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ANÁLISE DO<br />
COMÉRCIO INTERNACIONAL<br />
CATARINENSE 2012<br />
Apoio<br />
Realização
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Elaboração<br />
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC<br />
Diretoria de Relações Industriais - DRI<br />
Centro Internacional de Negócios - CIN<br />
Equipe Técnica<br />
Henry Uliano Quaresma<br />
Tatiani Leal<br />
Daniel Tubino<br />
Mauro Victor Silveira de Souza<br />
Gisele de Andrade Polidoro Müller<br />
Moacir Rohling Volpato<br />
Consultoria editorial<br />
Vladimir Brandão<br />
Revisão<br />
Sérgio Ribeiro<br />
Direção de arte<br />
Luiz Acácio de Souza<br />
Edição de arte<br />
João Henrique Moço<br />
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 5.988, de 14/12/73.<br />
F293a<br />
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC<br />
Análise do comércio internacional catarinense. / Federação<br />
das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC. –<br />
Florianópolis: FIESC, 2012.<br />
112 p. : il. color.<br />
1. Comércio internacional – Santa Catarina. 2. Economia – Santa Catarina – Dados<br />
estatísticos. I. Título.<br />
Ficha catalográfica elaborada por Ana Claudia P O Silva CRB – 14/769<br />
CDD 382.021<br />
FIESC - Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina<br />
Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 - Itacorubi - Florianópolis/SC. CEP 88034-001<br />
Fone: (48) 3231-4651 - Fax: (48) 3231-4669<br />
e-mail: cin@fiescnet.com.br<br />
www.fiescnet.com.br
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Sumário<br />
Apresentação .................................................................................................................................................... 4<br />
1. Contextualização ........................................................................................................................................ 6<br />
2. Cenário Internacional ................................................................................................................................ 8<br />
2.1 A economia mundial e o comércio internacional em 2011 .........................................................................................................................11<br />
2.2 Perspectivas da economia mundial .............................................................................................................................................................................18<br />
2.3 O Brasil no comércio internacional ...............................................................................................................................................................................24<br />
3. Santa Catarina ............................................................................................................................................32<br />
3.1 Análise das importações catarinenses .......................................................................................................................................................................35<br />
3.2 Análise das exportações catarinenses ........................................................................................................................................................................39<br />
3.3 Desempenho exportador de Santa Catarina no mercado mundial ........................................................................................................49<br />
4. Resultados da pesquisa ..........................................................................................................................53<br />
4.1 Caracterização das empresas ...........................................................................................................................................................................................53<br />
4.2 Análise das empresas exportadoras.............................................................................................................................................................................58<br />
4.3 Análise das empresas importadoras ............................................................................................................................................................................68<br />
4.4 Experiência das empresas na internacionalização ..............................................................................................................................................75<br />
5. Conclusões ..................................................................................................................................................80<br />
6. Anexos ..........................................................................................................................................................86<br />
6.1 Principais premissas do cenário-base para as estimativas de 2012/2013 ............................................................................................86<br />
6.2 Os 50 principais produtos (SH4) importados por SC em 2011....................................................................................................................88<br />
6.3 Evolução das importações entre 2001 e 2011dos 50 produtos mais importados por SC em 2011 ....................................89<br />
6.4 Os 50 principais países importadores de SC em 2011 .....................................................................................................................................91<br />
6.5 Comparativo das exportações entre 2001-2011 para os principais países importadores de SC ...........................................92<br />
6.6 Os 50 principais produtos exportados por SC em 2011..................................................................................................................................93<br />
6.7 Evolução das exportações entre 2001 e 2011 dos 50 produtos mais exportados por SC em 2011 ....................................94<br />
6.8 Evolução das exportações mundiais entre 2001 e 2010 dos 50 produtos mais exportados por SC em 2011 .............96<br />
6.9 Evolução das exportações mundiais entre 2006 e 2010 dos 50 produtos mais exportados por SC em 2011 .............98<br />
6.10 Produtos com maior potencial exportador no mercado mundial .....................................................................................................100<br />
6.11 Questionário Aplicado na Pesquisa ........................................................................................................................................................................104<br />
6.12 Listagem das Empresas Participantes da Pesquisa .......................................................................................................................................108<br />
Lista de siglas<br />
BACEN - Banco Central do Brasil<br />
BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul<br />
CEI – Comunidade dos Estados Independentes<br />
FIESC – Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina<br />
FUNCEX – Fundação Estudos de Comércio Exterior<br />
MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior<br />
OMC – Organização Mundial do Comércio<br />
ONU – Organização das Nações Unidas<br />
SECEX – Secretaria de Comércio Exterior<br />
SH – Sistema Harmonizado<br />
UNCTAD – Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Apresentação<br />
A “Análise do Comércio Internacional Catarinense” apresenta a trajetória e as transformações<br />
ocorridas no comércio internacional de Santa Catarina nos últimos dez anos, além de examinar<br />
o cenário recente e as perspectivas da economia mundial para os próximos anos.<br />
Abordando questões contemporâneas de forma aprofundada, com base em estatísticas de<br />
importação e exportação de bens no comércio global e em informações obtidas diretamente<br />
junto ao setor empresarial de Santa Catarina, a publicação tem o objetivo de contribuir para<br />
uma reflexão a respeito da necessidade de um redirecionamento das estratégias de internacionalização<br />
das empresas do Estado, visando ao melhor posicionamento da indústria catarinense<br />
nesse mercado.<br />
Espera-se que a presente publicação possa auxiliar as decisões das indústrias que operam<br />
nesses mercados, proporcionando-lhes melhores condições de competitividade em um ambiente<br />
cada vez mais desafiador. Ao mesmo tempo, a FIESC utilizará os principais resultados e<br />
conclusões da publicação para buscar, junto às entidades intervenientes do comércio exterior<br />
brasileiro, soluções para os entraves que vêm prejudicando o processo de internacionalização<br />
do setor produtivo catarinense.<br />
Trabalhando com propósitos bem definidos, poderemos avançar em uma agenda que resultará<br />
em perspectivas mais promissoras para o comércio internacional de Santa Catarina, no<br />
médio e longo prazos.<br />
Glauco José Côrte<br />
PRESIDENTE DO SISTEMA FIESC<br />
4 SISTEMA FIESC
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ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
1. Contextualização<br />
Santa Catarina se tornou um estado diferenciado graças à força de sua indústria. À exceção de<br />
Amazonas, que conta com a Zona Franca de Manaus, Santa Catarina é o estado brasileiro com<br />
maior participação da indústria de transformação na composição do Produto Interno Bruto<br />
(PIB) 1 . Com apenas 1% da área brasileira e cerca de 3% da população, o estado gera 4,0% do<br />
PIB nacional. Diversificada e bem distribuída por todas as regiões do estado, a indústria foi<br />
determinante para oferecer aos catarinenses a melhor qualidade de vida do país. O Índice de<br />
Desenvolvimento Humano (IDH) de Santa Catarina é o mais elevado dentre os estados da Federação,<br />
ficando atrás somente do Distrito Federal, que possui características socioeconômicas<br />
diferenciadas. A participação relevante de Santa Catarina no comércio internacional teve papel<br />
determinante para a construção desse cenário.<br />
A indústria catarinense começou a desenvolver seu perfil exportador nos anos 1970, quando<br />
as exportações do estado representavam 2% do total nacional. Mas foi nos anos 80, a “década<br />
perdida” do Brasil, quando o país enfrentava recessão econômica associada à inflação, que<br />
a indústria de Santa Catarina vislumbrou oportunidades no mercado externo. Por conta do<br />
empreendedorismo e do arrojo que são típicos do empresário catarinense, associados a um<br />
eficiente trabalho de prospecção e abertura de novos mercados realizado com o suporte<br />
de entidades públicas e privadas, como o próprio Sistema FIESC, a indústria deu um grande<br />
passo no comércio mundial. Terminada a “década perdida”, Santa Catarina respondia por 6%<br />
das vendas externas brasileiras. Sua pauta de exportações ficou muito mais diversificada.<br />
Além de artigos têxteis e alimentícios, foram incluídos produtos como motocompressores,<br />
papel kraft, pisos e azulejos, refrigeradores e calçados na pauta exportadora do estado. Mais<br />
de 70% dos produtos exportados por Santa Catarina nesse período eram industrializados<br />
ou semi-industrializados.<br />
A inserção internacional de Santa Catarina foi fundamental para que suas indústrias – muitas<br />
delas já de classe mundial – enfrentassem o processo de abertura comercial dos anos 90. A<br />
queda de barreiras alfandegárias a produtos importados impactou fortemente vários setores<br />
industriais brasileiros. As empresas que se mantiveram no mercado obtiveram ganhos de produtividade,<br />
incorporaram avanços tecnológicos, investiram em inovação e se tornaram mais<br />
ágeis e flexíveis. A indústria catarinense atingiu um padrão de categoria mundial, o que permitiu<br />
sua integração às novas cadeias produtivas globais que se organizavam. Suas principais<br />
empresas mostravam-se aptas para a competição tanto com produtos importados em território<br />
nacional quanto no exterior.<br />
A chegada do século 21, entretanto, trouxe uma significativa mudança de cenário para o segmento<br />
industrial do estado. A economia brasileira cresceu baseada no aumento do consumo<br />
das famílias, porém a indústria não foi necessariamente beneficiada. Em decorrência do câmbio<br />
apreciado e da falta de competitividade sistêmica oriunda do “Custo Brasil”, o país ampliou<br />
consideravelmente as importações de bens de consumo sem que a indústria nacional pudes-<br />
1 32,8% em 2009, incluindo indústria de transformação, construção, geração e distribuição de energia, água e saneamento; excluindo indústria extrativa<br />
6 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Contextualização<br />
se, em muitos casos, competir em igualdade de condições. Daí decorre, em grande parte, o<br />
tão discutido fenômeno da “desindustrialização”, que é a diminuição do peso da indústria na<br />
formação total de riquezas do país. O equilíbrio das contas externas do período foi garantido<br />
pela formidável elevação da exportação de commodities minerais e agrícolas, cuja demanda<br />
foi puxada pelo acelerado crescimento da China.<br />
Nesse cenário, Santa Catarina sofreu as consequências do novo arranjo econômico vigente.<br />
Sendo um dos estados mais industrializados do país e sem contar com alta produção de commodities<br />
exportáveis, as possibilidades de aumento das vendas externas tornaram-se mais limitadas.<br />
Aliado a isso, o baixo crescimento mundial decorrente da crise financeira global de<br />
2008 e 2009 encolheu ainda mais as oportunidades em mercados consumidores de produtos<br />
catarinenses, particularmente na União Europeia e nos Estados Unidos.<br />
Mesmo com as dificuldades que os exportadores têm encontrado nos últimos anos, o novo<br />
arranjo econômico global traz uma série de novas oportunidades de negócios. Se os mercados<br />
tradicionais de Santa Catarina estão com suas economias estagnadas, há outros países em<br />
processo de crescimento. Se alguns dos produtos catarinenses têm menores condições de<br />
competitividade no exterior, outros produtos podem ser explorados para conquistar clientes<br />
estrangeiros. Se há dificuldades em se lidar com a competição de produtos asiáticos, pode-<br />
-se buscar concretizar mais negócios em países dessa região, muitos dos quais estão em ascensão<br />
econômica. A Ásia não possui somente um grande mercado consumidor, mas suas<br />
empresas também ofertam máquinas para modernizar o parque fabril catarinense e insumos<br />
para agregar valor às nossas indústrias, além da possibilidade de complementação de linhas<br />
de produção – o que já está sendo feito por algumas das mais bem-sucedidas empresas de<br />
Santa Catarina da atualidade.<br />
Esta publicação, realizada de modo pioneiro pelo Sistema FIESC, pretende apontar alguns desses<br />
caminhos. Ao fazer uma análise aprofundada do comércio exterior, considerando uma série<br />
histórica de 10 anos e um grande número de países e produtos, busca-se apresentar um mapa<br />
das transformações do comércio internacional catarinense da última década. Com base nessas<br />
informações, o industrial do estado poderá vislumbrar oportunidades em novos mercados<br />
e/ou em novos nichos de negócios.<br />
Além da análise histórica do comércio internacional de Santa Catarina, a FIESC ampliou o escopo<br />
de seu tradicional “Diagnóstico do Setor Exportador Catarinense”, que anualmente apresentava<br />
resultados de pesquisas realizadas com empresas exportadoras do estado sobre a evolução<br />
e o desempenho no comércio exterior. Com novas e mais profundas questões, que remetem<br />
ao período estudado neste documento, o Diagnóstico foi aqui incorporado, permitindo uma<br />
abrangente visão dos desafios e oportunidades existentes para a indústria catarinense no cenário<br />
mundial. Além de servir de orientação às empresas, espera-se que esta publicação contribua<br />
para a formulação de políticas públicas destinadas ao fomento do comércio internacional<br />
brasileiro e, particularmente, de Santa Catarina.<br />
SISTEMA FIESC<br />
7
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
2. Cenário Internacional<br />
Uma década de mudanças<br />
Desde o início do século 21 o mundo viveu uma notável expansão do comércio internacional. Entre 2001 e 2011 o volume<br />
de exportações globais triplicou, saindo da casa dos US$ 6 trilhões para US$ 18 trilhões. Números semelhantes ilustram<br />
a evolução das importações mundiais. O crescimento do comércio foi superior ao crescimento do Produto Interno Bruto<br />
global no período, quando este praticamente dobrou, chegando a US$ 70 trilhões em 2011.<br />
Nesse contexto de “boom” comercial, os países em desenvolvimento, liderados pelos chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia<br />
e China), ganharam peso econômico global ao longo do período, provocando mudanças nos padrões do comércio internacional.<br />
Entre 1995 e 2010, a participação do conjunto dos países emergentes no volume do comércio mundial aumentou<br />
de 28,5% para 41,2%. No caso específico dos BRICs, o Brasil se firmou como um importante fornecedor mundial de<br />
alimentos, a Rússia de fontes de energia, a Índia de bens intensivos em mão de obra e a China de bens de alta tecnologia.<br />
Importando e exportando mais, o grupo de países elevou sua riqueza absoluta e relativa. Em 2010, os BRICs eram responsáveis<br />
por 16% da riqueza gerada no mundo, contra uma participação no PIB global de 8% na década anterior. Nesse ritmo,<br />
entre 2002 e 2011, a China passou de quinto maior exportador mundial de mercadorias para a primeira posição, deixando<br />
para trás os Estados Unidos. No caso das importações, a China galgou da sexta para a segunda posição, passando a deter<br />
quase 10% das importações globais. A Rússia passou da 17ª para a 9ª posição entre os exportadores no período, enquanto<br />
a Índia evoluiu da 31ª posição para a 19ª. Já o Brasil terminou 2011 como o 22° maior exportador mundial.<br />
Foi o bloco dos chamados países em desenvolvimento que garantiu a atenuação da crise econômica global iniciada em<br />
2008. Tais países mostraram-se mais resistentes à crise e dão sinais de que sua importância no comércio mundial tende a<br />
aumentar. Em 2011, lideraram a recuperação da demanda externa, contribuindo com metade do crescimento da importação<br />
mundial, em comparação com 43% em média nos três anos anteriores à crise.<br />
A fraqueza acentuada da demanda de importações dos países desenvolvidos na sequência do colapso em 2008-2009 surge<br />
de um declínio de uma década de sua predominância no comércio internacional. Entre 1995 e 2010, a sua quota de<br />
valor no comércio mundial de mercadorias declinou de 69% para 55%, enquanto que a dos países em desenvolvimento<br />
aumentou de 29% para 41%.<br />
8 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Ganhos e perdas nas participações do comércio internacional de mercadorias (%) 1<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Países<br />
desenvolvidos<br />
Países em<br />
desenvolvimento<br />
Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />
1 Participação do total das exportações e importações nas exportações e importações mundiais<br />
2 Inclui Brasil, China, Índia, México, República da Coreia, Rússia e África do Sul<br />
Economias<br />
em transição<br />
Economias<br />
emergentes 2 China Índia<br />
1995 2000 2007 2010<br />
Durante este período de quinze anos, a participação da China sozinha aumentou quatro vezes – de 2,6% para cerca de 10%.<br />
No mesmo período, a quota de mercado da América Latina e Caribe aumentou de 4,5% para 5,9%. O valor das exportações<br />
de mercadorias da África subiu de US$ 100 bilhões em 1995 para US$ 560 bilhões em 2010, enquanto sua participação no<br />
comércio mundial melhorou modestamente, de 2% para 3,2%.<br />
Os padrões de mudança de comércio estão associados ao rápido crescimento industrial de uma gama de países em desenvolvimento.<br />
Mover-se da agricultura e de outros bens de produção primária para a manufatura tende a aumentar a<br />
intensidade de importação da produção. Tome-se mais uma vez o caso da China, que ao longo da primeira década do<br />
século 21 obteve uma taxa anual de crescimento do PIB próxima a 10%. Para sustentar o crescimento da infraestrutura e<br />
da produção industrial, o país importa grandes quantidades de insumos, como minério de ferro e combustíveis. Tirando<br />
milhões de pessoas da pobreza todos os anos, necessita importar alimentos. Na outra ponta, tornou-se em 2010 a maior<br />
potência manufatureira do planeta, superando os Estados Unidos.<br />
Além disso, o comércio global cada vez mais envolve cadeias de valor em diferentes localizações geográficas, contribuindo<br />
com várias partes para os processos de produção. Tais padrões de mudança no comércio, bem como o aumento da<br />
demanda por produtos primários das economias em rápido crescimento, reforçou o comércio Sul-Sul, conforme verifica-<br />
-se na figura a seguir.<br />
SISTEMA FIESC<br />
9
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Cotas bilaterais de economias desenvolvidas (Norte) e em desenvolvimento (Sul) 1 nas exportações<br />
mundiais, 1995 e 2010 (%)<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Norte-Norte Norte-Sul 2 Sul-Norte 3 Sul-Sul<br />
1995 2010<br />
Fonte: Cálculos do Secretariado da UNCTAD, baseado no UN Comtrade<br />
1 Economias desenvolvidas (Norte) e economias em desenvolvimento (Sul) são baseadas na classificação de país da UNCTAD<br />
2 Exportações do Norte para o Sul<br />
3 Exportações do Sul para o Norte<br />
O Comércio Sul-Sul aumentou a uma taxa de 13,7% por ano entre 1995 e 2010, bem acima da média mundial de 8,7%. No<br />
mesmo período, as exportações de mercadorias do Sul para o Norte aumentaram 9,5% ao ano.<br />
Entretanto, enquanto a demanda de importação recente na maioria dos países em desenvolvimento manteve-se vigorosa,<br />
apenas alguns desses países conseguiram subir na cadeia de valor global e diversificar sua base de exportação para atender<br />
a mercados anteriormente dominados pelas economias desenvolvidas.<br />
Termos voláteis do comércio<br />
O comércio afeta a renda nacional através de três fatores: os preços das exportações, os preços das importações e o volume<br />
de demanda. Os termos internacionais de comércio (definidos como a razão do preço médio de exportação e os índices de<br />
preços de importação) fornecem uma medida sintética das relativas mudanças de preços ao longo do tempo. Estimativas<br />
preliminares para 2011 sugerem que os termos de troca das economias exportadoras de minérios e de petróleo <strong>continu</strong>aram<br />
sua recuperação a partir da queda nos preços de exportação ocorrida em 2009.<br />
10 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Termos de comércio de grupos selecionados de países, por estrutura exportadora, 2000-2013<br />
Indicador: 2000=100<br />
240<br />
220<br />
200<br />
180<br />
160<br />
140<br />
120<br />
100<br />
80<br />
60<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013<br />
Exportadores de petróleo Exportadores de minérios Exportadores de produtos agrícolas Exportadores de produtos manufaturados<br />
Fonte: UNCTAD/Stat e Nações Unidas/DESA, 2012<br />
Exportadores de minérios, incluindo petróleo, têm visto grandes choques de preços dramaticamente desde 2007. Ainda assim,<br />
os preços do mercado mundial desses produtos parecem estar em uma tendência de alta no longo prazo. Em contraste, os<br />
termos do comércio para as economias que predominantemente exportam bens manufaturados se deterioraram na média.<br />
Economias com uma especialização mais diversificada de exportação enfrentaram choques de comércio mais suaves nos<br />
últimos três anos e também têm receitas de exportação e níveis de demanda de importação mais estáveis, permitindo o<br />
crescimento mais estável da produção. Um padrão semelhante é observado em países especializados na exportação de<br />
manufaturados, que, apesar de terem sofrido um declínio em seus termos de comércio, também têm visto um crescimento<br />
constante da demanda em suas exportações.<br />
2.1 A economia mundial e o comércio internacional em 2011<br />
De acordo com a Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento - UNCTAD - a economia mundial ainda<br />
está em processo de recuperação da crise financeira recente. A taxa de crescimento da produção mundial caiu para 2,4%<br />
em 2011, mais baixa que a taxa de 3,8% no ano anterior. A economia global foi afetada pela crise da dívida soberana em<br />
curso na Europa, por interrupções na cadeia de fornecimento em virtude de desastres naturais no Japão e na Tailândia e<br />
por conflitos nos países árabes. O ritmo de expansão ficou bem abaixo da média de 3,2% verificada ao longo dos 20 anos<br />
que antecederam a crise financeira mundial de 2008.<br />
SISTEMA FIESC<br />
11
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Evolução anual do PIB e de comércio de mercadorias por região (%)<br />
PIB Exportações Importações<br />
2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011<br />
Mundial -2,6 3,8 2,4 -12,0 13,8 5,0 -12,9 13,7 4,9<br />
América do Norte -3,6 3,2 1,9 -14,8 14,9 6,2 -16,6 15,7 4,7<br />
Estados Unidos -3,5 3,0 1,7 -14,0 15,4 7,2 -16,4 14,8 3,7<br />
Américas do Sul e Central 1 -0,3 6,1 4,5 -8,1 5,6 5,3 -16,5 22,9 10,4<br />
Europa -4,1 2,2 1,7 -14,1 10,9 5,0 -14,1 9,7 2,4<br />
União Europeia -4,3 2,1 1,5 -14,5 11,5 5,2 -14,1 9,5 2,0<br />
Comunidades dos Estados<br />
Independentes (CEI)<br />
-6,9 4,7 4,6 -4,8 6,0 1,8 -28,0 18,6 16,7<br />
África 2,2 4,6 2,3 -3,7 3,0 -8,3 -5,1 7,3 5,0<br />
Oriente Médio 1,0 4,5 4,9 -4,6 6,5 5,4 -7,7 7,5 5,3<br />
Ásia -0,1 6,4 3,5 -11,4 22,7 6,6 -7,7 18,2 6,4<br />
China 9,2 10,4 9,2 -10,5 28,4 9,3 2,9 22,1 9,7<br />
Japão -6,3 4,0 -0,5 -24,9 27,5 -0,5 -12,2 10,1 1,9<br />
Índia 6,8 10,1 7,8 -6,0 22 16,1 3,6 22,7 6,6<br />
Economias recém-industrializadas 2 -0,6 8,0 4,2 -5,7 20,9 6,0 -11,4 17,9 2,0<br />
Nota: Economias desenvolvidas -4,1 2,9 1,5 -15,1 13,0 4,7 -14,4 10,9 2,8<br />
Nota: Países em desenvolvimento e CEI 2,2 7,2 5,7 -7,4 14,9 5,4 -10,5 18,1 7,9<br />
Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />
1 Inclui o Caribe<br />
2 Hong Kong, China, República da Coreia e Taiwan<br />
Os problemas presentes na economia global são múltiplos e interligados. Os desafios mais prementes a serem enfrentados<br />
são a contínua crise no emprego e perspectivas do crescimento econômico em declínio, especialmente nos países desenvolvidos.<br />
Como o desemprego permanece elevado, em cerca de 9%, e com os rendimentos estagnados, a recuperação é<br />
lenta no curto prazo, devido à falta de demanda agregada.<br />
A economia em rápido desaquecimento tem sido tanto uma causa como um efeito da crise da dívida soberana na zona<br />
do euro e dos problemas fiscais em outros países. A crise da dívida em vários países europeus piorou ainda mais em 2011<br />
e agravou deficiências já existentes no setor bancário. As medidas de austeridade fiscal tomadas em resposta estão enfraquecendo<br />
ainda mais o crescimento e as perspectivas de emprego, tornando o ajuste fiscal e a reparação do balanço do<br />
setor financeiro ainda mais desafiadores.<br />
A economia dos Estados Unidos também está enfrentando um elevado e persistente nível de desemprego, o abalo da<br />
confiança das empresas e do consumidor e a fragilidade do setor financeiro. A União Europeia (UE) e os Estados Unidos<br />
são as duas maiores economias do mundo, que estão profundamente entrelaçadas. Seus problemas podem facilmente se<br />
retroalimentar e levar a outra recessão mundial. Os países em desenvolvimento, que se recuperaram fortemente da recessão<br />
global de 2009, seriam atingidos através dos canais de comércio e financeiro.<br />
Além dos problemas nos Estados Unidos e União Europeia, o Japão enfrentou contração de 0,5% na produção em 2011, em<br />
função do terremoto catastrófico de março de 2011. Tudo somado, o crescimento das economias desenvolvidas em 2011<br />
foi de tímidos 1,5%. O crescimento do PIB nos Estados Unidos foi ligeiramente superior à média: ficou em 1,7%, enquanto<br />
o incremento na União Européia esteve em linha com a média de 1,5%.<br />
Os grandes e persistentes desequilíbrios externos na economia global que se desenvolveram na última década <strong>continu</strong>am<br />
a ser um ponto de preocupação para os formuladores de políticas. Na prática, depois de um estreitamento substancial<br />
12 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
durante a Grande Recessão, os desequilíbrios externos das principais economias foram estabilizados em cerca de metade<br />
do nível de pico pré-crise (em relação ao PIB) no período 2010-2011.<br />
Os Estados Unidos <strong>continu</strong>aram sendo a maior economia deficitária, embora o déficit tenha caído substancialmente desde<br />
o pico registrado em 2006. Os superávits externos na China, Alemanha, Japão e um grupo de países exportadores de<br />
petróleo, que formam a contrapartida do déficit dos Estados Unidos, estreitaram-se, embora em graus variados. Enquanto<br />
o excedente da Alemanha manteve-se em cerca de 5% do PIB em 2011, a conta corrente na zona do euro como um todo<br />
praticamente manteve-se em equilíbrio. Grandes excedentes, em relação ao PIB, foram ainda encontrados em países exportadores<br />
de petróleo, atingindo 20% ou mais do PIB em alguns dos países exportadores de petróleo na Ásia Ocidental.<br />
A maioria das economias desenvolvidas está sofrendo de impasses persistentes resultantes da crise financeira global. Os<br />
bancos e as famílias ainda estão em processo de desalavancagem, o que está segurando o fornecimento de crédito. Os<br />
déficits orçamentários e a dívida pública aumentaram, principalmente, por causa da crise e, em menor grau, em virtude<br />
do estímulo fiscal. As políticas monetárias permanecem ajustadas com o uso de várias medidas não convencionais, mas<br />
perderam a sua eficácia, devido à contínua fragilidade do setor financeiro e altos níveis de desemprego persistentes, que<br />
estão segurando a demanda do consumidor e a de investimentos. Preocupações com altos níveis da dívida pública têm<br />
levado os governos a agir com austeridade fiscal, o que deprime ainda mais a demanda agregada.<br />
Os problemas econômicos em muitas nações desenvolvidas são um fator importante por trás da desaceleração nos países<br />
em desenvolvimento. O PIB do Brasil, por exemplo, cresceu 3,7% em 2011, apenas metade da forte recuperação de 7,5%<br />
em 2010. Países de baixa renda também têm experimentado desaceleração, ainda que leve. Em termos per capita, o crescimento<br />
da renda desacelerou de 3,8% em 2010 para 3,5% em 2011.<br />
Ainda assim, os países em desenvolvimento foram os que exibiram melhores resultados em 2011. As regiões de maior<br />
crescimento foram o Oriente Médio (4,9%), seguido pela Comunidade dos Estados Independentes (4,6%) e pelas Américas<br />
Central e do Sul (4,5%). O crescimento do PIB da África, de 2,3%, poderia ter sido maior se não tivessem ocorrido conflitos<br />
na Líbia, na Tunísia, no Egito e em outros países da região.<br />
Mais uma vez, o crescimento do PIB da China ultrapassou o do resto do mundo, atingindo 9,2%, mas o valor não foi superior<br />
ao que o país alcançou no pico da crise financeira global em 2009. Em contraste a esse desempenho, as economias<br />
recém-industrializadas de Hong Kong, China, República da Coreia, Cingapura e Taiwan cresceram a menos da metade do<br />
índice da China (4,2%). As economias em desenvolvimento e a Comunidades dos Estados Independentes juntas registraram<br />
um aumento de 5,7% em 2011.<br />
Economias com maiores crescimentos em 2011 (%)<br />
Oriente Médio 4,9<br />
CEI 4,6<br />
Américas Central e do Sul 4,5<br />
China 9,2<br />
Economias com menores crescimentos em 2011 (%)<br />
Japão -0,5<br />
EUA 1,7<br />
União Europeia 1,5<br />
Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />
SISTEMA FIESC<br />
13
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Comércio Internacional<br />
A recuperação do comércio mundial foi tão vigorosa em 2010 como tinha sido seu declínio em 2009. Em 2011, no entanto,<br />
perdeu grande impulso. O crescimento do volume de comércio mundial desacelerou de 13,8% em 2010 para 6,6% no ano<br />
passado. Um crescimento mais fraco da economia mundial, especialmente entre as economias desenvolvidas, é o principal<br />
fator por trás da desaceleração. A figura a seguir mostra a relação entre o crescimento do volume de mercadorias transacionadas<br />
e o crescimento do PIB mundial.<br />
Variação do comércio mundial de mercadorias (volume) e do PIB (%)<br />
15<br />
10<br />
Crescimento médio das exportações<br />
1991-2011<br />
5<br />
0<br />
-5<br />
Crescimento médio do PIB<br />
1991 -2011<br />
-10<br />
-15<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />
Exportações<br />
PIB<br />
Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />
A desaceleração do crescimento tanto do comércio quanto do produto mundial tinha sido prevista para 2011, mas diversos<br />
acontecimentos durante o ano – no Japão, na Tailândia e no norte da África, por exemplo – prejudicaram ainda mais a<br />
economia e o comércio mundial. Adicionalmente, a evolução negativa do PIB da União Europeia reduziu a demanda por<br />
mercadorias importadas no quarto trimestre do ano, quando a crise da dívida soberana do euro veio à tona. Como resultado,<br />
o crescimento global das exportações ficou abaixo da previsão inicial da OMC, de 5,8%.<br />
O crescimento do comércio mundial de mercadorias em 2011 esteve abaixo da média de 6% na pré-crise entre 1990-2008,<br />
e foi inferior à média dos últimos 20 anos, incluindo o período de colapso do comércio (5,4%). Como resultado, o volume<br />
do comércio esteve ainda mais longe de sua tendência de pré-crise ao final de 2011 do que foi no ano anterior. Na verdade,<br />
essa diferença deve <strong>continu</strong>ar a aumentar na medida em que taxa de expansão comercial estiver aquém dos níveis<br />
anteriores, como demonstra a figura a seguir.<br />
14 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Volume das exportações mundiais de mercadorias (índice 1990=100)<br />
400<br />
350<br />
300<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />
Volume de exportações Tendência (1990-2008)<br />
Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />
Flutuações significativas da taxa de câmbio ocorreram durante 2011, o que mudou as posições competitivas de alguns<br />
grandes players mundiais e resultou em novas políticas em países como Suíça e Brasil. As flutuações foram conduzidas, em<br />
grande parte, por atitudes de risco relacionadas à crise da dívida soberana do euro. O valor do dólar americano caiu 4,6%<br />
em termos nominais, contra uma cesta ampla de moedas, de acordo com dados do Federal Reserve, e 4,9 % em termos reais,<br />
de acordo com o Fundo Monetário Internacional, tornando os produtos norte-americanos, em geral, menos caros para a<br />
exportação. A depreciação nominal do dólar também teria inflado o valor em dólares de algumas transações internacionais.<br />
O valor total em dólares das exportações mundiais de mercadorias avançou 19%, para US$ 18,2 trilhões em 2011, como<br />
demonstra a tabela abaixo. Esse aumento foi quase tão grande quanto o incremento de 22% em 2010. Ele foi impulsionado<br />
em grande parte pelo aumento dos preços das commodities primárias. As exportações de serviços comerciais também<br />
cresceram, a uma taxa de 11% em 2011, alcançando US$ 4,1 trilhões.<br />
Exportações mundiais em 2011 e evolução anual<br />
2011<br />
US$ bilhões<br />
2009<br />
%<br />
2010<br />
%<br />
2011<br />
%<br />
2005-11<br />
% média<br />
Mercadorias 18.217 -22 22 19 10<br />
Serviços comerciais 4.149 -11 10 11 9<br />
Transporte 855 -23 15 8 7<br />
Viagem 1.063 -9 9 12 7<br />
Outros serviços comerciais 2.228 -7 8 11 10<br />
Fonte: Secretariado da OMC para Mercadorias e Secretariado da OMC e da UNCTAD para Serviços comerciais, 2012<br />
Os preços das commodities aumentaram, mas <strong>continu</strong>am altamente voláteis. Para muitas commodities, a tendência de subida<br />
dos preços, que começou em junho de 2010, estendeu-se em 2011. Após atingir o pico durante a primeira metade<br />
do ano, os preços diminuíram ligeiramente. No entanto, no caso do petróleo, metais, matérias-primas agrícolas e bebidas<br />
tropicais, os níveis de preço médio para o ano de 2011 como um todo ultrapassaram as médias recordes atingidas em 2008.<br />
Exportadores de commodities que se beneficiaram da melhoria das condições de comércio nos dois últimos anos permanecem<br />
expostos a pressões de redução de preços, o que pode ser significativamente amplificado pela especulação financeira<br />
em caso de uma recessão.<br />
SISTEMA FIESC<br />
15
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
O comércio de serviços, por sua vez, está refletindo a evolução do comércio de mercadorias. Em 2010, o comércio de serviços<br />
voltou a um crescimento positivo em todas as regiões e grupos de países, especialmente nos países em desenvolvimento,<br />
particularmente naqueles menos desenvolvidos. Como o comércio de serviços mostrou menor sensibilidade para<br />
a crise financeira em comparação com o comércio de mercadorias, sua recuperação também foi menos pronunciada em<br />
2010 e 2011. Os países em desenvolvimento <strong>continu</strong>am sendo importadores líquidos de serviços, mas seu papel como exportadores<br />
de serviços está crescendo <strong>continu</strong>amente, especialmente nos setores de transporte e turismo.<br />
Durante a crise, o volume de importação dos países em desenvolvimento caiu para cerca de 13% abaixo da tendência, mas<br />
recuperou-se fortemente e quase totalmente com a tendência de rápido crescimento experimentada no início dos anos<br />
2000, como mostra a figura a seguir.<br />
Tendências divergentes no crescimento das importações mundiais, 2002-2013<br />
300<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
2002 2003 2004 2005 2006<br />
Tendências dos países<br />
em desenvolvimento<br />
(2001-2007)<br />
Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />
1 Parcialmente estimado<br />
2 Projeções<br />
Nível de importações dos<br />
países em desenvolvimento<br />
(2001=100)<br />
2007 2008 2009 2010 2011 2012 1 2013 2<br />
Tendências dos países<br />
desenvolvidos<br />
(2001-2007)<br />
Nível de importações<br />
dos países desenvolvidos<br />
(2001=100)<br />
Entre as regiões em desenvolvimento, o Leste e o Sul da Ásia lideraram a recuperação da demanda externa, respondendo<br />
por cerca de três quartos do crescimento das importações das economias em desenvolvimento em 2010, seguidas pela<br />
América Latina e Caribe, responsáveis por 17%; a Ásia Ocidental e a África contribuíram com cerca de 7% e 2%, respectivamente.<br />
A China <strong>continu</strong>a a ser o principal motor do crescimento das importações entre os países em desenvolvimento,<br />
representando 37% do crescimento das importações de todos os países em desenvolvimento em 2010.<br />
A recuperação abaixo da tendência do comércio mundial é quase totalmente explicada pela fraca demanda de importações<br />
nas economias desenvolvidas. A demanda de importação caiu para 21% abaixo da tendência até 2009 e não se recuperou<br />
depois. Espera-se que essa diferença aumente ainda mais, para 30% até 2013.<br />
Os cinco maiores exportadores de mercadorias em 2011 foram a China, os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão e a Holanda.<br />
Os principais importadores foram os Estados Unidos, a China, a Alemanha, o Japão e a França. A tabela a seguir apresenta<br />
as exportações e importações dos principais países no cenário mundial, e sua participação no comércio global.<br />
16 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Principais exportadores e importadores de mercadorias em 2011<br />
Pos. Exportadores<br />
US$ Partic.* Variação<br />
US$ Partic.* Variação<br />
Pos. Importadores<br />
bilhões % anual (%)<br />
bilhões % anual (%)<br />
1 China 1.899 10,4 20 1 Estados Unidos 2.265 12,3 15<br />
2 Estados Unidos 1.481 8,1 16 2 China 1.743 9,5 25<br />
3 Alemanha 1.474 8,1 17 3 Alemanha 1.254 6,8 19<br />
4 Japão 823 4,5 7 4 Japão 854 4,6 23<br />
5 Holanda 660 3,6 15 5 França 715 3,9 17<br />
6 França 597 3,3 14 6 Reino Unido 636 3,5 13<br />
7 República da Coreia 555 3 19 7 Holanda 597 3,2 16<br />
8 Itália 523 2,9 17 8 Itália 557 3 14<br />
9 Federação Russa 522 2,9 30 9 República da Coreia 524 2,9 23<br />
10 Bélgica 476 2,6 17 10 Hong Kong, China 511 2,8 16<br />
Importações retidas 130 0,7 16<br />
11 Reino Unido 473 2,6 17 11 Canadá 1 462 2,5 15<br />
12 Hong Kong, China 456 2,5 14 12 Bélgica 461 2,5 17<br />
Exportações domésticas 17 1,1 14<br />
Re-exportações 439 2,4 14<br />
13 Canadá 452 2,5 17 13 Índia 4.513 2,5 29<br />
14 Cingapura 410 2,2 16 14 Cingapura 366 2 18<br />
Exportações domésticas 224 1,2 23 Importações retidas 2 180 2 18<br />
Re-exportações 186 1 10<br />
15 Reino da Arábia Saudita 365 2 45 15 Espanha 362 2 11<br />
TOTAL ACIMA 3 12.032 66,9 - TOTAL ACIMA 3 16.130 67,1 -<br />
MUNDIAL 18.215 100 19 MUNDIAL 18.380 100 19<br />
1 Importações em valores FOB<br />
2 As importações retidas em Cingapura significam importações menos re-exportações<br />
3 Incluem re-exportações ou importações para re-exportação substanciais<br />
* Participação no total mundial.<br />
Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />
O quadro abaixo mostra os países que tiveram maiores crescimentos e quedas no comércio internacional em 2011:<br />
Exportações com maiores crescimentos (%)<br />
Índia 16,1<br />
China 9,2<br />
EUA 7,2<br />
Exportações em declínio (%)<br />
África -8,3<br />
Japão -0,5<br />
Filipinas -14,3<br />
Importações com maiores crescimentos (%)<br />
China 9,7<br />
Índia 6,6<br />
Importações em declínio (%)<br />
Grécia em torno de -20<br />
Taiwan em torno de -3<br />
Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />
Quanto ao comércio por grandes regiões do globo, o valor das exportações de mercadorias da América do Norte aumentou<br />
16%, enquanto as importações cresceram 15%. Na Europa, as taxas foram parecidas: 17%, tanto para exportações quanto<br />
para importações.<br />
SISTEMA FIESC<br />
17
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
No mesmo patamar ficaram as exportações da Ásia, que detém quase um terço do comércio mundial. Suas vendas externas<br />
cresceram 18% e as importações, 23%. A África cresceu 17% e 18% nas exportações e importações, respectivamente.<br />
Já as outras regiões tiveram taxas de crescimento comercial em patamar superior. As exportações das Américas do Sul e<br />
Central avançaram 27%, impulsionadas por aumentos nos preços de produtos primários, enquanto as importações aumentaram<br />
24%. Na Comunidade dos Estados Independentes – CEI – o motor das exportações foi o aumento nos preços<br />
de energia. As exportações e importações cresceram, respectivamente, 34% e 30%. O aumento dos preços de petróleo<br />
fizeram as exportações do Oriente Médio elevarem-se 37% em 2011.<br />
Vale ressaltar que a participação das economias em desenvolvimento e da Comunidade dos Estados Independentes no<br />
total mundial subiu para 47% no lado das exportações e 42% no lado das importações, os maiores níveis já registrados em<br />
uma série de dados que remonta a 1948.<br />
O mapa a seguir resume as variações e a participação no comércio internacional das grandes regiões do globo.<br />
Exportações e importações de mercadorias por região em 2011<br />
AMÉRICA DO NORTE<br />
Exportações<br />
<br />
<br />
<br />
Importações<br />
<br />
<br />
<br />
EUROPA<br />
Exportações<br />
<br />
<br />
<br />
Importações<br />
<br />
<br />
<br />
COMUNIDADE<br />
DE ESTADOS<br />
INDEPENDENTES<br />
Exportações<br />
<br />
<br />
<br />
Importações<br />
<br />
<br />
<br />
AMÉRICAS DO<br />
SUL E CENTRAL<br />
Exportações<br />
<br />
<br />
<br />
Importações<br />
<br />
<br />
<br />
ÁFRICA<br />
Exportações<br />
<br />
<br />
<br />
Importações<br />
<br />
<br />
<br />
ORIENTE MÉDIO<br />
Exportações<br />
<br />
<br />
<br />
Importações<br />
<br />
<br />
<br />
ÁSIA<br />
Exportações<br />
<br />
<br />
<br />
Importações<br />
<br />
<br />
<br />
Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />
2.2 Perspectivas da economia mundial<br />
O cenário adotado como base pelas Nações Unidas para as pesrpectivas da economia é relativamente positivo, uma vez<br />
que assume como premissa um conjunto de condições otimistas, incluindo o pressuposto de que a crise da dívida soberana<br />
na Europa será circunscrita a uma ou algumas poucas pequenas economias e que os problemas da dívida podem ser<br />
trabalhados de forma mais ou menos ordenada. O Anexo 6.1 deste estudo contém uma explicação a respeito dos pressupostos<br />
assumidos pelas Nações Unidas para as estimativas do cenário-base para 2012 e 2013.<br />
18 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
O cenário-base ainda assume que as políticas monetárias entre os principais países desenvolvidos permanecerão flexíveis,<br />
enquanto a mudança para a austeridade fiscal na maioria deles não deverá envolver cortes mais profundos. O cenário também<br />
indica que os preços das commodities-chave deverão cair ligeiramente, enquanto as taxas de câmbio entre as principais<br />
moedas flutuarão em torno dos níveis atuais, sem tornar esse tema ameaçador.<br />
No cenário-base da ONU, o crescimento do PIB mundial atingirá 2,6% em 2012 e 3,2% em 2013. De qualquer maneira, isso<br />
implica um rebaixamento significativo (em um ponto percentual) a partir da previsão inicial em meados de 2011, mas está<br />
em linha com o cenário pessimista colocado ao final de 2010. A desaceleração já foi visível em 2011, quando a economia<br />
global cresceu estimados 2,4%, ante os 3,8% alcançados em 2010.<br />
Crescimento previsto do PIB mundial (%)<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
4,1 4,0<br />
1,5<br />
4,0<br />
2,8<br />
3,9<br />
2,6<br />
Cenário otimista<br />
Cenário-base<br />
4,0<br />
3,2<br />
2,2<br />
Cenário pessimista<br />
1<br />
0<br />
0,5<br />
-1<br />
-2<br />
-3<br />
2006<br />
Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />
1 Estimativas<br />
2 Previsões das Nações Unidas<br />
-2,4<br />
2007 2008 2009 2010 2011 2012 1 2013 2<br />
Os países em desenvolvimento e as economias em transição deverão <strong>continu</strong>ar impulsionando o crescimento da economia<br />
mundial, com um incremento médio de 5,6% em 2012 e 5,9% em 2013, no cenário-base. Esses números estão bem<br />
abaixo do ritmo de 7,5% alcançado em 2010, quando o crescimento da produção entre as maiores economias emergentes<br />
na Ásia e América Latina, como Brasil, China e Índia, tinha sido particularmente robusto.<br />
Estima-se que o crescimento do PIB da China e da Índia mantenha-se em nível alto, mas em desaceleração. Na China, o<br />
crescimento abrandou de 10,4% em 2010 para 9,3% em 2011, e está projetado para ficar abaixo de 9% em 2012 e em 2013.<br />
A economia da Índia deverá crescer entre 7,7 e 7,9 % em 2012 e, em 2013, abaixo dos 9% observados em 2010.<br />
O Brasil e o México devem sofrer as desacelerações mais visíveis. A Organização das Nações Unidas – ONU – avalia que<br />
o PIB brasileiro crescerá 2,7% em 2012, mas o desempenho da economia pode ser ainda menor que 2%, de acordo com<br />
previsões mais recentes de mercado. A economia mexicana desacelerou de 5,8% em 2010 para 3,8% em 2011, e não deve<br />
passar de 2,5% no cenário de referência para 2012.<br />
Apesar da desaceleração global, os países mais pobres poderão ver o crescimento da renda média um pouco acima dessa<br />
taxa em 2012 e 2013. O mesmo vale para o crescimento médio entre a categoria dos países menos desenvolvidos das Nações<br />
Unidas. No entanto, o crescimento deverá manter-se abaixo de seu potencial na maior parte dessas economias. Em 2011 e<br />
2012, o crescimento da renda per capita deverá atingir entre 2% e 2,5%, bem abaixo da média anual de 5% entre 2004 e 2007.<br />
SISTEMA FIESC<br />
19
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Crescimento previsto do PIB por grupos de países (%)<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
-2<br />
-4<br />
-6<br />
-8<br />
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 1 2013 2<br />
Economias desenvolvidas Economias em transição Economias em desenvolvimento Economias menos desenvolvidas<br />
Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />
1 Estimativas<br />
2 Previsões das Nações Unidas<br />
Cenários base e pessimista de crescimento do PIB em 2012 (%)<br />
México<br />
Brasil<br />
Índia<br />
China<br />
África do Sul<br />
Nigéria<br />
Países em desenvolvimento<br />
Rússia<br />
Economias em transição<br />
União Europeia<br />
Japão<br />
Estados Unidos<br />
Economias desenvolvidas<br />
Mundo<br />
Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />
-4 -2 0 2 4 6 8 10<br />
2012 Cenário pessimista 2012 Cenário-base<br />
20 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Evolução anual da produção mundial (%)<br />
Diferença das<br />
previsões atuais em<br />
relação às previsões<br />
de junho de 2011 4<br />
2005-2008 1 2009 2010 2 2011 3 2012 3 2013 3 2011 2012<br />
Mundo 3,3 -2,4 4,0 2,8 2,6 3,2 -0,5 -1,0<br />
Economias desenvolvidas 1,9 -4,0 1,3 1,3 1,9 -0,7 -1,1<br />
Estados Unidos 1,8 -3,5 3,0 1,7 1,5 2,0 -0,9 -1,3<br />
Japão 1,3 -6,3 4,0 -0,5 2,0 2,0 -1,2 -0,8<br />
União Europeia 2,2 4,3 2,0 1,6 0,7 1,7 -0,1 -1.2<br />
Economias em transição 7,1 -6,6 4,1 4,1 3,9 4,1 -0,3 -0,7<br />
Rússia 7,1 -7,8 4,0 4,0 3,9 4,0 -0,4 -0,7<br />
Economias em desenvolvimento 6,9 2,4 7,5 6,0 5,6 5,9 -0,2 -0,6<br />
África 5,4 0,8 3,9 2,7 5,0 5,1 0,9 0,4<br />
China 11,9 9,2 10,4 9,3 8,7 8,5 0,2 -0,2<br />
Índia 9,0 7,0 9,0 7,6 7,7 7,9 -0,5 -0,5<br />
Brasil 4,6 -0,6 7,5 3,7 2,7 3,8 -1,4 -2,6<br />
México 3,2 -6,3 5,8 3,8 2,5 3,6 0,1 -1,8<br />
Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />
1 Evolução (%) anual<br />
2 Dado real ou estimativa mais recente<br />
3 Previsões, baseadas em parte no Projeto LINK das Nações Unidas/DESA<br />
4 Publicação “Situação econômica mundial e perspectivas de meados de 2011”<br />
Riscos e incertezas<br />
A fragilidade nas políticas formuladas, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, para lidar com a crise do emprego e<br />
evitar a escalada de problemas com a dívida soberana e com a fragilidade do setor financeiro, constitui o risco mais grave<br />
para a economia global nas perspectivas para 2012-2013, com a possibilidade distinta de uma renovada recessão global.<br />
As economias desenvolvidas estão à beira de uma espiral descendente impulsionada por quatro fraquezas que se reforçam<br />
mutuamente: as incertezas causadas pela dívida soberana, frágeis setores bancários, fraca demanda agregada (associada<br />
à elevada taxa de desemprego) e paralisia na política causada por impasses políticos e deficiências institucionais. Essas deficiências<br />
já estão presentes, mas o agravamento de uma delas poderia desencadear um círculo vicioso que levaria a uma<br />
grave crise financeira e a uma recessão econômica. Isso também afetaria seriamente mercados emergentes e outros países<br />
em desenvolvimento.<br />
As economias em desenvolvimento e as economias em transição provavelmente seriam negativamente afetadas. O impacto<br />
iria variar de acordo com as ligações econômicas e financeiras desses países com as principais economias desenvolvidas. Países<br />
asiáticos em desenvolvimento, particularmente os da Ásia Oriental, sofreriam principalmente através de uma queda em<br />
suas exportações para as principais economias desenvolvidas, enquanto aqueles na África, América Latina e Ásia Ocidental,<br />
juntamente com as principais economias em transição, seriam afetados pelo declínio dos preços das commodities primárias.<br />
Comércio internacional<br />
Por consequência de um fôlego pós-crise de 2009, o comércio internacional recuperou-se em 2010. Em 2011, entretanto,<br />
o ritmo caiu para 5%. A Organização Mundial do Comércio – OMC – prevê uma nova desaceleração no volume de comércio<br />
de mercadorias: 3,7% em 2012. Neste ano, as exportações deverão crescer 2% nos países desenvolvidos e 5,6% nas<br />
SISTEMA FIESC<br />
21
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
economias em desenvolvimento (incluindo a Comunidade dos Estados Independentes). No lado da importação, a OMC<br />
está projetando 1,9% de crescimento para os países desenvolvidos e 6,2% para as economias em desenvolvimento e a CEI,<br />
como apresenta a tabela abaixo.<br />
Evolução anual do comércio mundial de mercadorias e do PIB – 2008-2013 (%)<br />
2008 2009 2010 2011 2012* 2013*<br />
Volume do comércio mundial<br />
de mercadorias<br />
2,3 -12,0 13,8 5,0 3,7 5,6<br />
Exportação<br />
- Economias desenvolvidas 0,9 -15,1 13,8 4,7 2,0 4,1<br />
- Economias em desenvolvimento e CEI 4,2 -7,5 14,9 5,4 5,6 7,2<br />
Importação<br />
- Economias desenvolvidas -1,1 -14,4 10,9 2,8 1,9 3,9<br />
- Economias em desenvolvimento e CEI 8,6 -10,5 18,1 7,9 6,2 7,8<br />
PIB real a taxas de câmbio de mercado 1,3 -2,6 3,8 2,4 2,1 2,7<br />
- Economias desenvolvidas 0,0 -4,0 2,8 1,5 1,1 1,8<br />
- Economias em desenvolvimento e CEI 5,6 2,2 7,2 5,7 5,0 5,4<br />
Fonte: Secretariado da OMC, 2012<br />
* Os dados para 2012 e 2013 são projeções<br />
As estimativas do comércio global da OMC assumem um crescimento do PIB mundial de 2,1% em 2012, com as economias<br />
desenvolvidas avançando 1,1% e o resto do mundo crescendo a uma taxa de 5% ao ano. A projeção para 2013 assume<br />
uma aceleração do crescimento global para 2,7%, com as economias desenvolvidas crescendo 1,8% e o resto do mundo<br />
avançando 5,4%.<br />
Os dados relativos a 2013 são estimativas baseadas em suposições sobre a trajetória de longo prazo do PIB e devem ser<br />
interpretados com um grau adequado de cautela. Espera-se que o volume do comércio em 2013 se recupere, alcançando<br />
uma expansão de 5,6% sobre 2012. As exportações de países desenvolvidos e em desenvolvimento devem aumentar em<br />
4,1% e 7,2%, respectivamente. Do lado das importações, as economias desenvolvidas devem registrar um crescimento de<br />
3,9%, enquanto as economias em desenvolvimento devem avançar 7,8%.<br />
Mesmo com as hipóteses otimistas da linha de base, o comércio mundial <strong>continu</strong>aria evoluindo longe da tendência, conforme<br />
demonstra a figura a seguir. Neste cenário, o volume do comércio mundial estaria 30% abaixo do nível que poderia<br />
ter sido alcançado se não houvesse a crise financeira global.<br />
22 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Crescimento abaixo da tendência do comércio mundial de mercadorias, 2002-2013<br />
% US$ trilhões<br />
15<br />
10<br />
5<br />
240<br />
220<br />
200<br />
0<br />
-5<br />
-10<br />
180<br />
160<br />
140<br />
120<br />
-15<br />
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 1 2013 2<br />
Volume de importação<br />
Crescimento da produção<br />
Tendência das importações mundiais Nível das importações mundiais<br />
mundial (escala à esquerda) mundial (escala à esquerda) (escala à direita)<br />
(2001=100) (escala à direita)<br />
Fonte: Nações Unidas/DESA, 2012<br />
1 Parcialmente estimado<br />
2 Projeções<br />
100<br />
Uma razoável recuperação depende de uma conformação de fatos positivos. Um cenário concebível seria presenciar os<br />
riscos da dívida soberana do euro sendo dissipados após a reestruturação ordenada da dívida do governo grego, e uma<br />
economia mais forte dos EUA sustentando a demanda global e aumentando as exportações das economias emergentes<br />
e em desenvolvimento. Isso levaria a um círculo virtuoso de melhoria das condições econômicas, com a consequente expansão<br />
do comércio.<br />
No entanto, o panorama mais provável <strong>continu</strong>a sendo de uma recessão moderada na Europa, um crescimento mais lento<br />
nos países em desenvolvimento e recuperações moderadas nos Estados Unidos e no Japão.<br />
Uma recessão mais profunda na zona do euro aumentaria os pagamentos de transferência social, privando os governos das<br />
tão necessárias receitas e lançando dúvidas sobre a capacidade e a vontade dos países em saldar suas dívidas. Isso elevaria<br />
os custos de empréstimos para países com finanças desafiadoras, o que poderia resultar em recessão.<br />
Os preços ascendentes das commodities também constituem um fator de risco, mas seus efeitos distributivos são mais<br />
ambíguos. Altos preços do petróleo, em particular, restringem a atividade econômica e estão associados a recessões nos<br />
países importadores. No entanto, os preços flutuantes também aumentam as receitas de exportação dos produtores desses<br />
recursos, que são desproporcionalmente economias emergentes e em desenvolvimento.<br />
SISTEMA FIESC<br />
23
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
ESTIMATIVAS PARA 2012<br />
<br />
<br />
<br />
RISCOS PROVÁVEIS<br />
<br />
<br />
CENÁRIO POSITIVO (menos provável)<br />
<br />
<br />
<br />
2.3 O Brasil no comércio internacional<br />
Conforme verifica-se na tabela e no gráfico a seguir, em 2011 o Brasil teve um saldo superavitário de US$ 29,7 bilhões, com<br />
US$ 256 bilhões em exportações (crescimento de 26,8% em relação a 2010) e importações totalizando US$ 226,2 bilhões<br />
(aumento de 24,5% no comparativo com 2010). A corrente de comércio (exportações + importações), por sua vez, totalizou<br />
US$ 482,3 bilhões, valor 25,7% maior ao obtido em 2010.<br />
O gráfico também demonstra que as importações vêm crescendo de forma mais acentuada que as exportações, ano após<br />
ano, com exceção de 2009, em função da crise econômica e financeira internacional ocorrida naquele período. Ainda assim,<br />
durante todos os anos analisados, a balança comercial brasileira tem se mantido superavitária, com um saldo recorde<br />
em 2006, quando o superávit foi da ordem de US$ 46,5 bilhões.<br />
24 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Balança comercial brasileira – US$ milhões - 2001 a 2011<br />
Ano Exportação Importação Saldo<br />
2001 58.286,6 55.601,8 2.684,8<br />
2002 60.438,7 47.242,7 13.196,0<br />
2003 73.203,2 48.325,6 24.877,7<br />
2004 96.677,5 62.835,6 33.841,9<br />
2005 118.529,2 73.600,4 44.928,8<br />
2006 137.807,5 91.350,8 46.456,6<br />
2007 160.649,1 120.617,4 40.031,6<br />
2008 197.942,4 172.984,8 24.957,7<br />
2009 152.994,7 127.722,3 25.272,4<br />
2010 201.915,3 181.768,4 20.146,9<br />
2011 256.039,6 226.243,4 29.796,2<br />
300<br />
250<br />
200<br />
150<br />
100<br />
50<br />
0<br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />
Exportação Importação Saldo<br />
Para o comércio exterior brasileiro, a FUNCEX projeta para 2012 um superávit de US$ 15 bilhões na balança comercial, com<br />
exportações da ordem de US$ 264 bilhões (incremento de 3,11% em relação a 2011) e importações totalizando US$ 249<br />
bilhões (aumento de 10,06% sobre 2011). De acordo com a mesma Fundação, tanto as exportações quanto as importações<br />
deverão apresentar estabilidade nos preços em 2012; assim, o crescimento deverá ser resultante da evolução positiva do<br />
quantum exportado e importado.<br />
Importações<br />
Desde os anos 90, o Brasil iniciou um considerável processo de abertura comercial. No final dos anos 80, a alíquota média<br />
nominal do imposto de importação no Brasil era próxima a 60%, tendo sido reduzida a menos de 14% em 2008, segundo<br />
a Organização Mundial do Comércio – OMC. A partir de meados dos anos 90, com a estabilização da economia e a crescente<br />
incorporação das camadas mais pobres da população ao mundo do consumo, um mercado de quase 200 milhões<br />
de habitantes configurou-se no país. A elevada apreciação cambial observada nos últimos anos completou um quadro extremamente<br />
atraente para a entrada de artigos importados no país. Assim, num período de duas décadas, o Brasil dobrou<br />
sua participação nas compras mundiais, passando de 0,63% do total em 1990 para 1,29% em 2011.<br />
SISTEMA FIESC<br />
25
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Entre 2001 e 2011, as importações brasileiras foram de US$ 55,6 bilhões para US$ 226,2 bilhões, ou seja, quadruplicaram. É<br />
interessante notar as variações quanto às categorias de uso das importações. Em 2001, a parcela de compras de bens de<br />
consumo era de 12,8% do total importado, mas em 2011 essa categoria atingiria 17,7% do total das importações. A participação<br />
de bens importados no mercado brasileiro de consumo atingiu o recorde 22% entre abril de 2011 e março de 2012.<br />
A proporção de combustíveis na pauta de importações também cresceu, ao passo que os bens de capital, assim como<br />
as matérias-primas, perderam participação. Ou seja, proporcionalmente, o Brasil comprou mais produtos prontos para o<br />
consumo e menos equipamentos e insumos para a produção local. Em números absolutos, entretanto, todos os bens importados<br />
cresceram significativamente.<br />
Especificamente em 2011, nas importações foram observadas evoluções positivas em todas as categorias de uso, mas os<br />
combustíveis e os bens de consumo duráveis se destacaram, com altas de 43,7% e 34,4% em relação a 2010, respectivamente.<br />
As demais categorias também tiveram crescimento significativo, embora bem mais fraco no caso dos bens de capital<br />
(18,1%) e dos bens intermediários (20%).<br />
Importações brasileiras por categorias de uso (participação no total %)<br />
Ano Bens de capital Bens de consumo<br />
Combustíveis e<br />
Matérias-primas e<br />
lubrificantes<br />
produtos intermediários<br />
2001 26,6 12,8 11,3 49,3<br />
2002 24,7 12,5 13,2 49,6<br />
2003 21,4 11,5 13,6 53,5<br />
2004 19,4 10,9 16,4 53,3<br />
2005 20,9 11,6 16,2 51,3<br />
2006 20,7 13,1 16,6 49,6<br />
2007 20,8 13,3 16,6 49,3<br />
2008 20,8 13,0 18,2 48,0<br />
2009 23,2 16,9 13,1 46,8<br />
2010 22,6 17,2 14,0 46,2<br />
2011 21,2 17,7 16,0 45,1<br />
Fonte: SECEX/MDIC<br />
A tendência se manteve em 2011. A análise do crescimento no quantum importado permite esse vislumbre, pois ele foi liderado<br />
pela categoria de bens de consumo duráveis (27,1%) e não duráveis (15,3%). Os bens intermediários, que têm o maior<br />
peso na pauta, cresceram 6,5%. O gráfico a seguir apresenta a evolução do quantum das importações brasileiras em 2011<br />
segundo categorias de uso. Perceba-se que a base do gráfico é o mês de setembro de 2008. Assim, no caso dos bens de<br />
consumo duráveis, é possível deduzir que a quantidade de bens importados pelo país praticamente dobrou em três anos.<br />
26 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Quantum das importações brasileiras por categorias de uso – Média móvel de 12 meses (set/2008=100)<br />
200<br />
190<br />
180<br />
170<br />
160<br />
150<br />
140<br />
130<br />
120<br />
110<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
Nov/10 Dez/10 Jan/11 Fev/11 Mar/11 Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11<br />
Combustíveis Intermediários Bens de capital Duráveis Não duráveis<br />
Fonte: FUNCEX, janeiro 2012<br />
Exportações<br />
Entre 2001 e 2011, o Brasil elevou suas exportações do patamar dos US$ 60 bilhões para US$ 256 bilhões. Com isso, ampliou<br />
sua participação nas exportações mundiais, que ficavam em torno de 1% do total, para 1,44% em 2011. No período,<br />
houve um aumento na participação de produtos básicos diante do total exportado, em detrimento dos industrializados,<br />
situação conhecida como “comoditização” da pauta de exportações brasileira. Em 2001, os básicos representavam cerca de<br />
26% do total das vendas externas, enquanto os industrializados representavam 56,5%. Em 2011, a proporção era de quase<br />
48% para os básicos e 36% para os industrializados, conforme demonstra a tabela a seguir.<br />
Exportações brasileiras por fator agregado (participação no total %)<br />
Ano Básicos Semimanufaturados Manufaturados Operações especiais<br />
2001 26,4 14,1 56,5 3,0<br />
2006 29,2 14,2 54,4 2,2<br />
2011 47,7 14,1 36,1 2,1<br />
Fonte: SECEX/MDIC<br />
Esta tendência parece também aprofundar-se recentemente. Os produtos básicos apresentaram em 2011 um aumento de<br />
36,1% em relação ao valor exportado em 2010. Os produtos manufaturados e semimanufaturados cresceram 16% e 27,7%<br />
no comparativo 2011/2010, respectivamente. A tabela a seguir apresenta o desempenho das exportações brasileiras por<br />
setores da economia, de acordo com o código CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas.<br />
SISTEMA FIESC<br />
27
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Exportações brasileiras por setor em 2011<br />
Setores<br />
US$ milhões FOB<br />
Variação<br />
Partic. s/ total<br />
2011/2010 (%) exportações (%)<br />
Agricultura e pecuária 32.236 40 12,6<br />
Silvicultura e exploração florestal 160 24,3 0,1<br />
Pesca e aquicultura 21 -30,1 0<br />
Extração de carvão mineral 10 * 0<br />
Extração de petróleo 21.632 32,8 8,4<br />
Extração de minerais metálicos 44.218 43,4 17,3<br />
Extração de minerais não metálicos 816 9,7 0,3<br />
Produtos alimentícios e bebidas 45.516 19,4 17,8<br />
Produtos do fumo 57 1,9 0<br />
Produtos têxteis 2.720 40,5 1,1<br />
Confecção de artigos do vestuário e acessórios 218 4,8 0,1<br />
Preparação de couros, seus artefatos e calçados 3.602 3,9 1,4<br />
Produtos de madeira 1.905 -1,2 0,7<br />
Celulose, papel e produtos de papel 7.170 6,3 2,8<br />
Edição, impressão e reprodução de gravações 88 4,5 0<br />
Coque, refino de petróleo e combustíveis 6.179 41,6 2,4<br />
Produtos químicos 13.337 21 5,2<br />
Artigos de borracha e plástico 3.394 18,4 1,3<br />
Produtos de minerais não metálicos 1.697 0,9 0,7<br />
Metalurgia básica 21.721 32,9 8,5<br />
Produtos de metal 2.056 17,1 0,8<br />
Máquinas e equipamentos 10.803 25,8 4,2<br />
Máquinas para escritório e de informática 406 17,5 0,2<br />
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 3.503 9,4 1,4<br />
Material eletrônico e de comunicações 1.458 -16,9 0,6<br />
Equipamentos médico-hospitalares, de automação industrial e de precisão 1.012 18,2 0,4<br />
Veículos automotores, reboques e carrocerias 15.781 13,9 6,2<br />
Outros equipamentos de transporte 7.249 17,5 2,8<br />
Móveis e indústrias diversas 1.427 6,3 0,6<br />
TOTAL 256.040 26,8 97,8<br />
Fonte: FUNCEX, janeiro 2012, a partir de dados da SECEX/MDIC<br />
De acordo com a tabela anterior, verifica-se que a concentração na pauta de exportações em poucos setores <strong>continu</strong>a elevada,<br />
com apenas três setores representando 47,7% do total exportado em 2011: produtos alimentícios e bebidas, extração<br />
de minerais metálicos e agricultura e pecuária. Ressalte-se a predominância de commodities agropecuárias e minerais<br />
neste conjunto. Os setores com melhores desempenhos na exportação no Brasil em 2011, e respectivas taxas de variação,<br />
foram, em ordem de importância:<br />
Melhores desempenhos nas exportações brasileiras em 2011<br />
Setores Variação (%)<br />
Extração de minerais metálicos 43,4<br />
Coque, refino de petróleo e combustíveis 41,6<br />
Produtos têxteis 40,5<br />
Agricultura e pecuária 40<br />
Metalurgia básica 32,9<br />
28 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Dos 29 setores analisados, somente três apresentaram crescimento negativo nas exportações em 2011: pesca e aquicultura<br />
(-30,1%), material eletrônico e de comunicações (-16,9%) e produtos de madeira (-1,2%).<br />
De acordo com a FUNCEX, o crescimento nas exportações brasileiras em 2011 foi resultado, em sua maior parte, do aumento<br />
de preços (23,2%), ainda que o quantum (volume) exportado também tenha sido positivo (2,9%). Vale ressaltar que o aumento<br />
de preços é bastante desigual para as várias categorias de produtos. A tabela a seguir apresenta a variação de preços das<br />
mercadorias exportadas desde 2006 (2006=100). As altas de preços mais significativas foram justamente das commodities<br />
minerais e agropecuárias, nos três itens que encabeçam a pauta brasileira. Isso decorre da demanda crescente por commodities<br />
dos países em desenvolvimento, especialmente a China, e do esfriamento da demanda nos países desenvolvidos.<br />
Índice de preço das exportações brasileiras – base média 2006=100<br />
Setores 2011<br />
Variação<br />
no ano (%)<br />
Agricultura e pecuária 31,9<br />
Extração de petróleo 39,7<br />
Extração de minerais metálicos 34,6<br />
Extração de minerais não metálicos 10,0<br />
Produtos alimentícios e bebidas 23,7<br />
Produtos têxteis 26,1<br />
Confecção de artigos do vestuário e acessórios 15,2<br />
Preparação de couros, seus artefatos e calçados 14,4<br />
Produtos de madeira 7,3<br />
Celulose, papel e produtos de papel 6,0<br />
Coque, refino de petróleo e combustíveis 32,5<br />
Produtos químicos 17,2<br />
Artigos de borracha e plástico 15,5<br />
Produtos de minerais não metálicos 5,8<br />
Metalurgia básica 19,6<br />
Produtos de metal 12,4<br />
Máquinas e equipamentos 13,4<br />
Máquinas para escritório e de informática 4,9<br />
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 12,3<br />
Material eletrônico e de comunicações 4,2<br />
Equipamentos médico-hospitalares, de automação industrial e de precisão 6,6<br />
Veículos automotores, reboques e carrocerias 6,6<br />
Outros equipamentos de transporte 3,9<br />
Móveis e indústrias diversas 15,3<br />
TOTAL 211,9 23,2<br />
Fonte: FUNCEX, janeiro 2012, a partir de dados da SECEX/MDIC<br />
A tabela a seguir mostra a variação no quantum das exportações. Ao se observar os produtos líderes e cotejar o quantum<br />
com a variação dos preços demonstrada na tabela anterior, percebe-se que, desde 2006, o preço subiu em razão muito superior<br />
à quantidade exportada. Conclui-se daí que o crescimento das exportações brasileiras dos últimos anos deu-se em<br />
grande parte devido à alta de preços de commodities agrícolas e minerais.<br />
SISTEMA FIESC<br />
29
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Índice de quantum das exportações brasileiras – base média 2006=100<br />
Setores 2011<br />
Variação<br />
no ano (%)<br />
Agricultura e pecuária 6,1<br />
Extração de petróleo -4,9<br />
Extração de minerais metálicos 6,5<br />
Extração de minerais não metálicos -0,3<br />
Produtos alimentícios e bebidas -3,4<br />
Produtos têxteis 11,4<br />
Confecção de artigos do vestuário e acessórios -9<br />
Preparação de couros, seus artefatos e calçados -9,2<br />
Produtos de madeira -7,9<br />
Celulose, papel e produtos de papel 0,2<br />
Coque, refino de petróleo e combustíveis 6,9<br />
Produtos químicos 3,3<br />
Artigos de borracha e plástico 2,5<br />
Produtos de minerais não metálicos -4,6<br />
Metalurgia básica 11<br />
Produtos de metal 4,1<br />
Máquinas e equipamentos 11<br />
Máquinas para escritório e de informática 12<br />
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos -2,6<br />
Material eletrônico e de comunicações -20,3<br />
Equipamentos médico-hospitalares, de automação industrial e de precisão 10,9<br />
Veículos automotores, reboques e carrocerias 6,8<br />
Outros equipamentos de transporte 13,1<br />
Móveis e indústrias diversas -7,8<br />
TOTAL 130,7 2,9<br />
Fonte: FUNCEX, janeiro 2012, a partir de dados da SECEX/MDIC<br />
Em 2011, enquanto todos os setores analisados apresentaram crescimento positivo no índice de preço das exportações,<br />
no quantum das exportações 10 dos 29 setores tiveram reduções:<br />
Maiores reduções nas exportações em 2011<br />
Setores<br />
Variação do quantum<br />
(%)<br />
Material eletrônico e de comunicações -20,3<br />
Preparação de couros, seus artefatos e calçados -9,2<br />
Confecção de artigos do vestuário e acessórios -9<br />
Produtos de madeira -7,9<br />
Móveis e indústrias diversas -7,8<br />
Extração de petróleo -4,9<br />
Produtos de minerais não metálicos -4,6<br />
Produtos alimentícios e bebidas -3,4<br />
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos -2,6<br />
Extração de minerais não metálicos -0,3<br />
Fonte: FUNCEX, janeiro 2012, a partir de dados da SECEX/MDIC<br />
30 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Cenário Internacional<br />
Fazendo-se a análise das exportações por classes de produtos, chega-se a conclusões semelhantes às obtidas pela observação<br />
dos principais setores. Considerando-se 2011, a respeito dos preços de exportação, verifica-se o melhor desempenho<br />
nos bens básicos (+31,3%), seguidos pelos produtos semimanufaturados (+20,9%) e produtos manufaturados (+14,1%).<br />
No quantum exportado, houve alta em todas as classes de produtos, com destaque para os semimanufaturados (+5,6%).<br />
O gráfico a seguir demonstra que o quantum das exportações brasileiras apresentou trajetória ascendente em 2011,<br />
ainda que com poucas variações durante o ano. O crescimento mais forte foi no segmento de produtos semimanufaturados<br />
(5,6%) e o mais fraco no segmento de manufaturados (aumento de apenas 1,7%). O gráfico permite ainda observar<br />
a variação entre o final de 2008 (set/2008=100) e o final de 2011. Nesse período de três anos, o volume de produtos<br />
básicos exportados cresceu e o de artigos industrializados caiu. Isso dá uma boa dimensão das dificuldades enfrentadas<br />
pela indústria de transformação.<br />
Índice de quantum das exportações brasileiras, segundo classes de produtos – média móvel de<br />
12 meses (set/2008=100)<br />
120<br />
115<br />
110<br />
105<br />
100<br />
95<br />
90<br />
85<br />
80<br />
75<br />
70<br />
Nov/10 Dez/10 Jan/11 Fev/11 Mar/11 Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11<br />
Total Básicos Manufaturados Semimanufaturados<br />
Fonte: FUNCEX, janeiro 2012<br />
SISTEMA FIESC<br />
31
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
3. Santa Catarina<br />
Um novo perfil comercial<br />
A história econômica recente de Santa Catarina está vinculada a uma forte participação de sua indústria no comércio internacional<br />
por meio de exportações. Desde os seus primórdios, a indústria catarinense teve que buscar clientes longe de<br />
suas bases, por estar localizada em mercados relativamente pequenos. Com o passar dos anos e o amadurecimento da<br />
indústria, essa vocação se materializou novamente nos anos 1980, o período que ficou conhecido como década perdida<br />
brasileira. Na década anterior, durante os anos do “Milagre Brasileiro”, de alto crescimento econômico, a indústria catarinense<br />
ganhou diversificação e robustez. Com a crise que se seguiu nos anos 80, encontrou o caminho do mercado externo<br />
com grande sucesso.<br />
As exportações foram ampliadas e diversificadas, e Santa Catarina conquistou espaço relevante nos mercados de alimentos,<br />
máquinas e equipamentos elétricos, móveis, papel e celulose, cerâmicas de revestimento e os tradicionais artigos têxteis<br />
e de vestuário, que já compunham a pauta. Nos anos 70, o estado respondia por 2% das exportações nacionais. No início<br />
da década de 90, essa participação havia subido para 6%. Novos produtos foram agregados à pauta de exportações, como<br />
eletrodomésticos, equipamentos odontológicos e autopeças. Em vários itens, como roupas de toucador, móveis de madeira,<br />
motores elétricos e revestimentos cerâmicos, o estado posicionou-se como maior exportador do Brasil.<br />
No caso dos frangos, principal item da pauta catarinense de exportações, o estado é responsável por cerca de 14% de todas<br />
as vendas externas desse produto no mundo. Nesse segmento, a indústria consolidou mais de dois mil cortes diferentes<br />
de carne, o que exigiu o desenvolvimento de complexos maquinários e sofisticados sistemas de informação e logística,<br />
tornando-se a principal referência mundial no setor. Casos semelhantes ocorreram em vários segmentos e o estado construiu,<br />
ao longo dos anos, uma sólida reputação no comércio internacional. No decorrer dos anos 90 e início do século 21,<br />
Santa Catarina firmou-se como o quinto maior exportador nacional no ranking dos estados.<br />
Nos últimos anos, entretanto, alterações significativas na balança comercial catarinense vêm ocorrendo. Santa Catarina<br />
conseguiu manter um saldo superavitário, e sempre crescente, de 2001 a 2005. De 2006 a 2008 o saldo <strong>continu</strong>ou a ser positivo,<br />
mas em declínio. A partir de 2009, a balança comercial catarinense passou a ser deficitária, com um saldo negativo<br />
crescente, começando com US$ 860 mil em 2009 e finalizando 2011 com um déficit na ordem de US$ 5,8 bilhões, como<br />
demonstram a tabela e o gráfico a seguir.<br />
32 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Balança Comercial de SC – 2001 a 2011 (US$ milhões)<br />
Ano Exportação Importação Saldo<br />
2001 3.031,2 860,4 2.170,8<br />
2002 3.160,5 931,4 2.229,1<br />
2003 3.701,9 993,8 2.708,0<br />
2004 4.862,6 1.509,0 3.353,7<br />
2005 5.594,2 2.188,5 3.405,7<br />
2006 5.982,1 3.468,8 2.513,3<br />
2007 7.381,8 5.000,2 2.381,6<br />
2008 8.331,1 7.940,7 390,4<br />
2009 6.427,7 7.288,2 -860,5<br />
2010 7.582,0 11.978,1 -4.396,1<br />
2011 9.051,0 14.854,4 -5.803,4<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
-5<br />
-10<br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />
Exportação Importação Saldo<br />
Uma das razões para o aumento de mais de 1.600% nas importações em Santa Catarina entre 2001 e 2011 é o substancial<br />
incremento no número de empresas importadoras. Em 2001, havia 1.567 importadoras atuando no estado, número que<br />
subiu para 2.411 em 2011. Entre 2001 e 2011 o número de empresas importadoras cresceu mais de 53% no estado, ao passo<br />
que o número de exportadoras manteve-se praticamente constante, oscilando entre 1.400 e 1.600 empresas.<br />
SISTEMA FIESC<br />
33
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Número de empresas exportadoras e importadoras em SC<br />
Exportadoras<br />
Importadoras<br />
2001 1.447 1.567<br />
2002 1.448 1.406<br />
2003 1.492 1.286<br />
2004 1.613 1.343<br />
2005 1.513 1.443<br />
2006 1.463 1.625<br />
2007 1.582 1.837<br />
2008 1.531 1.942<br />
2009 1.459 1.993<br />
2010 1.402 2.242<br />
2011 1.436 2.411<br />
3.000<br />
2.500<br />
2.000<br />
1.500<br />
1.000<br />
500<br />
0<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />
Exportadoras<br />
Importadoras<br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
Diante desse cenário, verifica-se que a contribuição do número de exportadoras catarinenses em relação ao total de empresas<br />
exportadoras brasileiras diminuiu de 7,86%, em 2001, para 6,54%, em 2011, enquanto a participação do número de<br />
importadoras cresceu de 4,44% em 2001 para 5,13% em 2011.<br />
Em termos de valores exportados, a participação de Santa Catarina no total das exportações brasileiras caiu de 5,2% em<br />
2001 para 3,54% em 2011. Com isso o estado passou de quinto maior exportador do país para a décima posição. Já nas<br />
importações o estado passou de uma contribuição de 1,55% em 2001 para 6,57% em 2011, no total importado pelo Brasil.<br />
A conjuntura já exposta anteriormente – o crescimento da demanda interna e a apreciação cambial – abriu oportunidades<br />
para a importação de mercadorias no Brasil. Santa Catarina, entretanto, teve outros fatores que contribuíram para o<br />
crescimento de suas importações. Um deles é a infraestrutura portuária existente no estado. Outro fator foi o programa de<br />
incentivos fiscais criado em 2007 pelo governo estadual – chamado Pró-Emprego, que concedeu redução da alíquota de<br />
ICMS para produtos importados por território catarinense.<br />
Essas informações resumem as profundas mudanças vividas por Santa Catarina em sua atuação no comércio internacional.<br />
Os detalhes dessas transformações serão analisados de forma mais aprofundada a seguir.<br />
34 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
3.1 Análise das importações catarinenses<br />
Blocos econômicos<br />
O gráfico a seguir apresenta a evolução das importações em Santa Catarina por representatividade dos blocos econômicos,<br />
em 2001, 2006 e 2011. Em termos de crescimento na representatividade o destaque é a Ásia, que passou de uma participação<br />
de 12,7% em 2001 para 43,06% em 2011. Também destacam-se os países pertencentes à ALADI, que cresceram sua<br />
participação nas importações catarinenses de 5,4% em 2001 para 19,1% em 2011. Por outro lado, União Europeia, Mercosul<br />
e EUA tiveram suas participações drasticamente reduzidas, como se observa:<br />
Importações de SC – principais blocos econômicos de origem (participação %)<br />
50<br />
45<br />
40<br />
35<br />
34,48<br />
43,06<br />
30<br />
25<br />
27,86<br />
24,7 24,01<br />
20<br />
15<br />
10<br />
17,56<br />
13,32 12,71<br />
10,86<br />
13,52<br />
8,18<br />
6,66<br />
5,44<br />
19,11<br />
16,48<br />
9,15<br />
5,91 6,99<br />
5<br />
0<br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
União Europeia Ásia Mercosul EUA ALADI Demais blocos<br />
2001 2006 2011<br />
Essa evolução está em sintonia com as tendências seguidas pelo comércio internacional na última década, conforme visto<br />
anteriormente. Considerando-se que as importações realizadas por Santa Catarina não se destinam totalmente ao estado,<br />
mas entram no Brasil pelos seus portos, era de se esperar um grande aumento no volume de bens de consumo oriundos<br />
de países asiáticos nos últimos anos.<br />
Setores de contas nacionais<br />
Como demonstram a tabela e o gráfico a seguir, que apresentam as importações de Santa Catarina por setores de contas<br />
nacionais em 2001, 2006 e 2011, a maior representatividade no total das importações é de insumos industriais (44% em<br />
2001, 57% em 2011), seguido de bens de capital (35% em 2001 e 18% em 2011). Enquanto este último setor, assim como<br />
o de alimentos e bebidas destinados à indústria, tem decrescido sua participação no total das importações catarinenses,<br />
verifica-se um aumento substancial nas categorias de bens de consumo.<br />
SISTEMA FIESC<br />
35
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Importações de SC por setores de contas nacionais (participação %)<br />
2001 2006 2011<br />
Insumos industriais 43,64 59,44 57,27<br />
Bens de capital 35,09 19,34 17,93<br />
Alimentos e bebidas destinados à indústria 9,86 5,26 1,3<br />
Bens de consumo não duráveis 7,66 10,75 15,14<br />
Bens de consumo duráveis 1,62 2,89 3,53<br />
Peças e acessórios de equipamentos de transportes 0,93 1,96 3,53<br />
Equipamentos de transporte de uso industrial 0,77 0,02 1,02<br />
Combustíveis e lubrificantes 0,43 0,34 0,28<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
35,09<br />
59,44<br />
57,27<br />
43,64<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
19,35<br />
17,93<br />
Bens de capital<br />
9,86<br />
5,26<br />
1,3<br />
Alimentos e bebidas<br />
destinados à indústria<br />
Insumos industriais<br />
3,53<br />
1,96<br />
0,93<br />
Peças e acessórios de<br />
equipamentos de<br />
transportes<br />
2001 2006 2011<br />
3,53<br />
2,89<br />
1,62<br />
Bens de consumo<br />
duráveis<br />
10,75 15,14<br />
7,66<br />
Bens de consumo<br />
não duráveis<br />
Fator agregado<br />
As importações catarinenses são fortemente dependentes de produtos manufaturados, que em 2001 representaram 75,6%<br />
e em 2011 77,9% do total importado pelo estado. Em consonância com os gráficos apresentados anteriormente, em 2011<br />
esses produtos manufaturados foram basicamente compostos, em ordem de importância, por insumos industriais, bens<br />
de capital e bens de consumo não duráveis.<br />
36 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Importações de SC por fator agregado – 2001 a 2011 (US$ milhões)<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006<br />
Básicos <br />
Semimanufaturados <br />
Manufaturados <br />
Importação total <br />
2007 2008 2009 2010 2011<br />
Variação<br />
2001-2011 (%)<br />
Básicos <br />
Semimanufaturados <br />
Manufaturados <br />
Importação total 11.978,1 <br />
16<br />
14<br />
12<br />
10<br />
8<br />
6<br />
4<br />
2<br />
0<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />
Básicos Semi manufaturados Manufaturados Importação total<br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
Produtos importados<br />
A tabela do Anexo 6.2 apresenta os 50 principais produtos (SH 4) importados por Santa Catarina em 2011, que corresponderam<br />
a aproximadamente 55% do total das importações catarinenses nesse período. A grande maioria desses produtos<br />
são insumos manufaturados utilizados pelas indústrias, mas também fazem parte da relação bens de consumo duráveis e<br />
não duráveis e alguns bens de capital.<br />
Desses produtos, 14 tiveram importações superiores a US$ 150 milhões em 2011, conforme mostra a tabela a seguir. Somente<br />
três dos produtos listados na tabela são bens de consumo – pneus novos de borracha, aparelhos elétricos para telefonia<br />
e instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária. Todos os demais são matérias-primas<br />
e insumos utilizados para processamento pelo setor industrial.<br />
SISTEMA FIESC<br />
37
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Principais produtos importados por SC em 2011<br />
Pos. Produtos US$ mil<br />
1 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas <br />
2 Polímeros de etileno, em formas primárias <br />
3 Pneumáticos novos, de borracha <br />
4 Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, laminados a quente <br />
5 Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar) <br />
6 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias <br />
7 Alumínio em formas brutas <br />
8 Polímeros de cloreto de vinilo ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias <br />
9 Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar) <br />
10 Fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar) <br />
11 Borracha natural, balata, guta-percha, guaiule, chicle e gomas naturais análogas <br />
12 Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os aparelhos telefônicos <br />
13 Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, folheados ou chapeados, ou revestidos <br />
14 Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária <br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
Entre 2001 e 2011, as importações catarinenses aumentaram aproximadamente 1.626%. Dos 50 produtos do Anexo 6.2,<br />
33 tiveram um incremento maior que o incremento geral (superior a 1.626%). Os maiores crescimentos foram observados<br />
em produtos das categorias de bens de consumo não duráveis e duráveis e insumos industriais, como apresenta a tabela<br />
do Anexo 6.3.<br />
A tabela a seguir identifica os 14 produtos com importações superiores a US$ 150 milhões em 2011 e respectivos incrementos<br />
no período 2001-2011. Verifica-se que três desses produtos – cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas,<br />
alumínio em formas brutas e fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar) – não faziam parte da pauta<br />
de produtos importados por Santa Catarina em 2001 e que no ano passado tiveram grande participação no total das importações<br />
do estado.<br />
Evolução das importações entre 2001 e 2011 dos principais produtos importados por SC em 2011(US$ mil)<br />
Incremento superior a 15.000%<br />
Incremento entre 3.000% e 15.000%<br />
Incremento próximo ao geral (1.630%)<br />
Novos produtos (dentre os 50 mais importados em 2011)<br />
Incremento inferior ao geral<br />
Pos. Descrição dos produtos 2011 2001 Incremento<br />
1 Borracha natural, balata e gomas naturais análogas, em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras <br />
2 Pneumáticos novos, de borracha <br />
3 Prod. laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, folheados ou chapeados <br />
4 Polímeros de etileno, em formas primárias <br />
5 Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho <br />
6 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias <br />
7 Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, laminados a quente <br />
8 Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária <br />
9 Polímeros de cloreto de vinilo ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias <br />
10 Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os aparelhos telefônicos por fio <br />
11 Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho <br />
12 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas <br />
13 Alumínio em formas brutas <br />
14 Fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho <br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
38 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
3.2 Análise das exportações catarinenses<br />
Blocos econômicos e países<br />
O gráfico a seguir apresenta a evolução das exportações em Santa Catarina por representatividade dos blocos econômicos,<br />
em 2001, 2006 e 2011. Em termos de crescimento na representatividade, o destaque é a Ásia que passou de uma<br />
participação de 8,56% em 2001 para 20,74% em 2011. Por outro lado, os EUA tiveram sua participação bastante reduzida<br />
nas exportações do estado, de 24,52% em 2001 para 11,16% em 2011. As exportações para a União Europeia e o Mercosul<br />
tiveram uma ligeira queda. As exportações para os países da ALADI e demais blocos econômicos permaneceram praticamente<br />
estáveis no período em questão.<br />
Exportações de SC – principais blocos econômicos de destino (participação %)<br />
30<br />
26,85<br />
25,36<br />
25,2<br />
25<br />
24,52<br />
23,22<br />
21,1<br />
20,74<br />
20,8 21,44<br />
20<br />
15<br />
10<br />
10,6<br />
8,56<br />
12,09 11,85<br />
9,99<br />
11,16<br />
9,73<br />
9,61<br />
7,9<br />
5<br />
0<br />
União Europeia Ásia Mercosul EUA ALADI<br />
2006 E 2007<br />
2001 2006 2011<br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
Demais blocos<br />
Europa Oriental<br />
(2001)<br />
Ao observar o gráfico acima, o fato mais impactante é mesmo a “troca” de participação entre a Ásia e os EUA, embora este<br />
ainda seja o principal importador de Santa Catarina. Como se verá adiante, uma característica fundamental do período em<br />
análise é a pulverização das exportações catarinenses, em detrimento dos clientes tradicionais.<br />
A tabela do Anexo 6.4 apresenta os 50 principais países importadores de Santa Catarina em 2011, que representaram mais<br />
de 93% do total exportado pelo estado. Doze desses países tiveram valores em importações superiores a US$ 200 milhões<br />
em 2011, como demonstra a tabela a seguir.<br />
SISTEMA FIESC<br />
39
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Principais importadores de SC em 2011<br />
Pos. País US$ mil<br />
1 ESTADOS UNIDOS <br />
2 JAPÃO <br />
3 ARGENTINA <br />
4 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) <br />
5 CHINA <br />
6 REINO UNIDO <br />
7 ALEMANHA <br />
8 RÚSSIA <br />
9 HONG KONG <br />
10 MÉXICO <br />
11 ÁFRICA DO SUL <br />
12 PARAGUAI <br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
Ao comparar-se o perfil dos 30 principais mercados importadores de Santa Catarina em 2011 com seus 30 principais mercados<br />
em 2001, conforme tabela a seguir, verifica-se que, ainda que muitos desses mercados sejam coincidentes nos dois<br />
períodos, a importância relativa de cada país no total exportado pelo estado foi substancialmente alterada.<br />
Principais importadores de SC, em 2001 e 2011<br />
2001 2011<br />
País US$ mil Partic. País US$ mil Partic.<br />
1 ESTADOS UNIDOS 1 ESTADOS UNIDOS <br />
2 ARGENTINA 2 JAPÃO <br />
3 ALEMANHA 3 ARGENTINA <br />
4 RÚSSIA, FEDERAÇÃO DA 4 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) <br />
5 REINO UNIDO 5 CHINA <br />
6 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) 6 REINO UNIDO <br />
7 JAPÃO 7 ALEMANHA <br />
8 ARÁBIA SAUDITA 8 RÚSSIA <br />
9 FRANÇA 9 HONG KONG <br />
10 CHILE 10 MÉXICO <br />
11 MÉXICO 11 ÁFRICA DO SUL <br />
12 ITÁLIA 12 PARAGUAI <br />
13 URUGUAI 13 ITÁLIA <br />
14 ESPANHA 14 VENEZUELA <br />
15 PARAGUAI 15 BÉLGICA <br />
16 HONG KONG 16 ARÁBIA SAUDITA <br />
17 ÁFRICA DO SUL 17 URUGUAI 159.750,8 <br />
18 CANADÁ 18 FRANÇA <br />
19 BÉLGICA 19 CHILE <br />
20 PORTO RICO 20 COREIA DO SUL <br />
21 VENEZUELA 21 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS <br />
22 CUBA 22 CINGAPURA <br />
23 CINGAPURA 23 ESPANHA <br />
24 CHINA 24 ANGOLA <br />
25 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS 25 BOLÍVIA <br />
26 IRLANDA 26 UCRÂNIA <br />
27 COREIA DO SUL 27 EGITO <br />
28 BOLÍVIA 28 COLÔMBIA <br />
29 AUSTRÁLIA 29 PERU <br />
30 COLÔMBIA 30 CANADÁ <br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
40 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
A comparação entre as duas tabelas anteriores permite concluir que muitas posições no ranking dos principais mercados<br />
importadores de Santa Catarina foram modificadas, como, por exemplo, com a inclusão em 2011 de países que não faziam<br />
parte da relação dos principais mercados em 2001, dentre esses: China (24ª posição em 2001 e 5ª posição em 2011), Venezuela<br />
(21ª posição em 2001 e 14ª posição em 2011) e Coreia do Sul (27ª posição em 2001 e 20ª posição em 2011).<br />
Os países com as maiores quedas na participação do total exportado pelo estado, comparando-se 2011 com 2001, foram os<br />
EUA (de 23,58% em 2001 para 10,96% em 2011), a Alemanha (de 7,27% em 2001 para 4,06% em 2011) e a Rússia (de 6,43%<br />
em 2001 para 3,17% em 2011). Por outro lado, os países com os maiores incrementos na participação do total exportado<br />
pelo estado foram a China (de 0,6% em 2001 para 4,53% em 2011), o Japão (de 3,86% em 2001 para 7,56% em 2011) e os<br />
Países Baixos (de 3,87% em 2001 para 7,08% em 2011).<br />
Outra análise interessante a respeito dos mercados importadores de Santa Catarina é em relação ao incremento observado<br />
entre 2001 e 2011 para cada um desses países. Nesse período as exportações catarinenses cresceram, globalmente, 198,60%.<br />
Cinquenta e quatro países tiveram incremento superior ao crescimento global, sendo que a maior parte desses países é<br />
proveniente de mercados emergentes na Ásia, África, Oriente Médio, Leste Europeu e América Latina.<br />
Muitas variações altas foram obtidas devido à base de comparação muito baixa. Para diminuir essa distorção, a tabela do<br />
Anexo 6.5 apresenta a variação das exportações catarinenses por país de destino no período analisado, considerando os<br />
países que representaram, em 2011, mais de 0,5% do total das exportações catarinenses. No caso dos novos mercados, são<br />
apresentados aqueles que compraram mais de US$ 10 milhões do estado em 2011.<br />
Da Europa Ocidental, poucos países apresentaram incremento superior ao incremento global verificado: Suécia (com 1.063%<br />
de aumento), Países Baixos (com 446% de aumento), Bélgica (com 377% de aumento) e Portugal (com 305% de aumento).<br />
A maior parte dos países da Europa Ocidental fez parte do grupo de mercados com incremento inferior ao incremento<br />
global, assim como a Rússia (incremento de 47%), o Canadá (44%) e os EUA (39%). Na América do Sul, fizeram parte deste<br />
grupo a Argentina (incremento de 169%), o Uruguai (162%) e o Chile (91%).<br />
No total, 52 novos mercados foram conquistados por empresas exportadoras catarinenses entre 2001 e 2011 e oito países<br />
apresentaram queda no total exportado: Dinamarca, El Salvador, Martinica, Guadalupe, Cuba, Irlanda, Porto Rico e Noruega.<br />
A tabela a seguir apresenta os países importadores de Santa Catarina em 2011 com valores superiores a US$ 100 milhões,<br />
com os respectivos valores importados em 2001 e os incrementos obtidos no período em questão.<br />
SISTEMA FIESC<br />
41
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Comparativo das exportações de SC entre 2001 e 2011 para os principais países importadores em 2011<br />
Incremento superior ao geral<br />
Incremento inferior ao geral (até 198%)<br />
País 2011 (US$ mil) 2001 (US$ mil) Incremento<br />
1 CHINA 410.297 18.283 <br />
2 COREIA DO SUL 130.344 14.822 <br />
3 VENEZUELA 176.638 23.407 <br />
4 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS 128.712 17.685 <br />
5 JAPÃO 684.398 116.974 <br />
6 CINGAPURA 125.790 22.842 <br />
7 HONG KONG 280.591 51.267 <br />
8 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) 640.723 117.439 <br />
9 ÁFRICA DO SUL 259.031 49.234 <br />
10 BÉLGICA 168.764 35.384 <br />
11 PARAGUAI 234.230 53.931 <br />
12 MÉXICO 280.402 69.357 <br />
13 ITÁLIA 185.076 67.041 <br />
14 ARGENTINA 678.511 252.078 <br />
15 URUGUAI 159.751 60.900 <br />
16 REINO UNIDO 368.912 173.499 <br />
17 CHILE 141.392 74.047 <br />
18 FRANÇA 152.494 83.323 <br />
19 ARÁBIA SAUDITA 165.608 94.977 <br />
20 ALEMANHA 367.067 220.499 <br />
21 RÚSSIA 287.251 194.908 <br />
22 ESTADOS UNIDOS 992.441 714.630 <br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
Setores de contas nacionais<br />
Quando se analisam as exportações de Santa Catarina por setores de contas nacionais, a maior representatividade é de bens<br />
de consumo não duráveis (42% em 2001, 31% em 2006 e 39% em 2011), liderados por produtos como a carne de frango<br />
(líder da pauta) e de suínos. Na sequência, vêm insumos industriais (27% em 2001, 32% em 2006 e 28% em 2011) e bens<br />
de capital (15% em 2001, 19% em 2006 e 20% em 2011).<br />
Este último setor é o único que tem aumentado constantemente sua participação no total das exportações catarinenses.<br />
Por outro lado, verifica-se uma redução substancial na participação de bens de consumo duráveis no total exportado pelo<br />
estado – de 9,18% em 2001 para 3,21% em 2011.<br />
42 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Exportações de SC – setores de contas nacionais (participação % no total)<br />
2001 2006 2011<br />
Insumos industriais 26,98 32,21 27,75<br />
Bens de capital 14,93 19,32 20,3<br />
Alimentos e bebidas destinados à indústria 1,27 1,59 3,69<br />
Bens de consumo não duráveis 42,2 31,26 38,78<br />
Bens de consumo duráveis 9,18 8,4 3,21<br />
Peças e acessórios de equipamentos de transportes 5,1 7,02 5,95<br />
Equipamentos de transporte de uso industrial 0,33 0,13 0,15<br />
Combustíveis e lubrificantes 0,01 0,07 0,17<br />
45<br />
40<br />
42,2<br />
38,78<br />
31,26<br />
35<br />
30<br />
25<br />
26,98<br />
32,21<br />
27,75<br />
20<br />
20,3<br />
19,32<br />
15<br />
14,93<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
Bens de capital<br />
3,69<br />
1,59<br />
1,27<br />
Alimentos e bebidas<br />
destinados à indústria<br />
Insumos industriais<br />
7,02<br />
5,1<br />
5,95<br />
Peças e acessórios de<br />
equipamentos de<br />
transportes<br />
2001 2006 2011<br />
9,18<br />
8,4<br />
3,21<br />
Bens de consumo<br />
duráveis<br />
Bens de consumo<br />
não duráveis<br />
Fator agregado<br />
As exportações de Santa Catarina são lideradas por produtos manufaturados, ainda que a representatividade desses produtos<br />
tenha sido reduzida ao longo dos anos. Em 2001, os manufaturados representaram 62% do total das exportações<br />
catarinenses, enquanto que em 2011 a participação caiu para 52%. Em contrapartida, a participação de produtos básicos<br />
aumentou substancialmente (de 33% em 2001 para 46% em 2011).<br />
SISTEMA FIESC<br />
43
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Exportações de SC por fator agregado –2001 a 2011 (US$ milhões)<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006<br />
Básicos <br />
Semimanufaturados <br />
Manufaturados <br />
Exportação total <br />
2007 2008 2009 2010 2011<br />
Variação<br />
2001-2011<br />
Básicos <br />
Semimanufaturados <br />
Manufaturados <br />
Exportação total <br />
10.000.000<br />
9.000.000<br />
8.000.000<br />
7.000.000<br />
6.000.000<br />
5.000.000<br />
4.000.000<br />
3.000.000<br />
2.000.000<br />
1.000.000<br />
0<br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011<br />
Básicos Semimanufaturados Manufaturados Exportação total<br />
Produtos exportados<br />
A tabela do Anexo 6.6 apresenta o grupo dos 50 principais produtos (SH 4) exportados por Santa Catarina em 2011, que<br />
corresponderam a aproximadamente 89% do total das exportações catarinenses no período. É uma pauta relativamente<br />
diversificada, que inclui produtos básicos, especialmente alimentos e derivados, tabaco e madeira, insumos semimanufaturados<br />
para uso industrial, assim como bens de consumo duráveis e alguns bens de capital. A tabela a seguir apresenta os<br />
produtos exportados por Santa Catarina em 2011 que tiveram exportações superiores a US$ 100 milhões.<br />
44 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Principais produtos exportados por SC em 2011(US$ mil)<br />
Pos. Produtos Exportações<br />
1 Carnes e miudezas de aves comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas 1.933.145,6<br />
2 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 898.880,5<br />
3 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 591.226,7<br />
4 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores 508.813,2<br />
5 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 452.018,8<br />
6 Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas a motores 435.487,3<br />
7 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue 396.580,8<br />
8 Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas 263.434,3<br />
9 Soja, mesmo triturada 217.934,6<br />
10 Outros móveis e suas partes 186.439,4<br />
11 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas 163.551,0<br />
12 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 147.467,3<br />
13 Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares e os painéis para soalhos 126.410,0<br />
14 Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou esmaltados, de cerâmica 107.379,6<br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
É importante observar que grande parte dos principais produtos exportados por Santa Catarina em 2011 obteve crescimento<br />
superior à média das exportações no mercado mundial. Trata-se de uma avaliação que, por si só, aponta algumas<br />
tendências positivas para o comércio internacional catarinense. Entre 2001 e 2011, as exportações catarinenses aumentaram<br />
aproximadamente 199%, e 34 dos 50 principais produtos tiveram um incremento superior a essa média. Os maiores<br />
crescimentos foram observados em produtos das categorias de bens de consumo não duráveis (principalmente alimentos<br />
e derivados), insumos industriais e bens de capital. A tabela do Anexo 6.7 apresenta esse detalhamento, enquanto a<br />
tabela a seguir apresenta a evolução das exportações entre 2001 e 2011dos principais produtos exportados em 2011 com<br />
valores acima de US$ 100 milhões.<br />
Evolução das exportações entre 2001-2011dos principais produtos exportados por SC em 2011<br />
Incremento superior ao incremento geral<br />
Incremento próximo ao geral<br />
Incremento inferior ao geral<br />
Redução nas exportações<br />
Pos. Produtos exportados 2011 2001 Incremento<br />
1 Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas; farinhas e pós, comestíveis <br />
2 Soja, mesmo triturada <br />
3 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja <br />
4 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue <br />
5 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco <br />
6 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 <br />
7 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos <br />
8 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 <br />
9 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas <br />
10 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) <br />
11 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 <br />
12 Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis para soalhos <br />
13<br />
Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados<br />
ou esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas<br />
<br />
14 Outros móveis e suas partes <br />
Fonte: SECEX/MDIC, 2012<br />
SISTEMA FIESC<br />
45
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Pelos dados informados na tabela anterior, conclui-se que os melhores desempenhos – com taxa superior a 1.000% entre<br />
2001 e 2011 – têm sido observados em produtos do setor de alimentos, que ocupam as quatro primeiras posições.<br />
Outra análise realizada foi verificar, para os 50 produtos mais exportados por Santa Catarina em 2011, como se deu<br />
a evolução das exportações desses produtos no mercado mundial em período semelhante. Porém, não havia dados<br />
disponíveis das exportações mundiais por produtos de 2011 até a conclusão deste trabalho e por isso procedeu-se<br />
com a análise utilizando-se dados de 2010. Assim, é possível identificar aqueles produtos da pauta de exportações<br />
de Santa Catarina que tiveram maior dinamismo no cenário mundial, e posteriormente cotejar esses dados com o<br />
desempenho catarinense.<br />
Entre 2001 e 2010, as exportações mundiais aumentaram 141,27%, um crescimento médio anual de 15,7%. A conclusão é<br />
que, dos 50 produtos listados na tabela apresentada no Anexo 6.8, 17 tiveram desempenho superior ao crescimento geral<br />
das exportações mundiais. A maior parte são bens básicos, como alimentos e produtos derivados, couros e peles, e produtos<br />
manufaturados e semimanufaturados para uso industrial.<br />
Seis produtos apresentaram incremento próximo à média geral do período, e para 26 produtos o crescimento foi inferior<br />
ao geral. Somente um produto apresentou redução nas exportações mundiais (couros e peles curtidos ou em crosta, de<br />
bovinos ou de equídeos), cujas exportações globais reduziram-se em 56,4%.<br />
A tabela resumida, a seguir, apresenta a evolução no período 2001-2010 dos principais produtos exportados por<br />
Santa Catarina em 2011, cujo faturamento em exportações no mercado mundial tenha sido superior a US$ 10 bilhões<br />
em 2010.<br />
Evolução das exportações mundiais entre 2001 e 2010 dos produtos mais exportados por SC em 2011<br />
Incremento superior ao incremento geral (maior que 141%)<br />
Incremento próximo ao geral (135%-140%)<br />
Incremento inferior ao geral (menor que 135%)<br />
Pos.<br />
Produtos<br />
Exportações mundiais<br />
(US$ milhões) Incremento<br />
2010 2001<br />
1 Soja, mesmo triturada 44.210.194 11.810.054 <br />
2 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado 28.181.011 8.869.924 <br />
3<br />
Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou<br />
superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos<br />
46.921.566 16.296.236 <br />
4 Arroz 19.277.534 6.809.040 <br />
5 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 24.016.688 8.770.691 <br />
6<br />
Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas)<br />
e dispositivos semelhantes, para canalizações, caldeiras<br />
68.284.669 25.493.346 <br />
7 Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames (excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas 44.572.869 16.742.073 <br />
8 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos 53.831.600 20.647.420 <br />
9 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue 11.889.936 4.593.393 <br />
10 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico 17.445.269 6.836.665 <br />
11<br />
Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos<br />
roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos ou troços<br />
31.011.493 12.193.497 <br />
12<br />
Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores,<br />
por exemplo), bobinas de reatância e de autoindução<br />
87.654.729 35.706.877 <br />
13<br />
Refrigeradores, congeladores (freezers) e outro material, máquinas e aparelhos<br />
para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro<br />
35.194.654 14.688.024 <br />
46 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
14 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 20.761.897 8.757.242 <br />
15 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) 61.613.552 26.014.856 <br />
16 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 45.862.131 19.398.568 <br />
17 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas às máquinas das posições 85.01 ou 85.02. 15.924.533 6.964.125 <br />
18 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 31.384.633 13.737.888 <br />
19 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 57.794.285 25.919.561 <br />
20 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 16.000.240 7.223.530 <br />
21 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 25.031.230 11.564.074 <br />
22 Sumos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool 13.341.867 6.179.306 <br />
23 Aparelhos para interrupção, seccionamento, protecção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos 85.131.329 39.624.521 <br />
24 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 41.318.447 19.695.315 <br />
25 Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por faísca ou por compressão 15.855.355 7.669.002 <br />
26 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 278.767.681 135.170.717 <br />
27<br />
Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão,<br />
pasta (ouate) de celulose ou de mantas de fibras de celulose<br />
17.853.069 8.852.507 <br />
28 Outros móveis e suas partes 63.647.912 33.694.995 <br />
29 Peixes congelados, exceto os filetes de peixes e outra carne de peixes da posição 0304 19.946.111 10.640.390 <br />
30<br />
Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares,<br />
os painéis para soalhos e as fasquias para telhados<br />
11.139.499 6.057.421 <br />
31<br />
Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou<br />
esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes<br />
10.600.559 5.839.929 <br />
32 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 11.938.039 6.966.810 <br />
33 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 11.818.130 7.035.554 <br />
34 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes 11.343.084 7.082.914 <br />
35<br />
Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria, não especificados<br />
nem compreendidos em outras posições deste capítulo<br />
57.409.642 36.548.829 <br />
36 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, de espessura superior a 6 mm 29.760.811 23.574.634 <br />
Fonte: Trade Map/ITC, 2012<br />
Obs.: produtos com exportações superiores a US$ 10 bilhões em 2010.<br />
Também buscou-se conhecer no mercado mundial a evolução das exportações dos produtos que mais interessam a Santa<br />
Catarina (os que o estado mais exportou em 2011) em período mais recente, entre 2006 e 2010. Neste período, as exportações<br />
mundiais apresentaram crescimento de 3% ao ano.<br />
Pela tabela apresentada no Anexo 6.9, pode-se constatar que, dos 50 produtos analisados, 27 tiveram incremento superior<br />
ao crescimento geral, sendo que 13 desses produtos são produtos básicos (alimentos e produtos derivados e tabaco), outros<br />
13 compreendem bens de capital e produtos manufaturados e semimanufaturados para uso industrial e um produto<br />
é um bem de consumo não durável (roupa de cama, mesa ou cozinha).<br />
Três produtos apresentaram incremento igual ao crescimento geral (3% ao ano) e outros oito tiveram crescimento inferior<br />
(de 1% a 2%). Quatro produtos não tiveram crescimento e sete apresentaram crescimento negativo (na ordem de -1% a<br />
-10%). Dentre os que tiveram reduções nas exportações, estão produtos de madeira e marcenaria, produtos de couro e<br />
derivados, e ladrilhos e revestimentos cerâmicos.<br />
A tabela resumida a seguir apresenta a evolução no período 2006-2010 dos principais produtos exportados por Santa<br />
Catarina em 2011 cujo faturamento em exportações no mercado mundial tenha sido superior a US$ 10 bilhões em 2010.<br />
SISTEMA FIESC<br />
47
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Evolução das exportações mundiais entre 2006 e 2010 dos produtos mais exportados por SC em 2011<br />
Incremento superior ao incremento geral<br />
Incremento igual ao geral (3%)<br />
Incremento inferior ao geral (1% e 2%)<br />
Sem crescimento<br />
Redução nas exportações<br />
Produtos<br />
Valor<br />
exportado<br />
em 2010<br />
(US$ milhões)<br />
Crescimento<br />
em valor<br />
2010/2009<br />
(%)<br />
Crescimento<br />
anual das<br />
exportações<br />
mundiais<br />
entre 2006<br />
e 2010<br />
(% ao ano)<br />
TOTAL Todos os produtos 15.230.973,0 21 3<br />
1 Soja, mesmo triturada 23 24<br />
2 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 4 18<br />
3 Carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, de aves 13 13<br />
4 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 1 11<br />
5<br />
Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores,<br />
por exemplo), bobinas de reatância e de autoindução<br />
27 9<br />
6 Máquinas e aparelhos mecânicos com função própria 54 9<br />
7 Peixes congelados, exceto os filés de peixes e outra carne de peixes 11 8<br />
8<br />
Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas<br />
às máquinas das posições 85.01 ou 85.02<br />
-3 7<br />
9 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou de sangue 4 7<br />
10 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 5 6<br />
11<br />
Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos<br />
semelhantes, para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes<br />
16 5<br />
12<br />
Árvores de transmissão (incluídas as árvores de “cames” e virabrequins) e manivelas;<br />
mancais e “bronzes”; engrenagens e rodas de fricção; eixos de esferas ou de roletes;<br />
22 5<br />
redutores, multiplicadores, caixas de transmissão e variadores de velocidade<br />
13 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos; aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 12 5<br />
14 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos. 22 5<br />
15<br />
Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta (“ouate”) de celulose ou<br />
de mantas de fibras de celulose; cartonagens para escritórios, lojas e estabelecimentos semelhantes<br />
10 4<br />
16 Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plásticos 13 4<br />
17 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 16 4<br />
18<br />
Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas<br />
aspirantes para extração ou reciclagem, com ventilador incorporado, mesmo filtrantes<br />
21 4<br />
19 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 20 4<br />
20<br />
Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para<br />
motores de ignição por centelha ou por compressão<br />
24 3<br />
21<br />
Parafusos, pinos ou pernos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas,<br />
contrapinos, arruelas (incluídas as de pressão) e artefatos semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço<br />
30 3<br />
22<br />
Sucos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados,<br />
sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes<br />
4 3<br />
23 Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos 29 2<br />
24 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 29 2<br />
25 Outros móveis e suas partes 11 2<br />
26 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05 30 1<br />
27<br />
Refrigeradores, congeladores (“freezers”) e outros materiais, máquinas e<br />
aparelhos para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro<br />
16 1<br />
28<br />
Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou<br />
superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos<br />
36 1<br />
48 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
29 Papel e cartão Kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto os das posições 48.02 e 48.03 23 0<br />
30 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado. 33 0<br />
31<br />
Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas<br />
aos motores das posições 84.07 ou 84.08.<br />
28 0<br />
32<br />
Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados<br />
ou esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes, para<br />
11 -1<br />
mosaicos, vidrados ou esmaltados, de cerâmica, mesmo com suporte<br />
33 Madeira compensada (contraplacada), madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes 26 -3<br />
34<br />
Obras de marcenaria ou de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis<br />
montados para revestimento de pavimentos (pisos) e as fasquias para telhados, de madeira<br />
11 -5<br />
35<br />
Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos<br />
(incluídos os búfalos) ou de equídeos, depilados, mesmo divididos, exceto os da posição 41.14<br />
25 -7<br />
36<br />
Madeira serrada ou fendida longitudinalmente, cortada transversalm ente ou desenrolada,<br />
mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades, de espessura superior a 6 mm<br />
24 -7<br />
Fonte: Trade Map/ITC, 2012<br />
Obs.: produtos com exportações superiores a US$ 10 bilhões em 2010.<br />
3.3 Desempenho exportador de Santa Catarina no mercado mundial<br />
Após a identificação e da análise de aspectos referentes aos principais parceiros comerciais de Santa Catarina, assim como<br />
dos principais produtos exportados pelo estado, é possível chegar a algumas conclusões acerca do desempenho exportador<br />
catarinense no mercado mundial.<br />
Produtos<br />
A tabela a seguir apresenta aqueles produtos exportados por Santa Catarina em 2011 que tiveram crescimento igual ou<br />
superior ao crescimento global:<br />
1. Nas exportações catarinenses entre 2001 e 2011 (igual ou maior a 199% em todo o período);<br />
2. Nas exportações mundiais entre 2001 e 2010 (igual ou maior a 130% em todo o período);<br />
3. Nas exportações mundiais entre 2006 e 2010 (igual ou maior a 3% anualmente).<br />
Dos 50 produtos identificados anteriormente, 17 fazem parte da tabela apresentada a seguir, o que significa que grande<br />
parte dos principais produtos exportados por Santa Catarina não tem um grau de dinamismo elevado no comércio<br />
mundial.<br />
SISTEMA FIESC<br />
49
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
Principais produtos exportados por SC em 2011 com elevado grau de dinamismo no comércio mundial<br />
Pos. SH4 Produtos<br />
1 0206 Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina, frescas, refrigeradas ou congeladas<br />
2 0207 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105<br />
3 0504 Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços, exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados<br />
4 1201 Soja, mesmo triturada<br />
5 1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados<br />
6 1601 Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias<br />
7 1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue<br />
8 2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja<br />
9 2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos<br />
10 3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico<br />
11 7318 Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas ou troços<br />
12 8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos<br />
13 8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases<br />
14 8432 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura<br />
15 8481 Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos semelhantes<br />
16 8483 Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames (excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas<br />
17 8504 Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores, por exemplo), bobinas de reatância<br />
Fonte: elaboração própria, com base nos dados da SECEX/MDIC, 2012 e do Trade Map/ITC, 2012<br />
Interessante notar que os primeiros oito produtos são derivados da indústria de alimentos e que os demais são bens<br />
semimanufaturados ou manufaturados utilizados como insumos industriais, além de alguns bens de capital.<br />
Um dos produtos analisados, descrito abaixo, que fez parte da pauta exportadora catarinense em 2011, apresentou dinamismo<br />
no comércio mundial entre 2001 e 2010 e, mais recentemente, entre 2006 e 2010. No entanto, este produto teve<br />
um crescimento inferior ao crescimento global nas exportações catarinenses entre 2001 e 2011.<br />
SH<br />
8414<br />
Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes)<br />
O desempenho catarinense está em sintonia com o desenvolvimento do comércio exterior mundial e brasileiro, conforme<br />
visto anteriormente, pois os produtos básicos, e em especial as commodities, têm apresentado desempenho superior, principalmente<br />
em relação aos bens manufaturados, que têm sofrido maior retração com a desaceleração econômica recente.<br />
Adicionalmente, os produtos manufaturados também têm obtido o pior desempenho em relação ao incremento nos preços,<br />
principalmente se comparados aos básicos.<br />
Os dados da FUNCEX apresentados demonstram que as exportações brasileiras têm crescido mais em função do aumento<br />
dos preços que do aumento do volume exportado. Dos 10 setores que apresentaram redução no volume exportado em 2011,<br />
oito são setores fortes da economia catarinense e cujas empresas certamente sofreram perdas no comércio internacional.<br />
O Anexo 6.10 apresenta uma relação de 82 produtos com taxas de crescimento nas exportações anuais (2006 a 2010) superiores<br />
a 10%. Além disso, esses produtos tiveram valores importados superiores a US$ 1 bilhão em 2010 e taxas de crescimento<br />
positivas em valor e quantidade (entre 2006 e 2010) e em valor (entre 2009 e 2010).<br />
É certo que muitos desses produtos são commodities minerais e vegetais que Santa Catarina não tem condições de exportar<br />
por não possuir os correspondentes recursos naturais, como minério de ferro, ouro, café e cacau. Por outro lado, a lista<br />
50 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
revela oportunidades em segmentos industriais já presentes na economia do estado. É o caso das indústrias naval – que<br />
recentemente tem se desenvolvido de forma mais vigorosa em Santa Catarina –, de vidros, aparelhos telefônicos e produtos<br />
alimentícios de maior valor agregado.<br />
Mercados<br />
Buscou-se também conhecer no mercado mundial a evolução das exportações para os principais países importadores entre<br />
2006 e 2010 – período em que as exportações mundiais cresceram 3% ao ano. Para isso, foi realizada uma triagem com<br />
aqueles países que tiveram crescimento igual ou superior a 3% ao ano no período. A listagem final, apresentada na tabela<br />
a seguir, incluiu somente os países com participação superior a 0,1% nas importações mundiais, o que significa valores de<br />
importações iguais ou acima de US$ 15 bilhões, e cujo crescimento em valor entre 2009 e 2010 tenha sido positivo.<br />
Evolução das exportações no comércio global em mercados importadores selecionados*<br />
Incremento igual ou superior a 10%<br />
Incremento entre 4% e 9%<br />
Incremento igual ao geral (3%)<br />
Países importadores<br />
Importações<br />
em 2010<br />
(US$ mil)<br />
Balança<br />
comercial em<br />
2010 (US$ mil)<br />
Crescimento<br />
anual em valor<br />
entre 2006 e<br />
2010 (%)<br />
Crescimento das<br />
importações<br />
entre 2009 e<br />
2010 (%)<br />
Participação nas<br />
importações<br />
mundiais (%)<br />
1 Iraque 26.292.962 21.948.281 27 16 0,2<br />
2 Libéria 16.210.136 -15.289.286 24 39 0,1<br />
3 Líbia 19.815.231 28.361.091 22 3 0,1<br />
4 Indonésia 135.663.280 22.115.823 20 40 0,9<br />
5 Vietnã 91.385.907 -15.779.365 19 29 0,6<br />
6 Líbano 17.969.735 -13.715.550 18 11 0,1<br />
7 Algéria 40.999.891 16.051.083 18 4 0,3<br />
8 Bangladesh 25.753.417 -5.549.599 17 40 0,2<br />
9 Nigéria 44.235.269 42.332.644 15 30 0,3<br />
10 Omã 19.972.734 16.626.972 14 12 0,1<br />
11 China 1.396.001.565 181.762.186 13 39 9,2<br />
12 Equador 20.590.848 -3.100.926 12 36 0,1<br />
13 Rússia 248.700.000 151.400.000 11 46 1,6<br />
14 Índia 268.629.377 -48.220.881 11 1 1,8<br />
15 Panamá 16.737.103 -5.750.500 10 21 0,1<br />
16 Arábia Saudita 106.862.965 144.280.068 10 12 0,7<br />
17 Síria 17.594.314 -9.195.763 9 14 0,1<br />
18 Peru 29.879.500 5.193.749 9 37 0,2<br />
19 Belarus 34.868.204 -9.642.340 9 22 0,2<br />
20 Marrocos 35.378.882 -17.614.091 9 8 0,2<br />
21 Colômbia 40.682.508 -862.979 9 24 0,3<br />
22 Argentina 56.501.293 11.632.782 9 46 0,4<br />
23 TunÍsia 22.215.362 -5.788.792 8 16 0,1<br />
24 Irã 54.697.236 29.087.764 8 0,4<br />
25 Austrália 188.740.660 17.964.476 8 19 1,2<br />
26 Eslováquia 65.916.188 -1.229.623 7 20 0,4<br />
27 Emirados Árabes Unidos 151.708.867 -3.020.831 7 8 1<br />
28 Jordânia 15.262.001 -8.238.864 6 8 0,1<br />
29 Polônia 178.062.901 -18.305.278 6 19 1,2<br />
30 Tailândia 182.393.380 12.918.140 6 36 1,2<br />
SISTEMA FIESC<br />
51
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Santa Catarina<br />
31 Coreia do Sul 425.094.209 42.636.000 6 32 2,8<br />
32 República Tcheca 125.690.658 6.450.256 5 20 0,8<br />
33 Cingapura 310.791.134 41.076.033 5 26 2<br />
34 Hong Kong 441.369.198 -40.677.183 5 25 2,9<br />
35 Paquistão 37.537.025 -16.123.922 4 19 0,2<br />
36 Suíça 176.280.626 19.328.654 4 13 1,2<br />
37 Turquia 185.541.037 -71.561.585 4 32 1,2<br />
38 Sérvia 16.734.435 -6.939.894 3 4 0,1<br />
39 Kuwait 18.235.196 46.187.099 3 23 0,1<br />
40 Israel 59.193.894 -780.866 3 25 0,4<br />
41 Ucrânia 60.737.135 -9.306.849 3 34 0,4<br />
42 Malásia 164.586.273 34.204.418 3 33 1,1<br />
43 Países Baixos 439.986.633 52.659.239 3 15 2,9<br />
Fonte: elaboração própria, com base nos dados da SECEX/MDIC, 2012 e do Trade Map/ITC, 2012<br />
* Países que tiveram crescimento igual ou superior a 3% ao ano no período, com participação superior a 0,1% nas importações mundiais e cujo crescimento em valor entre 2009 e 2010 tenha sido positivo.<br />
Pela tabela apresentada pode-se constatar que, dos 43 países analisados, nove não fazem parte da lista dos países para os<br />
quais Santa Catarina tem aumentado suas exportações a uma taxa superior à das exportações globais no período de 2001<br />
a 2011. Esses países são:<br />
<br />
<br />
<br />
Outros nove países foram mercados conquistados por Santa Catarina no decorrer do período informado:<br />
<br />
<br />
<br />
É positivo o fato de Santa Catarina já exportar para aqueles mercados que têm apresentado maior dinamismo no mercado<br />
mundial. Entretanto, é necessário aproveitar melhor o potencial existente nos países identificados, principalmente naqueles<br />
em que as exportações catarinenses tiveram um crescimento inferior ao crescimento global no período 2001-2011.<br />
52 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
4. Resultados da pesquisa<br />
A visão das empresas<br />
A seção anterior apresentou em detalhes os novos rumos do comércio exterior catarinense no mercado mundial, considerando<br />
principalmente os principais produtos das pautas de exportação e importação do estado e, no caso das exportações,<br />
os principais países de destino das mercadorias. A análise foi realizada com base em dados e estatísticas disponibilizados<br />
por órgãos oficiais e entidades ligadas ao comércio internacional. Para complementar o trabalho, executou-se uma pesquisa<br />
junto às empresas importadoras e exportadoras de Santa Catarina, com o objetivo de saber como foram impactadas<br />
pelas mudanças e como se posicionaram estrategicamente para se beneficiarem do novo cenário, assim como identificar<br />
e compreender suas limitações na tomada de ações.<br />
Em síntese, a pesquisa procurou revelar o atual panorama e as perspectivas das empresas no tocante a seus processos de<br />
internacionalização, consolidando algumas das conclusões obtidas na análise estatística. Também foram buscadas informações<br />
adicionais que venham a contribuir para o direcionamento de ações e políticas voltadas ao fortalecimento do comércio<br />
internacional catarinense.<br />
A pesquisa foi realizada por meio da aplicação de um formulário eletrônico, que foi disponibilizado através da internet a<br />
todas as empresas do estado que efetuaram exportações e importações em 2011, de acordo com os dados fornecidos pela<br />
Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).<br />
O formulário aplicado, cujo modelo encontra-se no Anexo 6.11, foi preenchido por 83 empresas. Para se obter resultados<br />
representativos, assegurou-se que as maiores empresas do estado, em termos de valores exportados e importados em 2011,<br />
participassem da pesquisa. A listagem com os nomes das empresas participantes está no Anexo 6.12.<br />
Inicialmente, as empresas participantes são caracterizadas a partir de seu porte, setor de atividade e experiência internacional.<br />
A segunda parte da pesquisa apresenta informações relativas à prática exportadora das empresas, tais como valores e<br />
evolução das exportações, formas de exportação, principais mercados importadores, estratégias adotadas na exportação<br />
e perspectivas para 2012, dentre outros aspectos. A terceira parte analisa as empresas importadoras, apresentando temas<br />
como categorias de produtos importados, valores e evolução das importações, formas de importação, principais mercados<br />
fornecedores e expectativas. A última parte da pesquisa aborda a experiência das empresas na internacionalização,<br />
englobando aspectos como os principais obstáculos internos e externos enfrentados, motivos que levaram as empresas a<br />
internacionalizarem-se, áreas que devem ser priorizadas pelo governo no fomento ao comércio internacional e estratégias<br />
de internacionalização mais utilizadas.<br />
4.1 Caracterização das empresas<br />
Inicialmente, buscou-se identificar o porte das empresas pesquisadas, com base na classificação utilizada pelo Instituto<br />
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a seguir descrita:<br />
1 – 19 funcionários: Microempresas<br />
20 – 99 funcionários: Pequenas empresas<br />
100 – 499 funcionários: Médias empresas<br />
500 ou mais funcionários: Grandes empresas<br />
SISTEMA FIESC<br />
53
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
No presente trabalho, há uma maior participação de empresas de médio e de grande porte (67% do total) em virtude de<br />
obter-se uma maior representatividade da amostra em relação aos volumes exportados e importados em 2011. Por outro<br />
lado, verifica-se também uma participação expressiva de micro e pequenas exportadoras (33%) na pesquisa realizada.<br />
Número de funcionários<br />
<br />
11%<br />
<br />
22%<br />
<br />
21%<br />
<br />
46%<br />
Esta amostra, contemplando empresas de diferentes tamanhos, reflete a realidade do segmento exportador e importador<br />
catarinense no tocante às dificuldades e obstáculos enfrentados, que em determinadas situações são distintos, principalmente<br />
em função do porte das empresas pesquisadas.<br />
A pesquisa contou com a participação de empresas predominantemente da indústria (91% das respondentes), de 17 setores<br />
que compõem a economia de Santa Catarina, englobando organizações de todas as regiões do estado. Também participaram<br />
empresas do comércio atacadista e varejista (6% do total) e do setor de serviços (3% do total).<br />
Setores das empresas pesquisadas<br />
<br />
6%<br />
<br />
10%<br />
<br />
6%<br />
<br />
8%<br />
<br />
7%<br />
<br />
1%<br />
<br />
4%<br />
<br />
3%<br />
<br />
3%<br />
<br />
8%<br />
<br />
2%<br />
<br />
1%<br />
<br />
14%<br />
<br />
19%<br />
<br />
1%<br />
<br />
4%<br />
<br />
3%<br />
54 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Observa-se a participação de empresas dos mais importantes setores do estado, em termos de número de estabelecimentos.<br />
Os cinco setores com maior participação de empresas, totalizando quase 60% da amostra, foram, em ordem<br />
de importância: máquinas e equipamentos (19%), madeira (14%), têxtil (10%), borracha e plástico (8%) e móveis e indústrias<br />
diversas (8%).<br />
Não obstante, a pesquisa também contou com a participação de empresas de outros 12 segmentos. Esta diversidade setorial<br />
contribuiu para a análise dos resultados, uma vez que o processo de internacionalização muitas vezes também é afetado<br />
por fatores especificamente relacionados aos segmentos a que estas empresas pertencem.<br />
A respeito da origem do capital das empresas pesquisadas, há uma concentração de empresas com 100% do capital nacional<br />
(90% do total da amostra). Somente um pequeno percentual é de capital totalmente estrangeiro (5%), seguidas de<br />
empresas com capital misto (5%). Estes números refletem a tradição do estado de Santa Catarina, cujas empresas fundadas<br />
em território catarinense com capital nacional historicamente têm participado de forma ativa no comércio internacional.<br />
Composição do capital da empresa<br />
<br />
5%<br />
<br />
1%<br />
<br />
4%<br />
<br />
90%<br />
O gráfico a seguir demonstra que uma pequena parcela das empresas pesquisadas (17%), principalmente de médio e<br />
grande porte, também está investindo em filiais em outros países. Destas empresas, os principais países citados nos quais<br />
possuem unidades foram os Estados Unidos, a Argentina e a China.<br />
Unidades no exterior<br />
<br />
17%<br />
NÃO<br />
83%<br />
SISTEMA FIESC<br />
55
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
A respeito da natureza das unidades no exterior, grande parte das empresas informou que desenvolvem ações comerciais<br />
através de escritórios próprios ou que possuem plantas fabris para produção e comercialização de seus produtos. Essas<br />
ações muitas vezes buscam dotar as empresas das capacidades necessárias para atuar em mercados onde a concorrência<br />
é mais acirrada, ou em função da necessidade de maior proximidade com seus clientes finais.<br />
A respeito da experiência em atividades internacionais, para a maioria das empresas (64%) esta experiência é relativamente<br />
recente, pois iniciaram as atividades internacionais após 1991. Não obstante, também participaram da pesquisa várias empresas<br />
com trajetória mais longa de internacionalização: 25% têm mais de 30 anos de experiência internacional.<br />
Início das atividades internacionais<br />
1991-2000<br />
28%<br />
1981-1990<br />
11%<br />
2001-2010<br />
32%<br />
1971-1980<br />
13%<br />
<br />
12%<br />
<br />
4%<br />
A maior parte da amostra envolve empresas que são, ao mesmo tempo, exportadoras e importadoras (71%). Do restante<br />
das empresas pesquisadas, 17% são somente exportadoras e 12% são somente importadoras. Este é um aspecto favorável<br />
na análise dos resultados, uma vez que há uma alta participação de empresas respondentes que realizam tanto atividades<br />
de exportação quanto de importação e uma distribuição equilibrada entre somente exportadoras e somente importadoras.<br />
Natureza da atividade internacional<br />
<br />
17%<br />
<br />
12%<br />
<br />
71%<br />
56 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
4.2 Análise das empresas exportadoras<br />
A pesquisa abrangeu empresas que exportam diversas categorias de produtos, com a predominância de exportadoras de<br />
bens de consumo duráveis (40%), insumos industriais (19%), bens de consumo não duráveis (18%) e bens de capital (8%).<br />
Esta distribuição da amostra também é muito positiva para a análise dos resultados, uma vez que, como se verificou na<br />
seção 3.2, as exportações de Santa Catarina em 2011 foram lideradas por bens de consumo não duráveis (39% do total exportado),<br />
seguidos de insumos industriais (28%) e bens de capital (20%).<br />
Exportações por setor de conta nacional<br />
<br />
40%<br />
<br />
7%<br />
<br />
1%<br />
<br />
7%<br />
<br />
18%<br />
<br />
19%<br />
<br />
8%<br />
Com relação às formas de exportação, quase metade das empresas pesquisadas (49%) exporta de forma direta, enquanto<br />
que outros 30% delas exporta a maior parte diretamente, e indiretamente apenas alguns pedidos ocasionais. Isso demonstra<br />
que, de forma geral, grande parte das empresas respondentes possui uma estrutura interna própria capaz de executar<br />
as atividades inerentes aos processos de exportação, com profissionais qualificados para exercer estas funções.<br />
Formas de exportação<br />
<br />
<br />
1%<br />
<br />
<br />
49%<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
8%<br />
<br />
<br />
12%<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
30%<br />
SISTEMA FIESC<br />
57
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Para as empresas que utilizam a exportação indireta, os principais meios são, em ordem de importância, tradings e/ou comerciais<br />
exportadoras localizadas no Brasil (41%), agentes e/ou distribuidores no exterior (37%) e agentes e/ou distribuidores<br />
no Brasil (20%).<br />
Meios de exportação indireta<br />
<br />
<br />
41%<br />
<br />
<br />
2%<br />
<br />
<br />
37%<br />
<br />
<br />
20%<br />
O gráfico a seguir apresenta o porte das empresas pesquisadas de acordo com o volume exportado em 2011. Verifica-se<br />
uma distribuição equilibrada em quase todas as faixas de valores, com maior predominância de empresas que exportaram<br />
entre US$ 100 mil e US$ 999 mil (38%) e entre US$ 1 milhão e US$ 9,9 milhões (38%). Um número menor de empresas,<br />
mas ainda significativo, exportou até US$ 99 mil (15%). Somente 9% das empresas pesquisadas exportaram mais de US$<br />
10 milhões em 2011.<br />
Faixas de valores de exportação em 2011 – US$<br />
<br />
15%<br />
<br />
38%<br />
<br />
2%<br />
<br />
7%<br />
<br />
38%<br />
Para 64% das empresas, a exportação representou até 10% do faturamento total em 2011. Possivelmente devido à perda<br />
de rentabilidade no mercado externo em função da valorização do real ocorrida até o ano passado e pelo aquecimento no<br />
mercado interno, grande parte das respondentes decidiu redirecionar seus esforços de vendas para atender a demanda<br />
doméstica. Por outro lado, o gráfico a seguir também demonstra que, no outro extremo, 17% das empresas tiveram suas<br />
exportações contribuindo com mais de 30% do total faturado.<br />
58 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Participação das exportações no faturamento em 2011<br />
<br />
7%<br />
<br />
64%<br />
<br />
5%<br />
<br />
5%<br />
<br />
7%<br />
<br />
12%<br />
As empresas também informaram qual foi o maior percentual de participação das exportações no faturamento anual da<br />
empresa desde as primeiras vendas externas. Para 39% delas a exportação teve uma participação máxima de 10% sobre<br />
o total do faturamento, enquanto que para 26% das empresas a exportação chegou a representar mais da metade do faturamento<br />
global.<br />
Maior percentual de participação das exportações<br />
<br />
39%<br />
<br />
13%<br />
<br />
15%<br />
<br />
13%<br />
<br />
8%<br />
<br />
12%<br />
No tocante aos destinos das exportações catarinenses, merecem destaque dois países do Mercosul (Argentina e Paraguai),<br />
que representaram os dois principais mercados em 2011, para 18% e 11% das empresas pesquisadas, respectivamente. A<br />
Venezuela, os Estados Unidos e o Uruguai aparecem na terceira colocação, com 7% do total das respostas. Outros países<br />
latino-americanos – Bolívia, Chile e Colômbia – também foram mais citados na pesquisa.<br />
SISTEMA FIESC<br />
59
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Principais mercados importadores em 2011<br />
<br />
18%<br />
<br />
2%<br />
FRANÇA<br />
2%<br />
CANADÁ<br />
2%<br />
ALEMANHA<br />
2%<br />
<br />
2%<br />
<br />
2%<br />
<br />
2%<br />
<br />
4% <br />
4% <br />
4%<br />
<br />
11%<br />
<br />
4%<br />
<br />
5%<br />
<br />
9%<br />
<br />
6%<br />
VENEZUELA<br />
7%<br />
EUA<br />
7%<br />
<br />
7%<br />
A maioria das empresas pesquisadas (51%) exportou para até cinco países em 2011. Somente um número reduzido das<br />
empresas (13%) atendeu mais de 20 mercados, como apresenta o gráfico a seguir.<br />
Número aproximado de mercados importadores atendidos pela empresa em 2011<br />
<br />
51%<br />
<br />
5%<br />
<br />
8%<br />
<br />
16%<br />
<br />
20%<br />
Por outro lado, ao considerar-se o número aproximado de mercados importadores atendidos pelas empresas desde as<br />
primeiras exportações, verifica-se que o cenário é um pouco diferente. Um maior número de empresas exportou para um<br />
maior número de países neste horizonte de tempo. Somente 27% das empresas exportaram para até cinco países, enquanto<br />
outros 27% exportaram para seis a 10 países e 15% tiveram exportações para mais de 40 países. Estes números provavelmente<br />
indicam que as empresas nem sempre têm conseguido manter clientes nos mercados importadores em que atuam<br />
e, por diversas razões, deixam de atender esses mercados.<br />
60 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Número aproximado de mercados importadores atendidos pela empresa desde as primeiras<br />
exportações<br />
<br />
27%<br />
<br />
15%<br />
<br />
27%<br />
<br />
5%<br />
<br />
12%<br />
<br />
14%<br />
Ao analisar-se o desempenho das exportações em dólares nos últimos cinco anos, verifica-se, pelo gráfico a seguir, que<br />
mais de um quarto das empresas pesquisadas obteve estabilidade nos valores exportados. Já 37% delas informaram que<br />
os valores foram incrementados neste período, sendo que para 25% o aumento médio anual tem sido de até 10%. Por outro<br />
lado, para 37% das empresas os valores exportados em dólar foram reduzidos. E 14% delas informaram queda anual de<br />
até 10% nos últimos cinco anos.<br />
Desempenho das exportações em US$ entre 2007 e 2011<br />
<br />
<br />
7%<br />
<br />
<br />
26%<br />
<br />
<br />
25%<br />
<br />
<br />
6%<br />
<br />
<br />
10%<br />
<br />
<br />
14%<br />
<br />
<br />
6%<br />
<br />
<br />
1%<br />
<br />
<br />
5%<br />
A razão mais apontada para as reduções das exportações foi a política cambial desfavorável. Em seguida, as empresas<br />
apontaram a perda da competitividade no mercado mundial devido ao acirramento da concorrência estrangeira. Outras<br />
razões entre as mais citadas foram o aumento do custo de produção, associado ao Custo Brasil, e a deterioração do poder<br />
de compra dos importadores, como resultado da recente crise internacional.<br />
SISTEMA FIESC<br />
61
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
A respeito da evolução dos preços em dólares dos produtos exportados nos últimos cinco anos, o gráfico a seguir aponta<br />
que, para 42% das empresas respondentes os preços têm se mantido estáveis, enquanto 30% informam que os preços foram<br />
parcialmente aumentados e 16% afirmam que os preços foram parcialmente reduzidos.<br />
Evolução dos preços em US$ dos produtos exportados entre 2007 e 2011<br />
<br />
<br />
42%<br />
<br />
<br />
8%<br />
<br />
<br />
16%<br />
<br />
<br />
30%<br />
<br />
<br />
4%<br />
Já quando se analisa a evolução das quantidades exportadas entre 2007 e 2011, 42% das empresas informaram que os volumes<br />
estão sendo reduzidos, ao passo que para 27% os volumes estão se mantendo relativamente estáveis. Para 22% das<br />
empresas, os volumes exportados estão sendo parcialmente aumentados.<br />
Evolução das quantidades exportadas entre 2007 e 2011<br />
<br />
<br />
9%<br />
<br />
<br />
27%<br />
<br />
<br />
18%<br />
<br />
<br />
22%<br />
<br />
<br />
24%<br />
Sobre a política de desenvolvimento de produtos voltados à exportação adotada pelas empresas pesquisadas, as respostas<br />
foram muito equilibradas, como apresenta o gráfico a seguir. A maior parte (39%) tem priorizado o desenvolvimento de<br />
produtos para o mercado interno, posteriormente adaptando e ofertando esses produtos também para o mercado externo.<br />
Já 30% delas têm buscado diversificar a produção/comercialização, com a inclusão de novos produtos em seu portfólio de<br />
exportação, visando alcançar novos nichos de mercado. Somente uma pequena parcela das respondentes (9%) reduziu a<br />
linha de produtos voltados à exportação.<br />
62 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Desenvolvimento de produtos para a exportação<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
30%<br />
<br />
<br />
9%<br />
<br />
<br />
<br />
22%<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
39%<br />
As empresas foram solicitadas a informar as estratégias que vêm adotando para melhor posicionarem-se no mercado internacional.<br />
Das 21 estratégias listadas, as seis mais adotadas pelas empresas pesquisadas foram, em ordem decrescente<br />
de citações:<br />
Criação/oferta de novos produtos com diferenciais competitivos e/ou maior valor agregado<br />
Participação em feiras internacionais do setor, como expositor ou visitante<br />
Busca por novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização<br />
Conquista de certificações internacionais (produtos e/ou processos)<br />
Implementação de programas de qualidade total<br />
Maiores investimentos em inovação, pesquisa, tecnologia, design e desenvolvimento de produtos e/ou processos<br />
Estratégias que as empresas adotam para melhor posicionamento no mercado internacional (%)<br />
9<br />
8<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
3 17 8 1 12 4 16 9 2 11 5 14 19 21 7 20 13 10 15 6 18<br />
3. Criação/oferta de novos produtos com diferenciais competitivos e/ou maior valor agregado<br />
17. Participação em feiras internacionais do setor, como expositor ou visitante<br />
8. Busca por novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização<br />
1. Conquista de certificações internacionais (produtos e/ou processos)<br />
12. Implementação de programas de qualidade total<br />
SISTEMA FIESC<br />
63
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
4. Maiores investimentos em inovação, pesquisa, tecnologia, design e desenvolvimento de produtos e/ou processos<br />
16. Contratação de empresa especializada em logística internacional<br />
9. Diversificação de mercados em países com maior dinamismo no comércio internacional<br />
2. Desenvolvimento de estratégias dinâmicas de marketing e marca<br />
11. Investigação e monitoramento do ambiente competitivo internacional<br />
5. Estruturação da rede de distribuição em países-chave<br />
14. Contratação de profissionais especializados para atender às demandas de internacionalização da empresa<br />
19. Mudanças na estrutura organizacional e em processos internos da empresa<br />
21. Estabelecimento de alianças estratégicas com empresas no exterior<br />
7. Disponibilização de novos serviços de pré e pós-venda<br />
20. Estabelecimento de alianças estratégicas com empresas no Brasil<br />
13. Programas de benchmarking com empresas nacionais e estrangeiras<br />
10. Programas de desenvolvimento de capacidade de gestão e comercialização internacionais<br />
15. Contratação de seguros de créditos para aumentar as opções de pagamento e prazos aos importadores<br />
6. Implementação de planos/modelos de internacionalização<br />
18. Segmentação da produção em área/linha dedicada exclusivamente à exportação<br />
Também solicitou-se que as empresas informassem, para as 21 estratégias listadas, aquelas que não adotam mas que acreditam<br />
que se adotassem, poderiam melhorar seu posicionamento no mercado internacional. As seis estratégias mais citadas,<br />
em ordem decrescente de citações, foram:<br />
Implementação de planos/modelos de internacionalização<br />
Desenvolvimento de estratégias dinâmicas de marketing e marca<br />
Programas de desenvolvimento de capacidade de gestão e comercialização internacionais<br />
Estruturação da rede de distribuição em países-chave<br />
Contratação de seguros de créditos para aumentar as opções de pagamento e prazos aos importadores<br />
Segmentação da produção em área/linha dedicada exclusivamente à exportação<br />
Estratégias que as empresas deveriam adotar para melhor posicionamento no mercado internacional (%)<br />
8<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
6 2 10 5 15 18 7 9 13 8 11 1 14 21 3 4 20 19 17 12 16<br />
6. Implementação de planos/modelos de internacionalização<br />
2. Desenvolvimento de estratégias dinâmicas de marketing e marca<br />
64 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
10. Programas de desenvolvimento de capacidade de gestão e comercialização internacionais<br />
5. Estruturação da rede de distribuição em países-chave<br />
15. Contratação de seguros de créditos para aumentar as opções de pagamento e prazos aos importadores<br />
18. Segmentação da produção em área/linha dedicada exclusivamente à exportação<br />
7. Disponibilização de novos serviços de pré e pós-venda<br />
9. Diversificação de mercados em países com maior dinamismo no comércio internacional<br />
13. Programas de benchmarking com empresas nacionais e estrangeiras<br />
8. Busca por novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização<br />
11. Investigação e monitoramento do ambiente competitivo internacional<br />
1. Conquista de certificações internacionais (produtos e/ou processos)<br />
14. Contratação de profissionais especializados para atender às demandas de internacionalização da empresa<br />
21. Estabelecimento de alianças estratégicas com empresas no exterior<br />
3. Criação/oferta de novos produtos com diferenciais competitivos e/ou maior valor agregado<br />
4. Maiores investimentos em inovação, pesquisa, tecnologia, design e desenvolvimento de produtos e/ou processos<br />
20. Estabelecimento de alianças estratégicas com empresas no Brasil<br />
19. Mudanças na estrutura organizacional e em processos internos da empresa<br />
17. Participação em feiras internacionais do setor, como expositor ou visitante<br />
12. Implementação de programas de qualidade total<br />
16. Contratação de empresa especializada em logística internacional<br />
As empresas informaram os motivos pelos quais não implementam as estratégias que consideram mais adequadas para<br />
melhor posicionamento no mercado internacional. O motivo mais citado foi a priorização do mercado brasileiro, que se<br />
encontra aquecido e que, por isso, tem sido o principal alvo de suas operações. Outra razão bastante citada foi a falta dos<br />
recursos financeiros necessários para a implementação de algumas das estratégias. As empresas também informaram que<br />
a conjuntura atual, tanto no Brasil, devido à política cambial vigente, quanto internacionalmente, em função da alta concorrência<br />
asiática e dos efeitos da recente crise financeira internacional, não tem sido favorável para a adoção de determinadas<br />
estratégias.<br />
A pesquisa procurou analisar o grau de conhecimento e utilização dos principais programas e incentivos à exportação e regimes<br />
aduaneiros especiais existentes no Brasil. Os instrumentos que as empresas têm utilizado de forma mais efetiva são a<br />
desoneração de IPI e ICMS (87%), a restituição de PIS e COFINS (83%) e os adiantamentos cambiais ACC (59%) e ACE (51%).<br />
Alguns dos instrumentos apresentados no formulário são desconhecidos por grande parte das empresas respondentes.<br />
Mais de um terço das empresas pesquisadas não conhecem seis dos 16 instrumentos informados, listados a seguir:<br />
Regime Aduaneiro de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado – RECOF<br />
Sistema de Registro de Informações de Promoção – SISPROM<br />
Programa de Geração de Emprego e Renda - PROGER Exportação<br />
Despacho Aduaneiro Expresso – Linha Azul<br />
BNDES Exim Pós-Embarque<br />
BNDES Exim Pré-Embarque<br />
A respeito das linhas de financiamento BNDES Exim, uma parcela significativa das empresas também informa não estar<br />
conseguindo utilizar o Pós-Embarque (22%), o Pré-Embarque (20%), a Linha Azul (36%) e o PROEX (25%).<br />
SISTEMA FIESC<br />
65
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Conhecimento e utilização dos programas e incentivos à exportação e regimes aduaneiros especiais (%)<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
7 7 6 6<br />
3<br />
10<br />
18 16 16 12 15<br />
14<br />
24 20 21<br />
21 25<br />
22<br />
35<br />
22<br />
21<br />
23<br />
4 35<br />
27<br />
28<br />
32<br />
23 28<br />
36<br />
17 7<br />
2<br />
81<br />
32<br />
87<br />
59<br />
54<br />
39<br />
32<br />
18<br />
7<br />
27<br />
9<br />
32<br />
71<br />
46<br />
51<br />
53<br />
41<br />
34 30<br />
34 34<br />
24<br />
26<br />
6 12<br />
14<br />
20<br />
15 9<br />
1 2 4 5 3 8 12 9 13 11 16 15 10 14 7 6<br />
Não conhece Utiliza Não tem interesse Não consegue utilizar<br />
1. Desoneração IPI e ICMS<br />
2. Restituição PIS/COFINS<br />
4. ACC<br />
5. ACE<br />
3. Drawback<br />
8. Exportações Simplificadas – SIMPLEX<br />
12. Porto Seco<br />
9. SISCARGA<br />
13. REDEX<br />
11. PROEX<br />
16. BNDES Exim Pré-Embarque<br />
15. BNDES Exim Pós-Embarque<br />
10. Despacho Aduaneiro Expresso – Linha Azul<br />
14. PROGER Exportação<br />
7. SISPROM<br />
6. RECOF – Entreposto Industrial<br />
Torna-se necessário verificar os obstáculos que as empresas vêm enfrentando que as impossibilitam de utilizar esses instrumentos<br />
e, ao mesmo tempo, auxiliar os órgãos competentes na promoção mais eficaz daqueles instrumentos que ainda<br />
são desconhecidos. A correta utilização dos mecanismos apresentados pode contribuir significativamente para o maior<br />
grau de competitividade das exportadoras catarinenses.<br />
Perspectivas<br />
Quando questionadas sobre a projeção das exportações para 2012, mais da metade das empresas pesquisadas (56%) aponta<br />
perspectivas de incremento: 25% esperam obter crescimento de até 10%, enquanto 19% acreditam que suas exportações<br />
crescerão de 11% a 30%. Somente 12% das empresas estimam que aumentarão as exportações em mais de 30%, comparativamente<br />
a 2011.<br />
Por outro lado, 29% das empresas projetam estabilidade nos valores exportados e 15% estimam que suas exportações<br />
sofrerão queda em 2012. Deste último grupo de empresas, a maior parte (10%) acredita que suas exportações deverão<br />
reduzir-se em até 10% quando comparadas com 2011.<br />
66 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Projeção das exportações para 2012<br />
<br />
1%<br />
<br />
29%<br />
<br />
1%<br />
<br />
3%<br />
<br />
25%<br />
<br />
10%<br />
<br />
9%<br />
<br />
3%<br />
<br />
19%<br />
Para as empresas que acreditam que suas exportações de 2012 serão inferiores às de 2011, os principais motivos apontados<br />
para tal foram as barreiras comerciais na exportação para a Argentina, com as medidas de restrição às importações implementadas<br />
no país, a priorização das empresas no mercado brasileiro e a perda de competitividade internacional, além das<br />
dificuldades associadas à política cambial adotada no Brasil.<br />
Mais da metade das empresas pesquisadas pretende realizar ações em 2012 visando a abertura de novos mercados importadores.<br />
Possivelmente devido ao fato de que suas exportações vêm crescendo de forma mais substancial em mercados<br />
emergentes ou em países em desenvolvimento, ou em função de recentemente as economias destes países estarem crescendo<br />
acima da média mundial, como demonstrou-se nos capítulos anteriores da publicação, as empresas informaram que,<br />
em 2012, irão focar seus esforços de vendas buscando novos mercados importadores principalmente em países da América<br />
do Sul (30%), da África (15%), da América Central (14%) e do Oriente Médio (12%). Ainda assim, mercados tradicionalmente<br />
importadores de produtos catarinenses, como os EUA, também são importantes alvos para expansão em 2012. A América<br />
do Norte aparece na segunda colocação (com 17%), conforme apresenta o gráfico a seguir.<br />
Abertura de novos mercados importadores em 2012<br />
<br />
30%<br />
<br />
17%<br />
<br />
15%<br />
<br />
1%<br />
<br />
5%<br />
<br />
12%<br />
<br />
3%<br />
<br />
3%<br />
<br />
14%<br />
SISTEMA FIESC<br />
67
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
As empresas que buscarão abrir novos mercados em 2012 foram solicitadas a informar os critérios que as auxiliaram na<br />
definição destes mercados. A maior parte respondeu que se utilizou de indicadores associados ao potencial de consumo<br />
de seus produtos, tais como crescimento econômico recente, cenário social e político, evolução recente das importações<br />
e tamanho do mercado consumidor.<br />
4.3 Análise das empresas importadoras<br />
Buscou-se na pesquisa informações que pudessem ser comparadas com as estatísticas apresentadas na seção 3.1, em que<br />
foi constatada uma mudança no perfil das importações catarinenses ao longo dos últimos 10 anos, com incrementos mais<br />
significativos dos bens de consumo duráveis e não duráveis e uma redução na participação de bens de capital sobre o<br />
total importado.<br />
Insumos industriais (47%) foi a categoria de produtos mais citada pelas empresas pesquisadas no início de suas importações,<br />
seguidos de bens de capital (19%) e bens de consumo duráveis (17%).<br />
Importações iniciais por setor de conta nacional<br />
<br />
4%<br />
<br />
1%<br />
<br />
3%<br />
<br />
3%<br />
<br />
<br />
17%<br />
<br />
<br />
6%<br />
<br />
19%<br />
<br />
47%<br />
A respeito das categorias de produtos atualmente importados pelas empresas, os percentuais foram parcialmente alterados.<br />
Insumos industriais ainda foi a categoria mais citada, mas com uma pequena redução (41%). Bens de consumo duráveis<br />
aparece na segunda posição, com 21% de citações. Houve também uma leve redução na citação de bens de capital (17%)<br />
e um pequeno incremento nas citações de bens de consumo não duráveis (8%).<br />
Questionadas sobre os motivos que as levaram a expandir as categorias de produtos importados ao longo dos últimos<br />
anos, as empresas responderam que buscaram principalmente reduzir custos e melhorar a competitividade, através da<br />
modernização do parque fabril pela aquisição de bens de capital importados. As empresas que reduziram as categorias de<br />
produtos importados desde as primeiras importações informaram que substituíram estes bens por produtos fabricados<br />
no mercado interno.<br />
68 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Importações atuais por setor de conta nacional<br />
<br />
<br />
5%<br />
<br />
2%<br />
<br />
<br />
3%<br />
<br />
<br />
21%<br />
<br />
<br />
8%<br />
<br />
17%<br />
<br />
<br />
3%<br />
<br />
41%<br />
Assim como nas exportações, grande parte das empresas importadoras pesquisadas (43%) realiza as importações de forma<br />
direta. Para 29% delas, a maior parte das importações é realizada de forma direta, mas também utilizam a forma indireta<br />
para a importação de alguns pedidos ocasionais.<br />
Formas de importação<br />
<br />
<br />
43%<br />
<br />
<br />
7%<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
15%<br />
<br />
<br />
6%<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
29%<br />
Mais de três quartos das empresas que importam indiretamente (77%) utilizam os serviços de tradings e/ou empresas comerciais<br />
importadoras no Brasil, como apresenta o gráfico a seguir.<br />
SISTEMA FIESC<br />
69
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Meios de importação indireta<br />
<br />
2%<br />
<br />
<br />
3%<br />
<br />
<br />
9%<br />
<br />
<br />
77%<br />
<br />
<br />
9%<br />
A respeito do destino final das mercadorias importadas, o gráfico a seguir aponta que, para 48% das empresas participantes,<br />
as mercadorias são destinadas ao consumo próprio. Por outro lado, para 24% das empresas, os produtos são destinados<br />
ao consumo de terceiros. E para 13%, a maior parte das mercadorias importadas é para consumo próprio, mas parte delas<br />
também é destinada ao consumo de terceiros.<br />
Destino final dos produtos importados<br />
<br />
48%<br />
<br />
24%<br />
<br />
<br />
6%<br />
<br />
<br />
13%<br />
<br />
<br />
9%<br />
Para as empresas que realizaram importações cujos produtos foram destinados ao consumo de terceiros (total ou parcialmente),<br />
75% informaram que a maioria dos consumidores finais estava localizada em outros estados brasileiros, mas parte<br />
também estava em Santa Catarina, como demonstra o gráfico a seguir.<br />
70 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Localização dos consumidores dos produtos importados destinados ao consumo de terceiros<br />
<br />
<br />
<br />
19%<br />
<br />
<br />
<br />
6%<br />
<br />
<br />
<br />
75%<br />
Quase metade das empresas pesquisadas (46%) importou entre US$ 100 mil e US$ 999 mil em 2011, seguidas de empresas<br />
que importaram entre US$ 1 milhão e US$ 9,9 milhões (25% do total). Estes valores são compatíveis com os portes das<br />
empresas pesquisadas e proporcionais à estratificação da amostra, em termos de porte de empresas.<br />
Valor das importações em 2011<br />
<br />
17%<br />
<br />
1%<br />
<br />
46%<br />
<br />
11%<br />
<br />
25%<br />
Os valores importados em 2011 corresponderam a até 10% do total das compras efetuadas para 48% das empresas pesquisadas.<br />
Por outro lado, para 16% destas empresas as importações representaram mais de 70% das compras globais. Estes<br />
números demonstram que algumas empresas são muito dependentes das importações em suas operações.<br />
SISTEMA FIESC<br />
71
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Participação das importações no total das compras em 2011<br />
<br />
48%<br />
<br />
16%<br />
<br />
5%<br />
<br />
8%<br />
<br />
6%<br />
<br />
17%<br />
Tomando-se como base o gráfico anterior, o gráfico a seguir demonstra que, realizando-se uma análise histórica da participação<br />
das importações no total das compras das empresas desde as primeiras importações, verifica-se que não ocorreram<br />
alterações substanciais nos percentuais apresentados em 2011. A mudança mais significativa foi no grupo de empresas<br />
que importaram até 10% das compras globais (reduzindo de 48% para 42%) e da parcela das empresas que importaram<br />
de 11 a 20% do total (aumentando de 17% para 23%). Ou seja, para algumas das empresas pesquisadas as importações já<br />
tiveram uma representatividade maior no passado.<br />
Maior percentual de participação das importações no total das compras desde as primeiras importações<br />
<br />
42%<br />
<br />
16%<br />
<br />
3%<br />
<br />
23%<br />
<br />
8% <br />
8%<br />
No tocante aos principais países fornecedores das empresas pesquisadas em 2011, o mercado mais citado (26% do total)<br />
foi a China, seguida da Alemanha (com 15%), dos EUA (12%) e da Itália (11%). Coincidentemente, estes quatro países fazem<br />
parte da relação dos 10 principais países fornecedores para Santa Catarina em 2011, além de Chile, Argentina, Peru, Coreia do<br />
Sul, Índia e México, alguns deles também dentre os mais citados pelas empresas pesquisadas, como apresentado no gráfico.<br />
72 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Principais países fornecedores em 2011<br />
<br />
26%<br />
ALEMANHA<br />
15%<br />
<br />
16%<br />
FRANÇA<br />
2%<br />
<br />
12%<br />
<br />
2%<br />
<br />
3% <br />
4%<br />
<br />
4%<br />
<br />
5%<br />
<br />
11%<br />
Quando questionadas sobre a evolução das importações nos últimos cinco anos, um quarto das empresas informou que<br />
houve estabilidade nos valores importados. Somente 10% afirmam que as importações tiveram valores reduzidos nesse<br />
período. O restante das empresas (65%) informou que as importações foram incrementadas entre 2007 e 2011. Para 31%<br />
das empresas, o crescimento médio anual foi de 11 a 30%, enquanto para 26% delas foi de até 10%.<br />
Desempenho das importações em US$ entre 2007 e 2011<br />
<br />
25%<br />
<br />
2%<br />
<br />
26%<br />
<br />
2%<br />
<br />
6%<br />
<br />
3%<br />
<br />
5%<br />
<br />
31%<br />
Sobre a evolução dos preços em dólares dos produtos importados nos últimos cinco anos, mais da metade das empresas<br />
(53%) informou que os preços estão mantendo-se estáveis, ao passo que 30% afirmam que estão sendo parcialmente aumentados.<br />
Interessante notar que 12% das respondentes informaram que os preços estão sendo parcialmente reduzidos.<br />
As empresas que tiveram suas importações aumentadas recentemente foram solicitadas a informar os motivos que ocasionaram<br />
este incremento. O principal motivo citado, pela maioria das empresas respondentes, foi o aumento das vendas<br />
no mercado interno e o aumento da produção. Algumas empresas também apontaram a melhor acessibilidade aos itens<br />
importados, por custos mais reduzidos e pela política cambial favorável às importações no Brasil, o que trouxe ganhos de<br />
competitividade a essas empresas.<br />
SISTEMA FIESC<br />
73
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Evolução dos preços em US$ dos produtos importados entre 2007 e 2011<br />
<br />
53%<br />
<br />
5%<br />
<br />
30% <br />
12%<br />
As empresas também foram questionadas sobre a evolução das quantidades dos produtos importados entre 2007 e 2011.<br />
Mais da metade (54%) informou que as quantidades estão sendo aumentadas, e 36% responderam que estão mantendo-<br />
-se estáveis.<br />
Evolução das quantidades importadas entre 2007 e 2011<br />
<br />
36%<br />
<br />
8%<br />
<br />
13%<br />
<br />
2%<br />
<br />
41%<br />
Ao final desta seção da pesquisa, as empresas informaram suas expectativas em relação à evolução das importações para<br />
este ano, em comparação a 2011. A maior parte delas (61%) projeta incremento nas importações em 2012, em contraste<br />
com 21% das empresas pesquisadas, que acreditam que as importações permanecerão estáveis, e com 18% que preveem<br />
redução. Para 32% das empresas, o incremento será de até 10%, enquanto 21% estimam um aumento entre 11 e 30% nas<br />
importações para 2012, como apresenta o gráfico a seguir.<br />
74 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Projeção das importações para 2012<br />
<br />
21%<br />
<br />
6%<br />
<br />
32%<br />
<br />
1%<br />
<br />
3%<br />
<br />
8%<br />
<br />
3%<br />
<br />
5%<br />
<br />
21%<br />
Para as empresas que projetam crescimento nas importações, o principal motivo informado é o aumento das vendas ou<br />
da produção, em função da maior demanda interna. As empresas também citaram que este aumento será decorrente de<br />
investimentos na modernização de seus parques fabris, pela compra de bens de capital importados, e da busca pela redução<br />
de custos, através da aquisição de matéria-prima e insumos importados com preços mais competitivos.<br />
4.4 Experiência das empresas na internacionalização<br />
Em sua etapa final, a pesquisa buscou analisar o que motiva as empresas a internacionalizar seus negócios, que estratégias<br />
são adotadas, quais as principais dificuldades encontradas, assim como propor recomendações ao governo do empresariado<br />
catarinense para o fomento do comércio exterior.<br />
O principal motivo que levou as empresas à internacionalização, citado por 25% delas foi o “crescimento da empresa”,<br />
seguido de “acesso a novos mercados” (16%), “aumento de competitividade” (11%) e “posicionamento no<br />
mercado” (11%).<br />
SISTEMA FIESC<br />
75
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Motivos para a empresa internacionalizar-se<br />
<br />
1%<br />
<br />
<br />
5%<br />
<br />
<br />
2%<br />
<br />
3%<br />
<br />
3%<br />
<br />
<br />
3%<br />
<br />
25%<br />
<br />
16%<br />
<br />
9%<br />
<br />
9%<br />
<br />
11%<br />
<br />
2%<br />
<br />
11%<br />
Sobre as estratégias de internacionalização mais utilizadas pelas empresas pesquisadas, verifica-se a predominância da exportação<br />
direta (32%), importação direta (25%), exportação através de terceiros (14%) e importação através de terceiros (12%).<br />
Estratégias de internacionalização<br />
<br />
<br />
7%<br />
<br />
2%<br />
<br />
1%<br />
<br />
<br />
1%<br />
<br />
32%<br />
<br />
<br />
14%<br />
<br />
1%<br />
<br />
<br />
5%<br />
<br />
<br />
12%<br />
<br />
25%<br />
Uma pequena parcela (7%) das empresas também realiza associação/alianças estratégicas com empresas estrangeiras que<br />
não implicam em investimentos. Para 50% destas empresas, estas parcerias têm natureza comercial. E 14% informaram que<br />
as alianças têm a finalidade de compras, enquanto 14% também vêm desenvolvendo acordos de cooperação tecnológica,<br />
como apresenta o gráfico seguinte.<br />
76 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Natureza das alianças estratégicas<br />
<br />
4%<br />
<br />
50%<br />
<br />
14%<br />
<br />
7%<br />
<br />
14%<br />
<br />
11%<br />
No tocante às barreiras internas à internacionalização consideradas mais relevantes, para 28% das empresas pesquisadas as<br />
economias de escala são reduzidas, o que torna os custos de produção elevados em relação aos concorrentes internacionais.<br />
As empresas também apontam como outros principais obstáculos internos à internacionalização o fato de o mercado<br />
doméstico atender a seus objetivos (18%), a dificuldade de acesso aos canais de distribuição em outros países (15%) e as<br />
dificuldades em formar parcerias internacionais (14%).<br />
Barreiras internas à internacionalização<br />
<br />
<br />
18%<br />
<br />
<br />
10%<br />
<br />
<br />
<br />
5%<br />
<br />
3%<br />
<br />
<br />
7%<br />
<br />
<br />
15%<br />
<br />
<br />
<br />
28%<br />
<br />
14%<br />
Conforme demonstra o próximo gráfico, as empresas pesquisadas informaram que os principais obstáculos externos em<br />
seu processo de internacionalização considerados muito relevantes ou relevantes foram, em ordem de importância: a concorrência<br />
internacional, a política cambial desfavorável às exportações, a burocracia excessiva em órgãos governamentais<br />
brasileiros, a recessão em outros países, o elevado custo do transporte internacional e a falta de incentivos fiscais oferecidos<br />
pelo governo brasileiro.<br />
SISTEMA FIESC<br />
77
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Barreiras externas à internacionalização<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
64<br />
58<br />
51<br />
42<br />
37<br />
36<br />
28<br />
35<br />
22<br />
48<br />
14<br />
49<br />
8<br />
38<br />
8<br />
45<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
45 49 53<br />
32<br />
37<br />
38<br />
54<br />
47<br />
37<br />
30<br />
37<br />
4 6 11 13 14 11<br />
1 2 3 7 4 5 8 9 6<br />
11<br />
10<br />
Sem relevância Relevante Muito relevante<br />
1. Acirrada concorrência internacional<br />
2. Política cambial desfavorável às exportações<br />
3. Burocracia excessiva em órgãos governamentais no Brasil<br />
7. Recessão em outros países<br />
4. Elevado custo do transporte internacional<br />
5. Falta de incentivos fiscais oferecidos pelo governo brasileiro<br />
8. Insegurança jurídica do Mercosul<br />
9. Barreiras técnicas nos países importadores<br />
6. Falta de financiamento às exportações de produtos brasileiros<br />
11. Acesso a sistemas de seguros de crédito ineficazes<br />
10. Carência de escalas de navegação<br />
Em consonância com os resultados apresentados, verifica-se que a desoneração tributária, para 21% das empresas, e a<br />
desburocratização e redução de custos da atividade exportadora e o estabelecimento de uma política cambial favorável à<br />
exportação, para 13% das empresas, são consideradas áreas que devem ser priorizadas pelo governo federal para o fomento<br />
à internacionalização. Para 10% das empresas o governo também deve priorizar a redução dos custos de transportes e<br />
portos, como verifica-se no gráfico a seguir.<br />
78 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Resultados da pesquisa<br />
Áreas que devem ser priorizadas pelo governo visando o fomento à internacionalização (%)<br />
<br />
3%<br />
<br />
1%<br />
<br />
<br />
1%<br />
<br />
<br />
13%<br />
<br />
<br />
6%<br />
<br />
21%<br />
<br />
<br />
8%<br />
<br />
3%<br />
<br />
1%<br />
<br />
<br />
8%<br />
3% <br />
1%<br />
<br />
<br />
13%<br />
<br />
<br />
8%<br />
<br />
10%<br />
Para mais da metade das empresas participantes da pesquisa (56%), a experiência de internacionalização tem sido muito<br />
positiva e o aprendizado obtido até o momento tem favorecido o crescimento e contribuído para o alcance dos objetivos<br />
organizacionais. Ao mesmo tempo, para 26% das empresas a experiência internacional adquirida ao longo dos anos trouxe<br />
benefícios, mas recentemente passaram a focar seus esforços no mercado doméstico devido aos obstáculos enfrentados<br />
no cenário internacional.<br />
Avaliação do processo de inserção internacional<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
8%<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
56%<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
10%<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
26%<br />
SISTEMA FIESC<br />
79
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
5. Conclusões<br />
Desafios e oportunidades para Santa Catarina<br />
A globalização da economia, a formação de blocos econômicos e o crescimento do número de acordos de comércio bilaterais<br />
e multilaterais têm provocado uma redução das distâncias geográficas e culturais entre os países. O eixo do comércio<br />
tem se alterado sensivelmente nos últimos anos. Os países emergentes vêm alcançando fatias cada vez mais crescentes<br />
das compras e vendas mundiais de mercadorias, em detrimento dos países desenvolvidos, que entraram em crise a partir<br />
de 2008, ocasionando novas alterações nos fluxos internacionais de produtos. Esse conjunto de fatores delineou um cenário<br />
complexo e desafiador para o comércio internacional desde o início do século 21, impondo a necessidade de novas<br />
estratégias de inserção para empresas e países.<br />
Assim como no resto do mundo, o Brasil vem sofrendo o impacto das transformações, caracterizadas por um ambiente altamente<br />
concorrencial e de acelerada evolução tecnológica. Cada vez mais, as empresas devem estar preparadas para fazer<br />
frente à crescente competição imposta pela globalização e pelas pressões dos mercados internacionais. Um dos grandes<br />
benefícios advindos desse processo é a possibilidade de conquista de novos mercados, antes não acessados. A inserção<br />
em mercados internacionais tem se tornado fundamental não apenas para a expansão das empresas, mas como estratégia<br />
de diversificação e redução de riscos perante as oscilações do mercado interno.<br />
Face às constantes mudanças que influem na dinâmica do comércio internacional, governos e empresas têm buscado estratégias<br />
que garantam ganhos em competitividade, acesso a mercados, diminuição dos riscos de operação e novas fontes<br />
de financiamento, entre outras. Nesse novo contexto, observa-se a intensificação da integração dos países e empresas ao<br />
mercado mundial, a integração produtiva e comercial em busca do aumento das vantagens comparativas e a superação de<br />
obstáculos dentro de um cenário marcado pelo forte ritmo de crescimento do comércio e do investimento entre nações.<br />
A identificação de desafios e entraves a serem superados para o aumento da competitividade das empresas catarinenses<br />
frente às novas dinâmicas da economia mundial é extremamente relevante para a formulação de estratégias para a inserção<br />
no mercado internacional. O delineamento dessas estratégias permite a determinação clara de prioridades e problemas,<br />
oportunidades e obstáculos, bem como a definição da atuação e da coordenação das ações pertinentes, tanto do setor<br />
público como do privado, no apoio à internacionalização de empresas. O quadro a seguir sintetiza as características do cenário<br />
atual com as quais é preciso lidar para a formulação de estratégias de inserção internacional.<br />
Características atuais do ambiente global<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Esta publicação apresentou a evolução do comércio internacional catarinense nos últimos 10 anos, além de abordar<br />
o cenário recente e as perspectivas da economia mundial para os próximos anos. Com as informações apresentadas,<br />
conclui-se que o futuro próximo é desafiador, em virtude da desaceleração econômica mundial e da crise atualmente<br />
vivenciada na Europa e nos Estados Unidos.<br />
Ainda assim, oportunidades existem e precisam ser melhor exploradas em determinados segmentos de produtos e países,<br />
de forma que o estado consiga ampliar substancialmente sua participação no comércio internacional através do incremento<br />
constante de suas exportações.<br />
80 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Conclusões<br />
Diante desse novo panorama, consideradas algumas ressalvas sobre aspectos macroeconômicos anteriormente abordados,<br />
a internacionalização de empresas assume papel crucial, principalmente para países emergentes que formulam políticas<br />
para o crescimento econômico sustentável, como é o caso do Brasil.<br />
Na pesquisa realizada pela FIESC, cujos resultados foram apresentados no capítulo anterior, constatou-se que, apesar da grande<br />
maioria das empresas respondentes serem relativamente novas em atividades de exportação e/ou importação, estão estruturadas<br />
para executar estas atividades. Entretanto, a participação das exportações sobre o faturamento dessas empresas<br />
perdeu importância ao longo dos últimos anos (as exportações sofreram uma queda relativa), e quatro em cada 10 empresas<br />
exportadoras experimentou redução no volume comercializado no exterior. As causas são claras para os empresários:<br />
Razões para a queda relativa das exportações catarinenses<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Fonte: FIESC - Pesquisa com empresas exportadoras de Santa Catarina<br />
Pela análise estatística apresentada, também é possível concluir que houve um incremento considerável nas importações<br />
catarinenses:<br />
Parte desse crescimento pode ser explicada pelo aumento no número de empresas importadoras em Santa Catarina, cuja<br />
instalação foi estimulada pelo programa de incentivos fiscais do governo do estado e por todo um contexto que beneficiou<br />
o crescimento das importações, o que inclui o câmbio apreciado e o crescimento do mercado consumidor interno.<br />
Uma constatação preocupante diz respeito ao perfil dos produtos importados por Santa Catarina. Enquanto a categoria<br />
bens de capital vem decrescendo em termos de participação no total importado pelo estado (35% em 2001 para 18% em<br />
2011), a categoria de bens de consumo, tanto duráveis quanto não duráveis, tem aumentado, representando, juntos, quase<br />
19% do total em 2011, dobrando sua participação na pauta importadora catarinense.<br />
Grande parte das empresas pesquisadas (71%) informou que suas importações foram incrementadas em valor (US$) entre<br />
2007 e 2011, o que foi resultado de maiores vendas no mercado interno ou em função do aumento da produção. Para<br />
mais da metade das empresas os preços em dólares das mercadorias importadas estão se mantendo estáveis, enquanto<br />
as quantidades importadas estão sendo incrementadas.<br />
A maior parte das empresas pesquisadas pela FIESC projeta crescimento nas importações em 2012, em função da maior<br />
demanda interna. As empresas, também citaram que esse aumento será decorrente de investimentos na modernização de<br />
seus parques fabris e da busca pela redução de custos, através da aquisição de matéria-prima e de insumos importados com<br />
preços mais competitivos.<br />
Importações catarinenses – quadro-síntese<br />
<br />
<br />
<br />
No lado das exportações, a maior representatividade na pauta de produtos catarinenses é de bens de consumo não duráveis<br />
e insumos industriais, que em 2011 representaram 39% e 28%, respectivamente. Mas a categoria de bens de capital<br />
também vem ganhando importância ao longo do tempo, aumentando sua participação no total exportado, de 15% em<br />
2001 para 20% em 2011.<br />
SISTEMA FIESC<br />
81
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Conclusões<br />
Ainda que as exportações catarinenses sejam lideradas por bens manufaturados, sua participação no total das exportações<br />
tem decrescido ano após ano (de 62% em 2001 para 52% em 2011). Ao mesmo tempo, tem aumentado a participação de<br />
bens básicos, que cresceu de 33% em 2001 para 46% em 2011. Essa situação, na verdade, reflete o cenário do comércio<br />
mundial, que tem apresentado melhor desempenho na demanda por produtos primários.<br />
Adicionalmente, verificou-se que dos principais produtos exportados por Santa Catarina, somente uma pequena parte<br />
tem apresentado maior dinamismo no comércio mundial, o que reforça a ideia de que novos nichos de mercado devem<br />
ser explorados por empresas catarinenses. O cenário atual indica que há necessidade de maior diversificação na pauta exportadora<br />
do estado, com mais empresas investindo na produção e venda de produtos que apresentam maior dinamismo<br />
no comércio mundial.<br />
Exportações catarinenses – quadro-síntese<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Pela pesquisa, conclui-se que o desenvolvimento de produtos para a exportação é relegado a segundo plano pela maioria<br />
das empresas, priorizando-se o desenvolvimento de produtos destinados ao mercado interno, e adaptando esses produtos<br />
posteriormente para serem ofertados em seu portfolio de exportação.<br />
Para internacionalizarem-se as empresas precisam adotar estratégias adequadas, como atitude competitiva, concentração<br />
geográfica, mecanismos de gestão e de coordenação de atividades, desenvolvimento interno de competências dinâmicas,<br />
absorção e integração de conhecimento, relação com outras empresas (concorrentes, clientes, fornecedores) e capacidade<br />
de adaptação e articulação das diferentes condições locais – especificidades culturais, econômicas, regulamentares e<br />
linguísticas dos países ou regiões.<br />
Para que as empresas sejam competitivas, a importância do estabelecimento de estratégias é indiscutível, principalmente<br />
quando se refere ao mercado externo, pois são boas estratégias que farão frente às oportunidades e ameaças impostas<br />
pelo ambiente externo, na busca de vantagens competitivas ou de um melhor posicionamento.<br />
A este respeito, as estratégias mais adotadas pelas empresas pesquisadas pela FIESC incluem a oferta de novos produtos<br />
(com maior diferencial competitivo ou agregação de valor), a promoção comercial em feiras internacionais e o desenvolvimento<br />
de novos nichos de mercado e/ou novos canais de comercialização. Paralelamente, estas empresas também vêm<br />
buscando a redução de custos e o melhoramento de processos, com programas de qualidade total, obtenção de certificações<br />
e investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia e design.<br />
Não obstante, há estratégias que grande parte das empresas pesquisadas não adota, mas que acredita que se adotasse<br />
poderia ter um melhor posicionamento internacional. Envolvem principalmente a adoção de planos/modelos de internacionalização,<br />
estratégias dinâmicas de marketing e marca, o desenvolvimento de gestão e comercialização internacionais,<br />
a estruturação da rede de distribuição em países-chave e a segmentação da produção para exportação, dentre outras.<br />
Santa Catarina já exporta para um grande número de países e, o que é ainda mais importante, a concentração das exportações<br />
em um número limitado de países vem decrescendo ao longo dos anos. Enquanto em 2001 os 10 principais mercados<br />
importadores respondiam por mais de 67% das exportações, em 2011 essa participação foi reduzida para 55%. O quadro a<br />
seguir aponta algumas particularidades a respeito dos mercados importadores de Santa Catarina:<br />
82 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Conclusões<br />
Mercados de destino de produtos de Santa Catarina<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Mais da metade das empresas pesquisadas projeta incremento das exportações neste ano, enquanto um terço delas acredita<br />
que suas exportações serão estáveis, comparativamente a 2011. Para as empresas que acreditam que suas exportações<br />
serão inferiores em 2012, os principais motivos alegados são:<br />
Barreiras comerciais impostas na Argentina;<br />
Priorização do mercado doméstico;<br />
Política cambial desfavorável no Brasil;<br />
Perda de competitividade internacional.<br />
Sobre o comércio com a Argentina, é importante destacar a pesquisa realizada pela FIESC em 2012, que objetivou compreender<br />
e mensurar o impacto das medidas implementadas pelo governo argentino para restringir as importações<br />
naquele país.<br />
Essa pesquisa, que contou com a participação de 38 empresas catarinenses que exportaram ou exportam para a Argentina,<br />
buscou subsidiar o governo brasileiro com informações relativas às dificuldades comerciais nas exportações para o mercado<br />
argentino, na tentativa de superar as barreiras existentes e fomentar cada vez mais a relação bilateral entre Brasil e Argentina.<br />
Na ocasião constatou-se que mais da metade dessas empresas acredita que suas exportações para a Argentina seriam reduzidas<br />
em 2012, principalmente devido ao atraso e/ou demora na liberação das licenças de importação não automáticas<br />
pelo governo argentino e à imposição de medidas relativas à Resolução DJAI – Declaração Jurada Antecipada de Importação<br />
–, que entrou em vigor em fevereiro de 2012.<br />
Para a retomada do curso normal de comércio com a Argentina, a pesquisa concluiu que o governo brasileiro deveria<br />
se posicionar de forma firme e enérgica em favor das exportadoras brasileiras e buscar uma solução imediata para<br />
os entraves apresentados.<br />
A internacionalização das empresas traz benefícios para todos, mas o processo não evoluirá sem a conjugação de esforços<br />
entre sociedade, setor empresarial e governo. No lado empresarial, houve uma significativa evolução nos objetivos estratégicos,<br />
com um grande movimento para ganhar capacidade competitiva e coragem para enfrentar novas realidades. Para<br />
mais da metade das empresas participantes da pesquisa, a experiência de internacionalização tem sido muito positiva e o<br />
aprendizado obtido até o momento tem favorecido o crescimento e contribuído para o alcance dos objetivos organizacionais.<br />
No entanto, de acordo com as informações obtidas na pesquisa, constatou-se que as estratégias de internacionalização atualmente<br />
adotadas limitam-se à exportação e à importação diretas e indiretas. Somente um número reduzido das empresas<br />
faz uso de outras estratégias, como licenciamento, joint-ventures e alianças estratégicas. O processo de internacionalização<br />
é dificultado por uma série de barreiras.<br />
SISTEMA FIESC<br />
83
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Conclusões<br />
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Barreiras internas à internacionalização<br />
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Fonte: FIESC - Pesquisa com empresas exportadoras e importadoras de SC<br />
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Barreiras externas à internacionalização<br />
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Nesse contexto, a pesquisa realizada identifica as áreas que devem ser priorizadas pelo governo federal para o fomento à<br />
internacionalização de empresas brasileiras: a desoneração tributária, a desburocratização e redução de custos da atividade<br />
exportadora e o estabelecimento de uma política cambial favorável à exportação.<br />
De acordo com a publicação “Internacionalização de Empresas Brasileiras”, produzida pelo governo brasileiro, a literatura<br />
acadêmica e empresarial aponta para um conjunto de ações governamentais que vem auxiliando no processo de internacionalização<br />
das empresas brasileiras, conforme apresenta o quadro a seguir.<br />
Ações do governo brasileiro no fomento à internacionalização de empresas<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
A mesma publicação ressalta a necessidade de adotar-se o modelo do Estado facilitador, caracterizado pela eliminação<br />
de barreiras e entraves à internacionalização das empresas nacionais. Esse modelo se pauta pela criação de um ambiente<br />
regulatório favorável à internacionalização, por meio, por exemplo, da redução, simplificação ou eliminação de barreiras<br />
administrativas e cambiais, entre outras.<br />
A estrutura de governança de uma economia determina a capacidade de ajustes na formulação e aplicação de estratégias<br />
e ações que permitam aproveitar oportunidades, elevando seu nível de competitividade internacional. Por outro lado, as<br />
estratégias de internacionalização de empresas não levam unicamente em conta os fatores externos para a obtenção de<br />
resultados. Elas também se inserem no contexto mais geral da política econômica e industrial do país. A interação entre<br />
as estratégias dos governos, de promover o desenvolvimento econômico, e as estratégias das empresas, de expansão no<br />
mercado internacional, pode resultar em soluções de questões prementes que lhes permitam alcançar tais objetivos.<br />
Com os efeitos ainda sentidos da recente crise internacional e diante do fraco crescimento econômico global, há necessidade<br />
de um novo direcionamento por parte do setor exportador catarinense, com vistas a tornar-se mais competitivo no<br />
cenário mundial e a ampliar sua participação no comércio internacional.<br />
Pelo estudo, conclui-se que os países desenvolvidos ainda passarão por momentos difíceis nos próximos anos, e que os<br />
países em desenvolvimento deverão <strong>continu</strong>ar impulsionando o crescimento da economia mundial, ainda que em um<br />
ritmo inferior ao dos anos mais recentes.<br />
84 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Conclusões<br />
Nesse cenário, cabe às empresas de Santa Catarina buscar ampliar negócios naqueles mercados em que se observa uma<br />
evolução mais positiva no comércio internacional, particularmente em países emergentes da África, da Ásia, da América<br />
Latina e do Oriente Médio. Mesmo que esses países apresentem economias menores, com valores de importação inferiores<br />
aos de países desenvolvidos, é neles que atualmente se encontram as oportunidades de negócios mais promissoras<br />
no curto e no médio prazo.<br />
Este trabalho buscou apresentar dados e informações que venham auxiliar as empresas catarinenses na reavaliação e, eventualmente,<br />
no re-direcionamento de suas estratégias de internacionalização, ainda que para isso seja também necessário o<br />
engajamento dos governos estadual e federal e da iniciativa privada, principalmente através da implementação de medidas<br />
efetivas de fomento às exportações brasileiras.<br />
Os resultados proporcionados pela publicação também subsidiaram a FIESC na elaboração do “Programa Estratégico para<br />
a Internacionalização da Indústria Catarinense”, que, uma vez implementado, buscará transpor alguns dos principais obstáculos<br />
enfrentados pelas empresas do estado em sua trajetória de internacionalização.<br />
O referido plano prevê a execução pela FIESC em possíveis parcerias com outras instituições públicas e privadas que colaboram<br />
de forma direta ou indireta para o comércio exterior catarinense e brasileiro, atuando em grandes eixos: Promoção<br />
das Exportações, Atração de Investimentos Estrangeiros, Fomento de Parcerias Internacionais, Inteligência Competitiva e<br />
Capacitação e Infraestrutura.<br />
Através dos resultados esperados a partir das ações a serem executadas nesses eixos, acredita-se que a FIESC e demais entidades<br />
potenciais parceiras estarão contribuindo para que as empresas de Santa Catarina alcancem um patamar de superioridade<br />
no comércio mundial. Com um setor produtivo mais competitivo internacionalmente, os efeitos em termos de<br />
desenvolvimento empresarial terão reflexo positivo no crescimento sustentável da economia catarinense.<br />
SISTEMA FIESC<br />
85
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
6. Anexos<br />
6.1 Principais premissas do cenário-base para as estimativas de 2012/2013<br />
As estimativas apresentadas no estudo da ONU são baseadas em cálculos usando o Modelo de Previsão Econômica Mundial<br />
das Nações Unidas (WEFM), cujos dados são informados pelos participantes do Projeto Link, uma rede de instituições<br />
e pesquisadores apoiados pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, de acordo com as<br />
perspectivas econômicas previstas para cada país.<br />
As previsões apresentadas individualmente por especialistas dos países são ajustadas com base em pressupostos globais<br />
harmonizados e pela imposição de regras de consistência globais (especialmente para os fluxos comerciais, medidos em<br />
volume e valor) definidas pelo WEFM. Os principais pressupostos globais são apresentados a seguir e formam o núcleo do<br />
cenário de previsão – o cenário-base que apresenta a maior probabilidade de ocorrência.<br />
Antecedentes dos pressupostos de base<br />
Assume-se que dentro do intervalo do período de previsão, a crise da dívida soberana na Europa será contida e que medidas<br />
adequadas sejam tomadas para evitar uma crise de liquidez que poderia levar a maiores insolvências bancárias e a<br />
uma crise de crédito renovada. Estas medidas incluem uma reestruturação ordenada da dívida grega, um certo grau de<br />
recapitalização dos bancos e um reforço do Fundo de Estabilidade Financeira Europeu (EFSF), de modo que os mercados<br />
se assegurem que há recursos suficientes para lidar com uma possível recessão em um dos maiores países-membros.<br />
Nos Estados Unidos, assume-se que o Joint Select Committee on Deficit Reduction chegaria a um acordo sobre o pacote de<br />
corte de US$ 1,2 trilhão em gastos do governo nos próximos 10 anos ou, no caso desse acordo não se concretizar, que o<br />
plano de contingência para uma redução do orçamento anual de dimensões semelhantes de US$ 120 bilhões seria implementado.<br />
Mais amplamente, as políticas macroeconômicas planejadas das grandes economias para o curto prazo (2012-<br />
2013), como reflete o Plano de Ação de Cannes para o Crescimento e o Emprego, adotado em 4 de novembro de 2011<br />
pelos líderes do Grupo dos Vinte (G20), são assumidas a serem seguidas no cenário de referência.<br />
Pressupostos das políticas monetária e fiscal para as principais economias<br />
Assume-se que o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) mantenha a taxa de juros dos fundos federais no seu nível baixo<br />
atual, entre 0,0 e 0,25%, até ao final de 2013.<br />
Também se assume que o Banco Central Europeu (BCE) deva fazer outro corte de 25 pontos-base na sua principal taxa até<br />
o final do ano, elevando a taxa mínima de volta para 1%. O BCE deverá <strong>continu</strong>ar a fornecer liquidez aos bancos através<br />
de uma série de comodidades, tais como operações de refinanciamento de prazo de várias durações e compra de títulos<br />
soberanos sob o programa Securities Market Programme (SMP).<br />
Presume-se que o Banco do Japão (BoJ) mantenha sua principal taxa de juros em 0,05% e <strong>continu</strong>e a usar seu balanço<br />
patrimonial para gerir a liquidez através do Programa de Compra de Ativo (APP) para adquirir ativos de risco, como títulos<br />
comerciais e bônus corporativos, além das obrigações e bilhetes do Tesouro. O BoJ também deve <strong>continu</strong>ar a intervir no<br />
mercado de câmbio estrangeiro para estabilizar o valor do iene.<br />
Nas principais economias emergentes, o Banco do Povo da China (PBC) deverá manter em espera o seu aperto monetário,<br />
com base em uma suposição contingente de que a inflação na economia começará a ser contida.<br />
86 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
Em termos de política fiscal, supõe-se que nos Estados Unidos apenas os itens para o corte de impostos da folha de pagamento<br />
e para o seguro-desemprego de emergência da proposta American Jobs Act serão promulgados e que ações de<br />
longo prazo para a redução do déficit entrarão em vigor a partir de janeiro de 2013.<br />
Na área do euro, bem como na maioria das economias da Europa Ocidental, presume-se que os planos anunciados para a<br />
consolidação fiscal serão totalmente implementados.<br />
No Japão, o total do plano de cinco anos de reconstrução pós-terremoto é estimado para custar ¥19 trilhões, ou 4% do PIB,<br />
a ser financiado principalmente por aumentos nos impostos.<br />
Na China, a política orçamentária deverá manter-se “proativa”, com aumento dos gastos em educação, saúde e programas<br />
sociais.<br />
Taxas de câmbio entre as moedas mais importantes<br />
Assume-se que o euro vai oscilar em torno de uma média anual de US$ 1,36 em 2012 e 2013, implicando em uma depreciação<br />
de 2,5% do seu nível de 2011. Para o iene japonês estima-se uma média de cerca de ¥78 por dólar para o resto do<br />
período de previsão, representando uma valorização de 2,4% em 2012, em comparação com a taxa de câmbio média de<br />
2011. O renminbi chinês deverá alcançar em média CN¥ 6,20 por dólar americano em 2012 e CN¥ 6,02 em 2013, uma valorização<br />
de 3,9% e 2,9%, respectivamente.<br />
Preços do petróleo<br />
Estima-se que os preços do petróleo em média alcançarão cerca de US$ 100 por barril (pb) durante 2012 e 2013, abaixo<br />
dos US$107 pb ocorridos em 2011.<br />
SISTEMA FIESC<br />
87
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
6.2 Os 50 principais produtos (SH4) importados por SC em 2011<br />
SH4 Descrição dos produtos Importações - US$ mil<br />
7403 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas 1.577.613,6<br />
3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 705.152,6<br />
4011 Pneumáticos novos, de borracha 317.911,5<br />
7208 Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, laminados a quente 284.212,5<br />
5402 Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar) 272.971,1<br />
3902 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias 238.639,9<br />
7601 Alumínio em formas brutas 200.571,3<br />
3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias 199.035,9<br />
5509 Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar) 183.868,7<br />
5510 Fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar) 181.844,4<br />
4001 Borracha natural, balata, guta-percha, guaiule, chicle e gomas naturais análogas 169.168,5<br />
8517 Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os aparelhos telefônicos 160.492,7<br />
7210 Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, folheados ou chapeados, ou revestidos 159.144,5<br />
9018 Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária 158.656,4<br />
8415 Máquinas e aparelhos de ar-condicionado, contendo um ventilador motorizado 143.159,5<br />
7408 Fios de cobre 134.684,6<br />
3923 Artigos de transporte ou de embalagem, de plástico; rolhas, tampas, cápsulas de plástico 123.712,7<br />
8443 Máquinas e aparelhos para impressão por meio de caracteres tipográficos, clichês, blocos 120.092,5<br />
3002 Sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos, profiláticos ou de diagnóstico 120.090,0<br />
8516 Aquecedores elétricos de água, incluídos os de imersão; aparelhos elétricos para aquecimento 117.126,6<br />
4202 Malas e maletas, incluídas as de toucador e as maletas e pastas para documentos e de estudantes 116.889,9<br />
6907 Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, de cerâmica 110.811,2<br />
5407 Tecidos de fios de filamentos sintéticos 109.183,2<br />
5205 Fios de algodão (exceto linhas para costurar), contendo pelo menos 85%, em peso, de algodão 107.340,6<br />
0304 Filetes de peixes e outra carne de peixes (mesmo picada), frescos, refrigerados ou congelados 106.993,8<br />
7901 Zinco em formas brutas 105.435,2<br />
2713 Coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo 103.479,0<br />
9022 Aparelhos de raios X e aparelhos que utilizem as radiações alfa, beta ou gama 101.927,0<br />
7801 Chumbo em formas brutas 101.162,8<br />
7209 Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, não folheados ou chapeados, nem revestidos 100.930,1<br />
8542 Circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos 99.284,0<br />
1509 Azeite de oliveira e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados 92.436,9<br />
4015 Vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas, mitenes e semelhantes), de borracha vulcanizada 90.588,5<br />
6203 Ternos, conjuntos, casacos, calças, jardineiras, bermudas e calções, de uso masculino 83.804,4<br />
3822 Reagentes de diagnóstico ou de laboratório em qualquer suporte e reagentes de diagnóstico 82.114,3<br />
3920 Outras chapas, folhas, películas, tiras e lâminas, de plástico não alveolar, não reforçadas 81.284,6<br />
2202 Águas, incluídas as águas minerais e as águas gaseificadas, adicionadas de açúcar 79.785,6<br />
8471 Máquinas automáticas para processamento de dados e suas unidades; leitores magnéticos 78.312,3<br />
1101 Farinhas de trigo ou de mistura de trigo com centeio. 76.926,8<br />
8479 Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria 74.499,8<br />
8701 Tratores (exceto os da posição 8709) 72.710,1<br />
8452 Máquinas de costuras; móveis, bases e tampas, próprios para máquinas de costura 72.556,7<br />
3903 Polímeros de estireno, em formas primárias 71.568,6<br />
7225 Produtos laminados planos, de outras ligas de aço, de largura igual ou superior a 600 mm 70.734,4<br />
8903 Iates e outros barcos e embarcações de recreio ou de desporto; barcos a remos e canoas 70.225,2<br />
0703 Cebolas, chalotas, alho comum, alho-porro e outros produtos hortícolas aliáceos 70.153,3<br />
6204 Fatos de saia-casaco, conjuntos, casacos, vestidos, saias, saias-calças, calças etc. de uso feminino 69.888,9<br />
9503 Outros brinquedos; modelos reduzidos e modelos semelhantes para divertimento, quebra-cabeças 69.741,1<br />
9027 Instrumentos e aparelhos para análises físicas ou químicas 69.540,0<br />
8477 Máquinas e aparelhos, para trabalhar borracha ou plástico 69.052,2<br />
88 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
6.3 Evolução das importações entre 2001 e 2011 dos 50 produtos mais importados<br />
por SC em 2011<br />
SH4<br />
Incremento superior a 10.000%<br />
Incremento entre 5.001% e 10.000%<br />
Incremento entre 2.001% e 5.000%<br />
Incremento próximo ao geral (1.630%-2.000%)<br />
Incremento inferior ao geral<br />
Novos produtos (dentre os 50 mais importados)<br />
Descrição dos produtos<br />
2011<br />
US$ mil<br />
2001<br />
US$ mil<br />
Incremento<br />
2001-2011<br />
4001<br />
Borracha natural, balata, guta-percha, chicle e gomas naturais análogas,<br />
em formas primárias ou em chapas, folhas ou tiras<br />
<br />
4202 Malas e maletas, incluídas as de toucador e as maletas e pastas para documentos e de estudantes <br />
3002<br />
Sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos, profilácticos<br />
ou de diagnóstico; antissoros, outras frações do sangue<br />
<br />
1509 Azeite de oliveira e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados <br />
8903 Iates e outros barcos e embarcações de recreio ou de desporto; barcos a remos e canoas <br />
4011 Pneumáticos novos, de borracha <br />
7210<br />
Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou<br />
superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos<br />
<br />
6203<br />
Fatos, conjuntos, casacos, calças, jardineiras, bermudas e calções<br />
(shorts) (exceto de banho), de uso masculino<br />
<br />
6204<br />
Fatos de saia-casaco, conjuntos, casacos, vestidos, saias, saias-calças, calças,<br />
jardineiras, bermudas e calções (shorts) (exceto de banho), de uso feminino<br />
<br />
7408 Fios de cobre <br />
1101 Farinhas de trigo ou de mistura de trigo com centeio. <br />
3901 Polímeros de etileno, em formas primárias <br />
7209<br />
Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior<br />
a 600 mm, laminados a frio, não folheados ou chapeados, nem revestidos<br />
<br />
8415<br />
Máquinas e aparelhos de ar-condicionado, contendo um ventilador motorizado<br />
e dispositivos próprios para modificar a temperatura e a umidade<br />
<br />
0703 Cebolas, chalotas, alho comum, alho-porro e outros produtos hortícolas aliáceos, frescos ou refrigerados <br />
7225 Produtos laminados planos, de outras ligas de aço, de largura igual ou superior a 600 mm <br />
3923<br />
Artigos de transporte ou de embalagem, de plástico; rolhas, tampas, cápsulas<br />
e outros dispositivos destinados a fechar recipientes, de plástico<br />
<br />
5509 Fios de fibras sintéticas descontínuas (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho <br />
3902 Polímeros de propileno ou de outras olefinas, em formas primárias <br />
9022<br />
Aparelhos de raios X e aparelhos que utilizem as radiações alfa, beta ou gama,<br />
mesmo para usos médicos, cirúrgicos, odontológicos ou veterinários<br />
<br />
7208<br />
Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior<br />
a 600 mm, laminados a quente, não folheados ou chapeados, nem revestidos<br />
<br />
8516<br />
Aquecedores elétricos de água, incluídos os de imersão; aparelhos elétricos<br />
para aquecimento de ambientes, do solo ou para usos semelhantes<br />
<br />
9018<br />
Instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia, odontologia e veterinária,<br />
incluídos os aparelhos de cintilografia e outros aparelhos eletromédicos<br />
<br />
9027<br />
Instrumentos e aparelhos para análises físicas ou químicas (por exemplo: polarímetros,<br />
refractômetros, espectrômetros, analisadores de gases ou de fumos)<br />
<br />
5407 Tecidos de fios de filamentos sintéticos, incluídos os tecidos obtidos a partir dos produtos da posição 5404 <br />
0304 Filetes de peixes e outra carne de peixes (mesmo picada), frescos, refrigerados ou congelados <br />
8471<br />
Máquinas automáticas para processamento de dados e suas unidades; leitores<br />
magnéticos ou ópticos, máquinas para registar dados em suporte<br />
<br />
SISTEMA FIESC<br />
89
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
3920<br />
Outras chapas, folhas, películas, tiras e lâminas, de plástico não alveolar, não reforçadas<br />
nem estratificadas, sem suporte, nem associadas a outras matérias<br />
<br />
5205<br />
Fios de algodão (exceto linhas para costurar), contendo pelo menos 85 %,<br />
em peso, de algodão, não acondicionados para venda a retalho<br />
<br />
3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias <br />
8452<br />
Máquinas de costura, exceto para costurar cadernos, da posição 8440;<br />
móveis, bases e tampas, próprios para máquinas de costura<br />
<br />
8443<br />
Máquinas e aparelhos para impressão por meio de caracteres tipográficos, clichês,<br />
blocos, cilindros e outros elementos de impressão da posição 8442<br />
<br />
8517<br />
Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia por fios, incluídos os aparelhos<br />
telefônicos por fio combinados com auscultadores sem fio<br />
<br />
3903 Polímeros de estireno, em formas primárias <br />
8542 Circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos <br />
5402<br />
Fios de filamentos sintéticos (exceto linhas para costurar), não acondicionados<br />
para venda a retalho, incluídos os monofilamentos sintéticos<br />
<br />
8479<br />
Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria, não especificados<br />
nem compreendidos em outras posições deste capítulo<br />
<br />
8477 Máquinas e aparelhos, para trabalhar borracha ou plástico ou para fabricação de produtos dessas matérias <br />
7403 Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas <br />
7601 Alumínio em formas brutas <br />
5510 Fios de fibras artificiais descontínuas (exceto linhas para costurar), não acondicionados para venda a retalho <br />
6907<br />
Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, não vidrados nem<br />
esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes, para mosaicos<br />
<br />
7901 Zinco em formas brutas <br />
2713 Coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo ou de minerais betuminosos <br />
7801 Chumbo em formas brutas <br />
4015<br />
Vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas, mitenes e semelhantes), de<br />
borracha vulcanizada não endurecida, para quaisquer usos<br />
<br />
3822<br />
Reagentes de diagnóstico ou de laboratório em qualquer suporte e<br />
reagentes de diagnóstico ou de laboratório preparados<br />
<br />
2202<br />
Águas, incluídas as águas minerais e as águas gaseificadas, adicionadas de açúcar<br />
ou de outros edulcorantes ou aromatizadas e outras bebidas não alcoólicas<br />
<br />
8701 Tratores (exceto os da posição 8709) <br />
9503<br />
Outros brinquedos; modelos reduzidos e modelos semelhantes para divertimento,<br />
mesmo animados; quebra-cabeças (puzzles) de qualquer tipo<br />
<br />
90 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
6.4 Os 50 principais países importadores de SC em 2011<br />
Países<br />
US$ mil<br />
1 ESTADOS UNIDOS <br />
2 JAPÃO <br />
3 ARGENTINA <br />
4 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) <br />
5 CHINA <br />
6 REINO UNIDO <br />
7 ALEMANHA <br />
8 RÚSSIA <br />
9 HONG KONG <br />
10 MÉXICO <br />
11 ÁFRICA DO SUL <br />
12 PARAGUAI <br />
13 ITÁLIA <br />
14 VENEZUELA <br />
15 BÉLGICA <br />
16 ARÁBIA SAUDITA <br />
17 URUGUAI <br />
18 FRANÇA <br />
19 CHILE <br />
20 COREIA DO SUL <br />
21 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS <br />
22 CINGAPURA <br />
23 ESPANHA <br />
24 ANGOLA <br />
25 BOLÍVIA <br />
26 UCRÂNIA <br />
27 EGITO <br />
28 COLÔMBIA <br />
29 PERU <br />
30 CANADÁ <br />
31 POLÔNIA <br />
32 AUSTRÁLIA <br />
33 TURQUIA <br />
34 IRAQUE <br />
35 ROMÊNIA <br />
36 EQUADOR <br />
37 SUÉCIA <br />
38 IRÃ <br />
39 MALÁSIA <br />
40 PORTUGAL <br />
41 ÍNDIA <br />
42 INDONÉSIA <br />
43 VIETNÃ <br />
44 KUWAIT <br />
45 NIGÉRIA <br />
46 FILIPINAS <br />
47 SUÍÇA <br />
48 CATAR <br />
49 GUATEMALA <br />
50 TAILÂNDIA <br />
SISTEMA FIESC<br />
91
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
6.5 Comparativo das exportações entre 2001 e 2011 para os principais países<br />
importadores de SC<br />
Incremento superior a 1.000%<br />
Incremento entre 199% e 1.000%<br />
Incremento inferior ao geral (1% a 198%)<br />
Novos mercados<br />
Países<br />
2011<br />
2001<br />
US$ mil<br />
US$ mil<br />
Incremento<br />
1 CHINA 410.297 18.283 <br />
2 ANGOLA 88.787 4.610 <br />
3 UCRÂNIA 79.609 4.402 <br />
4 FILIPINAS 29.291 1.763 <br />
5 POLÔNIA 60.971 4.443 <br />
6 SUÉCIA 46.133 3.967 <br />
7 ROMÊNIA 50.985 4.581 <br />
8 EGITO 77.763 7.947 <br />
9 COREIA (DO SUL), REPÚBLICA DA 130.344 14.822 <br />
10 VENEZUELA 176.638 23.407 <br />
11 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS 128.712 17.685 <br />
12 PERU 67.575 9.715 <br />
13 TURQUIA 56.233 8.193 <br />
14 EQUADOR 50.130 7.828 <br />
15 COLÔMBIA 73.964 11.753 <br />
16 BOLÍVIA 80.103 13.289 <br />
17 JAPÃO 684.398 116.974 <br />
18 CINGAPURA 125.790 22.842 <br />
19 HONG KONG 280.591 51.267 <br />
20 PAÍSES BAIXOS (HOLANDA) 640.723 117.439 <br />
21 ÁFRICA DO SUL 259.031 49.234 <br />
22 BÉLGICA 168.764 35.384 <br />
23 AUSTRÁLIA 58.148 13.052 <br />
24 PARAGUAI 234.230 53.931 <br />
25 MÉXICO 280.402 69.357 <br />
26 ITÁLIA 185.076 67.041 <br />
27 ARGENTINA 678.511 252.078 <br />
28 URUGUAI 159.751 60.900 <br />
29 REINO UNIDO 368.912 173.499 <br />
30 CHILE 141.392 74.047 <br />
31 FRANÇA 152.494 83.323 <br />
32 ARÁBIA SAUDITA 165.608 94.977 <br />
33 ALEMANHA 367.067 220.499 <br />
34 ESPANHA 92.491 60.349 <br />
35 RÚSSIA, FEDERAÇÃO DA 287.251 194.908 <br />
36 CANADÁ 62.116 43.127 <br />
37 ESTADOS UNIDOS 992.441 714.630 <br />
38 IRAQUE 54.525 -<br />
39 VIETNÃ 34.860 -<br />
40 HUNGRIA 19.264 -<br />
41 JORDÂNIA 17.979 -<br />
42 AZERBAIJÃO 13.122 -<br />
92 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
6.6 Os 50 principais produtos exportados por SC em 2011<br />
SH4<br />
Descrição dos produtos<br />
Exportações<br />
US$ mil<br />
0207 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 1.933.145,6<br />
2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 898.880,5<br />
8501 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 591.226,7<br />
8414 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) 508.813,2<br />
0203 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 452.018,8<br />
8409 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 435.487,3<br />
1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue 396.580,8<br />
0210 Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas; farinhas e pós, comestíveis, de carnes ou de miudezas 263.434,3<br />
1201 Soja, mesmo triturada 217.934,6<br />
9403 Outros móveis e suas partes 186.439,4<br />
4804 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 163.551,0<br />
2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 147.467,3<br />
4418 Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis para soalhos e as fasquias para telhados 126.410,0<br />
6908<br />
Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou<br />
esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes<br />
107.379,6<br />
1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados 96.567,2<br />
8504 Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores, por exemplo), bobinas de reatância e de autoindução 94.274,4<br />
7210 Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos 92.781,2<br />
8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 91.685,0<br />
4412 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes 91.652,3<br />
8418<br />
Refrigeradores, congeladores (freezers) e outro material, máquinas e aparelhos<br />
para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro<br />
89.607,0<br />
4407 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, de espessura superior a 6 mm 76.118,4<br />
8483 Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames (excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas 70.969,8<br />
8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos 65.524,1<br />
4819 Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta de celulose ou de mantas de fibras de celulose 50.032,4<br />
1601 Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias 49.146,2<br />
8503 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas às máquinas das posições 85.01 ou 85.02. 45.411,1<br />
8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 44.571,8<br />
3503<br />
Gelatinas (incluídas as apresentadas em folhas de forma quadrada ou retangular,<br />
mesmo trabalhadas na superfície ou coradas) e seus derivados<br />
43.833,4<br />
6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 40.992,7<br />
2009 Sumos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool 35.483,6<br />
8511 Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por faísca ou por compressão 34.218,0<br />
0504 Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços, exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados 33.277,2<br />
7318 Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos ou troços 33.243,2<br />
8432 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura 32.564,0<br />
9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 32.130,2<br />
1006 Arroz 31.883,3<br />
0206 Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina, cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas 30.815,4<br />
4417 Ferramentas, armações e cabos, de ferramentas, de escovas e de vassouras, de madeira; formas, alargadeiras e esticadores, para calçados 30.537,0<br />
5806 Fitas, exceto os artefatos da posição 5807; fitas sem trama, de fios ou fibras paralelizados e colados (bolducs) 29.161,6<br />
4107 Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos (incluindo os búfalos) 28.361,5<br />
8481 Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos semelhantes, para canalizações, caldeiras 25.822,0<br />
7207 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado 23.503,1<br />
4104 Couros e peles curtidos ou em crosta, de bovinos (incluindo os búfalos) ou de equídeos, depilados 23.402,1<br />
3505 Dextrina e outros amidos e féculas modificados (por exemplo: amidos e féculas pré-gelatinizados ou esterificados) 23.002,4<br />
0303 Peixes congelados, exceto os filetes de peixes e outra carne de peixes da posição 0304 22.475,9<br />
8479 Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria, não especificados nem compreendidos em outras posições deste capítulo 21.153,6<br />
2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos 20.792,6<br />
8536 Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos 19.712,9<br />
3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico 19.120,5<br />
4409 Madeira (incluídos os tacos e frisos para soalhos, não montados) perfilada (com espigas, ranhuras, filetes, entalhes) 18.957,0<br />
SISTEMA FIESC<br />
93
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
6.7 Evolução das exportações entre 2001 e 2011 dos 50 produtos mais exportados<br />
por SC em 2011<br />
Incremento superior a 1.000%<br />
Incremento entre 250% e 1.000%<br />
Incremento próximo ao geral (199%-249%)<br />
Incremento inferior ao geral<br />
Redução nas exportações<br />
Novos produtos (dentre os 50 mais exportados)<br />
2011<br />
2001<br />
SH4<br />
Descrição dos produtos<br />
US$ mil US$ mil<br />
Incremento<br />
0210 Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas; farinhas e pós, comestíveis <br />
5806 Fitas, exceto os artefatos da posição 5807; fitas sem trama, de fios ou fibras paralelizados e colados (bolducs) <br />
8483<br />
Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames<br />
(excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas<br />
<br />
1006 Arroz <br />
9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos <br />
1201 Soja, mesmo triturada <br />
0504<br />
Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços,<br />
exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados<br />
<br />
8479 Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria <br />
8536 Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos <br />
8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases <br />
8504 Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores, por exemplo), bobinas de reatância <br />
2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja <br />
1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue <br />
8432<br />
Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para<br />
preparação ou trabalho do solo ou para cultura<br />
<br />
2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos <br />
2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco <br />
0206<br />
Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina,<br />
caprina, frescas, refrigeradas ou congeladas<br />
<br />
8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos <br />
4819 Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta (ouate) de celulose <br />
1601 Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias <br />
3505<br />
Dextrina e outros amidos e féculas modificados (por exemplo:<br />
amidos e féculas pré-gelatinizados ou esterificados)<br />
<br />
4409<br />
Madeira (incluídos os tacos e frisos para soalhos, não montados)<br />
perfilada (com espigas, ranhuras, filetes, entalhes)<br />
<br />
2009<br />
Sumos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos<br />
hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool<br />
<br />
8503 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas às máquinas das posições 85.01 ou 85.02. <br />
8409 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 <br />
3503 Gelatinas (incluídas as apresentadas em folhas de forma quadrada ou retangular) e seus derivados <br />
7207 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado <br />
8501 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos <br />
8481 Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos semelhantes <br />
7318<br />
Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos<br />
roscados, rebites, chavetas, cavilhas ou troços<br />
<br />
8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 <br />
3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico <br />
94 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados <br />
0207 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 <br />
4417 Ferramentas, armações e cabos, de ferramentas, de escovas e de vassouras, de madeira; formas para calçados <br />
0203 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas <br />
8414 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) <br />
8418 Refrigeradores, congeladores (freezers) e outro material, máquinas e aparelhos para a produção de frio <br />
4804 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 <br />
4412 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes <br />
0303 Peixes congelados, exceto os filetes de peixes e outra carne de peixes da posição 0304 <br />
4104 Couros e peles curtidos ou em crosta, de bovinos (incluindo os búfalos) ou de equídeos, depilados <br />
4418 Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares, os painéis para soalhos <br />
8511<br />
Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para<br />
motores de ignição por faísca ou por compressão<br />
<br />
6908<br />
Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento,<br />
vidrados ou esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas<br />
<br />
9403 Outros móveis e suas partes <br />
4407 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, de espessura superior a 6 mm <br />
6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha <br />
7210<br />
Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura<br />
igual ou superior a 600 mm, folheados ou chapeados<br />
<br />
4107 Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos <br />
SISTEMA FIESC<br />
95
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
6.8 Evolução das exportações mundiais entre 2001 e 2010 dos 50 produtos mais<br />
exportados por SC em 2011<br />
SH 4<br />
Incremento superior a 1.000%<br />
Incremento entre 145% e 1.000%<br />
Incremento próximo ao geral (130%-144%)<br />
Incremento inferior ao geral (100%-129%)<br />
Incremento inferior ao geral (menos de 100%)<br />
Redução nas exportações<br />
Descrição dos produtos<br />
2010<br />
US$ mil<br />
2001<br />
US$ mil<br />
Incremento<br />
4107<br />
Couros preparados após curtimento ou após secagem e couros e peles<br />
apergaminhados, de bovinos (incluindo os búfalos)<br />
9.904.547 751.547 <br />
1201 Soja, mesmo triturada 44.210.194 11.810.054 <br />
7207 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado 28.181.011 8.869.924 <br />
8432 Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho do solo ou para cultura 5.583.588 1.866.271 <br />
1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados 8.577.718 2.921.667 <br />
7210<br />
Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou<br />
superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos<br />
46.921.566 16.296.236 <br />
1006 Arroz 19.277.534 6.809.040 <br />
2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja 24.016.688 8.770.691 <br />
1601 Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas preparações alimentícias 3.444.142 1.266.914 <br />
8481<br />
Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas)<br />
e dispositivos semelhantes, para canalizações, caldeiras<br />
68.284.669 25.493.346 <br />
8483<br />
Veios (árvores) de transmissão [incluídas as árvores de cames<br />
(excênticos) e cambotas (virabrequins)] e manivelas<br />
44.572.869 16.742.073 <br />
8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos 53.831.600 20.647.420 <br />
1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou sangue 11.889.936 4.593.393 <br />
3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo: juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plástico 17.445.269 6.836.665 <br />
7318<br />
Parafusos, pernos ou pinos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos<br />
roscados, rebites, chavetas, cavilhas, contrapinos ou troços<br />
31.011.493 12.193.497 <br />
0206<br />
Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina,<br />
cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas<br />
5.291.729 2.082.678 <br />
8504<br />
Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores,<br />
por exemplo), bobinas de reactância e de autoindução<br />
87.654.729 35.706.877 <br />
8418<br />
Refrigeradores, congeladores (freezers) e outro material, máquinas e aparelhos<br />
para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro<br />
35.194.654 14.688.024 <br />
0504<br />
Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços,<br />
exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados<br />
3.442.791 1.437.734 <br />
0207 Carnes e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 0105 20.761.897 8.757.242 <br />
8414 Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; exaustores (coifas aspirantes) 61.613.552 26.014.856 <br />
8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos, aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 45.862.131 19.398.568 <br />
2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos 2.181.520 946.036 <br />
8503 Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas às máquinas das posições 85.01 ou 85.02. 15.924.533 6.964.125 <br />
9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos 31.384.633 13.737.888 <br />
8409 Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 57.794.285 25.919.561 <br />
6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha 16.000.240 7.223.530 <br />
0203 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas 25.031.230 11.564.074 <br />
96 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
2009<br />
Sumos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos<br />
hortícolas, não fermentados, sem adição de álcool<br />
13.341.867 6.179.306 <br />
8536 Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos elétricos 85.131.329 39.624.521 <br />
8501 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos 41.318.447 19.695.315 <br />
8511<br />
Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para<br />
motores de ignição por faísca ou por compressão<br />
15.855.355 7.669.002 <br />
8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 278.767.681 135.170.717 <br />
4819<br />
Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão,<br />
pasta (ouate) de celulose ou de mantas de fibras de celulose<br />
17.853.069 8.852.507 <br />
3305<br />
Dextrina e outros amidos e féculas modificados (por exemplo:<br />
amidos e féculas pré-gelatinizados ou esterificados)<br />
3.104.271 1.545.792 <br />
9403 Outros móveis e suas partes 63.647.912 33.694.995 <br />
0303 Peixes congelados, exceto os filetes de peixes e outra carne de peixes da posição 0304 19.946.111 10.640.390 <br />
4418<br />
Obras de carpintaria para construções, incluídos os painéis celulares,<br />
os painéis para soalhos e as fasquias para telhados<br />
11.139.499 6.057.421 <br />
3503<br />
Gelatinas (incluídas as apresentadas em folhas de forma quadrada ou<br />
retangular, mesmo trabalhadas na superfície ou coradas)<br />
1.375.687 750.383 <br />
6908<br />
Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou<br />
esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes<br />
10.600.559 5.839.929 <br />
2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco 11.938.039 6.966.810 <br />
0210<br />
Carnes e miudezas comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou fumadas;<br />
farinhas e pós comestíveis, de carnes ou de miudezas<br />
3.864.608 2.264.755 <br />
4804 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto das posições 4802 e 4803 11.818.130 7.035.554 <br />
4409<br />
Madeira (incluídos os tacos e frisos para soalhos, não montados)<br />
perfilada (com espigas, ranhuras, filetes, entalhes)<br />
4.657.681 2.820.620 <br />
5806 Fitas, exceto os artefatos da posição 5807; fitas sem trama, de fios ou fibras paralelizados e colados (bolducs) 3.023.588 1.836.359 <br />
4412 Madeira contraplacada ou compensada, madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes 11.343.084 7.082.914 <br />
8479<br />
Máquinas e aparelhos, mecânicos, com função própria, não especificados<br />
nem compreendidos em outras posições deste capítulo<br />
57.409.642 36.548.829 <br />
4417<br />
Ferramentas, armações e cabos, de ferramentas, de escovas e de vassouras,<br />
de madeira; formas, alargadeiras e esticadores, para calçados<br />
265.423 170.688 <br />
4407 Madeira serrada ou endireitada longitudinalmente, cortada ou desenrolada, de espessura superior a 6 mm 29.760.811 23.574.634 <br />
4104 Couros e peles curtidos ou em crosta, de bovinos (incluindo os búfalos) ou de equídeos, depilados 5.418.629 12.435.699 <br />
SISTEMA FIESC<br />
97
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
6.9 Evolução das exportações mundiais entre 2006 e 2010 dos 50 produtos mais<br />
exportados por SC em 2011<br />
SH4<br />
Incremento entre superior a10%<br />
Incremento entre 4% e 10%<br />
Incremento igual ao geral (3%)<br />
Incremento inferior ao geral (1% e 2%)<br />
Sem crescimento<br />
Redução nas exportações<br />
Descrição dos produtos<br />
Valor<br />
exportado<br />
em 2010<br />
(US$ milhões)<br />
Crescimento<br />
em valor<br />
2010/2009<br />
(%)<br />
Crescimento<br />
anual das<br />
exportações<br />
mundiais<br />
entre 2006 e<br />
2010<br />
(% ao ano)<br />
TOTAL Todos os produtos 15.230.973,0 21 3<br />
1201 Soja, mesmo triturada 23 24<br />
2304 Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em “pellets”, da extração do óleo de soja. 4 18<br />
0206<br />
Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina,<br />
cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas.<br />
11 18<br />
0207 Carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, das aves da posição 01.05. 13 13<br />
2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco. 1 11<br />
8504<br />
Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos (retificadores,<br />
por exemplo), bobinas de reatância e de autoindução.<br />
27 9<br />
8479<br />
Máquinas e aparelhos mecânicos com função própria, não especificados<br />
<br />
nem compreendidos em outras posições deste Capítulo.<br />
<br />
54 9<br />
0504<br />
Tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços, exceto de peixes,<br />
frescos, refrigerados, congelados, salgados ou em salmoura, secos ou defumados.<br />
1 9<br />
1601<br />
Enchidos e produtos semelhantes, de carne, miudezas ou sangue;<br />
preparações alimentícias à base de tais produtos.<br />
0 9<br />
1507 Óleo de soja e respectivas frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados. 6 9<br />
3503<br />
Gelatinas (incluídas as apresentadas em folhas de forma quadrada ou retangular,<br />
mesmo trabalhadas na superfície ou coradas) e seus derivados; ictiocola; outras<br />
1 9<br />
colas de origem animal, exceto colas de caseína da posição 35.01.<br />
0303 Peixes congelados, exceto os filés de peixes e outra carne de peixes da posição 03.04. 11 8<br />
0210<br />
Carnes e miudezas, comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou<br />
defumadas; farinhas e pós, comestíveis, de carnes ou de miudezas.<br />
-2 8<br />
8503<br />
Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas<br />
às máquinas das posições 85.01 ou 85.02.<br />
-3 7<br />
8432<br />
Máquinas e aparelhos de uso agrícola, hortícola ou florestal, para preparação ou trabalho<br />
do solo ou para cultura; rolos para gramados, ou para campos de esporte.<br />
2 7<br />
1602 Outras preparações e conservas de carne, miudezas ou de sangue. 4 7<br />
2827 Cloretos, oxicloretos e hidroxicloretos; brometos e oxibrometos; iodetos e oxi-iodetos. 31 6<br />
0203 Carnes de animais da espécie suína, frescas, refrigeradas ou congeladas. 5 6<br />
8481<br />
Torneiras, válvulas (incluídas as redutoras de pressão e as termostáticas) e dispositivos<br />
semelhantes, para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes.<br />
16 5<br />
8483<br />
Árvores de transmissão (incluídas as árvores de “cames” e virabrequins) e manivelas; mancais e “bronzes”;<br />
engrenagens e rodas de fricção; eixos de esferas ou de roletes; redutores, multiplicadores, caixas de<br />
transmissão e variadores de velocidade, incluídos os conversores de torque; volantes e polias, incluídas<br />
22 5<br />
as polias para cadernais; embreagens e dispositivos de acoplamento, incluídas as juntas de articulação.<br />
8421 Centrifugadores, incluídos os secadores centrífugos; aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases. 12 5<br />
8413 Bombas para líquidos, mesmo com dispositivo medidor; elevadores de líquidos. 22 5<br />
98 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
4819<br />
Caixas, sacos, bolsas, cartuchos e outras embalagens, de papel, cartão, pasta (“ouate”) de celulose ou<br />
de mantas de fibras de celulose; cartonagens para escritórios, lojas e estabelecimentos semelhantes.<br />
10 4<br />
3917 Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plásticos. 13 4<br />
6302 Roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha. 16 4<br />
8414<br />
Bombas de ar ou de vácuo, compressores de ar ou de outros gases e ventiladores; coifas<br />
aspirantes para extração ou reciclagem, com ventilador incorporado, mesmo filtrantes.<br />
21 4<br />
8501 Motores e geradores, elétricos, exceto os grupos eletrogêneos. 20 4<br />
8511<br />
Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por<br />
centelha ou por compressão (por exemplo, magnetos, dínamos-magnetos, bobinas de<br />
ignição, velas de ignição ou de aquecimento, motores de arranque); geradores (dínamos e<br />
24 3<br />
alternadores, por exemplo) e conjuntores-disjuntores utilizados com estes motores.)<br />
7318<br />
Parafusos, pinos ou pernos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, cavilhas,<br />
contrapinos, arruelas (incluídas as de pressão) e artefatos semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço.<br />
30 3<br />
2009<br />
Sucos de frutas (incluídos os mostos de uvas) ou de produtos hortícolas, não fermentados,<br />
sem adição de álcool, com ou sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes.<br />
4 3<br />
5806<br />
Fitas, exceto os artefatos da posição 58.07; fitas sem trama, de<br />
fios ou fibras paralelizados e colados (“bolducs”).<br />
21 2<br />
8536<br />
Aparelhos para interrupção, seccionamento, proteção, derivação, ligação ou conexão de circuitos<br />
elétricos (por exemplo, interruptores, comutadores, relés, corta-circuitos, eliminadores de onda,<br />
plugues e tomadas de corrente, suportes para lâmpadas e outros conectores, caixas de junção), para<br />
29 2<br />
uma tensão não superior a 1.000V; conectores para fibras ópticas, feixes ou cabos de fibras ópticas.<br />
9032 Instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, automáticos. 29 2<br />
9403 Outros móveis e suas partes. 11 2<br />
8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05.<br />
<br />
<br />
30 1<br />
8418<br />
Refrigeradores, congeladores (“freezers”) e outros materiais, máquinas e aparelhos<br />
para a produção de frio, com equipamento elétrico ou outro; bombas de calor,<br />
16 1<br />
exceto as máquinas e aparelhos de ar-condicionado da posição 84.15.<br />
7210<br />
Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou<br />
superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos.<br />
36 1<br />
3505<br />
Dextrina e outros amidos e féculas modificados (por exemplo, amidos e<br />
féculas pré-gelatinizados ou esterificados); colas à base de amidos ou de<br />
15 1<br />
féculas, de dextrina ou de outros amidos ou féculas modificados.<br />
4804 Papel e cartão kraft, não revestidos, em rolos ou em folhas, exceto os das posições 48.02 e 48.03. 23 0<br />
4417<br />
Ferramentas, armações e cabos, de ferramentas, de escovas e de vassouras, de<br />
madeira; formas, alargadeiras e esticadores, para calçados, de madeira.<br />
12 0<br />
7207 Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado. 33 0<br />
8409<br />
Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas<br />
aos motores das posições 84.07 ou 84.08.<br />
28 0<br />
6908<br />
Ladrilhos e placas (lajes), para pavimentação ou revestimento, vidrados ou<br />
esmaltados, de cerâmica; cubos, pastilhas e artigos semelhantes, para mosaicos,<br />
11 -1<br />
vidrados ou esmaltados, de cerâmica, mesmo com suporte.<br />
4412 Madeira compensada (contraplacada), madeira folheada, e madeiras estratificadas semelhantes. 26 -3<br />
4418<br />
Obras de marcenaria ou de carpintaria para construções, incluídos os painéis<br />
celulares, os painéis montados para revestimento de pavimentos (pisos) e<br />
11 -5<br />
as fasquias para telhados (“shingles e shakes”), de madeira.<br />
4409<br />
Madeira (incluídos os tacos e frisos de parquê, não montados) perfilada (com espigas, ranhuras, filetes,<br />
entalhes, chanfrada, com juntas em V, com cercadura, boleada ou semelhantes) ao longo de uma 15 -6<br />
ou mais bordas, faces ou extremidades, mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades.<br />
4107<br />
Couros preparados após curtimenta ou após secagem e couros e peles apergaminhados, de bovinos<br />
(incluídos os búfalos) ou de equídeos, depilados, mesmo divididos, exceto os da posição 41.14.<br />
25 -7<br />
4407<br />
Madeira serrada ou fendida longitudinalmente, cortada transversalm ente ou desenrolada,<br />
mesmo aplainada, polida ou unida pelas extremidades, de espessura superior a 6 mm.<br />
24 -7<br />
4104<br />
Couros e peles curtidos ou “crust”, de bovinos (incluídos os búfalos) ou de equídeos,<br />
depilados, mesmo divididos, mas não preparados de outro modo.<br />
45 -10<br />
SISTEMA FIESC<br />
99
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
6.10 Produtos com maior potencial exportador no mercado mundial (*)<br />
Indicadores<br />
Crescimento<br />
Crescimento<br />
Crescimento anual das<br />
Pos. SH 4 Descrição dos produtos<br />
anual em<br />
Valor importado<br />
anual em exportações<br />
quantidade<br />
em 2010 (US$<br />
valor entre mundiais<br />
entre 2006<br />
1.000)<br />
2009 e entre 2006<br />
e 2010<br />
2010 (%) e 2010<br />
(% ao ano)<br />
(% ao ano)<br />
Todos os produtos 15.230.972.953 21 3<br />
1 7004<br />
Vidro estirado ou soprado, em folhas, mesmo com camada<br />
absorvente, refletora ou não, mas não trabalhado de outro modo.<br />
2.068.921 34 80<br />
Máquinas e aparelhos de impressão por meio de blocos,<br />
2 8443<br />
cilindros e outros elementos de impressão da posição 84.42;<br />
outras impressoras, máquinas copiadoras e telecopiadores<br />
117.401.727 35 19 43<br />
(fax), mesmo combinados entre si; partes e acessórios.<br />
3 2702 Linhitas, mesmo aglomeradas, exceto azeviche. 1.611.970 45 145 42<br />
Minérios de manganês e seus concentrados, incluídos os minérios<br />
4 2602 de manganês ferruginosos e seus concentrados, de teor em<br />
5.758.043 7 69 36<br />
manganês de 20% ou mais, em peso, sobre o produto seco.<br />
Barcos-faróis, barcos-bombas, dragas, guindastes flutuantes<br />
5 8905<br />
e outras embarcações em que a navegação é acessória da<br />
função principal; docas flutuantes; plataformas de perfuração<br />
15.208.928 16 33<br />
ou de exploração, flutuantes ou submersíveis.<br />
6 8908 Embarcações e outras estruturas flutuantes, para serem desmontadas. 1.478.033 34 30 30<br />
7 1805 Cacau em pó, sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes 2.594.759 4 84 30<br />
8 2601<br />
Minérios de ferro e seus concentrados, incluídas as<br />
piritas de ferro ustuladas (cinzas de piritas).<br />
133.408.582 7 72 30<br />
9 7108<br />
Ouro (incluído o ouro platinado), em formas<br />
brutas ou semimanufaturadas, ou em pó<br />
105.070.447 9 34 28<br />
10 2605 Minérios de cobalto e seus concentrados. 1.165.751 24 55 28<br />
11 1109 Glúten de trigo, mesmo seco. 1.119.340 9 13 25<br />
12 1803 Pasta de cacau, mesmo desengordurada 3.020.732 4 46 24<br />
13 1205 Sementes de nabo silvestre ou de colza, mesmo trituradas 8.301.969 14 5 24<br />
14 1201 Soja, mesmo triturada 44.210.194 8 23 24<br />
Resíduos da fabricação do amido e resíduos semelhantes,<br />
15 2303<br />
“polpas” de beterraba, bagaços de cana-de-açúcar e outros<br />
desperdícios da indústria do açúcar, borras e desperdícios da<br />
4.059.670 20 37 23<br />
indústria da cerveja e das destilarias, mesmo em “pellets”.<br />
16 1511<br />
Óleo de palma e respectivas frações, mesmo refinados,<br />
mas não quimicamente modificados<br />
28.455.573 8 20 22<br />
Sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos,<br />
profiláticos ou de diagnóstico; antissoros, outras frações do<br />
17 3002 sangue, produtos imunológicos modificados, mesmo obtidos<br />
75.908.956 7 18 22<br />
por via biotecnológica; vacinas, toxinas, culturas de microorganismos<br />
(exceto leveduras) e produtos semelhantes.<br />
Aparelhos telefônicos, incluídos os telefones para redes celulares<br />
18 8517<br />
e para outras redes sem fio; outros aparelhos para transmissão<br />
ou recepção de voz, imagens ou outros dados, incluídos os<br />
202.092.741 3 23 22<br />
aparelhos para comunicação em redes por fio ou redes sem fio.<br />
19 2701<br />
Hulhas; briquetes, bolas em aglomerados e combustíveis<br />
sólidos semelhantes, obtidos a partir da hulha.<br />
113.212.285 3 17 21<br />
100 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
20 2713<br />
Coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos<br />
dos óleos de petróleo ou de minerais betuminosos<br />
16.749.369 0 36 20<br />
21 2610 Minérios de cromo e seus concentrados. 2.951.106 11 71 20<br />
22 2306<br />
Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados<br />
ou em “pellets”, da extração de gorduras ou óleos<br />
4.312.935 5 18 20<br />
vegetais, exceto os das posições 23.04 e 23.05.<br />
23 8901<br />
Transatlânticos, barcos de excursão, “ferry-boats”,<br />
cargueiros, chatas e embarcações semelhantes, para<br />
69.196.133 30 19<br />
o transporte de pessoas ou de mercadorias.<br />
24 8604<br />
Veículos para inspeção e manutenção de vias férreas ou<br />
semelhantes, mesmo autopropulsados (por exemplo, vagõesoficinas,<br />
vagões-guindastes, vagões equipados com batedores de<br />
1.235.500 9 9 19<br />
balastro, alinhadores de vias, viaturas para testes e dresinas).<br />
25 2804 Hidrogênio, gases raros e outros elementos não metálicos. 13.941.052 6 32 19<br />
26 0206<br />
Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina,<br />
caprina, cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas.<br />
5.291.728 11 11 18<br />
27 1513<br />
Óleos de coco (óleo de copra), de amêndoa de palma<br />
ou de babaçu, e respectivas frações, mesmo refinados,<br />
5.565.377 17 42 18<br />
mas não quimicamente modificados<br />
28 7112<br />
Desperdícios e resíduos de metais preciosos ou de metais folheados ou<br />
chapeados de metais preciosos (plaquê); outros desperdícios e resíduos<br />
contendo metais preciosos ou compostos de metais preciosos, do tipo<br />
15.575.001 7 34 18<br />
dos utilizados principalmente para a recuperação de metais preciosos.<br />
29 6214<br />
Xales, echarpes, lenços de pescoço, cachenês, cachecóis,<br />
mantilhas, véus e artefatos semelhantes.<br />
3.262.363 19 19 18<br />
30 2304<br />
Tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados<br />
ou em “pellets”, da extração do óleo de soja<br />
24.016.688 1 4 18<br />
31 0407 Ovos de aves, com casca, frescos, conservados ou cozidos. 3.063.019 13 5 17<br />
32 0910<br />
Gengibre, açafrão, açafrão-da-terra, tomilho,<br />
louro, caril e outras especiarias.<br />
2.043.633 3 35 17<br />
33 2607 Minérios de chumbo e seus concentrados. 5.214.887 4 32 17<br />
34 1514<br />
Óleos de nabo silvestre, de colza ou de mostarda, e respectivas<br />
frações, mesmo refinados, mas não quimicamente modificados.<br />
5.367.071 6 17 16<br />
35 0409 Mel natural. 1.499.148 3 19 16<br />
36 0713 Legumes de vagem, secos, em grão, mesmo pelados ou partidos. 7.641.887 1 1 16<br />
37 3103 Adubos (fertilizantes) minerais ou químicos, fosfatados. 2.164.001 2 62 14<br />
38 1518<br />
Gorduras e óleos animais ou vegetais, e respectivas frações,<br />
cozidos, oxidados, desidratados, sulfurados, aerados,<br />
estandolizados ou modificados quimicamente por qualquer<br />
1.765.723 32 34 14<br />
outro processo, com exclusão dos da posição 15.16.<br />
39 0703<br />
Cebolas, chalotas (“échalotes”), alhos, alhos-porros e outros<br />
produtos hortícolas aliáceos, frescos ou refrigerados.<br />
5.836.863 4 45 14<br />
40 8541<br />
Diodos, transistores e dispositivos semelhantes semicondutores;<br />
dispositivos fotossensíveis semicondutores, incluídas as células<br />
fotovoltaicas, mesmo montadas em módulos ou em painéis;<br />
122.329.924 123 61 14<br />
diodos emissores de luz; cristais piezelétricos montados.<br />
41 8513<br />
Lanternas elétricas portáteis destinadas a funcionar por meio de sua<br />
própria fonte de energia (por exemplo, de pilhas, de acumuladores, de<br />
2.500.793 2 27 14<br />
magnetos), excluídos os aparelhos de iluminação da posição 85.12.<br />
42 6104<br />
“Tailleurs”, conjuntos, “blazers”, vestidos, saias, saiascalças,<br />
calças, jardineiras, bermudas e “shorts” (calções)<br />
(exceto de banho), de malha, de uso feminino.<br />
18.225.782 23 14<br />
SISTEMA FIESC<br />
101
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
43 1512<br />
Óleos de girassol, de cártamo ou de algodão, e respectivas frações,<br />
mesmo refinados, mas não quimicamente modificados<br />
6.186.986 3 1 14<br />
44 8541<br />
Diodos, transistores e dispositivos semelhantes<br />
semicondutores; dispositivos fotossensíveis<br />
122.329.924 123 61 14<br />
semicondutores, incluídas as células fotovoltaicas.<br />
45 0105<br />
Galos, galinhas, patos, gansos, perus, peruas e galinhasd’angola,<br />
das espécies domésticas, vivos.<br />
2.280.429 6 13<br />
46 1108 Amidos e féculas; inulina. 2.926.901 2 29 13<br />
47 0207<br />
Carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas<br />
ou congeladas, das aves da posição 01.05.<br />
20.761.897 7 13 13<br />
48 6601<br />
Guarda-chuvas, sombrinhas e guarda-sóis (incluídos as bengalasguarda-chuvas<br />
e os guarda-sóis de jardim e semelhantes).<br />
2.283.939 1 18 13<br />
49 6401<br />
Calçados impermeáveis de sola exterior e parte superior de borracha<br />
ou plásticos, em que a parte superior não tenha sido reunida à<br />
sola exterior por costura ou por meio de rebites, pregos, parafusos,<br />
1.255.690 6 34 13<br />
saliências (espigões) ou dispositivos semelhantes, nem formada<br />
por diferentes partes reunidas pelos mesmos processos.<br />
50 6404<br />
Calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural<br />
ou reconstituído e parte superior de matérias têxteis.<br />
13.135.753 5 23 13<br />
51 8401<br />
Reatores nucleares; elementos combustíveis (cartuchos)<br />
não irradiados, para reatores nucleares; máquinas<br />
5.251.026 11 4 13<br />
e aparelhos para a separação de isótopos.<br />
52 1214<br />
Rutabagas, beterrabas forrageiras, raízes forrageiras, feno,<br />
alfafa, trevo, sanfeno, couves forrageiras, tremoço, ervilhaca e<br />
1.862.777 4 12 13<br />
produtos forrageiros semelhantes, mesmo em “pellets”.<br />
53 1101 Farinhas de trigo ou de mistura de trigo com centeio. 3.896.665 7 3 13<br />
54 3913<br />
Polímeros naturais (por exemplo, ácido algínico) e polímeros<br />
naturais modificados (por exemplo, proteínas endurecidas,<br />
derivados químicos da borracha natural), não especificados nem<br />
2.641.002 3 31 13<br />
compreendidos em outras posições, em formas primárias.<br />
55 9615<br />
Pentes, travessas para cabelo e artigos semelhantes; grampos para cabelo;<br />
pinças, onduladores, bóbis e artefatos semelhantes para penteados<br />
1.208.117 4 21 12<br />
56 9703<br />
Produções originais de arte estatuária ou de<br />
escultura, de quaisquer matérias<br />
2.397.186 39 12<br />
57 6309<br />
Artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus<br />
e artefatos de uso semelhante, usados<br />
2.663.906 7 10 12<br />
58 1804 Manteiga, gordura e óleo, de cacau 4.151.991 0 2 12<br />
59 9021<br />
Artigos e aparelhos ortopédicos, incluídas as cintas e fundas<br />
médico-cirúrgicas e as muletas; talas, goteiras e outros<br />
artigos e aparelhos para fraturas; artigos e aparelhos de<br />
43.305.280 16 10 12<br />
prótese; aparelhos para facilitar a audição dos surdos e outros<br />
aparelhos para compensar deficiências ou enfermidades.<br />
60 4702 Pastas químicas de madeira, para dissolução. 3.578.370 8 58 12<br />
61 3006 Preparações e artigos farmacêuticos indicados na Nota 4 deste Capítulo. 11.165.293 7 2 12<br />
62 2403<br />
Outros produtos de tabaco e seus sucedâneos, manufaturados; tabaco<br />
“homogeneizado” ou “reconstituído”; extratos e molhos, de tabaco.<br />
3.727.942 4 16 12<br />
63 0901<br />
Café, mesmo torrado ou descafeinado; cascas e películas de café;<br />
sucedâneos do café contendo café em qualquer proporção.<br />
23.939.386 2 19 12<br />
64 0712<br />
Produtos hortícolas secos, mesmo cortados em pedaços ou fatias,<br />
ou ainda triturados ou em pó, mas sem qualquer outro preparo.<br />
2.398.295 3 29 12<br />
65 8307 Tubos flexíveis de metais comuns, mesmo com acessórios. 1.775.108 5 15 12<br />
66 6405 Outros calçados. 4.744.396 24 12<br />
67 7227 Fio-máquina de outras ligas de aço. 2.998.139 4 88 11<br />
102 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
68 6402<br />
Outros calçados com sola exterior e parte<br />
superior de borracha ou plásticos.<br />
26.186.208 2 22 11<br />
69 7006<br />
Vidro das posições 70.03, 70.04 ou 70.05, recurvado, biselado,<br />
gravado, brocado, esmaltado ou trabalhado de outro modo,<br />
2.602.690 4 46 11<br />
mas não emoldurado nem associado a outras matérias.<br />
70 0714<br />
Raízes de mandioca, de araruta e de salepo, tupinambos, batatasdoces<br />
e raízes ou tubérculos semelhantes, com elevado teor de fécula<br />
ou de inulina, frescos, refrigerados, congelados ou secos, mesmo<br />
1.871.255 4 20 11<br />
cortados em pedaços ou em “pellets”; medula de sagueiro.<br />
71 0902 Chá, mesmo aromatizado. 5.765.553 2 17 11<br />
72 1005 Milho. 25.511.427 8 12 11<br />
73 2401 Tabaco não manufaturado; desperdícios de tabaco. 11.938.041 1 1 11<br />
74 1901<br />
Extratos de malte; preparações alimentícias de farinhas,<br />
grumos, sêmolas, amidos, féculas ou de extratos de malte.<br />
11.725.232 3 9 11<br />
75 2103<br />
Preparações para molhos e molhos preparados; condimentos e<br />
temperos compostos; farinha de mostarda e mostarda preparada.<br />
8.595.581 4 7 11<br />
76 2925<br />
Compostos de função carboxiimida (incluídos a<br />
sacarina e seus sais) ou de função imina.<br />
1.063.056 1 7 11<br />
77 4015<br />
Vestuário e seus acessórios (incluídas as luvas, mitenes e semelhantes),<br />
de borracha vulcanizada não endurecida, para quaisquer usos.<br />
6.007.093 7 24 11<br />
78 1701<br />
Açúcares de cana ou de beterraba e sacarose<br />
quimicamente pura, no estado sólido<br />
29.144.198 5 34 11<br />
79 2515<br />
Mármores, travertinos, granitos belgas e outras<br />
pedras calcárias de cantaria ou de construção<br />
2.384.873 6 42 11<br />
80 0904<br />
Pimenta (do gênero Piper); pimentões e pimentas dos gêneros<br />
Capsicum ou Pimenta, secos ou triturados ou em pó<br />
2.284.967 4 21 11<br />
81 2302<br />
Sêmeas, farelos e outros resíduos, mesmo em “pellets”, da peneiração,<br />
moagem ou de outros tratamentos de cereais ou de leguminosas<br />
1.115.849 4 21 11<br />
82 7302<br />
Elementos de vias férreas, de ferro fundido, ferro ou aço: trilhos,<br />
contratrilhos e cremalheiras, agulhas, cróssimas, alavancas para<br />
comando de agulhas e outros elementos de cruzamentos e desvios<br />
4.241.848 3 9 11<br />
Fonte: Trade Map/ITC, 2012<br />
(*) Produtos com taxa de crescimento anual superior a 10% ao ano nas exportações mundiais entre 2006 e 2010 e com valor importado superior a US$ 1 bilhão em 2010, além de taxas de crescimento positivas em<br />
valor e quantidade (entre 2006 e 2010) e em valor (entre 2009 e 2010).<br />
SISTEMA FIESC<br />
103
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
6.11 Questionário Aplicado na Pesquisa<br />
1. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA<br />
<br />
<br />
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<br />
<br />
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<br />
INDÚSTRIA<br />
<br />
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<br />
<br />
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<br />
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<br />
COMÉRCIO<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
SERVIÇOS<br />
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<br />
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<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
2001-2010<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
2. PARA EMPRESAS EXPORTADORAS<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
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<br />
<br />
<br />
trading<br />
trading<br />
<br />
<br />
<br />
valor total <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
faturamento<br />
<br />
<br />
<br />
faturamento anual <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
países de destino <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
104 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
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<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
ADOTA<br />
ESTRATÉGIAS<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
benchmarking <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
DEVERIA<br />
ADOTAR<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Programas e incentivos<br />
<br />
<br />
<br />
ACC<br />
ACE<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
REDEX<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Não<br />
Conhece<br />
Utiliza<br />
Conhece<br />
Não tem<br />
Interesse<br />
Não<br />
Consegue<br />
Utilizar<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
SISTEMA FIESC<br />
105
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
3. PARA EMPRESAS IMPORTADORAS<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
˝ Bens de consumo duráveis<br />
˝ Bens de consumo não-duráveis<br />
˝ Bens de capital<br />
˝ Insumos industriais<br />
˝ Alimentos e bebidas destinados à indústria<br />
˝ Equipamentos de transporte de uso industrial<br />
˝ Combustíveis e lubrificantes<br />
˝ Peças e equipamentos de transporte<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
˝ Todas as importações são realizadas de forma direta pela empresa<br />
˝ A maior parte das importações são realizadas de forma direta pela<br />
empresa, mas a empresa também importa de forma indireta alguns<br />
pedidos ocasionais.<br />
˝ A empresa importa direta e indiretamente, de maneira mais ou<br />
menos equilibrada<br />
˝ A maior parte das importações são realizadas de forma indireta,<br />
mas a empresa também importa de forma direta alguns pedidos<br />
ocasionais<br />
˝ Todas as importações são realizadas de forma indireta pela empresa<br />
<br />
˝ Através de trading e/ou empresa comercial importadora no Brasil<br />
˝ Através de trading e/ou empresa comercial importadora no exterior<br />
˝ Através de agentes e/ou distribuidores no Brasil<br />
˝ Através de agentes e/ou distribuidores no exterior<br />
˝ Outros, favor informar:______________________________________<br />
<br />
˝ Ao consumo próprio da empresa<br />
˝ A maior parte para consumo próprio, mas parte destinada ao consumo<br />
de terceiros<br />
˝ Aproximadamente metade das importações para consumo próprio<br />
e metade para consumo de terceiros<br />
˝ A maior parte para o consumo de terceiros, mas parte destinada<br />
ao consumo próprio<br />
˝ Ao consumo de terceiros<br />
<br />
<br />
˝ Todos os consumidores finais estão localizados em Santa Catarina<br />
˝ A maioria dos consumidores finais está localizada em Santa Catarina,<br />
mas parte também está em outros estados brasileiros<br />
˝ Aproximadamente metade dos consumidores finais está localizada<br />
em Santa Catarina e metade em outros estados brasileiros<br />
˝ A maioria dos consumidores finais está localizada em outros estados<br />
brasileiros, mas parte também está em Santa Catarina<br />
˝ o Todos os consumidores finais estão localizados em outros estados<br />
brasileiros<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
total das compras<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
total das<br />
compras<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
países fornecedores<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
˝ Mantendo-se relativamente estáveis<br />
˝ Sendo parcialmente reduzidos<br />
˝ Sendo substancialmente reduzidos<br />
˝ Sendo parcialmente aumentados<br />
˝ Sendo substancialmente aumentados<br />
<br />
<br />
˝ Mantendo-se relativamente estáveis<br />
˝ Sendo parcialmente reduzidos<br />
˝ Sendo substancialmente reduzidos<br />
˝ Sendo parcialmente aumentados<br />
˝ Sendo substancialmente aumentados<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
4. INTERNACIONALIZAÇÃO<br />
<br />
<br />
˝ Crescimento da empresa<br />
˝ Redução de custos<br />
˝ Posicionamento no mercado<br />
˝ Redução de riscos<br />
106 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
˝ Aumento da competitividade<br />
˝ Sobrevivência<br />
˝ Acesso a novos mercados<br />
˝ Aprendizado e desenvolvimento de novas competências<br />
˝ Busca por economias de escala<br />
˝ Pressão da concorrência global<br />
˝ Excedente produtivo que não foi absorvido pelo mercado doméstico<br />
˝ Efeito positivo para a imagem da empresa no país de origem<br />
˝ Outros, favor informar:______________________________________<br />
<br />
<br />
˝ xportação direta<br />
˝ Exportação através de terceiros (tradings, distribuidores, agentes,<br />
etc.)<br />
˝ Consórcios ou cooperativas de exportação<br />
˝ Importação direta<br />
˝ Importação através de terceiros (tradings, distribuidores, agentes,<br />
etc.)<br />
˝ Instalação de escritórios próprios no exterior voltados à comercialização<br />
˝ Instalação de unidade de produção própria no exterior<br />
˝ Licenciamento<br />
˝ Joint-ventures<br />
˝ Fusões e/ou aquisições<br />
˝ Contrato de produção ou subcontratação<br />
˝ Franchising<br />
˝ Associação/alianças estratégicas com empresas estrangeiras que<br />
não implicam em investimentos<br />
˝ Não aplicável<br />
˝ Outras, favor informar:______________________________________<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
˝ O mercado doméstico atende aos objetivos da empresa<br />
˝ Dificuldade de acesso aos canais de distribuição em outros países<br />
˝ As economias de escala são reduzidas, tornando os custos de produção<br />
elevados em relação aos concorrentes internacionais<br />
˝ Dificuldades em formar parcerias internacionais<br />
˝ Pouca experiência e conhecimentos gerenciais para a internacionalização<br />
˝ Dificuldades em acessar e analisar informações sobre mercados<br />
externos<br />
˝ Diferenças culturais<br />
˝ Dificuldades em oferecer produtos/serviços que atendam às necessidades<br />
de clientes internacionais<br />
˝ Competências tecnológicas insuficientes ou inadequadas para<br />
competir em custos e qualidade<br />
˝ Outras, favor informar:______________________________________<br />
<br />
<br />
˝ A experiência da empresa tem sido muito positiva e o aprendizado<br />
obtido até o momento tem favorecido o seu crescimento e contribuído<br />
para o alcance dos objetivos organizacionais.<br />
˝ A empresa tem se beneficiado da experiência internacional adquirida<br />
ao longo dos anos, mas recentemente passou a focar seus es-<br />
<br />
<br />
forços no mercado doméstico devido aos obstáculos enfrentados.<br />
˝ Os resultados alcançados com a inserção internacional não têm<br />
sido muito favoráveis, mas a empresa <strong>continu</strong>a com atividades no<br />
mercado externo por uma questão de sobrevivência no mercado<br />
interno, principalmente em função do acirramento da concorrência<br />
internacional no Brasil.<br />
˝ Cada vez mais a empresa tem reduzido seu processo de inserção<br />
internacional e a tendência é de que nos próximos anos passe a<br />
dedicar-se quase que exclusivamente ao mercado interno.<br />
<br />
principais obstáculos externos<br />
Obstáculos Externos<br />
<br />
-<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
-<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Sem<br />
Relevância<br />
Relevante<br />
Muito<br />
Relevante<br />
três áreas de apoio <br />
<br />
Áreas prioritárias<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
5. COMENTÁRIOS FINAIS<br />
SISTEMA FIESC<br />
107
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Anexos<br />
6.12 Listagem das Empresas Participantes da Pesquisa<br />
BEI COMÉRCIO E ASSESSORIA INTERNACIONAL LTDA.<br />
AGROPEL AGROINDUSTRIAL PERAZZOLI LTDA.<br />
ALBRECHT EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA.<br />
ALL FILTRATION TECHNOLOGIES TECIDOS TÉCNICOS LTDA.<br />
ALLTECH MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA.<br />
ANGELGRES REVESTIMENTOS CERÂMICOS LTDA.<br />
ANGELI INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CALÇADOS LTDA. M.E.<br />
ANGHEBEN COMÉRCIO EXTERIOR LTDA.<br />
AQX INSTRUMENTAÇÃO ELETRÔNICA S/A<br />
AUDACES AUTOM. E INFORMÁT. INDUSTRIAL LTDA.<br />
AUTOMATIZA IND. E COM. DE EQUIP. ELETROELETRÔN. LTDA.<br />
BAUMGARTEN GRÁFICA LTDA.<br />
BRANDILI TÊXTIL LTDA.<br />
BRASILUX IND. E COM., IMPORT. E EXPORT. LTDA.<br />
BUETTNER S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO<br />
BUGS & CIA. LTDA.<br />
CALESITA INDÚSTRIA DE BRINQUEDOS LTDA.<br />
COMPENSADOS PINHAL LTDA.<br />
CONTROLLER COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.<br />
COOPERATIVA CENTRAL AURORA ALIMENTOS<br />
DÖHLER S/A<br />
E G C INDÚSTRIA, COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA.<br />
EPEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PLÁSTICOS LTDA.<br />
ETP DO BRASIL LTDA. EPP<br />
EXPLORER FUNDAÇÕES LTDA.<br />
FAKINI MALHAS LTDA.<br />
FARBEN S/A INDÚSTRIA QUÍMICA<br />
FLATS OVER EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA LTDA.<br />
FORVM GERENCIAMENTO DE PROJETOS LTDA.<br />
FRANKLIN ELECTRIC INDÚSTRIA DE MOTOBOMBAS S/A<br />
FRIGORÍFICO CATARINENSE LTDA.<br />
FRIGORÍFICO RIOSULENSE S/A<br />
FUND. UNIVERSITÁRIA DO DESENVOLVIMENTO DO OESTE<br />
FUNDERG HIPPER FREIOS LTDA.<br />
GOEDE LANG E CIA. LTDA.<br />
HACKER INDUSTRIAL LTDA.<br />
HACO ETIQUETAS LTDA.<br />
HENGST INDÚSTRIA DE FILTROS LTDA.<br />
ICON S/A - ESTAMPOS & MOLDES<br />
INDÚSTRIA DE MÁQUINAS KREIS LTDA.<br />
INDÚSTRIA DE MOLDURAS MOLDURARTE LTDA.<br />
INDUSTRIAL CONVENTOS S/A<br />
INDUSTRIAL MADEIREIRA S/A<br />
INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S/A<br />
INTELBRAS S/A IND. DE TELEC. E ELETRÔNICA BRASILEIRA<br />
INTI REVESTIMENTOS CERÂMICOS<br />
IRMÃOS FISCHER S/A IND. E COM.<br />
SOLETRI INDÚSTRIA DE MATERIAIS ISOLANTES LTDA.<br />
K K MÓVEIS LTDA.<br />
KHOMP INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.<br />
KÖHLER TINTURARIA LTDA.<br />
LAMINADOS AB LTDA.<br />
MADALOSSO MARTINS IMPORT. E EXPORT. LTDA.<br />
MADEIREIRA BARRA GRANDE LTDA.<br />
MADEIREIRA SELEME LTDA.<br />
MANNES LTDA.<br />
MARCATTO S/A<br />
MAXUL ALIMENTOS LTDA.<br />
METALURGICA FEY S/A<br />
METALÚRGICA SARAIVA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.<br />
METALÚRGICA TURBINA LTDA.<br />
METISA METALÚRGICA TIMBOENSE S/A<br />
MÓVEIS WEIHERMANN S/A<br />
MUELLER FOGÕES LTDA.<br />
NEREU RODRIGUES & CIA. LTDA.<br />
PRÓSPERA TRADING IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.<br />
RM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.<br />
SCHMITZ AGROINDUSTRIAL LTDA.<br />
SCHWANKE INDÚSTRIA TÊXTIL LTDA.<br />
SERPIL MÓVEIS LTDA.<br />
SIEBERT QUÍMICA LTDA.<br />
SOL SPORTS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.<br />
TABULAE INDÚSTRIA DE MÓVEIS LTDA.<br />
TAF INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LTDA.<br />
TÊXTIL H. J. HERING LTDA.<br />
TRACTEBEL ENERGIA S/A<br />
TRITEC INDUSTRIAL LTDA.<br />
TWIST INCOBRAS - INDÚSTRIA DE CONFECÇÕES LTDA.<br />
VANTEC - IND. DE MÁQUINAS LTDA.<br />
VEMATE VERDINHA INDÚSTRIA DO MATE LTDA.<br />
VIDRAÇARIA PRIMOS LTDA. M.E.<br />
ZEN S/A INDÚSTRIA METALÚRGICA<br />
108 SISTEMA FIESC
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Diretoria FIESC<br />
Presidente – Glauco José Côrte<br />
1º Vice-Presidente – Mario Cezar de Aguiar<br />
Diretor 1º Secretário – Edvaldo Ângelo<br />
Diretor 2º Secretário – Cid Erwin Lang<br />
Diretor 1º Tesoureiro – César Murilo Barbi<br />
Diretor 2º Tesoureiro – Carlos Toniolo<br />
Vice-Presidentes para Assuntos Regionais<br />
Gilberto Seleme – Centro-Norte<br />
Alfredo Piotrovski – Litoral Sul<br />
Jorge Luiz Strehl – Vale do Itajaí<br />
Álvaro Luis de Mendonça – Alto Uruguai Catarinense<br />
Vitor Mário Zanetti – Sudeste<br />
Lino Rohden – Alto Vale do Itajaí<br />
Célio Bayer – Vale do Itapocu<br />
Diomício Vidal – Sul<br />
Giordan Heidrich – Serra Catarinense<br />
Anselmo Zanellato – Centro-Oeste<br />
Astor Kist – Extremo Oeste<br />
Maurício Cesar Pereira – Foz do Rio Itajaí<br />
Udo Döhler – Norte-Nordeste<br />
Waldemar Antonio Schmitz – Oeste<br />
Arnaldo Huebl – Planalto Norte<br />
Vice-Presidentes para Assuntos Estratégicos<br />
Michel Miguel<br />
Mário Lanznaster<br />
Ney Osvaldo Silva Filho<br />
Ingo Fischer<br />
Rui Altenburg<br />
Diretores<br />
Adalberto Roeder<br />
Albano Schmidt<br />
Aldo Apolinário João<br />
Alexandre d’Ávila da Cunha<br />
Amilcar Nicolau Pelaez<br />
Bárbara Paludo<br />
Carlos Alberto Barbosa Mattos<br />
Carlos Frederico da Cunha Teixeira<br />
Charles Alfredo Bretzke<br />
Charles José Postali<br />
Conrado Coelho Costa Filho<br />
Dario Luiz Vitali<br />
Egon Werner<br />
Evair Oenning<br />
Flavio José Martins<br />
Ida Áurea da Costa<br />
Israel José Marcon<br />
Jacir Pamplona<br />
Luiz Antônio Botega<br />
Luiz Cesar Meneghetti<br />
Olvacir José Bez Fontana<br />
Osni Carlos Verona<br />
Otmar Josef Müller<br />
Pedro Leal da Silva Neto<br />
Roberto Marcondes de Mattos<br />
Walgenor Teixeira<br />
Conselho Fiscal<br />
Efetivos<br />
Leonir João Pinheiro<br />
Fred Rubens Karsten<br />
Tito Alfredo Schmitt<br />
Suplentes<br />
Amauri Eduardo Kollross<br />
Celso Panceri<br />
Flávio Henrique Fett<br />
Delegação junto à CNI<br />
Efetivos<br />
Glauco José Côrte<br />
Alcantaro Corrêa<br />
Suplentes<br />
Mario Cezar de Aguiar<br />
João Stramosk<br />
Diretoria Ciesc<br />
Presidente – Glauco José Côrte<br />
Vice-Presidente – Mario Cezar de Aguiar<br />
Diretora 1ª Secretária – Sílvia Hoepcke da Silva<br />
Diretor 2º Secretário – José Fernando da Silva Rocha<br />
Diretor 1º Tesoureiro – Luciano Flávio Andriani<br />
Diretor 2º Tesoureiro – Aldo Nienkötter<br />
Conselho Consultivo<br />
Adolfo Fey<br />
César Gomes Junior<br />
Cláudio Roberto Grando<br />
Evandro Müller de Castro<br />
Hilton Siqueira Leonetti<br />
Jair Philippi<br />
João Paulo Schmalz<br />
José Adami Neto<br />
Nivaldo Pinheiro<br />
Noiodá José Damiani<br />
Odelir Battistella<br />
Rafael Boeing<br />
Conselho Fiscal<br />
Efetivos<br />
Ademar Avi<br />
Juarez de Magalhães Rigon<br />
Marcelo Rodrigues<br />
Suplentes<br />
Luiz Gonzaga Coelho<br />
Márcio Anselmo Ribeiro<br />
Marconi Leonardo Pascoali<br />
110 DESEMPENHO E PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA CATARINENSE
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012<br />
Diretoria SESI<br />
Conselho Regional de Santa Catarina<br />
Presidente – Glauco José Côrte<br />
Vice-Presidente – Mario Cezar de Aguiar<br />
Representante da FIESC – Henrique de Bastos Malta<br />
Representantes da Indústria<br />
Titulares<br />
José Fernando da Silva Rocha<br />
Luis Angelo Noronha de Figueiredo<br />
Luis Carlos Guedes<br />
Luis Eduardo Broering<br />
Suplentes<br />
Ademir José Pereira<br />
Alfredo Ender<br />
Eliezer da Silva Matos<br />
Ramiro Cardoso<br />
Representantes Institucionais<br />
Titulares<br />
Ari Oliveira Alano – Federação dos Trabalhadores nas Indútrias Metalúrgicas,<br />
Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de SC<br />
Célio Goulart – Governo do Estado de Santa Catarina<br />
Rodrigo Minotto – Ministério do Trabalho e Emprego<br />
Suplentes<br />
Carlos Alberto Baldissera – Federação dos Trabalhadores nas Indútrias<br />
Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de SC<br />
Antônio Carlos Poletini – Governo do Estado de Santa Catarina<br />
Alberto Caponi Causs – Ministério do Trabalho e Emprego<br />
Diretoria SENAI<br />
Conselho Regional de Santa Catarina<br />
Presidente – Glauco José Côrte<br />
Vice-Presidente – Mario Cezar de Aguiar<br />
Representante da FIESC – Helio Cesar Bairros<br />
Representantes da Indústria<br />
Titulares<br />
Cesar Augusto Olsen<br />
Sergio Augusto Carvalho da Silva<br />
Maria Regina de Loyola R. Alves<br />
Ulrich Kühn<br />
Representantes Institucionais<br />
Titulares<br />
Rodrigo Minotto – Ministério do Trabalho e Emprego<br />
Maria Clara Kaschny Schneider – Ministério da Educação<br />
Carlos Artur Barboza – Trabalhadores da Indústria<br />
Suplentes<br />
Alberto Roberto Causs – Ministério do Trabalho e Emprego<br />
Silvana Rosa Lisboa de Sá – Ministério da Educação<br />
Altamiro Perdoná – Trabalhadores da Indústria<br />
Diretoria IEL<br />
Presidente – Glauco José Côrte<br />
Vice-Presidente – Mario Cezar de Aguiar<br />
Diretor Tesoureiro – Luciano Flávio Andriani<br />
Representante da FIESC – Bárbara Paludo<br />
Conselho Consultivo<br />
Efetivos<br />
Ângela Teresa Zorzo Dal Piva<br />
Hans Heinrich Bethe<br />
Lurivam Bortoli<br />
Murilo Ghisoni Bortoluzzi<br />
Vilmar Radin<br />
Ronaldo Benkendorf<br />
Valter Ros de Souza<br />
Suplentes<br />
Álvaro Schwegler<br />
Alceu Grade<br />
Celso Marcolin<br />
Eduardo Seleme<br />
Heleny Mendonça Meister<br />
Maury Santos Júnior<br />
Orlíndio da Silva<br />
Conselho Fiscal<br />
Efetivos<br />
Ilton Paschoal Rotta<br />
José Suppi<br />
Marcus Schlösser<br />
Suplentes<br />
Almir Manoel Atanázio dos Santos<br />
Marlene Pitt Dullius<br />
Roseli Steiner Hang<br />
Suplentes<br />
Cidnei Luiz Barozzi<br />
Osvaldo Luciani<br />
Vilmar Radin<br />
Vincenzo Francesco Mastrogiacomo<br />
DESEMPENHO E PERSPECTIVAS DA INDÚSTRIA CATARINENSE<br />
111
Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 - Itacorubi - Florianópolis/SC - CEP 88034-001<br />
Fone: (48) 3231-4651 - Fax: (48) 3231-4669<br />
e-mail: cin@fiescnet.com.br<br />
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ANÁLISE DO COMÉRCIO INTERNACIONAL CATARINENSE 2012