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O_Morro_dos_Ventos_Uivantes_-_Emily_Bronte

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pensando que Heathcliff vai deixar você ter desses ataques? Deus queira que ele pegue vocêfazendo uma dessas. Deus queira!E assim foi, resmungando e imprecando, para o seu antro, levando a vela com ele edeixando-me no escuro. O período de reflexão que se sucedeu àquela ação ridícula levou-mea admitir a necessidade de abafar o orgulho e engolir a raiva, procurando limpar a sujeiraque fizera. Uma ajuda inesperada surgiu na forma de Throttler, a quem agora reconheciacomo sendo filho do nosso velho Skulker: passara os seus primeiros tempos na granja e foradado por meu pai ao Sr. Hindley. Creio que me reconheceu: encostou o focinho ao meunariz, à maneira de saudação, e depois apressou-se a devorar o mingau, enquanto eutateava de degrau em degrau, recolhendo a louça partida e enxugando com meu lenço osrespingos de leite que tinham caído no corrimão. O nosso trabalho estava quase acabado,quando ouvi os passos de Earnshaw no corredor; o meu ajudante encolheu o rabo eencostou-se à parede; eu entrei pela porta mais próxima. A tentativa do cão em evitá-lo foimal sucedida, a julgar pelo barulho e por um prolongado e lastimoso ganir. Eu tive maissorte! Ele passou, entrou no seu quarto e fechou a porta. Pouco depois, Joseph subiu comHareton, a fim de deitá-lo. Eu procurara refúgio no quarto do garoto e, ao ver-me, o velhodeclarou: — Acho que agora tem lugar para você e para o seu orgulho. O quarto estávazio: você pode ter ele todo para você, junto com o Senhor, que está sempre presente, mesmoem má companhia!De bom grado aceitei a oferta; e, assim que me joguei numa poltrona, ao lado dalareira, adormeci. O meu sono foi gostoso e profundo, mas durou pouco. O Sr. Heathcliffacordou-me; acabava de entrar em casa e perguntou, na sua maneira carinhosa, o que euestava fazendo ali. Expliquei-lhe a razão — ele tinha a chave do nosso quarto no bolso. Apalavra "nosso" pareceu insultá-lo terrivelmente. Jurou que não era, nem jamais seria, meu,e que ele. . . Mas não vou repetir aqui o que ele disse, nem descrever o seu comportamento191

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