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Ocultismo e Protestantismo na Islândia: Tendências iconófilas de ...

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Revista Eletrônica do Núcleo <strong>de</strong> Estudos e Pesquisa do <strong>Protestantismo</strong> (NEPP) da Escola Superior <strong>de</strong> TeologiaVolume 15, jan.-abr. <strong>de</strong> 2008 – ISSN 1678 6408inspiradores – foram freqüentemente homens <strong>de</strong> palcos, isso se <strong>de</strong>ve antes a umaessência propriamente teatral <strong>de</strong>ssas práticas religiosas do que a uma suposta frau<strong>de</strong>.Des<strong>de</strong> os exercícios espirituais dos Transcen<strong>de</strong>ntalists, que reataram com Shakespearee com a tragédia grega (GAFFORD, 1940) até os teatros terapêuticos do doutorvienense Jakob L. Moreno – figura intermediária entre Jung e Freud – (BERGÉ, 1998)passando por célebres atrizes médiuns como Emma Hardinge Britten (OPPENHEIM,1985) os laços entre ocultismo e teatro se afirmam sobre todos os lados 11 . Na <strong>Islândia</strong>,também o ocultismo se impôs no século XIX pela forma teatral, notadamente, através<strong>de</strong> jovens médiuns que re-produziam a imagem reencontrada <strong>de</strong> Óðin, o <strong>de</strong>us-xamãdos Vikings, ou através <strong>de</strong> jovens médiuns que redigiam por escritura automática aspeças <strong>de</strong> teatro atribuídas às produções post-mortem dos ancestrais Jó<strong>na</strong>sHallgrímsson, H.C. An<strong>de</strong>rsen (século XIX) e Snorri Sturluson (século XIII).Jogando nesse incessante vai-e-vem entre retenção e diletantismo, Magnúsreacalma seu grupo com um segundo momento <strong>de</strong> recolhimento musical. As mãossão tomadas novamente, os rostos abaixados. Um após outro, os participantesapresentam-se e, num tom <strong>de</strong> benção anônima, Magnús repete os nomes solicitandoque a luz e a força estejam com eles. Ao fim <strong>de</strong>sse longo momento, a médiumSígriður parece estar pronta. Os transes, pouco <strong>de</strong>monstrativos no contexto islandês,se manifestam ao menos por alguns ruídos e contorções mínimas. Mas os olhos<strong>de</strong>sempenham um papel fundamental. Se eles permanecem fechados todo o tempoda sessão, as pálpebras <strong>de</strong>monstram uma gama <strong>de</strong> expressões que transfiguram osrostos em uma máscara: franzidas, distendidas ou mesmo semi-abertas, as pálpebrasmimetizam humores invisíveis. Com um timbre sôfrego, Sígriður empresta então suavoz para um primeiro espírito, originário do norte do país, e que parece surpreso porestar aqui. Ajudado por dois acólitos, Magnús o interroga. Pouco a pouco, suai<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> se revela: trata-se <strong>de</strong> uma jovem, uma adolescente ingênua e divertida,11 Os exemplos que manifestam estes laços são inesgotáveis. De passagem, notamos que Leon Rivailfoi, ele também, próximo dos meios artísticos, uma vez que ele fazia a contabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um teatro,durante os anos que prece<strong>de</strong>ram sua transformação em Allan Kar<strong>de</strong>c.Disponível <strong>na</strong> Internet: http://www3.est.edu.br/nepp 27

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