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a bifurcação do tronco e a ocorrência de pentandria em frutos de ...

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Sabe-se que o percentual <strong>de</strong> flores pentandras <strong>em</strong> mamoeiro, é significativamentecorrelacionada com t<strong>em</strong>peratura mínima ambiente e taxa <strong>de</strong> crescimento da planta(AWADA, 1958; ALMEIDA et al., 2003).O presente estu<strong>do</strong> teve por objetivo avaliar o efeito da <strong>bifurcação</strong> <strong>do</strong> <strong>tronco</strong> <strong>do</strong> mamoeiro‘Baixinho <strong>de</strong> Santa Amália’, <strong>em</strong> diferentes ambientes <strong>de</strong> proteção com relação à <strong>ocorrência</strong><strong>de</strong> <strong>frutos</strong> pentândricos.MATERIAL E MÉTODOSPara estabelecer as condições ambientais construiu-se uma estrutura tipo túnel, com 25,00m <strong>de</strong> comprimento, 8,00 m <strong>de</strong> largura, pé-direito <strong>de</strong> 3,00 m e limite máximo (cumeeira)atingin<strong>do</strong> 4,50 m, coberta com polietileno <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> (PEBD) e revestida nas parteslaterais e frontais com tela clarite anti-afídica (malha <strong>de</strong> 0,24 mm). Em 50% <strong>de</strong>ssa estrutura,utilizou-se tela sombrite (30% <strong>de</strong> interceptação <strong>de</strong> luz) sobre o plástico, forman<strong>do</strong>, porconseguinte, <strong>do</strong>is ambientes <strong>de</strong> cultivo, com dimensões <strong>de</strong> 12,50 m <strong>de</strong> comprimento por8,00 m <strong>de</strong> largura, <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s <strong>de</strong> estufa e <strong>de</strong> estufa sombreada. Ao la<strong>do</strong> da estrutura<strong>de</strong>scrita, montou-se um tela<strong>do</strong> <strong>de</strong> dimensões idênticas (12,50 x 8,00 m), também com pédireito<strong>de</strong> 3,00 m e revesti<strong>do</strong> apenas com sombrite (30% <strong>de</strong> interceptação <strong>de</strong> luz). Ocupan<strong>do</strong>área vizinha, proce<strong>de</strong>u-se ao cultivo <strong>do</strong> mamoeiro <strong>em</strong> ambiente natural.No centro <strong>de</strong> cada ambiente, a 1,80 m <strong>do</strong> nível <strong>do</strong> solo, foi coloca<strong>do</strong> um termômetro <strong>de</strong>máxima e mínima, registran<strong>do</strong>-se diariamente a t<strong>em</strong>peratura <strong>do</strong> ar. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>radiação fotossinteticamente ativa foi <strong>de</strong>terminada por meio <strong>do</strong> aparelho “PortablePhotosynthesis Syst<strong>em</strong>” (IRGA – Licor 6200) durante dias <strong>de</strong> sol pleno.Foram preparadas 24 covas <strong>em</strong> cada ambiente, no espaçamento <strong>de</strong> 2,00 x 1,90 m. Asmudas foram transplantadas <strong>em</strong> março/2004. Por ocasião da sexag<strong>em</strong>, foram eliminadas asplantas fêmeas, manten<strong>do</strong>-se uma única planta hermafrodita <strong>em</strong> cada cova.Após a sexag<strong>em</strong>, 50% das plantas, obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> ao mo<strong>de</strong>lo experimental, tiveram suasg<strong>em</strong>as apicais incisadas visan<strong>do</strong> a <strong>bifurcação</strong> <strong>do</strong> <strong>tronco</strong>.A consistiu <strong>em</strong> efetuar-se um corte longitudinal, <strong>em</strong> relação ao <strong>tronco</strong>, dividin<strong>do</strong> a g<strong>em</strong>aapical <strong>em</strong> duas partes similares, até aproximadamente 3 cm <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>.


Des<strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2004, coletou-se e contou-se, s<strong>em</strong>analmente, o número <strong>de</strong> frutilhospentândricos aborta<strong>do</strong>s <strong>em</strong> cada planta. Contou-se, também, o número <strong>de</strong> <strong>frutos</strong>pentândricos a<strong>de</strong>ri<strong>do</strong>s na planta no final <strong>de</strong> cada mês, <strong>de</strong>scartan<strong>do</strong>-os. Essas<strong>de</strong>terminações ocorreram até cumprir-se um ano <strong>do</strong> ciclo <strong>do</strong> mamoeiro e na totalida<strong>de</strong> dasplantas.Para efeito <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> variância, foram consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s quatro blocos por tratamento(ambiente <strong>de</strong> cultivo), com três repetições <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> condução das plantas (com e s<strong>em</strong><strong>bifurcação</strong> <strong>do</strong> <strong>tronco</strong>) por bloco. Para análise estatística, consi<strong>de</strong>rou-se o teste <strong>de</strong>homocedasticida<strong>de</strong>, envolven<strong>do</strong> as variâncias <strong>em</strong> cada tratamento, conforme meto<strong>do</strong>logiapreconizada por Pimentel-Gomes (2000) e proce<strong>de</strong>u-se a “análise conjunta <strong>de</strong>experimentos”.RESULTADOS E DISCUSSÃODurante os meses <strong>de</strong> janeiro, março, abril e maio <strong>de</strong> 2005 houve efeito significativo (P


TABELA 01 - Efeito da <strong>bifurcação</strong> artificial <strong>do</strong> <strong>tronco</strong> sobre o número <strong>de</strong> frutilhos pentândricos pormamoeiro ‘Baixinho <strong>de</strong> Santa Amália’, durante o primeiro ano <strong>de</strong> produção <strong>em</strong> cultivo orgânico(Seropédica/RJ, 2004/2005).Mês Tronco único Tronco bifurca<strong>do</strong>jun/04 0,02a* 0,10ajul/04 0,02a 0,06aago/04 0,33a 0,27aset/04 0,21a 0,29aout/04 0,69a 0,50anov/04 0,54a 0,42a<strong>de</strong>z/04 0,33a 0,19jan/05 0,38a 0,10afev/05 0,08a 0,06amar/05 0,52a 0,08babr/05 0,94a 0,21bmai/05 0,25a 0,02bMédia anual 0,36a 0,19bEfeito (%) - -47* Médias seguidas pela mesma letra nas linhas, não difer<strong>em</strong> entre si pelo teste <strong>de</strong> Tukey (P>0,05).Em termos médios anuais, foram computa<strong>do</strong>s mais <strong>de</strong>sses frutilhos nas plantas nãoincisadas. A <strong>bifurcação</strong> <strong>do</strong> <strong>tronco</strong> diminuiu <strong>em</strong> 47% a <strong>ocorrência</strong> <strong>de</strong> flores pentandras. Amaior incidência <strong>de</strong> <strong>frutos</strong> pentândricos correspon<strong>de</strong>u à estação da primavera (Figura 01).


Número <strong>de</strong> frutilhospentândricos1,00,80,60,40,20,0Tronco únicoAborta<strong>do</strong>sDesfruta<strong>do</strong>sJun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr MaiNúmero <strong>de</strong> frutilhospentândricos1,00,80,60,40,20,0Tronco bifurca<strong>do</strong>Aborta<strong>do</strong>sDesfruta<strong>do</strong>sJun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr MaiFIGURA 01 - Efeito <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> condução <strong>do</strong> mamoeiro ‘Baixinho <strong>de</strong> Santa Amália’ sobre o númeromédio <strong>de</strong> frutilhos pentândricos por planta, durante o primeiro ano <strong>de</strong> produção orgânica (Seropédica/RJ, 2004/2005).CONCLUSÕESMamoeiros com <strong>tronco</strong> bifurca<strong>do</strong>, no primeiro ano <strong>de</strong> produção, produz<strong>em</strong> menos <strong>frutos</strong>pentândricos <strong>do</strong> que aqueles com <strong>tronco</strong> único. A maior efetivação e o maior abortamento<strong>de</strong> <strong>frutos</strong> pentândricos ocorr<strong>em</strong> no outono e na primavera, respectivamente.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAWADA, M. Relationships of minimum t<strong>em</strong>perature and growth rate with sexexpression of papaya plants (Carica papaya L.). Honolulu: University of Hawaii, 1958.16p.ALMEIDA, F.T. <strong>de</strong>; MARINHO, C.S.; SOUZA, E.F.<strong>de</strong>; GRIPPA, S. Expressão sexual <strong>do</strong>mamoeiro sob diferentes lâminas <strong>de</strong> irrigação na Região Norte Fluminense. RevistaBrasileira <strong>de</strong> Fruticultura v.25 n.3 Jaboticabal, SP:UNESP. p.383-385. Dez. 2003.


COUTO, F.A.D.; NACIF, S.R. (1999) Hibridação <strong>em</strong> mamão. In:BORÉM, A. Hibridaçãoartificial <strong>de</strong> plantas. Viçosa, MG: UFV. 307-329 p.DEFAVARI, D.; MORAES, L.A.C. Fisiologia da floração. In: CASTRO, P.R.C.; SENA, J.O.A.;KLUGE, R.A. Introdução à fisiologia <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento vegetal. Maringá:Edu<strong>em</strong>,2002. p.191-210.PIMENTEL-GOMES, F. Curso <strong>de</strong> estatística experimental. Piracicaba,SP: ESALQ, 2000.477p.RONSE, L. y E. SMETS. The floral <strong>de</strong>velopment and anatomy of Carica papaya(Caricaceae). Canadian Journal of Botany , v.77, p. 582-598. 1999.

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