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Unimed Cuiabá

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<strong>Cuiabá</strong><br />

PROTOCOLO DE USO DA ENDOSCOPIA DIGESTIVA<br />

1. INDICAÇÕES DA ENDOSCOPIA ALTA OU ESÔFAGO-GASTRO-DUODENO-<br />

ESCOPIA:<br />

1. Sintomas abdominais superiores que persistem apesar de apropriada terapêutica<br />

empírica.<br />

2. Sintomas abdominais superiores associados ou não com sintomas ou sinais de<br />

“alarme”(anorexia e perda de peso) em indivíduos com idade superior a 45 anos.<br />

3. Sinais e sintomas de obstrução( saciedade precoce)<br />

4. Disfagia ou odinofagia<br />

5. Sintomas de refluxo esofágico em homem com mais de 50 anos ou que persiste<br />

após apropriada terapêutica<br />

6. Vômitos persistentes de causa desconhecida.<br />

7. Doenças outras, nas quais a presença de patologia de abdome superior pode<br />

modificar o planejamento do tratamento. Exemplo, pacientes com história de ulcera<br />

ou hemorragia no qual está sendo programado transplante de órgão, tratamento<br />

anti-coagulante ou uso crônico de anti-inflamatório não esteróide para artrite.<br />

8. Síndrome de polipose adenomatosa familiar<br />

9. Para confirmação e diagnóstico histopatológico de lesões demonstradas em exames<br />

radiológicos:<br />

a) lesão suspeita de neoplasia<br />

b) ulcera gástrica ou esofágica<br />

c) obstrução ou estreitamento do trato superior.<br />

10. Hemorragia gastrintestinal:<br />

a) em paciente com ativo ou recente sangramento


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b) perda crônica de sangue e anemia por deficiência de ferro, quando a situação<br />

sugere como fonte o trato intestinal superior ou em colonoscopia negativa.<br />

11. Retirada de amostra de tecido ou fluido, quando indicado<br />

12.Paciente com suspeita de hipertensão portal para documentar ou tratar varizes<br />

esofágica<br />

13. Avaliação de acidente agudo por ingestão de caustica<br />

14.Tratamento de lesões hemorrágicas como ulcera, tumor, anomalias vasculares<br />

(eletro coagulação, etc)<br />

15.Ligamento ou escleroterapia de varizes.<br />

16. Remoção de corpo estranho<br />

17. Remoção de lesões poliplóides selecionadas<br />

18. Posicionamento de tubos de alimentação ou de drenagem<br />

19. Dilatação de lesões estenóticas (balão,etc)<br />

20. Tratamento de acalasia (toxina botulínica, balão )<br />

21. Tratamento paliativo de estenose neoplásica(laser,stent, eletrocoagulação)<br />

1.1 ESOFAGO-GASTRO-DUODENO-ESCOPIA GERALMENTE NÃO ESTÁ<br />

INDICADA NOS SEGUITES CASOS:<br />

1. Sintomas considerados funcional ou dispepsia em jovem.<br />

2. Adenocarcinoma metastático de origem primária desconhecida, quando o resultado<br />

não irá alterar a condução do caso<br />

3.Achados radiográficos de:<br />

a) hérnia hiatal de deslizamento assintomática ou não complicada<br />

b) ulcera duodenal que respondeu ao tratamento<br />

c) bulbo deformado no qual a sintomatologia está ausente<br />

4.Seguimento periódico de doença benigna curada


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1.2 EGD periódica geralmente NÃO está indicada para:<br />

• Seguimento ou vigilância para doença benigna curada tais como esofagite,<br />

ulcera gástrica ou duodenal<br />

• Seguimento e vigilância durante dilatações repetidas de estreitamentos ao<br />

menos se ocorrer mudança de status<br />

1.3 Seguimento de lesões pré malignas:<br />

1.3.1. BARRETT:<br />

1.3.1.1Rastreamento: Indivíduos com refluxo freqüente (varias vezes na semana),<br />

crônico (mais que 5 anos). Principalmente se homem branco com 50 anos ou mais.<br />

1.3.1.2. Sem displasia: Repetir a endoscopia com biópsia em um ano, se mantiver<br />

sem displasia manter vigilância com seguimento a cada 3 / 5 anos.<br />

1.3.1.3. Com Baixo grau de displasia: nova endoscopia em 6 meses, depois,<br />

segmento anual.<br />

Com Alto grau de displasia e sem carcinoma: se com contra indicação de cirurgia<br />

ou recusa de cirurgia, seguimento a cada 3 meses por um ano, se não for<br />

encontrada displasia após 2 endoscopias consecutivas, o intervalo passa para 6<br />

meses, depois para um ano.


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1.3.2. ACALÁSIA:<br />

Realizar endoscopia periódica após 15 anos do inicio da sintomatologia Freqüência:<br />

indeterminada<br />

1.3.3. LESÃO POR CÁUSTICO:<br />

Iniciar seguimento após 15 a 20 anos da ingestão cáustica.<br />

Freqüência: 1 a 3 anos<br />

1.3.4. PÓLIPO EPITELIAL GÁSTRICO:<br />

Após polipectomia- Seguimento: um ano.<br />

Freqüência: 1 a 3 anos<br />

1.3.5. METAPLASIA E DISPLASIA GASTROINTESTINAL: Se alto grau, considerar<br />

gastrectomia.<br />

1.3.6. POS CIRURGIA GÁSTRICA:<br />

Endoscopia inicial para verificar H. Pylori, gastrite crônica ou metaplasia intestinal<br />

Seguimento: Iniciar de 15 a 20 anos após a cirurgia.<br />

2. COLONOSCOPIA ESTÁ GERALMENTE INDICADA:<br />

1.Avaliação de uma anormalidade encontrado em um enema baritado ou outro estudo<br />

por imagem, com probabilidade de significado clinica como defeito de enchimento ou<br />

estreitamento<br />

2.Avaliação de inexplicado sangramento gastrintestinal


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3.Hematoquezia<br />

4.Melena depois de ter excluído uma fonte gastrintestinal alta<br />

5.Presença de sangue oculto nas fezes<br />

6.Anemia ferropriva inexplicada<br />

7.Doença intestinal inflamatória crônica do colo se melhorar a acurácia do diagnóstico<br />

ou se a determinação ou extensa da atividade inflamatória tiver influencia imediata na<br />

condução do tratamento<br />

9. Diarréia clinicamente significante de origem desconhecida<br />

10. Identificação intra operatória de lesão não aparente durante a cirurgia (ex; local da<br />

polipectomia ou de um sangramento)<br />

11. Tratamento de sangramento de lesão tais como malformação vascular, ulceração,<br />

neoplasia, local de polipectomia (eletrocoagulação, laser etc)<br />

12 Remoção de corpo estranho<br />

13 Excisão de pólipo colônico<br />

14 Descompressão de mega-colo agudo não tóxico ou volvo de sigmóide<br />

15. Balão de dilatação de estruturas estenosadas (ex. estreitamento anastomótico)<br />

16. Tratamento paliativo de sangramento ou estreitamentos neoplásicos<br />

17. Marcar neoplasia para localização<br />

18.Rastreamento: Indivíduo de alto risco (história de adenomatose familiar)- um ou<br />

mais parentes com de 1° grau com câncer colorretal diagnosticado em torno dos 50<br />

anos de idade: Colonoscopia anual e rastreamento nos familiares<br />

HNPCC: Colonoscopia a cada 2 anos<br />

19. Seguimento-Vigilância:<br />

1.9.1. Indivíduos com risco aumentado: três ou mais adenomas, ou alto grau de<br />

displasia, ou caracteres de vilosidades, ou adenoma maior que 1 cm:<br />

Seguimento:3/3 anos.<br />

19.2. Indivíduos com baixo risco: um ou dois pequenos (menor que 1 cm) adenomas<br />

tubulares sem alto grau de displasia: Seguimento: 5/10 anos.


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19.3. Indivíduo com pólipo hiperplásico: Seguimento: 10/10 anos.<br />

Se porém o paciente apresentar uma Síndrome poliposa hiperplásica(vários pólipos):<br />

Seguimento mais intensivo (critério clinico).<br />

19.4.Indivíduo com mais de 10 adenomas em um exame: Seguimento: 3/3 anos.<br />

19.5.Indivíduo com adenoma séssil que foi removido: Intervalo de 2/6 meses para<br />

assegurar que a remoção foi completa. Uma vez confirmada a completa remoção<br />

(achados endoscópicos e anátomo-patológicos): Seguimento subsequente deve ser<br />

individualizado.<br />

18.6. Descontinuidade de seguimento deve ser considerado em pacientes com sérias<br />

co-morbidades e expectativa de vida inferior a 10 anos (critério clínico).<br />

19.7 Em pacientes com pan colite ulcerativa de Crohn com 8 ou mais anos de duração<br />

ou colite esquerda com 15 ou mais anos de duração: Seguimento a cada 1/2 anos com<br />

biópsia sistemática para detecção de displasia<br />

3. COLONOSCOPIA GERALMENTE NÃO ESTÁ INDICADA NAS SEGUITES<br />

SITUAÇÕES:<br />

• Síndrome de colo irritável crônico e estável ou dor abdominal crônica (existem<br />

exceções não usuais nas quais a colonoscopia pode ser realizada especialmente se<br />

os sintomas não respondem ao tratamento)<br />

• Diarréia aguda<br />

• Adenocarcinoma metastático de origem primaria desconhecida na ausência de


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sinais ou sintomas colônicos quando esse ato não vai influenciar o tratamento<br />

• Seguimento de rotina de doença inflamatória do intestino (exceto para vigilância de<br />

câncer em colite ulcerativa e doença de Crohn)<br />

• Hemorragia gastrintestinal ou melena de sabida fonte intestinal alta<br />

• Para seguimento periódico de doença benigna curada.<br />

4. COLONOSCOPIA ESTÁ GERALMENTE CONTRA INDICADA:<br />

Quando se sabe ou desconfia de uma víscera perfurada<br />

Colite fulminante<br />

Diverticulite aguda documentada.<br />

Dr. Valfredo da Mota Menezes<br />

Consultor<br />

5. Referências bibliográficas:<br />

<br />

ASGE. American society for Gastrointestinal Endoscopy. Appropriate use of<br />

Gastrointestinal Endoscopy.. Gastrointestinal Endoscpy 2000;52(6):831-37


<strong>Cuiabá</strong><br />

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American society for Gastrointestinal Endoscopy. The role of endoscopy in the<br />

management of GERD. Gastrointestinal Endoscopy 1999;49(6):834-35<br />

American society for Gastrointestinal Endoscopy. The role of endoscopy in<br />

dispepsia. Gastrointestinal Endoscopy 2001;54(6):815-17<br />

GM Jeffery, BE hickey, P Hider. Follow-up strategies for patients treated for<br />

non-metastatic coloretal cancer. Cochrane database of Systematic reviews<br />

2002,issue1<br />

American society for Gastrointestinal Endoscopy: ASGE Guideline on the use<br />

of endoscopy in the management of constipation.Gatrointestinal endoscopy<br />

2005;62(2):199-201.<br />

Service des recommandations professionnelles. Endoscopie digestive<br />

basse:indications en dehors du depistage en population. Syntese des<br />

recommandations, avril 2005. disponivel em:www.has-sante.fr.<br />

ASGE Guideline: The role of endoscopy in the surveillance of pre malignant<br />

conditions of the upper GI tract. Gastrointestinal endoscopy 2006;63(4):570-<br />

80.<br />

Sidney J. Winewer, Ann G. Zauber, Robert H. Fletcher et al. Guideline for<br />

Colonoscopy surveillance after Polypectomy: A consensus update by US Multi<br />

Society Task Force on Coloretal Cancer and the American Cancer Society.<br />

CA Cancer J Clin 2006;56(3):142-59. Disponível:<br />

http://caonline.amcancersoc.org/cgi/content/full/56/3/143 (09/03/2007)

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