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Sustentabilidade - Faber-Castell

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<strong>Sustentabilidade</strong><br />

O Consumo Consciente - do descartável para o durável.


Caro(a) Educador(a),<br />

C<br />

omo acontece anualmente, produzimos um material especial para compor o Programa<br />

Escolar 2009, sempre reforçando nosso compromisso em colaborar com a melhoria<br />

da qualidade da educação do Brasil. Nosso objetivo é auxiliar no trabalho educativo,<br />

com a discussão sobre temas socioambientais. O foco socioambiental não é aleatório, trata-se<br />

de um compromisso da FABER-CASTELL, uma empresa pioneira no desenvolvimento de projetos<br />

voltados para o cuidado com o meio ambiente e com a sociedade.<br />

Para este ano, o tema central do programa é <strong>Sustentabilidade</strong>, com foco no Consumo Consciente<br />

e na redução dos resíduos. Consideramos que a descartabilidade e a rápida obsolescência dos produtos<br />

estão contribuindo para a insustentabilidade da vida no planeta. Mas entendemos que todos nós<br />

podemos contribuir para a solução ao entendermos que todo consumo provoca impactos e que, por<br />

meio das nossas escolhas, podemos aumentar os impactos positivos e minimizar os negativos.<br />

Assim, com o título “Consumo Consciente - do descartável para o durável”, você terá<br />

a oportunidade de trabalhar diferentes atividades relacionadas à diminuição dos resíduos, sempre<br />

de acordo com a faixa etária de seus alunos. A cartilha está organizada, contendo um texto base de<br />

fundamentação geral sobre o assunto, que serve para uma imersão no tema, e textos complementares<br />

com sugestões de atividades para os diferentes segmentos escolares, cujo conteúdo contou com<br />

a parceria do Instituto AKATU pelo Consumo Consciente.<br />

O material conta também com o apoio da UNESCO. Esta parceria colabora para a disseminação<br />

de uma educação de qualidade para todos, por meio do desenvolvimento dos 4 pilares básicos da<br />

educação, como fundamentais para o cidadão do século XXI e que devem ser estimulados desde<br />

a infância: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.<br />

Esperamos que este seja um material útil para sua sala de aula, servindo de inspiração para<br />

diferentes ações ou projetos que você, que melhor conhece seus alunos, é capaz de planejar. Dessa<br />

forma, a FABER-CASTELL e a sua escola se unem ao compromisso de preparar cidadãos que<br />

pratiquem o consumo consciente nas várias situações da sua vida cotidiana, seja em casa, na sala<br />

de aula ou mesmo no lazer.<br />

Conte sempre conosco.<br />

Por que será que a sustentabilidade<br />

começou a preocupar todo mundo de repente?<br />

Não é tão difícil responder a essa pergunta: simplesmente porque a humanidade,<br />

como um todo, está vivendo de forma insustentável. E não é esse o exemplo que<br />

queremos deixar para os nossos fi lhos, netos e bisnetos, não é mesmo?<br />

Atualmente, a humanidade já consome<br />

30% mais recursos naturais do que<br />

a capacidade de renovação da Terra.<br />

Se não houver mudança nos padrões de produção e consumo, em menos de<br />

50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender as nossas necessidades<br />

de água, energia e alimentos. Isto tudo vem acontecendo com apenas<br />

25% da humanidade, consumindo acima de suas necessidades, enquanto<br />

que 75% consomem ao nível mínimo necessário ou abaixo desse mínimo.<br />

Se todos os habitantes do mundo viessem a consumir como os mais ricos do planeta,<br />

seriam necessários mais de quatro planetas Terra para suprir os recursos naturais<br />

destinados a todo esse consumo. Não é preciso dizer que esta situação já ameaça<br />

e ameaçará crescentemente a vida no planeta, inclusive a da própria humanidade.


As escolhas de consumo têm muito a contribuir<br />

para a solução desta situação, pois todo consumo<br />

causa impacto (positivo ou negativo) na economia,<br />

nas relações sociais, na natureza e em cada indivíduo.<br />

Ao ter consciência desses impactos na hora<br />

de escolher porque comprar, o que comprar,<br />

de quem comprar e defi nir a maneira de usar<br />

e como descartar o que não serve mais, o consumidor<br />

pode aumentar os impactos positivos e diminuir<br />

os negativos, contribuindo, com seu poder de escolha,<br />

para construir um mundo mais sustentável.<br />

Isso é Consumo Consciente.<br />

Em poucas palavras, é um consumo<br />

com consciência de seus impactos e voltado<br />

à sustentabilidade 1 da vida no planeta.<br />

Para alcançarmos essa sustentabilidade, é preciso rever nosso estilo de vida<br />

e a quantidade de resíduos que geramos sem necessidade. Todas as nossas atividades<br />

diárias ao longo da vida, os serviços que utilizamos, e a fabricação e uso dos<br />

produtos e serviços que consumimos geram uma quantidade cada vez maior e mais<br />

diversifi cada de resíduos. A prática do consumo consciente contribui para evitar<br />

o excesso de geração de resíduos.<br />

1 Segundo o Relatório de Brundtland (1987), sustentabilidade signifi ca: suprir as necessidades da<br />

geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas.<br />

Considera-se resíduo qualquer substância ou objeto do qual o detentor se desfaz<br />

ou tem a intenção ou obrigação de se desfazer I . No Brasil, o resíduo é considerado<br />

o que sobra de uma atividade qualquer, natural ou cultural II Co Cons nsid ider er eraa-se<br />

se res<br />

esíd íd íduo uo qua<br />

ualq lq lque ue uer r su s bs bstâ tânc nc ncia ia i ou o u ob obje je jeto to do d o qu q al o det deten<br />

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. É importante diferenciar,<br />

no entanto, o que é chamado de resíduo do que é chamado de lixo. O resíduo pode<br />

se tornar lixo ou na linguagem técnica rejeito, quando é descartado sem perspectiva<br />

de qualquer tipo de utilização, em geral, associado à sujeira e à ausência de valor<br />

econômico. Ou seja, se o resíduo não puder ser aproveitado será lixo.<br />

Portanto, geramos e descartamos resíduos,<br />

e não lixo ou rejeito III . Dependendo do seu processo<br />

de tratamento e aproveitamento, os resíduos<br />

poderão então se tornar lixo ou rejeito.<br />

Todos produzem lixo continuamente, mas ninguém o quer por perto e poucos<br />

se importam para onde ele será levado, desde que longe dos olhos e para um lugar<br />

que, aparentemente, não vai afetar diretamente a vida cotidiana. Entretanto, sem<br />

um entendimento de que estamos todos produzindo resíduos e rejeitos, estaremos<br />

provavelmente contribuindo para o aumento de um problema que termina por afetar<br />

a nós mesmos e nossas cidades.


Para entender esse processo, basta pensar o que aconteceria se cada pessoa<br />

tivesse que conviver com os resíduos produzidos em sua casa ao longo de sua vida.<br />

Se pensarmos em uma produção de, em média, 1 kg de resíduos sólidos por habitante<br />

por dia, um brasileiro típico, que vive em média 72 anos, produziria, durante toda<br />

a sua vida, cerca de 26 toneladas de resíduos, o sufi ciente para encher até o teto um<br />

apartamento de 50 m2 .<br />

Um exemplo de como o impacto negativo de um descarte inconsciente pode afetar<br />

nossas vidas é quando jogamos lixo na rua. Seja uma bituca de cigarro, um papel de<br />

bala ou uma lata de refrigerante. Quando ocorre uma chuva, o objeto descartado<br />

é carregado pelas águas e, junto com outros objetos descartados por outras pessoas<br />

contribuirão para entupir os bueiros, evitar que a água da chuva escorra para os rios<br />

e, até, causar enchentes, gerando imensos prejuízos à vida das pessoas.<br />

Por outro lado, quando temos consciência de nossas<br />

ações, quando sabemos que podemos fazer escolhas<br />

de consumo com maiores impactos positivos, podemos<br />

colaborar para gerar mudanças que contribuirão para<br />

a superação da crise de falta de sustentabilidade pela<br />

qual a humanidade vem passando.<br />

O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples<br />

que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços<br />

e pela escolha das empresas das quais comprar em função de seu compromisso<br />

positivo com o desenvolvimento socioambiental.<br />

O consumo consciente é uma contribuição<br />

voluntária, cotidiana e solidária para contribuir<br />

para a sustentabilidade da vida no planeta.<br />

Parte da liberdade de escolha e do protagonismo de cada um, envolvendo uma<br />

tomada de posição autônoma, prudente e justa. Autônoma no sentido de ser baseada<br />

na decisão de cada um. Prudente no sentido de cuidar para que o impacto sobre<br />

o meio ambiente não impeça a natureza de fornecer as necessidades das populações<br />

no futuro. E justa no sentido de buscar impactos positivos nas relações sociais em<br />

termos de equidade na distribuição dos benefícios e custos do desenvolvimento.<br />

As mudanças necessárias para caminhar na direção da sustentabilidade são<br />

profundas e o movimento do consumo consciente aponta que o poder de criar estas<br />

mudanças está ao alcance de cada um que deseja contribuir por meio de seus atos<br />

cotidianos de consumo e da inspiração de outras pessoas para se juntarem na busca por<br />

soluções criativas e inovadoras que maximizem o impacto positivo dos atos de consumo,<br />

minimizando os negativos. Nesse processo, descobre-se que não é preciso uma vida de<br />

sacrifícios para um consumo consciente. É preciso reinventar a forma de viver.


Guia do Educador<br />

A seguir, você terá o tema central “Consumo Consciente – do descartável para o durável”<br />

desenvolvido em diferentes temas a fi m de promover o conhecimento e o aprendizado<br />

em cada nível de ensino.<br />

Este guia traz pequenos textos de apoio, com sugestões de atividades de cunho<br />

prático e investigativo. Aproveite as atividades para reforçar e exemplifi car os<br />

aprendizados do consumo consciente.<br />

As atividades propostas em cada nível de ensino estimulam o desenvolvimento dos quatro pilares<br />

da educação disseminados pela UNESCO durante suas aulas. Confi ra os detalhes:<br />

Aprender a conhecer: estimulando a curiosidade<br />

Constitui-se a base da aprendizagem ao longo da vida: aprender a compreender<br />

o mundo, por meio do prazer de conhecer e descobrir. Crianças exercitam essa<br />

aprendizagem, experimentando situações ou atividades que despertem a curiosidade intelectual; que<br />

estimulem o senso crítico, que permitam compreender o real e que exercitem a atenção e a memória.<br />

Aprender a fazer: favorecendo a experiência<br />

Signifi ca colocar em prática os conhecimentos. Não se restringe a preparar alguém para<br />

uma tarefa material. No caso das crianças, este pilar é concretizado em situações nas quais<br />

se sintam i desafi d adas a construir algo que exige elaboração de hipóteses, experimentação<br />

e capacidade para fazer e refazer de diferentes formas.<br />

Aprender a conviver: incentivando a cooperação<br />

A partir dele, se percebem as crescentes interdependências no mundo globalizado,<br />

possibilitando a realização de projetos comuns. O confronto por meio do diálogo e da força<br />

de d argumentos é um dos instrumentos indispensáveis à educação do século XXI. No âmbito infantil<br />

são situações que colocam as crianças em atividades de grupo nas quais têm a oportunidade de<br />

valorizar aquilo que é comum a todos, respeitando as diferenças, estimulando a cooperação<br />

e aprendendo a compartilhar.<br />

Aprender a ser: reforçando o autoconhecimento<br />

O século XXI necessita da diversidade de talentos. Exige de todos grande capacidade de<br />

autonomia e discernimento, com o reforço da responsabilidade pessoal, na realização de<br />

um projeto j coletivo, o que confi rma a necessidade de cada um conhecer a si próprio e compreender<br />

melhor o outro. A criança faz isso por meio da imaginação e da criatividade, vivendo papéis diversos<br />

para entender o mundo.<br />

A História das Coisas<br />

Antes da compra de qualquer produto, é importante lembrar que, assim como os seres humanos,<br />

tudo o que consumimos têm uma história de vida à qual se dá o nome de “ciclo de vida”. Esta história<br />

começa na extração da matéria-prima necessária para produzir cada produto e está perto do fi m<br />

quando do descarte após seu uso.<br />

Assim, ao se descartar um produto, todo o conteúdo das etapas do seu ciclo de vida, em maior<br />

ou menor grau, estarão presentes. Por exemplo, ao se descartar um saco plástico, uma televisão<br />

ou uma lata de refrigerante, também se está jogando fora suas histórias de vida, isto é, todas as<br />

matérias-primas que foram extraídas da natureza e foram usadas na fabricação de cada um desses<br />

produtos; a energia e a água usadas para transformação desses objetos; a mão-de-obra utilizada na<br />

produção tanto dos materiais usados na fabricação desses produtos como na fabricação dos próprios<br />

produtos; o combustível usado pelos caminhões que transportaram tanto as matérias-primas até<br />

o local de fabricação dos produtos, quanto os produto até o supermercado ou local onde serão expostos<br />

para venda; e o combustível usado para levar os produtos do supermercado ou local onde estavam expostos<br />

para venda, até onde vão ser utilizados até o fi nal de sua vida útil.<br />

Um exemplo é o ciclo do lápis, ou seja, o percurso que a madeira percorre até virar um lápis. Como<br />

estamos tratando de consumo consciente, o exemplo é do EcoLápis 1 :<br />

1 EcoLápis <strong>Faber</strong>-<strong>Castell</strong> é o único que é manufaturado a partir da madeira 100% refl orestada e com<br />

certifi cação FSC – garantia de qualidade e total respeito pelo meio ambiente.


1- Vivei Viveiro eiro ro - as sem sementes emen ment ente tes s das da das da das s árvores ár árvo ár árvo vore re res s são sã ssã são o pl plan pl plan plantadas anta tada das s em uum<br />

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2- Pla Plantio lant ntio io - qua quatro uatr tro o mese me mese meses ses s depois, de depo de depo pois is, , co com co com<br />

m 25 2 25 ccm<br />

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3- Colheita - as árvores são cortadas quando completam 25 anos. As folhas e raízes são deixadas<br />

no solo, tornando-o fértil para as próximas mudas.<br />

4- Transporte - as toras são levadas para a fábrica. Lá a madeira se transforma em EcoLápis.<br />

5- Preparação - a madeira é cortada em tabuinhas, e recebe um tratamento de secagem e tingimento.<br />

6- Canaletas - o EcoLápis começa a tomar forma. Uma máquina abre canaletas nas tabuinhas para abrigar o grafi te.<br />

7- Grafi te - são coladas as minas de grafi te ou de cor nas tabuinhas.<br />

8- Sanduíches - as minas e a madeira são coladas como um sanduíche e tornam-se uma peça só.<br />

9- Corte - os sanduíches passam por máquinas de cortes e fi cam no formato de um EcoLápis.<br />

10- Arte Final - os EcoLápis são pintados, envernizados, apontados e carimbados. Depois colocados<br />

na caixa. Estão prontos para a venda.<br />

A duração de cada etapa do ciclo dos produtos varia bastante, podendo ir de minutos a milhões de<br />

anos. E, entre as etapas do ciclo de vida, a do consumo é a mais rápida delas. Por isso, é importante<br />

que o consumidor conheça o ciclo de vida dos produtos e os impactos inerentes a cada etapa, de<br />

forma a escolher aqueles produtos que, ao longo de todo o seu ciclo de vida, menos agridem o<br />

ambiente, a saúde e a sociedade.<br />

Sugestões de Atividade<br />

A partir da conversa sobre os assuntos que o texto suscita, as atividades podem ser desenvolvidas<br />

com o objetivo de discutir o ciclo de vida dos produtos e também o seu reaproveitamento, sempre<br />

visando a formação do consumidor consciente.<br />

APRENDER A CONHECER Mapeamento da história/ciclo de vida de diversos produtos:<br />

os alunos escolhem um determinado produto e pesquisam seu ciclo de vida, isto é, buscam identifi car<br />

de onde vêm as matérias-primas utilizadas, como são extraídas, como são transportadas, como são<br />

transformadas, como o produto é montado, embalado, distribuído, usado e descartado, entre outros<br />

aspectos possíveis de serem analisados. A partir do entendimento do ciclo de vida dos produtos,<br />

pode-se promover a refl exão sobre os impactos gerados pela compra, uso e descarte dos produtos<br />

mapeados pelos alunos.<br />

APRENDER A FAZER Ofi cina de culinária, visando o aproveitamento integral dos alimentos:<br />

estimular os alunos a identifi carem receitas de aproveitamento das partes dos alimentos que são<br />

normalmente descartadas (cascas, talos, sementes, folhas machucadas, etc.). Durante esta atividade,<br />

discutir o ciclo de vida dos alimentos e aproveitar para discutir questões de desperdício e nutrição.<br />

APRENDER A CONVIVER Feira de trocas: organizar uma feira na escola onde os alunos possam<br />

trazer brinquedos que não desejam mais, mas que ainda estejam em boas condições e trocá-los<br />

por itens trazidos por outros colegas. A partir da atividade, é possível fomentar refl exões sobre: (a)<br />

nossa relação com o consumo e com o descarte, (b) o valor que damos para os bens de consumo e (c)<br />

alternativas para redução da produção de resíduos.


Aprendendo a Classifi C car e Separar os Resíduos<br />

Os resíduos recebem defi nições e classifi cações técnicas que são importantes para diferenciá-los já que<br />

cada tipo de resíduo exige uma forma específi ca de separação, acondicionamento, transporte e tratamento.<br />

Em geral, apresentam-se nos estados sólido e semissólido, mas também podem incluir líquidos que necessitam<br />

de tratamentos especiais IV . Os resíduos chamados de sólidos são defi nidos como resultantes de atividades<br />

industriais, domésticas, hospitalares, comerciais, agrícolas, de serviços e de varrição.<br />

Eles podem se tornar materiais reaproveitáveis, recicláveis ou compostáveis. São chamados<br />

reaproveitáveis os que podem ter outro uso; os recicláveis são os que podem se tornar<br />

matérias- primas para fabricação de novos produtos; e os compostáveis são os que podem<br />

ser transformados em adubo. Após estas utilizações, em geral, os materiais não têm mais potencial<br />

de consumo ou de se reintegrar à cadeia produtiva. Seu único destino é a disposição fi nal adequada<br />

em aterro sanitário, sendo então considerados lixo ou rejeito V .<br />

Mesmo o que é considerado lixo ou rejeito, após coletado pelo sistema de limpeza urbana<br />

e disposto num aterro sanitário, pode ter ainda um potencial de geração de energia e de calor.<br />

Há várias ações que podem contribuir para que<br />

os resíduos não se transformem em lixo ou rejeito VI :<br />

1) Os resíduos podem ser evitados antes de serem gerados: uma forma de fazê-lo é, por<br />

exemplo, mudar alguns hábitos do consumidor em seus atos de compra, evitando comprar produtos<br />

desnecessários, evitando comprar embalagens excessivas ou produtos descartáveis. É importante<br />

priorizar produtos de melhor qualidade, entendidos como aqueles que apresentam maior durabilidade,<br />

que não agridem o meio ambiente e que produzem menos lixo.<br />

2) Os resíduos podem ser evitados antes de serem descartados: se a eles forem<br />

atribuídas novas funções, o que acontece no caso do seu reúso (por exemplo: potes e caixas usados<br />

para armazenamento de algum item) ou estendendo a sua função original por um tempo mais longo<br />

(por exemplo: reforma de calçados e roupas).<br />

Assim, contribuímos para que o que poderia ser descartado se torne mais durável, saindo do<br />

desperdício para o reaproveitamento. Quando estendemos a vida de algo que seria descartado,<br />

tornando-o mais durável, além de diminuirmos o volume de lixo, o produto pode ser usado repetidas<br />

vezes, eliminando a necessidade de fabricar novos produtos. Com isso, reduz-se o consumo de energia,<br />

água e matérias-primas que seriam necessários no processo de produção do novo produto.<br />

A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que ocorreu<br />

no Rio de Janeiro em 1992 e, por isso, chamada de Conferência Rio 92, introduziu na agenda mundial<br />

o princípio dos 3 Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Os 3 Rs estão ordenados pela sua importância para<br />

a sustentabilidade planetária e estão sendo adotados em empresas, na gestão municipal de resíduos,<br />

e em programas de educação para o consumo consciente e para a redução da geração de resíduos.<br />

Os 3 Rs orientam para a forma de reduzir os resíduos produzidos e são, nesta ordem:<br />

• Reduzir a quantidade dos resíduos descartados;<br />

• Reutilizar recipientes, embalagens e produtos até o fi nal da vida útil;<br />

• Reciclar ao máximo o que for descartado, assim como comprar produtos produzidos<br />

com matéria-prima reciclada e praticar a compostagem.<br />

O Instituto Akatu para o Consumo Consciente considera ainda um quarto R, de Repensar,<br />

implicando em rever o estilo de vida e o consumo dele decorrente, buscando maximizar os impactos<br />

positivos, e minimizar os negativos, dos atos de consumo sobre a sociedade e o meio ambiente.<br />

O objetivo é conscientizar o consumidor para o poder de usar o seu consumo como ato de cidadania,<br />

buscando com isso construir um mundo melhor no presente e para o futuro.<br />

A redução dos resíduos na fonte geradora leva à diminuição dos custos da sua disposição fi nal –<br />

seja por via da reciclagem, da compostagem ou da incineração. Leva ainda à redução da emissão de<br />

gases de efeito estufa em todos os processos produtivos nos quais a produção de resíduos é eliminada<br />

ou reduzida, contribuindo desta forma para o combate ao aquecimento global.


Sugestões de Atividade<br />

O texto fomenta diversos questionamentos sobre o que são resíduos e como evitar que se<br />

transformem em lixo. As atividades que se seguem possibilitam aos alunos uma refl exão, além de uma<br />

possibilidade construtiva de alterar o ciclo do desperdício.<br />

APRENDER A CONHECER Classifi cação do lixo gerado em casa: identifi cando o que poderia<br />

ser tratado como resíduo e reaproveitado, reciclado ou compostado.<br />

APRENDER A FAZER Criação do Lixômetro: escolher um item de consumo comum aos alunos<br />

na escola e armazenar, por um determinado período de tempo, todo o descarte deste item em um<br />

recipiente na sala de aula. Ao fi nal do período escolhido, os alunos poderão visualizar a geração<br />

individual e da classe em termos de resíduos.<br />

APRENDER A SER Ofi cina de Customização: partir de roupas e objetos usados e produzir<br />

novos objetos, por meio da arte e do artesanato. A inspiração pode vir de artistas e artesãos que já<br />

se utilizam dessas técnicas ou até de Ofi cinas de Ideias já divulgadas pela <strong>Faber</strong>-<strong>Castell</strong> e que estão<br />

disponíveis isp spon onív ívei e s no sit site ite e da emp empresa: mp mpre resa sa sa: : ww www. www.faber-castell.com.br<br />

w. w fa fabe ber ca cast st s el ell. l.co co com. m. m.br br<br />

Refl etindo Sobre as Nossas Escolhas<br />

de Consumo e Nosso Estilo de Vida<br />

O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade do<br />

planeta, lembrando que a sustentabilidade implica um modelo ambientalmente correto, socialmente<br />

justo e economicamente viável. O consumidor consciente refl ete a respeito de seu ato de consumo<br />

e como ele repercutirá não só sobre si mesmo, mas também sobre a sociedade, a economia<br />

e a natureza. O consumidor consciente também busca mobilizar outras pessoas para o consumo<br />

consciente, fazendo com que pequenos gestos de consumo, realizados por um número muito grande<br />

de pessoas, promovam grandes e positivas transformações sociais e ambientais.<br />

É possível praticar o consumo consciente no dia-a-dia. Bastam simples atitudes que levam em<br />

conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços e a escolha das empresas das<br />

quais comprar em função de seu compromisso positivo com o desenvolvimento socioambiental.<br />

Algumas possibilidades são dar preferência a produtos fabricados em localidades próximas ou que<br />

tenham sido feitos com material reciclado, que sejam menos intensivos em matéria-prima, que tenham<br />

uma maior vida útil ou que tenham certifi cação de origem.


Quando pensamos em consumo, a primeira coisa que nos vêm à mente é o ato de compra. Mas<br />

existem muitos outros atos que compõem o consumo, envolvendo decisões desde antes da compra até<br />

o descarte fi nal.<br />

O Instituto Akatu pelo consumo consciente propõe<br />

seis fases do processo de consumo:<br />

Por que comprar – que signifi ca refl etir sobre a real necessidade de uma compra;<br />

O que comprar – que signifi ca defi nir as características do produto ou serviço que se quer comprar,<br />

bem como a qualidade do que se quer;<br />

De quem comprar – que signifi ca defi nir de que empresa se quer comprar, especialmente<br />

considerando os atributos de responsabilidade social e ambiental das empresas produtoras do produto<br />

ou serviço escolhido para ser comprado;<br />

Como comprar – que signifi ca defi nir se a compra será feita perto ou longe de casa, em uma loja<br />

maior ou menor, se será a crédito ou à vista;<br />

Como usar – uma vez feita a compra segundo as decisões das 4 fases anteriores, signifi ca defi nir<br />

a forma de utilização do produto ou serviço comprado;<br />

Como descartar – ao decidir comprar um novo produto para fazer a mesma função, signifi ca decidir se<br />

o produto antigo será doado, se será encaminhado para reciclagem ou se será descartado como rejeito.<br />

É claro que não se espera que as pessoas pensem em todas as seis etapas a cada vez que forem<br />

comprar um pãozinho. Ou que se privem de satisfazer um desejo todas as vezes que o considerarem<br />

“supérfl uo”. A proposta é que, aos poucos, cada um desenvolva o seu próprio processo de refl exão em<br />

torno das fases de consumo, que lhe permita avaliar, em sua decisão de consumo, aspectos que vão<br />

além dos de marca, preço e qualidade do produto ou serviço a ser comprado, mas considerem também<br />

os impactos sociais e ambientais da decisão de compra.<br />

Ao pensar sobre a história completa das coisas, de sua origem até seu descarte, podemos perceber<br />

como é grande o alcance das ações de consumo aparentemente tão banais e que milhões de pessoas<br />

repetem todos os dias. E podemos perceber que, por meio de escolhas conscientes de consumo,<br />

podemos infl uenciar o mundo no qual vivemos.<br />

Quando compramos produtos produzidos de forma ética e cuidadosa do ponto de vista ambiental,<br />

estamos contribuindo para a manutenção de empregos em empresas que oferecem condições de<br />

trabalho dignas a seus funcionários e proteção às condições ambientais. Ao conversar com amigos,<br />

colegas e parentes sobre os valores que guiam nossas decisões de consumo, sobre as informações que<br />

temos a respeito de produtos e lojas nas quais compramos ou sobre programas de reciclagem, estamos<br />

colaborando para que mais pessoas tomem essas decisões de forma consciente e assim exerçam sua<br />

cidadania também no consumo.<br />

Sugestões de Atividade<br />

Já existe um público exigente quanto à procedência dos produtos. Também por isso, vale a pena<br />

investir na educação para o consumo consciente, por meio de diversas atividades, entre elas:<br />

APRENDER A CONVIVER Elaboração de uma campanha no espaço escolar para divulgação de<br />

práticas de consumo consciente escolhidas pelos alunos, bem como divulgar as razões de sua adoção<br />

e o impacto decorrente delas.<br />

APRENDER A CONHECER Criação do Blog do Consumo Consciente: a partir de pesquisas,<br />

os alunos alimentam um blog onde discutem questões relacionadas à sustentabilidade e ao consumo<br />

consciente, assim como trocam ideias sobre ações que podem ser implementadas para reduzir<br />

o impacto negativo e aumentar o impacto positivo causado por seus atos de consumo.


Notas<br />

I UNIÃO EUROPÉIA. Diretiva Quadro sobre Gestão de Resíduos da União Européia<br />

(91/156/CEE de 1991).<br />

II LOGAREZZI A (Org.). Educação Ambiental em Resíduo – uma Proposta de<br />

Terminologia. CINQUETTI H.C.S., LOGAREZZI A (Org.). Fundamentos para<br />

o Trabalho Educativo. São Carlos: edUFSCar, 2006, 216p.<br />

III LOGAREZZI A (Org.). Educação Ambiental em Resíduo – uma Proposta de<br />

Terminologia. CINQUETTI H.C.S., LOGAREZZI A (Org.). Fundamentos para<br />

o Trabalho Educativo. São Carlos: edUFSCar, 2006, 216p.<br />

IV ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT Norma Brasileira<br />

10.004. Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, 2004.<br />

V CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei 1991/2007 que institui a Política<br />

Nacional de Resíduos Sólidos do Brasil. Disponível em<br />

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/501911.pdf. Acesso em: 25 fev. 2009.<br />

VI LOGAREZZI A (Org.). Educação Ambiental em Resíduo – uma Proposta de<br />

Terminologia. CINQUETTI H.C.S., LOGAREZZI A ( (Org.). g ) Fundamentos ppara<br />

o Trabalho Educativo. São Carlos: edU edUFSCar, dU dUFS FS FSCa Ca Car, r, 2200<br />

2006, 00 006, 6, 216 2216p.<br />

16 16p. p. p<br />

Sites de referência:<br />

www.faber-castell.com.br<br />

www.akatu.org.br<br />

www.unesco.org.br<br />

www.greenpeace.org.br<br />

www.folhadomeio.com.br<br />

www.onu-brasil.org.br<br />

Créditos:<br />

Coordenação Geral: A. W. <strong>Faber</strong>-<strong>Castell</strong>. ll. S. S.A.<br />

A.<br />

Coordenação Pedagógica: Lourdes Atié é<br />

Idealização: Full Jazz Comunicação<br />

Elaboração: Instituto AKATU pelo<br />

Consumo Consciente e Lourdes Atié<br />

Colaboração: UNESCO Brasil<br />

EcoLápis <strong>Faber</strong>-<strong>Castell</strong><br />

com Ponta Max Resistente.<br />

Mais força para seus alunos escreverem o futuro do planeta.<br />

A história da <strong>Faber</strong>-<strong>Castell</strong> foi construída<br />

sobre um conjunto de valores<br />

fundamentais não só para o sucesso<br />

da empresa, como também para<br />

a preservação do planeta. Somamos<br />

248 anos de tradição, inovação,<br />

responsabilidade social e qualidade,<br />

e traduzimos esses quatro grandes pilares res<br />

em produtos que respeitam o ser humano no<br />

e o meio ambiente.<br />

Uma das provas desse comprometimento to<br />

socioambiental da <strong>Faber</strong>-<strong>Castell</strong><br />

é o EcoLápis. Para cuidar do planeta,<br />

ele é produzido com madeira 100%<br />

reflorestada, de forma sustentável e com m<br />

certificação FSC. E agora, ele tem ponta a<br />

Max Resistente: quebra menos e seus<br />

alunos desenham e escrevem muito mais. is.<br />

Além disso, ele tem uma fórmula exclusiva siva<br />

e um processo especial de fabricação,<br />

a Técnica Sekural. Tudo para dar maior<br />

resistência à ponta do lápis.<br />

Levar mais qualidade para a sala de aula, a,<br />

por meio de grandes novidades é mais<br />

uma atitude da <strong>Faber</strong>-<strong>Castell</strong>, que está<br />

constantemente aperfeiçoando seus<br />

produtos para ajudar você, professor,<br />

a transformar crianças em cidadãos<br />

responsáveis por suas escolhas e atitudes. es.


Qualidade, Meio Ambiente e Responsabilidade Social.<br />

A <strong>Faber</strong>-<strong>Castell</strong> recebeu certifi cados nacionais e internacionais referentes à qualidade de seus produtos,<br />

segurança das crianças e respeito ao meio ambiente. Entre os compromissos permanentes da <strong>Faber</strong>-<strong>Castell</strong><br />

estão: foco na satisfação dos consumidores, clientes e comunidade; cumprimento da legislação sobre<br />

conduta social, proteção ambiental e defesa do consumidor; melhora contínua da qualidade de seus produtos<br />

e serviços; gestão efi caz do sistema de qualidade ambiental e social; valorização, transparência e respeito no<br />

relacionamento com todos os seus públicos.<br />

• Inmetro: garante que o produto está de acordo com as normas brasileiras de<br />

qualidade e atende aos mais altos padrões de segurança e confi abilidade.<br />

• Garante que o produto está de acordo com a EN71: norma europeia de metodologia<br />

de análise que verifi ca a ausência de metais pesados.<br />

• ACMI (Art & Creative Material Institute): órgão do governo norte-americano<br />

que controla qualidade, não-toxicidade e desempenho de materiais artísticos.<br />

• ISO 9001: certifi cado concedido às empresas que possuem o sistema de gestão de<br />

qualidade, conforme a norma internacional ISO 9001:2000.<br />

• ISO 14001: certifi cado concedido às empresas que possuem o sistema de gestão<br />

ambiental, conforme a norma internacional ISO 14001.<br />

• Empresa Amiga da Criança: selo concedido às empresas pelo comprometimento<br />

fi rmado com a Fundação Abrinq, abrangendo os temas: combate ao trabalho infantil,<br />

educação, saúde, direitos civis e investimento social na criança, expressos em<br />

dez compromissos.<br />

• Empresa que Educa: selo do programa de capacitação de jovens para o trabalho<br />

do Senac. Oferecemos espaço para a realização de Estações de Vivências que<br />

proporcionam ao jovem condições de exercitar o seu aprendizado.<br />

• Certifi cação FCS: garantia de que a madeira utilizada é obtida de forma renovável<br />

e sustentada, contribuindo para a preservação do meio ambiente.<br />

• Programa Ecomunidade <strong>Faber</strong>-<strong>Castell</strong>: um conjunto de ações socioambientais<br />

realizadas no Brasil, promovendo sustentabilidade, garantindo o desenvolvimento<br />

econômico, harmonizando os compromissos com os colaboradores,<br />

com a comunidade e o respeito ao meio ambiente.<br />

• Sala dos professores: visite no site www.faber-castell.com.br<br />

A.W. <strong>Faber</strong>-<strong>Castell</strong> S.A.<br />

Rua Cel. José Augusto de Oliveira Salles, 1.876 - São Carlos - SP<br />

CEP 13560-911

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