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Seu exemplo pode ser seguido. Conserve seu veículo com ... - Detran

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Foto: Anderson Maciel<br />

ENTREVISTA<br />

Julio Suzuki: “As<br />

economias do país e<br />

do Paraná estão<br />

mais sólidas,<br />

estando até mais<br />

resistentes a crises<br />

externas, <strong>com</strong>o é<br />

possível perceber<br />

nesta atual fase de<br />

instabilidade nas<br />

bolsas ao redor do<br />

mundo”<br />

PIB, IDH, Juros e afins: o que<br />

os números dizem sobre a economia<br />

Pesquisas do Ipardes auxiliam no planejamento e execução de políticas<br />

públicas do Estado. Alguns indicadores explicam o porquê do aumento<br />

nas vendas de veículos automotores<br />

Anderson Maciel<br />

nômica mundial, apesar de alguns altos<br />

e baixos, está favorável para o desenvolvimento<br />

dos países que há<br />

anos vinham sofrendo <strong>com</strong> baixas taxas<br />

de crescimento. Isso se reflete no<br />

estado do Paraná, o qual tem encarado<br />

o atual cenário <strong>com</strong>o a oportunidade<br />

de executar políticas de desenvolvimento<br />

preocupadas <strong>com</strong> o crescimento<br />

sócio-econômico sustentável.<br />

Existe atualmente uma diversificação<br />

e aprimoramento da produção<br />

no estado. As economias do país e do<br />

Paraná estão mais sólidas, estando<br />

até mais resistentes a crises externas,<br />

<strong>com</strong>o é possível perceber nesta atual<br />

fase de instabilidade nas bolsas ao redor<br />

do mundo. Com isso, a tendência<br />

é que a economia, tanto do país quanto<br />

do Paraná, continue a crescer nos<br />

próximos anos. O reflexo na renda é<br />

percebido ao <strong>com</strong>parar o PIB per capita,<br />

que no estado do Paraná passou<br />

de R$ 6.847,00 em 2000 para R$<br />

10.725,00 em 2004. Maior inclusive<br />

que o PIB per capita do país, que em<br />

2004 era de R$ 9.729,00.<br />

Detrânsito - Recentemente a frota<br />

da cidade de Curitiba chegou a<br />

marca de 1 milhão de veículos. Ela<br />

tem crescido em média de 0,56%<br />

ao mês. E de acordo <strong>com</strong> dados da<br />

Associação Nacional dos<br />

Fabricantes de Veículos<br />

Automotores (Anfavea), nos seis<br />

primeiros meses de 2007 já foram<br />

licenciados mais de 1 milhão de automóveis<br />

em todo o Brasil, representando<br />

um aumento de 25% em<br />

relação ao mesmo período do ano<br />

passado. Quais os indicadores que<br />

exercem influência direta no aumento<br />

do consumo da população,<br />

em especial do consumo de veículos?<br />

ra consumir, em especial veículos automotores.<br />

Somado a esses dois fatores,<br />

a diminuição nas taxas de juros<br />

faz <strong>com</strong> que se crie um ótimo cenário<br />

para o consumo de veículos, que são<br />

produtos cujas vendas têm uma grande<br />

sensibilidade <strong>com</strong> o crédito. Com<br />

a queda nos juros aumenta-se a venda<br />

de veículos financiados, principalmente<br />

de veículos novos. E o crescimento<br />

da indústria automobilística<br />

e das vendas de automóveis estão<br />

acontecendo principalmente devido<br />

a demanda do mercado interno. Não<br />

são as exportações que impulsionam<br />

o aumento da produção e da <strong>com</strong>ercialização<br />

de veículos. Mas isso não<br />

significa que exista uma substituição<br />

do carro novo pelo antigo, já que este<br />

passa para a população de renda mais<br />

baixa. Ou seja, isso significa que são<br />

mais veículos realmente circulando<br />

nas ruas brasileiras.<br />

Detrânsito - Ao contrário da economia,<br />

a população apresenta taxas<br />

de crescimento cada vez menores.<br />

O estudo do Ipardes mostra<br />

que de 2010 a 2020 a taxa de crescimento<br />

anual da população deve cair<br />

em 55%. Qual a razão dessa trajetória<br />

da população <strong>ser</strong> contrária<br />

a da economia?<br />

Julio Suzuki - Para entender o porque<br />

da trajetória inversa do crescimento<br />

da população, <strong>pode</strong> <strong>ser</strong> feita<br />

uma relação <strong>com</strong> o crescimento econômico<br />

para justificar o baixo crescimento<br />

populacional. Com um PIB<br />

per capita maior e uma política de distribuição<br />

de renda bem executada, aumenta-se<br />

também o Índice de<br />

Desenvolvimento Humano (IDH).<br />

Regiões de IDH elevado representam<br />

e significam aumento da escolaridade,<br />

e por consequência um maior<br />

planejamento familiar, ocasionando<br />

assim a diminuição das taxas de natalidade<br />

e de fecundidade. No Paraná,<br />

estado <strong>com</strong> o 6º melhor IDH do país<br />

(0,787), a taxa de fecundidade passou<br />

de 2,62 em 1991 para 2,3 em<br />

2000. Essa é uma das razões para a<br />

população não ter a mesma evolução<br />

da economia. Porém, esse fato não é<br />

exclusivo do Paraná. Podemos considerar<br />

um fenômeno nacional e até<br />

mesmo mundial. É preciso ressaltar<br />

que existem algumas particularidades<br />

em certas regiões do estado. A<br />

Mesorregião Metropolitana de<br />

Curitiba (região que <strong>com</strong>preende<br />

também os municípios do litoral do<br />

estado), apesar de também apresentar<br />

baixas taxas de natalidade, ainda<br />

assim teve um crescimento populacional<br />

grande nos últimos anos. Em<br />

1980 a população dessa mesorregião<br />

era de 1.703.787 pessoas, já em 2000<br />

passou para 3.053.313. Isso se deve,<br />

principalmente, ao fluxo migratório.<br />

Detrânsito - O fluxo migratório no<br />

Paraná aconteceu de maneira muito<br />

diversificada ao longo da história.<br />

Hoje, <strong>com</strong>o é o fluxo migratório<br />

no estado?<br />

Julio Suzuki - Diferente das décadas<br />

de 60 e 70, quando muitos paranaenses<br />

deixaram o estado, hoje acontece<br />

o contrário. O fluxo migratório, que<br />

é a atração de contingente populacional<br />

de outras regiões e de outros estados,<br />

é intenso em direção a Região<br />

Metropolitana de Curitiba. Só para<br />

se ter uma idéia, quase metade da população<br />

que mora em Curitiba não<br />

nasceu na cidade. O Censo<br />

Demográfico realizado em 2000 pelo<br />

IBGE revela que a população de<br />

Curitiba era de 1.587.315 habitantes.<br />

Deste total, 756.799 moradores da cidade<br />

não eram nascidos na capital paranaense.<br />

O mesmo censo mostra<br />

que as cidades do entorno de<br />

Curitiba tiveram um grande crescimento<br />

populacional em relação à pesquisa<br />

anterior (1996), <strong>com</strong>o foram os<br />

casos de Fazenda Rio Grande<br />

(10,91%), Campo Magro (5,99%),<br />

São José dos Pinhais (5,43%) e<br />

Colombo (5,09%). Uma das razões<br />

deste fluxo migratório em direção à<br />

Região Metropolitana de Curitiba é o<br />

crescimento e a diversificação da economia<br />

desta região, que conta <strong>com</strong> indústrias<br />

dos mais variados setores.<br />

Indicadores econômicos <strong>com</strong>o<br />

de estabilidade e <strong>com</strong> perspectivas que resultaram nas perspectivas<br />

o PIB per capita, <strong>pode</strong>r de consu-<br />

de crescimento em suas economias. de crescimento econômico do país<br />

mo e <strong>com</strong>pra da população, assim <strong>com</strong>o<br />

O País, por <strong>exemplo</strong>, até 2002 apre-<br />

e do estado? Qual o reflexo deste<br />

os indicadores demográficos sentava crescimento médio do crescimento na renda da popula-<br />

Julio Suzuki - No Brasil, diferente<br />

(crescimento populacional e taxa de Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% ção?<br />

dos países desenvolvidos, onde as populações<br />

possuem uma renda bem<br />

natalidade), entre outros, são as matérias<br />

primas para o desenvolvimenmento<br />

anual de 4,5%, <strong>pode</strong>ndo che-<br />

Julio Suzuki - Na década de 90 e no<br />

maior e já consomem bastante, o con-<br />

ao ano. Hoje, já se projeta crescito<br />

de estudos e pesquisas do Instituto gar a 5%. Suzuki, entrevistado desta início deste século, algumas crises,<br />

sumo aqui ainda é reprimido devido<br />

Paranaense de Desenvolvimento edição da Detrânsito, explica, também,<br />

a importância do investimento México e Ásia, refletiram negativamento<br />

de renda reflete imediatamennômico<br />

e populacional atingem di-<br />

<strong>com</strong>o as da Rússia, Argentina,<br />

a baixa renda. Assim, qualquer au-<br />

Detrânsito - Os crescimentos eco-<br />

Econômico e Social (IPARDES). O<br />

coordenador do Núcleo de em infra-estrutura para o desenvolvimento<br />

econômico do estado do atingindo principalmente e mais for-<br />

fazermos parte de um sistema econô-<br />

de transportes destas regiões. Qual<br />

mente em várias partes do mundo,<br />

te em aumento de consumo. Até por<br />

retamente o trânsito e os sistemas<br />

Conjuntura e Macroeconomia do<br />

Instituto Julio Suzuki (37) considera Paraná e do país.<br />

temente economias frágeis e em processo<br />

de desenvolvimento, <strong>com</strong>o é o<br />

mo característica a alta propensão pa-<br />

crescimento econômico e demo-<br />

mico capitalista, o brasileiro tem co-<br />

é a região que apresenta o maior<br />

que atualmente, tanto o Paraná quanto<br />

o Brasil atravessam um momento Detrânsito - Quais são os fatores caso do Brasil. Hoje a conjuntura eco-<br />

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