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EXERCÍCIOS-TAREFA - Colégio OBJETIVO

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❑ MÓDULO 10❑ MÓDULO 121) “Namoro a Cavalo” pertence ao segundo grupo: a linguagemé coloquial, o tom é de deboche e a atitude romântica é com -ple tamente ironizada, diferentemente do poema “Lembrançade Morrer”, por exemplo, que apresenta linguagem e tomelevados, expres são romanticamente séria de emoções.2) Ocorre na estrofe 3, em que ele fala do verso “furtado” queescrevia para a namorada.3) Sim, pois o casamento é dado como o fim de “toda a comédia”.Essa associação parece sugerir algum aspecto cômico docasamento.4) A diferença é que a figura feminina mais frequente na poesiaromântica é vaga, inatingível, etérea, apesar de muitas vezesaparecer tingida de sensualidade. A mulher de “Namoro aCavalo” é uma moça algo truculenta, de “maus bofes”, quebate violen tamente a janela no nariz do namorado porestarem as roupas dele enlameadas.5) Momentos ridículos em que se ironizam elementos român -ticos: “ela, irritada, / Bateu-me sobre as ventas a janela...”(aqui o clássico encontro dos namorados na janela, como emRomeu e Julieta, é invertido e tornado cômico, pois a mulhernão é uma jovem etérea e delicada, mas uma moça agressivae mal-humorada). A estrofe seguinte apresenta o “herói”sendo derrubado do cavalo, em outro momento ridículo eantirromântico. Também no verso em que o namorado sedescreve a sair “berrando como um bode” há zombaria, sejana maneira como o poeta representa a expressão do que onamorado sentia, seja na linguagem empregada, bastantesugestiva e vulgar.❑ MÓDULO 111) O verbo haver deveria concordar com o sujeito plural: haviampodido. Nas locuções verbais, a flexão de número recai sobreo verbo auxiliar e, no trecho dado, o verbo haver foi em pre ga -do como auxiliar do verbo poder. Não se deve, portanto, con -fundir esse emprego com o caso em que tal verbo é usado naacepção de “existir”, o que obrigaria a concordância exclusivacom a terceira pessoa do singular.2) O verbo haver, no sentido de “existir”, é im pes soal, devendopermanecer na terceira pessoa do singular: “...quando haviano mundo...”.3) No início do livro, o narrador refere-se à honra e à respei -tabilidade dos meirinhos, negando-as poste rior mente comfatos e atitudes que marcam a perso nagem de Leonardo-Pa ta -ca.4) O posicio namento do narrador, a respeito da influência dosmeirinhos, é clara mente irônico.1) “Aves inteiras saltavam das travessas; os leitões, à unha,hesitavam entre dois reclamos igualmente enérgicos, dos doislados da mesa”; “Moderação! moderação! clamavam osinspetores, afundando a boca em aterros de farofa (...)”;“Cerqueira, ratazana, curvado, redobrado, sobre o prato,comia como um restaurante, comia, comia, comia como assarnas, como um cancro.”2) Essa técnica é expressionista, exatamente porque a distorçãoé grotesca, tendendo ao doentio e mórbido: “(...) comia, comia,comia como as sarnas, como um cancro.”3) “Terríveis passadas”, “repentes inesperados”, “clamando...majestoso”, “trovejou”.4) “Abolição dos castigos corporais”, “introdução de métodosnovos”, “supressão absoluta dos vexames de punição”,“modalidades aperfeiçoadas no sistema de recompensas”,“ajeitação dos trabalhos”, “paraíso”.5) No presente ocorre autoritarismo, e o liberalismo é uma pro -mes sa para o futuro. Isso evidencia inconsistência, incoerên -cia, falta de verdade mesmo nas propostas pedagógicas dodiretor.❑ MÓDULO 131) a) O trecho evidencia o Realismo-Naturalismo em quase to -dos os seus aspectos. Estão presentes: a descrição objetivae minuciosa; a desidea lização do ser humano, captado emseus aspectos ridículos e grotescos; o “determinismo bioló -gico”, na prevalência do instinto e da sexualidade (“ospesadelos lascivos”, “as melancolias do histerismo velho”);a crítica social na retratação da hipocrisia moral de quemdissimu lava no ritualismo das rezas e penitências os apelosda libido; a ironia que beira o sarcasmo; o cuidado estilís -tico.b) A maneira como Eça de Queirós articula a caracterizaçãode D. Felicidade e de sua paixão serôdia e não correspon -dida pelo Conselheiro Acácio pode, efetivamente, esconderum “drama humano” e uma “tragédia” existencial. Nadatem de alegre a situação de quem, condicionada porvalores sociais equivocados, reprimiu dolorosamente umimpulso essencial à vida. Contudo, não é esse o viés peloqual o narrador pretende conduzir o leitor. Seria negaruma das virtudes do estilo queirosiano — fazer rir, mesmoquando sob o riso se escondem as misérias da condiçãohumana. Não deixa de ser risível, no trecho, a caracteri -zação da velhota a tentar sufocar com a beatice parva as“melancolias do histerismo velho”, os “pesadelos lascivos”ressuscitados na “calva” afrodisíaca do ConselheiroAcácio, “ambição”, “vício” e “mania” de D. Felicidade.PORTUGUÊS B– 31

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