MODELO ASSISTENCIAL PARA A SAÚDE INDÃÂGENA: DSEI-MG/ES
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de liberar sua energia criativa, criadora e produtiva, recuperando para os índiosbens simbólicos como auto-estima, afirmação como sujeito, domínio sobre arealidade que o cerca, construção de novas subjetividades, poder de atuar sobreo mundo. Isto é altamente terapêutico. Sobre estes aspectos, há um importantedebate a se realizar, pois trata-se de algo novo no campo de reflexões da saúdecoletiva, mas que vem ganhando terreno e sendo objetivo de atenção de algunsautores. Fica a idéia em geral de que os rituais devem ser estimulados e nãodesqualificados pelo novo modelo de assistência à saúde indígena.Enfim, atingir níveis ótimos de assistência à saúde indígena é uma missãoa ser cumprida e tem como premissa a mudança do atual modelo, aindacentrado no saber biológico, com práticas excessivamente prescritivas, como é omodelo hegemônico. Verifica-se um terrível paradoxo na saúde indígena,enquanto a maioria destas comunidades não viveram o período higienista dosanitarismo brasileiro, e neste quesito assumem o perfil da comunidades ruraisdo Brasil século XVII, como dito aqui, têm para si um modelo que opera centradonos recursos ofertados pela maquinaria e instrumental duro normativo eestruturado, pouco relacional e dialógico. Assim, o desafio é o de encontrar umequilíbrio em um modelo que atue sobre as condições sanitárias propriamenteditas, e ao mesmo tempo opera a clínica ampliada, com ênfase nas tecnologiasleves e no campo relacional para a produção do cuidado (Merhy, 1997, 1998;Franco, 1999).BIBLIOGRAFIA:BAREMBLITT, G. Compêndio de análise institucional e outras correntes.Rio de Janeiro: Ed. Rosa dos Tempos, 1992.CAMPOS, G. W. S. Reforma da reforma, repensando a saúde. São Paulo:Hucitec, 1992.