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sistemas de plantio e condução de cafeeiros - Fundação Procafé

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SISTEMAS DE PLANTIO E<br />

CONDUÇÃO DE CAFEEIROS<br />

J.B. Matiello – Eng Agr Mapa-<strong>Fundação</strong> <strong>Procafé</strong>


Justificativas/Objetivos<br />

Muita gente está querendo plantar mais café,<br />

pela boa condição econômica atual do produto<br />

no mercado.<br />

Os novos <strong>plantio</strong>s, em sua maior parte, serão<br />

em substituição às lavouras velhas, como uma<br />

renovação <strong>de</strong> cafezais.<br />

Ou em projetos novos, <strong>de</strong> pessoas que estarão<br />

investindo pela 1ª vez em café, normalmente em<br />

lavouras maiores, empresariais.<br />

É uma boa hora <strong>de</strong> analisar e escolher o<br />

sistema <strong>de</strong> <strong>plantio</strong>, a ser utilizado nas novas<br />

lavouras.


Escolha do Sistema <strong>de</strong> <strong>plantio</strong><br />

Depen<strong>de</strong> :<br />

Condições do local – clima, solo, topografia,<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra.<br />

Condições do sistema – varieda<strong>de</strong>s a usar e<br />

manejo previsto na implantação e tratos futuros.<br />

Capacida<strong>de</strong> do produtor (tamanho e recursos).<br />

C


O que é o sistema <strong>de</strong> <strong>plantio</strong><br />

O sistema não se resume na escolha,<br />

isolada, apenas do espaçamento a<br />

plantar.<br />

É preciso consi<strong>de</strong>rar o espaçamento em<br />

conjunto com outros fatores, como o<br />

clima, a varieda<strong>de</strong> e as práticas <strong>de</strong><br />

manejo, que se prevê na lavoura.<br />

Existe interação entre o espaçamento e esses<br />

fatores.


Sistemas <strong>de</strong> produção , padrões <strong>de</strong> tecnologia,<br />

usados nas principais práticas na cultura cafeeira<br />

De acordo com o espaçamento (<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>plantio</strong>):<br />

- sistema super-a<strong>de</strong>nsado<br />

- sistema a<strong>de</strong>nsado<br />

- sistema semi-a<strong>de</strong>nsado ou renque manual<br />

- sistema renque mecanizado<br />

- sistema tradicional<br />

De acordo com o manejo dos tratos:<br />

- trato manual<br />

- trato mecanizado (em diferentes níveis)


Sistemas <strong>de</strong> produção , padrões <strong>de</strong> tecnologia,<br />

usados nas principais práticas na cultura cafeeira<br />

De acordo com a <strong>condução</strong> das plantas:<br />

- manejo aberto, a livre crescimento<br />

- periodicamente aberto, ou com podas corretivas<br />

- sempre fechado<br />

- poda safra zero, cada 2 anos.<br />

De acordo com a condição climática:<br />

- cultivo a pleno sol<br />

- cultivo arborizado ou sombreado<br />

- cultivo irrigado<br />

• De acordo com o trato nutricional:<br />

- tratamento rotineiro (sem adubação)<br />

- tratamento químico ou combinação com orgânico<br />

- tratamento só orgânico (café orgânico ou


Dois <strong>sistemas</strong> básicos <strong>de</strong><br />

espaçamento<br />

A<strong>de</strong>nsado:<br />

1,70 – 2,5 m X 0,5 – 0,7 m , com 5000 – 10000 pl/ha<br />

Renque mecanizado:<br />

3,5 – 4,0 m X 0,5 – 0,7 m, com 4000 – 5500 pl/ha<br />

.


Dois <strong>sistemas</strong> alternativos<br />

Super-a<strong>de</strong>nsado:<br />

1,0 – 1,5 m X 0,3 – 0,5 m , com 15000 – 25000 pl/ha<br />

2-3 safras e recepa em seguida<br />

Semi-a<strong>de</strong>nsado:<br />

2,5 – 3,0 m X 0,5 – 0,7 m, com 6500 – 8000 pl/há<br />

Esqueletamento constante, cada 2-3 safras


Escolha do Sistema <strong>de</strong> <strong>plantio</strong><br />

Áreas pequenas, especialmente as montanhosas:<br />

Natural usar espaçamentos mais a<strong>de</strong>nsados<br />

Para reduzir as áreas exploradas, e cobrir rapidamente o<br />

solo, com economia na execução dos tratos culturais,<br />

otimizando o uso/rendimento da mão-<strong>de</strong>-obra.<br />

Para a proteção do solo, em áreas <strong>de</strong>clivosas, mais<br />

sujeitas à erosão.<br />

Para melhorar a produtivida<strong>de</strong> por área.<br />

Para reduzir os custos <strong>de</strong> produção e po<strong>de</strong>r competir com<br />

áreas mecanizáveis.


Escolha do Sistema <strong>de</strong> <strong>plantio</strong><br />

Áreas planas/onduladas, mecanizáveis<br />

Usar espaçamentos largos nas ruas e fechados na<br />

linha ( Renque mecanizado)<br />

Para favorecer a mecanização máxima, do <strong>plantio</strong><br />

à colheita.<br />

Fator importante para viabilizar a cafeicultura<br />

empresarial, e para redução dos custos <strong>de</strong><br />

produção.


Quadro 1: Efeito do espaçamento (número <strong>de</strong> plantas/área) sobre a<br />

produtivida<strong>de</strong> dos <strong>cafeeiros</strong> em 3 ensaios.<br />

Locais e Espaçamentos<br />

1 – Ensaio Pindorama-SP<br />

(média 21safras/1938-1959)<br />

Número <strong>de</strong> planta/ha<br />

covas<br />

Produtivida<strong>de</strong><br />

Sacas/ha<br />

Espaçamento 4 x 4m 625 8,7<br />

Espaçamento 3,5 x 2,5m 1142 13,4<br />

Espaçamento 3,5 x 1,7m 1680 17,5<br />

2 – Ensaio Varginha<br />

(média <strong>de</strong> 7 safras/1978-1985)<br />

Espaçamento 5 x 2,0m 1000 13,5<br />

Espaçamento 3,8 x 2,0m 1315 19,6<br />

Espaçamento 3,8 x 1m 2630 23,7<br />

Espaçamento 1,5 x 1m 6666 40,1<br />

3 - Ensaio Martins Soares<br />

(média <strong>de</strong> 11 safras/1996-2006)<br />

Espaçamento 4 x 0,5m 5000 42,7<br />

Espaçamento 2 x 0,5m 10.000 56,0<br />

Espaçamento 1 x 0,5m 20.000 78,0


Produção <strong>de</strong> café beneficiado, em sacas/ha, em <strong>plantio</strong>s com uma<br />

ou duas plantas/cova, a 1 e 2 m entre covas, em diferentes<br />

espaçamentos <strong>de</strong> rua, com a varieda<strong>de</strong> Catuaí – Varginha-MG – 1985.<br />

Espaçamentos<br />

1,54 x 1 m<br />

1,54 x 2 m<br />

1,85 x 1m<br />

1,85 x 2 m<br />

2,22 x 1 m<br />

2,22 x 2 m<br />

2,66 x 1 m<br />

2,66 x 2 m<br />

3,19 x 1 m<br />

3,19 x 2 m<br />

3,83 x 1 m<br />

3,83 x 2 m<br />

4,60 x 1 m<br />

4,60 x 2 m<br />

5,00 x 1 m<br />

5,00 x 2 m<br />

Média (1 muda)<br />

Média (2 mudas)<br />

Fonte: Camargo et alli – Anais 12º CBPC, p. 36-7.<br />

Produção média 7 safras (scs/ha)<br />

40,1<br />

30,4<br />

35,3<br />

30,5<br />

31,5<br />

27,1<br />

30,2<br />

25,5<br />

26,2<br />

21,8<br />

23,7<br />

19,6<br />

18,4<br />

16,1<br />

16,3<br />

13,5<br />

27,7<br />

23,0


Produtivida<strong>de</strong> em <strong>cafeeiros</strong> irrigados sob pivô-Lepa, <strong>plantio</strong> circular, sob<br />

diferentes espaçamentos entre plantas nas linhas. L.E. Magalães, BA, 2008<br />

Espaçamen-tos<br />

Produtivida<strong>de</strong> (em scs/há) nas safras<br />

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Média<br />

3,75 x 0,5 m 35,4c 82,6b 79,8b 44,4c 57,9a<br />

b<br />

43,2b 55,8a<br />

b<br />

43,2a 55,3<br />

3,75 x 1,0 m 29,1bc 55,4a 64,2a 27,8b 53,6a<br />

b<br />

36,8a<br />

b<br />

64,0a<br />

b<br />

29,4a<br />

b<br />

43,9<br />

3,75 x 1,5 m 17,4ab 58,4a 56,9a 16,6a<br />

b<br />

59,6b 32.0a<br />

b<br />

59,3a 18,3a<br />

b<br />

39,8<br />

3,75 x 2,0 m 17,5a 52,7a 53,9a 9,9a 44,9a 17,6a 48,9b 9,4b 30,8<br />

Fonte: Santinato et alli, Anais do 34º CBPC, Mapa/<strong>Procafé</strong>, 2008, p.392


Sc. Benef./ha<br />

Litros por Planta<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

55<br />

5,0<br />

44<br />

7,9<br />

10,7<br />

40<br />

0,5 1 1,5 2<br />

Espaçamento entre plantas (m)<br />

11,0<br />

32<br />

15<br />

13,5<br />

12<br />

10,5<br />

9<br />

7,5<br />

6<br />

4,5<br />

3<br />

1,5<br />

0<br />

Sacas Benef./ha<br />

Litros por Planta<br />

Média <strong>de</strong> produção, em 8 safras, por área(scs/ha) e por planta (l/pl) em <strong>cafeeiros</strong>,<br />

sob diferentes espaçamentos entre plantas na linha, sob irrigação <strong>de</strong><br />

Pivô central-LEPA nas condições do Oeste da Bahia


Produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>cafeeiros</strong>, em sacas beneficiadas por hectare<br />

e vergamento, para os diferentes espaçamentos.<br />

L.E. Magalhães -BA, 2004<br />

Tratamentos<br />

4m x 0,25m - 10000 pl/ha<br />

4m x 0,50m - 5000 pl/ha<br />

4m x 0,75m - 3333 pl/ha<br />

4m x 1,00m - 2500 pl/ha<br />

4m x 1,25m - 2000 pl/ha<br />

4m x 1,50m - 1666 pl/ha<br />

4m x 1,75m - 1428 pl/ha<br />

4m x 2,00m - 1250 pl/ha<br />

CV%<br />

R= Perda / acréscimo<br />

V= Vergamento do tronco<br />

1ª safra<br />

2002<br />

70,3 a<br />

74,1 a<br />

56,1 ab<br />

46,9 b<br />

40,5 b<br />

38,1 bc<br />

39,4 bc<br />

35,5 c<br />

20,3<br />

2ª safra<br />

2003<br />

120,9 a<br />

87,7 ab<br />

77,7 abc<br />

66,9 bc<br />

58,9 bc<br />

57,6 bc<br />

52,9 c<br />

53,8 c<br />

30,4<br />

3ª safra<br />

2004<br />

21,1 a<br />

17,8 a<br />

18,5 a<br />

13,2 ab<br />

14,7 ab<br />

10,7 b<br />

11,5 b<br />

9,9 b<br />

29,7<br />

Média<br />

70,8 a<br />

59,8 ab<br />

50,7 abc<br />

42,5 c<br />

38,0 cd<br />

35,4 cd<br />

34,6 cd<br />

33,4 ad<br />

27,8<br />

R<br />

+18<br />

100<br />

-14<br />

-29<br />

-37<br />

-41<br />

-42<br />

-45<br />

V<br />

+ + + + +<br />

+ + +<br />

+ +<br />

+<br />

+<br />

+<br />

+ +<br />

+


Efeito do <strong>de</strong>sbaste na linha <strong>de</strong> <strong>cafeeiros</strong> plantados a 3,75 x 0,5m,<br />

na condição <strong>de</strong> irrigação no Oeste da Bahia, L. E. Magalhães, 2002.<br />

Produção média das 3 safras pós-<strong>de</strong>sbaste (scs/ha)<br />

Espaçamentos<br />

Tratamentos<br />

Original<br />

3,75 x 0,5 m<br />

Modificado<br />

3,75 x 1m<br />

Modificado<br />

3,75 x 1,5m<br />

Modificado<br />

3,75 x 2,0m<br />

Desbaste após 1ª safra<br />

Desbaste após 2ª safra<br />

Desbaste após 3ª safra<br />

91<br />

97<br />

70<br />

65<br />

60<br />

41<br />

60<br />

52<br />

30<br />

50<br />

47<br />

19<br />

Fonte: Santinato et alli. Anais do 28ºCBPC, MAPA/PROCAFÉ, 2002, p.109


Produtivida<strong>de</strong> em <strong>cafeeiros</strong> sob diferentes direcionamentos<br />

nas linhas <strong>de</strong> <strong>plantio</strong> – Luiz Eduardo Magalhães – BA, 2004.<br />

POSIÇÕES<br />

DO PLANTIO<br />

Produtivida<strong>de</strong> média (2 safras)<br />

(Scs / ha)<br />

0 – 180<br />

59 bc<br />

45 – 225 62 b<br />

90 – 270 76 a<br />

135 – 315 69 ab<br />

Fonte : Santinato R. et alli, Anais 29 CBPC, Mapa/<strong>Procafé</strong>, 2004, p. 301, 2003.


Produção na 1ª safra em <strong>cafeeiros</strong> <strong>de</strong> 3 varieda<strong>de</strong>s, em vários <strong>sistemas</strong><br />

<strong>de</strong> a<strong>de</strong>nsamento. Campinas-SP – 1994<br />

Espaçamentos e<br />

Nº <strong>de</strong> plantas/ha<br />

Produção na 1ª safra – Scs benef./ha (Varieda<strong>de</strong>s)<br />

Catucaí Icatu 2944 Mundindu<br />

0,5 x 0,5m – 40.000<br />

65<br />

58<br />

18<br />

1,0 x 0,5m – 20.000<br />

146<br />

138<br />

78<br />

2,0 x 0,5m – 10.000<br />

89<br />

99<br />

76<br />

4,0 x 0,5m - 5.000<br />

45<br />

45<br />

41<br />

Fonte: Santinato, Matiello, Silva, Carvalho, Camargo e Shimosaka. Anais do 20º CBPC, p. 176-0.


Produção das 5 primeiras safras, em sacas/ha, em <strong>cafeeiros</strong> sob<br />

diferentes espaçamentos a<strong>de</strong>nsados. Martins Soares – MG, 2009.<br />

Espaçamentos<br />

2005<br />

2006 2007 2008 2009 Média<br />

1,30 x 0,25 m 156,0 77,0 53,4 150,5 65,6 101,5<br />

1,0 x 0,50 m 124,8 51,2 60,5 121,2 69,7 85,4<br />

2,0 x 0,50 m 83,7 41,1 43,1 93,6 36,5 59,6<br />

Fonte: Matiello et alli, Anais do 35º CBPC, Mapa/<strong>Procafé</strong>, 2009, p. 38


Cuidados no <strong>plantio</strong><br />

Usar mudas boas, <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadas.<br />

Preparar-Corrigir/adubar a cova – sulco.<br />

Calcário<br />

Adubo fosfatado<br />

Micronutrientes<br />

Orgânico, se disponível (cova ou cobertura)<br />

Plantar em boa época.


Não basta escolher um bom sistema <strong>de</strong><br />

<strong>plantio</strong>, uma boa varieda<strong>de</strong> e plantar bem:<br />

É preciso cuidar bem das plantas jovens<br />

A lavoura mal formada po<strong>de</strong> apresentar<br />

problemas pelo resto da sua vida .<br />

A estrutura das plantas e do seu sistema<br />

radicular e a uniformida<strong>de</strong> da lavoura, com<br />

plantas <strong>de</strong>senvolvidas por igual e sem falhas,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da sua boa formação.


Cuidados no pós-<strong>plantio</strong><br />

Molhação, se necessária<br />

Controle do mato, linha sempre limpa<br />

Controle <strong>de</strong> pragas e doenças(BM, formigas, etc)<br />

Adubação<br />

Proteção contra ventos, se necessária.<br />

Proteção contra erosão.<br />

Re<strong>plantio</strong>, se necessário.<br />

Desbrota, se necessária.


Antigamente a fase <strong>de</strong> formação do cafezal<br />

durava 3-4 anos<br />

Hoje em dia, com varieda<strong>de</strong>s mais precoces e<br />

produtivas, com adubação e tratos intensivos,<br />

inclusive com irrigação, é possível ter uma<br />

pequena safra, <strong>de</strong> 10-15 sacas/ha, já com 1,5 ano<br />

e uma boa safra, 30-70 scs/ha, com 2,5 anos,<br />

com retorno mais rápido dos investimentos.


Produção <strong>de</strong> café em <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> <strong>plantio</strong> com mudas simples, duplas<br />

e podadas, <strong>cafeeiros</strong> M. N. – Média 1985-1989 – Varginha-MG, 1989.<br />

Tratamentos<br />

Produção média anual<br />

5 safras (scs./ha)<br />

Índice<br />

Muda simples<br />

Muda dupla<br />

Duas mudas simples<br />

Duas mudas duplas<br />

Muda simples podada (2 hastes)<br />

19,0<br />

16,8<br />

18,4<br />

13,2<br />

18,8<br />

100<br />

88<br />

97<br />

69<br />

99<br />

Duas mudas simples podadas (4 hastes)<br />

Fonte: Toledo, Miguel, Matiello e Almeida – Anais 15º CBPC, p. 161-2.<br />

16,5<br />

87


Produção, sacas benef./ha, média <strong>de</strong> 6 safras (96-01), área foliar e<br />

relação folha fruto, do ensaio: Influência do número <strong>de</strong> ramos<br />

ortotrópicos na <strong>condução</strong> <strong>de</strong> <strong>cafeeiros</strong> a<strong>de</strong>nsados, 2 x 0,5 m, nas<br />

condições da Zona da Mata <strong>de</strong> Minas Gerais. Martins Soares-MG –<br />

2001.<br />

Condução Produtivida<strong>de</strong> I.Área foliar Fl. – Fr.<br />

2 hastes 65,55 a 8,3 2,25<br />

3 hastes 64,55 a 10,4 3,03<br />

Livre Cresc. (2,1 hastes) 58,25 a 8,9 2,85<br />

4 hastes 58,03 a 10,4 3,20<br />

1 haste 55,49 a 8,5 2,70<br />

Fonte: Barros et alli – Anais 27º CBPC, Mapa/<strong>Procafé</strong>, 2001, p. 36-7


Produção – Kg <strong>de</strong> café pergaminho por parcela<br />

<strong>de</strong> 100m 2<br />

Y= -8.96 + 25.51x – 1.60x 2<br />

Calculado<br />

Observado<br />

Índice <strong>de</strong> área foliar IAF (em junho)<br />

Equação Figura 27 <strong>de</strong>B regressão - Equação da <strong>de</strong> produção regressão por da produção parcela(Y) por sobre parcela (Y) sobre o<br />

o índice <strong>de</strong> área índice foliar(X) <strong>de</strong> área e valores foliar (X) observados, e valores na observados Colômbia. na Colômbia.


Desbrotas- <strong>condução</strong><br />

A eliminação dos brotos (<strong>de</strong>sbrota) formados sobre o caule,<br />

na formação, é necessária para evitar excesso <strong>de</strong> hastes<br />

problemas sobre a estrutura vegetativa-produtiva do<br />

cafeeiro adulto.<br />

As plantas <strong>de</strong> café da espécie arabica são, naturalmente,<br />

uni-caule, crescendo, em sua maioria, com a dominância <strong>de</strong><br />

um único tronco ou haste.<br />

A ocorrência <strong>de</strong> brotações é <strong>de</strong>vida ao entortamento e à<br />

<strong>de</strong>sfolha das plantas jovens, que facilita a exposição do<br />

tronco; à presença <strong>de</strong> machucaduras; e ao corte do<br />

ponteiro, que quebra a dominância apical das plantas.<br />

A indicação da <strong>de</strong>sbrota-tipo <strong>de</strong> <strong>condução</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do<br />

sistema <strong>de</strong> <strong>plantio</strong> e manejo, havendo interação, ainda, com<br />

as condições climáticas, a nutrição e o controle <strong>de</strong> pragas e<br />

doenças.<br />

Plantios mais próximos na linha, <strong>de</strong>vem ser conduzidos<br />

com menor número <strong>de</strong> hastes por planta.


Desbrotas- <strong>condução</strong><br />

Em áreas com maior déficit hídrico a plantas com muitas<br />

hastes (finas) sofrem mais os efeitos da seca e parecem<br />

exigir maiores adubações.<br />

O excesso <strong>de</strong> hastes é prejudicial nas áreas mecanizadas,<br />

os ramos pen<strong>de</strong>ndo<br />

para o meio da rua, atrapalhando os<br />

tratos .<br />

Indicação -<br />

Para lavouras a<strong>de</strong>nsadas, não <strong>de</strong>sbrotar, só quando o sistema<br />

<strong>de</strong> podas prever recepas em menor espaço. Produção se<br />

concentra na parte superior (ponteiros) e maior nº <strong>de</strong> hastes<br />

permite melhor renovação da área produtiva no alto das plantas.<br />

No sistema <strong>de</strong> <strong>plantio</strong> aberto, <strong>de</strong>sbrotar, na formação e na fase<br />

adulta, manter apenas a haste original. Haste mais grossa,<br />

menor vergamento. Ramos laterais mais longos e mais<br />

produtivos, principalmente nas 1ªs safras (maior precocida<strong>de</strong>),<br />

favorece a manutenção da saia e facilita a mecanização dos<br />

tratos. Exceção para varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> copa mais estreita.


Manejo no sistema a<strong>de</strong>nsado<br />

Usar mudas próprias e mais econômicas, como as <strong>de</strong><br />

ban<strong>de</strong>ja, para baratear o custo/ha, onerado pelo gran<strong>de</strong><br />

número (10 mil ou mais) por área.<br />

Plantio mais cedo <strong>de</strong>ntro do ano agricola, para garantir<br />

maior <strong>de</strong>senvolvimento e produção das plantas na 1ª safra.<br />

O preparo do solo, a calagem e a adubação <strong>de</strong>vem abstrair<br />

o conceito por cova e adotar doses por área ou metro <strong>de</strong><br />

sulco.<br />

Deve-se distribuir melhor (menores distâncias) os<br />

carreadores nas áreas.<br />

Usar os insumos, por exemplo, os micro-nutrientes, <strong>de</strong><br />

preferência via solo, pois as pulverizações são dificultadas<br />

pelo a<strong>de</strong>nsamento.<br />

Usar varieda<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadas, com maturação mais precoce,<br />

plantas <strong>de</strong> porte baixo,com menor diâmetro <strong>de</strong> saia, boa<br />

rebrota, resistentes à ferrugem e tolerantes à seca.


Manejo no sistema a<strong>de</strong>nsado<br />

Dar priorida<strong>de</strong> para o uso <strong>de</strong> herbicidas, já que outros<br />

<strong>sistemas</strong> possíveis <strong>de</strong> controle do mato, <strong>de</strong> operação<br />

manual, gastam mais mão-<strong>de</strong>-obra.<br />

Fazer adubações, a partir do 2º - 3º anos, já no meio da<br />

rua.<br />

Nas pulverizações optar por <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> barra ou canhão.<br />

Deixar ruas largas a cada 15-18m ou carreadores mais<br />

próximos (30-40m) .<br />

Na adubação calcular as doses por área e consi<strong>de</strong>rar o<br />

melhor aproveitamento dos adubos no solo (diferencial <strong>de</strong><br />

20-30% menos adubo por área - produção.<br />

Efetuar as podas somente mais tar<strong>de</strong>, quando houver<br />

gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> colheita.<br />

No controle <strong>de</strong> pragas/doenças usar, prioritariamente,<br />

<strong>sistemas</strong> via solo, por dificulda<strong>de</strong> em pulverizar a lavoura.<br />

No uso da irrigação consi<strong>de</strong>rar a maior a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong><br />

<strong>sistemas</strong> que distribuem a água em área total (aspersão).


Manejo no sistema renque-mecanizado<br />

Preparo do solo e sulcos mecanizado, alinhamento com<br />

linhas compridas, sem ruas mortas, carreadores largos.<br />

Áreas com pequena <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>, em chapadas,<br />

alinhamento situando as linhas no sentido aproximado<br />

Leste-Oeste. Nos pivôs <strong>de</strong>ve-se alinhar em circulos.<br />

Varieda<strong>de</strong>s - alta capacida<strong>de</strong> produtiva por planta, bom<br />

vigor, resistência a bicho-mineiro e leprose, se possível,<br />

porte baixo, maturação mais uniforme, para colher mais<br />

frutos cereja.<br />

Na fase inicial, aplicações <strong>de</strong> adubos ou <strong>de</strong>fensivos feitas<br />

ainda nas plantas individualizadas e a partir <strong>de</strong> 6meses<br />

(0,5m) todos insumos po<strong>de</strong>m ser distribuídos <strong>de</strong> forma<br />

contínua.<br />

As plantas <strong>de</strong>vem ser mantidas com <strong>de</strong>sbrotas, sempre que<br />

necessário, ficando apenas as hastes originais. Aumenta a<br />

produção e diminui tombamento <strong>de</strong> plantas.


Manejo no sistema renque mecanizado<br />

Nos tratos culturais, capinas, adubações, pulverizações e<br />

outros tratos, o renque oferece um espaço amplo,<br />

priorida<strong>de</strong> com implementos <strong>de</strong> tração mecanizada.<br />

A adubação <strong>de</strong>ve ser calculada por hectare e regulagem<br />

para jogar a quantida<strong>de</strong> por metro <strong>de</strong> linha.<br />

Po<strong>de</strong>m ser necessárias podas corretivas, após 6-10 safras,<br />

quando a altura das plantas dificultar as pulverizações e a<br />

colheita e, mesmo sem fechamento, a produção ficar muito<br />

concentrada no terço superior dos <strong>cafeeiros</strong>, com baixa<br />

frutificação na parte inferior.<br />

Prestar atenção aos problemas <strong>de</strong> compactação do solo,<br />

críticos nas chapadas e solos argilosos, <strong>de</strong>vidos à<br />

passagem contínua dos tratores.<br />

Para a irrigação são prioritários <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> molhação<br />

localizada (lepa, gotejo etc.).


Manejo no sistema renque mecanizado<br />

A arruação po<strong>de</strong> ser feita mecanizada, facilitada pelo uso<br />

<strong>de</strong> herbicidas.<br />

A colheita é facilitada, com as ruas largas favorecendo<br />

maturação mais uniforme dos frutos. Após chuvas o café<br />

seca mais rapidamente (pé e chão) o que beneficia a<br />

qualida<strong>de</strong>.<br />

A <strong>de</strong>rriça mecanizada po<strong>de</strong> ser feita pelos diferentes<br />

equipamentos, auto-motriz ou tracionados por trator.<br />

A varrição e o recolhimento do café do chão são, também,<br />

possíveis <strong>de</strong> mecanização.<br />

.


Produtivida<strong>de</strong>, na primeira safra, em <strong>cafeeiros</strong> <strong>de</strong> 2 varieda<strong>de</strong>s,<br />

em 4 espaçamentos,, em área com M. exigua, S.D. das Dores-MG, 2010<br />

Espaçamentos<br />

Produções em sacas/ha<br />

Catucai 785-15 Catuai V 44<br />

2009 2010 2009 2010<br />

1,8 x 0,5 m<br />

18,5 116,5 13,8 119,2<br />

2,4 x 0,5 m<br />

13,8 104,2 8,7 75,6<br />

3,0 x 0,5 m<br />

11,8 78,2 6,2 61,7<br />

3,6 x 0,5 m<br />

11,6 57,8 6,3 50,5<br />

Média 13,9 89,2 8,7 76,8<br />

Diferencial + 59% + 16%


Crescimento (altura das plantas) em <strong>cafeeiros</strong> sob<br />

diferentes <strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> mudas e <strong>plantio</strong>, Pirapora-<br />

MG, 2008<br />

Sistemas <strong>de</strong> mudas/<strong>plantio</strong> Altura das<br />

plantas (cm)<br />

aos 7 meses<br />

<strong>de</strong> campo<br />

Raiz nua, sob sombra <strong>de</strong><br />

mamoeiros<br />

Raiz nua, sob<br />

<strong>de</strong> palha<br />

sombra inicial<br />

Altura das<br />

plantas (m)<br />

aos 18 meses<br />

<strong>de</strong> campo<br />

65 1,45<br />

61 1,40<br />

Raiz nua, pleno sol 53 1,15<br />

Semeio direto, sombra <strong>de</strong><br />

mamoeiros<br />

67 1,54


CONTATO<br />

35 – 3214-1411 (<strong>Fundação</strong> <strong>Procafé</strong>)<br />

21- 2233-8593 (Rio <strong>de</strong> Janeiro)<br />

jb.matiello@yahoo.com.br

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