa, Ilhas de Wallis e Futuna, Terras<br />

Austrais e Antárcticas Francesas.<br />

c) Visto à chegada.<br />

d) O visto deve ser requeri<strong>do</strong>, pelo menos com uma antecedência de 24 horas, antes de partida <strong>do</strong><br />

voo. Para solicitar visto à chegada, contacte directamente com a companhia.<br />

e) Visto à chegada é necessário apresentar 2 fotos recentes de tipo passe.<br />

Visto à chegada ou obter previamente visto junto da embaixada ou consula<strong>do</strong> da Etiópia<br />

acredita<strong>do</strong> na RPC.<br />

Nota:<br />

1. Para a entrada em alguns países, é exigi<strong>do</strong> o passaporte ou o título de viagem com prazo de<br />

validade não inferior a 6 meses.<br />

2. Os seguintes países não emitem visto de entrada aos titulares <strong>do</strong> Título de Viagem da RAEM:<br />

África <strong>do</strong> Sul<br />

Marrocos<br />

Fonte: Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Identificação da RAEM<br />

629


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

X. Passaportes cujos Porta<strong>do</strong>res Estão Isentos de<br />

Visto e de Autorização de Entrada na RAEM<br />

É necessária a obtenção de visto, e autorização de entrada, na RAEM, à<br />

excepção <strong>do</strong>s porta<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s passaportes nacionais <strong>do</strong>s seguintes países/territórios:<br />

Ásia<br />

País<br />

Brunei<br />

Coreia <strong>do</strong> Sul<br />

Filipinas<br />

Índia<br />

In<strong>do</strong>nésia<br />

Israel<br />

Japão<br />

Líbano<br />

Malásia<br />

Mongólia<br />

Singapura<br />

Tailândia<br />

Turquia<br />

Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com<br />

isenção de visto<br />

14 dias<br />

90 dias<br />

30 dias<br />

30 dias<br />

30 dias<br />

3 meses<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

30 dias<br />

90 dias<br />

30 dias<br />

30 dias<br />

30 dias<br />

Europa<br />

País<br />

Alemanha<br />

An<strong>do</strong>rra<br />

Áustria<br />

Bélgica<br />

Bósnia e Herzegovina<br />

Bulgária<br />

Chipre<br />

Croácia<br />

Dinamarca<br />

Eslováquia<br />

Eslovénia<br />

Espanha<br />

Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com<br />

isenção de visto<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

3 meses<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

630


Apêndices<br />

Europa<br />

(Cont.)<br />

País<br />

Estónia<br />

Finlândia<br />

França<br />

Grécia<br />

Holanda<br />

Hungria<br />

Irlanda<br />

Islândia<br />

Itália<br />

Letónia<br />

Liechtenstein<br />

Lituânia<br />

Luxemburgo<br />

Malta<br />

Mónaco<br />

Macedónia<br />

Montenegro<br />

Noruega<br />

Polónia<br />

Portugal<br />

Reino Uni<strong>do</strong><br />

República Checa<br />

Roménia<br />

São Marinho<br />

Suécia<br />

Suíça<br />

Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com<br />

isenção de visto<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

30 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

30 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

6 meses<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

30 dias<br />

90 dias<br />

30 dias<br />

América<br />

País<br />

América<br />

Brasil<br />

Canadá<br />

Chile<br />

Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com<br />

isenção de visto<br />

30 dias<br />

90 dias<br />

30 dias<br />

30 dias<br />

631


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

América<br />

(Cont.)<br />

País<br />

Dominica<br />

México<br />

Uruguai<br />

Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com<br />

isenção de visto<br />

90 dias<br />

30 dias<br />

30 dias<br />

África<br />

País<br />

África <strong>do</strong> Sul<br />

Cabo Verde<br />

Egipto<br />

Mali<br />

Namíbia<br />

Seicheles<br />

Tanzânia<br />

Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com<br />

isenção de visto<br />

30 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

90 dias<br />

30 dias<br />

30 dias<br />

90 dias<br />

Oceânia<br />

País<br />

Austrália<br />

Kiribati<br />

Nova Zelândia<br />

Samoa<br />

Perío<strong>do</strong> máximo de permanência com<br />

isenção de visto<br />

30 dias<br />

30 dias<br />

30 dias<br />

30 dias<br />

Nota: 1. Porta<strong>do</strong>res de <strong>do</strong>cumentos legais e váli<strong>do</strong>s para a entrada e saída de <strong>Macau</strong>, incluin<strong>do</strong> chineses<br />

residentes <strong>do</strong> Continente chinês (para uma estada inferior a 30 dias), os residentes de Hong Kong<br />

porta<strong>do</strong>res de HKIC, HK permanent IC, assinala<strong>do</strong>s com “*” ou “***” ou “R”, Return Permit (para<br />

uma estada inferior a 1 ano), os compatriotas de Taiwan (para uma estada inferior a 30 dias), não<br />

precisam de obterem visto e autorização de entrada para visitar <strong>Macau</strong>.<br />

2. Para obter mais informações sobre as entradas e saídas de <strong>Macau</strong>, consultem “Website” da P.S.P.<br />

<strong>do</strong> Serviço de Migração:<br />

http://www.fsm.gov.mo/psp/por/main.html<br />

3. “Website” relevante:<br />

R.A.E.M. http://portal.gov.mo/web/guest/welcomepage<br />

Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo<br />

http://www.macautourism.gov.mo/<br />

632


Apêndices<br />

XI. Trata<strong>do</strong>s Internacionalmente em Vigor na<br />

RAEM (Actualização de 2011)<br />

I – Aviação Civil<br />

1. Convenção para a Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional,<br />

assinada em Varsóvia, em 12 de Outubro de 1929 (Convenção de Varsóvia); tal como<br />

alterada pelo<br />

2. Protocolo Modifican<strong>do</strong> a Convenção para a Unificação de Certas Regras relativas ao<br />

Transporte Aéreo Internacional, assina<strong>do</strong> na Haia, em 28 de Setembro de 1955 (Protocolo<br />

de Haia)<br />

3. Convenção sobre a Aviação Civil Internacional, assinada em Chicago, em 7 de Dezembro<br />

de 1944 (Convenção de Chicago); tal como alterada pelo<br />

4. Protocolo relativo a Uma Emenda à Convenção sobre a Aviação Civil Internacional (artigo<br />

45.° relativo à transferência da sede da Organização Internacional da Aviação<br />

Civil), feito em Montreal, em 14 de Junho de 1954; pelo<br />

5. Protocolo relativo a Algumas Emendas à Convenção sobre a Aviação Civil Internacional<br />

(artigos 48.° (a), 49.° (e) e 61.°), feito em Montreal, em 14 de Junho de 1954; pelo<br />

6. Protocolo relativo a Uma Emenda à Convenção sobre a Aviação Civil Internacional (artigo<br />

48.° (a)), assina<strong>do</strong> em Roma, em 15 de Setembro de 1962; pelo<br />

7. Protocolo de Emenda à Convenção sobre a Aviação Civil Internacional (artigo 50.° (a)),<br />

concluí<strong>do</strong> em Nova Iorque, em 12 de Março de 1971; pelo<br />

8. Protocolo relativo ao Texto Autêntico Quadrílingue da Convenção sobre a Aviação Civil<br />

Internacional, concluí<strong>do</strong> em Montreal, em 30 de Setembro de 1977; pelo<br />

9. Protocolo relativo a Uma Emenda ao Artigo 83-bis da Convenção sobre a Aviação Civil<br />

Internacional, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Montreal, em 6 de Outubro de 1980; pelo<br />

10. Protocolo relativo a Uma Alteração à Convenção sobre a Aviação Civil Internacional (novo<br />

artigo 3.° bis), a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Montreal, em 10 de Maio de 1984; pelo<br />

11. Protocolo de Emenda à Convenção sobre a Aviação Civil Internacional (artigo 56.°),<br />

a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Montreal, em 6 de Outubro de 1989; e pelo<br />

12. Protocolo de Emenda à Convenção sobre a Aviação Civil Internacional (artigo 50.° (a)),<br />

a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Montreal, em 26 de Outubro de 1990<br />

13. Acor<strong>do</strong> relativo ao Trânsito <strong>do</strong>s Serviços Aéreos Internacionais, assina<strong>do</strong> em Chicago, em 7<br />

de Dezembro de 1944<br />

14. Convenção sobre o Reconhecimento Internacional <strong>do</strong>s Direitos sobre Aeronaves, concluída<br />

em Genebra, em 19 de Junho de 1948<br />

15. Convenção para a Unificação de Certas Regras relativas ao Transporte Aéreo Internacional,<br />

feita em Montreal, em 28 de Maio de 1999<br />

633


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

II – Actividades Aduaneiras<br />

16. Convenção relativa às Exposições Internacionais, assinada em Paris em 22 de Novembro<br />

de 1928, modificada e completada pelos Protocolos de 10 de Maio de 1948, 16 de<br />

Novembro de 1966 e 30 de Novembro de 1972 e pelas emendas de 24 de Junho de 1982<br />

e de 31 de Maio de 1988<br />

17. Convenção sobre Facilidades Aduaneiras a Favor <strong>do</strong> Turismo, assinada em Nova Iorque,<br />

em 4 de Junho de 1954<br />

18. Protocolo Adicional à Convenção sobre Facilidades Aduaneiras a Favor <strong>do</strong> Turismo relativo<br />

à Importação de Documentos e de Material de Propaganda Turística, assina<strong>do</strong> em Nova<br />

Iorque, em 4 de Junho de 1954<br />

19. Convenção Aduaneira relativa às Facilidades Concedidas para a Importação de Merca<strong>do</strong>rias<br />

Destinadas a Serem Apresentadas ou Utilizadas em Exposições, Feiras, Congressos ou<br />

Manifestações Semelhantes, concluída em Bruxelas, em 8 de Junho de 1961<br />

20. Convenção Aduaneira sobre o Livrete A.T.A. para a Admissão Temporária de Merca<strong>do</strong>rias,<br />

concluída em Bruxelas, em 6 de Dezembro de 1961<br />

21. Emenda ao Anexo da Convenção Aduaneira sobre o Livrete A.T.A. para a Admissão<br />

Temporária de Merca<strong>do</strong>rias (Novo Livrete A.T.A.), feita em Bruxelas, em 18 de Junho de<br />

2002<br />

22. Convenção Aduaneira relativa ao Material de Bem-estar Destina<strong>do</strong> ao Pessoal Marítimo,<br />

concluída em Bruxelas, em 1 de Dezembro de 1964<br />

23. Convenção Aduaneira relativa à Importação Temporária de Material Cientifico, concluída<br />

em Bruxelas, em 11 de Junho de 1968<br />

24. Convenção Internacional sobre o Sistema Harmoniza<strong>do</strong> de Designação e Codificação de<br />

Merca<strong>do</strong>rias, feita em Bruxelas, em 14 de Junho de 1983 (4.ª Revisão da Nomemclatura<br />

<strong>do</strong> Sistema Harmoniza<strong>do</strong>, a<strong>do</strong>ptada pela Recomendação da Organização Mundial das<br />

Alfândegas, de 26 de Junho de 2004 (Emendas <strong>do</strong> SH de 2007)<br />

25. Protocolo de Emenda à Convenção Internacional sobre o Sistema Harmoniza<strong>do</strong> de<br />

Designação e Codificação de Merca<strong>do</strong>rias, feito em Bruxelas, em 24 de Junho de 1986<br />

III – Droga<br />

26. Convenção Única de 1961 sobre os Estupefacientes, concluída em Nova Iorque, em 30 de<br />

Março de 1961; tal como emendada pelo<br />

27. Protocolo Adicional à Convenção Única de 1961 sobre os Estupefacientes, concluí<strong>do</strong> em<br />

Genebra, em 25 de Março de 1972<br />

28. Convenção sobre as Substâncias Psicotrópicas, concluída em Viena, em 21 de Fevereiro de<br />

1971<br />

29. Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito de Estupefacientes e Substâncias<br />

Psicotrópicas, concluída em Viena, em 20 de Dezembro de 1988<br />

634


Apêndices<br />

IV – Economia e Finanças<br />

30. Convenção Estabelecen<strong>do</strong> Uma Lei Uniforme em Matéria de Letras e Livranças (com<br />

Anexos e Protocolo), feita em Genebra, em 7 de Junho de 1930<br />

31. Convenção destinada a Regular Certos Conflitos de Leis em Matéria de Letras e Livranças (e<br />

Protocolo), feita em Genebra, em 7 de Junho de 1930<br />

32. Convenção relativa ao Imposto de Selo em Matéria de Letras e Livranças (e Protocolo),<br />

feita em Genebra, em 7 de Junho de 1930<br />

33. Convenção Estabelecen<strong>do</strong> Uma Lei Uniforme em Matéria de Cheques (Anexos e Protocolo),<br />

feita em Genebra, em 19 de Março de 1931<br />

34. Convenção destinada a regular Certos Conflitos de Leis em Matéria de Cheques (e<br />

Protocolo), feita em Genebra, em 19 de Março de 1931<br />

35. Convenção relativa ao Imposto <strong>do</strong> Selo em Matéria de Cheques (e Protocolo), feita em<br />

Genebra, em 19 de Março de 1931<br />

36. Convenção para a Resolução de Diferen<strong>do</strong>s relativos a Investimentos entre Esta<strong>do</strong>s e<br />

Nacionais de Outros Esta<strong>do</strong>s, concluída em Washington, em 18 de Março de 1965<br />

V – Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto<br />

37. Trata<strong>do</strong> sobre os Princípios que Regem as Actividades <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s na Exploração e<br />

Utilização <strong>do</strong> Espaço Exterior, Incluin<strong>do</strong> a Lua e Outros Corpos Celestes, assina<strong>do</strong> em<br />

triplica<strong>do</strong>, em Londres, Moscovo e Washington, em 27 de Janeiro de 1967<br />

38. Acor<strong>do</strong> relativo ao Salvamento <strong>do</strong>s Astronautas, regresso <strong>do</strong>s Astronautas e Restituição<br />

<strong>do</strong>s Objectos Lança<strong>do</strong>s no Espaço Extra-atmosférico, concluí<strong>do</strong> em triplica<strong>do</strong>, em Londres,<br />

Moscovo e Washington, em 22 de Abril de 1968<br />

39. Convenção para a Protecção <strong>do</strong> Património Mundial, Cultural e Natural, feita em Paris, em<br />

23 de Novembro de 1972<br />

40. Convenção para a Salvaguarda <strong>do</strong> Património Cultural Intangível, feita em Paris, em 17 de<br />

Outubro de 2003<br />

41. Convenção Internacional contra o Doping no Desporto, feita em Paris, em 19 de Outubro<br />

de 2005<br />

42. Convenção sobre a Protecção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Paris, em 20 de Outubro de 2005<br />

43. Acor<strong>do</strong> de Cooperação na Área da Educação entre os Governos <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Membros da<br />

Organização de Cooperação de Xangai, assina<strong>do</strong> em Xangai, em 15 de Junho de 2006<br />

VI – Ambiente e Conservação<br />

44. Convenção Internacional Fitossanitária, feita em Roma, em 6 de Dezembro de 1951,<br />

tal como emendada pela Resolução n.° 12/97 da 29.ª Sessão da Conferência da FAO,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Roma em 17 de Novembro de 1997 (Novo Texto Revisto da Convenção<br />

Fitossanitária)<br />

635


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

45. Acor<strong>do</strong> sobre a Protecção <strong>do</strong>s Vegetais na Região <strong>do</strong> Sudeste da Ásia e <strong>do</strong> Pacífico,<br />

concluí<strong>do</strong> em Roma, em 27 de Fevereiro de 1956; tal como altera<strong>do</strong> em 1967, em 1979 e<br />

em 1983<br />

46. Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens<br />

Ameaçadas de Extinção, assinada em Washington, em 3 de Março de 1973 (CITES); tal<br />

como modificada e emendada pela<br />

47. Emenda ao artigo XI da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de<br />

Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, a<strong>do</strong>ptada pela sessão extraordinária da<br />

Conferência das Partes, em Bona, em 22 de Junho de 1979 (Emenda de Bona)<br />

48. Emenda ao artigo XI da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de<br />

Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, a<strong>do</strong>ptada pela sessão extraordinária da<br />

Conferência das Partes, em Gabarone, em 30 de Abril de 1983 (Emenda de Gabarone)<br />

(* 1 )<br />

49. Convenção sobre a Conservação da Fauna e da Flora Marinhas da Antártida (e anexo),<br />

concluída em Camberra, em 20 de Maio de 1980<br />

50. Convenção de Viena para a Protecção da Camada de Ozono, concluída em Viena, em 22 de<br />

Março de 1985; tal como ajustada e alterada pelo<br />

51. Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Empobrecem a Camada de Ozono,<br />

concluí<strong>do</strong> em Montreal, em 16 de Setembro de 1987; tal como altera<strong>do</strong> pelas<br />

52. Emendas ao Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Empobrecem a Camada de<br />

Ozono, a<strong>do</strong>ptadas em Londres, em 29 de Junho de 1990; e pelas<br />

53. Emendas ao Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Empobrecem a Camada de<br />

Ozono, a<strong>do</strong>ptadas em Copenhaga, em 25 de Novembro de 1992<br />

54. Convenção de Basileia sobre o Controlo de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos<br />

Perigosos e Sua Eliminação, concluída em Basileia, em 22 de Março de 1989 (Convenção<br />

de Basileia); tal como alterada pela<br />

55. Decisão da Conferência <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Partes III/1, a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 22 de<br />

Setembro de 1995 (Proibição de Basileia)<br />

56. Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, a<strong>do</strong>ptada em Nova<br />

Iorque, em 9 de Maio de 1992<br />

57. Protocolo de Quioto à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas,<br />

a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Quioto, em 11 de Dezembro de 1997<br />

58. Convenção sobre a Diversidade Biológica, a<strong>do</strong>ptada em Nairobi, em 22 de Maio de 1992<br />

59. Convenção de Roterdão relativa ao Procedimento de Prévia Informação e Consentimento<br />

para Determina<strong>do</strong>s Produtos Químicos e Pesticidas Perigosos no Comércio Internacional,<br />

feita em Roterdão, em 10 de Setembro de 1998 (Convenção de Roterdão)<br />

60. Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, a<strong>do</strong>ptada em Estocolmo,<br />

(* 1 ) Ainda não entrou em vigor na ordem jurídica internacional.<br />

636


Apêndices<br />

em 22 de Maio de 2001 (Convenção de Estocolmo)<br />

61. Convenção Internacional sobre a Responsabilidade Civil por Danos Resultantes da Poluição<br />

Causada por Hidrocarbonetos de Bancas, feita em Londres, em 23 de Março de 2001<br />

VII – Relações Externas e Defesa<br />

62. Convenção para a Solução Pacífica <strong>do</strong>s Conflitos Internacionais, concluída na Haia, em 29<br />

de Julho de 1899<br />

63. Convenção para a Solução Pacífica <strong>do</strong>s Conflitos Internacionais, concluída na Haia, em 18<br />

de Outubro de 1907<br />

64. Protocolo Proibin<strong>do</strong> o Uso na Guerra de Gases Asfixiantes, Venenosos ou Outros, bem<br />

como de Méto<strong>do</strong>s Bacteriológicos de Guerra, concluí<strong>do</strong> em Genebra, em 17 de Junho de<br />

1925<br />

65. Protocolo sobre as Imunidades <strong>do</strong> Banco de Liquidação Internacional, concluí<strong>do</strong> em<br />

Bruxelas, em 30 de Julho de 1936<br />

66. Carta das Nações Unidas, assinada em São Francisco, em 26 de Junho de 1945, tal como<br />

alterada em 20 de Dezembro de 1971<br />

67. Estatuto <strong>do</strong> Tribunal Internacional de Justiça, assina<strong>do</strong> em São Francisco, em 26 de Junho<br />

de 1945<br />

68. Convenção sobre os Privilégios e Imunidades das Nações Unidas, a<strong>do</strong>ptada em Londres,<br />

em 13 de Fevereiro de 1946<br />

69. Convenção sobre os Privilégios e Imunidades das Agências Especializadas, a<strong>do</strong>ptada em<br />

Nova Iorque, em 21 de Novembro de 1947<br />

70. Convenção de Genebra (I) para Melhorar a Situação <strong>do</strong>s Feri<strong>do</strong>s e Doentes das Forças<br />

Armadas em Campanha, concluída em Genebra, em 12 de Agosto de 1949<br />

71. Convenção de Genebra (II) para Melhorar a Situação <strong>do</strong>s Feri<strong>do</strong>s, Doentes e Náufragos das<br />

Forças Armadas no Mar, concluída em Genebra, em 12 de Agosto de 1949<br />

72. Convenção de Genebra (III) relativa ao Tratamento <strong>do</strong>s Prisioneiros de Guerra, concluída<br />

em Genebra, em 12 de Agosto de 1949<br />

73. Convenção de Genebra (IV) relativa à Protecção das Pessoas Civis em Tempo de Guerra,<br />

concluída em Genebra, em 12 de Agosto de 1949<br />

74. Protocolo Adicional às Convenções de Genebra de 12 de Agosto de 1949 relativo à<br />

Protecção das Vítimas <strong>do</strong>s Conflitos Arma<strong>do</strong>s Internacionais (Protocolo I), assina<strong>do</strong> em<br />

Genebra, em 8 de Junho de 1977<br />

75. Protocolo Adicional às Convenções de Genebra de 12 de Agosto de 1949 relativo à<br />

Protecção das Vítimas <strong>do</strong>s Conflitos Arma<strong>do</strong>s Não Internacionais (Protocolo II), assina<strong>do</strong><br />

em Genebra, em 8 de Junho de 1977<br />

76. Convenção para a Protecção <strong>do</strong>s Bens Culturais em Caso de Conflito Arma<strong>do</strong> e respectivo<br />

Regulamento de Execução, concluí<strong>do</strong>s na Haia, em 14 de Maio de 1954<br />

77. Protocolo à Convenção para a Protecção <strong>do</strong>s Bens Culturais em Caso de Conflito Arma<strong>do</strong>,<br />

637


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

concluí<strong>do</strong> na Haia, em 14 de Maio de 1954 (Primeiro Protocolo)<br />

78. Acor<strong>do</strong> sobre os Privilégios e Imunidades da Agência Internacional de Energia Atómica,<br />

concluí<strong>do</strong> em Viena, em 1 de Julho de 1959<br />

79. Trata<strong>do</strong> da Antártida, concluí<strong>do</strong> em Washington, em 1 de Dezembro de 1959<br />

80. Protocolo ao Trata<strong>do</strong> da Antártida sobre a Protecção <strong>do</strong> Meio Ambiente, concluí<strong>do</strong> em<br />

Madrid, em 4 de Outubro de 1991 (e respectivos Anexos I, II, III e IV)<br />

81. Annex V Protocolo ao Trata<strong>do</strong> da Antártida sobre a Protecção <strong>do</strong> Meio Ambiente, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong><br />

pela 16.ª Reunião Consultiva <strong>do</strong> Trata<strong>do</strong> da Antártida, em Bona, em 17 October 1991<br />

82. Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, concluída em Viena, em 18 de Abril de<br />

1961<br />

83. Convenção de Viena sobre Relações Consulares, concluída em Viena, em 24 de Abril de<br />

1963<br />

84. Protocolo Adicional II ao Trata<strong>do</strong> da Proibição de Armas Nucleares na América Latina e no<br />

Caribe, concluí<strong>do</strong> na Cidade <strong>do</strong> México, em 14 de Fevereiro de 1967<br />

85. Trata<strong>do</strong> de Não Proliferação das Armas Nucleares, concluí<strong>do</strong> em triplica<strong>do</strong>, em Londres,<br />

Moscovo e Washington, em 1 de Julho de 1968<br />

86. Convenção sobre o Direito <strong>do</strong>s Trata<strong>do</strong>s, concluída em Viena, em 23 de Maio de 1969<br />

87. Trata<strong>do</strong> Proibin<strong>do</strong> a Instalação de Armas Nucleares e de Outras Armas de Destruição<br />

Maciça no Fun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Mares e <strong>do</strong>s Oceanos, assim como no Seu Subsolo, concluí<strong>do</strong> em<br />

triplica<strong>do</strong>, em Londres, Moscovo e Washington, em 11 de Fevereiro de 1971<br />

88. Convenção sobre a Proibição <strong>do</strong> Desenvolvimento, da Produção e <strong>do</strong> Armazenamento das<br />

Armas Bacteriológicas (Biológicas) ou Tóxicas e sobre a Sua Destruição, concluída em<br />

triplica<strong>do</strong>, em Londres, Moscovo e Washington, em 10 de Abril de 1972<br />

89. Convenção sobre a Prevenção e Punição de Crimes contra Pessoas Internacionalmente<br />

Protegidas, incluin<strong>do</strong> os Agentes Diplomáticos, a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em 14 de<br />

Dezembro de 1973<br />

90. Convenção sobre a Proibição da Utilização de Técnicas de Modificação <strong>do</strong> Ambiente para<br />

Fins Militares ou Quaisquer Outros Fins Hostis, a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em 10 de<br />

Dezembro de 1976<br />

91. Protocolo relativo aos Privilégios, Isenções e Imunidades da Organização Internacional de<br />

Telecomunicações por Satélites, concluí<strong>do</strong> em Washington, em 19 de Maio de 1978<br />

92. Convenção sobre a Proibição ou Limitação <strong>do</strong> Uso de Certas Armas Convencionais que<br />

Podem Ser Consideradas como Produzin<strong>do</strong> Efeitos Traumáticos Excessivos ou Ferin<strong>do</strong><br />

Indiscriminadamente, a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 10 de Outubro de 1980; tal como<br />

alterada em 21 de Dezembro de 2001, e<br />

93. Protocolo relativo aos Estilhaços Não Localizáveis, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Genebra, em 10 de<br />

Outubro de 1980 (Protocolo I)<br />

94. Protocolo sobre a Proibição ou Limitação <strong>do</strong> Uso de Minas ou Armadilhas e Outros<br />

Dispositivos, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Genebra, em 10 de Outubro de 1980, tal como emenda<strong>do</strong> em 3<br />

de Maio de 1996 (Protocolo II)<br />

638


Apêndices<br />

95. Protocolo sobre a Proibição ou Limitação <strong>do</strong> Uso de Armas Incendiárias, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em<br />

Genebra, em 10 de Outubro de 1980 (Protocolo III)<br />

96. Protocolo Adicional à Convenção sobre a Proibição ou Limitação <strong>do</strong> Uso de Certas Armas<br />

Convencionais que Podem Ser Consideradas como Produzin<strong>do</strong> Efeitos Traumáticos<br />

Excessivos ou Ferin<strong>do</strong> Indiscriminadamente, de 10 de Outubro de 1980, concluí<strong>do</strong> em<br />

Viena, em 13 de Outubro de 1995 (Protocolo sobre Armas Laser Susceptíveis de<br />

Causar Cegueira – Protocolo IV)<br />

97. Protocolo relativo aos Explosivos Remanescentes de Guerra, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Genebra, em<br />

28 de Novembro de 2003 (Protocolo V)<br />

98. Protocolo relativo aos Privilégios e Imunidades da Organização Internacional de Satélites<br />

Marítimos, concluí<strong>do</strong> em Londres, em 1 de Dezembro de 1981<br />

99. Convenção das Nações Unidas sobre o Direito <strong>do</strong> Mar, concluída em Montego Bay,<br />

Jamaica, em 10 de Dezembro de 1982<br />

100. Acor<strong>do</strong> relativo à Aplicação da Parte XI da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito<br />

<strong>do</strong> Mar, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Nova Iorque, em 28 de Julho de 1994<br />

101. Protocolos Adicionais II e III ao Trata<strong>do</strong> relativo à Zona Nuclear Livre <strong>do</strong> Pacífico Sul,<br />

concluí<strong>do</strong>s em Suva, em 8 de Agosto de 1986<br />

102. Acor<strong>do</strong> Regional para a Cooperação em Matéria de Pesquisa e Desenvolvimento e<br />

Formação relativas à Ciência e Tecnologia Nucleares de 1987, feito em Viena, em 2 de<br />

Fevereiro de 1987 (RCA-1987)<br />

103. Quarto Acor<strong>do</strong> relativo à Prorrogação <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> Regional para a Cooperação em Matéria<br />

de Pesquisa e Desenvolvimento e Formação relativas à Ciência e Tecnologia Nucleares de<br />

1987, feito em Viena, em 22 de Junho de 2006 (RCA-2006)<br />

104. Convenção sobre a Proibição <strong>do</strong> Desenvolvimento, Produção, Armazenagem e Utilização<br />

de Armas Químicas e sobre a Sua Destruição, aberta para assinatura em Paris, em 13 de<br />

Janeiro de 1993, tal como alterada em 1999<br />

105. Convenção sobre a Segurança <strong>do</strong> Pessoal das Nações Unidas e Pessoal Associa<strong>do</strong>,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em 9 de Dezembro de 1994<br />

106. Protocolos I e II ao Trata<strong>do</strong> Africano relativo à Zona Nuclear Livre da África, abertos<br />

para assinatura, no Cairo, em 11 de Abril de 1996 (Protocolos I e II ao Trata<strong>do</strong> de<br />

Pelindaba)<br />

107. Convenção sobre os Privilégios e Imunidades da Organização de Cooperação de Xangai,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Tashkent, em 17 de Junho de 2004<br />

108. Acor<strong>do</strong> Quadro para a Colaboração Internacional em Matéria de Pesquisa e<br />

Desenvolvimento de Sistemas de Energia Nuclear da IV Geração, feito em Washington,<br />

em 28 de Fevereiro de 2005<br />

109. Trata<strong>do</strong> de Boa Vizinhança, Amizade e Cooperação a Longo Termo entre os Esta<strong>do</strong>s-<br />

-Membros da Organização de Cooperação de Xangai, assina<strong>do</strong> em Bishkek, em 16 de<br />

Agosto de 2007<br />

110. Acor<strong>do</strong> entre o Governo da República Popular da China e a Organização de Cooperação<br />

639


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

de Xangai relativo ao Esta<strong>do</strong> Receptor <strong>do</strong> Secretaria<strong>do</strong>, concluí<strong>do</strong> em Tachkent, em 17 de<br />

Junho de 2004<br />

111. Acor<strong>do</strong> relativo aos Privilégios e Imunidades da Organização Internacional de Energia<br />

de Fusão ITER para a Realização Conjunta <strong>do</strong> Projecto ITER, feito em Paris, em 21 de<br />

Novembro de 2006<br />

112. Acor<strong>do</strong> entre o Governo da República Popular da China e o Comité <strong>do</strong>s Tufões relativo<br />

ao Esta<strong>do</strong> Receptor <strong>do</strong> Secretaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Comité <strong>do</strong>s Tufões, feito em Manila, em 7 de<br />

Dezembro de 2006<br />

VIII – Saúde<br />

113. Regulamento relativo à Nomenclatura das Doenças, Traumatismos e Causas de Morte<br />

da Organização Mundial de Saúde, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Genebra, em 22 de Maio de 1967 (10.ª<br />

Revisão da Lista da Classificação Internacional de Doenças, de 17 de Maio de 1990 (CID-<br />

-10))<br />

114. Regulamento de Saúde Internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS), a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong><br />

em Bóston, em 25 de Julho de 1969; tal como altera<strong>do</strong> pela 26.ª Assembleia Mundial de<br />

Saúde, em 1973 e pela 34.ª Assembleia Mundial de Saúde, em 1981 e revisto pela 58.ª<br />

Assembleia Mundial de Saúde, em 23 de Maio de 2005 (RSI-2005)<br />

115. Convenção Quadro da Organização Mundial de Saúde para o Controlo <strong>do</strong> Tabaco,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 21 de Maio de 2003<br />

IX – Direitos Humanos<br />

116. Convenção relativa à Escravatura, assinada em Genebra, em 25 de Setembro de 1926<br />

117. Convenção para a Prevenção e Punição <strong>do</strong> Crime de Genocídio, a<strong>do</strong>ptada em Paris, em 9<br />

de Dezembro de 1948<br />

118. Convenção para a Supressão <strong>do</strong> Tráfico de Pessoas e da Exploração da Prostituição de<br />

Outrem, a<strong>do</strong>ptada em Lake Success, Nova Iorque, em 2 de Dezembro de 1949<br />

119. Convenção relativa ao Estatuto <strong>do</strong>s Refugia<strong>do</strong>s, assinada em Genebra, em 28 de Julho de<br />

1951<br />

120. Protocolo relativo ao Estatuto <strong>do</strong> Refugia<strong>do</strong>, concluí<strong>do</strong> em Nova Iorque, em 31 de Janeiro<br />

de 1967<br />

121. Convenção Suplementar relativa à Abolição da Escravatura, <strong>do</strong> Tráfico de Escravos e das<br />

Instituições e Práticas Análogas à Escravatura, assinada em Genebra, em 7 de Setembro<br />

de 1956<br />

122. Convenção de Paris contra a Discriminação no Campo <strong>do</strong> Ensino, a<strong>do</strong>ptada em Paris, em<br />

14 de Dezembro de 1960<br />

123. Convenção Internacional sobre Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em 21 de Dezembro de 1965; tal como alterada pela<br />

124. Emenda ao Artigo 8.° da Convenção Internacional sobre Eliminação de Todas as Formas<br />

640


Apêndices<br />

de Discriminação Racial, a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em 15 de Janeiro de 1992<br />

125. Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Nova Iorque, em 16<br />

de Dezembro de 1966<br />

126. Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Nova<br />

Iorque, em 16 de Dezembro de 1966<br />

127. Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra<br />

as Mulheres, a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em 18 de Dezembro de 1979; tal como alterada<br />

pela<br />

128. Emenda ao Artigo 20.°, n.° 1, da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas<br />

as Formas de Discriminação Contra as Mulheres, a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em 22 de<br />

Dezembro de 1995<br />

129. Convenção contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou<br />

Degradantes, a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em 10 de Dezembro de 1984; tal como alterada<br />

pelas<br />

130. Emendas aos Artigos 17.°, n.° 7 e 18.°, n.° 5, da Convenção contra a Tortura e Outras<br />

Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes, a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque,<br />

em 8 de Setembro de 1992<br />

131. Convenção sobre os Direitos da Criança, a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em 20 de Novembro<br />

de 1989; tal como alterada pela<br />

132. Emenda ao Artigo 43.°, n.° 2, da Convenção sobre os Direitos da Criança, a<strong>do</strong>ptada em<br />

Nova Iorque, em 12 de Dezembro de 1995<br />

133. Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo à Venda de<br />

Crianças, à Prostituição Infantil e à Pornografia Infantil, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Nova Iorque, em<br />

25 de Maio de 2000<br />

134. Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos da Criança relativo ao Envolvimento<br />

de Crianças em Conflictos Arma<strong>do</strong>s, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Nova Iorque, em 25 de Maio de 2000<br />

135. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em<br />

13 de Dezembro de 2006<br />

X – Propriedade Intelectual<br />

136. Convenção de Paris para a Protecção da Propriedade Industrial, concluída em Paris, em<br />

20 de Março de 1883, tal como revista pelo Acto de Estocolmo, de 14 de Julho de 1967 e<br />

alterada em 2 de Outubro de 1979 (Convenção de Paris)<br />

137. Convenção de Berna para Protecção das Obras Literárias e Artísticas, de 9 de Setembro<br />

de 1886, tal como revista pelo Acto de Paris, em 24 de Julho de 1971 e emendada em 28<br />

de Setembro de 1979 (Convenção de Berna)<br />

138. Convenção Universal sobre o Direito de Autor, a<strong>do</strong>ptada em Genebra em 6 de Setembro<br />

de 1952, tal como revista pelo Acto de Paris de 24 de Julho de 1971<br />

139. Acor<strong>do</strong> de Nice relativo à Classificação Internacional <strong>do</strong>s Produtos e Serviços aos Quais<br />

se Aplicam as Marcas de Fábrica ou de Comércio, concluí<strong>do</strong> em Nice, em 15 de Junho de<br />

641


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

1957, tal como revisto em Estocolmo em 14 de Julho de 1967 e em Genebra, em 13 de<br />

Maio 1977 e emenda<strong>do</strong> em 28 de Setembro de 1979 (Acor<strong>do</strong> de Nice) (9.ª Edição da<br />

Classificação Internacional <strong>do</strong>s Produtos e Serviços aos Quais se Aplicam as Marcas de<br />

Fábrica ou de Comércio, a<strong>do</strong>ptada pelo Comité de Peritos da União de Nice, nas suas 19.ª<br />

e 20.ª Sessões, realizadas, respectivamente, de 2 a 10 de Outubro de 2003 e de 10 a 14<br />

de Outubro de 2005)<br />

XI – Crime Internacional<br />

140. Convenção referente às Infracções e a Certos Outros Actos Cometi<strong>do</strong>s a Bor<strong>do</strong> de<br />

Aeronaves, assinada em Tóquio, em 14 de Setembro de 1963 (Convenção de Tóquio)<br />

141. Convenção para a Repressão da Captura Ilícita de Aeronaves, concluída na Haia, em 16<br />

de Dezembro de 1970 (Convenção de Haia)<br />

142. Convenção para a Repressão de Actos Ilícitos contra a Segurança da Aviação Civil,<br />

concluída em Montreal, em 23 de Setembro de 1971 (Convenção de Montreal)<br />

143. Protocolo para a Repressão de Actos Ilícitos de Violência nos Aeroportos ao Serviço da<br />

Aviação Civil Internacional, complementar à Convenção para a Repressão de Actos Ilícitos<br />

Contra a Segurança da Aviação Civil, concluí<strong>do</strong> em Montreal, em 24 de Fevereiro de 1988<br />

144. Convenção Internacional contra a Tomada de Reféns, a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em 17<br />

de Dezembro de 1979<br />

145. Convenção Internacional para a Repressão de Atenta<strong>do</strong>s Terroristas à Bomba, a<strong>do</strong>ptada<br />

em Nova Iorque, em 15 de Dezembro de 1997<br />

146. Convenção Internacional para a Eliminação <strong>do</strong> Financiamento ao Terrorismo, a<strong>do</strong>ptada<br />

em Nova Iorque, em 9 de Dezembro de 1999<br />

147. Convenção das Nações Unidas contra a Criminalidade Organizada Transnacional,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em 15 de Novembro de 2000 (Convenção de Palermo)<br />

148. Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra a Criminalidade Organizada<br />

Transnacional relativo à Prevenção, à Repressão e à Punição <strong>do</strong> Tráfico de Pessoas, em<br />

especial de Mulheres e Crianças, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Nova Iorque, em 15 de Novembro de 2000<br />

149. Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, a<strong>do</strong>ptada em Nova Iorque, em 31 de<br />

Outubro de 2003<br />

150. Acor<strong>do</strong> de Cooperação Regional para Combater na Ásia a Pirataria e os Assaltos à Mão<br />

Armada contra Navios, concluí<strong>do</strong> em Tóquio, em 11 de Novembro de 2004<br />

XII – Comércio Internacional<br />

151. Acor<strong>do</strong> sobre o Comércio de Aeronaves Civis, feito em Genebra, em 12 de Abril de 1979<br />

152. Acor<strong>do</strong> de Tecnologia de Informação, i.e., Declaração Ministerial da Organização Mundial<br />

<strong>do</strong> Comércio sobre o Comércio de Produtos de Tecnologia de Informação, feita em<br />

Singapura, em 13 de Dezembro de 1996 (ITA)<br />

642


Apêndices<br />

XIII – Trabalho<br />

153. Convenção n.º 1 da OIT Tendente a Limitar a Oito Horas por Dia e a Quarenta e Oito<br />

Horas por Semana o Número de Horas de Trabalho nos Estabelecimentos Industriais,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Washington, em 29 de Outubro de 1919; tal como modificada pela<br />

Convenção relativa à Revisão <strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 1 da OIT)<br />

154. Convenção n.º 6 da OIT sobre o Trabalho Nocturno das Crianças na Indústria, a<strong>do</strong>ptada<br />

em Washington, em 29 de Outubro de 1919; tal como modificada pela Convenção relativa<br />

à Revisão <strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 6 da OIT)<br />

155. Convenção n.º 14 da OIT relativa à Aplicação <strong>do</strong> Descanso Semanal nos Estabelecimentos<br />

Industriais, a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 25 de Outubro de 1921; tal como modificada pela<br />

Convenção relativa à Revisão <strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 14 da OIT)<br />

156. Convenção n.º 17 da OIT sobre Reparação <strong>do</strong>s Desastres no Trabalho, a<strong>do</strong>ptada em<br />

Genebra, em 10 de Junho de 1925; tal como modificada pela Convenção relativa à<br />

Revisão <strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 17 da OIT)<br />

157. Convenção n.º 18 da OIT sobre Reparação das Doenças Profissionais, a<strong>do</strong>ptada em<br />

Genebra, em 10 de Junho de 1925; tal como modificada pela Convenção relativa à<br />

Revisão <strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 18 da OIT)<br />

158. Convenção n.º 19 da OIT sobre Igualdade de Tratamento <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res Estrangeiros<br />

e Nacionais em Matéria de Reparação de Desastres no Trabalho, a<strong>do</strong>ptada em Genebra,<br />

em 5 de Junho de 1925; tal como modificada pela Convenção relativa à Revisão <strong>do</strong>s<br />

Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 19 da OIT)<br />

159. Convenção n.º 22 da OIT relativa ao Contrato de Trabalho <strong>do</strong>s Marítimos, a<strong>do</strong>ptada<br />

em Genebra, em 24 de Junho de 1926; tal como modificada pela Convenção relativa à<br />

Revisão <strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 22 da OIT)<br />

160. Convenção n.º 23 da OIT relativa ao Repatriamento <strong>do</strong>s Marítimos, a<strong>do</strong>ptada em<br />

Genebra, em 23 de Junho de 1926; tal como modificada pela Convenção relativa à<br />

Revisão <strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 23 da OIT)<br />

161. Convenção n.º 26 da OIT sobre os Méto<strong>do</strong>s de Fixação de Salários Mínimos, a<strong>do</strong>ptada<br />

em Genebra, em 16 de Junho de 1928; tal como modificada pela Convenção relativa à<br />

Revisão <strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 26 da OIT)<br />

162. Convenção n.º 27 da OIT sobre a Indicação <strong>do</strong> Peso nos Grandes Volumes Transporta<strong>do</strong>s<br />

em Barco, a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 21 de Junho de 1929; tal como modificada pela<br />

Convenção relativa à Revisão <strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 27 da OIT)<br />

163. Convenção n.º 29 da OIT sobre o Trabalho Força<strong>do</strong> ou Obrigatório, a<strong>do</strong>ptada em Genebra,<br />

em 28 de Junho de 1930; tal como modificada pela Convenção relativa à Revisão <strong>do</strong>s<br />

Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 29 da OIT)<br />

164. Convenção n.º 68 da OIT sobre Alimentação e Serviço de Mesa a Bor<strong>do</strong>, a<strong>do</strong>ptada em<br />

Seattle, em 27 de Junho de 1946; tal como modificada pela Convenção relativa à Revisão<br />

<strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 68 da OIT)<br />

165. Convenção n.º 69 da OIT relativa ao Diploma de Aptidão Profissional <strong>do</strong>s Cozinheiros<br />

643


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

a Bor<strong>do</strong>, a<strong>do</strong>ptada em Seattle, em 27 de Junho de 1946; tal como modificada pela<br />

Convenção relativa à Revisão <strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 69 da OIT)<br />

166. Convenção n.º 73 da OIT relativa ao Exame Médico <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res Marítimos,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Seattle, em 29 de Junho de 1946; tal como modificada pela Convenção<br />

relativa à Revisão <strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 73 da OIT)<br />

167. Convenção n.º 74 da OIT relativa aos Diplomas de Aptidão de Marinheiro Qualifica<strong>do</strong>,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Seattle, em 29 de Junho de 1946; tal como modificada pela Convenção<br />

relativa à Revisão <strong>do</strong>s Artigos Finais, 1946 (Convenção n.º 74 da OIT)<br />

168. Convenção n.º 80 da OIT para a Revisão Parcial das Convenções, a<strong>do</strong>ptada em Montreal,<br />

em 9 de Outubro de 1946 (Convenção n.º 80 da OIT)<br />

169. Convenção n.º 81 da OIT relativa à Inspecção <strong>do</strong> Trabalho na Indústria e no Comércio,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 11 de Julho de 1947 (Convenção n.º 81 da OIT)<br />

170. Convenção n.º 87 da OIT sobre Liberdade Sindical e Protecção <strong>do</strong> Direito Sindical,<br />

a<strong>do</strong>ptada em São Francisco, em 9 de Julho de 1948 (Convenção n.º 87 da OIT)<br />

171. Convenção n.º 88 da OIT relativa à Organização <strong>do</strong> Serviço de Emprego, a<strong>do</strong>ptada em<br />

São Francisco, em 9 de Julho de 1948 (Convenção n.º 88 da OIT)<br />

172. Convenção n.º 92 da OIT relativa ao Alojamento da Tripulação a Bor<strong>do</strong> (revista em<br />

1949), a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 18 de Junho de 1949 (Convenção n.º 92 da OIT)<br />

173. Convenção n.º 98 da OIT sobre o Direito de Organização e Negociação Colectiva,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 1 de Julho de 1949 (Convenção n.º 98 da OIT)<br />

174. Convenção n.º 100 da OIT relativa à Igualdade de Remuneração entre a Mão-de-Obra<br />

Masculina e Mão-de-Obra Feminina, em Trabalho de Igual Valor, a<strong>do</strong>ptada em Genebra,<br />

em 29 de Junho de 1951 (Convenção n.º 100 da OIT)<br />

175. Convenção n.º 105 da OIT sobre a Abolição <strong>do</strong> Trabalho Força<strong>do</strong>, a<strong>do</strong>ptada em Genebra,<br />

em 25 de Junho de 1957 (Convenção n.º 105 da OIT)<br />

176. Convenção n.º 106 da OIT sobre o Descanso Semanal no Comércio e nos Escritórios,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 26 de Junho de 1957 (Convenção n.º 106 da OIT)<br />

177. Convenção n.º 108 da OIT sobre os Documentos de Identificação Nacionais <strong>do</strong>s<br />

Marítimos, a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 13 de Maio de 1958 (Convenção n.º 108 da<br />

OIT)<br />

178. Convenção n.º 111 da OIT, sobre a Discriminação em Matéria de Emprego e Profissão,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 25 de Junho de 1958 (Convenção n.º 111 da OIT)<br />

179. Convenção n.º 115 da OIT relativa à Protecção <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res contra as Radiações<br />

Ionizantes, a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 22 de Junho de 1960 (Convenção n.º 115 da<br />

OIT)<br />

180. Convenção n.º 120 da OIT, sobre Higiene no Comércio e Escritórios, a<strong>do</strong>ptada em<br />

Genebra, em 8 de Julho de 1964 (Convenção n.º 120 da OIT)<br />

181. Convenção n.º 122 da OIT relativa à Política de Emprego, a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 9<br />

de Julho de 1964 (Convenção n.º 122 da OIT)<br />

644


Apêndices<br />

182. Convenção n.º 138 da OIT relativa à Idade Mínima de Admissão ao Emprego, a<strong>do</strong>ptada<br />

em Genebra, em 26 de Junho de 1973 (Convenção n.º 138 da OIT)<br />

183. Convenção n.º 144 da OIT relativa às Consultas Tripartidas Destinadas a Promover a<br />

Execução das Normas Internacionais <strong>do</strong> Trabalho, a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 21 de Junho<br />

de 1976 (Convenção n.º 144 da OIT)<br />

184. Convenção n.º 148 da OIT relativa à Protecção <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res contra os Riscos<br />

Profissionais devi<strong>do</strong>s à Poluição <strong>do</strong> Ar, ao Ruí<strong>do</strong> e às Vibrações nos Locais de Trabalho,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 20 de Junho de 1977 (Convenção n.º 148 da OIT)<br />

185. Convenção n.º 148 da OIT relativa à Protecção <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res Contra os Riscos<br />

Profissionais Devi<strong>do</strong>s à Poluição <strong>do</strong> Ar, ao Ruí<strong>do</strong> e às Vibrações nos Locais de Trabalho,<br />

a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 20 de Junho de 1977 (Convenção n.º 148 da OIT)<br />

186. Convenção n.º 155 da OIT sobre a Segurança, a Saúde <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res e o Ambiente<br />

de Trabalho, a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 22 de Junho de 1981 (Convenção n.º 155 da<br />

OIT)<br />

187. Convenção n.º 167 da OIT sobre a Segurança e a Saúde na Construção, a<strong>do</strong>ptada em<br />

Genebra, em 20 de Junho de 1988 (Convenção n.º 167 da OIT)<br />

188. Convenção n.º 182 da OIT relativa à Interdição das Piores Formas de Trabalho das<br />

Crianças e à Acção Imediata com vista à Sua Eliminação, a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 17<br />

de Junho de 1999 (Convenção n.º 182 da OIT)<br />

XIV – Direito Marítimo<br />

189. Convenção para a Unificação de Certas Regras em Matéria de Abalroação, assinada em<br />

Bruxelas, em 23 de Setembro de 1910<br />

190. Convenção para a Unificação de Certas Regras em Matéria de Assistência e Salvação<br />

Marítima, assinada em Bruxelas, em 23 de Setembro de 1910<br />

191. Convenção Internacional para a Unificação de Certas Regras em Matéria de<br />

Conhecimentos de Carga, assinada em Bruxelas, em 25 de Agosto de 1924<br />

192. Convenção Internacional para a Unificação de Certas Regras relativas à Competência Civil<br />

em Matéria de Abalroação, assinada em Bruxelas, em 10 de Maio de 1952<br />

193. Convenção Internacional para a Unificação de Certas Regras relativas à Competência<br />

Penal em Matéria de Abalroação e Outros Acidentes de Navegação, assinada em Bruxelas,<br />

em 10 de Maio de 1952<br />

194. Convenção Internacional para a Unificação de Certas Regras sobre o Arresto de Navios de<br />

Mar, assinada em Bruxelas, em 10 de Maio de 1952<br />

195. Convenção Internacional sobre o Limite de Responsabilidade <strong>do</strong>s Proprietários <strong>do</strong>s Navios<br />

de Alto Mar, concluída em Bruxelas, em 10 de Outubro de 1957<br />

196. Convenção sobre a Facilitação <strong>do</strong> Tráfego Marítimo Internacional, feita em Londres, em 9<br />

de Abril de 1965 (FAL (amended) 1965); tal como emendada<br />

197. Convenção Internacional sobre as Linhas de Carga, concluída em Londres, em 5 de Abril<br />

645


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

de 1966 (LL 1966)<br />

198. Convenção Internacional sobre a Arqueação <strong>do</strong>s Navios, feita em Londres, em 23 de<br />

Junho de 1969 (TONNAGE 1969)<br />

199. Convenção Internacional sobre a Intervenção no Alto Mar em Caso de Acidente que<br />

Provoque ou Possa Vir a Provocar a Poluição por Hidrocarbonetos, feita em Bruxelas, em<br />

29 de Novembro de 1969 (INTERVENTION 1969)<br />

200. Protocolo de 1973 relativo à Intervenção no Alto Mar em Casos de Poluição por<br />

Substâncias Diferentes <strong>do</strong>s Hidrocarbonetos, feita em Londres, em 2 de Novembro de<br />

1973 (INTERVENTION PROT 1973 amended); tal como emenda<strong>do</strong><br />

201. Convenção sobre o Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar,<br />

concluída em Londres, em 20 de Outubro de 1972 (COLREG/72); tal como emendada<br />

202. Convenção Internacional sobre a Segurança <strong>do</strong>s Contentores, concluída em Genebra, em<br />

2 de Dezembro de 1972 (CSC 1972); tal como emendada<br />

203. Convenção de Atenas sobre o Transporte de Passageiros e Sua Bagagem por Mar, feita<br />

em Atenas, em 13 de Dezembro de 1974 (PAL CONVENTION 1974)<br />

204. Protocolo de 1976 à Convenção de Atenas sobre o Transporte de Passageiros e sua<br />

Bagagem por Mar, 1974, feito em Londres, em 19 de Novembro de 1976 (PAL PROT<br />

1976)<br />

205. Convenção para a Prevenção da Poluição Marinha por Operações de Imersão de Detritos<br />

e Outros Produtos, feita em quadruplica<strong>do</strong> em Londres, Cidade <strong>do</strong> México, Moscovo e<br />

Washington, em 29 de Dezembro de 1972 (LDC/1972); tal como emendada pelas<br />

206. Emendas aos Anexos da Convenção, a<strong>do</strong>ptadas pela 3.ª Reunião Consultiva da<br />

Conferência Inter-governamental das Partes Contratantes, através da Sua Resolução<br />

LDC 5 (III) (relativas à prevenção e ao controlo da poluição por incineração de detritos e<br />

outros produtos no mar), de 12 de Outubro de 1978 (Emendas de 1978 (Incineração));<br />

e pelas<br />

207. Emendas aos Anexos da Convenção, a<strong>do</strong>ptadas pela 5.ª Reunião Consultiva da<br />

Conferência Inter-governamental das Partes Contratantes, através da sua Resolução<br />

LDC 12 (V) (relativas às listas de substâncias <strong>do</strong>s Anexos I e II da Convenção), de 24 de<br />

Setembro de 1980 (Emendas relativas às listas de substâncias)<br />

208. Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, 1974, concluída<br />

em Londres, em 1 de Novembro de 1974 (SOLAS 1974); tal como emendada<br />

209. Protocolo de 1978 relativo à Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida<br />

Humana no Mar de 1974, concluí<strong>do</strong> em Londres, em 17 de Fevereiro de 1978 (Protocolo<br />

SOLAS 1978); tal como emenda<strong>do</strong><br />

210. Protocolo de 1988 relativo à Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida<br />

Humana no Mar de 1974, concluí<strong>do</strong> em Londres, em 11 de Novembro de 1988 (SOLAS<br />

PROT 1988 (HSSC)); tal como emenda<strong>do</strong><br />

211. Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios, concluída em Londres,<br />

em 2 de Novembro de 1973 tal como modificada pelo Protocolo de 1978 a ela relativo,<br />

646


Apêndices<br />

feito em Londres, em 17 de Fevereiro de 1978 (MARPOL 1973/1978); tal como<br />

emendada; e<br />

212. Anexo III da Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios, 1973,<br />

tal como modificada pelo Protocolo de 1978 a ela relativo: Regras para a Prevenção da<br />

Poluição por Substâncias Prejudiciais transportadas por Via Marítima em Embalagens,<br />

Contentores, Tanques Portáteis, Camiões-tanques e Vagões-cisternas, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em 17<br />

de Fevereiro de 1978 (Anexo III da MARPOL 1973/1978)<br />

213. Anexo IV da Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios, 1973,<br />

tal como modificada pelo Protocolo de 1978 a ela relativo: Regras para a Prevenção da<br />

Poluição por Esgotos Sanitários <strong>do</strong>s Navios, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em 17 de Fevereiro de 1978 (Anexo<br />

IV da MARPOL 1973/1978)<br />

214. Anexo V da Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios, 1973,<br />

tal como modificada pelo Protocolo de 1978 a ela relativo: Regras para a Prevenção<br />

da Poluição por Lixo <strong>do</strong>s Navios, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em 17 de Fevereiro de 1978 (Anexo V da<br />

MARPOL 1973/1978)<br />

215. Protocolo de 1997 de Emenda a Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição<br />

por Navios, 1973, tal como modificada pelo Protocolo de 1978 a ela relativo, feito em<br />

Londres, em 26 de Setembro de 1997 (MARPOL PROT 1997)<br />

216. Convenção Internacional sobre Normas de Formação, de Certificação e de Serviço de<br />

Quartos para os Marítimos, concluída em Londres, em 7 de Julho de 1978 (STCW<br />

1978); tal como emendada<br />

217. Convenção Internacional sobre Busca e Salvação Marítima, feita em Hamburgo, em 27 de<br />

Abril de 1979 (SAR 1979)<br />

218. Convenção Internacional sobre Salvação Marítima, feita em Londres, em 28 de Abril de<br />

1989 (SALVAGE 1989)<br />

219. Convenção Internacional sobre a Preparação, o Combate e a Cooperação em Matéria de<br />

Poluição por Hidrocarbonetos (e Anexo), feita em Londres, em 30 de Novembro de 1990<br />

(OPRC 1990)<br />

220. Protocolo que Altera a Convenção Internacional sobre a Responsabilidade Civil por<br />

Prejuízos devi<strong>do</strong>s à Poluição por Hidrocarbonetos, 1969, feito em Londres, em 27 de<br />

Novembro de 1992 (CLC PROT 1992)<br />

XV – Direito Internacional Priva<strong>do</strong><br />

221. Convenção relativa ao Processo Civil, concluída na Haia, em 1 de Março de 1954<br />

222. Convenção relativa à Lei Aplicável em Matéria de Prestação de Alimentos a Menores,<br />

concluída na Haia, em 24 de Outubro de 1956<br />

223. Convenção sobre o Reconhecimento e Execução de Decisões em Matéria de Prestação de<br />

Alimentos a Menores, concluída na Haia, em 15 de Abril de 1958<br />

224. Convenção sobre o Reconhecimento e Execução de Sentenças Arbitrais Estrangeiras,<br />

concluída em Nova Iorque, em 10 de Junho de 1958<br />

647


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

225. Convenção relativa à Competência das Autoridades e à Lei Aplicável em Matéria de<br />

Protecção de Menores, concluída na Haia, em 5 de Outubro de 1961<br />

226. Convenção relativa à Supressão da Exigência da Legalização <strong>do</strong>s Actos Públicos<br />

Estrangeiros, concluída na Haia, em 5 de Outubro de 1961<br />

227. Convenção relativa à Citação e à Notificação no Estrangeiro de Actos Judiciais e<br />

Extrajudiciais em Matérias Civil e Comercial, concluída na Haia, em 15 de Novembro de<br />

1965<br />

228. Convenção sobre a Obtenção de Provas no Estrangeiro em Matéria Civil ou Comercial,<br />

concluída na Haia, em 18 de Março de 1970<br />

229. Convenção sobre os Aspectos Civis <strong>do</strong> Rapto Internacional de Crianças, concluída na<br />

Haia, em 25 de Outubro de 1980<br />

230. Convenção relativa à Protecção das Crianças e à Cooperação em Matéria de A<strong>do</strong>pção<br />

Internacional, concluída na Haia, em 29 de Maio de 1993<br />

XVI – Trânsito Ro<strong>do</strong>viário<br />

231. Convenção sobre Trânsito Ro<strong>do</strong>viário, feita em Genebra, em 19 de Setembro de 1949<br />

232. Acor<strong>do</strong> relativo ao Estabelecimento de Regulamentos Técnicos Mundiais Aplicáveis aos<br />

Veículos de Rodas, Equipamentos e Peças Susceptíveis de Serem Montadas ou Utilizadas<br />

em Veículos de Rodas, feito em Genebra, em 25 de Junho de 1998<br />

XVII – Telecomunicações e Correios<br />

233. Convenção Internacional para a Protecção <strong>do</strong>s Cabos Submarinos, assinada em Paris, em<br />

14 de Março de 1884, tal como emendada pela Declaração de 1 de Dezembro de 1886 e<br />

pelo Protocolo de 7 de Julho de 1887<br />

234. Regulamento das Radiocomunicações e Protocolo Final, incorpora<strong>do</strong>s nos actos finais da<br />

Conferência Administrativa mundial das Radiocomunicações, feitos em Genebra, em 6 de<br />

Dezembro de 1979, tal como revisto em 4 de Julho de 2003 (WRC-03)<br />

235. Acor<strong>do</strong> Internacional sobre a Utilização de Estações Terrenas de Navio da INMARSAT nos<br />

Limites <strong>do</strong> Mar Territorial e nos Portos, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Londres, em 16 de Outubro de 1985<br />

236. Regulamento das Telecomunicações Internacionais, feito em Melbourne, em 9 de<br />

Dezembro de 1988 (WATTC-88)<br />

237. Regulamento Geral da União Postal Universal, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> respectivamente em Beijing, em<br />

15 Setembro de 1999 e em Bucareste, em 5 de Outubro de 2004<br />

238. Convenção Postal Universal e o seu Protocolo Final, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> respectivamente em<br />

Beijing, em 15 Setembro de 1999 e em Bucareste, em 5 de Outubro de 2004<br />

239. Acor<strong>do</strong> referente aos Serviços de Pagamento <strong>do</strong> Correio, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> respectivamente em<br />

Beijing, em 15 Setembro de 1999 e em Bucareste, em 5 de Outubro de 2004<br />

240. Acor<strong>do</strong> de Exploração relativo à Organização Internacional de Telecomunicações por<br />

648


Apêndices<br />

Satélite, de 20 de Agosto de 1971, tal como altera<strong>do</strong><br />

XVIII - Trata<strong>do</strong>s Constitutivos de Organizações<br />

Internacionais Governamentais<br />

241. (ILO/OIT)<br />

Constituição da Organização Internacional <strong>do</strong> Trabalho, a<strong>do</strong>ptada em Versalhes, em 29<br />

de Junho de 1919, tal como emendada<br />

242. (UNESCO)<br />

Convenção que Constitui a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e<br />

Cultura, assinada em Londres em 16 de Novembro de 1945, tal como emendada<br />

243. (IMF/FMI)<br />

Estatutos <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Monetário Internacional (Anexo A <strong>do</strong> Acto Final da Conferência<br />

Monetária e Financeira das Nações Unidas), feitos em Bretton Woods, New Hampshire,<br />

em 22 de Julho de 1944 e assina<strong>do</strong>s em Washington, em 27 de Dezembro de 1945, tal<br />

como emenda<strong>do</strong>s<br />

244. (BIRD)<br />

Estatutos <strong>do</strong> Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Anexo B <strong>do</strong><br />

Acto Final da Conferência Monetária e Financeira das Nações Unidas), feitos em Bretton<br />

Woods, New Hampshire, em 22 de Julho de 1944 e assina<strong>do</strong>s em Washington, em 27 de<br />

Dezembro de 1945, tal como emenda<strong>do</strong>s<br />

245. (WHO/OMS)<br />

Constituição da Organização Mundial de Saúde, assinada em Nova Iorque, em 22 de<br />

Julho de 1946, tal como emendada<br />

246. (OMM)<br />

Convenção da Organização Meteorológica Mundial (com Anexos e Protocolo relativo à<br />

Espanha), concluída em Washington, em 11 de Outubro de 1947, tal como emendada<br />

247. (IMO/OMI)<br />

Convenção da Organização Marítima Internacional, a<strong>do</strong>ptada em Genebra, em 6 de Março<br />

de 1948, tal como emendada<br />

248. (CCA/OMA)<br />

Convenção para a Criação de um Conselho de Cooperação Aduaneira, feita em Bruxelas,<br />

em 15 de Dezembro de 1950<br />

249. (HCCH/Conferência de HAIA)<br />

Estatuto da Conferência de Haia de Direito Internacional Priva<strong>do</strong>, a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> na Haia, em<br />

31 de Outubro de 1951, tal como altera<strong>do</strong> pelas<br />

649


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

250. Emendas ao Estatuto da Conferência de Haia de Direito Internacional Priva<strong>do</strong>, a<strong>do</strong>ptadas<br />

na Haia, em 30 de Junho de 2005<br />

251. (INTERPOL)<br />

Constituição e Regulamento Geral da Organização da Polícia Criminal Internacional,<br />

a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>s em Viena, em 13 de Junho de 1956, tal como emenda<strong>do</strong>s<br />

252. (UPU)<br />

Constituição da União Postal Universal, feita em Viena, em 10 de Julho de 1964, tal como<br />

emendada pelos Protocolos Adicionais de 1969, 1974, 1984, 1989, 1994, 1999 e 2004<br />

253. (IPO/OMPI)<br />

Convenção que Institui a Organização Mundial da Propriedade Intelectual, assinada em<br />

Estocolmo, em 14 de Julho de 1967, tal como emendada<br />

254. (OMT)<br />

Estatutos da Organização Mundial <strong>do</strong> Turismo e respectivo Anexo (Regulamento<br />

Financeiro), a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong>s na Cidade <strong>do</strong> México, em 27 de Setembro de 1970, tal como<br />

emenda<strong>do</strong>s<br />

255. (Anteriormente INTELSAT, presentemente ITSO) (* 2 )<br />

Acor<strong>do</strong> relativo à Organização Internacional de Telecomunicações por Satélite, feito em<br />

Washington, em 20 de Agosto de 1971; tal como altera<strong>do</strong><br />

256. (APT)<br />

Constituição da Telecomunidade da Ásia e Pacífico, a<strong>do</strong>ptada em Banguecoque, em 27 de<br />

Março de 1976; tal como emendada<br />

257. (Anteriormente INMARSAT, presentemente IMSO) (* 3 )<br />

Convenção da Organização Internacional de Comunicações Móveis Via Satélite, a<strong>do</strong>ptada<br />

em Londres, em 3 de Setembro de 1976; tal como emendada<br />

258. (AIBD)<br />

Acor<strong>do</strong> que Estabelece o Instituto da Ásia Pacífico para o Desenvolvimento da Teledifusão,<br />

a<strong>do</strong>pta<strong>do</strong> em Kuala Lumpur, em 12 de Agosto de 1977; tal como emenda<strong>do</strong> em 21 de<br />

Julho de 1999<br />

(* 2 ) Por virtude das emendas relativas ao Acor<strong>do</strong> relativo à Organização e ao respectivo Acor<strong>do</strong><br />

de Exploração, a<strong>do</strong>ptadas pela 25.ª Assembleia de Partes da INTELSAT, em 17/11/2000, que<br />

entraram em vigor em 30/11/2004 (muito embora tivessem vin<strong>do</strong> a ser aplicadas provisoriamente<br />

desde 18/7/2001), uma parte da INTELSAT foi privatizada e a organização passou a utilizar o<br />

acrónimo ITSO.<br />

(* 3 ) Por virtude das alterações à Convenção a<strong>do</strong>ptadas, pela 12.ª Assembleia de Partes da INMARSAT,<br />

em 24/4/1998, que entraram em vigor para todas as Partes Contratantes em 31/7/2001 (muito<br />

embora tivessem vin<strong>do</strong> a ser aplicadas provisoriamente, por decisão da Assembleia da INMARSAT,<br />

desde 15/4/1999), uma parte da INMARSAT foi privatizada, ten<strong>do</strong> a organização passa<strong>do</strong> a<br />

utilizar o acrónimo IMSO. Em 31/7/2001, cessou igualmente a vigência <strong>do</strong> respectivo Acor<strong>do</strong> de<br />

Exploração.<br />

650


Apêndices<br />

259. (APDC) (CCDAP) (* 4 )<br />

Carta <strong>do</strong> Centro de Desenvolvimento da Ásia e Pacífico, a<strong>do</strong>ptada em 1 de Abril de 1982 e<br />

aberta para assinatura, em Banguecoque, em 1 de Setembro de 1982 a 30 de Abril de 1983<br />

260. (ICGEB)<br />

Estatutos <strong>do</strong> Centro Internacional de Engenharia Genética e Biotecnologia, feitos em<br />

Madrid em 13 de Setembro de 1983<br />

261. Protocolo relativo aos Estatutos <strong>do</strong> Centro Internacional de Engenharia Genética e<br />

Biotecnologia que Estabelece a Sede <strong>do</strong> Centro, feito em Trieste em 24 de Outubro de 2007<br />

262. (ITCB)<br />

Acor<strong>do</strong> para a Criação da Repartição Internacional <strong>do</strong>s Têxteis e Confecções, feito em<br />

Genebra, em 21 de Maio de 1984<br />

263. (APPU)<br />

Constituição e Convenção da União Postal da Ásia Pacífico e Seu Protocolo Final, feita em<br />

Banguecoque, em 4 de Dezembro de 1985; tal como emendada<br />

264. (ITU/UIT)<br />

Convenção e Constituição da União Internacional de Telecomunicações, feitas em<br />

Genebra, em 22 de Dezembro de 1992; tal como emendadas<br />

265. (OMC)<br />

Acor<strong>do</strong> de Marrakech que cria a Organização Mundial de Comércio e Acto Final, concluí<strong>do</strong><br />

em Marrakech, em 15 de Abril de 1994<br />

266. (SCO)<br />

Convenção relativa ao Estabelecimento da Organização de Cooperação de Xangai, feita<br />

em Sgts. Petersburg, em 7 de Junho de 2002<br />

Protocolo relativo à Alteração da Convenção relativa ao Estabelecimento da Organização<br />

de Cooperação de Xangai, feito em Xangai, em 15 de Junho de 2006<br />

267. (APSCO)<br />

Convenção da Organização da Ásia-Pacifico para a Cooperação Espacial, feita em Pequim,<br />

em 28 de Outubro de 2005<br />

268. (ITER)<br />

Acor<strong>do</strong> sobre o Estabelecimento da Organização Internacional de Energia de Fusão ITER<br />

para a Realização Conjunta <strong>do</strong> Projecto ITER, feito em Paris, aos 21 de Novembro de 2006<br />

Fonte: Gabinete para os Assuntos <strong>do</strong> Direito Internacional<br />

(* 4 ) Na Décima Oitava Sessão <strong>do</strong> Conselho Geral da APDC, realizada em 5-6 Novembro de 2002,<br />

foi proposta uma Resolução relativa à Recomendação de Dissolução da APDC (ver Documento<br />

GC/19/03-7). Nos termos <strong>do</strong> Artigo XV da Carta da APDC, é necessária uma maioria de <strong>do</strong>is terços<br />

para a dissolução.<br />

651


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XII. Lista das Condecorações, Medalhas e<br />

Certifica<strong>do</strong>s de Mérito Conferi<strong>do</strong>s pelo<br />

Governo da RAEM no <strong>Ano</strong> de 2010<br />

A cerimónia de imposição de medalhas e títulos honoríficos da RAEM teve lugar no<br />

dia 28 de Janeiro de 2011 no Centro Cultural de <strong>Macau</strong>. O Chefe <strong>do</strong> Executivo, Chui<br />

Sai On, conferiu medalhas e títulos honoríficos a 38 entidades e individualidades em<br />

reconhecimento de serviços excepcionais presta<strong>do</strong>s à RAEM.<br />

MEDALHAS DE HONRA<br />

Medalhas de Honra Grande Lótus<br />

Ho Hau Wah<br />

Medalhas de Honra Lótus de Ouro<br />

António Ferreira<br />

Medalhas de Honra Lótus de Prata<br />

Io Hong Meng<br />

MEDALHAS DE MÉRITO<br />

Medalhas de Mérito Profissional<br />

Vong Hin Fai<br />

Rui Teixeira Freitas<br />

Lai Ieng Kit<br />

Medalhas de Mérito Industrial e Comercial<br />

Wong Pan Seng<br />

Lou Cheok Weng<br />

José Tang Kuan Meng<br />

Banco da China, Sucursal de <strong>Macau</strong><br />

652


Apêndices<br />

Medalhas de Mérito Turístico<br />

João Manuel Costa Antunes<br />

Kou Pui Kei<br />

Medalhas de Mérito Educativo<br />

Ho Sio Kam<br />

Cheung Yung Sau<br />

Man Kuan<br />

Teresa Kwan Kit Mui<br />

Medalhas de Mérito Cultural<br />

Chan Wai Fai<br />

Lio Chi Heng<br />

Medalhas de Mérito Altruístico<br />

Fun<strong>do</strong> de Beneficência <strong>do</strong>s Leitores <strong>do</strong> Jornal Ou Mun<br />

Associação Promotora de Enfermagem de <strong>Macau</strong><br />

Medalhas de Mérito Desportivo<br />

Lam Fai Hong<br />

Ma Iao Hang<br />

Mok Kuok Heng<br />

MEDALHAS DE SERVIÇOS DISTINTOS<br />

Medalhas de Dedicação<br />

Lei Kin Fong<br />

Chan Vicente Man Chung<br />

Medalhas de Serviços Comunitários<br />

Charles Chen Chien Ying<br />

Sam Iok Ha<br />

Chan Kok Chun<br />

Lao Mui Kuai<br />

653


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

TÍTULOS HONORÍFICOS<br />

Títulos Honoríficos de Prestígio<br />

Sun Shabo<br />

Xu Aoao<br />

Títulos Honoríficos de Valor<br />

U Seng Pan<br />

Lei Kuong Cheong<br />

Chao Man Hou<br />

Choi Sut Ian<br />

Leong Ka Weng<br />

Wong Weng Man<br />

Equipa de <strong>Macau</strong> no Concurso de Matemática <strong>do</strong> Ensino Secundário<br />

Complementar nos EUA<br />

654


Apêndices<br />

XIII. PROJECTO DO ORÇAMENTO DAS RECEITAS E DESPESAS PARA O ANO ECONÓMICO DE <strong>2012</strong><br />

- SÍNTESE -<br />

DESIGNAÇÃO DA RECEITA Or/<strong>2012</strong> Proposta<br />

Receita Ordinária Integrada <strong>do</strong> Governo<br />

RECEITAS CORRENTES<br />

01 - Impostos directos<br />

02 - Impostos indirectos<br />

03 - Taxas, multas e outras penalidades<br />

04 - Rendimentos da propriedade<br />

05 - Transferências<br />

06 - Venda de bens dura<strong>do</strong>uros<br />

07 - Venda de serviços e bens não dura<strong>do</strong>uros<br />

08 - Outras receitas correntes<br />

RECEITAS DE CAPITAL<br />

09 - Venda de bens de investimento<br />

10 - Transferências<br />

11 - Activos financeiros<br />

13 - Outras receitas de capital<br />

14 - Reposições não abatidas nos pagamentos<br />

Receita Ordinária Integrada <strong>do</strong> Governo<br />

Rendimentos <strong>do</strong>s Organismos Especiais<br />

11-00 Receitas legais e transferências <strong>do</strong> OR<br />

12-00 Réditos de vendas e de prestações de serviços<br />

13-00 Rendimentos de aplicações financeiras e de<br />

investimentos<br />

14-00 Outros rendimentos<br />

Agrega<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Rendimentos <strong>do</strong>s Organismos Especiais<br />

Ajustamento<br />

Receita Global<br />

102.958.837.100,00<br />

91.009.466.000,00<br />

2.499.571.700,00<br />

1.279.780.200,00<br />

1.886.515.800,00<br />

5.148.732.400,00<br />

1.750.200,00<br />

902.998.500,00<br />

230.022.300,00<br />

6.100.893.200,00<br />

124.292.700,00<br />

1.000,00<br />

243.753.000,00<br />

5.714.305.900,00<br />

18.540.600,00<br />

109.059.730.300,00<br />

3.902.593.300,00<br />

172.653.600,00<br />

2.125.084.600,00<br />

60.239.100,00<br />

6.260.570.600,00<br />

101.699.300,00<br />

115.218.601.600,00<br />

DESIGNAÇÃO DA DESPESA Or/<strong>2012</strong> Proposta<br />

Despesa Ordinária Integrada <strong>do</strong> Governo<br />

01-01 Governo da RAEM<br />

01-02 Gabinete <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Executivo<br />

01-03 Conselho Executivo<br />

01-06 Gabinete da Secretária para a Administração e Justiça<br />

01-07 Gabinete <strong>do</strong> Secretário para a Economia e Finanças<br />

01-08 Gabinete <strong>do</strong> Secretário para a Segurança<br />

01-09 Gabinete <strong>do</strong> Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura<br />

01-10 Gabinete <strong>do</strong> Secretário para os Transportes e Obras Públicas<br />

01-12 Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong>, em Lisboa<br />

01-13 Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong>, junto da União Europeia, em Bruxelas<br />

01-15 Delegação da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong> em Pequim<br />

01-17 Delegação Económica e Comercial de <strong>Macau</strong>, junto da Organização Mundial <strong>do</strong> Comércio<br />

01-19 Gabinete para a Protecção de Da<strong>do</strong>s Pessoais<br />

01-20 Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas<br />

01-21 Gabinete para o Desenvolvimento <strong>do</strong> Sector Energético<br />

01-22 Gabinete de Apoio ao Secretaria<strong>do</strong> Permanente <strong>do</strong> Fórum para a Cooperação<br />

Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa<br />

01-23 Gabinete de Informação Financeira<br />

01-24 Gabinete para os Recursos Humanos<br />

01-25 Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes<br />

01-28 Gabinete de Estu<strong>do</strong> das Políticas <strong>do</strong> Governo da Região Administrativa Especial<br />

de <strong>Macau</strong><br />

01-29 Delegação Económica e Cultural de <strong>Macau</strong><br />

03-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Administração e Função Pública<br />

05-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Educação e Juventude<br />

07-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Estatística e Censos<br />

08-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Regulação de Telecomunicações<br />

09-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Finanças<br />

11-00 Pensões e Reformas<br />

12-00 Despesas Comuns<br />

13-00 Gabinete de Apoio ao Ensino Superior<br />

14-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos de Tráfego<br />

16-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços da Reforma Jurídica e <strong>do</strong> Direito Internacional<br />

18-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Identificação<br />

19-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Economia<br />

20-00 Estabelecimento Prisional de <strong>Macau</strong><br />

21-00 Serviços de Alfândega da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

22-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços Meteorológicos e Geofísicos<br />

23-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Turismo<br />

24-00 Gabinete de Comunicação Social<br />

25-00 Serviços de Polícia Unitários<br />

26-00 Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos<br />

27-00 Capitania <strong>do</strong>s Portos<br />

28-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços das Forças de Segurança de <strong>Macau</strong><br />

29-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços para os Assuntos Laborais<br />

30-00 Conselho <strong>do</strong>s Magistra<strong>do</strong>s Judiciais<br />

31-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Cartografia e Cadastro<br />

32-00 Polícia Judiciária<br />

33-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Protecção Ambiental<br />

34-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Assuntos de Justiça<br />

35-00 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes<br />

37-00 Instituto <strong>do</strong> Desporto<br />

38-00 Instituto Cultural<br />

40-00 Investimentos <strong>do</strong> Plano<br />

50-00 Contas de Ordem - Consignações, Comparticipações e Transferências Orçamentais<br />

50-03 Fun<strong>do</strong> de Acção Social Escolar<br />

13.850.000,00<br />

252.694.400,00<br />

26.482.000,00<br />

36.755.100,00<br />

39.805.400,00<br />

25.373.500,00<br />

181.667.700,00<br />

57.719.500,00<br />

16.440.000,00<br />

6.210.000,00<br />

26.686.100,00<br />

11.817.800,00<br />

28.582.900,00<br />

84.628.700,00<br />

31.399.400,00<br />

96.841.500,00<br />

20.175.500,00<br />

45.123.500,00<br />

33.466.100,00<br />

32.566.200,00<br />

28.809.200,00<br />

377.518.500,00<br />

3.200.698.800,00<br />

151.964.500,00<br />

81.807.700,00<br />

334.316.000,00<br />

28.398.900,00<br />

13.691.170.100,00<br />

124.841.100,00<br />

1.096.388.400,00<br />

91.692.000,00<br />

196.680.700,00<br />

159.295.200,00<br />

340.295.700,00<br />

461.153.000,00<br />

66.163.800,00<br />

205.009.000,00<br />

104.147.200,00<br />

35.663.500,00<br />

192.156.500,00<br />

468.465.700,00<br />

2.765.277.500,00<br />

375.883.600,00<br />

620.000,00<br />

65.108.500,00<br />

743.568.500,00<br />

153.927.300,00<br />

210.886.200,00<br />

287.206.000,00<br />

130.560.000,00<br />

246.115.100,00<br />

19.842.769.700,00<br />

64.555.300,00<br />

326.714.900,00<br />

A transportar ……… 115.218.601.600,00<br />

A transportar ……… 47.718.113.400,00<br />

655


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

PROJECTO DO ORÇAMENTO DAS RECEITAS E DESPESAS PARA O ANO ECONÓMICO DE <strong>2012</strong><br />

- SÍNTESE -<br />

(Cont.)<br />

DESIGNAÇÃO DA RECEITA Or/<strong>2012</strong> Proposta<br />

DESIGNAÇÃO DA DESPESA Or/<strong>2012</strong> Proposta<br />

Transporte……… 115.218.601.600,00<br />

50-04 Fun<strong>do</strong> para Bonificações <strong>do</strong> Crédito à Habitação<br />

50-05 Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização<br />

50-06 Fun<strong>do</strong> de Turismo<br />

50-07 Instituto de Acção Social<br />

50-10 Obra Social da Polícia Judiciária<br />

50-11 Obra Social da Polícia de Segurança Pública<br />

50-16 Cofre <strong>do</strong>s Assuntos de Justiça<br />

50-17 Imprensa Oficial<br />

50-20 Fun<strong>do</strong> de Segurança Social<br />

50-21 Fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> Estabelecimento Prisional de <strong>Macau</strong><br />

50-23 Instituto de Habitação<br />

50-25 Autoridade de Aviação Civil<br />

50-26 Instituto de Promoção <strong>do</strong> Comércio e <strong>do</strong> Investimento de <strong>Macau</strong><br />

50-27 Comissaria<strong>do</strong> contra a Corrupção<br />

50-28 Serviços de Saúde<br />

50-29 Universidade de <strong>Macau</strong><br />

50-31 Instituto Politécnico de <strong>Macau</strong><br />

50-32 Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Desportivo<br />

50-33 Fun<strong>do</strong> de Cultura<br />

50-35 Conselho de Consumi<strong>do</strong>res<br />

50-36 Instituto de Formação Turística<br />

50-37 Fun<strong>do</strong> Social da Administração Pública de <strong>Macau</strong><br />

50-39 Obra Social <strong>do</strong> Corpo de Bombeiros<br />

50-41 Comissaria<strong>do</strong> da Auditoria<br />

50-42 Gabinete <strong>do</strong> Procura<strong>do</strong>r<br />

50-43 Gabinete <strong>do</strong> Presidente <strong>do</strong> Tribunal de Última Instância<br />

50-44 Assembleia Legislativa<br />

50-46 Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais<br />

50-47 Obra Social <strong>do</strong>s Serviços de Alfândega<br />

50-48 Fun<strong>do</strong> para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia<br />

50-49 Obra Social da Capitania <strong>do</strong>s Portos<br />

50-50 Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento e Apoio à Pesca<br />

50-51 Fun<strong>do</strong> de Reparação Predial<br />

50-52 Fun<strong>do</strong> de Desenvolvimento Educativo<br />

50-53 Fun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Pandas<br />

50-54 Fun<strong>do</strong> para a Protecção Ambiental e a Conservação Energética<br />

Transporte………<br />

Despesa Ordinária Integrada <strong>do</strong> Governo<br />

Gastos <strong>do</strong>s Organismos Especiais<br />

50-15 Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Correios<br />

50-15 Caixa Económica Postal<br />

50-18 Fun<strong>do</strong> de Pensões<br />

50-22 Autoridade Monetária de <strong>Macau</strong><br />

50-34 Fun<strong>do</strong> de Garantia Automóvel e Marítimo<br />

50-45 Fundação <strong>Macau</strong><br />

47.718.113.400,00<br />

42.795.300,00<br />

1.285.841.000,00<br />

832.500.000,00<br />

1.830.252.800,00<br />

6.050.200,00<br />

31.239.000,00<br />

172.000.000,00<br />

65.885.000,00<br />

8.779.201.400,00<br />

7.441.700,00<br />

278.353.000,00<br />

57.397.100,00<br />

397.655.000,00<br />

238.560.000,00<br />

4.088.710.000,00<br />

1.149.397.900,00<br />

582.579.200,00<br />

524.463.000,00<br />

420.000.000,00<br />

49.488.000,00<br />

219.038.400,00<br />

24.120.000,00<br />

6.612.000,00<br />

96.990.000,00<br />

298.060.000,00<br />

350.057.000,00<br />

109.800.000,00<br />

1.816.854.000,00<br />

3.735.500,00<br />

206.953.200,00<br />

2.632.700,00<br />

80.000.000,00<br />

508.530.000,00<br />

552.839.200,00<br />

6.960.000,00<br />

200.000.000,00<br />

73.041.105.000,00<br />

250.287.000,00<br />

37.857.100,00<br />

839.941.400,00<br />

1.382.442.100,00<br />

4.359.900,00<br />

1.901.931.100,00<br />

Agrega<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Gastos <strong>do</strong>s Organismos Especiais<br />

4.416.818.600,00<br />

Ajustamento<br />

101.699.300,00<br />

Sal<strong>do</strong> Orçamental e Resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Exercício<br />

Sal<strong>do</strong> Orçam. <strong>do</strong>s Serv. Integ. e Serv. com Autonomia Admin.<br />

Rusulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Exercício <strong>do</strong>s Organismos Especiais<br />

Despesa Global<br />

77.356.224.300,00<br />

36.018.625.300,00<br />

1.843.752.000,00<br />

Sal<strong>do</strong> Orçamental e Resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Exercício 37.862.377.300,00<br />

Receita Global $115.218.601.600,00<br />

Despesa Global e Sal<strong>do</strong> Orçamental e Resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Execício $115.218.601.600,00<br />

656


Apêndices<br />

XIV. Comércio Externo<br />

Milhares de MOP<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Importação 43.113.859 43.034.219 36.901.985 44.118.398 62.288.890<br />

Exportação 20.430.571 16.025.403 7.672.540 6.959.953 6.970.934<br />

Balança Comercial (Exp - Imp) -22.683.288 -27.008.816 -29.229.445 -37.158.445 -55.317.956<br />

Taxa de Cobertura (%) 47 37 21 16 11<br />

Exportação Temporária 5.107.415 3.789.993 1.444.785 1.401.482 1.062.303<br />

Reimportação 5.460.795 4.125.119 1.045.648 929.703 1.235.804<br />

Trânsito Directo 13.684.052 13.405.671 10.229.983 12.838.902 11.615.435<br />

Nota: Os da<strong>do</strong>s estatísticos <strong>do</strong>s apêndices de XIV a XXXVII foram disponibiliza<strong>do</strong>s pela Direcção <strong>do</strong>s<br />

Serviços de Estatística e Censos<br />

657


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XV. Importações por Principais Países<br />

ou Territórios<br />

Milhares de MOP<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Total 43.113.859 43.034.219 36.901.985 44.118.398 62.288.890<br />

União Europeia 6.762.282 7.100.972 7.814.949 9.960.717 15.506.509<br />

Alemanha 1.914.126 1.134.144 1.057.947 1.321.458 1.546.022<br />

Reino Uni<strong>do</strong> 777.762 825.460 758.032 852.056 1.026.804<br />

França 1.798.588 2.273.503 2.947.834 4.039.819 6.302.080<br />

Itália 682.571 1.226.031 1.710.885 2.071.499 4.706.718<br />

Portugal 151.287 171.348 135.662 134.651 184.965<br />

Suécia 235.314 101.165 64.206 95.653 70.750<br />

Países Baixos 152.665 175.878 165.438 206.379 293.238<br />

Finlândia 409.838 607.348 465.095 611.989 472.215<br />

EFTA 1.009.021 2.060.123 2.407.825 3.356.497 4.520.697<br />

Resto da Europa 45.929 45.537 44.109 78.455 157.633<br />

África 149.487 156.105 200.006 244.810 286.180<br />

América 2.749.855 2.929.773 2.672.515 3.148.700 4.401.173<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América 2.428.984 2.383.335 2.217.119 2.618.969 3.731.819<br />

Canadá 90.782 241.270 81.170 81.720 108.521<br />

Ásia 31.722.063 30.282.443 23.187.696 26.813.770 36.618.791<br />

China continental 18.378.422 16.926.159 11.571.100 13.718.276 19.120.936<br />

Hong Kong 4.358.558 4.365.829 4.036.362 4.627.936 7.588.337<br />

Taiwan 1.499.495 1.424.152 1.120.935 1.078.320 1.329.459<br />

Japão 3.874.787 3.639.123 3.039.272 3.812.085 3.911.242<br />

República da Coreia 659.210 505.856 589.689 645.719 970.685<br />

Singapura 1.346.873 1.628.115 1.162.716 838.565 1.356.940<br />

Oceânia e Outros Territórios 675.222 459.266 574.884 515.450 797.906<br />

Austrália 628.907 400.874 500.096 421.446 658.636<br />

658


Apêndices<br />

XVI. Exportações por Principais Países<br />

ou Territórios<br />

Milhares de MOP<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Total 20.430.571 16.025.403 7.672.540 6.959.953 6.970.934<br />

União Europeia 3.721.965 1.591.071 631.263 409.357 383.259<br />

Alemanha 1.297.828 648.303 295.815 142.645 122.149<br />

Reino Uni<strong>do</strong> 820.722 323.716 103.193 64.381 47.158<br />

França 618.957 216.237 88.086 71.943 87.982<br />

Países Baixos 218.670 120.342 67.223 77.326 85.273<br />

Dinamarca 127.400 36.627 1349 1189 5130<br />

Suécia 91.568 41.583 18.012 8553 540<br />

Espanha 122.101 43.146 9589 3919 2543<br />

Itália 238.474 92.007 17.002 15.459 13.439<br />

Portugal 2745 5569 376 386 1098<br />

EFTA 30.332 14.671 2636 6426 8962<br />

Resto da Europa 20.045 28.845 10.868 1849 921<br />

África 26.710 18.778 6805 12.682 11.353<br />

América 8.637.766 6.735.949 1.470.996 939.755 680.187<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América 8.291.781 6.399.171 1.308.258 782.062 555.821<br />

Canadá 155.742 121.961 44.030 36.112 31.643<br />

Ásia 6.700.863 6.068.892 4.815.303 4.757.341 4.749.823<br />

Hong Kong 2.674.435 3.162.661 3.014.637 3.002.558 3.108.939<br />

Taiwan 254.861 217.582 160.656 175.916 102.975<br />

China continental 3.034.066 1.968.216 1.117.488 1.102.357 1.097.918<br />

Japão 232.811 212.870 105.730 109.478 144.041<br />

Singapura 34.658 48.551 47.208 72.628 61.857<br />

República da Coreia 24.764 18.948 7196 7063 9729<br />

Oceânia e Outros Territórios 82.670 47.428 36.884 26.387 39.128<br />

Austrália 56.660 45.290 34.428 25.716 38.135<br />

659


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XVII. Exportações Domésticas por<br />

Principais Países ou Territórios<br />

Milhares de MOP<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Total 13.515.696 9.582.339 2.971.100 2.389.790 2.390.241<br />

União Europeia 3.488.110 1.528.615 609.512 398.373 370.945<br />

Alemanha 1.248.204 633.398 288.733 141.270 120.532<br />

Reino Uni<strong>do</strong> 759.686 299.536 101.172 62.011 45.653<br />

França 572.207 213.273 84.601 69.016 84.547<br />

Países Baixos 208.946 115.037 64.066 76.027 83.849<br />

Dinamarca 126.935 36.044 1278 1189 5130<br />

Suécia 87.444 40.159 17.864 8345 540<br />

Espanha 115.740 42.470 9009 2708 1763<br />

Itália 222.043 86.100 14.583 14.618 12.038<br />

Portugal 1817 5025 151 1 30<br />

EFTA 18.390 13.388 2274 4696 6442<br />

Resto da Europa 19.014 28.506 10.851 1626 891<br />

África 25.462 18.300 6805 9434 10.481<br />

América 8.533.574 6.667.126 1.419.061 870.089 620.987<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América 8.203.446 6.334.424 1.265.325 713.720 498.169<br />

Canadá 141.123 119.662 42.746 35.130 30.623<br />

Ásia 1.406.416 1.295.769 897.978 1.084.553 1.361.404<br />

Hong Kong 598.579 524.358 347.955 485.094 705.534<br />

Taiwan 124.890 124.432 46.754 53.683 54.042<br />

China continental 264.685 222.697 189.624 251.303 294.740<br />

Japão 158.503 141.033 87.257 94.934 128.428<br />

Singapura 21.573 12.950 5706 11.108 21.185<br />

República da Coreia 19.187 13.278 4851 4109 5543<br />

Oceânia e Outros Territórios 24.729 30.635 24.619 21.019 19.091<br />

Austrália 22.436 29.085 23.068 20.407 18.227<br />

660


Apêndices<br />

XVIII. Turismo<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Entrada de visitantes a 27.003 370 22.933.185 21.752.751 24.965.411 28.002.279<br />

Via marítima 8.980.381 9.173.206 8.684.809 10.244.087 11.020.999<br />

Porto Exterior 8.488.612 7.272.131 5.997.964 6.462.250 7.124.903<br />

Porto Interior 483.625 363.464 283.501 350.414 473.783<br />

Terminal Marítimo Provisório da Taipa 8144 1.537.611 2.403.344 3.431.423 3.422.313<br />

Via aérea 1.473.754 1.665.227 1.619.099 1.634.062 1.681.680<br />

Via terrestre 16.549.235 12.094.752 11.448.843 13.087.262 15.299.600<br />

Saída de visitantes a 26.928.279 22.876.324 21.701.499 24.877.998 27.912.917<br />

Via marítima 7.632.321 7.932.962 7.674.439 8.909.583 9.345.890<br />

Porto Exterior 7.328.229 6.588.700 5.630.025 5.912.031 6.578.506<br />

Porto Interior 300.691 220.828 150.515 159.367 176.355<br />

Terminal Marítimo Provisório da Taipa 3401 1.123.434 1.893.899 2.838.185 2.591.029<br />

Via aérea 1.567.225 1.757.161 1.680.097 1.728.632 1.766.671<br />

Via terrestre 17.728.733 13.186.201 12.346.963 14.239.783 16.800.356<br />

Residentes em <strong>Macau</strong> que viajaram<br />

para o exterior em excursão<br />

212.107 229.188 206.292 252.493 242.997<br />

Taxa de ocupação hoteleira (%) 77,18 74,27 71,40 79,83 84,12<br />

Hotéis de 5 estrelas 74,89 73,96 70,47 79,16 83,46<br />

Hotéis de 4 estrelas 83,75 79,21 77,52 83,80 89,18<br />

Hotéis de 3 estrelas 80,77 76,12 75,89 82,47 85,97<br />

Hotéis de 2 estrelas 65,54 61,95 54,95 76,68 78,79<br />

Pensões 56,74 54,18 48,38 56,56 60,96<br />

Total de hóspedes 5.739.734 6.537.661 6.714.413 7.755.214 8.612.127<br />

Tempo médio de permanência <strong>do</strong>s<br />

hóspedes (noites)<br />

1,34 1,44 1,50 1,54 1,53<br />

Despesa per-capita <strong>do</strong>s visitantes bc (MOP) 1637 1729 1616 1518 1619<br />

Via marítima 1338 1361 1363 .. ..<br />

Via aérea 4263 3865 2986 .. ..<br />

Via terrestre 1805 1989 2025 .. ..<br />

Despesa per-diem <strong>do</strong>s visitantes bc (MOP) 1456 1506 1507 1518 1619<br />

Via marítima 1257 1288 1330 .. ..<br />

Via aérea 1984 1979 1843 .. ..<br />

Via terrestre 1778 1843 1932 .. ..<br />

a<br />

A partir de 2008, o número de visitantes chega<strong>do</strong>s e saídas não inclui os trabalha<strong>do</strong>res não-residentes,<br />

estudantes, etc.<br />

b<br />

Excluin<strong>do</strong> a despesa no jogo<br />

c<br />

Os da<strong>do</strong>s referentes a 2010 foram extrapola<strong>do</strong>s com base na informação recolhida sobre as despesas<br />

<strong>do</strong>s visitantes, enquanto que os da<strong>do</strong>s referentes a 2009 e aos anos anteriores foram obti<strong>do</strong>s a partir da<br />

amostra<br />

.. Não aplicável<br />

661


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XIX. Entrada de Visitantes,<br />

Segun<strong>do</strong> o Local de Residência<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Total a 27.003.370 22.933.185 21.752.751 24.965.411 28.002.279<br />

Ásia 26.267.881 22.161.747 21.060.715 24.273.409 27.287.076<br />

China continental 14.873.490 11.613.171 10.989.533 13.229.058 16.162.747<br />

Hong Kong 8.176.964 7.016.479 6.727.822 7.466.139 7.582.923<br />

Taiwan 1.444.342 1.315.865 1.292.551 1.292.734 1.215.162<br />

In<strong>do</strong>nésia 133.432 180.320 191.425 208.440 220.423<br />

Japão 299.406 366.920 379.241 413.507 396.023<br />

Malásia 402.121 428.608 332.529 338.058 324.509<br />

Filipinas 256.192 282.951 247.459 247.770 268.710<br />

República da Coreia 225.417 279.794 204.767 331.768 398.807<br />

Singapura 189.666 263.631 256.520 257.196 280.602<br />

Tailândia 140.749 252.124 242.514 212.442 196.375<br />

Outros 126.102 161.884 196.354 276.297 240.795<br />

Américas 306.324 312.611 278.661 297.137 310.608<br />

Canadá 78.797 82.136 74.744 79.148 79.818<br />

E.U.A. 202.165 203.198 179.500 188.254 196.065<br />

Outros 25.362 27.277 24.417 29.735 34.725<br />

Europa 257.335 272.188 235.725 244.463 251.748<br />

França 36.364 40.499 39.165 41.417 42.710<br />

Alemanha 26.291 29.067 28.172 28.820 28.811<br />

Itália 11.787 12.524 12.229 13.461 13.121<br />

Portugal 14.659 13.081 12.429 13.583 13.339<br />

Reino Uni<strong>do</strong> 77.976 76.909 63.384 60.439 61.637<br />

Outros 90.258 100.108 98.623 86.743 92.130<br />

Oceânia 134.118 157.175 135.215 127.557 127.983<br />

Austrália 117.959 139.628 120.395 111.771 111.827<br />

Nova Zelândia 15.353 16.735 13.880 14.582 14.897<br />

Outros 806 812 940 1204 1259<br />

África e outros locais 37.712 b 29.464 b 18.166 22.845 24.864<br />

África <strong>do</strong> Sul .. .. 4228 4624 5185<br />

Outros .. .. 13.938 18.221 19.679<br />

a<br />

A partir de 2008, o número de visitantes chega<strong>do</strong>s não inclui os trabalha<strong>do</strong>res não-residentes,<br />

estudantes, etc.<br />

b<br />

Incluem os visitantes provenientes <strong>do</strong> Médio Oriente<br />

.. Não aplicável<br />

662


Apêndices<br />

XX. Números <strong>do</strong>s Restaurantes e Similares,<br />

Alojamentos, Agências de Viagens e<br />

Estabelecimentos <strong>do</strong> Sector <strong>do</strong>s Serviços<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Total <strong>do</strong>s restaurantes, bares e similares 1551 1599 1653 1640 1695<br />

Restaurantes 181 186 178 177 191<br />

Estabelecimentos de comidas 1171 1225 1302 1294 1325<br />

Bares e outros estabelecimentos de bebidas 199 188 173 169 179<br />

Total <strong>do</strong>s hotéis 55 55 60 60 63<br />

Hotéis de 5 estrelas 14 17 23 23 26<br />

Hotéis de 4 estrelas 13 13 13 13 13<br />

Hotéis de 3 estrelas 14 13 12 12 12<br />

Hotéis de 2 estrelas 14 12 12 12 12<br />

Total das pensões 31 30 31 31 32<br />

Total das agências de viagens 162 166 181 184 195<br />

Estabelecimentos <strong>do</strong> sector publicitário 349 395 456 458 521<br />

Organização de conferências e exposições 44 58 62 62 65<br />

Agências imobiliárias 1115 1334 1564 1605 1723<br />

Estabelecimentos que administram os imóveis 181 196 209 215 237<br />

Nota: Número de estabelecimentos proveniente de registos administrativos<br />

663


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XXI. Índice de Preços no Consumi<strong>do</strong>r<br />

(Incluin<strong>do</strong> Rendas)<br />

(04/2008-03/2009=100)<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

IPC (Geral) 92,28 100,23 101,40 104,25 110,30<br />

Produtos alimentares e bebidas não<br />

alcoólicas<br />

82,92 97,19 102,57 107,41 116,16<br />

Bebidas alcoólicas e tabaco 97,55 99,34 109,08 114,23 115,59<br />

Vestuário e calça<strong>do</strong> 88,73 95,04 104,07 110,84 118,30<br />

Habitação e combustíveis 91,59 99,05 97,80 98,21 101,58<br />

Equipamento <strong>do</strong>méstico e materiais de<br />

utilização corrente<br />

96,40 99,26 101,44 102,94 107,60<br />

Saúde 86,65 98,68 102,08 106,57 113,04<br />

Transportes 96,22 102,82 96,87 102,97 111,97<br />

Comunicações 104,48 97,32 95,64 92,30 82,45<br />

Recreação e cultura 91,04 97,41 100,55 104,56 109,95<br />

Educação 123,58 119,84 107,21 99,42 100,93<br />

Produtos e serviços diversos 94,30 99,78 104,22 110,61 120,63<br />

IPC (A) a 92,27 100,65 101,45 103,77 109,49<br />

IPC (B) b 92,33 100,12 101,37 104,38 110,63<br />

Taxa de Inflação<br />

IPC (Geral) 5,57% 8,61% 1,17% 2,81% 5,81%<br />

IPC (A) a 5,92% 9,08% 0,79% 2,28% 5,51%<br />

IPC (B) b 5,49% 8,44% 1,24% 2,97% 5,99%<br />

a<br />

O IPC (A) representa 50% das famílias residentes cuja despesa mensal varia entre 6000 e 18.999 Patacas.<br />

b<br />

O IPC (b) reflecte 30% das famílias residentes cuja despesa mensal varia entre 19.000 e 34.999 Patacas.<br />

664


Apêndices<br />

XXII. Moeda e Crédito<br />

Milhares de MOP<br />

2007 2008 2009 2010 r 2011 p<br />

Massa Monetária<br />

M1 22.606,6 24.729,6 30.606,8 34.729,7 36.243,3<br />

MOP 9599,2 13.010,9 14.971,5 15.884,4 17.870,9<br />

HKD 11.184,4 10.354,1 14.544,6 17.335,6 17.538,0<br />

Outra moeda 1823,0 1364,6 1090,7 1509,7 834,3<br />

M2 185.540,6 189.790,3 212.233,3 243.053,8 297.653,8<br />

MOP 50.983,5 54.098,4 59.745,2 68.039,8 77.292,3<br />

HKD 101.491,5 99.240,9 113.784,2 132.806,2 162.434,1<br />

Outra moeda 33.065,5 36.451,1 38.703,9 42.207,9 57.927,4<br />

Depósitos de Residentes<br />

Total 181.615,4 185.389,8 207.327,4 237.639,4 291.573,2<br />

Depósitos a Prazo 109.494,1 105.489,8 98.225,9 117.673,8 176.540,6<br />

MOP 24.569,1 20.522,1 17.453,5 22.448,6 27.922,8<br />

HKD 61.303,0 59.437,2 55.649,5 66.568,6 105.675,4<br />

Outra moeda 23.622,0 25.530,4 25.122,9 28.656,6 42.942,4<br />

Depósitos de Não-Residentes 76.262,6 77.932,1 83.206,6 79.427,7 92.865,1<br />

Crédito Interno ao Sector Priva<strong>do</strong><br />

Total 72.053,9 91.801,6 101.125,2 130.676,9 167.890,4<br />

Empréstimos e adiantamentos 68.314,0 88.924,1 97.295,4 126.785,8 161.903,8<br />

MOP 15.935,3 18.342,5 26.306,8 37.515,6 42.176,5<br />

HKD 48.236,9 65.607,8 67.164,8 83.151,5 111.573,9<br />

Outra moeda 4141,9 4973,8 3823,8 6118,8 8153,4<br />

Distribuição Sectorial <strong>do</strong> Crédito<br />

Interno ao Sector Priva<strong>do</strong> (10 3 MOP)<br />

71.847.268 91.565.207 100.888.740 130.452.118 167.657.736<br />

Às: Indústrias transforma<strong>do</strong>ras 4.327.759 5.900.530 5.555.393 5.870.184 7.710.572<br />

Electricidade, gás e água 759.536 864.966 1.095.327 1.047.720 1.245.842<br />

Construção e obras públicas 5.840.842 12.950.725 15.480.314 14.614.350 19.056.864<br />

Comércio por grosso e a retalho 7.387.803 6.574.848 6.708.293 7.826.092 14.007.921<br />

Hotéis, restaurantes e similares 6.327.808 8.515.179 11.062.324 15.289.965 16.064.962<br />

Transportes, armazenagem e<br />

comunicações<br />

1.408.499 1.999.204 3.128.542 3.738.344 3.900.077<br />

A particulares, p/habitação 21.326.404 25.787.579 32.568.767 47.405.520 59.380.694<br />

São valores <strong>do</strong> fim <strong>do</strong> respectivo ano<br />

r<br />

Da<strong>do</strong> revisto<br />

p<br />

Resulta<strong>do</strong> provisório<br />

665


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XXIII. Produto Interno Bruto e<br />

Principais Componentes da Despesa<br />

Preços Correntes – Milhões de MOP<br />

2007 r 2008 r 2009 r 2010 r 2011 p<br />

PIB 145.141,3 166.235,2 170.161,4 226.218,8 292.090,5<br />

Taxa de Crescimento (%) +24,5 +14,5 +2,4 +32,9 +29,1<br />

Despesa de Consumo Priva<strong>do</strong> 37.606,6 43.703,0 45.565,5 51.281,0 60.460,8<br />

Despesa de Consumo Final <strong>do</strong> Governo 13.000,7 14.819,7 16.679,3 18.351,2 21.531,9<br />

Formação Bruta de Capital Fixo 53.513,7 50.285,4 31.899,2 28.357,4 36.069,8<br />

Variação de Existências 891,8 1309,0 220,2 1737,5 2416,4<br />

Exportações de Bens e Serviços 135.693,5 161.343,1 160.192,7 240.458,2 328.202,7<br />

Importações de Bens e Serviços (-) 95.565,0 105.225,0 84.395,4 113.966,4 156.591,1<br />

Volume em cadeia (2009) - Milhões de MOP<br />

2007 r 2008 r 2009 r 2010 r 2011 p<br />

PIB 161.885,2 167.276,4 170.161,4 216.166,1 260.999,0<br />

Taxa de Crescimento (%) +14,4 +3,3 +1,7 +27,0 +20,7<br />

Despesa de Consumo Priva<strong>do</strong> 42.318,7 44.510,9 45.565,5 48.972,4 53.971,6<br />

Despesa de Consumo Final <strong>do</strong> Governo 14.329,5 14.741,5 16.679,3 17.471,6 19.112,8<br />

Formação Bruta de Capital Fixo 55.325,9 47.137,3 31.899,2 26.533,0 30.391,9<br />

Variação de Existências 959,3 1248,4 220,2 1683,7 2171,7<br />

Exportações de Bens e Serviços 149.167,9 162.697,8 160.192,7 231.328,6 296.659,4<br />

Importações de Bens e Serviços (-) 101.558,5 103.837,5 84.395,4 109.823,1 141.216,6<br />

2007 r 2008 r 2009 r 2010 r 2011 p<br />

PIB per Capita (MOP - Preços Correntes) 278.648 307.861 317.557 421.312 531.723<br />

PIB per Capita (USD - Preços Correntes) 34.675 38.384 39.773 52.650 66.311<br />

Nota : A partir de 2010, a variação real <strong>do</strong> Produto Interno Bruto é calculada através das medidas de<br />

volume em cadeia. As séries <strong>do</strong> tempo anteriores foram revistas<br />

r<br />

p<br />

Da<strong>do</strong> revisto<br />

Estimativas provisórias<br />

666


Apêndices<br />

XXIV. Contas Públicas<br />

Milhões de MOP<br />

2007 2008 2009 2010 r 2011 p<br />

Receita Total 53.710,5 62.259,3 69.870,9 88.488,1 112.721,4<br />

Da qual: Impostos directos 33.020,3 42.990,8 45.190,3 68.849,2 98.395,0<br />

Impostos indirectos 2059,1 1883,5 1491,4 2202,3 3342,2<br />

Contas de ordem .. .. .. .. ..<br />

Despesa Total 23.346,0 30.443,4 35.459,9 38.393,9 48.976,6<br />

Da qual: Contas de ordem .. .. .. .. ..<br />

p<br />

Resulta<strong>do</strong> provisório<br />

.. Não aplicável<br />

667


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XXV. Stock, Fluxo e Rendimento de<br />

Investimento Directo <strong>do</strong> Exterior em <strong>Macau</strong>,<br />

por Ramo de Actividade Económica<br />

Milhões de MOP<br />

2006 2007 2008 2009 r 2010<br />

Total Stock 52.087 73.303 84.077 84.052 109.013<br />

Fluxo 12.867 18.519 20.779 6848 22.633<br />

Rendimento 19.753 11.163 21.668 19.657 28.327<br />

Actividades Não Financeiras Stock 41.837 60.199 67.303 64.935 85.854<br />

Fluxo 10.901 15.682 14.760 5691 20.516<br />

Rendimento 15.819 7328 18.569 16.152 24.723<br />

Indústria Stock 2899 2800 3169 2878 3058<br />

Fluxo 194 -9 122 -221 209<br />

Rendimento 535 537 381 531 556<br />

Construção Stock 1477 3452 2336 2917 3828<br />

Fluxo 750 2587 642 837 1301<br />

Rendimento 653 2259 2081 1406 1655<br />

Comércio por grosso e a retalho Stock 441 3175 2913 3992 7711<br />

Fluxo 796 3332 407 1637 3057<br />

Rendimento 1144 1444 897 2695 3596<br />

Hotéis e restaurantes Stock 1875 444 388 248 137<br />

Transportes, armazenagem e<br />

comunicações<br />

Fluxo 170 -1036 -82 138 212<br />

Rendimento 196 51 -48 -222 236<br />

Stock 1141 954 -58 520 552<br />

Fluxo 586 695 4 847 117<br />

Rendimento 1200 1483 890 1624 685<br />

Jogos Stock 33.743 49.064 58.211 54.343 70.280<br />

Actividades culturais e recreativas e<br />

outros serviços<br />

Fluxo 8294 10.029 13.640 2612 15.613<br />

Rendimento 11.980 1433 14.281 10.186 17.927<br />

Stock 261 310 344 36 289<br />

Fluxo 112 84 28 -158 7<br />

Rendimento 110 120 87 -68 68<br />

Actividades Financeiras Stock 10.249 13.104 16.774 19.117 23.159<br />

Fluxo 1966 2837 6019 1156 2117<br />

Rendimento 3934 3835 3099 3505 3604<br />

668


Apêndices<br />

Stock, Fluxo e Rendimento de<br />

Investimento Directo <strong>do</strong> Exterior em <strong>Macau</strong>,<br />

por Ramo de Actividade Económica<br />

Milhões de MOP (Cont.)<br />

2006 2007 2008 2009 r 2010<br />

Bancos e corretagem Stock 8917 11.511 14.667 16.770 20.229<br />

Fluxo 1621 2569 5473 944 1536<br />

Rendimento 3728 3477 2950 3094 3304<br />

Seguros Stock 1332 1592 2107 2348 2930<br />

Fluxo 345 268 545 212 581<br />

Rendimento 205 358 149 411 299<br />

r<br />

Da<strong>do</strong> revisto<br />

669


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XXVI. Stock, Fluxo e Rendimento de<br />

Investimento Directo <strong>do</strong> Exterior em <strong>Macau</strong>,<br />

por Residência Habitual <strong>do</strong> Investi<strong>do</strong>r Directo<br />

Residência habitual <strong>do</strong><br />

investi<strong>do</strong>r directo<br />

Milhões de MOP<br />

2006 2007 2008 2009 r 2010<br />

Total Stock 52.087 73.303 84.077 84.052 109.013<br />

Fluxo 12.867 18.519 20.779 6848 22.633<br />

Rendimento 19.753 11.163 21.668 19.657 28.327<br />

Hong Kong Stock 30.617 33.799 28.141 31.769 40.845<br />

Fluxo 5445 6314 4077 6660 9412<br />

Rendimento 8426 5686 12.478 11.394 13.920<br />

China continental Stock 4707 6669 9384 10.233 13.650<br />

Fluxo 750 3362 5624 960 1310<br />

Rendimento 2465 1926 1940 1988 2404<br />

Portugal Stock 3048 3756 4095 4293 4554<br />

Fluxo 627 662 725 394 297<br />

Rendimento 859 1072 1059 1195 914<br />

Reino Uni<strong>do</strong> Stock 649 693 783 725 1084<br />

Fluxo 325 405 484 293 494<br />

Rendimento 647 787 884 891 507<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América Stock 9553 13.370 17.426 12.595 17.660<br />

Fluxo 3106 2697 5715 -2201 5480<br />

Rendimento 5376 1494 3782 5256 7721<br />

Ilhas Virgens Britânicas Stock 1090 522 6206 5676 6276<br />

Fluxo 142 -71 1098 -113 -308<br />

Rendimento 403 303 1174 329 859<br />

Outros Stock 2423 14.494 18.042 18.761 24.944<br />

Fluxo 2472 5150 3056 854 5948<br />

Rendimento 1577 -105 351 -1397 2002<br />

r<br />

Da<strong>do</strong> revisto<br />

670


Apêndices<br />

XXVII. Demografia<br />

Unidades<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Estimativa da População Residente<br />

(fim-<strong>do</strong>-perío<strong>do</strong>)<br />

531.800 r 543.100 r 533.300 r 540.600 r 557.400<br />

Masculino 262.500 r 265.600 r 255.900 r 258.500 r 268.000<br />

Feminino 269.300 r 277.500 r 277.300 r 282.100 r 289.300<br />

Taxa de Crescimento Anual (%) 4,2 r 2,1 r -1,8 r 1,4 r 3,1<br />

Grupo Etário<br />

De 0 a 14 anos 72.700 r 70.500 r 68.900 r 67.000 r 66.000<br />

De 15 a 64 anos 422.700 r 435.300 r 425.700 r 433.700 r 450.400<br />

Com 65 anos e mais 36.400 r 37.300 r 38.700 r 39.900 r 40.900<br />

Na<strong>do</strong>s-vivos 4537 4717 4764 5114 5852<br />

Masculino 2342 2475 2484 2657 3061<br />

Feminino 2195 2242 2280 2457 2791<br />

Óbitos 1545 1756 1664 1774 1845<br />

Masculino 840 971 923 990 1069<br />

Feminino 705 785 741 784 776<br />

Casamentos 2047 2778 3035 3103 3545<br />

Divórcios 684 658 782 889 998<br />

Indivíduos Autoriza<strong>do</strong>s a Residir em <strong>Macau</strong> 6115 7917 9489 4455 2812<br />

Trabalha<strong>do</strong>res Não-Residentes Autoriza<strong>do</strong>s a<br />

Entrar em <strong>Macau</strong><br />

62.206 65.905 33.250 35.508 54.813<br />

Total de Trabalha<strong>do</strong>res Não-Residentes<br />

(fim-<strong>do</strong>-perío<strong>do</strong>)<br />

85.207 92.161 74.905 75.813 94.028<br />

Cidadãos Chineses 2221 2280 3121 9056 6222<br />

Os totais podem não coincidir com a soma das parcelas, devi<strong>do</strong> aos arre<strong>do</strong>ndamentos<br />

671


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XXVIII. Justiça e Criminalidade<br />

N.º<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Total das Infracções 12.921 13.864 12.406 11.649 12.512<br />

Contra o património 6835 7728 6462 6095 7080<br />

Contra a pessoa 2760 2707 2505 2472 2428<br />

Contra a vida em sociedade 1420 909 675 661 670<br />

Contra o Território 888 883 1000 867 955<br />

Outras 1018 1637 1764 1554 1379<br />

Reclusos (fim-<strong>do</strong>-perío<strong>do</strong>) 812 912 930 929 1030<br />

Masculino 724 804 803 788 872<br />

Feminino 88 108 127 141 158<br />

672


Apêndices<br />

XXIX. Trabalho e Emprego<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Taxa de Actividade (%) 69,2 70,6 72,0 71,5 72,5<br />

Masculino 76,0 77,3 78,0 77,6 78,1<br />

Feminino 62,7 64,3 66,5 66,0 67,5<br />

Taxa de Desemprego (%) 3,1 3,0 3,6 2,8 2,6<br />

Masculino 3,4 3,2 4,2 3,5 3,0<br />

Feminino 2,7 2,8 2,8 2,1 2,1<br />

Taxa de Subemprego (%) 1,0 1,6 1,9 1,8 1,1<br />

População Activa (‘000) 309,8 333,0 329,2 327,6 336,3<br />

Masculino 166,1 178,0 171,3 167,6 171,1<br />

Feminino 143,7 155,1 157,9 160,0 165,2<br />

Por Grupo Etário e Sexo:<br />

≦24 43,9 46,1 42,5 39,8 41,2<br />

Masculino 21,4 22,3 20,4 19,6 20,1<br />

Feminino 22,6 23,7 22,1 20,2 21,1<br />

25-34 73,6 81,1 79,3 77,7 87,1<br />

Masculino 37,0 40,2 38,4 36,9 42,7<br />

Feminino 36,6 40,9 40,9 40,8 44,5<br />

35-44 83,8 88,5 85,6 82,2 82,0<br />

Masculino 41,9 43,7 40,7 37,6 37,6<br />

Feminino 41,8 44,9 44,9 44,7 44,4<br />

45-54 78,3 83,5 85,9 87,0 83,0<br />

Masculino 45,5 48,8 48,0 46,7 43,1<br />

Feminino 32,7 34,6 37,9 40,2 39,9<br />

55-64 26,6 29,7 31,9 36,2 37,8<br />

Masculino 17,6 19,7 20,7 23,3 23,9<br />

Feminino 9,0 10,0 11,2 12,9 13,9<br />

65 anos e mais 3,7 4,1 4,1 4,7 5,1<br />

Masculino 2,8 3,2 3,1 3,6 3,7<br />

Feminino 0,9 0,9 0,9 1,1 1,3<br />

Os totais podem não coincidir com a soma das parcelas, devi<strong>do</strong> aos arre<strong>do</strong>ndamentos<br />

673


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Trabalho e Emprego<br />

(Cont.)<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

População Empregada (‘000) 300,4 323,0 317,5 318,3 327,6<br />

Masculino 160,5 172,3 164,0 161,7 165,9<br />

Feminino 139,8 150,7 153,5 156,6 161,7<br />

Por Grupo Etário e Sexo:<br />

≦24 41,2 43,2 39,2 37,6 38,8<br />

Masculino 19,4 20,6 18,4 18,1 18,7<br />

Feminino 21,7 22,7 20,8 19,5 20,1<br />

25-34 72,1 79,8 77,6 76,3 85,6<br />

Masculino 36,2 39,5 37,5 36,1 41,7<br />

Feminino 35,9 40,2 40,1 40,2 43,9<br />

35-44 82,0 86,4 83,6 80,8 80,6<br />

Masculino 41,2 42,8 39,7 36,8 36,9<br />

Feminino 40,8 43,6 43,9 44,0 43,7<br />

45-54 75,8 80,5 82,5 84,0 80,8<br />

Masculino 44,0 47,1 45,7 44,9 41,8<br />

Feminino 31,8 33,5 36,8 39,1 39,0<br />

55-64 25,7 28,9 30,5 35,0 36,8<br />

Masculino 16,9 19,0 19,6 22,3 23,1<br />

Feminino 8,8 9,8 10,9 12,7 13,7<br />

65 anos e mais 3,7 4,1 4,1 4,7 5,1<br />

Masculino 2,8 3,2 3,1 3,6 3,7<br />

Feminino 0,9 0,9 0,9 1,1 1,3<br />

População Desempregada (‘000) 9,5 10,1 11,7 9,3 8,7<br />

Masculino 5,6 5,7 7,3 5,9 5,2<br />

Feminino 3,9 4,3 4,4 3,3 3,5<br />

Por Grupo Etário e Sexo:<br />

≦24 2,7 2,8 3,2 2,3 2,5<br />

Masculino 1,9 1,8 2,0 1,5 1,5<br />

Feminino 0,8 1,1 1,2 0,8 1,0<br />

25-34 1,6 1,4 1,6 1,4 1,6<br />

Masculino 0,8 0,7 0,9 0,8 1,0<br />

Feminino 0,8 0,7 0,7 0,6 0,6<br />

35-44 1,8 2,1 2,0 1,4 1,4<br />

Masculino 0,8 0,9 1,0 0,8 0,7<br />

Feminino 1,0 1,2 1,0 0,7 0,8<br />

674


Apêndices<br />

Trabalho e Emprego<br />

(Cont.)<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

45-54 2,4 2,9 3,4 2,9 2,2<br />

Masculino 1,5 1,8 2,3 1,9 1,3<br />

Feminino 1,0 1,2 1,1 1,1 0,9<br />

55-64 0,9 0,9 1,4 1,2 1,0<br />

Masculino 0,7 0,6 1,1 1,0 0,8<br />

Feminino 0,3 0,2 0,3 0,2 0,2<br />

65 anos e mais - - - - 0 #<br />

Masculino - - - - 0 #<br />

Feminino - - - - -<br />

o # Resulta<strong>do</strong> inferior a metade da unidade a<strong>do</strong>ptada<br />

- Valor absoluto igual a zero<br />

Os totais podem não coincidir com a soma das parcelas, devi<strong>do</strong> aos arre<strong>do</strong>ndamentos<br />

675


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XXX. Estabelecimentos Industriais e<br />

Comerciais<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Indústria Transforma<strong>do</strong>ra 1219 1127 1047 988 975<br />

Têxteis 67 56 33 32 29<br />

Vestuário 431 369 267 232 194<br />

Alimentação e bebidas 196 208 259 258 278<br />

Construção 1842 1710 1485 1351 1429<br />

Preparação <strong>do</strong>s locais de construção 91 74 68 62 59<br />

Construção de edifícios (no to<strong>do</strong> ou em parte);<br />

engenharia civil<br />

487 451 378 356 391<br />

Instalações especiais 483 452 410 330 408<br />

Actividades de acabamento 776 725 622 600 567<br />

Aluguer de equipamento de construção e de<br />

demolição com opera<strong>do</strong>r<br />

5 8 7 3 4<br />

Comércio por Grosso e a Retalho; Reparações<br />

de Veículos Automóveis, de Motociclos, de 12.597 12.677 13.001 12.895 12.722<br />

Bens Pessoais e Domésticos<br />

Comércio de veículos automóveis e de seus<br />

combustíveis<br />

783 844 908 916 941<br />

Comércio por grosso 6050 5735 5223 4975 4558<br />

Comércio a retalho 5764 6098 6870 7004 7223<br />

Transportes, Armazenagem e Comunicações 2121 2324 2301 2289 2247<br />

Transportes e armazenagem 2063 2263 2231 2219 2180<br />

Transportes terrestres 1580 1763 1727 1719 1687<br />

Transportes por água 15 16 21 21 20<br />

Transportes aéreos 15 13 13 12 12<br />

Actividades anexas e auxiliares <strong>do</strong>s transportes 453 471 470 467 461<br />

Comunicações 58 61 70 70 67<br />

Actividades Financeiras<br />

Bancos 27 27 26 28 28<br />

Sucursais 154 160 165 169 171<br />

Campanhias de seguros 24 24 23 23 25<br />

Nota: Número de estabelecimentos proveniente de registos administrativos<br />

Construção - Apenas abrange os estabelecimentos que realizam obras de construção licenciadas, no<br />

perío<strong>do</strong> de referência e que se dedicam às actividades abrangidas no sector da construção<br />

Transportes terrestres - Incluem os táxis, veículos das escolas e veículos de transporte de<br />

meca<strong>do</strong>rias regista<strong>do</strong>s sob um nome individual<br />

r<br />

Da<strong>do</strong> revisto<br />

676


Apêndices<br />

XXXI. Distribuição da População Empregada<br />

por Ramo de Actividade Económica e<br />

Profissão<br />

(‘000)<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Total 300,4 323,0 317,5 318,3 327,6<br />

Indústrias transforma<strong>do</strong>ras 24,0 24,6 17,0 15,3 12,8<br />

Produção e distribuição de electricidade, gás e água 1,2 0,9 1,0 0,9 1,3<br />

Construção 38,6 38,4 32,7 27,5 28,2<br />

Comércio por grosso e a retalho 38,4 39,6 41,5 42,3 43,4<br />

Alojamento, restaurantes e similares 34,7 41,3 43,7 43,2 46,1<br />

Transportes, armazenagem e comunicações 16,4 16,0 16,7 18,5 16,0<br />

Actividades financeiras 7,9 7,5 7,5 7,4 8,1<br />

Actividades imobiliárias, alugueres e serviços<br />

presta<strong>do</strong>s às empresas<br />

20,1 23,8 25,6 27,7 28,0<br />

Administração pública, defesa e segurança social<br />

obrigatória<br />

22,0 20,2 20,3 21,6 23,0<br />

Educação 11,9 11,5 12,3 11,8 12,3<br />

Saúde e acção social 6,0 6,5 7,3 8,1 8,5<br />

Outras actividades de serviços colectivos, sociais e<br />

pessoais<br />

69,1 78,9 75,2 76,1 82,0<br />

Famílias com emprega<strong>do</strong>s <strong>do</strong>mésticos 9,6 13,3 15,7 17,1 16,8<br />

Outros 0,4 0,6 1,1 0,7 1,0<br />

Os totais podem não coincidir com a soma das parcelas, devi<strong>do</strong> aos arre<strong>do</strong>ndamentos<br />

677


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XXXII. Saúde<br />

Unidades<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Médico por 1000 habitantes 2,3 2,3 2,4 2,5 r 2,6<br />

Enfermeiro por 1000 habitantes 2,5 2,6 2,8 r 2,8 2,9<br />

Cama de Hospital por 1000 habitantes 1,9 1,9 2,1 r 2,2 r 2,2<br />

Número de consultórios<br />

Consultório de medicina ocidental 292 295 255 225 215<br />

Consultório de medicina tradicional chinesa 179 165 167 153 157<br />

Consultório o<strong>do</strong>ntológico 103 95 90 81 78<br />

Policlínica 110 124 146 172 201<br />

Número de pessoas na área de saúde que<br />

exerceram actividade<br />

Médico 855 866 903 926 r 991<br />

Médico de medicina chinesa 210 232 257 281 319<br />

Mestre de medicina chinesa 213 208 205 202 203<br />

Médico dentista 92 107 116 118 126<br />

O<strong>do</strong>ntologista 80 78 71 67 64<br />

Enfermeiro 424 408 409 449 492<br />

Terapeutas 31 33 42 53 53<br />

Massagista 13 13 13 13 13<br />

Acupuncturista 7 7 7 8 7<br />

Causas Antecendentes de Morte (%) a<br />

Doenças <strong>do</strong> aparelho circulatório 23,9 27,6 26,5 25,8 27,1<br />

Tumores 32,2 31,0 33,1 33,0 30,9<br />

Doenças <strong>do</strong> aparelho respiratório 15,7 13,7 13,6 14,8 15,3<br />

Doenças <strong>do</strong> aparelho digestivo 4,1 3,7 4,0 4,6 2,9<br />

Doenças <strong>do</strong> aparelho geniturinário 3,8 3,5 2,5 4,8 3,2<br />

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 5,2 6,4 5,8 4,3 4,8<br />

a<br />

r<br />

De acor<strong>do</strong> com a Classificação Internacional de Doença - 10.ª revisão a partir de 2007<br />

Da<strong>do</strong> revisto<br />

678


Apêndices<br />

XXXIII. Ensino Curricular e Educação de Adultos<br />

2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011<br />

Estudantes por 1000 População 201 r 184 r 182 r 180 r 176<br />

Estabelecimentos de Ensino<br />

Total a 134 121 r 120 r 119 116<br />

Pré-escolar b 60 58 56 57 57<br />

Primário b 76 73 70 70 70<br />

Secundário (Inclui técnico-profissional) b 65 55 57 56 52<br />

Superior 12 11 11 10 10<br />

Pessoal Docente<br />

Total 6393 6539 6659 6686 r 7065<br />

Pré-escolar 498 521 548 669 b 747 b<br />

Primário 1640 1703 1727 1765 b 1841 b<br />

Secundário (Inclui técnico-profissional) 2529 2387 2572 2595 b 2703 b<br />

Superior 1726 1759 1812 1963 2088<br />

Alunos<br />

No final <strong>do</strong> ano lectivo 104.577 99.011 97.131 96.002 95.988<br />

Pré-escolar 9453 9149 9270 9923 10.898<br />

Primário 32.674 29.995 27.481 25.475 23.833<br />

Secundário (Inclui técnico-profissional) 44.988 41.124 39.463 38.315 37.101<br />

Superior 17.462 18.743 20.917 22.289 24.156<br />

Alunos por Professor<br />

Ensino curricular 18,7 r 17,4 15,7 15,6 r 14,4<br />

Ensino especial 4,9 5,9 4,5 5,0 r 5,0<br />

Educação de Adultos<br />

Ensino Curricular contabiliza<strong>do</strong> de acor<strong>do</strong> com o ano lectivo escolar<br />

2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2010 2010/2011<br />

N.º de Estabelecimentos 129 132 137 129 130<br />

Pessoal Docente 1494 1683 1628 1682 2086<br />

Alunos Matricula<strong>do</strong>s 119.350 130.410 129.146 121.787 127.656<br />

a<br />

b<br />

r<br />

Os da<strong>do</strong>s são apura<strong>do</strong>s por estabelecimento<br />

Os estabelecimentos são conta<strong>do</strong>s tantas vezes quantos os diferentes níveis de ensino num local<br />

Da<strong>do</strong> revisto<br />

679


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XXXIV. Construção<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Edifícios Concluí<strong>do</strong>s a - Sector Priva<strong>do</strong><br />

N.º de edifícios 76 53 52 65 54<br />

N.º de fracções autónomas 2051 1177 3251 4527 1387<br />

Área bruta <strong>do</strong>s pisos (m 2 ) 1.926.247 584.147 1.406.242 1.271.509 1.162.506<br />

N.º de lugares de estc. de automóveis 4918 1476 6291 5072 2940<br />

N.º de lugares de estc. de motociclos 2791 477 1750 1753 1185<br />

Edifícios Inicia<strong>do</strong>s - Sector Priva<strong>do</strong><br />

N.º de edifícios 73 37 45 55 67<br />

N.º de fracções autónomas 4390 2046 1547 870 2159<br />

Área bruta <strong>do</strong>s pisos (m 2 ) 2.199.805 533.310 228.874 183.571 367.253<br />

N.º de lugares de estc. de automóveis 7920 2412 607 637 1277<br />

N.º de lugares de estc. de motociclos 1007 494 198 195 718<br />

Fracções Autónomas Transaccionadas<br />

segun<strong>do</strong> o Imposto <strong>do</strong> Selo<br />

32.250 21.516 17.310 29.617 27.624<br />

Habitação 21.628 13.686 11.307 17.989 17.176<br />

Comércio e serviços 2932 1687 1839 2751 3128<br />

Indústria 252 185 201 208 194<br />

Parques 7273 5812 3853 8483 6977<br />

Outros 165 146 110 186 149<br />

Valor das Fracções Autónomas<br />

Transaccionadas segun<strong>do</strong> o Imposto <strong>do</strong><br />

Selo (10 6 MOP)<br />

49.081 35.025 26.299 56.754 76.255<br />

Habitação 42.058 29.778 21.517 45.939 58.861<br />

Comércio e serviços 4416 3033 2976 6580 12.696<br />

Indústria 515 334 727 422 911<br />

Parques 1432 1189 835 2322 2754<br />

Outros 661 690 243 1491 1033<br />

a<br />

Edifícios concluí<strong>do</strong>s incluem edifícios amplia<strong>do</strong>s<br />

680


Apêndices<br />

XXXV. Transportes<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Veículos em Circulação (n.º)<br />

Automóveis 82.224 85.041 86.784 90.214 95.151<br />

Motociclos 92.296 97.724 102.566 106.420 111.198<br />

Acidentes de Viação<br />

Número de acidentes 12.974 12.834 12.643 13.155 14.102<br />

Número de vítimas 4462 4515 4685 5313 5517<br />

Movimento Geral de Autmóveis no Posto<br />

Fronteiriço (n.º)<br />

Entrada 1.905.677 1.888.457 1.747.823 1.900.933 2.047.054<br />

Saída 1.901.840 1.897.406 1.760.336 1.911.310 2.088.856<br />

Movimento de Automóveis nas Portas <strong>do</strong> Cerco<br />

(n.º)<br />

Entrada 1.555.794 1.551.433 1.452.692 1.592.013 1.712.609<br />

Saída 1.520.634 1.520.137 1.406.262 1.551.494 1.691.239<br />

Movimento de Automóveis<br />

Entrada 347.937 332.401 288.202 299.781 323.018<br />

Saída 379.122 371.740 346.002 349.629 385.554<br />

Movimento de Automóveis no Posto Fronteiriço<br />

<strong>do</strong> Parque Industrial Transfronteiriço a (n.º)<br />

Entrada 1946 4623 6929 9139 11.427<br />

Saída 2084 5529 8072 10.187 12.063<br />

Movimento de Embarcações (n.º)<br />

Entrada 52.359 52.298 65.493 74.122 73.075<br />

Saída 52.746 52.991 66.102 73.078 72.985<br />

Movimento de Contentores via Marítima a (n.º)<br />

Entrada 47.807 47.873 39.352 40.894 48.235<br />

Saída 44.235 40.348 24.286 24.378 26.668<br />

Movimento de Carga Contentorizada por via<br />

Marítima (tonelada)<br />

Entrada 230.071 253.341 145.680 147.030 156.767<br />

Saída 54.880 53.937 22.682 19.498 21.526<br />

681


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Transportes<br />

(Cont.)<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Movimento Geral de Contentores por via<br />

Marítima (TEU)<br />

Entrada 67.010 66.306 53.071 55.390 64.490<br />

Saída 63.741 57.333 34.574 35.090 37.199<br />

Movimento de Contentores via Terrestre a (n.º)<br />

Entrada 4453 3075 2202 2423 1993<br />

Saída 3406 3198 2267 2193 1867<br />

Movimento de Carga Contentorizada por via<br />

Terrestre (tonelada)<br />

Entrada 37.662 70.403 24.887 24.218 18.716<br />

Saída 10.439 10.286 13.727 4805 5843<br />

Movimento Voos Comerciais no Aeroporto<br />

Internacional (n.º)<br />

Chegada 24.742 23.009 18.581 17.327 17.703<br />

Partida 24.699 23.027 18.596 17.327 17.701<br />

Movimento de Carga no Aeroporto Internacional<br />

(tonelada)<br />

Entrada 22.758 16.705 13.257 13.597 9826<br />

Saída 69.625 41.548 28.729 32.361 24.950<br />

a<br />

Os valores referem-se ao número total de vezes que os contentores (cheios e vazios) entraram e saíram<br />

de <strong>Macau</strong><br />

682


Apêndices<br />

XXXVI. Comunicações<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Linhas de Telefone de Rede Fixa (fim-<strong>do</strong>-perío<strong>do</strong>) 178.013 175.920 171.360 168.374 166.310<br />

Utentes de Telemóvel (fim-<strong>do</strong>-perío<strong>do</strong>) (Cartões<br />

SIM pré-pagos incluí<strong>do</strong>s)<br />

794.323 932.596 1.037.380 1.122.261 1.353.194<br />

Linhas de Telefone de Rede Fixa por mil<br />

Habitantes<br />

335 r 324 r 321 r 311 r 298<br />

Utentes de Telemóvel por mil Habitantes 1494 r 1717 r 1945 r 2076 r 2428<br />

Utentes de Internet 119.913 128.502 143.353 170.462 209.223<br />

Horas utilizadas na Internet (‘000 horas) 178.604 252.912 340.418 422.769 527.611<br />

Correspondência Postal Expedida (‘000)<br />

Correspondência Ordinária 27.259 29.687 30.028 30.668 32.467<br />

Correspondência Registada 493 652 659 691 r 845<br />

r<br />

Da<strong>do</strong> revisto<br />

683


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

XXXVII. Consumo de Energia e<br />

de Materiais de Construção,<br />

Combustíveis Líqui<strong>do</strong>s e Gasosos<br />

Consumo de Energia e de Materiais de Construção<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Água (milhares de m 3 ) 65.828 67.457 68.117 67.149 70.549<br />

Electricidade (milhões de kwh) a 2984,3 3311,7 3463,3 3655,5 3856,5<br />

G.P.L. (ton.) 35.614 40.128 39.740 40.744 42.908<br />

Gás Natural (milhares de m 3 ) - 82.314 93.157 154.688 73.610<br />

Combustíveis Líqui<strong>do</strong>s (milhares de l)* 524.132 390.776 424.639 299.959 341.803<br />

Cimentos (ton.) 948.758 642.750 276.710 214.166 314.814<br />

Combustíveis Líqui<strong>do</strong>s e Gasosos<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Gasolina (milhares de l)<br />

Importação 61.570 62.648 68.243 # #<br />

Consumo 61.352 63.516 68.928 74.785 81.707<br />

Querosene comum (milhares de l)<br />

Importação 8288 7225 6545 # #<br />

Consumo* 8240 7263 6574 6018 5562<br />

Gasóleo (milhares de l)<br />

Importação 191.006 148.849 150.372 143.431 157.255<br />

Consumo 179.629 158.633 148.186 147.816 156.526<br />

Fuelóleo (milhares de l)<br />

Importação 271.608 148.425 202.688 66.117 95.679<br />

Consumo 274.911 161.364 200.951 71.340 98.008<br />

G.P.L. (ton.)<br />

Importação 36.239 40.022 39.542 39.987 42.478<br />

Consumo 35.614 40.128 39.740 40.744 42.908<br />

684


Apêndices<br />

Gás natural (milhares de m 3 )<br />

Combustíveis Líqui<strong>do</strong>s e Gasosos<br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Importação - 82.558 93.371 154.514 73.544<br />

Consumo - 82.314 93.157 154.688 73.610<br />

a<br />

O montante de electricidade produzi<strong>do</strong> para autoconsumo está incluí<strong>do</strong><br />

* Este valor deixou de incluir o querosene para uso na aviação<br />

- Valor absoluto igual a zero<br />

#<br />

Da<strong>do</strong> confidencial<br />

(Cont.)<br />

685


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

<strong>Macao</strong> <strong>Yearbook</strong> <strong>2012</strong><br />

686


Apêndices<br />

687


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Ficha Técnica<br />

Editor: Chan Chi Ping<br />

Editor-Adjunto: Ho Wai Heng<br />

Comissão de Redacção: Lam Pui Cheng, Wong Lok I, Au Son Wa, Au Kam<br />

Va, Vong Pui San e Chan U Hong<br />

Editores Executivos: Leong Man Ieng, Lio Wai Peng, Lei Sao Iok, Mui<br />

Chong Meng, Che Weng Peng e Fernan<strong>do</strong> Sales Lopes<br />

Selecção de Textos: Leong Man Ieng, Chu Ka Lun, Lam Kin Meng, Ieong<br />

Pou Kam, Leong Hou In, Hong Chio Wa, Ma Chon Ip, Tong Man Wa, Wong Wai<br />

Wai, Loi Chi San, Ng Ka Sin, Lio Wai Peng, Lei Sao Iok, Mui Chong Meng, Che<br />

Weng Peng, Cheok Ka Ian, Wong Vun I, Ho Pui Shan, Leong Sio Teng e Tong<br />

Hin Weng<br />

Tradução para Português: GCS<br />

Edição de Textos em Português: Fernan<strong>do</strong> Sales Lopes<br />

Fotografia: Lou Kam Lit, Vitor Alves, Cheong Ka Ian, Ho Kuok Wai, Chan<br />

Weng Chon, Kong Chan Wai e Richie Siu<br />

Revisão de Textos: GCS


<strong>Macau</strong> <strong>2012</strong> - <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong><br />

Edição: Gabinete de Comunicação Social <strong>do</strong> Governo da Região Administrativa<br />

Especial de <strong>Macau</strong><br />

Endereço: Avenida da Praia Grande, n. os 762-804, Edif. China Plaza, 15.º<br />

andar, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2833 2886<br />

Fax: (853) 2835 5426<br />

Página electrónica: http//www.gcs.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@gcs.gov.mo<br />

Página electrónica <strong>do</strong> <strong>Livro</strong> <strong>do</strong> <strong>Ano</strong>: http//yearbook.gcs.gov.mo<br />

Informações: yearbook@gcs.gov.mo<br />

Concepção Gráfica, Paginação, Impressão e Acabamento:<br />

Imprensa Oficial <strong>do</strong> Governo da Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

Endereço: Rua da Imprensa Nacional, <strong>Macau</strong><br />

Tel: (853) 2857 3822<br />

Fax: (853) 2859 6802<br />

Página electrónica: http//www.io.gov.mo<br />

Correio electrónico: info@io.gov.mo<br />

ISBN 978-99937-56-24-8<br />

Tiragem: 800 exemplares<br />

1.ª Edição: Outubro de <strong>2012</strong><br />

Preço: MOP$ 120,00


HE ZHOU<br />

GUANG XI<br />

QING YUAN<br />

HE YUAN<br />

WU ZHOU<br />

YUN FU<br />

ZHAO QING<br />

FO SHAN<br />

GUANG ZHOU<br />

DONG GUAN<br />

HUI ZHOU<br />

SHAN WEI<br />

JIANG MEN<br />

ZHONG SHAN<br />

SHEN ZHEN<br />

ZHU HAI<br />

Região Administrativa Especial de Hong Kong<br />

Região Administrativa Especial de <strong>Macau</strong><br />

YANG JIANG<br />

MAO MING<br />

Legenda :<br />

Auto-estrada<br />

(as linhas descontínuas referem-se a obras em construção)<br />

Via estatal<br />

REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU E REGIÕES ADJACENTES Direcção <strong>do</strong>s Serviços de Cartografia e Cadastro

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