07.05.2015 Views

A Cadeia do Algodão Brasileiro - Desafios e Estratégias - pdf - Abrapa

A Cadeia do Algodão Brasileiro - Desafios e Estratégias - pdf - Abrapa

A Cadeia do Algodão Brasileiro - Desafios e Estratégias - pdf - Abrapa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

$ bILHÕEs<br />

2,5<br />

2,0<br />

1,5<br />

1,0<br />

0,5<br />

0<br />

estimativa <strong>do</strong> efeito <strong>do</strong> câmbio real sobre as exportações<br />

r$ 0,02<br />

r$ 0,65<br />

2006<br />

r$ 0,16<br />

r$ 0,99<br />

2007<br />

RECEITA R$ CÂmbIO NOmINAl<br />

r$ 0,34<br />

r$ 1,28<br />

2008<br />

r$ 0,37<br />

r$ 1,64<br />

2009<br />

r$ 0,53<br />

2010<br />

RECEITA ADICIONAl R$ CÂmbIO REAl<br />

Gráfico 2.9 – Estimativa de receita de exportação <strong>do</strong> setor <strong>do</strong> algodão: câmbio nominal e câmbio real - 2006 a 2010.<br />

Fonte: Elabora<strong>do</strong> pela Markestrat a partir de da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Bacen<br />

Se por um la<strong>do</strong>, a desvalorização <strong>do</strong> dólar<br />

tem prejudica<strong>do</strong> a receita em reais <strong>do</strong><br />

produtor de algodão, por outro ela tem<br />

beneficia<strong>do</strong> os importa<strong>do</strong>res. E, apesar<br />

<strong>do</strong> câmbio desfavorável ao exporta<strong>do</strong>r, o<br />

setor cotonicultor manteve-se firme nas<br />

exportações de fibra como fornece<strong>do</strong>r<br />

r$ 1,20<br />

mundial. Outros setores, contu<strong>do</strong>, têm<br />

apresenta<strong>do</strong> maiores dificuldades em resistir<br />

à pressão da valorização <strong>do</strong> real, como é<br />

o caso da indústria têxtil. Enfim, a taxa de<br />

câmbio hoje é um <strong>do</strong>s principais entraves das<br />

cadeias produtivas brasileiras.<br />

As condições da infraestrutura logística elevam o custo de<br />

produção e de distribuição <strong>do</strong> algodão brasileiro, reduzin<strong>do</strong><br />

sua competitividade e poden<strong>do</strong>, inclusive, prejudicar sua<br />

imagem no exterior.<br />

As exportações brasileiras enfrentam muitos<br />

problemas relaciona<strong>do</strong>s à logística de seus<br />

produtos, o que afeta a rentabilidade <strong>do</strong>s<br />

produtores, cooperativas e tradings. Entre<br />

as principais dificuldades se destacam as<br />

condições precárias das estradas e a baixa<br />

capacidade <strong>do</strong>s modais de transportes<br />

alternativos, como o ferroviário e o<br />

hidroviário.<br />

No caso <strong>do</strong> algodão, em que a maior parte<br />

da produção exportada tem origem nos<br />

esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Centro-Oeste e no Oeste no<br />

Esta<strong>do</strong> da Bahia, a situação se complica<br />

ainda mais devi<strong>do</strong> às longas distâncias.<br />

Entre Ron<strong>do</strong>nópolis, no Mato Grosso, e o<br />

Porto de Santos, por exemplo, são mais<br />

de 1.400 quilômetros. É bom lembrar que<br />

tais distâncias encarecem não apenas a<br />

distribuição <strong>do</strong> algodão, mas também<br />

a própria produção, uma vez que parte<br />

<strong>do</strong>s insumos é importada pelos mesmos<br />

portos que escoam a produção, sobretu<strong>do</strong><br />

fertilizantes, e outra parte é produzida nos<br />

grandes centros da região Sudeste. Assim,<br />

o estabelecimento de vias mais eficientes<br />

de escoamento de insumos e da produção<br />

agrícola é de fundamental importância<br />

para a manutenção da competitividade <strong>do</strong><br />

agronegócio brasileiro no futuro próximo.<br />

merca<strong>do</strong>rias e demandam investimentos para<br />

a modernização. Isso, soma<strong>do</strong> ao ineficiente<br />

processo burocrático de despacho aduaneiro<br />

e à baixa capacidade de escoamento, torna<br />

as exportações e importações lentas e<br />

custosas.<br />

Esses problemas se agravam nos meses<br />

de pico das exportações de algodão, entre<br />

setembro e dezembro, quan<strong>do</strong> a produção<br />

já foi colhida e beneficiada. Durante essa<br />

época, faltam espaços para armazenagem,<br />

a estadia <strong>do</strong>s produtos nos terminais é<br />

prolongada e atrasos nos carregamentos<br />

se tornam mais frequentes, tu<strong>do</strong> isso<br />

repercutin<strong>do</strong> em aumento <strong>do</strong>s custos e riscos<br />

de não cumprimento <strong>do</strong>s prazos previstos<br />

em contratos, poden<strong>do</strong> prejudicar inclusive a<br />

imagem <strong>do</strong> produto brasileiro no exterior.<br />

Além disso tu<strong>do</strong>, as crescentes exportações<br />

têm exposto outros <strong>do</strong>is graves gargalos no<br />

país: a capacidade da infraestrutura portuária<br />

e o excesso de burocracia. Além de poucos,<br />

os portos existentes não estão estrutura<strong>do</strong>s<br />

para atender aos crescentes fluxos de<br />

As crescentes exportações têm<br />

exposto <strong>do</strong>is graves gargalos<br />

no país: a capacidade da<br />

infraestrutura portuária<br />

e o excesso de burocracia.<br />

50<br />

51

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!