|04| {FOCO}SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 12 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.comO que você achou do protesto?“Acho injusto e abusivo o reajusteda passagem. Somos contrários adepredações, mas a polícia tem agidode forma violenta.”Eles deveriam ter protestado antesdo aumento ter sido aprovado.Essa manifestação não adianta eainda prejudica o trânsito.”“Vamos repetir o que aconteceu emPorto Alegre. A cidade parou hoje e omovimento vai continuar na rua atéo preço voltar para R$ 3.”“A manifestação é justa, mas fecharas ruas e atrapalhar o trânsito acabaprejudicando quem só quer voltarpara casa no fim do dia.”IGOR LEONARDO ALCÂNTARA, 19, ESTUDANTEMAURICIO LUIS ANTUNES, 41, COMERCIÁRIOMARCELO HOEMINSKY, 19, ESTUDANTELUCIA APARECIDA DA SILVA, 41, DENTISTASão Paulo vive dia maiProtestos. Jovenscontrários ao aumentodas tarifas dotransporte voltaram aentrar em choque coma PM. Novo ato estámarcado para amanhãPASSE LIVRESão Paulo amanheceu sob tensão.Havia três manifestaçõesmarcadas para a avenida Paulistae temor que houvesseconfusão. Demorou um pouco,mas ela veio.No início da tarde, sindicatosligados à Polícia Civil e aosservidores estaduais da Saúdeprotestaram de forma pacíficano vão do Masp (leia ao lado).Foi a partir das 17h, com oinício do ato contra o aumentonas tarifas dos transportes,que os ânimos se exaltaram.Liderado pelo MPL (MovimentoPasse Livre), o protestologo se transformou numasucessão de depredações, bloqueiosde vias como Paulista,Consolação e ligação leste--oeste e confrontos com a polícia.Ao menos 20 pessoas foramdetidas. Ao todo, eramcerca de 5 mil manifestantes,segundo os manifestantes (3mil para a PM).Sob chuva, os manifestantesentraram inicialmenteem choque com a PM quandoos policiais, sem sucesso, tentaramimpedir o fechamentoda Paulista e, posteriormente,da ligação leste-oeste.O grupo seguiu então parao Parque Dom Pedro e tentouinvadir o terminal deônibus. Jogaram pedras nosPMs, que responderam combombas de gás e sprays de pimenta.A Tropa de Choqueimpediu que os manifestantesinvadissem o terminal,mas um pequeno grupo conseguiuentrar. Ao menos doisônibus foram incendiados.O grupo retornou à Paulista,onde fechou o trânsito.Agências bancárias foram depredadase lixeiras queimadas.Houve novos confrontos coma PM até que, por volta das23h, seis horas após o iníciodo ato, o grupo fosse dispersado.A PM informou que usoua força necessária para conteratos de vandalismo. METROComo foiA manifestação começou porvolta das 17h, na praça doCiclista, na avenida Paulista.O trânsito foi liberado às23h. Cerca de 5 mil pessoasparticiparam•Reivindicações. O movimentopede a redução do preçoA manifestação que começoucom pouco movimentoontem por volta das 17h acaboureunindo pelo menos oitogrupos e movimentos sociaise transformou o centrode São Paulo numa verdadeirapraça de guerra.Liderados pelo MPL, movimentoque se diz apartidário,correntes ligadas a UNE(União Nacional dos Estudantes),a LERC (Liga EstratificadaRevolucionária), UJS (União daJuventude Socialista), JuventudeMarxista, PSTU, Psol ePCO entraram diversas vezesem confronto com policiais.O MPL é formado por umpequeno grupo de 20 pessoasna capital, mas sua capacidadede mobilização está ligadaao contato com um grandenúmero de organizaçõessociais e as mobilizações emdas passagens do transportepúblico de R$ 3,20 paraR$ 3. O aumento valedesde o início deste mês• Resultados. Ônibusforam pichados, estaçõesdepredadas e o trânsitona cidade foi prejudicadoAto reúne várias entidadesManifestantepicha muro no CentroANDRÉ PORTO/METROredes sociais. O grupo nasceuem 2003 em Salvadorem protestos contra a tarifade ônibus, mas a ideia de mobilizaçõesdo MPL nasceu noFórum Social Mundial de PortoAlegre, em 2005.Em São Paulo, o gruporeúne universitários e secundaristas,professores e profissionaisliberais. “O movimentoganhou corpo. Nãovamos parar, disse MarceloHoeminsky, de 19 anos, integrantedo MPL. Manifestantesprometem novo ato paraamanhã, às 17h em frente aoTeatro Municipal. METRO‘O infiltrado’A coisa f icouincontrolávelAcompanhei ontem todo otrecho percorrido pela manifestaçãoe vi de perto aproporção que o protestocontra o aumento da passagemtomou na capital.O MPL foi capaz de mobilizardiferentes movimentossociais e mostrouque é capaz de causarmuita confusão e parar otrânsito da maior cidadedo país rapidamente.Conversei com vários integrantesdo grupo, algunsmenores de idade, que semostram inflexíveis quantoà suspensão dos protestosenquanto o preço dapassagem não retornar dosR$ 3,20 para R$ 3.Embora o MPL seja consideradoorganizador domovimento, a quantidadede organizações que participavamdo protesto tornavama manifestaçãoincontrolável.Ordens diferentes eramdadas durante o ato e atépresenciei algumas brigasdentro da passeata.Muitos manifestantesmascarados usavamo anonimato para pichaçõesao longo das ruas poronde passavam. Na ligaçãoleste-oeste, o grupoparou carros em alta velocidadee por pouco algumaspessoas não foramatropeladas.HENRQUEBEIRANGÊRepórter
SÃO PAULO, QUARTA-FEIRA, 12 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com {FOCO} |04|◊◊ |05|◊◊“Goiânia e Porto Alegre conseguiramreduzir o preço da passagem. O povofoi à rua e mostrou sua insatisfação.As manifestações devem continuar.”“Uma coisa é o movimento, quetem que ser ouvido e respeitado.Outra coisa é vandalismo. Aí viracaso de polícia.”“Só vamos parar quando a tarifa forreduzida. O prefeito Fernando Haddadtem que entender isso e abrir umcanal de negociação.”“Foi o dia mais violento.A animosidade dos manifestantescontra a Polícia Militar era clara. Oobjetivo era insultar os policiais.”PAULO HENRIQUE BAHIA, 21, ESTUDANTEGOVERNADOR GERALDO ALCKMIN (PSDB)CAIO MARTINS, DO MOVIMENTO PASSE LIVREMARCELO PIGNATARI, TENENTE-CORONEL DA PMs violento de protestosANDRÉ PORTO/METROANDRÉ PORTO/METROOcupação noMasp foi bemmais tranquilaPOLICIAIS CIVISFELIPE PAIVA/FRAME/FOLHAPRESSJovens usarammáscaras no atopelo passe livreMP entra emnegociaçãoda passagemO Ministério Público de SãoPaulo realizará hoje à tardeum encontro com representantesdas secretariasestadual e municipal deTransportes para discutir oaumento das passagens deônibus, trens e metrô.O evento vai ocorrer apartir das 14h no edifício doMinistério Público, na avenidaBrigadeiro Luís Antônio,35, na região centralda cidade. Segundo o órgão,o Secretário Municipal deTransportes, Jilmar Tatto, jáconfirmou presença.Integrantes do MPL disseramontem que não foraminformados do encontro,mas que aceitam abrir umcanal de negociação com aprefeitura. METROInício da concentraçãona PaulistaPoliciais usarambalas de borrachana PaulistaManisfestantesqueimaram lixono centroAgência bancáriadepredada na PaulisaJOEL SILVA/FOLHAPRESSANDRÉ PORTO/METROGABRIELA BILÓ/FUTURA PRESSDiferentemente do ato realizadopelo MPL (MovimentoPasse Livre), o vão do Maspfoi ocupado pacificamenteontem por servidores estaduaisda Saúde e policiais civis.Diferentemente do PasseLivre, as duas categorias reivindicavamreajustes, masde salários e benefícios.No caso dos funcionáriosda Saúde, em estado de grevedesde o dia 1º de maio, oato de reuniu cerca de 250pessoas a partir das 14h. Osorganizadores esperavam2.500. Alguns manifestantesutilizaram máscaras paracriticar a atual política dogoverno de São Paulo paraa área da saúde. A categoriagarante que 30% dos 60 milservidores do Estado estãoparados.Às 15h, um carro de somparou em frente ao vão doMasp. Não se tratava de maisservidores da Saúde chegando.Eram policiais civis quetambém ocuparam o espaçopara protestar. Reivindicandoum aumento no pisosalarial, hoje em R$ 1,4 mil,cerca de 400 pessoas participaramdo ato, que terminoupor volta das 17h.Não foram registradosincidentes com a PM. Ospoliciais decidiram fechar,parcialmente uma faixa daPaulista no sentido Consolação.A ação durou cercade 10 minutos e não prejudicouo trânsito, segundo aCET. METROComo foiProtesto começou às 15h novão do Masp. Cerca de 400pessoas participaram do ato• Reflexos.Uma faixa da avenidaPaulista, no sentidoConsolação, foi bloqueadapor 10 minutos. Não houveconfrontos com a PMSERVIDORESDA SAÚDEComo foiProtesto começou às 14h30,também no vão do Masp. Segundoos organizadores, 250pessoas participaram do ato,que não registrou incidentescom a polícia• Greve.Em estado de greve desde1 o de maio, os servidoresManifestante deita naavenida em protesto• Reivindicações.Os policiais pedemreestruturação dascarreiras e a adoçãode um piso salarial deR$ 2,5 mil. Hoje, essevalor é de R$ 1,4 mil.O coordenadores domovimento prometemnovos atos neste mêsMARCELO ALVES/SIGMAPRESS /FOLHAPRESSServidores da saúdelutam pelos seus direitosda saúde prometemnovas paralisações emanifestações na capital• ReivindicaçõesA coordenação domovimento reivindica32,2% de reajuste salariale aumento no vale-refeiçãopara R$ 26,22Manifestações são permitidasManifestações que fechamruas e avenidas da capitalsão garantidas pela Constituição.Mesmo ciente dosimpactos negativos que serãogerados no trânsito dacidade, a prefeitura não podeimpedir atos públicos.O máximo que pode serfeito é colocar agentes daCET (Companhia de Engenhariade Tráfego) orientandoo fluxo de veículos e indicandoalternativas.Alvo preferido dos atos,a avenida Paulista foi palco,somente neste ano, 43manifestações sem autorizaçãoda prefeitura. Na listaestão as marchas da maconhae das vadias, realizadasno mês passado.Para tentar “blindar” aavenida, um acordo entre aprefeitura e o MP, assinadoem 2011, limitou o númerode eventos que podem serrealizados na Paulista. Nessalista estão a Parada Gay,a festa de Réveillon e corridade São Silvestre. Ficaramde fora as comemoraçõesde torcedores de futebol eeventos organizados porigrejas evangélicas. Quemdesrespeitar a regra podeter que pagar uma multacalculada sobre o númerode presentes no ato. METRO
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