uso – são benefícios cita<strong>do</strong>s por dezoitoprojetos. Dez conseguiram algum nível deinfluência sobre políticas públicas e seteapontam situações de profissionalização<strong>do</strong>s beneficiários como um <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>sconcretos <strong>da</strong> experiência.4.1. Fortalecimentoorganizacional e ganhossociaisAssociações e cooperativas fortaleci<strong>da</strong>s,funcionan<strong>do</strong> melhor ou começan<strong>do</strong> afuncionar onde não existiam. Associa<strong>do</strong>sparticipan<strong>do</strong> <strong>da</strong>s reuniões e <strong>da</strong>s decisõesde suas organizações. Aumento na autoestima<strong>do</strong>s grupos e <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des.Maior projeção e influência destes no seuambiente de atuação. Esses são benefíciosidentifica<strong>do</strong>s imediatamente na maioria<strong>do</strong>s projetos.“Através <strong>do</strong> PDA conseguimos maissócios, mu<strong>da</strong>nças de conhecimentos,estamos conseguin<strong>do</strong> a fábrica depalmito. O PDA trouxe um horizontepara a gente chegar mais na frente.Sem ele não teríamos a casa <strong>do</strong> mel e oProambiente. A Ajopam foi o carro-chefepara trazer o PDA e o PDA o carro-chefepara aju<strong>da</strong>r a sustentar o trabalho <strong>da</strong>Ajopam”. Antônio, Juína/MTNo Antimari, a maturi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> grupo paratomar decisões e a gestão direta <strong>do</strong> projetolevaram à consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> associação <strong>do</strong>sseringueiros. Os associa<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Nossa Senhorade Fátima acham que o projeto <strong>da</strong>ssementes aju<strong>do</strong>u-os a avançar em outrosaspectos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> comunitária e produtiva.Em Esperantinópolis, a maior participaçãono sindicato e na cooperativa, a partir <strong>do</strong>projeto, levou à consoli<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> própriosindicato. No Jaú, houve a criação de umaassociação (Amoru) que reúne to<strong>da</strong>s ascomuni<strong>da</strong>des <strong>do</strong> rio Unini e uma aliançaenvolven<strong>do</strong> associações de bairro e decategorias, além <strong>do</strong> STR, em Novo Airão.No Apiaú, o fato <strong>da</strong> cooperativa estar funcionan<strong>do</strong>para comercializar os produtos– ain<strong>da</strong> que com dificul<strong>da</strong>des e de formapouco profissional – é considera<strong>do</strong> umganho pelos coopera<strong>do</strong>s.Uma mulher poyanawa afirma que “hádez anos não tínhamos a liber<strong>da</strong>de quetemos hoje. A Associação melhorou cempor cento”. Ela traduz o sentimento desua comuni<strong>da</strong>de, que considera a aprendizagemcomo maior ganho: as pessoasaprenderam a cumprir regras de projeto,a fazer prestação de contas e a gerenciaro trator.Na APA, registra-se melhoria <strong>da</strong>s condiçõestécnicas e estruturais. A profissionalização<strong>da</strong> Associação gerou maiorcapacitação nas áreas técnica, administrativae financeira, e também melhoria naquali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s produtos; hoje a APA é referênciadentro e fora <strong>da</strong> região. Em Juína,as comuni<strong>da</strong>des de produtores estão maisorganiza<strong>da</strong>s, forman<strong>do</strong> 22 grupos comativi<strong>da</strong>des coletivas, e a estrutura tambémfoi melhora<strong>da</strong>, com alojamentos e uni<strong>da</strong>dede beneficiamento de mel.Em Cametá, a organização está mais bemequipa<strong>da</strong> e os acor<strong>do</strong>s de pesca fortalecema coesão <strong>do</strong>s grupos. Em Curralinho,a agroindústria está funcionan<strong>do</strong>, há mecanismosde decisão participativa e deintegração entre beneficiários e equipee, a partir <strong>da</strong> gerência <strong>do</strong> projeto PDA,novos recursos estão viabilizan<strong>do</strong> novosprojetos.Também em Parauapebas o grupo <strong>da</strong> Cooperestá mais consoli<strong>da</strong><strong>do</strong>, como demonstrao fato <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de de beneficiamento47
48ter si<strong>do</strong> adquiri<strong>da</strong> com dinheiro de festase rifas organiza<strong>da</strong>s pelos associa<strong>do</strong>s. Hámaior identificação <strong>da</strong>s pessoas com oprojeto e a Cooper busca evitar os erros edificul<strong>da</strong>des de outros projetos, aprenden<strong>do</strong>a partir <strong>do</strong> que já existe.O projeto <strong>do</strong> Fun<strong>da</strong>c trabalha com umgrande potencial de organização sociale de fortalecimento <strong>da</strong> organização demulheres e jovens, com lideranças jovensdespontan<strong>do</strong>; associações e uma cooperativaestão sen<strong>do</strong> forma<strong>da</strong>s. O trabalho<strong>da</strong> Amplac com os quelônios projetou aimagem <strong>da</strong> associação, que presta um importanteserviço de educação ambiental ede fiscalização ao longo <strong>do</strong> rio Abunã.No projeto <strong>do</strong> Ceapac, registram-se comoganhos o fato <strong>da</strong> Centralago ter sua sedeprópria e estar negocian<strong>do</strong> a folha <strong>do</strong>curauá diretamente com a indústria, oque só é possível pela união <strong>da</strong>s cincoassociações de Lago Grande em uma sócooperativa.A associação de Wanderlândia consoli<strong>do</strong>u-see ganhou importância no cenáriomunicipal, amplian<strong>do</strong> sua articulação eas parcerias. Houve também incentivo àsindicalização, à retoma<strong>da</strong> <strong>do</strong> STR e aofortalecimento <strong>do</strong> movimento de mulherestrabalha<strong>do</strong>ras rurais.Em Medicilândia, o projeto propicioumaior proximi<strong>da</strong>de com o movimentosocial <strong>da</strong> região, com maior presença <strong>da</strong>FVPP no apoio à estruturação física <strong>do</strong>movimento; o projeto representa o iníciode uma série de ativi<strong>da</strong>des globais planeja<strong>da</strong>spara a região <strong>da</strong> Transamazônica.O projeto de Anapu faz parte de umaarticulação regional envolven<strong>do</strong> Fetagri eGTA e vem apoian<strong>do</strong> o fortalecimento <strong>do</strong>movimento social, inclusive com estruturae recursos, com atuação concreta naimplantação <strong>do</strong>s Projetos de DesenvolvimentoSustentáveis (assentamentos).Em Juína, as parcerias <strong>da</strong> Ajopam foramamplia<strong>da</strong>s e consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>s, com discussãode propostas alternativas para a região efortalecimento <strong>da</strong>s organizações participantes.O projeto fortaleceu também aluta política <strong>da</strong> Ajopam, alavancan<strong>do</strong> eestimulan<strong>do</strong> processos e ações em parceria(Pastoral <strong>da</strong> Saúde, CPT e outras).A Apruram (Rolim de Moura, MT) acreditaque o nível <strong>da</strong> organização social melhorou;as parcerias com Emater e Ceplac seestreitaram e a Associação hoje é reconheci<strong>da</strong>como agente promotor de novomodelo de desenvolvimento agrícola paraa região.O amadurecimento <strong>da</strong> convivência social,o maior sentimento de pertencer auma comuni<strong>da</strong>de (Antimari), o aumento<strong>do</strong> número de amigos (Apiaú), o sentimentode ter “mais digni<strong>da</strong>de” (sementes),são aspectos considera<strong>do</strong>s como grandesganhos pelos produtores. Há uma recuperação<strong>da</strong> auto-estima, quan<strong>do</strong> o produtorsente que é capaz de alimentar sua famíliae melhorar de vi<strong>da</strong> (Esperantinópólis).Em Wanderlândia, o projeto tornou acomuni<strong>da</strong>de conheci<strong>da</strong>, rompen<strong>do</strong> oisolamento na região; e em Curralinho,possibilitou a maior integração <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>deno trabalho <strong>da</strong> roça coletiva, sobforma de mutirão. Mais companheirismo(Ceapac) e boa integração <strong>do</strong>s grupos,pelo uso de meto<strong>do</strong>logias participativas(Juína), também aju<strong>da</strong>m a elevar a autoestima<strong>do</strong> povo.O projeto <strong>do</strong>s quelônios trabalha com umforte vetor de motivação para a juventudelocal e to<strong>do</strong>s os integrantes têm orgulho<strong>da</strong> iniciativa e de seus resulta<strong>do</strong>s. Em Pa-
- Page 1 and 2: N º 5Maio de 2004Estudos da Amazô
- Page 4: SumárioAPRESENTAÇÃO ............
- Page 8 and 9: IntroduçãoO Estudo da Amazônia a
- Page 10 and 11: Os indicadores não aferidos por mo
- Page 12 and 13: Distribuição dos projetos visitad
- Page 14 and 15: AcreProjeto SOS QuelôniosTem como
- Page 16 and 17: AcreProjeto Manejo Florestal deSeme
- Page 18 and 19: RondôniaProjeto DesenvolvimentoSus
- Page 20 and 21: Mato GrossoProjeto Agroflorestal eC
- Page 22 and 23: TocantinsProjeto ReviverO projeto,
- Page 24 and 25: MaranhãoProjeto Recuperação deÁ
- Page 26 and 27: RoraimaProjeto Piscicultura,Reflore
- Page 28 and 29: ParáProjeto Implantação eConduç
- Page 30 and 31: ParáProjeto Valorização eConserv
- Page 32 and 33: ParáCultivo do UrucumConsorciado c
- Page 35 and 36: 2. Fatores que Contribuem parao Êx
- Page 37 and 38: 36− Capacidade para correção r
- Page 39 and 40: 38para outras realidades. E as orga
- Page 41 and 42: 3. As Pedras no Caminho:Problemas e
- Page 43 and 44: casos - Apiaú, Lontra, Ceapac. Em
- Page 45 and 46: 44o funcionamento da fábrica da ma
- Page 47: 4. O que Fica para asComunidades e
- Page 51 and 52: 50“Em 1996, antes do projeto, eu
- Page 53 and 54: “O projeto me ensinou a plantar,
- Page 55 and 56: 54ações de sinergia e contextos f
- Page 57 and 58: 5. Sistemas de ProduçãoDurante a
- Page 59 and 60: 58de beneficiamento, mas comerciali
- Page 61 and 62: 60A apicultura, associada aos SAFs
- Page 63 and 64: cultura e ao Ibama para entrar com
- Page 65 and 66: Diante dos desafios citados, buscou
- Page 67 and 68: 66As dimensões de sustentabilidade
- Page 69 and 70: de adaptação dos cursos e eventos
- Page 71 and 72: Valor Médio dos Cinco Indicadores
- Page 73 and 74: Valor Médio dos Indicadores Analis
- Page 75: 746.5. Indicadores desustentabilida
- Page 87 and 88: 86Neste capítulo, buscaremos sinte
- Page 89 and 90: 887.2. Aspectos técnicos eprodutiv
- Page 91 and 92: 90Na concepção de sistemas produt
- Page 93 and 94: 92A eficiência alcançada pela Amp
- Page 95 and 96: exitosas com Embrapa, Sebrae, insti
- Page 97 and 98: 1. Objetivo Geral do PDAContribuir
- Page 99 and 100:
O estudo, objeto deste Termo de Ref
- Page 101 and 102:
3.2 ProdutosEste estudo terá como
- Page 103 and 104:
- Pessoas ou grupos sociais ouvidos
- Page 105 and 106:
de produção (recepção e acondic
- Page 107 and 108:
4. SISTEMAS DE PRODUÇÃO SUSTENTÁ
- Page 109 and 110:
4.4. APICULTURA/MELIPONICULTURA4.4.
- Page 111 and 112:
6.4. Frequência de envolvimento da
- Page 113 and 114:
8.24. Verificar se houve mudança d
- Page 115 and 116:
Apresentamos o quadro com as quest
- Page 117 and 118:
cansativo. No caso de ter mais de 2
- Page 119 and 120:
Anexo 5Avaliação de Projetos da A
- Page 121 and 122:
miliar, redução de despesas com s
- Page 123 and 124:
(i) SUSTENTABILIDADE15. Existe moti
- Page 125 and 126:
24. Existe alguma análise que comp
- Page 127 and 128:
126
- Page 129 and 130:
128
- Page 131 and 132:
130
- Page 133 and 134:
132
- Page 135 and 136:
134