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Plano Municipal para a Igualdade de Género - Câmara Municipal ...

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INTRODUÇÃO1. Porquê um <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>? | 52. De que conceitos partimos? | 73. Que orientações internacionais seguimos? | 104. Que instrumentos <strong>de</strong> política nacional utilizámos? | 115. Que papel o Município <strong>de</strong> Oeiras <strong>de</strong>sempenha? | 12METODOLOGIA1. Contextualização do estudo | 202. Pesquisa documental | 203. Construção dos instrumentos <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> dados | 204. Universo e amostra(s) | 215. Aplicação dos instrumentos <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> dados | 216. Tratamento e análise dos dados | 227. Limitações e enviesamentos | 22PARTE IA <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> no Município1. Qual a importância <strong>de</strong> implementar uma política <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género na cultura e práticasorganizacionais? | 232. Porquê um <strong>Plano</strong> Interno <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>? | 243. A <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> no Munícipio <strong>de</strong> Oeiras: Prática, Valores e Percepões | 263.1 Caracterização dos Recursos Humanos | 263.2 Análise global da cultura organizacional | 283.3 Caracterização dos inquiridos | 343.4 (Des)igualda<strong>de</strong> no contexto do Concelho <strong>de</strong> Oeiras | 393.5 Percepção acerca <strong>de</strong> evolução prospectiva <strong>de</strong> situação da IG da Administração local | 413.6 (Des)igualda<strong>de</strong> no contexto do Município <strong>de</strong> Oeiras | 423.7 (Des)igualda<strong>de</strong> no contexto da unida<strong>de</strong> orgânica | 433.8 A perspectiva dos Recursos Humanos – Uso do tempo na esfera laboral | 473.9 A perspectiva dos RH – Uso do tempo na esfera pessoal/ familiar | 523.10 Vivências e percepções em matéria <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> | 64PARTE IIA <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> no Concelho1. Enquadramento geográfico | 672. Enquadramento <strong>de</strong>mográfico | 672.1 População resi<strong>de</strong>nte | 682.2 Famílias | 723. Educação e Emprego | 763.1 Educação | 763.1.1 Indicadores <strong>de</strong> educação da população resi<strong>de</strong>nte | 763.1.2 Estabelecimentos <strong>de</strong> educação | 773.1.3 Indicadores <strong>de</strong> educação da população escolar | 773.2 Emprego | 793.2.1 Tecido empresarial concelhio | 803.2.2 Indicadores <strong>de</strong> emprego, taxas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> e condição perante a activida<strong>de</strong> económica | 823.2.3 Desemprego | 833.2.4 Mercado <strong>de</strong> Trabalho | 854. Protecção social | 925. Conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional e respostas sociais <strong>de</strong> apoio à família | 965.1 Os <strong>de</strong>safios da conciliação entre a vida, pessoal, familiar e profissional | 96<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 2


5.2 Respostas sociais <strong>de</strong> apoio | 985.2.1 Respostas sociais <strong>de</strong> apoio à Infância | 995.2.1.1 Creche | 1005.2.1.2 Jardim-<strong>de</strong>-infância | 1015.2.1.3 Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres | 1015.2.2 Respostas sociais <strong>de</strong> apoio a Idosos | 1035.2.2.1 Lar <strong>de</strong> Idosos | 1045.2.2.2 Centro <strong>de</strong> Dia/ <strong>de</strong> Convívio | 1045.2.2.3 Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário | 1045.2.2.4 Unida<strong>de</strong>s Resi<strong>de</strong>nciais | 1055.2.3 Habitação Social | 1066. Ambiente e mobilida<strong>de</strong> | 1096.1 Ambiente | 1096.1.1 Ar e ruído | 1116.1.2 Água | 1156.1.3 Energia e alterações climáticas | 1186.1.4 Sistemas naturais e espaços ver<strong>de</strong>s | 1226.1.5 Gestão <strong>de</strong> resíduos | 1256.2 Mobilida<strong>de</strong> | 1297. Saú<strong>de</strong> | 1377.1 Contextualização geral | 1377.2 Elementos do Perfil <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> Oeiras | 1388. Justiça | 1428.1 Criminalida<strong>de</strong> | 1428.2 Comissão <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens <strong>de</strong> Oeiras | 1439. Violência <strong>de</strong> género e violência doméstica | 1469.1 Contexto nacional | 1469.2 Violência doméstica no Concelho <strong>de</strong> Oeiras | 1489.2.1 Queixas apresentadas às Forças Policiais | 1489.2.2 Atendimentos no Gabinete <strong>de</strong> Apoio à Vítima (APAV) | 1519.2.3 Percepções da população escolar do Concelho | 15210. Grupos em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social | 15410.1 Migrantes | 15610.1.1 Contextualização geral | 15610.1.2 Situação no Concelho <strong>de</strong> Oeiras | 15710.1.3 Respostas dirigidas à População Imigrante | 16010.1.4 Tráfico <strong>de</strong> Seres Humanos | 16010.2 Famílias monoparentais | 16110.3 População com <strong>de</strong>ficiência | 16210.3.1 Caracterização | 16210.3.2 Respostas sociais na área da <strong>de</strong>ficiência | 16310.3.3 Projectos da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Oeiras | 16410.4 População sem abrigo | 16510.4.1 Contextualização geral | 16610.4.2 Situação dos sem-abrigo em Oeiras | 16610.4.3 Respostas sociais <strong>para</strong> a população sem-abrigo | 16711. Cultura e <strong>de</strong>sporto | 16911.1 Cultura | 16911.2 Desporto | 17211.2.1 Contextualização geral | 17211.2.2 O Desporto no Concelho <strong>de</strong> Oeiras | 17312. Cidadania | 17612.1 Governância e participação | 17512.2 Participação política | 17812.3 Participação cívica e associativismo juvenil | 180<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 3


PARTE IIIA situação da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género nas organizações do Concelho1. Diagnóstico concelhio, na perspectiva dos agentes locais | 1842. Diagnóstico organizacional, na perspectiva dos agentes locais | 186PARTE IV<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Acção4.1 Vertente interna | 1994.1.1 Cronograma | 2044.2 Vertente externa | 2064.2.1 Cronograma | 210PARTE V<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Monitorização5.1 Vertente interna | 2115.2 Vertente externa | 2125.2.1 Monitorização das medidas | 2135.2.2 Monitorização do <strong>Plano</strong> | 2145.2.3 Recolha <strong>de</strong> dados | 2155.2.4 Tratamento dos dados | 215BIBLIOGRAFIA | 216ANEXOS | 2231. Questionário DMADO | 2232. Questionário Dirigentes do Município | 2303. Questionário Colaboradores do Município | 2424. Questionário Agentes Locais | 2515. Resumo do Diagnóstico Concelhio conducente ao PMIG – vertente externa | 260ÍNDICE DE FIGURAS E QUADROS | 263<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 4


INTRODUÇÃO1. Porquê um <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>?A igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens é um princípiofundamental nas socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mocráticas e no novo nexoentre o local e o global, sendo comum associar-se o nível<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um país ao papel das mulheres navida social, económica, política e cultural (AMARO eMOURA, 2008: 13).As questões da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género revelam-se actualmente como centrais na promoção do exercício dosdireitos <strong>de</strong> cidadania, sendo transversais aos diversos níveis <strong>de</strong> actuação em termos <strong>de</strong> administraçãopolítica e territorial.Desta forma, sendo extremamente relevantes as orientações <strong>de</strong> âmbito internacional e nacional nesta áreatemática, surge como particularmente importante a actuação no nível mais próximo dos cidadãos, que maisfacilmente po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>tectar e dar resposta às principais necessida<strong>de</strong>s nesta matéria e, cuja influência, naconstrução da igualda<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>rá ser mais marcante.O papel das Autarquias Locais, e dos Municípios em particular, é fundamental, pela visão integrada que<strong>de</strong>têm das condições <strong>de</strong> vida e das expectativas dos cidadãos que resi<strong>de</strong>m no seu território <strong>de</strong> actuação, epelas políticas locais que <strong>de</strong>senvolvem, o que lhes confere um importante papel na <strong>de</strong>sconstrução dosestereótipos <strong>de</strong> género e na implementação <strong>de</strong> medidas concretas que promovam a construção <strong>de</strong> cidadãos.Será este impacto na participação dos munícipes na administração do próprio território, através dopermanente diálogo entre população e Município, que permitirá <strong>de</strong> forma consistente e sustentávelconcretizar a missão do Município, eexce<strong>de</strong>ndo as expectativas dos nossos cidadãos/munícipes, mediantepolíticas públicas inovadoras, <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> territorial, ambiental e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento social integrado,apostando no conhecimento, nas novas tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação e na qualida<strong>de</strong> daprestação dos serviços, garantindo a excelência <strong>de</strong> vida em Oeiras 1 .Desta forma, a abordagem subjacente a este documento é a da análise da realida<strong>de</strong>, seguida <strong>de</strong> intervençãoa<strong>de</strong>quada a esse mesmo cenário, <strong>de</strong> forma a concretizar as imagens <strong>de</strong> futuro <strong>para</strong> o Concelho, construídas<strong>de</strong> forma partilhada pelo Município e factores-chave locais.1 Diário da República, 2.ª série, Decreto-lei n.º 252/2010, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Dezembro, Despacho n.º 19354/2010 - RegulamentoOrgânico dos serviços do Município <strong>de</strong> Oeiras<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 5


Aspirações e ExpectativasAnálise da Realida<strong>de</strong>Necessida<strong>de</strong>sIntervençãoActoresMunícipesMunicípioOutros actores-chavePrincípios <strong>de</strong>intervençãoInovaçãoSustentabilida<strong>de</strong>Imagens <strong>de</strong> futuroQualida<strong>de</strong>Bem-estarExcelênciaFigura 1. Abordagem do <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> <strong>de</strong> OeirasConsi<strong>de</strong>ramos, <strong>de</strong>sta forma, que só com uma comunida<strong>de</strong> que a iguais direitos some igual acesso aosmesmos, particularmente em termos <strong>de</strong> género variável alvo <strong>de</strong>ste <strong>Plano</strong>, po<strong>de</strong>remos atingir, <strong>de</strong> forma plena,as imagens <strong>de</strong> futuro <strong>de</strong> um Concelho pautado pela qualida<strong>de</strong> da intervenção do Município e dos restantesactores locais e consequente influência na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e bem-estar da população, <strong>de</strong> forma a atingir aexcelência no Concelho, mas também a felicida<strong>de</strong> no seu sentido lato.O documento que agora se apresenta resulta, pois, da resposta às motivações acima i<strong>de</strong>ntificadas e procurousistematizar a realida<strong>de</strong> da situação da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género a dois níveis, conforme a figura seguinte:no Município e no Concelho.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 6


Componente InternaDiagnósticoComponente Externa<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> AcçãoMonitorização e AvaliaçãoFigura 2. Estrutura do <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> <strong>de</strong> OeirasCom base no diagnóstico traçado foi concebido um <strong>Plano</strong> que se preten<strong>de</strong> constituir como uma respostaa<strong>de</strong>quada às necessida<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ntificadas, e <strong>de</strong>finido um quadro <strong>de</strong> monitorização da actuação do Municípionesta área.2. De que conceitos partimos?Antes <strong>de</strong> apresentar o diagnóstico da realida<strong>de</strong> que foi elaborado, convém reflectir sobre os conceitos em quenos baseámos na leitura da realida<strong>de</strong>. Uma vez que estamos a falar <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, abordaremos osconceitos <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> género.Em relação ao conceito <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> convém referir que não se trata <strong>de</strong> igualitarismo, ou seja, não sepreten<strong>de</strong> que mulheres e homens assumam um comportamento padrão, mas sim que se diferenciem nasi<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s que foram <strong>de</strong>finidas por si e não por estereótipos e tabus (BARBOSA, s/d).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 7


O conceito <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> liga-se, pois, à valorização e igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento dos diferen- tescomportamentos, aspirações e necessida<strong>de</strong>s das mulheres e dos homens (…) não dando origem aconsequências diferentes que possam reforçar <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s (COMISSÃO EUROPEIA, 2004: 11).Quanto ao conceito <strong>de</strong> género, <strong>de</strong>stacamos a diferença entre este conceito e o conceito <strong>de</strong> sexo, já que osexo é <strong>de</strong>limitado meramente pelas características biológicas com que nascemos, sendo o conceito <strong>de</strong>género mais complexo, uma vez que se baseia no processo <strong>de</strong> construção social acerca do papel <strong>de</strong> cadaum dos sexos na socieda<strong>de</strong>, introduzindo aspectos históricos, psicológicos e culturais nesta construção.Desta forma, os papéis atribuídos aos dois géneros, sendo construídos ao longo do processo <strong>de</strong> socialização,<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m fortemente da cultura, origem étnica, religião, educação, classe e ambiente geográfico, económicoe político em que vivemos. (…) O género <strong>de</strong>screve assim o conjunto <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> comportamentos queas socieda<strong>de</strong>s esperam dos homens e das mulheres e forma a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> social (…) (COMISSÃOEUROPEIA, 2004:11).Desta forma, surgem diferentes representações sociais que se traduzem em práticas sociais coerentes comessas mesmas representações (RATO, 2007: 15). A construção <strong>de</strong>stes papéis é realizada quer peloshomens, quer pelas mulheres, não sendo algo imposto externamente aos indivíduos, <strong>de</strong> acordo com aperspectiva feminista mais crítica (VIEIRA, 2009: 16). Mulheres e homens escolhem certas opçõescomportamentais e ignoram outras e, ao fazê-lo, elas e eles fazem o género (VIEIRA, 2009: 16).Esta perspectiva dá, aliás, muito mais po<strong>de</strong>r a mulheres e homens <strong>para</strong> alterar as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s, dando-lhesmaior responsabilida<strong>de</strong> em todo este processo e evitando uma fatalida<strong>de</strong> incontrolável <strong>de</strong> forma individual. Sóeste acréscimo <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r po<strong>de</strong>rá levar à <strong>de</strong>sconstrução <strong>de</strong> estereótipos <strong>de</strong> género e ao pleno usufruto <strong>de</strong> umconjunto <strong>de</strong> direitos civis, políticos e sociais que po<strong>de</strong>rão nem sempre estar acessíveis a todos e todas.Convém realçar que os estereótipos <strong>de</strong> género se i<strong>de</strong>ntificam a vários níveis (BASOW, 1986 cit. In VIEIRA,2009: 28):1. relativos aos traços ou atributos <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> (ex: in<strong>de</strong>pendência vs. docilida<strong>de</strong>);2. relativos aos papéis <strong>de</strong>sempenhados (ex: chefe <strong>de</strong> família vs. cuidadora dos filhos);3. relativos às activida<strong>de</strong>s profissionais (ex: camionista vs. recepcionista);4. relativos às características físicas (ex: ombros largos e corpo musculoso vs. formas corporaisarredondadas e harmoniosas).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 8


Estes estereótipos estão ligados a uma análise funcional da divisão <strong>de</strong> papéis na família, tal como enunciadapor Talcott Parsons, em que os mo<strong>de</strong>los sociais reproduzidos <strong>de</strong> geração em geração <strong>de</strong>finem os papéisesperados dos seus membros, numa perspectiva <strong>de</strong> género.Assim, aos homens caberia um papel instrumental e às mulheres um papel expressivo, conferindo aoshomens um papel mais virado <strong>para</strong> o exterior o que representa uma vantagem relativamente à integração nomercado <strong>de</strong> trabalho. As mulheres, por outro lado, são muitas vezes i<strong>de</strong>ntificadas com um estereótipo dafeminilida<strong>de</strong> tradicional, associado às características <strong>de</strong> in<strong>de</strong>cisão, passivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>pendência, o quefunciona, em termos da sua integração sócio-priofissional, como factor promotor <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>. Assim,dando como exemplo a progressão na carreira, as mulheres surgem consistentemente numa posição maisfragilizada, uma vez que as posições <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança se encontram fortemente associadas aos traços <strong>de</strong>agressivida<strong>de</strong>, in<strong>de</strong>pendência e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões, estereótipos associados ao sexo masculino(NOGUEIRA, 2009: 107).Assim, tradicionalmente, atribuem-se ao homem papéis e responsabilida<strong>de</strong>s, no domínio público, <strong>de</strong> sustento,<strong>de</strong> orientação <strong>para</strong> resultados, <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> e força, e à mulher papéis no domínio privado, <strong>de</strong> cuidados,com base em características mais emocionais e relacionais. Em suma, tanto as estruturas como as culturasorganizacionais reflectem o sistema <strong>de</strong> representações socialmente construído. (RATO, 2007: 15)As <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s na integração sócio-profissional <strong>de</strong> homens e mulheres continua a verificar-se a dois níveis:a concentração das mulheres em funções específicas bastante ligadas à prestação <strong>de</strong> cuidados, educação etarefas administrativas (glass wall) e as dificulda<strong>de</strong>s no acesso a funções dirigentes por parte das mulheres(glass ceiling) (RATO, 2007: 15).Tanto o mo<strong>de</strong>lo dominante <strong>de</strong> organização do trabalho, como o mo<strong>de</strong>lo dominante <strong>de</strong> organização da vidafamiliar, geram impactos nas oportunida<strong>de</strong>s, nas percepções e na estruturação das vidas <strong>de</strong> homens e <strong>de</strong>mulheres por assentarem, quer um quer outro mo<strong>de</strong>lo, numa visão redutora e limitadora das potencialida<strong>de</strong>se das capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada género (RATO, 2007: 15).É <strong>de</strong> referir que as discriminações em função do género, acabam por se somar a outros factores como assituações <strong>de</strong> pobreza, a etnia, a ida<strong>de</strong>, originando que alguns indivíduos vivam situações <strong>de</strong> discriminaçãomúltipla.Antes <strong>de</strong> finalizar esta breve exposição dos conceitos-chave utilizados neste documento, é ainda relevantemencionar o <strong>de</strong> gen<strong>de</strong>r mainstreaming, que, estando bastante ligado aos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão política, éparticularmente importante realçar no contexto <strong>de</strong> um <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 9


Gen<strong>de</strong>r mainstreaming é a integração da dimensão da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género em todas as fasesdo processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão política- concepção, aplicação, acompanhamento e avaliação- comvista à promoção da igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens. A integração da dimensão daigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género não constitui por si só um objectivo, mas antes um meio <strong>para</strong> alcançar aigualda<strong>de</strong>(…) não respeita apenas às mulheres, mas antes às relações entre mulheres ehomens, em benefício <strong>de</strong> ambos (COMISSÃO EUROPEIA, 2008: 13).Esta visão transversal da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> nas fases <strong>de</strong> diagnóstico, planeamento, execução emonitorização do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão política está espelhada no presente documento, com particular<strong>de</strong>staque <strong>para</strong> o <strong>Plano</strong> apresentado.3. Que orientações internacionais seguimos?Na elaboração <strong>de</strong>ste estudo seguimos as principais orientações internacionais neste domínio, que seapresentam na figura abaixo.19401948- Declaração Universal dos Direitos Humanos195019601966- Convenção das Nações Unidas sobre Direitos Civis e Políticos1966- Convenção das Nações Unidas sobre Direitos Económicos, Sociais e Culturais1975- Conferência Mundial da ONU <strong>para</strong> o Ano Internacional da Mulher (México)19701979- Convenção sobre a Eliminação <strong>de</strong> todas as formas <strong>de</strong> discriminação contra a Mulher19801980- Conferência Mundial da ONU <strong>para</strong> a Década da Mulher (Copenhaga)1993- Declaração sobre a Eliminação da Violência contra a Mulher1994- Conferência Mundial da ONU (Beijing)19901997- Tratado <strong>de</strong> Amesterdão2000- Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia2000- Objectivos <strong>de</strong> Desenvolvimento do Milénio200020102006- Carta Europeia <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> das Mulheres e dos Homens na Vida Local2006- Pacto Europeu <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>2007- Tratado <strong>de</strong> LisboaFigura 3. Principais orientações internacionais em matéria <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong><strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 10


Esta activida<strong>de</strong> internacional viria a culminar com a <strong>de</strong>cisão do Parlamento Europeu <strong>de</strong> consagrar o ano <strong>de</strong>2007 como Ano Europeu da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> Todos - Para uma Socieda<strong>de</strong> Justa.4. Que instrumentos <strong>de</strong> política nacional utilizámos?À semelhança do alinhamento que se procurou entre o actual documento e as orientações internacionais emmatéria <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, procurámos ainda seguir as principais orientações nacionais neste domínio,representadas na figura abaixo.19701976- Constituição da República Portuguesa1980199020002000- Portaria nº 1212/2000: Institui o regime <strong>de</strong> majoração dos apoios financeiros previstos nasmedidas <strong>de</strong> política <strong>de</strong> emprego <strong>para</strong> as profissões significativamente marcadas por discriminação <strong>de</strong>género2001- Lei nº10/2001: Institui um relatório anual sobre a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s entre homens emulheres2003- II <strong>Plano</strong> Nacional <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong>2007- Lei Orgânica da Comissão <strong>para</strong> a Cidadania e <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> (DL 164/2007)2007- III <strong>Plano</strong> Nacional contra a Violência Doméstica2007- I <strong>Plano</strong> Nacional contra o Tráfico <strong>de</strong> Seres Humanos2007- III <strong>Plano</strong> Nacional <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong>2007- Lançamento do Quadro <strong>de</strong> Referência Estratégico Nacional e Programa Operacional doPotencial Humano2008- Adopta medidas <strong>de</strong> promoção da transversalida<strong>de</strong> da perspectiva <strong>de</strong> género na administração centraldo Estado e aprova o estatuto das conselheiras e dos conselheiros <strong>para</strong> a igualda<strong>de</strong>, bem como dosmembros das equipas inter<strong>de</strong>partamentais <strong>para</strong> a igualda<strong>de</strong>2009- Lei nº 112/2009: Estabelece o regime jurídico aplicável à prevenção da violência20102010- Resolução do Conselho <strong>de</strong> Ministros 39/2010: Aprova o quadro <strong>de</strong> referência do Estatuto dasConselheiras e dos Conselheiros Locais <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong>2010- Resolução da Assembleia da República nº 80/2010: Recomenda ao Governo a tomada <strong>de</strong>medidas <strong>de</strong> combate às discriminações entre mulheres e homens nas competições <strong>de</strong>sportivas2011- IV <strong>Plano</strong> <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong>- <strong>Género</strong>, Cidadania e Não Discriminação (2011-2013)2011- IV <strong>Plano</strong> Nacional Contra a Violência Doméstica (2011- 2013)Figura 4. Principais orientações nacionais em matéria <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong><strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 11


Relativamente à avaliação da situação das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> género em Portugal, po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar doisíndices utilizados a nível internacional e que permitem a com<strong>para</strong>ção com a situação existente noutrospaíses.Desta forma, a Organização das Nações Unidas, através do United Nations Development Programme, criou oGEM- Gen<strong>de</strong>r Empowerment Measure, um índice que me<strong>de</strong> a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género em três dimensões:participação económica e no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, participação política e no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e po<strong>de</strong>r emrelação a recursos económicos. No ano <strong>de</strong> 2009, Portugal ocupou a 19º posição do raking <strong>de</strong>ste índice. Estelugar representa uma subida relativamente aos dados anteriores que posicionavam Portugal na 22ª posição.Por outro lado, o World Economic Forum elabora o “Global Gen<strong>de</strong>r Gap Report”, que procura medir a<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre homem e mulher em 4 áreas: participação económica e oportunida<strong>de</strong> (salários, níveis <strong>de</strong>participação e acesso a emprego <strong>de</strong> elevadas qualificações), resultados educacionais, empowerment político(estruturas representativas <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão) e saú<strong>de</strong> e sobrevivência (esperança <strong>de</strong> vida), obtido apartir <strong>de</strong> um universo <strong>de</strong> 130 países que representam 90% da população mundial. Neste âmbito salientam-sedois aspectos:• Esta posição tem vindo a <strong>de</strong>crescer ao longo dos últimos quatro anos, passando Portugal da 33ªposição, em 2006, <strong>para</strong> a 46ª, em 2009;• Com<strong>para</strong>tivamente com outros países, a posição actual <strong>de</strong> Portugal afigura-se bastante <strong>de</strong>sfavorável,<strong>de</strong>ntro do panorama europeu e mesmo relativamente a países da América do Sul (por exemplo, oEquador esta na 23ª posição e a Argentina na 24ª) e <strong>de</strong> África (por exemplo, Moçambique que seencontra na 26ª posição <strong>de</strong>ste ranking).5. Que papel tem o Município <strong>de</strong> Oeiras <strong>de</strong>sempenhado?O papel das autarquias locais tem sido <strong>de</strong>stacado como extremamente importante no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>políticas locais que promovam a coesão e o <strong>de</strong>senvolvimento social ancorado numa visão <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento sustentável mais lata.O Município <strong>de</strong> Oeiras não se tem alheado <strong>de</strong>ste papel fundamental e, em termos <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>tem vindo a realizar um percurso progressivo mas consistente com as suas opções <strong>de</strong> planeamento e<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, procurando integrar as preocupações nesta matéria, <strong>de</strong> forma transversal,nas políticas municipais e medidas levadas a cabo.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 12


A Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> Oeiras, implementada no Concelho em 2003, tem procurado contribuir <strong>para</strong> o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas municipais concertadas e integradoras, nomeadamente através da elaboração<strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> planeamento (Diagnóstico Social e <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento Social - PDS), efectuadosem estreita articulação com os planos locais já construídos e em construção, como é o caso do <strong>Plano</strong><strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>. De facto, a dimensão <strong>de</strong> género voltou a ser contemplada no PDS 2010-2013, integrada no Eixo “Família e Comunida<strong>de</strong>”, nos objectivos específicos “Elaborar e executar o <strong>Plano</strong><strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>” e “Consolidar a intervenção local no âmbito da violência doméstica”.Destaca-se a participação do Município, enquanto parceiro no Projecto “Conciliar É Preciso” (2001-2004),integrado na Iniciativa Comunitária EQUAL, que procurou promover a conciliação entre a vida profissional e aesfera familiar e social, com vista ao exercício <strong>de</strong> uma plena cidadania. Reconhecendo que a maternida<strong>de</strong> e apaternida<strong>de</strong> são valores sociais que <strong>de</strong>verão ser protegidos pela socieda<strong>de</strong>, que as estratégias que visam aconciliação entre a vida pessoal e profissional não <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas uma preocupaçãoessencialmente feminina e que esta conciliação é um requisito <strong>para</strong> uma melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, foiaprovada a “Recomendação <strong>de</strong> Oeiras <strong>para</strong> a promoção da conciliação entre a vida familiar e pessoal ea activida<strong>de</strong> profissional”, subscrita pelas entida<strong>de</strong>s e participantes da Conferência "Medidas <strong>de</strong> conciliaçãoentre a vida familiar e a vida profissional - caminhos a seguir", realizada em Oeiras no dia 21 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong>2004.Neste documento, os responsáveis pelas entida<strong>de</strong>s parceiras nacionais e transnacionais sistematizaram umconjunto <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> acção positiva, <strong>para</strong> a promoção da conciliação entre a vida familiar e pessoal e aactivida<strong>de</strong> profissional, <strong>de</strong>stinadas aos/às cidadãos/ãs, autorida<strong>de</strong>s públicas, autarquias, empregadores,organizações patronais e sindicais, entre outras, e comprometeram-se a contribuir <strong>para</strong> a sua concretização.A recomendação, prevê dois modos <strong>de</strong> intervenção: por um lado, a promoção <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> sensibilização einformação no âmbito da política <strong>de</strong> promoção da igualda<strong>de</strong> e, por outro lado, a implementação <strong>de</strong> medidas<strong>de</strong> intervenção neste âmbito (PROJECTO CONCILIAR É PRECISO, 2004).Esta recomendação <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, ainda, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> actuar ao nível <strong>de</strong> cinco áreas prioritárias (PROJECTOCONCILIAR É PRECISO, 2004):Incentivar a produção <strong>de</strong> legislação geral em matéria <strong>de</strong> conciliação, garantindo nomeadamente, aefectivida<strong>de</strong> do direito à licença <strong>de</strong> paternida<strong>de</strong>, avaliando continuamente as medidas adoptadas egarantindo o respeito pelas normas vigentes;Promover a organização do tempo <strong>de</strong> trabalho, através da sensibilização <strong>para</strong> a eliminação nasempresas <strong>de</strong> formas indirectas <strong>de</strong> discriminação, da disponibilização <strong>de</strong> instrumentos que lhespermitam promover a conciliação e da disseminação <strong>de</strong> boas práticas;<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 13


Desenvolver uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> apoio à família, promovendo, nomeadamente, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> infraestruturas<strong>de</strong> apoio às crianças e à família e apoiando o acesso das famílias a serviços <strong>de</strong> apoio;Promover a organização dos horários e curricula escolares, fomentando a harmonização entre oshorários escolares e laborais e <strong>de</strong>senvolvendo activida<strong>de</strong>s escolares que reforcem a prática efectivada conciliação.Na sequência da participação no Projecto acima referido, o Município assinou um Protocolo com aComissão <strong>para</strong> a Cidadania e <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> no dia 3 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2007, com o objectivo <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolver acções <strong>de</strong> promoção da igualda<strong>de</strong> entre géneros no âmbito das políticas municipais e <strong>de</strong>acompanhar as medidas previstas no <strong>Plano</strong> Nacional <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> nestas vertentes.No âmbito do Protocolo foi iniciado o processo <strong>de</strong> elaboração do presente Diagnóstico e <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong><strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, on<strong>de</strong> se integra, além da vertente do Concelho, uma componenteinterna/organizacional fruto do Projecto Zero- A Soma da Diferença financiado pelo Programa Operacionaldo Potencial Humano.No <strong>de</strong>curso do que tinha sido estabelecido pelo Protocolo e na sequência <strong>de</strong> recente legislação 2 , foramformalmente nomeadas, em Julho <strong>de</strong> 2010, duas Conselheiras Locais <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, nosentido <strong>de</strong> dinamizar as políticas locais <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong>. Desta forma, em termos <strong>de</strong> atribuições, esteselementos <strong>de</strong>verão acompanhar e dinamizar a implementação das políticas locais, <strong>para</strong> a cidadania e aigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género.Ao nível das competências, <strong>de</strong>verão:a) Acompanhar e dinamizar a execução das medidas <strong>de</strong> política local na perspectiva <strong>de</strong> género;b) Acompanhar e dinamizar a implementação das medidas previstas nas estratégias locais <strong>de</strong>promoção da igualda<strong>de</strong>, nomeadamente o <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong>, e <strong>de</strong> prevenção daviolência doméstica e outras formas <strong>de</strong> discriminação;c) Pronunciar-se, quando consultadas, relativamente ao impacto <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> naturezaadministrativa, regulamentar ou outras que o município pretenda prosseguir nos domíniostransversalizados da educação <strong>para</strong> a cidadania, da igualda<strong>de</strong> e não discriminação, da protecção damaternida<strong>de</strong> e da paternida<strong>de</strong>, da conciliação da vida profissional, pessoal e familiar <strong>de</strong> homens emulheres, do combate à violência doméstica e outras formas <strong>de</strong> discriminação;d) Apresentar propostas concretas <strong>de</strong> acção nos domínios referidos na alínea anterior;2 Resolução do Conselho <strong>de</strong> Ministros nº 39/ 2010 <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Maio<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 14


e) Divulgar informações sobre a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, <strong>de</strong>signadamente nos domínios da educação<strong>para</strong> a cidadania, da igualda<strong>de</strong> e não discriminação, da protecção da maternida<strong>de</strong> e da paternida<strong>de</strong>,da conciliação da vida profissional, pessoal e familiar <strong>de</strong> homens e mulheres, e do combate àviolência doméstica e outras formas <strong>de</strong> discriminação;f) Participar no fórum anual das conselheiras e dos conselheiros locais <strong>para</strong> a igualda<strong>de</strong>;g) Assegurar a cooperação do município com a Comissão <strong>para</strong> a Cidadania e <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>.Está ainda a ser levado a cabo um conjunto <strong>de</strong> acções que têm uma influência directa nas questões <strong>de</strong>género, como é o caso do Contrato Local <strong>de</strong> Desenvolvimento Social, a funcionar no Bairro Alto dosBarronhos e que procura travar os ciclos <strong>de</strong> pobreza vivenciados por alguns dos munícipes resi<strong>de</strong>ntes nessaárea geográfica, com forte impacto na vida das mulheres e homens. Neste sentido, têm vindo a ser<strong>de</strong>senvolvidas activida<strong>de</strong>s específicas dirigidas a mulheres, quer <strong>de</strong> carácter formativo, quer através acçõesinformais que promovam o empowerment <strong>de</strong>stes grupos que muitas vezes vivenciam situações cumulativas<strong>de</strong> exclusão social.Destacamos, por outro lado, o papel dos Centros Locais <strong>de</strong> Apoio à Integração <strong>de</strong> Imigrantes que seinserem numa perspectiva <strong>de</strong> promoção da integração dos imigrantes, facilitando o acesso à informação eaconselhamento em diversas áreas, po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>stacar-se:― Educação, Formação Profissional e o Emprego― Habitação, Saú<strong>de</strong>, Segurança Social― Nacionalida<strong>de</strong>, Reagrupamento FamiliarAssim, sendo esse o seu objectivo fundamental, procuram, contudo, incidir <strong>de</strong> forma específica no combate àvulnerabilida<strong>de</strong> das mulheres imigrantes. O próprio PII – <strong>Plano</strong> <strong>para</strong> a Integração dos Imigrantes -, criado porResolução do Conselho <strong>de</strong> Ministros nº 63 – A/ 2007, prevê Medidas específicas <strong>de</strong> Promoção da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong><strong>de</strong> <strong>Género</strong> as quais, localmente, serão promovidas, dinamizadas e/ou apoiadas pelos CLAII. Entre essasMedidas <strong>de</strong>stacamos:― instrução <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> residência estável (in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos mecanismos <strong>de</strong> reagrupamentofamiliar);― protecção jurídica (<strong>de</strong>signadamente em situações <strong>de</strong> violência doméstica ou <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong><strong>de</strong>corrente da rejeição <strong>de</strong> algumas tradições da sua comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> origem, por essas colocarem emcausa a sua dignida<strong>de</strong>);― informação e sensibilização sobre direitos e <strong>de</strong>veres das mulheres imigrantes em complemento earticulação com o <strong>Plano</strong> Nacional <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong>, através, por exemplo, <strong>de</strong> folhetos informativos,traduzidos nas línguas das comunida<strong>de</strong>s com maior número <strong>de</strong> representantes no território concelhio;<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 15


― promoção do acesso à educação (aqui inclui-se o apoio à colocação dos filhos em equipamentos <strong>de</strong>infância ou escolas, bem como o reconhecimento <strong>de</strong> habilitações já adquiridas) e à formaçãoprofissional, o que é enquadrado pelo objectivo estratégico <strong>de</strong> promoção da empregabilida<strong>de</strong> dasmulheres imigrantes (tem havido colaboração mais acentuada entre o CLAII <strong>de</strong> Porto Salvo e oPrograma Oeiras Solidária, sendo também <strong>de</strong> salientar os 2 Projectos Formar <strong>para</strong> Inserir que, porparceria da CMO com a APSD permitiram o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências pessoais e sociais,abarcando mulheres imigrantes, estando algumas enquadradas pela Medida Rendimento Social <strong>de</strong>Inserção );― promoção do apoio ao empreen<strong>de</strong>dorismo das mulheres imigrantes, em simultâneo com o incentivoaos empregadores <strong>para</strong> implementarem programas <strong>para</strong> a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género que favoreçam orecrutamento <strong>de</strong> mulheres imigrantes e a frequência em acções <strong>de</strong> formação ten<strong>de</strong>ntes a melhorar oseu estatuto profissional.Os CLAII apostam também na promoção da participação das mulheres na socieda<strong>de</strong> e no seu envolvimentoem movimentos associativos, por exemplo combatendo os estereótipos <strong>de</strong> género que inibem ainda a suaparticipação <strong>de</strong> forma mais ampla na vida económica, social e pública.Em parceria com o Observatório da Imigração os CLAII po<strong>de</strong>m ajudar ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estudos sobreas questões <strong>de</strong> género na imigração, tendo em conta, em particular, os obstáculos enfrentados pelasmulheres imigrantes, as disctriminações <strong>de</strong> que são alvo, as suas vulnerabilida<strong>de</strong>s e necessida<strong>de</strong>sespecíficas.Destaca-se ainda, na intervenção do Município, a lógica <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> em BairrosMunicipais, procurando capacitar as comunida<strong>de</strong>s, num processo contínuo <strong>de</strong> dignificação e valorização dosgrupos mais vulneráveis e carenciados.O Centro Comunitário do Alto da Loba (equipamento municipal localizado no Bairro <strong>Municipal</strong> do Alto daLoba, em Paço <strong>de</strong> Arcos), tem vindo a <strong>de</strong>senvolver e/ou a fomentar acções diversas, relacionadas com adimensão da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> , nomeadamente: Apoio à conciliação entre a vida familiar e activida<strong>de</strong> profissional, através da organização <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>s lúdico-pedagógicas e <strong>de</strong>sportivas <strong>para</strong> crianças e jovens; Mediação Familiar, junto <strong>de</strong> casais em vias <strong>de</strong> se<strong>para</strong>ção ou divórcio, com vista à preservação <strong>de</strong>ambas as figuras parentais junto dos filhos (resulta <strong>de</strong> protocolo entre o Ministério da Justiça e oMunicípio <strong>de</strong> Oeiras e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> marcação prévia); Terapia Familiar; Gabinete “Espaço Crescer Oeiras”, dinamizado pela Associação “Ajuda <strong>de</strong> Mãe”;<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 16


Apoio Psicossocial a indivíduos e famílias, no âmbito da acção social, educação e emprego eformação profissional; Mediação escola-família, promovendo o <strong>de</strong>senvolvimento harmonioso <strong>de</strong> crianças e jovens e o apoioa alunos e famílias ao longo do percurso educativo.O Espaço Comunitário dos Navegadores, localizado no Bairro <strong>Municipal</strong> dos Navegadores, em PortoSalvo, <strong>de</strong>senvolve, igualmente, as seguintes dimensões <strong>de</strong> intervenção, muitas <strong>de</strong>las com repercussões aonível da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, concretamente: Gabinete <strong>de</strong> Atendimento Social, que integra o atendimento social à população resi<strong>de</strong>nte, bem comoo acompanhamento <strong>de</strong> situações sinalizadas à Equipa <strong>de</strong> Emergência e Apoio Social; CLAII <strong>de</strong> Porto Salvo; Acompanhamento e apoio às acções e projectos <strong>de</strong> intervenção naquele bairro municipal (numalógica <strong>de</strong> articulação inter-institucional), <strong>para</strong> a dinamização e envolvimento da comunida<strong>de</strong>,reforçando o sentimento <strong>de</strong> pertença e coesão.Em 2010, foi elaborado o <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Acção elaborado pelas diversas entida<strong>de</strong>s com intervenção naqueleterritório, don<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacam os seguintes objectivos estratégicos, numa dimensão <strong>de</strong> género: Qualificação Escolar, Profissional e Empregabilida<strong>de</strong> Promoção da Saú<strong>de</strong> e <strong>de</strong> Comportamentos Saudáveis Promoção <strong>de</strong> competências pessoais, sociais e <strong>de</strong> cidadania Apoio Social e Promoção do acesso aos Recursos, Direitos, Bens em Serviços.O Núcleo <strong>de</strong> Intervenção Social da Outurela (NIS), localizado no Bairro <strong>Municipal</strong> da Outurela/Portela, nafreguesia <strong>de</strong> Carnaxi<strong>de</strong>, surgiu no seguimento do trabalho <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> iniciado no âmbitodo URBAN (1996 - 2001) e PROQUAL (Programa Integrado <strong>de</strong> Qualificação das Áreas Suburbanas da ÁreaMetropolitana <strong>de</strong> Lisboa) entre 2001 e 2007. Depois dos apoios comunitários, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> optou porcontinuar com um serviço <strong>de</strong> apoio à comunida<strong>de</strong>, ficando este <strong>de</strong>nominado como NIS.O NIS <strong>de</strong>senvolveu acções e projectos em curso <strong>de</strong> acordo com três eixos <strong>de</strong> intervenção, <strong>de</strong>lineados <strong>de</strong>acordo com o diagnóstico elaborado do território:- promoção do Sucesso Escolar, com especial <strong>de</strong>staque <strong>para</strong> a mediação escola – família;- promoção da inclusão social e apoio à inserção social e profissional, com acções que tiveram um forteimpacto em matéria <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, como o atendimento psicossocial, acções <strong>de</strong> formação eorganização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s lúdico-pedagógicas e <strong>de</strong>sportivas <strong>para</strong> crianças e jovens (activida<strong>de</strong>s diárias,colónias <strong>de</strong> férias, intercâmbios juvenis nacionais e internacionais, ateliês fotografia, instrumentos musicais,musica);<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 17


- apoio à Família e à Comunida<strong>de</strong>, através do apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> acções e projectos dasassociações e instituições locais, do apoio à função parental e da mediação escolar e familiar.Em 2010 foi extinto este gabinete no terreno, mantendo-se apenas as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes do ProjectoEscolhas Bairr@ctivo, no qual a CMO é a entida<strong>de</strong> promotora, e que durará até Dezembro 2012.Não menos importante tem sido o trabalho <strong>de</strong>senvolvido no âmbito da Comissão <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Criançase Jovens <strong>de</strong> Oeiras (CPCJO) que tem vindo, ao longo dos anos, a contribuir <strong>para</strong> a promoção dos direitos e<strong>para</strong> a protecção das crianças e dos jovens resi<strong>de</strong>ntes no Concelho, através das modalida<strong>de</strong>s restrita ealargada. A intervenção junto das famílias em acompanhamento, tem requerido a adopção <strong>de</strong> medidas eestratégias que contribuam, a médio e a longo prazo, <strong>para</strong> a diminuição e possível erradicação <strong>de</strong> situações<strong>de</strong> violência intra-familiar procurando-se, <strong>de</strong>ssa forma, contribuir <strong>para</strong> a promoção cívica e <strong>para</strong> oreconhecimento e valorização dos direitos e dos <strong>de</strong>veres <strong>de</strong> todos e <strong>de</strong> cada um. No âmbito da modalida<strong>de</strong>restrita, a CPCJO tem em funcionamento 3 grupos <strong>de</strong> trabalho, que se organizam em torno <strong>de</strong> temáticasespecíficas e que, <strong>de</strong> alguma forma, trabalham (mesmo que indirectamente), questões relacionadas com aigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, concretamente: Articulação Interinstitucional – promove a articulação entre a CPCJO e as entida<strong>de</strong>s dacomunida<strong>de</strong>; “Dar Voz às Crianças” – promove a divulgação, reflexão e esclarecimento sobre os direitos dacriança junto das crianças, jovens e população em geral; “Conversando como Pais” – preten<strong>de</strong> divulgar aos pais/cuidadores os direitos da criança efomentar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências parentais.Por outro lado, a Agenda da Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> Oeiras 2008-2013, ao <strong>de</strong>finir ramos estruturantes davisão constituídos por vários temas 3 apoiam uma integração transversal da perspectiva <strong>de</strong> género, uma vezque estas questões são dotadas <strong>de</strong> multidimensionalida<strong>de</strong>, afectando diferentes esferas da vida pessoal einstitucional.De referir ainda o intenso trabalho que é <strong>de</strong>senvolvido pelas organizações sem fins lucrativos se<strong>de</strong>adas noConcelho e que, <strong>de</strong>têm elencadas na sua missão, na sua gran<strong>de</strong> maioria, preocupações <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong>,particularmente no que concerne à variável <strong>de</strong> género, aspecto que será abordado na parte III do presentedocumento. Transversalmente, o Município tem <strong>de</strong>sempenhado um papel activo em matéria <strong>de</strong> promoçãoda igualda<strong>de</strong> entre homens e mulheres, especialmente no que se refere à facilitação da conciliação entre avida profissional e a vida familiar e pessoal.3 Habitação, Espaços Exteriores e Equipamentos; Educação, Formação e Activida<strong>de</strong> Produtiva; Transportes e Mobilida<strong>de</strong>,Integração Sócio-Cultural; Valores e Comportamentos e Lazer; Tempos Livres, Espaços Ver<strong>de</strong>s e Contacto com aNatureza<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 18


Exemplos:Papel directo e indirecto na construção, requalificação e apoio ao funcionamento dosequipamentos sociais e escolares (pré-escolar);Atendimento social no âmbito da Equipa <strong>de</strong> Emergência e Apoio Social (intervenção sobreproblemáticas familiares);Promoção da empregabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> homens e mulheres, através dos Gabinetes <strong>de</strong> InserçãoProfissional;Promoção do empreen<strong>de</strong>dorismo feminino e masculino;Prestação <strong>de</strong> serviços como: Mediação Familiar; Terapia Familiar; Acções <strong>de</strong> Formação naPrevenção do Endividamento Familiar; Serviço <strong>de</strong> Transporte Adaptado, entre outros;Apoio a entida<strong>de</strong>s com intervenção nestas áreas- ex: Associação Ajuda <strong>de</strong> Mãe, ANJE, entre outras.Construção, requalificação e apoio ao funcionamento dos equipamentos escolares;Promoção <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> apoio à família, em contexto escolar.Formação em <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 19


METODOLOGIA1. Contextualização do estudoDe forma a atingir os objectivos apresentados anteriormente, foi <strong>de</strong>senvolvido um estudo <strong>de</strong> carizexploratório, com o propósito <strong>de</strong> se constituir como investigação aplicada, uma vez que se baseia naavaliação da utilida<strong>de</strong> dos elementos analisados <strong>para</strong> a resolução <strong>de</strong> problemas sociais (CARMO eFERREIRA, 2008: 227).No sentido <strong>de</strong> reforçar a consistência metodológica do estudo, foi utilizada a triangulação metodológica,através da diversificação das fontes <strong>de</strong> dados (documentos do Município, artigos, monografias e informadoresqualificados <strong>de</strong> várias tipologias- empresas, organizações sem fins lucrativos, entida<strong>de</strong>s da administraçãopública local, conselhos executivos das escolas, entre outros) e da análise contrastada dos dados recolhidos.2. Pesquisa documentalAs principais fontes da pesquisa documental foram as monografias e artigos científicos, os motores <strong>de</strong> busca,assim como bibliografia diversa atinente às várias temáticas abordadas.Relativamente à análise <strong>de</strong> estatísticas recorreu-se a centros <strong>de</strong> documentação/ informação digitalespecializada como: o Gabinete <strong>de</strong> Estatística e Planeamento do Ministério do Trabalho e da Solidarieda<strong>de</strong>Social, o Observatório <strong>de</strong> Desenvolvimento Económico e Social da Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa, oObservatório das Políticas Locais <strong>de</strong> Educação, o Observatório do Tráfico <strong>de</strong> Seres Humanos e a Direcção<strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Planeamento Estratégico, ambos do Ministério da Administração Interna, o Instituto Nacional<strong>de</strong> Estatística e a Associação Portuguesa <strong>de</strong> Apoio à Vítima.Recorreu-se, igualmente, como fonte <strong>de</strong> informação, a documentos estratégicos elaborados no âmbito doConcelho e, nomeadamente, o Diagnóstico Social, o <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento Social, o <strong>Plano</strong> Estratégico“Habitar Oeiras”, a Carta Educativa e o <strong>Plano</strong> Estratégico dos Equipamentos Educativos, a Carta doDesporto, a Carta da Cultura, o Perfil <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e a Carta Social do Concelho <strong>de</strong> Oeiras.Foram, ainda, consultados relatórios e estudos reportados ao Concelho <strong>de</strong> Oeiras e à activida<strong>de</strong> doMunicípio, como o Estudo <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> e Acessibilida<strong>de</strong>s, o Diagnóstico <strong>de</strong> Caracterização da PopulaçãoImigrante ou a Caracterização dos Padrões <strong>de</strong> Comportamento <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da População do Concelho <strong>de</strong>Oeiras.3. Construção dos instrumentos <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> dadosA técnica utilizada na recolha <strong>de</strong> dados, no que se refere aos agentes locais e aos colaboradores doMunicípio, tendo em conta os objectivos <strong>de</strong>finidos, foi o questionário, já que permite recolher informação maisvasta acerca das temáticas em questão, utilizando questões fechadas <strong>de</strong> forma privilegiada e questõesabertas <strong>para</strong> aprofundamento <strong>de</strong> alguns temas.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 20


Desta forma, foram elaboradas várias versões <strong>de</strong> questionários <strong>para</strong> aplicação às várias tipologias <strong>de</strong>informadores qualificados. Nestes questionários foram abordadas várias áreas temáticas <strong>de</strong> análise, noâmbito das dimensões da sustentabilida<strong>de</strong> (emprego, acessibilida<strong>de</strong>s e transportes, conciliação entre vidapessoal e familiar e vida profissional, habitação, cultura, <strong>de</strong>sporto e lazer, saú<strong>de</strong>, serviços sociais, violência<strong>de</strong> género, Políticas Municipais, participação na vida pública e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e cooperaçãotransnacional).Os questionários foram sujeitos a uma avaliação em termos <strong>de</strong> coerência interna, <strong>de</strong> forma a evitardissonâncias ou repetições nas questões a apresentar aos inquiridos.4. Universos e AmostrasPara aplicação dos inquéritos apresentados no ponto anterior, foram trabalhados dois universos: o universodos actores-chave da comunida<strong>de</strong> (Juntas <strong>de</strong> Freguesia, Conselhos Executivos das Escolas, Organizaçõesda Socieda<strong>de</strong> Civil e Empresas) e o universo dos trabalhadores e dirigentes do Município.Relativamente aos actores-chave do Município, foram envolvidas cerca <strong>de</strong> 147 entida<strong>de</strong>s, entre Juntas <strong>de</strong>Freguesia, empresas (a<strong>de</strong>rentes ao Programa Oeiras Solidária e Oeiras PRO), Escolas e agentes locais 4 .Apesar dos repetidos esforços no envolvimento dos actores-chave locais, a taxa <strong>de</strong> resposta obtida foiextremamente baixa, o que levou a uma nova tentativa <strong>de</strong> envolvimento <strong>de</strong>stes actores através <strong>de</strong> umasessão do Conselho Local <strong>de</strong> Acção Social (Programa Re<strong>de</strong> Social). A taxa <strong>de</strong> retorno obtida relativamenteaos actores-chave da comunida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 21%.No que concerne aos trabalhadores do Município, do universo dos 1.767 trabalhadores foi <strong>de</strong>finida umaamostra probabilística, seleccionada <strong>de</strong> forma aleatória, com base numa lista fornecida pela Divisão <strong>de</strong>Recursos Humanos. Desta forma, foram seleccionados 25% dos trabalhadores, tendo sido criadas quotasrepresentativas <strong>de</strong> três categorias: Assistentes Operacionais (245), Assistentes Técnicos (113) e TécnicosSuperiores (84). A dimensão da amostra seleccionada foi <strong>de</strong> 442 trabalhadores. No atinente à taxa <strong>de</strong>retorno, foram recepcionados 147 questionários, correspon<strong>de</strong>ndo a 33% da amostra.No que concerne aos dirigentes do Município, os questionários foram enviados ao universo constituído por 54elementos, tendo a taxa <strong>de</strong> retorno sido <strong>de</strong> 39%.5. Aplicação dos instrumentos <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> dadosA aplicação dos questionários aos actores-chave da comunida<strong>de</strong> e aos trabalhadores do Município foipreferencialmente efectuada através do envio através <strong>de</strong> correio electrónico, com excepção dostrabalhadores que não possuem conta <strong>de</strong> e-mail. Nestes casos foram disponibilizados questionários emformato papel.4 Dos quais: 20 empresas a<strong>de</strong>rentes ao Projecto “Oeiras Pro”, 40 empresas a<strong>de</strong>rentes ao Programa <strong>de</strong> Iniciativa<strong>Municipal</strong> “Oeiras Solidária”, 18 escolas e 69 membros da Re<strong>de</strong> Social (incluindo as 10 Juntas <strong>de</strong> Freguesia).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 21


Uma vez que os questionários foram auto-administrados, foi criado um texto <strong>de</strong> apresentação dos mesmos,tendo sido dada indicação <strong>de</strong> que estes po<strong>de</strong>riam ser <strong>de</strong>volvidos ao Departamento <strong>de</strong> Acção Social eDesporto (unida<strong>de</strong> orgânica responsável pelo estudo) através <strong>de</strong> correio (regular ou interno), <strong>de</strong> forma aassegurar a confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> das respostas.6. Tratamento e análise dos dadosPara análise dos questionários recorreu-se ao Statistical Package for the Social Sciences, software quepermite realizar análise estatística <strong>de</strong> dados no domínio das Ciências Sociais (versões 11.5 e 17.0). Apósvalidada e codificada a informação apurada, os dados foram introduzidos numa matriz, a qual foi submetida aanálise univariada e bivariada.Os dados apurados através das questões abertas foram organizados em grelha criada <strong>para</strong> o efeito etrabalhados recorrendo ao método <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> conteúdo, o que permitiu evi<strong>de</strong>nciar as características maissignificativas.7. Limitações e enviesamentosEm primeiro lugar, ao nível da pesquisa documental, <strong>de</strong>parámo-nos com uma escassez <strong>de</strong> dados,<strong>de</strong>sagregados por sexo, e referentes ao território do Concelho. Por outro lado, os recursos disponibilizados<strong>para</strong> o presente projecto e simultaneamente o período <strong>de</strong> tempo disponível <strong>para</strong> o efeito, não permitiram oaprofundamento <strong>de</strong>sejável <strong>para</strong> um diagnóstico fiel da realida<strong>de</strong> concelhia. Com efeito, o estudo careceráainda <strong>de</strong> aprofundamentos posteriores, nomeadamente em termos <strong>de</strong> auscultação directa da população,aspecto que será operacionalizado numa segunda fase numa lógica <strong>de</strong> construção permanente do <strong>Plano</strong>.No entanto, gostaríamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar a gran<strong>de</strong> preocupação sentida ao longo da investigação na minimizaçãodas limitações sentidas, procurando a triangulação metodológica, <strong>de</strong> acordo com os objectivos e suporteteórico do estudo.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 22


PARTE IA <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> no Município1. Qual a importância <strong>de</strong> implementar uma política <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género na cultura e práticasorganizacionais?No quadro da integração <strong>de</strong> uma politica <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social, as organizações têm progressivamenteassistido ao repto <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>safios que ultrapassam a componente económica. A cidadania, oenvolvimento com a comunida<strong>de</strong>, o <strong>de</strong>senvolvimento humano, a inclusão social, o diálogo social e aigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género fazem, cada vez mais, parte das preocupações das organizações.Especificamente, a efectivação do mainstreaming <strong>de</strong> género tem visto reconhecidos benefícios <strong>de</strong> or<strong>de</strong>mdiversa:Capitalização <strong>de</strong> recursosFi<strong>de</strong>lização e motivaçãoProdutivida<strong>de</strong>Reputação e imagemFonte: CITE, 2008: 23.Ao nível interno Potenciação <strong>de</strong> competênciase conhecimentos dos seusrecursos humanos, pelainclusão <strong>de</strong> todas e todos. Fi<strong>de</strong>lização <strong>de</strong> trabalhadores etrabalhadoras; Contribuição <strong>para</strong> um melhorambiente <strong>de</strong> trabalho; Aumento da motivação. Redução do absentismo; Redução dos índices <strong>de</strong>rotativida<strong>de</strong>; Maior satisfação <strong>de</strong>trabalhadores e trabalhadoras. Maior transparência narelação com trabalhadores etrabalhadoras e suasorganizações.Ao nível externoInovação e criativida<strong>de</strong> nos produtos esoluções disponibilizadas a clientes emercado. Atracção e retenção <strong>de</strong> capitalhumano; Confiança e credibilida<strong>de</strong> perante omercado e a comunida<strong>de</strong> em que seinsere. Factor <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> pela maiorrentabilização <strong>de</strong> recursos.Reconhecimento pela promoção <strong>de</strong>medidas <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género,enquanto empresa com boas práticasno quadro da responsabilida<strong>de</strong> social;Aumento da notorieda<strong>de</strong> e valor damarca.Quadro 1. Beneficios do mainstreaming <strong>de</strong> género, ao nível interno e externo das organizaçõesO presente plano prossegue o objectivo <strong>de</strong> reforçar a política <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> entre homens emulheres, ao nível interno, acreditando que o conjunto <strong>de</strong> acções positivas funcionará como efeitomultiplicador pela acção que o capital humano da organização exerce junto da comunida<strong>de</strong>. Preten<strong>de</strong>ndoaprofundar o trabalho <strong>de</strong>senvolvido ao nível concelhio, começando por trabalhar <strong>de</strong>ntro da organização,testando metodologias e criando recursos, <strong>de</strong> modo a transferir as aprendizagens <strong>para</strong> outros contextosorganizacionais e públicos-alvo.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 23


“Uma empresa que integra a igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens ao nível dos seus princípiosou valores e que preten<strong>de</strong> investir na construção <strong>de</strong> relações <strong>de</strong> género igualitárias, <strong>de</strong>verá<strong>de</strong>finir, ao nível da sua política <strong>de</strong> recursos humanos, objectivos concretos quanto à eliminaçãoda segregação profissional, <strong>de</strong>signadamente promovendo a participação <strong>de</strong> mulheres emfunções <strong>de</strong> gestão e o favorecimento da integração dos homens em sectorespredominantemente femininos, entre outros. Deverá incluir ainda objectivos ao nível da nãodiscriminação que visem regular práticas e <strong>de</strong>cisões em áreas como o recrutamento e selecçãoou igualda<strong>de</strong> salarial. Assume-se, <strong>de</strong>ste modo, a transversalida<strong>de</strong> do principio da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>género nas suas politicas e planos <strong>de</strong> acção.” (CITE, 2008: 23).2. Porquê um <strong>Plano</strong> Interno <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>?“As administrações locais, órgãos da administração pública mais próximos das populações, são as entida<strong>de</strong>sque <strong>de</strong>têm os meios <strong>de</strong> intervenção melhor colocados <strong>para</strong> combater a persistência e a reprodução das<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s em função do género e <strong>para</strong> promover uma socieda<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>iramente igualitária. São asentida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m, e <strong>de</strong>vem, no âmbito das suas competências, e em cooperação com o conjunto <strong>de</strong>actores locais, empreen<strong>de</strong>r acções concretas visando a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mulheres e <strong>de</strong> homens.” 5Contudo, não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>scurar o facto <strong>de</strong>stes organismos, serem eles próprios constituídos por homens emulheres com vivências e percepções específicas que, <strong>para</strong> além <strong>de</strong> condicionarem o seu quotidiano,po<strong>de</strong>rão influenciar o seu papel <strong>de</strong> agentes <strong>de</strong> mudança, <strong>de</strong> forma mais ou menos positiva. Como tal, e tendoem conta a sua dimensão <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empregadores e prestadores <strong>de</strong> serviços, as Autarquias <strong>de</strong>vemconstituir um exemplo positivo <strong>de</strong> não discriminação.Assim, qualquer processo <strong>de</strong> mainstreaming no contexto organizacional, <strong>de</strong>ve pressupor não só uma tomada<strong>de</strong> conhecimento acerca da importância da temática <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mulheres e <strong>de</strong> homens, como umaanálise complementar, virada <strong>para</strong> o interior do próprio município, enquanto entida<strong>de</strong> empregadora. Comefeito, o primeiro passo <strong>para</strong> a implementação do mainstreaming, coaduna-se com a sensibilização eformação internas <strong>de</strong> forma a alcançar um entendimento comum sobre o que é a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género e oque esta supõe.Todavia, e <strong>de</strong> modo a intervir eficazmente importa, num momento prévio, aferir quais as práticas, valores epercepções inerentes aos diferenciados processos <strong>de</strong> socialização dos membros da organização, pelo que, opresente plano, proce<strong>de</strong>u a um diagnóstico interno a diferentes níveis:5 PERISTAS, Helóisa, SILVA, Alexandra (2008), “<strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> na Vida Local: O Papel dos Municípios na suaPromoção”, Centro <strong>de</strong> Estudos <strong>para</strong> a Intervenção Social (p.7).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 24


Figura 5. Vectores do diagnóstico internoA opção por abordar a temática da (<strong>de</strong>s) igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, conforme a ilustração gráfica acima, resulta dacrença <strong>de</strong> que as seguintes premissas se revestem <strong>de</strong> veracida<strong>de</strong>:“A situação profissional está correlacionada com os modos <strong>de</strong> organização do trabalho e da culturaorganizacional; A representação social <strong>de</strong> competências traduz a relação entre cultura organizacional e arepresentação social da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género; A percepção <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, que têm homens e mulheres,é influenciada pela respectiva representação social da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género e pelo uso do tempo que homense mulheres fazem nas esferas privada e pública; A percepção <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s, atribuída por mulheres ehomens à vida pública ou privada, <strong>de</strong>corre da relação entre o uso do tempo, nas esferas pública/privada, e osmodos <strong>de</strong> organização do trabalho. ” 6Uso do tempo na esferapública e privadaPercepção <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>sModos <strong>de</strong> organização dotrabalhoPercepção oportunida<strong>de</strong>sSituação profissionalAssimetrias<strong>de</strong> <strong>Género</strong>Representação Social da<strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>Representação social <strong>de</strong> competências<strong>Género</strong> e culturaorganizacionalFigura 6. Mo<strong>de</strong>lo Conceptual – vertente interna6 RATO, Helena, MADUREIRA, César, ALEXANDRE, Helena, RODRIGUES, Miguel, OLIVEIRA, Teresa (2007?), A<strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> na Administração Pública Central Portuguesa, Edições INA, Oeiras (p.23).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 25


O diagnóstico que seguidamente se apresenta resulta, pois, da resposta às motivações acima i<strong>de</strong>ntificadas eprocurar sistematizar a realida<strong>de</strong> subjacente à organização objecto <strong>de</strong> estudo. Com base no diagnósticotraçado foi <strong>de</strong>lineado um <strong>Plano</strong> que se preten<strong>de</strong> constituir como uma resposta a<strong>de</strong>quada às necessida<strong>de</strong>si<strong>de</strong>ntificadas, e <strong>de</strong>finido um quadro <strong>de</strong> monitorização da actuação do Município nesta área.Este <strong>Plano</strong> Interno resulta <strong>de</strong> uma candidatura empreendida no âmbito do Programa Operacional doPotencial Humano, cujo Projecto “Zero - A Soma da Diferença” contemplou, <strong>para</strong> além do diagnósticoorganizacional, acções <strong>de</strong> sensibilização internas.3. A <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> no Município <strong>de</strong> Oeiras: Práticas, Valores e Percepções3.1. Caracterização dos Recursos HumanosSeguidamente, apresenta-se uma caracterização sintética do universo dos recursos humanos afectos àorganização objecto <strong>de</strong> estudo.N.º %Homens 927 52,5Mulheres 838 47,5Total 1765 100,0Fonte: Balanço Social da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Oeiras, 2009.Quadro 2. Distribuição dos trabalhadores do Munícipio, segundo o sexo, 2009Dirigentes-SuperiorDirigentes-IntermédioCarreirasGerais-TécnicoSuperiorCarreirasGerais-AssistenteTécnicoCarreirasGerais.AssistenteOperacionalBombeirosInformáticaPolícia<strong>Municipal</strong>OutrosTotalComissão <strong>de</strong>ServiçoContrato porTempoIn<strong>de</strong>terminadoContrato porTempoResolutivoCertoContrato porTempoResolutivoIncertoOutraM 2 22 0 0 0 0 0 0 0 24F 4 20 0 2 0 0 0 0 0 26T 6 42 0 2 0 0 0 0 0 50M 0 0 48 66 467 0 4 58 18 661F 0 0 128 142 208 0 2 29 4 513T 0 0 176 208 675 0 6 87 22 1174M 0 0 36 48 139 0 13 0 5 241F 0 0 113 73 110 0 1 0 2 299T 0 0 149 121 249 0 14 0 7 540M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0F 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0T 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0M 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1F 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0T 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1M 2 22 84 114 606 0 17 58 24 927F 4 20 241 217 318 0 3 29 6 838Totais T 6 42 325 331 924 0 20 87 30 1765Fonte: Balanço Social da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Oeiras, 2009.Quadro 3. Distribuição dos trabalhadores do Município, segundo o cargo/carreira, a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vinculação e o sexo, 2009<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 26


Dirigentes-SuperiorDirigentes-IntermédioCarreirasGerais-TécnicoSuperiorCarreirasGerais-AssistenteTécnicoCarreirasGerais.AssistenteOperacionalBombeiros InformáticaPolícia<strong>Municipal</strong>Outros TotalMenos <strong>de</strong>4 anos <strong>de</strong>escolarida<strong>de</strong>4 anos <strong>de</strong>escolarida<strong>de</strong>6 anos <strong>de</strong>escolarida<strong>de</strong>9º ano <strong>de</strong>escolarida<strong>de</strong>11º ano12º ano ouequivalenteBacharelatoLicenciaturaMestradoDoutoramentoM 0 0 0 0 5 0 0 0 0 5F 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1T 0 0 0 0 6 0 0 0 0 6M 0 0 0 1 279 0 0 0 6 286F 0 0 0 0 122 0 0 0 1 123T 0 0 0 1 401 0 0 0 7 409M 0 0 0 4 166 0 0 0 4 174F 0 0 0 6 85 0 0 0 1 92T 0 0 0 10 251 0 0 0 5 266M 0 0 0 5 81 0 1 1 2 90F 0 0 0 9 50 0 0 0 1 60T 0 0 0 14 131 0 1 1 3 150M 0 0 0 3 8 0 0 0 0 11F 0 0 0 11 3 0 0 0 0 14T 0 0 0 14 11 0 0 0 0 25M 0 0 1 79 65 0 7 53 10 215F 0 0 4 156 56 0 1 27 2 246T 0 0 5 235 121 0 8 80 12 461M 0 0 1 2 0 0 0 0 0 3F 0 0 10 6 0 0 0 0 0 16T 0 0 11 8 0 0 0 0 0 19M 2 22 79 19 1 0 9 4 2 138F 3 20 220 29 1 0 2 2 1 278T 5 42 299 48 2 0 11 6 3 416M 0 0 3 1 1 0 0 0 0 5F 1 0 6 0 0 0 0 0 0 7T 1 0 9 1 1 0 0 0 0 12M 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0F 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1T 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1M 2 22 84 114 606 0 17 58 24 927F 4 20 241 217 318 0 3 29 6 838176T 6 42 325 331 924 0 20 87 30 5TotaisFonte: Balanço Social da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Oeiras, 2009.Quadro 4. Distribuição dos trabalhadores do Município, segundo o cargo/carreira, nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e o sexoOs dados apurados permitem a seguinte análise:° A distribuição do universo <strong>de</strong> trabalhadores, por sexo, permite i<strong>de</strong>ntificar uma da taxa <strong>de</strong> na or<strong>de</strong>mdos 47.5%;° A representação das mulheres é mais evi<strong>de</strong>nte na carreira <strong>de</strong> “Dirigentes Superior” e “CarreirasGerais- Técnico Superior e Assistente Técnico”. Por outro lado, <strong>de</strong>staca-se o papel dos trabalhadoresdo sexo masculino enquanto Dirigentes intermédios e na carreira dos Assistentes Operacionais. Napolícia municipal, on<strong>de</strong> tradicionalmente o sexo masculino predomina, verifica-se a mesma tendência;<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 27


° Em termos <strong>de</strong> tipo <strong>de</strong> vínculo, na modalida<strong>de</strong> que se reveste <strong>de</strong> maior precarieda<strong>de</strong>, isto é, “Contratopor Tempo Resolutivo Certo”, verifica-se o maior peso do sexo feminino, o que revela umasegregação transversal, isto é, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> exerçam profissão,as mulheres estão sobre representadas nos contratos a prazo e, em geral, nas modalida<strong>de</strong>s maisprecárias <strong>de</strong> emprego. Esta situação que remonta a 2009, entretanto, foi alvo <strong>de</strong> uma regularizaçãoque abrangeu todos os colaboradores que se encontravam abrangidos por este vínculo;° No que se refere às habilitações literárias verifica-se uma predominância do sexo masculino nosníveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> mais inferiores, isto é, até ao 9º ano. É a partir do 11º ano até aoDoutoramento, que se verifica que uma maior representação do sexo feminino.3.2 Análise global da Cultura organizacionalTendo presente a importância que a cultura <strong>de</strong> uma organização representa, pelas múltiplas inter-relaçõessubjacentes que influenciam e condicionam as (<strong>de</strong>s) igualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> género, nas esferas pública e privada,procurou-se caracterizar/ avaliar a cultura organizacional do objecto <strong>de</strong> estudo. Para esse efeito, proce<strong>de</strong>u-sedo seguinte modo:3.2.1 Aplicação <strong>de</strong> Inquérito por QuestionárioFoi solicitado à Direcção <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Administração e Desenvolvimento Organizacional (DMADO) querespon<strong>de</strong>sse a um Inquérito por questionário, (anexo 1), por ser a Unida<strong>de</strong> Orgânica que, no Município <strong>de</strong>Oeiras, assume:- como missão assegurar a informação necessária ao funcionamento dos serviços, a gestão dos recursoshumanos, a adopção <strong>de</strong> instrumentos que promovam a mo<strong>de</strong>rnização e a inovação organizacionais, entreoutros aspectos;- como estratégia garantir que a organização se constitui como um espaço <strong>de</strong> participação, inovação emo<strong>de</strong>rnização. “Uma administração que pensa estrategicamente e age <strong>de</strong>mocraticamente, valoriza acidadania e o serviço público e serve não apenas clientes mas cidadãos a quem presta contas e com quemdialoga.” 7Assim, e <strong>de</strong> forma a traçar o “perfil” da cultura organizacional em matéria <strong>de</strong> (<strong>de</strong>s) igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, foramabordadas as seguintes temáticas:7 <strong>Plano</strong> Estratégico <strong>Municipal</strong> do Município <strong>de</strong> Oeiras (2010).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 28


° Valores e princípios promotores <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género° Conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal° Processos <strong>de</strong> recrutamento e selecção° Processos <strong>de</strong> promoção e progressão na carreira° Formação e aprendizagem ao longo da vida° Remunerações° Benefícios sociais° Existência <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> discriminação em função do sexoNo que respeita aos valores e princípios promotores <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, foi referido que não é feitamenção expressa à igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens, enquanto valor a promover, no planeamentoestratégico e nos documentos internos (relatórios, planos e regulamentos). Quando questionado se aentida<strong>de</strong> divulga, em local apropriado, informação relativa aos direitos e <strong>de</strong>veres dos trabalhadores e dastrabalhadoras, em matéria <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> e não discriminação em função do sexo, maternida<strong>de</strong> e paternida<strong>de</strong>,a resposta concedida foi negativa.Em termos <strong>de</strong> conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal, foram colocadas diversasquestões cujas respostas, <strong>de</strong> uma forma geral, <strong>de</strong>monstram uma atitu<strong>de</strong> positiva, isto é, conducente àpromoção <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s.É possibilitada a opção por horários <strong>de</strong> trabalho flexíveis com vista à conciliação entre a vidaprofissional, familiar e pessoal <strong>de</strong> trabalhadores e trabalhadoras, nomeadamente no que concerneao período <strong>de</strong> amamentação/aleitamento?A Entida<strong>de</strong> possibilita a adaptação do tempo semanal <strong>de</strong> trabalho concentrando ou alargando ohorário <strong>de</strong> trabalho diário com vista à conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal <strong>de</strong>trabalhadores e trabalhadoras?Na marcação dos horários por turnos rotativos ou outros (se aplicável), são consi<strong>de</strong>radas asnecessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal <strong>de</strong> trabalhadores etrabalhadoras?A Entida<strong>de</strong> possibilita o trabalho a tempo parcial a trabalhadores e trabalhadoras com vista àconciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal?A Entida<strong>de</strong> encara <strong>de</strong> modo igual o exercício dos direitos da maternida<strong>de</strong> e da paternida<strong>de</strong> porparte das trabalhadoras e dos trabalhadores?A Entida<strong>de</strong> incentiva os homens a gozar o período <strong>de</strong> licença parental previsto na lei?A Entida<strong>de</strong> incentiva os homens ao uso <strong>de</strong> parte do tempo <strong>de</strong> licença por maternida<strong>de</strong>/paternida<strong>de</strong>que po<strong>de</strong> ser partilhada com a mãe?A Entida<strong>de</strong> encara <strong>de</strong> modo igual o exercício dos direitos <strong>de</strong> assistência à família por parte dastrabalhadoras e dos trabalhadores?SimNãoQuadro 5. Percepções dos colaboradores do Município relativas à conciliação entre a vida profissional,familiar e pessoal<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 29


No âmbito dos processos <strong>de</strong> recrutamento e selecção, foi questionado, se os critérios e procedimentos <strong>de</strong>recrutamento e selecção <strong>de</strong> recursos humanos têm presente o princípio da igualda<strong>de</strong> e da não discriminaçãoem função do sexo. A resposta à questão foi afirmativa. Também <strong>de</strong> uma forma positiva, foi afirmado que osanúncios <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> emprego não contêm elementos como “robustez física”, “disponibilida<strong>de</strong> total”,“situação conjugal” e “situação familiar”. Por outro lado, não é encorajada a candidatura e selecção <strong>de</strong>homens ou <strong>de</strong> mulheres <strong>para</strong> funções on<strong>de</strong> estejam subrepresentados/as.Relativamente aos processos <strong>de</strong> promoção e progressão na carreira, a resposta concedida afirma que aorganização, aquando da nomeação <strong>de</strong> uma pessoa <strong>para</strong> todos os níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, não tem presente oprincípio da igualda<strong>de</strong> e da não discriminação em função do sexo. Por outro lado, nos processos em questãosão reconhecidas, <strong>de</strong> igual modo, as competências dos trabalhadores e das trabalhadoras (habilitaçõesescolares, formação profissional, competências adquiridas por via formal e informal).Em matéria <strong>de</strong> formação e aprendizagem ao longo da vida, o questionário indica, por um lado, que naformação certificada não é integrado nenhum módulo relacionado com a temática da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género,nem é incentivada a frequência <strong>de</strong> formação neste âmbito. Por outro lado, é afirmado que a entida<strong>de</strong>incentiva a igual participação <strong>de</strong> mulheres e homens em processos <strong>de</strong> aprendizagem ao longo da vida.No âmbito da temática das remunerações obteve-se uma resposta positiva à questão “A entida<strong>de</strong>, naatribuição <strong>de</strong> remunerações complementares (ex: prémios e regalias acessórias) tem presente o princípio daigualda<strong>de</strong> e não discriminação em função do sexo, não penalizando mulheres ou homens pelas suasresponsabilida<strong>de</strong>s familiares (ex. ausências ao trabalho por assistência inadiável à família, licenças pormaternida<strong>de</strong>, paternida<strong>de</strong> e parental)?”.Quando questionado se a organização atribui benefícios aos seus trabalhadores, trabalhadoras e suasfamílias, <strong>de</strong> forma directa ou através <strong>de</strong> Serviços Sociais, a resposta obtida foi positiva, tendo sidoassinalados os seguintes: Protocolos com serviços <strong>de</strong> apoio <strong>para</strong> filhos e filhas <strong>de</strong> trabalhadores e trabalhadoras (creche, jardim <strong>de</strong>infância, ludoteca, activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> bem estar, cultura e lazer, ginásios); Apoio financeiro <strong>para</strong> pagamento <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> acolhimento a filhos e filhas <strong>de</strong> trabalhadores etrabalhadoras (creche, jardim <strong>de</strong> infância, amas e babysitters); Apoios financeiros ligados à educação <strong>de</strong> filhos e filhas (subsídios, bolsas, pagamento <strong>de</strong> livros,pagamento <strong>de</strong> colónia <strong>de</strong> férias); Serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas suas instalações a familiares dos trabalhadores e das trabalhadoras;Por último, foi questionada a DMADO, acerca da existência <strong>de</strong> queixas formais <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> situação <strong>de</strong>discriminação em função do sexo. A resposta a esta questão foi negativa.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 30


Não obstante os dados acima, resultantes da aplicação <strong>de</strong> um inquérito por questionário, existeminformações adicionais que reforçam o diagnóstico interno da organização objecto <strong>de</strong> estudo. A título <strong>de</strong>exemplo, importa informar que após a recolha dos dados, foram contempladas no <strong>Plano</strong> Anual <strong>de</strong> FormaçãoInterna acções <strong>de</strong> formação e sensibilização dirigidas a dirigentes e colaboradores.Um outro exemplo coaduna-se com a politica <strong>de</strong> comunicação interna vigente, sendo expresso emdocumentos relativos à marcação <strong>de</strong> férias que “salvo se houver prejuízo grave <strong>para</strong> a entida<strong>de</strong> empregadorapública, <strong>de</strong>vem gozar férias em idêntico período os cônjuges que trabalham no mesmo órgão ou serviço, bemcomo as pessoas que vivam em união <strong>de</strong> facto ou economia comum.”Alguns dos dados extraídos do Balanço Social referente ao ano <strong>de</strong> 2009, apontam <strong>para</strong> uma manutenção domo<strong>de</strong>lo tradicional <strong>de</strong> divisão sexual <strong>de</strong> papéis, nas esferas profissionais e familiares. A título <strong>de</strong> exemploquando tida em consi<strong>de</strong>ração a contagem das horas <strong>de</strong> trabalho extraordinário (diurno e nocturno) verifica-seuma diferença muito elevada, quando analisados os dados à luz do género.Extraordinário diárioExtraordinário nocturnoTotaisM 21014F 12579T 33593M 143687F 15414T 159101M 164701F 27993T 192694Quadro 6. Contagem das horas <strong>de</strong> trabalho extraordinário efectuadas pelos colaboradores do Município, diurno enocturno, segundo o sexoSe aten<strong>de</strong>rmos, igualmente, aos dados referentes aos dias <strong>de</strong> ausência, verificamos que as maioresassimetrias baseadas no sexo, verificam-se nos casos em que a justificação se coaduna com a protecção daparentalida<strong>de</strong> e a assistência a familiares:Dirigentes- SuperiorDirigentes-IntermédioCarreirasGerais-TécnicoSuperiorCarreirasGerais-AssistenteTécnicoCarreirasGerais.AssistenteOperacionalBombeirosInformáticaPolícia<strong>Municipal</strong>OutrosTotalProtecção naparentalida<strong>de</strong>Assistência afamiliaresM 0 35 252 15 133 0 15 211 15 676F 0 43 2896 623 834 0 0 653 0 5049T 0 78 3148 638 967 0 15 864 15 5725M 0 0 23 57 142 0 0 11 0 233F 0 0 156 261 215 0 0 67 0 699T 0 0 179 318 357 0 0 78 0 932Quadro 7. Protecção na parentalida<strong>de</strong> e assistência a familiares gozada pelos colaboradores do Município, por carreirasprofissionais<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 31


Não obstante o facto <strong>de</strong> se manterem algumas <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s, reforçam-se algumas das iniciativas querepresentam o mainstreaming na organização:O Programa Acolher Mais on<strong>de</strong> estão enquadradas as seguintes activida<strong>de</strong>s:° Subsídios Educacionais: Destinam-se à compensação <strong>de</strong> encargos com educação dos associados eseus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, matriculados e a frequentar estabelecimentos escolares. Nesta rubrica, incluemseo Subsídio <strong>de</strong> Infância e ATL (mensal); Subsídio <strong>de</strong> Estudos anual (do ensino básico ao ensinosuperior) e Subsídio <strong>de</strong> Matrícula (inscrições nos jardins <strong>de</strong> infância, ATL’s e ensino superior).° Subsídios Sociais: Destinam-se a trabalhadores, aposentados ou a seus cônjuges viúvos em situação<strong>de</strong> comprovada carência sócio-económica e/ou doença.° Festa <strong>de</strong> Natal dos filhos dos trabalhadores: visa reunir os colaboradores e suas famílias,proporcionando momentos <strong>de</strong> diversão e lazer, incluindo a entrega <strong>de</strong> presentes.° Complemento Medicamentoso: Destina-se a comparticipar com uma percentagem monetária osmedicamentos <strong>de</strong> trabalhadores com graves carências económicas.° Atendimento Psicossocial: Encontra-se à disposição <strong>de</strong> todos trabalhadores do Municipio,aposentados e seus familiares e <strong>de</strong>stina-se a prestar apoio a todas as situações <strong>de</strong> natureza social(áreas profissional, pessoal e familiar) apresentadas pelos próprios e/ou encaminhados pelosserviços (Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Ocupacional, chefias, etc.) e instituições (Segurança Social, Santa Casada Misericórdia, Hospitais, etc.).° Terapia Familiar: Todas as famílias passam por momentos chave do seu <strong>de</strong>senvolvimento, em queé necessário reorganizar as relações familiares e ultrapassar dificulda<strong>de</strong>s. A Terapia Familiar é<strong>de</strong>signada como uma psicoterapia que se aplica a casais ou a família.° Programa <strong>de</strong> apoio à mulher trabalhadora grávida (apoio técnico dirigido à grávida, e fornecimento <strong>de</strong>latas <strong>de</strong> leite <strong>de</strong> acordo com uma matriz tendo em conta o número <strong>de</strong> filhos e remuneração base).° Apoio na doença ao trabalhador no activo, aposentadio e seus familiares (Consultas <strong>de</strong> MedicinaGeral e Familiar, apoio <strong>de</strong> Enfermagem)° Programa <strong>de</strong> apoio ao trabalhador com problemas <strong>de</strong> adição - com um programa <strong>de</strong>sta natureza,preten<strong>de</strong>-se: Prevenir; Formar; Tratar, e em casos mais graves, Reintegrar. Foi com base nesta Visãoque se estabeleceu, que o Programa que consistir num apoio directo ao Trabalhador através <strong>de</strong>:Consulta Médica <strong>de</strong> Acompanhamento, Acompanhamento Psicológico e psicossocial ao trabalhador,pelas técnicas na área da Psicologia; Internamento Preferencial no CRAS, sempre que se verificasseessa necessida<strong>de</strong>; Apoio na marcação <strong>de</strong> consultas, exames e internamentos;Visita aostrabalhadores quando se encontram internados no CRAS; Articulação com as chefias no âmbito doposto <strong>de</strong> trabalho; Acompanhamento das Famílias em consulta <strong>de</strong> Terapia Familiar.° Parcerias na área da saú<strong>de</strong> e bem-estar: celebração <strong>de</strong> protocolos tendo como objectivo a criação <strong>de</strong>uma re<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> local permitindo que os trabalhadores e seus agregados familiares possambeneficiar <strong>de</strong> preços mais reduzidos nos serviços a prestar bem como priorida<strong>de</strong>s.No Programa Prevenir Mais on<strong>de</strong> estão enquadradas as seguintes activida<strong>de</strong>s:° Rastreios Selectivos: os rastreios são gratuitos e voluntarios, po<strong>de</strong>ndo ser selectivos ou gerais(Exemplo: rastreio auditivo <strong>para</strong> assistente operacionais- motoristas).° Vacinação – assegurar o plano <strong>de</strong> vacinação (Hepatite A+B, tetano e Gripe).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 32


° Campanha <strong>de</strong> Protecção solar- fornecimento <strong>de</strong> protetores solares como Equipamento <strong>de</strong> ProtecçãoIndividual aos trabalhadores expostos à luz solar.Destacam-se, ainda, as seguintes activida<strong>de</strong>s:° Cabazes <strong>de</strong> Natal: Na época natalícia são distribuídos cabazes <strong>de</strong> Natal por todos os trabalhadoresdo Município.° Distribuição gratuita <strong>de</strong> leite: nos bares a todos os colaboradores.° Atribuição <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso complementares: Para além dos 25 dias úteis <strong>de</strong> férias, o Municípioatribui ainda 5 dias extra a colaboradores sem falhas em termos <strong>de</strong> assiduida<strong>de</strong>, bem como cerca <strong>de</strong>dois dias por ano como tolerância <strong>de</strong> ponto (pontes).° Bares: O Município coloca à disposição dos colaboradores vários Bares/ Refeitórios (Edifício dosPaços do Concelho, Oficinas do Espargal e Serviços Técnicos), <strong>de</strong>stacando-se o funcionamentocontínuo (24h) dos bares das Oficinas do Espargal e Serviços Técnicos, no sentido <strong>de</strong> dar respostaàs necessida<strong>de</strong>s dos colaboradores que trabalham por turnos.° Ocupação <strong>de</strong> tempos livres <strong>de</strong> Filhos <strong>de</strong> Colaboradores: No âmbito do Programa <strong>de</strong> Ocupação <strong>de</strong>Tempos Livres <strong>de</strong>stinado a Munícipes (Tempo Jovem), existe, nos meses <strong>de</strong> Verão (Julho aSetembro), um subprograma específico <strong>para</strong> filhos <strong>de</strong> colaboradores que permite a sua integraçãonuma unida<strong>de</strong> orgânica da Município no intuito <strong>de</strong> realizar tarefas administrativas. Também noPrograma Mexe-te nas Férias (colónia <strong>de</strong> férias) se tem verificado uma taxa <strong>de</strong> inscrição relevante <strong>de</strong>filhos <strong>de</strong> colaboradores.A análise dos dados obtidos, conduz, em termos genéricos, a uma apreciação positiva, ressalvando contudoque importa integrar uma politica <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma mais efectiva em áreas que revelaram uma maiorfragilida<strong>de</strong>, como é o caso da promoção e divulgação <strong>de</strong> valores/ princípios e <strong>de</strong> alguns aspectospotenciadores <strong>de</strong> uma maior conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal.3.2.2 Análise sintética dos resultados do Estudo Melhores Entida<strong>de</strong>s Públicas <strong>para</strong> Trabalhar doInstituto Great Place to Work (2010)O estudo citado, tendo como objectivo avaliar/ caracterizar a cultura organizacional do Município, recorreu àmetodologia Culture Audit (através do contributo das Unida<strong>de</strong>s Orgânicas da DMADO) e à aplicação <strong>de</strong>questionários a uma amostra <strong>de</strong> colaboradores <strong>de</strong> modo a aferir a sua satisfação. No âmbito <strong>de</strong>sta últimametodologia, apurou-se um índice <strong>de</strong> concordância nas respostas na or<strong>de</strong>m dos 57%. 8Para o presente documento, foram extraídos os resultados que permitem avaliar a satisfação doscolaboradores inquiridos relativamente a aspectos directamente relacionados com uma (<strong>de</strong>s) igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>género no contexto organizacional. O quadro seguinte reflecte os dados obtidos:8 Em termos com<strong>para</strong>tivos, o TOP 30 das Melhores Empresas <strong>para</strong> trabalhar apresenta uma média <strong>de</strong> 83%.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 33


AfirmaçõesMédiaRespostasSexo FemininoRespostasSexo MasculinoEm caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>, tenho liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> flexibilizaro meu horário <strong>de</strong> trabalho 65 69 58Somos encorajados a procurar conciliar a vida pessoal eprofissional 56 58 53Toda a gente é bem tratada, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dosexo 78 77 79Quadro 8. Percepções dos colaboradores do Município relativas à conciliação entre a vida profissional,familiar e pessoal, <strong>de</strong> acordo com o Instituto Great Pleace do WorkNão obstante, numa análise imediata, os resultados se revelarem positivos, importa igualmente avaliar asrespostas obtidas tendo por referência os critérios <strong>de</strong>finidos pelos autores do estudo, que se encontramexpressos no quadro seguinte:Índice <strong>de</strong> Concordância 9Acima <strong>de</strong> 98% no índice <strong>de</strong> concordânciaEntre 76% e 98% no índice <strong>de</strong> concordânciaEntre 65% e 75% no índice <strong>de</strong> concordânciaAbaixo <strong>de</strong> 65% no índice <strong>de</strong> concordânciaAvaliaçãoPonto forteNível satisfatório <strong>de</strong> avaliaçãoÁrea que merece atençãoOportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoriaQuadro 9. Indice <strong>de</strong> Concordância <strong>de</strong>finido pelo Instituto Great Pleace do WorkEsta segunda análise <strong>de</strong>monstra, em matéria <strong>de</strong> (<strong>de</strong>s) igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, que a apreciação feita pelosrespon<strong>de</strong>ntes revela-se predominantemente <strong>de</strong>sfavorável, com excepção da última afirmação que aborda atemática <strong>de</strong> forma mais genérica.3.3. Caracterização dos inquiridos3.3.1 DirigentesDurante os meses <strong>de</strong> Abril e Maio <strong>de</strong> 2010, por Despacho do Sr. Presi<strong>de</strong>nte da CMO, foi solicitada acolaboração dos dirigentes afectos à edilida<strong>de</strong>, <strong>para</strong> que, <strong>de</strong> forma anónima, respon<strong>de</strong>ssem a um inquéritopor questionário (anexo 2). O questionário foi respondido por 21 colaboradores do Município <strong>de</strong> um universocomposto por 54 indivíduos, o que correspon<strong>de</strong> a 39% da taxa <strong>de</strong> retorno, que se situa nas taxas normais <strong>de</strong>resposta em inquéritos sociológicos.9 O índice <strong>de</strong> concordância traduz-se na percentagem <strong>de</strong> colaboradores que <strong>de</strong>ram uma resposta positiva a <strong>de</strong>terminadaquestão, consi<strong>de</strong>rando como resposta positiva numa escala <strong>de</strong> 1 a 5, os níveis 4 e 5 (“concordo na maioria das vezes” e“concordo sempre”).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 34


Analisando as respostas obtidas, tendo em conta a variável sexo, verifica-se uma representação maissignificativa do sexo feminino. Com efeito, consi<strong>de</strong>rando o total <strong>de</strong> 20 respostas válidas, obtiveram-se 12 porparte <strong>de</strong> mulheres (57.1%) e 8 por parte <strong>de</strong> homens (38.1%).No que concerne à ida<strong>de</strong> dos inquiridos, <strong>de</strong>nota-se uma distribuição equitativa pelas duas categorias<strong>de</strong>finidas, isto é, 47.6% das respostas obtidas coinci<strong>de</strong>m com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 26 e aos 45anos, sendo que percentagem igual situa-se entre os 46 e os 65 anos.Quando questionados acerca da dimensão do agregado familiar, apurou-se que os números maisfrequentes oscilam entre as 3 e 4 pessoas, com 28.6% e 19%, respectivamente. Isto é, a média dasrespostas obtidas correspon<strong>de</strong> a 3,32 por agregado familiar.Quando analisada a composição do agregado familiar dos inquiridos verifica-se que a maioria dasrespostas coinci<strong>de</strong> com a coabitação com cônjuge e filhos (ambos com 40.5%). O número <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong>inquiridos que vivem sós ou com outros familiares não se reveste <strong>de</strong> expressão significativa. No que dizrespeito ao número <strong>de</strong> filhos, constata-se que a média correspon<strong>de</strong> a 1,8. Com efeito, a maior percentagem<strong>de</strong> respostas coinci<strong>de</strong> com 1 ou 2 filhos (33.3% e 23.8%, respectivamente).De realçar que o total <strong>de</strong> 6 respostas não válidas, <strong>de</strong>ve-se ao facto <strong>de</strong> quatro dos inquiridos afirmar não terfilhos, sendo que os restantes não respon<strong>de</strong>ram à questão. Quando questionados relativamente à ida<strong>de</strong> dosfilhos e, não tendo presente as respostas não aplicáveis, isto é, dos inquiridos que afirmam não ter filhos, osdados aferidos <strong>de</strong>monstram que existe uma predominância <strong>de</strong> filhos menores (70%).Frequência % % RespostasválidasTodos os filhos são menores 7 33,33 70,0Respostas válidasTodos os filhos são maiores 1 4,76 10,0Existem filhos menores emaiores2 9,52 20,0Total 10 47,62 100,0Respostas não válidas Não respon<strong>de</strong> 7 33,33Não aplicável 4 19,05Total 21 100Quadro 10. Ida<strong>de</strong> dos filhos, dirigentes do Município<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 35


Para efeitos <strong>de</strong> caracterização profissional, questionou-se os dirigentes acerca das suas habilitaçõesliterárias. Como expectável, a maioria é licenciada (52.4%). De <strong>de</strong>stacar, ainda, que 33.3% têm uma Pósgraduaçãoe 9.5%, Douturamento/ Mestrado.Não obstante a opção por preservar a confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> dos dados, verificou-se um número significativo <strong>de</strong>dirigentes que i<strong>de</strong>ntificou a Unida<strong>de</strong> Orgânica. Os dados apurados <strong>de</strong>monstram uma distribuição equilibradaestando representados todos os serviços existentes.Frequência % % Respostas válidasGabinete <strong>de</strong> Comunicação 1 4,8 10,0Gabinete <strong>de</strong> Desenvolvimento1 4,8 10,0<strong>Municipal</strong>Direcção <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Administração e 2 9,5 20,0Desenvolvimento OrganizacionalDirecção <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Planeamento e 1 4,8 10,0Gestão Financeira e PatrimonialRespostas válidasDirecção <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Planeamento,3 14,3 30,0Urbanismo e HabitaçãoDirecção <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Obras e1 4,8 10,0AmbienteDirecção <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento 1 4,8 10,0Social e CulturalTotal 10 47,6 100,0Respostas não Não respon<strong>de</strong> 11 52,4válidasTotal 21 100,0Quadro 11. Unida<strong>de</strong> Orgânica, dirigentes do MunicípioQuestionados acerca da antiguida<strong>de</strong>, o maior número <strong>de</strong> respostas coadunou-se com a categoria quecompreen<strong>de</strong> “11 a 20 anos”, seguindo-se logo imediatamente “21 e mais anos”, com 42.9% e 38.1%,respectivamente.3.3.2 ColaboradoresNo mesmo período, foi solicitada a colaboração dos colaboradores afectos à edilida<strong>de</strong>, <strong>para</strong> que, <strong>de</strong> formaanónima, respon<strong>de</strong>ssem a um inquérito por questionário (anexo 3). O questionário foi respondido por 147colaboradores do Município dos 442 seleccionados <strong>para</strong> a amostra, o que correspon<strong>de</strong> a 33% da taxa <strong>de</strong>retorno, que se situa nas taxas normais <strong>de</strong> resposta em inquéritos sociológicos.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 36


Em termos <strong>de</strong> caracterização das respostas, e no que concerne ao sexo, verifica-se uma distribuiçãoequilibrada, tendo-se obtido 76 respostas do sexo feminino (51.7%) e 71 respostas do sexo masculino(48.3%). Relativamente à ida<strong>de</strong> dos inquiridos, as faixas etárias mais frequentes situam-se entre os 46 e aos65 anos (51.7%) e os 26 e 45 anos (44.2%), o que é expectável consi<strong>de</strong>rando que as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>observação correspon<strong>de</strong>m à população activa.Quando questionados acerca da dimensão do agregado familiar, 31.3% dos inquiridos optaram por nãorespon<strong>de</strong>r à questão. Dos restantes que disponibilizaram dados, apurou-se que os números mais frequentesoscilam entre as 3 e 4 pessoas, com 21.8% e 20.4%, respectivamente.Isto é, a média das respostas obtidas correspon<strong>de</strong> a 3.18, por agregado familiar. Concretizando esta questão,os dados aferidos relativamente à constituição do agregado familiar apesar <strong>de</strong> revelarem, com maiorexpressão, o facto dos inquiridos coabitarem com os seus cônjuges e filhos (39.7%, em ambos os casos),manifestam a presença <strong>de</strong> situações diferenciadas. Com efeito, 7.9% dos inquiridos afirmam viver sós, sendoque 7% indica viver com os pais. Analisando a ida<strong>de</strong> dos inquiridos que afirmam viver com os pais, verifica-seque a maioria se situa entre os 26 e os 45 anos. Relativamente ao número <strong>de</strong> filhos, os dados apurados<strong>de</strong>monstram que a média correspon<strong>de</strong> a 1.69. Com efeito, a maior percentagem <strong>de</strong> respostas situa-se entre 1e 2 filhos (50.6% e 40.2%, respectivamente). De realçar contudo, que se verificou um número significativo <strong>de</strong>respostas que coinci<strong>de</strong>m com a não existência <strong>de</strong> filhos.Respostas válidasRespostas nãoválidasFrequência % % Respostas válidas1 44 29,9 50,62 35 23,8 40,23 2 1,4 2,34 4 2,7 4,65 1 0,7 1,16 1 0,7 1,1Total 87 59,2 100,0Não respon<strong>de</strong> 13 8,8Não têm filhos 47 32,0Total 147 100,0Quadro 12. Número <strong>de</strong> filhos, colaboradores do MunicípioQuando questionados relativamente à ida<strong>de</strong> dos filhos e, não tendo presente as respostas não aplicáveis,isto é, dos inquiridos que afirmam não ter filhos, os dados aferidos <strong>de</strong>monstram que existe umapredominância <strong>de</strong> filhos menores (45.3%).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 37


Respostas válidasRespostas nãoválidasFrequência % % Respostas válidasTodos os filhos são menores 24 16,3 45,3Todos os filhos são maiores 20 13,6 37,7Existem filhos menores e maiores 9 6,1 17,0Total 53 36,0 100,0NR 47 32,0Não têm filhos 47 32,0Total 147 100,0Quadro 13. Ida<strong>de</strong> dos filhos, colaboradores do MunicípioAnalisando, por outro lado, aspectos mais relativos à esfera profissional, as respostas apuradas indicam quea maioria dos inquiridos encontra-se integrada na carreira <strong>de</strong> Assistente Operacional (78%). A carreira <strong>de</strong>Técnico Superior correspon<strong>de</strong> à percentagem <strong>de</strong> respostas menos representada (10.6%). Em termos <strong>de</strong>antiguida<strong>de</strong>, a maioria das respostas recaiu no período que compreen<strong>de</strong> entre 11 a 20 anos (33.3%). Comexpressão significativa, <strong>de</strong>staca-se ainda o período compreendido entre 6 e 10 anos que reúne 29% dasrespostas. No que concerne ao tipo <strong>de</strong> vínculo, os dados <strong>de</strong>monstram que a predominância das respostascoinci<strong>de</strong> com a celebração <strong>de</strong> um contrato <strong>de</strong> trabalho por Tempo In<strong>de</strong>terminado (77.2%). Quando cruzadaesta variável com a carreira, verifica-se que esta tendência é comum a todas as possibilida<strong>de</strong>s.Analisadas as habilitações literárias constata-se que a maior percentagem <strong>de</strong> respostas coinci<strong>de</strong> com o 1º e2º/3º ciclos do ensino básico (32.1% e 27.9%, respectivamente). Estes dados coadunam-se com a carreirapredominante dos respon<strong>de</strong>ntes que não exigem habilitações literárias mais elevadas. Apenas 14.3% dosinquiridos têm formação superior. Quando analisada esta variável, tendo em consi<strong>de</strong>ração o sexo do inquiridoverifica-se que é no sexo masculino que se concentram os níveis mais baixos <strong>de</strong> habilitações.SexoTotalMasculino FemininoDoutoramento/Mestrado 1 2 3Pós-Graduação 1 4 5Licenciatura 3 9 12Habilitações Bacharelato/Curso médio 0 3 3LiteráriasEnsino Secundário 13 20 332º e 3º ciclo do Ensino24 15 39Básico1º ciclo do Ensino Básico 26 19 45Total (respostas válidas) 68 72 140Quadro 14. Habilitações literárias, segundo o sexo, colaboradores do Município<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 38


Relativamente à Unida<strong>de</strong> Orgânica on<strong>de</strong> os inquiridos estão integrados, <strong>de</strong>staca-se que a gran<strong>de</strong>percentagem <strong>de</strong> respostas é proveniente da Direcção <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Obras e Ambiente (66.4%), seguindo-se aDirecção <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento Social e Cultural (13.1%). De realçar que se verificou um númeroconsi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> respostas omissas a esta questão (17%).3.4 (Des) igualda<strong>de</strong> no contexto do Concelho <strong>de</strong> OeirasRelativamente a este aspecto, só foi inquirido o grupo dos dirigentes verificando-se uma distribuiçãoequitativa pelas duas categorias <strong>de</strong>finidas, isto é, 47.6% das respostas obtidas coinci<strong>de</strong>m a crença <strong>de</strong> queexistem situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> no Concelho, sendo que percentagem igual <strong>de</strong> inquiridos manifesta umaopinião contrária. Quando solicitada uma avaliação das situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, o maior número <strong>de</strong>respostas (<strong>de</strong>ntro do total <strong>de</strong> válidas) coaduna-se com a percepção <strong>de</strong> uma diminuição (23.8%).Quando confrontados com as afirmações abaixo, os inquiridos manifestaram a sua opinião, que se encontrareflectida no quadro abaixo.1 2 3 4 5Sexo SexoTotal Total Sexo Total Sexo SexoTotal TotalM F M F M F M F M FDiscordo completamente 0 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2 2Discordo 1 0 1 5 4 9 2 6 8 2 0 2 4 4 8Concordo 6 10 16 2 7 9 6 3 9 4 3 7 3 4 7Concordo plenamente 1 1 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1Total (respostas válidas) 8 12 20 8 12 20 8 9 17 6 3 9 7 11 18Quadro 15. Percepções sobre igualda<strong>de</strong> no contexto do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, dirigentes do Município1) As <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s no acesso ao emprego têm diminuído2) A representação dos dois géneros nas profissões encontra-se equilibrada3) Os equipamentos <strong>de</strong> apoio à família existentes são suficientes4) As situações <strong>de</strong> violência <strong>de</strong> género no Concelho diminuíram5) As acessibilida<strong>de</strong>s e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte do Concelho facilitam a conciliação entre vida pessoal, familiar eprofissionalOs dados aferidos <strong>de</strong>monstram que o grupo dos dirigentes, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do sexo, partilha da crença<strong>de</strong> que as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s no acesso ao emprego e as situações <strong>de</strong> violência no Concelho, diminuíram.Acreditam, igualmente, que as acessibilida<strong>de</strong>s e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte do Concelho facilitam a conciliação entrevida pessoal, familiar e profissional.Quando colocados perante a afirmação “A representação dos dois géneros nas profissões encontra-seequilibrada”, verifica-se, no entanto, uma diferença <strong>de</strong> opinião baseada na variável sexo. Com efeito,enquanto que os inquiridos do sexo masculino discordam, as mulheres manifestam a sua concordância.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 39


Também quando confrontados com a afirmação <strong>de</strong> que os equipamentos <strong>de</strong> apoio à família existentes sãosuficientes se <strong>de</strong>nota uma discrepância <strong>de</strong> opiniões, <strong>de</strong>stacando-se que as mulheres, na sua maioriadiscordam.Foi, ainda, solicitado ao grupo dos dirigentes que enunciassem as principais características do Concelho que,na sua opinião, condicionam, <strong>de</strong> forma positiva ou negativa, uma efectiva <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>. As respostasapuradas, permitem a seguinte análise:Politicas sociais vigentesRespostas existentes- Creches, escolas, lares (…)Serviços disponibilizados à comunida<strong>de</strong>Empresas <strong>de</strong> serviços baseadas no conhecimentoVias <strong>de</strong> acessoHabilitações literárias elevadasPontos FortesPontos FracosTransportes públicosVias <strong>de</strong> acessoRespostas existentes- Creches, escolas, lares (…)Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> funcionamento das respostas (horários)Bairros sociaisMinorias étnicas (culturas diferentes e baixos níveis <strong>de</strong> habilitações)Disponibilida<strong>de</strong> habitacional a<strong>de</strong>quada (distância residência/trabalho)Figura 7. Percepções sobre igualda<strong>de</strong> no contexto do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, dirigentes do MunicípioDe <strong>de</strong>stacar, em primeiro lugar, o facto <strong>de</strong> dois aspectos “Respostas existentes- Creches, escolas, lares (…)”e “Vias <strong>de</strong> acesso”, terem sido indicados simultaneamente como factores positivos e negativos.De realçar, igualmente, que os transportes públicos foram referenciados como aspecto negativo, por mais doque um inquirido.De um modo geral, e em termos positivos, o Concelho <strong>de</strong> Oeiras é conotado como um território com boaqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, potenciando um equilíbrio efectivo em termos <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 40


3.5. Percepção acerca da evolução prospectiva da situação da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género na Administração Local1 2 3 4 5 6 7 8SexoSexoSexoSexoSexoSexoSexoSexoTotalTotalTotalTotalTotalTotalTotalMasculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino FemininoTotalDiscordocompletamente1 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 2 0 2Discordo 0 2 2 0 1 1 1 2 3 1 0 1 1 2 3 1 3 4 1 5 6 4 5 9Não concordonem discordo3 2 5 3 1 4 1 0 1 1 2 3 1 2 3 0 2 2 3 5 8 0 3 3Concordo 3 7 10 2 9 11 5 10 15 3 10 13 3 7 10 4 6 10 2 2 4 1 4 5Concordoplenamente0 1 1 1 1 2 0 0 0 2 0 2 1 1 2 1 1 2 0 0 0 0 0 0Total 7 12 19 7 12 19 7 12 19 7 12 19 7 12 19 7 12 19 7 12 19 7 12 19Quadro 16. Percepção acerca da evolução prospectiva da situação da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género na Administração Local, colaboradores do Município1)O aumento do número <strong>de</strong> mulheres na administração local é uma tendência natural resultante da evolução cultural/ <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong>s2) O aumento do número <strong>de</strong> mulheres na administração local é uma tendência natural resultante do aumento da escolarida<strong>de</strong>/qualificações das mesmas3) O aumento do número <strong>de</strong> mulheres na administração local em lugares e áreas que lhes eram antes vedados, resulta da tomada <strong>de</strong> consciência e conquista das próprias mulheres4) O aumento do número <strong>de</strong> mulheres na administração local tem vindo a superar o número <strong>de</strong> homens5) Um equilíbrio <strong>de</strong> número e representativida<strong>de</strong> entre homens e mulheres é o i<strong>de</strong>al6) O aumento do número <strong>de</strong> mulheres em lugares <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão resulta da evolução <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong>s no sentido da melhor aceitação <strong>de</strong> chefias mulheres7) Existe uma menor representativida<strong>de</strong> das mulheres em lugares <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão por opção das mesmas <strong>de</strong>vido às suas responsabilida<strong>de</strong>s familiares8) Regista-se um aumento do número <strong>de</strong> mulheres na administração local, mas simultaneamente permanência dos lugares <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão maioritariamente masculinosTendo por referência o contexto organizacional e respectiva cultura da Administração Pública Local, os inquiridos posicionaram-se perante <strong>de</strong>terminadasafirmações, <strong>de</strong> uma forma relativamente homogénea. Nas afirmações 1), 3), 4), 5) e 6) verifica-se uma concordância, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da variável sexo. Asquestões 2), 7) e 8) suscitam, por outro lado, uma discrepância <strong>de</strong> opiniões consoante o sexo do inquirido e uma neutralida<strong>de</strong> ou discordância face à afirmação. Atítulo exemplificativo, a afirmação “Regista-se um aumento do número <strong>de</strong> mulheres na administração local, mas simultaneamente permanência dos lugares <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão maioritariamente masculinos”, obtém maioritariamente uma discordância por parte <strong>de</strong> homens e mulheres, contudo, existe um número consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong>inquiridas que concordam com a frase.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 41


3.6 (Des) igualda<strong>de</strong> no contexto do Município <strong>de</strong> OeirasNo que concerne à percepção dos inquiridos, colaboradores e dirigentes, relativamente a situações <strong>de</strong><strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> no Município <strong>de</strong> Oeiras, os dados apurados revelaram que a maioria consi<strong>de</strong>ra ser inexistente.Com efeito, 76.2% dos dirigentes e 89.8% dos colaboradores consi<strong>de</strong>ram não se verificarem situações <strong>de</strong><strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> no contexto organizacional. Ainda assim, existe uma percentagem, não negligenciável, queafirma existirem situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> internamente. Este aspecto tem mais expressão no grupo doscolaboradores e, <strong>de</strong> um modo geral, no sexo feminino.Frequência % % RespostasválidasRespostas Sim 4 19,0 20,0válidas Não 16 76,2 80,0Total 20 95,2 100,0Respostas NR 1 4,8nãoválidasTotal 21 100,0Sexo TotalMasculino FemininoSituações <strong>de</strong> Sim 1 3 4<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>na CMO Não 7 9 16Total (respostasválidas) 8 12 20Quadro 17. Percepção da existência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, segundo o sexo, dirigentes do MunicípioFrequência % % RespostasválidasRespostas Sim 35 23,8 26,5válidas Não 97 66,0 73,5Total 132 89,8 100,0Respostasnão válidas NR 15 10,2Total 147 100,0Sexo TotalMasculino FemininoSituações <strong>de</strong> Sim 14 21 35<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>na CMO Não 46 51 97Total (respostasválidas) 60 72 132Quadro 18. Percepção da existência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, segundo o sexo, colaboradores do MunicípioTendo em consi<strong>de</strong>ração somente as respostas positivas à questão colocada anteriormente, solicitou-se aosinquiridos que avaliassem a evolução das situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, em contexto organizacional. No casodos dirigentes, a maior percentagem <strong>de</strong> respostas coaduna-se com a percepção <strong>de</strong> que as situações têmdiminuído.Por outro lado, na perspectiva dos colaboradores, a percepção mais comum é <strong>de</strong> que as situações se têmmantido constantes. Só um número muito pouco significativo <strong>de</strong> colaboradores indica um aumento.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 42


Frequência % % RespostasválidasRespostas válidas Têm aumentado 0 0,0 0,0Têm-se mantido1 4,8 20,0constantesTêm diminuído 4 19,0 80,0Respostas nãoválidasTotal 5 23,8 100,0Não respon<strong>de</strong> 1 4,8Não aplicável 15 71,4Total 21Quadro 19. Percepção da evolução das situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, segundo o sexo, dirigentes do MunicípioFrequência % % RespostasSexoTotalválidasMasculinoFemininoTêm aumentado 8 5,4 19,0Têm3 5 8RespostasTêm-se mantido23 15,6 54,8aumentadoválidasconstantesTêm-seTêm diminuído 11 7,5 26,2mantido11 12 23Total 42 28,6 100,0constantesRespostasnão válidasNão respon<strong>de</strong> 19 12,9Não aplicável 86 58,5Têmdiminuído5 6 11Total 147 100,0Quadro 20. Percepção da evolução das situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, segundo o sexo, colaboradores do Município3.7 (Des) igualda<strong>de</strong> no contexto da Unida<strong>de</strong> OrgânicaQuestionado o grupo dos dirigentes relativamente à existência/ sinalização <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> nocontexto da Unida<strong>de</strong> Orgânica, apuraram-se os seguintes dados:1 2 3 4 5Frequência % Frequência % Frequência % Frequência %%RespostasválidasFrequência %%RespostasválidasSim 19 90,5 0 0 4 19 5 23,8 26,3 9 42,9 47,4Não 2 9,5 21 100 17 81 14 66,7 73,7 10 47,6 52,6Total 21 100 21 100 21 100 19 90,5 100 19 90,5 100Nãorespon<strong>de</strong>0 0 0 0 0 0 2 9,5 2 9,5Total 21 100 21 100 21 100 21 100 21 100Quadro 21. <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> no contexto da Unida<strong>de</strong> Orgânica, dirigentes do Município<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 43


1) Na unida<strong>de</strong> orgânica que dirige procura apoiar a conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal <strong>de</strong>trabalhadores e trabalhadoras, através da opção por horários <strong>de</strong> trabalho flexíveis, adaptação do temposemanal <strong>de</strong> trabalho ou marcação dos horários por turnos rotativos ou outros?2) No último ano a unida<strong>de</strong> orgânica que dirige teve contacto com situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género?3) No último ano a unida<strong>de</strong> orgânica que dirige teve contacto especificamente com situações <strong>de</strong> violênciadoméstica?4) As pessoas que trabalham na unida<strong>de</strong> orgânica que dirige são incentivadas a apresentar sugestões quecontribuam <strong>para</strong> a igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens, a conciliação entre a vida profissional, familiar epessoal e a protecção da maternida<strong>de</strong> e da paternida<strong>de</strong>?5) A unida<strong>de</strong> orgânica que dirige utiliza linguagem e imagens não discriminatórias em função do sexo napublicida<strong>de</strong> e na promoção das suas activida<strong>de</strong>s?De um modo geral, verifica-se que, na percepção dos inquiridos, têm pouca expressivida<strong>de</strong> os casosi<strong>de</strong>ntificados como atentatórios <strong>de</strong> uma efectiva igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género. Com efeito, às questões 2 e 3, amaioria respon<strong>de</strong>u negativamente. De realçar contudo, as 4 respostas que indicaram o conhecimento <strong>de</strong>situações <strong>de</strong> violência doméstica. Como positivo afiguram-se, igualmente, os dados que <strong>de</strong>monstram que amaioria dos inquiridos, na Unida<strong>de</strong> Orgânica sob sua gestão, procuram apoiar a conciliação entre a vidaprofissional, familiar e pessoal dos seus colaboradores. As questões i<strong>de</strong>ntificadas como 4 e 5 <strong>de</strong>monstramuma maior dispersão nas respostas, sendo que no caso da primeira, a maioria assume que não é incentivadaa apresentação <strong>de</strong> sugestões que contribuam <strong>para</strong> a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género. Na última questão, a respostasdistribuem-se <strong>de</strong>monstrando que não existe uma sensibilização <strong>para</strong> a importância <strong>de</strong>sta matéria nacomunicação com o público-alvo do Município.Seguidamente, foi solicitado ao grupo dos dirigentes que manifestasse a sua opinião relativamente àscaracterísticas profissionais <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, <strong>de</strong> modo a traçar a avaliação que efectuam tendo por base avariável género.Assim, verificaram-se as seguintes representações <strong>de</strong> género sobre li<strong>de</strong>rança:Características Profissionais Masculinasa)Perspectiva dos homens± Rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão↑ Consenso na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão↑ ± Preocupação com o clima laboral± Preocupação com resultados em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong>processos administrativos↑ Promoção <strong>de</strong> trabalho em equipaPerspectiva das mulheres↑ Rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão± Consenso na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão↑ ± Preocupação com o clima laboral↑ ± ↓ Preocupação com resultados em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong>processos administrativos↑ Promoção <strong>de</strong> trabalho em equipa± Neutralida<strong>de</strong> ↑ Concordância ↓ DiscordânciaFigura 8. Representações <strong>de</strong> género sobre li<strong>de</strong>rança, caracteristicas profissionais masculinas, dirigentes do Município<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 44


Características Profissionais Femininasb)Perspectiva dos homens↑ Rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão↑ Consenso na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão↑ Preocupação com o clima laboral± Preocupação com resultados em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong>processos administrativos↑ Promoção <strong>de</strong> trabalho em equipa↑ Incentivo à inovação e criativida<strong>de</strong>Perspectiva das mulheres↑ Rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão± Consenso na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão± Preocupação com o clima laboral↑↓ Preocupação com resultados em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong>processos administrativos↑ Promoção <strong>de</strong> trabalho em equipa↑ Incentivo à inovação e criativida<strong>de</strong>± Neutralida<strong>de</strong> ↑ Concordância ↓ DiscordânciaFigura 9. Repres. <strong>de</strong> género sobre li<strong>de</strong>rança, caracteristicas profissionais femininas, dirigentes do MunicípioPelos dados apurados, surge como consensual <strong>para</strong> os inquiridos <strong>de</strong> ambos os sexos que as competênciascomportamentais <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança dos homens com maior <strong>de</strong>staque são “promoção do trabalho em equipa” e“incentivo à inovação e criativida<strong>de</strong>”. Analisando isoladamente a percepção masculina relativamente àscapacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança do mesmo sexo, verifica-se também a valorização <strong>de</strong> “mediação <strong>de</strong> conflitos”,“consenso na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão” e “facilida<strong>de</strong> em estabelecer relações e comunicar”. A “rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão”e a “preocupação com resultados em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> processos administrativos” surgem como aspectosencarados com alguma neutralida<strong>de</strong>.Na avaliação das características <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança dos homens, a perspectiva feminina diferencia-se, <strong>de</strong>stacandopositivamente a “rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão”. As restantes características surgem como positivas e,simultaneamente, <strong>de</strong> forma neutra.No que concerne às competências comportamentais <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança das mulheres, quando avaliadas pelo sexomasculino, verifica-se que são valorizados todos os aspectos, com excepção da “preocupação comresultados em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> processos administrativos” cujos dados apontam <strong>para</strong> uma neutralida<strong>de</strong> <strong>de</strong>opiniões. A auto-avaliação efectuada contudo, encara com neutralida<strong>de</strong> características como “consenso natomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão” e “preocupação com o clima laboral”.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 45


a) Características masculinas1 2 3 4 5 6 7 8SexoSexoSexoSexoSexoSexoSexoSexoMasculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino FemininoTotalDiscordo0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0completamenteDiscordo 0 1 1 1 1 2 0 1 1 0 3 3 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 1 1Não concordonem discordo4 2 6 1 5 6 3 5 8 3 3 6 3 6 9 2 3 5 2 7 9 1 5 6Concordo 3 7 10 3 4 7 3 5 8 2 3 5 3 5 8 5 6 11 5 3 8 5 5 10Concordoplenamente0 1 1 2 1 3 1 0 1 1 1 2 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1Total 7 11 18 7 11 18 7 11 18 7 10 17 7 11 18 7 11 18 7 11 18 7 11 18Não respon<strong>de</strong> 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Total 7 11 18 7 12 19 7 11 18 7 10 17 7 11 18 7 11 18 7 11 18 7 11 18Quadro 22. Representações <strong>de</strong> género sobre li<strong>de</strong>rança, caracteristicas profissionais masculinas, dirigentes do MunicípioDiscordocompletamenteb) Características femininasSexo1 2 3 4 5 6 7 8SexoSexoSexoM F Total M F Total M F Total M F Total M F Total M F Total M F Total M F1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1Discordo 1 1 2 0 1 1 0 0 0 1 4 5 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1SexoSexoSexoSexoTotalNão concordonem discordo2 6 8 1 5 6 2 7 9 3 3 6 2 4 6 2 3 5 2 4 6 2 3 5Concordo 3 4 7 4 4 8 3 4 7 1 4 5 3 6 9 3 8 11 3 6 9 3 6 9Concordoplenamente0 0 0 1 1 2 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 1 1 2Total 7 11 8 7 11 8 7 11 8 7 11 18 7 11 18 7 11 18 7 11 18 7 11 18Quadro 23. Representações <strong>de</strong> género sobre li<strong>de</strong>rança, caracteristicas profissionais femininas, dirigentes do Município.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 46


1) Privilegiam rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão2) Privilegiam consenso na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão3) Preocupam-se com o clima laboral e satisfação <strong>de</strong> subordinados4) Preocupam-se com resultados em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> processos administrativos5) Promovem o trabalho em equipa6) Incentivam a inovação/criativida<strong>de</strong>7) Possuem atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> mediação <strong>de</strong> conflitos8) Têm facilida<strong>de</strong> em estabelecer relações e em comunicar3.8 A perspectiva dos Recursos Humanos- Uso do Tempo na esfera laboral3.8.1 Tempo <strong>de</strong> trabalhoQuando questionados acerca do tipo <strong>de</strong> horário praticado, e não obstante o número <strong>de</strong> respostas omissas, osinquiridos (colaboradores), na sua maioria indicam a Jornada Contínua (45.6%), seguindo-se o horário rígido(31.6%). Dentro do total <strong>de</strong> respostas válidas, apenas 17.6% indicam beneficiar <strong>de</strong> um horário flexível.Quando analisados estes dados, segundo o sexo, verifica-se que as modalida<strong>de</strong>s mais flexíveis são, commaior significado, praticadas pelas mulheres.Frequência %%RespostasválidasRígido 43 29,3 31,6Flexível 24 16,3 17,6Respostas Jornada 62 42,2 45,6válidas ContínuaIsenção <strong>de</strong> 3 2,0 2,2HorárioTurnos 4 2,7 2,9Total 136 92,5 100,0Respostas NR 11 7,5nãoválidasTotal 147 100,0Sexo TotalMasculino FemininoTipo <strong>de</strong> Rígido 30 13 43horário Flexível 6 18 24praticado Jornada 27 35 62ContínuaIsenção <strong>de</strong> 1 2 3HorárioTurnos 2 2 4Total (respostasválidas)66 70 136Quadro 24. Tipo <strong>de</strong> horário praticado, segundo o sexo, colaboradores do MunicípioRelativamente ao tipo <strong>de</strong> horário que gostaria <strong>de</strong> praticar, os dados apurados <strong>de</strong>monstram que a JornadaContínua reúne o maior número <strong>de</strong> respostas (30.6%). De realçar contudo, que quando tida em consi<strong>de</strong>raçãoa variável sexo, existe um número consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> respostas que evi<strong>de</strong>nciam o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> praticar horárioflexível, com maior incidência nas mulheres.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 47


Frequência %%RespostasválidasRígido 9 6,1 11,5Flexível 19 12,9 24,4Jornada 45 30,6 57,7RespostasválidasContínuaIsenção <strong>de</strong> 4 2,7 5,1HorárioTurnos 1 0,7 1,3Total 78 53,1 100,0Respostas NR 69 46,9nãoválidasTotal 147 100,0Sexo TotalMasculino FemininoRígido 6 3 9Tipo <strong>de</strong> Flexível 8 11 19horário Jornada 24 21 45<strong>de</strong>sejado ContínuaIsenção <strong>de</strong> 1 3 4HorárioTurnos 1 0 1Total (respostasválidas)40 38 78Quadro 25. Tipo <strong>de</strong> horário <strong>de</strong>sejado, segundo o sexo, colaboradores do MunicípioQuando questionados acerca da duração do tempo <strong>de</strong> trabalho, a gran<strong>de</strong> maioria dos inquiridos (87.1%)afirmou praticar o regime <strong>de</strong> trabalho a tempo completo. O trabalho a tempo parcial não assume umaexpressão significativa.Frequência %%RespostasválidasTempo 128 87,1 96,2RespostasválidascompletoTempo 5 3,4 3,8parcialTotal 133 90,5 100,0Respostas NR 14 9,5não válidasTotal 147 100,0Duração Tempodo tempo completo<strong>de</strong> Tempotrabalho parcialTotal(respostas válidas)Sexo TotalMasculino Feminino61 67 1282 3 563 70 133Quadro 26. Duração do tempo <strong>de</strong> trabalho, segundo o sexo, colaboradores do Município3.8.2 BenefíciosNo que concerne aos apoios concedidos pelo Município, foi questionado o grupo dos dirigentes e doscolaboradores. De uma forma geral, os inquiridos na sua maioria <strong>de</strong>monstram ter conhecimento acerca dossubsídios educacionais e do apoio médico. Este facto é mais expressivo no sexo feminino.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 48


Respostas % Relativa % AbsolutaSubsídios 17 37,8 94,4educacionaisApoio17 37,8 94,4médicoApoio11 24,4 61,1psicológicoOutros 0 0,0 0,0Total 45 100,0 250,0SexoTotalMasculino FemininoSubsídios7 10 17educacionaisApoio médico 8 9 17Apoio psicológico 2 9 11Outros 0 0 0Nota: Registaram-se 3 não respostas (18 respostas válidas).Quadro 27. Conhecimento <strong>de</strong> apoios disponibilizados pelo Município, segundo o sexo, dirigentes do MunicípioRespostas % Relativa % AbsolutaSubsídios 95 42,2% 85,6%educacionaisApoio86 38,2% 77,5%médicoApoio40 17,8% 36,0%psicológicoOutros 4 1,8% 3,6%Total 225 100,0% 202,7%SexoTotalMasculino FemininoSubsídios38 57 95educacionaisApoio médico 39 47 86Apoio psicológico 16 24 40Outros 1 3 4Nota: Registaram-se 36 não respostas (111 respostas válidas).Quadro 28. Conhecimento <strong>de</strong> apoios disponibilizados pelo Município, segundo o sexo, colaboradores do MunicípRelativamente ao benefício dos apoios disponibilizados, os dados aferidos no grupo dos dirigentes realçam aexpressão dos apoios médicos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da variável sexo. Por outro lado, e no que respeita aoscolaboradores, tem mais relevância os subsídios educacionais, facto mais frequentemente mencionado pelosexo feminino.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 49


Respostas % Relativa % AbsolutaSubsídios5 31,3 41,7educacionaisApoio médico 10 62,5 83,3Apoio1 6,3 8,3psicológicoOutros 0 0,0 0,0Total 16 100,0 133,3SexoTotalMasculino FemininoSubsídios2 3 5educacionaisApoio médico 5 5 10Apoio psicológico 0 1 1Outros 0 0 0Nota: Registaram-se 9 não respostas (12 respostas válidas).Quadro 29. Benefício dos apoios disponibilizados pelo Município, segundo o sexo, dirigentes do MunicípioRespostas % Relativa % AbsolutaSubsídios43 51,8 66,2educacionaisApoio médico 32 38,6 49,2Apoio5 6,0 7,7psicológicoOutros 3 3,6 4,6Total 83 100,0 127,7SexoTotalMasculino FemininoSubsídios14 29 43educacionaisApoio médico 16 16 32Apoio psicológico 2 3 5Outros 1 2 3Nota: Registaram-se 82 não respostas (65 respostas válidas).Quadro 30. Benefício dos apoios disponibilizados pelo Município, segundo o sexo, colaboradores do MunicípioDe um modo geral, os acordos estabelecidos pelo Município com entida<strong>de</strong>s prestadoras <strong>de</strong> cuidados <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> são, assinalados com gran<strong>de</strong> frequência e, com maior incidência, no sexo feminino.Respostas % Relativa % AbsolutaSaú<strong>de</strong> 19 54,3 100,0Ginásios 16 45,7 84,2Outros 0 0,0 0,0Total 35 100,0 184,2SexoTotalMasculino FemininoSaú<strong>de</strong> 8 11 19Ginásios 5 11 16Outros 0 0 0Nota: Registaram-se 2 não respostas (19 respostas válidas).Quadro 31. Conhecimento <strong>de</strong> acordos existentes entre o Município e outras entida<strong>de</strong>s, segundo o sexo, dirigentes doMunicípio<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 50


Respostas % Relativa % AbsolutaSaú<strong>de</strong> 126 62,7 96,9Ginásios 73 36,3 56,2Outros 2 1,0 1,5Total 201 100,0 154,6SexoTotalMasculino FemininoSaú<strong>de</strong> 59 67 126Ginásios 27 46 73Outros 0 2 2Nota: Registaram-se 17 não respostas (130 respostas válidas).Quadro 32. Conhecimento <strong>de</strong> acordos existentes entre o Município e outras entida<strong>de</strong>s, segundo o sexo, colaboradoresMunicípioAnalisando os dados apurados quer pelo grupo dos dirigentes, quer pelo grupo dos colaboradores, erelativamente ao benefício das possibilida<strong>de</strong>s inerentes aos acordos estabelecidos, <strong>de</strong>staca-se o elevadonúmero <strong>de</strong> respostas omissas. Não obstante, continua a <strong>de</strong>stacar-se a área da saú<strong>de</strong> e, uma vez mais, commais frequência no sexo feminino.Respostas % Relativa % AbsolutaSaú<strong>de</strong> 5 62,5 71,4Ginásios 3 37,5 42,9Outros 0 0,0 0,0Total 8 100,0 114,3SexoTotalMasculino FemininoSaú<strong>de</strong> 1 4 5Ginásios 1 2 3Outros 0 0 0Nota: Registaram-se 14 não respostas (7 respostas válidas).Quadro 33. Benefício <strong>de</strong> acordos existentes entre o Município e outras entida<strong>de</strong>s, segundo o sexo, dirigentes doMunicípioRespostas % Relativa % AbsolutaSaú<strong>de</strong> 38 73,1 84,4Ginásios 12 23,1 26,7Outros 2 3,8 4,4Total 52 100,0 115,6SexoTotalMasculino FemininoSaú<strong>de</strong> 18 20 38Ginásios 4 8 12Outros 1 1 2Nota: Registaram-se 102 não respostas (45 respostas válidas).Quadro 34. Benefício <strong>de</strong> acordos existentes entre o Município e outras entida<strong>de</strong>s, segundo o sexo, colaboradoresMunicípio<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 51


3.8.3 ParticipaçãoEm termos <strong>de</strong> participação, os dirigentes foram questionados acerca da frequência em formação contínua eem formação subordinada à temática da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género. Não se tendo obtido respostas positivas àsegunda vertente, no que respeita às acções <strong>de</strong> formação contínua, verificou-se que a maioria (61.9%) teveacesso a esta modalida<strong>de</strong>, com mais expressão no sexo feminino.Também os colaboradores afirmaram ter frequentado acções <strong>de</strong> formação contínua. Com menor expressão,<strong>de</strong>staca-se a sua participação em formação na temática da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género. Cruzada esta informaçãocom a variável sexo, verifica-se que a formação contínua é mais assinalada pelo sexo masculino (embora adiferença não seja significativa). Por outro lado, a participação na elaboração das GOP é mais frequente nosexo feminino.Respostas % Relativa % AbsolutaFormação47 65,3 74,6contínuaFormação7 9,7 11,1<strong>Igualda<strong>de</strong></strong><strong>Género</strong>Participação 18 25,0 28,6GOP da sua UOTotal 72 100,0 114,3Sexo TotalMasculino FemininoFormação contínua 25 22 47Formação <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> 4 3 7<strong>Género</strong>Participação GOP dasua UO6 12 18Nota: Registaram-se 84 não respostas (63 respostas válidas).Quadro 35. Participação, segundo o sexo, colaboradores do Município3.9. A perspectiva dos Recursos Humanos- Uso do Tempo na esfera pessoal/ familiarNo que respeita ao uso do tempo na esfera pessoal/ familiar, foram colocadas questões especificas aosinquiridos, dirigentes e colaboradores, sempre na óptica da realização ou não e do tempo <strong>de</strong>dicado a essamesma activida<strong>de</strong>/ função.Os dados nacionais apontam <strong>para</strong> uma média diária total <strong>de</strong> trabalho não remunerado no contextodo agregado doméstico <strong>de</strong> 1,54 horas no sexo masculino e 5 horas <strong>para</strong> as mulheres. (INE,2001a:78)<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 52


Relativamente às tarefas domésticas, e no que concerne ao grupo dos dirigentes, verifica-se umapredominância do recurso a apoios externos, Empregado/a doméstico/a e/ou empresa. Com menorexpressão surge o papel do próprio e cônjuge com maior peso <strong>para</strong> as mulheres. Questionados acerca dotempo dispendido <strong>para</strong> esta tarefa, os inquiridos referem, com maior <strong>de</strong>staque, a categoria “Menos <strong>de</strong> 1 horapor dia”.Por outro lado, no grupo dos colaboradores, os dados apurados <strong>de</strong>monstram que o sexo masculino indica,com maior expressão o papel do cônjuge sendo que, simultaneamente, afirmam <strong>de</strong>sempenhar eles própriosestas funções. Contudo, quando questionados acerca do tempo <strong>de</strong>spendido a estas tarefas, os inquiridos dosexo masculino indicam com maior expressão, a categoria “ocasionalmente”. Na perspectiva do sexofeminino, cabe à inquiridora, a realização <strong>de</strong> tarefas domésticas, sendo o papel do cônjuge nesta matériapouco relevante. Estes dados são reforçados pelas respostas relacionadas com o tempo <strong>de</strong>dicado, que oscilaentre “1 e 3 horas por dia” e “mais <strong>de</strong> 3 horas por dia”.SexoTotalMasculino FemininoO Próprio 1 2 3Cônjuge 2 1 3Outros familiares 0 0 0Empregado/adoméstico/a e/ou 2 4 6empresaOutra situação 0 2 2Casal 1 0 1Total (respostasválidas)6 9 15SexoTotaMasculino Feminino lNão realiza 1 0 1Ocasionalmente 0 1 1Menos <strong>de</strong> 1 hora por 5 5 10diaEntre 1 e 3 horas por 1 5 6diaMais <strong>de</strong> 3 horas por 0 0 0diaTotal (respostasválidas)7 11 18Nota: Registaram-se 6 respostas não válidas.Quadro 36. Realização <strong>de</strong> tarefas domésticas e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, dirigentes do Município<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 53


SexoTotalMasculino FemininoO Próprio 21 49 70Cônjuge 30 3 33Outros familiares 2 2 4Empregado/a0 2 2doméstico/a e/ouempresaNão aplicável 3 0 3Casal 6 9 15Total (respostas 62 65 127válidas)Nota: Registaram-se 20 respostas não válidas.SexoTotaMasculino Feminino lNão realiza 5 2 7Ocasionalmente 29 8 37Menos <strong>de</strong> 1 hora por 7 11 18diaEntre 1 e 3 horas por 7 32 39diaMais <strong>de</strong> 3 horas por 5 19 24diaTotal (respostas53 72 125válidas)Nota: Registaram-se 22 respostas não válidas.Quadro 37. Realização <strong>de</strong> tarefas domésticas e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, colaboradores do MunicípioQuestionados acerca <strong>de</strong> quem efectua as compras <strong>para</strong> a casa com maior regularida<strong>de</strong>, o grupo dosdirigentes, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da variável sexo, assume como sua essa tarefa, sendo também realçado opapel do casal. Em termos <strong>de</strong> tempo dispendido, a resposta mais frequente coinci<strong>de</strong> com as categorias“Menos <strong>de</strong> 1 hora por dia” e “ocasionalmente”.Nos dados extraídos das respostas do grupo dos colaboradores, os inquiridos do sexo masculinoi<strong>de</strong>ntificaram-se a eles próprios e, em segundo lugar, a cônjuge. Foi, igualmente,comum terem respondido que esta era uma tarefa realizada conjuntamente, isto é, pelo casal. Relativamenteao tempo <strong>de</strong>dicado a esta tarefa, assinalaram com maior frequência a categoria “Menos <strong>de</strong> 1 hora por dia”.As inquiridas pelo seu lado, fizeram correspon<strong>de</strong>r esta tarefa a elas próprias. À semelhança do sexomasculino, <strong>de</strong>stacaram o papel do casal.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 54


SexoTotalMasculino FemininoO Próprio 3 5 8Cônjuge 1 1 2Outros0 1 1familiaresEmpregado/a 1 0 1doméstico/ae/ouempresaOutra0 2 2situaçãoCasal 2 2 4Total(respostasválidas)7 11 18SexoTotalMasculino FemininoNão realiza 1 0 1Ocasionalmente 1 6 7Menos <strong>de</strong> 1 hora5 6 11por diaEntre 1 e 3 horas0 0 0por diaMais <strong>de</strong> 3 horas por0 0 0diaTotal 7 12 19Nota: Registaram-se 2 respostas não válidas.Nota: Registaram-se 3 respostas não válidas.Quadro 38. Efectuar compras <strong>para</strong> a casa e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, dirigentes do MunicípioSexoTotalMasculino FemininoO Próprio 29 44 73Cônjuge 18 9 27Outros0 1 1familiaresNão2 0 2aplicávelCasal 11 15 26Total(respostas 60 69 129válidas)Nota: Registaram-se 18 respostas não válidas.SexoTotalMasculino FemininoNão realiza 2 1 3Ocasionalmente 30 29 59Menos <strong>de</strong> 1 hora 13 22 35por diaEntre 1 e 3 horas 7 15 22por diaMais <strong>de</strong> 3 horas por 4 4 8diaTotal 56 71 127Nota: Registaram-se 20 respostas não válidas.Quadro 39. Efectuar compras <strong>para</strong> a casa e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, colaboradores do Município<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 55


No que concerne à realização <strong>de</strong> tarefas relacionadas com re<strong>para</strong>ções, as respostas dos dirigentesmasculinos evi<strong>de</strong>nciam o seu papel. A análise das respostas do sexo feminino, por outro lado, <strong>de</strong>monstramuma maior dispersão, não sendo clara, na sua perspectiva, uma divisão <strong>de</strong> tarefas tendo por base o género.Da análise dos inquéritos dos colaboradores, verifica-se que enquanto os inquiridos do sexo masculinoassinalam, maioritariamente, <strong>de</strong>sempenhar estas funções, as mulheres embora realcem o papel do cônjugeafirmam, muito embora com menor expressão, realizar igualmente estas tarefas. Ambos indicam<strong>de</strong>sempenhar estas funções ocasionalmente.SexoTotalMasculino FemininoO Próprio 5 2 7Cônjuge 0 2 2Outros0 1 1familiaresEmpregado/a 0 0 0doméstico/ae/ou empresaOutra situação 1 5 6Não aplicável 0 1 1Casal 1 1 2Total(respostasválidas)7 12 19SexoTotalMasculino FemininoNão realiza 1 4 5Ocasionalmente 3 6 9Menos <strong>de</strong> 1 hora por dia 2 2 4Entre 1 e 3 horas por dia 1 0 1Mais <strong>de</strong> 3 horas por dia 0 0 0Total 7 12 19Nota: Registaram-se 2 respostas não válidasNota: Registaram-se 2 respostas não válidas.Quadro 40. Efectuar re<strong>para</strong>ções e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, dirigentes do Município<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 56


SexoTotalMasculino FemininoO Próprio 52 13 65Cônjuge 2 29 31Outros0 8 8familiaresEmpregado/adoméstico/a 1 6 7e/ou empresaOutra situação 1 2 3Não aplicável 1 0 1Casal 4 3 7Total(respostasválidas)61 61 122Sexo TotalMasculino FemininoNão realiza 8 19 27Ocasionalmente 34 34 68Menos <strong>de</strong> 1 hora por dia 4 2 6Entre 1 e 3 horas por 3 1 4diaMais <strong>de</strong> 3 horas por dia 6 3 9Total 55 59 114Nota: Registaram-se 33 respostas não válidasNota: Registaram-se 25 respostas não válidas.Quadro 41. Efectuar re<strong>para</strong>ções e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, colaboradores do MunicípioRelativamente ao acompanhamento a consultas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou ascen<strong>de</strong>ntes, e no que concerne aogrupo dos dirigentes, verifica-se que, na perspectiva masculina, é realçado o papel do casal e do cônjuge. Asmulheres, por seu lado, afectam a si esta responsabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stacando, igualmente, o papel do casal.Quando analisadas as respostas do grupo dos colaboradores, verifica-se outra tendência. Com efeito, osinquiridos do sexo masculino afirmam assumir eles próprios esta função, não sendo contudo, negligenciável aimportância do cônjuge nesta tarefa. Por outro lado, as inquiridas fazem pen<strong>de</strong>r sobre si estaresponsabilida<strong>de</strong> sendo minorado o papel do cônjuge.Questionados acerca do tempo <strong>de</strong>dicado a esta tarefa, a maioria dos respon<strong>de</strong>ntes, afirmam fazê-loocasionalmente, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente das variáveis grupo e sexo.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 57


SexoTotalMasculino FemininoO Próprio 1 5 6Cônjuge 2 0 2Outra1 2 3situaçãoNão0 2 2aplicávelCasal 3 3 6Total(respostasválidas)7 12 19SexoTotalMasculino FemininoNão realiza 1 1 2Ocasionalmente 6 11 17Menos <strong>de</strong> 1 hora por dia 0 0 0Entre 1 e 3 horas por dia 0 0 0Mais <strong>de</strong> 3 horas por dia 0 0 0Total (respostas válidas) 7 12 19Nota: Registaram-se 2 respostas não válidas.Nota: Registaram-se 2 respostas não válidas.Quadro 42. Acompanhamento a consultas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou ascen<strong>de</strong>ntes e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, dirigentesSexoTotalMasculino FemininoO Próprio 19 46 65Cônjuge 12 4 16Outros2 1 3familiaresNão11 5 16aplicávelCasal 9 7 16Total(respostasválidas)53 63 116SexoMasculino Feminino TotalNão realiza 14 11 25Ocasionalmente 28 41 69Menos <strong>de</strong> 1 hora por dia 0 1 1Entre 1 e 3 horas por dia 4 7 11Mais <strong>de</strong> 3 horas por dia 4 5 9Total (respostas válidas) 50 65 115Nota: Registaram-se 32 respostas não válidas.Nota: Registaram-se 31 respostas não válidas.Quadro 43. Acompanhamento a consultas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou ascen<strong>de</strong>ntes e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, colaboradores<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 58


SexoTotalMasculino FemininoO Próprio 1 6 7Cônjuge 2 1 3Outros0 0 0familiaresOutra1 2 3situaçãoNão0 0 0aplicávelCasal 3 3 6Total(respostasválidas)7 12 19SexoTotalMasculino FemininoNão realiza 1 0 1Ocasionalmente 6 11 17Menos <strong>de</strong> 1 hora 0 0 0por diaEntre 1 e 3 horas 0 1 1por diaMais <strong>de</strong> 3 horas por 0 0 0diaTotal (respostas 7 12 19válidas)Nota: Registaram-se 2 respostas não válidas.Nota: Registaram-se 2 respostas não válidas.Quadro 44. Acompanhamento em situações <strong>de</strong> doença <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou ascen<strong>de</strong>ntes e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo osexo, dirigentes do MunicípioSexoTotalMasculino FemininoO Próprio 21 41 62Cônjuge 10 4 14Outros2 2 4familiaresOutra1 0 1situaçãoNão9 7 16aplicávelCasal 7 7 14Total(respostasválidas)50 61 111SexoTotalMasculino FemininoNão realiza 17 10 27Ocasionalmente 24 41 65Menos <strong>de</strong> 1 hora 0 1 1por diaEntre 1 e 3 horas 4 7 11por diaMais <strong>de</strong> 3 horas por 4 5 9diaTotal (respostas 49 64 113válidas)Nota: Registaram-se 34 respostas não válidas.Nota: Registaram-se 36 respostas não válidas.Quadro 45. Acompanhamento em situações <strong>de</strong> doença <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou ascen<strong>de</strong>ntes e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo osexo, colaboradores do Município<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 59


No que concerne à tarefa <strong>de</strong> levar e buscar os filhos aos estabelecimentos <strong>de</strong> ensino, as respostas dosdirigentes masculinos evi<strong>de</strong>nciam o seu papel. A análise das respostas do sexo feminino, por outro lado,<strong>de</strong>monstram uma maior dispersão, não sendo clara, na sua perspectiva, uma divisão <strong>de</strong> tarefas tendo porbase o género.No grupo dos colaboradores, e na perspectiva do sexo masculino, este papel cabe aos homens. Pelocontrário, na perspectiva feminina verifica-se o oposto <strong>de</strong>stacando-se as mulheres. Quando analisado otempo dispendido a esta tarefa verifica-se que os homens assinalam com mais frequência a categoria“ocasionalmente”, sendo que as mulheres seleccionam “menos <strong>de</strong> 1 hora por dia”.SexoTotalMasculino FemininoO Próprio 2 0 2Cônjuge 0 1 1Outros0 0 0familiaresOutra0 1 1situaçãoNão0 6 6aplicávelCasal 5 3 8Total(respostasválidas)7 11 18SexoTotalMasculino FemininoNão realiza 1 5 6Ocasionalmente 0 1 1Menos <strong>de</strong> 1 hora 5 3 8por diaEntre 1 e 3 horas 0 2 2por diaMais <strong>de</strong> 3 horas por 0 0 0diaTotal (respostas 6 11 17válidas)Nota: Registaram-se 4 respostas não válidas.Nota: Registaram-se 3 respostas não válidas.Quadro 46. Levar/buscar crianças à escola e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, dirigentes do Município.SexoTotalMasculino FemininoO Próprio 8 20 28Cônjuge 3 7 10Outros familiares 0 2 2Outra situação 1 1 2Não aplicável 26 18 44Casal 4 7 11Total (resp.42 55 97válidas)Nota: Registaram-se 50 respostas não válidas.SexoTotalMasculino FemininoNão realiza 26 22 48Ocasionalmente 8 10 18Menos <strong>de</strong> 1 hora 3 19 22por diaEntre 1 e 3 horas 3 5 8por diaMais <strong>de</strong> 3 horas por 2 1 3diaTotal (respostasválidas)42 57 99Nota: Registaram-se 48 respostas não válidas.Quadro 47. Levar/buscar crianças à escola e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, colaboradores do Município<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 60


No que concerne ao acompanhamento dos filhos nos estudos-reuniões <strong>de</strong> pais e acompanhamento doestudo, na perspectiva do sexo masculino, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da variável grupo, esta tarefa é partilhadaentre o próprio e o cônjuge, <strong>de</strong>stacando igualmente ser uma activida<strong>de</strong> realizada em conjunto pelo casal. Acategoria “ocasionalmente” é a mais assinalada quando se questiona acerca do tempo <strong>de</strong>dicado a estatarefa. No que respeita à perspectiva das inquiridas, dirigentes e colaboradoras, verifica-se que consi<strong>de</strong>ramser uma tarefa sua, <strong>de</strong>dicando-lhe um período <strong>de</strong> tempo categorizado como “ocasionalmente”.SexoTotalMasculino FemininoO Próprio 3 4 7Cônjuge 1 0 1Outros0 1 1familiaresOutra situação 0 1 1Não aplicável 0 4 4Casal 3 2 5Total7 12 19(respostasválidas)Nota: Registaram-se 2 respostas não válidas.Sexo TotalMasculino FemininoNão realiza 0 4 4Ocasionalmente 3 3 6Menos <strong>de</strong> 1 hora 2 3 5por diaEntre 1 e 3 horas 1 1 2por diaMais <strong>de</strong> 3 horas 0 0 0por diaTotal (respostas 6 11 17válidas)Nota: Registaram-se 4 respostas não válidas.Quadro 48. Acompanhamento dos filhos nos estudos-reuniões <strong>de</strong> pais/ acompanhamento do estudo e tempo <strong>de</strong>dicado,segundo o sexo, dirigentes do MunicípioSexoTotalMasculino FemininoO Próprio 7 38 45Cônjuge 6 3 9Outros2 0 2familiaresNão aplicável 24 11 35Casal 5 4 9Total44 56 100(respostasválidas)Nota: Registaram-se 47 respostas não válidas.SexoTotalMasculino FemininoNão realiza 24 16 40Ocasionalmente 11 22 33Menos <strong>de</strong> 1 hora7 8por dia 1Entre 1 e 3 horas 5 9 14por diaMais <strong>de</strong> 3 horas por 3 5 8diaTotal (respostasválidas)44 59 103Nota: Registaram-se 44 respostas não válidas.Quadro 49. Acompanhamento dos filhos nos estudos-reuniões <strong>de</strong> pais/ acompanhamento do estudo e tempo <strong>de</strong>dicado,segundo o sexo, colaboradores do Município<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 61


No que concerne à temática da participação cívica, os dados apurados apontam no sentido <strong>de</strong> um elevado<strong>de</strong>sinteresse relativamente a activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste cariz, como evi<strong>de</strong>ncia o número elevado <strong>de</strong> respostas nascategorias: “não aplicável” e “não realiza”. Não obstante e, tendo presente, as respostas coinci<strong>de</strong>ntes com umexercício <strong>de</strong> cidadania, verifica-se que genericamente predomina uma posição em que cada respon<strong>de</strong>nteassume esta tarefa como sua, sendo que o fazem ocasionalmente.SexoTotalMasculino FemininoO Próprio 1 2 3Cônjuge 0 0 0Outros 1 0 1familiaresOutra0 2 2situaçãoNão4 6 10aplicávelCasal 1 1 2Total 7 11 18SexoTotalMasculino FemininoNão realiza 3 7 10Ocasionalmente 2 3 5Menos <strong>de</strong> 1 hora por dia 1 1 2Entre 1 e 3 horas por dia 0 0 0Mais <strong>de</strong> 3 horas por dia 1 0 1Total (respostas válidas) 7 11 18Nota: Registaram-se 3 respostas não válidas.Nota: Registaram-se 3 respostas não válidas.Quadro 50. Participação em activida<strong>de</strong>s relacionadas com o voluntariado/ participação cívica e tempo <strong>de</strong>dicado, segundoo sexo, dirigentes do Município.SexoTotalMasculino FemininoO Próprio 12 14 26Cônjuge 2 1 3Outros 1 1 2familiaresOutra2 0 2situaçãoNão29 33 62aplicávelCasal 1 4 5Total 47 53 100SexoTotalMasculino FemininoNão realiza 27 35 62Ocasionalmente 12 14 26Menos <strong>de</strong> 1 hora por dia 0 3 3Entre 1 e 3 horas por dia 3 3 6Mais <strong>de</strong> 3 horas por dia 2 1 3Total (respostas válidas) 44 56 100Nota: Registaram-se 47 respostas não válidas.Nota: Registaram-se 47 respostas não válidas.Quadro 51. Participação em activida<strong>de</strong>s relacionadas com o voluntariado/ participação cívica e tempo <strong>de</strong>dicado, segundoo sexo, colaboradores do Município<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 62


Quando questionados acerca da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoios externos susceptíveis <strong>de</strong> contribuírem <strong>para</strong> aconciliação entre a sua vida familiar e profissional, os inquiridos na sua generalida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificaram o mesmotipo <strong>de</strong> categorias, <strong>de</strong>stacando-se o “serviço <strong>de</strong> apoio ao trabalho doméstico” e os “equipamentos <strong>de</strong> apoio,sendo que os dirigentes privilegiam a segunda categoria e os colaboradores a primeira.ColaboradoresSexo TotalDirigentesSexo TotalMasculino Feminino Masculino FemininoServiço <strong>de</strong> apoio ao trabalho doméstico20 36 56 2 5 7(engomadoria, costura, pequenasre<strong>para</strong>ções…)Equipamentos <strong>de</strong> apoio (creche, Jardim <strong>de</strong> 17 26 43 4 6 10Infância, centro <strong>de</strong> dia, apoio domiciliário,lar…)Serviços <strong>de</strong> babysitting 3 8 11 0 4 4Colónias <strong>de</strong> férias <strong>para</strong> filhos 17 22 39 3 4 7Outros 2 5 7 0 1 1Total (respostas válidas) 41 59 100 7 8 15Nota: Registaram-se 47 respostas não válidas (Colaboradores).Quadro 52. I<strong>de</strong>ntificação da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoios, segundo o sexo, colaboradores e dirigentes do MunicípioDe um modo geral, os dados apurados <strong>de</strong>monstram que ainda são as mulheres quem tem mais a seu cargo aexecução <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte das tarefas relacionadas com a gestão do quotidiano familiar.Esta tendência coaduna-se com a realida<strong>de</strong> nacional. Com efeito, os últimos dados nacionais relativos aosusos do tempo (1999), indicam que as mulheres ocupam um total médio <strong>de</strong> 5h diárias em activida<strong>de</strong>sfamiliares e domésticas. Estas mesmas responsabilida<strong>de</strong>s ocupam o sexo masculino, durante cerca <strong>de</strong> 1h54por dia.“São, assim, as mulheres que mais tem <strong>de</strong> repartir o seu tempo entre a vida profissional e a vida familiar,nomeadamente quando algum elemento da família, criança ou outro <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, tem problemas e saú<strong>de</strong> querequerem cuidados especiais. São em geral as mulheres quem se ausenta do emprego quando estesproblemas ocorrem.” 1010 PERNAS, Gonçalo, FERNANDES, Manuel Viriato, GUERREIRO, Maria das Dores (2008), Guião <strong>para</strong> a Implementação<strong>de</strong> <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> na Administração Pública Local, ISCTE, Lisboa.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 63


3.10. Vivências e percepções em matéria <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>Com o objectivo <strong>de</strong> aferir não só as experiências vivenciadas pelos inquiridos em matéria <strong>de</strong> (<strong>de</strong>s) igualda<strong>de</strong><strong>de</strong> género mas, igualmente, algumas das suas percepções, foram colocadas algumas questões.No âmbito do grupo dos dirigentes, <strong>de</strong>staca-se:° A ausência <strong>de</strong> respostas coinci<strong>de</strong>ntes com a vivência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> violência doméstica;° A sinalização <strong>de</strong> 3 situações <strong>de</strong> assédio em contexto <strong>de</strong> trabalho, com maior peso no sexo feminino;° A sinalização <strong>de</strong> 4 situações <strong>de</strong> assédio fora do contexto <strong>de</strong> trabalho, com <strong>de</strong>staque <strong>para</strong> asrespostas femininas;° A pouca expressão relativamente à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> outras formas <strong>de</strong> discriminação com base nogénero.Especificamente no domínio das vivências do grupo dos colaboradores, <strong>de</strong>staca-se o elevado número <strong>de</strong>respostas omissas. No que respeita às vivências em matéria <strong>de</strong> (<strong>de</strong>s) igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, os dadosapurados <strong>de</strong>monstram que foram assinaladas 36 respostas coinci<strong>de</strong>ntes com experiências negativas. Naglobalida<strong>de</strong> das respostas, tem mais expressão o assédio moral em contexto <strong>de</strong> trabalho e o assédio sexualfora do contexto <strong>de</strong> trabalho. No testemunho masculino, <strong>de</strong>staca-se, essencialmente, o assédio moral emcontexto <strong>de</strong> trabalho. Não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>scurar, no entanto, o facto <strong>de</strong> um homem ter assinalado ser alvo <strong>de</strong>violência doméstica. As respostas das inquiridoras revelam uma maior dispersão <strong>de</strong> vivência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong><strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>.Respostas% Relativa%AbsolutaViolência Doméstica 5 13.9 17.2Assédio moral emcontexto <strong>de</strong> trabalhoAssédio moral forado contexto <strong>de</strong>trabalhoAssédio sexual emcontexto <strong>de</strong> trabalhoAssédio sexual fora<strong>de</strong> contexto <strong>de</strong>trabalhoOutra situaçãorelacionada com a<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entrehomens e mulheres11 30.6 37.93 8.3 10.35 13.9 17.29 25.0 31.03 8.3 10.3Total 36 100.0 124.1Nota: Registaram-se 118 não respostas (29 respostas válidas).MasculinoSexoFemininoTotalViolência doméstica 1 4 5Assédio moral emcontexto <strong>de</strong> trabalhoAssédio moral forado contexto <strong>de</strong>trabalhoAssédio sexual emcontexto <strong>de</strong> trabalhoAssédio sexual fora<strong>de</strong> contexto <strong>de</strong>trabalhoOutra situaçãorelacionada com a<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entrehomens e mulheres7 4 112 1 31 4 55 4 90 3 3Total 11 18 29Quadro 53. Vivências experienciadas em matéria <strong>de</strong> (<strong>de</strong>s) igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, segundo o sexo, colaboradores Município<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 64


Por último, foi solicitado aos inquiridos, dirigentes e colaboradores que manifestassem a sua opinião face a<strong>de</strong>terminadas afirmações. Os dados apurados e que se encontram expressos no quadro presente no final<strong>de</strong>ste capítulo, <strong>de</strong>monstram que:a) No caso dos dirigentes, verifica-se uma concordância genérica face a diversas afirmações, sendo queumas ten<strong>de</strong>m <strong>de</strong>monstrar uma avaliação positiva em termos <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género (questões 3, 4, 5 e 9) eoutras evi<strong>de</strong>nciam a permanência <strong>de</strong> uma cultura <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> (questões 6, 7 e 10). As respostas àafirmação “Já estive em situações e que me senti discriminado/a por ser homem ou mulher”, manifestam umadiscordância, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da variável sexo. No que concerne à afirmação “As situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>entre homens e mulheres não afectam a minha vida”, apesar <strong>de</strong> maioritariamente as respostas revelaremuma concordância, em ambos os sexos se verifica um número consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> respostas discordantes nãonegligenciável. Analisadas as respostas à frase “No trabalho, os homens dispõem <strong>de</strong> melhores condições <strong>de</strong>progressão na carreira do que as mulheres”, verifica-se que a maioria vai no sentido da discordância ouneutralida<strong>de</strong>. Contudo, e quando analisados os dados à luz da variável sexo, verifica-se um númeroconsi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> respostas femininas que concorda com a afirmação. Por último, e muito embora o maiornúmero <strong>de</strong> respostas à última questão coincida com uma concordância, verifica-se que, no caso dos homens,a neutralida<strong>de</strong> assume um maior peso.b) No caso dos colaboradores, existe um grupo <strong>de</strong> afirmações em que se verifica uma percepção <strong>de</strong>existência <strong>de</strong> condições favoráveis a uma igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género (questões 1, 3, 4, 5 e 9) in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntementeda variável sexo. Noutros casos, as respostas são reveladoras da permanência <strong>de</strong> práticas a nível da esferalaboral e das opções da vida pessoal que consubstanciam uma cultura <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre géneros(questões 6, 7 e 10).Os dados apurados expressam ainda a existência <strong>de</strong> percepções diferenciadas em alguns aspectos. No casoda afirmação “As situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre homens e mulheres não afectam a minha vida”, nãoobstante a maioria dos inquiridos concordar com esta, verifica-se um número consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> respostas quevão no sentido oposto.No que concerne à afirmação “No trabalho, os homens dispõem <strong>de</strong> melhores condições <strong>de</strong> progressão nacarreira do que as mulheres”, os dados apurados <strong>de</strong>monstram gran<strong>de</strong> dispersão nas respostas, verificandose,no entanto, uma tendência <strong>para</strong> a discordância por parte do sexo masculino e uma neutralida<strong>de</strong> ouconcordância por parte do sexo feminino, o que indicia uma maior percepção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> pelasmulheres.Relativamente à afirmação “Deveriam ser tomadas medidas que visassem aumentar a representação dasmulheres nos níveis elevados <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão”, as respostas concentram-se, na sua globalida<strong>de</strong>, na concordância.No entanto, quando analisados os dados tendo em conta a variável sexo, constata-se que a respostamaioritária dos homens é neutra (apesar <strong>de</strong> seguida por uma concordância) e a das mulheres segue omesmo sentido da resposta global.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 65


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo TotalM F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M FDiscordo completamente 2 4 6 0 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1 4 0 0 0 2 0 2 1 1 2Discordo 1 6 7 3 1 4 3 6 9 1 0 1 0 0 0 2 2 4 2 0 2 2 3 5 2 3 5 2 6 8 3 2 5Não concordo nem 3 0 3 3 3 6 1 1 2 1 4 5 2 1 3 1 1 2 2 2 4 3 4 7 1 4 5 1 4 5 1 3 4discordoConcordo 2 2 4 2 4 6 3 4 7 4 8 12 4 10 14 4 7 11 4 6 10 0 4 4 4 4 8 0 2 2 1 6 7Concordo plenamente 0 0 0 0 1 1 1 1 2 2 0 2 2 1 3 0 2 2 0 4 4 0 0 0 1 1 2 2 0 2 1 0 1Total (respostas válidas) 8 12 20 8 12 20 8 12 20 8 12 20 8 12 20 7 12 19 8 12 20 8 12 20 8 12 20 7 12 19 7 12 19Quadro 54. Vivências <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s, opinião dos inquiridos, dirigentes do Município1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo Total Sexo TotalM F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M FDiscordo completamente 21 15 36 8 11 19 2 4 6 3 1 4 1 0 1 4 1 5 1 3 4 12 4 16 4 5 9 8 7 15 2 0 2Discordo 18 22 40 16 16 32 7 10 17 5 7 12 4 7 11 9 3 12 8 5 13 18 16 34 6 12 18 13 11 24 5 1 6Não concordo nem 11 11 22 7 6 13 5 9 14 6 4 10 4 3 7 8 2 10 12 5 17 15 21 36 7 19 26 12 16 28 23 15 38discordoConcordo 3 16 19 17 28 45 27 38 65 28 45 73 30 48 78 20 34 54 22 38 60 9 22 31 27 29 56 15 24 39 21 38 59Concordo plenamente 2 5 7 6 10 16 8 11 19 9 12 21 15 14 29 15 33 48 8 21 29 0 11 11 9 9 18 11 16 27 4 22 26Total (respostas válidas) 55 69 124 54 71 125 49 72 121 51 69 120 54 72 126 56 73 129 51 72 123 54 74 128 53 74 127 59 74 133 55 76 1311) Já estive em situações e que me senti discriminado/a por ser homem ou mulher (Nota: Registaram-se 23 respostas não válidas).2) As situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre homens e mulheres não afectam a minha vida (Nota: Registaram-se 22 respostas não válidas).3) Tenho facilida<strong>de</strong> em conciliar a minha vida familiar e profissional (Nota: Registaram-se 26 respostas não válidas).4) A minha organização familiar permite-me dispor <strong>de</strong> iguais condições na carreira (Nota: Registaram-se 27 respostas não válidas).5) A participação dos homens nas tarefas domésticas e nos cuidados diários aos filhos tem vindo aumentar (Nota: Registaram-se 21 respostas não válidas).6) As mulheres que trabalham continuam a <strong>de</strong>sempenhar a maior parte das tarefas domésticas e responsabilida<strong>de</strong>s familiares (Nota: Registaram-se 18 respostas não válidas).7) Muitas mulheres adiam a maternida<strong>de</strong> <strong>para</strong> melhor se <strong>de</strong>dicarem à carreira (Nota: Registaram-se 24 respostas não válidas).8) No trabalho, os homens dispõem <strong>de</strong> melhores condições <strong>de</strong> progressão na carreira do que as mulheres (Nota: Registaram-se 19 respostas não válidas).9) Hoje em dia, a organização familiar dos casais permite que homens e mulheres disponham <strong>de</strong> iguais condições <strong>de</strong> carreira (Nota: Registaram-se 20 respostas não válidas).10) Seria <strong>de</strong>sejável que as mulheres pu<strong>de</strong>ssem ficar em casa com os filhos até estes completarem 5 anos (Nota: Registaram-se 14 respostas não válidas).11) Deveriam ser tomadas medidas que visassem aumentar a representação das mulheres nos níveis elevados <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão (Nota: Registaram-se 16 respostas não válidas).Quadro 55. Vivências <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s, opinião dos inquiridos, colaboradores do Município.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 66


PARTE IIA <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> no Concelho1. Enquadramento geográficoO Concelho <strong>de</strong> Oeiras, comuma área aproximada <strong>de</strong> 46Km2, faz parte da Região <strong>de</strong>Lisboa e Vale do Tejo e daÁrea Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa.Situa-se na margem norte dorio Tejo, sendo <strong>de</strong>limitado aNorte e Poente pelosconcelhos <strong>de</strong> Sintra e Cascais,a Nascente pelos concelhos <strong>de</strong>Lisboa e Amadora e a Sul pelabarra do rio Tejo, numa frenteribeirinha com cerca <strong>de</strong> 9 Km<strong>de</strong> extensão. Actualmente éconstituído por 10 freguesias –Algés, Barcarena, Carnaxi<strong>de</strong>,Caxias, CruzQuebrada/Dafundo, Linda-a-Velha, Oeiras e S. Julião daBarra, Paço <strong>de</strong> Arcos, PortoSalvo e Queijas.Fonte: http://www.cm-oeiras.pt/voeiras/Concelho/Mapas/Paginas/MapaTurismo.aspx, consultado em 16 <strong>de</strong> Setembro<strong>de</strong> 2010.2. Enquadramento <strong>de</strong>mográficoEm 2001, <strong>de</strong> acordo com o Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística (INE), Portugal ultrapassou a barreira dos10 milhões <strong>de</strong> habitantes, tendo registado um crescimento da população <strong>de</strong> 5%, face a 1991 (INE,2001: XLVI). Em 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2008, a população resi<strong>de</strong>nte em Portugal foi estimada em10.627.250 indivíduos, dos quais 48,4% homens e 51,6% mulheres (INE, 2009: 7).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 67


2.1 População resi<strong>de</strong>nteNo caso concreto <strong>de</strong> Concelho <strong>de</strong> Oeiras, em 2001, a população era <strong>de</strong> 162.128 habitantes e aestimada, em 2008, era <strong>de</strong> 172.021. Representando, <strong>de</strong>ste modo, 1,6% da população portuguesa e8,5% dos resi<strong>de</strong>ntes nos concelhos que compõem a Gran<strong>de</strong> Lisboa 11 . O crescimento <strong>de</strong>mográfico, emOeiras, neste período foi <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 5,8%, ou seja, um crescimento mo<strong>de</strong>rado e ligeiramente superiorao registado no país, no mesmo período.Ano Unida<strong>de</strong> Geográfica Total Homens Mulheres2001OeirasNúmero 162 128 76 862 85 266% 47,4 52,6Gran<strong>de</strong> LisboaNúmero 1 947 261 927 401 1 019 860% 47,6 52,42008OeirasNúmero 172 021 80 937 91 084% 47,1 52,9Gran<strong>de</strong> LisboaNúmero 2 029 458 969 701 1 059 757% 47,8 52,2Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2001 e 2009.Quadro 56. População resi<strong>de</strong>nte no Concelho e Gran<strong>de</strong> Lisboa, por sexo, 2001 e 2008No que se refere à distribuição dos resi<strong>de</strong>ntes por sexo, cerca <strong>de</strong> 53% pertenciam ao feminino e 47% ao masculino,sendo que esta proporção não teve alterações significativas entre 2001 e 2008.Oeiras 90,12001 Gran<strong>de</strong> Lisboa 90,9Portugal 93,4Oeiras 88,92008 Gran<strong>de</strong> Lisboa 91,5Portugal 93,8Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2009: 22, 114 e 119.Quadro 57. Relação <strong>de</strong> Masculinida<strong>de</strong> 12 , Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, 2001 e 2008Em 2001, existiam em Oeiras, cerca <strong>de</strong> 90 homens por cada 100 mulheres. Passados sete anos, em 2008, a relação <strong>de</strong>masculinida<strong>de</strong> no nosso Concelho, contrariamente à tendência nacional, <strong>de</strong>sceu ligeiramente <strong>para</strong> 88,9%, ou seja, cerca<strong>de</strong> 89 homens por cada 100 mulheres.11Composta pelos concelhos <strong>de</strong>: Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Odivelas, Oeiras, Sintra, Vila Franca <strong>de</strong> Xira e Mafra.12Coeficiente medido em percentagem entre os efectivos populacionais do sexo masculino e os do sexo feminino.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 68


Unida<strong>de</strong> GeográficaPortugalGran<strong>de</strong>LisboaAmadoraCascaisLisboaLouresOdivelasOeirasSintraVila Franca<strong>de</strong> XiraMafra0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 ou + anosN % N % N % N %TotalTotal 1.622.991 15,27 1.207.060 11,36 5.922.990 55,73 1.874.209 17,64 10.627.250Homens 832.488 16,19 615.532 11,97 2.912.025 56,63 782.521 15,22 5.142.566Mulheres 790.503 14,41 591.528 10,79 3.010.965 54,90 1.091.688 19,90 5.484.684Total 323.247 15,93 204.826 10,09 1.143.394 56,34 357.991 17,64 2.029.458Homens 165.434 17,06 103.577 10,68 554.515 57,18 146.175 15,07 969.701Mulheres 157.813 14,89 101.249 9,55 588.879 55,57 211.816 19,99 1.059.757Total 25.834 15,01 18.238 10,60 97.970 56,92 30.068 17,47 172.110Homens 13.141 16,02 9.168 11,18 47.212 57,55 12.517 15,26 82.038Mulheres 12.693 14,09 9.070 10,07 50.758 56,35 17.551 19,49 90.072Total 31.882 16,94 19.552 10,39 105.019 55,79 31.791 16,89 188.244Homens 16.467 18,33 9.783 10,89 50.514 56,22 13.092 14,57 89.856Mulheres 15.415 15,67 9.769 9,93 54.505 55,40 18.699 19,01 98.388Total 68.841 14,06 42.707 8,72 259.438 52,99 118.576 24,22 489.562Homens 34.726 15,61 21.547 9,69 123.030 55,31 43.121 19,39 222.424Mulheres 34.115 12,77 21.160 7,92 136.408 51,06 75.455 28,25 267.138Total 30.739 15,76 21.099 10,82 112.911 57,89 30.286 15,53 195.035Homens 15.682 16,53 10.636 11,21 55.205 58,18 13.356 14,08 94.879Mulheres 15.057 15,03 10.463 10,45 57.706 57,62 16.930 16,90 100.156Total 22.841 14,87 15.925 10,37 90.775 59,10 24.043 15,65 153.584Homens 11.813 15,78 8.070 10,78 44.498 59,43 10.490 14,01 74.871Mulheres 11.028 14,01 7.855 9,98 46.277 58,79 13.553 17,22 78.713Total 26.544 15,43 16.315 9,48 98.388 57,20 30.774 17,89 172.021Homens 13.547 16,74 8.257 10,20 46.314 57,22 12.819 15,84 80.937Mulheres 12.997 14,27 8.058 8,85 52.074 57,17 17.955 19,71 91.084Total 80.233 17,99 48.154 10,80 256.613 57,55 60.872 13,65 445.872Homens 41.473 18,92 24.536 11,19 126.534 57,73 26.654 12,16 219.197Mulheres 38.760 17,10 23.618 10,42 130.079 57,39 34.218 15,10 226.675Total 23.642 16,63 15.303 10,76 83.757 58,92 19.461 13,69 142.163Homens 12.058 17,30 7.598 10,90 41.383 59,38 8.650 12,41 69.689Mulheres 11.584 15,98 7.705 10,63 42.374 58,47 10.811 14,92 72.474Total 12.691 17,91 7.533 10,63 38.523 54,36 12.120 17,10 70.867Homens 6.527 18,23 3.982 11,12 19.825 55,36 5.476 15,29 35.810Mulheres 6.164 17,58 3.551 10,13 18.698 53,34 6.644 18,95 35.057Fonte: INE, 2009: 27 e 42.Quadro 58. População resi<strong>de</strong>nte, Portugal e concelhos da Gran<strong>de</strong> Lisboa, por grupo etário e por sexo, 2008Na com<strong>para</strong>ção com os concelhos da Gran<strong>de</strong> Lisboa, é <strong>de</strong> sublinhar que, Oeiras é o quarto concelho (aseguir a Lisboa, Odivelas e Amadora) com menor percentagem <strong>de</strong> indivíduos com menos <strong>de</strong> 15 anos, e osegundo com maior peso relativo no grupo etário mais envelhecido (mais <strong>de</strong> 64 anos), superado apenas peloConcelho <strong>de</strong> Lisboa. No que se refere aos escalões etários, predomina a faixa compreendida entre os 25 e os64 anos (57,2%). Cruzando esta variável com o sexo dos resi<strong>de</strong>ntes, os homens têm valores percentuaissuperiores às mulheres até aos 24 anos, entre os 25 e os 64 anos regista-se um equilíbrio, sendo asmulheres em número, proporcionalmente superior, na faixa etária dos “65 ou mais anos”.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 69


Unida<strong>de</strong> GeográficaÍndices <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência Índice <strong>de</strong>Total 14 Jovens 15 Idosos 16 envelhecimento 13Total 49,1 22,8 26,3 115,5Portugal Homens 45,8 23,6 22,2 94,0Mulheres 52,3 21,9 30,3 138,1Total 50,5 24,0 26,6 110,8Gran<strong>de</strong> Lisboa Homens 47,4 25,1 22,2 88,4Mulheres 53,6 22,9 30,7 134,2Total 50,0 23,1 26,8 115,9Oeiras Homens 48,3 24,8 23,5 94,6Mulheres 51,5 21,6 29,9 138,2Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2009: 27 e 42.Quadro 59. Índices <strong>de</strong> Dependência e Envelhecimento, Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, 2008O índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência estimado <strong>para</strong> 2008, <strong>de</strong>monstra que as mulheres revelam um índice <strong>de</strong><strong>de</strong>pendência inferior na classe etária dos jovens relativamente aos homens e, na classe etária dos idosos,verifica-se um maior índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência nas mulheres, na sequência das características etáriasanteriormente referidas.Seguindo as tendências verificadas na maioria dos concelhos da Gran<strong>de</strong> Lisboa, constata-se um acentuadofenómeno <strong>de</strong> envelhecimento da população resi<strong>de</strong>nte no Concelho <strong>de</strong> Oeiras. Tomando como referência oíndice <strong>de</strong> envelhecimento, verifica-se que em 2001, o Concelho apresentava uma condição global <strong>de</strong>população muito envelhecida, sendo que esta situação ten<strong>de</strong> a agravar-se (INE, 2009: 42). Isto é, enquantoque em 2001, por cada 100 jovens existiam 107 idosos, as estimativas <strong>para</strong> 2008, apontam <strong>para</strong> a existência<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 116 idosos por cada 100 jovens.Oeiras94,6138,2Gran<strong>de</strong> Lisboa88,4134,2MulheresContinente96,5140,9HomensPortugal94138,10 20 40 60 80 100 120 140 160Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2009: 27 e 42.Quadro 60. Índice <strong>de</strong> Envelhecimento, Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, por sexo, 200813Coeficiente, medido em percentagem, entre o número <strong>de</strong> pessoas com 65 ou mais anos e o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 0 e os 14 anos.14Coeficiente, medido em percentagem, entre o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 0 e os 14 anos, conjuntamente com o número <strong>de</strong> pessoascom 65 ou mais anos, e o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 15 e os 64 anos.15Coeficiente, medido em percentagem, entre o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 0 e os 14 anos e o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>scompreendidas entre os 15 e os 64 anos.16Coeficiente, medido em percentagem, entre o número <strong>de</strong> pessoas com 65 ou mais anos e o número <strong>de</strong> pessoas com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 15 e os 64anos.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 70


Este índice é revelador da evolução <strong>de</strong>mográfica marcada pelo envelhecimento populacional. Este fenómenoé mais evi<strong>de</strong>nte entre as mulheres, reflectindo a sua maior longevida<strong>de</strong>. Como ilustra o gráfico supra, porcada 100 mulheres com ida<strong>de</strong> compreendida entre os 0 e os 14 anos existem cerca <strong>de</strong> 138 com 65 ou maisanos. Por outro lado, por cada 100 homens com ida<strong>de</strong>s entre os 0 e os 14 anos existem cerca <strong>de</strong> 95 com 65ou mais.Urge também salientar, neste contexto, que se verificou no período inter-censitário compreendido entre 1991e 2001 um aumento das situações <strong>de</strong> solidão e isolamento social, já que se estima que 3.818 mulheres e 972homens, com mais <strong>de</strong> 65 anos, resi<strong>de</strong>m sozinhos(as) (CMO, 2010a: 13). Releva-se, ainda, que o índice <strong>de</strong>longevida<strong>de</strong> estimado, <strong>para</strong> o ano <strong>de</strong> 2008, <strong>para</strong> Oeiras, <strong>de</strong>monstrava que 43,2% dos indivíduos resi<strong>de</strong>ntesno Concelho, com 65 ou mais anos, tinham mais <strong>de</strong> 75 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (CMO, 2010a: 10).No que concerne ao estado civil, em 2001, 49,6% da população portuguesa estava casada com registo e37,5% era solteira. Da evolução do estado civil entre os recenseamentos <strong>de</strong> 1991 e 2001, <strong>de</strong>staca-se oaumento significativo <strong>de</strong> divorciados e <strong>de</strong> casados sem registo, bem como o <strong>de</strong>créscimo dos se<strong>para</strong>dos.Também ao nível nacional, a viuvez afecta principalmente as mulheres, <strong>de</strong>vido sobretudo à sobre mortalida<strong>de</strong>masculina: em 2001, por cada 100 viúvos, 82 eram mulheres e 18 eram homens (INE, 2001: 67). O quadroseguinte ilustra a evolução da população resi<strong>de</strong>nte no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, em termos <strong>de</strong> estado civil e sexo,entre os períodos censitários <strong>de</strong> 1991 e <strong>de</strong> 2001.Solteiro(a)Casado (a)Viúvo (a)Estado civil /SexoSe<strong>para</strong>do (a)/ Divorciado(a)Total1991 2001 VariaçãoNúmero % Número %(%)1991-2001Total 61.462 40,6 62.445 38,5 1,6Homens 31.082 50,6 31.940 51,1 2,8Mulheres 30.381 49,4 30.505 48,9 0,4Total 76.077 50,3 81.973 50,6 7,8Homens 38.146 50,1 40.985 50,0 7,4Mulheres 37.931 49,9 40.988 50,0 8,1Total 7.839 5,2 9.611 5,9 22,6Homens 1.201 15,3 1.446 15,0 20,4Mulheres 6.638 84,7 8.165 85,0 23,0Total 5.964 3,9 8.099 5,0 35,8Homens 1.814 30,4 2.491 30,8 37,3Mulheres 4.150 69,6 5.608 69,2 35,1Total 151.342 100,0 162.128 100,0 7,1Homens 72.243 47,7 76.862 47,4 6,4Mulheres 79.100 52,3 85.266 52,6 7,8Fonte: INE, 1991 e 2001 citado em CMO, 2009: 26.Quadro 61. População resi<strong>de</strong>nte no Concelho, por estado civil e por sexo, 1991 e 2001<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 71


Deste modo, po<strong>de</strong>mos afirmar que, no que concerne ao Concelho <strong>de</strong> Oeiras, em relação ao estado civil,predominam os indivíduos na condição <strong>de</strong> casado (50,6%) e solteiro (38,5%). Os viúvos e se<strong>para</strong>dos/divorciados reúnem percentagens claramente inferiores, respectivamente 5,9% e 5,0%. No geral, não severificam gran<strong>de</strong>s alterações na estrutura relativa da condição do estado civil no Concelho, residindo asgran<strong>de</strong>s diferenças na variação dos valores absolutos, em especial, quando se faz a <strong>de</strong>sagregação dosdados por sexo: aumento significativo do número <strong>de</strong> pessoas se<strong>para</strong>das/ divorciadas (mais 35,8%),nomeadamente, no grupo dos homens (37,3%) e forte acréscimo <strong>de</strong> viúvos (22,6%), em particular nouniverso feminino (23,0%).2.2 FamíliasA dimensão média familiar 17 <strong>de</strong>cresceu ligeiramente em Oeiras no último período inter-censitário, àsemelhança do verificado na Gran<strong>de</strong> Lisboa e em Portugal. Aquando do recenseamento da população(2001) 18 , esta dimensão era, em média, <strong>de</strong> 2,6 indivíduos por família.Ano / Unida<strong>de</strong> Geográfica Oeiras Gran<strong>de</strong> PortugalLisboa1991 3,0 2,9 3,12001 2,6 2,6 2,8Fonte: INE, 1991 e 2001 citado em CMO, 2009a: 48.Quadro 62. Dimensão Média Familiar, Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, 1991 e 2001Consequentemente, neste período houve um acentuado aumento das famílias <strong>de</strong> menor dimensão – mais68,6% <strong>de</strong> famílias com apenas 1 pessoa; mais 44,5% com 2 pessoas; e mais 12,4% com 3 pessoas.Correlativamente, notou-se um forte <strong>de</strong>créscimo dos agregados mais numerosos, sobretudo nos que têm 5ou mais pessoas (-23,3%) (CMO, 2009: 29).Estrutura das famílias / Unida<strong>de</strong>OeirasGran<strong>de</strong> PortugalGeográficaLisboaFamílias Nº % % %1 indivíduo 13 302 21,6 22,1 17,32 indivíduo 18 765 30,4 30,0 28,43 indivíduo 15 059 24,4 24,7 25,24 indivíduo 10 462 17,0 16,6 19,7Com 5 ou + indivíduo 4129 6,7 6,6 9,5Total Famílias 61 717 100 100 100Fonte: INE, 2001 citado em CMO, 2009a: 48.Quadro 63. Estrutura das Famílias por dimensão média, Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, 200117 Que correspon<strong>de</strong> ao coeficiente entre o número <strong>de</strong> pessoas resi<strong>de</strong>ntes em famílias clássicas e o número <strong>de</strong>famílias clássicas resi<strong>de</strong>ntes (INE, 2003).18 Últimos dados disponíveis <strong>para</strong> este indicador.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 72


Relativamente às famílias com apenas uma pessoa, prevalecem as que são constituídas por pessoas dosexo feminino (8.565; 64,4%). Neste tipo <strong>de</strong> famílias <strong>de</strong>stacam-se os subgrupos das pessoas com ida<strong>de</strong>sentre os 25 e os 64 anos (4.435 <strong>de</strong> mulheres e 3.462 <strong>de</strong> homens) e o das que têm 65 ou mais anos (3.818 <strong>de</strong>mulheres e 972 <strong>de</strong> homens) – como se po<strong>de</strong> constatar, a diferença entre sexos manifesta-se sobretudo nosindivíduos com 65 ou mais anos, on<strong>de</strong> predominam, <strong>de</strong> forma clara, as mulheres (CMO, 2009: 29).Gran<strong>de</strong>OeirasTipo <strong>de</strong> família / Unida<strong>de</strong> GeográficaLisboaPortugalNº % % %Com uma sóFamílias pessoa13 302 21,55 22,14 17,3Clássicas Outros tipos <strong>de</strong>família48 415 78,45 77,86 82,7Casais sem filhos 14 796 30,88 31,92 30,86NúcleosCasais com filhos 25 147 52,48 52,80 57,20FamiliaresMonoparentais 7 977 16,65 15,28 11,95Fonte: INE, 2001 citado em CMO, 2009a: 49.Quadro 64. Tipos <strong>de</strong> Família, Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal , 2001Em 2001 foram recenseados 353.971 núcleos familiares monoparentais em Portugal, representando umavariação positiva <strong>de</strong> 11% com<strong>para</strong>tivamente com 1991. A maior percentagem, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>stes núcleos,manteve-se no tipo <strong>de</strong> núcleo <strong>de</strong> mãe com os filhos (INE, 1991: 87). Efectivamente, entre as famíliasmonoparentais, consi<strong>de</strong>rando o sexo da pessoa responsável pela família, a taxa <strong>de</strong> feminização é muitoelevada, atingindo, ao nível nacional, 86,4% (Perista, 2006: 50).Total Pai com filhos Mãe com filhos7 736 19 1 006 6 730Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2002: 96.Quadro 65. Núcleos Familiares Monoparentais no Concelho, por sexo do progenitor, 2001No que se refere ao Concelho <strong>de</strong> Oeiras, com se po<strong>de</strong> constatar no quadro supra, o valor <strong>de</strong>stes núcleosfamiliares (16,65%), encontra-se acima da Gran<strong>de</strong> Lisboa e <strong>de</strong> Portugal, no entanto, se aten<strong>de</strong>rmos à relação<strong>de</strong> feminilida<strong>de</strong>, verificamos que esta era, em 2001, <strong>de</strong> 87,0%, ou seja, ligeiramente mais elevada do queregistada em 2006 ao nível nacional.19 Não foram consi<strong>de</strong>rados neste âmbito os núcleos monoparentais constituídos por avós e netos (210) e avôs e netos(31).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 73


Classe EtáriaTotalSolteiroLegalmenteCasado"De Facto"ViúvoSe<strong>para</strong>do DivorciadoHM H HM H HM H HM H HM H HM H HM HMenos <strong>de</strong> 20 anos 133 68 112 53 6 5 14 10 - - 1 - - -De 20 a 24 anos 1170 690 797 405 163 135 189 146 3 1 8 2 10 1De 25 a 29 anos 3670 2593 1501 800 1463 1288 581 473 5 - 45 12 75 20De 30 a 34 anos 5001 3729 1210 578 2767 2521 626 534 26 - 96 25 276 71De 35 a 39 anos 5513 4130 893 383 3319 3062 583 486 50 7 177 47 491 145De 40 a 44 anos 5887 4366 728 303 3566 3315 590 484 120 17 183 56 700 191De 45 a 49 anos 6529 4758 610 226 4066 3749 547 451 201 23 201 67 904 242De 50 a 54 anos 7566 5635 535 170 5027 4712 405 341 415 72 191 63 993 277De 55 a 59 anos 6559 4994 414 135 4480 4278 277 242 553 83 149 50 686 206De 60 a 64 anos 5505 4014 343 109 3651 3466 181 163 764 107 101 35 465 134De 65 a 69 anos 4957 3498 297 85 3148 3035 129 114 999 164 67 25 317 75De 70 a 74 anos 3984 2530 228 52 2218 2143 88 69 1220 193 45 16 185 57De 75 ou mais anos 5243 2802 310 62 2292 2204 83 70 2357 402 39 19 162 45Total 61717 43807 7978 3361 36166 33913 4293 3583 6713 1069 1303 417 5264 1464Fonte: INE, 2002: 90.Quadro 66. Famílias clássicas do Concelho, segundo o estado civil e sexo do representante <strong>de</strong> família, pela classe etária<strong>de</strong>ste, 2001Apenas 29% dos representantes <strong>de</strong> família são mulheres. Estas são maioritariamente viúvas (84,1%),divorciadas (72,2%) ou se<strong>para</strong>das (68,0%) e têm, na sua maioria, menos <strong>de</strong> 20 anos (48,9%) ou mais <strong>de</strong> 75(46,6%).Indicador/ Ano/ Unida<strong>de</strong> Geográfica Ano Oeiras Gran<strong>de</strong> Lisboa PortugalTaxa Bruta <strong>de</strong> Nupcialida<strong>de</strong> (‰) 2008 2,6 3,6 4,1Taxa Bruta <strong>de</strong> Divórcio (‰) 2007 2,3 2,6 1,8Nados Vivos Fora do Casamento (%) 2008 43,5 47,3 36,2Casamentos Católicos (%) 2008 28,0 33,0 44,4Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2009a: 59.Quadro 67. Indicadores <strong>de</strong> População, 2007 e 2008A taxa <strong>de</strong> nupcialida<strong>de</strong> (2,6 ‰) encontra-se abaixo da registada na Gran<strong>de</strong> Lisboa e a taxa <strong>de</strong> divórcio (2,3‰)é semelhante. Acrescente-se que existe um menor peso relativo <strong>de</strong> casamentos católicos (28,0%) do que naGran<strong>de</strong> Lisboa (33,0%), mas abaixo do <strong>de</strong>tectado no total do país (44,4%).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 74


Em resumo:A população estimada <strong>para</strong> o Concelho <strong>de</strong> Oeiras, em 2008, era <strong>de</strong> 172.021 habitantes, dosquais cerca <strong>de</strong> 53% pertenciam ao sexo feminino. De acordo com a relação <strong>de</strong>masculinida<strong>de</strong> estimada pelo INE <strong>para</strong> esse ano, por cada 100 mulheres resi<strong>de</strong>ntes noConcelho existiam 89 homens (menos 1% <strong>de</strong> homens que em 2001 e menos cerca <strong>de</strong> 5%que a média nacional estimada <strong>para</strong> 2008).No que concerne às ida<strong>de</strong>s e cruzando com a variável sexo, os homens predominam nasfaixas etárias até aos 24 anos, regista-se um equilíbrio nos escalões entre os 25 e os 64 anose as mulheres são proporcionalmente superiores na faixa dos “65 ou mais anos”.Efectivamente, se tomarmos como referência o índice <strong>de</strong> envelhecimento, em 2008 ele erasuperior nas mulheres (138,2 contra 94,6 nos homens), reflectindo a sua maior longevida<strong>de</strong>.No que se refere ao índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência, também referente ao ano <strong>de</strong> 2008, este<strong>de</strong>monstra que as mulheres são menos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes nos escalões mais jovens e mais<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes nos mais idosos.Ao nível do estado civil, entre 1991 e 2001, registou-se um aumento significativo do número<strong>de</strong> se<strong>para</strong>dos/ divorciados entre os homens e um forte acréscimo <strong>de</strong> viúvos, em particularno universo feminino.No atinente às estruturas familiares predominavam, em 2001, as compostas por um sóindivíduo. Salienta-se que prevaleciam as constituídas por mulheres, nos escalões entre os25 e os 64 anos, mas sobretudo na faixa dos “65 ou mais anos”, on<strong>de</strong> predominaclaramente o sexo feminino.Em relação às famílias monoparentais, em 2001, Oeiras tinha valores superiores à médianacional e da Gran<strong>de</strong> Lisboa. No que concerne ao sexo do progenitor, e reportando-nos <strong>de</strong>novo a 2001, po<strong>de</strong>mos adiantar que a taxa <strong>de</strong> feminização <strong>de</strong>stes núcleos em Oeiras(87,0%) é ligeiramente superior à registada ao nível nacional, em 2006 (86,4%).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 75


3. Educação e Emprego3.1 Educação3.1.1 Indicadores <strong>de</strong> educação da população resi<strong>de</strong>nteQuando analisada a taxa <strong>de</strong> analfabetismo da população resi<strong>de</strong>nte no território <strong>de</strong> Oeiras, com 10 ou maisanos, verificamos que esta representa 3,7% do total. Desagregando estes dados por sexo, verifica-se quecerca <strong>de</strong> 71,5% <strong>de</strong>stes indivíduos são do sexo feminino, proporção encontrada igualmente na média dosconcelhos que compõem a Gran<strong>de</strong> Lisboa.Analfabetos com 10 ou mais Taxa <strong>de</strong> AnalfabetismoZona GeográficaanosHM H Em 1991 Em 2001Gran<strong>de</strong> Lisboa 92612 26905 5,6 5,3Oeiras 5515 1575 3,8 3,7Fonte: INE, 2002.Quadro 68. Taxa <strong>de</strong> Analfabetismo, Concelho e Gran<strong>de</strong> Lisboa, 1991 e 2001No que se refere ao nível <strong>de</strong> ensino atingido pela população resi<strong>de</strong>nte e, reportando-nos a dados <strong>de</strong> 2001,apurámos que as mulheres se encontram em maioria no ensino básico e superior, não se verificandodiferenças significativas no ensino secundário e médio. Em consonância com os dados apurados no quadroacima, no conjunto <strong>de</strong> indivíduos sem nenhum nível <strong>de</strong> ensino, também as mulheres se encontram sobrerepresentadas.Fonte: adaptado <strong>de</strong> INE, 2002.Figura 10. População resi<strong>de</strong>nte no Concelho, segundo o nível <strong>de</strong> ensino atingido e o sexo, 2001<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 76


3.1.2 Estabelecimentos <strong>de</strong> educaçãoConforme se po<strong>de</strong> verificar no quadro seguinte, e excluindo a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> pré-escolar, abordada seguidamente,existem no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, noventa e seis estabelecimentos <strong>de</strong> ensino, dos quais 77,1% pertence à re<strong>de</strong>pública. Desagregando por nível <strong>de</strong> ensino, 86,5% são estabelecimentos que ministram os 1.º, 2.º e 3.º ciclosdo ensino básico e os restantes são estabelecimento <strong>de</strong> ensino secundário.Unida<strong>de</strong>GeográficaFonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2009a: 70.Quadro 69. Estabelecimentos <strong>de</strong> Educação / Ensino do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, segundo o nível <strong>de</strong> ensinoministrado e a natureza institucional, 2009Ensino Básico1º Ciclo 2º Ciclo 3º CicloEnsinoSecundárioPúblico Privado Público Privado Público Privado Público PrivadoPortugal 5 768 529 916 245 1 199 338 573 381Gran<strong>de</strong> Lisboa 491 233 129 81 182 85 86 76Oeiras 38 13 11 2 17 2 8 3Caracterizado, <strong>de</strong> forma muito genérica, o parque escolar do Concelho, consi<strong>de</strong>ramos relevante proce<strong>de</strong>r àmesma caracterização no que concerne à população escolar da re<strong>de</strong> pública.3.1.3 Indicadores <strong>de</strong> educação da população escolarNo quadro seguinte explanam-se o número <strong>de</strong> alunos, por nível <strong>de</strong> ensino, o número <strong>de</strong> salas e turmas e osalunos integrados em CTL ou Serviço <strong>de</strong> Prolongamento <strong>de</strong> Horário afectos às escolas da re<strong>de</strong> pública:Nível <strong>de</strong> EnsinoTotal<strong>de</strong>alunosN.º <strong>de</strong>alunosListaEsperaN.º alunos comNecessida<strong>de</strong>sEducativasEspeciaisN.º <strong>de</strong> Salas<strong>de</strong>Activida<strong>de</strong>s/TurmasN.º <strong>de</strong>Educadores /ProfessoresN.º <strong>de</strong>alunos emCTL /ProlongamentoJardins-<strong>de</strong>-infância 880 381 24 40 461.º Ciclo do EnsinoBásico2.º Ciclo do EnsinoBásico3.º Ciclo do EnsinoBásico5404 0 247 247 2933114 019164382 0 374184 1697NAEnsino Secundário 4627 0 213 NAFonte: Dados fornecidos pela Divisão <strong>de</strong> Educação da CMO em 17 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2009.Quadro 70. Número <strong>de</strong> Alunos do Concelho, por nível <strong>de</strong> ensino, 2009131NA<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 77


No ano lectivo <strong>de</strong> 2008/2009, estudavam na re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> escolas do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, 18.407 criançase jovens, com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 3 e os 17 anos e repartidos pelos níveis <strong>de</strong> ensino entre oJardim-<strong>de</strong>-infância e o Ensino Secundário.Os CTL e Serviço <strong>de</strong> Prolongamento <strong>de</strong> Horário abrangem cerca <strong>de</strong> 30,5% dos alunos do pré-escolar e 1.ºciclo do ensino básico da re<strong>de</strong> pública.Analisando os principais indicadores <strong>de</strong> educação, verificamos que a taxa <strong>de</strong> pré-escolarização é <strong>de</strong> 78%,inferior à <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 80% do território português. Quanto às taxas <strong>de</strong> retenção e <strong>de</strong>sistência, verifica-se umamédia <strong>de</strong> 8,4 % no Concelho, superior à <strong>de</strong> 7,9 registada em Portugal. Este diferencial <strong>de</strong>ve-se, sobretudo, àstaxas <strong>de</strong> retenção e <strong>de</strong>sistência do 2º ciclo. Relativamente às taxas <strong>de</strong> transição e conclusão no ensinosecundário, verifica-se maior sucesso escolar nos cursos gerais (78%) do que nos cursos tecnológicos (69%).As raparigas estão em maioria no ensino secundário (52%). No entanto, parecem continuar a existirassimetrias na escolha dos cursos nos vários níveis <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e na activida<strong>de</strong> profissional a nívelnacional (NOGUEIRA, 2009: 109).“(…) as raparigas e mulheres continuam a evitar domínios <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> associadosàs Ciências <strong>de</strong>signadas <strong>de</strong> exactas (principalmente a Física e à Matemática), àInformática e às Engenharias e a orientar-se predominantemente <strong>para</strong> as áreasassociadas às Letras ou on<strong>de</strong> a dimensão do “cuidar” <strong>de</strong> outros seja <strong>de</strong>terminantecomo é o caso da Psicologia, Ciências da Enfermagem, Medicina ou Serviço Social.Esta mesma influência <strong>de</strong> género, que impe<strong>de</strong> os rapazes e homens <strong>de</strong> prosseguirema sua activida<strong>de</strong> escolar e profissional nos domínios que são mais frequentados pelosexo feminino, encontrando-se maioritariamente naqueles em que elas sãominoritárias.” (SAAVEDRA, 2009: 121)Unida<strong>de</strong>GeográficaTaxa<strong>de</strong> préescolarizaçãoTaxa bruta <strong>de</strong>escolarização 20EnsinobásicoEnsinosecundárioTotalTaxa <strong>de</strong> retenção e<strong>de</strong>sistência no ensinobásico1ºCiclo2ºCiclo3ºCicloTaxa <strong>de</strong> transição/conclusãono ensino secundárioTotalCursosgerais/científicohumanísticosCursostecnológicosRelação<strong>de</strong>feminida<strong>de</strong> noensinosecundárioPortugal5279,8 121,3 101,0 7,9 3,7 8,0 14,0 79,0 79,7 73,9,7Gran<strong>de</strong>Lisboa72,9 123,1 115,3 9,4 4,5 10,6 16,0 77,0 78,1 67,2 51,6Oeiras 78,0 107,0 117,1 8,4 3,9 9,9 14,1 77,1 77,9 69,0 52,2Fonte: INE, 2009a: 67.Quadro 71. Indicadores <strong>de</strong> Educação, 2007/ 200820Relação percentual entre o número total <strong>de</strong> alunos matriculados em <strong>de</strong>terminado nível <strong>de</strong> ensino(in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da ida<strong>de</strong>) e a população resi<strong>de</strong>nte em ida<strong>de</strong> normal <strong>de</strong> frequência <strong>de</strong>sse mesmo nivel.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 78


A taxa <strong>de</strong> escolarização no ensino superior é <strong>de</strong> 20%, sendo a proporção <strong>de</strong> inscritos em áreas <strong>de</strong> Ciência eTecnologia no ensino superior <strong>de</strong> 58%, praticamente o dobro da mesma proporção a nível nacional. Verificaseainda que os inscritos via “maiores <strong>de</strong> 23 anos” correspon<strong>de</strong>m a 13%, ligeiramente superior à médianacional, mas inferior à média da Gran<strong>de</strong> Lisboa. Em relação à presença das mulheres no ensino superior,estas representam cerca <strong>de</strong> 38% dos alunos inscritos e 42% dos alunos diplomados.Unida<strong>de</strong>GeográficaTaxa <strong>de</strong>escolarizaçãono ensinosuperiorProporção <strong>de</strong>inscritos emáreas C&Tno ensinosuperiorProporção <strong>de</strong>inscritos via"maiores <strong>de</strong> 23anos" noensino superiorRelação <strong>de</strong> feminida<strong>de</strong> no ensinosuperiorAlunosinscritosAlunosdiplomados2008/2009 2007/2008Portugal 29,7 29,5 12,8 53,4 59,6Gran<strong>de</strong>Lisboa52,4 25,6 14,6 52,7 57,7Oeiras 20,0 58,0 13,2 37,9 41,3Fonte: INE, 2009a: 69.Quadro 72. Indicadores <strong>de</strong> Educação, 2007/ 2008 e 2008/ 2009Ao analisar o acesso a equipamentos informáticos nos estabelecimentos <strong>de</strong> ensino, verificamos que, emmédia, existe um computador por cada 9 alunos e um computador com internet por cada 10 alunos, àsemelhança do que se verifica na área da Gran<strong>de</strong> Lisboa.Unida<strong>de</strong>GeográficaNúmero médio <strong>de</strong> alunos por computadorNúmero médio <strong>de</strong> alunos por computador comInternetEnsino BásicoEnsino BásicoEnsinoTotal2º 3ºTotal1º Ciclosecundário1º 2º 3ºCiclo CicloCiclo Ciclo CicloPortugal x x x x x x x x x xEnsinosecundárioGran<strong>de</strong>Lisboa8,9 11,6 8,9 8,3 6,8 10,2 15,6 10,2 9,3 7,0Oeiras 9,0 10,6 8,9 8,7 7,8 9,6 12,0 9,7 9,3 7,8Fonte: INE, 2009a: 68.Quadro 73. Acesso a equipamentos informáticos nos estabelecimentos <strong>de</strong> ensino do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa ePortugal, 20083.2 EmpregoA situação face ao mercado <strong>de</strong> trabalho é um factor <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância e <strong>de</strong>terminante na inclusão ouexclusão social dos indivíduos, pelas implicações que acarreta, não só ao nível do rendimento e da realizaçãopessoal, mas também no exercício <strong>de</strong> cidadania. Estar em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego significa per<strong>de</strong>r um dosvínculos mais importantes <strong>de</strong> ligação à socieda<strong>de</strong>, à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações interpessoais que o emprego facilita eao sentimento <strong>de</strong> participação na vida social. O acesso ao emprego é, assim entendido, como um dosprincipais mecanismos do combate à exclusão social e <strong>de</strong> integração social nas socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas,proporcionando as condições <strong>para</strong> o estabelecimento <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> vida.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 79


O presente ponto <strong>de</strong>dicado à temática do emprego proce<strong>de</strong> a uma caracterização da população activa,utilizando os conceitos adoptados pelo Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística, estruturado <strong>de</strong> acordo com oesquema seguinte:Figura 11. Estrutura conceptual: População activa e inactiva3.2.1 Tecido empresarial concelhioO <strong>Plano</strong> Director <strong>de</strong> 1994 <strong>de</strong>finiu, a par <strong>de</strong> outras orientações estratégicas, a atracção <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong>excelência <strong>para</strong> o Concelho <strong>de</strong> Oeiras. Efectivamente, embora na década <strong>de</strong> oitenta se tenha verificado umaumento significativo do número <strong>de</strong> organizações que se fixaram no Concelho (17,2%), é na década <strong>de</strong>noventa que se constata a maior expansão (48,4%). (CMO, 2007b)De entre os diversos factores <strong>de</strong> atractivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>staca-se 21 : proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, localização em pólos <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento, dinamismo da autarquia, oferta imobiliária diversificada e com qualida<strong>de</strong> e local <strong>de</strong>residência. Consequência <strong>de</strong>sta atractivida<strong>de</strong> que promoveu a fixação <strong>de</strong> empresas ligadas ao conhecimento,surgem novas empresas que contribuíram <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> infra-estruturas, comércio e serviçosindispensáveis ao21 CMO (2007), Carta <strong>de</strong> Competências Profissionais do Concelho <strong>de</strong> Oeiras.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 80


Surgem, assim, três tipos <strong>de</strong> oferta com as seguintes características:Um conjunto <strong>de</strong> empreendimentos no segmento do imobiliário <strong>de</strong> escritórios, que se distribuem um poucopor todo o Concelho, mas que se centralizam fundamentalmente nos eixos oriental - Algés, Miraflores,Linda-a-Velha e Carnaxi<strong>de</strong> - e oci<strong>de</strong>ntal - Oeiras e Porto Salvo.Os principais programas estratégicos <strong>de</strong> natureza económica, caso do <strong>Plano</strong> Integrado do Parque Ciênciae Tecnologia on<strong>de</strong> se inclui o TagusPark ou os Office Park, Quinta da Fonte e Centro <strong>de</strong> Lagoas.As zonas industriais e empresariais do Concelho, sobretudo as <strong>de</strong> Queluz <strong>de</strong> Baixo e Carnaxi<strong>de</strong> - Portela.É <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar, no entanto, que a partir do ano 2000 nota-se um <strong>de</strong>créscimo significativo, apesar <strong>de</strong> continuara revelar uma percentagem expressiva (26,5%).A Carta <strong>de</strong> Competências Profissionais do Concelho <strong>de</strong> Oeiras 22 , caracteriza da seguinte forma asinstituições instaladas no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, no que se refere à sua dimensão: Microempresas (84%); Pequenas empresas (12%); Médias empresas (3%) Gran<strong>de</strong>s empresas (1%).Caracteriza, ainda, os sectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> das mesmas, do modo exposto no quadro seguinte:Tipos <strong>de</strong> organizações % Sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> predominanteEmpresas se<strong>de</strong>adas no Concelho 72,3%Socieda<strong>de</strong>s se<strong>de</strong>adas no Concelho 24,8%Socieda<strong>de</strong>s constituídas 2,9%Fonte: Adaptado <strong>de</strong> CMO, 2007b.Sector G: Comércio por grosso e aretalho; re<strong>para</strong>ção <strong>de</strong> veículosautomóveis, motociclos e bens <strong>de</strong> usopessoal e doméstico.Sector K: Activida<strong>de</strong>s imobiliárias,alugueres e serviços prestados àsempresas.Quadro 74. Empresas e Socieda<strong>de</strong>s se<strong>de</strong>adas no Concelho, por sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> predominanteAinda <strong>de</strong> acordo com a Carta <strong>de</strong> Competências Profissionais do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, no que se refere àsáreas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s instaladas no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, 42% referem-se a serviços, 36% comércio, 17%indústria, 4% saú<strong>de</strong> e 1% instituições <strong>de</strong> ensino.22 CMO (2007), Carta <strong>de</strong> Competências Profissionais do Concelho <strong>de</strong> Oeiras.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 81


3.2.2 Indicadores <strong>de</strong> emprego, taxas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> e condição perante a activida<strong>de</strong> económicaConsi<strong>de</strong>rando a perccentagem <strong>de</strong> população activa, no conjunto da população, dos territórios <strong>de</strong>scriminadosno quadro seguinte, verifica-se que:oooDe uma forma global, entre 1991 e 2001, a taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> tem registado um crescimento;Desagregando por sexo, a taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> é significativamente inferior nas mulheres;Em ambas as zonas geográficas analisadas a taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> feminina tem vindo a aumentar,enquanto que a mesma taxa, no que se refere aos homens, se tem mantido estável.ZonaGeográficaTaxa <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong> (%)Em 1991 Em 2001HM H M HM H MGran<strong>de</strong> Lisboa 48,5 56,3 41,5 52,6 57,3 48,3Oeiras 49,6 55,8 43,9 53,8 57 50,8Fonte: INE, 2002.Quadro 75. Taxa <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong> 23 , Concelho e Gran<strong>de</strong> Lisboa, 1991 e 2001No quadro seguinte encontra-se explanada a caracterização da população activa do Concelho, <strong>de</strong> acordocom dados do Censos <strong>de</strong> 2001:Ida<strong>de</strong> / Sexo15 – 60 anos 60 ou + anosMasculino Feminino Masculino FemininoSem Activida<strong>de</strong>10.637 14.837 10.663 16.14025.273 26.803Com Activida<strong>de</strong>41.175 41.363 2.665 1.96482.538 4.629Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2002.Total52.27687.167Quadro 76. População Activa do Concelho, com e sem activida<strong>de</strong> económica, por ida<strong>de</strong> e sexoAnalisando a população perante a activida<strong>de</strong> económica, com base nos Censos 2001, constata-se queaproximadamente 63% do total <strong>de</strong> população, com mais <strong>de</strong> 15 anos, a residir no Concelho, tem umaactivida<strong>de</strong> económica. Desagregando a população que <strong>de</strong>sempenha uma activida<strong>de</strong> económica, verifica-seque 94,6% tem ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 15 e os 60 anos (49,8% homens e 50,2% mulheres) e que osrestantes 5,4% têm mais <strong>de</strong> 60 anos (57,5% homens e 42,5% mulheres). Esta <strong>de</strong>sagregação por género,revela um gran<strong>de</strong> equilíbrio na estrutura por sexos, nomeadamente, no primeiro grupo etário.23 Coeficiente, medido em percentagem, entre a população activa e total da população.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 82


Relativamente à população que não exerce qualquer activida<strong>de</strong> económica (37% do total da população com15 ou mais anos), 48,7% estão no grupo etário dos 15 aos 60 anos (existindo 42,8% homens e 57,2%mulheres) e 51,3% têm mais <strong>de</strong> 60 anos (39,7% homens e 60,3% mulheres). Este equilíbrio <strong>de</strong> valores, noque concerne às ida<strong>de</strong>s, indica a existência <strong>de</strong> uma percentagem significativa <strong>de</strong> indivíduos, ainda em ida<strong>de</strong>activa, sem qualquer activida<strong>de</strong> económica (48,7%). Ao contrário do que se passava na população comactivida<strong>de</strong> económica, neste grupo verifica-se uma maior predominância por parte do sexo feminino.Conforme o quadro seguinte ilustra, no conjunto <strong>de</strong>stes indivíduos verifica-se uma perdominância do sexofeminino nas categorias <strong>de</strong> domésticos e reformados, aposentados ou na reserva.Condição Perante a Activida<strong>de</strong> Económica Sexo TotalPopulação sem activida<strong>de</strong> económica hm 52276População sem activida<strong>de</strong> económica h 21299Estudantes hm 12448Estudantes h 6130Domésticos hm 5615Domésticos h 30Reformados,aposentados ou na reserva hm 28205Reformados,aposentados ou na reserva h 12463Incapacitados permanen.<strong>para</strong> o trabalho hm 1568Incapacitados permanen.<strong>para</strong> o trabalho h 668Outros hm 4440Outros h 2008Fonte: INE, 2002.Quadro 77. População resi<strong>de</strong>nte no Concelho, em ida<strong>de</strong> activa, sem activida<strong>de</strong> económica, segundo o sexo,20013.2.3 DesempregoNo período intercensitário abaixo <strong>de</strong>scriminado, registou-se um aumento da taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego noConcelho <strong>de</strong> Oeiras, passando <strong>de</strong> 6,9% em 1991 <strong>para</strong> um valor que se cifrava em 7,1% em 2001. Analisandoa taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego segundo o sexo, constata-se que, esta é mais elevada nas mulheres (7,3% em 2001)do que nos homens (6,9%). Ainda assim, refira-se que, entre 1991 e 2001, se registaram progressossignificativos na redução do <strong>de</strong>semprego feminino, passando <strong>de</strong> 8,4% em 1991 <strong>para</strong> 7,3% em 2001.Em 1991 Em 2001HM H M HM H M6,9 5,5 8,4 7,1 6,9 7,3Fonte: INE, 2002.Quadro 78. Taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego do Concelho, por sexo, 1991 e 2001<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 83


Apesar <strong>de</strong> não existirem dados actuais <strong>para</strong> o Concelho <strong>de</strong> Oeiras, <strong>de</strong> acordo com o INE (INE, 2010a: 1), aonível nacional a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego registada no 2.º trimestre <strong>de</strong> 2010 fixou-se em 10,6% e em 11% naregião <strong>de</strong> Lisboa (NUTII).Homens 3025SexoMulheres 3120< 1 ano 3950Tempo <strong>de</strong> inscrição1 ano e mais 21951º emprego 278Situação face à procura <strong>de</strong> empregoNovo emprego 5867< 25 anos 559Grupo Etário25-34 anos 156235-54 anos 276855 e mais anos 1256< 1º ciclo EB 2441º ciclo EB 906Nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>2º ciclo EB 7553º ciclo EB 1249Secundário 1805Superior 1186TOTAL 6145Fonte: IEFP, 2010, Concelhos: Estatísticas Mensais (Abril)Quadro 79. Número <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados registados no Concelho, por sexo, tempo <strong>de</strong> inscrição, situação face à procura<strong>de</strong> emprego, grupo etário e nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, em Abril <strong>de</strong> 2010De acordo os dados anteriores, actualmente os <strong>de</strong>sempregados no Concelho são maioritariamente mulheres,têm ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 35 e os 54 anos, possuem maioritariamente o 3.º Ciclo do Ensino Básicoe o Ensino secundário, estão <strong>de</strong>sempregados há menos <strong>de</strong> um ano e procuram um novo emprego.Neste âmbito, o Munícipio <strong>de</strong> Oeiras, em parceria com o Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional,dispõe dos seguintes projectos:Gabinetes <strong>de</strong> Inserção Profissional (GIP): Estruturas <strong>de</strong>stinadas a apoiar jovens e adultos <strong>de</strong>sempregados na<strong>de</strong>finição ou <strong>de</strong>senvolvimento do seu percurso <strong>de</strong> inserção ou reinserção no mercado <strong>de</strong> trabalho, que<strong>de</strong>senvolvem a sua acção em estreita articulação com os Centros <strong>de</strong> Emprego. Sendo uma das activida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>stes Gabinetes (sitos em Algés, Carnaxi<strong>de</strong> e Oeiras), o controlo <strong>de</strong> apresentação periódica dosbeneficiários das prestações <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego, aten<strong>de</strong>ram no ano <strong>de</strong> 2010 cerca <strong>de</strong> 8.000 utentes. Aproporção por sexos <strong>de</strong>stes foi a seguinte:GIP % Masculino % FemininoOeiras 46 54Algés 48 52Carnaxi<strong>de</strong> 54 46Quadro 80. Proporção, por sexos, dos atendimentos dos Gabinetes <strong>de</strong> Inserção Profissional do Munícipio, 2010<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 84


Projecto Emprego-Inserção: Este tem como objectivo a promoção da empregabilida<strong>de</strong> dos <strong>de</strong>sempregadosmelhorando as suas competências sócio-profissionais através da manutenção do contacto com os outrostrabalhadores e activida<strong>de</strong>s, evitando o risco do seu isolamento, <strong>de</strong>smotivação e marginalização, bem comoapoiar activida<strong>de</strong>s socialmente úteis, em particular as que satisfaçam necessida<strong>de</strong>s locais e regionais. Noâmbito <strong>de</strong>ste Projecto po<strong>de</strong>m ser celebrados dois tipos <strong>de</strong> contrato: o Contrato Emprego–Inserção, no qual osbeneficiários são os <strong>de</strong>sempregados a receberem o subsidio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego ou subsidio social <strong>de</strong><strong>de</strong>semprego, e o Contrato Emprego-Inserção+, a celebrar com <strong>de</strong>sempregados a receberem o RendimentoSocial <strong>de</strong> Inserção.O Município incluiu, durante o ano <strong>de</strong> 2010, 3 mulheres e 8 homens ao abrigo <strong>de</strong>stas medidas.3.2.4 Mercado <strong>de</strong> TrabalhoO mercado <strong>de</strong> trabalho compõe-se pelo conjunto <strong>de</strong> indivíduos economicamente activos, que se encontramsujeitos às leis da oferta e da procura, com base nas suas qualificações (experiência profissional, habilitaçõesliterárias, conhecimentos técnicos, características pessoais, entre outras). Existem, contudo, factoresexternos que os afectam ao recorrerem ao mercado <strong>de</strong> trabalho, como por exemplo, as necessida<strong>de</strong>s dasempresas ao nível <strong>de</strong> recursos humanos, o excesso <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra qualificada, a própria contracção ouexpansão do mercado.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 85


O território <strong>de</strong> Oeiras caracteriza-se pelos seguintes indicadores:Gran<strong>de</strong>OeirasProfissãoLisboaPortugalNº % % %Forças Armadas 669 0,8 0,8 0,7Quadros superiores da administração pública, dirigentes equadros superiores <strong>de</strong> empresas8409 10,4 8,0 7,0Especialistas das profissões intelectuais e científicas 15539 19,2 13,3 8,5Técnicos e profissionais <strong>de</strong> nível intermédio 13835 17,1 13,3 9,5Pessoal administrativo e similares 13500 16,7 15,2 11,0Pessoal dos serviços e ven<strong>de</strong>dores 10317 12,7 15,5 14,2Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura epescas343 0,4 0,7 4,0Operários, artífices e trabalhadores similares 6690 8,3 13,4 21,5Operadores <strong>de</strong> instalações e máquinas e trabalhadores damontagem2755 3,4 5,0 8,6Trabalhadores não qualificados 8953 11,1 14,8 15,0Fonte: INE, Censos 2001 in CMO.GDM, 2009: 86Quadro 81. População empregada, no Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, por grupos profissionais, 2001Analisando a população resi<strong>de</strong>nte empregada no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, segundo os Grupos <strong>de</strong> Profissões,constata-se que prevalecem os especialistas das profissões mais intelectuais (19,2%), seguindo-se <strong>de</strong> muitoperto os técnicos e profissionais <strong>de</strong> nível intermédio (17,1%) e o pessoal administrativo e similares (16,7%),evi<strong>de</strong>nciando uma forte tendência <strong>para</strong> a qualificação dos trabalhadores.Por outro lado, contabilizando os dirigentes e o pessoal mais qualificado, po<strong>de</strong> dizer-se que o Concelho <strong>de</strong>Oeiras, apresenta valores superiores à tendência encontrada no conjunto da Gran<strong>de</strong> Lisboa e à médianacional.Unida<strong>de</strong> GeográficaTaxa <strong>de</strong> TCO 24emestabelecimentoscom menos <strong>de</strong>10 trabalhadoresTaxa <strong>de</strong> TCO emestabelecimentoscom mais <strong>de</strong> 250trabalhadoresGanhomédiomensalDisparida<strong>de</strong>no ganhomédiomensal porsexo% Euros %Portugal 24,9 23,9 963,3 12,3Gran<strong>de</strong> Lisboa 19,8 34,8 1 299,1 12,3Oeiras 12,9 39,3 1 617,9 13,8Fonte: INE, 2009a, Anuário Estatístico da Região <strong>de</strong> Lisboa 2008Quadro 82. Indicadores do mercado <strong>de</strong> trabalho, 200824 Trabalhadores por conta <strong>de</strong> outrem.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 86


No que concerne à proporção <strong>de</strong> trabalhadores por conta <strong>de</strong> outrem nas empresas <strong>de</strong> maior dimensãoverifica-se que é superior à média nacional e da Gran<strong>de</strong> Lisboa. No que se refere ao ganho médio mensal, osvalores são significativamente superiores às outras unida<strong>de</strong>s geográficas em análise, muito embora adisparida<strong>de</strong> no ganho médio mensal, quando analisada por sexo, seja superior em 1,5% <strong>para</strong> os homens.Unida<strong>de</strong>GeográficaTotalPrimárioCAE: ASecundárioCAE: B - FTerciárioCAE: G - UHM H M HM H M HM H M HM H M2 247 1 279 968816 574 242 1 395 680 715Portugal35 777 24 412 11 365950 322 628335 159 176 838 751 087Gran<strong>de</strong>250110235 223570 954 320 746 1 222 806 41684 575 25 807 459 350Lisboa208382365 985Oeiras 64 908 38 509 26 399 30 21 9 10 662 8 288 2 374 54 216 30 200 24 016Fonte: INE, 2009a, Anuário Estatístico da Região <strong>de</strong> Lisboa 2008Quadro 83. Trabalhadores por conta <strong>de</strong> outrem nos estabelecimentos no Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, segundo osector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> (CAE Rev. 3) e o sexo, 2008Consi<strong>de</strong>rando ainda os trabalhadores por conta <strong>de</strong> outrem, <strong>de</strong>sagregando por sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> e porsexo, verifica-se que, em Oeiras, encontram-se concentrados no sector terceário, <strong>de</strong>notando-se umasobrepresentação do sexo masculino em todos os sectores.Detalhe <strong>de</strong> Número <strong>de</strong> Trabalhadores por Conta <strong>de</strong> OutremSexoCAE Rev3 HOMEM MULHERA - AGRICULTURA, PRODUÇÃO ANIMAL, CAÇA, FLORESTA E PESCA 40 8C - INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS 3.618 1.869D - ELECTRICIDADE, GÁS, VAPOR, ÁGUA QUENTE E FRIA E AR FRIO 30 13E - CAPTAÇÃO,TRATAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA; SANEAMENTO, GESTÃO DERESÍDUOS E DESPOLUIÇÃO 145 85F - CONSTRUÇÃO 6.137 1.023G - COMÉRCIO POR GROSSO E A RETALHO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOSAUTOMÓVEIS E MOTOCICLOS 10.913 10.059H - TRANSPORTES E ARMAZENAGEM 1.702 533I - ALOJAMENTO, RESTAURAÇÃO E SIMILARES 1.763 2.510J - ACTIVIDADES DE INFORMAÇÃO E DE COMUNICAÇÃO 6.161 2.957K - ACTIVIDADES FINANCEIRAS E DE SEGUROS 2.520 2.146L - ACTIVIDADES IMOBILIÁRIAS 253 336M - ACTIVIDADES DE CONSULTORIA, CIENTÍFICAS, TÉCNICAS E SIMILARES 3.413 3.010N - ACTIVIDADES ADMINISTRATIVAS E DOS SERVIÇOS DE APOIO 8.409 6.458O - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DEFESA; SEGURANÇA SOCIAL OBRIGATÓRIA 539 470P - EDUCAÇÃO 242 807Q - ACTIVIDADES DE SAÚDE HUMANA E APOIO SOCIAL 408 2.698R - ACTIVIDADES ARTÍSTICAS, DE ESPECTÁCULOS, DESPORTIVAS E RECREATIVAS 291 336S - OUTRAS ACTIVIDADES DE SERVIÇOS 336 968Total 46920 36286Fonte: Quadros <strong>de</strong> Pessoal, GEP/MTSS – SISED, 2008Quadro 84. Número <strong>de</strong> Trabalhadores por Conta <strong>de</strong> Outrem no Concelho, por Activida<strong>de</strong> Económica, 2008<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 87


Detalhe <strong>de</strong> Número <strong>de</strong> Pessoas ao Serviço nos Estabelecimentos no Número <strong>de</strong> Pessoas ao ServiçoConcelhoCAE Rev3HOMEM MULHER TOTALA - AGRICULTURA, PRODUÇÃO ANIMAL, CAÇA, FLORESTA E PESCA 56 13 69C - INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS 3.726 1.921 5.647D - ELECTRICIDADE, GÁS, VAPOR, ÁGUA QUENTE E FRIA E AR FRIO 34 13 47E - CAPTAÇÃO,TRATAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA; SANEAMENTO,GESTÃO DE RESÍDUOS E DESPOLUIÇÃO145 85 230F - CONSTRUÇÃO 6.471 1.074 7.545G - COMÉRCIO POR GROSSO E A RETALHO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOSAUTOMÓVEIS E MOTOCICLOS11.578 10.452 22.030H - TRANSPORTES E ARMAZENAGEM 1.783 551 2.334I - ALOJAMENTO, RESTAURAÇÃO E SIMILARES 2.083 2.682 4.765J - ACTIVIDADES DE INFORMAÇÃO E DE COMUNICAÇÃO 6.388 3.010 9.398K - ACTIVIDADES FINANCEIRAS E DE SEGUROS 2.554 2.158 4.712L - ACTIVIDADES IMOBILIÁRIAS 346 380 726M - ACTIVIDADES DE CONSULTORIA, CIENTÍFICAS, TÉCNICAS ESIMILARES3.863 3.229 7.092N - ACTIVIDADES ADMINISTRATIVAS E DOS SERVIÇOS DE APOIO 8.543 6.550 15.093O - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DEFESA; SEGURANÇA SOCIALOBRIGATÓRIA539 470 1.009P - EDUCAÇÃO 270 868 1.138Q - ACTIVIDADES DE SAÚDE HUMANA E APOIO SOCIAL 475 2.801 3.276R - ACTIVIDADES ARTÍSTICAS, DE ESPECTÁCULOS, DESPORTIVAS ERECREATIVAS321 353 674S - OUTRAS ACTIVIDADES DE SERVIÇOS 375 1.111 1.486TOTAL 49.550 37.721 87.271Fonte: Quadros <strong>de</strong> Pessoal, GEP/MTSS – SISED, 2008Quadro 85. Número <strong>de</strong> Pessoas ao Serviço nos Estabelecimentos no Concelho, por Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Económica, 2008De uma forma geral, e quando consi<strong>de</strong>rada a Classificação das Activida<strong>de</strong>s Económicas, tanto na globalida<strong>de</strong>dos trabalhadores como dos TCO, verifica-se a manutenção <strong>de</strong> uma tendência enraizada no mercado <strong>de</strong>trabalho e que se coaduna com uma elevada taxa <strong>de</strong> feminização em sectores como a Educação, asActivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Humana e Apoio Social e Alojamento, Restauração e Similares. Inversamente, o sexomasculino predomina em sectores como a Construção.TotalHoras <strong>de</strong> Trabalho semanaisHMHTotal 81010 408291h. a menos <strong>de</strong> 5h 498 153<strong>de</strong> 5h. a menos <strong>de</strong> 15h 3440 1402<strong>de</strong> 15h. a menos <strong>de</strong> 30h 5419 1607<strong>de</strong> 30h. a menos <strong>de</strong> 35h 3933 1431<strong>de</strong> 35h. a menos <strong>de</strong> 40h 19496 7796<strong>de</strong> 40h. a menos <strong>de</strong> 45h 28092 14892<strong>de</strong> 45h. ou mais 20132 13548Fonte: INE, 2002.Quadro 86. População resi<strong>de</strong>nte no Concelho empregada, segundo o sexo e horas <strong>de</strong> trabalho semanais, 2001<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 88


Quando analisada a duração <strong>de</strong> trabalho, tempo por base uma semana <strong>de</strong> referência, verifica-se que, o sexofeminino predomina nos escalões que compreen<strong>de</strong>m entre 1 hora e menos <strong>de</strong> 40 horas. Por outro lado, osexo masculino está sobre representado nos escalões <strong>de</strong> 40 ou mais horas, o que vêm reforçar asassimetrias <strong>de</strong> género quanto ao trabalho remunerado e não remunerado, adiante <strong>de</strong>senvolvidas.No que diz respeito às remunerações, continuam a verificar-se, em Portugal, <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s entre homens emulheres. Relativamente à gran<strong>de</strong> maioria das activida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>nota-se a existência <strong>de</strong> uma correlação positivaentre escolarida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, ou seja, quanto maior é o nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, maior é a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong><strong>de</strong> ganhos entre homens e mulheres (AMARO e MOURA, 2008: 38). “Assim, <strong>de</strong> acordo com os dados doMinistério da Segurança Social e do Trabalho, em 2004, e <strong>para</strong> todas as activida<strong>de</strong>s, a nível <strong>de</strong> Praticantes eAprendizes, o ganho médio das mulheres correspondia a 98,2% do ganho médio dos homens (…), enquantoa nível <strong>de</strong> quadros superiores o ganho médio das mulheres correspondia apenas a 69% do ganho médio doshomens”. (AMARO e MOURA, 2008: 38)Unida<strong>de</strong>GeográficaTotalPrimárioCAE: ASecundárioCAE: B - FTerciárioCAE: G - UHM H M HM H M HM H M HM H MPortugal 963,28 1 065,97 827,65 694,63 746,00 584,30 873,51 943,43 707,75Gran<strong>de</strong>1 299,06 1 440,57 1 117,65 796,22 846,54 698,73Lisboa1 1 1Oeiras 1 617,88 1 802,23 1 348,95129,62 140,14 105,05Fonte: INE, 2009a, Anuário Estatístico da Região <strong>de</strong> Lisboa 20081193,031458,681218,311485,531110,201364,931022,671325,871649,451180,791522,471889,61872,131119,281347,46Quadro 87. Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta <strong>de</strong> outrem nos estabelecimentos do Concelho, Gran<strong>de</strong>Lisboa e Portugal, segundo o sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> (CAE Rev. 3) e o sexo, 2008<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 89


Oeiras segue a tendência nacional que dita que os ganhos médios mensais dos trabalhadores do sexo masculino são superiores aos mesmos valores <strong>para</strong> asmulheres. Este facto é particularmente evi<strong>de</strong>nte no sector terciário.O quadro seguinte <strong>de</strong>scrimina os ganhos mensais médios e base, no Concelho, por nível <strong>de</strong> qualificação:Nível <strong>de</strong>QualificaçãoRemuneraçãoMédia MensalBaseRemuneraçãoMédia MensalGanhoNível <strong>de</strong>QualificaçãoRemuneraçãoMédia MensalBaseQuadros SuperioresQuadros MédiosEncarregados,contramestres, mestres echefes <strong>de</strong> equipaProfissionais AltamenteQualificadosProfissionais QualificadosHOMEM MULHER Total HOMEM MULHER Total HOMEM MULHER Total HOMEM MULHER Total HOMEM MULHER Total3.411,30 2.408,85 3.088,95 1.987,70 1.769,21 1.908,42 1.706,54 1.615,51 1.678,35 1.721,65 1.489,57 1.615,05 861,89 832,14 848,483.785,87 2.667,23 3.426,16 2.347,73 2.033,94 2.233,86 1.977,07 1.850,01 1.937,71 2.012,77 1.693,82 1.866,28 1.075,37 988,86 1.036,37Profissionais SemiqualificadosProfissionais nãoQualificadosPraticantes e AprendizesIgnoradoHOMEM MULHER Total HOMEM MULHER Total HOMEM MULHER Total HOMEM MULHER TotalTOTAL750,50 663,30 697,34 566,82 498,46 542,84 580,44 551,95 564,79 1.109,99 869,72 1.039,95 1.440,09RemuneraçãoMédia MensalGanho907,61 761,28 818,40 686,75 579,08 648,98 726,39 673,64 697,41 1.322,78 1.019,88 1.234,49 1.667,02Fonte: Adaptado <strong>de</strong>: Quadros <strong>de</strong> Pessoal, GEP/MTSS – SISED, 2008Quadro 88. Remunerações Médias Mensais Ganho e Base no Concelho, segundo o Nível <strong>de</strong> Qualificação, 2008Reforçando o acima mencionado, quando analisados os ganhos médios mensais (base e ganho), tendo em consi<strong>de</strong>ração os níveis <strong>de</strong> qualificação, verifica-seque estes valores são sempre superiores nos homens, em especial nos quadros superiores, on<strong>de</strong> auferem, em média, mais 1.002,45€ <strong>de</strong> base e 1.118,63€ <strong>de</strong>ganho.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 90


Em resumo:A taxa <strong>de</strong> analfabetismo no Concelho <strong>de</strong> Oeiras caracteriza-se por ser significativamente inferior à médiada Gran<strong>de</strong> Lisboa, <strong>de</strong>stacando-se o peso das mulheres nestes valores. Em termos <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> ensino, amaior concentração <strong>de</strong> mulheres situa-se no ensino básico e superior, muito embora também estejamsobre representadas no conjunto dos indivíduos. Em relação à presença <strong>de</strong> mulheres no ensino superior,estas representam cerca <strong>de</strong> 38% dos alunos inscritos e 42% dos alunos diplomados.O território <strong>de</strong> Oeiras é marcado por um tecido empresarial que se caracteriza por uma elevadaconcentração <strong>de</strong> empresas ligadas ao conhecimento, com especial enfoque <strong>para</strong> as activida<strong>de</strong>s que secoadunam com a prestação <strong>de</strong> serviços.No que diz respeito à temática do emprego verifica-se que, em Oeiras, a taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> é inferior nasmulheres. Relativamente à população activa, 63% tem activida<strong>de</strong> económica, sendo que cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong>são mulheres. No que se refere à população que não exerce activida<strong>de</strong> económica, verifica-se umapredominância do sexo feminino, sendo esta significativa na categoria <strong>de</strong> domésticos e reformados.Analisando o ganho médio mensal, os valores registados em Oeiras apresentam-se consi<strong>de</strong>ravelmentesuperiores aos referentes à Gran<strong>de</strong> Lisboa e à média nacional. Por outro lado, analisando por sexo,<strong>de</strong>nota-se que Oeiras segue a tendência nacional que dita que os ganhos médios mensais dos homenssão superiores aos das mulheres. Também na duração do trabalho remunerado se verificam assimetrias,sendo que o sexo feminino predomina nos escalões que compreen<strong>de</strong>m mais <strong>de</strong> uma e menos <strong>de</strong> 40 horase o sexo masculino encontra-se sobre representado nos escalões mais elevados.Analisando a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego por sexo verifica-se que esta é mais elevada nas mulheres do que noshomens salientando-se, no entanto, que no último período intercensitário se registam progressossignificativos no emprego feminino.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 91


4. Protecção SocialSegundo estimativas do INE, o Concelho <strong>de</strong> Oeiras tinha, em 2008, 172.021 habitantes, sendo o total <strong>de</strong>pensionistas nesse ano <strong>de</strong> 35.814, correspon<strong>de</strong>ndo, <strong>de</strong>ste modo, a 20,8% da população resi<strong>de</strong>nte. Destes,8.131 são pensionistas <strong>de</strong> sobrevivência, 24.693 recebem pensões por velhice e 2.990 por invali<strong>de</strong>z.Ainda <strong>de</strong> acordo com dados do INE, os benefícios sociais transferidos ao nível nacional, em 2008, ereferentes a subsídios <strong>de</strong> doença, incapacida<strong>de</strong>, família, <strong>de</strong>semprego e inclusão social, permitiram reduzir6,5% a proporção da população em risco <strong>de</strong> pobreza (INE, 2010: 3).Unida<strong>de</strong>GeográficaTotal Invali<strong>de</strong>z Velhice SobrevivênciaPortugal 2 866 123 302 671 1 854 186 709 266Gran<strong>de</strong> Lisboa 519 034 48 797 346 877 123 360Oeiras 35 814 2 990 24 693 8 131Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2009a: 122.Quadro 89. Pensionistas do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, por Invali<strong>de</strong>z, Velhice e Sobrevivência, 2008Unida<strong>de</strong>GeográficaValor médio anual das pensões (em €)Total Invali<strong>de</strong>z Velhice SobrevivênciaPortugal 4374 4315 5093 2518Gran<strong>de</strong> Lisboa 5725 4656 6794 3413Oeiras 6858 5515 8102 3574Fonte: INE, 2009a: 121.Quadro 90. Valor médio das pensões por Invali<strong>de</strong>z, Velhice e Sobrevivência, no Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal,2008Como se po<strong>de</strong> constatar pela leitura do quadro anterior, o valor médio anual das pensões no Concelho <strong>de</strong>Oeiras, é superior ao registado em Portugal e na Gran<strong>de</strong> Lisboa, especialmente no que se refere à pensão<strong>de</strong> velhice, que é 59% superior à média nacional e 19,2% superior ao valor médio pago na Gran<strong>de</strong> Lisboa.Unida<strong>de</strong> Geográfica Portugal OeirasSubsídio por DoençaTotal <strong>de</strong> Beneficiários (n.º) 550.013 7.153Homens (n.º) 222.291 2.352Mulheres (n.º) 327.722 4.801Valor médio do subsídio <strong>de</strong> doença (€) 803 1004Número médio <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> subsídio <strong>de</strong> 56 46doença (n.º)Fonte: Adaptado <strong>de</strong> CMO, 2009a: 121, 127-128.Quadro 91. Beneficiários do Subsídio <strong>de</strong> Doença, no Concelho e Portugal, por sexos, 2008<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 92


No que se refere ao subsídio por doença, que apresenta no nosso Concelho um número médio <strong>de</strong> dias inferior àmédia nacional, verificamos que a maioria dos seus beneficiários (67%) são mulheres, sendo esta proporçãosuperior à registada em Portugal (59,5%). Constata-se, igualmente, que o valor médio <strong>de</strong>ste subsídio em Oeiras ésuperior ao valor médio nacional.SexoIda<strong>de</strong>Unida<strong>de</strong>TotalMenos55 eGeográfica25-39 40-54H M <strong>de</strong> 25maisanos anosanosanosPortugal 418 409 193 465 224 944 199 687 79 996 83 266 55 460Gran<strong>de</strong> Lisboa 59 831 27 024 32 807 30 573 10 942 10 772 7 544Oeiras 3 705 1 573 2 132 1 866 578 699 562Fonte: INE, 2009a: 129.Quadro 92. Beneficiários do Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção, do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, segundo o sexo e aida<strong>de</strong>, 2008Também no que concerne ao Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção, os seus beneficiários são maioritariamentemulheres (57,5%) e apesar <strong>de</strong>sta ser a tendência generalizada no que se refere a este benefício social, oConcelho <strong>de</strong> Oeiras apresenta uma proporção ligeiramente superior à registada na Gran<strong>de</strong> Lisboa (54,8%) e aonível nacional (53,8%). Por outro lado, analisando este subsídio em termos da ida<strong>de</strong> dos seus beneficiários,po<strong>de</strong>mos constatar que cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes têm menos <strong>de</strong> 25 anos. Por outro lado, analisando osbeneficiários <strong>de</strong> Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção, por tipo <strong>de</strong> família, e conforme po<strong>de</strong> ser observado no gráficoseguinte, 31% (1.116) <strong>de</strong>stes são provenientes <strong>de</strong> famílias monoparentais, seguindo-se as famílias nucleares comfilhos com 26% (901) e as famílias alargadas com 14% (481):Beneficiários <strong>de</strong> RSI por tipo <strong>de</strong> agregado, Nov. 2009AlargadaAvó c/ NetosAvós c/ NetosCompostaExtensaIsoladoMonoparentalNuclear com FilhosNuclear sem FilhosDesconhecidoFonte: ISSFonte: ISS, 2009, citado em CMO, 2010a: 53.Figura 12. Beneficiários do Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção do Concelho, por tipo <strong>de</strong> família, 2009Unida<strong>de</strong>GeográficaTotalTotalHNovosbeneficiáriosSexoTotalMNovosbeneficiáriosMenos<strong>de</strong> 25anos25-29anos30-39anosIda<strong>de</strong>40-49anos50-54anos55 emais anosPortugal56454 518 200 347 92 850 254 171 106 019 36 067401117 784 97 797 52 261 94 208Gran<strong>de</strong>Lisboa73 491 34 627 15 706 38 864 16 403 4 948 8 909 20 790 15 334 7 874 15 636Oeiras 4 992 2 347 997 2 645 1 076 276 531 1 448 984 540 1 213Fonte: INE, 2009a: 124.Quadro 93. Beneficiários <strong>de</strong> subsídios <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, segundo o sexo e a ida<strong>de</strong>,2008<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 93


Cerca <strong>de</strong> 53% dos beneficiários do subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego são mulheres, <strong>de</strong>stas 46,6% constituem-se comonovos beneficiários. Esta proporção é inferior à registada ao nível nacional (56%) e similar à verificada na médiados concelhos que compõem a Gran<strong>de</strong> Lisboa (52,8%).No que concerne à ida<strong>de</strong>, releva-se o peso da faixa etária dos 30 aos 39 anos, on<strong>de</strong> se congregam cerca <strong>de</strong>29% dos beneficiários <strong>de</strong>ste subsídio.Valores ProcessadosDias ProcessadosUnida<strong>de</strong>Total (emValor médioValor médioTotal (em n.º <strong>de</strong> dias)Geográfica milhares <strong>de</strong> €)(em €)(em n.º <strong>de</strong> dias)HM M HM M HM M HM MPortugal 1 425 491 731 268 3 136 2 877 90 003 468 50 812 538 198 200Gran<strong>de</strong> Lisboa 277 301 134 647 3 773 3 465 14 731 530 7 833 288 200 202Oeiras 22 385 11 194 4 484 4 232 1 009 542 535 071 202 202Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2009a: 121 e 125.Quadro 94. Valor e número <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, segundo o sexo e aida<strong>de</strong>, 2008Regista-se que o Concelho <strong>de</strong> Oeiras apresenta valores superiores no que se refere aos valores médios dosubsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego quando com<strong>para</strong>do com as restantes unida<strong>de</strong>s geográficas em análise. Ao <strong>de</strong>sagregareste valor por sexo, à semelhança do verificado no país e na Gran<strong>de</strong> Lisboa, este é superior nos homens.No entanto, contrariamente à tendência registada em Portugal e na média dos concelhos que compõem a Gran<strong>de</strong>Lisboa, on<strong>de</strong> o número médio <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego é ligeiramente superior nas mulheres, emOeiras, este número é igual nos dois sexos.O Sistema <strong>de</strong> Segurança Social português dispõe ainda <strong>de</strong> mecanismos consubstanciados em benefícios sociais,no âmbito da conciliação entre a vida pessoal/ familiar e profissional. Destes <strong>de</strong>stacam-se, a licença <strong>de</strong>maternida<strong>de</strong>, a licença <strong>de</strong> paternida<strong>de</strong> e a licença parental.2007 2008Subsídio/ Unida<strong>de</strong> Geográfica/ AnoPortugal Oeiras Portugal OeirasSubsídio <strong>de</strong> Maternida<strong>de</strong> 75.310 1.369 75.163 1.378Subsídio <strong>de</strong> Paternida<strong>de</strong> e Licença Parental 83.232 1.195 50.640 823Fonte: Adaptado <strong>de</strong> CMO, 2010: 124; INE, 2009a: 128.Quadro 95. Beneficiários dos Subsídios <strong>de</strong> Maternida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> Paternida<strong>de</strong> no Concelho e Portugal, 2007 e 2008<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 94


Em 2008, o subsídio <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong> foi atribuído a 1.378 mulheres do Concelho, representando umavariação positiva <strong>de</strong> 0,7% relativamente a 2007. Contrariamente, o subsídio <strong>de</strong> paternida<strong>de</strong> e respectivalicença parental, que foi atribuído em 2008 a 823 munícipes, <strong>de</strong>cresceu, entre 2007 e 2008, 45%. Estapercentagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>créscimo é, ainda assim, inferior à média nacional, que aponta <strong>para</strong> uma diminuição naor<strong>de</strong>m dos 64%.Em Resumo:Em 2008 os pensionistas correspondiam a 20,8% da população resi<strong>de</strong>nte. Destes, 8.131 são pensionistas<strong>de</strong> sobrevivência, 24.693 recebem pensões por velhice e 2.990 por invali<strong>de</strong>z. Os benefícios sociaistransferidos ao nível nacional nesse mesmo ano e referentes a subsídios <strong>de</strong> doença, incapacida<strong>de</strong>, família,<strong>de</strong>semprego e inclusão social, permitiram reduzir 6,5% a proporção da população em risco <strong>de</strong> pobreza.No que se refere ao subsídio por doença, verificamos que a maioria dos seus beneficiários (67%) sãomulheres. Também no que concerne ao Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção, os seus beneficiários sãomaioritariamente mulheres (57,5%) e apesar <strong>de</strong>sta ser a tendência generalizada no que se refere a estebenefício social, o Concelho <strong>de</strong> Oeiras apresenta uma proporção ligeiramente superior à registada naGran<strong>de</strong> Lisboa (54,8%) e ao nível nacional (53,8%). Por outro lado, 31% são provenientes <strong>de</strong> famíliasmonoparentais, seguindo-se as famílias nucleares com filhos com 26% (901) e as famílias alargadas com14% (481):Cerca <strong>de</strong> 53% dos beneficiários do subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego são mulheres. Esta proporção é inferior àregistada ao nível nacional e similar à verificada na média dos concelhos que compõem a Gran<strong>de</strong> Lisboa.Regista-se que o Concelho <strong>de</strong> Oeiras apresenta valores superiores no que se refere aos valores médios dosubsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego quando com<strong>para</strong>do com as restantes unida<strong>de</strong>s geográficas em análise. Ao<strong>de</strong>sagregar este valor por sexos, à semelhança do verificado no país e na Gran<strong>de</strong> Lisboa, este é superiornos homens. No entanto, contrariamente à tendência registada em Portugal e na média dos concelhos quecompõem a Gran<strong>de</strong> Lisboa, on<strong>de</strong> o número médio <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego é ligeiramentesuperior mas mulheres, em Oeiras, este número é igual nos dois sexos.Em 2008, o subsídio <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong> foi atribuído a 1.378 mulheres do Concelho, representando umavariação positiva <strong>de</strong> 0,7% relativamente a 2007. Contrariamente, o subsídio <strong>de</strong> paternida<strong>de</strong> e respectivalicença parental, que foi atribuído em 2008 a 823 munícipes, <strong>de</strong>cresceu, entre 2007 e 2008, 45%.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 95


5. Conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional e respostas sociais <strong>de</strong> apoio à família5.1 Os <strong>de</strong>safios da conciliação entre a vida, pessoal, familiar e profissionalNos últimos anos assistimos a um complexo manancial <strong>de</strong> alterações estruturais, motivadas por pressõesrelacionadas com mudanças sociais e <strong>de</strong>mográficas profundas e contínuas, nomeadamente, relacionadas com oenvelhecimento da população, com as modificações na organização familiar provocada pela integração da mulherno mercado <strong>de</strong> trabalho e pela alteração da relação entre o trabalho doméstico e o trabalho remunerado. Estasalterações que, consequentemente, conduziram à reorganização da distribuição <strong>de</strong> papéis <strong>de</strong> homens e <strong>de</strong>mulheres no trabalho e na família, não tiveram, no entanto, a correspon<strong>de</strong>nte participação masculina nos domíniosdoméstico e familiar.No nosso País o direito à conciliação entre a vida pessoal e familiar e a activida<strong>de</strong> laboral é reconhecido pelaConstituição da República Portuguesa (artigos 12.º e 59.º) e encontra-se patente em instrumentos como o <strong>Plano</strong>Nacional <strong>de</strong> Emprego. No entanto, esta problemática assume entre nós características muito específicas.Em primeiro lugar, porque, por um lado, são as famílias o principal suporte aos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, nomeadamente,crianças e idosos, e são, na gran<strong>de</strong> maioria dos casos, as mulheres que assumem estas tarefas (Pimentel, 2005:76) e, por outro lado, o nosso país apresenta, no contexto da Europa, uma das maiores taxas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>feminina (Pereirinha, 2008: 15).Em segundo lugar, porque existe uma clara insuficiência <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> apoio à família (CIDM, 2006: 60-61),agravada pela crescente diminuição das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> parentesco e <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> informal. As famílias, eparticularmente as mulheres, <strong>de</strong><strong>para</strong>m-se, neste contexto, com uma série <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong>correntes daina<strong>de</strong>quação e insuficiência <strong>de</strong> recursos <strong>para</strong> dar resposta a necessida<strong>de</strong>s ligadas à conciliação entre a sua vidapessoal e familiar e a vida profissional.A conciliação está claramente ligada à variável tempo, sendo a sua ocupação fortemente marcada pelo facto <strong>de</strong> seser homem ou mulher. O tempo é marcado pelo género, constituindo-se como uma dimensão chave <strong>para</strong> acompreensão da diversida<strong>de</strong> e da mudança nas relações <strong>de</strong> género. Deste modo, uma perspectiva <strong>de</strong> género éessencial <strong>para</strong> tornar evi<strong>de</strong>nte que a dimensão “tempo” condiciona as relações sociais no que concerne a tempo<strong>de</strong> trabalho remunerado e trabalho doméstico. O tempo constitui-se, assim, como fundamental <strong>para</strong> a construçãoda igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, marcando as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negociação no modo como é distribuída, por homens emulheres, a sua ocupação (Perista, 2010: 49).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 96


Ciente <strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong>, em 1999, o INE realizou, pela primeira vez em Portugal, um inquérito à ocupação dotempo, passando, <strong>de</strong>ste modo a integrar um grupo <strong>de</strong> países em que esta operação estatística é realizada comalguma regularida<strong>de</strong> (INE, 2001a:4). Publicado em 2001, este estudo encontra-se estruturado em três gran<strong>de</strong>sáreas: A Ocupação do Tempo; Trabalho e Família; e Lazer. Para o presente documento assume particularrelevância o capítulo <strong>de</strong>dicado aos usos do tempo doméstico e remunerado, on<strong>de</strong> é abordada a problemática daafectação diferenciada <strong>de</strong> papéis e responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> homens e mulheres nestes domínios.Assim, os principais resultados <strong>de</strong>ste inquérito evi<strong>de</strong>nciam um investimento dos homens no trabalho remunerado edas mulheres nas tarefas domésticas. No domínio das tarefas domésticas, as únicas activida<strong>de</strong>s em que oshomens exce<strong>de</strong>m significativamente a sua afectação diária são as <strong>de</strong> construção/ re<strong>para</strong>ção e a gestão da casa.No entanto, não obstante a diferença entre homens e mulheres, no que concerne ao trabalho remunerado, serapenas <strong>de</strong> 1,5 horas por dia, estas <strong>de</strong>sempenham a quase totalida<strong>de</strong> do trabalho não remunerado (5 horas/dia). E,se consi<strong>de</strong>rarmos a totalida<strong>de</strong> diária <strong>de</strong> trabalho efectuado, as mulheres trabalham diariamente, em média, cerca<strong>de</strong> 2 horas adicionais em relação aos homens.Efectivamente, o reconhecimento da importância do estudo dos usos do tempo na conciliação entre a vida pessoale profissional, no âmbito da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, conduziu, em 2001, à realização <strong>de</strong> um estudo promovido pelaComissão <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> no Trabalho e no Emprego (CITE), em colaboração com o INE e o Centro <strong>de</strong> Estudos<strong>para</strong> a Intervenção Social (CESIS), on<strong>de</strong> mais uma vez surge assinalada a disparida<strong>de</strong> nos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> uso dotempo, <strong>de</strong> homens e mulheres, concretamente, no que se refere ao <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> trabalho doméstico nãoremunerado.Ressalva-se, neste âmbito, o facto do nível <strong>de</strong> instrução, o rendimento auferido e o ciclo <strong>de</strong> vida serem factoresque fazem variar a duração <strong>de</strong> trabalho pago e não pago. As diferenças são particularmente relevantes notrabalho pago no grupo etário compreendido entre os 55 e os 64 anos, on<strong>de</strong> os homens trabalham, em média,mais 1,46 horas que as mulheres e, nas tarefas não remuneradas, on<strong>de</strong> a afectação <strong>de</strong> horas, por parte dasmulheres, é mais evi<strong>de</strong>nte na faixa dos 35 aos 54 anos, <strong>de</strong>dicando estas mais 3,40 horas a funções nãoremuneradas do que os homens (Perista, 2010: 53).Por outro lado, ao nível europeu, foi realizado em 2005, um inquérito às condições <strong>de</strong> trabalho, divulgado emPortugal pela Fundação Europeia <strong>para</strong> a Melhoria das Condições <strong>de</strong> Vida e <strong>de</strong> Trabalho. Deste se ressalva que,em média, no nosso país, os homens afectam mais 2,24 horas por semana do que as mulheres ao trabalhoremunerado, no entanto, estas <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>m semanalmente mais 16 horas do que os homens em tarefasdomésticas. De on<strong>de</strong> <strong>de</strong>corre um tempo total <strong>de</strong> trabalho claramente superior <strong>para</strong> as mulheres (Perista, 2010:53).Finalmente, em 2010 foi publicado pelo Instituto Alemão IZA um estudo efectuado ao nível europeu, quepreten<strong>de</strong>u <strong>de</strong>screver o trabalho doméstico não pago, se<strong>para</strong>ndo as tarefas domésticas familiares (como fazer<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 97


limpezas, passar a ferro, cozinhar, entre outros) do trabalho relacionado com o cuidado a crianças. Uma dasrealida<strong>de</strong>s que este estudo comprovou relaciona-se com a confirmação <strong>de</strong> existência <strong>de</strong> papéis específicos <strong>para</strong>homens e mulheres no âmbito do trabalho pago e não pago. Os homens continuam a <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>r mais tempo queas mulheres com o trabalho remunerado, enquanto que as mulheres alocam menos tempo ao mercado <strong>de</strong>trabalho e mais ao trabalho doméstico (Giannelli, 2010: 15).5.2 Respostas sociais <strong>de</strong> apoioComo já foi <strong>de</strong>monstrado, além da realização do trabalho doméstico, as mulheres continuam a <strong>de</strong>sempenhargran<strong>de</strong> parte dos cuidados às crianças e aos idosos. Num panorama social em que as mulheres participam cadavez mais no mercado <strong>de</strong> trabalho e em que as dinâmicas das re<strong>de</strong>s familiares se alteram, as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional, conduz a uma procura <strong>de</strong> soluções fora da família, queremete <strong>para</strong> a relevância crescente <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos dirigidos a crianças, jovens e idosos, quesatisfaça as necessida<strong>de</strong>s e promova uma real conciliação.De acordo com a Carta Social do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, reportada a 2009, existem no Concelho 164 equipamentossociais, dos quais 39 são proprieda<strong>de</strong> da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>. A maioria das entida<strong>de</strong>s, quer proprietárias quergestoras <strong>de</strong>stes equipamentos, são <strong>de</strong> natureza lucrativa. A freguesia que se evi<strong>de</strong>ncia em termos <strong>de</strong> número <strong>de</strong>equipamentos é a <strong>de</strong> Oeiras e São Julião da Barra. Por outro lado, as freguesias <strong>de</strong> Caxias e Cruz Quebrada/Dafundo <strong>de</strong>stacam-se pelo número reduzido <strong>de</strong> equipamentos face ao total.Estes 164 equipamentos sociais representam 252 respostas repartidas por: Infância (Creche, Jardim-<strong>de</strong>-infância eCentro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres) e Idosos (Centro <strong>de</strong> Convívio/ <strong>de</strong> Dia, Lar e Serviço <strong>de</strong> ApoioDomiciliário). Releva-se, neste âmbito, e conforme expresso no gráfico seguinte, a prevalência dos equipamentosdirigidos à Infância.Fonte: CMO, 2009: 74.Figura 13. Respostas Sociais do Concelho, 2009<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 98


5.2.1 Respostas sociais <strong>de</strong> apoio à InfânciaOeiras registava, em 2008, uma taxa <strong>de</strong> bruta <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 11,7‰ e uma taxa <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 50,1‰,ambas superiores à média nacional, 9,8‰ e 40,4‰ respectivamente (INE, 2009a: 59), sendo este um dado a terem conta ao nível do planeamento <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> suporte às famílias e às responsabilida<strong>de</strong>s parentais. Melhoraras taxas <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong> e inverter a tendência <strong>de</strong> envelhecimento do Concelho pressupõe garantir a cobertura emequipamentos <strong>de</strong> infância nas respostas <strong>de</strong> creche e jardim-<strong>de</strong>-infância.No quadro seguinte, encontra-se apresentada a evolução, nos anos <strong>de</strong> 2006 a 2008, da ida<strong>de</strong> média aonascimento do primeiro filho e do primeiro casamento.Ano Unida<strong>de</strong> GeográficaIda<strong>de</strong> média aoIda<strong>de</strong> média ao primeiro casamento nascimento do primeirofilhoMasculino Feminino Feminino2006Portugal 29,1 27,5 28,1Gran<strong>de</strong> Lisboa 30,1 29,4 28,72007Portugal 29,4 27,8 28,2Gran<strong>de</strong> Lisboa 31,1 29,6 28,92008Portugal 29,7 28,1 28,4Gran<strong>de</strong> Lisboa 31,4 30,1 29,0Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, Anuário Estatísticos da Região <strong>de</strong> Lisboa, 2006, 2007 e 2008, consultados em www.ine.pt em 19 <strong>de</strong>Julho <strong>de</strong> 2010.Quadro 96. Ida<strong>de</strong> média (em anos) ao nascimento do primeiro filho e ao primeiro casamento, em Portugal e na Gran<strong>de</strong> Lisboa,por sexos, 2006, 2007 e 2008Não existindo dados disponíveis <strong>para</strong> Oeiras, po<strong>de</strong>mos apenas apresentar aqueles que se referem à região emque o Concelho se insere. E, <strong>de</strong>ste modo, tanto o quadro anterior como o gráfico seguinte, ilustram uma evoluçãopositiva no que se refere à ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> homens e mulheres aquando do primeiro casamento e da ida<strong>de</strong> médiadas mulheres no nascimento do primeiro filho.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 99


Ida<strong>de</strong> média ao primeirocasamento: M asculinoIda<strong>de</strong> média ao primeirocasamento: FemininoIda<strong>de</strong> média ao nascimentodo primeiro filho: Feminino3231,53130,53029,52928,52827,52731,431,130,130,129,629,428,9 2928,72006 2007 2008Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, Anuário Estatísticos da Região <strong>de</strong> Lisboa – 2006, 2007 e 2008, consultado em www.ine.pt em19 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010.Figura 14. Média (em anos) ao nascimento do primeiro filho e ao primeiro casamento, na Gran<strong>de</strong> Lisboa, por sexos, 2006,2007 e 2008Vamos <strong>de</strong> seguida analisar as principais respostas sociais no Concelho <strong>de</strong> Oeiras na área da infância.5.2.1.1 CrecheA Creche é uma resposta social dirigida a crianças até aos 3 anos, durante o período diário correspon<strong>de</strong>nte aoimpedimento dos pais, constituindo-se como uma resposta <strong>de</strong> apoio à família e às necessida<strong>de</strong>s sócio-educativasda criança. Apesar do Concelho <strong>de</strong> Oeiras ter taxas <strong>de</strong> cobertura acima da média nacional e do Distrito <strong>de</strong> Lisboa<strong>para</strong> a resposta <strong>de</strong> creche, constata-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumentar o número <strong>de</strong> vagas no Concelho em geral e,em particular, junto dos aglomerados urbanos on<strong>de</strong> a taxa <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong> se mantém elevada, especialmente juntoaos bairros municipais e novas urbanizações <strong>de</strong> génese privada, que concentram um maior número <strong>de</strong> populaçãoem ida<strong>de</strong> fértil (CMO, 2006).Dos dados apurados pela Carta Social do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, releva-se que, no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, existe umtotal <strong>de</strong> 66 creches, distribuídas entre as re<strong>de</strong>s solidária e lucrativa.As freguesias <strong>de</strong> Oeiras S. Julião da Barra e Porto Salvo e são as que dispõem <strong>de</strong> um maior número <strong>de</strong> creches(11 e 12, respectivamente), salientando-se o peso da re<strong>de</strong> lucrativa nestas duas freguesias, bem como na <strong>de</strong>Linda-a-Velha em que, num total <strong>de</strong> 8 equipamentos com a resposta <strong>de</strong> Creche, apenas um pertence à re<strong>de</strong>solidária.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 100


As freguesias <strong>de</strong> Cruz Quebrada/ Dafundo e <strong>de</strong> Queijas são as que apresentam um menor número <strong>de</strong> creches,não existindo qualquer equipamento da re<strong>de</strong> lucrativa na primeira. Nas freguesias <strong>de</strong> Carnaxi<strong>de</strong>, Caxias e Queijasa re<strong>de</strong> solidária é a que assume maior peso.5.2.1.2 Jardim-<strong>de</strong>-infânciaA resposta Jardim-<strong>de</strong>-infância é vocacionada <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento da criança e o apoio à família e dirige-se acrianças dos 3 aos 5 anos. No Concelho existe um total <strong>de</strong> 87 Jardins-<strong>de</strong>-infância, dos quais 43 pertencem à re<strong>de</strong>solidária, 28 à re<strong>de</strong> lucrativa e 16 à re<strong>de</strong> pública.No concernente à re<strong>de</strong> pública 25 , existe um total <strong>de</strong> 16 escolas com esta resposta. O Concelho <strong>de</strong> Oeiras dispõe<strong>de</strong> quarenta salas on<strong>de</strong> estão integradas 880 crianças e estão em lista <strong>de</strong> espera cerca <strong>de</strong> 380 crianças. Afreguesia mais penalizada com falta <strong>de</strong> vagas é a <strong>de</strong> Oeiras e São Julião da Barra e, por outro lado, é na freguesia<strong>de</strong> Carnaxi<strong>de</strong> que se encontra o maior número <strong>de</strong> estabelecimentos, <strong>de</strong>ste nível <strong>de</strong> ensino, da re<strong>de</strong> pública.No que concerne às re<strong>de</strong>s solidária e lucrativa, e <strong>de</strong> acordo com a Carta Social do Concelho <strong>de</strong> Oeiras (CMO,2009), estes Jardins-<strong>de</strong>-infância têm capacida<strong>de</strong> <strong>para</strong> acolher cerca <strong>de</strong> 6.650 crianças, sendo a freguesia da CruzQuebrada/ Dafundo a que apresenta maior capacida<strong>de</strong>.5.2.1.3 Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos LivresEm relação aos Centros <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres (CATL), constituem-se como uma respostasocial vocacionada <strong>para</strong> proporcionar activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer a crianças e jovens, a partir dos 6 anos, nosperíodos disponíveis das responsabilida<strong>de</strong>s escolares. Ressalva-se da análise efectuada no âmbito daCarta Social do Concelho <strong>de</strong> Oeiras (2009), que existem no Concelho 57 CATL.Destes, 15 pertencem à re<strong>de</strong> solidária, 12 à re<strong>de</strong> lucrativa e 30 à re<strong>de</strong> pública. Também nesta resposta acaracterização efectuada, apenas abrange as respostas integradas na re<strong>de</strong> privada (solidária e lucrativa).Os CATL privados do Concelho têm capacida<strong>de</strong> <strong>para</strong> cerca <strong>de</strong> 2.300 crianças, sendo Barcarena afreguesia com maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acolhimento e Caxias a que apresenta menor capacida<strong>de</strong>. Por outrolado, a freguesias <strong>de</strong> Linda-a-Velha e Oeiras e São Julião da Barra dispõem sobretudo <strong>de</strong> oferta lucrativa.Barcarena e Carnaxi<strong>de</strong> são as freguesias on<strong>de</strong> a re<strong>de</strong> solidária dispõe <strong>de</strong> mais oferta.Apesar dos CATL lucrativos terem maior capacida<strong>de</strong> é na re<strong>de</strong> solidária que encontramos o maior número<strong>de</strong> utentes e, também, as maiores listas <strong>de</strong> espera.25 De acordo com dados fornecidos pela Divisão <strong>de</strong> Educação da CMO e referentes ao ano lectivo 2008/2009.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 101


RespostaSocialTotal <strong>de</strong>criançasRe<strong>de</strong> Pública Re<strong>de</strong> Privada Solidária Re<strong>de</strong> Privada LucrativaCapacida<strong>de</strong>TaxaCoberturaCapacida<strong>de</strong>TaxaCoberturaCapacida<strong>de</strong>TaxaCoberturaCapacida<strong>de</strong>TotalTaxaCoberturaTotalCreche 4773 0 0 1232 25,81 1364 28,58 2596 54,39Jardim-<strong>de</strong>infância4349 880 20,23 2007 46,15 2326 53,48 5213 119,87Centro <strong>de</strong>Activida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Tempos7461 1916 25,68 1021 13,68 443 5,94 3380 45,30LivresFonte: CMO, 2009: 213-214.Quadro 97. Taxas <strong>de</strong> Cobertura 26 e respostas sociais do Concelho dirigidas à Infância, 2009A taxa <strong>de</strong> cobertura <strong>para</strong> Creche na re<strong>de</strong> solidária é <strong>de</strong> 25,81%. Neste âmbito, as freguesias <strong>de</strong> Queijas e PortoSalvo <strong>de</strong>stacam-se pela positiva, com uma taxa <strong>de</strong> cobertura <strong>de</strong> 74,2% e 41,1% respectivamente e, inversamente,Linda-a-Velha e Cruz Quebrada salientam-se com 8,7% e 0,0%.Para a resposta <strong>de</strong> Jardim-<strong>de</strong>-Infância a taxa <strong>de</strong> cobertura apurada, abrangendo a re<strong>de</strong> pública e solidária, é <strong>de</strong>66,38, ou seja, cerca <strong>de</strong> 66% das crianças com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 3 e os 5 anos estão abrangidaspor este recurso nas re<strong>de</strong>s solidária e pública. No que se refere à re<strong>de</strong> solidária <strong>de</strong>stacam-se as freguesias <strong>de</strong>Queijas e Porto Salvo, com 73,5% e 58,2%, respectivamente. Por outro lado, Linda-a-Velha é a freguesia queapresenta, nesta re<strong>de</strong>, um valor mais baixo (18,7%). Analisadas conjuntamente as re<strong>de</strong>s pública e solidária, afreguesia <strong>de</strong> Linda-a-Velha (32,8%) é a que apresenta uma taxa <strong>de</strong> cobertura mais baixa e as <strong>de</strong> Queijas (137,3%)e Carnaxi<strong>de</strong> (80,3%), inversamente, registam os valores mais elevados <strong>para</strong> este parâmetro. No respeitante àre<strong>de</strong> privada, <strong>de</strong>stacam-se, pela positiva, as freguesias <strong>de</strong> Cruz Quebrada/ Dafundo (174,14%) e Porto Salvo(101,97%).Os CATL da re<strong>de</strong> solidária têm uma taxa <strong>de</strong> cobertura <strong>de</strong> 13,68%, por outras palavras, abrangem cerca <strong>de</strong> 14%das crianças e jovens resi<strong>de</strong>ntes no Concelho com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 6 e os 10 anos. Por outro lado,a re<strong>de</strong> pública abrange cerca <strong>de</strong> 26% das crianças do Concelho nesta resposta.As freguesias <strong>de</strong> Carnaxi<strong>de</strong> e Barcarena, são aquelas que apresentam as taxas <strong>de</strong> cobertura <strong>para</strong> a re<strong>de</strong> solidária,mais elevadas, respectivamente, 34,0% e 29,1%. A tendência contrária verifica-se nas freguesias <strong>de</strong> Algés (3,9%),Linda-a-Velha (3,4%) e Queijas (0,0%). Esta última é aquela que tem mais expressivida<strong>de</strong> na re<strong>de</strong> pública,abrangendo 64% das crianças com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 6 e os 10 anos, nesta freguesia.26 A Taxa <strong>de</strong> Cobertura Potencial correspon<strong>de</strong> ao coeficiente, medido em percentagem, entre a capacida<strong>de</strong> das respostas eo total <strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ntes no Concelho com as ida<strong>de</strong>s coinci<strong>de</strong>ntes com os públicos-alvo das respostas e tendo como fonte oRecenseamento Geral da População (INE, 2001). Foi consi<strong>de</strong>rada a Re<strong>de</strong> Privada Solidária, a Re<strong>de</strong> Privada Lucrativa e aRe<strong>de</strong> Pública (CMO, 2009: 211).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 102


5.2.2 Respostas sociais <strong>de</strong> apoio a IdososUma das transformações sociais mais importantes que ocorreram nos últimos cinquenta anos relaciona-se com o aumento<strong>de</strong>mográfico das pessoas idosas, sendo que o crescimento <strong>de</strong>sta faixa etária é o produto <strong>de</strong> várias convergências.Efectivamente, a diminuição abrupta das taxas <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong>, a melhoria das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e dascondições sociais e económicas, o progresso da medicina, a alteração dos estilos <strong>de</strong> vida, entre outros factores, tem vindo acontribuir <strong>para</strong> o prolongamento da duração da vida humana 27 .O envelhecimento populacional, <strong>de</strong> acordo comum estudo realizado no âmbito da Fundação Aga Khan Portugal (Centro <strong>de</strong>Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, 2008:1), apresenta algumas características transversais relevantes: umacrescente feminização, o acentuar dos fenómenos da exclusão e do isolamento e o facto dos idosos serem progressivamentemais velhos, associado ao aumento consi<strong>de</strong>rável dos grupos mais idosos.Como já foi referido, o Concelho <strong>de</strong> Oeiras registou em 2001, um universo <strong>de</strong> 24.153 munícipes com 65 ou mais anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>,tendo-se verificado, na última década, um acréscimo na or<strong>de</strong>m dos 52,6%. Este grupo etário representa 14,9% da populaçãodo Concelho, conforme <strong>de</strong>monstrado no quadro seguinte, sendo <strong>de</strong> referir que o grupo dos mais idosos (75-90 anos) equivalejá a quase 6% da população concelhia.FreguesiaTotal <strong>de</strong>Resi<strong>de</strong>ntes% <strong>de</strong> Resi<strong>de</strong>ntes com65 anos ou mais65 – 74anosResi<strong>de</strong>ntes75 – 84anos85 – 94anos95 anosou maisAlgés 19.542 20,98 2.452 1.286 347 16Barcarena 11.847 11,34 790 405 141 7Carnaxi<strong>de</strong> 21.354 9,71 1.306 603 156 8Cruz Quebrada /Dafundo6.591 21,21 826 458 107 7Linda-a-Velha 21.952 14,07 1.901 892 280 16Oeiras e São Julião daBarra34.851 16,38 3.353 1.783 538 35Paço <strong>de</strong> Arcos e Caxias28 23.496 14,76 1.974 1.177 301 16Porto Salvo 13.724 12,07 1.106 450 95 5Queijas 8.771 15,00 813 362 134 7Totais 162.128 14,89 14.521 7.416 2.099 117Fonte: População Resi<strong>de</strong>nte por Local <strong>de</strong> Residência, Sexo e Grupo Etário – Decenal, INE, 2001,consultado em http://www.ine.pt.Quadro 98. Resi<strong>de</strong>ntes no Concelho com 65 ou mais anos, por freguesia, 200127 De acordo com a “Avaliação <strong>de</strong> Indicadores 2001-2006” do <strong>Plano</strong> Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, a esperança a <strong>de</strong> vida, dos 65 aos69 anos, em Portugal Continental, aumentou 3,4% entre 2001 e 2005.28 Em 2001, quando se realizou o último recenseamento da população, Caxias ainda não era freguesia, mas sim umalocalida<strong>de</strong> da freguesia <strong>de</strong> Paço <strong>de</strong> Arcos, pelo que alguns dos dados ainda se encontram agregados.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 103


Denote-se, ainda, que cerca <strong>de</strong> 4.800 indivíduos <strong>de</strong>ste grupo etário vivem em situação <strong>de</strong> solidão e/ou <strong>de</strong>isolamento social, sendo que, <strong>de</strong>stes cerca <strong>de</strong> 80% são mulheres. Por outro lado, <strong>de</strong> acordo com a ComissãoEuropeia, estima-se que, cerca <strong>de</strong> 8% dos idosos se encontram em situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência o que equivale noConcelho a consi<strong>de</strong>rar que cerca <strong>de</strong> 2 000 munícipes idosos necessitam <strong>de</strong> apoios especiais que se traduzem emServiço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário, Lares, Residências Protegidas e em equipamentos e serviços especializados noâmbito da saú<strong>de</strong> (CMO, 2006: 72).Passamos agora à análise das principais respostas sociais na área dos idosos no Concelho <strong>de</strong> Oeiras.5.2.2.1 Lar <strong>de</strong> IdososOs Lares <strong>de</strong> Idosos são respostas sociais caracterizadas pelo alojamento colectivo, <strong>para</strong> pessoas idosas emsituação <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> perda da in<strong>de</strong>pendência e/ou autonomia. Dos dados apurados <strong>para</strong> esta resposta na CartaSocial do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, salienta-se e existência <strong>de</strong> 42 <strong>de</strong>stas estruturas, das quais 31 pertencem à re<strong>de</strong>lucrativa e 11 à re<strong>de</strong> solidária. Oeiras e São Julião da Barra é a freguesia que dispõe <strong>de</strong> um maior número <strong>de</strong>lares, a maior parte dos quais <strong>de</strong> natureza lucrativa.5.2.2.2 Centro <strong>de</strong> Dia/ <strong>de</strong> ConvívioEstas respostas sociais, <strong>de</strong>senvolvidas em equipamento, caracterizam-se pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>ssócio-recreativas e culturais, dinamizadas com participação activa das pessoas idosas da comunida<strong>de</strong> e têm comoobjectivo a manutenção <strong>de</strong>stas no seu meio sócio-familiar. Neste âmbito, salienta-se que existem noConcelho 28 Centros <strong>de</strong> Dia/ <strong>de</strong> Convívio e, <strong>de</strong>stes, apenas 2 têm natureza lucrativa. Estas respostas encontramsedistribuídas por todas as freguesias do Concelho, sendo <strong>de</strong> salientar que os 2 lucrativos estão se<strong>de</strong>ados emOeiras e São Julião da Barra.5.2.2.3 Serviço <strong>de</strong> Apoio DomiciliárioO Serviço <strong>de</strong> Apoio Domiciliário (SAD) consiste na prestação <strong>de</strong> cuidados individualizados e personalizados, nodomicílio, em indivíduos que não po<strong>de</strong>m, por motivo <strong>de</strong> doença ou outro impedimento, assegurar as suasnecessida<strong>de</strong>s básicas. Existem no Concelho 18 SAD, dos quais 4 são lucrativos e 14 solidários. Algés é afreguesia com mais respostas <strong>de</strong>ste tipo.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 104


RespostaSocialLar <strong>de</strong>IdososPopulação+65 anosRe<strong>de</strong> Privada Solidária Re<strong>de</strong> Privada LucrativaCapacida<strong>de</strong>TaxaCapacida<strong>de</strong>TotalCobertura Capacida<strong>de</strong> TaxaCoberturaTaxaCoberturaTotal24153 337 1,4 760 3,15 1097 4,54Centro <strong>de</strong>Dia/ Centro 24153 1455 6,02 14 0,06 1469 6,08<strong>de</strong> ConvívioServiço <strong>de</strong>Apoio 24153 740 3,06 469 1,94 1209 5,01DomiciliárioFonte: CMO, 2009: 215-217.Quadro 99. Taxas <strong>de</strong> Cobertura e respostas sociais do Concelho, dirigidas à Idosos, 2009Para a resposta <strong>de</strong> Lar <strong>de</strong> Idosos apurou-se uma taxa <strong>de</strong> cobertura global <strong>de</strong> 4,5% (re<strong>de</strong> solidária e privada).Analisando a re<strong>de</strong> solidária, os valores rondam <strong>de</strong> 1,4, ou seja, apenas cerca <strong>de</strong> 1% dos indivíduos com mais <strong>de</strong>65 anos se encontram abrangidos por esta valência na re<strong>de</strong> solidária. Analisada esta resposta, ao nível dafreguesia, verifica-se que, em termos <strong>de</strong> re<strong>de</strong> solidária, Queijas apresenta o valor mais elevado (7,9%). CruzQuebrada/ Dafundo, Porto Salvo, Paço <strong>de</strong> Arcos e Caxias registam, por outro lado, valores muito inferiores, 0%nos dois primeiros casos e 0,29% no caso das últimas duas freguesias.Analisadas conjuntamente as respostas <strong>de</strong> Centro <strong>de</strong> Dia / <strong>de</strong> Convívio, apurou-se uma taxa <strong>de</strong> cobertura <strong>de</strong> 6,02<strong>para</strong> a re<strong>de</strong> solidária, representando a taxa <strong>de</strong> cobertura total (re<strong>de</strong> solidária e lucrativa) 6,8%. Analisadas <strong>para</strong>esta resposta, as capacida<strong>de</strong>s da re<strong>de</strong> solidária, ao nível das freguesias, verifica-se que, Barcarena (22,3%) eCarnaxi<strong>de</strong> (11,0%), apresentam as taxas mais elevadas e, inversamente, Porto Salvo (3,6%) e Cruz Quebrada /Dafundo (2,5%) os valores mais baixos.Para a resposta <strong>de</strong> SAD apurou-se uma taxa <strong>de</strong> cobertura global <strong>de</strong> 5,01%, sendo que 3,06% correspon<strong>de</strong> àoferta disponibilizada pela re<strong>de</strong> solidária. Neste âmbito <strong>de</strong>stacam-se, pela positiva, as freguesias <strong>de</strong> Carnaxi<strong>de</strong>(7,1%), Paço <strong>de</strong> Arcos e Caxias (5,6%) e, pela negativa, Porto Salvo (1,5%) e Oeiras e São Julião da Barra(0,5%).5.2.2.4 Unida<strong>de</strong>s Resi<strong>de</strong>nciaisA par das estruturas tradicionais anteriormente <strong>de</strong>scritas, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Oeiras, <strong>de</strong> modo a respon<strong>de</strong>r anecessida<strong>de</strong>s prementes da população idosa do Concelho, tem vindo a promover o funcionamento <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>sResi<strong>de</strong>nciais, existindo, actualmente no Concelho, quatro equipamentos, localizados nas freguesias <strong>de</strong> PortoSalvo e Carnaxi<strong>de</strong>.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 105


A Unida<strong>de</strong> Resi<strong>de</strong>ncial I, localizada na freguesia <strong>de</strong> Porto Salvo, foi criada com o propósito <strong>de</strong> alojar 6 indivíduosisolados do sexo masculino, com ida<strong>de</strong>s superiores a 50 anos, com rendimentos inferiores ao salário mínimonacional, abrangidos pelo Programa Especial <strong>de</strong> Realojamento ou munícipes com carência <strong>de</strong> habitação e/ou querevelem necessitar <strong>de</strong> algum apoio na gestão da habitação.Ainda nesta freguesia, a Unida<strong>de</strong> Resi<strong>de</strong>ncial II, é constituída por um conjunto <strong>de</strong> 8 fogos, sendo 5 <strong>de</strong> tipologia T2e 3 <strong>de</strong> tipologia T3, <strong>de</strong>stinada ao realojamento <strong>de</strong> indivíduos do sexo masculino isolados.Paralelamente, a CMO mantém em funcionamento, no Bairro <strong>Municipal</strong> Pateo dos Cavaleiros, uma Unida<strong>de</strong>Resi<strong>de</strong>ncial, constituída por 60 fogos <strong>de</strong> tipologia T1, este equipamento <strong>de</strong>stina-se a pessoas idosas e/ou isoladasque revelem necessitar <strong>de</strong> algum apoio na gestão da habitação e espaços comuns.No âmbito do objectivo <strong>de</strong> promoção e manutenção da autonomia da pessoa idosa foi criada no Bairro <strong>Municipal</strong><strong>de</strong> Outurela/Portela, a Residência Madre Maria Clara, tratando-se <strong>de</strong> uma estrutura inovadora consubstanciada naprestação <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> apoio permanente e <strong>de</strong> completa assistência, que irá <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o alojamento, àalimentação, à higiene – pessoal, habitacional e <strong>de</strong> roupas –, atendimento médico e <strong>de</strong> enfermagem e <strong>de</strong> algumaintervenção ao nível da fisioterapia. A componente <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> Resi<strong>de</strong>ncial é composta por 45 apartamentos <strong>de</strong>tipologia T1 e dirige-se a indivíduos isolados ou casais, com ida<strong>de</strong> mínima <strong>de</strong> 55 anos e que residam há pelos 3anos no Concelho <strong>de</strong> Oeiras. Assegura, igualmente, a resposta social <strong>de</strong>nominada como Unida<strong>de</strong> Resi<strong>de</strong>ncialAssistida, contemplando 15 fogos <strong>de</strong> tipologia T1, com capacida<strong>de</strong> <strong>para</strong> 20 pessoas, Centro <strong>de</strong> Dia e Serviço <strong>de</strong>Apoio Domiciliário com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acolhimento <strong>de</strong> 120 pessoas. A Unida<strong>de</strong> Resi<strong>de</strong>ncial Assistida <strong>de</strong>stina-se apessoas idosas – sem <strong>de</strong>pendências profundas que careçam <strong>de</strong> cuidado clínico em internamento – que tenham,sobretudo, necessida<strong>de</strong> temporária <strong>de</strong> alojamento assistido.5.2.3 Habitação SocialEm termos médios nacionais, existiam em 2009 cerca <strong>de</strong> 919 fogos <strong>de</strong> habitação social <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> municipalpor 100 mil habitantes. O parque <strong>de</strong> habitação social distribuía-se por 246 municípios, sendo constituído por cerca<strong>de</strong> 97 mil fogos e 22 mil edifícios (INE, 2010: 1).No Concelho <strong>de</strong> Oeiras, entre 1943 e 2004, foram construídas em Oeiras, 5.442 alojamentos <strong>de</strong> habitação social,dos quais 4.717 após 1993 ao abrigo do Programa Especial <strong>de</strong> Realojamento (PER). Destes, 78,7% encontram-searrendados e os restantes 21,3% foram vendidos (CMO, 2006: 47-48, 53).Por outro lado, em Setembro <strong>de</strong> 2009, residiam nos bairros <strong>de</strong> habitação social, 7.934 indivíduos, ou seja, cerca<strong>de</strong> 5% da população resi<strong>de</strong>nte no Concelho <strong>de</strong> Oeiras. O quadro e gráfico seguintes ilustram os resi<strong>de</strong>ntes dosbairros sociais do Concelho em termos do grupo etário:<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 106


Fonte: Dados disponibilizados pelo Departamento <strong>de</strong> Habitação da CMO em 30 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2009.Figura 15. Resi<strong>de</strong>ntes dos bairros municipais, por grupo etário, 2009<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 107


Em Resumo:Cientes da importância da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conciliação entre a vida pessoal/ familiar e profissional,ocasionada, nomeadamente, pela gradual integração das mulheres no mercado <strong>de</strong> trabalho, foi assinada,em 2004, a Recomendação <strong>de</strong> Oeiras <strong>para</strong> a promoção da conciliação entre a vida familiar e pessoal e aactivida<strong>de</strong> profissional. Esta foi subscrita pelos responsáveis pelas entida<strong>de</strong>s parceiras nacionais einternacionais participantes na Conferência sobre “Medidas <strong>de</strong> Conciliação entre a Vida Familiar e a VidaProfissional, Caminhos a Seguir” que <strong>de</strong>correu no âmbito da iniciativa comunitária Equal e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, entreoutros aspectos, a promoção da organização do tempo <strong>de</strong> trabalho e o <strong>de</strong>senvolvimento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong>serviços <strong>de</strong> apoio à família.No que se refere à ocupação do tempo, e não obstante não existirem dados sistematizados referentes aOeiras, po<strong>de</strong>mos afirmar que apesar das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> género no trabalho se terem vindo a reduzir,com a integração crescente das mulheres no mercado <strong>de</strong> trabalho, no domínio do trabalho nãoremunerado, a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género é, ainda, significativamente manifesta. Deste modo, verificamosque os homens continuam a <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>r mais tempo que as mulheres com o trabalho remunerado,enquanto que as mulheres alocam menos tempo ao mercado <strong>de</strong> trabalho e mais ao trabalho doméstico,ressalvando-se que o tempo total <strong>de</strong> trabalho (remunerado e não remunerado) é claramente superior <strong>para</strong>as mulheres.Por outro lado, compete tradicionalmente às mulheres os cuidados às crianças e aos idosos, o que remete<strong>para</strong> a relevância crescente, neste âmbito, da promoção <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos dirigidos acrianças, jovens e idosos, que satisfaça as necessida<strong>de</strong>s e promova uma real conciliação. Neste âmbito,existem no Concelho 164 equipamentos sociais, que representam 252 respostas repartidas por: Infância eIdosos, relevando-se o predomínio dos equipamentos dirigidos à Infância. Não obstante esta re<strong>de</strong>,<strong>de</strong>notam-se que as taxas <strong>de</strong> cobertura em creche apenas abrangem cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> das crianças doConcelho, a mesma taxa <strong>para</strong> a resposta <strong>de</strong> Jardim-<strong>de</strong>-infância é assegurada em cerca <strong>de</strong> 53,5% pelare<strong>de</strong> privada lucrativa e os CATL da re<strong>de</strong> solidária e pública abrangem apenas 40% das crianças doConcelho. Por outro lado, no que se refere ao apoio a idosos, se isolarmos a re<strong>de</strong> solidária, verificamosque <strong>para</strong> as respostas <strong>de</strong> Lar e SAD, a taxa <strong>de</strong> cobertura é significativamente baixa.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 108


6. Ambiente e Mobilida<strong>de</strong>6.1 AmbienteNas últimas décadas tem-se assistido a um incremento das preocupações ambientais. A consciência da exaustãodos recursos, da <strong>de</strong>gradação dos sistemas naturais e dos perigos das substâncias poluentes têm <strong>de</strong>spoletadoatitu<strong>de</strong>s preventivas e pró-activas na socieda<strong>de</strong> em geral.Cada vez mais estas preocupações <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> se têm suportado em análises <strong>de</strong> género. A títuloexemplificativo, o III <strong>Plano</strong> Nacional <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong>, Cidadania e <strong>Género</strong> <strong>de</strong>fine como metas:oooIntegrar a dimensão <strong>de</strong> género nas políticas <strong>de</strong> planeamento urbano e or<strong>de</strong>namento <strong>de</strong> território;Reforçar as acessibilida<strong>de</strong>s, a qualida<strong>de</strong> e adaptação dos transportes públicos às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>homens e mulheres, assegurando trajectos que facilitem a conciliação entre a vida profissional, familiar epessoal;Estimular uma maior utilização, nomeadamente por parte das mulheres, dos incentivos ao<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s ligadas à conservação da natureza e da biodiversida<strong>de</strong> e uma maioracessibilida<strong>de</strong> aos serviços públicos ambientais.A urgência <strong>de</strong> aprofundar o conhecimento sobre a interligação existente entre o género e o ambiente <strong>de</strong>corre doque reconhecimento do papel das mulheres neste domínio.“Em diversas conferências internacionais <strong>de</strong>dicadas ao <strong>de</strong>senvolvimento e ao ambiente e, inclusivamente naAgenda 21, foi reconhecido o papel fundamental das mulheres na sustentabilida<strong>de</strong> ambiental, por<strong>de</strong>sempenharem papéis essenciais ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> consumo e <strong>de</strong> produção sustentáveis epossuírem formas específicas, e muitas vezes diferenciadas das dos homens, <strong>de</strong> encarar a gestão dos recursosnaturais.” (GASPAR, QUEIRÓS, coord., 2009:13)As mulheres e oambienteProdução Gestão ConsumoFigura 16. Papel das mulheres na prevenção do ambienteDeste modo, as mulheres <strong>de</strong>sempenham um papel em activida<strong>de</strong>s tradicionalmente associadas ao sexomasculino e, não sendo reconhecida essa função, não são consi<strong>de</strong>radas nos respectivos processos <strong>de</strong> formulação<strong>de</strong> politicas, no planeamento e nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 109


Por outro lado, na esfera doméstica, o sexo feminino “tem <strong>de</strong>sempenhado funções <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança ou tomado ainciativa <strong>de</strong> promover a criação <strong>de</strong> uma ética ambiental, ao diminuir a utilização <strong>de</strong> recursos, reutilizando-os ereciclando-os <strong>de</strong> modo a reduzir o <strong>de</strong>sperdício (…)”.(GASPAR, QUEIRÓS, coord., 2009:14.)Também na esfera do quotidiano, existe a percepção do peso das mulheres na gestão dos <strong>de</strong>sperdícios (evitandoum consumo excessivo), nas atitu<strong>de</strong>s conducentes a uma utilização racional da energia e na opção por consumosmais sustentáveis.Com efeito, “As diferenças <strong>de</strong> género manifestam-se em várias relações e interacções ambientais que sãoevi<strong>de</strong>ntes: Na utilização e gestão <strong>de</strong> recursos naturais e relações <strong>de</strong>siguais no relacionamento familiar, nacomunida<strong>de</strong> e em outras esferas que me<strong>de</strong>iam o acesso das mulheres aos recursos; No conhecimento do ambiente e conhecimento <strong>de</strong> recursos específicos e dos problemasambientais; Nas responsabilida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> o auxílio, gestão ou pertença dos recursos, e nos direitos sobre osrecursos; Nas relações com o ambiente, em percepções sobre o ambiente e em percepções dos problemasambientais; Na acção e prestação <strong>de</strong> contas sobre o ambiente”. (GASPAR, QUEIRÓS, coord., 2009b:47)Uma avaliação <strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong> no concreto <strong>de</strong> um território municipal requer duas perspectivas:1. O modo como o género afecta o ambiente – como “maximizar” a percepção e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>intervenção específicas às mulheres nos diferentes sectores ambientais;2. O modo como o ambiente afecta o género – como avaliar as susceptibilida<strong>de</strong>s específicas aogénero perante as diferentes ameaças / riscos / pressões ambientais.Ao pensar em “ambiente”, há também que sistematizar quais os sectores em jogo, partindo <strong>de</strong> um conceitoabrangente (“Ambiente e Sustentabilida<strong>de</strong>”), suportado pela estratégia própria do Município <strong>de</strong> Oeiras(consubstanciada na “Estratégia <strong>para</strong> a Sustentabilida<strong>de</strong> 2008 / 2013 – Oeiras 21+”) e pelas áreas <strong>de</strong> actuaçãodos serviços municipais:Ar e ruídoÁguaEnergia e alterações climáticasSistemas naturais e espaços ver<strong>de</strong>sGestão <strong>de</strong> resíduos<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 110


A ausência <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>sagregados por sexo, reforçam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> validar algumas das percepções acimae enriquecer a análise elaborada. “ (…)as análises <strong>de</strong> género associadas aos domínios do ambiente carecem <strong>de</strong>um suporte analítico, <strong>de</strong> informação acessível e <strong>de</strong> uma base empírica suficientemente viável e com<strong>de</strong>sagregação geográfica à escala local.” (GASPAR, QUEIRÓS, coord., 2009:14)Não obstante o INE disponibilizar já uma série <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong>sagregados por sexo, esta não é uma temática<strong>de</strong>vidamente aprofundada. Ao nível nacional, a informação disponível permite, nomeadamente, apurar o seguinte:Verifica-se uma sobrerepresentação do sexo masculino na li<strong>de</strong>rança das Organizações nãoGovernamentais <strong>de</strong> Ambiente (ONGA): em 2008, 141 direcções eram asseguradas por homens e 23 porpresi<strong>de</strong>ntes mulheres (MAOTDR, 2008, citado em GASPAR, QUEIRÓS, coord., 2009b:72).Nos cursos com vocação ambiental (Engenharia do Ambiente, Engenharia Alimentar e Saú<strong>de</strong> Ambiental)verifica-se um predominio do sexo feminino, em <strong>de</strong>trimento da formação com forte componentetecnológica (DGES, 2007, citado em GASPAR, QUEIRÓS, coord., 2009b:69).Com os dados disponíveis, e em cada um dos temas acima referidos, ir-se-à, por um lado, diagnosticar o estadodo território em termos ambientais; por outro, <strong>de</strong>monstrar o trabalho empreendido localmente em prol <strong>de</strong> umambiente sustentável e potenciador <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género; como contributo <strong>para</strong> o <strong>Plano</strong>, sugerem-se medidas eacções com vista à igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género (1) no acesso à informação ambiental e ao exercício <strong>de</strong> cidadania, (2) nocontributo directo <strong>para</strong> os objectivos <strong>de</strong> protecção do ambiente e sustentabilida<strong>de</strong> e (3) na protecção contra riscose pressões ambientais.6.1.1. Ar e RuídoQualida<strong>de</strong> do ArO clima na região <strong>de</strong> Oeiras po<strong>de</strong> classificar-se como Temperado Marítimo, caracterizando-se por um Inverno comtemperaturas amenas e alguma pluviosida<strong>de</strong>, o Verão seco com temperaturas mo<strong>de</strong>radamente altas, a Primaverae o Outono sendo estações <strong>de</strong> transição, <strong>de</strong> clima mais instável e pouco <strong>de</strong>finido. O clima <strong>de</strong>sta zona é, na maiorparte, sub-húmido / húmido e, do ponto <strong>de</strong> vista pluviométrico, tem uma precipitação anual média <strong>de</strong> 670 mm,variando <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 620 mm até 700 mm, sendo Novembro o mês com valor médio <strong>de</strong> precipitação maiselevado, acima dos 100mm.É <strong>de</strong> assinalar a constância dos ventos marítimos <strong>de</strong> Noroeste durante quase todo o ano, com especial incidênciano Verão, que não só explicam a amenida<strong>de</strong> das temperaturas nas diferentes estações do ano (MUNICÍPIA,2005) como favorecem a qualida<strong>de</strong> do ar no território concelhio.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 111


A qualida<strong>de</strong> do ar na região <strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo, e particularmente na Área Metropolitana <strong>de</strong> Lisboa Norte –on<strong>de</strong> se encontra o Concelho <strong>de</strong> Oeiras – tem apresentado concentrações nos últimos anos que justificaram porparte da CCDR LVT o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estudos e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> monitorização, que permitissem avaliar ocumprimento dos parâmetros exigidos pela legislação.Estes parâmetros têm por sua vez vindo a contemplar a salvaguarda da saú<strong>de</strong> pública, em razão dosconhecimentos científicos e epi<strong>de</strong>miológicos mais recentes, que evi<strong>de</strong>nciam inequivocamente a correlação entre aexcessiva concentração <strong>de</strong> poluentes no ar com a ocorrência <strong>de</strong> doenças crónicas ou agudas, especialmente doforo respiratório mas também relacionáveis com factores <strong>de</strong> morbilida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong> importantes (vd. EstratégiaEuropeia sobre Ambiente e Saú<strong>de</strong>).• Na Europa, a asma afecta uma criança em cada sete. Globalmente, as alergias aumentaram dramaticamentenos últimos 30 anos.• Apenas no Reino Unido, o custo total anual relacionado com a asma é estimado em 3,9 biliões <strong>de</strong> Euros.• Estima-se que a exposição <strong>de</strong> longo prazo à poluição atmosférica nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s europeias cause cerca<strong>de</strong> 60.000 mortes por ano.• Uma redução <strong>de</strong> 10 µg/m3 nos níveis diários <strong>de</strong> média octo-horária do ozono estão associados a umaredução da mortalida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> 1,28 por 100.000, e representaria uma redução <strong>de</strong> 0,10% nas admissõeshospitalares respiratórias no grupo dos 15 aos 64 anos e 0,5% <strong>de</strong> redução no grupo >64 anos.Por um lado, o Concelho <strong>de</strong> Oeiras constitui-se como “um território emissor” <strong>de</strong> poluição atmosférica, no quadroda avaliação sectorial e espacial <strong>de</strong> emissões poluentes levada a cabo no âmbito dos estudos <strong>para</strong> a elaboração<strong>de</strong> <strong>Plano</strong>s e Programas <strong>para</strong> a melhoria da qualida<strong>de</strong> do ar na região <strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT,FCT/UNL, 2005).Relativamente à monitorização dos níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do ar no Concelho, está em funcionamento <strong>de</strong>s<strong>de</strong>Setembro <strong>de</strong> 2002, a estação <strong>de</strong> monitorização da Quinta do Marquês, integrada na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> monitorizaçãoregional como estação “<strong>de</strong> fundo”, isto é, caracterizando uma zona que não está sob a influência directa <strong>de</strong> fontes<strong>de</strong> poluição.Os dados registados em contínuo pela Estação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> essa data, permitem verificar que a qualida<strong>de</strong> do ar églobalmente <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>, isto é, não se verificaram muitas situações <strong>de</strong> excedência dos valores-limitelegislados <strong>para</strong> os vários poluentes, particularmente aqueles parâmetros que se pren<strong>de</strong>m com situações maisdirectamente relacionados com a saú<strong>de</strong> pública. Apresentam, no entanto, <strong>para</strong> os anos <strong>de</strong> 2002 a 2008, valores<strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> partículas (PM10), Dióxido <strong>de</strong> Azoto (N0 2 ) e Dióxido <strong>de</strong> Enxofre (S0 2 ) abaixo dos ValoresLimite <strong>de</strong>finidos pela Legislação em vigor, sendo a principal fonte poluente é o tráfego automóvel, sendo nasimediações das vias com maior volume <strong>de</strong> tráfego que se verificam as situações mais <strong>de</strong>sfavoráveis.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 112


Tendo em conta o diagnóstico da qualida<strong>de</strong> do ar realizado com base na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> monitorização da região <strong>de</strong>Lisboa e Vale do Tejo e, em particular, da Área Metropolitana Norte 29 , verificou-se que as situações <strong>de</strong> excedênciaem algumas das estações da Re<strong>de</strong> (não era o caso da Estação localizada em Oeiras) obrigavam à elaboração <strong>de</strong><strong>Plano</strong>s e Programas <strong>de</strong> Melhoria da Qualida<strong>de</strong> do Ar (PPAr), por forma a vir a cumprir os valores limite dalegislação.A CMO participou no Grupo <strong>de</strong> Trabalho criado pela CCDR-LVT com vista à pre<strong>para</strong>ção do PPAr <strong>para</strong> a Região<strong>de</strong> Lisboa e Vale do Tejo, finalizado no início <strong>de</strong> 2009 e integrou um conjunto <strong>de</strong> medidas contratualizadas comdiversas entida<strong>de</strong>s, públicas e privadas, cuja intervenção é relevante <strong>para</strong> a melhoria da qualida<strong>de</strong> do ar emcumprimento das metas europeias.Com esse objectivo, a CMO assinou um protocolo com a CCDR LVT, que contempla as acções que o Municípioestá a <strong>de</strong>senvolver <strong>para</strong> contribuir <strong>para</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> do ar, nomeadamente, o Consultório OEINERGE <strong>de</strong>Mobilida<strong>de</strong>, Energia e Ambiente, a Carta Qualida<strong>de</strong> do Ar, o <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Arborização, a manutenção daestrutura ver<strong>de</strong> secundária do Concelho, as novas alternativas <strong>de</strong> transporte colectivo como o ComBus ou oSATU-Oeiras, o Estudo <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> e Acessibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Oeiras, a promoção da activida<strong>de</strong> física e <strong>de</strong> modos<strong>de</strong> transporte mais saudáveis, a re<strong>de</strong> ciclável concelhia e o Programa <strong>de</strong> Educação Ambiental.Qualida<strong>de</strong> do ar e géneroAlguns estudos consultados não evi<strong>de</strong>nciam diferenças <strong>de</strong> exposição entre géneros relativamente à qualida<strong>de</strong> doar exterior (SETTON et al. 2009). Em teoria, as mulheres po<strong>de</strong>rão estar mais expostas à poluição atmosférica porvia das pequenas <strong>de</strong>slocações em meio urbano, associadas às funções tradicionais <strong>de</strong> cuidar dos filhos. A suaparticipação em políticas <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> e acessibilida<strong>de</strong>s é fundamental <strong>para</strong> a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> promoçãodo transporte colectivo e redução das <strong>de</strong>slocações em viatura própria que sejam compatíveis com asnecessida<strong>de</strong>s reais das famílias e que possam vir a contribuir <strong>para</strong> a melhoria da qualida<strong>de</strong> do ar. Por outro lado, asensibilização direccionada <strong>para</strong> as mulheres quanto à mobilida<strong>de</strong> sustentável e também quanto às novastecnologias das viaturas menos poluentes à escala local (veículos eléctricos) po<strong>de</strong>rá “compensar” a tendêncianatural <strong>de</strong> serem os homens a tomar as principais <strong>de</strong>cisões em contexto familiar no que respeita à mudança <strong>de</strong>automóvel e outras <strong>de</strong>cisões sobre o modo <strong>de</strong> transporte a adoptar.Contudo, surgem algumas evidências <strong>de</strong> que existem diferenças <strong>de</strong> exposição <strong>de</strong>vido aos ambientes exteriores –sejam os locais <strong>de</strong> trabalho, seja a residência.29 Relatórios disponícveis em http://www.ccdr-lvt.pt/1265/qualida<strong>de</strong>-do-ar.htm<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 113


A poluição do ar interior po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>z vezes pior do que a do exterior, pois os poluentes ten<strong>de</strong>m a acumular-se;visto que as mulheres – mesmo as que trabalham for a <strong>de</strong> casa – têm ten<strong>de</strong>ncialmente a maioria das tarefasdomésticas, o seu risco <strong>de</strong> exposição a poluentes gerados durante a limpeza da casa (como a aspirar o chão,comprovadamente uma activida<strong>de</strong> agressiva <strong>para</strong> quem a realiza) é efectivamente superior (HILDEMANN, 2010).RuídoO ruído é normalmente uma ameaça subestimada. Trata-se <strong>de</strong> um factor ambiental que po<strong>de</strong> causar um conjunto<strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> curto e <strong>de</strong> longo prazo, que inclui:Perturbações do sono,Problemas cardiovasculares;Diminuição do <strong>de</strong>sempenho escolar e profissional,Diminuição da capacida<strong>de</strong> auditiva,Fadiga e dor auditiva e problemas <strong>de</strong> discurso, eProblemas hormonais.As directivas da Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> que estão subjacentes à legislação europeia e nacional sobreruído ambiental estabelecem limites, <strong>de</strong>finidos por parâmetros <strong>de</strong> pressão acústica em <strong>de</strong>terminados períodos <strong>de</strong>tempo.Segundo estudos da Comissão Europeia 30 :40% da população europeia está exposta a níveis <strong>de</strong> ruído <strong>de</strong> tráfego acima <strong>de</strong> 55 dB(A);20% sofrem <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> ruído superiores a 65 dB(A) durante o dia, eMais <strong>de</strong> 30 estão expostos a mais <strong>de</strong> 55 dB(A) durante a noite.Os grupos mais vulneráveis variam com as condições <strong>de</strong> exposição. As crianças, dormindo mais horas do que osadultos, estão mais expostas ao ruído nocturno. Os doentes crónicos e os idosos são mais sensíveis àperturbação. Os trabalhadores por turnos têm um risco acrescido, porque os seus ciclos <strong>de</strong> sono estão sob stress.Além disso, os mais pobres, que não po<strong>de</strong>m viver em zonas resi<strong>de</strong>nciais tranquilas nem têm as suas casas bemisoladas, sofrem provavelmente <strong>de</strong> modo <strong>de</strong>sproporcionado os efeitos do ruido.30 Sendo qua a Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> recomenda: um máximo <strong>de</strong> 30 dB(A) no interior <strong>de</strong> um quarto, <strong>para</strong> garantirum sono <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>; um máximo <strong>de</strong> 35 dB(A) nas salas <strong>de</strong> aula, <strong>para</strong> assegurar boas condições <strong>de</strong> ensino eaprendizagem; e, um máximo <strong>de</strong> 40 dB(A) como valor médio do ruído ambiente no período nocturno, <strong>para</strong> garantir que nosquartos dos edifícios se protege os cidadãos <strong>de</strong> efeitos adversos <strong>para</strong> a sua saú<strong>de</strong>.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 114


As perturbações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> causadas pelo ruído po<strong>de</strong>m levar à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais consultas médicas e maisgastos em medicamentos <strong>para</strong> dormir, o que afecta os orçamentos familiares e a <strong>de</strong>spesa pública com a saú<strong>de</strong>. Adistância entre ricos e pobres po<strong>de</strong> ser aumentada se os governos não conseguirem reduzir a poluição sonora.A responsabilida<strong>de</strong> da autorida<strong>de</strong> local nos problemas <strong>de</strong> ruído reflecte-se em diferentes áreas <strong>de</strong> actuação comoa elaboração <strong>de</strong> mapas <strong>de</strong> ruído <strong>para</strong> o seu território concelhio, com o licenciamento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s ruidosaspermanentes (indústrias, oficinas, etc.) e temporárias (espectáculos, eventos) e em situações <strong>de</strong> conflito, relativasa problemas <strong>de</strong> ruído <strong>de</strong> vizinhança, a edilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> realizar medições acústicas <strong>para</strong> avaliação da situação eproce<strong>de</strong>r à mediação do conflito.No Concelho <strong>de</strong> Oeiras, os trabalhos do Mapa <strong>de</strong> Ruído permitiram i<strong>de</strong>ntificar como principais fontes <strong>de</strong> poluiçãosonora o tráfego rodoviário e o tráfego ferroviário, existindo algumas áreas (nas imediações das respectivasRuído e géneroTem sido verificado em diversos estudos que as mulheres têm maior capacida<strong>de</strong> auditiva <strong>para</strong> os sons <strong>de</strong> maisalta frequência, e que quando homens e mulheres são expostos a níveis semelhantes <strong>de</strong> ruído, os homensapresentam perdas auditivas mais severas.Contudo, tendo em conta que em relação ao ruído ambiental a tendência é <strong>de</strong> que a exposição a níveis <strong>de</strong> ruídomais elevados seja semelhante tanto em homens como em mulheres, não existem evidências que relativamente aeste factor existam efectivamente diferenças <strong>de</strong> impacte sobre a saú<strong>de</strong> em função do género (MURPHY, GATES,1999).Para a resolução dos problemas <strong>de</strong>tectados neste factor ambiental, volta a ser <strong>de</strong>terminante reduzir os níveis <strong>de</strong>tráfego nas principais vias do concelho, questão que é transversal a toda a temática do ambiente e que radica nomo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> organização do território e nos estilos <strong>de</strong> vida.6.1.2. ÁguaA abordagem ao tema da água numa óptica <strong>de</strong> protecção do ambiente e da sustentabilida<strong>de</strong> envolve diferentesperspectivas: por outro lado, o acesso à utilização <strong>de</strong> água potável e a sistemas <strong>de</strong> saneamento das águas residuaisé condição básica <strong>de</strong> bem-estar e saú<strong>de</strong>, e um indicador primário do nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> umaqualquer socieda<strong>de</strong>, a todas as escalas – vertente infraestruturas e saneamento; por um lado, a promoção da sustentabilida<strong>de</strong> do ciclo hidrológico requer que se i<strong>de</strong>ntifiquem e que seprotejam os recursos hídricos à escala local, e que se promova a protecção da sua quantida<strong>de</strong>,<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 115


disponibilida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> (numa óptica <strong>de</strong> gestão territorial – das bacias hidrográficas, po<strong>de</strong>ndodistinguir-se: águas interiores, águas subterrâneas, águas costeiras ou marinhas).numa outra perspectiva, a água e os sistemas hídricos são um suporte fundamental dos sistemasnaturais e da biodiversida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vendo ser planeados e geridos tendo sempre em conta este seucontributo <strong>para</strong> um objectivo também ele básico do <strong>de</strong>senvolvimento sustentável (óptica da Directiva-Quadro da Água e da Lei da Água, a analisar em d)).Do ponto <strong>de</strong> vista do saneamento básico, Oeiras encontra-se numa situação privilegiada no contexto do País, poisjá nos Censos <strong>de</strong> 2001 se verificava uma cobertura <strong>de</strong> 99% da população por sistemas <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água,e 96,8% por sistemas <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> águas residuais. Actualmente, já praticamente toda a população é servidapela drenagem <strong>de</strong> águas residuais, das quais 95,1% são encaminhadas <strong>para</strong> instalações <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> águasresiduais 31 , ultrapassando as metas estabelecidas no PEAASAR II 32 - cerca <strong>de</strong> 87% são encaminhadas <strong>para</strong> aEstação <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Águas Residuais (ETAR) da Guia (gerida pela SANEST, on<strong>de</strong> está em instalação otratamento primário avançado, conforme requisito da legislação em vigor) e cerca <strong>de</strong> 13% <strong>para</strong> a ETAR <strong>de</strong>Alcântara (gerida pela SIMTEJO, on<strong>de</strong> está em instalação o tratamento secundário).A qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> abastecimento distribuída no Concelho <strong>de</strong> Oeiras é boa, como se verifica pelos dadospublicados pela entida<strong>de</strong> reguladora do sector 33 .Os SMAS <strong>de</strong> Amadora e Oeiras têm <strong>de</strong>monstrado uma boa eficácia no serviço prestado, sendo apresentados pelosistema <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água uma das taxas <strong>de</strong> perdas mais baixas do País (on<strong>de</strong> a média estimada é <strong>de</strong>35%).Por outro lado, o consumo <strong>de</strong> água tem aumentado a uma taxa média <strong>de</strong> 2,2% ao ano, atingindo em 2005 um total<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 12.827.000 m3, sendo o sector doméstico responsável por 60% <strong>de</strong>ste valor total, com uma capitaçãodoméstica média <strong>de</strong> 126 l/hab.dia (NASCIMENTO, 2007).Em termos dos recursos hídricos superficiais, o Concelho <strong>de</strong> Oeiras enquadra-se na Sub-Bacia hidrográfica doTejo da “Gran<strong>de</strong> Lisboa”; o clima <strong>de</strong>sta zona é, na maior parte, sub-húmido / húmido e, com<strong>para</strong>tivamente a outrassub-bacias, evi<strong>de</strong>ncia uma menor incidência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> seca. O território concelhio é atravessado por 5linhas <strong>de</strong> água principais, afluentes do Tejo, partilhando com os concelhos vizinhos <strong>de</strong> Cascais, Sintra, Amadora eLisboa as respectivas bacias hidrográficas 34 .31 NASCIMENTO, 200732 <strong>Plano</strong> Estratégico <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água e Saneamento <strong>de</strong> Águas Residuais <strong>para</strong> o período <strong>de</strong> 2007-2013 -Despacho n.o 2339/2007 do Ministério do Ambiente, Or<strong>de</strong>namento do Território e Desenvolvimento Regional no DR 2ªsérieNº 32 <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2007.33 ERSAR, consultado em Outubro <strong>de</strong> 2010 emhttp://www.ersar.pt/xCelcius/ShowXCelcius_PopUp.aspx?FileName=/lib/8/11179D6A3F76C3488E02D60C8193D7FD3A66B.swf.34 Excepto no caso da Ribeira <strong>de</strong> Porto Salvo, totalmente integrada no Concelho <strong>de</strong> Oeiras.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 116


Quanto à qualida<strong>de</strong> das águas superficiais no Concelho, salienta-se que com a entrada em funcionamento doSistema <strong>de</strong> Saneamento da Costa do Estoril, a qualida<strong>de</strong> da água das ribeiras do Concelho melhorousignificativamente. Contudo, a qualida<strong>de</strong> da água nas linhas <strong>de</strong> água à entrada no Concelho <strong>de</strong> Oeiras aindapa<strong>de</strong>ce <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.Neste âmbito, salienta-se, ainda que a CMO está a colaborar na realização <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> avaliação emonitorização da qualida<strong>de</strong> das águas e do estado ecológico das principais ribeiras do Concelho <strong>de</strong>Oeiras (Algés, Barcarena, Porto Salvo, Jamor e Lage), conduzido pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Lisboa, com recurso à utilização <strong>de</strong> biomonitores (VIEIRA, BRANQUINHO, 2008).Relativamente aos recursos hídricos subterrâneos, tratando-se <strong>de</strong> um recurso “invisível”, a sua caracterização equantificação requer estudos aprofundados ao nível hidrogeológico.Des<strong>de</strong> 2005, com o início <strong>de</strong> execução do <strong>Plano</strong> Estratégico da Água, por parte da CMO foram já inventariadascerca <strong>de</strong> 350 estruturas tradicionais <strong>de</strong> captação, condução, armazenamento e distribuição <strong>de</strong> água.Com os dados apurados até ao momento, é possível afirmar que este recurso po<strong>de</strong>rá cobrir 25% dasnecessida<strong>de</strong>s municipais actuais, centrando-se a gran<strong>de</strong> fatia dos consumos na rega <strong>de</strong> espaço ver<strong>de</strong>s.A vulnerabilida<strong>de</strong> à poluição <strong>de</strong>ste recurso e a aptidão hidrogeológica do Concelho <strong>de</strong> Oeiras <strong>de</strong>vem ser tidas emconta <strong>para</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> áreas estrategicamente importantes <strong>para</strong> protecção das reservas aquíferas.Água e géneroA associação da mulher às principais tarefas domésticas faz com que ainda possa ser tida como a principal“gestora” <strong>de</strong>ste recurso no lar. As campanhas <strong>de</strong> comunicação realizadas pelos SMAS <strong>de</strong> Amadora e Oeiras epela CMO com vista à poupança <strong>de</strong> água têm sido maioritariamente direccionadas <strong>para</strong> as crianças em ida<strong>de</strong>escolar, e indirectamente <strong>para</strong> os adultos com elas relacionados; haverá que avaliar se não <strong>de</strong>verá haver umacomunicação mais direccionada <strong>para</strong> os papeis <strong>de</strong>sempenhados pela mulher e pelo homem – e mesmo usaressas mesmas campanhas <strong>para</strong> combater os estereótipos e preconceitos que estão subjacentes às diferençasbásicas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e ocupação do tempo em contexto familiar.Do ponto <strong>de</strong> vista da gestão do “recurso natural água”, a natural ligação das mulheres com este elemento e comtoda a sua carga simbólica po<strong>de</strong> suportar um maior envolvimento prático em políticas <strong>de</strong> valorização <strong>de</strong> espaçosnaturais ligados às linhas <strong>de</strong> água e à orla ribeirinha, particularmente na participação em passeios <strong>de</strong> natureza,campanhas participativas, etc.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 117


6.1.3 Energia e alterações climáticasA situação energética <strong>de</strong> Portugal po<strong>de</strong> ser caracterizada por uma elevada <strong>de</strong>pendência face ao exterior. Toda aenergia usada nos transportes, na indústria, no comércio, nas nossas casas, provém em gran<strong>de</strong> medida <strong>de</strong>combustíveis fósseis, que se traduz, no caso <strong>de</strong> Portugal, numa <strong>de</strong>pendência energética nacional próxima dos90%. É neste cenário que a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um crescente recurso às energias renováveis parece incontornável.O Município <strong>de</strong> Oeiras tem actuado por forma a conduzir eficazmente o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tendo emvista a sustentabilida<strong>de</strong>, gerindo os recursos, nomeadamente os recursos energéticos, e promovendo os recursosenergéticos endógenos. Para cumprir estes objectivos tem procurado caracterizar sistematicamente o<strong>de</strong>sempenho energético do Concelho e avaliar a aptidão <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento dos Recursos EnergéticosEndógenos, <strong>de</strong> forma a apoiar a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> medidas prioritárias. Outro ponto que se tem revelado importantenesta matéria é a utilização racional da energia. Tem-se levado a cabo uma campanha <strong>de</strong> sensibilização quepreten<strong>de</strong> chegar a todas as famílias, alertando <strong>para</strong> a necessida<strong>de</strong> real <strong>de</strong> poupar os recursos que se tem aodispor em casa.Constituindo presentemente um factor elementar da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida dos cidadãos e um requisito básico <strong>para</strong> o<strong>de</strong>senvolvimento económico, po<strong>de</strong> dizer-se que o concelho <strong>de</strong> Oeiras dispõe <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong>energia eléctrica que cobre a totalida<strong>de</strong> do território concelhio (e da sua população resi<strong>de</strong>nte – 99,9% segundo osCensos 2001), em condições <strong>de</strong> fiabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço aceitáveis (com excepção <strong>de</strong> situações localizadas que vãosendo resolvidas com as empresas distribuidoras).A exigência <strong>de</strong> níveis crescentes <strong>de</strong> conforto e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida por parte da população resi<strong>de</strong>nte reflecte-sena utilização <strong>de</strong> diversos sistemas domésticos consumidores <strong>de</strong> energia, estando o consumo <strong>de</strong> energiainevitavelmente ligado com os padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, já que a intensida<strong>de</strong> energética do território (e dasactivida<strong>de</strong>s aí presentes) po<strong>de</strong> revelar importantes ineficiências.Globalmente, Oeiras apresenta uma intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização da energia superior à da média da sua envolventeregional, embora esteja abaixo da média nacional. A par <strong>de</strong>sta análise, importa ainda salientar a forma como oConcelho <strong>de</strong> Oeiras contribui <strong>para</strong> os problemas ambientais globais directamente associados à utilização daenergia, particularmente as alterações climáticas (no quadro do Protocolo <strong>de</strong> Quioto e das políticas europeias enacionais consequentes), reflexão tanto mais importante quanto o empenho da edilida<strong>de</strong> na implementação dasua Agenda 21 Local.Os estudos promovidos pela CMO e pela OEINERGE a respeito da energia e das emissões <strong>de</strong> Gases com Efeito<strong>de</strong> Estufa 35 permitiram i<strong>de</strong>ntificar um conjunto <strong>de</strong> indicadores quanto (1) à procura <strong>de</strong> energia final no Concelho, e35 OEINERGE (2006) e E-VALUE (2008)<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 118


(2) a quota-parte da responsabilida<strong>de</strong> do concelho e das suas activida<strong>de</strong>s no consumo <strong>de</strong> energia no País econsequentes emissões <strong>de</strong> gases com efeito <strong>de</strong> estufa (GEE).Deste modo, a procura total <strong>de</strong> energia no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, entre 1994 e 2003, cresceu 49%, acompanhando<strong>de</strong> perto a tendência nacional (+75%), com uma taxa média anual <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> 4,7%.Ao nível nacional, <strong>de</strong> 1990 a 2003 as emissões <strong>de</strong> Gases com efeito <strong>de</strong> estufa aumentaram cerca <strong>de</strong> 37%, sendoa sua principal origem associada ao sector <strong>de</strong> produção e transformação <strong>de</strong> energia e ao sector dos transportes.Quando consi<strong>de</strong>ramos a contribuição dos vários tipos <strong>de</strong> energia consumida <strong>para</strong> a situação <strong>de</strong> Oeiras,verificamos que a procura <strong>de</strong> energia se distribui, sobretudo, pelas formas utilizadas nos sistemas <strong>de</strong> transporte(gasóleo, gasolina e GPL, perfazendo 59% do total), e pela electricida<strong>de</strong> (sobretudo utilizada pelos edifícios –29%), sendo o Gás Natural uma parcela <strong>de</strong> 12%.GN12GPL4%Gasóleo30Electricida<strong>de</strong>29%Gasolinas25Fonte: OEINERGE, 2006.Energia Final – energia eléctrica fornecida no concelho e vendas <strong>de</strong> combustíveis no concelhoFigura 17. Procura relativa por tipo <strong>de</strong> energia final no Concelho, 2003Contudo, se consi<strong>de</strong>rarmos toda a energia que foi necessária ao País <strong>para</strong> que em Oeiras sejam consumidas asquantida<strong>de</strong>s acima referidas 36 , o contributo <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong> assume maior importância relativa e os combustíveisapresentam um contributo mais reduzido.Analisando sectorialmente, os sectores que mais requerem energia eléctrica são o <strong>de</strong> Serviços (52% em 2003) e osector Doméstico. Em termos absolutos, são os que mais pesam no aumento <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong>sta forma <strong>de</strong> energiano Concelho <strong>de</strong> Oeiras, e o crescimento acentuado no sector dos serviços está claramente associado à criação <strong>de</strong>pólos como o Taguspark, a Quinta da Fonte e o Lagoas Parque no período consi<strong>de</strong>rado.36 Energia Fronteira – correspon<strong>de</strong> à Energia Final, consumida no Concelho, adicionada da energia que foi necessária<strong>para</strong> que essa fosse produzida/distribuída tendo como limite <strong>de</strong>ssa análise/quantificação a fronteira nacional<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 119


O sector dos Transportes apresenta valores relativamente estáveis <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong>: na série temporalestudada, a energia requerida <strong>para</strong> o sector dos transportes é justificada apenas pelo funcionamento doscomboios urbanos da linha <strong>de</strong> Cascais e Sintra.Tendo em conta que os dados da procura (vendas) <strong>de</strong> combustíveis po<strong>de</strong> não correspon<strong>de</strong>r ao real consumo quetem lugar no território concelhio, foi <strong>de</strong>senvolvida uma metodologia <strong>de</strong> estimação dos consumos (OEINERGE, IST,2006), sendo evi<strong>de</strong>nte a maior contribuição do modo rodoviário (96% se contabilizada a energia final, e 91% secontabilizada a Energia Fronteira), sendo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste totalmente dominante a importância do transporte individualperante a fracção representada pelo consumo <strong>de</strong> energia pelos transportes colectivos.Mercadorias25%Passageiros75%Individuall 88%Colectivo12%Fonte: OEINERGE/IST, 2006.Figura 18. Distribuição do consumo total <strong>de</strong> energia das viagens com origem ou <strong>de</strong>stino no Concelho, por tipo <strong>de</strong>serviço, 2003Relativamente aos dados apontados, é <strong>de</strong> salientar as seguintes questões, particularmente relevantes quanto àsopções que se colocam ao concelho <strong>de</strong> Oeiras:• O consumo <strong>de</strong> energia eléctrica no Concelho <strong>de</strong> Oeiras representa 50% do consumo total <strong>de</strong> energia queeste território acarreta ao País, sendo o sector dos edifícios (subsectores dos serviços e doméstico)responsável por praticamente 70% <strong>de</strong>sse valor;• Um estudo-piloto sobre a área edificada do Concelho <strong>de</strong> Oeiras e os consumos médios i<strong>de</strong>ntificados peloestudo da Matriz, perante os padrões <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> energia consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>sejáveis, pelos vários tipos <strong>de</strong>utilizações da área construída, aponta <strong>para</strong> um potencial global <strong>de</strong> poupança <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 50%dos valores actuais <strong>de</strong> consumo, se forem adoptados nos edifícios existentes medidas <strong>de</strong> optimização<strong>de</strong>sses mesmos consumos;• Os dados disponíveis sobre o consumo <strong>de</strong> energia pelo sector dos transportes, exclusivamente nas<strong>de</strong>slocações com origem ou <strong>de</strong>stino no próprio Concelho, apontam <strong>para</strong> uma clara responsabilida<strong>de</strong>• dominante do modo rodoviário, particularmente da utilização <strong>de</strong> veículos individuais. Qualquer política <strong>de</strong>redução dos consumos <strong>de</strong> energia neste sector passará, à escala local, pela actuação sobre este balanço.Prevê-se que este padrão se continue a verificar na avaliação dos consumos <strong>de</strong> energia pelo tráfego <strong>de</strong>atravessamento (estudo em curso), mas pensa-se que a quantida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> energia em causa estará numaproporção, aproximadamente, <strong>de</strong> meta<strong>de</strong>.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 120


Oeiras ainda não dispõe <strong>de</strong> um levantamento das disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recursos energéticos endógenos, embora sepossam <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já apontar algumas questões-chave:• O território urbano <strong>de</strong> Oeiras coloca condicionantes aos empreendimentos convencionais <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>energia eólica (efeitos sobre a paisagem e eventualmente pela produção <strong>de</strong> ruído), embora recentesavanços tecnológicos apontem <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> micro-sistemas <strong>para</strong> edifícios;• A energia solar (térmica e fotovoltaica) é facilmente utilizável em contexto urbano, permitindo substituirfontes convencionais e com níveis <strong>de</strong> conforto nos edifícios;• O potencial da biomassa está por avaliar;• Está i<strong>de</strong>ntificado o potencial <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> Óleo Alimentar Usado (OAU) no Concelho, a partir dosdiferentes sectores produtores, e tendo sido <strong>de</strong>senvolvido um projecto-piloto <strong>para</strong> criação <strong>de</strong> um sistema<strong>de</strong> recolha selectiva e valorização energética <strong>de</strong>ste ;• A valorização energética dos resíduos orgânicos, em estudo pela Tratolixo, e o aproveitamento <strong>de</strong> biogásno tratamento das águas residuais urbanas, pela SANEST (em implementação) permitiria tambémmelhorar o balanço energético e ambiental do Concelho.Em termos dos planos e políticas do Município com impacto no <strong>de</strong>sempenho energético, é <strong>de</strong> salientar a a<strong>de</strong>são<strong>de</strong> Oeiras ao Pacto Europeu dos Autarcas (“Covenant of Mayors”), um <strong>de</strong>safio lançado pelo Comissário Europeuda Energia a todas as autorida<strong>de</strong>s locais do espaço europeu, no sentido <strong>de</strong> levarem à prática e ainda mais longe ameta europeia <strong>de</strong> reduzir em 20%, até 2020, as emissões <strong>de</strong> gases com efeito <strong>de</strong> estufa. Neste âmbito, a CMOapresentou em 2010 à Comissão Europeia o <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Acção com que se propõe cumprir as metas acordadas noPacto, e tem em curso diversas acções na área da gestão energética e ambiental que visam permitir à autarquiacumprir todos os requisitos <strong>de</strong>sse <strong>Plano</strong>.A energia e o géneroNão se conhecem estudos sobre eventuais diferenças <strong>de</strong> comportamento entre géneros relativamente ao uso daenergia, nem relativamente a impactes diferenciados das alterações climáticas.À semelhança do tema da água, estamos em crer que o papel das mulheres na gestão da energia a níveldoméstico po<strong>de</strong> justificar o seu envolvimento específico em campanhas <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong> apoio técnico noquadro do PAESO; por outro lado, a realização <strong>de</strong> campanhas <strong>de</strong> comunicação em termos contrários aosestereótipos e preconceitos que estão subjacentes às diferenças básicas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e ocupação dotempo em contexto familiar po<strong>de</strong>m eventualmente contribuir <strong>para</strong> a mudança <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong>s necessária àpromoção da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> géneros.Mais uma vez assume especial importância a utilização das viaturas privadas, pelo que todo um conjunto <strong>de</strong>objectivos ambientais (gestão da energia, combate à poluição atmosférica e ao ruído e combate às alteraçõesclimáticas) passa por uma profunda transformação dos modos <strong>de</strong> vida e dos modos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação, na qual asmulheres terão um papel fundamental a <strong>de</strong>sempenhar.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 121


6.1.4 Sistemas naturais e espaços ver<strong>de</strong>sAo nível nacional, os princípios e objectivos <strong>de</strong> conservação da natureza e da biodiversida<strong>de</strong>, consubstanciam-sena Re<strong>de</strong> Fundamental <strong>de</strong> Conservação da Natureza, estabelecida na Estratégia Nacional <strong>para</strong> a Conservação daNatureza e Biodiversida<strong>de</strong> 37 (ENCNB) e regulada no Regime Jurídico da Conservação da Natureza e daBiodiversida<strong>de</strong> 38 , incluindo áreas protegidas, sítios da lista nacional <strong>de</strong> Sítios e as Zonas <strong>de</strong> Protecção Especiaisintegradas na Re<strong>de</strong> Natura 2000, outras áreas classificadas ao abrigo <strong>de</strong> compromissos internacionais, ReservaEcológica Nacional, Reserva Agricola Nacional e domínio Público Hídrico.Na legislação portuguesa, estas diferentes áreas que se po<strong>de</strong>m encontrar num <strong>de</strong>terminado município foramintegradas numa figura <strong>de</strong> planeamento única, <strong>de</strong>signada por “Estrutura Ecológica <strong>Municipal</strong>” (EEM), que oDecreto-Lei nº380/99 <strong>de</strong>fine como: “o conjunto <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> solo que, em virtu<strong>de</strong> das suas características biofísicasou culturais, da sua continuida<strong>de</strong> ecológica e do seu or<strong>de</strong>namento, têm por função principal contribuir <strong>para</strong> oequilíbrio ecológico e <strong>para</strong> a protecção, conservação e valorização ambiental, paisagística e do património naturaldos espaços rurais e urbanos”.A EEM <strong>de</strong>ve ter como principais pilares, o cumprimento <strong>de</strong> funções ambientais: regulação do ciclo hidrológico(prevenção contra cheias urbanas, permeabilida<strong>de</strong> do solo); regulação bio-climática da cida<strong>de</strong>; diminuição daconcentração da poluição nos centros urbanos (melhoria da qualida<strong>de</strong> do ar e da protecção contra o ruído);contribuição <strong>para</strong> o equilíbrio ecológico (protecção do solo e da água); e, aumento da biodiversida<strong>de</strong>. Por outrolado, a EEM <strong>de</strong>verá, igualmente, consi<strong>de</strong>rar aspectos sociais tais como a utilização como espaços lúdicos erecreativos, a contribuição <strong>para</strong> evitar o afastamento <strong>de</strong> população urbana dos processos naturais produtivos,numa perspectiva cultural e pedagógica, a reinserção social <strong>de</strong> grupos especiais e <strong>de</strong>senraizados e ocomplemento terapêutico ou capacida<strong>de</strong> restaurativa.Em Oeiras, não existem áreas protegidas nem sítios ou Zonas <strong>de</strong> Protecção Especial, o que reflecte o facto <strong>de</strong>não existirem neste território espécies ou habitats com características e interesse <strong>de</strong> conservação que tivessemjustificado a sua classificação como tal. Contudo, as áreas essenciais ao funcionamento dos sistemas naturais, doponto <strong>de</strong> vista territorial, estão enquadradas pelo <strong>Plano</strong> Director <strong>Municipal</strong> em vigor <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1994 em dois níveis:Estrutura Ver<strong>de</strong> Principal e Estrutura Ver<strong>de</strong> Secundária.A Estrutura Ver<strong>de</strong> Principal, integra as áreas correspon<strong>de</strong>ntes à Reserva Ecológica Nacional, Reserva AgrícolaNacional bem como as áreas naturais, <strong>de</strong> protecção ou <strong>de</strong> equilíbrio ambiental essenciais <strong>para</strong> o Concelho, eabrange uma área total <strong>de</strong> 1.280 ha.37 Resolução <strong>de</strong> Conselho <strong>de</strong> Ministros nº 152/2001 <strong>de</strong> 11/10.38 Decreto-Lei nº 142/2008 <strong>de</strong> 24/7.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 122


Por outro lado, a Estrutura Ver<strong>de</strong> Secundária (EVS) é um conceito pelo qual o PDM visa complementar aEstrutura Ver<strong>de</strong> Principal com um sistema <strong>de</strong> espaços ver<strong>de</strong>s que não só proporcione a ligação <strong>de</strong> todo oConcelho num sistema em re<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaços naturais como torne disponível em contexto urbano espaços ver<strong>de</strong>sem quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> compatíveis com os objectivos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong> “qualida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ncial e <strong>de</strong>prestígio” preconizados no <strong>Plano</strong>. A sua concretização tem vindo a verificar-se, por um lado, pela criação <strong>de</strong> novosparques e jardins e pela requalificação dos existentes, <strong>de</strong> que se <strong>de</strong>stacam os seguintes projectos:• Infra-estruturas <strong>de</strong> valorização e requalificação da orla ribeirinha, particularmente o Passeio Marítimo e oPorto <strong>de</strong> Abrigo;• Criação e alargamento do Parque dos Poetas, cuja área ultrapassa os 25 ha, que veio valorizar a manchaurbana Oeiras / Paço <strong>de</strong> Arcos;• Implementação dos projectos do Cabanas Golf, Fábrica da Pólvora, e diversas intervenções no âmbito doPrograma PROQUAL, que integram corredores ver<strong>de</strong>s;• Valorização e abertura ao público dos Jardins do Palácio do Marquês <strong>de</strong> Pombal, Quinta Real <strong>de</strong> Caxias eQuinta dos Sete Castelos.A par <strong>de</strong>stes espaços, é feito ao nível <strong>de</strong> todos os <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Urbanização, <strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> Pormenor e loteamentosurbanos um controlo dos espaços ver<strong>de</strong>s seguindo o critério <strong>de</strong> valores médios consagrado no <strong>Plano</strong>. Por outrolado, do ponto <strong>de</strong> vista da gestão, a CMO proce<strong>de</strong>, por gestão directa ou por aquisição <strong>de</strong> serviços, à manutenção<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 350 ha <strong>de</strong> espaço ver<strong>de</strong> público.No que concerne à criação <strong>de</strong> instrumentos <strong>para</strong> uma eficaz protecção dos valores ambientais associados aosespaços ver<strong>de</strong>s e do planeamento e gestão <strong>de</strong> recursos a eles associados, há a salientar quanto à evolução nosúltimos anos as seguintes acções e projectos:• Publicação em Diário da República do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Salvaguarda do Património Construído e Ambiental doConcelho <strong>de</strong> Oeiras (Edital nº 184/2004 no DR II Série nº 67 Apêndice nº 36 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2004,pp.73-76);• Aprovação e entrada em vigor do Regulamento <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Espaços Ver<strong>de</strong>s do Concelho <strong>de</strong> Oeiras(Edital 296/2002);• Estabelecimento <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> Estudos e <strong>Plano</strong>s que visam a i<strong>de</strong>ntificação dos recursos naturais evalores patrimoniais existentes no concelho, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> metas <strong>de</strong> utilização e critérios e programas <strong>de</strong>gestão, a integrar no próprio processo <strong>de</strong> revisão do PDM.Sistemas Naturais, Espaço Ver<strong>de</strong> e <strong>Género</strong>Nas gran<strong>de</strong>s Conferências Mundiais sobre Ambiente e Desenvolvimento, no Rio <strong>de</strong> Janeiro em 1992, emJoanesburgo em 2002, nos diversos forúns mundiais sobre Conservação da Natureza e da biodiversida<strong>de</strong>, temvindo a registar-se não só uma crescente participação das mulheres e dos seus movimentos representativos,<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 123


como também tem sido crescente o reconhecimento, nos documentos oficiais, sobre a importância do seu papelno terreno.A Convenção da Diversida<strong>de</strong> Biológica, assinada no Rio em 1992, reconhece explicitamente no seu preâmbulo “Opapel vital das mulheres na conservação e no uso sustentável da diversida<strong>de</strong> biológica” e afirma “a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> uma plena participação das mulheres em todos os níveis <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e <strong>de</strong> acção <strong>para</strong> conservaçãoda biodiversida<strong>de</strong>”.À escala <strong>de</strong> um município predominantemente urbano como o <strong>de</strong> Oeiras, não são tão evi<strong>de</strong>ntes os papéis<strong>de</strong>sempenhados pelas mulheres na <strong>de</strong>fesa dos espaços naturais e na utilização sustentável do espaço público noconcelho; todavia, valerá a pena avaliar a sua participação, por exemplo, em sessões <strong>de</strong> <strong>Câmara</strong> e da Assembleia<strong>Municipal</strong>, on<strong>de</strong> sem preocupação <strong>de</strong> representativida<strong>de</strong> estatística nos atrevemos a dizer que são muitopresentes as suas reivindicações <strong>de</strong> melhor espaço público, melhores sistemas <strong>de</strong> gestão ambiental, maisespaços ver<strong>de</strong>s.Aqui fará todo o sentido reforçar a proposta <strong>de</strong> que sejam aumentados os mecanismos participativos dasautarquias (<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> e Juntas <strong>de</strong> Freguesia) na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões fundamentais <strong>para</strong> o equilíbrioecológico do concelho – como são a Revisão do <strong>Plano</strong> Director <strong>Municipal</strong>, presentemente em curso, e aconstrução <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s áreas ver<strong>de</strong>s, como é exemplo a 2ª fase do Parque dos Poetas. Se na utilização <strong>de</strong>stesrecursos estimamos serem mais frequentes as mulheres (muitas vezes no seu papel <strong>de</strong> cuidadoras dos filhos),serão elas quem melhor saberá dizer que expectativas e que objectivos <strong>de</strong> futuro <strong>de</strong>vem nortear tais <strong>de</strong>cisões.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 124


6.1.5 Gestão <strong>de</strong> resíduosO sistema <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> Resíduos Sólidos Urbanos abrange, em 2007, 97,9% dos edifícios do Concelho (95,3%na Gran<strong>de</strong> Lisboa, INE 2001), sendo explorado e gerido pela CMO, a quem tem sido reconhecida a inovação e apro-activida<strong>de</strong> no que respeita à gestão dos resíduos sólidos urbanos. Oeiras foi dos primeiros concelhos do Paísa introduzir sistemas <strong>de</strong> recolha selectiva <strong>de</strong> resíduos sólidos urbanos e, em 1997, foi implementado em todo oConcelho o sistema <strong>de</strong> recolha selectiva porta-a-porta, <strong>de</strong> embalagens e papel <strong>para</strong> reciclagem, resultado <strong>de</strong> umaexperiência piloto implementada em Queijas em 1994.Ao longo dos últimos 15 anos, têm sido criadas as condições <strong>para</strong> proce<strong>de</strong>r à recolha selectiva <strong>de</strong> diversos tipos<strong>de</strong> resíduos, alguns dos quais com carácter <strong>de</strong> perigosida<strong>de</strong>, com evi<strong>de</strong>ntes vantagens <strong>para</strong> a qualida<strong>de</strong> doambiente do Concelho e <strong>para</strong> o seu <strong>de</strong>sempenho energético e ambiental.A par do aumento <strong>de</strong> população que se tem fixado no Concelho, as características socio-económicas dapopulação e a evolução dos padrões <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> uma forma geral justificam um aumento gradual da produção<strong>de</strong> Resíduos Urbanos, notando-se, no entanto, uma estabilização a partir <strong>de</strong> 2006.Analisando mais em <strong>de</strong>talhe o período <strong>de</strong> 2006 a 2008 (2006 é o ano <strong>de</strong> transição entre as metas e objectivos<strong>de</strong>finidos pelo PERSU I (<strong>Plano</strong> Estratégico <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Resíduos Urbanos, 1997-2005) <strong>para</strong> PERSU II (<strong>Plano</strong>Estratégico <strong>para</strong> os Resíduos Urbanos, 2007- 2016), verifica-se que efectivamente nestes últimos anos severificou uma estabilização da produção global <strong>de</strong> resíduos no Concelho. Contudo, não po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar-se umatendência satisfatória, pois os <strong>Plano</strong>s acima referidos preconizam taxas <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong>5% (2000 – 2005).Fonte: VIEIRA, ALBERTO, 2009Quadro 100. Total <strong>de</strong> Resíduos Urbanos produzidos no Concelho e variação anual entre 2006 e 2008Dentro do conjunto <strong>de</strong> resíduos recolhidos, é <strong>de</strong> salientar que cerca <strong>de</strong> 15% <strong>de</strong>stes resíduos são objecto <strong>de</strong>recolha selectiva 39 , embora se tenha registado uma diminuição <strong>de</strong> 5,96% (694 ton) entre 2007 e 2008. Não é ainda39 Percentagem ainda muito aquém dos 25% <strong>de</strong>finidos <strong>para</strong> 2005 conforme o artigo 7º do Decreto-Lei nº 92/2006 <strong>de</strong> 25<strong>de</strong> Maio, relativo a embalagens e resíduos <strong>de</strong> embalagem.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 125


possível <strong>de</strong>terminar se esta redução se <strong>de</strong>ve a uma incorrecta se<strong>para</strong>ção dos resíduos pelos munícipes ou peloabandono da prática da se<strong>para</strong>ção ou a outras razões.Fonte: VIEIRA, ALBERTO, 2009Quadro 101. Total <strong>de</strong> Resíduos recolhidos selectivamente no Concelho e variação anual entre 2006 e 2008Uma das mais recentes iniciativas da CMO nesta área tem a ver com a avaliação da situação do concelho quantoà produção <strong>de</strong> Óleos Alimentares Usados, que levou ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um projecto piloto <strong>de</strong> recolhaselectiva <strong>de</strong>ste resíduo (“Óleo Valor”) e <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> biodiesel (“OILPRODIESEL”).Des<strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2008 já foram colocados nas <strong>de</strong>z freguesias do Concelho 20 “oleões” – contentores <strong>para</strong> recolhaselectiva <strong>de</strong> óleos alimentares usados -, cujo <strong>de</strong>sign e produção foram <strong>de</strong>senvolvidos no âmbito do Projectoeuropeu “OILPRODIESEL”.O Projecto <strong>de</strong> Compostagem Doméstica em Oeiras iniciou-se em 1992, enquadrado no âmbito da política <strong>de</strong>redução e valorização <strong>de</strong> resíduos sólidos urbanos, tendo em conta a importância que o cidadão <strong>de</strong>sempenha napreservação do ambiente local.<strong>de</strong>ncia uma certa tendência <strong>para</strong> a redução <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> Resíduos Urbanos noConcelho. Relativamente ao total <strong>de</strong> recipientes distribuídos, estima-se que se entregaram, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início doprojecto em 1992 e até ao final <strong>de</strong> 2008, um total <strong>de</strong> 835 unida<strong>de</strong>s.Em Oeiras, a cobertura da população por equipamentos <strong>de</strong> recolha selectiva <strong>de</strong> resíduos é superior a 500habitantes por ecoponto, meta indicativa <strong>de</strong>finida pelo PERSU II, <strong>para</strong> os 3 fluxos <strong>de</strong> resíduos recicláveis, o queindicia um excelente <strong>de</strong>sempenho do Município em termos da qualida<strong>de</strong> do serviço prestado à população.O Município <strong>de</strong> Oeiras está integrado na AMTRES, a Associação <strong>de</strong> Municípios <strong>de</strong> Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra<strong>para</strong> o Tratamento <strong>de</strong> Resíduos Sólidos.Os resíduos urbanos recolhidos em Oeiras são encaminhados <strong>para</strong> a TRATOLIXO e encaminhados <strong>para</strong>reciclagem, valorização, incineração e <strong>de</strong>posição final em Aterro Sanitário, <strong>de</strong> acordo com os dadosdisponibilizados por esta empresa. A totalida<strong>de</strong> dos resíduos <strong>de</strong> papel e cartão, bem como o vidro sãoencaminhados <strong>para</strong> indústrias recicladoras, o mesmo acontecendo a 53% dos resíduos <strong>de</strong> embalagem. Osrestantes 47% <strong>de</strong>ste fluxo <strong>de</strong> resíduos dizem respeito a contaminantes presentes nas quantida<strong>de</strong>s entradas etambém a plásticos não triados, pelo que seguem geralmente <strong>para</strong> incineração.Cerca <strong>de</strong> 87% os resíduos indiferenciados tem como <strong>de</strong>stino final a <strong>de</strong>posição em aterro e/ou a incineração.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 126


Acresce referir que os 3% <strong>de</strong> resíduos encaminhados <strong>para</strong> valorização dizem respeito ao composto.Relativamente aos resíduos ver<strong>de</strong>s, a quase totalida<strong>de</strong> das quantida<strong>de</strong>s entradas, 97%, são encaminhadas <strong>para</strong>valorização energética, sendo os restantes 3% constituídos por contaminantes que seguem <strong>para</strong> Aterro.Em resumo:Do ponto <strong>de</strong> vista da qualida<strong>de</strong> do ar e do ruído exteriores, não existe evidência <strong>de</strong> graus diferenciados <strong>de</strong>exposição e/ou susceptibilida<strong>de</strong> em função do género. O principal factor poluente em ambos os casos é o tráfegorodoviário, pelo que o contributo das mulheres <strong>para</strong> uma redução significativa do tráfego automóvel passa pela melhororganização do espaço urbano, disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços e equipamentos <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> nas zonas resi<strong>de</strong>nciais ealterações ao nível do estilo <strong>de</strong> vida.O contributo das mulheres <strong>para</strong> a resolução <strong>de</strong>stes problemas passa pelo seu maior envolvimento nas <strong>de</strong>cisõesfamiliares sobre a organização das activida<strong>de</strong>s da família e sobre os meios <strong>de</strong> transporte, e po<strong>de</strong>m ser equacionadascampanhas <strong>de</strong> comunicação / informação que procurem cativar o seu interesse por estes problemas (particularmentecentrados nas questões da saú<strong>de</strong> da família e dos novos estilos <strong>de</strong> vida).A mulher po<strong>de</strong> encontrar-se mais exposta a níveis piores <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do ar interior durante a realização <strong>de</strong> tarefasdomésticas <strong>de</strong> limpeza, pelo que uma maior partilha <strong>de</strong> tarefas é recomendável também <strong>de</strong>ste ponto <strong>de</strong> vista. A nível<strong>de</strong> ruído interior, é no ambiente laboral que <strong>de</strong>vem acautelar-se o cumprimento das normas em vigor, não sendopossível avaliar, <strong>para</strong> o caso <strong>de</strong> Oeiras, eventuais diferenças <strong>de</strong> género.Relativamente ao recurso água, a natural ligação da mulher com este elemento e toda a sua carga simbólica po<strong>de</strong>suportar um maior envolvimento prático em políticas <strong>de</strong> valorização <strong>de</strong> espaços naturais ligados às linhas <strong>de</strong> água e àorla ribeirinha, particularmente na participação em passeios <strong>de</strong> natureza, campanhas participativas, etc.Do ponto <strong>de</strong> vista da poluição, não se encontram factores <strong>de</strong> género relativos quer à produção <strong>de</strong> poluição(responsabilida<strong>de</strong> por <strong>de</strong>scargas nas linhas <strong>de</strong> água) quer à exposição à poluição. A saú<strong>de</strong> será o principal factor quepo<strong>de</strong> levar à sensibilização das mulheres <strong>para</strong> os problemas da qualida<strong>de</strong> da água – particularmente das águasbalneares -, por via da sua inerente função <strong>de</strong> cuidadora dos filhos.A associação da mulher às principais tarefasdomésticas faz com que ainda possa ser tida como a principal “gestora” <strong>de</strong>ste recurso no lar. As campanhas <strong>de</strong>comunicação realizadas pelos SMAS <strong>de</strong> Amadora e Oeiras e pela CMO com vista à poupança <strong>de</strong> água têm sidomaioritariamente direccionadas <strong>para</strong> as crianças em ida<strong>de</strong> escolas, e indirectamente <strong>para</strong> os adultos com elasrelacionados; haverá que avaliar se não <strong>de</strong>verá haver uma comunicação mais direccionada <strong>para</strong> os papéis<strong>de</strong>sempenhados pela mulher e pelo homem – e mesmo usar essas mesmas campanhas <strong>para</strong> combater osestereótipos e preconceitos que estão subjacentes às diferenças básicas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e ocupação do tempoem contexto familiar.No contexto <strong>de</strong> Oeiras, não existem gran<strong>de</strong>s preocupações com os serviços básicos <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água esaneamento, incluindo na qualida<strong>de</strong> e fiabilida<strong>de</strong> do serviço.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 127


Não se conhecem estudos sobre eventuais diferenças <strong>de</strong> comportamento entre géneros relativamente ao uso daenergia, nem relativamente a impactes diferenciados das alterações climáticas.À semelhança do tema da água, estamos em crer que o papel das mulheres na gestão da energia a nível domésticopo<strong>de</strong> justificar o seu envolvimento específico em campanhas <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong> apoio técnico no quadro doPAESO; por outro lado, a realização <strong>de</strong> campanhas <strong>de</strong> comunicação em termos contrários aos estereótipos epreconceitos que estão subjacentes às diferenças básicas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> e ocupação do tempo em contextofamiliar po<strong>de</strong>m eventualmente contribuir <strong>para</strong> a mudança <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong>s necessária à promoção da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>géneros.Mais uma vez assume especial importância a utilização das viaturas privadas, pelo que todo um conjunto <strong>de</strong>objectivos ambientais (gestão da energia, combate à poluição atmosférica e ao ruído e combate às alteraçõesclimáticas) passa por uma profunda transformação dos modos <strong>de</strong> vida e dos modos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocação, na qual asmulheres terão um papel fundamental a <strong>de</strong>sempenhar.Nas gran<strong>de</strong>s Conferências Mundiais sobre Ambiente e Desenvolvimento, no Rio <strong>de</strong> Janeiro em 1992, em Joanesburgoem 2002, nos diversos fora mundiais sobre Conservação da Natureza e da Biodiversida<strong>de</strong>, tem vindo a registar-senão só uma crescente participação das mulheres e dos seus movimentos representativos, como também tem sidocrescente o reconhecimento, nos documentos oficiais, sobre a importância do seu papel no terreno.A Convenção da Diversida<strong>de</strong> Biológica, assinada no Rio em 1992, reconhece explicitamente no seu preâmbulo “Opapel vital das mulheres na conservação e no uso sustentável da diversida<strong>de</strong> biológica” e afirma “a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>uma plena participação das mulheres em todos os níveis <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e <strong>de</strong> acção <strong>para</strong> conservação dabiodiversida<strong>de</strong>”.À escala <strong>de</strong> um município predominantemente urbano como o <strong>de</strong> Oeiras, não são tão evi<strong>de</strong>ntes os papéis<strong>de</strong>sempenhados pelas mulheres na <strong>de</strong>fesa dos espaços naturais e na utilização sustentável do espaço público noconcelho; todavia, valerá a pena avaliar a sua participação, por exemplo, em sessões <strong>de</strong> <strong>Câmara</strong> e da Assembleia<strong>Municipal</strong>, on<strong>de</strong> sem preocupação <strong>de</strong> representativida<strong>de</strong> estatística nos atrevemos a dizer que são muito presentes assuas reivindicações <strong>de</strong> melhor espaço público, melhores sistemas <strong>de</strong> gestão ambiental, mais espaços ver<strong>de</strong>s.Aqui fará todo o sentido reforçar a proposta <strong>de</strong> que sejam aumentados os mecanismos participativos das autarquias(<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> e Juntas <strong>de</strong> Freguesia) na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões fundamentais <strong>para</strong> o equilíbrio ecológico doconcelho – como são a Revisão do <strong>Plano</strong> Director <strong>Municipal</strong>, presentemente em curso, e a construção <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>sáreas ver<strong>de</strong>s, como é exemplo a 2ª fase do Parque dos Poetas. Se na utilização <strong>de</strong>stes recursos estimamos seremmais frequentes as mulheres (muitas vezes no seu papel <strong>de</strong> cuidadoras dos filhos), serão elas quem melhor saberádizer que expectativas e que objectivos <strong>de</strong> futuro <strong>de</strong>vem nortear tais <strong>de</strong>cisões.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 128


6.2 Mobilida<strong>de</strong>A análise da vertente associada à mobilida<strong>de</strong> cruzada por género é recente. Até há pouco mais do que umadécada, esta questão era consi<strong>de</strong>rada neutra relativamente ao género, uma vez que se consi<strong>de</strong>rava que a oferta<strong>de</strong> infra-estruturas <strong>de</strong> transportes e <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> transporte público, era indiferenciada, isto é, encontrava-sedisponível quer <strong>para</strong> homens, quer <strong>para</strong> mulheres.Contudo, aprofundada esta análise à luz do género veio a verificar-se a existência <strong>de</strong> diferentes padrões <strong>de</strong>mobilida<strong>de</strong>, nomeadamente, em aspectos como: <strong>de</strong>slocações; consumo energético e consciência ambiental; utilização dos meios <strong>de</strong> transporte.“Um número crescente <strong>de</strong> pesquisas conclui que a mobilida<strong>de</strong> e acessibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mulheres e homens, tempo epadrões <strong>de</strong> viagem, são resultantes dos diferentes papéis sociais assumidos.” (GASPAR, 2009:9)Com efeito, o papel assumido predominantemente pela mulher, enquanto cuidadora do lar e da família, condicionaos seus padrões <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>. Por outro lado, nem sempre os sistemas <strong>de</strong> transporte e infraestruturas existentestêm em conta as necessida<strong>de</strong>s particulares do quotidiano das mulheres o que se repercute na sua facilida<strong>de</strong> emconcilar a a vida familiar, pessoal e familiar.“As mulheres são utilizadoras <strong>de</strong> transportes mais vulneráveis, optam frequentemente pelos transportes colectivos(quando têm capacida<strong>de</strong> económica <strong>para</strong> tal), efectuam múltiplos trajectos diários, muitos <strong>de</strong>les a pé. Estasespecificida<strong>de</strong>s colocam o <strong>de</strong>safio e a oportunida<strong>de</strong> da a<strong>de</strong>quação dos serviços à procura das mulheres,encarados também num contexto <strong>de</strong> redução da pobreza e <strong>de</strong> reforço da activida<strong>de</strong> económica.” (GASPAR,2009:9)“As mulheres usam mais os transportes públicos do que os homens, mesmo nas famílias com carros, e as suasviagens são <strong>de</strong> curta distância, portanto mais perto <strong>de</strong> casa, enquanto que os homens viajam com maisfrequência no seu próprio carro e <strong>para</strong> distâncias maiores.” 40 Tendo presente os três tipos associados ànecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte (profissionais, familiares e domésticas), po<strong>de</strong>mos afirmar que é afigura-se menoscomplexo analisar as viagens relacionadas com o trabalho, já que existem poucos dados ou estudos que reflictamos outros tipos mencionados.Os dados relativos aos Censos 2001, <strong>para</strong> o Concelho <strong>de</strong> Oeiras, permitem a seguinte caracterização:40 2008, “Gen<strong>de</strong>r and Sustainable Development-Maximising the Economic, Social and Environmental Role of Women”,OCDE in “<strong>Género</strong> e Desenvolvimento Sustentável. Para uma maximização do papel económico, social e ambiental dasmulheres”, CIG.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 129


OeirasSintraCascaisLisboaAmadoraLouresOdivelasAlmadaSeixalVila Franca <strong>de</strong> XiraBarreiroOutrosFigura 19. População a exercer uma profissão e a estudar em Oeiras, por concelho <strong>de</strong> residência, 2001N.º <strong>de</strong> indivíduos %Oeiras 47.256 53Sintra 11.052 12Cascais 8.270 9Lisboa 7.822 9Amadora 4.476 5Loures 2.066 2Odivelas 1.623 2Almada 1.512 2Seixal 1.241 1Vila Franca <strong>de</strong> Xira 807 1Barreiro 522 1Outros 3.131 3Total 89.778 100Fonte: Censos, 2001 (dados trabalhados)Quadro 102. População a exercer uma profissão e a estudar em Oeiras, por concelho <strong>de</strong> residência, 2001Tendo presente o total <strong>de</strong> individuos que trabalham ou estudam em Oeiras, verificamos que a gran<strong>de</strong> maioria(53%) resi<strong>de</strong>m no concelho objecto <strong>de</strong> estudo. Seguem-se os concelhos <strong>de</strong> Sintra, Cascais e Lisboa, querepresentam, igualmente o territórios geograficamente mais próximos.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 130


Concelho <strong>de</strong> trabalho ouestudoTotalOeiras 47.256Sintra 3.860Cascais 5.447Lisboa 40.512Amadora 2.595Loures 1.023Odivelas 322Almada 1.053Seixal 197Vila Franca <strong>de</strong> Xira 374Barreiro 93Outros 3.807Total 106.539Fonte: Censos, 2001 (dados trabalhados)Quadro 103. População resi<strong>de</strong>nte em Oeiras, segundo o concelho <strong>de</strong> trabalho ou estudoPelos dados acima verifica-se que, no contexto da população resi<strong>de</strong>nte no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, a maioria (44%)trabalha ou estuda no mesmo território o que é caracterizador dos padrões <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>. Uma percentagemsignificativa dos municipes (38%) tem contudo como <strong>de</strong>stino, o Concelho <strong>de</strong> Lisboa e com menor expressãooutros territórios limitrofes.FreguesiasTrabalham ou estudamNo Concelho <strong>de</strong>OeirasNoutrosconcelhosTotal <strong>de</strong>resi<strong>de</strong>ntesBarcarena 3.326 41% 4.722 8.048Carnaxi<strong>de</strong> 6.868 46% 8.031 14.899Oeiras e São Julião daBarra 9.518 29% 13.157 22.675Paço <strong>de</strong> Arcos 7.281 47% 8.260 15.541Algés 4.652 39% 7.368 12.020Cruz-Quebrada/Dafundo 1.605 41% 2.329 3.934Linda-a-Velha 6.323 43% 8.459 14.782Porto Salvo 5.054 57% 3.853 8.907Queijas 2.629 46% 3.104 5.733Total 47.256 59.283 106.539Fonte: Censos, 2001 (dados trabalhados)Quadro 104. População segundo a freguesia <strong>de</strong> residência e concelho <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino <strong>para</strong> trabalho ou estudoSe aten<strong>de</strong>rmos, por outro lado, às freguesias <strong>de</strong> residência, verificamos que proporcionalmente à sua população,Porto Salvo e Paço <strong>de</strong> Arcos são as freguesias que reúnem o maior número <strong>de</strong> indivíduos que não se <strong>de</strong>slocam<strong>para</strong> fora do concelho <strong>para</strong> trabalhar ou estudar.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 131


OrigemNenhumAutocarroEléctrico/ MetroComboioMeio transporteTransportecolectivoCarrocomocondutorCarrocomopassageiroMotociclo/bicicleteOeiras 14.995 8.927 0 2.165 639 14.752 4.605 338 264 46.685Sintra 78 1.912 0 1.088 220 6.396 1.059 117 65 10.935Cascais 327 1.047 0 990 114 4.502 1.049 116 33 8.178Lisboa 59 1.231 131 630 173 5.085 321 45 41 7.716Amadora 23 1.367 0 244 118 2.369 265 21 25 4.432Loures 8 423 0 99 80 1.293 95 11 20 2.029Odivelas 4 319 0 78 43 1.058 71 6 21 1.600Almada 2 264 0 214 47 840 79 18 28 1.492Seixal 1 240 0 203 38 694 60 8 36 1.280Vila Franca<strong>de</strong> Xira 3 40 0 133 17 536 47 3 12 791Barreiro 0 74 0 64 12 218 18 2 126 514Outros 42 194 0 153 106 1.563 157 10 107 2.332Total 15.542 16.038 131 6.061 1.607 39.306 7.826 695 778 87.984Fonte: Censos, 2001 (dados trabalhados)Quadro 105. População a exercer uma profissão e a estudar no Concelho, por principal meio <strong>de</strong> transporte utilizadoOutroTotalTendo presente o total <strong>de</strong> individuos que trabalham ou estudam em Oeiras, verificamos que, <strong>de</strong> uma forma geral,o principal meio <strong>de</strong> transporte utilizado coinci<strong>de</strong> com o transporte individual. A única excepção acontece quando otrajecto residência/local <strong>de</strong> trabalho ou estudo se circunscreve ao território do Concelho <strong>de</strong> Oeiras. Nesta situaçãoprevalece a categoria “nenhum”, não sendo contudo, negligenciável o transporte individual e mesmo o autocarro.DestinoNenhumAutocarroEléctrico/ MetroComboioMeio transporteTransportecolectivoCarrocomocondutorCarrocomopassageiroMotociclo/bicicletaOeiras 14.995 8.927 0 2.165 639 14.752 4.605 338 264 46.685Sintra 62 580 0 248 162 2.419 281 33 21 3.806Cascais 81 399 0 1.154 277 2.527 873 43 26 5.380Lisboa 166 6.953 881 9.084 260 18.451 3.738 283 151 39.967Amadora 8 482 0 141 32 1.658 195 28 17 2.561Loures 2 99 0 71 26 752 43 2 17 1.012Odivelas 1 43 0 15 6 225 15 0 3 308Almada 6 139 0 173 16 615 44 10 25 1.028Seixal 0 16 0 23 9 132 4 3 7 194Vila Franca<strong>de</strong> Xira 1 6 0 34 44 262 13 0 7 367Barreiro 0 4 0 9 1 69 4 0 6 93Outros 40 177 0 199 125 1.392 113 10 33 2.089Total 15.362 17.825 881 13.316 1.597 43.254 9.928 750 577103.490Fonte: Censos, 2001 (dados trabalhados)Quadro 106. População resi<strong>de</strong>nte no Concelho, por principal meio <strong>de</strong> transporte utilizado no trajecto local trabalho e estudoOutroTotal<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 132


Os dados acima <strong>de</strong>monstram que por exemplo, no segundo <strong>de</strong>stino dos municipes <strong>para</strong> trabalhar ou estudar, omeio <strong>de</strong> transporte mais frequentemente utilizado é o automóvel privado, tendência que se repete pelos restantesterritórios mais próximos.DestinoNenhumAté 15minutosTempo gasto16 a 30minutos31 a 60minutos61 a 90minutosMais <strong>de</strong>90minutosTotalOeiras 3.768 24.067 13.239 4.525 795 291 46.685Sintra 0 523 1.855 1.119 229 80 3.806Cascais 0 1.195 2.519 1.252 313 101 5.380Lisboa 0 2.095 11.982 20.043 5.129 718 39.967Amadora 0 570 1.163 670 127 31 2.561Loures 0 4 343 473 126 66 1.012Odivelas 0 7 157 98 30 16 308Almada 0 15 357 391 197 68 1.028Seixal 0 1 50 81 37 25 194Vila Franca <strong>de</strong> Xira 0 1 57 219 43 47 367Barreiro 0 0 10 57 17 9 93Outros 0 70 349 892 392 386 2.089Total 3.768 28.548 32.081 29.820 7.435 1.838 103.490Fonte: Censos, 2001 (dados trabalhados)Quadro 107. População resi<strong>de</strong>nte no Concelho e o tempo gasto no trajecto residência/local <strong>de</strong> trabalho ou estudoAnalisando o período <strong>de</strong> tempo gasto em <strong>de</strong>slocações verifica-se que, no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, a maioria dapopulação resi<strong>de</strong>nte, em <strong>de</strong>slocações que se cingem ao interior do concelho, não ultrapassam 15 minutos. Maisrecentemente, o Municipio <strong>de</strong> Oeiras ciente da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudar os padrões <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> em geral,empreen<strong>de</strong>u um estudo (TIS.PT, 2008) que, não obstante não fazer uma análise segundo o género, permite:oooDeterminar a acessibilida<strong>de</strong> em transporte individual (TI) e transporte colectivo (TC) das diferenteszonas do concelho;Diagnosticar as principais <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s e potencialida<strong>de</strong>s do sistema <strong>de</strong> transportes concelhio;Estabelecer as orientações <strong>para</strong> a correcta articulação entre planeamento urbano e transportes.O referido estudo, <strong>de</strong>monstra como as caracteristicas do território condicionam, também elas, o padrão <strong>de</strong>mobilida<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> Oeiras.Por um lado, associa o crescimento da população e do emprego privado ao aumento do número <strong>de</strong> viagens nãosó <strong>para</strong> Lisboa como <strong>para</strong> os concelhos limítrofes que acompanham o dinamismo <strong>de</strong> Oeiras. Faz referência à<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional diferenciada, isto é, à distribuição da população pelo território, <strong>de</strong> forma mais ou menos<strong>de</strong>nsa, o que obriga a equacionar <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada o planeamento urbano. Por outro lado, agrega umapopulação com níveis elevados <strong>de</strong> habilitações, com emprego qualificado, a um maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra, com<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 133


consequências em termos <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumo, quer <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, quer <strong>de</strong> bens (entre eles otransporte privado).PosiçãogeográficaDinâmicapopulacionalcaracterizadapor umcrescimento Maior número <strong>de</strong>viagens intra einter territórioslimítrofes Maior consumo <strong>de</strong>Populaçãocom maiorpo<strong>de</strong>r <strong>de</strong>compraPadrão <strong>de</strong>Mobilida<strong>de</strong> doConcelho <strong>de</strong>OeirasDensida<strong>de</strong>populacionaldiferenciadano territórioactivida<strong>de</strong>s nãoregulares Maior capacida<strong>de</strong><strong>para</strong> aquisição ePóloempregadorcomincidência nosectorprivadoPopulaçãocom níveis <strong>de</strong>qualificaçãoelevadosFigura 20. Condicionantes dos padrões <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> do ConcelhoOs dados disponiveis (TIS.PT, 2008:B-4) apontam <strong>para</strong> que, num dia médio sejam realizadas cerca <strong>de</strong> 478.3 milviagens com início ou fim em Oeiras. Destas, cerca <strong>de</strong> 300 mil são realizadas pela população resi<strong>de</strong>nte e asrestantes por não resi<strong>de</strong>ntes em Oeiras que se <strong>de</strong>slocam <strong>para</strong> o concelho.Se aten<strong>de</strong>rmos ao motivo das viagens realizadas verificamos a importância do “regresso a casa”. Excluíndo estacategoria obvia, verifica-se que o trabalho e a escola justificam quase meta<strong>de</strong> das viagens terminadas em Oeiras.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 134


DesignaçãoViagens com extremo em OeirasTOTALAbs. %Viagens terminadas emOeirasTOTAL% sem regressoa casa Abs. %Para o trabalho 127.036 27 45 78.263 24Para a escola 22.945 5 8 13.322 4Regresso a casa 198.186 41 131.948 40Compras 25.881 5 9 23.496 7Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lazerregular 5.799 1 2 4.714 1Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lazerocasional 5.438 1 2 3.790 1Acompanhar/buscarfamiliares 11.348 2 4 9.203 3Refeição 21.271 4 8 19.127 6Assuntos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> 10.157 2 4 5.814 2Assuntos pessoais 32.505 7 12 24.057 7Motivosprofissionais 15.461 3 6 11.183 3Outros 2.299 0 1 1.555 0Não <strong>de</strong>clarado 60 0 0 0Total 478.386 100 100 326.472 100Fonte: Inquérito à Mobilida<strong>de</strong>, 2006/2007, em TIS.PT, 2008.Quadro 108. Motivo das viagens iniciadas e terminadas em Oeiras, 2008Se consi<strong>de</strong>rarmos, por outro lado, os modos <strong>de</strong> transporte associados a estes movimentos, verificamos umaelevada <strong>de</strong>pendência do TI, seja nas <strong>de</strong>slocações concelhias, como igualmente nas viagens com extremo noutrosconcelhos.Modos <strong>de</strong>transportesimplificadosViagens iniciadas ouViagens internas a Oeiras Viagens Interconcelhiasterminadas em OeirasAbs. % Abs. % Abs. %Pé 53.486 11.3 50.831 28.8 3.015 1.0TI 313.073 65.4 90.628 51.4 222.445 73.7TP 107.617 22.5 34.896 19.8 72.721 24.1TI+TP 3.520 0.7 74 0.0 3.446 1.1Outros 330 0.1 0 0.0 330 0.1Total 478.386 99.9 176.429 100.0 301.957 100.0Fonte: Inquérito à Mobilida<strong>de</strong>, 2006/2007, em TIS.PT, 2008.Quadro 109. Modos <strong>de</strong> transporte simplificados (viagens internas e interconcelhias), 2008Se consi<strong>de</strong>rarmos a informação expressa no quadro seguinte verificamos que os dados <strong>para</strong> o Concelho <strong>de</strong>Oeiras são consi<strong>de</strong>ravelmente superiores à média nacional e à Gran<strong>de</strong> Lisboa, o que reforça os factos apurados eque suportam a sobreutilização do TI.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 135


Unida<strong>de</strong> GeográficaVeículos automóveis vendidos por1 000 habitantesN.ºPortugal 23,41Gran<strong>de</strong> Lisboa 33,65Oeiras 46,80Fonte: INE, 2009a, Anuário Estatístico da Região <strong>de</strong> Lisboa 2008 (Dados trabalhados)Quadro 110. Indicadores <strong>de</strong> transportes, 2008Em Resumo:Não obstante não se encontrarem disponíveis dados que permitam fundamentar a existência <strong>de</strong>assimetrias <strong>de</strong> género nos padrões <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> existentes no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, aprobabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas existirem é elevada. Com efeito, o que diversos estudos indicam é que, narealida<strong>de</strong>, os papéis sociais atribuídos a mulheres e homens condicionam os seus padrões <strong>de</strong>mobilida<strong>de</strong>.A sobreutilização do transporte individual, <strong>de</strong> forma genérica, e o facto das mulheresmaioritariamente necessitarem <strong>de</strong> fazer múltiplas viagens e trajectos mais curtos (por via dassuas múltiplas responsabilida<strong>de</strong>s), acarreta consequências ao nível da sustentabilida<strong>de</strong>económica e ambiental e representa um esforço acrescido <strong>de</strong> conciliação entre a vida privada epessoal.Estes dois factores em particular (sobreutilização do transporte individual e múltiplos percursos)reforçam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> repensar a estrutura urbana à luz da diferenciação <strong>de</strong> papéisassociada ao género. Cumulativamente, é emergente envolver a mulher na forma <strong>de</strong> “pensar acida<strong>de</strong>”. As mulheres e os homens vivem a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneiras diferentes, <strong>de</strong> acordo com osseus papéis e com as suas responsabilida<strong>de</strong>s a partir da dividsão sexual do trabalho. Esta seexprime, não somente a partir da diferenciação das tarefas atribuidas às mulheres e homens,mas igualmente através do acesso e controle <strong>de</strong> recursos, assim como na valorização dasactivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uns e <strong>de</strong> outros. As relações sócio-culturais entre os sexos se revela emparticular na organização espacial da cida<strong>de</strong> e tem muitas implicações nas politicas <strong>de</strong>estruturação urbana e na maneira pela qual as cida<strong>de</strong>s são planejadas e geridas.” (CartaEuropeia das Mulheres na Cida<strong>de</strong>, 1994, Comissão Europeia)<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 136


7. Saú<strong>de</strong>7.1 Contextualização geralO Concelho <strong>de</strong> Oeiras pertence ao Agrupamento <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> ACES 4 que é composto por dois Centros<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – Oeiras e Carnaxi<strong>de</strong> e 5 Unida<strong>de</strong>s Prestadoras <strong>de</strong> Cuidados <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>: Barcarena, Paço <strong>de</strong> Arcos,Linda-a-Velha, Dafundo e Algés (a altera <strong>para</strong> “que se encontra dividido em treze Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, das quais10 prestam cuidados <strong>de</strong> medicina familiar – sete Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cuidados <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Personalizados e três Unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Familiar”. Em termos hospitalares a população do Concelho pertence ao Centro Hospitalar <strong>de</strong> LisboaOci<strong>de</strong>ntal, EPE do qual fazem parte o Hospital <strong>de</strong> S. Francisco Xavier, o Hospital <strong>de</strong> Egas Moniz e o Hospital <strong>de</strong>Santa Cruz, único localizado em território concelhio, mais precisamente em Carnaxi<strong>de</strong>.Indicador/ Unida<strong>de</strong> Geográfica Ano Portugal Gran<strong>de</strong> OeirasLisboaTaxa Bruta <strong>de</strong> Natalida<strong>de</strong> (‰) 2008 9,8 11,8 11,7Taxa <strong>de</strong> Fecundida<strong>de</strong> Geral (‰) 2008 40,4 49,5 50,1Taxa Bruta <strong>de</strong> Mortalida<strong>de</strong> (‰) 2008 9,8 9,1 8,3Índice <strong>de</strong> Longevida<strong>de</strong> 41 (n.º) 2008 46,4 44,6 43,2Esperança <strong>de</strong> vida à nascença (anos)2005-200778,48 78,75 --Esperança <strong>de</strong> vida aos 65 anos (anos)2005-200717,99 18,38 --Enfermeiros por 1.000 habitantes 2008 5,3 6,5 3,7Médicos por 1.000 habitantes 2008 3,7 6,4 8,5Farmácias e postos <strong>de</strong> medicamentos por1.000 habitantes2008 0,3 0,3 0,2Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2009a: 59, 60 e 93.Quadro 111. Indicadores <strong>de</strong> População e Saú<strong>de</strong>, 2005-2007 e 2008A frequência dos nascimentos é medida pela Taxa Bruta <strong>de</strong> Natalida<strong>de</strong> e pela Taxa <strong>de</strong> Fecundida<strong>de</strong> Geral,referindo-se a primeira à população total e a segunda à população do sexo feminino em ida<strong>de</strong> reprodutiva (CMO,2010: 50). De salientar, neste contexto, que não obstante o <strong>de</strong>créscimo da natalida<strong>de</strong>, registado no Concelho <strong>de</strong>Oeiras entre 2001 e 2007 (CMO, 2010: 51), os últimos dados disponíveis, e apresentados no quadro anterior,<strong>de</strong>monstram que esta taxa apresenta em Oeiras, valores superiores à média nacional e semelhantes aos daGran<strong>de</strong> Lisboa. Por outro lado, e apesar da acentuada tendência <strong>de</strong> <strong>de</strong>scida 42 (CMO, 2010: 51), Oeiras apresentauma taxa <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> superior a Portugal e à Gran<strong>de</strong> Lisboa.Oeiras apresenta, ainda, uma taxa bruta <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> mais baixa que Portugal e que a Gran<strong>de</strong> Lisboa. E, umíndice <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong> inferior ao registado em Portugal, em geral, e na Gran<strong>de</strong> Lisboa, em particular, traduzidopela existência <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 43 idosos com 75 ou mais anos, por cada 100 com 65 ou mais anos.41 Coeficiente entre o número <strong>de</strong> pessoas com 65 ou mais anos e o número <strong>de</strong> pessoas com 75 ou mais anos.42 Em 2001, a taxa <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> geral em Oeiras era <strong>de</strong> 127,3‰.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 137


No que se refere à esperança <strong>de</strong> vida à nascença 43 , verificou-se entre 2004 e 2007 uma tendência <strong>de</strong> aumento,quer ao nível nacional, quer na Gran<strong>de</strong> Lisboa (on<strong>de</strong> se insere o Concelho <strong>de</strong> Oeiras), on<strong>de</strong> este indicador se situanos 78 anos. Ressalva-se, ainda, que o sexo feminino apresenta valores mais elevados que o sexo masculino(CMO, 2010: 55).Também ao nível da esperança média <strong>de</strong> vida aos 65 anos, se registou, entre 2004 e 2006, um aumento emPortugal e o sexo feminino apresentou os valores mais elevados, apesar dos níveis nacionais serem inferiores aoseuropeus, <strong>para</strong> ambos os sexos (CMO, 2010: 55).O número <strong>de</strong> médicos no Concelho era, em 2008, <strong>de</strong> 8,5 médicos por cada mil habitantes, enquanto que, emPortugal era <strong>de</strong> 3,7 por cada mil habitantes, e na Gran<strong>de</strong> Lisboa 6,4. No que concerne ao número <strong>de</strong> enfermeirosa média <strong>de</strong> Oeiras encontra-se abaixo da nacional e da Gran<strong>de</strong> Lisboa, mantendo-se equilibrada com estasunida<strong>de</strong>s geográficas no que se refere ao número <strong>de</strong> farmácia e postos <strong>de</strong> medicamentos por cada mil habitantes.Efectivamente, em Junho <strong>de</strong> 2009, localizavam-se no Concelho 44 farmácias, assegurando uma cobertura <strong>de</strong>3.572 habitantes por farmácia, cobertura bastante aceitável, <strong>de</strong> acordo com o estabelecimento da capitaçãomínima <strong>de</strong> 3.500 habitantes por farmácia 44 (CMO, 2010: 108).7.2 Elementos do Perfil <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> OeirasEm Portugal, as últimas três décadas, foram sem margem <strong>para</strong> dúvida <strong>de</strong> significativos ganhos na área da saú<strong>de</strong>,no entanto, também se acentuaram os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> associados à pobreza e à exclusão social. Esteagravamento resultou, entre outro factores, do aumento das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, do envelhecimento dapopulação e do aumento crescente <strong>de</strong> imigrantes.Por conotação a uma maior falta <strong>de</strong> recursos e condições <strong>de</strong> vida mais difíceis, a pobreza e a exclusão socialestão também associadas a estilos <strong>de</strong> vida menos saudáveis e a um acesso mais difícil a cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> emedicamentos. Estes problemas relacionados com a saú<strong>de</strong>, por sua vez, ten<strong>de</strong>m a agravar situaçõessocioeconómicas <strong>de</strong> carência, acentuando, mais ainda, a pobreza e a exclusão social. O resultado <strong>de</strong> tudo isto éuma gravosa dimensão <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas populações mais pobres. Por outro lado, existem evidênciassignificativas, noutros países da União Europeia, que as abordagens <strong>de</strong> âmbito territorial po<strong>de</strong>rão resultar numimpacto significativo na redução das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s em saú<strong>de</strong> e na diminuição do peso das doenças associadas àpobreza e à exclusão social (DGS, 2004: 43).43 Não existem dados disponíveis <strong>para</strong> este indicador ao nível concelhio.44 Através da Portaria n.º 1430/ 2007 <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Novembro.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 138


Partindo <strong>de</strong> tal premissa, o <strong>Plano</strong> Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (PNS), vigente entre 2004 e 2010, releva o papel que osmunicípios po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sempenhar na promoção da saú<strong>de</strong> das suas populações, bem como a sua natural vocação<strong>para</strong> mobilizar as energias e as vonta<strong>de</strong>s locais na construção <strong>de</strong> um ambiente urbano saudável e solidário. Comefeito, entre os parceiros externos ao sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, os municípios <strong>de</strong>têm uma posição privilegiada, uma vezque são as entida<strong>de</strong>s que conhecem com maior profundida<strong>de</strong> as questões que afectam as comunida<strong>de</strong>s dosrespectivos territórios, bem como as inter-relações entre os representantes <strong>de</strong> outros sectores da administraçãocom profundas ligações à saú<strong>de</strong> (como a educação, o <strong>de</strong>sporto, o ambiente e o planeamento urbano) ou do sectorprivado, nomeadamente o empresarial, sendo certo que o “trabalho saudável” é uma das condições base <strong>para</strong>garantir “socieda<strong>de</strong>s saudáveis”. Como tal, as tendências dos últimos anos nesta área, conduziram a movimentoscomo o das “Cida<strong>de</strong>s Saudáveis”, que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que a saú<strong>de</strong> das pessoas que vivem nas cida<strong>de</strong>s é fortementecondicionada pelas suas condições <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong> trabalho, pelo ambiente físico e socioeconómico e pela qualida<strong>de</strong>e acessibilida<strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (CMO, 2010: 154).A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Oeiras, atenta a esta realida<strong>de</strong>, promoveu a elaboração, em colaboração com o InstitutoNacional <strong>de</strong> Administração (INA), do Perfil <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, do qual nasceu o projecto“Caracterização dos padrões <strong>de</strong> comportamentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> Oeiras”, composto por três relatórios –População Escolar, Utentes dos Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e População em Geral. Neste âmbito, foram aplicados, natotalida<strong>de</strong> 3.152 inquéritos por questionário, distribuídos da seguinte forma:PopulaçãoInquéritos aplicados% <strong>de</strong> Inquéritos aplicados amulheresEscolar 262 55,3Utentes dos Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 251 71,3Geral 2.639 52,4A síntese dos resultados mais relevantes em termos da análise <strong>de</strong> género, encontra-se nos quadros seguintes:Comportamentos SaudáveisComportamentos <strong>de</strong> RiscoPopulação EscolarAs raparigas encontram-se em melhor condição Existem mais raparigas acima do peso normal efísica do que os rapazes.obesas (8,6%) do que os rapazes (7,8%).Cerca <strong>de</strong> 80% das raparigas ingerem carne 1 a 2vezes por dia, 4,2% fá-lo mais <strong>de</strong> 5 vezes por dia e Prática <strong>de</strong> andar a pé e fazer <strong>de</strong>sporto ou activida<strong>de</strong>6,3% raramente consome carne (contra 1,7% dos <strong>de</strong>sportiva fora da escola insuficiente nas raparigas.rapazes).As raparigas referem consumir refrigerantes“nunca” ou só “ocasionalmente”.O consumo <strong>de</strong> água é feito <strong>de</strong> forma saudável porrapazes e raparigas do Concelho.No que concerne à toma <strong>de</strong> medicamentos, realçaseque 9,8% dos alunos que <strong>de</strong>clararam tomarmedicamentos pertenciam ao sexo feminino,tinham entre 17 e 18 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, e referiramtomar anticoncepcionais.Quando quantificamos o consumo <strong>de</strong> tabaco,verificamos que os rapazes, embora menosfumadores o fazem em maior quantida<strong>de</strong>.A maioria das raparigas utiliza mais o telemóvel <strong>para</strong>comunicar com os amigos, enquanto que os rapazespreferem o contacto pessoal e a Internet.Percentagem significativa <strong>de</strong> raparigas não toma opequeno-almoço em casa.Maior resistência das raparigas em observar esteindicador <strong>de</strong> vida saudável.Embora o consumo <strong>de</strong> tabaco seja pouco expressivono Concelho, são as raparigas (51,7%) que maisfumam.O consumo <strong>de</strong> bebidas alcoólicas é feito, <strong>de</strong> igualmodo, por rapazes e raparigas, <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s mais velhas,ao fim <strong>de</strong> semana.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 139


Comportamentos SaudáveisComportamentos <strong>de</strong> RiscoPopulação Escolar (continuação)Tanto os rapazes como as raparigas seencontram representados no grupo minoritário(3,8%) dos que refere já ter experimentado econsome substâncias estupefacientes.A maioria das raparigas consi<strong>de</strong>ra que “comermelhor” é a melhor opção <strong>para</strong> melhorar a suaimagem.Os rapazes do Concelho envolvem-se mais emcomportamentos violentos, quer comoagressores quer como vítimas, do que asraparigas.Fonte: INA, 2008a; INA, 2008d.As raparigas, <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s mais velhas, consi<strong>de</strong>ramcomo muito importante a utilização <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>beleza <strong>para</strong> uma melhor imagem física.Incidência significativa <strong>de</strong> fenómenos <strong>de</strong> violênciadoméstica, reconhecidos mais pelas raparigas.Comportamentos SaudáveisUtentes dos Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>As mulheres ten<strong>de</strong>m a ter comportamentos maissaudáveis que os homens no que concerne aoconsumo <strong>de</strong> bebidas alcoólicas e à automedicação.Mas ten<strong>de</strong>m a ter comportamentos menossaudáveis no que se refere à prática <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>física, à ingestão diárias <strong>de</strong> água e na toma dopequeno-almoço em casa.Fonte: INA, 2008b; INA, 2008d.Comportamentos <strong>de</strong> RiscoAs mulheres inquiridas têm uma percepção maisnegativa do seu estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Cerca <strong>de</strong> 6,7%afirmam ter um mau estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, quando noshomens essa percentagem é nula.Comportamentos SaudáveisComportamentos <strong>de</strong> RiscoPopulação em GeralVerifica-se uma maior incidência <strong>de</strong> pesoa<strong>de</strong>quado e baixo no sexo feminino e <strong>de</strong> peso São também elas que consomem mais doces.elevado no sexo masculino.As mulheres mostram-se mais activas na procuraApenas 34,3% das mulheres refere praticar o<strong>de</strong> informação sobre saú<strong>de</strong>, recorrendo a fontesconsumo <strong>de</strong> água recomendado pela OMS (4 a 6como a televisão, campanhas e folhetos, a internetcopos <strong>de</strong> água por dia).e os amigos.A taxa <strong>de</strong> cobertura das mulheres com médico <strong>de</strong>família é superior à dos homens.As mulheres maioritariamente praticam <strong>de</strong>sporto“raramente” ou “1 a 2 vezes por semana”.As mulheres têm hábitos alimentaresaparentemente mais saudáveis do que os homens,já que consomem com mais frequência hortícolas,frutas e lacticínios.As mulheres ten<strong>de</strong>m a andar menos a pé do que oshomens.As mulheres investem mais na activida<strong>de</strong> física.No que se refere ao tempo médio diário <strong>de</strong> sono, encontramos mais mulheres no tempo inferior a 5 horas(5,0%) e superior a 7 horas (30,4%).As mulheres estão mais dispostas a mudarcomportamentos <strong>para</strong> manter ou melhorar a suaimagem física, prevalecendo os homens apenasquando questionados se estariam dispostos a<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fumar.O excesso <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> é cometido maisfrequentemente pelos homens do que pelasmulheres.Fonte: INA, 2008c; INA, 2008d.Há mais mulheres do que homens a não fumar e dasque fumam (15,6%), apenas 3,1% fuma mais do que20 cigarros por dia.O consumo <strong>de</strong> bebidas alcoólicas estápredominantemente associado aos homens.São sobretudo as mulheres que afirmam conheceralguém que consome droga.Quadro 112. Resumo da caracterização dos padrões <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, 2010<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 140


Em Resumo:Proce<strong>de</strong>ndo ao Perfil <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, verificou-se que:Existem mais raparigas acima do peso normal e obesas do que rapazes. A prática <strong>de</strong> andar a pé e fazer<strong>de</strong>sporto ou activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva fora da escola revela-se insuficiente nas raparigas. Por outro lado,embora o consumo <strong>de</strong> tabaco seja pouco expressivo no Concelho, são as raparigas que mais fumam,embora o façam em menor quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cigarros diários. E, o consumo <strong>de</strong> bebidas alcoólicas é feito, <strong>de</strong>igual modo, por rapazes e raparigas, <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s mais velhas, ao fim <strong>de</strong> semana.As mulheres ten<strong>de</strong>m a ter comportamentos mais saudáveis que os homens no que concerne ao consumo<strong>de</strong> bebidas alcoólicas e à auto medicação. No entanto, ten<strong>de</strong>m a ter comportamentos menos saudáveis noque se refere à prática <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> física, à ingestão diária <strong>de</strong> água e na toma do pequeno-almoço emcasa. Há mais mulheres do que homens a não fumar e das que fumam, apenas 3,1% fuma mais do que 20cigarros por dia. O consumo <strong>de</strong> bebidas alcoólicas está predominantemente associado aos homens.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 141


8. Justiça8.1 Criminalida<strong>de</strong>A taxa <strong>de</strong> criminalida<strong>de</strong> no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, conforme se po<strong>de</strong> verificar no quadro seguinte, situa-se abaixo daGran<strong>de</strong> Lisboa (47,1‰) e <strong>de</strong> Portugal (37,7‰). De ressalvar, no entanto, que Oeiras, não acompanhou atendência <strong>de</strong> <strong>de</strong>créscimo, entre 2006 e 2007, apresentada por estas unida<strong>de</strong>s geográficas, tendo inclusiveregistado um aumento <strong>de</strong>sta taxa na or<strong>de</strong>m dos 0,9‰.Unida<strong>de</strong>GeográficaPortugalGran<strong>de</strong>LisboaOeirasAnoTotalCrimescontra aintegrida<strong>de</strong> físicaFurto/roubopor esticão ena viapúblicaFurto <strong>de</strong>veículo e emveículomotorizadoCondução <strong>de</strong>veículo comtaxa <strong>de</strong> álcooligual ousuperior a1,2g/lConduçãosemhabilitaçãolegal2006 37,8 5,7 1,6 6,3 1,9 1,92007 37,7 5,6 1,4 6,0 1,9 2,02006 48,5 6,3 4,8 9,0 1,7 2,12007 47,1 6,2 3,8 9,0 1,8 2,22006 34,4 4,8 2,4 5,8 0,9 2,52007 35,3 5,0 1,6 7,8 0,9 2,7Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2009a: 279; INE, 2008a: 282.Quadro 113. Taxa <strong>de</strong> Criminalida<strong>de</strong> (em ‰), no Concelho, na Gran<strong>de</strong> Lisboa e em Portugal, por categoria <strong>de</strong> crimes, 2006 e2007O tipo <strong>de</strong> crime com maior incidência no Concelho <strong>de</strong> Oeiras é o furto <strong>de</strong> veículo e em veículo motorizado (7,8‰).Relativamente aos crimes contra a integrida<strong>de</strong> física, Oeiras posiciona-se abaixo da média nacional e da médiados Concelhos da Gran<strong>de</strong> Lisboa.Contra pessoas Contra o patrimónioContra a vida emsocieda<strong>de</strong>Legislação AvulsaConduçãoFurto/<strong>de</strong>Contraroubo Furto <strong>de</strong>veículoContraoConduçãopor veículo ecom taxaintegrida<strong>de</strong> TotalEstadosemTotalTotalTotalesticão em veículo <strong>de</strong> álcoolhabilitaçãofísicana via motorizado igual oulegalTotalpúblicasuperior a1,2g/850 1.319 278 1.340 3.575 150 365 50 468 749 6.058Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2009a: 283Quadro 114. Crimes registados pelas autorida<strong>de</strong>s policiais no Concelho (número), segundo as categorias <strong>de</strong> crimes, 2007Efectivamente, cerca <strong>de</strong> 59% dos crimes registados, em 2007, em Oeiras pelas autorida<strong>de</strong>s policiais referiam-se acrimes contra o património, dos quais 37,5% se consubstanciaram em furto <strong>de</strong> veículo e em veículo motorizado.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 142


De ressalvar, ainda, os crimes contra pessoas, que representam cerca <strong>de</strong> 22% da totalida<strong>de</strong> e dos quais, cerca <strong>de</strong>64% se referem a crimes contra a integrida<strong>de</strong> física, on<strong>de</strong> se inscrevem, nomeadamente, a violência <strong>de</strong> género e aviolência doméstica.O Município <strong>de</strong> Oeiras e a Direcção Geral <strong>de</strong> Reinserção Social (órgão auxiliar da administração da Justiça quepresta assessoria técnica aos Tribunais no âmbito da Jurisdição Penal) celebraram, em Junho <strong>de</strong> 1999, umProtocolo <strong>de</strong> Cooperação com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se criarem condições facilitadoras <strong>de</strong> execução das sanções <strong>de</strong>trabalho previstas no Código Penal, através da disponibilização <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho não remunerados <strong>para</strong> oscon<strong>de</strong>nados naquelas sanções - Medidas <strong>de</strong> Trabalho a Favor da Comunida<strong>de</strong>. Estas po<strong>de</strong>m revestir-se, <strong>de</strong>acordo com o Código Penal, das seguintes formas: Prestação <strong>de</strong> Trabalho a Favor da Comunida<strong>de</strong>, Substituição<strong>de</strong> Multa por dias <strong>de</strong> trabalho e a Prestação <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Interesse Público.Entre o ano <strong>de</strong> 2008 e o ano <strong>de</strong> 2010 já foram colocados 56 arguidos em diversos serviços do Município comoDivisão <strong>de</strong> Espaços Ver<strong>de</strong>s, Divisão <strong>de</strong> Higiene e Abastecimento Publico, Núcleo da Juventu<strong>de</strong> entre outros, oquadro seguinte explana a sua distribuição por sexo:Sexo/ Ano 2008 2009 2010Homens 12 17 19Mulheres 0 3 5Total 12 20 24Quadro 115. Medidas <strong>de</strong> trabalho a favor da comunida<strong>de</strong>, integrados no Município entre 2008 e 20108.2 Comissão <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens <strong>de</strong> OeirasÉ competência dos municípios assegurar às Comissões <strong>de</strong> Protecções <strong>de</strong> Crianças e Jovens, instalações <strong>para</strong>funcionamento e meios materiais <strong>de</strong> apoio. O Estado materializa a sua co-responsabilida<strong>de</strong> mediante atransferência <strong>de</strong> verbas <strong>para</strong> os municípios, sendo o valor <strong>de</strong>sta comparticipação correspon<strong>de</strong>nte à populaçãoresi<strong>de</strong>nte no concelho, com ida<strong>de</strong> inferior a 15 aos e o volume processual da respectiva Comissão. Em 2002, oInstituto <strong>de</strong> Segurança Social e o Município <strong>de</strong> Oeiras estabeleceram, neste âmbito, um protocolo <strong>de</strong> cooperação,passando a funcionar, na freguesia <strong>de</strong> Paço <strong>de</strong> Arcos, a Comissão <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens <strong>de</strong> Oeiras(CPCJO) (CPCJO, 2010: 5), que julgamos relevante salientar neste âmbito.Em 2009, a CPCJO trabalhou 916 processos, correspon<strong>de</strong>ndo a igual número <strong>de</strong> crianças, conforme po<strong>de</strong> serconstatado no quadro seguinte:<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 143


Ano Transitados Instaurados Reabertos Total2005 253 266 20 5392006 280 353 27 6642007 403 325 49 7772008 392 351 66 8092009 381 419 116 916Fonte: CPCJO, 2010: 20.Quadro 116. Número total <strong>de</strong> processos trabalhados pela CPCJO, por tipologia, entre 2005 e 2009Verifica-se que em 2009 aumentou, significativamente, o número <strong>de</strong> novos processos e a reabertura <strong>de</strong> processosjá arquivados, sendo que <strong>de</strong>stes, 49,1% correspon<strong>de</strong>m a uma reincidência da mesma situação (CPCJO, 2010:20).Do relatório efectuado por esta Comissão e referente ao ano <strong>de</strong> 2009, ressalva-se:Que a maioria das crianças sinalizadas não são naturais do Concelho <strong>de</strong> Oeiras (52,3%), tendo as criançasprovenientes <strong>de</strong> outros países, aumentado com<strong>para</strong>tivamente a 2008;Que o escalão etário dos 6 aos 10 é o escalão com maior número <strong>de</strong> processos instaurados (27%) e asfaixas etárias compreendidas entre os 11 e os 17 anos representam cerca <strong>de</strong> 48% dos casos trabalhados;No que se refere à problemática que conduziu a sinalização, a negligência parental, apresenta-se como aprimeira causa, seguida do abandono escolar. No entanto, neste âmbito, urge ressalvar que:oooO escalão etário dos 0 aos 5 anos, correspon<strong>de</strong> ao escalão mais problemático dada a relaçãoentre a vulnerabilida<strong>de</strong>, as necessida<strong>de</strong>s, as competências parentais e o apoio social que ocaracterizam;No escalão dos 6 aos 10 anos, a relevância crescente da problemática a mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>comportamento <strong>de</strong>sviantes, já não apenas ligados aos consumos <strong>de</strong> álcool e substância ilícitas,mas relacionado com a violência intra-familiar, nomeadamente, entre os progenitores;Nos escalões acima dos 10 anos, o abandono escolar, que representa cerca <strong>de</strong> 43% da totalida<strong>de</strong>dos processos instalados, <strong>para</strong> estas faixas etárias, em 2009, e atinge os níveis <strong>de</strong> ensino a partirdo 5.º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>.Que a freguesia <strong>de</strong> Carnaxi<strong>de</strong> é, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006, a que apresenta maior número <strong>de</strong> novos processos;No que concerne à entida<strong>de</strong> sinalizadora, <strong>de</strong>staca-se o estabelecimento <strong>de</strong> ensino 45 , com cerca <strong>de</strong> 23% dassinalizações, e as autorida<strong>de</strong>s policiais (cerca <strong>de</strong> 20%), <strong>de</strong>stacando-se a sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta entida<strong>de</strong> <strong>para</strong>os casos <strong>de</strong> violência doméstica na presença <strong>de</strong> crianças e jovens;A medida aplicada com maior expressão correspon<strong>de</strong> ao apoio junto dos pais (68,6%), privilegiando-se,<strong>de</strong>ste modo, as medidas <strong>de</strong> promoção e protecção da criança em meio natural <strong>de</strong> vida.45 Que pelo actual Estatuto do Aluno é obrigado a comunicar à CPCJO a ultrapassagem do limite <strong>de</strong> faltas estipulado.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 144


Em Resumo:A taxa <strong>de</strong> criminalida<strong>de</strong> no Concelho <strong>de</strong> Oeiras situa-se abaixo da Gran<strong>de</strong> Lisboa e <strong>de</strong> Portugal, noentanto, não acompanhou a tendência <strong>de</strong> <strong>de</strong>créscimo apresentada por estas unida<strong>de</strong>s geográficas, entre2006 e 2007, tendo inclusive registado um ligeiro aumento. O tipo <strong>de</strong> crime com maior incidência noConcelho <strong>de</strong> Oeiras é o furto <strong>de</strong> veículo e em veículo motorizado.Relativamente aos crimes contra a integrida<strong>de</strong> física, Oeiras posiciona-se abaixo da média nacional e damédia dos Concelhos da Gran<strong>de</strong> Lisboa.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 145


9. Violência <strong>de</strong> género e violência doméstica9.1 Contexto nacionalNa IV Conferência Mundial das Nações Unidas sobre as Mulheres, realizada em 1995, em Pequim, a ViolênciaContra as Mulheres foi <strong>de</strong>finida como “todo o acto <strong>de</strong> violência baseado no género <strong>de</strong> que resulte ou possaresultar sofrimento ou lesão física, sexual ou psicológica <strong>para</strong> as mulheres, incluindo a ameaça da prática <strong>de</strong> taisactos, a coacção ou privação arbitrária da liberda<strong>de</strong>, quer ocorram na esfera pública quer na privada. Porconseguinte a violência contra a mulher po<strong>de</strong> revestir-se, entre outras, das seguintes formas: a) a violência física,sexual e psicológica na família, (…) ao nível da comunida<strong>de</strong> em geral, (…) e (…) perpetrada e tolerada peloEstado, on<strong>de</strong> quer que ocorra. ” (ONU, 1995: 51).Por outro lado, <strong>de</strong> acordo com a alínea a), do artigo 2º da Lei n.º112/2009 <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Setembro, consi<strong>de</strong>ra-se vítima,“a pessoa singular que sofreu um dano, nomeadamente um atentado à sua integrida<strong>de</strong> física ou mental, um danomoral, ou uma perda material, directamente causada por acção ou omissão, no âmbito do crime <strong>de</strong> violênciadoméstica”.Actualmente o Código Penal português (CP) já consagra expressamente (no artigo 152º: Violência Doméstica) quepratica o crime <strong>de</strong> violência doméstica “Quem, <strong>de</strong> modo reiterado ou não, infligir maus tratos físicos ou psíquicos,incluindo castigos corporais, privações da liberda<strong>de</strong> e ofensas sexuais: a) Ao cônjuge ou ex-cônjuge; b) A pessoa<strong>de</strong> outro ou do mesmo sexo com quem o agente mantenha ou tenha mantido uma relação análoga à doscônjuges, ainda que sem coabitação; c) O progenitor <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte comum em 1.º grau; ou d) A pessoaparticularmente in<strong>de</strong>fesa, em razão <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ficiência, doença, gravi<strong>de</strong>z ou <strong>de</strong>pendência económica, que comele coabite; é punido com pena <strong>de</strong> prisão <strong>de</strong> um a cinco anos, se pena mais grave lhe não couber por força <strong>de</strong>outra disposição legal.”Para além <strong>de</strong>ste artigo específico, a lei também criminaliza, o crime qualificado (artigo 132º do CP), as ofensas àintegrida<strong>de</strong> física qualificadas (artigo 145.º do CP), as ameaças (artigo 153.º do CP), a coacção (artigo 154.º doCP), o sequestro (artigo 158.º), a violação (artigo 164.º), os crimes sexuais contra menores (artigos 171.º a 176.ºdo CP), a agravação em função da qualida<strong>de</strong> do agente (artigo 177.º do CP).A violência doméstica refere-se, assim, à agressão física, psicológica e sexual perpetrada por qualquer familiar ourelacionado, não só contra mulheres, mas também <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou outros indivíduos particularmente vulneráveis.No entanto, apesar <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> violência afectar idosos, crianças e portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, a realida<strong>de</strong>continua a comprovar que são maioritariamente as mulheres as mais atingidas sendo, por isso, uma questão <strong>de</strong>violência <strong>de</strong> género 46 .46 De acordo com a Resolução do Conselho <strong>de</strong> Ministros n.º 83/2007 <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Junho, que aprova o III <strong>Plano</strong> NacionalContra a Violência Doméstica (2007-2010).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 146


A violência <strong>de</strong> género po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como qualquer tipo <strong>de</strong> agressão (física, psicológica, sexual, <strong>de</strong><strong>de</strong>scriminação sociocultural ou outro tipo) perpetrada quer por amigos, familiares, conhecidos ou <strong>de</strong>sconhecidos eoriginada no âmbito da <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res associada aos estereótipos <strong>de</strong> género.Em 2007, o Gabinete <strong>de</strong> Investigação em Sociologia Aplicada (SociNova) e o Centro <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Sociologia(CesNova), ambos ligados Universida<strong>de</strong> Nova <strong>de</strong> Lisboa e a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Sociais e Humanas damesma Universida<strong>de</strong>, em colaboração com a Comissão <strong>para</strong> a Cidadania e <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> (CIG), levaram acabo o Inquérito à Violência <strong>de</strong> <strong>Género</strong>. Deste estudo, efectuado ao nível do continente, ressalvam-se asseguintes conclusões (Lisboa, 2008: 3-5; Lisboa, 2010):Cerca <strong>de</strong> 38% das mulheres foram alvo <strong>de</strong> violência <strong>de</strong> género. Por outras palavras, este tipo <strong>de</strong> violênciaafecta, em média, cerca <strong>de</strong> uma em cada três mulheres;A violência física representa 22,6% do total <strong>de</strong> agressões contra mulheres, a violência sexual 19,1%, apsicológica 53,9% e a discriminação social, 52,9%;A reacção mais frequente das vítimas é “não fazer nada” (42%). Regista, no entanto, uma percentagemcrescente que apresenta participação à polícia quando as agressões se revestem <strong>de</strong> maior gravida<strong>de</strong>. Derelevar, ainda, neste âmbito, a importância do papel das re<strong>de</strong>s sociais no apoio quotidiano e quebra doisolamento, dos estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, sobretudo nas agressões físicas <strong>de</strong> maior gravida<strong>de</strong>, e oaumento do número <strong>de</strong> divórcios;No que se refere às causas das agressões percepcionadas pelas vítimas, estas remetem <strong>para</strong> a<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res associada aos estereótipos <strong>de</strong> género, sendo as causas mais apontadas ociúme e o sentimento <strong>de</strong> posse.Por outro lado, este estudo preten<strong>de</strong>u ser o primeiro inquérito realizado, ao nível nacional e europeu,representativo da população resi<strong>de</strong>nte em Portugal com 18 ou mais anos, pelo que abrangeu também o universomasculino. Deste modo, tornou possível a com<strong>para</strong>ção da vitimação que atinge homens e mulheres (Lisboa,2010).Neste âmbito, salienta-se que a vitimação dos homens (43%) é superior à das mulheres (38%), tratando-se, noentanto, <strong>de</strong> uma violência diferente da registada nestas. No entanto, se isolarmos só os actos criminalizáveis noCódigo Penal como Violência Doméstica, registamos, neste inquérito, uma percentagem <strong>de</strong> 6,4% <strong>para</strong> asmulheres e 2,3% <strong>para</strong> os homens, ou seja, a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma mulher ser vítima <strong>de</strong> violência doméstica é <strong>de</strong>cerca <strong>de</strong> três vezes superior à <strong>de</strong> um homem.Em 75% dos casos o agressor da mulher é um homem, no caso das agressões a homens são também outroshomens os principais autores, em percentagens equivalentes às das mulheres. No que se relaciona com a relação<strong>de</strong> parentesco com o autor da agressão, nas mulheres predominam os cônjuges, companheiros ou namorados<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 147


(42%), enquanto que os homens mencionam <strong>de</strong>sconhecidos (23%) e colegas (23%) e quando há referência afamiliares, são maioritariamente os pais ou padrastos os autores da agressão (14%).Registam-se, ainda, diferenças no que se refere ao local da agressão, enquanto que o local mais provável <strong>para</strong> amulher é a casa (60%), no caso dos homens são mencionados a rua (30%) e outros os espaços públicos (8%) ouo local <strong>de</strong> trabalho (16%).Com<strong>para</strong>ndo a reacção das vítimas aos actos <strong>de</strong> violência, verificamos que os homens ten<strong>de</strong>m a agir maisactivamente. Enquanto que as mulheres, maioritariamente “não fazem nada” (46%), os homens reagem cominsultos verbais (22%) ou contactam as forças policiais ou outras entida<strong>de</strong>s (12%).9.2 Violência Doméstica no Concelho <strong>de</strong> OeirasTal como já foi mencionado, o local mais provável <strong>de</strong> agressão, no que se refere a este fenómeno é a casa, peloque, a menos que a vítima procure ajuda junto da socieda<strong>de</strong> civil ou das autorida<strong>de</strong>s policiais, não haverá registoda agressão. Deste modo, uma parte significativa da violência contínua oculta, pelo que po<strong>de</strong>mos apenasextrapolar sobre o número <strong>de</strong> vítimas e seus perfis, recorrendo aos agentes sociais da comunida<strong>de</strong> queacompanham esta problemática.9.2.1 Queixas apresentadas às Forças PoliciaisComo <strong>de</strong>monstrado no estudo anterior, o número <strong>de</strong> mulheres que recorre às forças policiais, como reacção àviolência, é crescente, sobretudo nos casos se revestem <strong>de</strong> maior gravida<strong>de</strong>, como ameaças <strong>de</strong> morte ou comarmas brancas ou <strong>de</strong> fogo. Torna-se, assim, relevante proce<strong>de</strong>r à análise das ocorrências participadas às forças<strong>de</strong> segurança, no âmbito do crime da violência doméstica.De acordo com dados fornecidos pela Direcção Geral da Administração Interna, ocorreram, no ano <strong>de</strong> 2009, 533participações na comarca <strong>de</strong> Oeiras (PSP) 47, correspon<strong>de</strong>ndo este quantitativo a uma taxa <strong>de</strong> incidência <strong>de</strong> 3,29casos reportados à PSP, por mil habitantes 48 . Este registo equivale, ainda, a uma taxa negativa <strong>de</strong> 9,51%, secom<strong>para</strong>da com o ano <strong>de</strong> 2008 49 . Urge, ainda, relevar, que 43,7% das agressões são presenciadas por menores.No quadro seguinte proce<strong>de</strong>-se a uma caracterização sumária das vítimas <strong>de</strong> agressores que protagonizaram asocorrências participadas em 200947 Participações <strong>de</strong> 2009 extraídas da base <strong>de</strong> dados estatísticos <strong>de</strong> VD (BDVD) em 31/1/2010.48 Cálculos baseados nas estimativas da população resi<strong>de</strong>nte em 2008 (Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística).49 On<strong>de</strong> a mesma fonte registou 589 ocorrências.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 148


Item Vítima Denunciado/aSexo Maioritariamente do sexo feminino (83,9%). 85,6% eram do sexo masculino.Mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> das vítimas encontrava-se noA ida<strong>de</strong> média dos/as <strong>de</strong>nunciado/as é <strong>de</strong> 39,1grupo etário dos 25 a 45 anos (55,7%), 16,9%anos. Cerca <strong>de</strong> 58,5% dos/as <strong>de</strong>nunciados/asIda<strong>de</strong>possuía entre 15 e 25 anos e 13,4% entre 45 eencontrava-se no grupo etário dos 25 a 4555 anos. A ida<strong>de</strong> média das vítimas era <strong>de</strong> 37,8anos e 19% possuía entre 45 e 55 anos.anos.Relação entre aVítima e o(a) As relações conjugais presentes ou passadas representaram cerca <strong>de</strong> 83,5% dos casos.Denunciado(a)Estado CivilHabilitaçõesliteráriasSituaçãoprofissionalNaturalida<strong>de</strong>42,2% eram solteiros/as, 36,4% eram casadasou viviam em união <strong>de</strong> facto e 14,8% eramdivorciadas.Cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> das vítimas possuíahabilitações literárias iguais ou inferiores ao 9ºano (52,7%), 26,5% possuía habilitações aonível do ensino secundário e 20,7% <strong>de</strong> nívelsuperior.A maioria das vítimas encontrava-se activa/oempregada/o (60,7%), 15,9% estavam<strong>de</strong>sempregadas/os e as restantes eramdomésticas/os, reformadas/os ou pensionistas eestudantes.70% nasceram em Portugal.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> DGAI, 2010: 2-6.40,9% eram casados/as ou viviam em união<strong>de</strong> facto, 37,1% solteiros/as e 13,3%encontravam-se divorciados/as ouse<strong>para</strong>dos/as judicialmente.58,9% dos/as <strong>de</strong>nunciados/as possuíahabilitações iguais ou inferiores ao 9º ano,cerca <strong>de</strong> 21,8% possuía habilitações ao níveldo ensino secundário e 19,3% do ensinosuperior.67,1% dos/as <strong>de</strong>nunciado/as encontrava-seactiva/o/empregada/o, 20,9% estavam<strong>de</strong>sempregadas/os.Maioritariamente (70%) nasceram emPortugal.Quadro 117. Caracterização <strong>de</strong> vítimas e agressores <strong>de</strong> ocorrências <strong>de</strong> violência doméstica, reportadas às forças <strong>de</strong>segurança do Concelho, 2009Ressalva-se, ainda, no que se refere às vítimas, que cerca <strong>de</strong> 83,4% <strong>de</strong>stas não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> economicamente dosagressores e, no atinente aos <strong>de</strong>nunciados, que maioritariamente não consomem habitualmente álcool ouestupefacientes (respectivamente, 61,0% e 87,5%).MotivoValorabsoluto% válidaConhecimento directo 35 6,7Denúncia anónima 28 5,4Informação <strong>de</strong> familiares 28 5,4Informação <strong>de</strong> vizinhos 19 3,6Outro 32 6,1Pedido da vítima 379 72,7Total 521 100,0Fonte: Adaptado <strong>de</strong> DGAI, 2010: 7.Quadro 118. Ocorrências <strong>de</strong> violência doméstica, reportadas às forças <strong>de</strong> segurança do Concelho, por motivo da intervençãopolicial, 2009Como se po<strong>de</strong> verificar, da leitura dos dados do quadro anterior, a maioria das participações são apresentadas poriniciativa da vítima. No que se refere às consequências da agressão, a maioria das vítimas (50,3%) pa<strong>de</strong>ce <strong>de</strong>ferimentos ligeiros, apenas 2,1% necessita <strong>de</strong> internamento hospitalar e 0,6 <strong>de</strong> baixa médica.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 149


No Auto <strong>de</strong> Notícia/ Denúncia Padrão <strong>de</strong> Violência Doméstica consta um campo <strong>para</strong> <strong>de</strong>scrição da ocorrência.Com base na informação aí registada e mediante a constituição <strong>de</strong> uma amostra, a DGAI proce<strong>de</strong>u à análise <strong>de</strong>conteúdo <strong>de</strong>stes dados, sistematizando, <strong>de</strong>ste modo, os elementos recolhidos e obtendo informação <strong>de</strong>talhadasobre o contexto das ocorrências registadas. Esta análise foi aplicada a uma amostra <strong>de</strong> 21.691 registos validados<strong>de</strong> violência doméstica referentes aos primeiros <strong>de</strong>z meses <strong>de</strong> 2009, o que correspon<strong>de</strong> a 71% do total <strong>de</strong> casosregistados pelas Forças <strong>de</strong> Segurança nesse ano (DGAI, 2010a: 41). No quadro seguinte encontram-seexplanados os motivos apresentados como causa da ocorrência e o tipo <strong>de</strong> violência exercida nos 402 casos<strong>de</strong>ssa amostra registados na comarca <strong>de</strong> Oeiras:Tipo <strong>de</strong> violênciaValorabsoluto% válidaFísica 184 45,9Psicológica 98 24,4Sexual 6 1,5Física e Psicológica 112 27,9Física e Sexual 1 0,2Total 401 100,0Fonte: Adaptado <strong>de</strong> DGAI, 2010: 10.Quadro 119. Ocorrências <strong>de</strong> violência doméstica, reportadas às forças <strong>de</strong> segurança do Concelho, por tipo <strong>de</strong> violênciaexercida, 2009Factor precipitanteRelacionado com estado alterado do/a <strong>de</strong>nunciado/a <strong>de</strong>vido a consumo <strong>de</strong> álcoolou drogas (não legais)Relacionado com comportamentos agressivos/violentos por parte do/a<strong>de</strong>nunciado/a <strong>de</strong>vido a doença do foro psicológicoValorabsoluto%válida73 31,915 6,6Conflitos relacionados com a custódia dos menores ou a sua educação 24 10,5Resposta do/a <strong>de</strong>nunciado/a a situação <strong>de</strong> ameaça <strong>de</strong> abandono ou abandonopor parte da vítima (se<strong>para</strong>ção em curso ou em vias <strong>de</strong> se realizar…)Resposta do/a <strong>de</strong>nunciado/a perante negação da vítima em ter relação sexual oucontacto "íntimo/próximo"Ciúme, <strong>de</strong>sconfianças relativamente à fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> da vítima, controlo (ou tentativa<strong>de</strong> controlo) dos movimentos da vítimaResposta a conhecimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia por parte da vítima às autorida<strong>de</strong>s policiaisou a terceiros (familiar, amiga, vizinha …)34 14,82 0,918 7,91 0,4Dinheiro, bens, <strong>de</strong>spesas, dívidas, <strong>de</strong>semprego 42 18,3Rotina diária 20 8,7Total 229 100,0Fonte: Adaptado <strong>de</strong> DGAI, 2010: 9.Quadro 120. Ocorrências <strong>de</strong> violência doméstica, reportadas às forças <strong>de</strong> segurança do Concelho, por motivo da ocorrência,2009Como se po<strong>de</strong> constatar, predominam a violência física (45,9% das ocorrências da amostra), a violência física epsicológica em simultâneo (27,9%) e a violência psicológica (24,4%). Curiosamente, e não obstante os<strong>de</strong>nunciados da totalida<strong>de</strong> das participações ocorridas em 2009 não consumirem habitualmente álcool ou<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 150


estupefacientes 50 , no que concerne ao motivo da agressão, a maioria das ocorrências <strong>de</strong>sta amostra (31,9%)relacionam-se com estes consumos.No quadro seguinte apresenta-se o levantamento efectuado, ao nível concelhio, pela PSP e correspon<strong>de</strong>nte àsocorrências participadas, no contexto da violência doméstica, no primeiro semestre <strong>de</strong> 2010:Esquadra N.º <strong>de</strong>QueixasMiraflores 45Oeiras 76Porto Salvo 45Carnaxi<strong>de</strong> 62Caxias 31Queijas 47Total 306Fonte: Levantamento efectuado pela PSP – Esquadra <strong>de</strong> Caxias e disponibilizado pela Divisão <strong>de</strong> Acção Social, Saú<strong>de</strong> eJuventu<strong>de</strong> da CMO em 15 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010.Quadro 121. Queixas sobre violência doméstica registadas nas Esquadras do Concelho, 2010 (1.º Semestre)De acordo com a DGAI (DGAI, 2010: 1), no primeiro semestre <strong>de</strong> 2009, foram reportadas às forças <strong>de</strong> segurança,264 ocorrências <strong>de</strong> violência doméstica, correspon<strong>de</strong>ndo estas a 49,6% das ocorrências do ano <strong>de</strong> 2009. Destemodo, e analisando períodos análogos (1.º semestre) dos anos <strong>de</strong> 2009 e 2010, po<strong>de</strong>mos afirmar que estassofreram uma variação positiva na or<strong>de</strong>m dos 16%.9.2.2 Atendimentos no Gabinete <strong>de</strong> Apoio à Vítima (Associação Portuguesa <strong>de</strong> Apoio à Vítima)Tal como já foi mencionado, também as re<strong>de</strong>s sociais e respostas da socieda<strong>de</strong> civil têm, neste âmbito, adquiridouma crescente importância, pelo que julgamos relevante analisar as características <strong>de</strong> vítimas e agressores a queestas têm acesso.A Associação Portuguesa <strong>de</strong> Apoio à Vítima (APAV) é uma Instituição Particular <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> Social e pessoacolectiva <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública, fundada em 1990 e vocacionada <strong>para</strong> o apoio à vítima, através <strong>de</strong> informação,aconselhamento, protecção e apoio emocional, jurídico, psicológico e social aos cidadãos vítimas <strong>de</strong> crime. Comdimensão nacional, é responsável pela gestão do Gabinete <strong>de</strong> Apoio à Vítima <strong>de</strong> Cascais, on<strong>de</strong>, não existindouma estrutura similar no Concelho, se dirigem os munícipes <strong>de</strong> Oeiras.De acordo com dados disponibilizados por esta entida<strong>de</strong> (APAV, 2008), entre 2006 e 2007, foram atendidos noGabinete <strong>de</strong> Apoio à Vitima <strong>de</strong> Cascais, respectivamente, 165 e 186 munícipes.Destes dados, e em relação às vítimas atendidas pela APAV, ressalva-se que: São maioritariamente do sexo feminino e têm ida<strong>de</strong>s compreendidas entre os 17 e os 64 anos (65,5%);50 Respectivamente, 61,0% e 87,5%.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 151


São, na sua maioria, casadas (47,6%) ou vivem em união <strong>de</strong> facto (20,5%); Cerca <strong>de</strong> 58% das vítimas encontravam-se empregadas e 15,4% <strong>de</strong>sempregadas. De realçar que 10%dos atendimentos não revelaram a condição perante a activida<strong>de</strong> económica.No que concerne ao perfil do agressor, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar o seguinte: É do sexo masculino e tem, igualmente, entre os 17 e os 64 anos (60%); É casado (45,9%) ou vive em união <strong>de</strong> facto (17,6%). De salientar, que se <strong>de</strong>sconhece o estado civil <strong>de</strong>cerca <strong>de</strong> 20% dos agressores; Encontra-se empregado (60%), <strong>de</strong>sconhecendo-se a situação perante a activida<strong>de</strong> económica <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong>22%; O autor do crime é, em 58,4% dos casos, o cônjuge/companheiro da vítima e o tipo <strong>de</strong> vitimização é <strong>de</strong>forma continuada (78,6%). No entanto, em apenas 33,6% dos casos <strong>de</strong>u origem a queixa/ <strong>de</strong>núncia.Por outro lado, no ano <strong>de</strong> 2008, dirigiram-se aos Gabinetes <strong>de</strong> Apoio à Vítima geridos por esta entida<strong>de</strong>, 316munícipes, representando 9,5% dos atendimentos registados na APAV (APAV, 2009: 74) e um aumento <strong>de</strong> cerca<strong>de</strong> 40% dos casos registados, por esta organização, no Concelho <strong>de</strong> Oeiras.9.2.3 Percepções da população escolar do ConcelhoA <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Oeiras promoveu, em colaboração com o INA e no âmbito do Perfil <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Concelho<strong>de</strong> Oeiras, a caracterização dos padrões <strong>de</strong> comportamentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> Oeiras. Um dos trêsrelatórios elaborados neste âmbito visava a população escolar (com mais <strong>de</strong> 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>) do Concelho, àqual foram administrados 252 inquéritos por questionário. Deste questionário fazia parte um módulo sobrecomportamentos violentos, do qual importa, no âmbito do presente documento, a análise da questão que visavaapurar se a violência doméstica era uma realida<strong>de</strong> conhecida pelos jovens, através da percepção <strong>de</strong> taiscomportamentos (Conheces casos <strong>de</strong> violência doméstica? Se sim, Na família ou Noutra família?). Os dadosapurados são os que se apresentam no quadro seguinte:Sexo Não Sim, na família Sim, noutra famíliaMasculino 86,1% 5,2% 8,7%Feminino 70,1% 5,6% 24,3%Total 77,2% 5,4% 17,4%Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INA, 2008a: 65.Quadro 122. Percepção da população escolar do Concelho sobre Violência Doméstica, 2008Assim, verifica-se que as respostas são maioritariamente coinci<strong>de</strong>ntes com o facto <strong>de</strong> não conheceremeste tipo <strong>de</strong> violência em famílias próximas (77,2%). No entanto, releva-se uma incidência significativa <strong>de</strong>fenómenos <strong>de</strong> violência doméstica, reconhecidos mais pelas raparigas. Tanto rapazes como raparigasreferem que conhecem estes casos na sua família (5,2% e 5,6%, respectivamente). Deste modo, embora<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 152


sendo um comportamento pouco <strong>de</strong>nunciado <strong>de</strong>ntro do círculo familiar, a violência doméstica está presentena vida <strong>de</strong> alguns dos jovens do Concelho.Em Resumo:Transpondo os valores nacionais <strong>para</strong> Oeiras, cerca <strong>de</strong> 38% das mulheres são alvo <strong>de</strong> violência <strong>de</strong> género,ou seja, cerca <strong>de</strong> uma em cada três mulheres é afectada por este tipo <strong>de</strong> violência. A violência físicarepresenta 22,6% do total <strong>de</strong> agressões contra mulheres, a violência sexual 19,1%, a psicológica 53,9% ea discriminação social, 52,9%. De ressalvar, ainda, neste âmbito, que uma percentagem crescente <strong>de</strong>vítimas apresenta participação à polícia quando as agressões se revestem <strong>de</strong> maior gravida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stemodo, foram registadas pelas forças policiais.Por outro lado, estima-se que, ao nível nacional, cerca <strong>de</strong> 6,4% das mulheres são vítimas <strong>de</strong> violênciadoméstica. No Concelho, registaram-se, em 2009, 533 participações <strong>de</strong>ste crime às forças policiais.Analisando períodos análogos (1.º semestre) dos anos <strong>de</strong> 2009 e 2010, po<strong>de</strong>mos afirmar que estasparticipações sofreram uma variação positiva na or<strong>de</strong>m dos 16%.As vítimas são maioritariamente do sexo feminino, tem entre os 17 e os 64 anos e são casadas ou vivemem união <strong>de</strong> facto. O autor do crime é maioritariamente o cônjuge/companheiro da vítima e o tipo <strong>de</strong>vitimização é <strong>de</strong> forma continuada (78,6%). Este é do sexo masculino, tem, igualmente, entre os 17 e os 64anos e é casado ou vive em união <strong>de</strong> facto. Ressalva-se, ainda, no que se refere às vítimas, que a gran<strong>de</strong>maioria não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> economicamente dos agressores e, no atinente aos <strong>de</strong>nunciados, quemaioritariamente não consomem habitualmente álcool ou estupefacientes.Tendo como base as participações efectuadas às forças policiais, em 2009, 43,7% das agressões forampresenciadas por menores. Acresce que, <strong>de</strong> acordo com o Perfil <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, aviolência doméstica está presente na vida <strong>de</strong> 22,8% dos jovens do Concelho.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 153


10. Grupos em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> socialA Plataforma <strong>de</strong> Acção e a Declaração <strong>de</strong> Pequim, reconhecem a pertinência do estudo da pobreza,relacionando-a com o género (ONU, 1995: 18). Efectivamente, a pobreza da mulher encontra-se, <strong>de</strong> acordocom esta plataforma, directamente relacionada com a ausência <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e autonomia económica,com a falta <strong>de</strong> acesso à educação, serviços <strong>de</strong> apoio e recursos económicos e com a sua participaçãomínima no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Por outro lado, as disparida<strong>de</strong>s baseadas no género e na repartição dopo<strong>de</strong>r económico, constituem-se como factores coadjuvantes da pobreza feminina (ONU, 1995: 18-19). É,neste contexto, conceptualizada uma <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> pobreza, no feminino, que permite apreen<strong>de</strong>r aglobalida<strong>de</strong> do fenómeno, relacionando-o, não apenas com a carência <strong>de</strong> rendimentos e recursos, masigualmente pela falta <strong>de</strong> participação no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e na participação cívica e social.Partindo <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>finição, Pereirinha (2008: 80) <strong>de</strong>terminou um conjunto <strong>de</strong> condições específicas <strong>de</strong> bemestar<strong>para</strong> as mulheres, sendo a pobreza no feminino consi<strong>de</strong>rada, por este autor, como a falta <strong>de</strong> recursose seu impacto nas várias dimensões <strong>de</strong> bem-estar (a saber: educação e formação, saú<strong>de</strong>, habitação,mercado <strong>de</strong> trabalho, recursos económicos, protecção social, família, segurança e participação social). Poroutro lado, em situação <strong>de</strong> pobreza, a condição das mulheres é mais acentuada, por estas enfrentaremdiscriminações relacionadas com a raça, o território <strong>de</strong> origem, a religião, a <strong>de</strong>ficiência, a ida<strong>de</strong> ou aorientação sexual (III <strong>Plano</strong> Nacional <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> – Cidadania e <strong>Género</strong>: 2007 - 2010).De acordo com dados disponibilizados pelo INE e incidindo sobre os rendimentos <strong>de</strong> 2008, a populaçãoresi<strong>de</strong>nte em Portugal, na sua globalida<strong>de</strong>, enfrenta um risco <strong>de</strong> pobreza <strong>de</strong> 17,9%. De relevar, que<strong>de</strong>sagregando esta taxa por sexo, esta é <strong>de</strong> 18,4% nas mulheres e <strong>de</strong> 17,3%, nos homens. Por outro lado,no caso dos adultos que vivem sós, as proporções <strong>de</strong> mulheres e <strong>de</strong> idosos com rendimentos inferiores àlinha <strong>de</strong> pobreza 51 , eram em 2008, <strong>de</strong> 30,1% e 32,7% (INE, 2010: 2).O quadro da página seguinte ilustra a variação <strong>de</strong>sta taxa, tendo em conta o sexo e o grupo etário ecom<strong>para</strong>ndo os anos entre 2005 e 2008.51 Referimo-nos a quem se situa abaixo <strong>de</strong> um limiar <strong>de</strong> pobreza <strong>de</strong>finido (pelo Eurostat), como sendo 60% dorendimento mediano.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 154


EU-SILCInquérito àsCondições <strong>de</strong>Vida eRendimentosun.Total0-17anosApós transferências sociais (1)2006 2007 2008 2009 (provisório)18-64anos65 +anos Total 0-17anos18-64anos65 +anos Total 0-17anos18-64anos65 +anos Total 0-17anosTotal % 3,95 6,21 4,51 6,36 4,12 6,95 4,55 6,61 4,27 6,80 4,49 7,64 4,40 7,26 4,72 7,33Homens % 4,69 5,67 7,33 4,82 5,26 8,11 4,77 4,96 8,98 5,06 5,26 8,87Mulheres % 3,93 4,36 6,74 4,10 4,80 6,56 4,45 4,77 8,01 4,42 4,92 7,43Após transferências relativas a pensões (2)Total % 2,93 4,88 3,38 5,29 3,23 5,67 3,65 5,82 3,12 5,44 3,31 6,82 3,36 5,55 3,65 6,47Homens % 3,52 4,07 6,19 3,70 4,23 7,38 3,64 3,83 8,27 3,73 3,96 7,59Mulheres % 2,97 3,43 5,72 3,36 3,89 5,74 3,28 3,52 7,06 3,57 3,92 6,68Antes <strong>de</strong> qualquer transferência social (3)Total % 1,76 4,42 2,58 1,14 1,96 4,98 2,91 1,15 1,78 4,90 2,52 1,09 1,99 5,06 2,84 1,21Homens % 2,20 3,11 1,48 2,37 3,39 1,66 2,13 2,91 1,58 2,32 3,12 1,72Mulheres % 1,73 2,59 1,34 1,95 3,01 1,19 1,86 2,71 1,25 2,02 3,06 1,2718-64anos65 +anosAno <strong>de</strong>Referência do2005 2006 2007 2008 (provisório)rendimentox - dado não disponível (<strong>de</strong> acordo com a metodologia aprovada <strong>para</strong> o EU-SILC, a diferenciação por sexo dos indivíduoscom menos <strong>de</strong> 18 anos não se apresenta relevante na caracterização da taxa <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> pobreza).Nota: A metodologia <strong>de</strong> construção da variável rendimento disponível sofreu alteração durante o exercício em curso, com ainclusão das pensões <strong>de</strong> planos individuais privados, introduzida pelo Eurostat. Consequentemente, em todos os quadrosapresentados, recalcularam-se todos os indicadores <strong>de</strong> forma a ter em conta esta versão mais abrangente do rendimentodisponível das famílias, que é igualmente repercutida <strong>de</strong> forma retrospectiva.(1) Inclui rendimentos do trabalho e outros rendimentos privados, pensões <strong>de</strong> velhice e sobrevivência e outrastransferências sociais.(2) Inclui rendimentos do trabalho e outros rendimentos privados, pensões <strong>de</strong> velhice e sobrevivência.(3) Inclui rendimentos do trabalho e outros rendimentos privados.Fonte: INE, 2010: 6.Quadro 123. Variação da taxa <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> pobreza, segundo o sexo e grupo etário, Portugal, entre 2006 e 2009Por outro lado, a integração da perspectiva <strong>de</strong> género na pobreza <strong>de</strong>monstra-nos que este fenómeno, não sendoneutro, é vivido <strong>de</strong> modo diferente por homens e mulheres. As mulheres são as mais atingidas pela pobreza,sendo que o grau <strong>de</strong> pobreza nestas é superior ao registado nos homens, ten<strong>de</strong>ndo, esta discrepância, aacentuar-se. Para as mulheres, as trajectórias <strong>de</strong> pobreza são mais longas, porque se encontram ligadas aos<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 155


cuidados à família e ao trabalho doméstico (Pereirinha, 2008: 3). As evidências <strong>de</strong>monstram-nos, ainda, quealguns grupos <strong>de</strong> mulheres são mais vulneráveis do que outras, falamos das jovens, das reformadas, dasportadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, das <strong>de</strong>sempregadas ou economicamente inactivas, das habitantes em zonas rurais,das que integram famílias monoparentais, das que abandonam a escola precocemente e das que não temformação profissional (Pereirinha, 2008: 4). Partindo <strong>de</strong>sta perspectiva, consi<strong>de</strong>ramos relevante, neste capítulo,analisar alguns grupos <strong>de</strong> mulheres em situação potencial <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>, ou seja, as migrantes, asportadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência e as progenitoras <strong>de</strong> famílias monoparentais, ou outras em condição <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong>extrema, como as mulheres sem-abrigo.10.1 Migrantes10.1.1 Contextualização geralPortugal tornou-se um <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> imigração, conduzindo à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> diversasproveniências, com características culturais e sociais próprias. Os primeiros movimentos migratóriossignificativos, em Portugal, tiveram início em meados dos anos sessenta, sendo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar nesta época osprovenientes <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>, que vieram colmatar necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra causadas pela emigraçãoportuguesa e pela saída <strong>de</strong> militares <strong>para</strong> as guerras coloniais. A partir <strong>de</strong> 1974, o fluxo <strong>de</strong> imigrantesprovenientes das ex-colónias intensificou-se e esten<strong>de</strong>u-se a todos os países <strong>de</strong> língua oficial portuguesa,avolumando-se a partir da década <strong>de</strong> oitenta. Actualmente, um dos grupos imigrantes com maior representaçãono nosso país é o dos brasileiros, sendo ainda significativa uma nova fase <strong>de</strong> imigração, iniciada em 2000, eproveniente <strong>de</strong> países da Europa <strong>de</strong> Leste (CIES, 2010: 25-26). Nos últimos anos, a imigração femininaaumentou substancialmente, sendo que esta não se limita ao aspecto numérico, mas caracteriza-se igualmentepela alteração <strong>de</strong> papéis tradicionalmente associados a homens e mulheres. Cada vez mais as mulheres migram<strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte à procura <strong>de</strong> trabalho e não como <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes ou ao abrigo do reagrupamento familiar(Malheiros e Padilla, 2010: 19).Em 2001 foram recenseados 226.715 indivíduos com nacionalida<strong>de</strong> estrangeira a residir em Portugal,representando 2,2% da população resi<strong>de</strong>nte (INE, 2001: 62). No ano <strong>de</strong> 2008, <strong>de</strong> acordo com dados do Serviço<strong>de</strong> Estrangeiros e Fronteiras (citado em Malheiros e Padilla, 2010: 21), residiam em Portugal 440.277estrangeiros, dos quais 48% eram mulheres, pelo que se po<strong>de</strong> afirmar que, no território português, o número <strong>de</strong>mulheres migrantes se aproxima dos valores masculinos.Da análise <strong>de</strong>sta problemática, efectuada pela organização GRAAL, que trabalha com esta população <strong>de</strong>s<strong>de</strong>2003, ressalvam os seguintes aspectos (GRAAL, s/d) no que concerne a problemáticas específicas <strong>de</strong> mulheresmigrantes: As preocupações com a educação das crianças e a prevenção dos problemas associados àssegundas gerações, <strong>de</strong>signadamente, quando os pais e mães trabalham longas horas e têm dificulda<strong>de</strong>s emacompanhar as crianças como <strong>de</strong>sejariam; As dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conciliação entre trabalho e família são tambémfrequentemente apontadas, associadas à escassez das re<strong>de</strong>s familiares e sociais <strong>de</strong> apoio; As dificulda<strong>de</strong>s noacesso à saú<strong>de</strong> reprodutiva das mulheres que se encontram em situação irregular.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 156


10.1.2 Situação no Concelho <strong>de</strong> OeirasNo Concelho <strong>de</strong> Oeiras, <strong>de</strong> acordo com o recenseamento <strong>de</strong> 2001, residiam 7.334 estrangeiros, <strong>de</strong>stes 49%eram mulheres (CIES, 2010: 244), sendo que nos provenientes <strong>de</strong> Angola, Cabo Ver<strong>de</strong>, Moçambique, São Tomée príncipe e da Ásia, se registam percentagens superiores <strong>de</strong> representação feminina, conforme <strong>de</strong>monstrado noquadro seguinte.Neste quadro, releva-se, ainda, que 60% <strong>de</strong>stes estrangeiros provinha <strong>de</strong> um país africano <strong>de</strong> língua oficialportuguesa. Os provenientes da União Europeia e do Brasil correspondiam a 15% e 14%, respectivamente(CMO, 2010a: 71). A proporção da população estrangeira a residir em Oeiras (4,7%) era, em 2001, superior àmédia nacional (2,2%), mas inferior à média observada <strong>para</strong> o total dos concelhos que compõem a Gran<strong>de</strong>Lisboa (5,2%) (CIES, 2010: 28).Países Masculino Feminino Total Relação <strong>de</strong>Masculinida<strong>de</strong>Países da UEN.º 593 494 1.087% 55 45 100120,0Países europeus fora da UEN.º 198 120 318% 62 38 100165,0AngolaN.º 472 499 971% 49 51 10094,6Cabo Ver<strong>de</strong>N.º 1.280 1.362 2.642% 48 52 10094,0Guiné-BissauN.º 227 123 350% 65 35 100184,6MoçambiqueN.º 84 109 193% 44 56 10077,1São Tomé e PríncipeN.º 81 104 185% 44 56 10077,9Outros países africanosN.º 55 46 101% 54 46 100119,6BrasilN.º 518 526 1.044% 50 50 10098,5Outros países americanosN.º 130 103 233% 56 44 100126,2ÁsiaN.º 96 104 200% 48 52 10092,3OceâniaN.º 5 5 10% 50 50 100100,00TotalN.º 3.739 3.595 7.334% 51 49 100104,0Fonte: INE, 2001 citado em CIES, 2010: 245.Quadro 124. População Imigrante no Concelho, por nacionalida<strong>de</strong>, por sexo e relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> 52 , 2001No âmbito <strong>de</strong> uma candidatura apresentada pelo Município <strong>de</strong> Oeiras, ao Alto Comissariado <strong>para</strong> a Imigração eDiálogo Intercultural (ACIDI), foi efectuado um estudo <strong>de</strong> diagnóstico e caracterização da população imigrante ei<strong>de</strong>ntificação dos seus principais problemas e contributos <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento do Município. No contexto52 Coeficiente medido em percentagem entre os efectivos populacionais do sexo masculino e os do sexo feminino.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 157


<strong>de</strong>ste estudo, foram efectuados 422 inquéritos por questionário, correspon<strong>de</strong>ntes a 422 agregados familiares,compostos por 1.318 indivíduos. Destes, 666 são mulheres e 650 homens, representando, <strong>de</strong>ste modo, umarelação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 97,6%.No quadro seguinte, encontra-se explanada a caracterização dos agregados familiares inquiridos, assim como asprincipais conclusões <strong>de</strong>ste estudo, numa óptica <strong>de</strong> género:Perfis Sociais Analisando a relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> tendo por base o país <strong>de</strong> proveniência, verificamos que no caso dosprovenientes do Brasil, esta é <strong>de</strong> 27% e no que concerne aos angolanos <strong>de</strong> 51%; 35% nasceram em território português, ou seja, são filhos ou netos <strong>de</strong> imigrantes ou provenientes <strong>de</strong> famíliasmistas; 74% estão em ida<strong>de</strong> activa (entre os 15 e os 64 anos). Destes, cerca <strong>de</strong> 31% são mulheres e têm entre 20 e 59anos; 53,4% são solteiros e 20,2% casados; A dimensão do agregado familiar mais comum é <strong>de</strong> 2 elementos (24,4%), ressalvando-se que apenas 14,9%partilham a habitação com não familiares; Existe uma maior percentagem <strong>de</strong> mulheres a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do seu trabalho (50,2%) e, em oposição, releva-se umamaior proporção <strong>de</strong> homens que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da família (37,4%) ou recebem subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego (6,2%); Verifica-se uma parcela superior <strong>de</strong> mulheres activas e uma percentagem maior <strong>de</strong> homens <strong>de</strong>sempregados,reformados ou a receber pensão; Ten<strong>de</strong>ncialmente profissões como quadros, intelectuais, científicas e intermédias, são ocupadas por homens(13,1%), assim como as ocupações laborais menos qualificadas (17,7%). As mulheres concentram-se emserviços administrativos e <strong>de</strong> vendas (44,1%) e em trabalhos não qualificados (45,2%); A situação profissional dominante é a <strong>de</strong> trabalhador por conta <strong>de</strong> outrem (84%), realçando-se, ainda, ostrabalhos domésticos não remunerados, maioritariamente <strong>de</strong>sempenhados por mulheres; As mulheres possuem maior estabilida<strong>de</strong> laboral (57% tem contrato sem termo) e a proporção <strong>de</strong> homens atrabalhar sem contrato é superior à das mulheres; Uma percentagem superior <strong>de</strong> mulheres trabalha em Oeiras (72%) e, embora a maioria dos homens tambémtrabalhe no Concelho, 46% <strong>de</strong>sloca-se a outros concelhos por motivos laborais.Condições <strong>de</strong> Vida 97% resi<strong>de</strong>m em alojamentos clássicos (apartamento ou vivenda); Apenas 14% tem casa própria, os restantes divi<strong>de</strong>m-se entre arrendamento público (49%) e privado (32%); São os homens que apresentam uma avaliação mais positiva quando questionados sobre o bairro/zona on<strong>de</strong>resi<strong>de</strong>m; A quase totalida<strong>de</strong> das famílias dispõe <strong>de</strong> máquina <strong>de</strong> lavar roupa (94%) e micro-ondas (85%). 30% possuimáquina <strong>de</strong> lavar loiça.Saú<strong>de</strong> 93% são abrangidos pelo Sistema Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>; 70% recorrem ao médico <strong>de</strong> família e 47% às urgências <strong>para</strong> obter cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; Os gastos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais frequentes são com medicamentos (72,7%).Meios <strong>de</strong> TransporteApenas 31% das famílias possui automóvel e 1,7% possui motorizada ou motociclo;Embora os transportes públicos sejam o meio <strong>de</strong> transporte maioritariamente utilizados por ambos os sexos(70%), verifica-se uma maior proporção <strong>de</strong> homens (16,1%) a possuírem carta <strong>de</strong> condução e a <strong>de</strong>slocarem-seem viatura própria.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 158


Trajectória Migratória Os homens apontam maioritariamente como motivos da migração, razões do foro laboral (34,2%) ou <strong>para</strong>acompanhar os pais (20,1%) e as mulheres, motivos laborais e reagrupamento familiar (ambos 27%). Existe umamaior proporção <strong>de</strong> mulheres que vieram <strong>para</strong> Portugal estudar; Embora a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imigração mais recorrente seja “sozinho(a), utilizando meios próprios ou familiares”(49%), releva-se que nas mulheres há um gran<strong>de</strong> peso <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> imigração “com a família” (39,2%) ou “emgrupo” (8,9%), em ambos os casos “utilizando meios próprios ou familiares”; Embora os motivos mais frequentes <strong>de</strong> migração sejam económicos e laborais, <strong>de</strong>staca-se no grupo dasmulheres os motivos que se relacionam com o reagrupamento familiar; Constata-se uma proporção superior <strong>de</strong> mulheres com situação regularizada.Cidadania Verifica-se uma maior proporção <strong>de</strong> homens a votar (49% contra 44% das mulheres); 16% dos homens e 10% das mulheres pertencem a associações da socieda<strong>de</strong> civil.Re<strong>de</strong>s Sociais e Integração Embora ambos os sexos elejam preferencialmente imigrantes da mesma nacionalida<strong>de</strong> como amigos, observaseque a re<strong>de</strong> social dos homens é mais alargada, sendo mencionados amigos portugueses do trabalho (23%)ou <strong>de</strong> outros locais (26%) e <strong>de</strong> imigrantes vizinhos <strong>de</strong> outras nacionalida<strong>de</strong>s (23%). E, no caso das mulheres,ten<strong>de</strong>m privilegiar os contextos familiares (23%) e <strong>de</strong> vizinhança (17%); É superior a proporção <strong>de</strong> homens que avalia positivamente a sua relação com os vizinhos; Os homens ten<strong>de</strong>m a fazer uma melhor avaliação do que as mulheres da sua integração em Portugal.Emprego Verifica-se uma certa continuida<strong>de</strong> entre a última profissão no país <strong>de</strong> origem e a 1.ª inserção profissional emPortugal, havendo uma certa simetria entre os sexos, que ten<strong>de</strong>m a centrar-se em trabalhos não qualificados,seguindo-se <strong>para</strong> os homens “operários e artífices” e <strong>para</strong> as mulheres “pessoal dos serviços e ven<strong>de</strong>dores”; Para obtenção do 1.º emprego, o modo mais frequentemente mencionado foi através <strong>de</strong> familiares ou amigos emambos os sexos, sendo <strong>de</strong> ressalvar que a estratégia <strong>de</strong> recorrer a um patrão português é mais usual noshomens; No atinente ao emprego actual, o método mais comum em ambos os sexos, é recorrer a um amigo da mesmaetnia ou a familiar, salientando-se que as mulheres recorrem mais que os homens a anúncios e a amigos econhecidos portugueses; Verifica-se uma maior inércia da posição ocupada no mercado <strong>de</strong> trabalho pelas mulheres, 45% <strong>de</strong>stas inseremseem trabalhos não qualificados ao chegarem a Portugal e, actualmente, 44% mantém-se nesta posição.Uso da Língua PortuguesaAs mulheres comunicam mais em português do que os homens, quando conversam com familiares ou colegas <strong>de</strong>escola. Por outro lado, os homens recorrem mais a outras línguas do que as mulheres quando conversam comamigos, familiares ou vizinhos.Conhecimento <strong>de</strong> Instituições ou ServiçosA proporção <strong>de</strong> homens que <strong>de</strong>clara conhecer serviços como repartição <strong>de</strong> finanças, centro <strong>de</strong> emprego, centro <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> e banco, e superior à <strong>de</strong> mulheres. E, embora, estes sejam os serviços que apresentam diferençasestatisticamente relevantes, todos os outros serviços mencionados são maioritariamente conhecidos pelos homens.Racismo e Discriminação Verifica-se uma percentagem superior <strong>de</strong> mulheres a sentir-se discriminada por motivos étnico-raciais emterritório nacional; Os homens ten<strong>de</strong>m a sentir-se mais discriminados em táxis, na escola (em especial pelos colegas), nos serviçospúblicos, nos bancos e nos cafés; As mulheres sentem-se mais discriminadas, nos transportes públicos, em entrevistas <strong>para</strong> emprego, emsupermercados e no arrendamento <strong>de</strong> imóveis.Comunicação SocialSão os homens que apreciam <strong>de</strong> forma mais positiva e neutra os conteúdos das peças <strong>de</strong> comunicação social sobreimigrantes. Embora uma percentagem significativa <strong>de</strong> mulheres faça uma avaliação neutra, estas ten<strong>de</strong>m amanifestar uma opinião mais <strong>de</strong>preciativa do que os homens a este respeito.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> CIES, 2010.Quadro 125. Resumo da caracterização da população imigrante resi<strong>de</strong>nte no Concelho e i<strong>de</strong>ntificação dos seusprincipais problemas, 2010No âmbito <strong>de</strong>ste estudo urge, ainda, salientar a aplicação <strong>de</strong> uma entrevista exploratória aos actores sócioinstitucionaisdo Concelho com intervenção próxima da população imigrante. Dos dados obtidos através <strong>de</strong>sta,ressalva-se, que o tipo <strong>de</strong> família dominante entre imigrantes brasileiros e europeus <strong>de</strong> leste é similar ao nosso,<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 159


ou seja, família nuclear com filhos. Nestes casos, a mulher ocupa um lugar central na gestão da vida económica,social e relacional da unida<strong>de</strong> familiar (CIES, 2010: 197-199).Por outro lado, as famílias africanas caracterizam-se por serem famílias numerosas, monoparentais ourecompostas, sendo também mencionada a possibilida<strong>de</strong> do homem manter mais do que uma família em outrosbairros ou países. Nestas, as relações familiares são hierarquizadas e, embora o po<strong>de</strong>r ainda seja atribuído aohomem, a mulher assume um crescente protagonismo social e económico, sendo o po<strong>de</strong>r, na prática, exercidopela mulher (CIES, 2010: 197-199).10.1.3 Respostas dirigidas à População ImigranteEm termos <strong>de</strong> respostas dirigidas a esta população, e como já mencionado no capítulo introdutório, ressalva-se acriação, em 2006, <strong>de</strong> três Centros Locais <strong>de</strong> Apoio à Integração <strong>de</strong> Imigrantes (CLAII), situados nas freguesias<strong>de</strong> Carnaxi<strong>de</strong>, Paço <strong>de</strong> Arcos e Porto Salvo. Regista-se, ainda, no Concelho a existência <strong>de</strong> um Posto <strong>de</strong>Atendimento a Imigrantes, situado em Algés, e gerido por uma empresa <strong>de</strong> trabalho temporário (Lusotemp).No quadro seguinte apresentam-se os atendimentos registados, em 2008, por estes espaços:CLAII N.º <strong>de</strong> utentes Masculino FemininoCarnaxi<strong>de</strong> 438 208 230Paço <strong>de</strong> Arcos 764 415 349Porto Salvo 609 398 211Posto <strong>de</strong> Atendimento a Imigrantes N.º <strong>de</strong> utentesAlgés 3.224 Não especificadoFonte: CMO e Lusotemp, 2008, citado em CMO, 2010a: 72Quadro 126. Utentes dos CLAII e do Posto <strong>de</strong> Atendimento a Imigrantes, Oeiras, 2008De ressalvar, que predominantemente recorrem aos CLAII indivíduos <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> cabo-verdiana, sendo alegalização e a regularização <strong>de</strong> documentos os motivos predominantes. No que se refere ao Posto <strong>de</strong>Atendimento a Imigrantes, e <strong>de</strong>corrente da natureza da entida<strong>de</strong> gestora, verifica-se um elevado número <strong>de</strong>atendimentos na área do trabalho, formação e emprego, sendo os imigrantes do Brasil e <strong>de</strong> alguns paísesafricanos os que mais se <strong>de</strong>stacam entre os que procuram este serviço (CMO, 2010a: 72).10.1.4 Tráfico <strong>de</strong> Seres HumanosNeste contexto, o tráfico <strong>de</strong> mulheres <strong>para</strong> prostituição é também uma das questões que surge comopreocupante, quer por estar associada a maus-tratos e privação <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, quer pelo <strong>de</strong>sconhecimento dasintenções <strong>de</strong> quem as traz <strong>para</strong> Portugal. De acordo com o sistema <strong>de</strong> monitorização <strong>para</strong> as variáveis “concelho<strong>de</strong> residência” e “concelho <strong>de</strong> trabalho das vítimas sinalizadas/i<strong>de</strong>ntificadas” do Observatório do Trafico <strong>de</strong> SeresHumanos do Ministério da Administração Interna, durante 2009, o Concelho <strong>de</strong> Oeiras não surge referenciado.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 160


Isto não significa que não possam existir situações, mas apenas que existindo as mesmas não foramreferenciadas ou são <strong>de</strong>sconhecidas das entida<strong>de</strong>s que colaboram com este Observatório.10.2 Famílias monoparentaisO conceito <strong>de</strong> “família monoparental” refere-se a uma mãe ou um pai, sem cônjuge, e com filhos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes(crianças ou jovens adultos solteiros) (Wall, 2003: 51). Os núcleos monoparentais 53 registam em Portugal, entre1991 e 2001, uma variação positiva na or<strong>de</strong>m dos 39,2%, e em todas as regiões, com <strong>de</strong>staque <strong>para</strong> osaumentos mais significativos do Algarve (80,1%) e Lisboa e Vale do Tejo (52,0%) (Leite, 2003: 33).Desagregando os núcleos familiares monoparentais em mãe com filho(s) e pai com filho(s), verifica-se que oaumento é ligeiramente maior no caso <strong>de</strong> núcleos <strong>de</strong> mãe com filho(s) (39,5% e 37,5% no caso das famíliasmonoparentais <strong>de</strong> pai com filhos) (Leite, 2003: 33).Apesar <strong>de</strong>ssas variações, os núcleos monoparentais <strong>de</strong> mãe com filho(s) continuam a apresentar uma proporçãosuperior aos <strong>de</strong> pai com filho(s) (10,0% contra 1,6%, respectivamente, do total dos núcleos, em 2001). Estadiferença entre os sexos <strong>de</strong>ve-se em parte à atribuição da custódia dos filhos à mulher após uma se<strong>para</strong>ção oudivórcio ou a seguir a um nascimento fora do casamento sem coabitação (Leite, 2003: 33). Em 2001, asproporções <strong>de</strong> núcleos monoparentais são mais elevadas, no caso dos <strong>de</strong> mãe com filho(s), em Lisboa e Vale doTejo, a proporção é <strong>de</strong> 11,1% (Leite, 2003: 33).No que se refere ao Concelho <strong>de</strong> Oeiras, estes núcleos representam 16,65% das famílias resi<strong>de</strong>ntes. Comoilustra o quadro da página seguinte, a relação <strong>de</strong> feminilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes é <strong>de</strong> 87,0%.53 Constituídos por mãe com filho(s) ou pai com filho(s).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 161


Tipo <strong>de</strong> Núcleo eEscalão Etário daPessoa da geração maisvelhaNível <strong>de</strong> Ensino da Pessoa da geração mais velhaTotalSem nível<strong>de</strong> ensinoEnsino Básico1º ciclo 2º ciclo 3º cicloEnsinoSecundárioEnsinoMédioEnsinoSuperiorPai com filhos 1 006 60 252 79 89 222 46 258Menos <strong>de</strong> 20 anos 2 - - 1 - 1 - -<strong>de</strong> 20 a 24 anos 15 - 2 5 2 4 - 2<strong>de</strong> 25 a 29 anos 18 - 2 5 4 4 - 3<strong>de</strong> 30 a 34 anos 43 - 12 6 3 16 1 5<strong>de</strong> 35 a 39 anos 75 3 11 6 6 30 2 17<strong>de</strong> 40 a 44 anos 125 3 29 9 14 35 6 29<strong>de</strong> 45 a 49 anos 150 5 40 7 10 34 3 51<strong>de</strong> 50 a 54 anos 171 2 44 12 22 40 5 46<strong>de</strong> 55 a 59 anos 124 7 32 13 9 18 8 37<strong>de</strong> 60 a 64 anos 76 10 19 2 8 9 5 23<strong>de</strong> 65 ou mais anos 207 30 61 13 11 31 16 45Mãe com filhos 6 730 470 1 668 556 762 1 545 200 1 529Menos <strong>de</strong> 20 anos 67 - 5 19 17 25 - 1<strong>de</strong> 20 a 24 anos 149 2 15 25 21 75 - 11<strong>de</strong> 25 a 29 anos 266 1 16 32 41 126 - 50<strong>de</strong> 30 a 34 anos 449 4 56 44 53 155 1 136<strong>de</strong> 35 a 39 anos 697 10 109 59 77 216 3 223<strong>de</strong> 40 a 44 anos 864 21 151 68 90 232 15 287<strong>de</strong> 45 a 49 anos 998 43 224 68 122 226 23 292<strong>de</strong> 50 a 54 anos 983 26 272 75 122 193 35 260<strong>de</strong> 55 a 59 anos 640 30 210 50 74 107 29 140<strong>de</strong> 60 a 64 anos 433 55 145 39 35 70 24 65<strong>de</strong> 65 ou mais anos 1 184 278 465 77 110 120 70 64Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2002: 96.Quadro 127. Núcleos familiares monoparentais do Concelho, por sexo, ida<strong>de</strong> e nível <strong>de</strong> ensino da geração mais velha, 2001Como já foi referido, 87% <strong>de</strong>stes agregados são geridos por mulheres. Destas, a maioria (51,4%) temhabilitações iguais ou inferiores ao 9.º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, 23,0% possui habilitação secundária e as restantes(25,6%) habilitação média ou superior. Por outro lado, 42,27% tem entre 40 e 54 anos e cerca <strong>de</strong> 18,0%, tem 65ou mais anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.10.3 População com <strong>de</strong>ficiência10.3.1 CaracterizaçãoEm 2001 residiam no Continente, 290.081 mulheres com <strong>de</strong>ficiência, que correspondiam a 2,9% da populaçãototal, a 5,7% da população feminina e a 47,3% da população com <strong>de</strong>ficiência (INR, 2009: 11).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 162


Conforme ilustra o quadro seguinte, no mesmo ano, residiam no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, 10.309 indivíduosportadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, representando 6,4% da população resi<strong>de</strong>nte. Destes, 49,8% pertenciam ao sexofeminino.População População Resi<strong>de</strong>nte comUnida<strong>de</strong>Por SexoResi<strong>de</strong>nteDeficiênciaGeográficaNúmero Número % Masculino FemininoOeiras 162 128 10 309 6,4 5 178 5 131Gran<strong>de</strong> Lisboa 1 947 261 125 381 6,4 63 791 61 590Fonte: INE, 2001.Quadro 128. População com Deficiência, resi<strong>de</strong>nte no Concelho e Gran<strong>de</strong> Lisboa , por sexo, 2001Como po<strong>de</strong>mos verificar no quadro seguinte, a relação <strong>de</strong> feminilida<strong>de</strong> é significativamente relevante nosindivíduos com <strong>de</strong>ficiência sem grau atribuído. No que se refere ao tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, nas mulheres predominaa visual e outro tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, enquanto que nos homens é manifestamente superior a <strong>de</strong>ficiência mental.Grau <strong>de</strong>DeficiênciaTotal Auditiva Visual Motora MentalParalisia OutraCerebral DeficiênciaHM %M HM %M HM %M HM %M HM %M HM %M HM %M5425 52,9 1204 51,5 1951 52,2 971 56,7 279 54,8 48 40,0 972 52,4Sem grauatribuídoInferior a 30% 655 35,9 91 31,9 147 47,6 192 28,1 41 34,1 9 33,3 175 37,1De 30 a 59% 733 42,7 102 37,3 125 48,0 209 42,1 60 46,7 16 43,8 221 41,6De 60 a 80% 2594 49,7 194 46,4 216 55,6 684 42,0 161 50,3 50 46,0 1289 53,4Superior a 902 46,9 68 50,0 122 48,4 246 42,7 118 42,4 86 34,9 262 55,380%Total 10309 49,8 1659 48,9 2561 51,9 2302 47,1 659 49,5 209 39,2 2919 51,4Fonte: Adaptado <strong>de</strong> INE, 2001.Quadro 129. População com Deficiência, resi<strong>de</strong>nte no Concelho, segundo o tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, o grau <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>atribuído, por sexo, 200110.3.2 Respostas sociais na área da <strong>de</strong>ficiênciaOperam no Concelho <strong>de</strong> Oeiras seis entida<strong>de</strong>s vocacionadas <strong>para</strong> a <strong>de</strong>ficiência, no quadro seguinte encontramse<strong>de</strong>scritas, <strong>de</strong> forma sumária, as respostas que estas oferecem, o número <strong>de</strong> beneficiários e munícipes emlista <strong>de</strong> espera, assim como a freguesia on<strong>de</strong> se encontram implementadas:<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 163


Instituição Utentes Lista <strong>de</strong>EsperaCasa <strong>de</strong>BetâniaCerciOeiras 455Centro NunoBelmar CostaFundaçãoLigaAssociação<strong>de</strong> Surdos daLinha <strong>de</strong>CascaisAssociação“QuantumSatis”23 Não disponível.60 munícipes e136 resi<strong>de</strong>ntesdos concelhoslimítrofes <strong>para</strong>CAO e UR.82 Não disponível.31Nãodisponível.2 munícipes<strong>para</strong> FormaçãoProfissional.Respostas SociaisLar Resi<strong>de</strong>ncial, Apartamento <strong>de</strong>Vida Autónoma e Centro <strong>de</strong>Recursos Social.Intervenção Precoce, Escola <strong>de</strong>Educação Especial, Activida<strong>de</strong>sTerapêuticas e <strong>de</strong> Tempo Livres,Centro <strong>de</strong> Recursos <strong>para</strong> aInclusão, Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>sOcupacionais (CAO), Unida<strong>de</strong>Resi<strong>de</strong>ncial (UR) e Serviço <strong>de</strong>Apoio Domiciliário.Lar Resi<strong>de</strong>ncial, Centro <strong>de</strong>Activida<strong>de</strong>s Ocupacionais ePousada <strong>de</strong> Férias.Intervenção Precoce, Centro <strong>de</strong>Recursos <strong>para</strong> a Educação,Escola <strong>de</strong> Ensino Especial,Centro <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>Tempos Livres e FormaçãoProfissional.FreguesiaOeiras e SãoJulião da BarraQueijasBarcarenaOeiras e SãoJulião da BarraNão se<strong>de</strong>ada noConcelho, maspresta apoio aosresi<strong>de</strong>ntesmencionados.Não disponível. Não disponível. Paço <strong>de</strong> Arcos10 Não disponível. Centro <strong>de</strong> Dia.Oeiras e SãoJulião da BarraFonte: Adaptado <strong>de</strong> CMO, 2010a: 69-71 e dados fornecidos pela Divisão <strong>de</strong> Acção Social Saú<strong>de</strong> e Juventu<strong>de</strong>/Núcleo <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da CMO, em 5 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010.Quadro 130. Respostas Sociais na área da Deficiência no Concelho, 201010.3.3 Projectos do Município <strong>de</strong> OeirasNa área do apoio aos portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, além do apoio prestado às entida<strong>de</strong>s que trabalham junto <strong>de</strong>stapopulação, o Município <strong>de</strong> Oeiras <strong>de</strong>senvolve alguns projectos que visam melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e permitira integração social dos munícipes <strong>de</strong>ficientes. A edilida<strong>de</strong> dispõe, entre outras iniciativas, <strong>de</strong> um Serviço <strong>de</strong>Transporte Adaptado a portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência. Durante o Verão, possibilita o acesso e mobilida<strong>de</strong> na praia,através da disponibilização <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> praia anfíbias, que possibilitam banhos <strong>de</strong> mar e <strong>de</strong>slocações naareia a indivíduos com mobilida<strong>de</strong> reduzida (Projecto "Praia Acessível").Salienta-se, ainda, a implementação um projecto, em parceria com a empresa Mota & Engil, que visa aeliminação <strong>de</strong> barreiras arquitectónicas em habitações (Projecto "Oeiras sem Barreiras"). De <strong>de</strong>stacar, também,a disponibilização <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> atendimento a munícipes portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência e suas famílias (SIM-PD); a distribuição <strong>de</strong> cabazes alimentares no Natal a famílias carenciadas do Concelho e <strong>de</strong> brinquedos,recolhidos na mesma época, a entida<strong>de</strong>s do Concelho, que posteriormente os entregam a famílias sinalizadas; e,na área do emprego e formação profissional, a comparticipação em bolsas <strong>de</strong> estágio aos alunos do ExternatoAlfred Binnet e as medidas <strong>de</strong> emprego protegido.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 164


Releva-se, ainda, o funcionamento do Serviço <strong>de</strong> Transporte Adaptado anteriormente mencionado, quetransporta diariamente 13 indivíduos portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, dos quais cerca <strong>de</strong> 46% pertencem ao sexofeminino.Finalmente, <strong>de</strong>staca-se o Enclave <strong>de</strong> Emprego Protegido. Neste âmbito, o Município <strong>de</strong> Oeiras estabeleceu como Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional, um Acordo <strong>de</strong> Cooperação, homologado em Dezembro <strong>de</strong> 2001pelo Exmo. Senhor Secretário <strong>de</strong> Estado do Trabalho e Formação, <strong>para</strong> a criação <strong>de</strong> um Enclave <strong>de</strong> EmpregoProtegido. Este programa visa o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma activida<strong>de</strong> útil e remunerada, beneficiando <strong>de</strong> medidasespeciais <strong>de</strong> apoio e possibilitando a valorização pessoal e profissional das pessoas com <strong>de</strong>ficiência, possuamcapacida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> trabalho igual ou superior a 1/3 (66,6%) da capacida<strong>de</strong> normal exigida a um trabalhadornão <strong>de</strong>ficiente no mesmo posto <strong>de</strong> trabalho, facilitando sempre que possível a sua passagem <strong>para</strong> o mercadonormal <strong>de</strong> trabalho. Neste sentido, prevê um Estágio com a duração <strong>de</strong> 9 meses, com três momentos <strong>de</strong>avaliação efectuada pelos Técnicos da Equipa <strong>de</strong> Enquadramento. Findo o período <strong>de</strong> estágio e mediante umaavaliação <strong>de</strong> competências favorável, o estagiário terá a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> celebrar um Contrato a TermoResolutivo Certo, em regime <strong>de</strong> emprego protegido, conforme previsto no Acordo <strong>de</strong> Cooperação.No quadro seguinte encontra-se explanada a distribuição por sexos dos participantes neste Enclave, nos anos<strong>de</strong> 2008 e 2009:Ano 2008 2009Sexo/ Vinculo Estagiários Contratados Estagiários ContratadosHomens 2 2 4 2Mulheres 0 1 1 0Total 2 3 5 2Quadro 131. Participantes no Enclave <strong>de</strong> Emprego Protegido integrados no Munícipio, 2008 e 2009Seguidamente apresentamos a reflexão efectuada no âmbito do Diagnóstico Social <strong>de</strong> Oeiras, sobre asvulnerabilida<strong>de</strong>s existentes neste domínio no Concelho <strong>de</strong> Oeiras (CMO, 2010a: 71):Insuficiência <strong>de</strong> equipamento/ respostas, nomeadamente, ao nível <strong>de</strong> Lar Resi<strong>de</strong>ncial, Serviço <strong>de</strong> ApoioDomiciliário e respostas diversas <strong>de</strong> apoio à família;Reduzido número <strong>de</strong> recursos humanos indiferenciados nas instituições;Insuficiência <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> transporte adaptado;Dificulda<strong>de</strong>s nas condições <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> pessoas com mobilida<strong>de</strong> reduzida;Dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inserção profissional e sensibilização das entida<strong>de</strong>s empregadoras;Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> uma política estratégica <strong>para</strong> a <strong>de</strong>ficiência.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 165


10.4 População sem abrigo10.4.1 Contextualização geralDe acordo com a Estratégia Nacional <strong>para</strong> a Integração <strong>de</strong> Sem Abrigo, consi<strong>de</strong>ra-se pessoa sem abrigo, aquelaque, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da nacionalida<strong>de</strong>, ida<strong>de</strong>, sexo, condição sócio-económica, saú<strong>de</strong> física e mental seencontre sem tecto ou sem casa (2009: 15).Como já vimos, o fenómeno da pobreza não é neutro, atingindo mais as mulheres do que os homens, pelasespecificida<strong>de</strong>s da sua participação na vida familiar, económica e social. A pobreza conduz à exclusão que, emúltima análise, acarreta a forma mais extrema <strong>de</strong>sta, a situação <strong>de</strong> sem-abrigo (Martins, 2007: 26).Embora o fenómeno dos sem-abrigo seja predominantemente masculino, estudos realizados <strong>de</strong>monstram que,apesar do número <strong>de</strong> mulheres nesta situação não ser muito representativo, ele tem vindo a aumentar nasúltimas décadas (Martins, 2007: 61). Uma possível justificação <strong>para</strong> que estes números não sejam maisrelevantes, po<strong>de</strong>rá relacionar-se com as características <strong>de</strong>ste fenómeno no feminino. Culturalmente, ten<strong>de</strong>mos aconsi<strong>de</strong>rar que a rua é pertença dos homens, pelo que as mulheres em situação <strong>de</strong> sem-abrigo se encontram“mais escondidas” em casa <strong>de</strong> amigos ou <strong>de</strong> familiares ou, em casos extremos, em casas abandonadas oubarracas (Martins, 2007: 61).Sendo, <strong>de</strong>ste modo, um fenómeno com contornos específicos no que se relaciona com o género e estandointimamente relacionado com ele, também as causas sociais que conduzem as mulheres à situação <strong>de</strong> semabrigo,são diversas das que conduzem os homens. Deste modo, estas causas relacionam-se com avulnerabilida<strong>de</strong> económica inerente ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> família patriarcal, às dificulda<strong>de</strong>s relacionadas com o acesso àhabitação e ao mercado <strong>de</strong> trabalho e com dinâmicas familiares e afectivas, como a maternida<strong>de</strong> precoce e aviolência doméstica (Martins, 2007: 60-68).10.4.2 Situação dos sem-abrigo em OeirasAo nível do Concelho, o primeiro levantamento formal da população em análise foi realizado pela então Divisão<strong>de</strong> Assuntos Sociais da CMO em 1998. Na altura, os serviços envolvidos i<strong>de</strong>ntificaram, no total 43 situações noConcelho, com maior concentração nas freguesias <strong>de</strong> Oeiras e São Julião da Barra e Algés.Em Outubro <strong>de</strong> 2004, no âmbito <strong>de</strong> um estudo nacional levado a cabo pelo Instituto <strong>de</strong> Segurança Social, Oeiraspromoveu um recenseamento à população sem abrigo e registou 6 casos no Concelho (CESIS, 2000: 85). Por<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 166


outro lado, em Janeiro <strong>de</strong> 2009, foram reportadas 54 45 pessoas em situação <strong>de</strong> sem-tecto (CMO, 2010a: 73). E,em Setembro <strong>de</strong> 2009, foram sinalizados 39 indivíduos que se encontravam em situação <strong>de</strong> sem abrigo, dosquais 36 eram homens e 3 eram mulheres, e um número in<strong>de</strong>finido <strong>de</strong> pessoas a morar em alojamentosprecários e/ou temporários.As problemáticas mais representadas encontram-se, sobretudo, relacionadas com problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> física,problemas psiquiátricos e, em alguns casos, consumo regular <strong>de</strong> álcool (CMO, 2010a: 73).10.4.3 Respostas sociais <strong>para</strong> a população sem-abrigoNo Concelho <strong>de</strong> Oeiras existem duas organizações vocacionadas <strong>para</strong> a problemática da população sem abrigo:A Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> Oeiras, através do Projecto Mãos Dadas <strong>para</strong> a Vida, e o Instituto <strong>de</strong>Prevenção e Tratamento da Dependência Química e Comportamentos Compulsivos (IDEQ) (CMO, 2010a: 73).O projecto “Mãos Dadas <strong>para</strong> a Vida” funciona em Algés e Paço <strong>de</strong> Arcos e tem uma capacida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> 48utentes. Este projecto presta apoio psicossocial, alimentação, higiéne pessoal, tratamento <strong>de</strong> roupas e treino <strong>de</strong>competências pessoais e sociais. No entanto, não assegura o período nocturno.Por outro lado, o trabalho do IDEQ, levado a cabo por uma Equipa <strong>de</strong> Rua, tem permitido efectuar omapeamento dos casos nas visitas aos locais <strong>de</strong> permanência e pernoita e, quando possível, proce<strong>de</strong>r aoencaminhamento <strong>para</strong> centros <strong>de</strong> <strong>de</strong>sabituação e comunida<strong>de</strong>s terapêuticas.54 Pelos serviços da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Oeiras, do Instituto da Segurança Social, do IDEQ – Instituto <strong>de</strong> Prevenção eTratamento da Dependência Química e Comportamentos Compulsivos e da Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> Oeiras.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 167


Em Resumo:A pobreza da mulher encontra-se, <strong>de</strong> acordo com a Plataforma <strong>de</strong> Acção e a Declaração <strong>de</strong> Pequim,directamente relacionada com a ausência <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e autonomia económica, com a falta <strong>de</strong> acessoà educação, serviços <strong>de</strong> apoio e recursos económicos e com a sua participação mínima no processo <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão. Por outro lado, estimado o risco <strong>de</strong> pobreza <strong>para</strong> a população resi<strong>de</strong>nte (com base em dados <strong>de</strong>2008), constata-se que este é <strong>de</strong> 17,9%. Desagregando esta taxa por sexo, esta é <strong>de</strong> 18,4% nas mulherese <strong>de</strong> 17,3%, nos homens. Salienta-se, ainda, que alguns grupos <strong>de</strong> mulheres são mais vulneráveis do queoutras. Falamos <strong>de</strong> beneficiárias <strong>de</strong> apoios sociais e grupos <strong>de</strong> mulheres em situação <strong>de</strong> potencialvulnerabilida<strong>de</strong>, ou seja, as migrantes, as portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência e as progenitoras <strong>de</strong> famíliasmonoparentais, ou em condição <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong> extrema, como as mulheres sem-abrigo. No Concelho <strong>de</strong>Oeiras, <strong>de</strong> acordo com o recenseamento <strong>de</strong> 2001, residiam 7.334 estrangeiros, <strong>de</strong>stes 49% erammulheres. Partido do estudo <strong>de</strong> diagnóstico e caracterização da população imigrante efectuado noConcelho <strong>de</strong> Oeiras, e analisando a relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong> tendo por base o país <strong>de</strong> proveniência,verificamos que no caso dos provenientes do Brasil esta é <strong>de</strong> 27% e no que concerne aos angolanos <strong>de</strong>51%. Constata-se, ainda, uma proporção superior <strong>de</strong> mulheres com a situação regularizada. Emboraambos os sexos elejam preferencialmente imigrantes da mesma nacionalida<strong>de</strong> como amigos, observa-seque a re<strong>de</strong> social dos homens é mais alargada, sendo mencionados amigos portugueses do trabalho ou <strong>de</strong>outros locais e <strong>de</strong> imigrantes vizinhos <strong>de</strong> outras nacionalida<strong>de</strong>s. E, no caso das mulheres, ten<strong>de</strong>m aprivilegiar os contextos familiares e <strong>de</strong> vizinhança. Verifica-se uma percentagem superior <strong>de</strong> mulheres asentir-se discriminada por motivos étnico-raciais em território nacional. Estas sentem-se maisdiscriminadas, nos transportes públicos, em entrevistas <strong>para</strong> emprego, em supermercados e noarrendamento <strong>de</strong> imóveis. São os homens que apreciam <strong>de</strong> forma mais positiva e neutra os conteúdos daspeças <strong>de</strong> comunicação social sobre imigrantes. Embora uma percentagem significativa <strong>de</strong> mulheres façauma avaliação neutra, estas ten<strong>de</strong>m a manifestar uma opinião mais <strong>de</strong>preciativa do que os homens a esterespeito. Em 2001, residiam no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, 10.309 indivíduos portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência,representando 6,4% da população resi<strong>de</strong>nte. Destes, 49,8% pertencem ao sexo feminino. A relação <strong>de</strong>feminilida<strong>de</strong> é significativamente relevante nos indivíduos com <strong>de</strong>ficiência sem grau atribuído. No que serefere ao tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, nas mulheres predomina a visual e outro tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, enquanto que noshomens é manifestamente superior a <strong>de</strong>ficiência mental. Embora o fenómeno dos sem-abrigo sejapredominantemente masculino, estudos realizados <strong>de</strong>monstram que, apesar do número <strong>de</strong> mulheres nestasituação não ser muito representativo, ele tem vindo a aumentar nas últimas décadas.Em Setembro <strong>de</strong> 2009, foram sinalizados em Oeiras 39 indivíduos que se encontravam em situação <strong>de</strong>sem abrigo, dos quais 36 eram homens e 3 eram mulheres, e um número in<strong>de</strong>finido <strong>de</strong> pessoas a morarem alojamentos precários e/ou temporários. As problemáticas mais representadas encontram-se,sobretudo, relacionadas com problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> física, problemas psiquiátricos e, em alguns casos,consumos regulares <strong>de</strong> álcool.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 168


11. Cultura e <strong>de</strong>sporto11.1 CulturaA cultura revela-se uma área fundamental nas questões <strong>de</strong> (<strong>de</strong>s)igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género já que, em Portugal, asmulheres são as principais consumidoras <strong>de</strong> pr odutos culturais. São, em particular, a maioria do público emespectáculos <strong>de</strong> dança, em concertos <strong>de</strong> música (popular/contemporânea e clássica/erudita), na ópera e noteatro, sendo, igualmente, a maioria dos leitores <strong>de</strong> livros (Perista, 2005: 20). O Inquérito à Ocupação do Tempo<strong>de</strong>monstra que, no caso <strong>de</strong> espectáculos <strong>de</strong> dança e <strong>de</strong> teatro, a opção é claramente feminina (INE, 2001a:122).Como se po<strong>de</strong> observar no quadro seguinte, tanto no que se refere à capitação das <strong>de</strong>spesas correntes e <strong>de</strong>capital por habitante, como em relação à percentagem <strong>de</strong> investimento em cultura e <strong>de</strong>sporto no orçamento total,Oeiras apresenta valores superiores à média da Gran<strong>de</strong> Lisboa, mas inferiores à média nacional.CorrentesCapitalTotalFonte: INE, 2009a: 84.Despesas Medida PortugalDespesa em cultura e <strong>de</strong>sporto no total <strong>de</strong><strong>de</strong>spesasGran<strong>de</strong>LisboaOeiras€ por habitante 51,4 39,2 47,6Milhares <strong>de</strong>Euros546 019 79 545 8 182€ por habitante 29,9 10,3 12,5Milhares <strong>de</strong>Euros317 789 20 873 2 149€ por habitante 81,3 49,5 60,1Milhares <strong>de</strong>Euros863 808 100 418 10 330% 10,8 7,4 7,6Quadro 132. Despesas das <strong>Câmara</strong>s Municipais com Cultura e Desporto, no Concelho, na Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal,2008No quadro da página seguinte apresenta-se um esboço dos hábitos <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> cultura e <strong>de</strong>sporto, fornecidopela Carta <strong>de</strong> Cultura do Concelho <strong>de</strong> Oeiras (CMO, 2007: 50-53), e que teve por base um inquérito porquestionário realizado em 2004, no âmbito <strong>de</strong> um estágio curricular proposto pelo Centro <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong>Geografia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa 55 .De relevar a boa pontuação atribuída às activida<strong>de</strong>s culturais, <strong>de</strong> lazer e <strong>de</strong>sportiva <strong>de</strong>senvolvidas, massobretudo, ao património cultural construído.55 Este estudo teve como amostra 1.394 inquéritos a maiores <strong>de</strong> 16 anos, representando 1% da população eenvolvendo <strong>de</strong> forma proporcional as 10 freguesias.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 169


Fonte: CMO, 2007: 51.Quadro 133. Hábitos <strong>de</strong> Consumo no Concelho, 2004No que concerne ao Concelho <strong>de</strong> Oeiras, a estratégia / política cultural do Município, assenta basicamente emtrês eixos: em primeiro lugar, o serviço à comunida<strong>de</strong> que, através <strong>de</strong> iniciativas regulares nas diversas áreas <strong>de</strong>expressão artística – Música, Dança, Teatro, Moda, Artes Plásticas, Performativas e Animações Infantis –procura envolver e contar com a cada vez maior participação dos vários públicos. Um segundo eixo reporta-se ànecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> planear o aprofundamento das diversas linguagens artísticas, <strong>de</strong>signadamente das suas opçõesmais vanguardistas. Por último, um terceiro eixo, a que po<strong>de</strong>ríamos chamar <strong>de</strong> arte das massas, procura atrair aalguns espaços abertos e ao ar livre, gran<strong>de</strong>s assistências.Preten<strong>de</strong>u o Município, <strong>de</strong>ste modo, promover uma política <strong>de</strong> “Cultura <strong>para</strong> todos”, ou seja, fomentar o acesso<strong>de</strong> todos à Cultura, <strong>de</strong> forma directa, <strong>de</strong>senvolvendo projectos, ou indirecta, apoiando os agentes culturais.Com este intuito, foram realizadas, em 2009, 263 acções <strong>de</strong> âmbito cultural (excluindo as organizadas pelosagentes culturais), que orçaram em 13.865.000€, tendo sido introduzidas novida<strong>de</strong>s com um novo Ciclo <strong>de</strong>Música Antiga e o Ciclo “Sonorida<strong>de</strong>s”. Na área das artes plásticas, realizaram-se 27 exposições, com 19 novosartistas e, nas artes do espectáculo, foram 61 os artistas que pela primeira vez estiveram no Concelho.No quadro seguinte encontra-se resumida a activida<strong>de</strong> cultural do Município, nesse ano, no que concerne aeventos organizados ou apoiados pela CMO e, concretamente, o número <strong>de</strong> eventos e o público, por áreas:<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 170


Área Número <strong>de</strong> Eventos Número <strong>de</strong> BeneficiáriosAnimações Infantis 29 2.097Artes Visuais 27 36.240Dança 7 2.312Teatro 79 15.738Música 127 24.368Festas do Concelho 53 Não Contabilizado.Festas <strong>de</strong> Natal 4 6.700Activida<strong>de</strong>s Pontuais 6 540Fonte: Dados disponibilizados pela Divisão <strong>de</strong> Cultura e Turismo da CMO em 4 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2010.Quadro 134. Participantes em Activida<strong>de</strong>s Culturais promovidas pelo Municipío, 2009Não se encontrando os dados <strong>de</strong>sagregados por sexo, não se torna possível a caracterização dos públicos emOeiras em termos <strong>de</strong> género. Ressalva-se, no entanto, que no mesmo ano, o Centro <strong>de</strong> Arte Colecção Manuel<strong>de</strong> Brito, em Algés, teve um total <strong>de</strong> 19.377 visitantes, dos quais 10.928, ou seja, 56,4%, pertence ao sexofeminino.No que se refere aos frequentadores <strong>de</strong> bibliotecas, os dados recolhidos evi<strong>de</strong>nciam, que estes constituem 15%dos portugueses (INE, 2001a: 124) e <strong>de</strong>stes 51,3% são mulheres 56 .A Divisão <strong>de</strong> Bibliotecas, Documentação e Informação da CMO mantém uma intervenção proactiva ao nível daconsolidação da importância das bibliotecas municipais, no contexto das políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento social ecultural do Município. A comprovar esta situação, <strong>de</strong>staca-se o relevante investimento nas funções social,cultural e educativa que a Biblioteca <strong>de</strong>ve assumir na socieda<strong>de</strong> actual, representado pela criação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong>extensão bibliotecária, pelo reforço da programação infantil e pelo aumento da diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> acções<strong>de</strong> formação, quer nas áreas das literacias <strong>de</strong> informação e digitais, quer da mediação da leitura.Ainda neste âmbito, importa <strong>de</strong>stacar o esforço empreendido na qualificação dos espaços funcionais, dosserviços e das colecções, assim como no atendimento, acolhimento e encaminhamento dos públicos, no sentido<strong>de</strong> uma maior personalização e eficácia. Importa, ainda, <strong>de</strong>stacar a consolidação dos projectos apostados naformação: Copérnico (Infoliteracia e Enigma) e Centro Oeiras a Ler (promoção da leitura, formação <strong>de</strong>mediadores), cujo impacto junto da comunida<strong>de</strong> merece relevância.É ainda fundamental <strong>de</strong>stacar a consolidação do trabalho realizado com os públicos infantis, público assumidocomo prioritário, através <strong>de</strong> projectos como o Viagens por Entre Linhas, Riscos & Rabiscos, Sábados Animadose Oeiras a Ler em Família, os quais se materializam num conjunto vasto e articulado <strong>de</strong> acções com carácter56 Percentagem calculada com base no número <strong>de</strong> mulheres que respon<strong>de</strong>u “Com frequência” e “Algumas vezes” aoInquérito à Ocupação do Tempo e adaptado <strong>de</strong> INE, 2001a: 151-154.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 171


egular e abordagem continuada e implicam uma aposta forte na relação com os jardins-<strong>de</strong>-infância e com asescolas, quer através dos educadores e professores, quer em cooperação com as Bibliotecas Escolares (BE).Ainda <strong>para</strong> o público infantil e familiar, merecem <strong>de</strong>staque os eventos Pijama às Letras, que ocorre nas trêsbibliotecas e a Noite <strong>de</strong> Natal na Biblioteca.Para os públicos jovens e adulto, os projectos Café com Letras, Histórias <strong>de</strong> Ida e Volta (formação <strong>de</strong> contadorese Festival Ondas <strong>de</strong> Contos), Al<strong>de</strong>ia Global (Conversas e Exposições) continuam a fi<strong>de</strong>lizar e a conquistar novose diferentes perfis <strong>de</strong> públicos, dando provas da sua versatilida<strong>de</strong> e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilização. De realçar,ainda, o Torneio Oeiras Internet Challenge, evento que articula investigação e componente lúdica,proporcionando aos participantes a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r com o potencial das tecnologias através <strong>de</strong><strong>de</strong>safios <strong>de</strong> pesquisa e selecção <strong>de</strong> informação na web.No quadro seguinte encontram-se expressas as estatísticas <strong>de</strong> entradas, empréstimos e participantes emprojectos <strong>de</strong>senvolvidos pelas Bibliotecas Municipais, não se encontrando os dados <strong>de</strong>sagregados por sexos,não po<strong>de</strong>mos constactar se Oeiras segue a tendência nacional <strong>de</strong> predominância do sexo feminino.IniciativaNúmeroEntradas 14 248Empréstimo <strong>de</strong> documentos 132 913Participantes em activida<strong>de</strong>s fora <strong>de</strong> portas 2 500Fonte: CMO, 2009, Relatório e Conta <strong>de</strong> Gerência.Quadro 135. Utentes das Bibliotecas Municipais e participantes nas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas, 200911.2 Desporto11.2.1 Contextualização geralO Desporto assume extrema importância, não só pelo impacto que tem no <strong>de</strong>senvolvimento das capacida<strong>de</strong>sinterpessoais, como também pela consolidação do bem-estar físico e psíquico que proporciona.O Conselho da Europa <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que o <strong>de</strong>sporto <strong>de</strong>ve ser acessível a todas as pessoas e respeitar as diferentesexpectativas e capacida<strong>de</strong>s, e a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> práticas, sejam elas <strong>de</strong> lazer ou <strong>de</strong> competição, individuais oucolectivas. Em consonância, a lei constitucional portuguesa (artigo 79.º) reconhece o direito <strong>de</strong> todos àactivida<strong>de</strong> física e ao <strong>de</strong>sporto, e impõe, aos po<strong>de</strong>res instituídos, por si mesmos ou em parceria, a obrigação <strong>de</strong>promover, estimular, orientar e apoiar a prática da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva.Nesta prossecução, a Lei <strong>de</strong> Bases da Activida<strong>de</strong> Física e do Desporto, consagra uma visão integrada einclusiva do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sportivo, promovendo a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, sem <strong>de</strong>scriminações<strong>de</strong>rivadas do género, da <strong>de</strong>ficiência ou da proveniência cultural ou étnica.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 172


De acordo com o programa do governo 57 , importa manter a estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do <strong>de</strong>sporto que foiseguida nos últimos anos, promovendo a generalização da prática <strong>de</strong>sportiva, apostando na oferta <strong>de</strong>sportiva emproximida<strong>de</strong> e numa acessibilida<strong>de</strong> real dos cidadãos à prática do <strong>de</strong>sporto e da activida<strong>de</strong> física, através <strong>de</strong>infra-estruturas e equipamentos a<strong>de</strong>quados.Mais e melhor <strong>de</strong>sporto <strong>para</strong> mais cidadãos continuará a significar ter por objectivo a generalização da prática<strong>de</strong>sportiva, a formar na escola e a <strong>de</strong>senvolver no movimento associativo, garantindo igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso àsactivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas sem discriminações sociais, físicas ou <strong>de</strong> género.Reportando-nos, novamente, ao Inquérito à Ocupação do Tempo (INE, 2001a: 156), verificamos que apenascerca <strong>de</strong> 25% da população, com mais <strong>de</strong> 15 anos, pratica activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas. Destes, apenas 33,8% sãomulheres. Reforçando esta i<strong>de</strong>ia, <strong>de</strong> acordo com o perfil <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> traçado <strong>para</strong> o Concelho <strong>de</strong> Oeiras (INA,2008), tanto em ida<strong>de</strong> escolar como em adultas, as mulheres ten<strong>de</strong>m a praticar menos exercício físico do que oshomens. Efectivamente, a maioria dos estudos sobre a participação <strong>de</strong>sportiva <strong>de</strong> adolescentes, revela-nos queas raparigas são fisicamente menos activas do que os rapazes, sendo que esta diferença ten<strong>de</strong> a agravar-se(Cruz, 2006:5).Por outro lado, <strong>de</strong> acordo com o Instituto <strong>de</strong> Desporto <strong>de</strong> Portugal, apenas 22% dos praticantes fe<strong>de</strong>rados sãomulheres. Destas, as modalida<strong>de</strong>s preferidas são o futebol (35%), o an<strong>de</strong>bol (6%), o basquetebol (5%) e ovoleibol (5%) (INE, 2008b: 20).11.2.2 O Desporto no Concelho <strong>de</strong> OeirasNa actualida<strong>de</strong>, a gestão e a organização tornaram-se instrumentos necessários em todos os sectores daactivida<strong>de</strong>. A socieda<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>sporto evoluíram rapidamente estando cada vez mais competitivas e entre elasestá a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva da responsabilida<strong>de</strong> das autarquias, que evoluiu significativamente neste últimosanos.Com a Lei n.º 159/99, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Setembro, que estabelece o quadro <strong>de</strong> transferências <strong>de</strong> atribuições ecompetências <strong>para</strong> as Autarquias Locais, preten<strong>de</strong>-se que sejam as <strong>Câmara</strong>s Municipais a gerirem os seusespaços <strong>de</strong>sportivos, tal como incrementar e <strong>de</strong>senvolver a prática <strong>de</strong>sportiva das populações que li<strong>de</strong>ram.No Concelho <strong>de</strong> Oeiras, o acesso generalizado da população à prática <strong>de</strong>sportiva, o apoio ao associativismo<strong>de</strong>sportivo, a realização <strong>de</strong> eventos, o incremento das instalações <strong>de</strong>sportivas e a promoção das modalida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>sportivas formais, são os cinco pilares nos quais assenta a actuação que preconiza a política <strong>de</strong> fomento57 Consultado em www.portugal.gov.pt (em 9 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 173


<strong>de</strong>sportivo da CMO. Desta forma, e uma vez que estas áreas não po<strong>de</strong>m ser interpretadas ou concretizadasse<strong>para</strong>damente, existe um conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sígnios que as consubstanciam e interligam e que norteiam aactivida<strong>de</strong> da edilida<strong>de</strong>. Para a prossecução dos objectivos anteriores, contribui o facto <strong>de</strong> Oeiras dispor <strong>de</strong> umasérie <strong>de</strong>equipamentos <strong>de</strong>sportivos, distinguindo-se, neste contexto, a seguinte re<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos vocacionados <strong>para</strong>a prática <strong>de</strong>sportiva, individualmente ou em grupo:Tipologia <strong>de</strong> Equipamento N.º ObservaçõesEspaços Ar Livre 35 Dos quais: 1 Pista <strong>de</strong> Atletismo e 2 Piscinas.Espaços Cobertos 40 20 Pavilhões Polivalentes, 2 Salas <strong>de</strong> Desporto e 18 Piscinas.Equipamentos DesportivosDos quais: Complexo Desportivo do Jamor, Piscina do Sport22EspeciaisAlgés e Dafundo e Pavilhão Desportivo <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Miraflores.Ginásios e Health Clubes 22 Maior <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> nas freguesias <strong>de</strong> Oeiras e Algés.Outros Espaços Desportivos 94Clubes e Associações 80Maior <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> nas freguesias <strong>de</strong> Oeiras, Linda-a-Velha,Carnaxi<strong>de</strong> e Porto Salvo.Colectivida<strong>de</strong>s Desportivas 69Sócios 34000Atletas 10000Em 62 modalida<strong>de</strong>s, sendo as mais significativas: o Atletismo, aGinástica, o Futsal, o Karaté e o Futebol <strong>de</strong> 11.Fonte: Adaptado <strong>de</strong> CMO, 2005.Quadro 136. Equipamentos e Agentes Desportivos do Concelho, 2005Deste modo, po<strong>de</strong>mos aferir que existem no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, 213 espaços vocacionadas <strong>para</strong> a prática<strong>de</strong>sportiva, dos quais cerca <strong>de</strong> 69% permitem a sua prática informal. Existem, ainda, 80 Clubes e AssociaçõesDesportivas, que reúnem 34.000 sócios e envolvem 10.000 atletas em 62 modalida<strong>de</strong>s (CMO, 2005: 19-20). Poroutro lado, no ano <strong>de</strong> 2009, a Divisão <strong>de</strong> Desporto da edilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolveu 237 activida<strong>de</strong>s que contaram com86.282 participações (<strong>de</strong> acordo com o Relatório e Conta <strong>de</strong> Gerência <strong>de</strong> 2009), não se encontrando, no entanto,disponíveis os dados <strong>de</strong>sagregados por sexo.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 174


Em Resumo:Em Portugal as mulheres são as principais consumidoras <strong>de</strong> produtos culturais. São, em particular amaioria do público em espectáculos <strong>de</strong> dança, em concertos <strong>de</strong> música, na ópera e no teatro, sendo,igualmente, a maioria dos leitores <strong>de</strong> livros. No caso <strong>de</strong> espectáculos <strong>de</strong> dança e <strong>de</strong> teatro a opção éclaramente feminina. Por outro lado, os frequentadores <strong>de</strong> bibliotecas constituem 15% dos portugueses e<strong>de</strong>stes 51,3% são mulheres.No caso do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, em 2009, realizaram-se 332 acções <strong>de</strong> índole cultural que contaram com88.000 participantes, e as Bibliotecas Municipais envolveram nas suas activida<strong>de</strong>s cerca <strong>de</strong> 150.000indivíduos, no entanto, não foi possível <strong>de</strong>sagregar estes públicos em termos <strong>de</strong> género. O Centro <strong>de</strong> ArteColecção Manuel <strong>de</strong> Brito, em Algés, teve em 2009, um total <strong>de</strong> 19.377 visitantes, dos quais 10.928, ouseja, 56,4%, pertence ao sexo feminino.Existem no Concelho <strong>de</strong> Oeiras, 213 espaços vocacionadas <strong>para</strong> a prática <strong>de</strong>sportiva, dos quais cerca <strong>de</strong>69% permitem a sua prática informal. Existem, ainda, 80 Clubes e Associações Desportivas, que reúnem34.000 sócios e envolvem 10.000 atletas em 62 modalida<strong>de</strong>s. Também no que se refere às participaçõesnas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas na área do Desporto, não foi possível obter informações <strong>de</strong>sagregadas porsexo.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 175


12. Cidadania12.1. Governância e participaçãoO Desenvolvimento Sustentável foi <strong>de</strong>finido, pela Comissão Mundial <strong>para</strong> o Ambiente e Desenvolvimentoda Assembleia Geral das Nações Unidas 58 , como “o progresso humano que satisfaça as necessida<strong>de</strong>s easpirações da geração presente, sem comprometer a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerações futuras satisfazerem assuas necessida<strong>de</strong>s”, o que subenten<strong>de</strong> a equitativa distribuição da riqueza e a protecção do ambiente enos conduz aos três pilares da sustentabilida<strong>de</strong>: Económico, Social e Ambiental. Tendo este conceitoimplicito um compromisso <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> com as gerações futuras, pressupõe, entre outros aspectos, aforma como os recursos disponíveis são geridos no presente.Assim, o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do modo como interagem as suas dimensões e setraduzem no espaço do território, que, por sua vez, <strong>de</strong>riva do processo <strong>de</strong> planeamento estratégico doterritório em causa. Deste modo, a governância é o conjunto <strong>de</strong> processos, envolvendo hierarquia,proximida<strong>de</strong> e mudança, que coor<strong>de</strong>nam or<strong>de</strong>ns, tendo em vista a geração <strong>de</strong> dinâmicas societais eorganizacionais (Reis, 2009: 90) 59 . E, a boa governância é baseada em cinco princípios: abertura,participação, responsabilização, eficácia e coerência (CCE, 2001: 11) 60 , favorecendo, <strong>de</strong>ste modo, aarticulação entre as três dimensões supracitadas.No Concelho <strong>de</strong> Oeiras, a questão da governância <strong>de</strong> sido abordada <strong>de</strong> forma sistémica e integrando asvárias vertentes da sustentabilida<strong>de</strong>, tendo como principal estratégia promover a participação. Deste factoé exemplo a experiência da Agenda da Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oeiras 61 que, no seu processo <strong>de</strong> construção,implementação e avaliação procurou envolver os principais stakehol<strong>de</strong>rs (agentes locais, colaboradores,municipes, entre outros) e uma experiência conducente à aplicação do orçamento participativo <strong>de</strong> Oeiras.Agenda da Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> OeirasA Agenda 21 Local <strong>de</strong> Oeiras – Oeiras XXI, foi aprovada pela CMO em 2000 e o seu relatório finalpublicado em 2001. A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> levar a cabo a sua revisão foi tomada em 2004, enquadrada na58 Através do Relatório “O Nosso Futuro Comum”, 1987.59 REIS, Isaura, 2009, Governância da Educação em Portugal: O local e os modos <strong>de</strong> regulação da oferta educativa (2ºe 3º ciclos do ensino básico e ensino secundário) (Tese <strong>de</strong> Doutoramento em Educação), Covilhã: Universida<strong>de</strong> daBeira Interior.60 Comissão das Comunida<strong>de</strong>s Europeias, 201, Governança Europeia – Um Livro Branco, Bruxelas.61 Que tem como vectores, on<strong>de</strong> se encontram ancorados os projectos motores: o Ambiente, o Social, a Economia, aGovernância e o Territoório.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 176


necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> revisão do <strong>Plano</strong> Director <strong>Municipal</strong> (PDM) <strong>de</strong> Oeiras, enten<strong>de</strong>ndo-se a Agenda Oeiras XXIcomo um mecanismo fundamental <strong>para</strong> o estabelecimento <strong>de</strong> objectivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento territorialsustentável no quadro do PDM.Uma das etapas centrais da revisão da Agenda 21 Local <strong>de</strong> Oeiras e da re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> propostas foi apromoção da sua avaliação, ancorada num intenso processo participativo, concretizado através <strong>de</strong> cincosessões participativas temáticas, correspon<strong>de</strong>ntes aos cinco vectores <strong>de</strong>ste instrumento, e por uma sessãoparticipativa global <strong>para</strong> discussão da nova proposta <strong>de</strong> agenda. Estas sessões <strong>de</strong>correram entreSetembro <strong>de</strong> 2007 e Junho <strong>de</strong> 2008 e contaram com 240 participantes, com um total <strong>de</strong> 388 presenças,sendo o número médio <strong>de</strong> presença por pessoa <strong>de</strong> 1,6 62 (CMO, 2008: 20). O quadro seguinte, on<strong>de</strong> seapresenta a distribuição dos participantes por sexo, <strong>de</strong>monstra a predominância do sexo feminino nestassessões:Sexo N.º <strong>de</strong> Participantes PercentagemMasculino 95 39,6Feminino 145 60,4Quadro 137. Participantes nas Sessões Participativas da Revisão da Oeiras XXI, por sexo, 2007 e 2008Experiência Piloto <strong>de</strong> Orçamento ParticipativoO Orçamento Participativo é uma das formas <strong>de</strong> participação dos cidadãos na gestão dos Municípios.Através <strong>de</strong>ste, os munícipes po<strong>de</strong>m indicar quais as áreas <strong>de</strong> intervenção da edilida<strong>de</strong> que consi<strong>de</strong>ramprioritárias <strong>para</strong> o ano seguinte e po<strong>de</strong>rão apresentar propostas concretas.As propostas são então analisadas tecnicamente pelos serviços municipais competentes e transformadasem projectos concretos <strong>de</strong> investimento, integrados na proposta <strong>de</strong> orçamento e plano <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>smunicipal, até ao valor anualmente estipulado. O Município <strong>de</strong> Oeiras, após análise <strong>de</strong> boas práticas noâmbito do orçamento participativo, adoptadas por outras autarquias, lançou em 2009 o primeiro momento<strong>de</strong> participação dos cidadãos no orçamento municipal, com carácter experimental. O período <strong>de</strong>participação <strong>de</strong>correu durante o mês <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2009, mediante resposta a questionário anónimo online,aberto a todos os cidadãos eleitores que se relacionam com o Município <strong>de</strong> Oeiras, sejam resi<strong>de</strong>ntes,estudantes, trabalhadores ou representantes do movimento associativo, empresarial ou restantesorganizações da socieda<strong>de</strong> civil.O questionário compreendia três módulos:62 <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Oeiras, 2008, Agenda da Sustentabilida<strong>de</strong> <strong>para</strong> Oeiras 2008-2013, Oeiras, CMO.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 177


oooO primeiro dos quais referente às propostas, on<strong>de</strong> era solicitado aos participantes que indicassemas áreas prioritárias <strong>de</strong> intervenção municipal e respectivo investimento, assim como indicassem oseu grau <strong>de</strong> satisfação relativamente ao trabalho <strong>de</strong>senvolvido pela edilida<strong>de</strong>;O segundo, on<strong>de</strong> era avaliado o processo, nomeadamente, através da forma como os participantestomaram conhecimento do orçamento participativo, os motivos <strong>de</strong> participação e a sua utilida<strong>de</strong><strong>para</strong> o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão municipal;Finalmente, no terceiro módulo procedia-se à caracterização do participante em termos <strong>de</strong>:localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> residência, ida<strong>de</strong>, sexo, grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e tempo <strong>de</strong> residência no Concelho.Foram obtidos através <strong>de</strong>ste método 38 questionários válidos, a distribuição dos participantes por sexo foia que se apresenta no quadro seguinte, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se constata um equilíbrio em termos <strong>de</strong> sexos, visto que44,7% dos pertencem ao sexo feminino e 55,3% ao masculino.Freguesia <strong>de</strong> Residência /SexoFemininoSexoMasculinoTotalAlgés 2 1 3Carnaxi<strong>de</strong> 1 0 1Linda-a-Velha 1 2 3Paço <strong>de</strong> Arcos 2 3 5Barcarena 1 4 5Oeiras e São Julião da Barra 6 9 15Caxias 1 1 2Queijas 2 1 3Outra (Cascais) 1 0 1Total 17 21 38Quadro 138. Participantes na experiência-piloto <strong>de</strong> Orçamento Participativo do Município, por sexo e freguesia <strong>de</strong>residência, 200912.2 Participação políticaApenas com a instauração da <strong>de</strong>mocracia, ocorrida aquando da revolução do 25 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1974, foramabolidas todas as restrições relacionadas com a capacida<strong>de</strong> eleitoral, nomeadamente, as baseadas nosexo 63 . Posteriormente, a Constituição da República Portuguesa reconheceu, o sufrágio “universal, igual esecreto e reconhecido a todos os cidadãos maiores <strong>de</strong> 18 anos… que consittui um <strong>de</strong>ver cívico” (CRP,1976, artigo 49.º). Ainda assim, e apesar da Lei Constitucional prever <strong>de</strong>ste 1976 o Prinícipio da63 Através do Decreto-lei n.º 621/A-1974, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 178


<strong>Igualda<strong>de</strong></strong> 64 , apenas na sua 4.º revisão, datada <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1997, este documento passou aprever como tarefa fundamental do Estado (artigo 9.º), a promoção da igualda<strong>de</strong> entre homens e mulheres.Por outro lado, também nesta revisão da CRP (1997) passou a estar explicito, no que se refere àparticipação política dos cidadãos, a promoção da igualda<strong>de</strong> do exercício <strong>de</strong> direitos cívicos e políticos e anão discriminação em função do sexo no acesso a cargos políticos. Deste modo, as últimas três décadasmarcaram uma evolução sem prece<strong>de</strong>ntes ao nível dos direitos <strong>de</strong> participação, políticos e sociais.Verifica-se actualmente, ao nível nacional, uma reduzida <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género em relação ao exercíciodo voto (BAUM e ESPÍRITO-SANTO, 2004 cit in. MARTINS e TEIXEIRA, 2005: 22). No entanto, apesar daaprovação em 2006 da Lei da Parida<strong>de</strong> 65 , relativamente à participação em campanhas eleitorais verificase,também ao nível nacional, uma maior participação dos homens do que das mulheres (MARTINS eTEIXEIRA, 2005: 26).Neste âmbito, a composição dos órgãos autárquicos no Concelho <strong>de</strong> Oeiras refletem uma fracarepresentação feminina, conforme se po<strong>de</strong> aferir no quadro seguinte:CírculosHomens (n.º) Mulheres (n.º) Taxa <strong>de</strong> Feminização (%) Total (n.º)ASSEMBLEIA MUNICIPAL 21 12 36,36 33CÂMARA MUNICIPAL 7 4 36,36 11JUNTAS DE FREGUESIAAlgés 7 6 46,15 13Barcarena 10 3 23,08 13Carnaxi<strong>de</strong> 10 3 23,08 13Caxias 8 5 38,46 13Cruz Quebrada/ Dafundo 10 3 23,08 13Linda-a-Velha 10 3 23,08 13Oeiras e São Julião da Barra 13 6 31,58 19Paço <strong>de</strong> Arcos 9 4 30,77 13Porto Salvo 9 4 30,77 13Queijas 8 5 38,46 13Fonte: Comissão Nacional <strong>de</strong> Eleições, consultada em: http://eleicoes.cne.pt/ em 14 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2010.Quadro 139. Taxa <strong>de</strong> feminização no executivo camarário, assembleia municipal e juntas <strong>de</strong> freguesia do Concelho,201064 através do qual “ninguém po<strong>de</strong> ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado <strong>de</strong> qualquer direito ou isento <strong>de</strong>qualquer <strong>de</strong>ver em razão <strong>de</strong> ascendência, sexo, raça, lingua, terriotório <strong>de</strong> origem, religião, convicções políticas oui<strong>de</strong>ológicas, instrução, situação económica ou condição social” (CRP, 1976, artigo 13º).65 Lei Orgânica nº 3/2006 <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> Agosto, que prevê uma representação mínima <strong>de</strong> 33,3% <strong>de</strong> cada um dos sexos naslistas (artigo 2.º).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 179


12.3 Participação Cívica e Associativismo JuvenilDe acordo com a Constituição da República Portuguesa fazer parte <strong>de</strong> uma associação é um direito <strong>de</strong>todos. Por outro lado, fazer parte <strong>de</strong> uma associação possibilita dinamizar e empreen<strong>de</strong>r <strong>de</strong>terminadosobjectivos em grupo, tendo em vista a prossecução <strong>de</strong> um objectivo em comum.A expressão associativismo <strong>de</strong>signa, por um lado, a prática social da criação e gestão das associações(organizações providas <strong>de</strong> autonomia e <strong>de</strong> órgãos <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>mocrática: assembleia geral, direcção,conselho fiscal) e, por outro lado, a apologia ou <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>ssa prática <strong>de</strong> associação, enquanto processonão lucrativo <strong>de</strong> livre organização <strong>de</strong> pessoas (os sócios) <strong>para</strong> a obtenção <strong>de</strong> finalida<strong>de</strong>s comuns.O associativismo, enquanto forma <strong>de</strong> organização social, caracteriza-se pelo seu carácter, normalmente,<strong>de</strong> voluntariado, por reunião <strong>de</strong> dois ou mais indivíduos usado como instrumento da satisfação dasnecessida<strong>de</strong>s individuais humanas (nas suas mais diversas manifestações).A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> associação é aberta aos jovens, através da sua integração em associações juvenis, quese preten<strong>de</strong> que sejam encaradas como escolas <strong>de</strong> cidadania. Deste modo, o associativismo juvenilcontribui <strong>para</strong> a capacitação dos jovens, no que se refere ao exercicio <strong>de</strong> uma cidadania activa einterventiva, constituindo-se como espaços <strong>de</strong> participação e promovendo o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>competências <strong>para</strong> o exercício da participação cívica na ida<strong>de</strong> adulta.Um estudo efectuado em 2005, no âmbito do Instituto Português da Juventu<strong>de</strong> e da empresa Marktest,abrangendo jovens dos 15 aos 30 anos, conclui que 41,5% <strong>de</strong>stes jovens elegem o <strong>de</strong>semprego como asua principal preocupação, 30,6% o custo <strong>de</strong> habitação própria, 26,8% o acesso ao primeiro emprego e20% o acesso ao ensino secundário (Marktest, 2005: 7). No entanto, apenas cerca <strong>de</strong> 86,4% <strong>de</strong>stes jovensparticipam em grupos cívicos, sociais ou políticos (Marktest, 2005: 13) 66 .Por outro lado, um estudo efectuado pelo Instituto <strong>de</strong> Ciências Sociais da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, em 2005(Ferreira, 2005) 67 , permitiu a caracterização <strong>de</strong> dois perfis <strong>de</strong> variáveis distintos no que concerne aouniverso associativo juvenil. Assim, os associados são maioritariamente do sexo masculino, solteiros, como ensino médio e superior, estudantes e religiosos. Por outro lado, os não associados, evi<strong>de</strong>nciam um nívelmais baixo <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, conjugalmente coabitantes, do sexo feminino e <strong>de</strong> classes assalariadas(Ferreira, 2005: 9). Os dados sugerem a reprodução <strong>de</strong> um padrão tradicional, traduzido numa mais fortepropensão masculina <strong>para</strong> a esfera associativa, que ten<strong>de</strong> a distribuir-se por todos os tipos <strong>de</strong> participaçãoe se <strong>de</strong>staca na participação <strong>de</strong> âmbito <strong>de</strong>sportivo (Ferreira, 2005: 11).66 Consultado em: recursos.juventu<strong>de</strong>.gov.pt/IPJ_Observatorio.pdf em 26 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2010.67 FERREIRA, Pedro, Coord., 2005, O Associativismo e a Cidadania Política, Lisboa, Instituto <strong>de</strong> Ciências Sociais daUniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 180


Os agentes juvenis do Concelho <strong>de</strong> Oeiras <strong>de</strong>senvolvem um trabalho <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevo, junto dosmunícipes, esforço este reconhecido pela edilida<strong>de</strong>. É fundamental que o papel <strong>de</strong>stes organismos não selimite à prossecução <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carácter meramente funcional, mas sobretudo que se traduza numadinâmica <strong>de</strong> programação regular, com a execução sistemática e avaliação das suas activida<strong>de</strong>s,<strong>de</strong>senvolvendo, duma forma mais qualificada, a participação cívica e voluntária dos jovens e contribuindo<strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento do Concelho.De acordo com dados recolhidos <strong>para</strong> a Carta Social do Concelho <strong>de</strong> Oeiras (CMO, 2009), estasassociações, e sem contabilizar as associações <strong>de</strong> estudantes do ensino básico, secundário e superior,tem na totalida<strong>de</strong> 5.050 jovens inscritos, sendo o número médio <strong>de</strong> associados mais elevado nasassociações <strong>de</strong> cariz genérico (em média 275 associados).Seguidamente se caracterizam, em termos <strong>de</strong> sexo, os sócios e corpos sociais das associações juvenissediadas no Concelho <strong>de</strong> Oeiras.SóciosNo atinente à distribuição dos associados por sexo, e conforme ilustra o quadro seguinte, a situação <strong>de</strong>stasassociações é mais ou menos equilibrada, 27% das associações tem predominantemente associados dosexo masculino, 36% do sexo feminino e 35% das associações inquiridas afirmam que os seus associadossão equilibradamente <strong>de</strong> ambos os sexos.Escuteiros,Escoteiros eGuiasAssociaçõesligadas àParóquiaAAEE doEnsino Básicoe SecundárioAAEE doEnsinoSuperiorOutrasAssociaçõesTotaisCaracterização dos Associados, sexo mais frequenteMasculino 3 0 0 3 5 11Feminino 6 3 2 1 3 15Ambos 7 1 3 0 6 17Fonte: CMO, 2009, dados não editados.Quadro 140. Associações Juvenis do Concelho, caracterização dos Associados, por sexo, 2009<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 181


Participação nos órgãos sociaisO quadro seguinte ilustra a participação dos jovens nos órgãos sociais (Assembleia-geral, Direcção eConselho Fiscal), no caso das associações Juvenis, e das chefias <strong>de</strong> agrupamento, no que se refere aosagrupamentos <strong>de</strong> escuteiros e guias, das associações sediadas no Concelho. Conforme se po<strong>de</strong> verificarda sua leitura, Oeiras segue a tendência <strong>de</strong> fraca participação feminina na vida associativa local, com umataxa <strong>de</strong> feminilida<strong>de</strong> geral na or<strong>de</strong>m dos 34,46%.Tipo Associação/ Sexo Masculino Feminino % Feminilida<strong>de</strong>Associações Juvenis 79 44 29,73Guias e Escuteiros 18 7 4,73Subtotais 97 51 34,46Total 148 100,00Fonte: Elementos fornecidos pelo Núcleo <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong> da Divisão <strong>de</strong> Acção Social, Saú<strong>de</strong> e Juventu<strong>de</strong> da CMO, em27 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2010.Quadro 141. Associações Juvenis do Concelho, membros nos órgãos sociais <strong>de</strong> associações juvenis, por sexos erespectiva taxa <strong>de</strong> feminilida<strong>de</strong>, 2009Comissão <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong>O Município <strong>de</strong> Oeiras promoveu, em 1997, a institucionalização da Comissão <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong>como órgão <strong>de</strong> consulta que congrega todas as associações <strong>de</strong> jovens do Concelho <strong>de</strong> Oeiras. EstaComissão preten<strong>de</strong> promover o incremento do Associativismo Juvenil e constituir-se como um projectonovo que visa a união e afirmação dos jovens na nossa comunida<strong>de</strong>, num espírito <strong>de</strong>mocrático e pluralista,que consagra o direito à diferença.O seu Plenário é composto por um representante <strong>de</strong> cada organização partidária <strong>de</strong> juventu<strong>de</strong>, ao nívelconcelhio, pertencentes aos partidos políticos com representação na Assembleia <strong>Municipal</strong> e umrepresentante (inscrito) <strong>de</strong> cada associação juvenil do Concelho (inclusive Grupos <strong>de</strong> Escuteiros e Guias eAssociações <strong>de</strong> Estudantes). É, ainda composta por um elemento da <strong>Câmara</strong> (Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong><strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Oeiras ou, por <strong>de</strong>legação, um seu representante) e um representante eleito <strong>de</strong> cadaFreguesia.Tratando-se <strong>de</strong> um órgão que congrega associações <strong>de</strong> jovens representativas dos vários sectores da vidajuvenil concelhia, consi<strong>de</strong>rou-se pertinente analisar a sua composição que, como ilustra o quadro seguinte,traduz, mais uma vez a fraca participação feminina no âmbito da participação cívica.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 182


Tipo Associação/ Sexo Masculino Feminino % Feminilida<strong>de</strong>Associações Juvenis 15 7 15,22Associações <strong>de</strong> Estudantes 6 3 6,52Juventu<strong>de</strong>s Partidárias 3 1 2,17Juntas <strong>de</strong> Freguesia 10 0 0,00Subtotais 34 11 23,91Total 45 100,00Fonte: Elementos fornecidos pelo Núcleo <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong> da Divisão <strong>de</strong> Acção Social, Saú<strong>de</strong> e Juventu<strong>de</strong> da CMO, em27 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2010.Quadro 142. Membros da Comissão <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong> e respectiva taxa <strong>de</strong> feminilida<strong>de</strong>, 2009<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 183


PARTE IIIA situação da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género nas organizações do ConcelhoEm termos metodológicos, como já foi referido anteriormente, e com o objectivo <strong>de</strong> elaborar um prédiagnósticoda situação da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> no Concelho, foi entendido como pertinente proce<strong>de</strong>r auma auscultação <strong>de</strong> actores-chave da comunida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> se incluem Juntas <strong>de</strong> Freguesia, Escolas,Organizações da Socieda<strong>de</strong> Civil e Empresas. Para o efeito, foi construído um questionário que espelhouvárias áreas temáticas <strong>de</strong> análise, no âmbito das dimensões da sustentabilida<strong>de</strong>, especificamente:emprego, acessibilida<strong>de</strong>s e transportes, conciliação entre vida pessoal e familiar e vida profissional,habitação, cultura, <strong>de</strong>sporto e lazer, saú<strong>de</strong>, serviços sociais, violência <strong>de</strong> género, Políticas Municipais,participação na vida pública e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e cooperação transnacional.Em termos operacionais, e <strong>para</strong> a sua aplicação, optou-se por recorrer a meios privilegiados <strong>de</strong> contactocom os interlocutores chave, como a Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> Oeiras e os serviços camarários com competênciasnas áreas acima mencionadas.No total foram recolhidos 31 questionários, representando uma taxa <strong>de</strong> retorno <strong>de</strong> 21%, que consi<strong>de</strong>ramosuma proporção bastante favorável.Assim, serão apresentados sumariamente, os dados apurados.1. Diagnóstico Concelhio, na perspectiva dos agentes locaisQuestionados acerca da sua percepção da realida<strong>de</strong> concelhia em termos <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, osdados apurados <strong>de</strong>monstram que, a maioria (64,5%) dos inquiridos consi<strong>de</strong>ra que existem situações <strong>de</strong><strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>.Frequência %Respostas válidas Não 9 29,0Sim 20 64,5Total 29 93,5Respostas não válidas Ns/ Nr 2 6,5Total 31 100,0Quadro 143. Percepções gerais acerca da existência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s no Concelho, segundo osagentes locaisNeste âmbito, procurou-se, ainda, associar as respostas afirmativas, à percepção <strong>de</strong> evolução dofenómeno. Conforme o quadro seguinte explana, uma percentagem significativa consi<strong>de</strong>ra que assituações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género têm-se mantido constantes no território <strong>de</strong> Oeiras.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 184


Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Têm aumentado 3 9,7 16,7Têm-se mantido constantes 8 25,8 44,4Têm diminuído 7 22,6 38,9Total 18 58,1 100,0Respostas não válidas Não se Aplica 8 25,8Ns/ Nr 5 16,1Total 31 100,0Quadro 144. Percepção da evolução <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s no Concelho, segundo os agentes locaisAinda no campo da percepção, foi solicitado aos inquiridos que manifestassem a sua opinião face aafirmações indicadas no questionário.AfirmaçõesAs <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> género noacesso ao emprego têmdiminuído.A representação dos doisgéneros nas profissõesencontra-se equilibrada.Os equipamentos <strong>de</strong> apoio àfamília existentes no Concelhosão suficientes.As situações <strong>de</strong> violência <strong>de</strong>género no Concelhodiminuíram.As acessibilida<strong>de</strong>s e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>transporte do Concelhofacilitam a conciliação entrevida pessoal, familiar eprofissional.DiscordocompletamenteDiscordoConcordoConcordoplenamenteTotal Ns/Nr Total1 9 17 4 31 0 313 19 8 1 31 0 317 13 10 1 31 0 313 14 9 2 28 3 314 8 15 3 30 1 31Quadro 145. Percepção relativamente às temáticas do emprego, conciliação, violência e acessibilida<strong>de</strong>s, segundo os agenteslocaisPela distribuição acima verifica-se que os inquiridos percepcionam algum equilíbrio no acesso ao emprego,posicionando-se <strong>de</strong> forma equitativa no que diz respeito às acessibilida<strong>de</strong>s e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte doConcelho e <strong>de</strong> forma negativa nas restantes afirmações proferidas.Seguidamente, foi solicitado aos inquiridos que i<strong>de</strong>ntificassem as principais características do Concelhoque, na sua opinião, condicionam <strong>de</strong> forma positiva ou negativa, uma efectiva <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>.Como positivo, foi indicada com maior frequência a forte implantação <strong>de</strong> empresas, a qualida<strong>de</strong> dasmesmas e postos <strong>de</strong> trabalho associados. Foram igualmente mencionados os elevados níveis <strong>de</strong><strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 185


qualificação dos munícipes por com<strong>para</strong>ção com dados nacionais, bem como a aposta na formação. Adisponibilida<strong>de</strong> e pró-activida<strong>de</strong> camarária <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectos que contribuam <strong>para</strong> aredução das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um plano estratégico <strong>para</strong> uma efectiva IG foram aspectosapontados como favoráveis. Com menor expressão foram, ainda, mencionados outros aspectos como asinfraestruturas/ equipamentos existentes e as acessibilida<strong>de</strong>s.Como fragilida<strong>de</strong>s ou pontos fracos e no que respeita às re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio, é mencionada com maiorfrequência a ausência <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> apoio às famílias com um período <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> acordocom os horários <strong>de</strong> trabalho, falta <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>stinados à infância, insuficiência da re<strong>de</strong> <strong>de</strong>equipamentos <strong>de</strong>stinados à 3ª ida<strong>de</strong> e inexistência <strong>de</strong> respostas a nível <strong>de</strong> equipamentos na área da saú<strong>de</strong>mental.No que concerne à posição das mulheres no mercado <strong>de</strong> trabalho é referida uma vulnerabilida<strong>de</strong> que seencontra relacionada com diversos factores: com o facto <strong>de</strong> terem mais dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> conciliar a carreiracom a vida familiar, com a <strong>de</strong>svantagem profissional subsequente, com os próprios valores e culturaorganizacionais, entre outros aspectos.São ainda indicados constrangimentos relacionados com: valores societais, em geral; acessibilida<strong>de</strong>s;existência <strong>de</strong> bairros sociais não promotores <strong>de</strong> uma igualda<strong>de</strong> efectiva; e, ainda, com um elevado número<strong>de</strong> famílias monoparentais.2. Diagnóstico organizacional, na perspectiva dos agentes locaisNo âmbito da participação da organização nas questões <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, foram questionadas asentida<strong>de</strong>s sobre o <strong>de</strong>senvolvimento ou apoio a iniciativas dirigidas à comunida<strong>de</strong>. A maioria dos inquiridos(80%) respon<strong>de</strong>u afirmativamente.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 24 77,4 80,0Não 6 19,4 20,0Total 30 96,8 100,0Respostas não válidas Ns/ Nr 1 3,2Total 31 100,0Quadro 146. Organização <strong>de</strong> iniciativas <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, no contexto da organização, segundo os agenteslocais<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 186


Questionados sobre a tipologia <strong>de</strong> iniciativas <strong>de</strong>senvolvidas ou apoiadas, apurou-se, <strong>de</strong> uma formal geral,um maior número <strong>de</strong> respostas negativas. São mais comuns as acções <strong>de</strong> sensibilização, a promoção dacontinuida<strong>de</strong> do percurso escolar, a promoção e prevenção da saú<strong>de</strong> e o acesso e utilização <strong>de</strong>instalações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto e lazer.Sim Não Não se AplicaAcções <strong>de</strong> sensibilização 9 4 1Parcerias comunitárias 6 7 1Iniciativas que assegurem a continuida<strong>de</strong> e sucesso do percurso escolar das crianças 9 4 1do sexo feminino e do sexo masculinoCriação e manutenção <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio social e entreajuda familiar 3 10 1Iniciativas <strong>de</strong> promoção e prevenção da saú<strong>de</strong> dirigidas a mulheres e a homens 9 4 1Acesso e utilização <strong>de</strong> instalações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto e lazer promovendo activida<strong>de</strong>s 7 6 1inclusivas (dirigidas a mulheres e a homens)Acções <strong>de</strong> incentivo à participação na vida associativa e política local <strong>de</strong> mulheres e 3 10 1homensIniciativas culturais mobilizadoras <strong>de</strong> uma maior consciência colectiva no domínio da 4 9 1igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> géneroIniciativas <strong>de</strong> reconhecimento <strong>de</strong> boas práticas institucionais ou empresariais no 2 11 1domínio da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> géneroIniciativas <strong>de</strong> reconhecimento <strong>de</strong> boas práticas individuais no domínio da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1 12 1géneroAcções que visem a promoção da activida<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dora do sexo sub-representado 3 10 1Quadro 147. Tipologia <strong>de</strong> iniciativas <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> <strong>de</strong>senvolvidas no contexto da organização pelos agenteslocaisA questão seguinte, crucial no inquérito, questiona se, no último ano, as entida<strong>de</strong>s tiveram algum contactocom situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género. Os dados apurados <strong>de</strong>monstram que a maior percentagemrecai na resposta negativa.Frequência %Sim 13 41,9Não 18 58,1Total 31 100,0Quadro 148. Contacto com situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, segundo os agentes locaisPara as 13 respostas afirmativas, foi pedido que especificassem o modo como tiveram contacto com estassituações. Foi indicado o atendimento social, o apoio domiciliário, acções <strong>de</strong> informação e em contactodirecto com utentes. Quanto o tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, enunciam-se as mais frequentes:Mães impossibilitadas <strong>de</strong> exercer uma activida<strong>de</strong> profissional, por não terem on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar os seus<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes (0-3 anos).Ofertas <strong>de</strong> emprego discriminatórias quanto ao género;Não renovação <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> mulheres grávidas;Lacuna <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> negociação <strong>de</strong> sexo seguro por parte das mulheres e inacessibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas acontraceptivos, por pressão dos cônjuges;Violência doméstica.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 187


Seguidamente, e questionados se, no último ano, a entida<strong>de</strong> teve contacto especificamente com situações<strong>de</strong> violência doméstica, apurou-se que as respostas distribuem-se equitativamente pelas hipóteses doquestionário.Frequência % % Respostas válidasRespostas válidas Sim 15 48,4 50,0Não 15 48,4 50,0Total 30 96,8 100,0Respostas não válidas Ns/ Nr 1 3,2Total 31 100,0Quadro 149. Contacto com situações <strong>de</strong> violência doméstica, segundo os agentes locaisAs formas específicas como tiveram conhecimento das situações <strong>de</strong> violência doméstica, foram asseguintes:Através <strong>de</strong> informações veiculadas pelas autorida<strong>de</strong>s policiais;Através <strong>de</strong> atendimento social/ psicossocial;Pedidos <strong>de</strong> apoio directo;Pedidos <strong>de</strong> apoio indirecto (serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, famílias e funcionários);Através <strong>de</strong> apoio domiciliário.Na segunda parte do questionário, <strong>de</strong>dicada especificamente à situação <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género no seio daorganização, foi questionado, primeiramente, se no planeamento estratégico e nos relatórios, planos,regulamentos da instituição é feita menção expressa à igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens enquanto valora promover. Os dados do quadro seguinte revelam que 53.3% dos inquiridos respon<strong>de</strong>u negativamente.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 14 45,2 46,7Não 16 51,6 53,3Total 30 96,8 100,0Respostas não válidas Ns/ Nr 1 3,2Total 31 100,0Quadro 150. Menção expressa à igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens nos documentos estratégicos dos agentes locaisO quadro seguinte <strong>de</strong>monstra, ainda, que a gran<strong>de</strong> maioria das organizações (96,8%) afirma ter presente oprincípio da igualda<strong>de</strong> e da não discriminação em função do sexo nos critérios e procedimentos <strong>de</strong>recrutamento e selecção <strong>de</strong> recursos humanos.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 188


Frequência %Sim 30 96,8Não 1 3,2Total 31 100,0Quadro 151. Respeito pelo princípio da igualda<strong>de</strong> e da não discriminação em função do sexo nos processos <strong>de</strong>recrutamento e selecção <strong>de</strong> recursos humanos empreendidos pelos agentes locaisQuestionados sobre se a candidatura e selecção <strong>de</strong> homens ou <strong>de</strong> mulheres <strong>para</strong> funções on<strong>de</strong> estejamsub-representados/as é encorajada, os inquiridos respon<strong>de</strong>ram, na sua maioria (41,9%), afirmativamente.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 13 41,9 54,2Não 11 35,5 45,8Total 24 77,4 100,0Respostas não válidas Ns/ Nr 7 22,6Total 31 100,0Quadro 152. Encorajamento <strong>para</strong> a candidatura e selecção <strong>de</strong> homens ou <strong>de</strong> mulheres <strong>para</strong> funções on<strong>de</strong> estejamsub-representados/as, segundo os agentes locaisAs formas mencionadas como encorajadoras <strong>de</strong>sta representação, foram as seguintes:Critérios <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>finidos;Pelo convite à participação <strong>de</strong> homens nos concursos <strong>para</strong> as profissões tradicionalmentefemininas e vice-versa;Promoção do equilíbrio em termos <strong>de</strong> género nas equipas.As respostas à questão «Os anúncios <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> emprego contêm elementos como “robustez física”,“disponibilida<strong>de</strong> total”, “situação conjugal” e “situação familiar”?» revelam-se maioritariamente negativas.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 1 3,2 3,3Não 29 93,5 96,7Total 30 96,8 100,0Respostas não válidas Ns/ Nr 1 3,2Total 31 100,0Quadro 153. Presença <strong>de</strong> estereótipos <strong>de</strong> género nos anúncios <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> emprego, divulgados pelos agentes locais<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 189


Questionados sobre se o Organismo aquando da nomeação <strong>de</strong> uma pessoa <strong>para</strong> todos os níveis <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão tem presente o princípio da igualda<strong>de</strong> e da não discriminação em função do sexo, verificou-se quea maioria dos inquiridos respon<strong>de</strong>u afirmativamente, conforme <strong>de</strong>monstra o quadro seguinte.Frequência %Sim 29 93,5Não 2 6,5Total 31 100,0Quadro 154. Respeito pelo princípio da igualda<strong>de</strong> e da não discriminação em função do sexo nos processos <strong>de</strong>nomeação, segundo os agentes locaisA pergunta seguinte aborda a presença <strong>de</strong> conteúdos relacionados com a temática da igualda<strong>de</strong> entremulheres e homens na formação certificada. Os dados apurados <strong>de</strong>monstram o peso das respostasnegativas.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 8 25,8 34,8Não 15 48,4 65,2Total 23 74,2 100,0Respostas não válidas Ns/ Nr 8 25,8Total 31 100,0Quadro 155. Presença <strong>de</strong> conteúdos relacionados com a temática da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género na formação certificadapromovida pelos agentes locaisQuando questionadas as organizações se as entida<strong>de</strong>s que representam incentivam a frequência <strong>de</strong>formação no âmbito da igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens, 64,0 % dos inquiridos respon<strong>de</strong>mnegativamente.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 9 29,0 36,0Não 16 51,6 64,0Total 25 80,6 100,0Respostas não válidas Ns/ Nr 6 19,4Total 31 100,0Quadro 156. Incentivo à frequência <strong>de</strong> formação no âmbito da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, por parte dos agentes locaisA especificação das respostas positivas, enumera as principais diligências nesta área:Implementação <strong>de</strong> módulo <strong>de</strong> formação que visa esta temática;<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 190


Formação “on the Job”;Divulgação <strong>de</strong> acções <strong>de</strong> formação, externas e internas, nesta área.Ainda no âmbito do incentivo à formação e aprendizagem, o apuramento dos dados <strong>de</strong>monstra que amaioria das entida<strong>de</strong>s (92,6%) diligencia neste sentido.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 25 80,6 92,6Não 2 6,5 7,4Total 27 87,1 100,0Respostas não válidas Ns/ Nr 4 12,9Total 31 100,0Quadro 157. Promoção da participação <strong>de</strong> mulheres e homens em processos <strong>de</strong> aprendizagem ao longo da vida,pelos agentes locaisQuestionados sobre <strong>de</strong> que forma a entida<strong>de</strong> incentiva a igual participação em processos <strong>de</strong> aprendizagemao longo da vida, foi indicado o seguinte:Divulgando transversalmente as oportunida<strong>de</strong>s;Promovendo a participação;Procurando aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s específicas <strong>de</strong> cada pessoa na organização dos processos<strong>de</strong> formação continua;Encaminhando utentes <strong>para</strong> acções <strong>de</strong> educação/ formação <strong>de</strong> adultos e <strong>para</strong> formação modular;Integrando esta preocupação no plano interno <strong>de</strong> formação.A questão relacionada com a observância do princípio da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género na atribuição <strong>de</strong>remunerações complementares, obteve os resultados explandos no quadro seguinte. Realça-se o facto <strong>de</strong>nenhuma das entida<strong>de</strong>s inquiridas mencionar o incumprimento <strong>de</strong>ste princípio.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 26 83,9 100,0Não 0 0,0 0,0Total 26 83,9 100,0Respostas não válidas Ns/ Nr 5 16,1Total 31 100,0Quadro 158. Respeito pelo principio da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género na atribuição <strong>de</strong> remunerações complementares, pelosagentes locais<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 191


No âmbito dos processos <strong>de</strong> promoção e progressão na carreira, é questionado se as competências dostrabalhadores (as) são reconhecidas pelo Organismo, <strong>de</strong> modo igual. A esta questão a maioria dosinquiridos respon<strong>de</strong>u positivamente (90,3%).Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 28 90,3 100,0Não 0 0,0 0,0Total 28 90,3 100,0Respostas não válidas Ns/ Nr 3 9,7Total 31 100,0Quadro 159. Reconhecimento <strong>de</strong> competências nos processos <strong>de</strong> promoção e progressão na carreira,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do sexo, pelos agentes locaisQuestionados sobre se os trabalhadores da entida<strong>de</strong> são incentivadas a apresentar sugestões quecontribuam <strong>para</strong> a igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens, a conciliação entre a vida profissional, familiar epessoal e a protecção da maternida<strong>de</strong> e da paternida<strong>de</strong>, os dados obtidos <strong>de</strong>monstram que, não obstantea percentagem <strong>de</strong> respostas negativas e nulas a esta questão, cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos inquiridosrespon<strong>de</strong>ram afirmativamente.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 16 51,6 64,0Não 9 29,0 36,0Total 25 80,6 100,0Respostas não válidas Ns/ Nr 6 19,4Total 31 100,0Quadro 160. Incentivo à apresentação <strong>de</strong> suguestões promotoras <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, por parte dos agenteslocaisNo que concerne à forma como estes incentivam a participação dos seus colaboradores neste domínio, asformas apresentadas foram as que se seguem: Comunicação informal e/ou com as chefias;Reuniões <strong>de</strong> balanço <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s e/ou reuniões semanais, durante as quais os colaboradorescontribuem com sugestões;Caixa <strong>de</strong> sugestões;Na planificação e organização do trabalho são consi<strong>de</strong>radas as solicitações entregues ao executivo.Foram, ainda, dados alguns exemplos que revelam esta preocupação. Iniciativas do tipo Pai do Ano-<strong>para</strong>pais que optem por ficar com os seus filhos recém-nascidos, ao abrigo da lei vigente.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 192


A maioria dos inquiridos (93,5%), afirma não existirem na entida<strong>de</strong> queixas formais <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> situação<strong>de</strong> discriminação em função do sexo. Os dados apurados nesta questão são os que se apresentam noquadro seguinte:Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 0 0,0 100,0Não 29 93,5 0,0Total 29 93,5 100,0Respostas não válidas Ns/ Nr 2 6,5Total 31 100,0Quadro 161. Existência <strong>de</strong> queixas formais <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> situação <strong>de</strong> discriminação em função do sexo, <strong>de</strong> acordo comos agentes locaisNo que concerne à opção por modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> horário que permitam aos colaboradores a conciliação entrea vida profissional, familiar e pessoal, foram colocadas questões específicas cujos dados apurados<strong>de</strong>monstram que as entida<strong>de</strong>s procuram promover a conciliação entre a vida pessoal/ familiar eprofissional.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 28 90,3 96,6Respostas nãoválidasNão 1 3,2 3,4Total 29 93,5 100,0Ns/ Nr 2 6,5Total 31 100,0Quadro 162. Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> opção por horários <strong>de</strong> trabalho flexíveis, nomeadamente no que concerne ao período <strong>de</strong>amamentação/aleitamento, pelos agentes locaisFrequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 24 77,4 80,0Respostas nãoválidasNão 6 19,4 20,0Total 30 96,8 100,0Ns/ Nr 1 3,2Total 31 100,0Quadro 163. Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação do tempo semanal <strong>de</strong> trabalho concentrando ou alargando o horário <strong>de</strong>trabalho diário, pelos agentes locais<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 193


Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 18 58,0 100,0Respostas nãoválidasNão 0 0,0 0,0Total 18 58,0 100,0Ns/ Nr 13 42,0Total 31 100,0Quadro 164. Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marcação <strong>de</strong> horários por turnos rotativos ou outros, pelos agentes locaisFrequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 18 58,1 66,7Respostas nãoválidasNão 9 29,0 33,3Total 27 87,1 100,0Ns/ Nr 4 12,9Total 31 100,0Quadro 165. Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> optar por trabalho a tempo parcial, pelos agentes locaisQuestionados sobre o facto da entida<strong>de</strong> atribuir benefícios aos seus colaboradores, <strong>de</strong> forma directa ouatravés <strong>de</strong> Serviços Sociais, mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos inquiridos respon<strong>de</strong>u negativamente. Com efeito, apenas32,3% dos inquiridos mencionou conce<strong>de</strong>r benefícios.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 10 32,3 33.3Respostas nãoválidasNão 20 64,5 66,7Total 30 96,8 100,0Ns/ Nr 1 3,2Total 31 100,0Quadro 166. Atribuição <strong>de</strong> benefícios <strong>de</strong> forma directa ou através <strong>de</strong> Serviços Sociais, pelos agentes locais<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 194


BenefíciosQuadro 167. Tipologia <strong>de</strong> benefícios atribuídos, pelos agentes locaisRespostas Total Não seSim NãoaplicaNs/NrApoio a situações familiares especiais 4 6 10 20 1 31Equipamentos próprios <strong>de</strong> apoio <strong>para</strong>filhos (as) <strong>de</strong> trabalhadores (as)Protocolos com serviços <strong>de</strong> apoio <strong>para</strong>filhos (as) <strong>de</strong> trabalhadores (as)Protocolos com serviços <strong>de</strong> apoio afamiliares idosos ou com <strong>de</strong>ficiênciaApoio financeiro <strong>para</strong> pagamento <strong>de</strong>serviços <strong>de</strong> acolhimento a filhos (as) <strong>de</strong>trabalhadores (as)Apoios financeiros ligados à educação<strong>de</strong> filhos (as)Apoios financeiros ligados à saú<strong>de</strong>extensivos ao agregado familiarServiços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas suas instalaçõesa familiares dos trabalhadores (as)Total5 5 10 20 1 313 7 10 20 1 311 9 10 20 1 313 7 10 20 1 314 6 10 20 1 316 4 10 20 1 312 8 10 20 1 31Na sua maioria, as entida<strong>de</strong>s inquiridas referem encarar <strong>de</strong> modo igual o exercício dos direitos damaternida<strong>de</strong> e da paternida<strong>de</strong> por parte dos colaboradores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do género.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 26 83,9 100,0Respostas nãoválidasNão 0 0,0 0,0Total 26 83,9 100,0Ns/ Nr 5 16,1Total 31 100,0Quadro 168. Respeito pelo principio <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, no exercício dos direitos da maternida<strong>de</strong> e dapaternida<strong>de</strong>, pelos agentes locaisQuestionados sobre o incentivo das organizações ao gozo do período <strong>de</strong> licença parental, por parte do pai,41,9% respon<strong>de</strong>ram afirmativamente.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 13 41,9 61,9Respostas nãoválidasNão 8 25,8 38,1Total 21 67,7 100,0Ns/ Nr 10 32,3Total 31 100,0Quadro 169. Incentivo ao gozo da licença parental por parte do pai, pelos agentes locais<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 195


Foram apuradas as seguintes formas <strong>de</strong> incentivar esta prática:Alertando e informando os funcionários <strong>para</strong> os seus direitos;Integrando este direito nos valores da entida<strong>de</strong> e na politica <strong>de</strong> recursos humanos;Facilitando as condições necessárias ao seu usufruto, sem prejuízo da vida profissional;Incentivando a licença parental partilhada.No que se refere ao incentivo ao uso, por parte do pai, <strong>de</strong> uma fracção do tempo <strong>de</strong> licença pormaternida<strong>de</strong>/paternida<strong>de</strong>, as entida<strong>de</strong>s divi<strong>de</strong>m as suas respostas <strong>de</strong> forma equitativa.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 10 32,3 50,0Respostas nãoválidasNão 10 32,3 50,0Total 20 64,5 100,0Ns/ Nr 11 35,5Total 31 100,0Quadro 170. Incentivo ao uso, por parte do pai, <strong>de</strong> uma fracção do tempo <strong>de</strong> licença por maternida<strong>de</strong>/paternida<strong>de</strong>,pelos agentes locaisForam indicadas as seguintes formas <strong>de</strong> incentivo:Criando condições <strong>para</strong> o usufruto <strong>de</strong>ste direito, sem prejuízo da vida profissional;Aten<strong>de</strong>ndo os pedidos efectuados neste domínio.Igualmente no que se refere ao modo como a entida<strong>de</strong> encara o exercício, por parte <strong>de</strong> ambos osprogenitores, dos direitos <strong>de</strong> assistência à família, maioritariamente (83,9%) os inquiridos respon<strong>de</strong>ramafirmativamente.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 26 83,9 96,3Respostas nãoválidasNão 1 3,2 3,7Total 27 87,1 100,0Ns/ Nr 4 12,9Total 31 100,0Quadro 171. Respeito pelo princípio <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> no exercício dos direitos <strong>de</strong> assistência à família, pelos agenteslocais<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 196


Foram indicados os seguintes exemplos <strong>de</strong> como esta prática é incentivada nas entida<strong>de</strong>s inquiridas:Pondo em prática as orientações estabelecidas na lei;Integração <strong>de</strong>ste direito nos valores da entida<strong>de</strong>;A entida<strong>de</strong> aten<strong>de</strong> estes pedidos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> serem apresentados pelo pai ou pela mãe;Incentivando as mães a comprometerem os companheiros nos cuidados dos filhos;Informando os funcionários sobre a legislação ao vigor neste âmbito.No que se refere à utilização <strong>de</strong> linguagem e imagens não discriminatórias em função do sexo napublicida<strong>de</strong> e na promoção das suas activida<strong>de</strong>s, a maioria das entida<strong>de</strong>s respon<strong>de</strong>ram afirmativamente.Frequência %% RespostasválidasRepostas válidas Sim 26 83,9 86,7Respostas nãoválidasNão 4 12,9 13,3Total 30 96,8 100,0Ns/ Nr 1 3,2Total 31 100,0Quadro 172. Utilização <strong>de</strong> linguagem e imagens não discriminatórias em função do sexo na publicida<strong>de</strong> e napromoção das activida<strong>de</strong>s, pelos agentes locaisFoi apurado, ainda, que maioritariamente as entida<strong>de</strong>s não divulgam, em local apropriado, informaçãorelativa aos direitos e <strong>de</strong>veres dos trabalhadores e das trabalhadoras, em matéria <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> e nãodiscriminação em função do sexo, maternida<strong>de</strong> e paternida<strong>de</strong>.Frequência %% RespostasválidasRespostas válidas Sim 13 41,9 44,8Respostas nãoválidasNão 16 51,6 55,2Total 29 93,5 100,0Ns/ Nr 2 6,5Total 31 100,0Quadro 173. Divulgação <strong>de</strong> informação relativa aos direitos e <strong>de</strong>veres, em matéria <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, pelosagentes locais<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 197


Em resumo:Na perspectiva dos agentes locais, e no que concerne ao seu diagnóstico da situação <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>género no Concelho, existem situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>. Estas situações têm-se mantido constantes,sendo mais marcantes no equilíbrio <strong>de</strong> género nas profissões, na fraca cobertura <strong>de</strong> equipamentospromotores da conciliação entre a vida pessoal e profissional e nas situações <strong>de</strong> violência.Por outro lado, e tendo presente o contexto organizacional, os agentes locais, <strong>de</strong> um modo geral,<strong>de</strong>monstram respeito pelos princípios da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, principalmente no que se refere àadaptação do tempo <strong>de</strong> trabalho às necessida<strong>de</strong>s pessoais e familiares. Os aspectos menos valorizadosnesta temática coinci<strong>de</strong>m com a promoção da formação na área da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 198


PARTE IV<strong>Plano</strong>s <strong>de</strong> AcçãoConhecidas as fragilida<strong>de</strong>s e potencialida<strong>de</strong>s da organização objecto <strong>de</strong> estudo, importa seguidamente<strong>de</strong>linear um plano <strong>de</strong> acção, cuja estratégia assente numa intervenção capaz <strong>de</strong> colmatar as assimetriasdiagnosticadas, durante a vigência do presente plano, que compreen<strong>de</strong> 2011-2013.4.1. Vertente InternaForam i<strong>de</strong>ntificadas, ao nível do Município, três áreas estratégicas cuja actuação se consi<strong>de</strong>ra prioritária,conforme <strong>de</strong>monstra a figura seguinte:ComunicaçãoConciliação entrea vida profissionale a vidapessoal/familiarSensibilizaçãoMainstreaming<strong>de</strong> géneroFigura 21. Objectivos Estratégicos – vertente internaPara as mesmas, foram <strong>de</strong>finidos objectivos operacionais, indicadores e metas.Na área coinci<strong>de</strong>nte com a conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal/ familiar, o objectivocoaduna-se com a promoção <strong>de</strong> medidas que se assumam como conducentes a um equilibrio entreas diferentes esferas da vida quotidiana dos recursos humanos.Em termos <strong>de</strong> política <strong>de</strong> comunicação preten<strong>de</strong>-se veicular, interna e externamente, mensagens econteúdos promotores <strong>de</strong> uma efectiva igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens.Em termos gerais, e <strong>de</strong> modo a implementar/ reforçar o mainstreaming, ambiciona-se sensibilizar osrecursos humanos <strong>para</strong> a importância da integração dos princípios da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género na culturaorganizacional.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 199


Consi<strong>de</strong>ra-se que as áreas <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong>finidas representarão um reforço da política interna <strong>de</strong> promoção da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género.Seguidamente, apresentam-se as medidas <strong>de</strong>liniadas, ao nível interno, no âmbito do presente <strong>Plano</strong>:ObjectivoEstratégicoPromover aconciliação entreasresponsabilida<strong>de</strong>familiares eprofissionaisdostrabalhadores edastrabalhadorasObjectivosOperacionaisFomentar osserviços <strong>de</strong>apoio à famíliadirigidos a<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesMedidas Descrição Indicador MetaReserva <strong>de</strong>5% <strong>de</strong> vagasemequipamentossociaisAcolher +Nos casos <strong>de</strong> equipamentos sociais proprieda<strong>de</strong> doMunicipio, geridos pela edilida<strong>de</strong> ou por instituiçãoprotocolada, reservar 5% <strong>de</strong> vagas <strong>para</strong> situações <strong>de</strong>acolhimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> colaboradores (crianças,idosos e portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência) que manifesteminteresse e reúnam critérios <strong>de</strong>finidos pela entida<strong>de</strong>gestora.Atribuição <strong>de</strong> Subsídios Educacionais -<strong>de</strong>stinam-se àcompensação <strong>de</strong> encargos com educação dosassociados e seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, matriculados e afrequentar estabelecimentos escolares: Subsídio <strong>de</strong>Infância e ATL (mensal); Subsídio <strong>de</strong> Estudos anual (doensino básico ao ensino superior) e Subsídio <strong>de</strong>Matrícula (inscrições nos jardins <strong>de</strong> infância, ATL’s eensino superior).Atribuição Sociais - <strong>de</strong>stinam-se a trabalhadores,aposentados ou a seus cônjuges viúvos em situação <strong>de</strong>comprovada carência sócio-económica e/ou doençaAtendimento Psicossocial -encontra-se à disposição <strong>de</strong>todos trabalhadores do Municipio, aposentados e seusfamiliares e <strong>de</strong>stina-se a prestar apoio a todas assituações <strong>de</strong> natureza social (áreas profissional, pessoale familiar) apresentadas pelos próprios e/ouencaminhados pelos serviços ) e instituições (SegurançaSocial, Santa Casa da Misericórdia, Hospitais, etc.).Terapia Familiar - Todas as famílias passam pormomentos chave do seu <strong>de</strong>senvolvimento, em queé necessário reorganizar as relações familiares eultrapassar dificulda<strong>de</strong>s. A Terapia Familiar é <strong>de</strong>signadacomo uma psicoterapia que se aplica a casais ou afamílias.N.º <strong>de</strong>colaboradoresabrangidos/N.º total <strong>de</strong>vagas*100N.º anual <strong>de</strong>beneficiáriosN.º anual <strong>de</strong>beneficiáriosN.º anual <strong>de</strong>atendimentosN.º anual <strong>de</strong>famíliasabrangidasAcçãonova5% Sim1.093 Não5 Não230 Não2 NãoUnida<strong>de</strong>Orgânicaresponsável pelaimplementaçãoDivisão <strong>de</strong> AcçãoSocial, Saú<strong>de</strong> eJuventu<strong>de</strong>Gabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção SocialGabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção SocialGabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção SocialGabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção Social<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 200


Prevenir +Programa <strong>de</strong> apoio ao trabalhador com problemas <strong>de</strong>adição - com um programa <strong>de</strong>sta natureza, preten<strong>de</strong>-se:Prevenir; Formar; Tratar, e em casos mais graves,Reintegrar. Foi com base nesta Visão que seestabeleceu, que o Programa que consistir num apoiodirecto ao Trabalhador através <strong>de</strong> :Consulta Médica <strong>de</strong>Acompanhamento, Acompanhamento Psicológico epsicossocial ao trabalhador, pelas técnicas na área daPsicologia; Internamento Preferencial no CRAS, sempreque se verificasse essa necessida<strong>de</strong>; Apoio na marcação<strong>de</strong> consultas, exames e internamentos;Visita aostrabalhadores quando se encontram internados noCRAS; Articulação com as chefias no âmbito do posto <strong>de</strong>trabalho; Acompanhamento das Famílias em consulta <strong>de</strong>Terapia FamiliarComplemento Medicamentoso: Destina-se acomparticipar com uma percentagem monetária osmedicamentos <strong>de</strong> trabalhadores com graves carênciaseconómicas.Programa <strong>de</strong> apoio à mulher trabalhadora grávida (apoiotécnico dirigido à grávida, e fornecimento <strong>de</strong> latas <strong>de</strong> leite<strong>de</strong> acordo com uma matriz tendo em conta o numero <strong>de</strong>filhos e remuneração base).Apoiar na doença o trabalhador e seus familiares -Assegurar consultas por ano <strong>de</strong> clínica geral, distribuídaspor trabalhadores no activo, aposentados e familiares.Apoiar na doença o trabalhador e seus familiares -Assegurar consulta <strong>de</strong> enfermagem curativa, a todos osque solicitem.Parcerias na área dá sau<strong>de</strong>, lazer e bem-estar -Celebração <strong>de</strong> protocolos tendo como objectico a criação<strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> local, permitindo que ostrabalhadores e seus agregados familiares possambeneficiar <strong>de</strong> preços mais reduzidos nos serviços aprestar, bem como priorida<strong>de</strong>.Rastreios Selectivos: os rastreios são gratuitos evoluntarios, po<strong>de</strong>ndo ser selectivos ou gerais (Exemplo:rastreio auditivo <strong>para</strong> assistente operacionaismotoristas).N.º anual <strong>de</strong>utentes emconsultaN.º anual <strong>de</strong>beneficiáriosN.º anual <strong>de</strong>famíliasabrangidasN.º anual <strong>de</strong>consultasN.º <strong>de</strong>consultasN.º <strong>de</strong> novasparceriasN.º anual <strong>de</strong>rastreios18 Não4 Não30 Não2.750 Não1.500 Não6 Não2 NãoGabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção SocialGabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção SocialGabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção SocialGabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção SocialGabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção SocialGabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção SocialGabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção Social<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 201


Incentivar amaiorparticipação dopai na vidafamiliarOcupação <strong>de</strong>tempos livres<strong>de</strong> filhos <strong>de</strong>colaboradoresCriarmecanismos<strong>de</strong> divulgaçãoe incentivo aousufruto dasLicenças porPaternida<strong>de</strong> eParentalProtecção solar – fornecimento <strong>de</strong> protetores solarescom Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual aostrabalhadores expostos à luz solar.Vacinação – assegurar o plano <strong>de</strong> vacinação (HepatiteA+B, tetano e Gripe)No âmbito do Programa <strong>de</strong> Ocupação <strong>de</strong> Tempos Livres<strong>de</strong>stinado a Munícipes (Tempo Jovem), existe, nosmeses <strong>de</strong> Verão (Julho a Setembro), um subprogramaespecífico <strong>para</strong> filhos <strong>de</strong> colaboradores que permite asua integração numa unida<strong>de</strong> orgânica do Municipio nointuito <strong>de</strong> realizar tarefas administrativas.Através dos meios <strong>de</strong> comunicação interna, divulgar osdireitos e <strong>de</strong>veres das trabalhadoras e dos trabalhadoresem matéria <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong> e paternida<strong>de</strong>, incentivandouma maior participação do homem na vida familiar,nomeadamente através da divulgação <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentosque traduzam boas práticas na partilha dos cuidadosfamiliares.N.º anual <strong>de</strong>abrangidosN.º anual <strong>de</strong>imunizaçõesN.º anual <strong>de</strong>jovensabrangidosN.º <strong>de</strong>iniciativas <strong>de</strong>divulgação(R/P)430350 Não20 NãoDuasiniciativaspor anoSimGabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção SocialGabinete <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>, Segurançae Promoção SocialDivisão <strong>de</strong> AcçãoSocial, Saú<strong>de</strong> eJuventu<strong>de</strong>Departamento <strong>de</strong>GestãoOrganizacional<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 202


ObjectivoEstratégicoAdoptar <strong>de</strong> umapolítica <strong>de</strong>comunicaçãopromotora daigualda<strong>de</strong> entrehomens emulheresObjectivosOperacionaisFomentar autilização <strong>de</strong> umacomunicaçãoescrita promotorada igualda<strong>de</strong>entre homens emulheresFomentar autilização <strong>de</strong>imagens nãodiscriminatóriasem função dosexoMedidas Descrição Indicador MetaIncluir adimensão da<strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><strong>Género</strong> nalinguagemescritaIncluir adimensão da<strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><strong>Género</strong> nacomunicaçãoaudiovisualTendo por base as orientações emanadas pelo III<strong>Plano</strong> Nacional <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> (2007-2010)e/ou pelo Guia <strong>para</strong> uma Linguagem Promotorada <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> entre Mulheres e Homens naAdministração Pública, transpor <strong>para</strong> osdocumentos institucionais (nomeadamente,impressos, regulamentos, publicações) umalinguagem i<strong>de</strong>ntitária que permita uma igualda<strong>de</strong><strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> ambos os sexos, em matéria <strong>de</strong>comunicação interna e externa.Transpor <strong>para</strong> os instrumentos <strong>de</strong> divulgaçãoinstitucionais (nomeadamente, site, folhetos,cartazes, outdoors, etc) os principios daigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento entre os sexos.N.º <strong>de</strong> documentosque adoptaram estamedida/ N.º total <strong>de</strong>documentosproduzidos*100N.º <strong>de</strong> instrumentos<strong>de</strong> divulgação queadoptaram estamedida/ N.º total <strong>de</strong>instrumentos <strong>de</strong>divulgaçãoproduzidos*100Acçãonova80% Sim80% SimUnida<strong>de</strong> Orgânicaresponsável pelaimplementaçãoDepartamento <strong>de</strong>GestãoOrganizacionalGabinete <strong>de</strong>ComunicaçãoIntegrar osprincípios daigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>género naculturaorganizacionalFomentar umaprogressivainteriorização daspreocupaçõescom a igualda<strong>de</strong><strong>de</strong> géneroSensibilizar ecapacitar osrecursoshumanos nestamatériaIncorporar osprincípios da IGnosinstrumentosestratégicosPromover aformação naárea daigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>géneroTranspor <strong>para</strong> os instrumentos <strong>de</strong> planeamentoestratégico, os princípios promotores <strong>de</strong>igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género.Desenvolver e aprofundar as competências nodomínio da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, sensibilizando esimultaneamente capacitando <strong>para</strong> aplicação nassuas práticas profissionais e pessoaisN.º <strong>de</strong> instrumentos<strong>de</strong> planeamentoestratégico queadoptaram estamedida/ N.º total <strong>de</strong>instrumentos <strong>de</strong>planeamentoestratégicoproduzidos*100Volume <strong>de</strong> formaçãoem <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><strong>Género</strong> (nº <strong>de</strong> horas<strong>de</strong> formação em IG *nº <strong>de</strong> participantes)(1)(1) Correspon<strong>de</strong>nte a 4 acções <strong>de</strong> Formação (2 em 2011 e 2 em 2012), <strong>de</strong> 18 horas cada, e dirigidas a 20 colaboradores cada.80% Sim2.000horasNãoDepartamento <strong>de</strong>GestãoOrganizacionalDivisão <strong>de</strong>Formação eValorizaçãoProfissional<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 203


4.1.1 CRONOGRAMA2011Medida Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezReserva <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> vagas em equipamentos sociaisAcolher +Prevenir +Ocupação dos tempos livres dos filhos dos colaboradoresCriar mecanismos <strong>de</strong> divulgação e incentivo ao usufruto das Licenças por Paternida<strong>de</strong> eParentalIncluir a dimensão da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> na linguagem escritaIncluir a dimensão da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> na comunicação audiovisualIncorporar os princípios da IG nos instrumentos estratégicosPromover a formação na área da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género2012Medida Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezReserva <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> vagas em equipamentos sociaisAcolher +Prevenir +Ocupação dos tempos livres dos filhos dos colaboradoresCriar mecanismos <strong>de</strong> divulgação e incentivo ao usufruto das Licenças por Paternida<strong>de</strong> eParentalIncluir a dimensão da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> na linguagem escritaIncluir a dimensão da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> na comunicação audiovisualIncorporar os princípios da IG nos instrumentos estratégicosPromover a formação na área da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 204


2013Medida Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov DezReserva <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> vagas em equipamentos sociaisAcolher +Prevenir +Ocupação dos tempos livres dos filhos dos colaboradoresCriar mecanismos <strong>de</strong> divulgação e incentivo ao usufruto das Licenças por Paternida<strong>de</strong> eParentalIncluir a dimensão da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> na linguagem escritaIncluir a dimensão da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> na comunicação audiovisualIncorporar os princípios da IG nos instrumentos estratégicosPromover a formação na área da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 205


4.2. Vertente ExternaApós ser <strong>de</strong>lineado o diagnóstico do Concelho e das organizações locais, nesta área, o mesmofoi apresentado em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> plenário da Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> Oeiras, <strong>para</strong> recolha <strong>de</strong> contributosjunto das entida<strong>de</strong>s que compõem o Conselho Local <strong>de</strong> Acção Social. Assim, forami<strong>de</strong>ntificadas as áreas estratégicas cuja actuação se consi<strong>de</strong>ra prioritária e <strong>para</strong> as mesmas,foram <strong>de</strong>finidos projectos e acções, <strong>de</strong>stinatários, indicadores e metas.Consi<strong>de</strong>ra-se que as áreas <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong>finidas representarão um reforço da políticamunicipal <strong>de</strong> promoção da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género e, <strong>de</strong>ste modo, <strong>de</strong>verão nortear a acção doMunícipio e dos Agentes locais, nos próximos três anos, no âmbito <strong>de</strong>sta temática, osseguintes eixos:1. Educação e EmpregoEixos2. Conciliação entre a vida pessoal, familiar e profissional3. Saú<strong>de</strong> e Ambiente4. Justiça e Violência <strong>de</strong> <strong>Género</strong>/ Doméstica5. Participação Cívica6. Cultura e Desporto7. Organizações da Socieda<strong>de</strong> CivilQuadro 174. Eixos – vertente externa<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 206


Eixo Acções/ Projectos Objectivos específicos Descrição Destinatários Indicadores MetasAcçãonova11.1.GIP - Gabinetes <strong>de</strong>Inserção ProfissionalDivulgação <strong>de</strong> informação profissional;Apoio na procura activa <strong>de</strong> emprego;Encaminhamento <strong>para</strong> medidas <strong>de</strong> emprego eformação profissional;Captação <strong>de</strong> ofertas <strong>de</strong> emprego e suadivulgação junto da população <strong>de</strong>sempregada.Apoiar a população <strong>de</strong>sempregada a <strong>de</strong>finir oua <strong>de</strong>senvolver o seu percurso <strong>de</strong> (re)inserçãono mercado <strong>de</strong> trabalho, existindo <strong>para</strong> o efeitotrês Gabinetes nas freguesias <strong>de</strong> Oeiras, Algése Carnaxi<strong>de</strong>, nomeadamente, através dacaracterização/ análise <strong>de</strong> género dos<strong>de</strong>sempregados no Concelho <strong>de</strong> Oeiras.Jovens e adultos<strong>de</strong>sempregadosresi<strong>de</strong>ntes noConcelho <strong>de</strong> OeirasNº <strong>de</strong>activida<strong>de</strong>srealizadas.3.000activida<strong>de</strong>scada GIPNão2222.1. Articulação com o<strong>Plano</strong> Estratégico<strong>Municipal</strong> <strong>para</strong> aPessoa Idosa2.2 Articulação com o<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> daDeficiência2.3. Aprofundamentodo diagnóstico <strong>de</strong>género da populaçãodo ConcelhoInclusão da dimensão da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>no diagnóstico e planeamento.Inclusão da dimensão da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>no diagnóstico e planeamento.I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> representações e práticas dapopulação nesta área.Elaborar e implementar o <strong>Plano</strong> Estratégico<strong>Municipal</strong> <strong>para</strong> a Pessoa Idosa, tendo emconta as características <strong>de</strong> género face aoenvelhecimento.Elaborar o <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> da Deficiência,tendo em conta, nomeadamente, ascaracterísticas <strong>de</strong> género face à <strong>de</strong>ficiência.Elaborar um diagnóstico que contemple,nomeadamente, a organização do temporemunerado e não remunerado.Munícipes com 55ou mais anos.Portadores <strong>de</strong><strong>de</strong>ficiência doConcelho e suasfamílias.Munícipes em geral.Data <strong>de</strong>conclusão dodocumento.Data <strong>de</strong>conclusão dodocumento.Data <strong>de</strong>conclusão dodocumento.31 <strong>de</strong>Dezembro<strong>de</strong> 2011.31 <strong>de</strong>Dezembro<strong>de</strong> 2012.31 <strong>de</strong>Dezembro<strong>de</strong> 2013.SimSimSim33.1. Acções <strong>de</strong>sensibilização <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> e género noâmbito da saú<strong>de</strong>sexual e reprodutivaPromoção da igualda<strong>de</strong> em saú<strong>de</strong>;Promoção da saú<strong>de</strong> sexual e reprodutiva.Promover a realização <strong>de</strong> acções <strong>de</strong>sensibilização <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e género no âmbito dasaú<strong>de</strong> sexual e reprodutiva, nomeadamente,nas áreas da eliminação dos estereótipos <strong>de</strong>género e do planeamento familiar.Munícipes em geral.N.º <strong>de</strong> acçõesrealizadas;N.º <strong>de</strong>munícipesabrangidos.30 acçõesanuais;200munícipes.Não33.2. Acção <strong>de</strong>sensibilização noâmbito dos cuidados aprestar em situações<strong>de</strong> violência <strong>de</strong> géneroe <strong>de</strong> violênciadomésticaPromoção da igualda<strong>de</strong> em saú<strong>de</strong>.Promover a realização <strong>de</strong> acções <strong>de</strong>sensibilização <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e género no âmbitodos cuidados a prestar em situações <strong>de</strong>violência <strong>de</strong> género e <strong>de</strong> violência doméstica.Profissionais <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>.N.º <strong>de</strong> acçõesrealizadas;N.º <strong>de</strong>profissionaisabrangidos.2 acções;40profissionais.Sim<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 207


444564.1. Manual <strong>de</strong>Procedimentos/Protocolo “Violência <strong>de</strong><strong>Género</strong> e Doméstica”4.2. Re<strong>de</strong> <strong>de</strong>acompanhamento <strong>de</strong>casos <strong>de</strong> Violência <strong>de</strong><strong>Género</strong> e ViolênciaDoméstica4.3. Formação <strong>de</strong>Técnicos na área daintervenção emViolência Doméstica5.1. Inclusão dadimensão da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong><strong>de</strong> <strong>Género</strong> na Bolsa <strong>de</strong>Voluntariado <strong>de</strong> Oeiras6.1. Sistema <strong>de</strong>indicadores <strong>de</strong> génerona Cultura e DesportoCriação <strong>de</strong> mecanismos e instrumentos <strong>de</strong>intervenção no âmbito da Violência <strong>de</strong> <strong>Género</strong>e <strong>de</strong> Violência Doméstica.Intervenção no âmbito da Violência <strong>de</strong>Doméstica.Intervenção no âmbito da Violência <strong>de</strong>Doméstica.Promoção do voluntariado e da cidadania;Combate aos estereótipos <strong>de</strong> género.Obtenção <strong>de</strong> dados que permitam efectuaranálise <strong>de</strong> género ao nível das áreas daCultura e do Desporto.Elaboração <strong>de</strong> um Manual <strong>de</strong> Procedimentosque clarifique a intervenção junto <strong>de</strong> vítimas <strong>de</strong>Violência <strong>de</strong> <strong>Género</strong> e <strong>de</strong> Violência Domésticae que sirva <strong>de</strong> referência aos técnicos e outrosprofissionais a <strong>de</strong>sempenhar funções nestaárea.Criação <strong>de</strong> uma Re<strong>de</strong>, em colaboração com aPolícia <strong>Municipal</strong>, <strong>de</strong> acompanhamento acasos.Acção <strong>de</strong> formação dirigida a técnicos da CMOe das organizações sociais do Concelho naárea da intervenção em casos <strong>de</strong> ViolênciaDoméstica e <strong>de</strong> <strong>Género</strong>.Promover no Banco Local <strong>de</strong> Voluntariado <strong>de</strong>Oeiras, no âmbito do Ano Europeu doVoluntariado, a inclusão da dimensão <strong>de</strong>género, nomeadamente, através da promoçãoda participação dos homens nesta estrutura.Implementação <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong>género nos projectos e acções <strong>de</strong>senvolvidospelo Município ou apoiados por este quepermita a obtenção <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>sagregados,conducentes à apresentação <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong>a<strong>de</strong>quação das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas aospúblicos caracterizados.Técnicos e outrosprofissionais aintervir nas áreas daViolência <strong>de</strong> <strong>Género</strong>e da ViolênciaDoméstica.Técnicos e outrosprofissionais aintervir nas áreas daViolência <strong>de</strong> <strong>Género</strong>e da ViolênciaDoméstica.Técnicos e outrosprofissionais aintervir nas áreas daViolência <strong>de</strong> <strong>Género</strong>e da ViolênciaDoméstica.Inscritos no BancoLocal <strong>de</strong>Voluntariado <strong>de</strong>OeirasServiços da CMO.Data <strong>de</strong>conclusão dodocumento.N.º <strong>de</strong>entida<strong>de</strong>sa<strong>de</strong>rentes.N.º <strong>de</strong> técnicosabrangidos.Percentagem <strong>de</strong>participação dosexo masculino.Data <strong>de</strong>conclusão dosistema <strong>de</strong>indicadores;N.º <strong>de</strong>informações <strong>de</strong>reporteefectuadas.31 <strong>de</strong>Dezembro<strong>de</strong> 2012.Sim5 entida<strong>de</strong>s. Sim20abrangidos.Sim30% Sim30 <strong>de</strong> Junho<strong>de</strong> 2011;TrêsRelatórios(referentesao 2.ºsemestre <strong>de</strong>2011 e aosanos <strong>de</strong>2012 e2013).Sim<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 208


77777.1. Promoção daimplementação <strong>de</strong><strong>Plano</strong>s <strong>para</strong> a IG nasorganizações sociaisdo Concelho7.2. Formação <strong>de</strong>Agentes do Concelhona área da IG7.3. Promoção daimplementação <strong>de</strong><strong>Plano</strong>s <strong>para</strong> a<strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>nas empresasmunicipais ecomparticipadas7.4. Disseminação <strong>de</strong>boas práticasempresariais nestedomínioPromoção da implementação <strong>de</strong> planos daigualda<strong>de</strong> internos às organizações.Desmistificação das questões ligadas às<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> género.Promoção da implementação <strong>de</strong> planos daigualda<strong>de</strong> internos às empresas municipais ecomparticipadas.Replicação <strong>de</strong> boas práticas no âmbito dapolítica <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social dasorganizaçõesApoio às organizações sociais do Concelho naelaboração e implementação <strong>de</strong> <strong>Plano</strong>sInternos <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, partindo<strong>para</strong> tal do diagnóstico efectuado <strong>para</strong> aelaboração dos <strong>Plano</strong>s do Município e doConcelho <strong>para</strong> a IG e da disseminação <strong>de</strong>boas práticas na implementação <strong>de</strong>stesinstrumentos.Acção <strong>de</strong> sensibilização (30 horas), dirigida àsorganizações do Concelho (30 formandos),recorrendo a metodologia com base <strong>de</strong>expressão artística, propiciando a vivência eexperimentação das problemáticas associadasà IG, trabalhando os preconceitos e<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s na sua essência.Apoio às empresas municipais ecomparticipadas na elaboração eimplementação <strong>de</strong> <strong>Plano</strong>s Internos <strong>para</strong> a<strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, partindo <strong>para</strong> tal dodiagnóstico efectuado <strong>para</strong> a elaboração dos<strong>Plano</strong>s do Município e do Concelho <strong>para</strong> a IG eda disseminação <strong>de</strong> boas práticas naimplementação <strong>de</strong>stes instrumentos.Plataforma <strong>de</strong> partilha <strong>de</strong> boas práticas naárea da responsabilida<strong>de</strong> socialespecificamente em matérias <strong>de</strong> IG, entreempresas com mérito reconhecido(nomeadamente, integradas no programa <strong>de</strong>iniciativa municipal Oeiras Solidária) e outrascuja cultura organizacional não se encontreainda sensibilizada <strong>para</strong> esta temática.Organizações dasocieda<strong>de</strong> civil doConcelho.Organizações dasocieda<strong>de</strong> civil doConcelho.EmpresasMunicipais eComparticipadaspela CMO.Organizações dasocieda<strong>de</strong> civil doConcelho.N.º <strong>de</strong>entida<strong>de</strong>sapoiadas;N.º <strong>de</strong> <strong>Plano</strong>s<strong>para</strong> a<strong>Igualda<strong>de</strong></strong>concluídos.N.º <strong>de</strong>organizaçõesabrangidas.N.º <strong>de</strong> <strong>Plano</strong>sacompanhados.N.º <strong>de</strong>organizaçõesabrangidas.3 entida<strong>de</strong>se 3 <strong>Plano</strong>s.10entida<strong>de</strong>s.SimSim2 <strong>Plano</strong>s. Sim10entida<strong>de</strong>s.Sim.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 209


4.2.1 CronogramaAcções/ Projectos 2011 2012 2013 Promotores Parceiros1.1. CMO Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional - Centro Emprego Cascais2.1. CMO Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> Oeiras2.2. CMO Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> Oeiras2.3. CMO Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> Oeiras3.1. CMO Comissão <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Estabelecimentos <strong>de</strong> Ensino3.2. CMO Comissão <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>4.1. Junho a Dezembro CMO Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> Oeiras4.2. CMO PSP e Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> Oeiras4.3. Maio CMO PSP e Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> Oeiras5.1. CMO Entida<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>rentes ao Banco Local <strong>de</strong> Voluntariado <strong>de</strong> Oeiras6.1. Junho a Dezembro CMO7.1. Junho a Dezembro CMO7.2. Maio CMORe<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> Oeiras e outras organizações da socieda<strong>de</strong> civil doConcelhoRe<strong>de</strong> Social <strong>de</strong> Oeiras e outras organizações da socieda<strong>de</strong> civil doConcelho7.3. CMO Empresas Municipais e Comparticipadas pela CMO7.4. CMO Organizações da socieda<strong>de</strong> civil<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 210


PARTE V <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Monitorização5.1. Vertente InternaAo longo das últimas décadas tem-se assistido a uma mudança <strong>de</strong> <strong>para</strong>digma no seio dasorganizações. As transformações, ainda que progressivas, têm confluído na direcção <strong>de</strong> tornar asorganizações estruturas cada vez mais permeáveis ao seu contexto.• A empresa passou <strong>de</strong> um sistema, mais ou menos fechado sobre si mesmo, <strong>para</strong> um sistemaaberto, mais influenciado pelas necessida<strong>de</strong>s e exigências sociais.• A empresa está a mudar <strong>de</strong> uma referência negativa <strong>de</strong> se<strong>para</strong>ção e confrontação comoutras empresas, com os subordinados, com o mercado, <strong>para</strong> uma referência positiva <strong>de</strong>colaboração e divergência;• Assiste-se a uma passagem <strong>de</strong> uma referência <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconfiança <strong>para</strong> uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> apostana pessoa, isto é, <strong>para</strong> uma referência positiva em que se aten<strong>de</strong> a força criativa, original einsubstituível da contribuição pessoal;• A ênfase mudou, da especialização, <strong>de</strong> certo modo <strong>de</strong>sagregadora, à generalização,globalização e inter-relação. (Pimentel, 1999:156)Mas se é certo que as organizações têm vindo a transformar-se, a<strong>de</strong>quando-se ao contexto, emritmos mais ou menos acelerados, conforme as exigências externas, a mudança não formal, isto é, dacultura organizacional, torna-se mais complexa. Com efeito, este conceito ultrapassa a noção daorganização que compreen<strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> pessoas que trabalham juntas <strong>de</strong> acordo com normasclaramente <strong>de</strong>finidas e estabelecidas <strong>de</strong> forma formal, pressupondo um sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong>indivíduos e recursos. A cultura organizacional pressupõe “formas não escritas <strong>de</strong> fazer as coisas e<strong>de</strong> lidar com as pessoas numa organização” (SCHIEFER, 2006: 246). “Assume-se como um sistema<strong>de</strong> valores, expressos através <strong>de</strong> rituais, mitos, hábitos e crenças comuns aos membros <strong>de</strong> umainstituição, que assim produzem normas <strong>de</strong> comportamento genericamente aceites por todos.”(SCHIEFER, 2006: 246).As medidas inscritas no presente plano preten<strong>de</strong>m actuar, precisamente, nestas duas esferas daorganização, sendo que é claro que existem mudanças mais ou menos complexas e mais ou menossusceptíveis <strong>de</strong> avaliação, principalmente no que respeita à avaliação do impacto das mesmas.Com efeito, e tendo presente que a avaliação correspon<strong>de</strong> ao “exame, aprofundado e rigoroso, <strong>de</strong>uma organização, situação, projecto ou programa com o intuito <strong>de</strong> chegar a um juízo fundamentado eracional acerca do seu sucesso”, po<strong>de</strong>-se distinguir diferentes tipos <strong>de</strong> avaliação:<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 211


oooAvaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho- inci<strong>de</strong>, sobretudo no funcionamento do projecto, na sua eficáciaou eficiência;Avaliação por objectivos- centra-se, primordialmente, na concretização ou não dos objectivosprogramados;Avaliação <strong>de</strong> impactes- analisa os efeitos do projecto na população-alvo e no contextoenvolvente.(SCHIEFER, 2006:238).Para efeitos <strong>de</strong> avaliação do presente plano, opta-se fundamentalmente por avaliar os outputs doplano, isto é, os resultados tangíveis específicos (avaliação por objectivos).Deste modo, o processo <strong>de</strong> avaliação das medidas compreen<strong>de</strong> uma monitorização que inci<strong>de</strong> sobreo cumprimento das activida<strong>de</strong>s planeadas em termos:a) da própria realização <strong>de</strong>ssas activida<strong>de</strong>s;b) do calendário traçado;c) dos efeitos <strong>de</strong>sejados.Competirá à Conselheira Local <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> procedr à monitorização do presente <strong>Plano</strong>. Osinstrumentos utilizados <strong>para</strong> concretizar esta avaliação consubstanciam-se na realização <strong>de</strong> relatórios<strong>de</strong> progresso (anuais) e <strong>de</strong> um relatório final, que abranja o período da sua vigência (2011 – 2013), eque estabeleça <strong>de</strong> forma clara e inequívoca a relação entre os indicadores e as metas estabelecidas.5.2. Vertente ExternaPara monitorizar a implementação do presente plano preten<strong>de</strong>-se actuar a dois níveis. Por um lado,almeja-se mensurar os resultados tangíveis específicos <strong>de</strong> cada medida executada, recorrendo, <strong>para</strong>tal ao conjunto <strong>de</strong> indicadores seleccionados <strong>para</strong> avaliar cada acção e sistematizados na grelha do<strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Acção apresentada no ponto anterior do presente documento. Por outro lado, e emsimultâneo, preten<strong>de</strong>-se adoptar um procedimento <strong>de</strong> apreciação mais abrangente, que monitorize,<strong>de</strong> forma transversal, a acção do Município e das organizações das socieda<strong>de</strong> civil, neste âmbito, eque permita aferir sobre o impacto do <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> <strong>de</strong> Oeiras(PMIGO).<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 212


5.2.1 Monitorização das medidasTendo presente que a avaliação correspon<strong>de</strong> ao “exame, aprofundado e rigoroso, <strong>de</strong> umaorganização, situação, projecto ou programa com o intuito <strong>de</strong> chegar a um juízo fundamentado eracional acerca do seu sucesso” (SCHIEFER, 2006:238), <strong>para</strong> efeitos <strong>de</strong> avaliação das medidaspropostas, optou-se fundamentalmente por analisar, os outputs do plano, isto é, os resultadosespecíficos <strong>de</strong> cada acção executada, instituindo um processo <strong>de</strong> avaliação que compreen<strong>de</strong> umabateria <strong>de</strong> indicadores específicos <strong>para</strong> cada acção realizada. Para tal, e socorrendo-nos doinstrumento já construído <strong>para</strong> avaliação do <strong>Plano</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento Social <strong>de</strong> Oeiras, seráconstruído um instrumento, aten<strong>de</strong>ndo aos seguintes campos:o I<strong>de</strong>ntificação da Acção;o Resumo;o Data (início e termino);oooooooooooooI<strong>de</strong>ntificação da entida<strong>de</strong> promotora;Outros parceiros envolvidos;Principais contributos da entida<strong>de</strong> promotora <strong>para</strong> a acção;Calendarização;Destinatários (caracterização genérica);Recursos envolvidos (humanos, financeiros e logísticos);Mecanismos previstos <strong>para</strong> assegurar a transparência da informação interna relativa aoprojecto e à parceria;A acção irá integrar a dimensão da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>? De que forma?;A acção irá integrar a dimensão da <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Oportunida<strong>de</strong>s? De que forma?;A acção integra factores <strong>de</strong> inovação social que o distinguem <strong>de</strong> outros com características efinalida<strong>de</strong>s semelhantes? I<strong>de</strong>ntifique em que medida;Factores que constituem o conteúdo inovador da acção;Método que irá ser utilizado no acompanhamento do projecto e dos beneficiários <strong>de</strong> forma agarantir a concretização dos resultados;Indicadores <strong>de</strong> Avaliação.O registo nesta “ficha” <strong>de</strong>verá ser efectuado antes e <strong>de</strong>pois da realização da activida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> modo apermitir aferir se:o Houve alterações na acção prevista, ao nível do cronograma e dos recursos utilizados;o Foram i<strong>de</strong>ntificados obstáculos na sua concretização;o Se verificou correspondência entre os objectivos específicos enunciados e os resultadosobtidos.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 213


5.2.2. Monitorização do <strong>Plano</strong>Consi<strong>de</strong>rando que a monitorização do PMIGO não se po<strong>de</strong> cingir à avaliação das acções que ocompõem, preten<strong>de</strong>u-se construir uma matriz <strong>de</strong> avaliação transversal incidindo sobre aspectos maisabrangentes e conducentes a uma avaliação do impacto <strong>de</strong>ste instrumento ao nível do Concelho.Esta monitorização será efectuada mediante a aplicação dos critérios <strong>de</strong> avaliação que permitamrespon<strong>de</strong>r às seguintes questões, <strong>de</strong> modo a aferir sobre a pertinência, eficiência, eficácia,participação e satisfação das medidas implementadas e, consequentemente, sobre o impacto doPMIGO:o As medidas encontram-se em articulação com os documentos e programas estratégicos doMunícipio?o Os Eixos seleccionados são relevantes <strong>para</strong> produzir alterações significativas no que serefere à <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> no Concelho?o Verificou-se coerência entre os objectivos <strong>de</strong>finidos e as activida<strong>de</strong>s propostas?o Verificou-se coerência na intervenção, face aos problemas diagnosticados, articulação dasacções e resultados esperados?o Que mais-valias, resultaram das acções?o São propostas medidas inovadoras, com potencial efeito multiplicador?o As medidas propostas foram realizadas?o Verificaram-se constrangimentos no <strong>de</strong>correr das acções?o Os recursos inicialmente previstos foram disponibilizados?o O cronograma inicialmente previsto foi cumprido?o As metas <strong>de</strong>finidas forma cumpridas?o A taxa anual <strong>de</strong> execução financeira foi a a<strong>de</strong>quada? Se não, explicite as <strong>de</strong>svios.o São evi<strong>de</strong>nciadas formas participativas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e gestão do projecto?o Os parceiros estiveram envolvidos em conformida<strong>de</strong> com o que estava previsto inicialmente?o Os <strong>de</strong>stinatários a<strong>de</strong>riram facilmente às acções?o Como foi feita a divulgação das acções junto das partes interessadas e da Re<strong>de</strong> Social <strong>de</strong>Oeiras?o Qual o nível/ grau <strong>de</strong> satisfação das organizações e parceiros com os resultados obtidos comas medidas <strong>de</strong>senvolvidas no âmbito do PMIGO?o Qual o grau <strong>de</strong> satisfação dos <strong>de</strong>stinatários das medidas <strong>de</strong>senvolvidas no âmbito doPMIGO?<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 214


5.2.3. Recolha <strong>de</strong> dadosPara recolha dos dados supracitados, tanto no que se refere ao grau <strong>de</strong> cumprimento das medidas,como no respeitante ao impacto do <strong>Plano</strong>, será construída uma grelha <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> informação, quepermita sistematizar, <strong>de</strong> forma coerente, por um lado, a informação referente a cada acção antes dasua realização e, por outro lado, os elementos recolhidos após a realização das mesmas, <strong>de</strong> modo atornar mensuráveis os indicadores seleccionados.Preten<strong>de</strong>-se, ainda, com esta grelha, evi<strong>de</strong>nciar os contributos das medidas <strong>para</strong> a concretização dosobjectivos preconizados pelo <strong>Plano</strong>, permitindo, <strong>de</strong>ste modo, efectuar uma avaliação mais abrangentedo impacto do mesmo ao longo da sua implementação. Para construção da mesma, além da recolha<strong>de</strong> dados, proporcionada pela sistematização dos dados objectivos referentes à realização dasacções, preten<strong>de</strong>-se recorrer a:oooInquéritos por questionário, nomeadamente, <strong>para</strong> aferir a satisfação <strong>de</strong> parceiros eparticipantes;Entrevistas aprofundadas aos agentes chave na realização das iniciativas;Entre outros.5.2.4. Tratamento dos dadosRecorrendo a estes instrumentos, competirá à Conselheira Local <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> proce<strong>de</strong>r àmonitorização do presente <strong>Plano</strong>. Os meios utilizados <strong>para</strong> concretizar esta avaliaçãoconsubstanciam-se na realização <strong>de</strong> relatórios <strong>de</strong> progresso (anuais) e <strong>de</strong> um relatório final, queabranja o período da sua vigência (2011 – 2013), e que estabeleça <strong>de</strong> forma clara e inequívoca arelação entre os indicadores e as metas estabelecidas.<strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, 215


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ANEXOSAnexo 1[QUESTIONÁRIO DMADO]O seguinte questionário <strong>de</strong>stina-se, no âmbito da elaboração do <strong>Plano</strong> Interno <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong><strong>de</strong> <strong>Género</strong>, a recolher algumas informações da DMADO, relativamente às questões <strong>de</strong><strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, pelo que se solicita a sua colaboração <strong>para</strong> o preenchimento dasquestões abaixo.1. No planeamento estratégico e nos relatórios, planos, regulamentos da instituição é feitamenção expressa à igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens enquanto valor a promover?Não Sim 2. Os critérios e procedimentos <strong>de</strong> recrutamento e selecção <strong>de</strong> recursos humanos têmpresente o princípio da igualda<strong>de</strong> e da não discriminação em função do sexo?Não Sim 3. A candidatura e selecção <strong>de</strong> homens ou <strong>de</strong> mulheres <strong>para</strong> funções on<strong>de</strong> estejam subrepresentados/asé encorajada?NãoSim___________________________________________________________De que forma? ______________________________________________________________________________________________________________________4. Os anúncios <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> emprego contêm elementos como “robustez física”,“disponibilida<strong>de</strong> total”, “situação conjugal” e “situação familiar”?Não Sim 5. O Organismo aquando da nomeação <strong>de</strong> uma pessoa <strong>para</strong> todos os níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão tempresente o princípio da igualda<strong>de</strong> e da não discriminação em função do sexo?Não Sim 223


6. Na formação certificada é integrado algum módulo relacionado com a temática daigualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens?Não Sim 7. A Entida<strong>de</strong> incentiva a frequência <strong>de</strong> formação no âmbito da igualda<strong>de</strong> entre mulheres ehomens?NãoSim___________________________________________________________De que forma? ______________________________________________________________________________________________________________________8. A Entida<strong>de</strong> incentiva a igual participação <strong>de</strong> mulheres e homens em processos <strong>de</strong>aprendizagem ao longo da vida?NãoSim___________________________________________________________De que forma? ______________________________________________________________________________________________________________________9. A Entida<strong>de</strong>, na atribuição <strong>de</strong> remunerações complementares (ex. prémios e regaliasacessórias), tem presente o princípio da igualda<strong>de</strong> e não discriminação em função do sexo,não penalizando mulheres ou homens pelas suas responsabilida<strong>de</strong>s familiares (ex.ausências ao trabalho por assistência inadiável à família, licenças por maternida<strong>de</strong>,paternida<strong>de</strong> e parental)?Não Sim 224


10. As competências dos trabalhadores e das trabalhadoras (habilitações escolares,formação profissional, competências adquiridas por via não formal e informal) sãoreconhecidas pelo Organismo, <strong>de</strong> modo igual, nos processos <strong>de</strong> promoção e progressão nacarreira?Não Sim 11. Existem na entida<strong>de</strong> queixas formais <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> situação <strong>de</strong> discriminação em funçãodo sexo?NãoSimQue tipo <strong>de</strong> situações ___________________________________________________________são mais frequentes? ______________________________________________________________________________________________________________________Quais os___________________________________________________________procedimentos ___________________________________________________________utilizados <strong>para</strong> as ___________________________________________________________tratar?12. É possibilitada a opção por horários <strong>de</strong> trabalho flexíveis com vista à conciliação entre avida profissional, familiar e pessoal <strong>de</strong> trabalhadores e trabalhadoras, nomeadamente noque concerne ao período <strong>de</strong> amamentação/aleitamento?Não Sim 13. A Entida<strong>de</strong> possibilita a adaptação do tempo semanal <strong>de</strong> trabalho concentrando oualargando o horário <strong>de</strong> trabalho diário com vista à conciliação entre a vida profissional,familiar e pessoal <strong>de</strong> trabalhadores e trabalhadoras?Não Sim 225


14. Na marcação dos horários por turnos rotativos ou outros (se aplicável), sãoconsi<strong>de</strong>radas as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal <strong>de</strong>trabalhadores e trabalhadoras?Não Sim 15. A Entida<strong>de</strong> possibilita o trabalho a tempo parcial a trabalhadores e trabalhadoras comvista à conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal?Não Sim 16. A Entida<strong>de</strong> atribui benefícios aos seus trabalhadores, trabalhadoras e suas famílias, <strong>de</strong>forma directa ou através <strong>de</strong> Serviços Sociais?NãoSim226


Quais?(po<strong>de</strong>assinalar maisdo que umaresposta)Apoio a situações familiares especiais(famílias monoparentais, familiares com <strong>de</strong>ficiência, familiares com doençacrónica, trabalhadores/as com netos/as <strong>de</strong> filhos/as adolescentes)Equipamentos próprios <strong>de</strong> apoio <strong>para</strong> filhos e filhas <strong>de</strong> trabalhadores etrabalhadoras(creche, jardim <strong>de</strong> infância, activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempos livres, colónias <strong>de</strong> férias, ououtros)Protocolos com serviços <strong>de</strong> apoio <strong>para</strong> filhos e filhas <strong>de</strong> trabalhadores etrabalhadoras(creche, jardim <strong>de</strong> infância, ludoteca, activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> bem estar, cultura e lazer,ginásios)Protocolos com serviços <strong>de</strong> apoio a familiares idosos ou com <strong>de</strong>ficiência(apoio domiciliário, reabilitação, lares e centros <strong>de</strong> dia)Apoio financeiro <strong>para</strong> pagamento <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> acolhimento a filhos e filhas <strong>de</strong>trabalhadores e trabalhadoras(creche, jardim <strong>de</strong> infância, amas e babysitters)Apoios financeiros ligados à educação <strong>de</strong> filhos e filhas(subsídios, bolsas, pagamento <strong>de</strong> livros, pagamento <strong>de</strong> colónia <strong>de</strong> férias)Apoios financeiros ligados à saú<strong>de</strong> extensivos ao agregado familiar(plano <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> familiar, seguros, apoio domiciliário)Serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas suas instalações a familiares dos trabalhadores e dastrabalhadorasOutrosQuais?17. A Entida<strong>de</strong> encara <strong>de</strong> modo igual o exercício dos direitos da maternida<strong>de</strong> e dapaternida<strong>de</strong> por parte das trabalhadoras e dos trabalhadores?Não Sim 227


18. A Entida<strong>de</strong> incentiva os homens a gozar o período <strong>de</strong> licença parental previsto na lei?NãoSim___________________________________________________________De que forma? ______________________________________________________________________________________________________________________19. A Entida<strong>de</strong> incentiva os homens ao uso <strong>de</strong> parte do tempo <strong>de</strong> licença pormaternida<strong>de</strong>/paternida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong> ser partilhada com a mãe?NãoSim___________________________________________________________De que forma? ______________________________________________________________________________________________________________________20. A Entida<strong>de</strong> encara <strong>de</strong> modo igual o exercício dos direitos <strong>de</strong> assistência à família porparte das trabalhadoras e dos trabalhadores?NãoSim___________________________________________________________De que forma? ______________________________________________________________________________________________________________________21. A Entida<strong>de</strong> divulga, em local apropriado, informação relativa aos direitos e <strong>de</strong>veres dostrabalhadores e das trabalhadoras, em matéria <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> e não discriminação em funçãodo sexo, maternida<strong>de</strong> e paternida<strong>de</strong>?Não Sim 228


Comentários e sugestõesNome e função do inquiridoDataMuito obrigada pela sua colaboração!229


Anexo 2[QUESTIONÁRIO DIRIGENTES DO MUNICÍPIO]O seguinte questionário <strong>de</strong>stina-se, no âmbito da elaboração do <strong>Plano</strong> Interno <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong><strong>de</strong> <strong>Género</strong>, a recolher as opiniões dos dirigentes do Município acerca das questões <strong>de</strong><strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, pelo que se solicita a sua colaboração <strong>para</strong> o preenchimento dasquestões abaixo.1. SexoMasculinoFeminino2. Ida<strong>de</strong>Até 25 anosDos 26 aos 45 anosDos 46 aos 65 anosMais <strong>de</strong> 65 anosPARTE I- CARACTERIZAÇÃO DO INQUIRIDO5. Antiguida<strong>de</strong>Menos <strong>de</strong> 1 ano De 1 a 5 anos De 6 a 10 anos De 11 a 20 anos 21 e mais anos 3. Agregado familiar3.1 Nº <strong>de</strong> pessoas no agregadofamiliar___3.2 Indique quem constitui o seuagregado familiarVive sóCônjugeFilho(s) Nº <strong>de</strong> filhosIda<strong>de</strong>sPaisAvósOutras pessoas Quem?4. Unida<strong>de</strong> Orgânica que dirige (respostaopcional)6. Habilitações LiteráriasDoutoramento/ Mestrado Pós-graduaçãoLicenciaturaEm que área?_________________________Bacharelato / Curso Médio Ensino Secundário2.º ou 3.º Ciclo do Ensino Básico1.º Ciclo do Ensino Básico 230


PARTE IISITUAÇÃO DA IGUALDADE DE GÉNERO NO CONCELHO7. Na sua opinião existem situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género no Concelho?NãoSimNa sua opinião, estas situações Têm aumentado Têm-se mantido constantes Têm diminuído8. Posicione-se <strong>de</strong> acordo com as seguintes afirmações:DiscordocompletamenteDiscordoConcordoConcordoplenamenteAs <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> género no acesso aoemprego têm diminuído.A representação dos dois géneros nasprofissões encontra-se equilibrada.Os equipamentos <strong>de</strong> apoio à famíliaexistentes no Concelho são suficientes.As situações <strong>de</strong> violência <strong>de</strong> género noConcelho diminuíram.As acessibilida<strong>de</strong>s e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte doConcelho facilitam a conciliação entre vidapessoal, familiar e profissional. 231


9. I<strong>de</strong>ntifique as principais características do Concelho que, na sua opinião, condicionam,<strong>de</strong> forma positiva ou negativa, uma efectiva <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>:Pontos fortesPontos fracosPARTE IIISITUAÇÃO DA IGUALDADE DE GÉNERO NO MUNICÍPIO E NA UNIDADE ORGÂNICA QUEDIRIGE10. Na sua opinião, em termos gerais, existem situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre homens emulheres no Município <strong>de</strong> Oeiras?NãoSimNa sua opinião, estas situações Têm aumentado Têm-se mantido constantes Têm diminuído11. Indique se no último ano participou nas seguintes acções, através do Município <strong>de</strong>Oeiras:SimNãoAcções <strong>de</strong> formação contínua Acções <strong>de</strong> formaçãoespecificamente na área da<strong>Igualda<strong>de</strong></strong> entre homens emulheres232


12. Tem conhecimento <strong>de</strong> algum dos 13. E beneficia <strong>de</strong> algum?seguintes apoios?(Po<strong>de</strong> assinalar mais do que uma resposta)Subsídios educacionais Apoio Médico Apoio Psicológico Outros Quais? Quais?14. Tem conhecimento dos seguintes 15. E beneficia <strong>de</strong> algum?acordos que existem entre o Município<strong>de</strong> Oeiras e outros parceiros?(Po<strong>de</strong> assinalar mais do que uma resposta)Saú<strong>de</strong> (assistênciamédica, <strong>de</strong>ntista, entreoutros)Ginásios Outros16. Que outro tipo <strong>de</strong> benefícios gostaria <strong>de</strong> ter no sentido <strong>de</strong> melhor conciliar a sua vidafamiliar e profissional? (Po<strong>de</strong> assinalar mais do que uma resposta)Serviço <strong>de</strong> apoio ao trabalho doméstico (engomadoria, costura, pequenas re<strong>para</strong>ções,…) Equipamentos <strong>de</strong> apoio (creche, jardim <strong>de</strong> infância, centro <strong>de</strong> dia, apoio domiciliário, lar<strong>de</strong> idosos,…)Serviços <strong>de</strong> babysittingColónias <strong>de</strong> férias <strong>para</strong> filhosOutro. Qual?233


15. Na unida<strong>de</strong> orgânica que dirige procura apoiar a conciliação entre a vida profissional,familiar e pessoal <strong>de</strong> trabalhadores e trabalhadoras, através da opção por horários <strong>de</strong>trabalho flexíveis, adaptação do tempo semanal <strong>de</strong> trabalho ou marcação dos horários porturnos rotativos ou outros?Não Sim 16. No último ano a unida<strong>de</strong> orgânica que dirige teve contacto com situações <strong>de</strong><strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género?NãoSimDe que forma? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________17. No último ano a unida<strong>de</strong> orgânica que dirige teve contacto especificamente comsituações <strong>de</strong> violência doméstica?NãoSim___________________________________________________________De que forma? ______________________________________________________________________________________________________________________18. As pessoas que trabalham na unida<strong>de</strong> orgânica que dirige são incentivadas a apresentarsugestões que contribuam <strong>para</strong> a igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens, a conciliação entre avida profissional, familiar e pessoal e a protecção da maternida<strong>de</strong> e da paternida<strong>de</strong>?NãoSim___________________________________________________________De que forma? ______________________________________________________________________________________________________________________234


19. A unida<strong>de</strong> orgânica que dirige utiliza linguagem e imagens não discriminatórias emfunção do sexo na publicida<strong>de</strong> e na promoção das suas activida<strong>de</strong>s?Não Sim PARTE IV- PERCEPÇÃO INDIVIDUAL ACERCA DA IGUALDADE DE GÉNERO20. Posicione-se perante as seguintes afirmações:Já estive em situações em que mesenti discriminado/a por ser homem oumulher.As situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entrehomens e mulheres não afectam aminha vida.Tenho facilida<strong>de</strong> em conciliar a minhavida familiar e profissional.A minha organização familiar permitemedispor <strong>de</strong> iguais condições nacarreira.A participação dos homens nas tarefasdomésticas e nos cuidados diários aosfilhos tem vindo a aumentarAs mulheres que trabalham continuama <strong>de</strong>sempenhar a maior parte dastarefas domésticas eresponsabilida<strong>de</strong>s familiares.NãoDiscordoConcordoConcordoDiscordoConcordocompletamenteNemplenamenteDiscordo 235


Muitas mulheres adiam a maternida<strong>de</strong><strong>para</strong> melhor se <strong>de</strong>dicarem à carreira. No trabalho, os homens dispõem <strong>de</strong>melhores condições <strong>de</strong> progressão nacarreira do que as mulheres.Hoje em dia, a organização familiardos casais permite que homens emulheres disponham <strong>de</strong> iguaiscondições <strong>de</strong> carreira.Seria <strong>de</strong>sejável que as mulherespu<strong>de</strong>ssem ficar em casa com os filhosaté estes completarem 5 anos.Deveriam ser tomadas medidas quevisassem aumentar a representaçãodas mulheres nos níveis elevados <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão. 21. Posicione-se perante as seguintes afirmações, <strong>de</strong> acordo com a sua opinião acerca dascaracterísticas comportamentais dos homens em funções <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança.NãoDiscordocompletamenteDiscordoConcordoNemConcordoConcordoplenamenteDiscordoPrivilegiam rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão Privilegiam consenso na tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão Preocupam-se com o clima laboral esatisfação <strong>de</strong> subordinados Preocupam-se com resultados em<strong>de</strong>trimento dos processosadministrativos Promovem o trabalho em equipa 236


Incentivam a inovação/criativida<strong>de</strong> Possuem atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> mediação <strong>de</strong>conflitos Têm facilida<strong>de</strong> em estabelecer relaçõese em comunicar 22. Posicione-se perante as seguintes afirmações, <strong>de</strong> acordo com a sua opinião acerca dascaracterísticas comportamentais das mulheres em funções <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança.NãoDiscordocompletamenteDiscordoConcordoNemConcordoConcordoplenamenteDiscordoPrivilegiam rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão Privilegiam consenso na tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisãoPreocupam-se com o clima laboral esatisfação <strong>de</strong> subordinadosPreocupam-se com resultados em<strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> processosadministrativos Promovem o trabalho em equipa Incentivam a inovação/criativida<strong>de</strong> Possuem atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> mediação <strong>de</strong>conflitosTêm facilida<strong>de</strong> em estabelecerrelações e em comunicar 237


23. Posicione-se perante a evolução prospectiva da situação da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género naadministração local:NãoDiscordocompletamenteDiscordoConcordoNemConcordoConcordoplenamenteDiscordoO aumento do número <strong>de</strong> mulheres naadministração local é uma tendêncianatural resultante da evolução cultural/<strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong>sO aumento do número <strong>de</strong> mulheres naadministração local é uma tendêncianatural resultante do aumento daescolarida<strong>de</strong>/qualificações dasmesmasO aumento do número <strong>de</strong> mulheres naadministração local em lugares e áreasque lhes eram antes vedados, resultada tomada <strong>de</strong> consciência e conquistadas próprias mulheres O aumento do número <strong>de</strong> mulheres naadministração local tem vindo asuperar o número <strong>de</strong> homensUm equilíbrio <strong>de</strong> número erepresentativida<strong>de</strong> entre homens emulheres é o i<strong>de</strong>alO aumento do número <strong>de</strong> mulheresem lugares <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão resulta daevolução <strong>de</strong> mentalida<strong>de</strong>s no sentidoda melhor aceitação <strong>de</strong> chefiasmulheresExiste uma menor representativida<strong>de</strong>das mulheres em lugares <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãopor opção das mesmas <strong>de</strong>vido às suasresponsabilida<strong>de</strong>s familiaresRegista-se um aumento do número <strong>de</strong>mulheres na administração local, massimultaneamente permanência doslugares <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão maioritariamentemasculinos 238


PARTE V – USO DO TEMPO NA ESFERA PESSOAL / FAMILIAR24. I<strong>de</strong>ntifique quem realiza com maior frequência as tarefas apresentadas abaixo:OPróprioCônjugeOutrosfamiliaresEmpregado/adoméstico/ae/ouempresaOutrasituaçãoNãoaplicávelTarefas domésticas Fazer compras <strong>para</strong> a casa Fazer re<strong>para</strong>ções em casa Acompanhamento a consultas <strong>de</strong><strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou ascen<strong>de</strong>ntes Acompanhamento em situações<strong>de</strong> doença <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes eascen<strong>de</strong>ntes Levar/ buscar crianças à escola Acompanhamento dos filhos nosestudos- reuniões <strong>de</strong> pais,acompanhamento estudo (seaplicável)Participar em activida<strong>de</strong>srelacionadas como o voluntariado/a participação cívica 239


25. Indique com que frequência costuma realizar essas mesmas tarefas:Não RealizaOcasionalmenteMenos <strong>de</strong> 1hora por diaEntre 1 e 3horas pordiaMais <strong>de</strong> 3horas pordiaTarefas domésticas Fazer compras <strong>para</strong>a casa Fazer re<strong>para</strong>çõesem casa Acompanhamento aconsultas <strong>de</strong><strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ouascen<strong>de</strong>ntesAcompanhamentoem situações <strong>de</strong>doença <strong>de</strong><strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes eascen<strong>de</strong>ntesLevar/ buscarcrianças à escolaAcompanhamentodos filhos nosestudos- reuniões <strong>de</strong>pais,acompanhamentoestudo (se aplicável) Participar emactivida<strong>de</strong>srelacionadas como ovoluntariado/ aparticipação cívica 240


26. Alguma vez foi alvo das seguintes situações?SimNãoViolência doméstica Assédio em contexto <strong>de</strong>trabalhoAssédio fora do contexto <strong>de</strong>trabalhoOutra situação relacionadacom a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entrehomens e mulheres que queirareferir.Qual?Comentários e sugestõesMuito obrigada pela sua colaboração!241


Anexo 3[QUESTIONÁRIO COLABORADORES DO MUNICÍPIO]O seguinte questionário <strong>de</strong>stina-se, no âmbito da elaboração do <strong>Plano</strong> Interno <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong><strong>de</strong> <strong>Género</strong>, a recolher as opiniões dos colaboradores do Município acerca das questões <strong>de</strong><strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, pelo que se solicita a sua colaboração <strong>para</strong> o preenchimento dasquestões abaixo.PARTE I- CARACTERIZAÇÃO DO INQUIRIDO1. SexoMasculino Feminino 2. Ida<strong>de</strong>Até 25 anos Dos 26 aos 45 anosDos 46 aos 65 anosMais <strong>de</strong> 65 anos 3. Agregado familiar3.1 Nº <strong>de</strong> pessoas no agregado familiar___3.2 Indique quem constitui o seu agregadofamiliarVive só Cônjuge Filho(s) Nº <strong>de</strong> filhosIda<strong>de</strong>sPais Avós Outras pessoasQuem?4. Situação Profissional4.1 CarreiraTécnico SuperiorAssistente TécnicoAssistente OperacionalPolícia <strong>Municipal</strong>Informática4.2 Antiguida<strong>de</strong>Menos <strong>de</strong> 1 anoDe 1 a 5 anosDe 6 a 10 anosDe 11 a 20 anos21 e mais anos 4.3 VínculoContrato <strong>de</strong> Trabalho Tempo In<strong>de</strong>terminadoContrato <strong>de</strong> Trabalho Tempo DeterminadoOutro242


4.4 Unida<strong>de</strong> orgânica em que trabalha5. Habilitações LiteráriasDoutoramento/ MestradoPós-graduaçãoLicenciaturaÁreaBacharelato / Curso MédioEnsino Secundário2.º ou 3.º Ciclo do Ensino Básico 1.º Ciclo do Ensino Básico 243


PARTE II. USO DO TEMPO NA ESFERA LABORAL6. Que tipo <strong>de</strong> horário tem? 7. E que tipo <strong>de</strong> horário gostaria <strong>de</strong> praticar?Rígido Flexível Jornada Contínua Isenção <strong>de</strong> horário Turnos 8. Qual a duração do tempo <strong>de</strong> trabalho?Tempo completoTempo parcial9. Tem conhecimento <strong>de</strong> algum dos 10. E beneficia <strong>de</strong> algum?seguintes apoios?(Po<strong>de</strong> assinalar mais do que uma resposta)Subsídios educacionais Apoio Médico Apoio Psicológico Outros Quais? Quais?11. Tem conhecimento dos seguintes 12. E beneficia <strong>de</strong> algum <strong>de</strong>les?acordos que existem entre oMunicípio <strong>de</strong> Oeiras e outrosparceiros?(Po<strong>de</strong> assinalar mais do que uma resposta)Saú<strong>de</strong> (assistênciamédica, <strong>de</strong>ntista, entreoutros)Ginásios Outros Quais? Quais?244


13. Indique se no último ano participou nas seguintes acções, através do Município <strong>de</strong>Oeiras:SimNãoAcções <strong>de</strong> formação contínua Acções <strong>de</strong> formaçãoespecificamente na área da<strong>Igualda<strong>de</strong></strong> entre homens emulheresParticipação na elaboraçãodas Gran<strong>de</strong>s Opções do<strong>Plano</strong> na sua unida<strong>de</strong>orgânica14. Na sua opinião, em termos gerais, existem situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre homense mulheres no Município <strong>de</strong> Oeiras?NãoSimNa sua opinião, estas situações Têm aumentado Têm-se mantido constantes Têm diminuído245


PARTE III – USO DO TEMPO NA ESFERA PESSOAL / FAMILIAR15. I<strong>de</strong>ntifique quem realiza com maior frequência as tarefas apresentadas abaixo:OPróprioCônjugeOutrosfamiliaresEmpregado/adoméstico/ae/ouempresaOutrasituaçãoNãoaplicávelTarefas domésticas Fazer compras <strong>para</strong> acasaFazer re<strong>para</strong>ções emcasaAcompanhamento aconsultas <strong>de</strong><strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ouascen<strong>de</strong>ntesAcompanhamento emsituações <strong>de</strong> doença <strong>de</strong><strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes eascen<strong>de</strong>ntesLevar/ buscar crianças àescolaAcompanhamento dosfilhos nos estudosreuniões<strong>de</strong> pais,acompanhamentoestudo (se aplicável)Participar emactivida<strong>de</strong>s relacionadascomo o voluntariado/ aparticipação cívica 16. Indique com que frequência costuma realizar essas mesmas tarefas:Não RealizaOcasionalmenteMenos <strong>de</strong> 1hora por diaEntre 1 e 3horas pordiaMais <strong>de</strong> 3horas pordiaTarefas domésticas Fazer compras <strong>para</strong>a casa Fazer re<strong>para</strong>çõesem casa 246


Acompanhamento aconsultas <strong>de</strong><strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ouascen<strong>de</strong>ntesAcompanhamentoem situações <strong>de</strong>doença <strong>de</strong><strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes eascen<strong>de</strong>ntesLevar/ buscarcrianças à escolaAcompanhamentodos filhos nosestudos- reuniões<strong>de</strong> pais,acompanhamentoestudo (se aplicável) Participar emactivida<strong>de</strong>srelacionadas como ovoluntariado/ aparticipação cívica 17. Que outro tipo <strong>de</strong> benefícios gostaria <strong>de</strong> ter no sentido <strong>de</strong> melhor conciliar a sua vidafamiliar e profissional? (Po<strong>de</strong> assinalar mais do que uma resposta)Serviço <strong>de</strong> apoio ao trabalhodoméstico (engomadoria,costura, pequenasre<strong>para</strong>ções,…)Equipamentos <strong>de</strong> apoio(creche, jardim <strong>de</strong> infância,centro <strong>de</strong> dia, apoiodomiciliário, lar <strong>de</strong> idosos,…)Serviços <strong>de</strong> babysittingColónias <strong>de</strong> férias <strong>para</strong> filhosOutro. Qual?247


18. Alguma vez foi alvo das seguintes situações?SimNãoViolência doméstica Assédio moral em contexto <strong>de</strong> trabalho Assédio moral fora do contexto <strong>de</strong> trabalho Assédio sexual em contexto <strong>de</strong> trabalho Assédio sexual fora <strong>de</strong> contexto <strong>de</strong> trabalho Outra situação relacionada com a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre homens emulheres que queira referir.Qual?248


PARTE IV- PERCEPÇÃO ACERCA DA IGUALDADE DE GÉNERO19. Posicione-se perante as seguintes afirmações:DiscordocompletamenteDiscordoNãoConcordoNemDiscordoConcordoConcordoplenamenteJá estive em situações em que me sentidiscriminado/a por ser homem ou mulher. As situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> entre homense mulheres não afectam a minha vida.Tenho facilida<strong>de</strong> em conciliar a minha vidafamiliar e profissional.A minha organização familiar permite-medispor <strong>de</strong> iguais condições na carreira.A participação dos homens nas tarefasdomésticas e nos cuidados diários aos filhostem vindo a aumentar As mulheres que trabalham continuam a<strong>de</strong>sempenhar a maior parte das tarefasdomésticas e responsabilida<strong>de</strong>s familiares. Muitas mulheres adiam a maternida<strong>de</strong> <strong>para</strong>melhor se <strong>de</strong>dicarem à carreira.No trabalho, os homens dispõem <strong>de</strong> melhorescondições <strong>de</strong> progressão na carreira do queas mulheres. Hoje em dia, a organização familiar doscasais permite que homens e mulheresdisponham <strong>de</strong> iguais condições <strong>de</strong> carreira. 249


19. Posicione-se perante as seguintes afirmações (cont.):NãoDiscordoDiscordoConcordoConcordoConcordocompletamenteNemplenamenteDiscordoSeria <strong>de</strong>sejável que as mulherespu<strong>de</strong>ssem ficar em casa com os filhosaté estes completarem 5 anos. Deveriam ser tomadas medidas quevisassem aumentar a representação dasmulheres nos níveis elevados <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Comentários e sugestõesMuito obrigada pela sua colaboração!250


Anexo 4[QUESTIONÁRIO AGENTES LOCAIS]A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Oeiras, no âmbito da elaboração do <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong><strong>de</strong> <strong>Género</strong>, solicita a sua colaboração <strong>para</strong> o preenchimento das questões abaixo.PARTE ISITUAÇÃO DA IGUALDADE DE GÉNERO NO CONCELHO1. Percepção da realida<strong>de</strong> concelhia em termos <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>1.1 Na sua opinião existem situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género no Concelho?NãoSimNa sua opinião, estassituações Têm aumentado Têm-se mantido constantes Têm diminuído1.2 Posicione-se <strong>de</strong> acordo com as seguintes afirmações:As <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> género no acessoao emprego têm diminuído.A representação dos dois géneros nasprofissões encontra-se equilibrada.Os equipamentos <strong>de</strong> apoio à famíliaexistentes no Concelho são suficientes.As situações <strong>de</strong> violência <strong>de</strong> género noConcelho diminuíram.As acessibilida<strong>de</strong>s e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>transporte do Concelho facilitam aconciliação entre vida pessoal, familiare profissional.DiscordocompletamenteDiscordoConcordoConcordoplenamente251


1.3 I<strong>de</strong>ntifique as principais características do Concelho que, na sua opinião,condicionam, <strong>de</strong> forma positiva ou negativa, uma efectiva <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>:Pontos fortesPontos fracos2. Participação da organização nas questões <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> na comunida<strong>de</strong>2.1 A Entida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolve ou apoia iniciativas dirigidas à comunida<strong>de</strong> na área da<strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>?NãoSimAcções <strong>de</strong> sensibilizaçãoQuais?(po<strong>de</strong>assinalar mais(acções <strong>de</strong> formação, seminários e outras iniciativas <strong>de</strong> informação, campanhas<strong>de</strong> marketing social, entre outras)Parcerias comunitáriasdo que umaresposta)(criação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s, espaço <strong>de</strong> informação, protocolos, projectos <strong>de</strong> educação eprevenção)Iniciativas que assegurem a continuida<strong>de</strong> e sucesso do percurso escolar das crianças do sexo feminino e do sexo masculinoCriação e manutenção <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio social e entreajuda familiarIniciativas <strong>de</strong> promoção e prevenção da saú<strong>de</strong> dirigidas a mulheres e a homens Acesso e utilização <strong>de</strong> instalações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto e lazer promovendo activida<strong>de</strong>s inclusivas (dirigidas a mulheres e a homens)Acções <strong>de</strong> incentivo à participação na vida associativa e política local <strong>de</strong> mulheres e homensIniciativas culturais mobilizadoras <strong>de</strong> uma maior consciência colectiva no domínio da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> géneroIniciativas <strong>de</strong> reconhecimento <strong>de</strong> boas práticas institucionais ou empresariais no domínio da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> géneroIniciativas <strong>de</strong> reconhecimento <strong>de</strong> boas práticas individuais no domínio da 252


igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> géneroAcções que visem a promoção da activida<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dora do sexo subrepresentado2.2 No último ano a sua entida<strong>de</strong> teve contacto com situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>género?NãoSimDe que ___________________________________________________________forma?______________________________________________________________________________________________________________________2.3 No último ano a sua entida<strong>de</strong> teve contacto especificamente com situações <strong>de</strong>violência doméstica?NãoSimDe que ___________________________________________________________forma?______________________________________________________________________________________________________________________253


PARTE IISITUAÇÃO DA IGUALDADE DE GÉNERO NA ORGANIZAÇÃO1.No planeamento estratégico e nos relatórios, planos, regulamentos da instituição éfeita menção expressa à igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens enquanto valor apromover?Não Sim 2. Os critérios e procedimentos <strong>de</strong> recrutamento e selecção <strong>de</strong> recursos humanos têmpresente o princípio da igualda<strong>de</strong> e da não discriminação em função do sexo?Não Sim 3. A candidatura e selecção <strong>de</strong> homens ou <strong>de</strong> mulheres <strong>para</strong> funções on<strong>de</strong> estejam subrepresentados/asé encorajada?NãoSimDe que ___________________________________________________________forma?______________________________________________________________________________________________________________________4. Os anúncios <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> emprego contêm elementos como “robustez física”,“disponibilida<strong>de</strong> total”, “situação conjugal” e “situação familiar”?Não Sim 5. O Organismo aquando da nomeação <strong>de</strong> uma pessoa <strong>para</strong> todos os níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãotem presente o princípio da igualda<strong>de</strong> e da não discriminação em função do sexo?Não Sim 6. Na formação certificada é integrado algum módulo relacionado com a temática daigualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens?Não Sim 254


7. A Entida<strong>de</strong> incentiva a frequência <strong>de</strong> formação no âmbito da igualda<strong>de</strong> entre mulherese homens?NãoSimDe que ___________________________________________________________forma?______________________________________________________________________________________________________________________8. A Entida<strong>de</strong> incentiva a igual participação <strong>de</strong> mulheres e homens em processos <strong>de</strong>aprendizagem ao longo da vida?NãoSimDe que ___________________________________________________________forma?______________________________________________________________________________________________________________________9. A Entida<strong>de</strong>, na atribuição <strong>de</strong> remunerações complementares (ex. prémios e regaliasacessórias), tem presente o princípio da igualda<strong>de</strong> e não discriminação em função dosexo, não penalizando mulheres ou homens pelas suas responsabilida<strong>de</strong>s familiares (ex.ausências ao trabalho por assistência inadiável à família, licenças por maternida<strong>de</strong>,paternida<strong>de</strong> e parental)?Não Sim 10. As competências dos trabalhadores e das trabalhadoras (habilitações escolares,formação profissional, competências adquiridas por via não formal einformal) são reconhecidas pelo Organismo, <strong>de</strong> modo igual, nos processos <strong>de</strong> promoçãoe progressão na carreira?Não Sim 255


11. As pessoas que trabalham na organização são incentivadas a apresentar sugestõesque contribuam <strong>para</strong> a igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens, a conciliação entre a vidaprofissional, familiar e pessoal e a protecção da maternida<strong>de</strong> e da paternida<strong>de</strong>?NãoSimforma?De que_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________12. Existem na entida<strong>de</strong> queixas formais <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> situação <strong>de</strong> discriminação emfunção do sexo?NãoSimQuais os _______________________________________________________procedimentos _______________________________________________________utilizados <strong>para</strong> as _______________________________________________________tratar?13. É possibilitada a opção por horários <strong>de</strong> trabalho flexíveis com vista à conciliaçãoentre a vida profissional, familiar e pessoal <strong>de</strong> trabalhadores e trabalhadoras,nomeadamente no que concerne ao período <strong>de</strong> amamentação/aleitamento?Não Sim 14. A Entida<strong>de</strong> possibilita a adaptação do tempo semanal <strong>de</strong> trabalho concentrando oualargando o horário <strong>de</strong> trabalho diário com vista à conciliação entre a vida profissional,familiar e pessoal <strong>de</strong> trabalhadores e trabalhadoras?Não Sim 15. Na marcação dos horários por turnos rotativos ou outros (se aplicável), sãoconsi<strong>de</strong>radas as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conciliação entre a vida profissional, familiar epessoal <strong>de</strong> trabalhadores e trabalhadoras?Não Sim 256


16. A Entida<strong>de</strong> possibilita o trabalho a tempo parcial a trabalhadores e trabalhadorascom vista à conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal?Não Sim 17. A Entida<strong>de</strong> atribui benefícios aos seus trabalhadores, trabalhadoras e suas famílias,<strong>de</strong> forma directa ou através <strong>de</strong> Serviços Sociais?NãoSimApoio a situações familiares especiaisQuais? (famílias monoparentais, familiares com <strong>de</strong>ficiência, familiares com doença(po<strong>de</strong> crónica, trabalhadores/as com netos/as <strong>de</strong> filhos/as adolescentes)assinalar mais Equipamentos próprios <strong>de</strong> apoio <strong>para</strong> filhos e filhas <strong>de</strong> trabalhadores edo que uma trabalhadorasresposta) (creche, jardim <strong>de</strong> infância, activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempos livres, colónias <strong>de</strong> férias, ououtros)Protocolos com serviços <strong>de</strong> apoio <strong>para</strong> filhos e filhas <strong>de</strong> trabalhadores etrabalhadoras(creche, jardim <strong>de</strong> infância, ludoteca, activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> bem estar, cultura e lazer,ginásios)Protocolos com serviços <strong>de</strong> apoio a familiares idosos ou com <strong>de</strong>ficiência(apoio domiciliário, reabilitação, lares e centros <strong>de</strong> dia)Apoio financeiro <strong>para</strong> pagamento <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> acolhimento a filhos e filhas <strong>de</strong>trabalhadores e trabalhadoras(creche, jardim <strong>de</strong> infância, amas e babysitters)Apoios financeiros ligados à educação <strong>de</strong> filhos e filhas(subsídios, bolsas, pagamento <strong>de</strong> livros, pagamento <strong>de</strong> colónia <strong>de</strong> férias)Apoios financeiros ligados à saú<strong>de</strong> extensivos ao agregado familiar(plano <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> familiar, seguros, apoio domiciliário)Serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas suas instalações a familiares dos trabalhadores e dastrabalhadoras18. A Entida<strong>de</strong> encara <strong>de</strong> modo igual o exercício dos direitos da maternida<strong>de</strong> e dapaternida<strong>de</strong> por parte das trabalhadoras e dos trabalhadores?Não Sim 257


19. A Entida<strong>de</strong> incentiva os homens a gozar o período <strong>de</strong> licença parental previsto nalei?NãoSimDe que ___________________________________________________________forma?______________________________________________________________________________________________________________________20. A Entida<strong>de</strong> incentiva os homens ao uso <strong>de</strong> parte do tempo <strong>de</strong> licença pormaternida<strong>de</strong>/paternida<strong>de</strong> que po<strong>de</strong> ser partilhada com a mãe?NãoSimDe que ___________________________________________________________forma?______________________________________________________________________________________________________________________21. A Entida<strong>de</strong> encara <strong>de</strong> modo igual o exercício dos direitos <strong>de</strong> assistência à família porparte das trabalhadoras e dos trabalhadores?NãoSimDe que ___________________________________________________________forma?______________________________________________________________________________________________________________________22. A Entida<strong>de</strong> utiliza linguagem e imagens não discriminatórias em função do sexo napublicida<strong>de</strong> e na promoção das suas activida<strong>de</strong>s?Não Sim 23. A Entida<strong>de</strong> divulga, em local apropriado, informação relativa aos direitos e <strong>de</strong>veresdos trabalhadores e das trabalhadoras, em matéria <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> e não discriminação emfunção do sexo, maternida<strong>de</strong> e paternida<strong>de</strong>?Não Sim 258


Comentários e sugestõesI<strong>de</strong>ntificação da organizaçãoNome e função do inquiridoDataMuito obrigada pela sua colaboração!259


Anexo 5[RESUMO DO DIAGNÓSTICO CONDUCENTE À ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL PARA A IGUALDADE DE GÉNERO – VERTENTE EXTERNA]Potencialida<strong>de</strong>s (Concelho <strong>de</strong> Oeiras)Vulnerabilida<strong>de</strong>s (Concelho <strong>de</strong> Oeiras) Localização geográfica estratégica do Concelho no contextometropolitano e da Gran<strong>de</strong> Lisboa (1); Epicentro da competitivida<strong>de</strong> (1); Características geográficas (1); Existência <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> investigação e tecnologia (1); Taxa bruta <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong> e taxa <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> geral superiores àmédia nacional e dos municípios que constituem a Gran<strong>de</strong> Lisboa;Valor médio anual das pensões superior à média nacional e da Gran<strong>de</strong>Lisboa, em especial no que se refere à pensão <strong>de</strong> velhice;Número médio <strong>de</strong> dias por subsídio <strong>de</strong> doença inferior à média nacional.O número médio <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego é igualmenterepartido entre homens e mulheres, contrariamente à média nacional eda Gran<strong>de</strong> Lisboa, on<strong>de</strong> é superior no sexo feminino;Concelho com maior peso <strong>de</strong> população das classes alta e média-alta(2); Nível elevado <strong>de</strong> qualificação profissional e académico (1); Rendimento per capita acima da média nacional (1);(continuação…) Território <strong>de</strong> atravessamento (1); Concorrência territorial dos Concelhos limítrofes na fixação <strong>de</strong> população maisjovem (1); Constrangimentos à fixação da população mais jovem e a classe média/média emédia/baixa por <strong>de</strong>ficit <strong>de</strong> habitação e emprego diversificados (1); Sistema <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s e transportes <strong>de</strong>ficitário, por <strong>de</strong>ficit <strong>de</strong> um sistemaintegrado <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>s e mobilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> interligações entre centros urbanose na oferta <strong>de</strong> transportes públicos (1); Acentuado aumento das famílias <strong>de</strong> menor dimensão; Agravamento do isolamento, principalmente junto das mulheres; Percentagem <strong>de</strong> famílias monoparentais superior à média nacional e com umataxa <strong>de</strong> feminilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 87%; Dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> integração escolar das gerações mais novas das comunida<strong>de</strong>smenos integradas (1); A maioria dos beneficiários do subsídio <strong>de</strong> doença, rendimento social <strong>de</strong>inserção e subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego são mulheres; Verifica-se um <strong>de</strong>créscimo no subsídio <strong>de</strong> paternida<strong>de</strong> e respectiva licençaparental; Taxa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> inferior nas mulheres; Taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego superior nas mulheres; As mulheres representam 38% dos alunos inscritos no ensino superior e 42%dos diplomados, valores inferiores às médias <strong>de</strong> Portugal (53,4% e 59,6%) e dosconcelhos da Gran<strong>de</strong> Lisboa (52,7% e 57,7%);Ganhos médios mensais dos homens superiores aos das mulheres;Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumentar o número <strong>de</strong> vagas em creche, sobretudo, junto dosaglomerados urbanos on<strong>de</strong> a taxa <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mantém elevada;Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumentar o número <strong>de</strong> vagas no pré-escolar da re<strong>de</strong> pública,especialmente, na freguesia <strong>de</strong> Oeiras e São Julião da Barra;Os Centros <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Tempos Livres das re<strong>de</strong>s solidária e pública têmuma taxa <strong>de</strong> cobertura <strong>de</strong> 40%260


Potencialida<strong>de</strong>s(Concelho <strong>de</strong> Oeiras)Taxa <strong>de</strong> criminalida<strong>de</strong> em Oeiras encontra-se abaixo da médianacional e dos municípios da Gran<strong>de</strong> Lisboa;A gran<strong>de</strong> maioria das vítimas <strong>de</strong> violência doméstica não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>economicamente dos agressores e estes não consomemhabitualmente álcool ou estupefacientes. As mulheres ten<strong>de</strong>m a ter comportamentos mais saudáveis do queos homens no que se refere ao consumo <strong>de</strong> álcool eautomedicação; Sustentabilida<strong>de</strong> ambiental (1); Espaços ver<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> lazer <strong>de</strong> elevada qualida<strong>de</strong> (1); Existência no Concelho <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 150 espaços vocacionados<strong>para</strong> a prática informal <strong>de</strong> <strong>de</strong>sporto; Consolidação da estratégia dos corredores ver<strong>de</strong>s (1); Elevada oferta <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>sportivos e culturais (1); Desenvolvimento do associativismo e participação cívica (1);Reduzida <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género em relação ao exercício do voto,ao nível nacional;Distribuição equilibrada dos sexos entre os associados dosorganismos juvenis do Concelho;As organizações sociais do Concelho <strong>de</strong>monstram respeito pelosprincípios da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, principalmente no que se refereà adaptação do tempo <strong>de</strong> trabalho às necessida<strong>de</strong>s pessoais efamiliares.Vulnerabilida<strong>de</strong>s(Concelho <strong>de</strong> Oeiras)A re<strong>de</strong> solidária <strong>de</strong> lares <strong>de</strong> idosos abrange apenas 1,4% dos munícipes com65 ou mais anos;A re<strong>de</strong> solidária <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Apoio Domiciliário abrange apenas 3,06% dosmunícipes com 65 ou mais anos;Taxa <strong>de</strong> criminalida<strong>de</strong> em Oeiras não acompanhou a tendência <strong>de</strong> <strong>de</strong>créscimoregistada em 2006 e 2007 em Portugal e na Gran<strong>de</strong> Lisboa, tendo mesmoaumentado;Em 2009 forma registadas no Concelho, 533 participações às forças policiais,por violência doméstica. Com<strong>para</strong>ndo o primeiro semestre <strong>de</strong> 2009 e 2010,verificamos que estas participações sofreram uma variação positiva na or<strong>de</strong>mdos 16%;Comportamentos pouco saudáveis nas mulheres no que se refere à prática <strong>de</strong>activida<strong>de</strong> física, ingestão diária <strong>de</strong> água e toma do pequeno-almoço em casa;Inexistência <strong>de</strong> dados referentes a mobilida<strong>de</strong>, transportes e ambiente sobre oConcelho, <strong>de</strong>sagregados por sexo;Inexistência <strong>de</strong> dados estatísticos <strong>de</strong>sagregados por sexo, nomeadamente,em áreas como o acesso à cultura e ao <strong>de</strong>sporto, no Concelho <strong>de</strong> Oeiras;Fraca participação feminina na composição dos órgãos autárquicos emOeiras;Baixa taxa <strong>de</strong> feminilida<strong>de</strong> nos órgãos sociais das associações juvenis doConcelho e dos membros da Comissão <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong>, 34,46% e23,91% respectivamente.As organizações sociais do Concelho percepcionam a manutenção <strong>de</strong>situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> especialmente no que diz respeito a equilíbrio <strong>de</strong>género das profissões, fraca cobertura <strong>de</strong> equipamentos que permitam umaefectiva conciliação e em situações <strong>de</strong> violência.261


Potencialida<strong>de</strong>s(Contexto Externo ao Concelho)Melhoria das condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> relacionada com progresso damedicina, alteração dos estilos <strong>de</strong> vida, entre outros;Aumento da esperança média <strong>de</strong> vida à nascença, principalmenteno que se refere ao sexo feminino;Aumento da longevida<strong>de</strong>, mais evi<strong>de</strong>nte nas mulheres;Os benefícios sociais transferidos em 2008 permitiram reduzir em6,5% a proporção da população em risco <strong>de</strong> pobreza;Legislação vigente que propicia a promoção da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong>género e <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e a conciliação entre a vida pessoal/familiar e profissional.Vulnerabilida<strong>de</strong>s(Contexto Externo ao Concelho)Conjuntura económica actual;Taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego elevada (no 2.º trimestre <strong>de</strong> 2010 esta taxa fixou-se nos10,6%);Grau <strong>de</strong> pobreza nas mulheres superior ao registado nos homens e comtrajectórias mais longas, porque ligadas aos cuidados à família e ao trabalhodoméstico;Decréscimo da natalida<strong>de</strong> e acentuado envelhecimento da população;Acréscimo positivo dos núcleos monoparentais com uma taxa <strong>de</strong> feminilida<strong>de</strong>muito elevada;Insuficiência e ina<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> recursos e serviços <strong>de</strong> apoio à família;Crescente diminuição das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> parentesco e solidarieda<strong>de</strong> informal;Os homens <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>m mais tempo que as mulheres com o trabalhoremunerado, no entanto, o tempo total <strong>de</strong> trabalho (remunerado e nãoremunerado) é superior nas mulheres;38% das mulheres e 43% dos homens são vítimas <strong>de</strong> violência <strong>de</strong> género;6,4% das mulheres são vítimas <strong>de</strong> violência doméstica;Menor participação das mulheres nas campanhas eleitorais;Fraca participação das mulheres na vida cívica.(1) Análise SWOT do Município, consultada em http://www.cm-oeiras.pt/municipio/DocEcoFinEst/GraOpcPla/Documents/GOP2009/GOP%202009.htm#PLANO_ESTRATÉGICO em2/12/2010.(2) De acordo com o Atlas Social <strong>de</strong> Portugal 2010, do Grupo Marktest, consultado em http://www.marktest.com/wap/a/n/id~1690.aspx em 2 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 201262


INDICE DE FIGURAS E QUADROSIndice <strong>de</strong> Figuras1 Abordagem do <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> <strong>de</strong> Oeiras 62 Estrutura do <strong>Plano</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>para</strong> a <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> <strong>de</strong> Oeiras 73 Principais orientações internacionais em matéria <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> 104 Principais orientações nacionais em matéria <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> 115 Vectores do diagnóstico interno 256 Mo<strong>de</strong>lo Conceptual – vertente interna 257 Percepções sobre igualda<strong>de</strong> no contexto do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, dirigentes do Município 408 Representações <strong>de</strong> género sobre li<strong>de</strong>rança, caracteristicas profissionais masculinas, dirigentes44do Município9 Representações <strong>de</strong> género sobre li<strong>de</strong>rança, caracteristicas profissionais femininas, dirigentes do45Município10 Gráfico - População resi<strong>de</strong>nte no Concelho, segundo o nível <strong>de</strong> ensino atingido e o sexo, 2001 7611 Estrutura conceptual: População activa e inactiva 8012 Gráfico - Beneficiários do Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção do Concelho, por tipo <strong>de</strong> família, 2009 9313 Gráfico - Respostas Sociais do Concelho, 2009 9814 Gráfico - Média (em anos) ao nascimento do primeiro filho e ao primeiro casamento, na Gran<strong>de</strong> 100Lisboa, por sexos, 2006, 2007 e 200815 Gráfico - Resi<strong>de</strong>ntes dos bairros municipais, por grupo etário, 2009 10716 Papel das mulheres na prevenção do ambiente 10917 Gráfico - Procura relativa por tipo <strong>de</strong> energia no Concelho, 2003 11918 Gráfico - Distribuição do consumo total <strong>de</strong> energia das viagens com origem ou <strong>de</strong>stino no 120Concelho, por tipo <strong>de</strong> serviço, 200319 Gráfico - População a exercer uma profissão e a estudar em Oeiras, por concelho <strong>de</strong> residência, 130200120 Condicionantes dos padrões <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> do Concelho 13421 Objectivos Estratégicos – vertente interna 199


Indice <strong>de</strong> Quadros1 Beneficios do mainstreaming <strong>de</strong> género, ao nível interno e externo das organizações 232 Distribuição dos trabalhadores do Município, segundo o sexo, 2009 263 Distribuição dos trabalhadores do Município, segundo o cargo/carreira, a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>26vinculação e o sexo, 20094 Distribuição dos trabalhadores, segundo o cargo/carreira, nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> e o sexo 275 Percepções dos colaboradores do Município relativas à conciliação entre a vida profissional,29familiar e pessoal6 Contagem das horas <strong>de</strong> trabalho extraordinário efectuado pelos colaboradores do Munícipio,31diurno e nocturno, segundo o sexo7 Protecção na parentalida<strong>de</strong> e assistência a familiares gozada pelos colaboradores do31Munícipio, por carreiras profissionais8 Percepções dos colaboradores do Município relativas à conciliação entre a vida profissional,34familiar e pessoal, <strong>de</strong> acordo com o Instituto Great Pleace do Work9 Indice <strong>de</strong> Concordância <strong>de</strong>finido pelo Instituto Great Pleace do Work 3410 Ida<strong>de</strong> dos filhos, dirigentes do Município 3511 Unida<strong>de</strong> Orgânica, dirigentes do Município 3612 Número <strong>de</strong> filhos, colaboradores do Município 3713 Ida<strong>de</strong> dos filhos, colaboradores do Município 3814 Habilitações literárias, segundo o sexo, colaboradores do Município 3815 Percepções sobre igualda<strong>de</strong> no contexto do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, dirigentes do Município 3916 Percepção acerca da evolução prospectiva da situação da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género na41Administração Local, colaboradores do Município17 Percepção da existência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, segundo o sexo, dirigentes do Município 4218 Percepção da existência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, segundo o sexo, colaboradores do42Município19 Percepção da evolução das situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, segundo o sexo, dirigentes do43Município20 Percepção da evolução das situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, segundo o sexo, colaboradores do43Município21 <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> no contexto da Unida<strong>de</strong> Orgânica, dirigentes do Município 4322 Representações <strong>de</strong> género sobre li<strong>de</strong>rança, caracteristicas profissionais masculinas,46dirigentes do Município23 Representações <strong>de</strong> género sobre li<strong>de</strong>rança, caracteristicas profissionais femininas, dirigentes46do Município24 Tipo <strong>de</strong> horário praticado, segundo o sexo, colaboradores do Município 4725 Tipo <strong>de</strong> horário <strong>de</strong>sejado, segundo o sexo, colaboradores do Município 4826 Duração do tempo <strong>de</strong> trabalho, segundo o sexo, colaboradores do Município 4827 Conhecimento <strong>de</strong> apoios disponibilizados pelo Município, segundo o sexo, dirigentes do Município 4928 Conhecimento <strong>de</strong> apoios disponibilizados pelo Município, segundo o sexo, colaboradores do Município 4929 Benefício dos apoios disponibilizados pelo Município, segundo o sexo, dirigentes do Município 5030 Benefício dos apoios disponibilizados pelo Município, segundo o sexo, colaboradores do Município 5031 Conhecimento <strong>de</strong> acordos existentes entre o Município e outras entida<strong>de</strong>s, segundo o sexo, dirigentes do 50Município32 Conhecimento <strong>de</strong> acordos existentes entre o Município e outras entida<strong>de</strong>s, segundo o sexo,colaboradores Município51264


33 Benefício <strong>de</strong> acordos existentes entre o Município e outras entida<strong>de</strong>s, segundo o sexo,51dirigentes do Município34 Benefício <strong>de</strong> acordos existentes entre o Município e outras entida<strong>de</strong>s, segundo o sexo,51colaboradores Município35 Participação, segundo o sexo, colaboradores do Município 5236 Realização <strong>de</strong> tarefas domésticas e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, dirigentes do Município 5337 Realização <strong>de</strong> tarefas domésticas e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, colaboradores do54Município38 Efectuar compras <strong>para</strong> a casa e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, dirigentes do Município 5539 Efectuar compras <strong>para</strong> a casa e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, colaboradores do Município 5540 Efectuar re<strong>para</strong>ções e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, dirigentes do Município 5641 Efectuar re<strong>para</strong>ções e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, colaboradores do Município 5742 Acompanhamento a consultas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou ascen<strong>de</strong>ntes e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo58o sexo, dirigentes do Município43 Acompanhamento a consultas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou ascen<strong>de</strong>ntes e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo58o sexo, colaboradores do Município44 Acompanhamento em situações <strong>de</strong> doença <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou ascen<strong>de</strong>ntes e tempo59<strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, dirigentes do Município45 Acompanhamento em situações <strong>de</strong> doença <strong>de</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou ascen<strong>de</strong>ntes e tempo59<strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, colaboradores do Município46 Levar/buscar crianças à escola e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, dirigentes do Município 6047 Levar/buscar crianças à escola e tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, colaboradores do60Município48 Acompanhamento dos filhos nos estudos-reuniões <strong>de</strong> pais/ acompanhamento do estudo e61tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, dirigentes do Município49 Acompanhamento dos filhos nos estudos-reuniões <strong>de</strong> pais/ acompanhamento do estudo e61tempo <strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, colaboradores do Município50 Participação em activida<strong>de</strong>s relacionadas com o voluntariado/ participação cívica e tempo62<strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, dirigentes do Município51 Participação em activida<strong>de</strong>s relacionadas com o voluntariado/ participação cívica e tempo62<strong>de</strong>dicado, segundo o sexo, colaboradores do Município52 I<strong>de</strong>ntificação da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoios, segundo o sexo, colaboradores e dirigentes do63Município53 Vivências experienciadas em matéria <strong>de</strong> (<strong>de</strong>s) igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, segundo o sexo,64colaboradores Município54 Vivências <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s, opinião dos inquiridos, dirigentes do Município 6655 Vivências <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s, opinião dos inquiridos, colaboradores do Município 6656 População resi<strong>de</strong>nte no Concelho e Gran<strong>de</strong> Lisboa, por sexo, 2001 e 2008 6857 Relação <strong>de</strong> Masculinida<strong>de</strong> do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, 2001 e 2008 6858 População resi<strong>de</strong>nte no Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, por grupo etário e por sexo,69200859 Índices <strong>de</strong> Dependência e Envelhecimento do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, 2008 7060 Índice <strong>de</strong> Envelhecimento do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, por sexo, 2008 7061 População resi<strong>de</strong>nte no Concelho, por estado civil e por sexo, 1991 e 2001 7162 Dimensão Média Familiar do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, 1991 e 2001 7263 Estrutura das Famílias por dimensão média do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, 2001 7264 Tipos <strong>de</strong> Família no Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, 2001 73265


65 Núcleos Familiares Monoparentais no Concelho, por sexo do progenitor, 2001 7366 Famílias clássicas do Concelho, segundo o estado civil e sexo do representante <strong>de</strong> família,74pela classe etária <strong>de</strong>ste, 200167 Indicadores <strong>de</strong> População, 2007 e 2008 7468 Taxa <strong>de</strong> Analfabetismo do Concelho e Gran<strong>de</strong> Lisboa, 1991 e 2001 7669 Estabelecimentos <strong>de</strong> Educação / Ensino do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, segundo o 77nível <strong>de</strong> ensino ministrado e a natureza institucional, 200970 Número <strong>de</strong> Alunos do Concelho, por nível <strong>de</strong> ensino, 2009 7771 Indicadores <strong>de</strong> Educação, 2007/ 2008 7872 Indicadores <strong>de</strong> Educação, 2007/ 2008 e 2008/ 2009 7973 Acesso a equipamentos informáticos nos estabelecimentos <strong>de</strong> ensino do Concelho, Gran<strong>de</strong>79Lisboa e Portugal, 200874 Empresas e Socieda<strong>de</strong>s se<strong>de</strong>adas no Concelho, por sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> predominante 8175 Taxa <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong> do Concelho e Gran<strong>de</strong> Lisboa, 1991 e 2001 8276 População Activa do Concelho, com e sem activida<strong>de</strong> económica, por ida<strong>de</strong> e sexo 8277 População resi<strong>de</strong>nte no Concelho em ida<strong>de</strong> activa, sem activida<strong>de</strong> económica, segundo o83sexo, 200178 Taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego do Concelho, por sexo, 1991 e 2001 8379 Número <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados registados no Concelho, por sexo, tempo <strong>de</strong> inscrição, situação84face à procura <strong>de</strong> emprego, grupo etário e nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, em Abril <strong>de</strong> 201080 Proporção, por sexos, dos atendimentos dos Gabinetes <strong>de</strong> Inserção Profissional do Município,84201081 População empregada no Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, por grupos profissionais, 2001 8682 Indicadores do mercado <strong>de</strong> trabalho, 2008 8683 Trabalhadores por conta <strong>de</strong> outrem nos estabelecimentos no Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e87Portugal, segundo o sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> (CAE Rev. 3) e o sexo, 200884 Número <strong>de</strong> Trabalhadores por Conta <strong>de</strong> Outrem no Concelho, por Activida<strong>de</strong> Económica,87200885 Número <strong>de</strong> Pessoas ao Serviço nos Estabelecimentos no Concelho, por Activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>88Económica, 200886 População resi<strong>de</strong>nte no Concelho empregada, segundo o sexo e horas <strong>de</strong> trabalho semanais,88200187 Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta <strong>de</strong> outrem nos estabelecimentos noConcelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, segundo o sector <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> (CAE Rev. 3) e o sexo,20088988 Remunerações Médias Mensais Ganho e Base no Concelho, segundo o Nível <strong>de</strong>90Qualificação, 200889 Pensionistas do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, por Invali<strong>de</strong>z, Velhice e Sobrevivência,92200890 Valor médio das pensões por Invali<strong>de</strong>z, Velhice e Sobrevivência, no Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa92e Portugal, 200891 Beneficiários do Subsídio <strong>de</strong> Doença no Concelho e Portugal, por sexos, 2008 9292 Beneficiários do Rendimento Social <strong>de</strong> Inserção do Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal,93segundo o sexo e a ida<strong>de</strong>, 200893 Beneficiários <strong>de</strong> subsídios <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego no Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, segundo osexo e a ida<strong>de</strong>, 200893266


94 Valor e número <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego, no Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal,94segundo o sexo e a ida<strong>de</strong>, 200895 Beneficiários dos Subsídios <strong>de</strong> Maternida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> Paternida<strong>de</strong>, 2007 e 2008 9496 Ida<strong>de</strong> média (em anos) ao nascimento do primeiro filho e ao primeiro casamento, em Portugal99e na Gran<strong>de</strong> Lisboa, por sexos, 2006, 2007 e 200897 Taxas <strong>de</strong> Cobertura e respostas sociais do Concelho, dirigidas à Infância, 2009 10298 Resi<strong>de</strong>ntes no Concelho com 65 ou mais anos, por freguesia, 2001 10399 Taxas <strong>de</strong> Cobertura e respostas sociais do Concelho, dirigidas à Idosos, 2009 105100 Total <strong>de</strong> Resíduos Urbanos produzidos no Concelho e variação anual entre 2006 e 2008 125101 Total <strong>de</strong> Resíduos recolhidos selectivamente no Concelho e variação anual entre 2006 e 2008 126102 População a exercer uma profissão e a estudar em Oeiras, por concelho <strong>de</strong> residência, 2001 130103 População resi<strong>de</strong>nte em Oeiras, segundo o concelho <strong>de</strong> trabalho ou estudo, 2001 131104 População segundo a freguesia <strong>de</strong> residência e concelho <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino <strong>para</strong> trabalho ou estudo, 1312001105 População a exercer uma profissão e a estudar no Concelho, por principal meio <strong>de</strong> transporte 132utilizado, 2001106 População resi<strong>de</strong>nte no Concelho, por principal meio <strong>de</strong> transporte utilizado no trajecto local 132trabalho e estudo, 2001107 População resi<strong>de</strong>nte no Concelho e o tempo gasto no trajecto residência/local <strong>de</strong> trabalho ou 133estudo, 2001108 Motivo das viagens iniciadas e terminadas em Oeiras, 2008 135109 Modos <strong>de</strong> transporte simplificados (viagens internas e interconcelhias), 2008 135110 Indicadores <strong>de</strong> transportes por município, 2008 136111 Indicadores <strong>de</strong> População e Saú<strong>de</strong>, 2005-2007 e 2008 137112 Resumo da caracterização dos padrões <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do Concelho <strong>de</strong> Oeiras, 1402010113 Taxa <strong>de</strong> Criminalida<strong>de</strong> (em ‰), no Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e Portugal, por categoria <strong>de</strong> 142crimes, 2006 e 2007114 Crimes registados pelas autorida<strong>de</strong>s policiais no Concelho (número), segundo as categorias 142<strong>de</strong> crimes, 2007115 Medidas <strong>de</strong> trabalho a favor da comunida<strong>de</strong>, integrados no Município entre 2008 e 2010 143116 Número total <strong>de</strong> processos trabalhados pela CPCJO, por tipologia, entre 2005 e 2009 144117 Caracterização <strong>de</strong> vítimas e agressores <strong>de</strong> ocorrências <strong>de</strong> Violência Doméstica reportadas às 149forças <strong>de</strong> segurança do Concelho, 2009118 Ocorrências <strong>de</strong> Violência Doméstica reportadas às forças <strong>de</strong> segurança do Concelho, por 149motivo da intervenção policial, 2009119 Ocorrências <strong>de</strong> Violência Doméstica reportadas às forças <strong>de</strong> segurança do Concelho, por tipo 150<strong>de</strong> violência exercida, 2009120 Ocorrências <strong>de</strong> Violência Doméstica reportadas às forças <strong>de</strong> segurança do Concelho, por 150motivo da ocorrência, 2009121 Queixas sobre violência doméstica registadas nas Esquadras do Concelho, 2010 (1.º 151Semestre)122 Percepção da população escolar do Concelho sobre Violência Doméstica, 2008 152123 Variação da taxa <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> pobreza, segundo o sexo e grupo etário, Portugal, entre 2006 e 1552009124 População Imigrante no Concelho por nacionalida<strong>de</strong>, por sexo e relação <strong>de</strong> masculinida<strong>de</strong>,2001157267


125 Resumo da caracterização da população imigrante resi<strong>de</strong>nte no Concelho e i<strong>de</strong>ntificação dos 158seus principais problemas, 2010126 Utentes dos CLAII e do Posto <strong>de</strong> Atendimento a Imigrantes, Oeiras, 2008 160127 Núcleos familiares monoparentais no Concelho, por sexo, ida<strong>de</strong> e nível <strong>de</strong> ensino da geração 162mais velha, 2001128 População com <strong>de</strong>ficiência, resi<strong>de</strong>nte no Concelho e Gran<strong>de</strong> Lisboa, por sexos, 2001 163129 População com <strong>de</strong>ficiência resi<strong>de</strong>nte no Concelho, segundo o tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, o grau <strong>de</strong> 163capacida<strong>de</strong> atribuído, por sexo, 2001130 Respostas Sociais na área da Deficiência no Concelho, 2010 164131 Participantes no Enclave <strong>de</strong> Emprego Protegido integrados no Município, 2008 e 2009 165132 Despesas das <strong>Câmara</strong>s Municipais com Cultura e Desporto no Concelho, Gran<strong>de</strong> Lisboa e 169Portugal, 2008133 Hábitos <strong>de</strong> Consumo no Concelho, 2004 170134 Participantes em Activida<strong>de</strong>s Culturais promovidas pelo Município, 2009 171135 Utentes das Bibliotecas Municipais e participantes nas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas, 2009 172136 Equipamentos e Agentes Desportivos do Concelho, 2005 174137 Participantes nas Sessões Participativas da Revisão da Oeiras XXI, por sexo, 2007 e 2008 177138 Participantes na experiência-piloto <strong>de</strong> Orçamento Participativo do Munícipio, por sexo e 178freguesia <strong>de</strong> residência, 2009139 Taxa <strong>de</strong> feminização no executivo camarário, assembleia municipal e juntas <strong>de</strong> freguesia do 179Concelho, 2010140 Associações Juvenis do Concelho, caracterização dos Associados, por sexo, 2009 181141 Associações Juvenis do Concelhos, membros nos órgãos sociais <strong>de</strong> associações juvenis, por 182sexos, e respectiva taxa <strong>de</strong> feminilida<strong>de</strong>, 2009142 Membros da Comissão <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong> e respectiva taxa <strong>de</strong> feminilida<strong>de</strong>, 2009 183143 Percepções gerais acerca da existência <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s no Concelho, segundo 184os agentes locais144 Percepção da evolução <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s no Concelho, segundo os agentes 185locais145 Percepção relativamente às temáticas do emprego, conciliação, violência e acessibilida<strong>de</strong>s, 185segundo os agentes locais146 Organização <strong>de</strong> iniciativas <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong>, no contexto da organização, segundo os 186agentes locais147 Tipologia <strong>de</strong> iniciativas <strong>de</strong> <strong>Igualda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Género</strong> <strong>de</strong>senvolvidas no contexto da organização 187pelos agentes locais148 Contacto com situações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>, segundo os agentes locais 187149 Contacto com situações <strong>de</strong> violência doméstica, segundo os agentes locais 188150 Menção expressa à igualda<strong>de</strong> entre mulheres e homens nos documentos estratégicos dos 188agentes locais151 Respeito pelo princípio da igualda<strong>de</strong> e da não discriminação em função do sexo nos 189processos <strong>de</strong> recrutamento e selecção <strong>de</strong> recursos humanos empreendidos pelos agenteslocais152 Encorajamento <strong>para</strong> a candidatura e selecção <strong>de</strong> homens ou <strong>de</strong> mulheres <strong>para</strong> funções on<strong>de</strong> 189estejam sub-representados/as, segundo os agentes locais153 Presença <strong>de</strong> estereótipos <strong>de</strong> género nos anúncios <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> emprego, divulgados pelosagentes locais189268


154 Respeito pelo princípio da igualda<strong>de</strong> e da não discriminação em função do sexo nos 190processos <strong>de</strong> nomeação, segundo os agentes locais155 Presença <strong>de</strong> conteúdos relacionados com a temática da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género na formação 190certificada promovida pelos agentes locais156 Incentivo à frequência <strong>de</strong> formação no âmbito da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, por parte dos agentes 190locais157 Promoção da participação <strong>de</strong> mulheres e homens em processos <strong>de</strong> aprendizagem ao longo 191da vida, pelos agentes locais158 Respeito pelo principio da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género na atribuição <strong>de</strong> remunerações 191complementares, pelos agentes locais159 Reconhecimento <strong>de</strong> competências nos processos <strong>de</strong> promoção e progressão na carreira, 192in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do sexo, pelos agentes locais160 Incentivo à apresentação <strong>de</strong> suguestões promotoras <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, por parte dos 192agentes locais161 Existência <strong>de</strong> queixas formais <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> situação <strong>de</strong> discriminação em função do sexo, <strong>de</strong> 193acordo com os agentes locais162 Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> opção por horários <strong>de</strong> trabalho flexíveis, nomeadamente no que concerne ao 193período <strong>de</strong> amamentação/aleitamento, pelos agentes locais163 Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação do tempo semanal <strong>de</strong> trabalho concentrando ou alargando o 193horário <strong>de</strong> trabalho diário, pelos agentes locais164 Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marcação <strong>de</strong> horários por turnos rotativos ou outros, pelos agentes locais 194165 Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> optar por trabalho a tempo parcial, pelos agentes locais 194166 Atribuição <strong>de</strong> benefícios <strong>de</strong> forma directa ou através <strong>de</strong> Serviços Sociais, pelos agentes locais 194167 Tipologia <strong>de</strong> benefícios atribuídos, pelos agentes locais 195168 Respeito pelo principio <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, no exercício dos direitos da maternida<strong>de</strong> e da 195paternida<strong>de</strong>, pelos agentes locais169 Incentivo ao gozo da licença parental, por parte do pai, pelos agentes locais 195170 Incentivo ao uso, por parte do pai, <strong>de</strong> uma fracção do tempo <strong>de</strong> licença por 196maternida<strong>de</strong>/paternida<strong>de</strong>, pelos agentes locais171 Respeito pelo princípio <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> no exercício dos direitos <strong>de</strong> assistência à família, pelos 196agentes locais172 Utilização <strong>de</strong> linguagem e imagens não discriminatórias em função do sexo na publicida<strong>de</strong> e 197na promoção das activida<strong>de</strong>s, pelos agentes locais173 Divulgação <strong>de</strong> informação relativa aos direitos e <strong>de</strong>veres, em matéria <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, 197pelos agentes locais174 Eixos – vertente externa 200269

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