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Remanescentes ósseos humanos da Toca do Serrote das Moendas ...

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Considerações finaisEmbora a amostra esqueletal humana <strong>da</strong> <strong>Toca</strong> <strong>do</strong> <strong>Serrote</strong> <strong>da</strong>s Moen<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> seja inexpressiva, chama a atençãoo fato de que os ossos encontra<strong>do</strong>s não apresentam patologias dignas de nota. À exceção de um discreto processoartrítico no côndilo mandibular esquer<strong>do</strong> e uma per<strong>da</strong> de dentes posteriores segui<strong>da</strong> por remodelação óssea tambémna mandíbula <strong>do</strong> Sepultamento 3, outras patologias infecciosas ou degenerativas não foram constata<strong>da</strong>s.Ten<strong>do</strong> em vista o grau de fragmentação <strong>do</strong>s ossos, a baixa representativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s peças ósseas por esqueleto(pelo menos no caso <strong>do</strong>s Sepultamentos 2 e 3), bem como a associação intrinca<strong>da</strong> entre ossos de fauna e ossos<strong>humanos</strong>, não é totalmente impossível que os corpos que deram origem aos três sepultamentos evidencia<strong>do</strong>s na<strong>Toca</strong> <strong>do</strong> <strong>Serrote</strong> <strong>da</strong>s Moen<strong>da</strong>s tenham si<strong>do</strong> ali deposita<strong>do</strong>s por agentes não-antrópicos.Entretanto, não se pode afastar completamente uma outra possibili<strong>da</strong>de: a de que os agentes não-antrópicos,sobretu<strong>do</strong> fluxo de água e/ou bioturbação, tenham agi<strong>do</strong> sobre inumações antrópicas primárias e/ou secundárias.Fala a favor desta hipótese o fato <strong>do</strong> fêmur adulto direito intrusivo <strong>do</strong> Sepultamento 1 ser, em princípio, compatívelcom o indivíduo <strong>do</strong> Sepultamento 3. Entretanto, foi identifica<strong>do</strong> entre os ossos desse último um fragmento quasecertamente pertencente a um fêmur direito, fragmento esse não complementar ao fêmur intrusivo <strong>do</strong> Sepultamento 1.De qualquer forma, o fato <strong>do</strong> fêmur intrusivo <strong>do</strong> Sepultamento 1 apresentar extensa região com marcas inequívocasde dentes de roe<strong>do</strong>res sugere fortemente que pelo menos alguns ossos <strong>humanos</strong> <strong>da</strong> <strong>Toca</strong> <strong>do</strong> <strong>Serrote</strong> <strong>da</strong>s Moen<strong>da</strong>sficaram expostos à superfície por um certo perío<strong>do</strong> de tempo, antes de serem protegi<strong>do</strong>s por sedimento.1, 2Laboratório de Estu<strong>do</strong>s Evolutivos HumanosDepartamento de Genética e Biologia Evolutiva, Instituto de Biociências-USP, C.P. 1146105422.970 São Paulo – SP-BrasilE-mail (primeira autora): tuevos@yahoo.com.brAgradecimentosOs autores agradecem Niéde Guidón pelo convite para estu<strong>da</strong>r os ossos <strong>do</strong>s sepultamentos encontra<strong>do</strong>s na <strong>Toca</strong><strong>do</strong> <strong>Serrote</strong> <strong>da</strong>s Moen<strong>da</strong>s. Agradecem também a FAPESP pelo auxílio financeiro através de Projeto Temático (processo2004/01321-6 para WAN) e bolsa de mestra<strong>do</strong> (processo 2008/51637-0 para TFA), Danilo Bernar<strong>do</strong> pelo auxílio nasfases iniciais <strong>do</strong> processo de cura e Rodrigo Oliveira pelo auxílio com a descrição <strong>do</strong>s dentes.Referências BibliográficasHUNT, D.R. 1990 Sex determination in the subadult ilia: an indirect test of Weaver’s nonmetric sexing method.Journal of Forensic Science, 35:881-5.LARSEN, C.S. 1997 Bioarchaeology: Interpreting behavior from the human skeleton. Cambridge UniversityPress, Cambridge.NEVES, W.A. 1988 Uma proposta pragmática para a cura e recuperação de coleções de esqueletos <strong>humanos</strong>de origem arqueológica. Boletim Paraense Emílio Goeldi – Série Antropológica, 4:3-27.ORTNER, D.J., PUTSCHAR, W.G.J. 1985 Identification of pathologic conditions in human skeletal remains.Smithsonian Institution Press, Washington.SCHEUER, L., BLACK, S. 2000 Developmental juvenile osteology. Academic Press, Lon<strong>do</strong>n.SUTTER, R.C. 2003 Nonmetric subadult skeletal sexing traits: I. A blind test of the accuracy of eightpreviously proposed methods using prehistoric known-sex mummies from northern Chile. Journal of ForensicScience, 48:927-35.UBELAKER, D.H. 1980 Human skeletal remains, excavation, analysis, interpretation. Taraxacum, Washington.WHITE T.D., FOLKENS, P.A. 2005 The human bone manual. Elsevier Academic Press, San Diego.<strong>Remanescentes</strong> ósseos <strong>humanos</strong> <strong>da</strong> <strong>Toca</strong> <strong>do</strong> <strong>Serrote</strong> <strong>da</strong>s Moen<strong>da</strong>s:FUMDHAMentos VIII93cura, inventário e descrição sumária 93

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