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08 CULTURASANTOS, TERÇA-FEIRA, 4 DE DEZEMBRO DE 2012www.readmetro.comUm ‘Abraçaço’ tristeTrilogia. Aos 70 anos, Caetano Veloso lança seu 49º disco, que fecha ciclo ao lado da banda Cê e abre espaço para entrada da melancolia“O meu lábio não diz, omeu gesto não faz/ Eume sinto vazio/ E aindaassim farto.”LETRA DA MÚSICA “ESTOU TRISTE”“Abraçaço” (Universal, R$29,90) abre raivoso. A música“A Bossa Nova É Foda”chega com chute na porta,com força dos lutadores deMMA citados na letra e dosemblemáticos Bob Dylan,“o bardo judeu românticode Minnesota”, João Gilberto,“o bruxo de Juazeiro”, eCarlos Lyra “o magno instrumentogrego antigo”.Esse é só o começo do fimda trilogia muito bem resolvidapor Caetano Veloso, quecomeçou em “Cê” (2008) epassou por “Zii e Zie” (2008).No ano em que faz setedécadas, Caê lança mais umdisco que mostra o caminhobem definido de seu trabalho.Para começar, tem a volta dabem sucedida parceria com aBanda Cê, formada pelo guitarristaPedro Sá, o bateristaMarcelo Callado e o baixistaRicardo Dias Gomes. A renovação,do rock em seu experimento,encerra-se por aqui.Depois, vêm as composições.Algumas delas são melancólicas,de peito aberto,como “Estou Triste”. “O meulábio não diz, o meu gestonão faz/ Eu me sinto vazio/ Eainda assim farto”.Tristeza e raiva se juntamem “Império da Lei” e “UmComunista”. A primeira inspira-seno filme “Eu Receberia aPior Notícia dos Seus LindosLábios” e homenageia DorothyStang – missionária mortaem 2005,no Pará.A outratraz 8 minutosde letraa CarlosMarighella,um Capa de ‘Abraçaço’ dosprincipais nomes do comunismono país, assassinadoem 1969. Já “Funk Melódico”ganha batidas do tema, comletra direta. “Você produz raiva,confusão, tristeza e dor/Prova que o ciúme é só o estrumedo amor”.Em “Parabéns”, Caê transformaem música o e-mail docineasta Mauro Lima no diade seu aniversário (“Tudo megabom/Giga bom/Tera bom/Uma alegria excelsa pra você/No paraíso astral que começa”).A triste “Gayana” (“E seum dia eu me for para ondeDeus me levar/ Mesmo assim,meu amor, como você vai ficar?”),do compositor RogérioDuarte, fecha o disco em perfeitotom de despedida, opostoao modo explosivo comque começou a trilogia. Espaçopara refletir o que pode virde Caetano daqui para frente.PAULOBORGIAMETRO SÃO PAULOPrimeira música homenageia Dylan, João Gilberto e Lyra | FERNANDO YOUNG/DIVULGAÇÃOCarioca ganhador doMetro Photo Challengevai para a Groenlândia“Foi na praia que eu descobri que queria abraçaralguma forma de expressão. É especialo prêmio ter vindo daqui.”FILIPE COSTA, FOTÓGRAFOSob o sol da orla do Rio, FilipeCosta teve uma ideia:abandonar os estudos emDireito e ir em busca de umsonho. O tempo passou e omorador de Copacabana,agora com 23 anos, buscounovamente no cenário deIpanema, na zona sul, a inspiraçãopara se destacar entreos mais de 80 mil inscritosna edição deste ano doMetro Photo Challenge e faturarcom sua foto da praiaa primeira colocação na etapamundial da categoria “OMelhor do Meu País”.“Quando larguei a faculdadede Direito, já na metadedo curso, passei algunsmeses indo à praia. Foi láque eu descobri que queriaabraçar alguma forma deexpressão. É muito especialo primeiro prêmio ter vindodaqui”, revela Filipe, queatualmente trabalha comofotógrafo freelancer.Ele não esconde a felicidadede ter a oportunidadede conhecer a Groenlândia.Apesar da paisagem ser antagônicaà sua habitual inspiração,o carioca comemoraa viagem prêmio ao ladodos outros três ganhadoresmundiais.“Se não fosseo concurso, provavelmentenão conheceria a Groenlândia.Tomara que ocorra aAurora Boreal!”, exclama ocarioca, que terá a foto publicadano Metro de todoo mundo e poderá vendê-lapelo site colourbox.com.O fotógrafo pretendeaproveitar a repercussão parater mais destaque na carreira.“Tenho que usar esseprêmio como trampolimpara novas conquistas”, afirma.Além da viagem, Filipetambém levou duas passagensaéreas da Gol e umacâmera Nikon 1 J1 na etapanacional. METRO RIOFoto vencedora na categoria “O Melhor do Meu País” | FILIPE COSTA/DIVULGAÇÃOFilipe Costa, 23, na praia de Ipanema: fonte de inspiração | BRUNA PRADO/METRO RIO