A Desativação dos Catalisadores Automotivos.
A Desativação dos Catalisadores Automotivos.
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Pode-se citar também que, em temperaturas bastante elevadas, em torno de 1300 o C,ocorre a transformação da cordierita em mulita, alterando assim as características da estruturacerâmica.A exposição a altas temperaturas promove, também, uma série de reações indesejáveisentre os elementos constituintes <strong>dos</strong> conversores catalíticos. Por exemplo, o niquel, que éalgumas vezes empregado como retentor de enxofre, quando se utiliza combustíveis contendoalto teor de S, reage com a alumina formando o aluminato de níquel. O próprio CeO 2 , quandoexposto a altas temperaturas em atmosfera redutora, pode formar também o aluminato decério, o qual não é capaz de armazenar O 2 .Outro exemplo é a possibilidade de formação de ligas, entre a platina ou o paládio e oródio. Por outro lado, as formulações a base de Pd e aditivos empregadas atualmente poralguns fabricantes parecem resolver a questão da formação dessas compostos 1 .A exposição a altas temperaturas, em condições oxidantes, pode ocasionar a oxidaçãodo Rh nos sistemas Pt/Rh ou Pd/Rh, com a formação de Rh 2 O 3 4 . Degobert 4 cita que o Rh 2 O 3se incorpora a rede cristalina da alumina resultando no aumento da relação Pt/Rh, que podepassar de 3,5 para até 12, reduzindo drasticamente a atividade relativa à redução do NO x . Estaquestão e a possibilidade de formação de ligas citada acima induziu o desenvolvimento deoutros suportes tais como o SiO 2 , ZrO 2 e o TiO 2 , os quais são menos reativos que a aluminafrente ao Rh 2 O 3 , mas que algumas vezes apresentam baixa estabilidade térmica.É interessante ressaltar que nos monólitos a desativação térmica é mais concentrada naparte central da peça, em contraposição ao que acontece com os processos de envenenamentoconforme será apresentado a seguir (fig 2-a).Conforme pode-se verificar através das informações apresentadas acima, a atualformulação <strong>dos</strong> catalisadores automotivos é fortemente influenciada pela questão daestabilidade térmica <strong>dos</strong> materiais catalíticos envolvi<strong>dos</strong>.3-DESATIVAÇÃO QUÍMICAUma das causas mais freqüentes de desativação <strong>dos</strong> catalisadores automotivos éreferente ao resultado da interação entre os contaminantes presentes no combustível ou nomotor que se depositam sobre a superfície do catalisador. Neste contexto, atualmente,destacam-se como as mais relevantes as desativações referentes ao enxofre presente nagasolina e a proveniente de aditivos do óleo lubrificante.3.1-<strong>Desativação</strong> por enxofre proveniente do combustívelToda a gasolina comercialmente produzida contém compostos organo-sulfura<strong>dos</strong> emconcentrações que podem atingir até 1000ppm. Durante a combustão, estes compostos sãoconverti<strong>dos</strong> a SO 2 e a SO 3 , os quais podem reagir com o suporte ou com os sítios ativos,tornando o catalisador menos ativo ou completamente inativo.O SO 3 formado pode ser quimissorvido na superfície da γ-Al 2 O 3 gerando um sulfatode alumínio. Esse sal, que é um material de baixa densidade, provoca alterações na áreasuperficial da alumina levando à desativação do catalisador. Além disso, o SO 3 pode reagir,também, com o óxido de cério e outros óxi<strong>dos</strong> de terras raras. Em temperaturas acima de500 o C, este enxofre armazenado é novamente emitido como uma mistura de SO 2 e SO 3.Os metais nobres são sensíveis ao envenenamento por compostos sulfura<strong>dos</strong>. Aextensão da inibição pelo enxofre está relacionada à natureza do metal. A influência do S, naredução do NO é mais relevante no caso <strong>dos</strong> catalisadores de Pt e Pd do que para os de Rh. Oefeito do SO 2 é, também, função da natureza da molécula a ser eliminada. A oxidação do3