Rede Urbana e Regionalização do Estado de São Paulo - Emplasa
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Estes são alguns <strong>do</strong>s parâmetros que pautaram a formulação e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s sobre a morfologia e hierarquia da re<strong>de</strong> urbana paulista e a regionalização <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>, cujos resulta<strong>do</strong>s finais são apresenta<strong>do</strong>s neste livro.<br />
Vale ressaltar que os trabalhos técnicos foram organiza<strong>do</strong>s para aten<strong>de</strong>r a objetivos<br />
mais amplos, liga<strong>do</strong>s essencialmente à formulação e implementação <strong>do</strong> planejamento e<br />
das políticas públicas regionais, mas também visam subsidiar os processos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisão relativos à criação e à institucionalização <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s Regionais, <strong>de</strong>cisões estas<br />
que se conformam, evi<strong>de</strong>ntemente, na dimensão política.<br />
A perspectiva a<strong>do</strong>tada é a <strong>de</strong> que o Estu<strong>do</strong> da Morfologia e da Hierarquia da <strong>Re<strong>de</strong></strong> <strong>Urbana</strong><br />
constitui uma referência fundamental para a <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s Regionais, são<br />
a configuração em re<strong>de</strong> e a existência <strong>de</strong> municípios-polo e suas áreas <strong>de</strong> influência, assim<br />
como sua hierarquia, que dão sustentação, ou compõem a “espinha <strong>do</strong>rsal” da formulação<br />
<strong>de</strong> uma mo<strong>de</strong>lagem a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> regionalização.<br />
Também se a<strong>do</strong>ta a orientação <strong>de</strong> que esta mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> regionalização não <strong>de</strong>ve se<br />
constituir em uma “camisa <strong>de</strong> força”, que imponha constrangimentos ao planejamento e<br />
gestão formalmente atribuí<strong>do</strong>s aos órgãos setoriais <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Ela <strong>de</strong>ve ser vista como uma<br />
tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir um instrumento <strong>de</strong> integração das políticas públicas, nas dimensões <strong>do</strong><br />
planejamento e gestão <strong>de</strong> projetos estratégicos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
Assim, os estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s levaram em conta, como parâmetros necessários, as normas<br />
legais que pautam a criação e a institucionalização das Unida<strong>de</strong>s Regionais e que<br />
compreen<strong>de</strong>m as <strong>de</strong>terminações expressas na Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988 (Art.25, § 3º),<br />
na Constituição <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong> <strong>de</strong> 1989 (Art. 153, § 1º) e na Lei Complementar Estadual<br />
nº 760 <strong>de</strong> 1994, que estabelece as diretrizes para a organização regional <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Paulo</strong>.<br />
De acor<strong>do</strong> com esse marco legal, a criação <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s Regionais é <strong>de</strong> competência<br />
privativa <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>ve ser feita por meio <strong>de</strong> lei complementar, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong>-se que sua<br />
institucionalização terá o objetivo precípuo <strong>de</strong> integrar a organização, o planejamento e a<br />
execução <strong>de</strong> funções públicas <strong>de</strong> interesse comum.<br />
Também levou-se em conta o conjunto <strong>de</strong> evidências para as várias dimensões <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, as quais foram sistematizadas nos Estu<strong>do</strong>s Temáticos <strong>do</strong> Projeto<br />
e também constituíram objeto da revisão da literatura institucional e acadêmica realizada<br />
pela pesquisa.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s aqui apresenta<strong>do</strong>s fazem distinção entre as nomenclaturas e conceitos<br />
utiliza<strong>do</strong>s para tratar fenômenos relaciona<strong>do</strong>s à morfologia e hierarquia da re<strong>de</strong> urbana e<br />
aqueles que se referem à mo<strong>de</strong>lagem da regionalização.<br />
A mais importante <strong>de</strong>stas distinções ocorre com relação à <strong>de</strong>nominação e ao conceito<br />
<strong>de</strong> aglomeração urbana. A <strong>de</strong>speito da nomenclatura comum, o ponto <strong>de</strong> partida e os critérios<br />
<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e conformação das aglomerações urbanas obe<strong>de</strong>cem a meto<strong>do</strong>logias<br />
distintas.<br />
No estu<strong>do</strong> da morfologia e hierarquia da re<strong>de</strong> urbana, os critérios a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s estão centra<strong>do</strong>s<br />
no reconhecimento e análise <strong>de</strong> fatos urbanos complexos – que se dão nos estratos<br />
superiores da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s – e na i<strong>de</strong>ntificação da hierarquia <strong>do</strong>s principais centros<br />
urbanos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, em suas diferentes formas: município isola<strong>do</strong> ou aglomeração <strong>de</strong> muni-<br />
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