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CBE 2011 - Banco Central do Brasil

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CAPITAIS BRASILEIROS NO EXTERIOR (<strong>CBE</strong>) – ANO-BASE <strong>2011</strong>I – IntroduçãoA pesquisa anual Capitais <strong>Brasil</strong>eiros no Exterior (<strong>CBE</strong>) é realizada desde o ano-base 2001,pelo <strong>Banco</strong> <strong>Central</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>. Seu objetivo é mensurar os estoques de ativos no exteriordeti<strong>do</strong>s por residentes na economia brasileira na posição de 31 de dezembro de cada ano. Adeclaração é obrigatória para pessoas físicas e jurídicas que detinham ativos no exterior, aofim de cada ano-base, em montante igual ou superior a US$100 mil.Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>CBE</strong> permitem completar a contabilidade <strong>do</strong> total de ativos externos <strong>do</strong><strong>Brasil</strong>, possibilitan<strong>do</strong>, em conjunto com os passivos externos, a aferição da PosiçãoInternacional de Investimentos (PII) que, integrada com o balanço de pagamentos, constituemas estatísticas fundamentais para a análise <strong>do</strong> setor externo da economia brasileira. Taisinformações fazem parte <strong>do</strong> conjunto de da<strong>do</strong>s obrigatórios para os países participantes <strong>do</strong>Padrão Especial de Disseminação de Da<strong>do</strong>s (PEDD), iniciativa <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> MonetárioInternacional (FMI) para ampliar a divulgação e transparência das estatísticas econômicas,que contava, em <strong>2011</strong>, com 68 países participantes. Adicionalmente, os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s pelo<strong>CBE</strong> permitem ao país participar da Pesquisa Coordenada sobre Investimentos em Portfólio(Coordinated Portfolio Investment Survey, CPIS) e da Pesquisa Coordenada sobreInvestimentos Diretos (Coordinated Direct Investment Survey, CDIS), ambas anuais erealizadas pelo FMI, visan<strong>do</strong> apurar os estoques globais de investimentos diretos e emcarteira, bem como sua distribuição por país investi<strong>do</strong>.II – DeclarantesO número de declarantes ao <strong>CBE</strong> em <strong>2011</strong> aumentou 8,2% em relação a 2010, atingin<strong>do</strong> 21,7mil, maior participação já registrada. Os números de declarantes pessoa física, 19.414, epessoa jurídica, 2.302, aumentaram 8,6% e 5,1%, respectivamente.Em relação ao volume de ativos declara<strong>do</strong>s, as pessoas jurídicas responderam por US$229,9bilhões, 81,8% <strong>do</strong> total, enquanto as declarações de pessoas físicas totalizaram US$51,1bilhões.


3bilhões, em 2010, para US$14,7 bilhões, em <strong>2011</strong>. Dessa maneira, o setor passou arepresentar 7,6% das participações de residentes em capital de empresas no exterior.Relativamente à distribuição geográfica <strong>do</strong> IBD – participação no capital, destacam-se Áustriae Países Baixos em que se registram 24,6% e 10,8%, respectivamente, <strong>do</strong> total. Da mesmaforma, concentraram-se nesses <strong>do</strong>is países o incremento <strong>do</strong> estoque de IBD – participação nocapital no ano, com aumentos de US$10,3 bilhões na Áustria e de US$10 bilhões nos PaísesBaixos. Os paraísos fiscais permanecem como importante destino <strong>do</strong> IBD – participação nocapital, ressaltan<strong>do</strong> as Ilhas Cayman, 16,7%; Ilhas Virgens Britânicas, 8,4%; e Bahamas,6,7%. Em seguida, destaquem-se os ativos em Espanha, 5,8%; Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, 5,3%; eDinamarca, 5,1%.Destaque-se também a evolução <strong>do</strong> IBD – participação no capital de empresas <strong>do</strong> Mercosul eda América Latina (inclusive Mercosul). O estoque de recursos dessa natureza investi<strong>do</strong>s nobloco e na região, considera<strong>do</strong>s aqueles países entre os 30 principais destinos deinvestimentos brasileiros, aumentaram respectivamente 80,9% e 101% de 2007 a <strong>2011</strong>.Sobressaem os estoques de participação na Argentina, US$5,1 bilhões; Uruguai, US$2,4bilhões; e Peru, US$1,9 bilhão.Os empréstimos intercompanhia, compostos pelos créditos concedi<strong>do</strong>s a subsidiárias e filiaisno exterior na forma de empréstimos e financiamentos de bens e serviços e compra de títulosemiti<strong>do</strong>s por essas coligadas, que se somam às participações no capital na composição <strong>do</strong>IBD, diminuíram 50,7% em <strong>2011</strong>. Esses passivos, que em 2010 já haviam registra<strong>do</strong> retraçãode 39% em relação ao ano anterior, alcançaram seu menor patamar desde 2007,registran<strong>do</strong>US$9,7 bilhões ao final de <strong>2011</strong>. Os vencimentos de créditos de curto prazo e aredução dessa posição de US$15,2 bilhões, em 2010, para US$4,6 bilhões, em <strong>2011</strong>, foram osprincipais condicionantes desse resulta<strong>do</strong>.Os investimentos brasileiros em carteira no exterior retraíram 24,4% em <strong>2011</strong>, relativamente a2010, totalizan<strong>do</strong> US$28,5 bilhões. Esse movimento concentrou-se na diminuição <strong>do</strong>s ativosna forma de títulos de curto prazo, 62,7%, para US$5,5 bilhões. Os investimentos em açõesaumentaram 14,7%, totalizan<strong>do</strong> US$16,9 bilhões, <strong>do</strong>s quais US$5,8 bilhões aplica<strong>do</strong>s emBrazilian Depositary Receipts (BDR).


4Os investimentos brasileiros em títulos de renda fixa, que em 2010 haviam registra<strong>do</strong>aumento de 198% na comparação com 2009, totalizan<strong>do</strong> US$23,5 bilhões, retornaram apatamar próximo ao de anos anteriores, situan<strong>do</strong>-se em US$11,6 bilhões. A carteira de títulosde curto prazo diminuiu 62,7%, para US$5,5 bilhões, e a de longo prazo contraiu 30%, paraUS$6 bilhões.Os empréstimos a não residentes, excetua<strong>do</strong>s os créditos entre empresas ligadas, aumentaram7,9%, para US$14,5 bilhões em <strong>2011</strong>, sen<strong>do</strong> sua quase totalidade, US$14,4 bilhões, compostade operações de longo prazo. Os recursos manti<strong>do</strong>s no exterior na forma de moeda estrangeirae depósitos totalizaram US$26 bilhões, retração de 3,4% no perío<strong>do</strong> considera<strong>do</strong>.

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