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Catálogo Patrimônio Cultural do Espírito Santo - Arquitetura - Secult

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403visan<strong>do</strong> seu funcionamento com a incorporação deatividades de restauração de papel e microfilmagem de<strong>do</strong>cumentos; e a ampliação de sua área resultante daconstrução de anexo localizan<strong>do</strong> no fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> terreno.Arquitetonicamente edifica<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is pavimentos, oArquivo tem sua presença anunciada no pavimento térreo,pelo tratamento rustica<strong>do</strong> <strong>do</strong> reboco e pela portade acesso, e se fortalece no pavimento superior. Aí, adisposição concentrada de elementos arquitetônicos éresponsável pela configuração de um eixo de simetriaonde, em sequência, se sobrepõem um emolduramentodiferencia<strong>do</strong> <strong>do</strong> vão de porta e uma discreta elevaçãoda platibanda. No regular conjunto, o tratamento dassuperfícies das fachadas, a composição hierárquica e oajuste proporcional entre as partes e o to<strong>do</strong> são estratégiasexploradas na caracterização arquitetônica <strong>do</strong> edifício.Assim, se o pavimento térreo, diferenciadamenterustica<strong>do</strong> para conferir peso, recebe janelas valorizadaspor austera bossagem; com sua aparência refinada,resultante da aplicação de reboco liso, o primeiropavimento é composto por equilibrada disposição dejanelas ornadas por molduras em argamassa. Elementode transição, uma cimalha percorre horizontalmente asfachadas, acentua a nobre expressão desejada. Inspiradana disciplina e na ordem para o exterior, internamenteuma contida expressividade se manifesta na escada deligação de pavimentos, artesanalmente construída emmadeira ornada, e na ornamentação de paredes compintura <strong>do</strong> tipo estêncil, especialmente localizadas emsua porção superior.Construtivamente, o Arquivo é um tradicional edifícioergui<strong>do</strong> sobre paredes autoportantes de pedras e tijolos,colocadas sobre alicerces de pedras, responsáveis peloapoio das vigas horizontais, os barrotes de madeira, sobreos quais foi fixa<strong>do</strong> tabua<strong>do</strong>, também em madeira.Na cobertura, em sua situação original, a telha-francesade barro estruturava-se em madeira de lei. Material preferi<strong>do</strong>para o acabamento, a madeira se repete em composiçãono forro de teto, executa<strong>do</strong> segun<strong>do</strong> o tipo saiae camisa, com tabeira e aba, poden<strong>do</strong> ser vislumbra<strong>do</strong>em sua situação original no vestíbulo da escada. Complementarmentesão escolhi<strong>do</strong>s os modernos materiaisda época, como o ferro, utiliza<strong>do</strong> na fabricação <strong>do</strong> gradilda bandeira da porta principal, o ladrilho hidráulico,originalmente usa<strong>do</strong> no revestimento <strong>do</strong> piso <strong>do</strong> térreoe posteriormente substituí<strong>do</strong> por diferentes soluções,e o cimento, a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> para a confecção <strong>do</strong>s balcões embalaústre.Elemento decisivo para a expressiva arquitetura, no ArquivoPúblico as janelas e suas esquadrias envidraçadassão responsáveis por generosa ambientação. Mas nãosó. Posicionadas ao longo das fachadas, elas permitemver o mun<strong>do</strong>. Na sala de consulta, antes da ampliaçãoem altura <strong>do</strong>s edifícios situa<strong>do</strong>s na parte posterior <strong>do</strong>terreno, ele era estendi<strong>do</strong> pelas águas da baía de Vitória,por onde navios navegavam anuncian<strong>do</strong> riqueza e sugerin<strong>do</strong>desenvolvimento.REFERÊNCIASALMEIDA, Renata Hermanny de, et al.. <strong>Arquitetura</strong> <strong>do</strong> historicismoem Vitória. Vol. 1, Vitória, Núcleo de Estu<strong>do</strong>s de <strong>Arquitetura</strong> eUrbanismo, Universidade Federal <strong>do</strong> Espírito <strong>Santo</strong>, 1997.ALMEIDA, Renata Hermanny de; CAMPOS, Martha Macha<strong>do</strong>;FREITAS, José Francisco Bernardino. Méto<strong>do</strong> de intervenção urbanaem área central: o papel da arquitetura no Centro de Vitória (ES). Relatóriofinal (Pesquisa). Vitória, Núcleo de Estu<strong>do</strong>s de <strong>Arquitetura</strong> eUrbanismo, Universidade Federal <strong>do</strong> Espírito <strong>Santo</strong>, 2000.ESPÍRITO SANTO (Esta<strong>do</strong>). Presidente (Florentino Avi<strong>do</strong>s).Mensagem final... 1924-1928. Vitória, 1928.. Presidente (Jerônimo Monteiro). Exposição sobre osnegócios <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no quadriênio de 1908 a 1912. Vitória, 1913.. Processo de tombamento. Vitória, Conselho Estadual deCultura, Secretaria de Esta<strong>do</strong> da Cultura, nº 05, 1982.. Secretaria de Esta<strong>do</strong> da Cultura: Gerência de Memória ePatrimônio. Lau<strong>do</strong> técnico – GMP nº 001/2007. Vitória, 25 de maiode 2007.SANTOS, Ademir Ramos <strong>do</strong>s. Um Eterno Cuida<strong>do</strong> com a História.ES Revista. Vol. 1, nº 3, maio 1981, p. 25-7.

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