Orgulho de ser Chevrolet - Revista Jornauto
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GENERAL MOTORS DO BRASIL80 ANOSdiaí, o que iria facilitar o acesso ao porto<strong>de</strong> Santos e o escoamento da produçãopara as mais diversas regiões do país.Enquanto erguiam-se as estruturas danova fábrica, a linha <strong>de</strong> montagem noIpiranga continuava em plena ativida<strong>de</strong>e, em 1928, atingia a marca do50.000 º <strong>Chevrolet</strong> produzido no Brasil.SÃO CAETANO DO SUL ABRIGA ANOVA SEDE DA EMPRESAConsi<strong>de</strong>rada uma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> PrimeiroMundo, São Caetano integra, hoje, umadas regiões mais industrializadas dopaís, conhecida como ABC Paulista, porenglobar Santo André e São Bernardo- esta última chegou a <strong>ser</strong> <strong>de</strong>nominada<strong>de</strong> “A Capital do Automóvel”, porabrigar a maioria das montadoras.No fi nal da década <strong>de</strong> 20 do séculopassado, porém, São Caetano nãopassava <strong>de</strong> um bairro pobre, distante15 quilômetros do centro <strong>de</strong> SãoPaulo. Sua população era constituídaem sua maioria por imigrantes, coma predominância <strong>de</strong> italianos.É nesse cenário que em 1 o <strong>de</strong> outubro<strong>de</strong> 1928, tendo A. M. <strong>de</strong> Tonnay comopresi<strong>de</strong>nte (1928 a 1930), a fábricada General Motors do Brasil iniciava aprodução <strong>de</strong> veículos em São Caetano.Dois anos <strong>de</strong>pois, prosseguindo com aousadia em marketing, a GM inovava nabatalha ininterrupta para manter a venda<strong>de</strong> seus produtos em patamares cadavez mais elevados. Exatamente no dia15 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1930, partia <strong>de</strong> São Pauloum trem a vapor transportando a estrutura<strong>de</strong> um circo, o Gran<strong>de</strong> Circo <strong>Chevrolet</strong>,com belas equilibristas, violeiros eartistas cômicos e dramáticos. O objetivoera percorrer as principais cida<strong>de</strong>s dointerior paulista e dos estados <strong>de</strong> MinasGerais e Rio <strong>de</strong> Janeiro propagan<strong>de</strong>andoas vantagens dos produtos da empresa.A entrada era gratuita e o espetáculocircense causava furor por on<strong>de</strong> passava.Ofi cialmente, a fábrica da GM emSão Caetano foi inaugurada a 12 <strong>de</strong>agosto <strong>de</strong> 1930, quando estava soba responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> J. D. Mooneyna presidência (1930 a 1941) e E. M.Van Voorhees como diretor-gerente(1930 a 1932). Esse ano coinci<strong>de</strong> coma chegada à presidência da Repúblicado gaúcho Getúlio Vargas, que viriaa adotar uma postura administrativa<strong>de</strong> cunho fundamentalmente nacionalista.Em seu governo, instituiu-seo mo<strong>de</strong>lo do Estado-empresário, quefi nanciava a produção e o investimento,protegia as empresas da concorrênciae priorizava o mercado interno.Diante das difi culda<strong>de</strong>s em importartudo o que era necessário e aindaarcar com altos custos dos produtos, onovo mandatário da nação estimula o<strong>de</strong>senvolvimento da indústria <strong>de</strong> base.Anteriormente, em 1926, comosecretário da Fazenda do governoWashington Luís, Getúlio haviaimplementado uma política cambialque favorecia os setores exportadorese protegia as empresas nacionais.Ao assumir a Presidência da República,por meio <strong>de</strong> um movimento progressistacom apoio militar, Getúlio criara,no entanto, um clima hostil junto àsoligarquias paulistas e mineiras, dasquais contrariara interesses econômicose políticos. Isso gerou uma situação<strong>de</strong> incerteza e insegurança, refl etindodiretamente nos rumos da economia.Essa instabilida<strong>de</strong> atingiria o clímaxem 1932, quando eclodiu, em SãoPaulo, a Revolução Constitucionalista.Naquele momento, tendo como diretorgerenteG. P. Harrington (1933 a 1944),a GM, há apenas quatro anos com afábrica <strong>de</strong> São Caetano, enfrentava umasensível queda nas vendas <strong>de</strong> seus veículose, para reverter a situação, apostavana aceitação comercial <strong>de</strong> uma novida<strong>de</strong>:o primeiro ônibus com carroçaria<strong>de</strong> estrutura <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira fabricado nopaís. O setor <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da empresase empenhava em divulgar as vantagensdo novo veículo, apontando em10 ESPECIAL JORNAUTO