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Texto em PDF - Embrapa Gado de Corte

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Aspectos qualitativos do couro <strong>de</strong> novilha orgânica do Pantanal Sul-Mato-Grossense<br />

5<br />

químicos. Os meios-couros foram classificados quanto à<br />

ocorrência <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos (avaliação extrínseca) e transportados<br />

para outro curtume no município <strong>de</strong> Franca, São<br />

Paulo, para ser<strong>em</strong> recurtidos.<br />

As peles das novilhas orgânicas foram curtidas com<br />

sulfato básico <strong>de</strong> cromo como agente <strong>de</strong> curtimento<br />

primário, s<strong>em</strong> o pêlo (ISO 5433, 1999) para a obtenção<br />

<strong>de</strong> couros wet blue, <strong>em</strong> cilindros <strong>de</strong> curtimento (fulão) com<br />

velocida<strong>de</strong>s, volume <strong>de</strong> banho, t<strong>em</strong>peratura do banho e pH<br />

do banho, conforme <strong>de</strong>scritos na Tabela 3.<br />

Os couros i<strong>de</strong>ntificados com a tatuag<strong>em</strong> “EMBR” foram<br />

rebaixados para a espessura <strong>de</strong> 1,6 a 1,8 mm, recurtidos<br />

para a utilização <strong>em</strong> calçados, na cor castanha. O acabamento<br />

foi natural, <strong>de</strong>nominado “flor integral”, s<strong>em</strong> correção<br />

da superfície do couro com lixa ou pigmento, com o<br />

objetivo <strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciar o aspecto natural dos couros,<br />

<strong>de</strong>terminado durante a vida do animal no campo.<br />

Tabela 3. Etapas do processo <strong>de</strong> curtimento e recurtimento das peles até o estágio “s<strong>em</strong>i-acabado” e as respectivas<br />

variáveis (volume, t<strong>em</strong>peratura e pH do banho; velocida<strong>de</strong> e t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> rotação do fulão).<br />

Etapa do processo Volume <strong>de</strong> água (%) (1)<br />

(1)<br />

Porcentag<strong>em</strong> <strong>em</strong> relação à massa das peles.<br />

T<strong>em</strong>peratura<br />

(°C)<br />

pH<br />

Velocida<strong>de</strong> do<br />

fulão (rpm)<br />

T<strong>em</strong>po<br />

(minuto)<br />

R<strong>em</strong>olho 100 25 9 4 60<br />

Caleiro 100 25 12 4 810<br />

Desencalag<strong>em</strong> 130 30 12-9 8 140<br />

Purga 160 (<strong>de</strong>sencalag<strong>em</strong> + 30) 30 9 8 120<br />

Píquel 100 30 3,5 10 290<br />

Curtimento Mesmo do píquel 30 3,10 10 360<br />

Basificação Mesmo do píquel e curtimento 25 3,9 10 300<br />

Lavag<strong>em</strong> ácida 300 40 3,4 12 40<br />

Neutralização 70 30 5,8 12 110<br />

Recurtimento<br />

Tingimento<br />

Engraxe<br />

50-200 30-55 5,8-4 12 205<br />

A quantida<strong>de</strong> dos produtos químicos <strong>em</strong>pregados no<br />

processo <strong>de</strong> curtimento varia segundo sua pureza. Para a<br />

obtenção das características <strong>de</strong>sejadas optou-se pelo valor<br />

do pH como referência para <strong>de</strong>finir a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produto a ser <strong>em</strong>pregada. Os produtos utilizados no<br />

curtimento e recurtimento das peles, segundo a etapa do<br />

processo, são apresentados na Tabela 4.<br />

Acabamento dos couros<br />

Os couros recurtidos foram abertos para eliminação <strong>de</strong><br />

rugas no equipamento <strong>de</strong>nominado “enxuga/estira”,<br />

parcialmente <strong>de</strong>sidratados no equipamento <strong>de</strong>nominado<br />

“vácuo”, secos naturalmente no ambiente interno do<br />

curtume, reume<strong>de</strong>cidos, amaciados no equipamento tipo<br />

“molissa”, lixados na lixa<strong>de</strong>ira e estirados no toogling.<br />

Posteriormente, os couros receberam resina e laca (Tabela<br />

5) na cabine <strong>de</strong> pintura e prensag<strong>em</strong>, com chapa lisa<br />

quente, na prensa rotativa.<br />

Avaliação da qualida<strong>de</strong> intrínseca -<br />

ensaios físico-mecânicos e químicos<br />

Do wet blue foram retiradas amostras na região indicada na<br />

Fig. 1 (ISO 2418, 2002) para ser<strong>em</strong> submetidas ao<br />

ensaio <strong>de</strong> retração conforme ISO 3380 (2002), modificada<br />

pela utilização <strong>de</strong> água <strong>em</strong> ebulição.<br />

Os corpos-<strong>de</strong>-prova, para os ensaios <strong>de</strong> resistências à<br />

tração, ao rasgamento, à ruptura pela distensão da “flor”<br />

no lastômetro, resistência da a<strong>de</strong>são do acabamento e<br />

resistência à flexão, foram retirados da região (ISO 2418,<br />

2002) dorsal do couro (Fig. 1).<br />

Os resultados individuais dos couros submetidos aos<br />

ensaios <strong>de</strong> resistência à ruptura pela distensão da “flor” no<br />

lastômetro, resistência da a<strong>de</strong>são do acabamento e<br />

resistência à flexão não foram comparados estatisticamente,<br />

pois se tratam <strong>de</strong> resultados qualitativos.

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