Crianças Catarinenses de Descendência Austríaca e Italiana - Unisul

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adultos, velhos inclusive , e crianças.Esse tipo de parceria já tem dado
excelentes resultados em várias experiências na Itália
que contam com o
suporte de pesquisadores como Francesco Tonucci (2003) que propõe um
modo novo de pensar a cidade. A experiência ali realizada estimula uma maior
cumplicidade entre
as crianças e os adultos em especial os velhos.As
decisões sobre o que pode ser realizado nas cidades e que afetam os
moradores , como por exemplo o uso dos espaços públicos, a necessidade de
jardins, de faixas para pedestres, etc escutam as opiniões dessas duas
categorias sociais.
As nossas crianças declararam que gostam de ouvir conversas “de
adultos” particularmente as piadas que são contadas durante as festas (as
descendentes austríacas) e as conversas das rodas de chimarrão (
descendentes italianas) sobre as tradições “gauchescas”( sim porque há a
imigração interna também no estado). E vão aparecendo os elementos da
nossa cultura hibrida como salientou Canclini (1998) cujos componentes são
também encontrados nas preferências musicais das crianças das duas
descendências: elas gostam de dançar rock e pagode (em Treze Tílias) e funk
(em Nova Veneza). Ao mesmo tempo participam dos corais e usam trajes
típicos do pais de origem. A maioria se sente orgulhosa por usá-los, porém
esse sentimento não é compartilhado por todos: existem aqueles que se
sentem “fantasiados, bregas, envergonhadas, pouco à vontade por se vestirem
assim.
As “italianinhas” contaram com entusiasmo os almoços dos domingos, após os
quais se joga: bocha, futebol. Elas fizeram referências aos passeios e
acampamentos colocando-os nas categorias de festas. (em Nova Veneza).