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Download - Marinha de Guerra Portuguesa

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<strong>Marinha</strong>, ao serviço <strong>de</strong> PortugalAs capacida<strong>de</strong>s coerentes estão associadas, quer à criação,eliminação e reestruturação <strong>de</strong> órgãos, quer ao recrutamento <strong>de</strong>pessoas capazes, à atribuição dos cargos a<strong>de</strong>quados, àsrecompensas e ao reconhecimento público, à retenção e àmotivação. As capacida<strong>de</strong>s inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes resultam dosarranjos dos elementos orgânicos e humanos, das períciasobtidas pela formação e treino das pessoas e da forma comoestas se encontram organizadas face ao meio envolvente. Ascapacida<strong>de</strong>s colaborantes são uma consequência da existência<strong>de</strong> sistemas que tratam os fluxos <strong>de</strong> informação, que por sua vezestabelecem a ligação dos elementos orgânicos e integram osprocessos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.O paradigma estrutural, com as características básicas antes<strong>de</strong>scritas, visa o equilíbrio i<strong>de</strong>al entre os órgãos maisdirectamente empenhados no cumprimento das funções e dastarefas da <strong>Marinha</strong> – Comando Naval, órgãos e serviços daAutorida<strong>de</strong> Marítima Nacional, Instituto Hidrográfico e órgãos <strong>de</strong>natureza cultural – e os sistemas funcionais <strong>de</strong> âmbitoessencialmente administrativo, vocacionados para a gestão dosrecursos: pessoal, material, financeiros e informação. Nestecontexto, o objectivo do paradigma estrutural é <strong>de</strong>senvolver uma<strong>Marinha</strong> optimizada, <strong>de</strong> forma a garantir eficácia na actuação dosmeios e eficiência no emprego dos recursos.As capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> colaboração, comando e controlo <strong>de</strong>stinam-sea consolidar a recolha, gestão e disseminação da informação, etêm em vista dar corpo ao processo <strong>de</strong>cisório relativo ao emprego<strong>de</strong> forças e <strong>de</strong> meios da <strong>Marinha</strong> e <strong>de</strong> outras entida<strong>de</strong>s comresponsabilida<strong>de</strong>s no mar. Estas capacida<strong>de</strong>s materializam ocontributo da <strong>Marinha</strong> para o conhecimento situacionalmarítimo.De facto, a <strong>Marinha</strong> assegura, em simultâneo, as funções típicas<strong>de</strong> uma Armada e as <strong>de</strong> uma Guarda Costeira, facto que permiteracionalizar e optimizar o emprego dos sempre escassos recursosnacionais. Assim, a <strong>Marinha</strong> <strong>Portuguesa</strong>, cujo comandante é,simultaneamente, Chefe do Estado-Maior da Armada eAutorida<strong>de</strong> Marítima Nacional, assegura a actuação militar nafunção <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa e apoio à política externa, e a actuação nãomilitar nas funções <strong>de</strong> segurança e autorida<strong>de</strong> do Estado, e <strong>de</strong>apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento económico, científico e cultural, dandocorpo ao paradigma da <strong>Marinha</strong> <strong>de</strong> duplo uso. Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>actuação privilegia uma lógica funcional <strong>de</strong> integração e <strong>de</strong>complementarida<strong>de</strong> entre capacida<strong>de</strong>s, no âmbito da actuaçãomilitar e não militar.Articulação e colaboração com outros órgãos doEstado<strong>Marinha</strong> <strong>de</strong> duplo usoO paradigma operacional radica no mo<strong>de</strong>lo da <strong>Marinha</strong> <strong>de</strong> duplouso. Engloba a doutrina, o treino e outras medidas necessáriasao emprego dos meios em pessoal e material, segundocapacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> projecção <strong>de</strong> força, <strong>de</strong> protecção do mar e <strong>de</strong>colaboração, comando e controlo, essenciais para operar comouma <strong>Marinha</strong> <strong>de</strong> duplo uso.As capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> projecção <strong>de</strong> força <strong>de</strong>stinam-se a influenciaros acontecimentos no mar e a partir do mar, e têm em vista darcorpo ao carácter expedicionário das operações, permitindo a<strong>de</strong>fesa dos interesses nacionais, on<strong>de</strong> e quando necessário. Estascapacida<strong>de</strong>s materializam o emprego dos meios da <strong>Marinha</strong>como Armada.As capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> protecção do mar <strong>de</strong>stinam-se a afirmar asresponsabilida<strong>de</strong>s públicas nos espaços marítimos, e têm emvista dar corpo ao carácter jurisdicional das operações,garantindo a segurança e o exercício da autorida<strong>de</strong> no mar. Estascapacida<strong>de</strong>s materializam o emprego dos meios da <strong>Marinha</strong> noexercício das suas funções <strong>de</strong> Guarda Costeira.O actual ambiente estratégico tem obrigado a envolver umnúmero crescente <strong>de</strong> agências e <strong>de</strong>partamentos governamentaisna actuação, <strong>de</strong> forma coor<strong>de</strong>nada e articulada, nos espaçosmarítimos sob soberania e jurisdição nacional. Compreensivelmente,nenhum órgão do Estado consegue, por si só, dar respostaaos múltiplos <strong>de</strong>safios que nos são colocados no imenso marportuguês. Nesta perspectiva, a <strong>Marinha</strong> adopta e preconiza umapostura proactiva <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> abertura na articulação <strong>de</strong> variadasáreas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> do Estado no mar, apoiando, através <strong>de</strong>protocolos operacionais, outros <strong>de</strong>partamentos do Estado, como,por exemplo, a Polícia Judiciária (PJ) no combate ao tráfico <strong>de</strong>estupefacientes, o Serviço <strong>de</strong> Estrangeiros e Fronteiras (SEF) nocombate à imigração clan<strong>de</strong>stina, e o Instituto Portuário e dosTransportes Marítimos (IPTM) na inspecção <strong>de</strong> naviosestrangeiros.Esta articulação inter<strong>de</strong>partamental reforçou-se com a criação,em Dezembro <strong>de</strong> 2007, do Centro Nacional Coor<strong>de</strong>nador Marítimo(CNCM). Este órgão, on<strong>de</strong> a <strong>Marinha</strong> é par e colabora ao mesmonível <strong>de</strong> todas as outras entida<strong>de</strong>s, utiliza as instalações e asfacilida<strong>de</strong>s disponíveis no Centro <strong>de</strong> Operações Marítimas(COMAR), no Comando Naval, e tem por objectivo optimizar aarticulação entre os diversos intervenientes nos espaçosmarítimos.08

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