Outubro - 2012 - Cremers
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atualização<br />
Fluxos dos serviços de urgência e emergência<br />
Depois da abertura, foi realizado<br />
o primeiro módulo do evento,<br />
com o título Dimensionamento<br />
e gerenciamento de fluxo dos<br />
serviços de urgência e emergência,<br />
coordenado por Luiz Alexandre<br />
Alegretti Borges.<br />
Integrante da Rede Brasileira de<br />
Cooperação em Emergência, Zilda<br />
Barbosa falou sobre o tema Estrutura<br />
da Emergência, recursos humanos<br />
correspondem à estrutura hospitalar e<br />
obedecem a Legislação Portaria 2048?<br />
Na sequência, o chefe da emergência<br />
do Hospital Moinhos de Vento, Sérgio<br />
Frederes, abordou ‘Gerenciamento<br />
do fluxo: impacto na qualidade dos<br />
Serviços’.<br />
Formação para<br />
a emergência<br />
Emergências: médico exposto<br />
e população insatisfeita<br />
Coordenado pelo primeiro-secretário do <strong>Cremers</strong>,<br />
Ismael Maguilnik, o módulo II tratou da Formação para o<br />
trabalho médico em Urgência e Emergência.<br />
A coordenadora da Residência de emergência do HPS,<br />
Ana Paula Freitas, discorreu sobre o tema ‘Residência<br />
médica em emergência – faz a diferença?’.<br />
Depois, o assunto foi Capacitação e Qualificação mínima<br />
exigida dos médicos que hoje atuam nas Emergências,<br />
abordado por Fernando Fernandes, chefe da Emergência<br />
do Hospital Divina Providência.<br />
O coordenador da CT de Urgência e Emergência do<br />
<strong>Cremers</strong>, Luiz Alexandre Borges, voltou a defender o<br />
projeto de tornar a emergência uma especialidade médica<br />
ao falar sobre o tema ‘Emergência como Especialidade –<br />
Impacto na Organização das Emergências’, apontando as<br />
vantagens que o sistema terá se a proposta for aprovada.<br />
O presidente do Conselho Federal de<br />
Medicina, Roberto D’Avila, proferiu a<br />
conferência ‘Atendimento médico de<br />
emergência no Brasil, um caos: médico<br />
exposto e população insatisfeita’, na<br />
abertura do evento.<br />
Depois de relatar experiências<br />
que teve em suas viagens pelo país,<br />
constatando as dificuldades de trabalho<br />
dos médicos e de assistência nessa<br />
área, D’Avila comentou que há uma<br />
demanda crescente nas urgências e<br />
emergências, que ‘estão assumindo<br />
a condição de porta de entrada do<br />
sistema, o que não pode ocorrer’.<br />
Algumas das causas para a<br />
atual situação do setor foram<br />
enumeradas pelo presidente do CFM:<br />
subfinanciamento, mau gerenciamento,<br />
subdimensionamento, concentração<br />
de especialidades em grandes centros,<br />
insuficiência da rede de média<br />
complexidade e escassez de leitos.<br />
“Acima de tudo falta vontade política<br />
para melhorar essa situação”, salientou.<br />
- A área das emergências, com raras<br />
exceções, é a mais negligenciada<br />
nos hospitais, e deveria ser a mais<br />
Dr. Roberto D'Avila, presidente do CFM<br />
privilegiada -, frisou, comentando<br />
que não há estímulo financeiro,<br />
trabalhista e intelectual para os<br />
médicos que ali atuam.<br />
Entre as dificuldades a que estão<br />
sujeitos os médicos das emergências,<br />
citou: maior exposição ao erro<br />
profissional, dificuldade na preservação<br />
do sigilo, ausência de vínculo com<br />
pacientes, sobrecarga e desvalorização<br />
profissional.<br />
D’Avila abordou também aspectos<br />
dos processos éticos e das demandas<br />
judiciais envolvendo médicos.<br />
18 | Revista <strong>Cremers</strong> | <strong>Outubro</strong> - <strong>2012</strong>