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ANÁLISE DO<br />

COMÉRCIO INTERNACIONAL<br />

CATARINENSE 2012<br />

Apoio<br />

Realização


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Elaboração<br />

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC<br />

Diretoria de Relações Industriais - DRI<br />

Centro Internacional de Negócios - CIN<br />

Equipe Técnica<br />

Henry Uliano Quaresma<br />

Tatiani Leal<br />

Daniel Tubino<br />

Mauro Victor Silveira de Souza<br />

Gisele de Andrade Polidoro Müller<br />

Moacir Rohling Volpato<br />

Consultoria editorial<br />

Vladimir Brandão<br />

Revisão<br />

Sérgio Ribeiro<br />

Direção de arte<br />

Luiz Acácio de Souza<br />

Edição de arte<br />

João Henrique Moço<br />

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 5.988, de 14/12/73.<br />

F293a<br />

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC<br />

Análise do comércio internacional catarinense. / Federação<br />

das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC. –<br />

Florianópolis: FIESC, 2012.<br />

112 p. : il. color.<br />

1. Comércio internacional – Santa Catarina. 2. Economia – Santa Catarina – Dados<br />

estatísticos. I. Título.<br />

Ficha catalográfica elaborada por Ana Claudia P O Silva CRB – 14/769<br />

CDD 382.021<br />

FIESC - Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina<br />

Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 - Itacorubi - Florianópolis/SC. CEP 88034-001<br />

Fone: (48) 3231-4651 - Fax: (48) 3231-4669<br />

e-mail: cin@fiescnet.com.br<br />

www.fiescnet.com.br


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Sumário<br />

Apresentação .................................................................................................................................................... 4<br />

1. Contextualização ........................................................................................................................................ 6<br />

2. Cenário Internacional ................................................................................................................................ 8<br />

2.1 A economia mundial e o comércio internacional em 2011 .........................................................................................................................11<br />

2.2 Perspectivas da economia mundial .............................................................................................................................................................................18<br />

2.3 O Brasil no comércio internacional ...............................................................................................................................................................................24<br />

3. Santa Catarina ............................................................................................................................................32<br />

3.1 Análise das importações catarinenses .......................................................................................................................................................................35<br />

3.2 Análise das exportações catarinenses ........................................................................................................................................................................39<br />

3.3 Desempenho exportador de Santa Catarina no mercado mundial ........................................................................................................49<br />

4. Resultados da pesquisa ..........................................................................................................................53<br />

4.1 Caracterização das empresas ...........................................................................................................................................................................................53<br />

4.2 Análise das empresas exportadoras.............................................................................................................................................................................58<br />

4.3 Análise das empresas importadoras ............................................................................................................................................................................68<br />

4.4 Experiência das empresas na internacionalização ..............................................................................................................................................75<br />

5. Conclusões ..................................................................................................................................................80<br />

6. Anexos ..........................................................................................................................................................86<br />

6.1 Principais premissas do cenário-base para as estimativas de 2012/2013 ............................................................................................86<br />

6.2 Os 50 principais produtos (SH4) importados por SC em 2011....................................................................................................................88<br />

6.3 Evolução das importações entre 2001 e 2011dos 50 produtos mais importados por SC em 2011 ....................................89<br />

6.4 Os 50 principais países importadores de SC em 2011 .....................................................................................................................................91<br />

6.5 Comparativo das exportações entre 2001-2011 para os principais países importadores de SC ...........................................92<br />

6.6 Os 50 principais produtos exportados por SC em 2011..................................................................................................................................93<br />

6.7 Evolução das exportações entre 2001 e 2011 dos 50 produtos mais exportados por SC em 2011 ....................................94<br />

6.8 Evolução das exportações mundiais entre 2001 e 2010 dos 50 produtos mais exportados por SC em 2011 .............96<br />

6.9 Evolução das exportações mundiais entre 2006 e 2010 dos 50 produtos mais exportados por SC em 2011 .............98<br />

6.10 Produtos com maior potencial exportador no mercado mundial .....................................................................................................100<br />

6.11 Questionário Aplicado na Pesquisa ........................................................................................................................................................................104<br />

6.12 Listagem das Empresas Participantes da Pesquisa .......................................................................................................................................108<br />

Lista de siglas<br />

BACEN - Banco Central do Brasil<br />

BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul<br />

CEI – Comunidade dos Estados Independentes<br />

FIESC – Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina<br />

FUNCEX – Fundação Estudos de Comércio Exterior<br />

MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior<br />

OMC – Organização Mundial do Comércio<br />

ONU – Organização das Nações Unidas<br />

SECEX – Secretaria de Comércio Exterior<br />

SH – Sistema Harmonizado<br />

UNCTAD – Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Apresentação<br />

A “Análise do Comércio Internacional Catarinense” apresenta a trajetória e as transformações<br />

ocorridas no comércio internacional de Santa Catarina nos últimos dez anos, além de examinar<br />

o cenário recente e as perspectivas da economia mundial para os próximos anos.<br />

Abordando questões contemporâneas de forma aprofundada, com base em estatísticas de<br />

importação e exportação de bens no comércio global e em informações obtidas diretamente<br />

junto ao setor empresarial de Santa Catarina, a publicação tem o objetivo de contribuir para<br />

uma reflexão a respeito da necessidade de um redirecionamento das estratégias de internacionalização<br />

das empresas do Estado, visando ao melhor posicionamento da indústria catarinense<br />

nesse mercado.<br />

Espera-se que a presente publicação possa auxiliar as decisões das indústrias que operam<br />

nesses mercados, proporcionando-lhes melhores condições de competitividade em um ambiente<br />

cada vez mais desafiador. Ao mesmo tempo, a FIESC utilizará os principais resultados e<br />

conclusões da publicação para buscar, junto às entidades intervenientes do comércio exterior<br />

brasileiro, soluções para os entraves que vêm prejudicando o processo de internacionalização<br />

do setor produtivo catarinense.<br />

Trabalhando com propósitos bem definidos, poderemos avançar em uma agenda que resultará<br />

em perspectivas mais promissoras para o comércio internacional de Santa Catarina, no<br />

médio e longo prazos.<br />

Glauco José Côrte<br />

PRESIDENTE DO SISTEMA FIESC<br />

4 SISTEMA FIESC


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ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

1. Contextualização<br />

Santa Catarina se tornou um estado diferenciado graças à força de sua indústria. À exceção de<br />

Amazonas, que conta com a Zona Franca de Manaus, Santa Catarina é o estado brasileiro com<br />

maior participação da indústria de transformação na composição do Produto Interno Bruto<br />

(PIB) 1 . Com apenas 1% da área brasileira e cerca de 3% da população, o estado gera 4,0% do<br />

PIB nacional. Diversificada e bem distribuída por todas as regiões do estado, a indústria foi<br />

determinante para oferecer aos catarinenses a melhor qualidade de vida do país. O Índice de<br />

Desenvolvimento Humano (IDH) de Santa Catarina é o mais elevado dentre os estados da Federação,<br />

ficando atrás somente do Distrito Federal, que possui características socioeconômicas<br />

diferenciadas. A participação relevante de Santa Catarina no comércio internacional teve papel<br />

determinante para a construção desse cenário.<br />

A indústria catarinense começou a desenvolver seu perfil exportador nos anos 1970, quando<br />

as exportações do estado representavam 2% do total nacional. Mas foi nos anos 80, a “década<br />

perdida” do Brasil, quando o país enfrentava recessão econômica associada à inflação, que<br />

a indústria de Santa Catarina vislumbrou oportunidades no mercado externo. Por conta do<br />

empreendedorismo e do arrojo que são típicos do empresário catarinense, associados a um<br />

eficiente trabalho de prospecção e abertura de novos mercados realizado com o suporte<br />

de entidades públicas e privadas, como o próprio Sistema FIESC, a indústria deu um grande<br />

passo no comércio mundial. Terminada a “década perdida”, Santa Catarina respondia por 6%<br />

das vendas externas brasileiras. Sua pauta de exportações ficou muito mais diversificada.<br />

Além de artigos têxteis e alimentícios, foram incluídos produtos como motocompressores,<br />

papel kraft, pisos e azulejos, refrigeradores e calçados na pauta exportadora do estado. Mais<br />

de 70% dos produtos exportados por Santa Catarina nesse período eram industrializados<br />

ou semi-industrializados.<br />

A inserção internacional de Santa Catarina foi fundamental para que suas indústrias – muitas<br />

delas já de classe mundial – enfrentassem o processo de abertura comercial dos anos 90. A<br />

queda de barreiras alfandegárias a produtos importados impactou fortemente vários setores<br />

industriais brasileiros. As empresas que se mantiveram no mercado obtiveram ganhos de produtividade,<br />

incorporaram avanços tecnológicos, investiram em inovação e se tornaram mais<br />

ágeis e flexíveis. A indústria catarinense atingiu um padrão de categoria mundial, o que permitiu<br />

sua integração às novas cadeias produtivas globais que se organizavam. Suas principais<br />

empresas mostravam-se aptas para a competição tanto com produtos importados em território<br />

nacional quanto no exterior.<br />

A chegada do século 21, entretanto, trouxe uma significativa mudança de cenário para o segmento<br />

industrial do estado. A economia brasileira cresceu baseada no aumento do consumo<br />

das famílias, porém a indústria não foi necessariamente beneficiada. Em decorrência do câmbio<br />

apreciado e da falta de competitividade sistêmica oriunda do “Custo Brasil”, o país ampliou<br />

consideravelmente as importações de bens de consumo sem que a indústria nacional pudes-<br />

1 32,8% em 2009, incluindo indústria de transformação, construção, geração e distribuição de energia, água e saneamento; excluindo indústria extrativa<br />

6 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Contextualização<br />

se, em muitos casos, competir em igualdade de condições. Daí decorre, em grande parte, o<br />

tão discutido fenômeno da “desindustrialização”, que é a diminuição do peso da indústria na<br />

formação total de riquezas do país. O equilíbrio das contas externas do período foi garantido<br />

pela formidável elevação da exportação de commodities minerais e agrícolas, cuja demanda<br />

foi puxada pelo acelerado crescimento da China.<br />

Nesse cenário, Santa Catarina sofreu as consequências do novo arranjo econômico vigente.<br />

Sendo um dos estados mais industrializados do país e sem contar com alta produção de commodities<br />

exportáveis, as possibilidades de aumento das vendas externas tornaram-se mais limitadas.<br />

Aliado a isso, o baixo crescimento mundial decorrente da crise financeira global de<br />

2008 e 2009 encolheu ainda mais as oportunidades em mercados consumidores de produtos<br />

catarinenses, particularmente na União Europeia e nos Estados Unidos.<br />

Mesmo com as dificuldades que os exportadores têm encontrado nos últimos anos, o novo<br />

arranjo econômico global traz uma série de novas oportunidades de negócios. Se os mercados<br />

tradicionais de Santa Catarina estão com suas economias estagnadas, há outros países em<br />

processo de crescimento. Se alguns dos produtos catarinenses têm menores condições de<br />

competitividade no exterior, outros produtos podem ser explorados para conquistar clientes<br />

estrangeiros. Se há dificuldades em se lidar com a competição de produtos asiáticos, pode-<br />

-se buscar concretizar mais negócios em países dessa região, muitos dos quais estão em ascensão<br />

econômica. A Ásia não possui somente um grande mercado consumidor, mas suas<br />

empresas também ofertam máquinas para modernizar o parque fabril catarinense e insumos<br />

para agregar valor às nossas indústrias, além da possibilidade de complementação de linhas<br />

de produção – o que já está sendo feito por algumas das mais bem-sucedidas empresas de<br />

Santa Catarina da atualidade.<br />

Esta publicação, realizada de modo pioneiro pelo Sistema FIESC, pretende apontar alguns desses<br />

caminhos. Ao fazer uma análise aprofundada do comércio exterior, considerando uma série<br />

histórica de 10 anos e um grande número de países e produtos, busca-se apresentar um mapa<br />

das transformações do comércio internacional catarinense da última década. Com base nessas<br />

informações, o industrial do estado poderá vislumbrar oportunidades em novos mercados<br />

e/ou em novos nichos de negócios.<br />

Além da análise histórica do comércio internacional de Santa Catarina, a FIESC ampliou o escopo<br />

de seu tradicional “Diagnóstico do Setor Exportador Catarinense”, que anualmente apresentava<br />

resultados de pesquisas realizadas com empresas exportadoras do estado sobre a evolução<br />

e o desempenho no comércio exterior. Com novas e mais profundas questões, que remetem<br />

ao período estudado neste documento, o Diagnóstico foi aqui incorporado, permitindo uma<br />

abrangente visão dos desafios e oportunidades existentes para a indústria catarinense no cenário<br />

mundial. Além de servir de orientação às empresas, espera-se que esta publicação contribua<br />

para a formulação de políticas públicas destinadas ao fomento do comércio internacional<br />

brasileiro e, particularmente, de Santa Catarina.<br />

SISTEMA FIESC<br />

7


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

2. Cenário Internacional<br />

Uma década de mudanças<br />

Desde o início do século 21 o mundo viveu uma notável expansão do comércio internacional. Entre 2001 e 2011 o volume<br />

de exportações globais triplicou, saindo da casa dos US$ 6 trilhões para US$ 18 trilhões. Números semelhantes ilustram<br />

a evolução das importações mundiais. O crescimento do comércio foi superior ao crescimento do Produto Interno Bruto<br />

global no período, quando este praticamente dobrou, chegando a US$ 70 trilhões em 2011.<br />

Nesse contexto de “boom” comercial, os países em desenvolvimento, liderados pelos chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia<br />

e China), ganharam peso econômico global ao longo do período, provocando mudanças nos padrões do comércio internacional.<br />

Entre 1995 e 2010, a participação do conjunto dos países emergentes no volume do comércio mundial aumentou<br />

de 28,5% para 41,2%. No caso específico dos BRICs, o Brasil se firmou como um importante fornecedor mundial de<br />

alimentos, a Rússia de fontes de energia, a Índia de bens intensivos em mão de obra e a China de bens de alta tecnologia.<br />

Importando e exportando mais, o grupo de países elevou sua riqueza absoluta e relativa. Em 2010, os BRICs eram responsáveis<br />

por 16% da riqueza gerada no mundo, contra uma participação no PIB global de 8% na década anterior. Nesse ritmo,<br />

entre 2002 e 2011, a China passou de quinto maior exportador mundial de mercadorias para a primeira posição, deixando<br />

para trás os Estados Unidos. No caso das importações, a China galgou da sexta para a segunda posição, passando a deter<br />

quase 10% das importações globais. A Rússia passou da 17ª para a 9ª posição entre os exportadores no período, enquanto<br />

a Índia evoluiu da 31ª posição para a 19ª. Já o Brasil terminou 2011 como o 22° maior exportador mundial.<br />

Foi o bloco dos chamados países em desenvolvimento que garantiu a atenuação da crise econômica global iniciada em<br />

2008. Tais países mostraram-se mais resistentes à crise e dão sinais de que sua importância no comércio mundial tende a<br />

aumentar. Em 2011, lideraram a recuperação da demanda externa, contribuindo com metade do crescimento da importação<br />

mundial, em comparação com 43% em média nos três anos anteriores à crise.<br />

A fraqueza acentuada da demanda de importações dos países desenvolvidos na sequência do colapso em 2008-2009 surge<br />

de um declínio de uma década de sua predominância no comércio internacional. Entre 1995 e 2010, a sua quota de<br />

valor no comércio mundial de mercadorias declinou de 69% para 55%, enquanto que a dos países em desenvolvimento<br />

aumentou de 29% para 41%.<br />

8 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Ganhos e perdas nas participações do comércio internacional de mercadorias (%) 1<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Países<br />

desenvolvidos<br />

Países em<br />

desenvolvimento<br />

Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />

1 Participação do total das exportações e importações nas exportações e importações mundiais<br />

2 Inclui Brasil, China, Índia, México, República da Coreia, Rússia e África do Sul<br />

Economias<br />

em transição<br />

Economias<br />

emergentes 2 China Índia<br />

1995 2000 2007 2010<br />

Durante este período de quinze anos, a participação da China sozinha aumentou quatro vezes – de 2,6% para cerca de 10%.<br />

No mesmo período, a quota de mercado da América Latina e Caribe aumentou de 4,5% para 5,9%. O valor das exportações<br />

de mercadorias da África subiu de US$ 100 bilhões em 1995 para US$ 560 bilhões em 2010, enquanto sua participação no<br />

comércio mundial melhorou modestamente, de 2% para 3,2%.<br />

Os padrões de mudança de comércio estão associados ao rápido crescimento industrial de uma gama de países em desenvolvimento.<br />

Mover-se da agricultura e de outros bens de produção primária para a manufatura tende a aumentar a<br />

intensidade de importação da produção. Tome-se mais uma vez o caso da China, que ao longo da primeira década do<br />

século 21 obteve uma taxa anual de crescimento do PIB próxima a 10%. Para sustentar o crescimento da infraestrutura e<br />

da produção industrial, o país importa grandes quantidades de insumos, como minério de ferro e combustíveis. Tirando<br />

milhões de pessoas da pobreza todos os anos, necessita importar alimentos. Na outra ponta, tornou-se em 2010 a maior<br />

potência manufatureira do planeta, superando os Estados Unidos.<br />

Além disso, o comércio global cada vez mais envolve cadeias de valor em diferentes localizações geográficas, contribuindo<br />

com várias partes para os processos de produção. Tais padrões de mudança no comércio, bem como o aumento da<br />

demanda por produtos primários das economias em rápido crescimento, reforçou o comércio Sul-Sul, conforme verifica-<br />

-se na figura a seguir.<br />

SISTEMA FIESC<br />

9


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Cotas bilaterais de economias desenvolvidas (Norte) e em desenvolvimento (Sul) 1 nas exportações<br />

mundiais, 1995 e 2010 (%)<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Norte-Norte Norte-Sul 2 Sul-Norte 3 Sul-Sul<br />

1995 2010<br />

Fonte: Cálculos do Secretariado da UNCTAD, baseado no UN Comtrade<br />

1 Economias desenvolvidas (Norte) e economias em desenvolvimento (Sul) são baseadas na classificação de país da UNCTAD<br />

2 Exportações do Norte para o Sul<br />

3 Exportações do Sul para o Norte<br />

O Comércio Sul-Sul aumentou a uma taxa de 13,7% por ano entre 1995 e 2010, bem acima da média mundial de 8,7%. No<br />

mesmo período, as exportações de mercadorias do Sul para o Norte aumentaram 9,5% ao ano.<br />

Entretanto, enquanto a demanda de importação recente na maioria dos países em desenvolvimento manteve-se vigorosa,<br />

apenas alguns desses países conseguiram subir na cadeia de valor global e diversificar sua base de exportação para atender<br />

a mercados anteriormente dominados pelas economias desenvolvidas.<br />

Termos voláteis do comércio<br />

O comércio afeta a renda nacional através de três fatores: os preços das exportações, os preços das importações e o volume<br />

de demanda. Os termos internacionais de comércio (definidos como a razão do preço médio de exportação e os índices de<br />

preços de importação) fornecem uma medida sintética das relativas mudanças de preços ao longo do tempo. Estimativas<br />

preliminares para 2011 sugerem que os termos de troca das economias exportadoras de minérios e de petróleo <strong>continu</strong>aram<br />

sua recuperação a partir da queda nos preços de exportação ocorrida em 2009.<br />

10 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Termos de comércio de grupos selecionados de países, por estrutura exportadora, 2000-2013<br />

Indicador: 2000=100<br />

240<br />

220<br />

200<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013<br />

Exportadores de petróleo Exportadores de minérios Exportadores de produtos agrícolas Exportadores de produtos manufaturados<br />

Fonte: UNCTAD/Stat e Nações Unidas/DESA, 2012<br />

Exportadores de minérios, incluindo petróleo, têm visto grandes choques de preços dramaticamente desde 2007. Ainda assim,<br />

os preços do mercado mundial desses produtos parecem estar em uma tendência de alta no longo prazo. Em contraste, os<br />

termos do comércio para as economias que predominantemente exportam bens manufaturados se deterioraram na média.<br />

Economias com uma especialização mais diversificada de exportação enfrentaram choques de comércio mais suaves nos<br />

últimos três anos e também têm receitas de exportação e níveis de demanda de importação mais estáveis, permitindo o<br />

crescimento mais estável da produção. Um padrão semelhante é observado em países especializados na exportação de<br />

manufaturados, que, apesar de terem sofrido um declínio em seus termos de comércio, também têm visto um crescimento<br />

constante da demanda em suas exportações.<br />

2.1 A economia mundial e o comércio internacional em 2011<br />

De acordo com a Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento - UNCTAD - a economia mundial ainda<br />

está em processo de recuperação da crise financeira recente. A taxa de crescimento da produção mundial caiu para 2,4%<br />

em 2011, mais baixa que a taxa de 3,8% no ano anterior. A economia global foi afetada pela crise da dívida soberana em<br />

curso na Europa, por interrupções na cadeia de fornecimento em virtude de desastres naturais no Japão e na Tailândia e<br />

por conflitos nos países árabes. O ritmo de expansão ficou bem abaixo da média de 3,2% verificada ao longo dos 20 anos<br />

que antecederam a crise financeira mundial de 2008.<br />

SISTEMA FIESC<br />

11


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Evolução anual do PIB e de comércio de mercadorias por região (%)<br />

PIB Exportações Importações<br />

2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011<br />

Mundial -2,6 3,8 2,4 -12,0 13,8 5,0 -12,9 13,7 4,9<br />

América do Norte -3,6 3,2 1,9 -14,8 14,9 6,2 -16,6 15,7 4,7<br />

Estados Unidos -3,5 3,0 1,7 -14,0 15,4 7,2 -16,4 14,8 3,7<br />

Américas do Sul e Central 1 -0,3 6,1 4,5 -8,1 5,6 5,3 -16,5 22,9 10,4<br />

Europa -4,1 2,2 1,7 -14,1 10,9 5,0 -14,1 9,7 2,4<br />

União Europeia -4,3 2,1 1,5 -14,5 11,5 5,2 -14,1 9,5 2,0<br />

Comunidades dos Estados<br />

Independentes (CEI)<br />

-6,9 4,7 4,6 -4,8 6,0 1,8 -28,0 18,6 16,7<br />

África 2,2 4,6 2,3 -3,7 3,0 -8,3 -5,1 7,3 5,0<br />

Oriente Médio 1,0 4,5 4,9 -4,6 6,5 5,4 -7,7 7,5 5,3<br />

Ásia -0,1 6,4 3,5 -11,4 22,7 6,6 -7,7 18,2 6,4<br />

China 9,2 10,4 9,2 -10,5 28,4 9,3 2,9 22,1 9,7<br />

Japão -6,3 4,0 -0,5 -24,9 27,5 -0,5 -12,2 10,1 1,9<br />

Índia 6,8 10,1 7,8 -6,0 22 16,1 3,6 22,7 6,6<br />

Economias recém-industrializadas 2 -0,6 8,0 4,2 -5,7 20,9 6,0 -11,4 17,9 2,0<br />

Nota: Economias desenvolvidas -4,1 2,9 1,5 -15,1 13,0 4,7 -14,4 10,9 2,8<br />

Nota: Países em desenvolvimento e CEI 2,2 7,2 5,7 -7,4 14,9 5,4 -10,5 18,1 7,9<br />

Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />

1 Inclui o Caribe<br />

2 Hong Kong, China, República da Coreia e Taiwan<br />

Os problemas presentes na economia global são múltiplos e interligados. Os desafios mais prementes a serem enfrentados<br />

são a contínua crise no emprego e perspectivas do crescimento econômico em declínio, especialmente nos países desenvolvidos.<br />

Como o desemprego permanece elevado, em cerca de 9%, e com os rendimentos estagnados, a recuperação é<br />

lenta no curto prazo, devido à falta de demanda agregada.<br />

A economia em rápido desaquecimento tem sido tanto uma causa como um efeito da crise da dívida soberana na zona<br />

do euro e dos problemas fiscais em outros países. A crise da dívida em vários países europeus piorou ainda mais em 2011<br />

e agravou deficiências já existentes no setor bancário. As medidas de austeridade fiscal tomadas em resposta estão enfraquecendo<br />

ainda mais o crescimento e as perspectivas de emprego, tornando o ajuste fiscal e a reparação do balanço do<br />

setor financeiro ainda mais desafiadores.<br />

A economia dos Estados Unidos também está enfrentando um elevado e persistente nível de desemprego, o abalo da<br />

confiança das empresas e do consumidor e a fragilidade do setor financeiro. A União Europeia (UE) e os Estados Unidos<br />

são as duas maiores economias do mundo, que estão profundamente entrelaçadas. Seus problemas podem facilmente se<br />

retroalimentar e levar a outra recessão mundial. Os países em desenvolvimento, que se recuperaram fortemente da recessão<br />

global de 2009, seriam atingidos através dos canais de comércio e financeiro.<br />

Além dos problemas nos Estados Unidos e União Europeia, o Japão enfrentou contração de 0,5% na produção em 2011, em<br />

função do terremoto catastrófico de março de 2011. Tudo somado, o crescimento das economias desenvolvidas em 2011<br />

foi de tímidos 1,5%. O crescimento do PIB nos Estados Unidos foi ligeiramente superior à média: ficou em 1,7%, enquanto<br />

o incremento na União Européia esteve em linha com a média de 1,5%.<br />

Os grandes e persistentes desequilíbrios externos na economia global que se desenvolveram na última década <strong>continu</strong>am<br />

a ser um ponto de preocupação para os formuladores de políticas. Na prática, depois de um estreitamento substancial<br />

12 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

durante a Grande Recessão, os desequilíbrios externos das principais economias foram estabilizados em cerca de metade<br />

do nível de pico pré-crise (em relação ao PIB) no período 2010-2011.<br />

Os Estados Unidos <strong>continu</strong>aram sendo a maior economia deficitária, embora o déficit tenha caído substancialmente desde<br />

o pico registrado em 2006. Os superávits externos na China, Alemanha, Japão e um grupo de países exportadores de<br />

petróleo, que formam a contrapartida do déficit dos Estados Unidos, estreitaram-se, embora em graus variados. Enquanto<br />

o excedente da Alemanha manteve-se em cerca de 5% do PIB em 2011, a conta corrente na zona do euro como um todo<br />

praticamente manteve-se em equilíbrio. Grandes excedentes, em relação ao PIB, foram ainda encontrados em países exportadores<br />

de petróleo, atingindo 20% ou mais do PIB em alguns dos países exportadores de petróleo na Ásia Ocidental.<br />

A maioria das economias desenvolvidas está sofrendo de impasses persistentes resultantes da crise financeira global. Os<br />

bancos e as famílias ainda estão em processo de desalavancagem, o que está segurando o fornecimento de crédito. Os<br />

déficits orçamentários e a dívida pública aumentaram, principalmente, por causa da crise e, em menor grau, em virtude<br />

do estímulo fiscal. As políticas monetárias permanecem ajustadas com o uso de várias medidas não convencionais, mas<br />

perderam a sua eficácia, devido à contínua fragilidade do setor financeiro e altos níveis de desemprego persistentes, que<br />

estão segurando a demanda do consumidor e a de investimentos. Preocupações com altos níveis da dívida pública têm<br />

levado os governos a agir com austeridade fiscal, o que deprime ainda mais a demanda agregada.<br />

Os problemas econômicos em muitas nações desenvolvidas são um fator importante por trás da desaceleração nos países<br />

em desenvolvimento. O PIB do Brasil, por exemplo, cresceu 3,7% em 2011, apenas metade da forte recuperação de 7,5%<br />

em 2010. Países de baixa renda também têm experimentado desaceleração, ainda que leve. Em termos per capita, o crescimento<br />

da renda desacelerou de 3,8% em 2010 para 3,5% em 2011.<br />

Ainda assim, os países em desenvolvimento foram os que exibiram melhores resultados em 2011. As regiões de maior<br />

crescimento foram o Oriente Médio (4,9%), seguido pela Comunidade dos Estados Independentes (4,6%) e pelas Américas<br />

Central e do Sul (4,5%). O crescimento do PIB da África, de 2,3%, poderia ter sido maior se não tivessem ocorrido conflitos<br />

na Líbia, na Tunísia, no Egito e em outros países da região.<br />

Mais uma vez, o crescimento do PIB da China ultrapassou o do resto do mundo, atingindo 9,2%, mas o valor não foi superior<br />

ao que o país alcançou no pico da crise financeira global em 2009. Em contraste a esse desempenho, as economias<br />

recém-industrializadas de Hong Kong, China, República da Coreia, Cingapura e Taiwan cresceram a menos da metade do<br />

índice da China (4,2%). As economias em desenvolvimento e a Comunidades dos Estados Independentes juntas registraram<br />

um aumento de 5,7% em 2011.<br />

Economias com maiores crescimentos em 2011 (%)<br />

Oriente Médio 4,9<br />

CEI 4,6<br />

Américas Central e do Sul 4,5<br />

China 9,2<br />

Economias com menores crescimentos em 2011 (%)<br />

Japão -0,5<br />

EUA 1,7<br />

União Europeia 1,5<br />

Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />

SISTEMA FIESC<br />

13


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Comércio Internacional<br />

A recuperação do comércio mundial foi tão vigorosa em 2010 como tinha sido seu declínio em 2009. Em 2011, no entanto,<br />

perdeu grande impulso. O crescimento do volume de comércio mundial desacelerou de 13,8% em 2010 para 6,6% no ano<br />

passado. Um crescimento mais fraco da economia mundial, especialmente entre as economias desenvolvidas, é o principal<br />

fator por trás da desaceleração. A figura a seguir mostra a relação entre o crescimento do volume de mercadorias transacionadas<br />

e o crescimento do PIB mundial.<br />

Variação do comércio mundial de mercadorias (volume) e do PIB (%)<br />

15<br />

10<br />

Crescimento médio das exportações<br />

1991-2011<br />

5<br />

0<br />

-5<br />

Crescimento médio do PIB<br />

1991 -2011<br />

-10<br />

-15<br />

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />

Exportações<br />

PIB<br />

Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />

A desaceleração do crescimento tanto do comércio quanto do produto mundial tinha sido prevista para 2011, mas diversos<br />

acontecimentos durante o ano – no Japão, na Tailândia e no norte da África, por exemplo – prejudicaram ainda mais a<br />

economia e o comércio mundial. Adicionalmente, a evolução negativa do PIB da União Europeia reduziu a demanda por<br />

mercadorias importadas no quarto trimestre do ano, quando a crise da dívida soberana do euro veio à tona. Como resultado,<br />

o crescimento global das exportações ficou abaixo da previsão inicial da OMC, de 5,8%.<br />

O crescimento do comércio mundial de mercadorias em 2011 esteve abaixo da média de 6% na pré-crise entre 1990-2008,<br />

e foi inferior à média dos últimos 20 anos, incluindo o período de colapso do comércio (5,4%). Como resultado, o volume<br />

do comércio esteve ainda mais longe de sua tendência de pré-crise ao final de 2011 do que foi no ano anterior. Na verdade,<br />

essa diferença deve <strong>continu</strong>ar a aumentar na medida em que taxa de expansão comercial estiver aquém dos níveis<br />

anteriores, como demonstra a figura a seguir.<br />

14 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Volume das exportações mundiais de mercadorias (índice 1990=100)<br />

400<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />

Volume de exportações Tendência (1990-2008)<br />

Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />

Flutuações significativas da taxa de câmbio ocorreram durante 2011, o que mudou as posições competitivas de alguns<br />

grandes players mundiais e resultou em novas políticas em países como Suíça e Brasil. As flutuações foram conduzidas, em<br />

grande parte, por atitudes de risco relacionadas à crise da dívida soberana do euro. O valor do dólar americano caiu 4,6%<br />

em termos nominais, contra uma cesta ampla de moedas, de acordo com dados do Federal Reserve, e 4,9 % em termos reais,<br />

de acordo com o Fundo Monetário Internacional, tornando os produtos norte-americanos, em geral, menos caros para a<br />

exportação. A depreciação nominal do dólar também teria inflado o valor em dólares de algumas transações internacionais.<br />

O valor total em dólares das exportações mundiais de mercadorias avançou 19%, para US$ 18,2 trilhões em 2011, como<br />

demonstra a tabela abaixo. Esse aumento foi quase tão grande quanto o incremento de 22% em 2010. Ele foi impulsionado<br />

em grande parte pelo aumento dos preços das commodities primárias. As exportações de serviços comerciais também<br />

cresceram, a uma taxa de 11% em 2011, alcançando US$ 4,1 trilhões.<br />

Exportações mundiais em 2011 e evolução anual<br />

2011<br />

US$ bilhões<br />

2009<br />

%<br />

2010<br />

%<br />

2011<br />

%<br />

2005-11<br />

% média<br />

Mercadorias 18.217 -22 22 19 10<br />

Serviços comerciais 4.149 -11 10 11 9<br />

Transporte 855 -23 15 8 7<br />

Viagem 1.063 -9 9 12 7<br />

Outros serviços comerciais 2.228 -7 8 11 10<br />

Fonte: Secretariado da OMC para Mercadorias e Secretariado da OMC e da UNCTAD para Serviços comerciais, 2012<br />

Os preços das commodities aumentaram, mas <strong>continu</strong>am altamente voláteis. Para muitas commodities, a tendência de subida<br />

dos preços, que começou em junho de 2010, estendeu-se em 2011. Após atingir o pico durante a primeira metade<br />

do ano, os preços diminuíram ligeiramente. No entanto, no caso do petróleo, metais, matérias-primas agrícolas e bebidas<br />

tropicais, os níveis de preço médio para o ano de 2011 como um todo ultrapassaram as médias recordes atingidas em 2008.<br />

Exportadores de commodities que se beneficiaram da melhoria das condições de comércio nos dois últimos anos permanecem<br />

expostos a pressões de redução de preços, o que pode ser significativamente amplificado pela especulação financeira<br />

em caso de uma recessão.<br />

SISTEMA FIESC<br />

15


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

O comércio de serviços, por sua vez, está refletindo a evolução do comércio de mercadorias. Em 2010, o comércio de serviços<br />

voltou a um crescimento positivo em todas as regiões e grupos de países, especialmente nos países em desenvolvimento,<br />

particularmente naqueles menos desenvolvidos. Como o comércio de serviços mostrou menor sensibilidade para<br />

a crise financeira em comparação com o comércio de mercadorias, sua recuperação também foi menos pronunciada em<br />

2010 e 2011. Os países em desenvolvimento <strong>continu</strong>am sendo importadores líquidos de serviços, mas seu papel como exportadores<br />

de serviços está crescendo <strong>continu</strong>amente, especialmente nos setores de transporte e turismo.<br />

Durante a crise, o volume de importação dos países em desenvolvimento caiu para cerca de 13% abaixo da tendência, mas<br />

recuperou-se fortemente e quase totalmente com a tendência de rápido crescimento experimentada no início dos anos<br />

2000, como mostra a figura a seguir.<br />

Tendências divergentes no crescimento das importações mundiais, 2002-2013<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

2002 2003 2004 2005 2006<br />

Tendências dos países<br />

em desenvolvimento<br />

(2001-2007)<br />

Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />

1 Parcialmente estimado<br />

2 Projeções<br />

Nível de importações dos<br />

países em desenvolvimento<br />

(2001=100)<br />

2007 2008 2009 2010 2011 2012 1 2013 2<br />

Tendências dos países<br />

desenvolvidos<br />

(2001-2007)<br />

Nível de importações<br />

dos países desenvolvidos<br />

(2001=100)<br />

Entre as regiões em desenvolvimento, o Leste e o Sul da Ásia lideraram a recuperação da demanda externa, respondendo<br />

por cerca de três quartos do crescimento das importações das economias em desenvolvimento em 2010, seguidas pela<br />

América Latina e Caribe, responsáveis por 17%; a Ásia Ocidental e a África contribuíram com cerca de 7% e 2%, respectivamente.<br />

A China <strong>continu</strong>a a ser o principal motor do crescimento das importações entre os países em desenvolvimento,<br />

representando 37% do crescimento das importações de todos os países em desenvolvimento em 2010.<br />

A recuperação abaixo da tendência do comércio mundial é quase totalmente explicada pela fraca demanda de importações<br />

nas economias desenvolvidas. A demanda de importação caiu para 21% abaixo da tendência até 2009 e não se recuperou<br />

depois. Espera-se que essa diferença aumente ainda mais, para 30% até 2013.<br />

Os cinco maiores exportadores de mercadorias em 2011 foram a China, os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão e a Holanda.<br />

Os principais importadores foram os Estados Unidos, a China, a Alemanha, o Japão e a França. A tabela a seguir apresenta<br />

as exportações e importações dos principais países no cenário mundial, e sua participação no comércio global.<br />

16 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Principais exportadores e importadores de mercadorias em 2011<br />

Pos. Exportadores<br />

US$ Partic.* Variação<br />

US$ Partic.* Variação<br />

Pos. Importadores<br />

bilhões % anual (%)<br />

bilhões % anual (%)<br />

1 China 1.899 10,4 20 1 Estados Unidos 2.265 12,3 15<br />

2 Estados Unidos 1.481 8,1 16 2 China 1.743 9,5 25<br />

3 Alemanha 1.474 8,1 17 3 Alemanha 1.254 6,8 19<br />

4 Japão 823 4,5 7 4 Japão 854 4,6 23<br />

5 Holanda 660 3,6 15 5 França 715 3,9 17<br />

6 França 597 3,3 14 6 Reino Unido 636 3,5 13<br />

7 República da Coreia 555 3 19 7 Holanda 597 3,2 16<br />

8 Itália 523 2,9 17 8 Itália 557 3 14<br />

9 Federação Russa 522 2,9 30 9 República da Coreia 524 2,9 23<br />

10 Bélgica 476 2,6 17 10 Hong Kong, China 511 2,8 16<br />

Importações retidas 130 0,7 16<br />

11 Reino Unido 473 2,6 17 11 Canadá 1 462 2,5 15<br />

12 Hong Kong, China 456 2,5 14 12 Bélgica 461 2,5 17<br />

Exportações domésticas 17 1,1 14<br />

Re-exportações 439 2,4 14<br />

13 Canadá 452 2,5 17 13 Índia 4.513 2,5 29<br />

14 Cingapura 410 2,2 16 14 Cingapura 366 2 18<br />

Exportações domésticas 224 1,2 23 Importações retidas 2 180 2 18<br />

Re-exportações 186 1 10<br />

15 Reino da Arábia Saudita 365 2 45 15 Espanha 362 2 11<br />

TOTAL ACIMA 3 12.032 66,9 - TOTAL ACIMA 3 16.130 67,1 -<br />

MUNDIAL 18.215 100 19 MUNDIAL 18.380 100 19<br />

1 Importações em valores FOB<br />

2 As importações retidas em Cingapura significam importações menos re-exportações<br />

3 Incluem re-exportações ou importações para re-exportação substanciais<br />

* Participação no total mundial.<br />

Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />

O quadro abaixo mostra os países que tiveram maiores crescimentos e quedas no comércio internacional em 2011:<br />

Exportações com maiores crescimentos (%)<br />

Índia 16,1<br />

China 9,2<br />

EUA 7,2<br />

Exportações em declínio (%)<br />

África -8,3<br />

Japão -0,5<br />

Filipinas -14,3<br />

Importações com maiores crescimentos (%)<br />

China 9,7<br />

Índia 6,6<br />

Importações em declínio (%)<br />

Grécia em torno de -20<br />

Taiwan em torno de -3<br />

Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />

Quanto ao comércio por grandes regiões do globo, o valor das exportações de mercadorias da América do Norte aumentou<br />

16%, enquanto as importações cresceram 15%. Na Europa, as taxas foram parecidas: 17%, tanto para exportações quanto<br />

para importações.<br />

SISTEMA FIESC<br />

17


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

No mesmo patamar ficaram as exportações da Ásia, que detém quase um terço do comércio mundial. Suas vendas externas<br />

cresceram 18% e as importações, 23%. A África cresceu 17% e 18% nas exportações e importações, respectivamente.<br />

Já as outras regiões tiveram taxas de crescimento comercial em patamar superior. As exportações das Américas do Sul e<br />

Central avançaram 27%, impulsionadas por aumentos nos preços de produtos primários, enquanto as importações aumentaram<br />

24%. Na Comunidade dos Estados Independentes – CEI – o motor das exportações foi o aumento nos preços<br />

de energia. As exportações e importações cresceram, respectivamente, 34% e 30%. O aumento dos preços de petróleo<br />

fizeram as exportações do Oriente Médio elevarem-se 37% em 2011.<br />

Vale ressaltar que a participação das economias em desenvolvimento e da Comunidade dos Estados Independentes no<br />

total mundial subiu para 47% no lado das exportações e 42% no lado das importações, os maiores níveis já registrados em<br />

uma série de dados que remonta a 1948.<br />

O mapa a seguir resume as variações e a participação no comércio internacional das grandes regiões do globo.<br />

Exportações e importações de mercadorias por região em 2011<br />

AMÉRICA DO NORTE<br />

Exportações<br />

<br />

<br />

<br />

Importações<br />

<br />

<br />

<br />

EUROPA<br />

Exportações<br />

<br />

<br />

<br />

Importações<br />

<br />

<br />

<br />

COMUNIDADE<br />

DE ESTADOS<br />

INDEPENDENTES<br />

Exportações<br />

<br />

<br />

<br />

Importações<br />

<br />

<br />

<br />

AMÉRICAS DO<br />

SUL E CENTRAL<br />

Exportações<br />

<br />

<br />

<br />

Importações<br />

<br />

<br />

<br />

ÁFRICA<br />

Exportações<br />

<br />

<br />

<br />

Importações<br />

<br />

<br />

<br />

ORIENTE MÉDIO<br />

Exportações<br />

<br />

<br />

<br />

Importações<br />

<br />

<br />

<br />

ÁSIA<br />

Exportações<br />

<br />

<br />

<br />

Importações<br />

<br />

<br />

<br />

Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />

2.2 Perspectivas da economia mundial<br />

O cenário adotado como base pelas Nações Unidas para as pesrpectivas da economia é relativamente positivo, uma vez<br />

que assume como premissa um conjunto de condições otimistas, incluindo o pressuposto de que a crise da dívida soberana<br />

na Europa será circunscrita a uma ou algumas poucas pequenas economias e que os problemas da dívida podem ser<br />

trabalhados de forma mais ou menos ordenada. O Anexo 6.1 deste estudo contém uma explicação a respeito dos pressupostos<br />

assumidos pelas Nações Unidas para as estimativas do cenário-base para 2012 e 2013.<br />

18 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

O cenário-base ainda assume que as políticas monetárias entre os principais países desenvolvidos permanecerão flexíveis,<br />

enquanto a mudança para a austeridade fiscal na maioria deles não deverá envolver cortes mais profundos. O cenário também<br />

indica que os preços das commodities-chave deverão cair ligeiramente, enquanto as taxas de câmbio entre as principais<br />

moedas flutuarão em torno dos níveis atuais, sem tornar esse tema ameaçador.<br />

No cenário-base da ONU, o crescimento do PIB mundial atingirá 2,6% em 2012 e 3,2% em 2013. De qualquer maneira, isso<br />

implica um rebaixamento significativo (em um ponto percentual) a partir da previsão inicial em meados de 2011, mas está<br />

em linha com o cenário pessimista colocado ao final de 2010. A desaceleração já foi visível em 2011, quando a economia<br />

global cresceu estimados 2,4%, ante os 3,8% alcançados em 2010.<br />

Crescimento previsto do PIB mundial (%)<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

4,1 4,0<br />

1,5<br />

4,0<br />

2,8<br />

3,9<br />

2,6<br />

Cenário otimista<br />

Cenário-base<br />

4,0<br />

3,2<br />

2,2<br />

Cenário pessimista<br />

1<br />

0<br />

0,5<br />

-1<br />

-2<br />

-3<br />

2006<br />

Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />

1 Estimativas<br />

2 Previsões das Nações Unidas<br />

-2,4<br />

2007 2008 2009 2010 2011 2012 1 2013 2<br />

Os países em desenvolvimento e as economias em transição deverão <strong>continu</strong>ar impulsionando o crescimento da economia<br />

mundial, com um incremento médio de 5,6% em 2012 e 5,9% em 2013, no cenário-base. Esses números estão bem<br />

abaixo do ritmo de 7,5% alcançado em 2010, quando o crescimento da produção entre as maiores economias emergentes<br />

na Ásia e América Latina, como Brasil, China e Índia, tinha sido particularmente robusto.<br />

Estima-se que o crescimento do PIB da China e da Índia mantenha-se em nível alto, mas em desaceleração. Na China, o<br />

crescimento abrandou de 10,4% em 2010 para 9,3% em 2011, e está projetado para ficar abaixo de 9% em 2012 e em 2013.<br />

A economia da Índia deverá crescer entre 7,7 e 7,9 % em 2012 e, em 2013, abaixo dos 9% observados em 2010.<br />

O Brasil e o México devem sofrer as desacelerações mais visíveis. A Organização das Nações Unidas – ONU – avalia que<br />

o PIB brasileiro crescerá 2,7% em 2012, mas o desempenho da economia pode ser ainda menor que 2%, de acordo com<br />

previsões mais recentes de mercado. A economia mexicana desacelerou de 5,8% em 2010 para 3,8% em 2011, e não deve<br />

passar de 2,5% no cenário de referência para 2012.<br />

Apesar da desaceleração global, os países mais pobres poderão ver o crescimento da renda média um pouco acima dessa<br />

taxa em 2012 e 2013. O mesmo vale para o crescimento médio entre a categoria dos países menos desenvolvidos das Nações<br />

Unidas. No entanto, o crescimento deverá manter-se abaixo de seu potencial na maior parte dessas economias. Em 2011 e<br />

2012, o crescimento da renda per capita deverá atingir entre 2% e 2,5%, bem abaixo da média anual de 5% entre 2004 e 2007.<br />

SISTEMA FIESC<br />

19


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Crescimento previsto do PIB por grupos de países (%)<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

-4<br />

-6<br />

-8<br />

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 1 2013 2<br />

Economias desenvolvidas Economias em transição Economias em desenvolvimento Economias menos desenvolvidas<br />

Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />

1 Estimativas<br />

2 Previsões das Nações Unidas<br />

Cenários base e pessimista de crescimento do PIB em 2012 (%)<br />

México<br />

Brasil<br />

Índia<br />

China<br />

África do Sul<br />

Nigéria<br />

Países em desenvolvimento<br />

Rússia<br />

Economias em transição<br />

União Europeia<br />

Japão<br />

Estados Unidos<br />

Economias desenvolvidas<br />

Mundo<br />

Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />

-4 -2 0 2 4 6 8 10<br />

2012 Cenário pessimista 2012 Cenário-base<br />

20 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Evolução anual da produção mundial (%)<br />

Diferença das<br />

previsões atuais em<br />

relação às previsões<br />

de junho de 2011 4<br />

2005-2008 1 2009 2010 2 2011 3 2012 3 2013 3 2011 2012<br />

Mundo 3,3 -2,4 4,0 2,8 2,6 3,2 -0,5 -1,0<br />

Economias desenvolvidas 1,9 -4,0 1,3 1,3 1,9 -0,7 -1,1<br />

Estados Unidos 1,8 -3,5 3,0 1,7 1,5 2,0 -0,9 -1,3<br />

Japão 1,3 -6,3 4,0 -0,5 2,0 2,0 -1,2 -0,8<br />

União Europeia 2,2 4,3 2,0 1,6 0,7 1,7 -0,1 -1.2<br />

Economias em transição 7,1 -6,6 4,1 4,1 3,9 4,1 -0,3 -0,7<br />

Rússia 7,1 -7,8 4,0 4,0 3,9 4,0 -0,4 -0,7<br />

Economias em desenvolvimento 6,9 2,4 7,5 6,0 5,6 5,9 -0,2 -0,6<br />

África 5,4 0,8 3,9 2,7 5,0 5,1 0,9 0,4<br />

China 11,9 9,2 10,4 9,3 8,7 8,5 0,2 -0,2<br />

Índia 9,0 7,0 9,0 7,6 7,7 7,9 -0,5 -0,5<br />

Brasil 4,6 -0,6 7,5 3,7 2,7 3,8 -1,4 -2,6<br />

México 3,2 -6,3 5,8 3,8 2,5 3,6 0,1 -1,8<br />

Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />

1 Evolução (%) anual<br />

2 Dado real ou estimativa mais recente<br />

3 Previsões, baseadas em parte no Projeto LINK das Nações Unidas/DESA<br />

4 Publicação “Situação econômica mundial e perspectivas de meados de 2011”<br />

Riscos e incertezas<br />

A fragilidade nas políticas formuladas, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, para lidar com a crise do emprego e<br />

evitar a escalada de problemas com a dívida soberana e com a fragilidade do setor financeiro, constitui o risco mais grave<br />

para a economia global nas perspectivas para 2012-2013, com a possibilidade distinta de uma renovada recessão global.<br />

As economias desenvolvidas estão à beira de uma espiral descendente impulsionada por quatro fraquezas que se reforçam<br />

mutuamente: as incertezas causadas pela dívida soberana, frágeis setores bancários, fraca demanda agregada (associada<br />

à elevada taxa de desemprego) e paralisia na política causada por impasses políticos e deficiências institucionais. Essas deficiências<br />

já estão presentes, mas o agravamento de uma delas poderia desencadear um círculo vicioso que levaria a uma<br />

grave crise financeira e a uma recessão econômica. Isso também afetaria seriamente mercados emergentes e outros países<br />

em desenvolvimento.<br />

As economias em desenvolvimento e as economias em transição provavelmente seriam negativamente afetadas. O impacto<br />

iria variar de acordo com as ligações econômicas e financeiras desses países com as principais economias desenvolvidas. Países<br />

asiáticos em desenvolvimento, particularmente os da Ásia Oriental, sofreriam principalmente através de uma queda em<br />

suas exportações para as principais economias desenvolvidas, enquanto aqueles na África, América Latina e Ásia Ocidental,<br />

juntamente com as principais economias em transição, seriam afetados pelo declínio dos preços das commodities primárias.<br />

Comércio internacional<br />

Por consequência de um fôlego pós-crise de 2009, o comércio internacional recuperou-se em 2010. Em 2011, entretanto,<br />

o ritmo caiu para 5%. A Organização Mundial do Comércio – OMC – prevê uma nova desaceleração no volume de comércio<br />

de mercadorias: 3,7% em 2012. Neste ano, as exportações deverão crescer 2% nos países desenvolvidos e 5,6% nas<br />

SISTEMA FIESC<br />

21


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

economias em desenvolvimento (incluindo a Comunidade dos Estados Independentes). No lado da importação, a OMC<br />

está projetando 1,9% de crescimento para os países desenvolvidos e 6,2% para as economias em desenvolvimento e a CEI,<br />

como apresenta a tabela abaixo.<br />

Evolução anual do comércio mundial de mercadorias e do PIB – 2008-2013 (%)<br />

2008 2009 2010 2011 2012* 2013*<br />

Volume do comércio mundial<br />

de mercadorias<br />

2,3 -12,0 13,8 5,0 3,7 5,6<br />

Exportação<br />

- Economias desenvolvidas 0,9 -15,1 13,8 4,7 2,0 4,1<br />

- Economias em desenvolvimento e CEI 4,2 -7,5 14,9 5,4 5,6 7,2<br />

Importação<br />

- Economias desenvolvidas -1,1 -14,4 10,9 2,8 1,9 3,9<br />

- Economias em desenvolvimento e CEI 8,6 -10,5 18,1 7,9 6,2 7,8<br />

PIB real a taxas de câmbio de mercado 1,3 -2,6 3,8 2,4 2,1 2,7<br />

- Economias desenvolvidas 0,0 -4,0 2,8 1,5 1,1 1,8<br />

- Economias em desenvolvimento e CEI 5,6 2,2 7,2 5,7 5,0 5,4<br />

Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />

* Os dados para 2012 e 2013 são projeções<br />

As estimativas do comércio global da OMC assumem um crescimento do PIB mundial de 2,1% em 2012, com as economias<br />

desenvolvidas avançando 1,1% e o resto do mundo crescendo a uma taxa de 5% ao ano. A projeção para 2013 assume<br />

uma aceleração do crescimento global para 2,7%, com as economias desenvolvidas crescendo 1,8% e o resto do mundo<br />

avançando 5,4%.<br />

Os dados relativos a 2013 são estimativas baseadas em suposições sobre a trajetória de longo prazo do PIB e devem ser<br />

interpretados com um grau adequado de cautela. Espera-se que o volume do comércio em 2013 se recupere, alcançando<br />

uma expansão de 5,6% sobre 2012. As exportações de países desenvolvidos e em desenvolvimento devem aumentar em<br />

4,1% e 7,2%, respectivamente. Do lado das importações, as economias desenvolvidas devem registrar um crescimento de<br />

3,9%, enquanto as economias em desenvolvimento devem avançar 7,8%.<br />

Mesmo com as hipóteses otimistas da linha de base, o comércio mundial <strong>continu</strong>aria evoluindo longe da tendência, conforme<br />

demonstra a figura a seguir. Neste cenário, o volume do comércio mundial estaria 30% abaixo do nível que poderia<br />

ter sido alcançado se não houvesse a crise financeira global.<br />

22 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Crescimento abaixo da tendência do comércio mundial de mercadorias, 2002-2013<br />

% US$ trilhões<br />

15<br />

10<br />

5<br />

240<br />

220<br />

200<br />

0<br />

-5<br />

-10<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

-15<br />

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 1 2013 2<br />

Volume de importação<br />

Crescimento da produção<br />

Tendência das importações mundiais Nível das importações mundiais<br />

mundial (escala à esquerda) mundial (escala à esquerda) (escala à direita)<br />

(2001=100) (escala à direita)<br />

Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />

1 Parcialmente estimado<br />

2 Projeções<br />

100<br />

Uma razoável recuperação depende de uma conformação de fatos positivos. Um cenário concebível seria presenciar os<br />

riscos da dívida soberana do euro sendo dissipados após a reestruturação ordenada da dívida do governo grego, e uma<br />

economia mais forte dos EUA sustentando a demanda global e aumentando as exportações das economias emergentes<br />

e em desenvolvimento. Isso levaria a um círculo virtuoso de melhoria das condições econômicas, com a consequente expansão<br />

do comércio.<br />

No entanto, o panorama mais provável <strong>continu</strong>a sendo de uma recessão moderada na Europa, um crescimento mais lento<br />

nos países em desenvolvimento e recuperações moderadas nos Estados Unidos e no Japão.<br />

Uma recessão mais profunda na zona do euro aumentaria os pagamentos de transferência social, privando os governos das<br />

tão necessárias receitas e lançando dúvidas sobre a capacidade e a vontade dos países em saldar suas dívidas. Isso elevaria<br />

os custos de empréstimos para países com finanças desafiadoras, o que poderia resultar em recessão.<br />

Os preços ascendentes das commodities também constituem um fator de risco, mas seus efeitos distributivos são mais<br />

ambíguos. Altos preços do petróleo, em particular, restringem a atividade econômica e estão associados a recessões nos<br />

países importadores. No entanto, os preços flutuantes também aumentam as receitas de exportação dos produtores desses<br />

recursos, que são desproporcionalmente economias emergentes e em desenvolvimento.<br />

SISTEMA FIESC<br />

23


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

ESTIMATIVAS PARA 2012<br />

<br />

<br />

<br />

RISCOS PROVÁVEIS<br />

<br />

<br />

CENÁRIO POSITIVO (menos provável)<br />

<br />

<br />

<br />

2.3 O Brasil no comércio internacional<br />

Conforme verifica-se na tabela e no gráfico a seguir, em 2011 o Brasil teve um saldo superavitário de US$ 29,7 bilhões, com<br />

US$ 256 bilhões em exportações (crescimento de 26,8% em relação a 2010) e importações totalizando US$ 226,2 bilhões<br />

(aumento de 24,5% no comparativo com 2010). A corrente de comércio (exportações + importações), por sua vez, totalizou<br />

US$ 482,3 bilhões, valor 25,7% maior ao obtido em 2010.<br />

O gráfico também demonstra que as importações vêm crescendo de forma mais acentuada que as exportações, ano após<br />

ano, com exceção de 2009, em função da crise econômica e financeira internacional ocorrida naquele período. Ainda assim,<br />

durante todos os anos analisados, a balança comercial brasileira tem se mantido superavitária, com um saldo recorde<br />

em 2006, quando o superávit foi da ordem de US$ 46,5 bilhões.<br />

24 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Balança comercial brasileira – US$ milhões - 2001 a 2011<br />

Ano Exportação Importação Saldo<br />

2001 58.286,6 55.601,8 2.684,8<br />

2002 60.438,7 47.242,7 13.196,0<br />

2003 73.203,2 48.325,6 24.877,7<br />

2004 96.677,5 62.835,6 33.841,9<br />

2005 118.529,2 73.600,4 44.928,8<br />

2006 137.807,5 91.350,8 46.456,6<br />

2007 160.649,1 120.617,4 40.031,6<br />

2008 197.942,4 172.984,8 24.957,7<br />

2009 152.994,7 127.722,3 25.272,4<br />

2010 201.915,3 181.768,4 20.146,9<br />

2011 256.039,6 226.243,4 29.796,2<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />

Exportação Importação Saldo<br />

Para o comércio exterior brasileiro, a FUNCEX projeta para 2012 um superávit de US$ 15 bilhões na balança comercial, com<br />

exportações da ordem de US$ 264 bilhões (incremento de 3,11% em relação a 2011) e importações totalizando US$ 249<br />

bilhões (aumento de 10,06% sobre 2011). De acordo com a mesma Fundação, tanto as exportações quanto as importações<br />

deverão apresentar estabilidade nos preços em 2012; assim, o crescimento deverá ser resultante da evolução positiva do<br />

quantum exportado e importado.<br />

Importações<br />

Desde os anos 90, o Brasil iniciou um considerável processo de abertura comercial. No final dos anos 80, a alíquota média<br />

nominal do imposto de importação no Brasil era próxima a 60%, tendo sido reduzida a menos de 14% em 2008, segundo<br />

a Organização Mundial do Comércio – OMC. A partir de meados dos anos 90, com a estabilização da economia e a crescente<br />

incorporação das camadas mais pobres da população ao mundo do consumo, um mercado de quase 200 milhões<br />

de habitantes configurou-se no país. A elevada apreciação cambial observada nos últimos anos completou um quadro extremamente<br />

atraente para a entrada de artigos importados no país. Assim, num período de duas décadas, o Brasil dobrou<br />

sua participação nas compras mundiais, passando de 0,63% do total em 1990 para 1,29% em 2011.<br />

SISTEMA FIESC<br />

25


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Entre 2001 e 2011, as importações brasileiras foram de US$ 55,6 bilhões para US$ 226,2 bilhões, ou seja, quadruplicaram. É<br />

interessante notar as variações quanto às categorias de uso das importações. Em 2001, a parcela de compras de bens de<br />

consumo era de 12,8% do total importado, mas em 2011 essa categoria atingiria 17,7% do total das importações. A participação<br />

de bens importados no mercado brasileiro de consumo atingiu o recorde 22% entre abril de 2011 e março de 2012.<br />

A proporção de combustíveis na pauta de importações também cresceu, ao passo que os bens de capital, assim como<br />

as matérias-primas, perderam participação. Ou seja, proporcionalmente, o Brasil comprou mais produtos prontos para o<br />

consumo e menos equipamentos e insumos para a produção local. Em números absolutos, entretanto, todos os bens importados<br />

cresceram significativamente.<br />

Especificamente em 2011, nas importações foram observadas evoluções positivas em todas as categorias de uso, mas os<br />

combustíveis e os bens de consumo duráveis se destacaram, com altas de 43,7% e 34,4% em relação a 2010, respectivamente.<br />

As demais categorias também tiveram crescimento significativo, embora bem mais fraco no caso dos bens de capital<br />

(18,1%) e dos bens intermediários (20%).<br />

Importações brasileiras por categorias de uso (participação no total %)<br />

Ano Bens de capital Bens de consumo<br />

Combustíveis e<br />

Matérias-primas e<br />

lubrificantes<br />

produtos intermediários<br />

2001 26,6 12,8 11,3 49,3<br />

2002 24,7 12,5 13,2 49,6<br />

2003 21,4 11,5 13,6 53,5<br />

2004 19,4 10,9 16,4 53,3<br />

2005 20,9 11,6 16,2 51,3<br />

2006 20,7 13,1 16,6 49,6<br />

2007 20,8 13,3 16,6 49,3<br />

2008 20,8 13,0 18,2 48,0<br />

2009 23,2 16,9 13,1 46,8<br />

2010 22,6 17,2 14,0 46,2<br />

2011 21,2 17,7 16,0 45,1<br />

Fonte: SECEX/MDIC<br />

A tendência se manteve em 2011. A análise do crescimento no quantum importado permite esse vislumbre, pois ele foi liderado<br />

pela categoria de bens de consumo duráveis (27,1%) e não duráveis (15,3%). Os bens intermediários, que têm o maior<br />

peso na pauta, cresceram 6,5%. O gráfico a seguir apresenta a evolução do quantum das importações brasileiras em 2011<br />

segundo categorias de uso. Perceba-se que a base do gráfico é o mês de setembro de 2008. Assim, no caso dos bens de<br />

consumo duráveis, é possível deduzir que a quantidade de bens importados pelo país praticamente dobrou em três anos.<br />

26 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Quantum das importações brasileiras por categorias de uso – Média móvel de 12 meses (set/2008=100)<br />

200<br />

190<br />

180<br />

170<br />

160<br />

150<br />

140<br />

130<br />

120<br />

110<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

Nov/10 Dez/10 Jan/11 Fev/11 Mar/11 Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11<br />

Combustíveis Intermediários Bens de capital Duráveis Não duráveis<br />

Fonte: FUNCEX, janeiro 2012<br />

Exportações<br />

Entre 2001 e 2011, o Brasil elevou suas exportações do patamar dos US$ 60 bilhões para US$ 256 bilhões. Com isso, ampliou<br />

sua participação nas exportações mundiais, que ficavam em torno de 1% do total, para 1,44% em 2011. No período,<br />

houve um aumento na participação de produtos básicos diante do total exportado, em detrimento dos industrializados,<br />

situação conhecida como “comoditização” da pauta de exportações brasileira. Em 2001, os básicos representavam cerca de<br />

26% do total das vendas externas, enquanto os industrializados representavam 56,5%. Em 2011, a proporção era de quase<br />

48% para os básicos e 36% para os industrializados, conforme demonstra a tabela a seguir.<br />

Exportações brasileiras por fator agregado (participação no total %)<br />

Ano Básicos Semimanufaturados Manufaturados Operações especiais<br />

2001 26,4 14,1 56,5 3,0<br />

2006 29,2 14,2 54,4 2,2<br />

2011 47,7 14,1 36,1 2,1<br />

Fonte: SECEX/MDIC<br />

Esta tendência parece também aprofundar-se recentemente. Os produtos básicos apresentaram em 2011 um aumento de<br />

36,1% em relação ao valor exportado em 2010. Os produtos manufaturados e semimanufaturados cresceram 16% e 27,7%<br />

no comparativo 2011/2010, respectivamente. A tabela a seguir apresenta o desempenho das exportações brasileiras por<br />

setores da economia, de acordo com o código CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas.<br />

SISTEMA FIESC<br />

27


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Exportações brasileiras por setor em 2011<br />

Setores<br />

US$ milhões FOB<br />

Variação<br />

Partic. s/ total<br />

2011/2010 (%) exportações (%)<br />

Agricultura e pecuária 32.236 40 12,6<br />

Silvicultura e exploração florestal 160 24,3 0,1<br />

Pesca e aquicultura 21 -30,1 0<br />

Extração de carvão mineral 10 * 0<br />

Extração de petróleo 21.632 32,8 8,4<br />

Extração de minerais metálicos 44.218 43,4 17,3<br />

Extração de minerais não metálicos 816 9,7 0,3<br />

Produtos alimentícios e bebidas 45.516 19,4 17,8<br />

Produtos do fumo 57 1,9 0<br />

Produtos têxteis 2.720 40,5 1,1<br />

Confecção de artigos do vestuário e acessórios 218 4,8 0,1<br />

Preparação de couros, seus artefatos e calçados 3.602 3,9 1,4<br />

Produtos de madeira 1.905 -1,2 0,7<br />

Celulose, papel e produtos de papel 7.170 6,3 2,8<br />

Edição, impressão e reprodução de gravações 88 4,5 0<br />

Coque, refino de petróleo e combustíveis 6.179 41,6 2,4<br />

Produtos químicos 13.337 21 5,2<br />

Artigos de borracha e plástico 3.394 18,4 1,3<br />

Produtos de minerais não metálicos 1.697 0,9 0,7<br />

Metalurgia básica 21.721 32,9 8,5<br />

Produtos de metal 2.056 17,1 0,8<br />

Máquinas e equipamentos 10.803 25,8 4,2<br />

Máquinas para escritório e de informática 406 17,5 0,2<br />

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 3.503 9,4 1,4<br />

Material eletrônico e de comunicações 1.458 -16,9 0,6<br />

Equipamentos médico-hospitalares, de automação industrial e de precisão 1.012 18,2 0,4<br />

Veículos automotores, reboques e carrocerias 15.781 13,9 6,2<br />

Outros equipamentos de transporte 7.249 17,5 2,8<br />

Móveis e indústrias diversas 1.427 6,3 0,6<br />

TOTAL 256.040 26,8 97,8<br />

Fonte: FUNCEX, janeiro 2012, a partir de dados da SECEX/MDIC<br />

De acordo com a tabela anterior, verifica-se que a concentração na pauta de exportações em poucos setores <strong>continu</strong>a elevada,<br />

com apenas três setores representando 47,7% do total exportado em 2011: produtos alimentícios e bebidas, extração<br />

de minerais metálicos e agricultura e pecuária. Ressalte-se a predominância de commodities agropecuárias e minerais<br />

neste conjunto. Os setores com melhores desempenhos na exportação no Brasil em 2011, e respectivas taxas de variação,<br />

foram, em ordem de importância:<br />

Melhores desempenhos nas exportações brasileiras em 2011<br />

Setores Variação (%)<br />

Extração de minerais metálicos 43,4<br />

Coque, refino de petróleo e combustíveis 41,6<br />

Produtos têxteis 40,5<br />

Agricultura e pecuária 40<br />

Metalurgia básica 32,9<br />

28 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Dos 29 setores analisados, somente três apresentaram crescimento negativo nas exportações em 2011: pesca e aquicultura<br />

(-30,1%), material eletrônico e de comunicações (-16,9%) e produtos de madeira (-1,2%).<br />

De acordo com a FUNCEX, o crescimento nas exportações brasileiras em 2011 foi resultado, em sua maior parte, do aumento<br />

de preços (23,2%), ainda que o quantum (volume) exportado também tenha sido positivo (2,9%). Vale ressaltar que o aumento<br />

de preços é bastante desigual para as várias categorias de produtos. A tabela a seguir apresenta a variação de preços das<br />

mercadorias exportadas desde 2006 (2006=100). As altas de preços mais significativas foram justamente das commodities<br />

minerais e agropecuárias, nos três itens que encabeçam a pauta brasileira. Isso decorre da demanda crescente por commodities<br />

dos países em desenvolvimento, especialmente a China, e do esfriamento da demanda nos países desenvolvidos.<br />

Índice de preço das exportações brasileiras – base média 2006=100<br />

Setores 2011<br />

Variação<br />

no ano (%)<br />

Agricultura e pecuária 31,9<br />

Extração de petróleo 39,7<br />

Extração de minerais metálicos 34,6<br />

Extração de minerais não metálicos 10,0<br />

Produtos alimentícios e bebidas 23,7<br />

Produtos têxteis 26,1<br />

Confecção de artigos do vestuário e acessórios 15,2<br />

Preparação de couros, seus artefatos e calçados 14,4<br />

Produtos de madeira 7,3<br />

Celulose, papel e produtos de papel 6,0<br />

Coque, refino de petróleo e combustíveis 32,5<br />

Produtos químicos 17,2<br />

Artigos de borracha e plástico 15,5<br />

Produtos de minerais não metálicos 5,8<br />

Metalurgia básica 19,6<br />

Produtos de metal 12,4<br />

Máquinas e equipamentos 13,4<br />

Máquinas para escritório e de informática 4,9<br />

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 12,3<br />

Material eletrônico e de comunicações 4,2<br />

Equipamentos médico-hospitalares, de automação industrial e de precisão 6,6<br />

Veículos automotores, reboques e carrocerias 6,6<br />

Outros equipamentos de transporte 3,9<br />

Móveis e indústrias diversas 15,3<br />

TOTAL 211,9 23,2<br />

Fonte: FUNCEX, janeiro 2012, a partir de dados da SECEX/MDIC<br />

A tabela a seguir mostra a variação no quantum das exportações. Ao se observar os produtos líderes e cotejar o quantum<br />

com a variação dos preços demonstrada na tabela anterior, percebe-se que, desde 2006, o preço subiu em razão muito superior<br />

à quantidade exportada. Conclui-se daí que o crescimento das exportações brasileiras dos últimos anos deu-se em<br />

grande parte devido à alta de preços de commodities agrícolas e minerais.<br />

SISTEMA FIESC<br />

29


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Índice de quantum das exportações brasileiras – base média 2006=100<br />

Setores 2011<br />

Variação<br />

no ano (%)<br />

Agricultura e pecuária 6,1<br />

Extração de petróleo -4,9<br />

Extração de minerais metálicos 6,5<br />

Extração de minerais não metálicos -0,3<br />

Produtos alimentícios e bebidas -3,4<br />

Produtos têxteis 11,4<br />

Confecção de artigos do vestuário e acessórios -9<br />

Preparação de couros, seus artefatos e calçados -9,2<br />

Produtos de madeira -7,9<br />

Celulose, papel e produtos de papel 0,2<br />

Coque, refino de petróleo e combustíveis 6,9<br />

Produtos químicos 3,3<br />

Artigos de borracha e plástico 2,5<br />

Produtos de minerais não metálicos -4,6<br />

Metalurgia básica 11<br />

Produtos de metal 4,1<br />

Máquinas e equipamentos 11<br />

Máquinas para escritório e de informática 12<br />

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos -2,6<br />

Material eletrônico e de comunicações -20,3<br />

Equipamentos médico-hospitalares, de automação industrial e de precisão 10,9<br />

Veículos automotores, reboques e carrocerias 6,8<br />

Outros equipamentos de transporte 13,1<br />

Móveis e indústrias diversas -7,8<br />

TOTAL 130,7 2,9<br />

Fonte: FUNCEX, janeiro 2012, a partir de dados da SECEX/MDIC<br />

Em 2011, enquanto todos os setores analisados apresentaram crescimento positivo no índice de preço das exportações,<br />

no quantum das exportações 10 dos 29 setores tiveram reduções:<br />

Maiores reduções nas exportações em 2011<br />

Setores<br />

Variação do quantum<br />

(%)<br />

Material eletrônico e de comunicações -20,3<br />

Preparação de couros, seus artefatos e calçados -9,2<br />

Confecção de artigos do vestuário e acessórios -9<br />

Produtos de madeira -7,9<br />

Móveis e indústrias diversas -7,8<br />

Extração de petróleo -4,9<br />

Produtos de minerais não metálicos -4,6<br />

Produtos alimentícios e bebidas -3,4<br />

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos -2,6<br />

Extração de minerais não metálicos -0,3<br />

Fonte: FUNCEX, janeiro 2012, a partir de dados da SECEX/MDIC<br />

30 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Cenário Internacional<br />

Fazendo-se a análise das exportações por classes de produtos, chega-se a conclusões semelhantes às obtidas pela observação<br />

dos principais setores. Considerando-se 2011, a respeito dos preços de exportação, verifica-se o melhor desempenho<br />

nos bens básicos (+31,3%), seguidos pelos produtos semimanufaturados (+20,9%) e produtos manufaturados (+14,1%).<br />

No quantum exportado, houve alta em todas as classes de produtos, com destaque para os semimanufaturados (+5,6%).<br />

O gráfico a seguir demonstra que o quantum das exportações brasileiras apresentou trajetória ascendente em 2011,<br />

ainda que com poucas variações durante o ano. O crescimento mais forte foi no segmento de produtos semimanufaturados<br />

(5,6%) e o mais fraco no segmento de manufaturados (aumento de apenas 1,7%). O gráfico permite ainda observar<br />

a variação entre o final de 2008 (set/2008=100) e o final de 2011. Nesse período de três anos, o volume de produtos<br />

básicos exportados cresceu e o de artigos industrializados caiu. Isso dá uma boa dimensão das dificuldades enfrentadas<br />

pela indústria de transformação.<br />

Índice de quantum das exportações brasileiras, segundo classes de produtos – média móvel de<br />

12 meses (set/2008=100)<br />

120<br />

115<br />

110<br />

105<br />

100<br />

95<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

Nov/10 Dez/10 Jan/11 Fev/11 Mar/11 Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11<br />

Total Básicos Manufaturados Semimanufaturados<br />

Fonte: FUNCEX, janeiro 2012<br />

SISTEMA FIESC<br />

31


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

3. Santa Catarina<br />

Um novo perfil comercial<br />

A história econômica recente de Santa Catarina está vinculada a uma forte participação de sua indústria no comércio internacional<br />

por meio de exportações. Desde os seus primórdios, a indústria catarinense teve que buscar clientes longe de<br />

suas bases, por estar localizada em mercados relativamente pequenos. Com o passar dos anos e o amadurecimento da<br />

indústria, essa vocação se materializou novamente nos anos 1980, o período que ficou conhecido como década perdida<br />

brasileira. Na década anterior, durante os anos do “Milagre Brasileiro”, de alto crescimento econômico, a indústria catarinense<br />

ganhou diversificação e robustez. Com a crise que se seguiu nos anos 80, encontrou o caminho do mercado externo<br />

com grande sucesso.<br />

As exportações foram ampliadas e diversificadas, e Santa Catarina conquistou espaço relevante nos mercados de alimentos,<br />

máquinas e equipamentos elétricos, móveis, papel e celulose, cerâmicas de revestimento e os tradicionais artigos têxteis<br />

e de vestuário, que já compunham a pauta. Nos anos 70, o estado respondia por 2% das exportações nacionais. No início<br />

da década de 90, essa participação havia subido para 6%. Novos produtos foram agregados à pauta de exportações, como<br />

eletrodomésticos, equipamentos odontológicos e autopeças. Em vários itens, como roupas de toucador, móveis de madeira,<br />

motores elétricos e revestimentos cerâmicos, o estado posicionou-se como maior exportador do Brasil.<br />

No caso dos frangos, principal item da pauta catarinense de exportações, o estado é responsável por cerca de 14% de todas<br />

as vendas externas desse produto no mundo. Nesse segmento, a indústria consolidou mais de dois mil cortes diferentes<br />

de carne, o que exigiu o desenvolvimento de complexos maquinários e sofisticados sistemas de informação e logística,<br />

tornando-se a principal referência mundial no setor. Casos semelhantes ocorreram em vários segmentos e o estado construiu,<br />

ao longo dos anos, uma sólida reputação no comércio internacional. No decorrer dos anos 90 e início do século 21,<br />

Santa Catarina firmou-se como o quinto maior exportador nacional no ranking dos estados.<br />

Nos últimos anos, entretanto, alterações significativas na balança comercial catarinense vêm ocorrendo. Santa Catarina<br />

conseguiu manter um saldo superavitário, e sempre crescente, de 2001 a 2005. De 2006 a 2008 o saldo <strong>continu</strong>ou a ser positivo,<br />

mas em declínio. A partir de 2009, a balança comercial catarinense passou a ser deficitária, com um saldo negativo<br />

crescente, começando com US$ 860 mil em 2009 e finalizando 2011 com um déficit na ordem de US$ 5,8 bilhões, como<br />

demonstram a tabela e o gráfico a seguir.<br />

32 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Balança Comercial de SC – 2001 a 2011 (US$ milhões)<br />

Ano Exportação Importação Saldo<br />

2001 3.031,2 860,4 2.170,8<br />

2002 3.160,5 931,4 2.229,1<br />

2003 3.701,9 993,8 2.708,0<br />

2004 4.862,6 1.509,0 3.353,7<br />

2005 5.594,2 2.188,5 3.405,7<br />

2006 5.982,1 3.468,8 2.513,3<br />

2007 7.381,8 5.000,2 2.381,6<br />

2008 8.331,1 7.940,7 390,4<br />

2009 6.427,7 7.288,2 -860,5<br />

2010 7.582,0 11.978,1 -4.396,1<br />

2011 9.051,0 14.854,4 -5.803,4<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

-5<br />

-10<br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />

Exportação Importação Saldo<br />

Uma das razões para o aumento de mais de 1.600% nas importações em Santa Catarina entre 2001 e 2011 é o substancial<br />

incremento no número de empresas importadoras. Em 2001, havia 1.567 importadoras atuando no estado, número que<br />

subiu para 2.411 em 2011. Entre 2001 e 2011 o número de empresas importadoras cresceu mais de 53% no estado, ao passo<br />

que o número de exportadoras manteve-se praticamente constante, oscilando entre 1.400 e 1.600 empresas.<br />

SISTEMA FIESC<br />

33


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Número de empresas exportadoras e importadoras em SC<br />

Exportadoras<br />

Importadoras<br />

2001 1.447 1.567<br />

2002 1.448 1.406<br />

2003 1.492 1.286<br />

2004 1.613 1.343<br />

2005 1.513 1.443<br />

2006 1.463 1.625<br />

2007 1.582 1.837<br />

2008 1.531 1.942<br />

2009 1.459 1.993<br />

2010 1.402 2.242<br />

2011 1.436 2.411<br />

3.000<br />

2.500<br />

2.000<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />

Exportadoras<br />

Importadoras<br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

Diante desse cenário, verifica-se que a contribuição do número de exportadoras catarinenses em relação ao total de empresas<br />

exportadoras brasileiras diminuiu de 7,86%, em 2001, para 6,54%, em 2011, enquanto a participação do número de<br />

importadoras cresceu de 4,44% em 2001 para 5,13% em 2011.<br />

Em termos de valores exportados, a participação de Santa Catarina no total das exportações brasileiras caiu de 5,2% em<br />

2001 para 3,54% em 2011. Com isso o estado passou de quinto maior exportador do país para a décima posição. Já nas<br />

importações o estado passou de uma contribuição de 1,55% em 2001 para 6,57% em 2011, no total importado pelo Brasil.<br />

A conjuntura já exposta anteriormente – o crescimento da demanda interna e a apreciação cambial – abriu oportunidades<br />

para a importação de mercadorias no Brasil. Santa Catarina, entretanto, teve outros fatores que contribuíram para o<br />

crescimento de suas importações. Um deles é a infraestrutura portuária existente no estado. Outro fator foi o programa de<br />

incentivos fiscais criado em 2007 pelo governo estadual – chamado Pró-Emprego, que concedeu redução da alíquota de<br />

ICMS para produtos importados por território catarinense.<br />

Essas informações resumem as profundas mudanças vividas por Santa Catarina em sua atuação no comércio internacional.<br />

Os detalhes dessas transformações serão analisados de forma mais aprofundada a seguir.<br />

34 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

3.1 Análise das importações catarinenses<br />

Blocos econômicos<br />

O gráfico a seguir apresenta a evolução das importações em Santa Catarina por representatividade dos blocos econômicos,<br />

em 2001, 2006 e 2011. Em termos de crescimento na representatividade o destaque é a Ásia, que passou de uma participação<br />

de 12,7% em 2001 para 43,06% em 2011. Também destacam-se os países pertencentes à ALADI, que cresceram sua<br />

participação nas importações catarinenses de 5,4% em 2001 para 19,1% em 2011. Por outro lado, União Europeia, Mercosul<br />

e EUA tiveram suas participações drasticamente reduzidas, como se observa:<br />

Importações de SC – principais blocos econômicos de origem (participação %)<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

34,48<br />

43,06<br />

30<br />

25<br />

27,86<br />

24,7 24,01<br />

20<br />

15<br />

10<br />

17,56<br />

13,32 12,71<br />

10,86<br />

13,52<br />

8,18<br />

6,66<br />

5,44<br />

19,11<br />

16,48<br />

9,15<br />

5,91 6,99<br />

5<br />

0<br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

União Europeia Ásia Mercosul EUA ALADI Demais blocos<br />

2001 2006 2011<br />

Essa evolução está em sintonia com as tendências seguidas pelo comércio internacional na última década, conforme visto<br />

anteriormente. Considerando-se que as importações realizadas por Santa Catarina não se destinam totalmente ao estado,<br />

mas entram no Brasil pelos seus portos, era de se esperar um grande aumento no volume de bens de consumo oriundos<br />

de países asiáticos nos últimos anos.<br />

Setores de contas nacionais<br />

Como demonstram a tabela e o gráfico a seguir, que apresentam as importações de Santa Catarina por setores de contas<br />

nacionais em 2001, 2006 e 2011, a maior representatividade no total das importações é de insumos industriais (44% em<br />

2001, 57% em 2011), seguido de bens de capital (35% em 2001 e 18% em 2011). Enquanto este último setor, assim como<br />

o de alimentos e bebidas destinados à indústria, tem decrescido sua participação no total das importações catarinenses,<br />

verifica-se um aumento substancial nas categorias de bens de consumo.<br />

SISTEMA FIESC<br />

35


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Importações de SC por setores de contas nacionais (participação %)<br />

2001 2006 2011<br />

Insumos industriais 43,64 59,44 57,27<br />

Bens de capital 35,09 19,34 17,93<br />

Alimentos e bebidas destinados à indústria 9,86 5,26 1,3<br />

Bens de consumo não duráveis 7,66 10,75 15,14<br />

Bens de consumo duráveis 1,62 2,89 3,53<br />

Peças e acessórios de equipamentos de transportes 0,93 1,96 3,53<br />

Equipamentos de transporte de uso industrial 0,77 0,02 1,02<br />

Combustíveis e lubrificantes 0,43 0,34 0,28<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

35,09<br />

59,44<br />

57,27<br />

43,64<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

19,35<br />

17,93<br />

Bens de capital<br />

9,86<br />

5,26<br />

1,3<br />

Alimentos e bebidas<br />

destinados à indústria<br />

Insumos industriais<br />

3,53<br />

1,96<br />

0,93<br />

Peças e acessórios de<br />

equipamentos de<br />

transportes<br />

2001 2006 2011<br />

3,53<br />

2,89<br />

1,62<br />

Bens de consumo<br />

duráveis<br />

10,75 15,14<br />

7,66<br />

Bens de consumo<br />

não duráveis<br />

Fator agregado<br />

As importações catarinenses são fortemente dependentes de produtos manufaturados, que em 2001 representaram 75,6%<br />

e em 2011 77,9% do total importado pelo estado. Em consonância com os gráficos apresentados anteriormente, em 2011<br />

esses produtos manufaturados foram basicamente compostos, em ordem de importância, por insumos industriais, bens<br />

de capital e bens de consumo não duráveis.<br />

36 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Importações de SC por fator agregado – 2001 a 2011 (US$ milhões)<br />

2001 2002 2003 2004 2005 2006<br />

Básicos <br />

Semimanufaturados <br />

Manufaturados <br />

Importação total <br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Variação<br />

2001-2011 (%)<br />

Básicos <br />

Semimanufaturados <br />

Manufaturados <br />

Importação total 11.978,1 <br />

16<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />

Básicos Semi manufaturados Manufaturados Importação total<br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

Produtos importados<br />

A tabela do Anexo 6.2 apresenta os 50 principais produtos (SH 4) importados por Santa Catarina em 2011, que corresponderam<br />

a aproximadamente 55% do total das importações catarinenses nesse período. A grande maioria desses produtos<br />

são insumos manufaturados utilizados pelas indústrias, mas também fazem parte da relação bens de consumo duráveis e<br />

não duráveis e alguns bens de capital.<br />

Desses produtos, 14 tiveram importações superiores a US$ 150 milhões em 2011, conforme mostra a tabela a seguir. Somente<br />

três dos produtos listados na tabela são bens de consumo – pneus novos de borracha, aparelhos elétricos para telefonia<br />

e instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária. Todos os demais são matérias-primas<br />

e insumos utilizados para processamento pelo setor industrial.<br />

SISTEMA FIESC<br />

37


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Principais produtos importados por SC em 2011<br />

Pos. Produtos US$ mil<br />

1 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas <br />

2 Polímeros de etileno, em formas primárias <br />

3 Pneumáticos novos, de borracha <br />

4 Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, laminados a quente <br />

5 Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar) <br />

6 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias <br />

7 Alumínio em formas brutas <br />

8 Polímeros de cloreto de vinilo ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias <br />

9 Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar) <br />

10 Fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar) <br />

11 Borracha natural, balata, guta-percha, guaiule, chicle e gomas naturais análogas <br />

12 Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os aparelhos telefônicos <br />

13 Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, folheados ou chapeados, ou revestidos <br />

14 Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária <br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

Entre 2001 e 2011, as importações catarinenses aumentaram aproximadamente 1.626%. Dos 50 produtos do Anexo 6.2,<br />

33 tiveram um incremento maior que o incremento geral (superior a 1.626%). Os maiores crescimentos foram observados<br />

em produtos das categorias de bens de consumo não duráveis e duráveis e insumos industriais, como apresenta a tabela<br />

do Anexo 6.3.<br />

A tabela a seguir identifica os 14 produtos com importações superiores a US$ 150 milhões em 2011 e respectivos incrementos<br />

no período 2001-2011. Verifica-se que três desses produtos – cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas,<br />

alumínio em formas brutas e fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar) – não faziam parte da pauta<br />

de produtos importados por Santa Catarina em 2001 e que no ano passado tiveram grande participação no total das importações<br />

do estado.<br />

Evolução das importações entre 2001 e 2011 dos principais produtos importados por SC em 2011(US$ mil)<br />

Incremento superior a 15.000%<br />

Incremento entre 3.000% e 15.000%<br />

Incremento próximo ao geral (1.630%)<br />

Novos produtos (dentre os 50 mais importados em 2011)<br />

Incremento inferior ao geral<br />

Pos. Descrição dos produtos 2011 2001 Incremento<br />

1 Borracha natural, balata e gomas naturais análogas, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras <br />

2 Pneumáticos novos, de borracha <br />

3 Prod. laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, folheados ou chapeados <br />

4 Polímeros de etileno, em formas primárias <br />

5 Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho <br />

6 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias <br />

7 Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, laminados a quente <br />

8 Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária <br />

9 Polímeros de cloreto de vinilo ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias <br />

10 Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os aparelhos telefônicos por fio <br />

11 Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho <br />

12 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas <br />

13 Alumínio em formas brutas <br />

14 Fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho <br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

38 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

3.2 Análise das exportações catarinenses<br />

Blocos econômicos e países<br />

O gráfico a seguir apresenta a evolução das exportações em Santa Catarina por representatividade dos blocos econômicos,<br />

em 2001, 2006 e 2011. Em termos de crescimento na representatividade, o destaque é a Ásia que passou de uma<br />

participação de 8,56% em 2001 para 20,74% em 2011. Por outro lado, os EUA tiveram sua participação bastante reduzida<br />

nas exportações do estado, de 24,52% em 2001 para 11,16% em 2011. As exportações para a União Europeia e o Mercosul<br />

tiveram uma ligeira queda. As exportações para os países da ALADI e demais blocos econômicos permaneceram praticamente<br />

estáveis no período em questão.<br />

Exportações de SC – principais blocos econômicos de destino (participação %)<br />

30<br />

26,85<br />

25,36<br />

25,2<br />

25<br />

24,52<br />

23,22<br />

21,1<br />

20,74<br />

20,8 21,44<br />

20<br />

15<br />

10<br />

10,6<br />

8,56<br />

12,09 11,85<br />

9,99<br />

11,16<br />

9,73<br />

9,61<br />

7,9<br />

5<br />

0<br />

União Europeia Ásia Mercosul EUA ALADI<br />

2006 E 2007<br />

2001 2006 2011<br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

Demais blocos<br />

Europa Oriental<br />

(2001)<br />

Ao observar o gráfico acima, o fato mais impactante é mesmo a “troca” de participação entre a Ásia e os EUA, embora este<br />

ainda seja o principal importador de Santa Catarina. Como se verá adiante, uma característica fundamental do período em<br />

análise é a pulverização das exportações catarinenses, em detrimento dos clientes tradicionais.<br />

A tabela do Anexo 6.4 apresenta os 50 principais países importadores de Santa Catarina em 2011, que representaram mais<br />

de 93% do total exportado pelo estado. Doze desses países tiveram valores em importações superiores a US$ 200 milhões<br />

em 2011, como demonstra a tabela a seguir.<br />

SISTEMA FIESC<br />

39


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Principais importadores de SC em 2011<br />

Pos. País US$ mil<br />

1 ESTADOS UNIDOS <br />

2 JAPÃO <br />

3 ARGENTINA <br />

4 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) <br />

5 CHINA <br />

6 REINO UNIDO <br />

7 ALEMANHA <br />

8 RÚSSIA <br />

9 HONG KONG <br />

10 MÉXICO <br />

11 ÁFRICA DO SUL <br />

12 PARAGUAI <br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

Ao comparar-se o perfil dos 30 principais mercados importadores de Santa Catarina em 2011 com seus 30 principais mercados<br />

em 2001, conforme tabela a seguir, verifica-se que, ainda que muitos desses mercados sejam coincidentes nos dois<br />

períodos, a importância relativa de cada país no total exportado pelo estado foi substancialmente alterada.<br />

Principais importadores de SC, em 2001 e 2011<br />

2001 2011<br />

País US$ mil Partic. País US$ mil Partic.<br />

1 ESTADOS UNIDOS 1 ESTADOS UNIDOS <br />

2 ARGENTINA 2 JAPÃO <br />

3 ALEMANHA 3 ARGENTINA <br />

4 RÚSSIA, FEDERAÇÃO DA 4 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) <br />

5 REINO UNIDO 5 CHINA <br />

6 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) 6 REINO UNIDO <br />

7 JAPÃO 7 ALEMANHA <br />

8 ARÁBIA SAUDITA 8 RÚSSIA <br />

9 FRANÇA 9 HONG KONG <br />

10 CHILE 10 MÉXICO <br />

11 MÉXICO 11 ÁFRICA DO SUL <br />

12 ITÁLIA 12 PARAGUAI <br />

13 URUGUAI 13 ITÁLIA <br />

14 ESPANHA 14 VENEZUELA <br />

15 PARAGUAI 15 BÉLGICA <br />

16 HONG KONG 16 ARÁBIA SAUDITA <br />

17 ÁFRICA DO SUL 17 URUGUAI 159.750,8 <br />

18 CANADÁ 18 FRANÇA <br />

19 BÉLGICA 19 CHILE <br />

20 PORTO RICO 20 COREIA DO SUL <br />

21 VENEZUELA 21 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS <br />

22 CUBA 22 CINGAPURA <br />

23 CINGAPURA 23 ESPANHA <br />

24 CHINA 24 ANGOLA <br />

25 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS 25 BOLÍVIA <br />

26 IRLANDA 26 UCRÂNIA <br />

27 COREIA DO SUL 27 EGITO <br />

28 BOLÍVIA 28 COLÔMBIA <br />

29 AUSTRÁLIA 29 PERU <br />

30 COLÔMBIA 30 CANADÁ <br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

40 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

A comparação entre as duas tabelas anteriores permite concluir que muitas posições no ranking dos principais mercados<br />

importadores de Santa Catarina foram modificadas, como, por exemplo, com a inclusão em 2011 de países que não faziam<br />

parte da relação dos principais mercados em 2001, dentre esses: China (24ª posição em 2001 e 5ª posição em 2011), Venezuela<br />

(21ª posição em 2001 e 14ª posição em 2011) e Coreia do Sul (27ª posição em 2001 e 20ª posição em 2011).<br />

Os países com as maiores quedas na participação do total exportado pelo estado, comparando-se 2011 com 2001, foram os<br />

EUA (de 23,58% em 2001 para 10,96% em 2011), a Alemanha (de 7,27% em 2001 para 4,06% em 2011) e a Rússia (de 6,43%<br />

em 2001 para 3,17% em 2011). Por outro lado, os países com os maiores incrementos na participação do total exportado<br />

pelo estado foram a China (de 0,6% em 2001 para 4,53% em 2011), o Japão (de 3,86% em 2001 para 7,56% em 2011) e os<br />

Países Baixos (de 3,87% em 2001 para 7,08% em 2011).<br />

Outra análise interessante a respeito dos mercados importadores de Santa Catarina é em relação ao incremento observado<br />

entre 2001 e 2011 para cada um desses países. Nesse período as exportações catarinenses cresceram, globalmente, 198,60%.<br />

Cinquenta e quatro países tiveram incremento superior ao crescimento global, sendo que a maior parte desses países é<br />

proveniente de mercados emergentes na Ásia, África, Oriente Médio, Leste Europeu e América Latina.<br />

Muitas variações altas foram obtidas devido à base de comparação muito baixa. Para diminuir essa distorção, a tabela do<br />

Anexo 6.5 apresenta a variação das exportações catarinenses por país de destino no período analisado, considerando os<br />

países que representaram, em 2011, mais de 0,5% do total das exportações catarinenses. No caso dos novos mercados, são<br />

apresentados aqueles que compraram mais de US$ 10 milhões do estado em 2011.<br />

Da Europa Ocidental, poucos países apresentaram incremento superior ao incremento global verificado: Suécia (com 1.063%<br />

de aumento), Países Baixos (com 446% de aumento), Bélgica (com 377% de aumento) e Portugal (com 305% de aumento).<br />

A maior parte dos países da Europa Ocidental fez parte do grupo de mercados com incremento inferior ao incremento<br />

global, assim como a Rússia (incremento de 47%), o Canadá (44%) e os EUA (39%). Na América do Sul, fizeram parte deste<br />

grupo a Argentina (incremento de 169%), o Uruguai (162%) e o Chile (91%).<br />

No total, 52 novos mercados foram conquistados por empresas exportadoras catarinenses entre 2001 e 2011 e oito países<br />

apresentaram queda no total exportado: Dinamarca, El Salvador, Martinica, Guadalupe, Cuba, Irlanda, Porto Rico e Noruega.<br />

A tabela a seguir apresenta os países importadores de Santa Catarina em 2011 com valores superiores a US$ 100 milhões,<br />

com os respectivos valores importados em 2001 e os incrementos obtidos no período em questão.<br />

SISTEMA FIESC<br />

41


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Comparativo das exportações de SC entre 2001 e 2011 para os principais países importadores em 2011<br />

Incremento superior ao geral<br />

Incremento inferior ao geral (até 198%)<br />

País 2011 (US$ mil) 2001 (US$ mil) Incremento<br />

1 CHINA 410.297 18.283 <br />

2 COREIA DO SUL 130.344 14.822 <br />

3 VENEZUELA 176.638 23.407 <br />

4 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS 128.712 17.685 <br />

5 JAPÃO 684.398 116.974 <br />

6 CINGAPURA 125.790 22.842 <br />

7 HONG KONG 280.591 51.267 <br />

8 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) 640.723 117.439 <br />

9 ÁFRICA DO SUL 259.031 49.234 <br />

10 BÉLGICA 168.764 35.384 <br />

11 PARAGUAI 234.230 53.931 <br />

12 MÉXICO 280.402 69.357 <br />

13 ITÁLIA 185.076 67.041 <br />

14 ARGENTINA 678.511 252.078 <br />

15 URUGUAI 159.751 60.900 <br />

16 REINO UNIDO 368.912 173.499 <br />

17 CHILE 141.392 74.047 <br />

18 FRANÇA 152.494 83.323 <br />

19 ARÁBIA SAUDITA 165.608 94.977 <br />

20 ALEMANHA 367.067 220.499 <br />

21 RÚSSIA 287.251 194.908 <br />

22 ESTADOS UNIDOS 992.441 714.630 <br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

Setores de contas nacionais<br />

Quando se analisam as exportações de Santa Catarina por setores de contas nacionais, a maior representatividade é de bens<br />

de consumo não duráveis (42% em 2001, 31% em 2006 e 39% em 2011), liderados por produtos como a carne de frango<br />

(líder da pauta) e de suínos. Na sequência, vêm insumos industriais (27% em 2001, 32% em 2006 e 28% em 2011) e bens<br />

de capital (15% em 2001, 19% em 2006 e 20% em 2011).<br />

Este último setor é o único que tem aumentado constantemente sua participação no total das exportações catarinenses.<br />

Por outro lado, verifica-se uma redução substancial na participação de bens de consumo duráveis no total exportado pelo<br />

estado – de 9,18% em 2001 para 3,21% em 2011.<br />

42 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Exportações de SC – setores de contas nacionais (participação % no total)<br />

2001 2006 2011<br />

Insumos industriais 26,98 32,21 27,75<br />

Bens de capital 14,93 19,32 20,3<br />

Alimentos e bebidas destinados à indústria 1,27 1,59 3,69<br />

Bens de consumo não duráveis 42,2 31,26 38,78<br />

Bens de consumo duráveis 9,18 8,4 3,21<br />

Peças e acessórios de equipamentos de transportes 5,1 7,02 5,95<br />

Equipamentos de transporte de uso industrial 0,33 0,13 0,15<br />

Combustíveis e lubrificantes 0,01 0,07 0,17<br />

45<br />

40<br />

42,2<br />

38,78<br />

31,26<br />

35<br />

30<br />

25<br />

26,98<br />

32,21<br />

27,75<br />

20<br />

20,3<br />

19,32<br />

15<br />

14,93<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

Bens de capital<br />

3,69<br />

1,59<br />

1,27<br />

Alimentos e bebidas<br />

destinados à indústria<br />

Insumos industriais<br />

7,02<br />

5,1<br />

5,95<br />

Peças e acessórios de<br />

equipamentos de<br />

transportes<br />

2001 2006 2011<br />

9,18<br />

8,4<br />

3,21<br />

Bens de consumo<br />

duráveis<br />

Bens de consumo<br />

não duráveis<br />

Fator agregado<br />

As exportações de Santa Catarina são lideradas por produtos manufaturados, ainda que a representatividade desses produtos<br />

tenha sido reduzida ao longo dos anos. Em 2001, os manufaturados representaram 62% do total das exportações<br />

catarinenses, enquanto que em 2011 a participação caiu para 52%. Em contrapartida, a participação de produtos básicos<br />

aumentou substancialmente (de 33% em 2001 para 46% em 2011).<br />

SISTEMA FIESC<br />

43


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Exportações de SC por fator agregado –2001 a 2011 (US$ milhões)<br />

2001 2002 2003 2004 2005 2006<br />

Básicos <br />

Semimanufaturados <br />

Manufaturados <br />

Exportação total <br />

2007 2008 2009 2010 2011<br />

Variação<br />

2001-2011<br />

Básicos <br />

Semimanufaturados <br />

Manufaturados <br />

Exportação total <br />

10.000.000<br />

9.000.000<br />

8.000.000<br />

7.000.000<br />

6.000.000<br />

5.000.000<br />

4.000.000<br />

3.000.000<br />

2.000.000<br />

1.000.000<br />

0<br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />

Básicos Semimanufaturados Manufaturados Exportação total<br />

Produtos exportados<br />

A tabela do Anexo 6.6 apresenta o grupo dos 50 principais produtos (SH 4) exportados por Santa Catarina em 2011, que<br />

corresponderam a aproximadamente 89% do total das exportações catarinenses no período. É uma pauta relativamente<br />

diversificada, que inclui produtos básicos, especialmente alimentos e derivados, tabaco e madeira, insumos semimanufaturados<br />

para uso industrial, assim como bens de consumo duráveis e alguns bens de capital. A tabela a seguir apresenta os<br />

produtos exportados por Santa Catarina em 2011 que tiveram exportações superiores a US$ 100 milhões.<br />

44 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Principais produtos exportados por SC em 2011(US$ mil)<br />

Pos. Produtos Exportações<br />

1 Carnes e miudezas de aves comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas 1.933.145,6<br />

2 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 898.880,5<br />

3 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 591.226,7<br />

4 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores 508.813,2<br />

5 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 452.018,8<br />

6 Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas a motores 435.487,3<br />

7 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue 396.580,8<br />

8 Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas 263.434,3<br />

9 Soja, mesmo triturada 217.934,6<br />

10 Outros móveis e suas partes 186.439,4<br />

11 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas 163.551,0<br />

12 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 147.467,3<br />

13 Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares e os painéis para soalhos 126.410,0<br />

14 Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou esmaltados, de cerâmica 107.379,6<br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

É importante observar que grande parte dos principais produtos exportados por Santa Catarina em 2011 obteve crescimento<br />

superior à média das exportações no mercado mundial. Trata-se de uma avaliação que, por si só, aponta algumas<br />

tendências positivas para o comércio internacional catarinense. Entre 2001 e 2011, as exportações catarinenses aumentaram<br />

aproximadamente 199%, e 34 dos 50 principais produtos tiveram um incremento superior a essa média. Os maiores<br />

crescimentos foram observados em produtos das categorias de bens de consumo não duráveis (principalmente alimentos<br />

e derivados), insumos industriais e bens de capital. A tabela do Anexo 6.7 apresenta esse detalhamento, enquanto a<br />

tabela a seguir apresenta a evolução das exportações entre 2001 e 2011dos principais produtos exportados em 2011 com<br />

valores acima de US$ 100 milhões.<br />

Evolução das exportações entre 2001-2011dos principais produtos exportados por SC em 2011<br />

Incremento superior ao incremento geral<br />

Incremento próximo ao geral<br />

Incremento inferior ao geral<br />

Redução nas exportações<br />

Pos. Produtos exportados 2011 2001 Incremento<br />

1 Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas; farinhas e pós, comestíveis <br />

2 Soja, mesmo triturada <br />

3 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja <br />

4 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue <br />

5 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco <br />

6 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 <br />

7 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos <br />

8 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 <br />

9 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas <br />

10 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) <br />

11 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 <br />

12 Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis para soalhos <br />

13<br />

Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados<br />

ou esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas<br />

<br />

14 Outros móveis e suas partes <br />

Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />

SISTEMA FIESC<br />

45


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Pelos dados informados na tabela anterior, conclui-se que os melhores desempenhos – com taxa superior a 1.000% entre<br />

2001 e 2011 – têm sido observados em produtos do setor de alimentos, que ocupam as quatro primeiras posições.<br />

Outra análise realizada foi verificar, para os 50 produtos mais exportados por Santa Catarina em 2011, como se deu<br />

a evolução das exportações desses produtos no mercado mundial em período semelhante. Porém, não havia dados<br />

disponíveis das exportações mundiais por produtos de 2011 até a conclusão deste trabalho e por isso procedeu-se<br />

com a análise utilizando-se dados de 2010. Assim, é possível identificar aqueles produtos da pauta de exportações<br />

de Santa Catarina que tiveram maior dinamismo no cenário mundial, e posteriormente cotejar esses dados com o<br />

desempenho catarinense.<br />

Entre 2001 e 2010, as exportações mundiais aumentaram 141,27%, um crescimento médio anual de 15,7%. A conclusão é<br />

que, dos 50 produtos listados na tabela apresentada no Anexo 6.8, 17 tiveram desempenho superior ao crescimento geral<br />

das exportações mundiais. A maior parte são bens básicos, como alimentos e produtos derivados, couros e peles, e produtos<br />

manufaturados e semimanufaturados para uso industrial.<br />

Seis produtos apresentaram incremento próximo à média geral do período, e para 26 produtos o crescimento foi inferior<br />

ao geral. Somente um produto apresentou redução nas exportações mundiais (couros e peles curtidos ou em crosta, de<br />

bovinos ou de equídeos), cujas exportações globais reduziram-se em 56,4%.<br />

A tabela resumida, a seguir, apresenta a evolução no período 2001-2010 dos principais produtos exportados por<br />

Santa Catarina em 2011, cujo faturamento em exportações no mercado mundial tenha sido superior a US$ 10 bilhões<br />

em 2010.<br />

Evolução das exportações mundiais entre 2001 e 2010 dos produtos mais exportados por SC em 2011<br />

Incremento superior ao incremento geral (maior que 141%)<br />

Incremento próximo ao geral (135%-140%)<br />

Incremento inferior ao geral (menor que 135%)<br />

Pos.<br />

Produtos<br />

Exportações mundiais<br />

(US$ milhões) Incremento<br />

2010 2001<br />

1 Soja, mesmo triturada 44.210.194 11.810.054 <br />

2 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado 28.181.011 8.869.924 <br />

3<br />

Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou<br />

superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos<br />

46.921.566 16.296.236 <br />

4 Arroz 19.277.534 6.809.040 <br />

5 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 24.016.688 8.770.691 <br />

6<br />

Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas)<br />

e dispositivos semelhantes, para canalizações, caldeiras<br />

68.284.669 25.493.346 <br />

7 Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames (excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas 44.572.869 16.742.073 <br />

8 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos 53.831.600 20.647.420 <br />

9 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue 11.889.936 4.593.393 <br />

10 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico 17.445.269 6.836.665 <br />

11<br />

Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos<br />

roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos ou troços<br />

31.011.493 12.193.497 <br />

12<br />

Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores,<br />

por exemplo), bobinas de reatância e de autoindução<br />

87.654.729 35.706.877 <br />

13<br />

Refrigeradores, congeladores (freezers) e outro material, máquinas e aparelhos<br />

para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro<br />

35.194.654 14.688.024 <br />

46 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

14 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 20.761.897 8.757.242 <br />

15 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) 61.613.552 26.014.856 <br />

16 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 45.862.131 19.398.568 <br />

17 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas às máquinas das posições 85.01 ou 85.02. 15.924.533 6.964.125 <br />

18 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 31.384.633 13.737.888 <br />

19 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 57.794.285 25.919.561 <br />

20 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 16.000.240 7.223.530 <br />

21 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 25.031.230 11.564.074 <br />

22 Sumos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool 13.341.867 6.179.306 <br />

23 Aparelhos para interrupção, seccionamento, protecção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos 85.131.329 39.624.521 <br />

24 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 41.318.447 19.695.315 <br />

25 Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por faísca ou por compressão 15.855.355 7.669.002 <br />

26 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 278.767.681 135.170.717 <br />

27<br />

Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão,<br />

pasta (ouate) de celulose ou de mantas de fibras de celulose<br />

17.853.069 8.852.507 <br />

28 Outros móveis e suas partes 63.647.912 33.694.995 <br />

29 Peixes congelados, exceto os filetes de peixes e outra carne de peixes da posição 0304 19.946.111 10.640.390 <br />

30<br />

Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares,<br />

os painéis para soalhos e as fasquias para telhados<br />

11.139.499 6.057.421 <br />

31<br />

Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou<br />

esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes<br />

10.600.559 5.839.929 <br />

32 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 11.938.039 6.966.810 <br />

33 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 11.818.130 7.035.554 <br />

34 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes 11.343.084 7.082.914 <br />

35<br />

Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria, não especificados<br />

nem compreendidos em outras posições deste capítulo<br />

57.409.642 36.548.829 <br />

36 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, de espessura superior a 6 mm 29.760.811 23.574.634 <br />

Fonte: Trade Map/ITC, 2012<br />

Obs.: produtos com exportações superiores a US$ 10 bilhões em 2010.<br />

Também buscou-se conhecer no mercado mundial a evolução das exportações dos produtos que mais interessam a Santa<br />

Catarina (os que o estado mais exportou em 2011) em período mais recente, entre 2006 e 2010. Neste período, as exportações<br />

mundiais apresentaram crescimento de 3% ao ano.<br />

Pela tabela apresentada no Anexo 6.9, pode-se constatar que, dos 50 produtos analisados, 27 tiveram incremento superior<br />

ao crescimento geral, sendo que 13 desses produtos são produtos básicos (alimentos e produtos derivados e tabaco), outros<br />

13 compreendem bens de capital e produtos manufaturados e semimanufaturados para uso industrial e um produto<br />

é um bem de consumo não durável (roupa de cama, mesa ou cozinha).<br />

Três produtos apresentaram incremento igual ao crescimento geral (3% ao ano) e outros oito tiveram crescimento inferior<br />

(de 1% a 2%). Quatro produtos não tiveram crescimento e sete apresentaram crescimento negativo (na ordem de -1% a<br />

-10%). Dentre os que tiveram reduções nas exportações, estão produtos de madeira e marcenaria, produtos de couro e<br />

derivados, e ladrilhos e revestimentos cerâmicos.<br />

A tabela resumida a seguir apresenta a evolução no período 2006-2010 dos principais produtos exportados por Santa<br />

Catarina em 2011 cujo faturamento em exportações no mercado mundial tenha sido superior a US$ 10 bilhões em 2010.<br />

SISTEMA FIESC<br />

47


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Evolução das exportações mundiais entre 2006 e 2010 dos produtos mais exportados por SC em 2011<br />

Incremento superior ao incremento geral<br />

Incremento igual ao geral (3%)<br />

Incremento inferior ao geral (1% e 2%)<br />

Sem crescimento<br />

Redução nas exportações<br />

Produtos<br />

Valor<br />

exportado<br />

em 2010<br />

(US$ milhões)<br />

Crescimento<br />

em valor<br />

2010/2009<br />

(%)<br />

Crescimento<br />

anual das<br />

exportações<br />

mundiais<br />

entre 2006<br />

e 2010<br />

(% ao ano)<br />

TOTAL Todos os produtos 15.230.973,0 21 3<br />

1 Soja, mesmo triturada 23 24<br />

2 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 4 18<br />

3 Carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, de aves 13 13<br />

4 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 1 11<br />

5<br />

Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores,<br />

por exemplo), bobinas de reatância e de autoindução<br />

27 9<br />

6 Máquinas e aparelhos mecânicos com função própria 54 9<br />

7 Peixes congelados, exceto os filés de peixes e outra carne de peixes 11 8<br />

8<br />

Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas<br />

às máquinas das posições 85.01 ou 85.02<br />

-3 7<br />

9 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou de sangue 4 7<br />

10 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 5 6<br />

11<br />

Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos<br />

semelhantes, para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes<br />

16 5<br />

12<br />

Árvores de transmissão (incluídas as árvores de “cames” e virabrequins) e manivelas;<br />

mancais e “bronzes”; engrenagens e rodas de fricção; eixos de esferas ou de roletes;<br />

22 5<br />

redutores, multiplicadores, caixas de transmissão e variadores de velocidade<br />

13 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos; aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 12 5<br />

14 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos. 22 5<br />

15<br />

Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta (“ouate”) de celulose ou<br />

de mantas de fibras de celulose; cartonagens para escritórios, lojas e estabelecimentos semelhantes<br />

10 4<br />

16 Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plásticos 13 4<br />

17 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 16 4<br />

18<br />

Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas<br />

aspirantes para extração ou reciclagem, com ventilador incorporado, mesmo filtrantes<br />

21 4<br />

19 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 20 4<br />

20<br />

Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para<br />

motores de ignição por centelha ou por compressão<br />

24 3<br />

21<br />

Parafusos, pinos ou pernos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas,<br />

contrapinos, arruelas (incluídas as de pressão) e artefatos semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço<br />

30 3<br />

22<br />

Sucos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados,<br />

sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes<br />

4 3<br />

23 Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos 29 2<br />

24 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 29 2<br />

25 Outros móveis e suas partes 11 2<br />

26 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05 30 1<br />

27<br />

Refrigeradores, congeladores (“freezers”) e outros materiais, máquinas e<br />

aparelhos para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro<br />

16 1<br />

28<br />

Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou<br />

superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos<br />

36 1<br />

48 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

29 Papel e cartão Kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto os das posições 48.02 e 48.03 23 0<br />

30 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado. 33 0<br />

31<br />

Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas<br />

aos motores das posições 84.07 ou 84.08.<br />

28 0<br />

32<br />

Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados<br />

ou esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes, para<br />

11 -1<br />

mosaicos, vidrados ou esmaltados, de cerâmica, mesmo com suporte<br />

33 Madeira compensada (contraplacada), madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes 26 -3<br />

34<br />

Obras de marcenaria ou de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis<br />

montados para revestimento de pavimentos (pisos) e as fasquias para telhados, de madeira<br />

11 -5<br />

35<br />

Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos<br />

(incluídos os búfalos) ou de equídeos, depilados, mesmo divididos, exceto os da posição 41.14<br />

25 -7<br />

36<br />

Madeira serrada ou fendida longitudinalmente, cortada transversalm ente ou desenrolada,<br />

mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades, de espessura superior a 6 mm<br />

24 -7<br />

Fonte: Trade Map/ITC, 2012<br />

Obs.: produtos com exportações superiores a US$ 10 bilhões em 2010.<br />

3.3 Desempenho exportador de Santa Catarina no mercado mundial<br />

Após a identificação e da análise de aspectos referentes aos principais parceiros comerciais de Santa Catarina, assim como<br />

dos principais produtos exportados pelo estado, é possível chegar a algumas conclusões acerca do desempenho exportador<br />

catarinense no mercado mundial.<br />

Produtos<br />

A tabela a seguir apresenta aqueles produtos exportados por Santa Catarina em 2011 que tiveram crescimento igual ou<br />

superior ao crescimento global:<br />

1. Nas exportações catarinenses entre 2001 e 2011 (igual ou maior a 199% em todo o período);<br />

2. Nas exportações mundiais entre 2001 e 2010 (igual ou maior a 130% em todo o período);<br />

3. Nas exportações mundiais entre 2006 e 2010 (igual ou maior a 3% anualmente).<br />

Dos 50 produtos identificados anteriormente, 17 fazem parte da tabela apresentada a seguir, o que significa que grande<br />

parte dos principais produtos exportados por Santa Catarina não tem um grau de dinamismo elevado no comércio<br />

mundial.<br />

SISTEMA FIESC<br />

49


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

Principais produtos exportados por SC em 2011 com elevado grau de dinamismo no comércio mundial<br />

Pos. SH4 Produtos<br />

1 0206 Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina, frescas, refrigeradas ou congeladas<br />

2 0207 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105<br />

3 0504 Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços, exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados<br />

4 1201 Soja, mesmo triturada<br />

5 1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados<br />

6 1601 Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias<br />

7 1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue<br />

8 2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja<br />

9 2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos<br />

10 3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico<br />

11 7318 Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas ou troços<br />

12 8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos<br />

13 8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases<br />

14 8432 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura<br />

15 8481 Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos semelhantes<br />

16 8483 Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames (excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas<br />

17 8504 Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores, por exemplo), bobinas de reatância<br />

Fonte: elaboração própria, com base nos dados da SECEX/MDIC, 2012 e do Trade Map/ITC, 2012<br />

Interessante notar que os primeiros oito produtos são derivados da indústria de alimentos e que os demais são bens<br />

semimanufaturados ou manufaturados utilizados como insumos industriais, além de alguns bens de capital.<br />

Um dos produtos analisados, descrito abaixo, que fez parte da pauta exportadora catarinense em 2011, apresentou dinamismo<br />

no comércio mundial entre 2001 e 2010 e, mais recentemente, entre 2006 e 2010. No entanto, este produto teve<br />

um crescimento inferior ao crescimento global nas exportações catarinenses entre 2001 e 2011.<br />

SH<br />

8414<br />

Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes)<br />

O desempenho catarinense está em sintonia com o desenvolvimento do comércio exterior mundial e brasileiro, conforme<br />

visto anteriormente, pois os produtos básicos, e em especial as commodities, têm apresentado desempenho superior, principalmente<br />

em relação aos bens manufaturados, que têm sofrido maior retração com a desaceleração econômica recente.<br />

Adicionalmente, os produtos manufaturados também têm obtido o pior desempenho em relação ao incremento nos preços,<br />

principalmente se comparados aos básicos.<br />

Os dados da FUNCEX apresentados demonstram que as exportações brasileiras têm crescido mais em função do aumento<br />

dos preços que do aumento do volume exportado. Dos 10 setores que apresentaram redução no volume exportado em 2011,<br />

oito são setores fortes da economia catarinense e cujas empresas certamente sofreram perdas no comércio internacional.<br />

O Anexo 6.10 apresenta uma relação de 82 produtos com taxas de crescimento nas exportações anuais (2006 a 2010) superiores<br />

a 10%. Além disso, esses produtos tiveram valores importados superiores a US$ 1 bilhão em 2010 e taxas de crescimento<br />

positivas em valor e quantidade (entre 2006 e 2010) e em valor (entre 2009 e 2010).<br />

É certo que muitos desses produtos são commodities minerais e vegetais que Santa Catarina não tem condições de exportar<br />

por não possuir os correspondentes recursos naturais, como minério de ferro, ouro, café e cacau. Por outro lado, a lista<br />

50 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

revela oportunidades em segmentos industriais já presentes na economia do estado. É o caso das indústrias naval – que<br />

recentemente tem se desenvolvido de forma mais vigorosa em Santa Catarina –, de vidros, aparelhos telefônicos e produtos<br />

alimentícios de maior valor agregado.<br />

Mercados<br />

Buscou-se também conhecer no mercado mundial a evolução das exportações para os principais países importadores entre<br />

2006 e 2010 – período em que as exportações mundiais cresceram 3% ao ano. Para isso, foi realizada uma triagem com<br />

aqueles países que tiveram crescimento igual ou superior a 3% ao ano no período. A listagem final, apresentada na tabela<br />

a seguir, incluiu somente os países com participação superior a 0,1% nas importações mundiais, o que significa valores de<br />

importações iguais ou acima de US$ 15 bilhões, e cujo crescimento em valor entre 2009 e 2010 tenha sido positivo.<br />

Evolução das exportações no comércio global em mercados importadores selecionados*<br />

Incremento igual ou superior a 10%<br />

Incremento entre 4% e 9%<br />

Incremento igual ao geral (3%)<br />

Países importadores<br />

Importações<br />

em 2010<br />

(US$ mil)<br />

Balança<br />

comercial em<br />

2010 (US$ mil)<br />

Crescimento<br />

anual em valor<br />

entre 2006 e<br />

2010 (%)<br />

Crescimento das<br />

importações<br />

entre 2009 e<br />

2010 (%)<br />

Participação nas<br />

importações<br />

mundiais (%)<br />

1 Iraque 26.292.962 21.948.281 27 16 0,2<br />

2 Libéria 16.210.136 -15.289.286 24 39 0,1<br />

3 Líbia 19.815.231 28.361.091 22 3 0,1<br />

4 Indonésia 135.663.280 22.115.823 20 40 0,9<br />

5 Vietnã 91.385.907 -15.779.365 19 29 0,6<br />

6 Líbano 17.969.735 -13.715.550 18 11 0,1<br />

7 Algéria 40.999.891 16.051.083 18 4 0,3<br />

8 Bangladesh 25.753.417 -5.549.599 17 40 0,2<br />

9 Nigéria 44.235.269 42.332.644 15 30 0,3<br />

10 Omã 19.972.734 16.626.972 14 12 0,1<br />

11 China 1.396.001.565 181.762.186 13 39 9,2<br />

12 Equador 20.590.848 -3.100.926 12 36 0,1<br />

13 Rússia 248.700.000 151.400.000 11 46 1,6<br />

14 Índia 268.629.377 -48.220.881 11 1 1,8<br />

15 Panamá 16.737.103 -5.750.500 10 21 0,1<br />

16 Arábia Saudita 106.862.965 144.280.068 10 12 0,7<br />

17 Síria 17.594.314 -9.195.763 9 14 0,1<br />

18 Peru 29.879.500 5.193.749 9 37 0,2<br />

19 Belarus 34.868.204 -9.642.340 9 22 0,2<br />

20 Marrocos 35.378.882 -17.614.091 9 8 0,2<br />

21 Colômbia 40.682.508 -862.979 9 24 0,3<br />

22 Argentina 56.501.293 11.632.782 9 46 0,4<br />

23 TunÍsia 22.215.362 -5.788.792 8 16 0,1<br />

24 Irã 54.697.236 29.087.764 8 0,4<br />

25 Austrália 188.740.660 17.964.476 8 19 1,2<br />

26 Eslováquia 65.916.188 -1.229.623 7 20 0,4<br />

27 Emirados Árabes Unidos 151.708.867 -3.020.831 7 8 1<br />

28 Jordânia 15.262.001 -8.238.864 6 8 0,1<br />

29 Polônia 178.062.901 -18.305.278 6 19 1,2<br />

30 Tailândia 182.393.380 12.918.140 6 36 1,2<br />

SISTEMA FIESC<br />

51


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Santa Catarina<br />

31 Coreia do Sul 425.094.209 42.636.000 6 32 2,8<br />

32 República Tcheca 125.690.658 6.450.256 5 20 0,8<br />

33 Cingapura 310.791.134 41.076.033 5 26 2<br />

34 Hong Kong 441.369.198 -40.677.183 5 25 2,9<br />

35 Paquistão 37.537.025 -16.123.922 4 19 0,2<br />

36 Suíça 176.280.626 19.328.654 4 13 1,2<br />

37 Turquia 185.541.037 -71.561.585 4 32 1,2<br />

38 Sérvia 16.734.435 -6.939.894 3 4 0,1<br />

39 Kuwait 18.235.196 46.187.099 3 23 0,1<br />

40 Israel 59.193.894 -780.866 3 25 0,4<br />

41 Ucrânia 60.737.135 -9.306.849 3 34 0,4<br />

42 Malásia 164.586.273 34.204.418 3 33 1,1<br />

43 Países Baixos 439.986.633 52.659.239 3 15 2,9<br />

Fonte: elaboração própria, com base nos dados da SECEX/MDIC, 2012 e do Trade Map/ITC, 2012<br />

* Países que tiveram crescimento igual ou superior a 3% ao ano no período, com participação superior a 0,1% nas importações mundiais e cujo crescimento em valor entre 2009 e 2010 tenha sido positivo.<br />

Pela tabela apresentada pode-se constatar que, dos 43 países analisados, nove não fazem parte da lista dos países para os<br />

quais Santa Catarina tem aumentado suas exportações a uma taxa superior à das exportações globais no período de 2001<br />

a 2011. Esses países são:<br />

<br />

<br />

<br />

Outros nove países foram mercados conquistados por Santa Catarina no decorrer do período informado:<br />

<br />

<br />

<br />

É positivo o fato de Santa Catarina já exportar para aqueles mercados que têm apresentado maior dinamismo no mercado<br />

mundial. Entretanto, é necessário aproveitar melhor o potencial existente nos países identificados, principalmente naqueles<br />

em que as exportações catarinenses tiveram um crescimento inferior ao crescimento global no período 2001-2011.<br />

52 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

4. Resultados da pesquisa<br />

A visão das empresas<br />

A seção anterior apresentou em detalhes os novos rumos do comércio exterior catarinense no mercado mundial, considerando<br />

principalmente os principais produtos das pautas de exportação e importação do estado e, no caso das exportações,<br />

os principais países de destino das mercadorias. A análise foi realizada com base em dados e estatísticas disponibilizados<br />

por órgãos oficiais e entidades ligadas ao comércio internacional. Para complementar o trabalho, executou-se uma pesquisa<br />

junto às empresas importadoras e exportadoras de Santa Catarina, com o objetivo de saber como foram impactadas<br />

pelas mudanças e como se posicionaram estrategicamente para se beneficiarem do novo cenário, assim como identificar<br />

e compreender suas limitações na tomada de ações.<br />

Em síntese, a pesquisa procurou revelar o atual panorama e as perspectivas das empresas no tocante a seus processos de<br />

internacionalização, consolidando algumas das conclusões obtidas na análise estatística. Também foram buscadas informações<br />

adicionais que venham a contribuir para o direcionamento de ações e políticas voltadas ao fortalecimento do comércio<br />

internacional catarinense.<br />

A pesquisa foi realizada por meio da aplicação de um formulário eletrônico, que foi disponibilizado através da internet a<br />

todas as empresas do estado que efetuaram exportações e importações em 2011, de acordo com os dados fornecidos pela<br />

Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).<br />

O formulário aplicado, cujo modelo encontra-se no Anexo 6.11, foi preenchido por 83 empresas. Para se obter resultados<br />

representativos, assegurou-se que as maiores empresas do estado, em termos de valores exportados e importados em 2011,<br />

participassem da pesquisa. A listagem com os nomes das empresas participantes está no Anexo 6.12.<br />

Inicialmente, as empresas participantes são caracterizadas a partir de seu porte, setor de atividade e experiência internacional.<br />

A segunda parte da pesquisa apresenta informações relativas à prática exportadora das empresas, tais como valores e<br />

evolução das exportações, formas de exportação, principais mercados importadores, estratégias adotadas na exportação<br />

e perspectivas para 2012, dentre outros aspectos. A terceira parte analisa as empresas importadoras, apresentando temas<br />

como categorias de produtos importados, valores e evolução das importações, formas de importação, principais mercados<br />

fornecedores e expectativas. A última parte da pesquisa aborda a experiência das empresas na internacionalização,<br />

englobando aspectos como os principais obstáculos internos e externos enfrentados, motivos que levaram as empresas a<br />

internacionalizarem-se, áreas que devem ser priorizadas pelo governo no fomento ao comércio internacional e estratégias<br />

de internacionalização mais utilizadas.<br />

4.1 Caracterização das empresas<br />

Inicialmente, buscou-se identificar o porte das empresas pesquisadas, com base na classificação utilizada pelo Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a seguir descrita:<br />

1 – 19 funcionários: Microempresas<br />

20 – 99 funcionários: Pequenas empresas<br />

100 – 499 funcionários: Médias empresas<br />

500 ou mais funcionários: Grandes empresas<br />

SISTEMA FIESC<br />

53


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

No presente trabalho, há uma maior participação de empresas de médio e de grande porte (67% do total) em virtude de<br />

obter-se uma maior representatividade da amostra em relação aos volumes exportados e importados em 2011. Por outro<br />

lado, verifica-se também uma participação expressiva de micro e pequenas exportadoras (33%) na pesquisa realizada.<br />

Número de funcionários<br />

<br />

11%<br />

<br />

22%<br />

<br />

21%<br />

<br />

46%<br />

Esta amostra, contemplando empresas de diferentes tamanhos, reflete a realidade do segmento exportador e importador<br />

catarinense no tocante às dificuldades e obstáculos enfrentados, que em determinadas situações são distintos, principalmente<br />

em função do porte das empresas pesquisadas.<br />

A pesquisa contou com a participação de empresas predominantemente da indústria (91% das respondentes), de 17 setores<br />

que compõem a economia de Santa Catarina, englobando organizações de todas as regiões do estado. Também participaram<br />

empresas do comércio atacadista e varejista (6% do total) e do setor de serviços (3% do total).<br />

Setores das empresas pesquisadas<br />

<br />

6%<br />

<br />

10%<br />

<br />

6%<br />

<br />

8%<br />

<br />

7%<br />

<br />

1%<br />

<br />

4%<br />

<br />

3%<br />

<br />

3%<br />

<br />

8%<br />

<br />

2%<br />

<br />

1%<br />

<br />

14%<br />

<br />

19%<br />

<br />

1%<br />

<br />

4%<br />

<br />

3%<br />

54 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Observa-se a participação de empresas dos mais importantes setores do estado, em termos de número de estabelecimentos.<br />

Os cinco setores com maior participação de empresas, totalizando quase 60% da amostra, foram, em ordem<br />

de importância: máquinas e equipamentos (19%), madeira (14%), têxtil (10%), borracha e plástico (8%) e móveis e indústrias<br />

diversas (8%).<br />

Não obstante, a pesquisa também contou com a participação de empresas de outros 12 segmentos. Esta diversidade setorial<br />

contribuiu para a análise dos resultados, uma vez que o processo de internacionalização muitas vezes também é afetado<br />

por fatores especificamente relacionados aos segmentos a que estas empresas pertencem.<br />

A respeito da origem do capital das empresas pesquisadas, há uma concentração de empresas com 100% do capital nacional<br />

(90% do total da amostra). Somente um pequeno percentual é de capital totalmente estrangeiro (5%), seguidas de<br />

empresas com capital misto (5%). Estes números refletem a tradição do estado de Santa Catarina, cujas empresas fundadas<br />

em território catarinense com capital nacional historicamente têm participado de forma ativa no comércio internacional.<br />

Composição do capital da empresa<br />

<br />

5%<br />

<br />

1%<br />

<br />

4%<br />

<br />

90%<br />

O gráfico a seguir demonstra que uma pequena parcela das empresas pesquisadas (17%), principalmente de médio e<br />

grande porte, também está investindo em filiais em outros países. Destas empresas, os principais países citados nos quais<br />

possuem unidades foram os Estados Unidos, a Argentina e a China.<br />

Unidades no exterior<br />

<br />

17%<br />

NÃO<br />

83%<br />

SISTEMA FIESC<br />

55


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

A respeito da natureza das unidades no exterior, grande parte das empresas informou que desenvolvem ações comerciais<br />

através de escritórios próprios ou que possuem plantas fabris para produção e comercialização de seus produtos. Essas<br />

ações muitas vezes buscam dotar as empresas das capacidades necessárias para atuar em mercados onde a concorrência<br />

é mais acirrada, ou em função da necessidade de maior proximidade com seus clientes finais.<br />

A respeito da experiência em atividades internacionais, para a maioria das empresas (64%) esta experiência é relativamente<br />

recente, pois iniciaram as atividades internacionais após 1991. Não obstante, também participaram da pesquisa várias empresas<br />

com trajetória mais longa de internacionalização: 25% têm mais de 30 anos de experiência internacional.<br />

Início das atividades internacionais<br />

1991-2000<br />

28%<br />

1981-1990<br />

11%<br />

2001-2010<br />

32%<br />

1971-1980<br />

13%<br />

<br />

12%<br />

<br />

4%<br />

A maior parte da amostra envolve empresas que são, ao mesmo tempo, exportadoras e importadoras (71%). Do restante<br />

das empresas pesquisadas, 17% são somente exportadoras e 12% são somente importadoras. Este é um aspecto favorável<br />

na análise dos resultados, uma vez que há uma alta participação de empresas respondentes que realizam tanto atividades<br />

de exportação quanto de importação e uma distribuição equilibrada entre somente exportadoras e somente importadoras.<br />

Natureza da atividade internacional<br />

<br />

17%<br />

<br />

12%<br />

<br />

71%<br />

56 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

4.2 Análise das empresas exportadoras<br />

A pesquisa abrangeu empresas que exportam diversas categorias de produtos, com a predominância de exportadoras de<br />

bens de consumo duráveis (40%), insumos industriais (19%), bens de consumo não duráveis (18%) e bens de capital (8%).<br />

Esta distribuição da amostra também é muito positiva para a análise dos resultados, uma vez que, como se verificou na<br />

seção 3.2, as exportações de Santa Catarina em 2011 foram lideradas por bens de consumo não duráveis (39% do total exportado),<br />

seguidos de insumos industriais (28%) e bens de capital (20%).<br />

Exportações por setor de conta nacional<br />

<br />

40%<br />

<br />

7%<br />

<br />

1%<br />

<br />

7%<br />

<br />

18%<br />

<br />

19%<br />

<br />

8%<br />

Com relação às formas de exportação, quase metade das empresas pesquisadas (49%) exporta de forma direta, enquanto<br />

que outros 30% delas exporta a maior parte diretamente, e indiretamente apenas alguns pedidos ocasionais. Isso demonstra<br />

que, de forma geral, grande parte das empresas respondentes possui uma estrutura interna própria capaz de executar<br />

as atividades inerentes aos processos de exportação, com profissionais qualificados para exercer estas funções.<br />

Formas de exportação<br />

<br />

<br />

1%<br />

<br />

<br />

49%<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

8%<br />

<br />

<br />

12%<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

30%<br />

SISTEMA FIESC<br />

57


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Para as empresas que utilizam a exportação indireta, os principais meios são, em ordem de importância, tradings e/ou comerciais<br />

exportadoras localizadas no Brasil (41%), agentes e/ou distribuidores no exterior (37%) e agentes e/ou distribuidores<br />

no Brasil (20%).<br />

Meios de exportação indireta<br />

<br />

<br />

41%<br />

<br />

<br />

2%<br />

<br />

<br />

37%<br />

<br />

<br />

20%<br />

O gráfico a seguir apresenta o porte das empresas pesquisadas de acordo com o volume exportado em 2011. Verifica-se<br />

uma distribuição equilibrada em quase todas as faixas de valores, com maior predominância de empresas que exportaram<br />

entre US$ 100 mil e US$ 999 mil (38%) e entre US$ 1 milhão e US$ 9,9 milhões (38%). Um número menor de empresas,<br />

mas ainda significativo, exportou até US$ 99 mil (15%). Somente 9% das empresas pesquisadas exportaram mais de US$<br />

10 milhões em 2011.<br />

Faixas de valores de exportação em 2011 – US$<br />

<br />

15%<br />

<br />

38%<br />

<br />

2%<br />

<br />

7%<br />

<br />

38%<br />

Para 64% das empresas, a exportação representou até 10% do faturamento total em 2011. Possivelmente devido à perda<br />

de rentabilidade no mercado externo em função da valorização do real ocorrida até o ano passado e pelo aquecimento no<br />

mercado interno, grande parte das respondentes decidiu redirecionar seus esforços de vendas para atender a demanda<br />

doméstica. Por outro lado, o gráfico a seguir também demonstra que, no outro extremo, 17% das empresas tiveram suas<br />

exportações contribuindo com mais de 30% do total faturado.<br />

58 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Participação das exportações no faturamento em 2011<br />

<br />

7%<br />

<br />

64%<br />

<br />

5%<br />

<br />

5%<br />

<br />

7%<br />

<br />

12%<br />

As empresas também informaram qual foi o maior percentual de participação das exportações no faturamento anual da<br />

empresa desde as primeiras vendas externas. Para 39% delas a exportação teve uma participação máxima de 10% sobre<br />

o total do faturamento, enquanto que para 26% das empresas a exportação chegou a representar mais da metade do faturamento<br />

global.<br />

Maior percentual de participação das exportações<br />

<br />

39%<br />

<br />

13%<br />

<br />

15%<br />

<br />

13%<br />

<br />

8%<br />

<br />

12%<br />

No tocante aos destinos das exportações catarinenses, merecem destaque dois países do Mercosul (Argentina e Paraguai),<br />

que representaram os dois principais mercados em 2011, para 18% e 11% das empresas pesquisadas, respectivamente. A<br />

Venezuela, os Estados Unidos e o Uruguai aparecem na terceira colocação, com 7% do total das respostas. Outros países<br />

latino-americanos – Bolívia, Chile e Colômbia – também foram mais citados na pesquisa.<br />

SISTEMA FIESC<br />

59


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Principais mercados importadores em 2011<br />

<br />

18%<br />

<br />

2%<br />

FRANÇA<br />

2%<br />

CANADÁ<br />

2%<br />

ALEMANHA<br />

2%<br />

<br />

2%<br />

<br />

2%<br />

<br />

2%<br />

<br />

4% <br />

4% <br />

4%<br />

<br />

11%<br />

<br />

4%<br />

<br />

5%<br />

<br />

9%<br />

<br />

6%<br />

VENEZUELA<br />

7%<br />

EUA<br />

7%<br />

<br />

7%<br />

A maioria das empresas pesquisadas (51%) exportou para até cinco países em 2011. Somente um número reduzido das<br />

empresas (13%) atendeu mais de 20 mercados, como apresenta o gráfico a seguir.<br />

Número aproximado de mercados importadores atendidos pela empresa em 2011<br />

<br />

51%<br />

<br />

5%<br />

<br />

8%<br />

<br />

16%<br />

<br />

20%<br />

Por outro lado, ao considerar-se o número aproximado de mercados importadores atendidos pelas empresas desde as<br />

primeiras exportações, verifica-se que o cenário é um pouco diferente. Um maior número de empresas exportou para um<br />

maior número de países neste horizonte de tempo. Somente 27% das empresas exportaram para até cinco países, enquanto<br />

outros 27% exportaram para seis a 10 países e 15% tiveram exportações para mais de 40 países. Estes números provavelmente<br />

indicam que as empresas nem sempre têm conseguido manter clientes nos mercados importadores em que atuam<br />

e, por diversas razões, deixam de atender esses mercados.<br />

60 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Número aproximado de mercados importadores atendidos pela empresa desde as primeiras<br />

exportações<br />

<br />

27%<br />

<br />

15%<br />

<br />

27%<br />

<br />

5%<br />

<br />

12%<br />

<br />

14%<br />

Ao analisar-se o desempenho das exportações em dólares nos últimos cinco anos, verifica-se, pelo gráfico a seguir, que<br />

mais de um quarto das empresas pesquisadas obteve estabilidade nos valores exportados. Já 37% delas informaram que<br />

os valores foram incrementados neste período, sendo que para 25% o aumento médio anual tem sido de até 10%. Por outro<br />

lado, para 37% das empresas os valores exportados em dólar foram reduzidos. E 14% delas informaram queda anual de<br />

até 10% nos últimos cinco anos.<br />

Desempenho das exportações em US$ entre 2007 e 2011<br />

<br />

<br />

7%<br />

<br />

<br />

26%<br />

<br />

<br />

25%<br />

<br />

<br />

6%<br />

<br />

<br />

10%<br />

<br />

<br />

14%<br />

<br />

<br />

6%<br />

<br />

<br />

1%<br />

<br />

<br />

5%<br />

A razão mais apontada para as reduções das exportações foi a política cambial desfavorável. Em seguida, as empresas<br />

apontaram a perda da competitividade no mercado mundial devido ao acirramento da concorrência estrangeira. Outras<br />

razões entre as mais citadas foram o aumento do custo de produção, associado ao Custo Brasil, e a deterioração do poder<br />

de compra dos importadores, como resultado da recente crise internacional.<br />

SISTEMA FIESC<br />

61


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

A respeito da evolução dos preços em dólares dos produtos exportados nos últimos cinco anos, o gráfico a seguir aponta<br />

que, para 42% das empresas respondentes os preços têm se mantido estáveis, enquanto 30% informam que os preços foram<br />

parcialmente aumentados e 16% afirmam que os preços foram parcialmente reduzidos.<br />

Evolução dos preços em US$ dos produtos exportados entre 2007 e 2011<br />

<br />

<br />

42%<br />

<br />

<br />

8%<br />

<br />

<br />

16%<br />

<br />

<br />

30%<br />

<br />

<br />

4%<br />

Já quando se analisa a evolução das quantidades exportadas entre 2007 e 2011, 42% das empresas informaram que os volumes<br />

estão sendo reduzidos, ao passo que para 27% os volumes estão se mantendo relativamente estáveis. Para 22% das<br />

empresas, os volumes exportados estão sendo parcialmente aumentados.<br />

Evolução das quantidades exportadas entre 2007 e 2011<br />

<br />

<br />

9%<br />

<br />

<br />

27%<br />

<br />

<br />

18%<br />

<br />

<br />

22%<br />

<br />

<br />

24%<br />

Sobre a política de desenvolvimento de produtos voltados à exportação adotada pelas empresas pesquisadas, as respostas<br />

foram muito equilibradas, como apresenta o gráfico a seguir. A maior parte (39%) tem priorizado o desenvolvimento de<br />

produtos para o mercado interno, posteriormente adaptando e ofertando esses produtos também para o mercado externo.<br />

Já 30% delas têm buscado diversificar a produção/comercialização, com a inclusão de novos produtos em seu portfólio de<br />

exportação, visando alcançar novos nichos de mercado. Somente uma pequena parcela das respondentes (9%) reduziu a<br />

linha de produtos voltados à exportação.<br />

62 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Desenvolvimento de produtos para a exportação<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

30%<br />

<br />

<br />

9%<br />

<br />

<br />

<br />

22%<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

39%<br />

As empresas foram solicitadas a informar as estratégias que vêm adotando para melhor posicionarem-se no mercado internacional.<br />

Das 21 estratégias listadas, as seis mais adotadas pelas empresas pesquisadas foram, em ordem decrescente<br />

de citações:<br />

Criação/oferta de novos produtos com diferenciais competitivos e/ou maior valor agregado<br />

Participação em feiras internacionais do setor, como expositor ou visitante<br />

Busca por novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização<br />

Conquista de certificações internacionais (produtos e/ou processos)<br />

Implementação de programas de qualidade total<br />

Maiores investimentos em inovação, pesquisa, tecnologia, design e desenvolvimento de produtos e/ou processos<br />

Estratégias que as empresas adotam para melhor posicionamento no mercado internacional (%)<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

3 17 8 1 12 4 16 9 2 11 5 14 19 21 7 20 13 10 15 6 18<br />

3. Criação/oferta de novos produtos com diferenciais competitivos e/ou maior valor agregado<br />

17. Participação em feiras internacionais do setor, como expositor ou visitante<br />

8. Busca por novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização<br />

1. Conquista de certificações internacionais (produtos e/ou processos)<br />

12. Implementação de programas de qualidade total<br />

SISTEMA FIESC<br />

63


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

4. Maiores investimentos em inovação, pesquisa, tecnologia, design e desenvolvimento de produtos e/ou processos<br />

16. Contratação de empresa especializada em logística internacional<br />

9. Diversificação de mercados em países com maior dinamismo no comércio internacional<br />

2. Desenvolvimento de estratégias dinâmicas de marketing e marca<br />

11. Investigação e monitoramento do ambiente competitivo internacional<br />

5. Estruturação da rede de distribuição em países-chave<br />

14. Contratação de profissionais especializados para atender às demandas de internacionalização da empresa<br />

19. Mudanças na estrutura organizacional e em processos internos da empresa<br />

21. Estabelecimento de alianças estratégicas com empresas no exterior<br />

7. Disponibilização de novos serviços de pré e pós-venda<br />

20. Estabelecimento de alianças estratégicas com empresas no Brasil<br />

13. Programas de benchmarking com empresas nacionais e estrangeiras<br />

10. Programas de desenvolvimento de capacidade de gestão e comercialização internacionais<br />

15. Contratação de seguros de créditos para aumentar as opções de pagamento e prazos aos importadores<br />

6. Implementação de planos/modelos de internacionalização<br />

18. Segmentação da produção em área/linha dedicada exclusivamente à exportação<br />

Também solicitou-se que as empresas informassem, para as 21 estratégias listadas, aquelas que não adotam mas que acreditam<br />

que se adotassem, poderiam melhorar seu posicionamento no mercado internacional. As seis estratégias mais citadas,<br />

em ordem decrescente de citações, foram:<br />

Implementação de planos/modelos de internacionalização<br />

Desenvolvimento de estratégias dinâmicas de marketing e marca<br />

Programas de desenvolvimento de capacidade de gestão e comercialização internacionais<br />

Estruturação da rede de distribuição em países-chave<br />

Contratação de seguros de créditos para aumentar as opções de pagamento e prazos aos importadores<br />

Segmentação da produção em área/linha dedicada exclusivamente à exportação<br />

Estratégias que as empresas deveriam adotar para melhor posicionamento no mercado internacional (%)<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

6 2 10 5 15 18 7 9 13 8 11 1 14 21 3 4 20 19 17 12 16<br />

6. Implementação de planos/modelos de internacionalização<br />

2. Desenvolvimento de estratégias dinâmicas de marketing e marca<br />

64 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

10. Programas de desenvolvimento de capacidade de gestão e comercialização internacionais<br />

5. Estruturação da rede de distribuição em países-chave<br />

15. Contratação de seguros de créditos para aumentar as opções de pagamento e prazos aos importadores<br />

18. Segmentação da produção em área/linha dedicada exclusivamente à exportação<br />

7. Disponibilização de novos serviços de pré e pós-venda<br />

9. Diversificação de mercados em países com maior dinamismo no comércio internacional<br />

13. Programas de benchmarking com empresas nacionais e estrangeiras<br />

8. Busca por novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização<br />

11. Investigação e monitoramento do ambiente competitivo internacional<br />

1. Conquista de certificações internacionais (produtos e/ou processos)<br />

14. Contratação de profissionais especializados para atender às demandas de internacionalização da empresa<br />

21. Estabelecimento de alianças estratégicas com empresas no exterior<br />

3. Criação/oferta de novos produtos com diferenciais competitivos e/ou maior valor agregado<br />

4. Maiores investimentos em inovação, pesquisa, tecnologia, design e desenvolvimento de produtos e/ou processos<br />

20. Estabelecimento de alianças estratégicas com empresas no Brasil<br />

19. Mudanças na estrutura organizacional e em processos internos da empresa<br />

17. Participação em feiras internacionais do setor, como expositor ou visitante<br />

12. Implementação de programas de qualidade total<br />

16. Contratação de empresa especializada em logística internacional<br />

As empresas informaram os motivos pelos quais não implementam as estratégias que consideram mais adequadas para<br />

melhor posicionamento no mercado internacional. O motivo mais citado foi a priorização do mercado brasileiro, que se<br />

encontra aquecido e que, por isso, tem sido o principal alvo de suas operações. Outra razão bastante citada foi a falta dos<br />

recursos financeiros necessários para a implementação de algumas das estratégias. As empresas também informaram que<br />

a conjuntura atual, tanto no Brasil, devido à política cambial vigente, quanto internacionalmente, em função da alta concorrência<br />

asiática e dos efeitos da recente crise financeira internacional, não tem sido favorável para a adoção de determinadas<br />

estratégias.<br />

A pesquisa procurou analisar o grau de conhecimento e utilização dos principais programas e incentivos à exportação e regimes<br />

aduaneiros especiais existentes no Brasil. Os instrumentos que as empresas têm utilizado de forma mais efetiva são a<br />

desoneração de IPI e ICMS (87%), a restituição de PIS e COFINS (83%) e os adiantamentos cambiais ACC (59%) e ACE (51%).<br />

Alguns dos instrumentos apresentados no formulário são desconhecidos por grande parte das empresas respondentes.<br />

Mais de um terço das empresas pesquisadas não conhecem seis dos 16 instrumentos informados, listados a seguir:<br />

Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado – RECOF<br />

Sistema de Registro de Informações de Promoção – SISPROM<br />

Programa de Geração de Emprego e Renda - PROGER Exportação<br />

Despacho Aduaneiro Expresso – Linha Azul<br />

BNDES Exim Pós-Embarque<br />

BNDES Exim Pré-Embarque<br />

A respeito das linhas de financiamento BNDES Exim, uma parcela significativa das empresas também informa não estar<br />

conseguindo utilizar o Pós-Embarque (22%), o Pré-Embarque (20%), a Linha Azul (36%) e o PROEX (25%).<br />

SISTEMA FIESC<br />

65


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Conhecimento e utilização dos programas e incentivos à exportação e regimes aduaneiros especiais (%)<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

7 7 6 6<br />

3<br />

10<br />

18 16 16 12 15<br />

14<br />

24 20 21<br />

21 25<br />

22<br />

35<br />

22<br />

21<br />

23<br />

4 35<br />

27<br />

28<br />

32<br />

23 28<br />

36<br />

17 7<br />

2<br />

81<br />

32<br />

87<br />

59<br />

54<br />

39<br />

32<br />

18<br />

7<br />

27<br />

9<br />

32<br />

71<br />

46<br />

51<br />

53<br />

41<br />

34 30<br />

34 34<br />

24<br />

26<br />

6 12<br />

14<br />

20<br />

15 9<br />

1 2 4 5 3 8 12 9 13 11 16 15 10 14 7 6<br />

Não conhece Utiliza Não tem interesse Não consegue utilizar<br />

1. Desoneração IPI e ICMS<br />

2. Restituição PIS/COFINS<br />

4. ACC<br />

5. ACE<br />

3. Drawback<br />

8. Exportações Simplificadas – SIMPLEX<br />

12. Porto Seco<br />

9. SISCARGA<br />

13. REDEX<br />

11. PROEX<br />

16. BNDES Exim Pré-Embarque<br />

15. BNDES Exim Pós-Embarque<br />

10. Despacho Aduaneiro Expresso – Linha Azul<br />

14. PROGER Exportação<br />

7. SISPROM<br />

6. RECOF – Entreposto Industrial<br />

Torna-se necessário verificar os obstáculos que as empresas vêm enfrentando que as impossibilitam de utilizar esses instrumentos<br />

e, ao mesmo tempo, auxiliar os órgãos competentes na promoção mais eficaz daqueles instrumentos que ainda<br />

são desconhecidos. A correta utilização dos mecanismos apresentados pode contribuir significativamente para o maior<br />

grau de competitividade das exportadoras catarinenses.<br />

Perspectivas<br />

Quando questionadas sobre a projeção das exportações para 2012, mais da metade das empresas pesquisadas (56%) aponta<br />

perspectivas de incremento: 25% esperam obter crescimento de até 10%, enquanto 19% acreditam que suas exportações<br />

crescerão de 11% a 30%. Somente 12% das empresas estimam que aumentarão as exportações em mais de 30%, comparativamente<br />

a 2011.<br />

Por outro lado, 29% das empresas projetam estabilidade nos valores exportados e 15% estimam que suas exportações<br />

sofrerão queda em 2012. Deste último grupo de empresas, a maior parte (10%) acredita que suas exportações deverão<br />

reduzir-se em até 10% quando comparadas com 2011.<br />

66 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Projeção das exportações para 2012<br />

<br />

1%<br />

<br />

29%<br />

<br />

1%<br />

<br />

3%<br />

<br />

25%<br />

<br />

10%<br />

<br />

9%<br />

<br />

3%<br />

<br />

19%<br />

Para as empresas que acreditam que suas exportações de 2012 serão inferiores às de 2011, os principais motivos apontados<br />

para tal foram as barreiras comerciais na exportação para a Argentina, com as medidas de restrição às importações implementadas<br />

no país, a priorização das empresas no mercado brasileiro e a perda de competitividade internacional, além das<br />

dificuldades associadas à política cambial adotada no Brasil.<br />

Mais da metade das empresas pesquisadas pretende realizar ações em 2012 visando a abertura de novos mercados importadores.<br />

Possivelmente devido ao fato de que suas exportações vêm crescendo de forma mais substancial em mercados<br />

emergentes ou em países em desenvolvimento, ou em função de recentemente as economias destes países estarem crescendo<br />

acima da média mundial, como demonstrou-se nos capítulos anteriores da publicação, as empresas informaram que,<br />

em 2012, irão focar seus esforços de vendas buscando novos mercados importadores principalmente em países da América<br />

do Sul (30%), da África (15%), da América Central (14%) e do Oriente Médio (12%). Ainda assim, mercados tradicionalmente<br />

importadores de produtos catarinenses, como os EUA, também são importantes alvos para expansão em 2012. A América<br />

do Norte aparece na segunda colocação (com 17%), conforme apresenta o gráfico a seguir.<br />

Abertura de novos mercados importadores em 2012<br />

<br />

30%<br />

<br />

17%<br />

<br />

15%<br />

<br />

1%<br />

<br />

5%<br />

<br />

12%<br />

<br />

3%<br />

<br />

3%<br />

<br />

14%<br />

SISTEMA FIESC<br />

67


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

As empresas que buscarão abrir novos mercados em 2012 foram solicitadas a informar os critérios que as auxiliaram na<br />

definição destes mercados. A maior parte respondeu que se utilizou de indicadores associados ao potencial de consumo<br />

de seus produtos, tais como crescimento econômico recente, cenário social e político, evolução recente das importações<br />

e tamanho do mercado consumidor.<br />

4.3 Análise das empresas importadoras<br />

Buscou-se na pesquisa informações que pudessem ser comparadas com as estatísticas apresentadas na seção 3.1, em que<br />

foi constatada uma mudança no perfil das importações catarinenses ao longo dos últimos 10 anos, com incrementos mais<br />

significativos dos bens de consumo duráveis e não duráveis e uma redução na participação de bens de capital sobre o<br />

total importado.<br />

Insumos industriais (47%) foi a categoria de produtos mais citada pelas empresas pesquisadas no início de suas importações,<br />

seguidos de bens de capital (19%) e bens de consumo duráveis (17%).<br />

Importações iniciais por setor de conta nacional<br />

<br />

4%<br />

<br />

1%<br />

<br />

3%<br />

<br />

3%<br />

<br />

<br />

17%<br />

<br />

<br />

6%<br />

<br />

19%<br />

<br />

47%<br />

A respeito das categorias de produtos atualmente importados pelas empresas, os percentuais foram parcialmente alterados.<br />

Insumos industriais ainda foi a categoria mais citada, mas com uma pequena redução (41%). Bens de consumo duráveis<br />

aparece na segunda posição, com 21% de citações. Houve também uma leve redução na citação de bens de capital (17%)<br />

e um pequeno incremento nas citações de bens de consumo não duráveis (8%).<br />

Questionadas sobre os motivos que as levaram a expandir as categorias de produtos importados ao longo dos últimos<br />

anos, as empresas responderam que buscaram principalmente reduzir custos e melhorar a competitividade, através da<br />

modernização do parque fabril pela aquisição de bens de capital importados. As empresas que reduziram as categorias de<br />

produtos importados desde as primeiras importações informaram que substituíram estes bens por produtos fabricados<br />

no mercado interno.<br />

68 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Importações atuais por setor de conta nacional<br />

<br />

<br />

5%<br />

<br />

2%<br />

<br />

<br />

3%<br />

<br />

<br />

21%<br />

<br />

<br />

8%<br />

<br />

17%<br />

<br />

<br />

3%<br />

<br />

41%<br />

Assim como nas exportações, grande parte das empresas importadoras pesquisadas (43%) realiza as importações de forma<br />

direta. Para 29% delas, a maior parte das importações é realizada de forma direta, mas também utilizam a forma indireta<br />

para a importação de alguns pedidos ocasionais.<br />

Formas de importação<br />

<br />

<br />

43%<br />

<br />

<br />

7%<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

15%<br />

<br />

<br />

6%<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

29%<br />

Mais de três quartos das empresas que importam indiretamente (77%) utilizam os serviços de tradings e/ou empresas comerciais<br />

importadoras no Brasil, como apresenta o gráfico a seguir.<br />

SISTEMA FIESC<br />

69


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Meios de importação indireta<br />

<br />

2%<br />

<br />

<br />

3%<br />

<br />

<br />

9%<br />

<br />

<br />

77%<br />

<br />

<br />

9%<br />

A respeito do destino final das mercadorias importadas, o gráfico a seguir aponta que, para 48% das empresas participantes,<br />

as mercadorias são destinadas ao consumo próprio. Por outro lado, para 24% das empresas, os produtos são destinados<br />

ao consumo de terceiros. E para 13%, a maior parte das mercadorias importadas é para consumo próprio, mas parte delas<br />

também é destinada ao consumo de terceiros.<br />

Destino final dos produtos importados<br />

<br />

48%<br />

<br />

24%<br />

<br />

<br />

6%<br />

<br />

<br />

13%<br />

<br />

<br />

9%<br />

Para as empresas que realizaram importações cujos produtos foram destinados ao consumo de terceiros (total ou parcialmente),<br />

75% informaram que a maioria dos consumidores finais estava localizada em outros estados brasileiros, mas parte<br />

também estava em Santa Catarina, como demonstra o gráfico a seguir.<br />

70 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Localização dos consumidores dos produtos importados destinados ao consumo de terceiros<br />

<br />

<br />

<br />

19%<br />

<br />

<br />

<br />

6%<br />

<br />

<br />

<br />

75%<br />

Quase metade das empresas pesquisadas (46%) importou entre US$ 100 mil e US$ 999 mil em 2011, seguidas de empresas<br />

que importaram entre US$ 1 milhão e US$ 9,9 milhões (25% do total). Estes valores são compatíveis com os portes das<br />

empresas pesquisadas e proporcionais à estratificação da amostra, em termos de porte de empresas.<br />

Valor das importações em 2011<br />

<br />

17%<br />

<br />

1%<br />

<br />

46%<br />

<br />

11%<br />

<br />

25%<br />

Os valores importados em 2011 corresponderam a até 10% do total das compras efetuadas para 48% das empresas pesquisadas.<br />

Por outro lado, para 16% destas empresas as importações representaram mais de 70% das compras globais. Estes<br />

números demonstram que algumas empresas são muito dependentes das importações em suas operações.<br />

SISTEMA FIESC<br />

71


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Participação das importações no total das compras em 2011<br />

<br />

48%<br />

<br />

16%<br />

<br />

5%<br />

<br />

8%<br />

<br />

6%<br />

<br />

17%<br />

Tomando-se como base o gráfico anterior, o gráfico a seguir demonstra que, realizando-se uma análise histórica da participação<br />

das importações no total das compras das empresas desde as primeiras importações, verifica-se que não ocorreram<br />

alterações substanciais nos percentuais apresentados em 2011. A mudança mais significativa foi no grupo de empresas<br />

que importaram até 10% das compras globais (reduzindo de 48% para 42%) e da parcela das empresas que importaram<br />

de 11 a 20% do total (aumentando de 17% para 23%). Ou seja, para algumas das empresas pesquisadas as importações já<br />

tiveram uma representatividade maior no passado.<br />

Maior percentual de participação das importações no total das compras desde as primeiras importações<br />

<br />

42%<br />

<br />

16%<br />

<br />

3%<br />

<br />

23%<br />

<br />

8% <br />

8%<br />

No tocante aos principais países fornecedores das empresas pesquisadas em 2011, o mercado mais citado (26% do total)<br />

foi a China, seguida da Alemanha (com 15%), dos EUA (12%) e da Itália (11%). Coincidentemente, estes quatro países fazem<br />

parte da relação dos 10 principais países fornecedores para Santa Catarina em 2011, além de Chile, Argentina, Peru, Coreia do<br />

Sul, Índia e México, alguns deles também dentre os mais citados pelas empresas pesquisadas, como apresentado no gráfico.<br />

72 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Principais países fornecedores em 2011<br />

<br />

26%<br />

ALEMANHA<br />

15%<br />

<br />

16%<br />

FRANÇA<br />

2%<br />

<br />

12%<br />

<br />

2%<br />

<br />

3% <br />

4%<br />

<br />

4%<br />

<br />

5%<br />

<br />

11%<br />

Quando questionadas sobre a evolução das importações nos últimos cinco anos, um quarto das empresas informou que<br />

houve estabilidade nos valores importados. Somente 10% afirmam que as importações tiveram valores reduzidos nesse<br />

período. O restante das empresas (65%) informou que as importações foram incrementadas entre 2007 e 2011. Para 31%<br />

das empresas, o crescimento médio anual foi de 11 a 30%, enquanto para 26% delas foi de até 10%.<br />

Desempenho das importações em US$ entre 2007 e 2011<br />

<br />

25%<br />

<br />

2%<br />

<br />

26%<br />

<br />

2%<br />

<br />

6%<br />

<br />

3%<br />

<br />

5%<br />

<br />

31%<br />

Sobre a evolução dos preços em dólares dos produtos importados nos últimos cinco anos, mais da metade das empresas<br />

(53%) informou que os preços estão mantendo-se estáveis, ao passo que 30% afirmam que estão sendo parcialmente aumentados.<br />

Interessante notar que 12% das respondentes informaram que os preços estão sendo parcialmente reduzidos.<br />

As empresas que tiveram suas importações aumentadas recentemente foram solicitadas a informar os motivos que ocasionaram<br />

este incremento. O principal motivo citado, pela maioria das empresas respondentes, foi o aumento das vendas<br />

no mercado interno e o aumento da produção. Algumas empresas também apontaram a melhor acessibilidade aos itens<br />

importados, por custos mais reduzidos e pela política cambial favorável às importações no Brasil, o que trouxe ganhos de<br />

competitividade a essas empresas.<br />

SISTEMA FIESC<br />

73


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Evolução dos preços em US$ dos produtos importados entre 2007 e 2011<br />

<br />

53%<br />

<br />

5%<br />

<br />

30% <br />

12%<br />

As empresas também foram questionadas sobre a evolução das quantidades dos produtos importados entre 2007 e 2011.<br />

Mais da metade (54%) informou que as quantidades estão sendo aumentadas, e 36% responderam que estão mantendo-<br />

-se estáveis.<br />

Evolução das quantidades importadas entre 2007 e 2011<br />

<br />

36%<br />

<br />

8%<br />

<br />

13%<br />

<br />

2%<br />

<br />

41%<br />

Ao final desta seção da pesquisa, as empresas informaram suas expectativas em relação à evolução das importações para<br />

este ano, em comparação a 2011. A maior parte delas (61%) projeta incremento nas importações em 2012, em contraste<br />

com 21% das empresas pesquisadas, que acreditam que as importações permanecerão estáveis, e com 18% que preveem<br />

redução. Para 32% das empresas, o incremento será de até 10%, enquanto 21% estimam um aumento entre 11 e 30% nas<br />

importações para 2012, como apresenta o gráfico a seguir.<br />

74 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Projeção das importações para 2012<br />

<br />

21%<br />

<br />

6%<br />

<br />

32%<br />

<br />

1%<br />

<br />

3%<br />

<br />

8%<br />

<br />

3%<br />

<br />

5%<br />

<br />

21%<br />

Para as empresas que projetam crescimento nas importações, o principal motivo informado é o aumento das vendas ou<br />

da produção, em função da maior demanda interna. As empresas também citaram que este aumento será decorrente de<br />

investimentos na modernização de seus parques fabris, pela compra de bens de capital importados, e da busca pela redução<br />

de custos, através da aquisição de matéria-prima e insumos importados com preços mais competitivos.<br />

4.4 Experiência das empresas na internacionalização<br />

Em sua etapa final, a pesquisa buscou analisar o que motiva as empresas a internacionalizar seus negócios, que estratégias<br />

são adotadas, quais as principais dificuldades encontradas, assim como propor recomendações ao governo do empresariado<br />

catarinense para o fomento do comércio exterior.<br />

O principal motivo que levou as empresas à internacionalização, citado por 25% delas foi o “crescimento da empresa”,<br />

seguido de “acesso a novos mercados” (16%), “aumento de competitividade” (11%) e “posicionamento no<br />

mercado” (11%).<br />

SISTEMA FIESC<br />

75


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Motivos para a empresa internacionalizar-se<br />

<br />

1%<br />

<br />

<br />

5%<br />

<br />

<br />

2%<br />

<br />

3%<br />

<br />

3%<br />

<br />

<br />

3%<br />

<br />

25%<br />

<br />

16%<br />

<br />

9%<br />

<br />

9%<br />

<br />

11%<br />

<br />

2%<br />

<br />

11%<br />

Sobre as estratégias de internacionalização mais utilizadas pelas empresas pesquisadas, verifica-se a predominância da exportação<br />

direta (32%), importação direta (25%), exportação através de terceiros (14%) e importação através de terceiros (12%).<br />

Estratégias de internacionalização<br />

<br />

<br />

7%<br />

<br />

2%<br />

<br />

1%<br />

<br />

<br />

1%<br />

<br />

32%<br />

<br />

<br />

14%<br />

<br />

1%<br />

<br />

<br />

5%<br />

<br />

<br />

12%<br />

<br />

25%<br />

Uma pequena parcela (7%) das empresas também realiza associação/alianças estratégicas com empresas estrangeiras que<br />

não implicam em investimentos. Para 50% destas empresas, estas parcerias têm natureza comercial. E 14% informaram que<br />

as alianças têm a finalidade de compras, enquanto 14% também vêm desenvolvendo acordos de cooperação tecnológica,<br />

como apresenta o gráfico seguinte.<br />

76 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Natureza das alianças estratégicas<br />

<br />

4%<br />

<br />

50%<br />

<br />

14%<br />

<br />

7%<br />

<br />

14%<br />

<br />

11%<br />

No tocante às barreiras internas à internacionalização consideradas mais relevantes, para 28% das empresas pesquisadas as<br />

economias de escala são reduzidas, o que torna os custos de produção elevados em relação aos concorrentes internacionais.<br />

As empresas também apontam como outros principais obstáculos internos à internacionalização o fato de o mercado<br />

doméstico atender a seus objetivos (18%), a dificuldade de acesso aos canais de distribuição em outros países (15%) e as<br />

dificuldades em formar parcerias internacionais (14%).<br />

Barreiras internas à internacionalização<br />

<br />

<br />

18%<br />

<br />

<br />

10%<br />

<br />

<br />

<br />

5%<br />

<br />

3%<br />

<br />

<br />

7%<br />

<br />

<br />

15%<br />

<br />

<br />

<br />

28%<br />

<br />

14%<br />

Conforme demonstra o próximo gráfico, as empresas pesquisadas informaram que os principais obstáculos externos em<br />

seu processo de internacionalização considerados muito relevantes ou relevantes foram, em ordem de importância: a concorrência<br />

internacional, a política cambial desfavorável às exportações, a burocracia excessiva em órgãos governamentais<br />

brasileiros, a recessão em outros países, o elevado custo do transporte internacional e a falta de incentivos fiscais oferecidos<br />

pelo governo brasileiro.<br />

SISTEMA FIESC<br />

77


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Barreiras externas à internacionalização<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

64<br />

58<br />

51<br />

42<br />

37<br />

36<br />

28<br />

35<br />

22<br />

48<br />

14<br />

49<br />

8<br />

38<br />

8<br />

45<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

45 49 53<br />

32<br />

37<br />

38<br />

54<br />

47<br />

37<br />

30<br />

37<br />

4 6 11 13 14 11<br />

1 2 3 7 4 5 8 9 6<br />

11<br />

10<br />

Sem relevância Relevante Muito relevante<br />

1. Acirrada concorrência internacional<br />

2. Política cambial desfavorável às exportações<br />

3. Burocracia excessiva em órgãos governamentais no Brasil<br />

7. Recessão em outros países<br />

4. Elevado custo do transporte internacional<br />

5. Falta de incentivos fiscais oferecidos pelo governo brasileiro<br />

8. Insegurança jurídica do Mercosul<br />

9. Barreiras técnicas nos países importadores<br />

6. Falta de financiamento às exportações de produtos brasileiros<br />

11. Acesso a sistemas de seguros de crédito ineficazes<br />

10. Carência de escalas de navegação<br />

Em consonância com os resultados apresentados, verifica-se que a desoneração tributária, para 21% das empresas, e a<br />

desburocratização e redução de custos da atividade exportadora e o estabelecimento de uma política cambial favorável à<br />

exportação, para 13% das empresas, são consideradas áreas que devem ser priorizadas pelo governo federal para o fomento<br />

à internacionalização. Para 10% das empresas o governo também deve priorizar a redução dos custos de transportes e<br />

portos, como verifica-se no gráfico a seguir.<br />

78 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Resultados da pesquisa<br />

Áreas que devem ser priorizadas pelo governo visando o fomento à internacionalização (%)<br />

<br />

3%<br />

<br />

1%<br />

<br />

<br />

1%<br />

<br />

<br />

13%<br />

<br />

<br />

6%<br />

<br />

21%<br />

<br />

<br />

8%<br />

<br />

3%<br />

<br />

1%<br />

<br />

<br />

8%<br />

3% <br />

1%<br />

<br />

<br />

13%<br />

<br />

<br />

8%<br />

<br />

10%<br />

Para mais da metade das empresas participantes da pesquisa (56%), a experiência de internacionalização tem sido muito<br />

positiva e o aprendizado obtido até o momento tem favorecido o crescimento e contribuído para o alcance dos objetivos<br />

organizacionais. Ao mesmo tempo, para 26% das empresas a experiência internacional adquirida ao longo dos anos trouxe<br />

benefícios, mas recentemente passaram a focar seus esforços no mercado doméstico devido aos obstáculos enfrentados<br />

no cenário internacional.<br />

Avaliação do processo de inserção internacional<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

8%<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

56%<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

10%<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

26%<br />

SISTEMA FIESC<br />

79


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

5. Conclusões<br />

Desafios e oportunidades para Santa Catarina<br />

A globalização da economia, a formação de blocos econômicos e o crescimento do número de acordos de comércio bilaterais<br />

e multilaterais têm provocado uma redução das distâncias geográficas e culturais entre os países. O eixo do comércio<br />

tem se alterado sensivelmente nos últimos anos. Os países emergentes vêm alcançando fatias cada vez mais crescentes<br />

das compras e vendas mundiais de mercadorias, em detrimento dos países desenvolvidos, que entraram em crise a partir<br />

de 2008, ocasionando novas alterações nos fluxos internacionais de produtos. Esse conjunto de fatores delineou um cenário<br />

complexo e desafiador para o comércio internacional desde o início do século 21, impondo a necessidade de novas<br />

estratégias de inserção para empresas e países.<br />

Assim como no resto do mundo, o Brasil vem sofrendo o impacto das transformações, caracterizadas por um ambiente altamente<br />

concorrencial e de acelerada evolução tecnológica. Cada vez mais, as empresas devem estar preparadas para fazer<br />

frente à crescente competição imposta pela globalização e pelas pressões dos mercados internacionais. Um dos grandes<br />

benefícios advindos desse processo é a possibilidade de conquista de novos mercados, antes não acessados. A inserção<br />

em mercados internacionais tem se tornado fundamental não apenas para a expansão das empresas, mas como estratégia<br />

de diversificação e redução de riscos perante as oscilações do mercado interno.<br />

Face às constantes mudanças que influem na dinâmica do comércio internacional, governos e empresas têm buscado estratégias<br />

que garantam ganhos em competitividade, acesso a mercados, diminuição dos riscos de operação e novas fontes<br />

de financiamento, entre outras. Nesse novo contexto, observa-se a intensificação da integração dos países e empresas ao<br />

mercado mundial, a integração produtiva e comercial em busca do aumento das vantagens comparativas e a superação de<br />

obstáculos dentro de um cenário marcado pelo forte ritmo de crescimento do comércio e do investimento entre nações.<br />

A identificação de desafios e entraves a serem superados para o aumento da competitividade das empresas catarinenses<br />

frente às novas dinâmicas da economia mundial é extremamente relevante para a formulação de estratégias para a inserção<br />

no mercado internacional. O delineamento dessas estratégias permite a determinação clara de prioridades e problemas,<br />

oportunidades e obstáculos, bem como a definição da atuação e da coordenação das ações pertinentes, tanto do setor<br />

público como do privado, no apoio à internacionalização de empresas. O quadro a seguir sintetiza as características do cenário<br />

atual com as quais é preciso lidar para a formulação de estratégias de inserção internacional.<br />

Características atuais do ambiente global<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Esta publicação apresentou a evolução do comércio internacional catarinense nos últimos 10 anos, além de abordar<br />

o cenário recente e as perspectivas da economia mundial para os próximos anos. Com as informações apresentadas,<br />

conclui-se que o futuro próximo é desafiador, em virtude da desaceleração econômica mundial e da crise atualmente<br />

vivenciada na Europa e nos Estados Unidos.<br />

Ainda assim, oportunidades existem e precisam ser melhor exploradas em determinados segmentos de produtos e países,<br />

de forma que o estado consiga ampliar substancialmente sua participação no comércio internacional através do incremento<br />

constante de suas exportações.<br />

80 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Conclusões<br />

Diante desse novo panorama, consideradas algumas ressalvas sobre aspectos macroeconômicos anteriormente abordados,<br />

a internacionalização de empresas assume papel crucial, principalmente para países emergentes que formulam políticas<br />

para o crescimento econômico sustentável, como é o caso do Brasil.<br />

Na pesquisa realizada pela FIESC, cujos resultados foram apresentados no capítulo anterior, constatou-se que, apesar da grande<br />

maioria das empresas respondentes serem relativamente novas em atividades de exportação e/ou importação, estão estruturadas<br />

para executar estas atividades. Entretanto, a participação das exportações sobre o faturamento dessas empresas<br />

perdeu importância ao longo dos últimos anos (as exportações sofreram uma queda relativa), e quatro em cada 10 empresas<br />

exportadoras experimentou redução no volume comercializado no exterior. As causas são claras para os empresários:<br />

Razões para a queda relativa das exportações catarinenses<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Fonte: FIESC - Pesquisa com empresas exportadoras de Santa Catarina<br />

Pela análise estatística apresentada, também é possível concluir que houve um incremento considerável nas importações<br />

catarinenses:<br />

Parte desse crescimento pode ser explicada pelo aumento no número de empresas importadoras em Santa Catarina, cuja<br />

instalação foi estimulada pelo programa de incentivos fiscais do governo do estado e por todo um contexto que beneficiou<br />

o crescimento das importações, o que inclui o câmbio apreciado e o crescimento do mercado consumidor interno.<br />

Uma constatação preocupante diz respeito ao perfil dos produtos importados por Santa Catarina. Enquanto a categoria<br />

bens de capital vem decrescendo em termos de participação no total importado pelo estado (35% em 2001 para 18% em<br />

2011), a categoria de bens de consumo, tanto duráveis quanto não duráveis, tem aumentado, representando, juntos, quase<br />

19% do total em 2011, dobrando sua participação na pauta importadora catarinense.<br />

Grande parte das empresas pesquisadas (71%) informou que suas importações foram incrementadas em valor (US$) entre<br />

2007 e 2011, o que foi resultado de maiores vendas no mercado interno ou em função do aumento da produção. Para<br />

mais da metade das empresas os preços em dólares das mercadorias importadas estão se mantendo estáveis, enquanto<br />

as quantidades importadas estão sendo incrementadas.<br />

A maior parte das empresas pesquisadas pela FIESC projeta crescimento nas importações em 2012, em função da maior<br />

demanda interna. As empresas, também citaram que esse aumento será decorrente de investimentos na modernização de<br />

seus parques fabris e da busca pela redução de custos, através da aquisição de matéria-prima e de insumos importados com<br />

preços mais competitivos.<br />

Importações catarinenses – quadro-síntese<br />

<br />

<br />

<br />

No lado das exportações, a maior representatividade na pauta de produtos catarinenses é de bens de consumo não duráveis<br />

e insumos industriais, que em 2011 representaram 39% e 28%, respectivamente. Mas a categoria de bens de capital<br />

também vem ganhando importância ao longo do tempo, aumentando sua participação no total exportado, de 15% em<br />

2001 para 20% em 2011.<br />

SISTEMA FIESC<br />

81


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Conclusões<br />

Ainda que as exportações catarinenses sejam lideradas por bens manufaturados, sua participação no total das exportações<br />

tem decrescido ano após ano (de 62% em 2001 para 52% em 2011). Ao mesmo tempo, tem aumentado a participação de<br />

bens básicos, que cresceu de 33% em 2001 para 46% em 2011. Essa situação, na verdade, reflete o cenário do comércio<br />

mundial, que tem apresentado melhor desempenho na demanda por produtos primários.<br />

Adicionalmente, verificou-se que dos principais produtos exportados por Santa Catarina, somente uma pequena parte<br />

tem apresentado maior dinamismo no comércio mundial, o que reforça a ideia de que novos nichos de mercado devem<br />

ser explorados por empresas catarinenses. O cenário atual indica que há necessidade de maior diversificação na pauta exportadora<br />

do estado, com mais empresas investindo na produção e venda de produtos que apresentam maior dinamismo<br />

no comércio mundial.<br />

Exportações catarinenses – quadro-síntese<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Pela pesquisa, conclui-se que o desenvolvimento de produtos para a exportação é relegado a segundo plano pela maioria<br />

das empresas, priorizando-se o desenvolvimento de produtos destinados ao mercado interno, e adaptando esses produtos<br />

posteriormente para serem ofertados em seu portfolio de exportação.<br />

Para internacionalizarem-se as empresas precisam adotar estratégias adequadas, como atitude competitiva, concentração<br />

geográfica, mecanismos de gestão e de coordenação de atividades, desenvolvimento interno de competências dinâmicas,<br />

absorção e integração de conhecimento, relação com outras empresas (concorrentes, clientes, fornecedores) e capacidade<br />

de adaptação e articulação das diferentes condições locais – especificidades culturais, econômicas, regulamentares e<br />

linguísticas dos países ou regiões.<br />

Para que as empresas sejam competitivas, a importância do estabelecimento de estratégias é indiscutível, principalmente<br />

quando se refere ao mercado externo, pois são boas estratégias que farão frente às oportunidades e ameaças impostas<br />

pelo ambiente externo, na busca de vantagens competitivas ou de um melhor posicionamento.<br />

A este respeito, as estratégias mais adotadas pelas empresas pesquisadas pela FIESC incluem a oferta de novos produtos<br />

(com maior diferencial competitivo ou agregação de valor), a promoção comercial em feiras internacionais e o desenvolvimento<br />

de novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização. Paralelamente, estas empresas também vêm<br />

buscando a redução de custos e o melhoramento de processos, com programas de qualidade total, obtenção de certificações<br />

e investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia e design.<br />

Não obstante, há estratégias que grande parte das empresas pesquisadas não adota, mas que acredita que se adotasse<br />

poderia ter um melhor posicionamento internacional. Envolvem principalmente a adoção de planos/modelos de internacionalização,<br />

estratégias dinâmicas de marketing e marca, o desenvolvimento de gestão e comercialização internacionais,<br />

a estruturação da rede de distribuição em países-chave e a segmentação da produção para exportação, dentre outras.<br />

Santa Catarina já exporta para um grande número de países e, o que é ainda mais importante, a concentração das exportações<br />

em um número limitado de países vem decrescendo ao longo dos anos. Enquanto em 2001 os 10 principais mercados<br />

importadores respondiam por mais de 67% das exportações, em 2011 essa participação foi reduzida para 55%. O quadro a<br />

seguir aponta algumas particularidades a respeito dos mercados importadores de Santa Catarina:<br />

82 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Conclusões<br />

Mercados de destino de produtos de Santa Catarina<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Mais da metade das empresas pesquisadas projeta incremento das exportações neste ano, enquanto um terço delas acredita<br />

que suas exportações serão estáveis, comparativamente a 2011. Para as empresas que acreditam que suas exportações<br />

serão inferiores em 2012, os principais motivos alegados são:<br />

Barreiras comerciais impostas na Argentina;<br />

Priorização do mercado doméstico;<br />

Política cambial desfavorável no Brasil;<br />

Perda de competitividade internacional.<br />

Sobre o comércio com a Argentina, é importante destacar a pesquisa realizada pela FIESC em 2012, que objetivou compreender<br />

e mensurar o impacto das medidas implementadas pelo governo argentino para restringir as importações<br />

naquele país.<br />

Essa pesquisa, que contou com a participação de 38 empresas catarinenses que exportaram ou exportam para a Argentina,<br />

buscou subsidiar o governo brasileiro com informações relativas às dificuldades comerciais nas exportações para o mercado<br />

argentino, na tentativa de superar as barreiras existentes e fomentar cada vez mais a relação bilateral entre Brasil e Argentina.<br />

Na ocasião constatou-se que mais da metade dessas empresas acredita que suas exportações para a Argentina seriam reduzidas<br />

em 2012, principalmente devido ao atraso e/ou demora na liberação das licenças de importação não automáticas<br />

pelo governo argentino e à imposição de medidas relativas à Resolução DJAI – Declaração Jurada Antecipada de Importação<br />

–, que entrou em vigor em fevereiro de 2012.<br />

Para a retomada do curso normal de comércio com a Argentina, a pesquisa concluiu que o governo brasileiro deveria<br />

se posicionar de forma firme e enérgica em favor das exportadoras brasileiras e buscar uma solução imediata para<br />

os entraves apresentados.<br />

A internacionalização das empresas traz benefícios para todos, mas o processo não evoluirá sem a conjugação de esforços<br />

entre sociedade, setor empresarial e governo. No lado empresarial, houve uma significativa evolução nos objetivos estratégicos,<br />

com um grande movimento para ganhar capacidade competitiva e coragem para enfrentar novas realidades. Para<br />

mais da metade das empresas participantes da pesquisa, a experiência de internacionalização tem sido muito positiva e o<br />

aprendizado obtido até o momento tem favorecido o crescimento e contribuído para o alcance dos objetivos organizacionais.<br />

No entanto, de acordo com as informações obtidas na pesquisa, constatou-se que as estratégias de internacionalização atualmente<br />

adotadas limitam-se à exportação e à importação diretas e indiretas. Somente um número reduzido das empresas<br />

faz uso de outras estratégias, como licenciamento, joint-ventures e alianças estratégicas. O processo de internacionalização<br />

é dificultado por uma série de barreiras.<br />

SISTEMA FIESC<br />

83


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Conclusões<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Barreiras internas à internacionalização<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Fonte: FIESC - Pesquisa com empresas exportadoras e importadoras de SC<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Barreiras externas à internacionalização<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Nesse contexto, a pesquisa realizada identifica as áreas que devem ser priorizadas pelo governo federal para o fomento à<br />

internacionalização de empresas brasileiras: a desoneração tributária, a desburocratização e redução de custos da atividade<br />

exportadora e o estabelecimento de uma política cambial favorável à exportação.<br />

De acordo com a publicação “Internacionalização de Empresas Brasileiras”, produzida pelo governo brasileiro, a literatura<br />

acadêmica e empresarial aponta para um conjunto de ações governamentais que vem auxiliando no processo de internacionalização<br />

das empresas brasileiras, conforme apresenta o quadro a seguir.<br />

Ações do governo brasileiro no fomento à internacionalização de empresas<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

A mesma publicação ressalta a necessidade de adotar-se o modelo do Estado facilitador, caracterizado pela eliminação<br />

de barreiras e entraves à internacionalização das empresas nacionais. Esse modelo se pauta pela criação de um ambiente<br />

regulatório favorável à internacionalização, por meio, por exemplo, da redução, simplificação ou eliminação de barreiras<br />

administrativas e cambiais, entre outras.<br />

A estrutura de governança de uma economia determina a capacidade de ajustes na formulação e aplicação de estratégias<br />

e ações que permitam aproveitar oportunidades, elevando seu nível de competitividade internacional. Por outro lado, as<br />

estratégias de internacionalização de empresas não levam unicamente em conta os fatores externos para a obtenção de<br />

resultados. Elas também se inserem no contexto mais geral da política econômica e industrial do país. A interação entre<br />

as estratégias dos governos, de promover o desenvolvimento econômico, e as estratégias das empresas, de expansão no<br />

mercado internacional, pode resultar em soluções de questões prementes que lhes permitam alcançar tais objetivos.<br />

Com os efeitos ainda sentidos da recente crise internacional e diante do fraco crescimento econômico global, há necessidade<br />

de um novo direcionamento por parte do setor exportador catarinense, com vistas a tornar-se mais competitivo no<br />

cenário mundial e a ampliar sua participação no comércio internacional.<br />

Pelo estudo, conclui-se que os países desenvolvidos ainda passarão por momentos difíceis nos próximos anos, e que os<br />

países em desenvolvimento deverão <strong>continu</strong>ar impulsionando o crescimento da economia mundial, ainda que em um<br />

ritmo inferior ao dos anos mais recentes.<br />

84 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Conclusões<br />

Nesse cenário, cabe às empresas de Santa Catarina buscar ampliar negócios naqueles mercados em que se observa uma<br />

evolução mais positiva no comércio internacional, particularmente em países emergentes da África, da Ásia, da América<br />

Latina e do Oriente Médio. Mesmo que esses países apresentem economias menores, com valores de importação inferiores<br />

aos de países desenvolvidos, é neles que atualmente se encontram as oportunidades de negócios mais promissoras<br />

no curto e no médio prazo.<br />

Este trabalho buscou apresentar dados e informações que venham auxiliar as empresas catarinenses na reavaliação e, eventualmente,<br />

no re-direcionamento de suas estratégias de internacionalização, ainda que para isso seja também necessário o<br />

engajamento dos governos estadual e federal e da iniciativa privada, principalmente através da implementação de medidas<br />

efetivas de fomento às exportações brasileiras.<br />

Os resultados proporcionados pela publicação também subsidiaram a FIESC na elaboração do “Programa Estratégico para<br />

a Internacionalização da Indústria Catarinense”, que, uma vez implementado, buscará transpor alguns dos principais obstáculos<br />

enfrentados pelas empresas do estado em sua trajetória de internacionalização.<br />

O referido plano prevê a execução pela FIESC em possíveis parcerias com outras instituições públicas e privadas que colaboram<br />

de forma direta ou indireta para o comércio exterior catarinense e brasileiro, atuando em grandes eixos: Promoção<br />

das Exportações, Atração de Investimentos Estrangeiros, Fomento de Parcerias Internacionais, Inteligência Competitiva e<br />

Capacitação e Infraestrutura.<br />

Através dos resultados esperados a partir das ações a serem executadas nesses eixos, acredita-se que a FIESC e demais entidades<br />

potenciais parceiras estarão contribuindo para que as empresas de Santa Catarina alcancem um patamar de superioridade<br />

no comércio mundial. Com um setor produtivo mais competitivo internacionalmente, os efeitos em termos de<br />

desenvolvimento empresarial terão reflexo positivo no crescimento sustentável da economia catarinense.<br />

SISTEMA FIESC<br />

85


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

6. Anexos<br />

6.1 Principais premissas do cenário-base para as estimativas de 2012/2013<br />

As estimativas apresentadas no estudo da ONU são baseadas em cálculos usando o Modelo de Previsão Econômica Mundial<br />

das Nações Unidas (WEFM), cujos dados são informados pelos participantes do Projeto Link, uma rede de instituições<br />

e pesquisadores apoiados pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, de acordo com as<br />

perspectivas econômicas previstas para cada país.<br />

As previsões apresentadas individualmente por especialistas dos países são ajustadas com base em pressupostos globais<br />

harmonizados e pela imposição de regras de consistência globais (especialmente para os fluxos comerciais, medidos em<br />

volume e valor) definidas pelo WEFM. Os principais pressupostos globais são apresentados a seguir e formam o núcleo do<br />

cenário de previsão – o cenário-base que apresenta a maior probabilidade de ocorrência.<br />

Antecedentes dos pressupostos de base<br />

Assume-se que dentro do intervalo do período de previsão, a crise da dívida soberana na Europa será contida e que medidas<br />

adequadas sejam tomadas para evitar uma crise de liquidez que poderia levar a maiores insolvências bancárias e a<br />

uma crise de crédito renovada. Estas medidas incluem uma reestruturação ordenada da dívida grega, um certo grau de<br />

recapitalização dos bancos e um reforço do Fundo de Estabilidade Financeira Europeu (EFSF), de modo que os mercados<br />

se assegurem que há recursos suficientes para lidar com uma possível recessão em um dos maiores países-membros.<br />

Nos Estados Unidos, assume-se que o Joint Select Committee on Deficit Reduction chegaria a um acordo sobre o pacote de<br />

corte de US$ 1,2 trilhão em gastos do governo nos próximos 10 anos ou, no caso desse acordo não se concretizar, que o<br />

plano de contingência para uma redução do orçamento anual de dimensões semelhantes de US$ 120 bilhões seria implementado.<br />

Mais amplamente, as políticas macroeconômicas planejadas das grandes economias para o curto prazo (2012-<br />

2013), como reflete o Plano de Ação de Cannes para o Crescimento e o Emprego, adotado em 4 de novembro de 2011<br />

pelos líderes do Grupo dos Vinte (G20), são assumidas a serem seguidas no cenário de referência.<br />

Pressupostos das políticas monetária e fiscal para as principais economias<br />

Assume-se que o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) mantenha a taxa de juros dos fundos federais no seu nível baixo<br />

atual, entre 0,0 e 0,25%, até ao final de 2013.<br />

Também se assume que o Banco Central Europeu (BCE) deva fazer outro corte de 25 pontos-base na sua principal taxa até<br />

o final do ano, elevando a taxa mínima de volta para 1%. O BCE deverá <strong>continu</strong>ar a fornecer liquidez aos bancos através<br />

de uma série de comodidades, tais como operações de refinanciamento de prazo de várias durações e compra de títulos<br />

soberanos sob o programa Securities Market Programme (SMP).<br />

Presume-se que o Banco do Japão (BoJ) mantenha sua principal taxa de juros em 0,05% e <strong>continu</strong>e a usar seu balanço<br />

patrimonial para gerir a liquidez através do Programa de Compra de Ativo (APP) para adquirir ativos de risco, como títulos<br />

comerciais e bônus corporativos, além das obrigações e bilhetes do Tesouro. O BoJ também deve <strong>continu</strong>ar a intervir no<br />

mercado de câmbio estrangeiro para estabilizar o valor do iene.<br />

Nas principais economias emergentes, o Banco do Povo da China (PBC) deverá manter em espera o seu aperto monetário,<br />

com base em uma suposição contingente de que a inflação na economia começará a ser contida.<br />

86 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

Em termos de política fiscal, supõe-se que nos Estados Unidos apenas os itens para o corte de impostos da folha de pagamento<br />

e para o seguro-desemprego de emergência da proposta American Jobs Act serão promulgados e que ações de<br />

longo prazo para a redução do déficit entrarão em vigor a partir de janeiro de 2013.<br />

Na área do euro, bem como na maioria das economias da Europa Ocidental, presume-se que os planos anunciados para a<br />

consolidação fiscal serão totalmente implementados.<br />

No Japão, o total do plano de cinco anos de reconstrução pós-terremoto é estimado para custar ¥19 trilhões, ou 4% do PIB,<br />

a ser financiado principalmente por aumentos nos impostos.<br />

Na China, a política orçamentária deverá manter-se “proativa”, com aumento dos gastos em educação, saúde e programas<br />

sociais.<br />

Taxas de câmbio entre as moedas mais importantes<br />

Assume-se que o euro vai oscilar em torno de uma média anual de US$ 1,36 em 2012 e 2013, implicando em uma depreciação<br />

de 2,5% do seu nível de 2011. Para o iene japonês estima-se uma média de cerca de ¥78 por dólar para o resto do<br />

período de previsão, representando uma valorização de 2,4% em 2012, em comparação com a taxa de câmbio média de<br />

2011. O renminbi chinês deverá alcançar em média CN¥ 6,20 por dólar americano em 2012 e CN¥ 6,02 em 2013, uma valorização<br />

de 3,9% e 2,9%, respectivamente.<br />

Preços do petróleo<br />

Estima-se que os preços do petróleo em média alcançarão cerca de US$ 100 por barril (pb) durante 2012 e 2013, abaixo<br />

dos US$107 pb ocorridos em 2011.<br />

SISTEMA FIESC<br />

87


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

6.2 Os 50 principais produtos (SH4) importados por SC em 2011<br />

SH4 Descrição dos produtos Importações - US$ mil<br />

7403 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas 1.577.613,6<br />

3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 705.152,6<br />

4011 Pneumáticos novos, de borracha 317.911,5<br />

7208 Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, laminados a quente 284.212,5<br />

5402 Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar) 272.971,1<br />

3902 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias 238.639,9<br />

7601 Alumínio em formas brutas 200.571,3<br />

3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias 199.035,9<br />

5509 Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar) 183.868,7<br />

5510 Fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar) 181.844,4<br />

4001 Borracha natural, balata, guta-percha, guaiule, chicle e gomas naturais análogas 169.168,5<br />

8517 Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os aparelhos telefônicos 160.492,7<br />

7210 Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, folheados ou chapeados, ou revestidos 159.144,5<br />

9018 Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária 158.656,4<br />

8415 Máquinas e aparelhos de ar-condicionado, contendo um ventilador motorizado 143.159,5<br />

7408 Fios de cobre 134.684,6<br />

3923 Artigos de transporte ou de embalagem, de plástico; rolhas, tampas, cápsulas de plástico 123.712,7<br />

8443 Máquinas e aparelhos para impressão por meio de caracteres tipográficos, clichês, blocos 120.092,5<br />

3002 Sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos, profiláticos ou de diagnóstico 120.090,0<br />

8516 Aquecedores elétricos de água, incluídos os de imersão; aparelhos elétricos para aquecimento 117.126,6<br />

4202 Malas e maletas, incluídas as de toucador e as maletas e pastas para documentos e de estudantes 116.889,9<br />

6907 Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, de cerâmica 110.811,2<br />

5407 Tecidos de fios de filamentos sintéticos 109.183,2<br />

5205 Fios de algodão (exceto linhas para costurar), contendo pelo menos 85%, em peso, de algodão 107.340,6<br />

0304 Filetes de peixes e outra carne de peixes (mesmo picada), frescos, refrigerados ou congelados 106.993,8<br />

7901 Zinco em formas brutas 105.435,2<br />

2713 Coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo 103.479,0<br />

9022 Aparelhos de raios X e aparelhos que utilizem as radiações alfa, beta ou gama 101.927,0<br />

7801 Chumbo em formas brutas 101.162,8<br />

7209 Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, não folheados ou chapeados, nem revestidos 100.930,1<br />

8542 Circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos 99.284,0<br />

1509 Azeite de oliveira e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados 92.436,9<br />

4015 Vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas, mitenes e semelhantes), de borracha vulcanizada 90.588,5<br />

6203 Ternos, conjuntos, casacos, calças, jardineiras, bermudas e calções, de uso masculino 83.804,4<br />

3822 Reagentes de diagnóstico ou de laboratório em qualquer suporte e reagentes de diagnóstico 82.114,3<br />

3920 Outras chapas, folhas, películas, tiras e lâminas, de plástico não alveolar, não reforçadas 81.284,6<br />

2202 Águas, incluídas as águas minerais e as águas gaseificadas, adicionadas de açúcar 79.785,6<br />

8471 Máquinas automáticas para processamento de dados e suas unidades; leitores magnéticos 78.312,3<br />

1101 Farinhas de trigo ou de mistura de trigo com centeio. 76.926,8<br />

8479 Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria 74.499,8<br />

8701 Tratores (exceto os da posição 8709) 72.710,1<br />

8452 Máquinas de costuras; móveis, bases e tampas, próprios para máquinas de costura 72.556,7<br />

3903 Polímeros de estireno, em formas primárias 71.568,6<br />

7225 Produtos laminados planos, de outras ligas de aço, de largura igual ou superior a 600 mm 70.734,4<br />

8903 Iates e outros barcos e embarcações de recreio ou de desporto; barcos a remos e canoas 70.225,2<br />

0703 Cebolas, chalotas, alho comum, alho-porro e outros produtos hortícolas aliáceos 70.153,3<br />

6204 Fatos de saia-casaco, conjuntos, casacos, vestidos, saias, saias-calças, calças etc. de uso feminino 69.888,9<br />

9503 Outros brinquedos; modelos reduzidos e modelos semelhantes para divertimento, quebra-cabeças 69.741,1<br />

9027 Instrumentos e aparelhos para análises físicas ou químicas 69.540,0<br />

8477 Máquinas e aparelhos, para trabalhar borracha ou plástico 69.052,2<br />

88 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

6.3 Evolução das importações entre 2001 e 2011 dos 50 produtos mais importados<br />

por SC em 2011<br />

SH4<br />

Incremento superior a 10.000%<br />

Incremento entre 5.001% e 10.000%<br />

Incremento entre 2.001% e 5.000%<br />

Incremento próximo ao geral (1.630%-2.000%)<br />

Incremento inferior ao geral<br />

Novos produtos (dentre os 50 mais importados)<br />

Descrição dos produtos<br />

2011<br />

US$ mil<br />

2001<br />

US$ mil<br />

Incremento<br />

2001-2011<br />

4001<br />

Borracha natural, balata, guta-percha, chicle e gomas naturais análogas,<br />

em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras<br />

<br />

4202 Malas e maletas, incluídas as de toucador e as maletas e pastas para documentos e de estudantes <br />

3002<br />

Sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos, profilácticos<br />

ou de diagnóstico; antissoros, outras frações do sangue<br />

<br />

1509 Azeite de oliveira e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados <br />

8903 Iates e outros barcos e embarcações de recreio ou de desporto; barcos a remos e canoas <br />

4011 Pneumáticos novos, de borracha <br />

7210<br />

Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou<br />

superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos<br />

<br />

6203<br />

Fatos, conjuntos, casacos, calças, jardineiras, bermudas e calções<br />

(shorts) (exceto de banho), de uso masculino<br />

<br />

6204<br />

Fatos de saia-casaco, conjuntos, casacos, vestidos, saias, saias-calças, calças,<br />

jardineiras, bermudas e calções (shorts) (exceto de banho), de uso feminino<br />

<br />

7408 Fios de cobre <br />

1101 Farinhas de trigo ou de mistura de trigo com centeio. <br />

3901 Polímeros de etileno, em formas primárias <br />

7209<br />

Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior<br />

a 600 mm, laminados a frio, não folheados ou chapeados, nem revestidos<br />

<br />

8415<br />

Máquinas e aparelhos de ar-condicionado, contendo um ventilador motorizado<br />

e dispositivos próprios para modificar a temperatura e a umidade<br />

<br />

0703 Cebolas, chalotas, alho comum, alho-porro e outros produtos hortícolas aliáceos, frescos ou refrigerados <br />

7225 Produtos laminados planos, de outras ligas de aço, de largura igual ou superior a 600 mm <br />

3923<br />

Artigos de transporte ou de embalagem, de plástico; rolhas, tampas, cápsulas<br />

e outros dispositivos destinados a fechar recipientes, de plástico<br />

<br />

5509 Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho <br />

3902 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias <br />

9022<br />

Aparelhos de raios X e aparelhos que utilizem as radiações alfa, beta ou gama,<br />

mesmo para usos médicos, cirúrgicos, odontológicos ou veterinários<br />

<br />

7208<br />

Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior<br />

a 600 mm, laminados a quente, não folheados ou chapeados, nem revestidos<br />

<br />

8516<br />

Aquecedores elétricos de água, incluídos os de imersão; aparelhos elétricos<br />

para aquecimento de ambientes, do solo ou para usos semelhantes<br />

<br />

9018<br />

Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária,<br />

incluídos os aparelhos de cintilografia e outros aparelhos eletromédicos<br />

<br />

9027<br />

Instrumentos e aparelhos para análises físicas ou químicas (por exemplo: polarímetros,<br />

refractômetros, espectrômetros, analisadores de gases ou de fumos)<br />

<br />

5407 Tecidos de fios de filamentos sintéticos, incluídos os tecidos obtidos a partir dos produtos da posição 5404 <br />

0304 Filetes de peixes e outra carne de peixes (mesmo picada), frescos, refrigerados ou congelados <br />

8471<br />

Máquinas automáticas para processamento de dados e suas unidades; leitores<br />

magnéticos ou ópticos, máquinas para registar dados em suporte<br />

<br />

SISTEMA FIESC<br />

89


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

3920<br />

Outras chapas, folhas, películas, tiras e lâminas, de plástico não alveolar, não reforçadas<br />

nem estratificadas, sem suporte, nem associadas a outras matérias<br />

<br />

5205<br />

Fios de algodão (exceto linhas para costurar), contendo pelo menos 85 %,<br />

em peso, de algodão, não acondicionados para venda a retalho<br />

<br />

3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias <br />

8452<br />

Máquinas de costura, exceto para costurar cadernos, da posição 8440;<br />

móveis, bases e tampas, próprios para máquinas de costura<br />

<br />

8443<br />

Máquinas e aparelhos para impressão por meio de caracteres tipográficos, clichês,<br />

blocos, cilindros e outros elementos de impressão da posição 8442<br />

<br />

8517<br />

Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os aparelhos<br />

telefônicos por fio combinados com auscultadores sem fio<br />

<br />

3903 Polímeros de estireno, em formas primárias <br />

8542 Circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos <br />

5402<br />

Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar), não acondicionados<br />

para venda a retalho, incluídos os monofilamentos sintéticos<br />

<br />

8479<br />

Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria, não especificados<br />

nem compreendidos em outras posições deste capítulo<br />

<br />

8477 Máquinas e aparelhos, para trabalhar borracha ou plástico ou para fabricação de produtos dessas matérias <br />

7403 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas <br />

7601 Alumínio em formas brutas <br />

5510 Fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho <br />

6907<br />

Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, não vidrados nem<br />

esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes, para mosaicos<br />

<br />

7901 Zinco em formas brutas <br />

2713 Coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo ou de minerais betuminosos <br />

7801 Chumbo em formas brutas <br />

4015<br />

Vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas, mitenes e semelhantes), de<br />

borracha vulcanizada não endurecida, para quaisquer usos<br />

<br />

3822<br />

Reagentes de diagnóstico ou de laboratório em qualquer suporte e<br />

reagentes de diagnóstico ou de laboratório preparados<br />

<br />

2202<br />

Águas, incluídas as águas minerais e as águas gaseificadas, adicionadas de açúcar<br />

ou de outros edulcorantes ou aromatizadas e outras bebidas não alcoólicas<br />

<br />

8701 Tratores (exceto os da posição 8709) <br />

9503<br />

Outros brinquedos; modelos reduzidos e modelos semelhantes para divertimento,<br />

mesmo animados; quebra-cabeças (puzzles) de qualquer tipo<br />

<br />

90 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

6.4 Os 50 principais países importadores de SC em 2011<br />

Países<br />

US$ mil<br />

1 ESTADOS UNIDOS <br />

2 JAPÃO <br />

3 ARGENTINA <br />

4 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) <br />

5 CHINA <br />

6 REINO UNIDO <br />

7 ALEMANHA <br />

8 RÚSSIA <br />

9 HONG KONG <br />

10 MÉXICO <br />

11 ÁFRICA DO SUL <br />

12 PARAGUAI <br />

13 ITÁLIA <br />

14 VENEZUELA <br />

15 BÉLGICA <br />

16 ARÁBIA SAUDITA <br />

17 URUGUAI <br />

18 FRANÇA <br />

19 CHILE <br />

20 COREIA DO SUL <br />

21 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS <br />

22 CINGAPURA <br />

23 ESPANHA <br />

24 ANGOLA <br />

25 BOLÍVIA <br />

26 UCRÂNIA <br />

27 EGITO <br />

28 COLÔMBIA <br />

29 PERU <br />

30 CANADÁ <br />

31 POLÔNIA <br />

32 AUSTRÁLIA <br />

33 TURQUIA <br />

34 IRAQUE <br />

35 ROMÊNIA <br />

36 EQUADOR <br />

37 SUÉCIA <br />

38 IRÃ <br />

39 MALÁSIA <br />

40 PORTUGAL <br />

41 ÍNDIA <br />

42 INDONÉSIA <br />

43 VIETNÃ <br />

44 KUWAIT <br />

45 NIGÉRIA <br />

46 FILIPINAS <br />

47 SUÍÇA <br />

48 CATAR <br />

49 GUATEMALA <br />

50 TAILÂNDIA <br />

SISTEMA FIESC<br />

91


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

6.5 Comparativo das exportações entre 2001 e 2011 para os principais países<br />

importadores de SC<br />

Incremento superior a 1.000%<br />

Incremento entre 199% e 1.000%<br />

Incremento inferior ao geral (1% a 198%)<br />

Novos mercados<br />

Países<br />

2011<br />

2001<br />

US$ mil<br />

US$ mil<br />

Incremento<br />

1 CHINA 410.297 18.283 <br />

2 ANGOLA 88.787 4.610 <br />

3 UCRÂNIA 79.609 4.402 <br />

4 FILIPINAS 29.291 1.763 <br />

5 POLÔNIA 60.971 4.443 <br />

6 SUÉCIA 46.133 3.967 <br />

7 ROMÊNIA 50.985 4.581 <br />

8 EGITO 77.763 7.947 <br />

9 COREIA (DO SUL), REPÚBLICA DA 130.344 14.822 <br />

10 VENEZUELA 176.638 23.407 <br />

11 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS 128.712 17.685 <br />

12 PERU 67.575 9.715 <br />

13 TURQUIA 56.233 8.193 <br />

14 EQUADOR 50.130 7.828 <br />

15 COLÔMBIA 73.964 11.753 <br />

16 BOLÍVIA 80.103 13.289 <br />

17 JAPÃO 684.398 116.974 <br />

18 CINGAPURA 125.790 22.842 <br />

19 HONG KONG 280.591 51.267 <br />

20 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) 640.723 117.439 <br />

21 ÁFRICA DO SUL 259.031 49.234 <br />

22 BÉLGICA 168.764 35.384 <br />

23 AUSTRÁLIA 58.148 13.052 <br />

24 PARAGUAI 234.230 53.931 <br />

25 MÉXICO 280.402 69.357 <br />

26 ITÁLIA 185.076 67.041 <br />

27 ARGENTINA 678.511 252.078 <br />

28 URUGUAI 159.751 60.900 <br />

29 REINO UNIDO 368.912 173.499 <br />

30 CHILE 141.392 74.047 <br />

31 FRANÇA 152.494 83.323 <br />

32 ARÁBIA SAUDITA 165.608 94.977 <br />

33 ALEMANHA 367.067 220.499 <br />

34 ESPANHA 92.491 60.349 <br />

35 RÚSSIA, FEDERAÇÃO DA 287.251 194.908 <br />

36 CANADÁ 62.116 43.127 <br />

37 ESTADOS UNIDOS 992.441 714.630 <br />

38 IRAQUE 54.525 -<br />

39 VIETNÃ 34.860 -<br />

40 HUNGRIA 19.264 -<br />

41 JORDÂNIA 17.979 -<br />

42 AZERBAIJÃO 13.122 -<br />

92 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

6.6 Os 50 principais produtos exportados por SC em 2011<br />

SH4<br />

Descrição dos produtos<br />

Exportações<br />

US$ mil<br />

0207 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 1.933.145,6<br />

2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 898.880,5<br />

8501 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 591.226,7<br />

8414 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) 508.813,2<br />

0203 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 452.018,8<br />

8409 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 435.487,3<br />

1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue 396.580,8<br />

0210 Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas; farinhas e pós, comestíveis, de carnes ou de miudezas 263.434,3<br />

1201 Soja, mesmo triturada 217.934,6<br />

9403 Outros móveis e suas partes 186.439,4<br />

4804 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 163.551,0<br />

2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 147.467,3<br />

4418 Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis para soalhos e as fasquias para telhados 126.410,0<br />

6908<br />

Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou<br />

esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes<br />

107.379,6<br />

1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados 96.567,2<br />

8504 Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores, por exemplo), bobinas de reatância e de autoindução 94.274,4<br />

7210 Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos 92.781,2<br />

8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 91.685,0<br />

4412 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes 91.652,3<br />

8418<br />

Refrigeradores, congeladores (freezers) e outro material, máquinas e aparelhos<br />

para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro<br />

89.607,0<br />

4407 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, de espessura superior a 6 mm 76.118,4<br />

8483 Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames (excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas 70.969,8<br />

8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos 65.524,1<br />

4819 Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta de celulose ou de mantas de fibras de celulose 50.032,4<br />

1601 Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias 49.146,2<br />

8503 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas às máquinas das posições 85.01 ou 85.02. 45.411,1<br />

8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 44.571,8<br />

3503<br />

Gelatinas (incluídas as apresentadas em folhas de forma quadrada ou retangular,<br />

mesmo trabalhadas na superfície ou coradas) e seus derivados<br />

43.833,4<br />

6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 40.992,7<br />

2009 Sumos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool 35.483,6<br />

8511 Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por faísca ou por compressão 34.218,0<br />

0504 Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços, exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados 33.277,2<br />

7318 Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos ou troços 33.243,2<br />

8432 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura 32.564,0<br />

9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 32.130,2<br />

1006 Arroz 31.883,3<br />

0206 Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina, cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas 30.815,4<br />

4417 Ferramentas, armações e cabos, de ferramentas, de escovas e de vassouras, de madeira; formas, alargadeiras e esticadores, para calçados 30.537,0<br />

5806 Fitas, exceto os artefatos da posição 5807; fitas sem trama, de fios ou fibras paralelizados e colados (bolducs) 29.161,6<br />

4107 Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos (incluindo os búfalos) 28.361,5<br />

8481 Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos semelhantes, para canalizações, caldeiras 25.822,0<br />

7207 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado 23.503,1<br />

4104 Couros e peles curtidos ou em crosta, de bovinos (incluindo os búfalos) ou de equídeos, depilados 23.402,1<br />

3505 Dextrina e outros amidos e féculas modificados (por exemplo: amidos e féculas pré-gelatinizados ou esterificados) 23.002,4<br />

0303 Peixes congelados, exceto os filetes de peixes e outra carne de peixes da posição 0304 22.475,9<br />

8479 Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria, não especificados nem compreendidos em outras posições deste capítulo 21.153,6<br />

2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos 20.792,6<br />

8536 Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos 19.712,9<br />

3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico 19.120,5<br />

4409 Madeira (incluídos os tacos e frisos para soalhos, não montados) perfilada (com espigas, ranhuras, filetes, entalhes) 18.957,0<br />

SISTEMA FIESC<br />

93


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

6.7 Evolução das exportações entre 2001 e 2011 dos 50 produtos mais exportados<br />

por SC em 2011<br />

Incremento superior a 1.000%<br />

Incremento entre 250% e 1.000%<br />

Incremento próximo ao geral (199%-249%)<br />

Incremento inferior ao geral<br />

Redução nas exportações<br />

Novos produtos (dentre os 50 mais exportados)<br />

2011<br />

2001<br />

SH4<br />

Descrição dos produtos<br />

US$ mil US$ mil<br />

Incremento<br />

0210 Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas; farinhas e pós, comestíveis <br />

5806 Fitas, exceto os artefatos da posição 5807; fitas sem trama, de fios ou fibras paralelizados e colados (bolducs) <br />

8483<br />

Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames<br />

(excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas<br />

<br />

1006 Arroz <br />

9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos <br />

1201 Soja, mesmo triturada <br />

0504<br />

Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços,<br />

exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados<br />

<br />

8479 Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria <br />

8536 Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos <br />

8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases <br />

8504 Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores, por exemplo), bobinas de reatância <br />

2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja <br />

1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue <br />

8432<br />

Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para<br />

preparação ou trabalho do solo ou para cultura<br />

<br />

2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos <br />

2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco <br />

0206<br />

Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina,<br />

caprina, frescas, refrigeradas ou congeladas<br />

<br />

8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos <br />

4819 Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta (ouate) de celulose <br />

1601 Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias <br />

3505<br />

Dextrina e outros amidos e féculas modificados (por exemplo:<br />

amidos e féculas pré-gelatinizados ou esterificados)<br />

<br />

4409<br />

Madeira (incluídos os tacos e frisos para soalhos, não montados)<br />

perfilada (com espigas, ranhuras, filetes, entalhes)<br />

<br />

2009<br />

Sumos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos<br />

hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool<br />

<br />

8503 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas às máquinas das posições 85.01 ou 85.02. <br />

8409 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 <br />

3503 Gelatinas (incluídas as apresentadas em folhas de forma quadrada ou retangular) e seus derivados <br />

7207 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado <br />

8501 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos <br />

8481 Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos semelhantes <br />

7318<br />

Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos<br />

roscados, rebites, chavetas, cavilhas ou troços<br />

<br />

8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 <br />

3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico <br />

94 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados <br />

0207 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 <br />

4417 Ferramentas, armações e cabos, de ferramentas, de escovas e de vassouras, de madeira; formas para calçados <br />

0203 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas <br />

8414 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) <br />

8418 Refrigeradores, congeladores (freezers) e outro material, máquinas e aparelhos para a produção de frio <br />

4804 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 <br />

4412 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes <br />

0303 Peixes congelados, exceto os filetes de peixes e outra carne de peixes da posição 0304 <br />

4104 Couros e peles curtidos ou em crosta, de bovinos (incluindo os búfalos) ou de equídeos, depilados <br />

4418 Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis para soalhos <br />

8511<br />

Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para<br />

motores de ignição por faísca ou por compressão<br />

<br />

6908<br />

Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento,<br />

vidrados ou esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas<br />

<br />

9403 Outros móveis e suas partes <br />

4407 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, de espessura superior a 6 mm <br />

6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha <br />

7210<br />

Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura<br />

igual ou superior a 600 mm, folheados ou chapeados<br />

<br />

4107 Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos <br />

SISTEMA FIESC<br />

95


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

6.8 Evolução das exportações mundiais entre 2001 e 2010 dos 50 produtos mais<br />

exportados por SC em 2011<br />

SH 4<br />

Incremento superior a 1.000%<br />

Incremento entre 145% e 1.000%<br />

Incremento próximo ao geral (130%-144%)<br />

Incremento inferior ao geral (100%-129%)<br />

Incremento inferior ao geral (menos de 100%)<br />

Redução nas exportações<br />

Descrição dos produtos<br />

2010<br />

US$ mil<br />

2001<br />

US$ mil<br />

Incremento<br />

4107<br />

Couros preparados após curtimento ou após secagem e couros e peles<br />

apergaminhados, de bovinos (incluindo os búfalos)<br />

9.904.547 751.547 <br />

1201 Soja, mesmo triturada 44.210.194 11.810.054 <br />

7207 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado 28.181.011 8.869.924 <br />

8432 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura 5.583.588 1.866.271 <br />

1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados 8.577.718 2.921.667 <br />

7210<br />

Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou<br />

superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos<br />

46.921.566 16.296.236 <br />

1006 Arroz 19.277.534 6.809.040 <br />

2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 24.016.688 8.770.691 <br />

1601 Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias 3.444.142 1.266.914 <br />

8481<br />

Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas)<br />

e dispositivos semelhantes, para canalizações, caldeiras<br />

68.284.669 25.493.346 <br />

8483<br />

Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames<br />

(excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas<br />

44.572.869 16.742.073 <br />

8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos 53.831.600 20.647.420 <br />

1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue 11.889.936 4.593.393 <br />

3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico 17.445.269 6.836.665 <br />

7318<br />

Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos<br />

roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos ou troços<br />

31.011.493 12.193.497 <br />

0206<br />

Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina,<br />

cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas<br />

5.291.729 2.082.678 <br />

8504<br />

Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores,<br />

por exemplo), bobinas de reactância e de autoindução<br />

87.654.729 35.706.877 <br />

8418<br />

Refrigeradores, congeladores (freezers) e outro material, máquinas e aparelhos<br />

para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro<br />

35.194.654 14.688.024 <br />

0504<br />

Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços,<br />

exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados<br />

3.442.791 1.437.734 <br />

0207 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 20.761.897 8.757.242 <br />

8414 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) 61.613.552 26.014.856 <br />

8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 45.862.131 19.398.568 <br />

2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos 2.181.520 946.036 <br />

8503 Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas às máquinas das posições 85.01 ou 85.02. 15.924.533 6.964.125 <br />

9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 31.384.633 13.737.888 <br />

8409 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 57.794.285 25.919.561 <br />

6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 16.000.240 7.223.530 <br />

0203 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 25.031.230 11.564.074 <br />

96 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

2009<br />

Sumos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos<br />

hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool<br />

13.341.867 6.179.306 <br />

8536 Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos 85.131.329 39.624.521 <br />

8501 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 41.318.447 19.695.315 <br />

8511<br />

Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para<br />

motores de ignição por faísca ou por compressão<br />

15.855.355 7.669.002 <br />

8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 278.767.681 135.170.717 <br />

4819<br />

Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão,<br />

pasta (ouate) de celulose ou de mantas de fibras de celulose<br />

17.853.069 8.852.507 <br />

3305<br />

Dextrina e outros amidos e féculas modificados (por exemplo:<br />

amidos e féculas pré-gelatinizados ou esterificados)<br />

3.104.271 1.545.792 <br />

9403 Outros móveis e suas partes 63.647.912 33.694.995 <br />

0303 Peixes congelados, exceto os filetes de peixes e outra carne de peixes da posição 0304 19.946.111 10.640.390 <br />

4418<br />

Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares,<br />

os painéis para soalhos e as fasquias para telhados<br />

11.139.499 6.057.421 <br />

3503<br />

Gelatinas (incluídas as apresentadas em folhas de forma quadrada ou<br />

retangular, mesmo trabalhadas na superfície ou coradas)<br />

1.375.687 750.383 <br />

6908<br />

Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou<br />

esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes<br />

10.600.559 5.839.929 <br />

2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 11.938.039 6.966.810 <br />

0210<br />

Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas;<br />

farinhas e pós comestíveis, de carnes ou de miudezas<br />

3.864.608 2.264.755 <br />

4804 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 11.818.130 7.035.554 <br />

4409<br />

Madeira (incluídos os tacos e frisos para soalhos, não montados)<br />

perfilada (com espigas, ranhuras, filetes, entalhes)<br />

4.657.681 2.820.620 <br />

5806 Fitas, exceto os artefatos da posição 5807; fitas sem trama, de fios ou fibras paralelizados e colados (bolducs) 3.023.588 1.836.359 <br />

4412 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes 11.343.084 7.082.914 <br />

8479<br />

Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria, não especificados<br />

nem compreendidos em outras posições deste capítulo<br />

57.409.642 36.548.829 <br />

4417<br />

Ferramentas, armações e cabos, de ferramentas, de escovas e de vassouras,<br />

de madeira; formas, alargadeiras e esticadores, para calçados<br />

265.423 170.688 <br />

4407 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, de espessura superior a 6 mm 29.760.811 23.574.634 <br />

4104 Couros e peles curtidos ou em crosta, de bovinos (incluindo os búfalos) ou de equídeos, depilados 5.418.629 12.435.699 <br />

SISTEMA FIESC<br />

97


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

6.9 Evolução das exportações mundiais entre 2006 e 2010 dos 50 produtos mais<br />

exportados por SC em 2011<br />

SH4<br />

Incremento entre superior a10%<br />

Incremento entre 4% e 10%<br />

Incremento igual ao geral (3%)<br />

Incremento inferior ao geral (1% e 2%)<br />

Sem crescimento<br />

Redução nas exportações<br />

Descrição dos produtos<br />

Valor<br />

exportado<br />

em 2010<br />

(US$ milhões)<br />

Crescimento<br />

em valor<br />

2010/2009<br />

(%)<br />

Crescimento<br />

anual das<br />

exportações<br />

mundiais<br />

entre 2006 e<br />

2010<br />

(% ao ano)<br />

TOTAL Todos os produtos 15.230.973,0 21 3<br />

1201 Soja, mesmo triturada 23 24<br />

2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja. 4 18<br />

0206<br />

Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina,<br />

cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas.<br />

11 18<br />

0207 Carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 01.05. 13 13<br />

2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco. 1 11<br />

8504<br />

Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores,<br />

por exemplo), bobinas de reatância e de autoindução.<br />

27 9<br />

8479<br />

Máquinas e aparelhos mecânicos com função própria, não especificados<br />

<br />

nem compreendidos em outras posições deste Capítulo.<br />

<br />

54 9<br />

0504<br />

Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços, exceto de peixes,<br />

frescos, refrigerados, congelados, salgados ou em salmoura, secos ou defumados.<br />

1 9<br />

1601<br />

Enchidos e produtos semelhantes, de carne, miudezas ou sangue;<br />

preparações alimentícias à base de tais produtos.<br />

0 9<br />

1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados. 6 9<br />

3503<br />

Gelatinas (incluídas as apresentadas em folhas de forma quadrada ou retangular,<br />

mesmo trabalhadas na superfície ou coradas) e seus derivados; ictiocola; outras<br />

1 9<br />

colas de origem animal, exceto colas de caseína da posição 35.01.<br />

0303 Peixes congelados, exceto os filés de peixes e outra carne de peixes da posição 03.04. 11 8<br />

0210<br />

Carnes e miudezas, comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou<br />

defumadas; farinhas e pós, comestíveis, de carnes ou de miudezas.<br />

-2 8<br />

8503<br />

Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas<br />

às máquinas das posições 85.01 ou 85.02.<br />

-3 7<br />

8432<br />

Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho<br />

do solo ou para cultura; rolos para gramados, ou para campos de esporte.<br />

2 7<br />

1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou de sangue. 4 7<br />

2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos. 31 6<br />

0203 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas. 5 6<br />

8481<br />

Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos<br />

semelhantes, para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes.<br />

16 5<br />

8483<br />

Árvores de transmissão (incluídas as árvores de “cames” e virabrequins) e manivelas; mancais e “bronzes”;<br />

engrenagens e rodas de fricção; eixos de esferas ou de roletes; redutores, multiplicadores, caixas de<br />

transmissão e variadores de velocidade, incluídos os conversores de torque; volantes e polias, incluídas<br />

22 5<br />

as polias para cadernais; embreagens e dispositivos de acoplamento, incluídas as juntas de articulação.<br />

8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos; aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases. 12 5<br />

8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos. 22 5<br />

98 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

4819<br />

Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta (“ouate”) de celulose ou<br />

de mantas de fibras de celulose; cartonagens para escritórios, lojas e estabelecimentos semelhantes.<br />

10 4<br />

3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plásticos. 13 4<br />

6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha. 16 4<br />

8414<br />

Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas<br />

aspirantes para extração ou reciclagem, com ventilador incorporado, mesmo filtrantes.<br />

21 4<br />

8501 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos. 20 4<br />

8511<br />

Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por<br />

centelha ou por compressão (por exemplo, magnetos, dínamos-magnetos, bobinas de<br />

ignição, velas de ignição ou de aquecimento, motores de arranque); geradores (dínamos e<br />

24 3<br />

alternadores, por exemplo) e conjuntores-disjuntores utilizados com estes motores.)<br />

7318<br />

Parafusos, pinos ou pernos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas,<br />

contrapinos, arruelas (incluídas as de pressão) e artefatos semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço.<br />

30 3<br />

2009<br />

Sucos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados,<br />

sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes.<br />

4 3<br />

5806<br />

Fitas, exceto os artefatos da posição 58.07; fitas sem trama, de<br />

fios ou fibras paralelizados e colados (“bolducs”).<br />

21 2<br />

8536<br />

Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos<br />

elétricos (por exemplo, interruptores, comutadores, relés, corta-circuitos, eliminadores de onda,<br />

plugues e tomadas de corrente, suportes para lâmpadas e outros conectores, caixas de junção), para<br />

29 2<br />

uma tensão não superior a 1.000V; conectores para fibras ópticas, feixes ou cabos de fibras ópticas.<br />

9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos. 29 2<br />

9403 Outros móveis e suas partes. 11 2<br />

8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05.<br />

<br />

<br />

30 1<br />

8418<br />

Refrigeradores, congeladores (“freezers”) e outros materiais, máquinas e aparelhos<br />

para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro; bombas de calor,<br />

16 1<br />

exceto as máquinas e aparelhos de ar-condicionado da posição 84.15.<br />

7210<br />

Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou<br />

superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos.<br />

36 1<br />

3505<br />

Dextrina e outros amidos e féculas modificados (por exemplo, amidos e<br />

féculas pré-gelatinizados ou esterificados); colas à base de amidos ou de<br />

15 1<br />

féculas, de dextrina ou de outros amidos ou féculas modificados.<br />

4804 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto os das posições 48.02 e 48.03. 23 0<br />

4417<br />

Ferramentas, armações e cabos, de ferramentas, de escovas e de vassouras, de<br />

madeira; formas, alargadeiras e esticadores, para calçados, de madeira.<br />

12 0<br />

7207 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado. 33 0<br />

8409<br />

Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas<br />

aos motores das posições 84.07 ou 84.08.<br />

28 0<br />

6908<br />

Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou<br />

esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes, para mosaicos,<br />

11 -1<br />

vidrados ou esmaltados, de cerâmica, mesmo com suporte.<br />

4412 Madeira compensada (contraplacada), madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes. 26 -3<br />

4418<br />

Obras de marcenaria ou de carpintaria para construções, incluídos os painéis<br />

celulares, os painéis montados para revestimento de pavimentos (pisos) e<br />

11 -5<br />

as fasquias para telhados (“shingles e shakes”), de madeira.<br />

4409<br />

Madeira (incluídos os tacos e frisos de parquê, não montados) perfilada (com espigas, ranhuras, filetes,<br />

entalhes, chanfrada, com juntas em V, com cercadura, boleada ou semelhantes) ao longo de uma 15 -6<br />

ou mais bordas, faces ou extremidades, mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades.<br />

4107<br />

Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos<br />

(incluídos os búfalos) ou de equídeos, depilados, mesmo divididos, exceto os da posição 41.14.<br />

25 -7<br />

4407<br />

Madeira serrada ou fendida longitudinalmente, cortada transversalm ente ou desenrolada,<br />

mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades, de espessura superior a 6 mm.<br />

24 -7<br />

4104<br />

Couros e peles curtidos ou “crust”, de bovinos (incluídos os búfalos) ou de equídeos,<br />

depilados, mesmo divididos, mas não preparados de outro modo.<br />

45 -10<br />

SISTEMA FIESC<br />

99


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

6.10 Produtos com maior potencial exportador no mercado mundial (*)<br />

Indicadores<br />

Crescimento<br />

Crescimento<br />

Crescimento anual das<br />

Pos. SH 4 Descrição dos produtos<br />

anual em<br />

Valor importado<br />

anual em exportações<br />

quantidade<br />

em 2010 (US$<br />

valor entre mundiais<br />

entre 2006<br />

1.000)<br />

2009 e entre 2006<br />

e 2010<br />

2010 (%) e 2010<br />

(% ao ano)<br />

(% ao ano)<br />

Todos os produtos 15.230.972.953 21 3<br />

1 7004<br />

Vidro estirado ou soprado, em folhas, mesmo com camada<br />

absorvente, refletora ou não, mas não trabalhado de outro modo.<br />

2.068.921 34 80<br />

Máquinas e aparelhos de impressão por meio de blocos,<br />

2 8443<br />

cilindros e outros elementos de impressão da posição 84.42;<br />

outras impressoras, máquinas copiadoras e telecopiadores<br />

117.401.727 35 19 43<br />

(fax), mesmo combinados entre si; partes e acessórios.<br />

3 2702 Linhitas, mesmo aglomeradas, exceto azeviche. 1.611.970 45 145 42<br />

Minérios de manganês e seus concentrados, incluídos os minérios<br />

4 2602 de manganês ferruginosos e seus concentrados, de teor em<br />

5.758.043 7 69 36<br />

manganês de 20% ou mais, em peso, sobre o produto seco.<br />

Barcos-faróis, barcos-bombas, dragas, guindastes flutuantes<br />

5 8905<br />

e outras embarcações em que a navegação é acessória da<br />

função principal; docas flutuantes; plataformas de perfuração<br />

15.208.928 16 33<br />

ou de exploração, flutuantes ou submersíveis.<br />

6 8908 Embarcações e outras estruturas flutuantes, para serem desmontadas. 1.478.033 34 30 30<br />

7 1805 Cacau em pó, sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes 2.594.759 4 84 30<br />

8 2601<br />

Minérios de ferro e seus concentrados, incluídas as<br />

piritas de ferro ustuladas (cinzas de piritas).<br />

133.408.582 7 72 30<br />

9 7108<br />

Ouro (incluído o ouro platinado), em formas<br />

brutas ou semimanufaturadas, ou em pó<br />

105.070.447 9 34 28<br />

10 2605 Minérios de cobalto e seus concentrados. 1.165.751 24 55 28<br />

11 1109 Glúten de trigo, mesmo seco. 1.119.340 9 13 25<br />

12 1803 Pasta de cacau, mesmo desengordurada 3.020.732 4 46 24<br />

13 1205 Sementes de nabo silvestre ou de colza, mesmo trituradas 8.301.969 14 5 24<br />

14 1201 Soja, mesmo triturada 44.210.194 8 23 24<br />

Resíduos da fabricação do amido e resíduos semelhantes,<br />

15 2303<br />

“polpas” de beterraba, bagaços de cana-de-açúcar e outros<br />

desperdícios da indústria do açúcar, borras e desperdícios da<br />

4.059.670 20 37 23<br />

indústria da cerveja e das destilarias, mesmo em “pellets”.<br />

16 1511<br />

Óleo de palma e respectivas frações, mesmo refinados,<br />

mas não quimicamente modificados<br />

28.455.573 8 20 22<br />

Sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos,<br />

profiláticos ou de diagnóstico; antissoros, outras frações do<br />

17 3002 sangue, produtos imunológicos modificados, mesmo obtidos<br />

75.908.956 7 18 22<br />

por via biotecnológica; vacinas, toxinas, culturas de microorganismos<br />

(exceto leveduras) e produtos semelhantes.<br />

Aparelhos telefônicos, incluídos os telefones para redes celulares<br />

18 8517<br />

e para outras redes sem fio; outros aparelhos para transmissão<br />

ou recepção de voz, imagens ou outros dados, incluídos os<br />

202.092.741 3 23 22<br />

aparelhos para comunicação em redes por fio ou redes sem fio.<br />

19 2701<br />

Hulhas; briquetes, bolas em aglomerados e combustíveis<br />

sólidos semelhantes, obtidos a partir da hulha.<br />

113.212.285 3 17 21<br />

100 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

20 2713<br />

Coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos<br />

dos óleos de petróleo ou de minerais betuminosos<br />

16.749.369 0 36 20<br />

21 2610 Minérios de cromo e seus concentrados. 2.951.106 11 71 20<br />

22 2306<br />

Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados<br />

ou em “pellets”, da extração de gorduras ou óleos<br />

4.312.935 5 18 20<br />

vegetais, exceto os das posições 23.04 e 23.05.<br />

23 8901<br />

Transatlânticos, barcos de excursão, “ferry-boats”,<br />

cargueiros, chatas e embarcações semelhantes, para<br />

69.196.133 30 19<br />

o transporte de pessoas ou de mercadorias.<br />

24 8604<br />

Veículos para inspeção e manutenção de vias férreas ou<br />

semelhantes, mesmo autopropulsados (por exemplo, vagõesoficinas,<br />

vagões-guindastes, vagões equipados com batedores de<br />

1.235.500 9 9 19<br />

balastro, alinhadores de vias, viaturas para testes e dresinas).<br />

25 2804 Hidrogênio, gases raros e outros elementos não metálicos. 13.941.052 6 32 19<br />

26 0206<br />

Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina,<br />

caprina, cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas.<br />

5.291.728 11 11 18<br />

27 1513<br />

Óleos de coco (óleo de copra), de amêndoa de palma<br />

ou de babaçu, e respectivas frações, mesmo refinados,<br />

5.565.377 17 42 18<br />

mas não quimicamente modificados<br />

28 7112<br />

Desperdícios e resíduos de metais preciosos ou de metais folheados ou<br />

chapeados de metais preciosos (plaquê); outros desperdícios e resíduos<br />

contendo metais preciosos ou compostos de metais preciosos, do tipo<br />

15.575.001 7 34 18<br />

dos utilizados principalmente para a recuperação de metais preciosos.<br />

29 6214<br />

Xales, echarpes, lenços de pescoço, cachenês, cachecóis,<br />

mantilhas, véus e artefatos semelhantes.<br />

3.262.363 19 19 18<br />

30 2304<br />

Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados<br />

ou em “pellets”, da extração do óleo de soja<br />

24.016.688 1 4 18<br />

31 0407 Ovos de aves, com casca, frescos, conservados ou cozidos. 3.063.019 13 5 17<br />

32 0910<br />

Gengibre, açafrão, açafrão-da-terra, tomilho,<br />

louro, caril e outras especiarias.<br />

2.043.633 3 35 17<br />

33 2607 Minérios de chumbo e seus concentrados. 5.214.887 4 32 17<br />

34 1514<br />

Óleos de nabo silvestre, de colza ou de mostarda, e respectivas<br />

frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados.<br />

5.367.071 6 17 16<br />

35 0409 Mel natural. 1.499.148 3 19 16<br />

36 0713 Legumes de vagem, secos, em grão, mesmo pelados ou partidos. 7.641.887 1 1 16<br />

37 3103 Adubos (fertilizantes) minerais ou químicos, fosfatados. 2.164.001 2 62 14<br />

38 1518<br />

Gorduras e óleos animais ou vegetais, e respectivas frações,<br />

cozidos, oxidados, desidratados, sulfurados, aerados,<br />

estandolizados ou modificados quimicamente por qualquer<br />

1.765.723 32 34 14<br />

outro processo, com exclusão dos da posição 15.16.<br />

39 0703<br />

Cebolas, chalotas (“échalotes”), alhos, alhos-porros e outros<br />

produtos hortícolas aliáceos, frescos ou refrigerados.<br />

5.836.863 4 45 14<br />

40 8541<br />

Diodos, transistores e dispositivos semelhantes semicondutores;<br />

dispositivos fotossensíveis semicondutores, incluídas as células<br />

fotovoltaicas, mesmo montadas em módulos ou em painéis;<br />

122.329.924 123 61 14<br />

diodos emissores de luz; cristais piezelétricos montados.<br />

41 8513<br />

Lanternas elétricas portáteis destinadas a funcionar por meio de sua<br />

própria fonte de energia (por exemplo, de pilhas, de acumuladores, de<br />

2.500.793 2 27 14<br />

magnetos), excluídos os aparelhos de iluminação da posição 85.12.<br />

42 6104<br />

“Tailleurs”, conjuntos, “blazers”, vestidos, saias, saiascalças,<br />

calças, jardineiras, bermudas e “shorts” (calções)<br />

(exceto de banho), de malha, de uso feminino.<br />

18.225.782 23 14<br />

SISTEMA FIESC<br />

101


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

43 1512<br />

Óleos de girassol, de cártamo ou de algodão, e respectivas frações,<br />

mesmo refinados, mas não quimicamente modificados<br />

6.186.986 3 1 14<br />

44 8541<br />

Diodos, transistores e dispositivos semelhantes<br />

semicondutores; dispositivos fotossensíveis<br />

122.329.924 123 61 14<br />

semicondutores, incluídas as células fotovoltaicas.<br />

45 0105<br />

Galos, galinhas, patos, gansos, perus, peruas e galinhasd’angola,<br />

das espécies domésticas, vivos.<br />

2.280.429 6 13<br />

46 1108 Amidos e féculas; inulina. 2.926.901 2 29 13<br />

47 0207<br />

Carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas<br />

ou congeladas, das aves da posição 01.05.<br />

20.761.897 7 13 13<br />

48 6601<br />

Guarda-chuvas, sombrinhas e guarda-sóis (incluídos as bengalasguarda-chuvas<br />

e os guarda-sóis de jardim e semelhantes).<br />

2.283.939 1 18 13<br />

49 6401<br />

Calçados impermeáveis de sola exterior e parte superior de borracha<br />

ou plásticos, em que a parte superior não tenha sido reunida à<br />

sola exterior por costura ou por meio de rebites, pregos, parafusos,<br />

1.255.690 6 34 13<br />

saliências (espigões) ou dispositivos semelhantes, nem formada<br />

por diferentes partes reunidas pelos mesmos processos.<br />

50 6404<br />

Calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural<br />

ou reconstituído e parte superior de matérias têxteis.<br />

13.135.753 5 23 13<br />

51 8401<br />

Reatores nucleares; elementos combustíveis (cartuchos)<br />

não irradiados, para reatores nucleares; máquinas<br />

5.251.026 11 4 13<br />

e aparelhos para a separação de isótopos.<br />

52 1214<br />

Rutabagas, beterrabas forrageiras, raízes forrageiras, feno,<br />

alfafa, trevo, sanfeno, couves forrageiras, tremoço, ervilhaca e<br />

1.862.777 4 12 13<br />

produtos forrageiros semelhantes, mesmo em “pellets”.<br />

53 1101 Farinhas de trigo ou de mistura de trigo com centeio. 3.896.665 7 3 13<br />

54 3913<br />

Polímeros naturais (por exemplo, ácido algínico) e polímeros<br />

naturais modificados (por exemplo, proteínas endurecidas,<br />

derivados químicos da borracha natural), não especificados nem<br />

2.641.002 3 31 13<br />

compreendidos em outras posições, em formas primárias.<br />

55 9615<br />

Pentes, travessas para cabelo e artigos semelhantes; grampos para cabelo;<br />

pinças, onduladores, bóbis e artefatos semelhantes para penteados<br />

1.208.117 4 21 12<br />

56 9703<br />

Produções originais de arte estatuária ou de<br />

escultura, de quaisquer matérias<br />

2.397.186 39 12<br />

57 6309<br />

Artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus<br />

e artefatos de uso semelhante, usados<br />

2.663.906 7 10 12<br />

58 1804 Manteiga, gordura e óleo, de cacau 4.151.991 0 2 12<br />

59 9021<br />

Artigos e aparelhos ortopédicos, incluídas as cintas e fundas<br />

médico-cirúrgicas e as muletas; talas, goteiras e outros<br />

artigos e aparelhos para fraturas; artigos e aparelhos de<br />

43.305.280 16 10 12<br />

prótese; aparelhos para facilitar a audição dos surdos e outros<br />

aparelhos para compensar deficiências ou enfermidades.<br />

60 4702 Pastas químicas de madeira, para dissolução. 3.578.370 8 58 12<br />

61 3006 Preparações e artigos farmacêuticos indicados na Nota 4 deste Capítulo. 11.165.293 7 2 12<br />

62 2403<br />

Outros produtos de tabaco e seus sucedâneos, manufaturados; tabaco<br />

“homogeneizado” ou “reconstituído”; extratos e molhos, de tabaco.<br />

3.727.942 4 16 12<br />

63 0901<br />

Café, mesmo torrado ou descafeinado; cascas e películas de café;<br />

sucedâneos do café contendo café em qualquer proporção.<br />

23.939.386 2 19 12<br />

64 0712<br />

Produtos hortícolas secos, mesmo cortados em pedaços ou fatias,<br />

ou ainda triturados ou em pó, mas sem qualquer outro preparo.<br />

2.398.295 3 29 12<br />

65 8307 Tubos flexíveis de metais comuns, mesmo com acessórios. 1.775.108 5 15 12<br />

66 6405 Outros calçados. 4.744.396 24 12<br />

67 7227 Fio-máquina de outras ligas de aço. 2.998.139 4 88 11<br />

102 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

68 6402<br />

Outros calçados com sola exterior e parte<br />

superior de borracha ou plásticos.<br />

26.186.208 2 22 11<br />

69 7006<br />

Vidro das posições 70.03, 70.04 ou 70.05, recurvado, biselado,<br />

gravado, brocado, esmaltado ou trabalhado de outro modo,<br />

2.602.690 4 46 11<br />

mas não emoldurado nem associado a outras matérias.<br />

70 0714<br />

Raízes de mandioca, de araruta e de salepo, tupinambos, batatasdoces<br />

e raízes ou tubérculos semelhantes, com elevado teor de fécula<br />

ou de inulina, frescos, refrigerados, congelados ou secos, mesmo<br />

1.871.255 4 20 11<br />

cortados em pedaços ou em “pellets”; medula de sagueiro.<br />

71 0902 Chá, mesmo aromatizado. 5.765.553 2 17 11<br />

72 1005 Milho. 25.511.427 8 12 11<br />

73 2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco. 11.938.041 1 1 11<br />

74 1901<br />

Extratos de malte; preparações alimentícias de farinhas,<br />

grumos, sêmolas, amidos, féculas ou de extratos de malte.<br />

11.725.232 3 9 11<br />

75 2103<br />

Preparações para molhos e molhos preparados; condimentos e<br />

temperos compostos; farinha de mostarda e mostarda preparada.<br />

8.595.581 4 7 11<br />

76 2925<br />

Compostos de função carboxiimida (incluídos a<br />

sacarina e seus sais) ou de função imina.<br />

1.063.056 1 7 11<br />

77 4015<br />

Vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas, mitenes e semelhantes),<br />

de borracha vulcanizada não endurecida, para quaisquer usos.<br />

6.007.093 7 24 11<br />

78 1701<br />

Açúcares de cana ou de beterraba e sacarose<br />

quimicamente pura, no estado sólido<br />

29.144.198 5 34 11<br />

79 2515<br />

Mármores, travertinos, granitos belgas e outras<br />

pedras calcárias de cantaria ou de construção<br />

2.384.873 6 42 11<br />

80 0904<br />

Pimenta (do gênero Piper); pimentões e pimentas dos gêneros<br />

Capsicum ou Pimenta, secos ou triturados ou em pó<br />

2.284.967 4 21 11<br />

81 2302<br />

Sêmeas, farelos e outros resíduos, mesmo em “pellets”, da peneiração,<br />

moagem ou de outros tratamentos de cereais ou de leguminosas<br />

1.115.849 4 21 11<br />

82 7302<br />

Elementos de vias férreas, de ferro fundido, ferro ou aço: trilhos,<br />

contratrilhos e cremalheiras, agulhas, cróssimas, alavancas para<br />

comando de agulhas e outros elementos de cruzamentos e desvios<br />

4.241.848 3 9 11<br />

Fonte: Trade Map/ITC, 2012<br />

(*) Produtos com taxa de crescimento anual superior a 10% ao ano nas exportações mundiais entre 2006 e 2010 e com valor importado superior a US$ 1 bilhão em 2010, além de taxas de crescimento positivas em<br />

valor e quantidade (entre 2006 e 2010) e em valor (entre 2009 e 2010).<br />

SISTEMA FIESC<br />

103


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

6.11 Questionário Aplicado na Pesquisa<br />

1. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

INDÚSTRIA<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

COMÉRCIO<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

SERVIÇOS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

2001-2010<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

2. PARA EMPRESAS EXPORTADORAS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

trading<br />

trading<br />

<br />

<br />

<br />

valor total <br />

<br />

<br />

<br />

<br />

faturamento<br />

<br />

<br />

<br />

faturamento anual <br />

<br />

<br />

<br />

<br />

países de destino <br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

104 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

ADOTA<br />

ESTRATÉGIAS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

benchmarking <br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

DEVERIA<br />

ADOTAR<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Programas e incentivos<br />

<br />

<br />

<br />

ACC<br />

ACE<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

REDEX<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Não<br />

Conhece<br />

Utiliza<br />

Conhece<br />

Não tem<br />

Interesse<br />

Não<br />

Consegue<br />

Utilizar<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

SISTEMA FIESC<br />

105


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

3. PARA EMPRESAS IMPORTADORAS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

˝ Bens de consumo duráveis<br />

˝ Bens de consumo não-duráveis<br />

˝ Bens de capital<br />

˝ Insumos industriais<br />

˝ Alimentos e bebidas destinados à indústria<br />

˝ Equipamentos de transporte de uso industrial<br />

˝ Combustíveis e lubrificantes<br />

˝ Peças e equipamentos de transporte<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

˝ Todas as importações são realizadas de forma direta pela empresa<br />

˝ A maior parte das importações são realizadas de forma direta pela<br />

empresa, mas a empresa também importa de forma indireta alguns<br />

pedidos ocasionais.<br />

˝ A empresa importa direta e indiretamente, de maneira mais ou<br />

menos equilibrada<br />

˝ A maior parte das importações são realizadas de forma indireta,<br />

mas a empresa também importa de forma direta alguns pedidos<br />

ocasionais<br />

˝ Todas as importações são realizadas de forma indireta pela empresa<br />

<br />

˝ Através de trading e/ou empresa comercial importadora no Brasil<br />

˝ Através de trading e/ou empresa comercial importadora no exterior<br />

˝ Através de agentes e/ou distribuidores no Brasil<br />

˝ Através de agentes e/ou distribuidores no exterior<br />

˝ Outros, favor informar:______________________________________<br />

<br />

˝ Ao consumo próprio da empresa<br />

˝ A maior parte para consumo próprio, mas parte destinada ao consumo<br />

de terceiros<br />

˝ Aproximadamente metade das importações para consumo próprio<br />

e metade para consumo de terceiros<br />

˝ A maior parte para o consumo de terceiros, mas parte destinada<br />

ao consumo próprio<br />

˝ Ao consumo de terceiros<br />

<br />

<br />

˝ Todos os consumidores finais estão localizados em Santa Catarina<br />

˝ A maioria dos consumidores finais está localizada em Santa Catarina,<br />

mas parte também está em outros estados brasileiros<br />

˝ Aproximadamente metade dos consumidores finais está localizada<br />

em Santa Catarina e metade em outros estados brasileiros<br />

˝ A maioria dos consumidores finais está localizada em outros estados<br />

brasileiros, mas parte também está em Santa Catarina<br />

˝ o Todos os consumidores finais estão localizados em outros estados<br />

brasileiros<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

total das compras<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

total das<br />

compras<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

países fornecedores<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

˝ Mantendo-se relativamente estáveis<br />

˝ Sendo parcialmente reduzidos<br />

˝ Sendo substancialmente reduzidos<br />

˝ Sendo parcialmente aumentados<br />

˝ Sendo substancialmente aumentados<br />

<br />

<br />

˝ Mantendo-se relativamente estáveis<br />

˝ Sendo parcialmente reduzidos<br />

˝ Sendo substancialmente reduzidos<br />

˝ Sendo parcialmente aumentados<br />

˝ Sendo substancialmente aumentados<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

4. INTERNACIONALIZAÇÃO<br />

<br />

<br />

˝ Crescimento da empresa<br />

˝ Redução de custos<br />

˝ Posicionamento no mercado<br />

˝ Redução de riscos<br />

106 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

˝ Aumento da competitividade<br />

˝ Sobrevivência<br />

˝ Acesso a novos mercados<br />

˝ Aprendizado e desenvolvimento de novas competências<br />

˝ Busca por economias de escala<br />

˝ Pressão da concorrência global<br />

˝ Excedente produtivo que não foi absorvido pelo mercado doméstico<br />

˝ Efeito positivo para a imagem da empresa no país de origem<br />

˝ Outros, favor informar:______________________________________<br />

<br />

<br />

˝ xportação direta<br />

˝ Exportação através de terceiros (tradings, distribuidores, agentes,<br />

etc.)<br />

˝ Consórcios ou cooperativas de exportação<br />

˝ Importação direta<br />

˝ Importação através de terceiros (tradings, distribuidores, agentes,<br />

etc.)<br />

˝ Instalação de escritórios próprios no exterior voltados à comercialização<br />

˝ Instalação de unidade de produção própria no exterior<br />

˝ Licenciamento<br />

˝ Joint-ventures<br />

˝ Fusões e/ou aquisições<br />

˝ Contrato de produção ou subcontratação<br />

˝ Franchising<br />

˝ Associação/alianças estratégicas com empresas estrangeiras que<br />

não implicam em investimentos<br />

˝ Não aplicável<br />

˝ Outras, favor informar:______________________________________<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

˝ O mercado doméstico atende aos objetivos da empresa<br />

˝ Dificuldade de acesso aos canais de distribuição em outros países<br />

˝ As economias de escala são reduzidas, tornando os custos de produção<br />

elevados em relação aos concorrentes internacionais<br />

˝ Dificuldades em formar parcerias internacionais<br />

˝ Pouca experiência e conhecimentos gerenciais para a internacionalização<br />

˝ Dificuldades em acessar e analisar informações sobre mercados<br />

externos<br />

˝ Diferenças culturais<br />

˝ Dificuldades em oferecer produtos/serviços que atendam às necessidades<br />

de clientes internacionais<br />

˝ Competências tecnológicas insuficientes ou inadequadas para<br />

competir em custos e qualidade<br />

˝ Outras, favor informar:______________________________________<br />

<br />

<br />

˝ A experiência da empresa tem sido muito positiva e o aprendizado<br />

obtido até o momento tem favorecido o seu crescimento e contribuído<br />

para o alcance dos objetivos organizacionais.<br />

˝ A empresa tem se beneficiado da experiência internacional adquirida<br />

ao longo dos anos, mas recentemente passou a focar seus es-<br />

<br />

<br />

forços no mercado doméstico devido aos obstáculos enfrentados.<br />

˝ Os resultados alcançados com a inserção internacional não têm<br />

sido muito favoráveis, mas a empresa <strong>continu</strong>a com atividades no<br />

mercado externo por uma questão de sobrevivência no mercado<br />

interno, principalmente em função do acirramento da concorrência<br />

internacional no Brasil.<br />

˝ Cada vez mais a empresa tem reduzido seu processo de inserção<br />

internacional e a tendência é de que nos próximos anos passe a<br />

dedicar-se quase que exclusivamente ao mercado interno.<br />

<br />

principais obstáculos externos<br />

Obstáculos Externos<br />

<br />

-<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

-<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Sem<br />

Relevância<br />

Relevante<br />

Muito<br />

Relevante<br />

três áreas de apoio <br />

<br />

Áreas prioritárias<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

5. COMENTÁRIOS FINAIS<br />

SISTEMA FIESC<br />

107


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Anexos<br />

6.12 Listagem das Empresas Participantes da Pesquisa<br />

BEI COMÉRCIO E ASSESSORIA INTERNACIONAL LTDA.<br />

AGROPEL AGROINDUSTRIAL PERAZZOLI LTDA.<br />

ALBRECHT EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA.<br />

ALL FILTRATION TECHNOLOGIES TECIDOS TÉCNICOS LTDA.<br />

ALLTECH MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA.<br />

ANGELGRES REVESTIMENTOS CERÂMICOS LTDA.<br />

ANGELI INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS LTDA. M.E.<br />

ANGHEBEN COMÉRCIO EXTERIOR LTDA.<br />

AQX INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA S/A<br />

AUDACES AUTOM. E INFORMÁT. INDUSTRIAL LTDA.<br />

AUTOMATIZA IND. E COM. DE EQUIP. ELETROELETRÔN. LTDA.<br />

BAUMGARTEN GRÁFICA LTDA.<br />

BRANDILI TÊXTIL LTDA.<br />

BRASILUX IND. E COM., IMPORT. E EXPORT. LTDA.<br />

BUETTNER S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO<br />

BUGS & CIA. LTDA.<br />

CALESITA INDÚSTRIA DE BRINQUEDOS LTDA.<br />

COMPENSADOS PINHAL LTDA.<br />

CONTROLLER COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.<br />

COOPERATIVA CENTRAL AURORA ALIMENTOS<br />

DÖHLER S/A<br />

E G C INDÚSTRIA, COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA.<br />

EPEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA.<br />

ETP DO BRASIL LTDA. EPP<br />

EXPLORER FUNDAÇÕES LTDA.<br />

FAKINI MALHAS LTDA.<br />

FARBEN S/A INDÚSTRIA QUÍMICA<br />

FLATS OVER EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA LTDA.<br />

FORVM GERENCIAMENTO DE PROJETOS LTDA.<br />

FRANKLIN ELECTRIC INDÚSTRIA DE MOTOBOMBAS S/A<br />

FRIGORÍFICO CATARINENSE LTDA.<br />

FRIGORÍFICO RIOSULENSE S/A<br />

FUND. UNIVERSITÁRIA DO DESENVOLVIMENTO DO OESTE<br />

FUNDERG HIPPER FREIOS LTDA.<br />

GOEDE LANG E CIA. LTDA.<br />

HACKER INDUSTRIAL LTDA.<br />

HACO ETIQUETAS LTDA.<br />

HENGST INDÚSTRIA DE FILTROS LTDA.<br />

ICON S/A - ESTAMPOS & MOLDES<br />

INDÚSTRIA DE MÁQUINAS KREIS LTDA.<br />

INDÚSTRIA DE MOLDURAS MOLDURARTE LTDA.<br />

INDUSTRIAL CONVENTOS S/A<br />

INDUSTRIAL MADEIREIRA S/A<br />

INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S/A<br />

INTELBRAS S/A IND. DE TELEC. E ELETRÔNICA BRASILEIRA<br />

INTI REVESTIMENTOS CERÂMICOS<br />

IRMÃOS FISCHER S/A IND. E COM.<br />

SOLETRI INDÚSTRIA DE MATERIAIS ISOLANTES LTDA.<br />

K K MÓVEIS LTDA.<br />

KHOMP INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.<br />

KÖHLER TINTURARIA LTDA.<br />

LAMINADOS AB LTDA.<br />

MADALOSSO MARTINS IMPORT. E EXPORT. LTDA.<br />

MADEIREIRA BARRA GRANDE LTDA.<br />

MADEIREIRA SELEME LTDA.<br />

MANNES LTDA.<br />

MARCATTO S/A<br />

MAXUL ALIMENTOS LTDA.<br />

METALURGICA FEY S/A<br />

METALÚRGICA SARAIVA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.<br />

METALÚRGICA TURBINA LTDA.<br />

METISA METALÚRGICA TIMBOENSE S/A<br />

MÓVEIS WEIHERMANN S/A<br />

MUELLER FOGÕES LTDA.<br />

NEREU RODRIGUES & CIA. LTDA.<br />

PRÓSPERA TRADING IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.<br />

RM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.<br />

SCHMITZ AGROINDUSTRIAL LTDA.<br />

SCHWANKE INDÚSTRIA TÊXTIL LTDA.<br />

SERPIL MÓVEIS LTDA.<br />

SIEBERT QUÍMICA LTDA.<br />

SOL SPORTS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.<br />

TABULAE INDÚSTRIA DE MÓVEIS LTDA.<br />

TAF INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LTDA.<br />

TÊXTIL H. J. HERING LTDA.<br />

TRACTEBEL ENERGIA S/A<br />

TRITEC INDUSTRIAL LTDA.<br />

TWIST INCOBRAS - INDÚSTRIA DE CONFECÇÕES LTDA.<br />

VANTEC - IND. DE MÁQUINAS LTDA.<br />

VEMATE VERDINHA INDÚSTRIA DO MATE LTDA.<br />

VIDRAÇARIA PRIMOS LTDA. M.E.<br />

ZEN S/A INDÚSTRIA METALÚRGICA<br />

108 SISTEMA FIESC


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Diretoria FIESC<br />

Presidente – Glauco José Côrte<br />

1º Vice-Presidente – Mario Cezar de Aguiar<br />

Diretor 1º Secretário – Edvaldo Ângelo<br />

Diretor 2º Secretário – Cid Erwin Lang<br />

Diretor 1º Tesoureiro – César Murilo Barbi<br />

Diretor 2º Tesoureiro – Carlos Toniolo<br />

Vice-Presidentes para Assuntos Regionais<br />

Gilberto Seleme – Centro-Norte<br />

Alfredo Piotrovski – Litoral Sul<br />

Jorge Luiz Strehl – Vale do Itajaí<br />

Álvaro Luis de Mendonça – Alto Uruguai Catarinense<br />

Vitor Mário Zanetti – Sudeste<br />

Lino Rohden – Alto Vale do Itajaí<br />

Célio Bayer – Vale do Itapocu<br />

Diomício Vidal – Sul<br />

Giordan Heidrich – Serra Catarinense<br />

Anselmo Zanellato – Centro-Oeste<br />

Astor Kist – Extremo Oeste<br />

Maurício Cesar Pereira – Foz do Rio Itajaí<br />

Udo Döhler – Norte-Nordeste<br />

Waldemar Antonio Schmitz – Oeste<br />

Arnaldo Huebl – Planalto Norte<br />

Vice-Presidentes para Assuntos Estratégicos<br />

Michel Miguel<br />

Mário Lanznaster<br />

Ney Osvaldo Silva Filho<br />

Ingo Fischer<br />

Rui Altenburg<br />

Diretores<br />

Adalberto Roeder<br />

Albano Schmidt<br />

Aldo Apolinário João<br />

Alexandre d’Ávila da Cunha<br />

Amilcar Nicolau Pelaez<br />

Bárbara Paludo<br />

Carlos Alberto Barbosa Mattos<br />

Carlos Frederico da Cunha Teixeira<br />

Charles Alfredo Bretzke<br />

Charles José Postali<br />

Conrado Coelho Costa Filho<br />

Dario Luiz Vitali<br />

Egon Werner<br />

Evair Oenning<br />

Flavio José Martins<br />

Ida Áurea da Costa<br />

Israel José Marcon<br />

Jacir Pamplona<br />

Luiz Antônio Botega<br />

Luiz Cesar Meneghetti<br />

Olvacir José Bez Fontana<br />

Osni Carlos Verona<br />

Otmar Josef Müller<br />

Pedro Leal da Silva Neto<br />

Roberto Marcondes de Mattos<br />

Walgenor Teixeira<br />

Conselho Fiscal<br />

Efetivos<br />

Leonir João Pinheiro<br />

Fred Rubens Karsten<br />

Tito Alfredo Schmitt<br />

Suplentes<br />

Amauri Eduardo Kollross<br />

Celso Panceri<br />

Flávio Henrique Fett<br />

Delegação junto à CNI<br />

Efetivos<br />

Glauco José Côrte<br />

Alcantaro Corrêa<br />

Suplentes<br />

Mario Cezar de Aguiar<br />

João Stramosk<br />

Diretoria Ciesc<br />

Presidente – Glauco José Côrte<br />

Vice-Presidente – Mario Cezar de Aguiar<br />

Diretora 1ª Secretária – Sílvia Hoepcke da Silva<br />

Diretor 2º Secretário – José Fernando da Silva Rocha<br />

Diretor 1º Tesoureiro – Luciano Flávio Andriani<br />

Diretor 2º Tesoureiro – Aldo Nienkötter<br />

Conselho Consultivo<br />

Adolfo Fey<br />

César Gomes Junior<br />

Cláudio Roberto Grando<br />

Evandro Müller de Castro<br />

Hilton Siqueira Leonetti<br />

Jair Philippi<br />

João Paulo Schmalz<br />

José Adami Neto<br />

Nivaldo Pinheiro<br />

Noiodá José Damiani<br />

Odelir Battistella<br />

Rafael Boeing<br />

Conselho Fiscal<br />

Efetivos<br />

Ademar Avi<br />

Juarez de Magalhães Rigon<br />

Marcelo Rodrigues<br />

Suplentes<br />

Luiz Gonzaga Coelho<br />

Márcio Anselmo Ribeiro<br />

Marconi Leonardo Pascoali<br />

110 DESEMPENHO E PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA CATARINENSE


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />

Diretoria SESI<br />

Conselho Regional de Santa Catarina<br />

Presidente – Glauco José Côrte<br />

Vice-Presidente – Mario Cezar de Aguiar<br />

Representante da FIESC – Henrique de Bastos Malta<br />

Representantes da Indústria<br />

Titulares<br />

José Fernando da Silva Rocha<br />

Luis Angelo Noronha de Figueiredo<br />

Luis Carlos Guedes<br />

Luis Eduardo Broering<br />

Suplentes<br />

Ademir José Pereira<br />

Alfredo Ender<br />

Eliezer da Silva Matos<br />

Ramiro Cardoso<br />

Representantes Institucionais<br />

Titulares<br />

Ari Oliveira Alano – Federação dos Trabalhadores nas Indútrias Metalúrgicas,<br />

Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de SC<br />

Célio Goulart – Governo do Estado de Santa Catarina<br />

Rodrigo Minotto – Ministério do Trabalho e Emprego<br />

Suplentes<br />

Carlos Alberto Baldissera – Federação dos Trabalhadores nas Indútrias<br />

Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de SC<br />

Antônio Carlos Poletini – Governo do Estado de Santa Catarina<br />

Alberto Caponi Causs – Ministério do Trabalho e Emprego<br />

Diretoria SENAI<br />

Conselho Regional de Santa Catarina<br />

Presidente – Glauco José Côrte<br />

Vice-Presidente – Mario Cezar de Aguiar<br />

Representante da FIESC – Helio Cesar Bairros<br />

Representantes da Indústria<br />

Titulares<br />

Cesar Augusto Olsen<br />

Sergio Augusto Carvalho da Silva<br />

Maria Regina de Loyola R. Alves<br />

Ulrich Kühn<br />

Representantes Institucionais<br />

Titulares<br />

Rodrigo Minotto – Ministério do Trabalho e Emprego<br />

Maria Clara Kaschny Schneider – Ministério da Educação<br />

Carlos Artur Barboza – Trabalhadores da Indústria<br />

Suplentes<br />

Alberto Roberto Causs – Ministério do Trabalho e Emprego<br />

Silvana Rosa Lisboa de Sá – Ministério da Educação<br />

Altamiro Perdoná – Trabalhadores da Indústria<br />

Diretoria IEL<br />

Presidente – Glauco José Côrte<br />

Vice-Presidente – Mario Cezar de Aguiar<br />

Diretor Tesoureiro – Luciano Flávio Andriani<br />

Representante da FIESC – Bárbara Paludo<br />

Conselho Consultivo<br />

Efetivos<br />

Ângela Teresa Zorzo Dal Piva<br />

Hans Heinrich Bethe<br />

Lurivam Bortoli<br />

Murilo Ghisoni Bortoluzzi<br />

Vilmar Radin<br />

Ronaldo Benkendorf<br />

Valter Ros de Souza<br />

Suplentes<br />

Álvaro Schwegler<br />

Alceu Grade<br />

Celso Marcolin<br />

Eduardo Seleme<br />

Heleny Mendonça Meister<br />

Maury Santos Júnior<br />

Orlíndio da Silva<br />

Conselho Fiscal<br />

Efetivos<br />

Ilton Paschoal Rotta<br />

José Suppi<br />

Marcus Schlösser<br />

Suplentes<br />

Almir Manoel Atanázio dos Santos<br />

Marlene Pitt Dullius<br />

Roseli Steiner Hang<br />

Suplentes<br />

Cidnei Luiz Barozzi<br />

Osvaldo Luciani<br />

Vilmar Radin<br />

Vincenzo Francesco Mastrogiacomo<br />

DESEMPENHO E PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA CATARINENSE<br />

111


Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 - Itacorubi - Florianópolis/SC - CEP 88034-001<br />

Fone: (48) 3231-4651 - Fax: (48) 3231-4669<br />

e-mail: cin@fiescnet.com.br<br />

www.fiescnet.com.br/cin


ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012

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