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A Cadeia do Algodão Brasileiro - Desafios e Estratégias - pdf - Abrapa

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us$ MILHÕEs<br />

O sal<strong>do</strong> <strong>do</strong> comércio brasileiro de algodão saiu de um déficit<br />

de US$ 74 milhões para acumular, em uma década, o sal<strong>do</strong><br />

positivo de US$ 3,2 bilhões, tornan<strong>do</strong> o país o quarto maior<br />

exporta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em 2011.<br />

Historicamente, o Brasil já foi um <strong>do</strong>s maiores<br />

exporta<strong>do</strong>res de fibra de algodão, chegan<strong>do</strong><br />

a ter 10% <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> mundial, em 1980.<br />

No entanto, a forte redução das alíquotas<br />

de importação em 1990, juntamente com os<br />

problemas na produção interna, contribuíram<br />

para que o país deixasse de ser exporta<strong>do</strong>r<br />

para se tornar um <strong>do</strong>s maiores importa<strong>do</strong>res.<br />

Em 1993, o Brasil importou mais de 500 mil<br />

toneladas de pluma, montante que representava<br />

60% <strong>do</strong> algodão consumi<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong><br />

interno. A retomada da importância no merca<strong>do</strong><br />

internacional deu-se com a implantação da<br />

cotonicultura empresarial no cerra<strong>do</strong>.<br />

A partir de 1999, o Brasil apresentou aumento<br />

das quantias de fibra de algodão exportada,<br />

retoman<strong>do</strong>, gradativamente, seu papel de<br />

destaque no merca<strong>do</strong> internacional.<br />

O último déficit no fluxo externo de<br />

algodão em pluma <strong>do</strong> Brasil ocorreu na<br />

safra 2002/2003, quan<strong>do</strong> as importações<br />

superaram as exportações em pouco mais<br />

de US$ 32 milhões. Desde então, entre<br />

as safras 2003/2004 e 2010/2011, o país<br />

tem logra<strong>do</strong> segui<strong>do</strong>s superávits, com uma<br />

média anual de US$ 403,89 milhões de<br />

900,00<br />

800,00<br />

700,00<br />

600,00<br />

500,00<br />

400,00<br />

300,00<br />

200,00<br />

100,00<br />

0,00<br />

-100,00<br />

-200,00<br />

151,08 142,78<br />

76,87<br />

-74,21<br />

sal<strong>do</strong> comercial brasileiro <strong>do</strong> algodÃO EM PLUMA<br />

129,28<br />

56,38 97,15<br />

86,40<br />

-32,12<br />

237,80<br />

176,20<br />

61,60<br />

413,47<br />

358,90<br />

54,56<br />

sal<strong>do</strong>. O valor exporta<strong>do</strong> em 2010/2011,<br />

de US$ 745,94 milhões, quase atingiu a<br />

marca histórica de 2008/2009, quan<strong>do</strong><br />

as exportações acumularam US$ 782,89<br />

milhões. Em contrapartida, as importações<br />

também foram grandes, acumulan<strong>do</strong> alta de<br />

675% ante 2009/2010.<br />

Nos últimos anos, segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Comitê<br />

Internacional Consultivo <strong>do</strong> Algodão (Icac),<br />

o Brasil tem se sustenta<strong>do</strong> entre os<br />

seis maiores exporta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>,<br />

consideran<strong>do</strong> as vendas externas <strong>do</strong>s países<br />

africanos da “Zona <strong>do</strong> Franco Cfa” somadas.<br />

Com exceção <strong>do</strong>s EUA, que nas últimas<br />

cinco safras têm respondi<strong>do</strong> por cerca de<br />

40% das exportações mundiais, as posições<br />

486,50<br />

404,31<br />

O valor exporta<strong>do</strong> em<br />

2010/2011, de US$ 745,94<br />

milhões, quase atingiu a marca<br />

histórica de 2008/2009, quan<strong>do</strong><br />

as exportações acumularam<br />

US$ 782,89 milhões.<br />

315,50<br />

175,63<br />

82,19<br />

139,87<br />

604,64<br />

546,46<br />

58,18<br />

782,89<br />

767,00<br />

Gráfico 2.3 – Evolução <strong>do</strong> sal<strong>do</strong> comercial brasileiro <strong>do</strong> algodão em pluma - 2000/2001 a 2010/2011.<br />

Fonte: Elabora<strong>do</strong> pela Markestrat com base em da<strong>do</strong>s da Secex (2011)<br />

15,90<br />

624,30<br />

572,56<br />

51,74<br />

745,94<br />

401,23<br />

344,71<br />

0,00<br />

Evolução das Exportações mundiais de algodão em pluma<br />

OUTROS<br />

bRASIl<br />

EUA<br />

0,44<br />

0,43<br />

0,60<br />

0,49<br />

0,28<br />

zONA Cfa*<br />

0,51<br />

0,48<br />

0,56<br />

0,47<br />

0,60<br />

AUSTRálIA<br />

0,26<br />

0,27<br />

0,55<br />

0,46<br />

0,47<br />

UzbEqUISTãO<br />

0,60<br />

0,60<br />

íNDIA<br />

da Índia, Uzbequistão, Austrália, Zona Cfa<br />

e Brasil têm apresenta<strong>do</strong> grandes variações.<br />

Contu<strong>do</strong>, é possível notar que, entre to<strong>do</strong>s<br />

esses países, Brasil e Austrália são os que<br />

vêm mostran<strong>do</strong> padrões mais sóli<strong>do</strong>s de<br />

crescimento das exportações. Caso as<br />

projeções <strong>do</strong> Icac para a safra 2011/12 se<br />

confirmem, as exportações brasileiras irão<br />

contabilizar um crescimento anual médio<br />

de 25,5%, contra 23,0% das exportações<br />

0,52<br />

0,50<br />

0,63<br />

0,70<br />

0,82<br />

0,93<br />

0,90<br />

0,90<br />

0,98<br />

0,96<br />

1,00<br />

1,10<br />

1,24<br />

1,31<br />

1,37<br />

1,46<br />

1,50<br />

2,00<br />

MILHÕEs DE tOnELADAs<br />

Gráfico 2.4 – Evolução das exportações mundiais de algodão em pluma - 2006/2007 a 2011/2012.<br />

p: projeção / e: estimativa<br />

Fonte: Elabora<strong>do</strong> pela Markestrat com base em da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Icac (2011)<br />

* A Zona <strong>do</strong> Franco FCA inclui Camarões, Costa <strong>do</strong> Marfim, Burkina Fasso, Gabão, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Benin, Congo, Mali,<br />

República Centro Africana, Togo, Níger e Senegal.<br />

1,42<br />

1,53<br />

1,59<br />

1,81<br />

australianas entre 2007 e 2012. No cômputo<br />

geral, os da<strong>do</strong>s da Índia também mostram<br />

crescimento (33,1% ao ano), porém com<br />

grandes oscilações entre um ano e outro. Tal<br />

instabilidade se justifica pela estrutura<br />

produtiva indiana, formada por um<br />

grande número de pequenos agricultores<br />

familiares, pouco tecnifica<strong>do</strong>s, e pelos<br />

constantes problemas de ordem climática<br />

enfrenta<strong>do</strong>s pelo país.<br />

2,04<br />

Caso as projeções <strong>do</strong> Icac para a safra<br />

2011/12 se confirmem, as exportações<br />

brasileiras irão contabilizar um<br />

crescimento anual médio de 25,5%.<br />

2,50<br />

2,51<br />

2,62<br />

2,89<br />

2,97<br />

2,82<br />

3,00<br />

3,14<br />

3,50<br />

42<br />

43

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