Sustentabilidade - Faber-Castell

Para entender esse processo, basta pensar o que aconteceria se cada pessoa
tivesse que conviver com os resíduos produzidos em sua casa ao longo de sua vida.
Se pensarmos em uma produção de, em média, 1 kg de resíduos sólidos por habitante
por dia, um brasileiro típico, que vive em média 72 anos, produziria, durante toda
a sua vida, cerca de 26 toneladas de resíduos, o sufi ciente para encher até o teto um
apartamento de 50 m2 .
Um exemplo de como o impacto negativo de um descarte inconsciente pode afetar
nossas vidas é quando jogamos lixo na rua. Seja uma bituca de cigarro, um papel de
bala ou uma lata de refrigerante. Quando ocorre uma chuva, o objeto descartado
é carregado pelas águas e, junto com outros objetos descartados por outras pessoas
contribuirão para entupir os bueiros, evitar que a água da chuva escorra para os rios
e, até, causar enchentes, gerando imensos prejuízos à vida das pessoas.
Por outro lado, quando temos consciência de nossas
ações, quando sabemos que podemos fazer escolhas
de consumo com maiores impactos positivos, podemos
colaborar para gerar mudanças que contribuirão para
a superação da crise de falta de sustentabilidade pela
qual a humanidade vem passando.
O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples
que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços
e pela escolha das empresas das quais comprar em função de seu compromisso
positivo com o desenvolvimento socioambiental.
O consumo consciente é uma contribuição
voluntária, cotidiana e solidária para contribuir
para a sustentabilidade da vida no planeta.
Parte da liberdade de escolha e do protagonismo de cada um, envolvendo uma
tomada de posição autônoma, prudente e justa. Autônoma no sentido de ser baseada
na decisão de cada um. Prudente no sentido de cuidar para que o impacto sobre
o meio ambiente não impeça a natureza de fornecer as necessidades das populações
no futuro. E justa no sentido de buscar impactos positivos nas relações sociais em
termos de equidade na distribuição dos benefícios e custos do desenvolvimento.
As mudanças necessárias para caminhar na direção da sustentabilidade são
profundas e o movimento do consumo consciente aponta que o poder de criar estas
mudanças está ao alcance de cada um que deseja contribuir por meio de seus atos
cotidianos de consumo e da inspiração de outras pessoas para se juntarem na busca por
soluções criativas e inovadoras que maximizem o impacto positivo dos atos de consumo,
minimizando os negativos. Nesse processo, descobre-se que não é preciso uma vida de
sacrifícios para um consumo consciente. É preciso reinventar a forma de viver.