Croft et al. (1981) realizaram uma pesquisa, que incluiu indivíduosconsiderados normais e patológicos quanto ao funcionamento velofaríngeo.TABELA 2 – Distribuição de freqüência dos padrões de fechamento velofaríngeo encontradospor Croft et al.Padrão Sujeitos SujeitosNormais (80) Patológicos (500)Coronal 55% (44) 45% (225)Sagital 16% (13) 11% (55)Circular 10% (8) 20% (100)Circular Prega de Passavant 19% (15) 24% (120)CAMARGO, LaísO. S. et al.Oclusão velofaríngeaem indivíduossubmetidosà nasoendoscopiana Clínicade Educação paraSaúde (CEPS).Salusvita, Bauru,v. 20, n. 1, p. 35-47, 2001.Altmann et al. (1994) também realizaram pesquisa semelhante, paraverificar a incidência destes padrões de fechamento velofaríngeo, porémapenas com indivíduos considerados normais.TABELA 3 – Distribuição de freqüência dos padrões de fechamento velofaríngeo segundoAltmann et al.(1994)Padrão Sujeitos (30)Coronal 60,0% (18)Sagital 6,7% (02)Circular 23,3% (07)Circular com Prega de Passavant 10,0% (03)Os resultados nas pesquisas anteriores, bem como no estudo emquestão, indicam um predomínio de fechamento velofaríngeo do tipo coronal.Estes <strong>da</strong>dos podem indicar que, apesar do EVF apresentar movimentaçãotridimensional, o palato mole parece ter uma participação maisefetiva na maioria dos indivíduos.Quanto aos demais padrões, pode-se verificar uma semelhançamaior entre os nossos resultados, com aqueles obtidos por Altmann et al.(1994).O tamanho <strong>da</strong>s amostras, bem como o fato de Croft et al. (1981) teremincluído indivíduos considerados patológicos, pode ter interferidona diferença encontra<strong>da</strong> quanto à hierarquia dos demais padrões, além decerta subjetivi<strong>da</strong>de que envolve a análise dos mesmos.No presente estudo, consideramos ain<strong>da</strong> os sujeitos que, durante asdiferentes emissões solicita<strong>da</strong>s, apresentaram 2 (dois) tipos de fechamentovelofaríngeo, conforme indicados na TABELA 1: coronal + circulare coronal + sagital. Este fato é possível, uma vez que há uma grandevariabili<strong>da</strong>de fisiológica do EVF, a qual se deve à influência de diferen-40
CAMARGO, LaísO. S. et al.Oclusão velofaríngeaem indivíduossubmetidosà nasoendoscopiana Clínicade Educação paraSaúde (CEPS).Salusvita, Bauru,v. 20, n. 1, p. 35-47, 2001.tes fatores, tais como: a rapidez <strong>da</strong> fala; tipo de emissão (sons formados);tipo de ativi<strong>da</strong>de, incluindo aquelas que envolvem ou não a fonação (sopro,deglutição, fala), que está sendo realiza<strong>da</strong> no momento (Altmann,1994; Hirschberg, 1986).TABELA 4 – Distribuição <strong>da</strong> freqüência <strong>da</strong> comparação entre o teste do espelho e resultados<strong>da</strong> nasoendoscopiaExame Sujeitos PorcentagemEspelho (-) /nasoendoscopia (-) 16 33,3%Espelho (-) em to<strong>da</strong>s as emissões/ nasoendoscopia (+) em /a/ 06 12,5%Espelho (-)/ nasoendoscopia (+) em mais de uma emissão 01 2,1%Espelho (+) em /a/ / nasoendoscopia (+) em /a/ 03 6,2%Espelho (+) em /a/ / nasoendoscopia (-) em to<strong>da</strong>s as emissões 04 8,3%Espelho (+) em mais de uma emissão/nasoendoscopia (+) em /a/ 08 16,7%Espelho (+) em mais de uma emissão/ nasoendoscopia(+) em mais de uma emissão 02 (*) 4,2%Espelho (+) em mais de uma emissão/ nasoendoscopia (-) 08 (**) 16,7%(*) 1 (um) dos sujeitos apresentou espelho (-) durante a emissão <strong>da</strong> vogal /a/.(**) 3 (três) dos sujeitos apresentaram espelho (-) durante a emissão <strong>da</strong> vogal /a/.Estes <strong>da</strong>dos confirmam a grande diversi<strong>da</strong>de existente no mecanismovelofaríngeo, variando para ca<strong>da</strong> indivíduo. A literatura está repletade estudos que confirmam a variabili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> função velofaríngea (Moll,1962; Altmann, 1994; Shprintzen, 1994; Finkelstein et al., 1995; Kuehn& Moon, 1998).Vários são os fatores atribuídos para tentar explicar esta versatili<strong>da</strong>dedo mecanismo velofaríngeo. Entre estes, Kuehn & Moon (1998) indicama ação de vários músculos associados ao elevador do véu palatino(palatoglosso, palatofaríngeo, constritor superior <strong>da</strong> faringe); fatores mecânicos,principalmente a posição <strong>da</strong> língua na cavi<strong>da</strong>de oral; regras fonológicasespecíficas de ca<strong>da</strong> sistema lingüístico.Conforme os <strong>da</strong>dos encontrados no presente estudo (TABELA 4),podemos verificar que a maior ocorrência foi a de sujeitos cujos resultadoscom espelho de ressonância e nasoendoscopia foram negativos, ouseja, não houve presença de escapes de ar nasal e não foram observadosgap velofaríngeos. Este resultado nos parece compatível com a amostraestu<strong>da</strong><strong>da</strong>, na medi<strong>da</strong> em que a maior parte dos sujeitos foi considera<strong>da</strong>assintomática, com relação à sintomatologia específica de alterações <strong>da</strong>função velofaríngea.Este fato pode ser observado através do levantamento obtido pelaanálise dos <strong>da</strong>dos <strong>da</strong>s anamneses realiza<strong>da</strong>s com os sujeitos, sendo que41
- Page 1: ISSN 0101-9910r e v i s t aSALUSVIT
- Page 4 and 5: Olavo Speranza de Arruda - Depto. C
- Page 6 and 7: artigos, avaliados por especialista
- Page 8 and 9: Another relevant associated problem
- Page 10 and 11: 111123133147159167Eletromiografia d
- Page 12 and 13: utilização do Flutter ® VRP1 e d
- Page 14 and 15: Cada paciente compareceu ao Setor d
- Page 16 and 17: A quantidade média e total de secr
- Page 18 and 19: nobras convencionais (drenagem post
- Page 20 and 21: BARKER, A. F. ; BARDANA, E. J. Bron
- Page 23 and 24: A study of the conventional chestph
- Page 25 and 26: ANTUNES,Letícia C. de O. Aet al. s
- Page 27 and 28: ANTUNES,Letícia C. de O. Aet al. s
- Page 29 and 30: ANTUNES,Letícia C. de O. Aet al. s
- Page 31 and 32: ANTUNES,Letícia C. de O. Aet al. s
- Page 33: ANTUNES,Letícia C. de O. Aet al. s
- Page 36 and 37: INTRODUÇÃOO esfíncter velofarín
- Page 38 and 39: Faz-se necessário, portanto, um co
- Page 42 and 43: a grande maioria (37 sujeitos), cor
- Page 44 and 45: divíduo, incluindo sua história p
- Page 46 and 47: Período: _________________________
- Page 49 and 50: Velopharyngeal oclusion in peoplewh
- Page 51 and 52: CAMARGO, LaísO. S. et al.Velophary
- Page 53 and 54: CAMARGO, LaísO. S. et al.Velophary
- Page 55 and 56: CAMARGO, LaísO. S. et al.Velophary
- Page 57 and 58: CAMARGO, LaísO. S. et al.Velophary
- Page 59 and 60: CAMARGO, LaísO. S. et al.Velophary
- Page 61 and 62: Avaliação da resistência aocisal
- Page 63 and 64: CARRARA,Carlos Eduardo etal. Avalia
- Page 65 and 66: CARRARA,Carlos Eduardo etal. Avalia
- Page 67 and 68: CARRARA,Carlos Eduardo etal. Avalia
- Page 69 and 70: CARRARA,Carlos Eduardo etal. Avalia
- Page 71 and 72: Shear bond strength of restorativem
- Page 73 and 74: CARRARA,Carlos Eduardo etal. Shear
- Page 75 and 76: CARRARA,Carlos Eduardo etal. Shear
- Page 77 and 78: CARRARA,Carlos Eduardo etal. Shear
- Page 79: CARRARA,Carlos Eduardo etal. Shear
- Page 82 and 83: INTRODUÇÃOA instrumentação, na
- Page 84 and 85: TABELA 1 - Média em mm e desvio-pa
- Page 86 and 87: Com relação à velocidade emprega
- Page 89 and 90: Evaluation of the level of safety o
- Page 91 and 92:
DUARTE, MarcoA. H. et al. Evaluatio
- Page 93 and 94:
DUARTE, MarcoA. H. et al. Evaluatio
- Page 95:
DUARTE, MarcoA. H. et al. Evaluatio
- Page 98 and 99:
A Organização Mundial da Saúde (
- Page 100 and 101:
TABELA 2- Distribuição dos pacien
- Page 102 and 103:
transtornos da via e do disco ópti
- Page 105 and 106:
Visual impairment as a cause ofreti
- Page 107 and 108:
HOYAMA, Erikaet al. Visualimpairmen
- Page 109 and 110:
HOYAMA, Erikaet al. Visualimpairmen
- Page 111 and 112:
Eletromiografia dos músculos reto
- Page 113 and 114:
PELEGRINOTTI,Idico Luiz et al.Eletr
- Page 115 and 116:
PELEGRINOTTI,Idico Luiz et al.Eletr
- Page 117 and 118:
PELEGRINOTTI,Idico Luiz et al.Eletr
- Page 119 and 120:
PELEGRINOTTI,Idico Luiz et al.Eletr
- Page 121:
PELEGRINOTTI,Idico Luiz et al.Eletr
- Page 124 and 125:
INTRODUCTIONA human being needs a m
- Page 126 and 127:
1. electromyographic activity of re
- Page 128 and 129:
percentage variation among the RC v
- Page 130 and 131:
such occurrence in due to the an in
- Page 132 and 133:
DELAGI, E. F.; PEROTTO, A.; IAZZETT
- Page 134 and 135:
INTRODUÇÃOOs materiais usados nas
- Page 136 and 137:
esterilização em autoclave. Essas
- Page 138 and 139:
TABELA 1 - Medidas descritivas da c
- Page 140 and 141:
TABELA 3 - Medidas descritivas da f
- Page 142 and 143:
Em relação à temperatura, este m
- Page 144 and 145:
COLAIZZI, F. A.; JAVID, N. S.; MICH
- Page 147 and 148:
Effect of autoclave sterilization u
- Page 149 and 150:
PEREIRAFILHO, ValfridoA. et al. Eff
- Page 151 and 152:
PEREIRAFILHO, ValfridoA. et al. Eff
- Page 153 and 154:
PEREIRAFILHO, ValfridoA. et al. Eff
- Page 155 and 156:
PEREIRAFILHO, ValfridoA. et al. Eff
- Page 157 and 158:
PEREIRAFILHO, ValfridoA. et al. Eff
- Page 159 and 160:
Avaliação bacteriológica do biof
- Page 161 and 162:
SANT’ANNA,Rute M. de F. etal. Ava
- Page 163 and 164:
SANT’ANNA,Rute M. de F. etal. Ava
- Page 165 and 166:
SANT’ANNA,Rute M. de F. etal. Ava
- Page 167 and 168:
Bacteriological evaluation of biofi
- Page 169 and 170:
SANT’ANNA,Rute M. de F. etal. Bac
- Page 171 and 172:
SANT’ANNA,Rute M. de F. etal. Bac
- Page 173 and 174:
SANT’ANNA,Rute M. de F. etal. Bac
- Page 175 and 176:
INSTRUÇÕES PARA OS AUTORES1 - Fin
- Page 177 and 178:
4- Norma para apresentação dos or
- Page 179 and 180:
INSTRUCTIONS TO CONTRIBUTORS1 - Sco
- Page 181 and 182:
4 - Presentation of originals4.1 -