Obra Completa - Universidade de Coimbra

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12qual encommendou ao bacharel em Cânones,Pedro de Mariz, guarda da mesmalivraria e corredor da impressão', quemandasse vir de Veneza e d'outras partesalguns livros; diligencia a que ellesatisfez: e importaria a despeza que sefez com os livros, quinhentos mil réis.Governando a universidade de CoimbraAffonso Furtado, padeceu por muitotempo esta cidade o mal da peste; e sefecharam totalmente as escholas em 5de fevereiro de 1599, e não se abriramsenão em 3 de janeiro do anno seguinte:porém o reitor esteve até 4 de maiod'aquelle anno, e se ausentou depois comos deputados da meza da fazenda, Gabrielda Costa e Antonio Homem, não se declarapara onde, e d'ahi governavam auniversidade.Não vem mencionado o anno em quese fez a encommenda dos livros a Pedrode Mariz, mas apenas o officio queexercia na livraria; d'onde pode talvez1Est. ant. da univ. de 1597, liv. II, tit. III,pag. col. 1.?
13deprehender-se, que antes já de 1597havia na universidade uma livraria,posto que não se encontre precisamentedeclarada a data da sua fundação, massomente consignado que em 1573 elreiD. Sebastião queria que houvesseuma livraria, digna de tão illustre e insigneuniversidade.Existem tradicionalmente algumas noções,cujo valor e fundamento não sepôde devidamente apreciar nem estabelecer',de que a primitiva livraria estiveracollocada ou por baixo da via latinana casa 'ora chamada das obras, ouem parte do andar inferior dos paços,para o qual se entrava pelo lado da ruado Norte: e de que as estantes de boamadeira, bem feitas e pintadas, aindaexistentes alli nos quartos para onde, ha1Encontrou-sc apenas uma provisão regia de27 d'agosto de 1677, dando licença para se fazera obra de que necessita a casa da livraria, emandando que se gaste 'nella até a quantia decento e dezoito mil e oitocentos réis. L. 3.° 11.254.V
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