AOC - OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO Autor: JOÃO ...
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<strong>AOC</strong> - <strong>OBJETO</strong> <strong>DE</strong> <strong>APRENDIZAGEM</strong> <strong>COLABORATIVO</strong><br />
<strong>Autor</strong>: JOÃO STRESSER CARDOSO<br />
Disciplina: GEOGRAFIA<br />
Conteúdo estruturante: DIMENSÃO CULTURAL-<strong>DE</strong>MOGRÁFICA DO<br />
ESPAÇO GEOGRÁFICO<br />
Tema: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: Contribuições para<br />
o trabalho em Geografia<br />
Geografia<br />
1. Problematização do Conteúdo<br />
ÁFRICA, UM CONTINENTE MARAVILHOSO E ENIGMÁTICO, PORÉM,<br />
AINDA DISTANTE DAS NOSSAS SALAS <strong>DE</strong> AULA<br />
Durante muito tempo as culturas Africana e Afro-Brasileira ficaram ocultas das<br />
nossas discussões em sala de aula, colocando de forma secundária as<br />
contribuições dadas por esses grupos étnicos para a formação cultural do<br />
nosso país. Como forma de reparar este grave erro histórico, a lei federal<br />
número 10.639 prevê a adição obrigatória dessa temática nos conteúdos<br />
curriculares.<br />
Nas salas de aula esta questão não é muito discutida pelo fato de existir uma<br />
resistência a este tema, pois mexer neste assunto é muito difícil para alguns<br />
educadores. Durante este tempo as citações sempre foram negativistas,<br />
repousando na questão exclusivamente da escravidão. Portanto se faz<br />
necessário o trabalho de forma positiva e que ultrapasse a fase da escravatura<br />
mostrando as grandes contribuições positivas, como, por exemplo, os<br />
processos culturais.<br />
Existe em nosso país a possibilidade de colocar em prática a "igualdade racial",<br />
ou seja, um lugar no mundo onde não fossem encontrados conflitos como os<br />
existentes nos EUA ou na África do Sul.<br />
Aqui seria um lugar onde os negros teriam total liberdade, mas isso naufraga<br />
quando nos deparamos com as estatísticas que relatam proporcionalmente a<br />
distribuição de renda e participação em cursos superiores comparando brancos<br />
e negros, onde vemos uma participação muito menor deles.<br />
O que fazer então: nesse ponto a resposta não é tão fácil quanto parece, pois<br />
carece de mudanças em nossas atitudes. Com certeza! E claro pela nossa,<br />
educadores em primeiro lugar. A postura de enfrentamento desta questão é<br />
justamente o que motivou para realizar esse trabalho. A África é um continente<br />
imenso, com uma multiplicidade enorme de culturas, muitas delas exportadas<br />
para o nosso país. Sendo assim, devemos levantar e debater esta questão em<br />
nossas classes. Desta forma tenho a certeza que temos a ganhar não só em<br />
conhecimento, mas principalmente em justiça social para com esses povos<br />
discriminados. Então, este trabalho deve ser feito, e nós da geografia, somos<br />
fundamentais para a reversão deste processo de exclusão.<br />
2. Investigação Disciplinar<br />
Geografia afro-brasileira é possível?
Existe uma realidade nas nossas salas de aula que precisa ser alterada. Que é<br />
a absoluta falta de conhecimento da importância de se analisar a temática<br />
africana e afrobrasileira. Temos que resgatar esta importante temática, e a<br />
nossa disciplina tem muito a contribuir. Um interessante trabalho está sendo<br />
realizado pelo professor Rafael Sanzio Araújo dos<br />
Santos (2006, p. 53), que aponta a geografia como de fundamental<br />
importância no entendimento destas questões:<br />
"A geografia é a ciência do território e este componente fundamental, a terra,<br />
ou o terreiro num sentido mais amplo, continua sendo o melhor instrumento de<br />
observação do que aconteceu (...) O território é na sua essência um ato físico,<br />
político, social, categorizável, possível de dimensionamento, onde geralmente<br />
o Estado está presente, e onde estão gravadas as referências culturais e<br />
simbólicas da população (...)<br />
São várias as questões estruturais relacionadas à cultura africana que<br />
continuam merecendo investigação, conhecimento e intervenção. Um dos<br />
pontos básicos está relacionado à desmistificação do continente africano,<br />
sobretudo nos seus aspectos geográficos e suas relações com a formação do<br />
território brasileiro, que assume uma posição de destaque na conjuntura atual,<br />
quando demandas significativas da sociedade, principalmente educacionais e<br />
empresariais, solicitam esse conhecimento."<br />
É importante destacar que no DCE relacionado a disciplina de geografia temos<br />
que território esse importante conceito de geografia "é ligado à ideia de espaço<br />
e poder. (...)onde ocorre a normalização das ações, tanto globais quanto locais"<br />
(PARANÁ, 2006, p.28)<br />
Então não é só possível como também desejável e necessário.<br />
Referências bibliográficas:<br />
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Centro de Educação à distância.<br />
Educação Africanidades Brasil.<br />
Brasília: Ed. UNB, 2006.<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.<br />
Diretrizes Curriculares de<br />
Geografia Para a Educação Básica. Curitiba, 2006.<br />
3. Perspectiva Interdisciplinar<br />
Cultura Afro tarefa de todos<br />
Desde a sua proposta, pela Lei federal nº 10.639, essa temática é para todos e<br />
todas as disciplinas da escola. Essa Lei nasceu como resposta a uma<br />
necessidade de que a História e a Cultura africana e afro-brasileira devem<br />
perpassar as disciplinas, o que corresponde a uma realidade como um todo.<br />
Então a própria Secretaria do Estado da Educação procurou criar os chamados<br />
cadernos temáticos, onde encontramos diversas sugestões para as mais<br />
diversas áreas do conhecimento. Nestes cadernos encontramos muitos<br />
subsídios para a prática educativa na disciplina geografia, como uma ciênciaponte<br />
entre o social e humano. Nas próprias palavras da Professora Yvelise<br />
Freitas de Souza Arco-verde - superintendente da Educação do Paraná:<br />
"Comprometidos com a luta pela transformação social, os profissionais da<br />
educação buscam continuamente estratégias que ressaltem o cotidiano dos
alunos para, a partir da realidade constatada, construir os saberes escolares<br />
necessários à formação do homem, do cidadão e do trabalhador. Neste sentido<br />
temos apontado nosso trabalho, valorizando o professor, dando-lhe a formação<br />
continuada para, de fato, efetivarmos uma prática educacional transformadora.<br />
Este caderno temático ruma para a conquista desse objetivo, traz a necessária<br />
fundamentação aos profissionais da educação e comunidade em geral, para<br />
que estes possam ter instrumentos adequados ao enfrentamento das<br />
diversidades, e para que consigam ser agentes de transformação da hipocrisia<br />
e do preconceito na construção de uma sociedade mais justa"<br />
(PARANÁ, 2005, p. 09).<br />
Não é possível imaginar outra forma de trabalhar a interdisciplinaridade senão<br />
por projetos, onde os professores envolvidos com o tema trabalhem juntos,<br />
contribuindo cada qual com as suas áreas de conhecimento, para que o<br />
objetivo proposto seja alcançado, que é criar uma sociedade menos hipócrita<br />
no que diz respeito as suas relações raciais, para o enfrentamento das suas<br />
diversidades. Neste momento chamamos e somos chamados ao trabalho junto<br />
com disciplinas como história, artes, português, matemática, enfim todo o<br />
quadro de disciplinas que compõe.<br />
Referência bibliográfica:<br />
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.<br />
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: inserção dos<br />
conteúdos de história afro-brasileira e africana nos currículos escolares.<br />
Curitiba, 2005.<br />
4. Contextualização<br />
Ficar por dentro da Cultura Afro<br />
Em 2007 assistindo a palestra do professor Rafael dos Anjos, o qual trabalha<br />
muito com a questão afro, ele comentou algo que por mais incrível que pareça<br />
nunca me passou pela mente, o fato de que um afrodescendente não<br />
conseguir fazer a sua própria genealogia, como, por exemplo, um descendente<br />
de outra etnia consegue. Neste momento despertei para a realidade cruel.<br />
Estudamos em nossas escolas somente assuntos negativos da África e dos<br />
africanos, tais como escravidão, baixo IDH dos países africanos, guerras<br />
naquele continente.<br />
Está na hora de mudar essa visão negativa da África, pois na maioria das<br />
nossas salas de aula temos afrodescendentes, e mesmo que não tenhamos,<br />
vivemos em um país onde essa realidade de um grande contingente negro é<br />
muito presente.<br />
Portanto, existem muitos aspectos positivos, tais como impérios fabulosos,<br />
culturas diversas e majestosas, histórias de lutas e vitórias, e outros tantos,<br />
para serem estudados dentro desta temática.<br />
Trata-se não somente de obedecer a uma lei, mas também de assumir um<br />
compromisso social com os nossos alunos na sala de aula. É importante incluir<br />
as pessoas que se sentem menor por sua origem, e que pela ignorância não<br />
conhecem as riquezas desse continente e de suas etnias. Assim sendo, cabe a<br />
nós educadores a tarefa de desmistificarmos os preconceitos a partir do<br />
conhecimento da realidade da história e seu contexto.
5. Sites<br />
Adoro cinema<br />
Disponível em (endereço web):<br />
http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes<br />
Acessado em (mês.ano): Outubro/2007<br />
Comentários:<br />
Excelente para quem está selecionando filmes com sinopses muito instrutivas<br />
para seus alunos.<br />
Unipalmares<br />
Disponível em (endereço web): http://www.unipalmares.edu.br<br />
Acessado em (mês.ano): Junho/2007<br />
Comentários:<br />
Site oficial da entidade que possui inclusive um programa na rede Mercosul de<br />
televisão onde aos domingos às 21 horas veicula Negros em foco, excelente<br />
programa que discute variados temas relacionados com a afrodescendência.<br />
Ainda nesse site poderemos encontrar links que poderão nos ajudar a<br />
elaboramos nossas aulas de África e cultura afro-brasileira.<br />
Refugiados africanos<br />
Disponível em (endereço<br />
web):http://www.arab.hpg.ig.com.br/Sociedade/9/index_hpg.html<br />
Acessado em (mês.ano): Março/2007<br />
Comentários:<br />
A Associação Pró-Refugiados Africanos no Brasil é uma sociedade civil, cultural<br />
e beneficente, sem fins lucrativos, sem qualquer tipo de distinção, fundada em<br />
10 de maio de 2000, sob proteção do Art. 15 da Convenção da Organização das<br />
Nações Unidas de 1951, designada no seu Estatuto por ARAB, com<br />
personalidade jurídica própria, que congrega no seu seio refugiados no Brasil e<br />
cidadãos brasileiros ou não. Nela encontramos muitos comentários sobre<br />
refugiados africanos que vivem no nosso país, suas histórias, suas<br />
perspectivas.<br />
Pululu<br />
Disponível em (endereço web): http://pululu.blogspot.com<br />
Acessado em (mês.ano): Setembro/2007<br />
Comentários:<br />
Blog da Angola com a melhor colocação no ranking do Technorati (ferramenta<br />
de busca especializada em listar blogs), "onde a cultura, a política, a opinião,<br />
têm um lugar de acolhimento". É a realidade vivida in loco, sabermos como<br />
nossos irmãos angolanos vivem e pensam.<br />
Mundo Negro<br />
Disponível em (endereço web): http://www.mundonegro.com.br<br />
Acessado em (mês.ano): Novembro/2007<br />
Comentários:<br />
Neste ambiente encontramos muitos informações úteis para discutirmos em<br />
sala, com notícias relacionadas a questão afro.<br />
Encontramos referências das suas lutas históricas e atuais, links para uma<br />
infinidade de sites que poderão aprofundar o assunto afro em nossas salas de<br />
aula.
Diário de um sociólogo<br />
Disponível em (endereço web): http://oficinadesociologia.blogspot.com<br />
Acessado em (mês.ano): Setembro/2007<br />
Comentários:<br />
Carlos Serra, do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo<br />
Mondlane, é uma referência da blogsfera de Moçambique.<br />
Afro-Ásia<br />
Disponível em (endereço web): http://www.afroasia.ufba.br<br />
Acessado em (mês.ano): Outubro/2007<br />
Comentários:<br />
A Universidade federal da Bahia, disponibiliza neste site as suas publicações da<br />
Revista Afro-Ásia, com uma gama enorme de temas relacionado a área de<br />
nosso interesse no que concerne ao afro-brasileiro, com muitos artigos<br />
científicos, que aprofundam de uma maneira muito densa essa temática.<br />
Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica<br />
Disponível em (endereço web): http://www.unb.br/ih/ciga<br />
Acessado em (mês.ano): Dezembro/2007<br />
Comentários:<br />
Na realidade eu indico esse site que é o lugar onde trabalha o professor Rafael<br />
Sanzio Araújo dos Anjos, que está muito envolvido com a questão afrobrasileira.<br />
Neste site encontramos á venda mapas, livros e as mais recentes<br />
descobertas dentro da temática afro-brasileira. Indico os dois e-mails, por onde<br />
você pode conversar com ele, e pedir um catálogo com as suas publicações,<br />
inclusive mapas. Vale a pena conferir. Então aqui está: cartografia@unb.br e<br />
quilombo@unb.br. Ainda cito o<br />
telefone: (61) 3307-2393.<br />
História da capoeira<br />
Disponível em (endereço web): http://www.abrasoffa.org.br/capoeira/html<br />
Acessado em (mês.ano): Julho/2004<br />
Comentários:<br />
Em termos de cultura afro, a capoeira, essa dança-luta, é muito significativa,<br />
representando a resistência dos povos escravizados.<br />
The fishbowl<br />
Disponível em (endereço web): http://www.jontyfisher.blogspot.com<br />
Acessado em (mês.ano): Setembro/2007<br />
Comentários:<br />
Especialista em marketing político. Jonty Fisher é dono de uma agência de<br />
marketing e escreve sobre a política da África do Sul. É interessante lermos<br />
sobre algo escrito por alguém que vive a situação, em uma forma totalmente<br />
real. É saber sobre a África do Sul por alguém que está lá.<br />
This is Zimbabwe<br />
Disponível em (endereço web): http://www.sokwanele.com/thisiszimbabwe<br />
Acessado em (mês.ano): Setembro/2007<br />
Comentários:<br />
O grupo de ativistas pró-democracia Sokwanele bloga sobre a situação atual do<br />
Zimbabwe. Com esse site poderemos saber sobre esse país africano, por
alguém que mora nele, portanto escrevendo sobre a realidade vivida in loco.<br />
The Sudanese Thinker<br />
Disponível em (endereço web): http://www.sudanesethinker.com<br />
Acessado em (mês.ano): Setembro/2007<br />
Comentários:<br />
Analisa a cena política do Sudão e é um bom local para acompanhar o conflito<br />
étnico na região de Darfur.<br />
6. Vídeos<br />
Kiricu e a feiticeira<br />
Direção: Michel Ocelot<br />
Produtora: Gebeka Filmes<br />
Duração: 01:30<br />
Comentário: Contribuição do meu amigo Eugenio Pistun, que faz o seguinte<br />
comentário: "Esse filme foi passado em um simpósio em Faxinal do Céu, com<br />
ele pode ser retratado o aspecto social, político, econômico e cultural da<br />
sociedade africana."<br />
A negação do Brasil<br />
Direção: Joe Zito Araújo<br />
Duração: 01:30<br />
Ano: 2000<br />
Comentário: Contribuição da nossa colega Marilda Aparecida Nascimento, E ela<br />
mesmo comenta: "Mostra o papel dos atores negros apresentados pelas<br />
telenovelas no Brasil, que sempre representam personagens mais<br />
estereotipados e negativos, o diretor aponta as influências das telenovelas nos<br />
processos de identidade étnica dos Afro-brasileiros e faz manifesto pela<br />
incorporação positiva do negro nas imagens televisivas do país." Acredito que<br />
quando estamos analisando a formação da população brasileira na disciplina<br />
de geografia, a questão do racismo velado nas relações sociais, sempre nos<br />
atinge, neste ponto esse vídeo pode sim muito nos ajudar. Muito bom vamos<br />
conferir!<br />
Vista a minha pele<br />
Direção: Joel Zito Araújo<br />
Duração: 00:15<br />
Local da Publicação: Brasil<br />
Comentário:<br />
É uma divertida paródia da realidade brasileira, para servir de material básico<br />
para discussão sobre racismo e preconceito em sala de aula. Como se trata de<br />
um curta, todo o vídeo é interessante para tratarmos a temática. Vale<br />
realmente a pena analisá-lo com os alunos no sentido de um se colocar na<br />
situação do outro, trabalhando a tolerância e as diferenças.<br />
Atlântico Negro<br />
Direção: Renato Barbieri<br />
Duração: 00:15<br />
Local da Publicação: Brasil<br />
Ano: 1998<br />
Comentário: Mais uma contribuição da Marilda Aparecida Nascimento, e nas
palavras dela: O "documentário é uma viagem no espaço e no tempo em busca<br />
das origens africanas da cultura brasileira. Historiadores, antropólogos e<br />
sacerdotes africanos e brasileiros relatam fatos históricos e dados<br />
surpreendentes sobre as inúmeras afinidades culturais que unem os dois lados<br />
do Atlântico. Visão atual do Benin, berço da cultura iorubá. Foi filmado no<br />
Benin, no Maranhão e na Bahia”.Não é um documentário muito longo, mas<br />
excelente para estudamos a formação cultural do povo brasileiro, mostrando<br />
de modo científico e também do senso comum, a importância da matriz negra,<br />
suas relações com a África de hoje.<br />
Duro aprendizado<br />
Direção: John Singleton<br />
Duração: 01:30<br />
Ano: 1994<br />
Comentário: Sugestão de filme da nossa colega Rosângela Santana Pedroso,<br />
que assim nos indica ". Retrato de um grupo de calouros numa universidade<br />
americana. Suas personalidades e como reagem à situação vigente de<br />
preconceito e tensão racial".<br />
Duelo de titãs<br />
Direção: Boaz Yakin<br />
Duração: 01:53<br />
Local da Publicação: EUA<br />
Ano: 2000<br />
Comentário: Denzel Washington, vive o papel de Herman Boone, um técnico de<br />
futebol americano negro que foi contratado para liderar um grupo de jovens de<br />
um time universitário dividido pelo racismo, onde aos poucos ele vai atingindo<br />
o sucesso.<br />
Na nossa sociedade existem várias graduações de racismo, alguns mais outros<br />
menos, no filme vemos isto acontecendo, e como na sociedade em si, quando<br />
o grupo realmente aceita as suas diferenças é que se unem mais.<br />
Quilombo<br />
Direção: Cacá Diegues<br />
Duração: 01:59<br />
Local da Publicação: Brasil<br />
Ano: 1984<br />
Comentário: A história se passa em 1650, Pernambuco, onde um grupo de<br />
escravos se rebela e ruma para Palmares. História interessante para trabalhar<br />
a figura de Zumbi. Existem muitos trechos que podem ser trabalhados em<br />
nossas salas de aula, mas seria interessante trabalhar esse vídeo de modo<br />
interdisciplinar, próximo do dia 20 de novembro, dia em que morreu Zumbi,<br />
quando celebramos o dia da Consciência Negra, pois Zumbi é a figura central<br />
deste vídeo.<br />
Mississipi em chamas<br />
Direção: Alan Parker<br />
Duração: 02:02<br />
Local da Publicação: EUA<br />
Ano: 1988<br />
Comentário: Filme forte e denso que trabalha o racismo nos EUA, analisando a<br />
terrível Klu Klux Klan.
Hotel Ruanda<br />
Direção: Terry George<br />
Duração: 02:01<br />
Local da Publicação: EUA<br />
Ano: 2004<br />
Comentário:<br />
Baseada em fatos reais, a história se passa em Kigali, capital da Ruanda, em<br />
1994 e relata um momento crítico de tensão da guerra civil entre Tutsis e<br />
Hutus (etnias locais que disputavam o controle político do país). O presidente<br />
de Ruanda se prepara para assinar um tratado de paz na Tanzânia. Porém, o<br />
avião em ele está é abatido e os Hutus tomam o poder, creditando o atentado<br />
aos rebeldes Tutsis, dando início a um dos maiores genocídios de que se tem<br />
notícia na história: em menos de 4 meses foram mortas cerca de 1 milhão de<br />
pessoas.<br />
Nesse contexto trágico e desolador, Paul Rusesabagina (Don Cheadle), gerente<br />
de um dos maiores e mais luxuosos hotéis de Ruanda, homem culto e bemrelacionado,<br />
faz do Milles Collines, quando estoura o conflito, um campo de<br />
refugiados, defendendo, com a própria vida, sua família e a família de outras<br />
centenas de pessoas que lhe pedem socorro e abrigo para fugir da morte.<br />
Amistad<br />
Direção: Steven Spielberg<br />
Duração: 02:34<br />
Ano: 1997<br />
Comentário:<br />
Tudo começa quando os prisioneiros de um navio negreiro denominado "La<br />
Amistad" se rebelam e trucidam boa parte da tripulação. Desconhecendo os<br />
caminhos marítimos de volta pra casa, bem como não tendo noções de como<br />
guiar um navio, os líderes da rebelião mantêm alguns tripulantes como reféns,<br />
para que estes os levem de volta à África. Porém, são traídos e aportam na<br />
América do Norte, onde são aprisionados e levados a julgamento. Desse<br />
momento em diante serão muitos os percalços pelos quais terão de passar.<br />
Mas lutam com garra e desafiam as leis, impingindo um recomeço para a<br />
história republicana norte-americana, com o auxílio do ex-presidente John<br />
Quincy Addans,<br />
interpretado por Anthony Hopkins. Baseado em uma história verídica.<br />
7. Sons<br />
Nvula Ieza kia humbiumbi<br />
Intérprete: Djavan e Gilberto Gil<br />
Título do CD: Seduzir<br />
Nome da Gravadora: Emi-odeon<br />
Comentário: Trata-se de uma música na língua Quimbundo, falada por muitos<br />
povos da região de Angola na África, excelente para trabalhar a sonoridade dos<br />
povos africanos.<br />
Texto:<br />
Nga sakidila ngana- a chuva já chegou<br />
Nzambie- obrigado meu deus<br />
Nvula yeza kia mbeji- A chuva já chegou<br />
Ienii- este mês<br />
Kima nga kunu ikula- as coisas que plantei
Kia- já nasceram<br />
Mukonda dya nvula- por causa da chuva<br />
Ikula Kya- já cresceram<br />
HUMBIHUMBI-<br />
(..)<br />
8. Proposta de Atividades<br />
A formação da população brasileira<br />
Trata-se apenas de um exemplo de trabalho em sala, pois a temática afro abre<br />
espaço para o uso de um número enorme de situações. Geralmente na 6ªsérie<br />
trabalhamos com o espaço brasileiro de maneira mais intensa, e um dos<br />
conteúdos é a análise da população da população do nosso país, baseada nas<br />
três matrizes étnicas: o Branco europeu, o Indígena e o Negro africano.<br />
Considero um excelente momento pela a realização de uma atividade que<br />
procure provocar nos alunos essa curiosidade para a África e a cultura Afrobrasileira.<br />
Realizei este trabalho usando uma técnica de ensino conhecida<br />
como o Ciclo de aprendizagem, que se desenvolve em cinco estágios, a saber:<br />
1ª aula: fase do envolvimento<br />
· Conteúdo: as três matrizes da nossa população;<br />
· Objetivo: Reconhecer as três matrizes formadoras da nossa população;<br />
· Metodologia: iniciaria a aula usando um poema de Cassiano Ricardo chamado<br />
de Brasil poético(RICARDO, Cassiano. História para crianças. In: O MUNDO da<br />
criança. Rio de Janeiro: Delta, 1975.), onde ele descreve as três matrizes em<br />
um processo histórico, logo após eu iria instigá-los com alguns<br />
questionamentos relacionados ao poema, como o que o autor quis dizer em tal<br />
estrofe? O que significa tal expressão usada? Como o autor fala de cada uma<br />
das matrizes? E é claro o que você acha disso? Sua opinião?<br />
· Avaliação diagnóstica: com esses mesmos questionamentos eu já teria uma<br />
situação tal em que poderia averiguar o grau de conhecimento do assunto e a<br />
posição dos alunos sobre a temática.<br />
1 e 2ª aula: fase da exploração<br />
· Conteúdo: Relação entre o poema e a realidade dos alunos;<br />
· Objetivo: reconhecer através de um relatório feito pelos alunos em um<br />
pequeno grupo se eles conseguem correlacionar partir de sua realidade<br />
aspectos que contrariem ou se opõem às idéias apresentadas no poema;<br />
· Metodologia: com uso de jornais e revistas locais e regionais e em pequenos<br />
grupos os alunos discutirão como comparar a sua realidade com a do poema,<br />
apresentando um relatório posterior;<br />
· Avaliação processual: através dos relatórios dos grupos, identificar essas<br />
correlações entre o poema e a sua realidade.<br />
3ª aula: fase da explicação<br />
· Conteúdo: as três matrizes e suas contribuições;<br />
· Objetivo: introduzir conceitos relacionados à temática;<br />
· Metodologia: através de uma aula expositiva dialogada, usar de um texto que<br />
retrate as três matrizes e suas contribuições.<br />
· Avaliação: elaboração de um quadro ou um pôster com as três culturas.
4ª aula: fase da elaboração<br />
· Conteúdo: contradições e desigualdades na nossa sociedade;<br />
· Objetivo: identificar injustiças e racismos na nossa sociedade;<br />
· Metodologia: Através de apresentação de estatísticas que revelem as<br />
desigualdades sociais relacionadas com as matrizes culturais, abrir uma<br />
discussão sobre esse tema e possíveis soluções tais como o sistema de cotas<br />
nas universidades.<br />
· Avaliação: Relatório pessoal ou em grupo dependendo do nível das<br />
discussões.<br />
Fase da Avaliação: ocorreu ao longo de todo o ciclo<br />
ANEXO:<br />
Brasil Poético<br />
Então o Brasil menino<br />
Rabiscou no seu caderno<br />
De figuras esta história<br />
Do seu destino -;<br />
(a lápis vermelho)<br />
primeiro a manhã indígena<br />
saiu da montanha espessa<br />
trazendo um cocar vermelho<br />
sobre a cabeça;<br />
(a giz branco)<br />
depois do dia marítimo<br />
das velhas naus portuguesas<br />
saltou de dentro das ondas<br />
qual pássaro branco<br />
ruflando a asa enorme<br />
das velas retesas;<br />
(a carvão)<br />
e a noite africana por último<br />
que chegou amarrada no porão do navio<br />
com seus orixás,<br />
com seus amuletos<br />
e veio pra terra<br />
trazida nos ombros<br />
dos pretos...<br />
9. Imagens<br />
Cassiano Ricardo
Comentários:<br />
Brasil e África nossas referências.<br />
10. Sugestão de Leitura<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: SOUZA<br />
Nome: Marina de Mello e<br />
Título do Livro: África e Brasil africano<br />
Editora: Ática<br />
Ano da Publicação: 2006<br />
Comentários:<br />
Sugestão da nossa colega Sônia Mara Zamboni Griz. Ela assim nos indica<br />
"Muito interessante, pois retrata o que tem de africano no Brasil, vale a pena<br />
conferir". Vamos lá então. É justamente conteúdo que necessitamos em nossas<br />
salas para salientarmos a importância da temática afro.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: FRIZANCO<br />
Nome: Orlando<br />
Sobrenome <strong>Autor</strong>: THON<br />
Nome <strong>Autor</strong>: Carlos João<br />
Título do Livro: Aspectos históricos da escravidão no norte do Paraná<br />
Editora: Edição do autor<br />
Ano da Publicação: 2005<br />
Comentários:<br />
Quem disse que o Paraná não precisa estudar a questão afro, pois aqui a<br />
escravidão foi incipiente? Ora este livro está aí para nos mostrar o contrário.<br />
Vale a pena conferir.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: BENTO<br />
Nome: Maria Aparecida Silva<br />
Título do Livro: Cidadania em preto e branco: Discutindo relações sociais<br />
Edição: 3ª<br />
Local da Publicação: São Paulo<br />
Editora: Ática<br />
Ano da Publicação: 2005<br />
Comentários:<br />
Contribuição do nosso colega Cleudir Coitinho Tomazzini, neste livro vamos<br />
encontrar apoio para trabalhar com os nossos alunos esta difícil tarefa, que são<br />
as relações em sala. Por vezes temos na temática afro que trabalhar a<br />
autoestima de nossos alunos afrodescendentes, que por séculos foram<br />
inculcados em um sentimento de inferioridade, muitos conflitos ocorrem nesse<br />
ambiente, e uma diretriz nesse ponto é muito importante, portanto boa leitura.<br />
Categoria: Revista Científica
Sobrenome: Vários<br />
Nome: Vários<br />
Título do artigo: Vários<br />
Título da revista: Ciência hoje das crianças<br />
Volume ou tomo: 168<br />
Disponível em (endereço WEB): http://www.ciencia.org.br<br />
Data de Publicação (mês.ano): Maio/2006<br />
Comentários:<br />
Sugestão de leitura da nossa colega Sônia Mara Zamboni Griz, que assim<br />
comenta: "Um exemplar sobre a África, onde nos traz textos, receitas que<br />
influenciaram a culinária brasileira, poemas, curiosidades, dicas para o<br />
professor, etc.". Ótima ferramenta nas nossas salas.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: ANJOS<br />
Nome: Rafael S.<br />
Título do Livro: Geografia, território étnico e quilombos. In: GOMES, N.L. (org).<br />
Tempos de lutas: as ações afirmativas<br />
Local da Publicação: Brasília<br />
Editora: MEC _ Secad<br />
Ano da Publicação: 2006<br />
Comentários:<br />
Qual o papel da geografia quando procuramos entender os quilombos. Neste<br />
capítulo o professor Rafael traz essa discussão.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: KI-ZERBO<br />
Nome: J.<br />
Título do Livro: História Geral da África I: metodologia e pré-história da África<br />
Local da Publicação: São Paulo<br />
Editora: Ática/Unesco<br />
Ano da Publicação: 1972<br />
Comentários:<br />
Ki-Zerbo já se tornou um clássico quando se trata da história da África, leitura<br />
obrigatória para qualquer professor que deseja trabalhar a temática afro. Com<br />
ele com certeza teremos uma maior bagagem quando formos tratar da<br />
temática afro nas aulas de geografia, pois é referência que a todo o historiador<br />
da África utiliza, nada como beber direto na fonte.<br />
Categoria: Periódico<br />
Nome do Periódico: O Transcendente<br />
Número: 4<br />
Disponível em (endereço WEB): http://www.otranscendente.com.br<br />
Data de Publicação (mês.ano): Agosto/2007<br />
Comentários:<br />
Sugestão da nossa colega Ivonete Merlini Filipim, e ela comenta que “Tais<br />
textos contam a história da África, suas agonias e suas riquezas, ressalta a<br />
importância cultural para o mundo dos povos africanos, juntamente com<br />
economia, política e religião, o jornal é voltado para a disciplina de ensino<br />
religioso, porém os textos podem ser direcionados ou servir de subsídios para<br />
se trabalhar a questão afro, sem ficar relembrando aspectos " tristes" deste<br />
povos e sim valorizar tudo o que de bom eles contribuíram e ainda contribuem
para nossa sociedade, acredito que tratá-los igual sem oferecer de mais ou de<br />
menos é a melhor maneira de integração.". É isso aí.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: CAVALHEIRO<br />
Nome: Eliane<br />
Título do Livro: Racismo e anti-racismo na educação: Repensando nossa escola<br />
Local da Publicação: São Paulo<br />
Editora: Summus<br />
Ano da Publicação: 2001<br />
Comentários:<br />
Contribuição do nosso colega Cleudir Coitinho Tomazzini, o livro como o próprio<br />
título sugere nos dá algumas idéias para trabalharmos a questão das relações<br />
inter-étnicas em sala. Ele nos mostra como cada ação, mesmo ingênua de<br />
nossa parte gera toda uma situação muito constrangedora. Muito bom.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: ANJOS<br />
Nome: Rafael S.<br />
Título do Livro: Territórios das comunidades quilombolas do Brasil: segunda<br />
configuração espacial.<br />
Local da Publicação: Brasília<br />
Editora: Mapas Editora & Consultoria<br />
Ano da Publicação: 2005<br />
Comentários:<br />
Discussão muito interessante sobre os territórios das comunidades<br />
remanescentes de quilombos. Que todos sabemos como são importantes para<br />
os povos remanescentes dos negros africanos, que precisam, através de muita<br />
luta conquistar o direito sobre terras que desde há muito habitam.<br />
Categoria: Outros<br />
Sobrenome: MEC<br />
Título: Educação Africanidades Brasil<br />
Comentários:<br />
Trata-se do material criado para um curso à distância, organizado pelo MEC,<br />
com muitos textos de professores renomados e envolvidos pela temática Afro,<br />
inclusive com dois capítulos do Professor Rafael dos Anjos, professor doutor em<br />
geografia, que possui uma ampla experiência na área de África e Afrobrasileiros.<br />
Então é fundamental para nós lermos esse material.<br />
Categoria: Outros<br />
Sobrenome: SEED<br />
Título: Educando para as relações étnico-raciais<br />
Comentários:<br />
Caderno temático feito pela Secretaria de Estado do Paraná, com muitos textos<br />
e sugestões de mídias, para trabalhar o tema em sala. É fundamental para o<br />
trabalho de qualquer professor interessado em desenvolver a temática afro,<br />
pois ele apresenta as leis, deliberações, que são importantes para o<br />
desenvolvimento do nosso trabalho.<br />
Categoria: Outros<br />
Sobrenome: SEED
Título: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana<br />
Comentários:<br />
Trata-se do material que deu o início dos trabalhos oficiais sobre o tema afro no<br />
Paraná, contém sugestões de filmes, livros, textos, enfim muitas coisas<br />
importantes, além das leis federal e estadual, que normatizam o assunto. É<br />
leitura obrigatória para todos nós.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: Torres (org)<br />
Nome: Patrícia Lupion<br />
Sobrenome <strong>Autor</strong>: Oliveira<br />
Nome <strong>Autor</strong>: Paulo Eduardo de<br />
Título do Livro: Valor da Igualdade e da Individualidade: pensando uma ética<br />
global. In:Programa Agrinho: Alguns Fio<br />
Local da Publicação: Curitiba<br />
Editora: SENAR- PR<br />
Ano da Publicação: 2007<br />
Comentários:<br />
Contribuição da nossa colega Silmara Aparecida Rosseto Lima, ela indica que<br />
este material foi distribuído em todas as escolas do estado do Paraná. Vale a<br />
pena ler. Ele representa uma importante ferramenta para trabalhar as questões<br />
relacionadas aos conflitos de origem étnicas que possam aparecer em nossas<br />
salas de aula.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: MOURA<br />
Nome: Clóvis<br />
Título do Livro: Quilombos e rebelião negra<br />
Local da Publicação: São Paulo<br />
Editora: Brasiliense<br />
Ano da Publicação: 1987<br />
Comentários:<br />
Livro que analisa os quilombos como uma nova espacialidade possível, e<br />
desmistifica a visão de democracia racial em nosso país.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: LEITE<br />
Nome: Ilka Boaventura<br />
Título do Livro: Negros no sul do Brasil: Invisibilidade e territorialidade<br />
Local da Publicação: Florianópolis<br />
Editora: Letras Contemporâneas<br />
Disponível em (endereço WEB):<br />
Ano da Publicação: 1996<br />
Comentários:<br />
Trabalho muito bom, que procura discutir a distribuição e a ação geopolítica<br />
dos negros no Sul do Brasil.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: CARRASCO<br />
Nome: Walcir<br />
Título do Livro: Irmão Negro<br />
Edição: 12
Local da Publicação: São Paulo<br />
Editora: Moderna<br />
Ano da Publicação: 1995<br />
Comentários:<br />
Contribuição do Cleudir Coitinho Tomazzini, este livro pertence a Coleção<br />
Veredas da Editora Moderna, nesta coleção encontramos vários assuntos<br />
tratados de maneira bem didática. Neste livro, em especial, o assunto está<br />
relacionado a nossa temática, tratando de uma forma mais literária um tema<br />
relacionado a afrodescendentes. Vale a pena conferir.<br />
Categoria: Revista Científica<br />
Sobrenome: HERNAN<strong>DE</strong>Z<br />
Nome: Leila Leite<br />
Título do artigo: A invenção da África<br />
Título da revista: História Viva. Temas Brasileiros<br />
Fascículo: 3<br />
Página inicial: 06 Página final: 11<br />
Comentários:<br />
Mais uma contribuição da Tânia Cristina Roncada, que assim comenta sobre<br />
esse artigo: "Trabalha a natureza o preconceito racial e a discriminação”. Então<br />
vamos conferir.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: RICARDO<br />
Nome: Cassiano<br />
Título do Livro: História para crianças. In: O Mundo da Criança<br />
Local da Publicação: Rio de Janeiro<br />
Editora: Delta<br />
Ano da Publicação: 1975<br />
Comentários:<br />
Existe um poema escrito por Cassiano que é justamente o que eu sugeri nas<br />
atividades. Ele apresenta de uma maneira diferente a formação da população<br />
no nosso país, abrindo um leque para discussões e uma série de trabalhos que<br />
podem ser desenvolvidos em sala.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: JESSEN<br />
Nome: M.<br />
Sobrenome <strong>Autor</strong>: ARAÚJO<br />
Nome <strong>Autor</strong>: M.<br />
Título do Livro: Geografia física da África - Pequena monografia<br />
Local da Publicação: Maputo<br />
Editora: Livraria Universitária<br />
Ano da Publicação: 1998<br />
Comentários:<br />
Geralmente é muito difícil encontrar material de boa qualidade quando se trata<br />
da temática afro, neste procurei indicar algo de geografia física do continente<br />
africano, feito por autores do lugar. Vale a pena conferir.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: PINGUILLY<br />
Nome: Yves
Título do Livro: Contos e Lendas da África<br />
Local da Publicação: São Paulo<br />
Editora: Companhia das Letras<br />
Ano da Publicação: 2005<br />
Comentários:<br />
Quem nunca ouviu uma fábula, como a da lebre e da tartaruga, estórias<br />
infantis com fundo moral, Esopo era muito bom nisso. Mas as tribos africanas<br />
também nos legaram fábulas maravilhosas, este belo livro traz muitas delas e<br />
de várias regiões da África, excelente para realizarmos trabalhos e teatros em<br />
sala.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: SANTOS<br />
Nome: Milton<br />
Título do Livro: A natureza do Espaço<br />
Local da Publicação: São Paulo<br />
Editora: Hucitec<br />
Ano da Publicação: 1996<br />
Comentários:<br />
Os estudos dos espaços físicos e dos espaços humanos que a partir dele vão-se<br />
construindo requerem que se tenha como referência trabalhos de Milton<br />
Santos, pois este autor estuda a Geografia do ponto de vista dos empobrecidos<br />
e marginalizados e, no caso do Brasil, a maioria dos descendentes de africanos<br />
se encontram entre eles.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: COMITINI<br />
Nome: Carlos<br />
Título do Livro: África Arde - Luta dos povos africanos pela liberdade<br />
Local da Publicação: Rio de Janeiro<br />
Editora: Codecri<br />
Ano da Publicação: 1980<br />
Comentários:<br />
Contribuição de Cleudir Coitinho Tomazzini, livro muito interessante, ele mostra<br />
que o povo africano teve que lutar muito, interessante para mostrar que a<br />
liberdade é realmente uma conquista e não uma doação feita pelas potências<br />
imperialistas.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: FREYRE<br />
Nome: Gilberto<br />
Título do Livro: Casa-grande & senzala; formação da família brasileira sob o<br />
regime da economia patriarcal<br />
Edição: 10<br />
Local da Publicação: Rio de Janeiro<br />
Editora: José Olympio<br />
Ano da Publicação: 1961<br />
Comentários:<br />
Leitura obrigatória para todos. Gilberto Freyre é clássico no assunto, nem que<br />
seja para discordar da sua lusofania. Trata-se de uma ampla obra, onde o autor<br />
aprofunda enormemente as relações que se estabeleceram ao longo do nosso<br />
Brasil-Colônia, na sociedade da agroindústria da cana-de-açúcar. Nele faremos
descobertas das nossas raízes culturais e étnicas.<br />
Categoria: Internet<br />
Sobrenome: Costa<br />
Nome: Ricardo da<br />
Título: A Expansão árabe na África e os impérios negros de Gana, Mali e Songai<br />
Disponível em (endereço WEB):<br />
http://www.ricardocosta.com/pub/imperiosnegros2.htm<br />
Acesso em (mês.ano): Outubro/2007<br />
Comentários:<br />
O professor Dr. Ricardo da Costa trabalha na UFES, e mantem um site muito<br />
interessante. Trata-se de um importante documento para alguém que esteja<br />
preocupado em conhecer um pouco mais sobre essa importante região da<br />
África, de onde muitos povos vieram para o nosso país.<br />
Categoria: Periódico<br />
Sobrenome: Lemos<br />
Nome: Ari<br />
Nome do Periódico: Educação dia-a-dia melhor<br />
Local da publicação: Curitiba<br />
Número: 50<br />
Data de Publicação (mês.ano): Julho/2007<br />
Comentários:<br />
É importante salientar que se trata do jornal editado pela SEED, e que todos os<br />
professores recebem em sua casa. Nas páginas 5 e 6, um artigo muito<br />
interessante sobre as comunidades quilombolas no estado do Paraná.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: ANJOS<br />
Nome: Rafael S.<br />
Título do Livro: A geografia, a África e os negros Brasileiros. In: MANUNGA, K.<br />
(org). Superando o racismo na escola.<br />
Local da Publicação: Brasília<br />
Editora: MEC - Secretaria de Educação Fundamental<br />
Ano da Publicação: 2005<br />
Comentários:<br />
Capítulo escrito pelo professor Anjos que relaciona a nossa disciplina à<br />
temática afro. De resto todo o livro é muito interessante vale a pena conferir.<br />
Categoria: Periódico<br />
Sobrenome: ZIEGLER<br />
Nome: Jean<br />
Nome do Periódico: Jornal Brasil de Fato<br />
Número: 137<br />
Data de Publicação (mês.ano): Outubro/2005<br />
Comentários:<br />
Elementos de uma sociologia política da África negra e de sua diáspora nas<br />
Américas.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: IBAZEBO<br />
Nome: Isimeme
Título do Livro: Explorando a África<br />
Edição: 1<br />
Local da Publicação: São Paulo<br />
Editora: Ática<br />
Ano da Publicação: 2003<br />
Comentários:<br />
Trata-se de um título de uma coleção, que contém também a Índia, América<br />
latina, Regiões Polares, China, Japão, Austrália e América do Norte. Mas esse<br />
paradidático em particular eu acho excelente para nós da geografia, trazendo<br />
um resumo da história da África e atualidades, vale a pena conferir.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: ANJOS<br />
Nome: Rafael Sanzio Araújo dos<br />
Título do Livro: A África, a Educação Brasileira e a Geografia. In: Educação antiracista:<br />
Caminhos abertos pela Lei.<br />
Local da Publicação: Brasília<br />
Editora: MEC/SECAD<br />
Ano da Publicação: 2005<br />
Comentários:<br />
Contribuição da nossa colega Tânia Cristina Roncada, que comenta: "Este texto<br />
trabalha sobre os aspectos da Geografia Africana e seu rebatimento na<br />
formação do território e do povo brasileiro”. Realmente os trabalhos desse<br />
autor são leitura obrigatória para nós da geografia africana.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: LIMA<br />
Nome: Heloisa Pires<br />
Título do Livro: Orgulho das raças<br />
Local da Publicação: Rio de Janeiro<br />
Editora: Memórias Futuras<br />
Ano da Publicação: 1995<br />
Comentários:<br />
Também sugestão do Cleudir Coitinho Tomazzini. Dentro das nossas<br />
preocupações sobre, aumentar a auto-estima dos nossos alunos o conceito<br />
raça sempre nos foi um desafio. Neste livro podemos encontrar algumas<br />
respostas.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: SILVA<br />
Nome: Alberto da Costa e<br />
Título do Livro: A Manilha e o Libambo<br />
Local da Publicação: Rio de Janeiro<br />
Editora: Nova Fronteira<br />
Ano da Publicação: 2002<br />
Comentários:<br />
Trata-se de um livro excelente para entendermos melhor o período da chamada<br />
pré-colonização africana, tem uma leitura fácil e ao mesmo tempo profunda.<br />
vale a pena confiram.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: <strong>DE</strong>L PRIORE
Nome: Mary<br />
Sobrenome <strong>Autor</strong>: VENÂNCIO<br />
Nome <strong>Autor</strong>: Renato Pinto<br />
Título do Livro: Ancestrais: Uma Introdução à História da África Atlântica<br />
Local da Publicação: Rio de Janeiro<br />
Editora: Elsevier<br />
Ano da Publicação: 2004<br />
Comentários:<br />
Contribuição da nossa colega Tânia Cristina Roncada, e nas palavras dela:<br />
"Esse texto apresenta ao leitor uma história dos antepassados negros: o berço<br />
africano".<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: BASTI<strong>DE</strong><br />
Nome: Roger<br />
Título do Livro: As Américas negras: civilizações africanas no novo mundo<br />
Local da Publicação: São Paulo<br />
Editora: Difel<br />
Ano da Publicação: 1974<br />
Comentários:<br />
Outro clássico muito estudado e discutido que trabalha a inserção do negro no<br />
novo mundo.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: ANJOS<br />
Nome: Rafael S.<br />
Título do Livro: A utilização dos recursos da cartografia conduzida para uma<br />
África desmistificada. In: Revista Human<br />
Local da Publicação: Brasília<br />
Editora: UNB<br />
Ano da Publicação: 1989<br />
Comentários:<br />
O Professor Rafael trabalha de que modo a cartografia ou o uso de mapas<br />
temáticos pode nos auxiliar em sala quando o assunto for África.<br />
Categoria: Revista Científica<br />
Sobrenome: Farias<br />
Nome: Jackson<br />
Título do artigo: O Apartheid visto do Brasil<br />
Título da revista: Carta na Escola<br />
Fascículo: 18<br />
Página inicial: 36 Página final: 39<br />
Disponível em (endereço WEB): http://www.cartanaescola.com.br<br />
Data de Publicação (mês.ano): Setembro/2007<br />
Comentários:<br />
Sugestão de uma colega minha, Elisabete Aparecida Rosseto, que comenta que<br />
na matéria "O racismo é a atribuição de lugares sociais pelo critério de raça.<br />
Mas traz um paradoxo: a humanidade tem uma única raça, a humana". Vamos<br />
conferir.<br />
Categoria: Livro<br />
Sobrenome: RODNEY
Nome: Walter<br />
Título do Livro: Como o europeu subdesenvolveu a África<br />
Local da Publicação: Lisboa<br />
Editora: Seara Nova<br />
Ano da Publicação: 1975<br />
Comentários:<br />
Este importante livro procura fazer uma revisão histórica, mostrando que o<br />
projeto salvacionista europeu foi uma total fraude, e a principal responsável<br />
pela destruição da estrutura social e econômica dos povos africanos.<br />
11. Notícias<br />
Categoria: Jornal<br />
Sobrenome: Steinbruch<br />
Nome: Benjamim<br />
*Título da Notícia/Artigo: Bukina Fasso, Benim, Mali, Chade, Brasil e o Algodão<br />
*Nome do Jornal: Folha de S. Paulo<br />
*Data de Publicação: 04/05/2004<br />
*Página: b14<br />
Comentários:<br />
O jornalista faz uma interessante análise do mercado mundial do algodão e<br />
suas relações com a fome e miséria africana, e o nosso papel nesse contexto.<br />
Segue-se o texto na íntegra:<br />
"Bukina Fasso, Benim, Mali, Chade, Brasil e o algodão<br />
Bukina Fasso, capital Uagadugu, 13,2 milhões de habitantes, é um país<br />
africano onde a mortalidade infantil, é um país africano onde a mortalidade<br />
infantil vitima cem em cada mil bebês nascidos vivos.<br />
Benim, capital Porto Novo, 7 milhões de habitantes, tem um PIB de US$ 8<br />
bilhões e um índice de analfabetismo de 60%.<br />
Mali, capital Bamaco, tem um índice de mortalidade infantil de 119 para cada<br />
mil nascidos vivos e 64% da população de 11,6 milhões de pessoas está abaixo<br />
da linha da pobreza. Chade, capital Ndjamena, 9,2 milhões de habitantes, tem<br />
80% da população na pobreza absoluta e exporta apenas US$ 197 milhões por<br />
ano.<br />
O que esses quatro países têm em comum? Todos são africanos, pobres e<br />
foram colônias francesas que obtiveram sua autonomia no mesmo ano, 1960.<br />
Todos têm economia fortemente concentrada na agricultura, que emprega<br />
mais de 80% da população. Todos são produtores de algodão e dependem das<br />
receitas desse produto para a sua subsistência.<br />
Na semana passada, quando a OMC (Organização Mundial do Comércio) tomou<br />
a inédita decisão de determinar aos Estados Unidos a retirada dos subsídios às<br />
exportações de algodão, esses quatro países praticamente não foram<br />
lembrados. O vencedor, segundo a imprensa econômica – do Valor, em São<br />
Paulo, ao Wall Street Journal, em Nova York, e ao Financial Times, em Londres -,<br />
foi o Brasil. Mas grandes ganhadores são também países muito mais pobres do<br />
que o Brasil, como esses africanos, que também perderam milhões de dólares<br />
em exportações nos últimos anos por causa dos subsídios americanos, mas<br />
que não tem voto nem voz nos fóruns internacionais.<br />
Quando sobrevoei pela primeira vez os Estados Unidos, muitos aos atrás, fiquei<br />
impressionado com a paisagem agrícola. Visto do alto, de leste a oeste, tirando<br />
regiões montanhosas e desérticas, o país é literalmente quadriculado.
Praticamente não há matas, como costumamos ver do alto no Brasil. Todo o<br />
espaço no campo é aproveitado por alguma cultura, numa incrível<br />
demonstração de riqueza.<br />
Os 25 mil produtores de algodão são riquíssimos. Ocorre que pelo menos<br />
metade de suas riquezas advém de subsídios do governo. E 1999 a 2002, eles<br />
receberam subsídios de US$ 12,5 bilhões, segundo a OMC. Nesse período, o<br />
valor do algodão vendido alcançou US$ 13,8 bilhões, ou seja, receberam do<br />
governo quase tanto quanto obtiveram com o produto da venda de suas<br />
lavouras.<br />
Esses subsídios promoveram uma competição desleal no mercado<br />
internacional, porque reduziram as cotações do algodão para até US$ 0,29 por<br />
libra-peso. Com isso, os produtores dos EUA ganharam uma grande fatia do<br />
mercado mundial de algodão: tinham 17% em 1999 e passaram a 42% em<br />
2003. Estima-se que o Brasil tenha perdido US$ 450 milhões em exportações<br />
nesse período. Não se sabe quantos milhões perderam os africanos e outros<br />
países produtores.<br />
A decisão da OMC é histórica não só pelo algodão, mas também porque abre<br />
caminho para a contestação geral do gigantesco esquema de proteção desleal<br />
á produção agrícola posto em prática pelos Estados Unidos e pela Europa. Até<br />
agora, antes de dar ganho de causa à queixa brasileira sobre o algodão, nunca<br />
a organização havia se manifestado a respeito de subsídios domésticos à<br />
agricultura.<br />
Está longe ainda o dia em que a vitória na OMC produzirá resultados práticos<br />
para as receitas de exportação de algodão de brasileiros e africanos. Os<br />
americanos, como antecipou o representante comercial do EUA, Robert<br />
Zoellick, vão recorrer da decisão ”até o fim”. Assim, tentarão protelar punição<br />
aos EUA e evitar prejuízos eleitorais ao presidente George W. Bush, fortemente<br />
apoiado pelo setor agrícola, na próxima campanha presidencial.<br />
De qualquer forma, a decisão da OMC abre caminho, pela primeira vez, para<br />
um processo em que se tentará abolir um perverso sistema de subsídios que,<br />
na contramão do bom senso, contribuiu para aumentar a riqueza e a<br />
ineficiência dos ricos, em detrimento dos produtores mais pobres e<br />
reconhecidamente mais eficientes.<br />
STEINBRUCH, Benjamin. Folha de São Paulo. São Paulo, 4 maio 2004, p.B14."<br />
Categoria: Jornal<br />
*Título da Notícia/Artigo: Epidemia de Aids e pobreza derrubam o IDH de 20<br />
países na década de 1990<br />
*Nome do Jornal: Folha de S. Paulo<br />
*Data de Publicação: 15/07/2004<br />
*Página: A11<br />
Comentários:<br />
Traz uma série de dados estatísticos que podem ser de utilidade em sala. Além<br />
de muitos comentários. Segue-se o texto na íntegra:<br />
Epidemia da Aids e pobreza derrubam o IDH de 20 países na década de 1990<br />
O IDH (índice de Desenvolvimento Humano) recuou em 20 países, 13 deles da<br />
África subsaariana, durante a década de 1990. Pela primeira vez, essa situação<br />
é registrada em tantos países: na década de 1980 apenas três entre 113 países<br />
com dados disponíveis viram o índice cair.<br />
A epidemia de Aids e o aumento da pobreza provocado pela estagnação<br />
econômica são as principais causas apontadas pelo Relatório do<br />
Desenvolvimento Humano 2004, do Pnud (Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento).<br />
“Nas décadas anteriores, praticamente nenhum país experimentou um declínio<br />
no IDH. O índice subia constantemente, embora normalmente devagar, porque<br />
três das suas componentes fundamentais – alfabetização, escolarização e<br />
esperança de vida – demoram a mudar. Portanto, quando o IDH cai, isso indica<br />
crise”, afirma o relatório.<br />
O retrocesso na África se deve em grande parte, segundo o relatório, à aids,<br />
que atinge mais pessoas em idade produtiva.<br />
A doença reduziu a expectativa de vida dessas populações, chegando a baixar<br />
para 40 anos, ou menos, em sete casos (Angola, República Centro-Africana,<br />
Lesoto, Moçambique, Serra Leoa, Suazilândia e Zimbábue).<br />
Economia<br />
Em países como Rússia, Ucrânia e Tadjiquistão, foi a questão econômica que<br />
contribuiu para a queda do índice nos anos 1990.<br />
Esse quadro, aliado à estagnação de desenvolvimento em outras localidades,<br />
levou o Pnud a considerar 54 países como prioridade máxima ou alta – o que<br />
significa que têm necessidade de mais atenção, verbas e compromisso<br />
internacional ou apresentam progresso insuficiente para atingir as Metas de<br />
Desenvolvimento do Milênio. Dos 54, 24 apresentaram queda dos rendimentos<br />
durante a década de 1990.<br />
Assinado em 2000 por países-membros da ONU, o documento do milênio reúne<br />
metas a serem cumpridas até 2015.<br />
Entre as metas acordadas, estão reduzir à metade a parcela da população<br />
mundial com rendimento menor que US$ 1 por dia, assegurar que as crianças<br />
tenham acesso ao ensino primário e diminuir em dois terços a taxa de mortes<br />
dos menores de cinco anos.<br />
“Sem mudanças significativas, os países que experimentam reversões ou<br />
estagnação têm<br />
poucas probabilidades de atingir os seus objetivos”, diz o relatório.<br />
O texto registra ainda que, nos 27 países enquadrados a prioridade máxima, o<br />
desenvolvimento pode fracassar em todos os aspectos. Estão nesse grupo 21<br />
países da África subsaariana, três árabes, um da Ásia oriental, outro do sul da<br />
Ásia e um do Caribe.<br />
Aids e conflitos<br />
O Relatório de Desenvolvimento Humano alerta que, em 22 países da África<br />
subsaariana considerados prioritários, mais de 5% da população é infectada<br />
com o HIV, vírus causador da Aids. Em outros nove, houve conflitos violentos<br />
na década de 1990.<br />
O coordenador interino da Unaids (órgão das Nações Unidas), no Brasil, Pedro<br />
Chequer, disse que a Aids hoje não deve ser tratada só como problema de<br />
saúde pública, mas também econômico e até de segurança.<br />
“O impacto (das mortes) é grande do ponto de vista demográfico. Traz ainda<br />
reflexos<br />
econômicos porque pessoas em idade produtiva morrem, e a reposição se dá<br />
em ritmo lento”, diz.<br />
O relatório de desenvolvimento mostra também que a maioria dos países<br />
subsaarianos é pequena (só quatro têm mais de 40 milhões de habitantes),<br />
está longe dos mercados mundiais e tem dificuldade de diversificar as<br />
exportações de produtos primários.<br />
Segundo o relatório, há 46 países onde as pessoas são mais pobres do que nos<br />
anos 1990 e, em 25, há mais moradores com fome do que na década passada.<br />
FOLHA <strong>DE</strong> S. PAULO, São Paulo, 15 jul. 2004, A11.
Categoria: Jornal<br />
*Título da Notícia/Artigo: Genocídio em Ruanda<br />
*Nome do Jornal: Folha de S. Paulo<br />
*Data de Publicação: 08/04/2004<br />
*Página: A15<br />
Comentários:<br />
Traz um cronograma com todos os principais eventos que ocasionaram o<br />
genocídio de 1 milhão de ruandeses nesta terrível guerra civil. Segue-se o<br />
texto na íntegra:<br />
Para Ruanda, mundo se omitiu no genocídio<br />
Ao lembrar ontem o décimo aniversário do genocídio em Ruanda, o presidente<br />
Paul kagame disse que os próprios ruandenses foram responsáveis pela morte<br />
de cerca de 800 mil pessoas em 1994, mas criticou severamente a<br />
comunidade internacional por não ter impedido o massacre.<br />
Ainda que simbolicamente, pois seu país é um dos mais pobres do mundo,<br />
Kagame disse que, se ocorrer um outro genocídio no mundo, Ruanda será a<br />
primeira nação a enviar tropas. (...)<br />
Quando o massacre teve início, em 7 de abril de 1994, a ONU possuía 2519<br />
soldados em<br />
Ruanda. O maior contingente, com 450 soldados, era da Bélgica, ex-metrópole<br />
de Ruanda, mas o batalhão saiu após dez de seus integrantes terem sido<br />
mortos naquela data.<br />
(...)<br />
“Todos devemos reconhecer nossa responsabilidade por não termos feito mais<br />
para prevenir ou interromper o genocídio”, afirmou o secretário-geral da ONU.<br />
(...)<br />
Dez anos após Ruanda, Annan defendeu a necessidade de a ONU desenvolver<br />
uma estratégia para impedir crimes em massa.<br />
Em 21 de abril de 1994, com o genocídio já em andamento, o Conselho de<br />
Segurança (CS) da ONU aprovou uma resolução que reduziu as forças da ONU<br />
em Ruanda de 2500 para apenas 270 soldados. Em 16 de maio, o CS decidiu<br />
enviar 5500 soldados ao país, mas eles só chegaram quando o massacre já<br />
havia terminado.<br />
“Todas essas poderosas nações agiram como se 1 milhão de vidas não<br />
tivessem valor”, disse Kagame. ”Mas, se a morte de 1 milhão de pessoas não<br />
as preocupou, então o que as preocupa?”<br />
Ao se referir a 1 milhão de mortos, Kagame incluiu todas as mortes ocorridas<br />
no país entre 1990 e 1994, quando as etnias hutu (majoritária) e tutsi<br />
(tradicionalmente mais poderosa) se enfrentaram.<br />
O genocídio em Ruanda começou horas depois da derrubada, em 6 de abril, de<br />
um avião que transportava o então presidente Juvenal Habyarimana, um hutu<br />
moderado que negociava a paz com rebeldes tutsis.<br />
Em 7 de abril, extremistas hutus assumiram o controle do Exército e do<br />
governo e culparam os tutsis pela queda do avião. Imediatamente, teve início o<br />
massacre, no qual cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos.<br />
O genocídio foi cometido por milicianos hutus, setores do Exército e pela<br />
própria população, estimulada pela incitação ao ódio. As vítimas foram mortas<br />
a machadadas, facadas e tiros.<br />
A matança só terminou cem dias depois, quando o líder rebelde tutsi Paul<br />
Kagame tomou a capital, Kigali. Dois milhões de hutus, incluindo as milícias,<br />
fugiram para o Zaire (atual República Democrática do Congo).
Kagame se tornou presidente e, em 2003, elegeu-se para um novo mandato.<br />
Durante seu discurso ontem, kagame acusou a França de ter “conscientemente<br />
treinado e<br />
armado” milícias e soldados que participaram do massacre, mesmo “sabendo<br />
que eles iriam perpetrar um genocídio”.<br />
A França reagiu ordenando que seu enviado à cerimônia eu Kigali retornasse a<br />
Paris. (...)<br />
Antes de 1994, a França ajudou a treinar o Exército ruandês, que, após cair sob<br />
controle de extremistas, participou ativamente do genocídio. O país também é<br />
acusado de ter laços com extremistas hutus que dominaram o governo no<br />
início de abril daquele ano.<br />
Os franceses já admitiram responsabilidade por não terem feito mais para<br />
impedir o genocídio, mas rejeitaram a acusação de terem auxiliado os<br />
responsáveis.<br />
(...)<br />
FOLHA <strong>DE</strong> S. PAULO, São Paulo, 8 abr. 2004. p. A15<br />
Categoria: Jornal<br />
Sobrenome: Baldrati<br />
Nome: Breno<br />
*Título da Notícia/Artigo: 50 Blogs para entender o mundo<br />
*Nome do Jornal: Gazeta do Povo<br />
*Data de Publicação: 16/09/2007<br />
*Página: Mundo 02<br />
Comentários:<br />
Este jornalista conseguiu reunir os 50 blogs mais importantes em todo o<br />
mundo, e é lógico do continente africano, países como Sudão, Zimbabwe,<br />
Angola, África do Sul e Moçambique. Isso é legal, pois você pode através<br />
destas páginas pessoais saber notícias que falam da vida política e cultural de<br />
cada país. Eu coloquei esses blogs na sessão de sitios deste OAC. É só conferir!<br />
Segue-se o texto na íntegra:<br />
50 blogs para entender o mundo<br />
A era da informação na Internet é uma revolução em andamento em que<br />
ninguém sabe qual mídia irá prevalecer e qual deixará de existir. Até agora, há<br />
muitas conjecturas e poucas certezas. Uma dessas é a democratização do<br />
acesso à comunicação. Na rede mundial de computadores, todos podem<br />
produzir e publicar conteúdo. Da mesma forma, cada vez mais pessoas podem<br />
discutir e ter acesso a opiniões diferentes. Em boa parte, a ferramenta que<br />
possibilitou tudo isso foram os blogs.<br />
Do Egito ao Equador e da Angola a Armênia, o movimento blogueiro está se<br />
consolidando e ganhando respeito. Não porque individualmente cada blogueiro<br />
seja espetacular (alguns, de fato, são), mas porque juntos eles conseguiram<br />
criar um ambiente favorável para o debate e a troca de informações que se<br />
tornou relevante e a cada dia recebe novos adeptos.<br />
Nos EUA, onde a blogosfera está no seu estágio mais avançado, a participação<br />
dos blogueiros na política e na mídia é enorme – tanto como<br />
complementadores da notícia quanto no levantamento de informações que<br />
acabam por destronar políticos e jornalistas. O caso mais famoso é o chamado<br />
“Rathergate”, em que o veterano jornalista Dan Rather, da CBS, apresentou<br />
documentos falsos numa acusação contra o presidente George W. Bush e foi<br />
descoberto graças ao empenho da blogosfera.<br />
Questionado à época sobre o fato, Jonathan Klein, ex-vice-presidente da rede
CBS, desdenhou do potencial jornalístico de um “cara sentado de pijamas na<br />
sala de sua casa escrevendo”. A frase deu origem ao termo pajamahadeen (a<br />
mescla de pijama e mujahideem – guerreiro santo), como se auto-intitulam<br />
muitos dos blogueiros nos Estados Unidos.<br />
A força desse movimento vai significar a morte da velha mídia? Foi o que se<br />
questionou o<br />
blogueiro (e jornalista) Andrew Sullivan – um dos primeiros nos EUA a largar as<br />
redações dos grandes jornais para “vestir o pijama” -, num artigo para a revista<br />
Time, logo após a queda de Rather. Ele mesmo respondeu: “de jeito nenhum.<br />
Os blogs dependem dos recursos jornalísticos dos grandes meios de<br />
comunicação para fazer o grosso da reportagem e da análise. O que os blogs<br />
fazem é oferecer a melhor investigação possível dos grandes meios de<br />
comunicação – melhorando o padrão dos profissionais, acrescentando novas<br />
opiniões, novos pontos de vista e novos fatos a cada minuto. (...) Em uma<br />
época de debate radicalizado, nunca antes a verdade esteve tão disponível.<br />
Agradeça aos camaradas de pijama. E os leia.”<br />
A reportagem selecionou 50 blogs que servem como referência para a vida<br />
política e cultural de mais de 30 países. Todos são escritos em português,<br />
inglês ou espanhol.<br />
BALDRATI, Breno, Gazeta do Povo, Curitiba, 16 set. 2007, Caderno Mundo p. 02.<br />
Optei por indicar os blogs relacionados a África no item sítios. É só conferir.<br />
Categoria: Revista de circulação<br />
*Título da Notícia/Artigo: Mandela, ideal e luta<br />
*Nome da revista: Discutindo a Geografia<br />
Local da Publicação São Paulo<br />
*Página inicial: 63 *Página final: 63<br />
Comentários:<br />
Pequeno comentário sobre esse importante líder sul-africano. Trata-se de um<br />
ícone da luta contra as injustiças sociais.<br />
Primeira publicação desta revista.<br />
"Principal líder sul-africano, Nelson Mandela lutou acirradamente durante toda<br />
a vida contra o regime do apartheid. Suas convicções levaram-no a ser preso e<br />
condenado à prisão perpétua, em um julgamento histórico em meados da<br />
década de 1960, no qual ele próprio conduziu sua defesa. Símbolo da luta<br />
contra o governo de minoria branca no país, Mandela finalmente foi libertado<br />
em 1990. quatro anos depois elegeu-se o primeiro presidente negro da África<br />
do Sul. Também já recebeu o importante Prêmio Nobel da Paz por sua<br />
extraordinária biografia.<br />
Recentemente declarou o encerramento de suas atividades políticas com a<br />
seguinte frase: 'Não me telefonem, deixem que eu telefone para vocês'.".<br />
REVISTA DISCUTINDO A GEOGRAFIA. São Paulo: Escala Educacional,ano 1, n. 1.p.63.<br />
12. Destaques<br />
Os africanos nas Américas antes de Colombo<br />
Quando estava lendo os meus textos de repente me deparei com um assunto<br />
muito interessante onde a professora Elisa L. Nascimento, comenta a sua<br />
leitura de um livro escrito por Van Sertima, onde ele descreve várias evidências<br />
de que os africanos estiveram nas Américas antes de Colombo, e por mais de<br />
uma vez.
"Van Sertima identifica dois possíveis períodos de contato entre a África antiga<br />
e as Américas. O primeiro teria lugar na época em que a Núbia reinava como<br />
principal poder marítimo mundial, quando aparecem em território olmeca as<br />
gigantescas cabeças esculpidas em pedra que retratam, com impressionante<br />
competência e fidelidade a detalhes rostos de marinheiros núbios com suas<br />
indumentárias típicas. Nesta época aparecem, sem vestígio de evolução<br />
anterior no México, pirâmides no estilo núbio e conjuntos de elementos<br />
culturais cuja identidade com os africanos está longe dos limites da<br />
coincidência. Ademais, a cerâmica pré-colombiana retrata rostos africanos em<br />
abundância, com a mesma minuciosa perfeição realizada nos monumentos de<br />
basalto dos olmecas.<br />
O segundo contato seria na época do príncipe Abu-bakari, imperador de Mali<br />
cuja história é contada por historiadores muçulmanos, seus contemporâneos.<br />
Soberano confinado a um império sem litoral, fascinou-se pelo mar, mandou<br />
construir frotas e lançou expedições ao Atlântico. Em uma delas, o próprio Abu-<br />
Bakari embarcou pelos 'rios dentro do mar' -<br />
correntezas que levam diretamente ao continente americano - e nunca mais foi<br />
visto. Nos registros do Popul-Vuh, livro de tradição dos maias, foi exatamente<br />
nesse tempo (1311 d.C.) que lhes apareceu um 'príncipe trajando branco vindo<br />
de onde nasce o sol'. O mito maia de Quetzalcoatl, a serpente emplumada, e<br />
os costumes, ritos, símbolos, e vocábulos a ele associados, constituem outro<br />
conjunto cultural de coincidência demasiadamente ampla e perfeita com a<br />
africana para ser atribuída à sorte."(MEC, 2006 p.44)<br />
Realmente isso é muito interessante não concordam!<br />
Fonte: Nascimento, Elisa Larkin. Introdução à História da África In: Educação<br />
Africanidades Brasil, MEC<br />
13. Paraná<br />
GT Clóvis Moura<br />
O Grupo de Trabalho Clóvis Moura tem realizado um excelente trabalho em<br />
termos de levantamento de remanescentes de comunidades afrodescendentes<br />
no Paraná.<br />
Existe uma luta para que esses Quilombos sejam reconhecidos e tenham a real<br />
posse dos seus territórios, esse conflito surge desde o período de implantação<br />
do regime de escravidão como elemento constitutivo do Antigo sistema<br />
Colonial, baseado em latifúndios. para auxiliar neste trabalho de demarcação<br />
de terras quilombolas, o GT Clóvis Moura, ligado a Secretaria de Estado de<br />
Cultura do Paraná, tem feito este levantamento em todo o estado, desde<br />
Paranaguá até Foz do Iguaçu e Guaíra, e tem constatado muitos casos de<br />
grilagem de terras que os quilombos tem sofrido, logo o trabalho é urgente e<br />
muito necessário, com o risco de perdermos muitas destas comunidades em<br />
nosso estado.<br />
Esse GT se concentra no último andar do prédio da Secretaria de Cultura na<br />
Rua Ébano Pereira, 240. Fone: 3321-4700 do Centro de Curitiba