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Preparo de Mudas, Plantio e Condução de Seringais. - Incaper

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Eng o Agr o José Fernando CanutoBenesiEng a Agr a Elaine Cristine Piffer Gonçalves Benesi<strong>Preparo</strong> <strong>de</strong> <strong>Mudas</strong>, <strong>Plantio</strong> e <strong>Condução</strong> <strong>de</strong> <strong>Seringais</strong>.- PREPARO E FORMAÇÃO DAS MUDAS1. Escolha do Local• Solo profundo e bem drenado.• Proximida<strong>de</strong>, quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong> água.• Topografia com ligeiro <strong>de</strong>clive.• Menor risco <strong>de</strong> geadas, possível.• Fácil acesso.2. <strong>Preparo</strong> do Solo• Usar, preferencialmente, terra <strong>de</strong> barranco, pois existe menor quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sementes invasoras, e normalmente possuem maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> argila, facilitandoa formação do “torrão”. Se o enchimento das sacolas plásticas for no próprio local,fazer preparo do solo com aração e gradagem eliminando-se resíduos <strong>de</strong> ervasdaninhas evitando a formação <strong>de</strong> “buchas” que dificultem o enchimento das sacolas.• Quanto a Fertilida<strong>de</strong>, seja Natural ou Construída, é necessário que o solo seja fértil eequilibrado em nutrientes, pois isto implica em um <strong>de</strong>senvolvimento maior e maissaudável das plantas.• São recomendadas práticas <strong>de</strong> Adubação e Calagem, sempre <strong>de</strong> acordo com análise<strong>de</strong> solo. Na falta <strong>de</strong>ssa, usar a seguinte adubação: 0,5 kg <strong>de</strong> superfosfato triplo ou2,5 kg <strong>de</strong> superfosfato simples; 0,5 kg <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> potássio; 0,1 kg <strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong>zinco; e até 300 L <strong>de</strong> esterco <strong>de</strong> curral bem curtido.• Preparar o solo evitando que se formem “torrões”, e também <strong>de</strong>struindo os restosvegetais “bucha”, pois atrapalha o correto enchimento das sacolas.


3. Enchimento <strong>de</strong> Sacolas• Usar sacolas <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong>, preferencialmente <strong>de</strong> material virgem.• Tamanho das sacolas gira em torno <strong>de</strong> 17 x 33 cm; 18 x 35 cm ou 20 x 35 cm.• Para facilitar o enchimento, coloca-se <strong>de</strong>ntro da sacola um tubo <strong>de</strong> PVC <strong>de</strong>aproximadamente 30 cm <strong>de</strong> comprimento.• Enterrar as sacolas até cerca <strong>de</strong> 2 cm da borda, para melhor proteção e conservação<strong>de</strong> umida<strong>de</strong> e para evitar a <strong>de</strong>composição do plástico.• Espaçamento das sacolas: Usualmente em filas duplas, sendo <strong>de</strong> aproximadamente1,35 m entre elas, com cerca <strong>de</strong> 16 sacolas por metro linear. Em torno <strong>de</strong> 100.000sacolas por hectare.4. Escolha das sementesAs melhores sementes para a obtenção <strong>de</strong> porta enxertos são as obtidas <strong>de</strong> talhões<strong>de</strong> pés francos ou blocos com mistura <strong>de</strong> clones. Consi<strong>de</strong>rando ser o clone GT 1 autoestéril,sugere-se seu uso, ou sementes <strong>de</strong> blocos monoclonais coletadas nas periferias dostalhões, on<strong>de</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> sementes cruzadas com outro clone é maior.4.1. Colheita das sementesA época <strong>de</strong> queda <strong>de</strong> sementes é mais intensa nos meses <strong>de</strong> fevereiro e março, nosseringais paulistas, porém apresenta pequenas variações <strong>de</strong> uma região para outra no Brasil.O período compreendido entre o início e o fim da queda das sementes é <strong>de</strong> 1 a 2 meses eexiste sempre uma alternância <strong>de</strong> alta e baixa produção <strong>de</strong> um ano para outro. Cerca <strong>de</strong>cinco meses após o florescimento, nos frutos amadurecidos ocorre a <strong>de</strong>iscência explosiva,espalhando as sementes no solo. Antes que a queda se inicie, o solo <strong>de</strong>ve estar limpo <strong>de</strong>ervas daninhas e sementes do ano anterior, <strong>de</strong> forma que as sementes não fiquemescondidas e qualquer semente velha possa ser coletada juntamente com as novas. A coletadiária ou em dias alternados é a melhor forma, consi<strong>de</strong>rando que a viabilida<strong>de</strong> das sementes<strong>de</strong>clina drasticamente após dois dias <strong>de</strong> exposição ao sol, passando <strong>de</strong> 97% para 9%germinação. Sementes à sombra per<strong>de</strong>m o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> germinação mais lentamente do que asexpostas ao sol. As sementes <strong>de</strong> seringueira têm po<strong>de</strong>r germinativo bastante limitado,


germinando <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> quinze a vinte dias, além <strong>de</strong> apresentar taxa <strong>de</strong> germinação <strong>de</strong> até80%. Assim sendo, toda semente que já caiu, <strong>de</strong>ve ser posta à germinar imediatamente.4.2. Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sementesA quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sementes a ser adquirida é proporcional ao número <strong>de</strong> mudas quese <strong>de</strong>seja produzir.Por exemplo: 1 kg <strong>de</strong> sementes = 250 sementes = aproximadamente 100 mudas viáveispara plantio.Um viveiro <strong>de</strong> 100.000 mudas gastará 1.000kg <strong>de</strong> sementes.5. GerminadorÉ o local <strong>de</strong>stinado à sementeira e <strong>de</strong>ve estar o mais próximo possível do local on<strong>de</strong>vai ser instalado o viveiro, bem como <strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong> água <strong>de</strong> fácil acesso. Observando-seesses cuidados, os trabalhos serão facilitados, tendo em vista que as regas serão contínuas eque o transporte das mudas para locais distantes é oneroso.


5.1.DimensõesAs dimensões <strong>de</strong> área para a sementeira <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m diretamente do tamanhodo viveiro a ser formado. Assim para um cálculo aproximado, o agricultor <strong>de</strong>ve levar emconsi<strong>de</strong>ração que há cerca <strong>de</strong> 250 sementes em um quilograma, e que em 1 m2 <strong>de</strong>sementeira são colocadas <strong>de</strong> 1.200 a 1.500 sementes (6 kg <strong>de</strong> sementes). O germinador<strong>de</strong>ve ser coberto com sombrite e o substrato usado <strong>de</strong>ve ser solto, arejado e com boacapacida<strong>de</strong> para retenção <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong> fornecer todas as condições extrínsecasnecessárias à germinação das sementes. Substratos compactos dificultam a repicagem,principalmente quando a radícula já se encontra <strong>de</strong>senvolvida. Como exemplo <strong>de</strong> bonssubstratos, po<strong>de</strong>mos utilizar serragem curtida ou areia (camada <strong>de</strong> 20 cm). Preparados oscanteiros, colocam-se as sementes e logo a seguir, regam-se os mesmos, <strong>de</strong> preferência,com regadores <strong>de</strong> crivo fino, para impedir <strong>de</strong>slocamento das sementes. Duas regas diárias:manhã e tar<strong>de</strong>, são suficientes. O número <strong>de</strong> sementes colocado no germinador foi emmédia 2,5 vezes maior do que o número <strong>de</strong> porta enxertos pretendidos no viveiro. Agerminação inicia-se em cerca <strong>de</strong> 10 dias após a semeadura. Quando as plântulasencontram-se no estádio <strong>de</strong> "palito" estas são cuidadosamente coletadas e levadas paraplantio no viveiro. O procedimento é repetido diariamente por um período <strong>de</strong> quatrosemanas. As sementes que não germinaram são <strong>de</strong>scartadas. Plântulas que apresentaram<strong>de</strong>feitos como aquelas que per<strong>de</strong>ram a semente, com duas ou mais raízes pivotantes, oucom raízes mal formadas, dois caules ou qualquer outro <strong>de</strong>feito, <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>scartadas.6. Repicagem• É a transferência das plântulas do germinador para as sacolas.• É uma operação <strong>de</strong>licada, e não se <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong>stacar a semente da “mudinha”.• Se possível, realizar esta operação em dias nublados e úmidos.• Não <strong>de</strong>vem ser aproveitadas as sementes germinadas após o 21º dia, contados apóso início da germinação.• Tipos <strong>de</strong> plântulas para repicagem:o Ponto Branco: estrutura germinativa da semente com apenas alguns milímetros.


o Pata <strong>de</strong> Aranha: as raízes iniciam seu crescimento, com cerca <strong>de</strong> 3 cm, assemelhando-seas patas <strong>de</strong> aranha.o Palito: além da raiz principal, já apresenta o caule em início <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.• Operações:o Arranquio e seleção.o Abertura das “covetas”.• Usar “chuço” para abrir as covetas <strong>de</strong> 10 cm.o Distribuição das plântulas <strong>de</strong>ntro das covetas.o <strong>Plantio</strong>.• Acomodar a plântula na coveta observando a posição, o comprimento da raiz, e asbolsas <strong>de</strong> ar.o Irrigação: eficiente.7. <strong>Condução</strong>• Capinas – manter o viveiro “no limpo”, para evitar a competição entre as ervasinvasoras e a planta <strong>de</strong> seringueira.• Adubações <strong>de</strong> solo – sempre <strong>de</strong> acordo com a análise <strong>de</strong> solo. Tanto químicas comoorgânicas.• Adubações Foliares – Existe resposta favorável. Usar também micronutrientes.• Irrigações - sempre que necessário.• Principais doenças:o Antracnose – Colletotrichum gloesporioi<strong>de</strong>s• na nossa região é a doença que causa maiores danos aos viveiros.• Maiores danos ocorrem quando as temperaturas são amenas (21º) e umida<strong>de</strong>relativa alta (90%).• Realizar controle preventivo com fungicidas a base <strong>de</strong> cobre, clorotalonil oubenomil.


12. Dimensionamento• 100.000 sacolas produzem 70.000 mudas• 1.000 Kg <strong>de</strong> Sementes (1 Kg = 100 mudas);• 170 metros <strong>de</strong> germinador (1 m 2 = 6 Kg);• Aproximadamente 1 Ha <strong>de</strong> sacolas;• 20% perdas até enxertia = 80.000 enxertos; 6.500 m <strong>de</strong> borbulha.• 10% perdas <strong>de</strong> enxertos = 72.000 mudas;• 3% perdas arranquio encanteiramento = 70.000 mudas13.Planilha custo <strong>de</strong> ProduçãoAnexo IPLANTIO E CONDUÇÃO DO SERINGAL1. ESCOLHA DA ÁREA DE PLANTIO1.1. Tipos <strong>de</strong> soloA seringueira se adapta a quase todos os tipos <strong>de</strong> solos, portanto, encontramosseringueira em muitas regiões do Brasil, alem da Ásia, África e América Central. Na regiãoAmazônica a seringueira <strong>de</strong> cultivo não se <strong>de</strong>senvolve muito bem por motivosfitossanitários em função do clima, pois esta região é muito quente e úmida, e quando érealizada a instalação <strong>de</strong> seringal <strong>de</strong> cultivo, favorece a incidência <strong>de</strong> doenças e acaba nãose <strong>de</strong>senvolvendo, diferente das árvores nativas que se adaptam bem já que se encontramisoladas na mata.


AFRICAREGIÃO AMAZÔNICAMATO GROSSOMALASIA1.2. Profundida<strong>de</strong> dos solosO maior problema com relação ao solo é a profundida<strong>de</strong>. Pela própria origem daseringueira na região Amazônica, que apresenta um solo muito arenoso, as plantas


apresentam um sistema <strong>de</strong> raiz pivotante muito profundo para dar sustentação as árvores eum sistema radicular <strong>de</strong> radicelas longas, que precisam absorver os nutrientes que seencontram numa camada <strong>de</strong> matéria orgânica mais superficial. Portanto, quando é feita aadubação química em seringais <strong>de</strong> cultivo, a camada <strong>de</strong> absorção das raízes fica em torno<strong>de</strong> no máximo 40 cm, isso po<strong>de</strong> ser notado em um seringal adulto on<strong>de</strong> encontramos umacamada <strong>de</strong> folhas, e logo abaixo <strong>de</strong>la muitas radicelas, que estão quase na superfície dosolo, por isso é recomendado evitar-se a gra<strong>de</strong>ação do seringal em produção. Portanto <strong>de</strong>veseevitar o plantio <strong>de</strong> seringueira em solos com camadas <strong>de</strong> impedimentos, como lages <strong>de</strong>rochas, solos com problemas <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> e próximos a brejos. O solo paraplantio <strong>de</strong>verá ter um perfil <strong>de</strong> no mínimo 3 metros livres <strong>de</strong> camadas <strong>de</strong> impedimento.1.3. ClimaConsi<strong>de</strong>rar variáveis climáticas com os seguintes limites:a) Evapotranspiração Real (ER) <strong>de</strong> 900 mmb) Deficiência Hídrica Anual (Da) <strong>de</strong> 0 a 300 mmc) Precipitação Anual <strong>de</strong> 1.300 a 1500 mmd) Temperatura <strong>de</strong> 18 a 28o Ce) Freqüência <strong>de</strong> geadasf) VentosA temperatura consi<strong>de</strong>rada i<strong>de</strong>al para produção é <strong>de</strong> 18º a 28º C (temperaturamédia). Com relação a clima, existem limitações referentes a problemas fitossanitários,como o aparecimento do mal das folhas, microcyclus ulei, em regiões on<strong>de</strong> não existe umperíodo <strong>de</strong> seca <strong>de</strong>finido por ocasião da troca <strong>de</strong> folhas do seringal. Nas regiões comperíodo <strong>de</strong> seca <strong>de</strong>finido, conhecidas como áreas <strong>de</strong> escape, não ocorre problemas com omal das folhas. Tomar cuidado ainda com áreas em que ocorrem picos climáticos, por causada ocorrência <strong>de</strong> geadas e também evitar implantar seringais em regiões que formamcorredores <strong>de</strong> vento.


1.4. TopografiaQuanto à topografia, <strong>de</strong>clives acentuados, não têm se mostrado como fator <strong>de</strong>impedimento a implantação da cultura. E necessário nesses tipos <strong>de</strong> áreas, arealização <strong>de</strong> um trabalho muito bem feito <strong>de</strong> conservação do solo.1.5. Riscos que a área oferece1.5.1. FogoEvitar implantar seringais em áreas próximas <strong>de</strong> outras áreas sujeitas a queimadas,como cana-<strong>de</strong>-açúcar e pastagens, pois é maior o risco <strong>de</strong> incêndio no seringal. Cuidados<strong>de</strong>vem ser tomados para se evitar que isso ocorra, como aceiros, corte da cana ver<strong>de</strong>próxima ao seringal.


1.5.2. Pragas e DoençasÁreas que são favoráveis à incidência <strong>de</strong> pragas, <strong>de</strong>vem ser evitadas, pois, com isso,po<strong>de</strong>mos economizar com pulverizações (inseticidas), diminuir custos <strong>de</strong> produção emanter o equilíbrio das mesmas.1.5.3. Ventos e geadasEvitar áreas propícias a ocorrência <strong>de</strong> ventos e geadas <strong>de</strong>vido aos danos que osmesmos po<strong>de</strong>m provocar nos seringais. Geadas po<strong>de</strong>m provocar a morte <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> até 2anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.


2. CLONESHoje, graças ao melhoramento genético, aliado a tecnologia <strong>de</strong>sangria, temos proprieda<strong>de</strong>s que estão produzindo em torno <strong>de</strong> 1.800 a2.200 kg <strong>de</strong> borracha seca/ha. Num futuro próximo teremos clones com


produtivida<strong>de</strong>s muito acima <strong>de</strong> 2.500kg/ha. A recomendação <strong>de</strong> clones paraimplantação <strong>de</strong> um seringal, <strong>de</strong>ve levar em consi<strong>de</strong>ração principalmente otamanho do projeto. Áreas maiores <strong>de</strong>verão ter uma diversificação maior <strong>de</strong>clones.3. PREPARO DA ÁREA PARA PLANTIO3.1. Limpeza da área3.2. CalagemPara elevar a saturação <strong>de</strong> bases para (V%) para no mínimo 50%3.3. Aração, gradagem e subsolagem.Primeiramente <strong>de</strong>ve-se realizar a limpeza da área, a calagem para elevar a saturação<strong>de</strong> bases (V%) para no mínimo 50% que é exigido pela cultura. Também é recomendada, autilização <strong>de</strong> culturas intercalares, como soja, café, arroz, laranja, sorgo e outras, <strong>de</strong>vendose<strong>de</strong>sta forma, elevar a saturação por bases em 70%. Quanto a aração, gradagem e


subsolagem, <strong>de</strong>vem ser feitas, principalmente em áreas <strong>de</strong> pastos, <strong>de</strong>vido a camadascompactadas.3.4. Conservação do soloApós realizar os procedimentos <strong>de</strong> conservação do solo, <strong>de</strong>ve-se proce<strong>de</strong>r o plantiodas mudas propriamente dito, e evitar a boca das curvas <strong>de</strong> nível, <strong>de</strong>vido ao acúmulo <strong>de</strong>água, que po<strong>de</strong> provocar a morte das mudas e atrapalhar a sangria (poças <strong>de</strong> água).Portanto, o plantio <strong>de</strong>ve ser feito próximo às costas das curvas, em linha total, fazendo umcarreador, arrematando as linhas <strong>de</strong> plantio, não tendo <strong>de</strong>sta forma, linhas mortas noseringal.


3.5. Espaçamento- Tradicional: 20 a 21 m 2 /planta8,00 x 2,50 m ou 7,00 x 3,00 m- Opcional: 18 m 2 /planta8,00 x 2,25 m ou 7,00 x 2,60 m ou 6,00 x 3,00 mO espaçamento tradicional é recomendado para plantio <strong>de</strong> culturas intercalares, masexistem muitos produtores que estão a<strong>de</strong>nsando as áreas <strong>de</strong> plantio. Quando se faz o plantioa<strong>de</strong>nsado <strong>de</strong>ve-se ter cuidado, pois mais árvores por hectare, ocorre uma maior competiçãoe um menor engrossamento do tronco, atrasando assim a sangria. O importante é aprodutivida<strong>de</strong> (kg/ha). Se plantarmos mais árvores por ha e produzirmos a mesmaquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> borracha, só teremos tido mais custo, trabalho para plantio <strong>de</strong>stas árvores enecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mais mão <strong>de</strong> obra para sangria.Recomenda-se o plantio <strong>de</strong> 500 a 550 mudas/ha (18 a 20 m 2 / planta), com perda <strong>de</strong>aproximadamente 10% do plantio a sangria.


3.6. Sulcamento e abertura das covasO preparo para plantio é feito com o sulcador, obtendo-se um alinhamento perfeitopara a marcação.


3 -7 ADUBAÇÕES DE PLANTIO:Para o plantio recomenda-se uma adubação com:o 30 g <strong>de</strong> P 2 O 5o 30 g <strong>de</strong> K 2 Oo 20 L <strong>de</strong> esterco <strong>de</strong> curral bem curtido4 – PLANTIO4.1 - ÉPOCA:A época i<strong>de</strong>al para se iniciar o plantio é o “<strong>de</strong> encontro as águas”, em outubro ounovembro, embora esses meses nos últimos anos tem apresentado períodos <strong>de</strong>extremo calor em épocas <strong>de</strong> veranico. Mesmo que se plante nas águas érecomendado que se tenha um sistema <strong>de</strong> irrigação para o período das secasseguinte, ou com tanques em caminhões ou tratores ou gotejamento que se tornabarato quando se tem uma programação <strong>de</strong> plantio por pelo menos três anos e oequipamento vai sendo mudado <strong>de</strong> lugar. Essa irrigação garantira não só asobrevivência das plantas no próximo período <strong>de</strong> seca, como mantém o crescimentodurante todo o ano.4.2 - TIPO DE MUDAS:Os tipos <strong>de</strong> mudas i<strong>de</strong>ais para plantio são a <strong>de</strong> “esporinha”, quando a muda emite abrotação após a poda do cavalo com a esporinha tendo no máximo 10 cm <strong>de</strong>comprimento ou muda com um ou dois lançamentos foliares maduros.4.3 - CUIDADOS NO PLANTIO:• Cortar o fundo da sacola, juntamente com a pivotante se estiver enoveladano fundo do saquinho;• Fazer um corte longitudinal no saquinho, colocando a muda no fundo dacova ainda envolta pelo saco plástico, com a brotação voltada para o leste(nascer do sol);


• Colocar terra até a meta<strong>de</strong> da muda ainda envolta pelo saco plástico;• Retirar o saco plástico e acabar <strong>de</strong> chegar terra na muda, sem “socar” essaterra;• Evitar <strong>de</strong> todas as maneiras a quebra do torrão, responsável pela morte dasplantas;• Fazer “coroa” com capacida<strong>de</strong> para no mínimo 20 litros <strong>de</strong> água;• Irrigar logo após o plantio para acomodação da terra junto ao torrão evitandoformação <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> ar.• Fazer quantas replantas for necessário para que não fique falhas no plantioainda no primeiro ano;• Fazer a substituição <strong>de</strong> plantas fora <strong>de</strong> padrão.5 – TRATOS CULTURAIS• Irrigação no período da seca após o plantio;• Desbrota até 2,10 - 2,20 metros <strong>de</strong> altura, não realizando indução <strong>de</strong> copa;• Controle <strong>de</strong> ervas daninhas com carpas manuais no primeiro ano e uso <strong>de</strong>herbicidas do segundo ano em diante;• Controle manual <strong>de</strong> mandarovás e controle <strong>de</strong> formigas;• Adubação foliar com micronutrientes;• Adubação química <strong>de</strong> acordo com análise do solo.


BIBLIOGRAFIAGONÇALVES, P. <strong>de</strong> S. Recomendação <strong>de</strong> clones <strong>de</strong> seringueira para oEstado <strong>de</strong> SãoPaulo. In: GONÇALVES, P. <strong>de</strong> S.; BENESI, J.F.C., Ed. CICLO DE PALESTRASSOBRE A HEVEICULTURA PAULISTA, 1., 1998, Barretos, Anais..., Barretos, 1999.p.115-140.TOLEDO, P.E.N. <strong>de</strong>; GHILARDI, A.A. Custo <strong>de</strong> produção e rentabilida<strong>de</strong> do cultivoda seringueira no Estado <strong>de</strong> São Paulo. Informações econômicas, SP, v.30, n.5, maio 2000,p. 30-43.COMISSÃO TÉCNICA DE SERINGUEIRA DA SECRETARIA DEAGRICULTURA E ABASTECIMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Acultura da seringueira para o estado <strong>de</strong> São Paulo. Campinas: CATI, 1999. 92p. (CATI.Manual, 72).GONÇALVES, P.<strong>de</strong> S.; BATAGLIA, O.C.; ORTOLANI, A.A.; FONSECA, F.da. S.Manual <strong>de</strong> heveicultura para o Estado <strong>de</strong> São Paulo. Campinas: Instituto Agronômico,2001. 78p. (Instituto Agronômico. Boletim Técnico, 189).¢¡¤£¦¥¨§©¢¨§! ¦¡"#¡¤$%&(')¡!§#¨£)*#+,§-¤$. §/$./(¡©0¡$1')¡§§ §",¡¤)*,¡©2§-£!34§ §§",¡¤)*,¡©2§-£!34§ §-567 849;:0=?:A@¦B;CD:FEHGJI 9KL7 MDN9;OPI EQ=?80

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