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Hermes Renato Hildebrand - anpap

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3635tudo aquilo que se força sobre nós, impondo-se ao nosso reconhecimento, enão confundindo pensamento com pensamento racional (deliberado eautocontrolado), pois este é apenas um dentre os casos possíveis depensamento. Peirce conclui que tudo que aparece à consciência, assim ofaz numa gradação de três propriedades que correspondem aos trêselementos formais de toda e qualquer experiência. (SANTAELLA, p.7,1987).Para Peirce, todo o fenômeno deve ser observado a partir de três categoriasfenomenológicas: primeridade, segundidade e terceiridade. Para ele, a observaçãode qualquer fenômeno deve ser classificada em três faculdades:A primeira e principal é a qualidade rara de ver o que está diante dos olhos,como se presenta, não substituído por alguma interpretação (...). É esta afaculdade do artista que vê as cores aparentes da natureza como elasrealmente são. (...). O poder observacional é altamente desejável nafenomenologia. A segunda faculdade com que devemos armar-nos é umadiscriminação resoluta que se pendura como um buldog daquelacaracterística que estamos estudando, (...) A terceira faculdade de quenecessitamos é o poder generalizador do matemático que gera a fórmulaabstrata que compreende a verdadeira essência da característica emestudo, purificada de toda a mistura adventícia. (PEIRCE, 1983, p.17).Peirce define signo como “algo que representa alguma coisa para alguém,sob algum aspecto”. O signo é uma estrutura complexa definida por três elementosque se interconectam e que não podem ser analisados separadamente, pois fazemparte de uma relação, são eles: o próprio signo ou fundamento, seu objeto e ointerpretante. Peirce comenta que o:Signo é um Cognoscível, que, de um lado, é assim determinado (isto é,especializado) por algo diverso dele, chamado o seu Objeto, enquanto, poroutro lado, ele próprio determina uma Mente existente ou potencial,determinação essa que denomino o Interpretante criado pelo Signo, e ondeessa Mente Interpretante se acha assim determinada mediatamente peloObjeto. (PEIRCE, 1983, p.121).De fato, o signo e a mente interpretante estão submetidos a um processorelacional. A representação que o signo permite elaborar de seu objeto é umarelação criada a partir de um signo anterior, isto é, o significado de um signo é outrosigno, de fato, estamos lidando com o processo de semiose em si. Santaella e Nöth(2003) dizem que a semiótica peirceana não estuda exatamente o signo, mas sim, éa semiose seu objeto de estudo. O que se pode verificar em Peirce quando eleafirma que a Semiótica é “...a doutrina da natureza essencial e das variedades depossível semiose.” (1983, p.135)

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