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avaliação e ações prioritárias para a conservação da ...

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Planejamento Regional<br />

planejamento regional<br />

O planejamento regional no Brasil<br />

sempre esteve ligado ao desenvolvimento<br />

econômico e social, enquanto<br />

as questões ambientais eram<br />

trata<strong>da</strong>s de maneira setorial em planos<br />

específicos, relaciona<strong>da</strong>s em geral<br />

a uma área legalmente protegi<strong>da</strong>.<br />

A primeira abor<strong>da</strong>gem um pouco<br />

mais integra<strong>da</strong> surgiu em 1981<br />

com a publicação <strong>da</strong> Política Nacional<br />

do Meio Ambiente, que tem<br />

entre seus objetivos a “compatibilização<br />

do desenvolvimento econômico-social<br />

com a preservação <strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong>de do meio ambiente e do<br />

equilíbrio ecológico”. Dessa maneira,<br />

mesmo que de modo indireto,<br />

o componente ambiental<br />

passou a ser considerado nos planos<br />

de desenvolvimento, uma<br />

vez que se tornou obrigatório o<br />

licenciamento ambiental <strong>para</strong><br />

qualquer “construção, instalação,<br />

ampliação e funcionamento de estabelecimentos<br />

e ativi<strong>da</strong>des utilizadoras<br />

de recursos ambientais,<br />

considerados efetiva e potencialmente<br />

poluidores, bem como os<br />

capazes, sob qualquer forma, de<br />

causar degra<strong>da</strong>ção ambiental”.<br />

Desde então, várias <strong>ações</strong> de<br />

planejamento e ordenamento territorial<br />

foram implementa<strong>da</strong>s ou<br />

estão em curso, em particular na<br />

Mata Atlântica. Como exemplos<br />

de experiências em an<strong>da</strong>mento;<br />

podem ser cita<strong>da</strong>s as áreas de proteção<br />

ambiental - APAs (categoria<br />

de uni<strong>da</strong>de de <strong>conservação</strong> de<br />

uso sustentável) e, numa escala<br />

maior, a Reserva <strong>da</strong> Biosfera <strong>da</strong><br />

Mata Atlântica (Figura 13). Mais<br />

recentemente, foi introduzido<br />

outro mecanismo de planejamento,<br />

os corredores ecológicos do<br />

Projeto Parques e Reservas propostos<br />

<strong>para</strong> a Amazônia e Mata<br />

Atlântica (Corredores Ecológicos<br />

do Descobrimento e <strong>da</strong> Serra do<br />

Mar), no âmbito do Programa Piloto<br />

<strong>para</strong> a Proteção <strong>da</strong>s Florestas<br />

Tropicais do Brasil, conhecido<br />

como PPG-7. Por meio desse<br />

enfoque, em vez de se perpetuar<br />

o planejamento pontual, as necessi<strong>da</strong>des<br />

<strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de são examina<strong>da</strong>s<br />

em maior escala, desenvolvendo<br />

estratégias conjuntas<br />

<strong>para</strong> as uni<strong>da</strong>des de <strong>conservação</strong><br />

e <strong>para</strong> os espaços não estritamente<br />

protegidos, com a meta final<br />

de incrementar a real extensão<br />

disponível <strong>para</strong> a <strong>conservação</strong>.<br />

O planejamento regional <strong>da</strong><br />

Mata Atlântica e Campos Sulinos<br />

só terá sentido quando se tornar<br />

parte integrante do planejamento<br />

do desenvolvimento <strong>da</strong> região,<br />

o que significaria a adoção de um<br />

modelo de desenvolvimento sustentável<br />

nesses biomas. A construção<br />

desse modelo passa obrigatoriamente<br />

pela mu<strong>da</strong>nça de cultura<br />

e <strong>para</strong>digmas, que só poderá ser alcança<strong>da</strong><br />

a longo prazo com a participação<br />

<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de na toma<strong>da</strong><br />

Sul <strong>da</strong> Bahia - Anthony Rylands<br />

de decisões. Para isso, é preciso<br />

prestar inform<strong>ações</strong> sobre os problemas<br />

institucionais, técnicos e<br />

políticos enfrentados <strong>para</strong> manter<br />

a quali<strong>da</strong>de ambiental, tanto em termos<br />

de <strong>conservação</strong> de biodiversi<strong>da</strong>de<br />

como de recursos naturais,<br />

como água e solo.<br />

O setor ambiental, que na déca<strong>da</strong><br />

de 90 consolidou uma visão mais<br />

abrangente e integra<strong>da</strong> sobre as questões<br />

de <strong>conservação</strong> <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de,<br />

agora deverá centrar esforços<br />

<strong>para</strong> encontrar caminhos que garantam<br />

a efetivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s <strong>ações</strong> propostas<br />

(reserva <strong>da</strong> biosfera, corredores<br />

de biodiversi<strong>da</strong>de etc.). Grandes<br />

possibili<strong>da</strong>des já foram cria<strong>da</strong>s <strong>para</strong><br />

a consoli<strong>da</strong>ção de um desenvolvimento<br />

mais sustentável em termos<br />

ambientais, sociais e econômicos. As<br />

perspectivas futuras tornam-se mais<br />

favoráveis se considerados os avanços<br />

na discussão em torno <strong>da</strong><br />

temática ambiental, conseguidos<br />

com o incremento de fóruns de participação<br />

e o aumento <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia,<br />

premissas fun<strong>da</strong>mentais às profun<strong>da</strong>s<br />

mu<strong>da</strong>nças sociais.<br />

AVALIAÇÃO E AÇÕES PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO<br />

DA BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA E CAMPOS SULINOS • 34

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