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ciências biológicas e da saúde - USC

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CAMARGO, LaísO. S. et al.Oclusão velofaríngeaem indivíduossubmetidosà nasoendoscopiana Clínicade Educação paraSaúde (CEPS).Salusvita, Bauru,v. 20, n. 1, p. 35-47, 2001.O autor indica outras medi<strong>da</strong>s de abertura velofaríngea e suas respectivasrepercussões. Desta forma, aberturas abaixo de 0,05cm 2 não deveriamtrazer conseqüências para a voz do indivíduo. Aberturas entre0,05 e 0,10cm 2 não devem interferir na habili<strong>da</strong>de para falar, mas podemacarretar emissões nasais audíveis. Finalmente, aberturas entre 0,10 a0,20cm 2 são considera<strong>da</strong>s do tipo marginal e, na maioria <strong>da</strong>s vezes, o indivíduoapresentará emissão nasal modera<strong>da</strong> e hipernasali<strong>da</strong>de.Contudo, Warren (1986) não descarta a possibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s exceçõespara ca<strong>da</strong> um dos sub-grupos acima citados, ou seja, ao contrário do quese espera, há situações em que o gap velofaríngeo é mínimo, mas há interferênciasna voz do indivíduo. Por outro lado, podem aparecer indivíduoscom gap marginal sem conseqüências para a voz dos mesmos. Confirmando,novamente, a grande variabili<strong>da</strong>de do mecanismo velofaríngeo.Estas explicações respal<strong>da</strong>m, portanto, os resultados positivos para oespelho de ressonância e negativos para a nasoendoscopia, uma vez que gapcom medi<strong>da</strong>s tão reduzi<strong>da</strong>s nem sempre são perceptíveis ao examinador.Finalmente podemos observar, na TABELA 4, os sujeitos cujos resultadosforam negativos quanto à presença de escape de ar nasal (espelhode ressonância), porém, positivos quanto à presença de gap velofaríngeo(nasoendoscopia). Para estas situações não encontramos, na literatura,explicações que as respal<strong>da</strong>ssem. No entanto, uma <strong>da</strong>s hipótesesprováveis para estes resultados, refere-se à possibili<strong>da</strong>de de que o fechamentovelofaríngeo tenha ocorrido em um nível mais inferior <strong>da</strong> regiãodo EVF, o qual não foi possível ser visualizado, <strong>da</strong>ndo-nos a impressãode um gap velofaríngeo mínimo.O fato de ocorrer um gap velofaríngeo em várias emissões, mas,principalmente na vogal /a/, não apareceu relacionado a uma nasali<strong>da</strong>dena produção vocal dos sujeitos estu<strong>da</strong>dos.Este aspecto é respal<strong>da</strong>do por Pontes & Behlau (1994), os quais afirmamque “é fun<strong>da</strong>mental frisar que a nasali<strong>da</strong>de na fala, apesar de dependerfun<strong>da</strong>mentalmente do grau de abertura do espaço velofaríngeo,depende também de outros fatores. Sendo assim, a interpretação do queobservamos à nasoendoscopia deve inserir-se no contexto global deca<strong>da</strong> caso”.Entre estes outros fatores, que podem acarretar ou não nasali<strong>da</strong>demais acentua<strong>da</strong>, Warren (1986) indica a importância <strong>da</strong> precisão articulatóriacom a qual os fonemas são produzidos. O autor refere que há indivíduoscom aberturas velofaríngeas mínimas (entre 0,05 e 0,10cm 2 ),porém com articulação muito fecha<strong>da</strong>, o que pode acarretar uma produçãovocal modera<strong>da</strong>mente hipernasal.CONCLUSÃOOs <strong>da</strong>dos obtidos através <strong>da</strong> avaliação com espelho de ressonância enasoendoscopia devem ser analisados no contexto particular de ca<strong>da</strong> in-43

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