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Castelo do Bode: uma Nascente de Vida - Caracterização da Bacia ...

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<strong>da</strong>s condições necessárias para a manutenção <strong>de</strong> <strong>uma</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> biologicamente rica<br />

e equilibra<strong>da</strong>.<br />

A existência <strong>de</strong> povoamentos mistos <strong>de</strong> Pinheiro-bravo e Eucalipto comum resulta <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção ou aban<strong>do</strong>no <strong>de</strong> antigos povoamentos florestais <strong>de</strong> Eucalipto, apresentan<strong>do</strong><br />

<strong>uma</strong> co-<strong>do</strong>minância <strong>de</strong>stas duas espécies. O sub-coberto <strong>de</strong>stes povoamentos é <strong>de</strong>nso e<br />

composto por diversas espécies arbustivas, <strong>do</strong>n<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacam as Urzes (Erica scoparia,<br />

E. lusitanica, E. arborea), as Giestas (Cytisus striatus), os Rosmaninhos (Lavandula luisieri),<br />

as Roselhas (Cistus salvifolius, C. crispus, C. psilosepalus), os Medronheiros (Arbutus<br />

une<strong>do</strong>) e os Tojos (Genista triacanthos, Ulex sp.) (RPOACB, 2002).<br />

• Floresta ou vegetação arbustiva <strong>de</strong> transição e Matos/Matagais<br />

As zonas i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s como Floresta ou vegetação arbustiva <strong>de</strong> transição correspon<strong>de</strong>m,<br />

na área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, a áreas que foram alvo <strong>de</strong> incêndios florestais em anos passa<strong>do</strong>s, pelo<br />

que, naturalmente, foram sen<strong>do</strong> ocupa<strong>da</strong>s por vegetação arbustiva com a presença <strong>de</strong><br />

alguns elementos <strong>de</strong> porte arbóreo. A sua gran<strong>de</strong> representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> na área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>ve-se às alterações resultantes <strong>do</strong>s incêndios florestais e <strong>do</strong> aban<strong>do</strong>no <strong>de</strong> certas áreas<br />

<strong>de</strong> cultivo, contribuin<strong>do</strong> para a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> meio arbustivo.<br />

O processo evolutivo <strong>de</strong>stas áreas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> vários factores, especialmente <strong>do</strong> clima,<br />

<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> solo e <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> biótopos circun<strong>da</strong>ntes, on<strong>de</strong> se encontra o maior potencial<br />

coloniza<strong>do</strong>r. No primeiro ano, começam a aparecer alguns pés <strong>de</strong> Feto-ordinário,<br />

várias plantas anuais (ex. gramíneas) e ain<strong>da</strong> os primeiros arbustos, sen<strong>do</strong> que, no ano<br />

seguinte, já se instalam povoamentos subarbustivos abertos, constituí<strong>do</strong>s por Giestas<br />

e Tojos. A varie<strong>da</strong><strong>de</strong> florística já começa a ser maior, ocorren<strong>do</strong> as primeiras espécies<br />

associa<strong>da</strong>s a meios arbustivos. Aproxima<strong>da</strong>mente no quarto ano, o estrato arbustivo<br />

está completamente forma<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>nso e <strong>do</strong>mina<strong>do</strong> por espécies como a Giesta,<br />

Tojo, Urze ou Estevas, começan<strong>do</strong> a surgir jovens Pinheiros. Com o passar <strong>do</strong> tempo e<br />

<strong>de</strong> forma natural, dá-se um aumento <strong>de</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> biológica (animal e vegetal) e <strong>uma</strong><br />

complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> estrutural <strong>do</strong> próprio meio que atinge o seu auge no Pinhal adulto (PENA<br />

& CABRAL, 1996a).<br />

Pelo facto <strong>do</strong>s Matos/Matagais apresentarem a mesma estrutura que a categoria<br />

acima menciona<strong>da</strong>, optou-se pela inclusão <strong>de</strong>stes nesta <strong>de</strong>scrição, também <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à<br />

sua riqueza e importância ao nível <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. A diferença entre Mato e Matagal<br />

resi<strong>de</strong> na altura <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, sen<strong>do</strong> que o primeiro se refere a formações lenhosas<br />

<strong>do</strong>mina<strong>da</strong>s por arbustos baixos e o segun<strong>do</strong> a formações arbustivas <strong>do</strong>mina<strong>da</strong>s por<br />

arbustos altos. Os Matos/Matagais, muitas vezes, localizam-se em zonas <strong>de</strong> mais difícil<br />

acesso, nas quais não é possível a implantação <strong>de</strong> povoamentos florestais rentáveis<br />

(Pinhais e Eucaliptais) ou on<strong>de</strong> estes foram <strong>de</strong>struí<strong>do</strong>s pelo fogo.<br />

De acor<strong>do</strong> com a bibliografia consulta<strong>da</strong> (RPOACB, 2002) po<strong>de</strong>m ser distingui<strong>do</strong>s três<br />

tipos <strong>de</strong> Matos: Urzais, Tojais e Estevais, que não foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s no processo <strong>de</strong>

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