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Via das pentoses-fosfato

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Página 2 de 4<strong>Via</strong> <strong>das</strong> <strong>pentoses</strong>-<strong>fosfato</strong>; Rui FontesNalgumas células não sensíveis à insulina (como os eritrócitos) pode ser este o único mecanismocontrolador do fluxo na via <strong>das</strong> <strong>pentoses</strong>-<strong>fosfato</strong>.5- Quando, numa determinada situação metabólica, a síntese de ribose-5-<strong>fosfato</strong> excede o seu consumo nasíntese de nucleotídeos uma série de reacções fisiologicamente reversíveis catalisa<strong>das</strong> por duasisomérases e duas transférases permite a transformação da ribose-5-<strong>fosfato</strong> em frutose-6-<strong>fosfato</strong> egliceraldeído-3-<strong>fosfato</strong>. Para melhor compreender o processo de conversão da ribose-5-<strong>fosfato</strong> emfrutose-6-<strong>fosfato</strong> e gliceraldeído-3-<strong>fosfato</strong> é útil admitir-se que partimos de 3 moléculas de ribose-5-<strong>fosfato</strong> (35C=15C) e que se formam duas moléculas de frutose-6-<strong>fosfato</strong> e uma de gliceraldeído-3-<strong>fosfato</strong> (26C + 3C = 15C). As isomérases envolvi<strong>das</strong> no processo são a isomérase <strong>das</strong> <strong>pentoses</strong><strong>fosfato</strong>(ver equação 4) e a epimérase <strong>das</strong> <strong>pentoses</strong>-<strong>fosfato</strong> (ver equação 6). A isomérase <strong>das</strong> <strong>pentoses</strong><strong>fosfato</strong>é a enzima que catalisou a formação da ribose-5-<strong>fosfato</strong> (a partir de ribulose-5-<strong>fosfato</strong>) mastambém pode converter 2 <strong>das</strong> 3 moléculas de ribose-5-<strong>fosfato</strong> de que partimos em ribulose-5-<strong>fosfato</strong>.Por sua vez a epimérase pode converter as duas moléculas de ribulose-5-<strong>fosfato</strong> em xilulose-5-<strong>fosfato</strong>(uma cetopentose-<strong>fosfato</strong>). Nesta fase teríamos uma molécula de ribose-5-<strong>fosfato</strong> e duas de xilulose-5-<strong>fosfato</strong>. Por acção da transcetólase (ver equação 7) uma molécula de ribose-5-<strong>fosfato</strong> reage com umamolécula de xilulose-5-<strong>fosfato</strong>; a transferência de uma unidade de 2 carbonos em que a xilulose-5-<strong>fosfato</strong> funciona como substrato dador leva à formação de uma molécula de sedoheptulose-7-<strong>fosfato</strong>(uma cetoheptose-<strong>fosfato</strong>) e outra de gliceraldeído-3-<strong>fosfato</strong> (aldotriose-<strong>fosfato</strong>). A transaldólase (verequação 8) vai fazer reagir entre si os produtos da reacção anterior; neste caso é a sedoheptulose-7-<strong>fosfato</strong> que funciona como dador de uma unidade de 3 carbonos formando-se eritrose-4-<strong>fosfato</strong> (umaaldotetrose-<strong>fosfato</strong>) e frutose-6-<strong>fosfato</strong>. Nesta fase, tendo partido de 3 moléculas de ribose-5-<strong>fosfato</strong>,temos uma molécula de frutose-6-<strong>fosfato</strong>, uma de eritrose-4-<strong>fosfato</strong> e uma outra de xilulose-5-<strong>fosfato</strong>que ainda não reagiu. A reacção entre a xilulose-5-<strong>fosfato</strong> e a eritrose-4-<strong>fosfato</strong> também é catalisadapela transcetólase (ver equação 9) permitindo a formação de mais uma molécula de frutose-6-<strong>fosfato</strong> eoutra de gliceraldeído-3-<strong>fosfato</strong>. To<strong>das</strong> estas reacções são fisiologicamente reversíveis e asconcentrações estacionárias de to<strong>das</strong> estas oses-<strong>fosfato</strong> mantêm-se próximas <strong>das</strong> concentrações deequilíbrio. A equação 10 descreve o somatório <strong>das</strong> transformações referi<strong>das</strong> acima (equações 4 e 6-9partindo de 3 moléculas de ribose-5-<strong>fosfato</strong>):ribulose-5-P xilulose-5-P (6)xilulose-5-P + ribose-5-P sedoheptulose-7-P + gliceraldeído-3-P (7)sedoheptulose-7-P + gliceraldeído-3-P eritrose-4-P + frutose-6-P (8)xilulose-5-P + eritrose-4-P frutose-6-P + gliceraldeído-3-P (9)3 ribose-5-P 2 frutose-6-P + gliceraldeído-3-P (10)A frutose-6-<strong>fosfato</strong> e o gliceraldeído-3-<strong>fosfato</strong> forma<strong>das</strong> na “fase reversível da via <strong>das</strong> <strong>pentoses</strong>-<strong>fosfato</strong>”são intermediários da glicólise que, nas condições metabólicas em que a via <strong>das</strong> <strong>pentoses</strong>-<strong>fosfato</strong> estámais activa no fígado (glicemia elevada, insulina elevada e glicagina baixa), também está activadalevando à formação de acetil-CoA, o substrato na síntese de ácidos gordos.6- A acção sequenciada <strong>das</strong> enzimas <strong>das</strong> fases irreversível (equação 11) e reversível (equação 10 ou 12) davia <strong>das</strong> <strong>pentoses</strong>-<strong>fosfato</strong> e de “enzimas da gliconeogénese” [isomérase <strong>das</strong> trioses-<strong>fosfato</strong> (equação13), aldólase (equação 14), frutose-1,6-bisfosfátase (equação 15) e isomérase <strong>das</strong> fosfohexoses(equação 16)] pode permitir a oxidação completa da glicose-6-<strong>fosfato</strong> pelo NADP + (equação 17):6 glicose-6-P +12 NADP + + 6 H 2 O 6 ribulose-5-P +12 NADPH + 6 CO 2 (11)6 ribulose-5-P 4 frutose-6-P + 2 gliceraldeído-3-P (12)1 gliceraldeído-3-P 1 di-hidroxiacetona-P (13)1 gliceraldeído-3-P + 1 di-hidroxiacetona-P frutose-1,6-bis<strong>fosfato</strong> (14)frutose-1,6-bis<strong>fosfato</strong> + H 2 O frutose-6-P + Pi (15)5 frutose-6-P 5 glicose-6-P (16)somatório: glicose-6-P +12 NADP + +7 H 2 O 6 CO 2 +12 NADPH + Pi (17)É de notar, contudo, que as condições metabólicas em que a via <strong>das</strong> <strong>pentoses</strong>-<strong>fosfato</strong> está mais activa(glicemia elevada, insulina elevada e glicagina baixa) levam, no fígado, à inibição da enzimaresponsável pela reacção 15 (a fosfátase da frutose-1,6-bis<strong>fosfato</strong> hepática). O conjunto de reacções cujo

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