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transporte de cargas na Hidrovia do Madeira - Antaq

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AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOSSUPERINTENDÊNCIA DE NAVEGAÇÃO INTERIORGERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO E REGULAÇÃO DA NAVEGAÇÃO INTERIORTRANSPORTE DE CARGAS NA HIDROVIA DO RIO MADEIRA - 2010BRASÍLIA, 2011


FICHA TÉCNICAAGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOSDiretor - Geral (DG)Fer<strong>na</strong>n<strong>do</strong> Antônio Brito FialhoDiretor (DR)Tiago Pereira LimaSuperintendência <strong>de</strong> Navegação Interior – SNIJosé Alex Botelho <strong>de</strong> OlivaGerência <strong>de</strong> Desenvolvimento e Regulação da Navegação Interior –GDIAdalberto TokarskiEquipe Técnica - GDIFábio Augusto GianniniArthur YamamotoJosé Re<strong>na</strong>to Ribas FialhoEduar<strong>do</strong> PessoaA HIDROVIA DO RIO MADEIRAIntroduçãoAfluente da margem direita <strong>do</strong> rio Amazo<strong>na</strong>s, o rio Ma<strong>de</strong>ira é uma fundamental via <strong>de</strong> escoamentopara os merca<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res <strong>do</strong> exterior da produção <strong>de</strong> soja <strong>do</strong> Centro-Oeste, bem como daprópria região amazônica, e <strong>de</strong> vital importância para o <strong>de</strong>senvolvimento regio<strong>na</strong>l <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à suaposição estratégica. Constitui-se praticamente como a única via <strong>de</strong> <strong>transporte</strong> para a população quevive <strong>na</strong>s cida<strong>de</strong>s às suas margens, excluin<strong>do</strong>-se a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Humaitá – AM e Porto Velho - RO, quecontam com acesso ro<strong>do</strong>viário, ainda que não tão satisfatório.


O <strong>transporte</strong> <strong>de</strong> <strong>cargas</strong> ocorre tanto no senti<strong>do</strong> jusante, quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>sce o rio, quanto no senti<strong>do</strong>contrário. O caminho pela hidrovia <strong>do</strong> rio Ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Porto Velho até Itacoatiara (<strong>de</strong>scen<strong>do</strong> o rio)leva 70 horas. No senti<strong>do</strong> oposto, contra a correnteza, são necessárias 130 horas. Já o percurso <strong>de</strong>Porto Velho a Santarém, com uma distância <strong>de</strong> 1603 km, o tempo estima<strong>do</strong> <strong>de</strong> viagem é <strong>de</strong> 174h57min para subir o rio e 108h 42 min para <strong>de</strong>scer. Entretanto, o tempo não tem si<strong>do</strong> um empecilho àutilização da via.Fazem parte da hidrovia os rios Ma<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Porto Velho – RO até à sua foz, <strong>na</strong> confluência comrio Amazo<strong>na</strong>s, no esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> mesmo nome, e o rio Aripuanã, afluente da margem direita daquele.Na hidrovia <strong>do</strong> Ma<strong>de</strong>ira estão em operação um porto organiza<strong>do</strong> e seis termi<strong>na</strong>is <strong>de</strong> uso privativo,to<strong>do</strong>s localiza<strong>do</strong>s no município <strong>de</strong> Porto Velho, discrimi<strong>na</strong><strong>do</strong>s no quadro abaixo.RioRio Ma<strong>de</strong>iraFonte: ANTAQA seguir, são apresentadas informações a respeito <strong>do</strong> <strong>transporte</strong> <strong>de</strong> <strong>cargas</strong> nesta hidrovia. Os da<strong>do</strong>ssão oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Sistema <strong>de</strong> Desempenho Portuário – SDP, da ANTAQ. A mensuração das <strong>cargas</strong>transportadas seguiram a meto<strong>do</strong>logia utilizada no Anuário Estatístico da Navegação Interior,disponível em http://www.antaq.gov.br/Portal/Estatisticas_NavInterior.asp.Transporte <strong>de</strong> <strong>cargas</strong> <strong>na</strong> hidrovia <strong>do</strong> rio Ma<strong>de</strong>iraNome da Instalação PortuáriaPorto <strong>de</strong> Porto VelhoTUP BelmonteTUP CaimaTUP Cargill AgrícolaTUP FogásTUP Ipiranga Base Porto VelhoTUP PassarãoA hidrovia <strong>do</strong> rio Ma<strong>de</strong>ira vem se consolidan<strong>do</strong> como um relevante eixo <strong>de</strong> ecoamento <strong>de</strong> <strong>cargas</strong>,em especial <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao seu papel <strong>de</strong> conexão entre as regiões Norte e Centro-Oeste a portos <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> porte, por on<strong>de</strong> as <strong>cargas</strong> são enviadas a outros países. Destaca-se a presença <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>sopera<strong>do</strong>res como a Hermasa Navegação da Amazônia S.A. e a Transportes Bertolini Ltda.Em 2010, foram transporta<strong>do</strong>s pelo rio Ma<strong>de</strong>ira mais <strong>de</strong> 4 milhões <strong>de</strong> toneladas, incluin<strong>do</strong> tanto as<strong>cargas</strong> embarcadas <strong>na</strong>s instalações portuárias <strong>de</strong> Rondônia, quanto as ali <strong>de</strong>sembarcadas. No senti<strong>do</strong>jusante foram transporta<strong>do</strong>s basicamente cinco grupos <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias: soja, milho, semi-reboquebaú, contêineres e açúcar. Essas merca<strong>do</strong>rias representam aproximadamente 99% <strong>do</strong> totaltransporta<strong>do</strong>, em toneladas.Mapa - Senti<strong>do</strong> jusante


RIO MADEIRAROTransporte <strong>de</strong> <strong>cargas</strong> pelo rio Ma<strong>de</strong>ira no senti<strong>do</strong> jusante por grupo <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>ria - 2010Grupo merca<strong>do</strong>riaTransporte Rio Ma<strong>de</strong>ira (t) –Senti<strong>do</strong> Jusante% % AcumuladaSoja 2.554.790 70,9% 70,9%Milho 496.822 13,8% 84,7%Semi-Reboque Baú 287.314 8,0% 92,7%Contêineres 194.868 5,4% 98,1%Açúcar 29.138 0,8% 98,9%Outros 39.844 1,1% 100,0%Total 3.602.776 100,0% 100,0%Figura - Transporte <strong>de</strong> <strong>cargas</strong> pelo rio Ma<strong>de</strong>ira no senti<strong>do</strong> jusante por grupo <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>ria - 20100%0%1%1% 5%8%14%71%SOJA MILHO SEMI-REBOQUE BAÚ CONTÊINERESAÇÚCAR CARGAS DIVERSAS VEIC. TERRESTRESPARTES ACESSOROBRAS DE PEDRA,GESSO, AMIANTO EMICADesceram o rio mais <strong>de</strong> 3,6 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> <strong>cargas</strong>, das quais mais <strong>de</strong> 2,5 milhões foramsoja, o que representou 70,9% <strong>do</strong> total das <strong>cargas</strong>. Essa soja chega basicamente <strong>de</strong> caminhão até as


instalações portuárias <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto velho. Foram registradas duas linhas <strong>de</strong> <strong>transporte</strong> <strong>de</strong> soja:(i) Porto Velho RO) – Itacoatiara (AM), on<strong>de</strong> foram transportadas mais <strong>de</strong> 1,8 milhões <strong>de</strong> toneladas<strong>de</strong> soja e (i) Porto Velho (RO) – Santarém (PA), on<strong>de</strong> foram transportadas mais <strong>de</strong> 721 miltoneladas <strong>de</strong> soja.Os meses <strong>de</strong> maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> soja transportada em 2010 são fevereiro, março e abril,coincidin<strong>do</strong> com a época <strong>de</strong> cheia <strong>do</strong> rio. A menor utilização da referida hidrovia para o <strong>transporte</strong><strong>de</strong> soja no mesmo ano ocorreu nos meses <strong>de</strong> agosto, setembro e outubro, sen<strong>do</strong> que em setembro a<strong>na</strong>vegação praticamente foi paralisada <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à severa e atípica seca verificada <strong>na</strong>quele ano.Transporte <strong>de</strong> soja no rio Ma<strong>de</strong>ira por instalação portuária <strong>de</strong> origem e <strong>de</strong>stino - 2010Linha Distância Senti<strong>do</strong> Total <strong>de</strong> Soja (t)Milhões <strong>de</strong> TkuPorto Velho (RO) - Itacoatiara (AM) 1.063 1 1.833.525 1.949Porto Velho (RO) - Santarém (PA) 1.623 1 721.265 1.171Tabela – Movimentação <strong>de</strong> soja mensal <strong>na</strong> hidrovia <strong>do</strong> rio Ma<strong>de</strong>ira em toneladas - 2010450.000400.000350.000300.000250.000200.000150.000100.00050.0000Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro NovembroDezembro<strong>Hidrovia</strong> ma<strong>de</strong>ira Itaquatiara – HERMASA Santarém – CARGILGran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>sta soja tem como <strong>de</strong>stino principal a Europa. Países como Itália, Noruega,Holanda, Rússia, Espanha, Romênia, Lituânia, Grécia, Croácia, Di<strong>na</strong>marca, Portugal e GrãBretanha estão entre os <strong>de</strong>stinos <strong>de</strong>stas <strong>cargas</strong>. Os registros “zo<strong>na</strong> inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l” referem-se apaíses não informa<strong>do</strong>s pelas instalações portuárias a ANTAQ.Tabela – Destinos inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is da soja exportada por instalações portuárias selecio<strong>na</strong>das - 2010


Origem Pais <strong>de</strong> Destino Total <strong>de</strong> CargasSantarém - PA Zo<strong>na</strong> Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l 392.696TUP Hermasa Graneleiro – AMItália 294.329TUP Hermasa Graneleiro – AMNoruega 265.039TUP Hermasa Graneleiro – AMHolanda 206.401TUP Hermasa Graneleiro – AMRússia 196.383Santarém - PA Grã Bretanha 111.270Santarém - PA Holanda 110.134TUP Hermasa Graneleiro – AMEspanha 107.108TUP Hermasa Graneleiro – AMRomênia 64.512Santarém - PA Portugal 53.410TUP Hermasa Graneleiro – AMTUP Hermasa Graneleiro – AMTUP Hermasa Graneleiro – AMTUP Hermasa Graneleiro – AMLituânia 50.235Grécia 38.500Croácia 20.842Di<strong>na</strong>marca 11.741Figura - Destinos da soja com origem no TUP Hermasa Graneleiro e Porto <strong>de</strong> Santarém - 201016%33%15%14%10%6%6%HOLANDA ITÁLIA NORUEGA RUSSIAGRÃ BRETANHA ESPANHA OUTROSPara se ter uma noção <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> soja transportada no rio Ma<strong>de</strong>ira, ela representa151% <strong>de</strong> toda soja produzida no norte <strong>do</strong> país, ou 13% <strong>do</strong> total da produção <strong>de</strong> soja <strong>do</strong> MatoGrosso. Se compararmos com a produção <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> soja daquele ano, 3,7% passaram pelahidrovia <strong>do</strong> rio Ma<strong>de</strong>ira.Produção <strong>de</strong> Soja por Região em toneladas e relação da produção com o <strong>transporte</strong> no rio Ma<strong>de</strong>ira -2010


Região/UF Produção <strong>de</strong> Soja (t) – 2010 Soja rio Ma<strong>de</strong>ira/regiãoNorte 1.691.700 151,02%RR 3.900 65507,44%RO 384.300 664,79%PA 232.500 1098,83%TO 1.071.000 238,54%NORDESTE 5.309.500 48,12%MA 1.330.600 192,00%PI 868.400 294,20%BA 3.110.500 82,13%CENTRO-OESTE 31.586.700 8,09%MT 18.766.900 13,61%MS 5.307.800 48,13%GO 7.342.600 34,79%DF 169.400 1508,14%SUDESTE 4.457.600 57,31%MG 2.871.500 88,97%SP 1.586.100 161,07%SUL 25.642.700 9,96%PR 14.078.700 18,15%SC 1.345.200 189,92%RS 10.218.800 25,00%NORTE/NORDESTE 7.001.200 36,49%CENTRO-SUL 61.687.000 4,14%BRASIL 68.688.200 3,72%Fonte: ANTAQ/CONABFigura – TUP Hermasa GraneleiroFigura – Comparativo da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> soja transportada (t) <strong>na</strong> hidrovia <strong>do</strong> ma<strong>de</strong>ira em relação aprodução <strong>de</strong> soja <strong>de</strong> algumas regiões <strong>do</strong> país – 2010


70.000.00060.000.00050.000.00040.000.00030.000.00020.000.00010.000.0000Transportada <strong>na</strong> <strong>Hidrovia</strong> <strong>do</strong> Ma<strong>de</strong>iraTotal produzi<strong>do</strong> <strong>na</strong> região nor<strong>de</strong>steTotal produzi<strong>do</strong> no MTTotal produzi<strong>do</strong> no MSTotal produzi<strong>do</strong> no SulTotal produzi<strong>do</strong> no BrasilFonte: ANTAQ/CONABAo observar o <strong>transporte</strong> <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>ria milho percebe-se três linhas <strong>de</strong> <strong>cargas</strong>, a partir <strong>de</strong><strong>de</strong> Porto Velho: (i) Porto Velho (RO) - Itacoatiara (AM), (ii) Porto Velho (RO) - Belém (PA) e (iii)Porto Velho (RO) - Santarém (PA). A primeira rota foi a mais representativa, transportan<strong>do</strong> mais <strong>de</strong>314 mil toneladas <strong>de</strong> milho e Santarém foi a segunda linha com maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> milho.Transporte <strong>de</strong> milho no rio Ma<strong>de</strong>ira por instalação portuária <strong>de</strong> origem e <strong>de</strong>stino - 2010Linha Distância Senti<strong>do</strong> Total <strong>de</strong> Milho (t) TkuMilhões <strong>de</strong> TkuPorto Velho (RO) - Itacoatiara (AM) 1.063 1 314.714 334.471.387 334Porto Velho (RO) - Belém (PA) 2.468 1 447 1.103.339 1Porto Velho (RO) - Santarém (PA) 1.623 1 181.661 294.873.751 295Desses três <strong>de</strong>stinos ape<strong>na</strong>s o TUP Hermasa Graneleiro e o Porto <strong>de</strong> Santarém apresentaramregistros <strong>de</strong> exportação <strong>de</strong> milho através <strong>de</strong> <strong>na</strong>vegação <strong>de</strong> longo curso. A América <strong>do</strong> Sul, a Africa, aRepública Dominica<strong>na</strong> e a Europa foram os <strong>de</strong>stinos inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is <strong>do</strong> milho partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssestermi<strong>na</strong>is no ano <strong>de</strong> 2010.Tabela – Destinos inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is <strong>do</strong> milho exporta<strong>do</strong> por instalações portuárias selecio<strong>na</strong>das - 2010Instalação Portuária <strong>de</strong> Origem País <strong>de</strong> Destino Total <strong>de</strong> Milho (t)TUP Hermasa Graneleiro – AMColômbia 140.435TUP Hermasa Graneleiro – AMMarrocos 125.832Santarém - PA Argélia 33.046Santarém - PA República Dominica<strong>na</strong> 31.000Santarém - PA Venezuela 29.999Santarém - PA Colômbia 27.849TUP Hermasa Graneleiro – AMArgélia 27.499TUP Hermasa Graneleiro – AMHolanda 13.654Total 429.314Figura - Destinos <strong>do</strong> milho com origem no TUP Hermasa Graneleiro e Porto <strong>de</strong> Santarém - 2010


39%3%7%7%14%29%COLÔMBIA MARROCOS ARGÉLIAREPÚBLICADOMINICANAVENEZUELAHOLANDANo que tange ao <strong>transporte</strong> <strong>de</strong> semi-reboque baú <strong>na</strong> hidrovia <strong>do</strong> ma<strong>de</strong>ira, duas linhas apresentaramregistro <strong>de</strong> <strong>transporte</strong>: (i) Ma<strong>na</strong>us (AM) – Porto Velho (RO), sen<strong>do</strong> que neste caso o senti<strong>do</strong> dacarga ocorreu <strong>de</strong> Porto Velho à Ma<strong>na</strong>us, e (i) Porto Velho (RO) – Itacoatiara (AM). Praticamneteto<strong>do</strong> <strong>transporte</strong> foi realiza<strong>do</strong> <strong>na</strong> primeira linha.Transporte <strong>de</strong> semi-reboque baú no rio Ma<strong>de</strong>ira por instalação portuária <strong>de</strong> origem e <strong>de</strong>stino - 2010Linha Distância Senti<strong>do</strong>Total <strong>de</strong> Semireboquebaú (t)Milhões <strong>de</strong> TkuMa<strong>na</strong>us (AM) - Porto Velho (RO) 1.171 2 281.082 329Porto Velho (RO) - Itacoatiara (AM) 1.063 1 6.232 7Quan<strong>do</strong> se observa o senti<strong>do</strong> montante, a quantida<strong>de</strong> transportada foi <strong>de</strong> aproximadamente 405 miltoneladas, o que representa pouco mais <strong>de</strong> 10% <strong>do</strong> total transporta<strong>do</strong> <strong>na</strong> hidrovia, revelan<strong>do</strong> baixaincidência <strong>de</strong> carga <strong>de</strong> retorno e gran<strong>de</strong> vocação exporta<strong>do</strong>ra no senti<strong>do</strong> Centro-Norte. Os principaisgrupos <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias no fluxo para montante são (i) fertilizantes e adubos – 32,2%, (ii)combustíveis e óleos minerais – 23,9%, (iii) semi-reboque baú – 16,3%, (iv) produtos químicosorgânicos – 11,8% e (v) caminhões – 11,6%.


Mapa - Senti<strong>do</strong> montanteRIO MADEIRAROTransporte <strong>de</strong> <strong>cargas</strong> pelo rio Ma<strong>de</strong>ira no senti<strong>do</strong> montante por grupo <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>ria - 2010Grupo merca<strong>do</strong>ria Transporte % % acumuladaFertilizantes adubos 131.057 32,3% 32,3%Combustíveis e óleos minerais e produtos 96.844 23,9% 56,2%Semi-reboque baú 66.176 16,3% 72,5%Produtos químicos orgânicos 48.024 11,8% 84,4%Caminhão 46.979 11,6% 96,0%Contêineres 9.746 2,4% 98,4%Cimento 2.517 0,6% 99,0%Outros 4.054 1,0% 100,0%Total 405.397 100,0% 100,0%Praticamente meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> fertilizante vem <strong>de</strong> Israel e é bal<strong>de</strong>a<strong>do</strong> ou transborda<strong>do</strong> em termi<strong>na</strong>is no rioAmazo<strong>na</strong>s, não i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s pelo SDP, para embarcações <strong>de</strong> menor porte. A outra meta<strong>de</strong> temorigem em Itacoatiara, no TUP Hermasa Graneleiro, o qual não tem registro <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong>Fertilizantes adubos <strong>de</strong> outro tipo <strong>de</strong> <strong>na</strong>vegação.Figura – Transporte <strong>de</strong> Semi-Reboque Baú <strong>na</strong> Região Hidrográfica <strong>do</strong> Amazo<strong>na</strong>s


No que se refere ao grupo <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>ria combustíveis e óleos minerais e produtos, duas origensforam registradas: TUP Ma<strong>na</strong>us (95.687 t), localiza<strong>do</strong> no município <strong>de</strong> Manuas e TUP Ma<strong>de</strong>norte(1.157 t), localiza<strong>do</strong> em Breves - PA. Este último não apresentou registros <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong>combustíveis e óleos minerais e produtos. Já o TUP Ma<strong>na</strong>us <strong>de</strong>sembarcou o referi<strong>do</strong> grupo <strong>de</strong>merca<strong>do</strong>ria <strong>de</strong> países como Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, Holanda, Di<strong>na</strong>marca e <strong>do</strong> próprio Brasil.Aproximadamente 3% <strong>do</strong>s combustíveis e óleos minerais e produtos que chegam ao TUP Ma<strong>na</strong>usse <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>m a Porto Velho.Tabela – Transporte <strong>de</strong> combustíveis e óleos minerais e produtos com <strong>de</strong>stino a TUP Ma<strong>na</strong>us - 2010Destino Origem País <strong>de</strong> Origem Navegação Vias Interiores Total <strong>de</strong> CargasTup Ma<strong>na</strong>us – AM Fortaleza - CE BRASIL CABOTAGEM 149.468Tup Ma<strong>na</strong>us – AM HoustonESTADOS UNIDOS LONGO CURSO 177.698Tup Ma<strong>na</strong>us – AM Itaqui - MA BRASIL CABOTAGEM 819.458Tup Ma<strong>na</strong>us – AM Lake CharlesESTADOS UNIDOS LONGO CURSO 149.207Tup Ma<strong>na</strong>us – AM Para<strong>na</strong>gua - PRBRASIL CABOTAGEM 71.624Tup Ma<strong>na</strong>us – AM Pasa<strong>de</strong><strong>na</strong>ESTADOS UNIDOS LONGO CURSO 180.302Tup Ma<strong>na</strong>us – AM Porto <strong>de</strong> Santos - SP BRASIL CABOTAGEM 486.561Tup Ma<strong>na</strong>us – AM Porto <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJ BRASIL CABOTAGEM 423.386Tup Ma<strong>na</strong>us – AM RotterdamHOLANDA LONGO CURSO 106.558Tup Ma<strong>na</strong>us – AM Sao Sebastiao - SPBRASIL CABOTAGEM 324.224Tup Ma<strong>na</strong>us – AM SkagenDINAMARCA LONGO CURSO 35.525Tup Ma<strong>na</strong>us – AM TUP ALMIRANTE SOARES DUTRA - RS BRASIL CABOTAGEM 126.346Tup Ma<strong>na</strong>us – AM TUP MADRE DE DEUS - BA BRASIL CABOTAGEM 470.181Tup Ma<strong>na</strong>us – AM TUP NORTE CAPIXABA - ES BRASIL CABOTAGEM 60.685Total 3.581.223Transporte <strong>de</strong> Tup Ma<strong>na</strong>us a Porto Velho / Total <strong>de</strong>sembarca<strong>do</strong> no Tup Ma<strong>na</strong>us2,67%Consi<strong>de</strong>rações fi<strong>na</strong>isConforme exposto, foram transportadas mais <strong>de</strong> 4 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> <strong>cargas</strong> pela hidrovia <strong>do</strong>rio Ma<strong>de</strong>ira em 2010. É importante mencio<strong>na</strong>r que este número somente inclui <strong>na</strong>vegação interior.A quantida<strong>de</strong> transportada por esta hidrovia po<strong>de</strong> ser comparada a hidrovia Paraná-Tietê, on<strong>de</strong>foram transportadas aproximadamente 5,4 milhões <strong>de</strong> toneladas em 2010, segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s daAHRANA/DH.Percebe-se uma ampla pre<strong>do</strong>minância <strong>do</strong> <strong>transporte</strong> <strong>de</strong> grãos. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> soja que passou pelahidrovia em análise representou quase 4% da produção <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> soja em 2010 ou 13% daprodução <strong>do</strong> Mato Grosso.Além <strong>de</strong>sses pontos, cabe mencio<strong>na</strong>r a contribuição da hidrovia <strong>do</strong> rio Ma<strong>de</strong>ira no comércioexterior brasileiro pelo prisma logístico. A hidrovia garante uma conexão mais vantajosa da regiãoCentro-Oeste – que concentra a maior produção <strong>de</strong> grãos <strong>do</strong> país – com o merca<strong>do</strong> europeu. Porexemplo, segun<strong>do</strong> Ojima 1 , toman<strong>do</strong>-se Sorriso-MT como região <strong>de</strong> origem e o porto <strong>de</strong> Rotterdam(Holanda) como <strong>de</strong>stino, comparan<strong>do</strong>-se a alter<strong>na</strong>tiva ro<strong>do</strong>viária-marítima com saída pelo jácongestio<strong>na</strong><strong>do</strong> porto <strong>de</strong> Santos-SP, a via ro<strong>do</strong>-hidroviária-marítima passan<strong>do</strong> pelo Ma<strong>de</strong>ira comsaída por Santarém proporcio<strong>na</strong> redução <strong>de</strong> 3,3 mil quilômetros no trajeto percorri<strong>do</strong> pela soja,equivalen<strong>do</strong> a economia <strong>de</strong> US$14,8/tonelada no frete, com alívio no tráfego <strong>de</strong> caminhões eproporcio<strong>na</strong>n<strong>do</strong> redução <strong>na</strong>s emissões <strong>de</strong> CO 2 , diminuição <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito e menores danosàs ro<strong>do</strong>vias, <strong>de</strong>ntre outros benefícios econômicos, ambientais e sociais.1 OJIMA, Andréa Leda Ramos <strong>de</strong> Oliveira. Informações Econômicas, SP, v 36, n. 1, jan 2006.


Figura – Rotas <strong>de</strong> exportação <strong>de</strong> soja para Rotterdam a partir <strong>de</strong> Sorriso-MTSorriso – Porto <strong>de</strong> Santarém - Rotterdam por ro<strong>do</strong>via e hidrovia <strong>do</strong> rio Ma<strong>de</strong>iraSorriso – Porto <strong>de</strong> Santos – Rotterdam por ro<strong>do</strong>viaAlém disso, a coincidência <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> movimentação da soja com operío<strong>do</strong> <strong>de</strong> cheia <strong>do</strong> rio (março a julho) tor<strong>na</strong> o uso mais intensivo da hidrovia <strong>do</strong> rio Ma<strong>de</strong>ira rumoa Santarém ou Itacoatiara uma opção extremamente interessante aos produtores que visam aexportação ao merca<strong>do</strong> europeu.Logo, enten<strong>de</strong>-se que a hidrovia <strong>do</strong> rio Ma<strong>de</strong>ira ainda tem um gran<strong>de</strong> potencial a ser explora<strong>do</strong>, hajavista sua localização estratégica, principalmente para o caso da soja.

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