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Ortodontia e Cirurgia Ortognática - do Planejamento ... - Dental Press

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PREPARO ORTODÔNTICO PRÉ-CIRÚRGICO - PLANEJAMENTOO planejamento é a parte maisimportante <strong>do</strong> tratamento, istoé, deve ser estabeleci<strong>do</strong> antes dequalquer procedimento se a discrepânciaesquelética apresentadapelo paciente será tratada cirurgicamente(tratamento orto-cirúrgico)ou compensações dentáriasserão realizadas para “suavizar”as desarmonias faciais (tratamentoortodôntico somente). O tratamentocompensatório difere totalmente<strong>do</strong> cirúrgico, visto que tem comoobjetivo camuflar as discrepânciasesqueléticas por meio de inclinaçõesdentárias, como por exemplonas más oclusões de Classe II comretrusão mandibular, onde sãorealizadas extrações <strong>do</strong>s primeirospré-molares superiores com intuitode eliminar o trespasse horizontal,aceitan<strong>do</strong> os incisivos superioreslingualiza<strong>do</strong>s e os inferiores comdemasiada inclinação vestibular. Nopreparo pré-cirúrgico o raciocínio éinverso, ou seja, as compensaçõesdentárias são eliminadas, as discrepânciasesqueléticas tornam-semais evidentes e são corrigidas noato cirúrgico.Após análise inicial e conferidasas deficiências dento-esqueléticasapresentadas pelo paciente e quaisserão os objetivos a serem atingi<strong>do</strong>sem relação à estética facial, partesepara exame detalha<strong>do</strong> <strong>do</strong>s arcosdentários, onde devem ser conferidasas discrepâncias dento- alveolarespositivas, presença de diastemasnos arcos, e negativas, apinhamentosdentários, confrontan<strong>do</strong> estesda<strong>do</strong>s com a análise cefalométrica,que permite averiguar se os dentesestão bem posiciona<strong>do</strong>s emsuas bases apicais ou se existemcompensações dentárias que “camuflam”as discrepâncias esqueléticas.De acor<strong>do</strong> com a má oclusãopresente, diversas alternativas demovimentação ortodôntica tornamsecabíveis, dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong> quese planeja realizar cirurgicamente.Com finalidade de tornar maisclaras e melhor compreendidas,algumas dessas alternativas serãodescritas e divididas de acor<strong>do</strong> coma má oclusão e o reposicionamentodas bases que serão realizadas noato cirúrgico.- Má oclusão de Classe II:Nas más oclusões de Classe IIesqueléticas, os dentes anteriorespodem encontrar-se compensa<strong>do</strong>s,isto é, os incisivos inferioresvestibulariza<strong>do</strong>s e os superioreslingualiza<strong>do</strong>s. Como as discrepânciasesqueléticas serão corrigidascirurgicamente, um <strong>do</strong>s objetivos<strong>do</strong> preparo ortodôntico prévio édescompensar essas inclinações,posicionan<strong>do</strong> melhor os dentes nasbases no intuito de se conseguirfinalizar o caso de acor<strong>do</strong> com osconceitos das 6 chaves de oclusãode Andrews 1 . Para se analisar estasinclinações, pode-se recorreràs análises cefalométricas e seusconceitos de normalidade, sen<strong>do</strong>que os autores se baseiam paraos incisivos inferiores nos ângulosIMPA e 1.NB, enquanto que paraos incisivos superiores são utiliza<strong>do</strong>sos ângulos 1.PP e 1.NA. Umavez diagnosticadas as inclinaçõespresentes, a decisão de se extrairou não dentes nos arcos superiore/ou inferior basear-se-á nas discrepânciasdente-osso negativas oupositivas presentes (apinhamentosou diastemas) e também namovimentação das bases ósseasplanejada para a cirurgia. Dentrodestas variáveis, diversas alternativaspoderão ser utilizadas. Um<strong>do</strong>s fatores primordiais a ser leva<strong>do</strong>em consideração no tratamentocirúrgico da Classe II com retrusãomandibular é a manutenção detrespasse horizontal suficiente paraque se possa realizar o avançomandibular requeri<strong>do</strong>, portanto asextrações de pré-molares inferioressão bem vindas enquanto muitacautela deve proceder a extraçãode dentes superiores. Se no casoestas forem necessárias, a extraçãode segun<strong>do</strong>s pré-molares na maxilae primeiros pré-molares na mandíbulaseria o mais adequa<strong>do</strong> para semanter o trespasse horizontal oumesmo aumentá-lo 2 . É claro queestas são apenas sugestões frenteàs discrepâncias mais comuns,deven<strong>do</strong> o clínico também ter bomsenso nos casos de discrepânciasdente-osso mais severas na maxilaonde a alternativa de extração <strong>do</strong>sprimeiros pré-molares pode tambémse apresentar cabível e maiseficaz. Outro fator a ser avalia<strong>do</strong>na Classe II é a atresia <strong>do</strong> arco superior,que freqüentemente possuiformato mais triangular que namandíbula. Esta atresia na maiorparte das vezes não se apresentaevidente com os dentes oclui<strong>do</strong>s,porém se os modelos forem posiciona<strong>do</strong>scom os molares em ClasseI, simulan<strong>do</strong> a correção cirúrgicavin<strong>do</strong>ura, poder-se-á notar a mordidacruzada que se estabelece nosegmento posterior. Para correçãodesta discrepância podem-se utilizarprocedimentos distintos. Seo paciente apresentar-se em idadefavorável para a expansão rápidada maxila, de preferência no finalda a<strong>do</strong>lescência, com idade inferiora 20 anos 3 , pode-se realizar aexpansão da maxila no tratamentopré-cirúrgico, no entanto, se a idadefor mais avançada, a osteotomiamultisegmentada da maxila durantea cirurgia ortognática é a opçãomais viável, com o intuito de nãoexpor o paciente ao desconforto erisco desnecessário, e também porse tratar de procedimento estávelno pós-tratamento. Outro recursoque pode ser utiliza<strong>do</strong> em algunscasos é o fechamento <strong>do</strong> arco inferiorcom osteotomia de linha médiamandibular. 4- Más oclusões de Classe III:As más oclusões de Classe IIIesqueléticas são caracterizadaspelo posicionamento mais anteriorda mandíbula em relação àmaxila, sen<strong>do</strong> que a discrepânciapode ser causada pela deficiência120 R <strong>Dental</strong> <strong>Press</strong> Orto<strong>do</strong>n Ortop Facial, Maringá, v. 8, n. 3, p. 119-129, maio/jun. 2003

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