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avaliação e ações prioritárias para a conservação da ...

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Metodologia<br />

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○<br />

○<br />

A metodologia utiliza<strong>da</strong> é basea<strong>da</strong> no programa de<br />

workshops regionais <strong>da</strong> Conservation International, e oferece<br />

extensa base de <strong>da</strong>dos e mapas, sobre os quais especialistas<br />

de diversas disciplinas podem, de maneira<br />

participativa, definir áreas <strong>prioritárias</strong> <strong>para</strong> <strong>conservação</strong>.<br />

Para esse subprojeto considerou-se o conceito sensu<br />

lato do bioma Mata Atlântica, ou seja, aquele composto<br />

de uma série de tipologias ou uni<strong>da</strong>des fitogeográficas,<br />

constituindo um mosaico vegetacional, em concordância<br />

com o Decreto federal n o 750/93. Campos Sulinos foram<br />

considerados to<strong>da</strong>s as form<strong>ações</strong> campestres não<br />

savânicas ocorrentes no sul do país, incluindo aquelas<br />

entremea<strong>da</strong>s à região <strong>da</strong> floresta ombrófila mista (floresta<br />

com araucária), até os campos do sul do Rio Grande<br />

do Sul, na região conheci<strong>da</strong> como Campanha gaúcha.<br />

O subprojeto foi planejado em quatro fases:<br />

1. Pre<strong>para</strong>tória;<br />

2. Decisória (realização do workshop);<br />

3. Processamento e síntese dos resultados;<br />

4. Divulgação dos resultados e acompanhamento de<br />

sua implementação.<br />

Fase Pre<strong>para</strong>tória<br />

A fase pre<strong>para</strong>tória consistiu no levantamento, sistematização<br />

e diagnóstico <strong>da</strong>s inform<strong>ações</strong> biológicas e nãobiológicas<br />

relativas à <strong>conservação</strong> e utilização sustentável<br />

<strong>da</strong> Mata Atlântica e Campos Sulinos. O componente de<br />

biodiversi<strong>da</strong>de foi subdividido em estudos dos seguintes<br />

grupos taxonômicos: aves, mamíferos, anfíbios e répteis,<br />

peixes, invertebrados, e flora. Enfatizou-se a distribuição<br />

de espécies endêmicas, raras ou ameaça<strong>da</strong>s de extinção, e<br />

a análise do conhecimento atual de ca<strong>da</strong> grupo e seu estado<br />

de <strong>conservação</strong> nos biomas.<br />

Estratégias e priori<strong>da</strong>des de ação foram traça<strong>da</strong>s, preliminarmente,<br />

por consultores em função <strong>da</strong> importância<br />

biológica sobreposta à análise <strong>da</strong>s pressões demográficas<br />

e vulnerabili<strong>da</strong>de diante <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des econômicas <strong>da</strong>s<br />

diferentes regiões. Para complementar essa análise, também<br />

as oportuni<strong>da</strong>des e alternativas de <strong>conservação</strong> passaram<br />

por uma <strong>avaliação</strong> por meio do diagnóstico do<br />

sistema de uni<strong>da</strong>des de <strong>conservação</strong>, experiências de planejamento<br />

regional, e <strong>da</strong>s características dos elementos<br />

físicos determinantes de biodiversi<strong>da</strong>de (clima, rios, solos<br />

etc). Foram realizados os seguintes estudos temáticos nãobióticos:<br />

pressão antrópica, fatores abióticos, planejamento<br />

regional, áreas protegi<strong>da</strong>s, estratégias de <strong>conservação</strong> e<br />

educação ambiental.<br />

Os conhecimentos gerados nesta fase, organizados em<br />

relatórios técnicos e mapas, serviram de base <strong>para</strong> os<br />

trabalhos do workshop, a fase seguinte do subprojeto.<br />

Realização do Workshop<br />

A fase decisória <strong>para</strong> definição de priori<strong>da</strong>des aconteceu<br />

no workshop realizado entre os dias 10 e 14 de<br />

agosto de 1999, em Atibaia, a 60 km <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de São<br />

Paulo. O evento contou com a participação de 198<br />

especialistas, representando oitenta organiz<strong>ações</strong> governamentais<br />

e não-governamentais, instituições de ensino<br />

e pesquisa e empresas. Na primeira etapa do workshop,<br />

os participantes formaram grupos temáticos <strong>para</strong> discutir<br />

as áreas <strong>prioritárias</strong> dentro de sua especiali<strong>da</strong>de<br />

(flora; invertebrados; répteis e anfíbios; aves; mamíferos;<br />

peixes; fatores abióticos; pressão antrópica; planejamento<br />

regional; áreas protegi<strong>da</strong>s; estratégias de <strong>conservação</strong><br />

e educação ambiental).<br />

As áreas defini<strong>da</strong>s como <strong>prioritárias</strong> foram classifica<strong>da</strong>s<br />

em quatro níveis de importância biológica nos<br />

grupos temáticos:<br />

Categoria A - área de extrema importância biológica;<br />

Categoria B - área de muito alta importância biológica;<br />

Categoria C - área de alta importância biológica;<br />

Categoria D - área insuficientemente conheci<strong>da</strong> mas<br />

de provável importância biológica.<br />

Para ca<strong>da</strong> área prioritária indica<strong>da</strong> preencheu-se formulário<br />

contendo to<strong>da</strong>s as inform<strong>ações</strong> como sua caracterização<br />

geral e a justificativa de inclusão no mapa<br />

de priori<strong>da</strong>des.<br />

Na segun<strong>da</strong> etapa do workshop, as propostas foram<br />

integra<strong>da</strong>s no âmbito dos grupos multidisciplinares,<br />

ocasião em que se procede à análise <strong>da</strong>s priori<strong>da</strong>des<br />

<strong>para</strong> <strong>conservação</strong>, por sub-regiões biogeográficas préestabeleci<strong>da</strong>s.<br />

As ecorregiões foram adota<strong>da</strong>s como<br />

uni<strong>da</strong>des geográficas de análise, tal como proposta por<br />

Dinerstein et al. (1995). Segundo os autores, uma<br />

ecorregião é defini<strong>da</strong> como “conjunto de comuni<strong>da</strong>des<br />

naturais geograficamente distintas que compartilham<br />

a grande maioria de suas espécies, dinâmica ecológica,<br />

e condições ambientais similares e que cujas<br />

inter<strong>ações</strong> ecológicas são essenciais <strong>para</strong> a sua persistência<br />

a longo prazo”. Desde a proposta original, o<br />

mapa <strong>da</strong>s ecorregiões sul-americanas vem sendo constantemente<br />

aperfeiçoado pelo World Wildlife Fund.<br />

AVALIAÇÃO E AÇÕES PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO<br />

DA BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA E CAMPOS SULINOS • 3<br />

metodologia

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