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NÃO SOU MILITANTE DE COISA NENHUMA, EXCETO ... - OoCities

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Revista Aduspcia, de liberdade mesmo. Liberdade de opinião, decriação, de poder....Eu creio que o mundo vai se encaminhar parauma situação onde os países não terão necessidadedessa contabilidade dos economistas para se acharemgrandes. A grandeza do país será dada pela formacomo ele se ocupa de seus habitantes, de sua população.E esse não será um mundo guerreiro. Nemmesmo a Europa de hoje, que de certo modo buscase unificar para fazer a guerra com os outros, poderáviver de outro modo. A Europa é uma máquina deguerra contra o Japão e seus satélites, contra os EstadosUnidos e seus satélites e sobretudo contra oTerceiro Mundo... Será que devemos entrar nessacarreira? Para chegar no caso do Brasil, que diferençafaz se somos o oitavo ou o octogésimo país domundo? Não é isso que está em jogo. Acredito, aocontrário, que a história da qual nossa geração participaé uma história que permite pensar num mundonovo. Uma geração atrás, era impossível pensar assim...porque... (voltando à inevitabilidade das técnicas),não havia as técnicas doces como elas são hoje,subordinadas ao homem pela sua própria natureza.Isso permite uma outra política. Agora, essa outrapolítica não dá para esperar pelo chamado mundo,tem que ser produto de vontades nacionais. Então,não é verdadeiro dizer que só há um caminho paratodos os países. As condições históricas do mundoatual permitem já muitos caminhos e esses muitoscaminhos não vão ser encontrados ao mesmo tempo,mas cada qual encontrará o seu tempo em momentosdiferentes. O que se está dando, agora, ao mesmotempo é essa vocaçãoatual para seguir avontade de um grupode empresas e de paíseshegemônicos.Num mundo assim feito,vejo o Brasil como umdos países que vão sair nafrente. Não importa o queos governos, mundial enacional, façam esteano ou o ano que vem.O movimento atual é decima para baixo, mas há um outro movimento possível,um outro mundo movendo-se de baixo para cima,movimento que foi acelerado nestes três meses. Achoque ocorreu uma enorme aceleração da história queaponta para a emergência de um novo país, a despeitoda vontade de mantê-lo vinculado a um pensamentoúnico, a um comando único, a uma idéia única, a umaeconomia única, a um dinheiro único e a um sistemade técnicas único. Eu creio que essa descoberta estásendo feita em toda parte. Nosso problema vem do fatode não sabermos até que ponto os homens que conduzema nação e os partidos políticos aceitam esse tipode idéia. Há muito medo hoje ainda, de dizer queoutra coisa - diferente do que aí está - é também oBrasil, não é? Acho que esse é que é o problema... apalavra ‘mundo’ é usada de maneira indevida, a palavra‘Brasil’ é usada de maneira indevida e isso perturbaa produção de umprojeto alternativo.Mas, eu vejo que este épossível. Pode-se usarde outra forma a tecnologiae, mesmo, omercado, a partirdo homem, e não dodinheiro como estásendo feito agora.Zilda Iokoi é professorado DepartamentodeHistória daFFLCH/USP.Junho 199913

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