Propriedades flexurais de pinos diretos metálico e ... - Ronaldo Hirata
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<strong>Proprieda<strong>de</strong>s</strong> <strong>flexurais</strong> <strong>de</strong> <strong>pinos</strong> <strong>diretos</strong> metálico e não - metálicos<br />
da<strong>de</strong> oposta a base, realizou-se um rebaixa-<br />
mento <strong>de</strong> aproximadamente 1,9 cm <strong>de</strong> pro-<br />
fundida<strong>de</strong>. Esse rebaixamento <strong>de</strong>ixou uma<br />
extremida<strong>de</strong> livre eqüidistante <strong>de</strong> 14 mm,<br />
<strong>de</strong>terminação para proprieda<strong>de</strong>s <strong>flexurais</strong> <strong>de</strong><br />
materiais plásticos com secção circular para<br />
testes transversais <strong>de</strong> três pontos 12 . As su-<br />
perfícies <strong>de</strong> contato entre o corpo <strong>de</strong> prova,<br />
matriz metálica e braço fixo possuíam 2 mm<br />
<strong>de</strong> espessura 13 (Fig. 1).<br />
Essa matriz foi acoplada a uma Máquina<br />
<strong>de</strong> Ensaio Universal Pantec 500 (Panambra,<br />
Br), com célula <strong>de</strong> carga <strong>de</strong> 500 N. Os <strong>pinos</strong><br />
foram dispostos horizontalmente em con-<br />
tato com a matriz e em seguida a máquina<br />
foi acionada com uma velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 0,5mm/<br />
min (velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carregamento). A porção<br />
móvel da máquina incidiu sob o braço fixo,<br />
atingindo perpendicularmente os corpos <strong>de</strong><br />
prova na sua região central.<br />
A partir dos resultados <strong>de</strong> força e <strong>de</strong>flexão<br />
<strong>de</strong>terminados pela máquina foi realizado o<br />
cálculo do módulo flexural e resistência má-<br />
xima flexural. O módulo flexural foi <strong>de</strong>termi-<br />
nado por meio da equação Ef= 4FL³ / 3πd4Y,<br />
on<strong>de</strong> F é a carga suportada pelo pino, L é à<br />
distância entre os suportes, d é o diâmetro<br />
do pino testado e Y é a <strong>de</strong>flexão correspon-<br />
<strong>de</strong>nte à carga F, on<strong>de</strong> o resultado será dado<br />
em MPA e transformado para GPA. A resistên-<br />
cia máxima flexural foi calculada pela fórmu-<br />
la σf= 8FL /πd³ com resultado em MPA.<br />
As diferenças entre os vários grupos foram<br />
calculadas estatisticamente por meio do teste<br />
<strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Variância (p< 0,05) complemen-<br />
tado pelo teste <strong>de</strong> Comparações Múltiplas <strong>de</strong><br />
Tukey ao nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 5%.<br />
RESuLTADoS<br />
A análise estatística dos resultados ob-<br />
34 R Dental Press Estét, Maringá, v. 3, n. 3, p. 000-000, jul./ago./set. 2006<br />
tidos em relação à resistência flexural está<br />
apresentada na tabela 2. Diferentes valores<br />
médios <strong>de</strong> resistência flexural máxima foi ob-<br />
tido para os <strong>pinos</strong> <strong>diretos</strong> utilizados no tes-<br />
te. O grupo da marca comercial Classic (Den-<br />
tatus, USA) apresentou a menor resistência<br />
flexural, os <strong>de</strong>mais grupos apresentaram <strong>de</strong>-<br />
sempenho semelhante, com exceção dos pi-<br />
nos U.M. AESTHETI Plus (Bisco, USA), os quais<br />
tiveram <strong>de</strong>sempenho superior a p< 0,05. Para<br />
os grupos compostos por <strong>pinos</strong> poliméricos,<br />
po<strong>de</strong>-se verificar que não houve diferença<br />
estatística significativa (p < 0,05) em relação<br />
ao módulo flexural (Tab. 3).<br />
DIScuSSão<br />
Buscar harmonia entre a forma, função e<br />
resistência <strong>de</strong> um <strong>de</strong>nte tratado endodonti-<br />
camente é um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para a odonto-<br />
logia, pois o prognóstico <strong>de</strong> um <strong>de</strong>nte hígido<br />
é infinitamente melhor que <strong>de</strong> um <strong>de</strong>nte res-<br />
taurado. Além disso, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar que o<br />
conteúdo da polpa é basicamente composto<br />
por tecido conjuntivo. Desta forma, quando<br />
é feita a <strong>de</strong>svitalização pulpar e a posterior<br />
substituição do tecido por um material mais<br />
rígido, estaria indo ao encontro dos princí-<br />
pios naturais da estrutura <strong>de</strong>ntária.<br />
Freqüentemente, fracassos clínicos ocor-<br />
rem com os sistemas tradicionais <strong>de</strong> recons-<br />
trução corono-radicular como as fraturas ra-<br />
diculares; outro aspecto importante é a baixa<br />
<strong>de</strong>manda estética, principalmente quando<br />
são utilizados nos <strong>de</strong>ntes anteriores 7,17 . O alto<br />
módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> dos <strong>pinos</strong> metálicos<br />
causa um aumento do estresse na estrutu-<br />
ra radicular resultando em maiores chances<br />
<strong>de</strong> fraturas. O sistema i<strong>de</strong>al seria aquele que<br />
tivesse o pino com módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong><br />
igual ou próximo da <strong>de</strong>ntina 8,17 .