Outubro - 2012 - Cremers

Academia de Medicina
Melanomas cutâneos
A Academia Sul-Rio-
Grandense de Medicina
promoveu no dia 25 de
agosto, dentro de sua
reunião mensal, a palestra
“Melanomas Cutâneos:
De Hutchinson ao Peixe-
Zebra”, proferida pelo
acadêmico Lúcio Bakos.
Dr. Lúcio Bakos
O Prof. Bakos destacou que
o diagnóstico de melanoma
está ocorrendo mais precocemente, numa fase com a espessura
média de 0,53 mm, enquanto na década de 80 era de 1,81 mm.
“Isto já significa uma melhora significativa do prognóstico”,
afirmou. No Brasil, calcula-se que 6.230 casos surgirão em 2012
e ocorrerão 1390 óbitos, com distribuição maior na região Sul
que é onde temos a maior concentração de casos. Nos Estados
Unidos a incidência era de um caso para 1500 habitantes na
década 1930 e, em 2009 foi de 1/58/ano.
Traumatismo
Dr. Sérgio Roberto Haussen
O palestrante da reunião de setembro,
realizada dia 29 no Cremers, foi o
acadêmico Sérgio Roberto Haussen, com
o tema “Traumatismos cranio-encefálicos
benignos: eles existem?”. O Prof. Haussen
iniciou dizendo que o assunto é polêmico.
Exemplificou com imagens as diferentes
formas de traumas cerebrais e as
prevalências de lesões cerebrais, o papel
da RNM, a importância da região frontotemporal
no comportamento.
Trauma craniano é uma das maiores
causas de morbimortalidade em
todas as faixas etárias. “Eficiência no atendimento é fator importante na
recuperação”, comentou, abordando ainda as tentativas de classificar
a intensidade da lesão cerebral do trauma como a escala de Coma de
Glasgow largamente utilizada nas UTIs em todo o mundo. Disse que o
edema cerebral até hoje não foi completamente entendido. O mesmo em
relação a alterações celulares, subcelulares e moleculares.
Encontro dos jubilados
O encontro mensal dos médicos jubilados realizado no dia 27 de
agosto trouxe ao debate um assunto pouco usual: fisiologia humana
no espaço. A médica Thais Russomano falou sobre as alterações que
o corpo sofre em ambiente de microgravidade, em naves fora da
atmosfera terrestre ou em condições simuladas.
Entre os sintomas experimentados na microgravidade, a médica listou
anorexia, náusea, desorientação, insônia, sonolência, fadiga, alucinações,
distúrbios gastrointestinais, alterações musculares, desmineralização
óssea, hiper e hipotensão, arritmias cardíacas, desidratação e outros.
Thais repassou a história da humanidade na conquista espacial,
mencionou alguns problemas de saúde decorrentes dessas
experiências e comentou resultados de estudos feitos em
microgravidade.
Silva Cruz foi o palestrante, e defendeu a ideia de que a queda, no
idoso, é uma síndrome que deve ser observada com cuidado.
“A queda não é normal, está associada ao envelhecimento de
forma patológica”, afirmou.
Para o médico, a questão das quedas é tão grave que pode ser
considerada uma “epidemia geriátrica”. Cruz apresentou estudos que
revelam que as quedas, em sua maioria, acontecem devido a fatores
internos da saúde do idoso, como fragilidade, e não a acidentes.
“A queda é um problema médico que deve ser considerado causa
de óbito em alguns casos”, alertou.
Quedas, suas causas e consequências
O encontro dos médicos jubilados do mês de setembro, realizado
no dia 24, abordou as quedas no cotidiano do idoso, questionando
se o problema é acidente ou doença. O geriatra Matheus Roriz
28 | Revista Cremers | Outubro - 2012
Dr. Matheus Roriz Silva Cruz
Dra. Thais Russomano