Silva, A.D.R. Utilização <strong>do</strong> calcário <strong>do</strong>lomítico <strong>em</strong> água <strong>do</strong>ce e com alcalinidade e dureza...17...ARNOLD et al., 2006; AL-AMEERI e CRUZ, 2006; BALLESTER et al., 2007; MISHRA etal., 2008).2.3 O Litopenaeus vannamei cultiva<strong>do</strong> <strong>em</strong> baixa salinidadeOs potenciais impactos negativos das fazendas comerciais de camarão, que operam <strong>em</strong>zonas costeiras estuarinas têm gera<strong>do</strong> vários debates nestes últimos anos. Por isso, o cultivo<strong>do</strong> L. vannamei que é realiza<strong>do</strong> geralmente <strong>em</strong> regiões costeiras, t<strong>em</strong> si<strong>do</strong> limita<strong>do</strong> pelalegislação ambiental, uma vez que os viveiros utiliza<strong>do</strong>s para seu crescimento são construí<strong>do</strong>snas áreas adjacentes aos manguezais. Além disso, a exploração imobiliária de terras litorâneasprovocou a valorização econômica, o que dificulta ainda mais a aquisição de áreas parainstalação de projetos de carcinicultura.Como alternativa, aproveitan<strong>do</strong> a habilidade <strong>do</strong> camarão <strong>br</strong>anco <strong>em</strong> suportar amplasfaixas de salinidade (0,5 e 40g.L - ¹) (McGRAW et al., 2002; SAOUD et al. 2003), foramimplantadas fazendas <strong>em</strong> regiões isentas ou com pouca influência de águas marinhas,intensifican<strong>do</strong> a atividade <strong>em</strong> to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> (VALENÇA e MENDES, 2004; LI et al., 2007).Logo, segun<strong>do</strong> González-Félix et al. (2007), a aquicultura usan<strong>do</strong> água de baixa salinidade, éuma vantajosa solução para o cultivo de várias espécies e servin<strong>do</strong> como alternativa aAquicultura tradicional costeira.A produção <strong>do</strong> L. vannamei <strong>em</strong> águas interiores requer alguns cuida<strong>do</strong>s, uma vez quea so<strong>br</strong>evivência <strong>do</strong>s animais pode ser afetada durante o processo de aclimatação por questõesgenéticas, taxas de redução da salinidade, idade das pós-larvas e composição iônica da água(LARAMORE et al., 2001; MCGRAW et al., 2002; DAVIS et al., 2005).Foi constata<strong>do</strong> por Cheng et al. (2006) e Balbi et al. (2005), que a ocorrência de altasmortalidades, tanto no processo de aclimatação como durante a engorda, estão associadas àcomposição iônica da água e não às baixas salinidades. As concentrações de potássio,magnésio e sulfato <strong>em</strong> águas subterrâneas são relativamente baixas quan<strong>do</strong> comparadas a
Silva, A.D.R. Utilização <strong>do</strong> calcário <strong>do</strong>lomítico <strong>em</strong> água <strong>do</strong>ce e com alcalinidade e dureza...18...água <strong>do</strong> mar de mesma salinidade (BOYD, 2007). Atualmente, a forma mais comum paracorrigir a composição iônica da água é através da adição de sais minerais na forma defertilizantes químicos ou orgânicos. Green (2008), utilizou a supl<strong>em</strong>entação iônica <strong>em</strong>viveiros de 0,1 ha e salinidade de 0,7g.L - ¹, obteve so<strong>br</strong>evivências acima de 90% e umaprodutividade máxima de 4966 kg.ha -1 .Outra estratégia, mas ainda <strong>em</strong> fase de estu<strong>do</strong>s, é a incorporação de íons essenciais naração (VALENÇA e MENDES, 2004). Roy et al. (2007) afirmaram que a supl<strong>em</strong>entaçãomineral poderia ser mais rentável, uma vez que a absorção <strong>do</strong>s íons seria potencializada,evitan<strong>do</strong> desta forma a adição de grandes quantidades de fertilizantes na água de cultivo.No Brasil, o cultivo <strong>em</strong> águas interiores é uma realidade, sen<strong>do</strong> pratica<strong>do</strong> porpequenos <strong>em</strong>preende<strong>do</strong>res principalmente nos esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Ceará, Rio Grande <strong>do</strong> Norte,Paraíba e Piauí, destacan<strong>do</strong>-se a região <strong>do</strong> Baixo Jaguaribe (CE), onde as fazendas ocuparammais de 400 ha <strong>em</strong> 2004 (MIRANDA et al., 2008).O L. vannamei suporta flutuações de salinidade e <strong>em</strong> várias partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> pode serencontra<strong>do</strong> <strong>em</strong> águas hipersalinas (> 40 gL -1 ) até as oligohalinas (0,5 – 3,0gL -1 ). Devi<strong>do</strong> aessa grande capacidade de adaptação, toleran<strong>do</strong> rápidas e amplas flutuações na salinidade deaté 10gL -1(NUNES, 2001) é uma espécie reconhecida como potente osmorregula<strong>do</strong>ra(VALENÇA, 2001), sen<strong>do</strong>, portanto, classificada como eurihalina.Por ser eurihalina, vive b<strong>em</strong> <strong>em</strong> salinidades que variam de 5 a 55gL -1 (ANDRADE etal., 1999). Embora uma espécie possa ser encontrada <strong>em</strong> salinidade extr<strong>em</strong>amente baixa ealta, não significa que possa atingir máximo crescimento e so<strong>br</strong>evivência <strong>em</strong> tais ambientes(LARAMORE et al., 2001).Vários autores já aclimataram o camarão marinho L. vannamei para a água <strong>do</strong>ce, nafase equivalente ao berçário, e com excelentes resulta<strong>do</strong>s (SIMÕES, 2004;ALBUQUERQUE, 2005; REIS, 2004; OLIVEIRA, 2004). Portanto, seu cultivo <strong>em</strong> água debaixa salinidade não é considera<strong>do</strong> um grande desafio, pois, já é uma realidade executada <strong>em</strong>
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