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ciências biológicas e da saúde - USC

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CAMARGO, LaísO. S. et al.Oclusão velofaríngeaem indivíduossubmetidosà nasoendoscopiana Clínicade Educação paraSaúde (CEPS).Salusvita, Bauru,v. 20, n. 1, p. 35-47, 2001.Altmann (1994) referiu que a variabili<strong>da</strong>de de oclusão também depende<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de realiza<strong>da</strong>. Desta forma, quando as ativi<strong>da</strong>des sãopneumáticas (sopro, fala, assobio), as paredes laterais <strong>da</strong> faringe nãose movimentam em to<strong>da</strong> a sua extensão. Enquanto que, durante as ativi<strong>da</strong>desnão-pneumáticas (deglutição, sucção e reflexo de vômito), omovimento de tais paredes é bem evidente, na medi<strong>da</strong> em que ocorreem to<strong>da</strong> a sua extensão. Kuehn & Moon (1998) também fazem referênciasquanto à diferença entre ativi<strong>da</strong>des que envolvem ou não a fala.Observaram que o ponto máximo de força de oclusão velofaríngea, durantea deglutição, tende a ser inferior do que durante a fala, provavelmentepela ação dos músculos constritores <strong>da</strong> deglutição.De acordo com Altmann (1994), a oclusão velofaríngea tambémpode variar quantitativamente. Assim, ela parece seguir uma hierarquia,sendo maior na deglutição e em ordem decrescente no sopro, emissão deconsoantes e finalmente na emissão de vogais.Segundo Shprintzen (1994), quando as estruturas do EVF, por diferentesmotivos, não funcionam adequa<strong>da</strong>mente estabelece-se uma inadequaçãovelofaríngea (IVF). Como conseqüência, pode-se observar umgap (espaço) entre tais estruturas.De acordo com Tabith (1989), a IVF é, portanto, uma comunicaçãoentre as cavi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> oro e nasofaringe, com sintomatologia diversifica<strong>da</strong>na fonação, alimentação e função auditiva. Como conseqüência, podemocorrer voz hipernasal, distúrbios articulatórios compensatórios,engasgos, refluxos nasais de alimentos e otites de repetição.Pinho & Joo (1995) relataram compensações respiratórias e laríngeascomo decorrentes <strong>da</strong>s alterações <strong>da</strong> oclusão velofaríngea. Segundoos autores, tais compensações poderiam ser justifica<strong>da</strong>s pela tentativa doindivíduo em reduzir a nasali<strong>da</strong>de, através do esforço do trato vocal, oqual seria o principal responsável pelos distúrbios vocais.Hirschberg (1986) referiu que uma voz produzi<strong>da</strong> de forma hiperfuncionalpode ser considera<strong>da</strong> como um mecanismo compensatório acarretandodisfonia e, até mesmo, desenvolvimento de nódulos nas pregas vocais.O autor relata que na sua amostra de pacientes encontrou uma proporçãode 12% de nódulos vocais.Contudo, o gap velofaríngeo nem sempre acarreta a sintomatologiaacima referi<strong>da</strong>. Warren (1986) indicou, através de medi<strong>da</strong>s, que é possívelindivíduos com aberturas velofaríngeas mínimas sem repercussõespara a função velofaríngea.As causas <strong>da</strong>s IVF podem ser de origem orgânica, funcional ouuma combinação de ambas. Podem ser congênitas ou adquiri<strong>da</strong>s (Hirschberg,1986).Entre estas, Shprintzen (1994) faz referências às anomalias do sistemanervoso central e periférico, distúrbios neuromusculares, dificul<strong>da</strong>desno aprendizado articulatório. A paralisia cerebral, anomalias craniofaciais,cirurgias de adenóides e amíg<strong>da</strong>las, ou hipertrofia <strong>da</strong>s mesmas etraumas, também são relata<strong>da</strong>s como possíveis etiologias de IVF porShprintzen & Golding-Kushner (1989).37

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