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Coordenação Geral, Supervisão Editorial e Revisão<br />

Wilson Domingos Mingote Júnior<br />

Produção Editorial, Diagramação e Designer de Miolo<br />

Thiago Nicácio<br />

Projeto Gráfico<br />

Igor Botelho de Paula<br />

Apoio Institucional<br />

Anhanguera Educacional Participações S.A.<br />

Edição Especial Gratuita - 20<strong>12</strong><br />

Esta edição, resultado da coletânea de diversos trabalhos<br />

técnicos – científico, não possui fins lucrativos e sua<br />

distribuição é gratuita, sendo vedada a sua venda.<br />

Fica autorizada a reprodução do texto, no todo ou em parte,<br />

desde que se não altere o sentido, bem como seja citada a<br />

fonte.<br />

O conteúdo de cada trabalho técnico – científico é de<br />

inteira responsabilidade dos seus autores e co-autores.<br />

Nota<br />

Esta é uma publicação independente e não tem vínculo financeiroeconômico<br />

com as organizações citadas nos estudos.<br />

A futura comercialização desta obra compete exclusivamente aos<br />

autores e ao coordenador geral do projeto, ou às pessoas e<br />

organizações autorizadas por estes.<br />

Belo Horizonte – MG - Brasil<br />

2


Conteúdo do Livro “<strong>12</strong> Insights <strong>sobre</strong><br />

Sustentabilidade”<br />

Insight de Abertura – <strong>12</strong> Insights <strong>sobre</strong> Sustentabilidade<br />

3<br />

Pág.<br />

– O Projeto ........................................................................... 5<br />

Insight #1 – Ações Sustentáveis Praticadas pela Empresa<br />

MRV Engenharia .................................................................. 7<br />

Insight #2 – Coleta Seletiva: A Distância entre a Ideia e a<br />

Prática .................................................................................. 16<br />

Insight #3 – Ações Sustentáveis da Fábrica Mate Couro .. 24<br />

Insight #4 – Sustentabilidade e Imagem Corporativa: Uma<br />

Relação de Lucro? ............................................................... 36<br />

Insight #5 – Propostas de Governo dos Candidatos a<br />

Vereadores da Cidade de Santa Luzia <strong>sobre</strong><br />

Sustentabilidade .................................................................... 54<br />

Insight #6 – Mc Donald’s e Sustentabilidade ..................... 61<br />

Insight #7 – Caminhar para Sustentabilidade? Só<br />

Colocando Pilha nessa Ideia, mas sem Perder a Bateria .. 82<br />

Insight #8 – CEMIG e Sustentabilidade Energética em<br />

Belo Horizonte: O Elo entre as Alternativas Sustentáveis<br />

Conscientização da População ............................................ 95<br />

Insight #9 – Sustentabilidade: A Importância do PRODAL<br />

Banco de Alimentos para o Instituto CeasaMinas ............... 108


Insight #10 – O Ecomarketing e sua Correta Aplicação<br />

4<br />

Pág.<br />

como Diferencial Competitivo: Estudo de Caso Gerdau ...... 118<br />

Insight #11 – Ações Sustentáveis do Transporte Público<br />

no Centro de Belo Horizonte ................................................ <strong>12</strong>7<br />

Insight #<strong>12</strong> – Ações Sustentáveis da Rede Hoteleira do<br />

Entorno do Mineirão para a Copa de 2014 .......................... 139<br />

Insights de Encerramento<br />

Texto A – Eco 92: O que foi? .............................................. 152<br />

Texto B – Rio+20: Carta de Compromisso das Nações<br />

com o Desenvolvimento Sustentável ................................... 155<br />

Texto C – TI Verde: Um Desafio para o Futuro! .................. 159<br />

Texto D – Sustentabilidade: Ponto Final! ............................ 163


5<br />

INSIGHT DE ABERTURA<br />

<strong>12</strong> INSIGHTS SOBRE SUSTENTABILIDADE: O PROJETO!<br />

<strong>12</strong> INSIGHTS ABOUT SUSTENTABILITY: THE PROJECT!<br />

A ambição humana por acúmulo de riqueza, o mau uso dos recursos<br />

naturais, o crescimento populacional e as infindáveis crises econômicas mundo<br />

afora são alguns dos fatores que tem comprometido a <strong>sustentabilidade</strong> seja ela<br />

social, cultural, financeira ou ambiental. Dentre os questionamentos, talvez o<br />

mais pertinente seja “onde ou quando foi que perdemos o controle?”. Será que<br />

essa problemática surgiu com o nascimento do capitalismo? Ou será que mesmo<br />

em épocas de escambo a humanidade já padecia deste mal?<br />

Indubitavelmente, o ano de 20<strong>12</strong> pode ser considerado como o ano da<br />

<strong>sustentabilidade</strong>. Esse título, porém, não se deve à evolução e implementação de<br />

ações sustentáveis por parte das nações, mas ao fato de que tem sido um período<br />

de desenvolvimento nas discussões <strong>sobre</strong> a temática.<br />

É com extremo prazer que apresento esta obra coletiva chamada “<strong>12</strong><br />

Insights <strong>sobre</strong> Sustentabilidade”, nascida nos seios da academia e que agora<br />

toma forma e contribui com a democratização do acesso ao conhecimento,<br />

estando disponível para download sem qualquer custo para todos os interessados<br />

no assunto.<br />

Apesar de ser uma obra genuinamente acadêmica, o livro tem uma<br />

linguagem acessível e de fácil compreensão, onde indivíduos com diferentes<br />

níveis de instrução podem se deliciar e debruçar <strong>sobre</strong> um tema que é pertinente<br />

a qualquer pessoa que se interesse pelo futuro do planeta terra.


Importante ressaltar que todos os artigos encontrados no corpo principal<br />

desta obra são fruto de uma pesquisa feita pelos estudantes do curso de Relações<br />

Públicas, da Faculdade Anhanguera de Belo Horizonte, junto a empresas<br />

sediadas no estado de Minas Gerais. Os resultados das pesquisas foram<br />

analisados e compilados textualmente para facilitar a compreensão do leitor.<br />

Vale pontuar que os desafios encontrados no percurso deste projeto foram<br />

inúmeros, mas nada comparado à satisfação de presenciar o surgimento de uma<br />

obra prima, feita com esmero e dedicação por estudantes empenhados e<br />

preocupados com o futuro e com o desenvolvimento sustentável do mundo.<br />

Finalmente, na condição de mediador deste trabalho, parabenizo a todos<br />

os envolvidos nesse brilhante projeto, em especial aos meus alunos (autores), que<br />

não mediram esforços para cumprir com o cronograma apertado e, <strong>sobre</strong>tudo,<br />

que não recuaram um só segundo, acreditando assim no projeto de um professor<br />

sonhador.<br />

Aos leitores deixo o meu apreço e a garantia de que vocês estão diante de<br />

uma excelente produção acadêmica, realizada com o propósito de contribuir,<br />

mesmo que minimamente, ao progresso responsável do nosso planeta.<br />

Ótima leitura a todos!<br />

6<br />

Professor Wilson Mingote<br />

Idealizador e Orientador do Projeto “<strong>12</strong> Insights <strong>sobre</strong> Sustentabilidade”


8<br />

INSIGHT #1<br />

AÇÕES SUSTENTÁVEIS PRATICADAS PELA EMPRESA MRV<br />

ENGENHARIA<br />

SUSTAINABLE ACTIONS PERFORMED BY THE COMPANY MRV<br />

Resumo<br />

ENGINEERING<br />

Deborah Luisa Rodrigues*<br />

Franciele da Silva Santos*<br />

Isabella Ribeiro dos Reis*<br />

Wilson Domingos Mingote Junior**<br />

Este artigo tem como objetivo principal apresentar os resultados obtidos através<br />

de uma pesquisa realizada como os funcionários da empresa MRV Engenharia.<br />

Buscou-se verificar se referida empresa pratica ações sustentáveis, e quais são<br />

estas ações, além de verificar também como é feita a divulgação destas ações.<br />

Palavras-Chave: Sustentabilidade. Construção Civil.<br />

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da<br />

Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera<br />

Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2


Abstract<br />

This article aims to present the main results of a survey conducted by the<br />

officials of the company MRV Engenharia. We sought to verify that company<br />

practices sustainable actions, and what are these actions, and also check how is<br />

the disclosure of these actions.<br />

Keywords: Sustainability. Civil Construction.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O setor de construção civil surgiu para atender as necessidades básicas dos<br />

seres humanos em um primeiro momento, sem a preocupação com técnicas<br />

aprimoradas. O homem possui um diferencial dos demais seres vivos por ter a<br />

capacidade de produzir e modificar o ambiente de diversas maneiras em um curto<br />

período de tempo.<br />

Ao decorrer dos anos, tais técnicas foram sendo aprimoradas e surgiram<br />

inúmeras edificações, entre elas as de responsabilidade social.<br />

Nunca se falou tanto em <strong>sustentabilidade</strong>, bem como a <strong>sustentabilidade</strong><br />

nunca teve um papel tão importante no ramo de construção civil. Já é possível<br />

encontrarmos construções que se enquadram nas condições de um edifício<br />

ecologicamente correto.<br />

O presente trabalho pretende apresentar uma abordagem <strong>sobre</strong> o tema<br />

Sustentabilidade na Construção Civil, pois as características de uma construção<br />

sustentável interferem diretamente na relação entre homem e meio ambiente com<br />

questões que podem ser minimizadas quando se resolve investir num<br />

planejamento adequado.<br />

9


SUSTENTABILIDADE<br />

Segundo GONÇALVES (2010, p.19) o conceito <strong>sustentabilidade</strong> foi<br />

abordado pela primeira vez em 1979 na (AGNU) Assembleia Geral das Nações<br />

Unidas, por Brundtland, primeira ministra norueguesa. A ministra elaborou um<br />

relatório que foi nomeado Nosso Futuro Comum, que abordava a relação do<br />

homem com a natureza com a finalidade de desenvolver o presente sem<br />

comprometer o futuro das próximas gerações.<br />

O tema <strong>sustentabilidade</strong> tornou-se muito abrangente e de grande<br />

importância para a sociedade mundial. De acordo com a tese do pesquisador e<br />

ambientalista, James Ephraim Lovelock (1969), o planeta é um ser vivo e possui<br />

a capacidade de auto-sustentação, ou seja, é capaz de gerar, manter e alterar suas<br />

condições ambientais.<br />

A <strong>sustentabilidade</strong> esta diretamente relacionada com o desenvolvimento<br />

econômico e material sem que o meio ambiente seja agredido, e utilizam recursos<br />

naturais de maneira inteligente para que ele seja mantido futuramente.<br />

O conceito de desenvolvimento sustentável é questão de puro bom senso,<br />

porém ao tentar aplicar no nosso dia a dia, se torna completamente complexo e<br />

controvertido. Para que possamos aplicar tal desenvolvimento é necessário que<br />

sejam feitas algumas mudanças fundamentais na forma de como pensar, como<br />

viver, produzir e consumir.<br />

SUSTENTABILIDADE X CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

A competitividade no setor de construção civil é muito grande e isso faz<br />

com que as empresas descartem os materiais utilizados por elas de maneira mais<br />

rápida e econômica. Tal atitude faz com que aumente cada vez mais a<br />

preocupação com o meio ambiente, o que leva as empresas a buscarem uma<br />

reestruturação de técnicas mais viáveis de reaproveitamento desses materiais.<br />

10


O setor de construção civil é reconhecido como uma das mais importantes<br />

atividades de desenvolvimento econômico e social, mas também é visto como<br />

grande gerador de impactos ambientais, seja pelo consumo de recursos naturais,<br />

pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos.<br />

O ambiente é modificado pelo homem em um curto período de tempo. No<br />

Brasil essas mudanças estão acontecendo com uma frequência muito grande<br />

devido à copa do mundo de 2014, onde prédios estão sendo construídos, estádios<br />

de futebol reformados, além de diversos imóveis que são erguidos diariamente.<br />

Em entrevista a revista Infra Facility Property (Ed. 140, março/20<strong>12</strong>), o<br />

diretor das empresas C&W, João Alves Pacheco, disse que a aderência dos<br />

estádios sustentáveis para a Copa do mundo são itens que irão contribuir para um<br />

avanço ainda maior nesta questão. “A <strong>sustentabilidade</strong> e os prédios verdes estão<br />

diretamente relacionados com a Operação e Manutenção de qualidade, indo ao<br />

encontro das novas legislações, das mudanças climáticas; a certificação vem para<br />

complementar. Os prédios são procurados por sua eficiência, pelo conforto, e os<br />

quesitos „verdes‟ contribuem para isso e para uma maior competitividade dos<br />

negócios e da imagem do imóvel e dos seus inquilinos”, completa Pacheco.<br />

A adesão às medidas sustentáveis nas empresas de construção civil pode<br />

trazer resultados positivos para a imagem da companhia e agregar valor a<br />

produtos e serviços.<br />

Segundo entrevista à Revista Premier Business (Ed. 4, dezembro/2010)<br />

Ricardo Guggisberg, organizador da Eco Business Show, uma das maiores feiras<br />

<strong>sobre</strong> <strong>sustentabilidade</strong> do Brasil, afirma que “<strong>sustentabilidade</strong> não é mais uma<br />

tendência, é a ideologia do século XXI. Fazer parte desta cadeia significa atrelar<br />

a marca a uma iniciativa social, investir no futuro, expandir os horizontes dentro<br />

do mercado corporativo, além da receita financeira que tem. É importante<br />

lembrarmos que a <strong>sustentabilidade</strong> passou a ser o quarto item de importância ao<br />

consumidor em relação à aquisição do produto ou contratação de um serviço. A<br />

<strong>sustentabilidade</strong> é um dos conceitos mais significativos da atualidade, porque<br />

11


influencia a abordagem global de recursos energéticos, indústria, comunidade,<br />

economia e governo”.<br />

PRÉDIOS SUSTENTÁVEIS<br />

Com o conceito de que as gerações futuras poderão enfrentar grandes<br />

dificuldades devido aos claros sinais de degradação ambiental e os fortes indícios<br />

de que os recursos naturais estão ameaçados, os profissionais de construção civil<br />

começaram a projetar os chamados “prédios sustentáveis”. Esses prédios são<br />

planejados para reduzir os impactos no meio ambiente, agredindo de forma<br />

mínima o local onde estão sendo construídos. Além disso, os materiais utilizados<br />

para a construção dos prédios devem possuir a certificação e a garantia de<br />

produção sem nenhum tipo de degradação ao meio ambiente.<br />

O lixo que é produzido nos prédios sustentáveis também possui destino<br />

certo. A forma de descarte desse lixo é planejada para que o impacto ao meio<br />

ambiente seja mínimo e de acordo com a situação do local onde o prédio foi<br />

erguido.<br />

De acordo com o jornal Estadão de <strong>12</strong> de Julho de 20<strong>12</strong> na sessão<br />

Opinião, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de construções<br />

sustentáveis, tendo o primeiro prédio sustentável construído em 2004, com o uso<br />

de materiais e técnicas sustentáveis, mas foi apenas após três anos, que a<br />

indústria da construção conquistou a certificação no USGBC (U.S. Green<br />

Building Council).<br />

O ranking é liderado pelos Estados Unidos, com um total de 40.262<br />

construções sustentáveis, seguido pela China, com 869, e os Emirados Árabes<br />

com 767. O Brasil aparece em quarto lugar com o total de 526 empreendimentos<br />

sustentáveis, sendo 52 certificados e 474 em processo de certificação no USGBC.<br />

Conforme matéria publicada no portal “Eu sou Famecos” da Universidade<br />

PUC de RS, a assessora do Instituto do Meio, Letícia Hotte, afirma que<br />

preocupação em possuir uma empresa com valores sustentáveis cresceu<br />

<strong>12</strong>


fortemente após a efetivação do Protocolo de Kyoto, em 2005. Ela afirma que “o<br />

desenvolvimento sustentável engloba três fatores: o ambiental, o econômico e o<br />

social”. E estes fatores tendem a caminhar sempre juntos, favorecendo o meio<br />

ambiente, os lucros e a sociedade.<br />

MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS<br />

Foi realizada uma pesquisa na empresa MRV Engenharia para verificar se<br />

os funcionários têm conhecimento do conceito de <strong>sustentabilidade</strong>, se estavam<br />

cientes das ações sustentáveis da empresa e se há divulgação para público interno<br />

e externo.<br />

Foram entrevistados 50 funcionários da empresa, o questionário foi<br />

aplicado através de contato pessoal. Dos 50 entrevistados 80% afirmaram que<br />

sabiam o que é <strong>sustentabilidade</strong>, mas, analisando cada uma das respostas, destes<br />

80% apenas 60% realmente têm consciência do significado de <strong>sustentabilidade</strong>.<br />

Dentre as ações sustentáveis citadas pelos entrevistados está o plantio de<br />

árvores feito pela empresa para repor aquelas que são cortadas nas áreas em que<br />

são construídos seus empreendimentos. Outras ações também informadas foram<br />

a revitalização de praças públicas e utilização de materiais ecologicamente<br />

corretos.<br />

As formas de divulgação da empresa para seu público interno é a,través de<br />

e-mail diário, intranet, murais que são colocados em todos os setores com<br />

informações de conscientização e revistas oferecidas aos funcionários. Já para<br />

seu público externo a empresa criou um site com o nome “MRV Sustentável”, e<br />

através de revistas e jornais.<br />

Com a mensuração dos resultados, pode-se concluir que a empresa em<br />

questão tem se preocupado com a <strong>sustentabilidade</strong> e repondo os recursos naturais<br />

que estão utilizando. A divulgação é ampla, alcançando uma grande parte de seu<br />

público interno.<br />

13


CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Hoje em dia, quando se fala em construção civil, estamos também falando<br />

de uma das áreas em maior expansão no país devido à economia que está em um<br />

bom momento, a grande demanda para a construção de moradias populares, as<br />

grandes obras para a realização da copa do mundo em 2014, além de gerar<br />

muitos empregos.<br />

A questão é que tamanho desenvolvimento para esta área, também exige<br />

uma grande responsabilidade por parte das empresas do ramo e por parte do<br />

governo quando se trata de projetos voltados para estradas, aeroportos, etc. Essas<br />

atividades causam um enorme impacto ambiental, pois este setor é um grande<br />

consumidor de recursos naturais, e por isto todas essas organizações devem<br />

tomar medidas para repor estes recursos.<br />

Para que o setor continue crescendo, gerando empregos, moradias e ao<br />

mesmo tempo contribuindo de forma favorável ao meio ambiente, as empresas<br />

devem atentar a práticas como: gestão de economia da água, qualidade do ar,<br />

utilização dos ditos “produtos verdes”, entre outras.<br />

Através das informações obtidas na empresa de construção civil, MRV<br />

Engenharia, de Belo Horizonte, conclui-se que a empresa de fato está preocupada<br />

com o bem estar do meio ambiente e da sociedade que nele habita além de vêem<br />

o termo “<strong>sustentabilidade</strong>” como um dos valores primordiais para um futuro<br />

melhor no mundo em que vivemos.<br />

REFERÊNCIAS<br />

A TERRA É UM SER VIVO DO QUAL SOMOS O SISTEMA NERVOSO.<br />

Disponível em:<br />

.<br />

Acesso em 01 out. 20<strong>12</strong>.<br />

14


CAMINHOS SUSTENTÁVEIS. Disponível em:<br />

<br />

Acesso em 01 out. 20<strong>12</strong>.<br />

COMPROMISSO PARA ONTEM... COM OLHOS NO AMANHÃ.<br />

Disponível em: .<br />

Acesso em 01 out. 20<strong>12</strong>.<br />

CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS. Disponível em:<br />

. Acesso em 11 out. 20<strong>12</strong>.<br />

EMPRESAS ADEREM À SUSTENTABILIDADE. Disponível em:<br />

. Acesso em<br />

11 out. 20<strong>12</strong>.<br />

FALANDO DE SUSTENTABILIDADE- PRATICANDO OS 3 R’S.<br />

Disponível em: .<br />

Acesso em 30 set. 20<strong>12</strong>.<br />

GONÇALVES R. M. F. Conflito entre as determinações da convenção <strong>sobre</strong><br />

a diversidade biológica e as regras do acordo trips. 2010.<br />

SILVA, Christian Luiz. Desenvolvimento sustentável – Um modelo analítico,<br />

integrado e adaptativo. Vozes: Petrópolis, 2006.<br />

VAHAN, AGOPYAN, VANDERLEY M. JOHN, Coordenador JOSÉ<br />

GOLDEMBERG. O desafio da <strong>sustentabilidade</strong> na construção civil. Blucher:<br />

São Paulo.<br />

15


17<br />

INSIGHT #2<br />

COLETA SELETIVA: A DISTÂNCIA ENTRE A IDEIA E A PRÁTICA<br />

SELECTIVE COLLECTION: THE DISTANCE BETWEEN THE IDEA<br />

AND THE PRACTICE<br />

Resumo<br />

Andréia Cristina*<br />

Ghleyka Oliveira*<br />

Janaina Sinara*<br />

Joberth Heslander*<br />

Wilson Domingos Mingote Junior**<br />

Um dos assuntos mais explanados hoje em dia pela sociedade é a<br />

<strong>sustentabilidade</strong>, uma palavra com um significado muito amplo. Atualmente esse<br />

assunto é abordado, pois está cada vez mais evidente o desgaste dos recursos<br />

naturais. Uma maneira de diminuir esse impacto de consumo exagerado dos<br />

recursos pela sociedade, é a pratica da coleta seletiva, que tem como objetivo a<br />

separação dos resíduos e a reutilização dos mesmos. Essa prática colabora para a<br />

recuperação dos recursos naturais e também gera emprego e renda. O objetivo<br />

desse estudo é pesquisar o nível de conscientização dos moradores do bairro<br />

Nova Cintra em relação à coleta seletiva.<br />

Palavras-Chave: Sustentabilidade. Coleta Seletiva. População. Pesquisa.<br />

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da<br />

Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera<br />

Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2


Abstract<br />

Currently one of the topics most discussed by society is sustainability, a word<br />

with a very broad meaning. Currently this issue has been discussed more,<br />

because obviously the depletion of natural resources. One way to reduce the<br />

impact of excessive consumption of resources by society is the practice of<br />

selective collection, which aims to separate waste and reuse them. This practice<br />

contributes to the recovery of natural resources and also generates employment<br />

and income. The aim of this study is to investigate the level of awareness of<br />

neighborhood residents regarding Nova Cintra collection.<br />

Keywords: Sustainability. Selective Collection. Population. Research.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Sustentabilidade é a capacidade de desenvolvimento sem prejudicar os<br />

recursos naturais, ou seja, equilibrar as necessidades de consumo do ser humano<br />

com a capacidade de renovação da natureza.<br />

Muitas são as atitudes que podem ser tomadas para se viver de forma<br />

sustentável, como por exemplo, o reaproveitamento de água, o uso de energias<br />

sustentáveis, locomoção por transportes públicos, a separação e reaproveitamento<br />

do lixo. Enfatizaremos nesse estudo a prática da coleta seletiva.<br />

Coleta seletiva de lixo é um processo que consiste na separação e<br />

recolhimento dos resíduos descartados por empresas e pessoas. Desta forma, os<br />

materiais que podem ser reciclados são separados do lixo orgânico (restos de<br />

carne, frutas, verduras e outros alimentos). Este último tipo de lixo é descartado<br />

em aterros sanitários ou usado para a fabricação de adubos orgânicos. Nesse<br />

sistema de coleta o lixo é separado (papel, metal, plástico, e vidro).<br />

18


A separação do lixo é realizada através da identificação de recipientes<br />

(lixeiras) com cores determinadas pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio<br />

Ambiente). Essas cores são dispostas da seguinte forma:<br />

Azul: Papel; Vermelho: Plástico; Verde: Vidro; Amarelo: Metal; Preto:<br />

Madeira; Laranja: Resíduos perigosos; Branco: Resíduos ambulatoriais e de<br />

serviços de saúde; Roxo: Resíduos radioativos; Marrom: Resíduos orgânicos;<br />

Cinza: Resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado, não passível<br />

de separação.<br />

A coleta seletiva de lixo é de extrema importância para a sociedade,<br />

segundo Grimberg (Coleta Seletiva de Lixo, reciclando materiais reciclando<br />

valores, 1998, pg 36) “A maioria dos programas de coleta seletiva tanto no Brasil<br />

quanto no exterior atribuem alguma importância à educação da população no<br />

tocante a questão do lixo.” Além de gerar renda para milhões de pessoas e<br />

economia para as empresas, também significa uma grande vantagem para o meio<br />

ambiente uma vez que diminui a poluição dos solos e rios. Essa prática é de<br />

grande importância, pois traz vários benefícios, alguns deles são: menor redução<br />

de florestas nativas; reduz a extração dos recursos naturais; diminui a poluição do<br />

solo, da água e do ar; economiza energia e água; possibilita a reciclagem de<br />

materiais que iriam para o lixo; conserva o solo. Diminui o lixo nos aterros e<br />

lixões; o desperdício, os custos da produção com o aproveitamento de recicláveis<br />

pelas indústrias, prolonga a vida útil dos aterros sanitários; melhora a limpeza e<br />

higiene da cidade; previne enchentes; diminui os gastos com a limpeza urbana.<br />

JUSTIFICATIVA<br />

Será aboradada a coleta seletiva nesse estudo por considerarmos<br />

importante, pois a adesão desta prática traz vários benefícios para a sociedade.<br />

Foi escolhido como objeto de estudo o bairro Nova Cintra, localizado na<br />

região oeste de Belo Horizonte. O bairro contém 5.664 (cinco mil seiscentos e<br />

sessenta e quatro) habitantes, foi fundada em 1967 (mil novecentos e sessenta e<br />

19


sete) por meio de invasões dos terrenos, ação feita por famílias pobres, e com o<br />

tempo a região foi se urbanizando.<br />

Houve uma percepção, por parte dos pesquisadores, <strong>sobre</strong> a deficiência do nível<br />

de conscientização dos moradores do bairro em relação à prática da coleta<br />

seletiva. Segundo José Carlos 2002 pg <strong>12</strong>:<br />

A implantação da coleta seletiva começa com uma experiência-piloto,<br />

que vai sendo ampliada aos poucos. O primeiro passo é a realização<br />

de uma campanha informativa junto à população, convencendo-a para<br />

que separe o lixo em recipientes para cada tipo de material. É<br />

aconselhável distribuir à população, ao menos inicialmente,<br />

recipientes adequados à separação e ao armazenamento dos resíduos<br />

recicláveis nas residências (normalmente sacos de papel ou plástico).<br />

A instalação de postos de entrega voluntária em locais estratégicos<br />

possibilita a realização da coleta seletiva em locais públicos. A<br />

mobilização da sociedade, a partir das campanhas, pode estimular<br />

iniciativas em conjuntos habitacionais, shopping centers e edifícios<br />

comerciais e públicos.<br />

Pretende-se com a elaboração dessa pesquisa, identificar a relevância do<br />

tema abordado para a população.<br />

METODOLOGIA<br />

A técnica do grupo focal consiste em uma entrevista, onde há a presença<br />

de seis a doze pessoas, as mesmas não podem ser familiares umas das outras, e é<br />

necessário que tenham características comuns ao tema da pesquisa. A essência do<br />

grupo focal está na interação entre os participantes e o pesquisador, que tem por<br />

objetivo colher dados concernentes à discussão do tema da pesquisa. O<br />

moderador do grupo focal levanta assuntos identificados num roteiro de<br />

discussão e usa técnicas de investigação para buscar opiniões e experiências dos<br />

entrevistados.<br />

Nesta pesquisa, foi utilizada a metodologia do grupo focal por ela<br />

proporcionar uma grande riqueza de informações qualitativas. Foram<br />

20


entrevistadas seis pessoas, duas do sexo masculino e quatro do sexo feminino.<br />

Para a realização da pesquisa, foi empregado um roteiro de pesquisa com quatro<br />

tópicos, onde cada entrevistado pôde expor seu ponto de vista <strong>sobre</strong> cada um<br />

deles. Foram feitas perguntas objetivas e de fácil compreensão. O grupo<br />

entrevistado concordou com a gravação da entrevista e esteve ciente da<br />

preservação de sua imagem.<br />

PLANO DE TRABALHO<br />

Para essa pesquisa <strong>sobre</strong> coleta seletiva e elaboração deste artigo optou-se<br />

pelo método de pesquisa qualitativo e quantitativo. Utilizou-se a técnica do grupo<br />

focal.<br />

A primeira parte da pesquisa foi feito um pré-teste onde entrou-se em<br />

contato com alguns moradores do bairro Nova Cintra para saber a opinião dos<br />

mesmos a respeito do tema da pesquisa.<br />

Após as informações colhidas no pré-teste, deu-se início à etapa final<br />

desta pesquisa que consiste na coleta de dados, em entrevista, em um grupo focal<br />

no total de 6 (seis) pessoas moradores do bairro Nova Cintra na região oeste de<br />

Belo Horizonte.<br />

Informações <strong>sobre</strong> a composição deste grupo de entrevistados:<br />

Tabela – Composição do Grupo de Entrevistados<br />

Categoria Quantidade<br />

De 17 á 20 anos 2<br />

De 21 á 26 anos 3<br />

De 40 anos 1<br />

Total: 6 pessoas<br />

21


MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS<br />

Os dados estatísticos e qualitativos da pesquisa, coletados por meio dos<br />

questionários de pré-teste e de aplicação final de acordo com os entrevistados,<br />

apontam que a coleta seletiva é importante. Os entrevistados foram surpreendidos<br />

com o tema <strong>sustentabilidade</strong>, pois, demonstraram não conhecer o conceito da<br />

palavra. Apesar da falta de conhecimento <strong>sobre</strong> o tema, os mesmos conseguiram<br />

corresponder à proposta da pesquisa. Afirmaram que deveria existir uma maior<br />

conscientização por parte dos habitantes.<br />

Um total de 60% (sessenta por cento) dos entrevistados praticam algum<br />

tipo de ação sustentável em suas residências, como por exemplo, o<br />

reaproveitamento de pneus para confecção de puffs, e também o<br />

reaproveitamento do óleo de cozinha para fabricação de sabão caseiro. Um total<br />

de 40% (quarenta por cento) não pratica nenhuma ação sustentável em casa.<br />

100% (cem por cento) das pessoas entrevistadas reconhecem a importância da<br />

coleta seletiva e apóiam à implantação desse sistema em seu bairro.<br />

REFERÊNCIAS<br />

ELABORAÇÃO DE TÉCNICAS DE PROJETO. Disponível em:<br />

.<br />

Acessado em: 22 de Outubro de 20<strong>12</strong>.<br />

ELABORAÇÃO DE TÉCNICAS DE PROJETO. Disponível em:<br />

.<br />

Acessado em: 22 de Outubro de 20<strong>12</strong>.<br />

GRIMBERG, Elisabeth; BLAUTH, Patrícia. COLETA SELETIVA:<br />

RECICLANDO MATERIAIS, RECICLANDO VALORES. São Paulo: Pólis,<br />

1998.<br />

22


LOURES, Rodrigo C. da Rocha. SUSTENTABILIDADE SECULO XXI:<br />

EDUCAR E INOVAR SOB UMA NOVA CONSCIÊNCIA. São Paulo: Gente,<br />

2009.<br />

PAULICS, Veronika; VAZ, José Carlos; SILVERA, Alejo Lerzundi.<br />

INICIATIVAS MUNICIPAIS PARA O DESENVOLVIMENTO<br />

SUSTENTÁVEL. Piauí: Pólis, 2002.<br />

PESQUISAS QUALITATIVAS. Disponível em:<br />

. Acessado em: 22 de Outubro de 20<strong>12</strong>.<br />

RECICLAGEM E COLETA SELETIVA. Disponível em:<br />

.<br />

Acessado em 17 de Setembro de 20<strong>12</strong>.<br />

VEIGA, José Eli da. SUSTENTABILIDADE: A LEGITIMAÇÃO DE UM<br />

NOVO VALOR. São Paulo: SENAC São Paulo, 2010.<br />

23


Resumo<br />

AÇÕES SUSTENTÁVEIS DA FÁBRICA MATE COURO<br />

SUSTAINABLE ACTIONS OF MATE COURO FACTORY<br />

Claudinéa Elias*<br />

Daniela Michelle*<br />

Jacó Mota*<br />

Rúbia Rodrigues*<br />

Wilson Domingos Mingote Junior**<br />

25<br />

INSIGHT #3<br />

Este Artigo se propõe a apresentar as ações de <strong>sustentabilidade</strong> da Fábrica Mate<br />

Couro, no reaproveitamento de resíduos e ou garrafas Pet, sendo uma empresa<br />

genuinamente Brasileira que utiliza matéria prima natural, Guaraná e Chapéu de<br />

Couro. O objetivo é investigar como é feito o reaproveitamento de resíduos da<br />

Fábrica, desde a visão da empresa <strong>sobre</strong> a <strong>sustentabilidade</strong>, até o destino final dos<br />

produtos reutilizáveis. A pesquisa se caracteriza como descritiva e qualitativa.<br />

Utilizou-se da análise de questionários enviados ao setor de gestão de qualidade.<br />

Palavras-Chave: Sustentabilidade. Fábrica. Garrafas. Qualidade.<br />

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas<br />

da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera<br />

Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2


Abstract<br />

This article aims to present the sustainability actions Matte Leather Factory, and<br />

the reuse of waste or pet bottles, being a genuinely Brazilian company that uses<br />

natural raw material, Guarana and Leather Hat.<br />

The objective is to investigate how is the reuse of waste from factory, since the<br />

company's vision on sustainability, to the final destination of reusable products.<br />

The research is characterized as descriptive and qualitative. We used analysis of<br />

questionnaires sent to industry quality manangement.<br />

Keywords: Sustainability. Factory. Bottles. Quality.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Com o desenvolvimento das tecnologias e das formas de extração e de<br />

consumo, visando a preservação dos ecossistemas e do meio ambiente, a<br />

necessidade de readaptar os modelos empresariais, a fim de atender a demanda<br />

do mercado consumidor e de preservar o meio, faz com que as empresas sejam<br />

forçadas a buscar formas de reduzir os impactos ambientais.<br />

Diante deste novo panorama, o desenvolvimento deve estar associado com<br />

a <strong>sustentabilidade</strong>, que segundo o site Sua Pesquisa quer dizer:<br />

Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades<br />

humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos,<br />

sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a<br />

<strong>sustentabilidade</strong> está diretamente relacionada ao desenvolvimento<br />

econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os<br />

recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no<br />

futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o<br />

desenvolvimento sustentável.<br />

26


O QUE É SUSTENTABILIDADE?<br />

Sustentabilidade hoje é uma palavra muito comum, se tornou algo<br />

acessível por meio de divulgações de grandes empresas tanto na TV, no rádio,<br />

jornais e revistas. É algo muito familiar no nosso dia-a-dia, ”mas o que é<br />

<strong>sustentabilidade</strong>?”. De acordo com o relatório Brundland, (1987) da ONU<br />

(Organização das Nações Unidas): “desenvolvimento sustentável é aquele que<br />

atende as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das<br />

gerações futuras de atenderem as suas necessidades e aspirações”.<br />

O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu a partir do<br />

reconhecimento que os recursos naturais são finitos: “Antes disso, vivíamos<br />

ainda na confortável ilusão de dispor uma natureza sempre generosa e fértil, a<br />

possibilitar um progresso infinito”. (Da Veiga, Zatz, 2008, p.10)<br />

É necessária que a geração atual repense sua visão <strong>sobre</strong> a produção e<br />

consumo de forma consciente de recursos ou produtos acessíveis a ela, de forma<br />

a minimizar os impactos no meio ambiente, para que as próximas gerações<br />

possam usufruir dos recursos hoje disponíveis.<br />

O Tema <strong>sustentabilidade</strong> trouxe às empresas a necessidade de repensarem<br />

seu comportamento, hoje traz para as empresas uma imagem de desenvolvimento<br />

de se importar com o planeta e até mesmo de estarem atualizadas. Uma empresa<br />

bem resolvida não deixa de ser bem antenada, isso ela geralmente transmite não<br />

só em seus comerciais ou no relacionamento com cliente, mas também no tema<br />

<strong>sustentabilidade</strong>, que acabou virando uma forma de marketing sustentável.<br />

Alguns dos países começaram a se importar com a <strong>sustentabilidade</strong> a mais<br />

de 2 séculos atrás, mas só começaram a agir nos anos 90. Uma das reuniões<br />

internacionais que ficaram marcadas nos anos 90 foi a ECO-92, que reuniu o<br />

maior número de chefes de estados, personalidades e autoridades do mundo todo<br />

e foi um dos maiores públicos já reunidos pela ONU. A Rio+20 aconteceu este<br />

ano, o grande evento a favor da <strong>sustentabilidade</strong> aconteceu durante uma semana<br />

27


no Rio de Janeiro. O evento foi distribuído em cinco lugares, Copacabana Palace<br />

Hotel, Parque Garota de Ipanema, Forte Copacabana, Aterro do Flamengo e hotel<br />

Windsor Barra. No evento milhares de empresas e pessoas foram sensibilizadas<br />

em relação às questões urgentes do nosso tempo. O setor privado não poderia<br />

ficar de fora deste grande acontecimento; não só participaram, como também<br />

firmaram mais de 200 compromissos voluntários, que foram feitos por mais de<br />

2000 pessoas entre elas líderes, executivos, acadêmicos e representantes da<br />

sociedade civil. O planeta teve sua contribuição no evento por meio das redes<br />

sociais. Mais de 3500 pessoas tiveram acesso a mais informações <strong>sobre</strong> o assunto<br />

em atrações como lançamentos de livros, exemplo o livro do economista Ricardo<br />

Abramovay, que aconteceu no Arpoador. Participaram mais de 45 mil pessoas<br />

nas conferências, <strong>12</strong> mil delegados de 188 países, 80 mil pessoas na marcha da<br />

cúpula dos povos e 200 mil visitantes nos estandes. Com a participação nacional<br />

e internacional ficou bem claro que não só o Brasil, mas o mundo todo está<br />

interessado em preservar o meio ambiente e garantir às próximas gerações um<br />

planeta mais conservado.<br />

JUSTIFICATIVA<br />

O Projeto visa entender a posição da Fábrica Matte Couro em relação à<br />

<strong>sustentabilidade</strong> e o que é feito a este respeito.<br />

Hoje sabemos que a maioria das grandes e pequenas empresas está<br />

trabalhando em projetos sociais, sustentáveis ou ambientalmente corretos, com<br />

isso se identificará qual é o destino dos resíduos e através dessa pesquisa vamos<br />

buscar informações para que sejam identificados também se a Organização está<br />

ligada à ONGS, se participa de campanhas para Sustentabilidade do Planeta, se<br />

existe alguma arrecadação com vendas de produtos recicláveis produzidos pela<br />

própria Fábrica e quais são estes produtos e como é feito este trabalho.<br />

O Projeto é importante porque, através dessa pesquisa, podemos saber o<br />

que as grandes empresas como a Mate Couro estão lidando com a situação atual<br />

do Planeta, que, cada vez mais se preocupa com a questão da Sustentabilidade.<br />

28


Será que estão conscientes em relação a projetos sustentáveis?<br />

Qual é o diferencial que a empresa busca para se manter Sustentável sem<br />

prejudicar o Ambiente?<br />

Por isso, buscamos identificar cada questão de maneira eficaz e clara para<br />

que todos possam entender a importância de uma participação dentro da<br />

Organização para manter a vida e o Planeta Sustentável. Contudo baseamos a<br />

pesquisa que abranja grande parte da organização, para que, não só um setor<br />

específico da empresa esteja ciente, mas sim que todos façam parte.<br />

HISTÓRIA DA MATE COURO<br />

A Mate Couro foi fundada em 1947, localizada em Belo Horizonte, é uma<br />

empresa genuinamente brasileira.<br />

A empresa produz um refrigerante característico da região mineira, tendo<br />

em sua fórmula ervas chamadas Chapéu de Couro, mate e extrato de guaraná,<br />

sendo este último, o carro chefe de produção.<br />

De acordo com o site AFEBRAS:<br />

Os refrigerantes regionais abocanham mais de 100% da venda do<br />

setor, tendo em vista os preços estabelecidos em patamares inferiores<br />

aos das marcas nacionais. Essa estratégia permite que elas criem<br />

vínculos mais fortes com os consumidores, além de vender seus<br />

produtos são nestas regionais que as empresas geram emprego renda<br />

e desenvolvimento local.<br />

A valorização e o nicho de mercado que as pequenas e grandes indústrias<br />

agregam ás suas regiões.<br />

Visando a melhoria e oferecer sempre bons produtos a Mate Couro em<br />

1955 fez uma parceria com PEPSICO e passou produzir e a distribuir a Mirinda<br />

e a Pepsi Cola, em 1979 este acordo foi desfeito. De 1980 a 2003 uma nova<br />

franquia foi estabelecida com a Cia Antarctica(AMBEV), produzindo o<br />

29


efrigerante Mate Couro e engarrafando a linha completa da Antarctica.O<br />

refrigerante Mate Couro conquistou o gosto dos mineiros e cada vez mais vem<br />

ganhando força no mercado. Segundo o jornal o Florense o guaraná foi<br />

distribuído em Nova York, Miami e Boston entre 2001 e 2006 e teve uma boa<br />

aceitação.<br />

Mesmo com a forte concorrência das multinacionais, as indústrias<br />

regionais <strong>sobre</strong>vivem. Abrangendo e satisfazendo seu público, seja por<br />

recordações de infância ou pelo apelo de regionalidade. As pessoas que<br />

experimentam o refrigerante mate couro adoram e continuam consumindo, pois<br />

este tem um sabor suave que agrada a todos.<br />

De acordo com o DOM (Diário Oficial do Município de Belo Horizonte)<br />

há previsão de lançamentos para 20<strong>12</strong>. Ainda de acordo com o jornal, o<br />

presidente Arthur Eduardo Savassi Biagioni, afirma que “procurou empregar o<br />

melhor dos seus esforços para sustentar uma situação a quanto equilibrada,<br />

trazendo em dia os nossos compromissos comerciais, fiscais e trabalhistas”.<br />

Buscando incentivar as vendas e fazer o melhor para que houvesse um<br />

razoável equilíbrio, zelando também pela manutenção do Patrimônio, bem como<br />

a qualidade dos produtos. Tiveram ainda que atender as reivindicações dos<br />

funcionários.<br />

Visto que muito colaboraram para as atividades. “Contando também com<br />

a compreensão e colaboração dos Acionistas, fornecedores e outras pessoas e<br />

amigos, que sempre ajudaram”.<br />

HISTÓRIA DO SETOR<br />

No ano de 1904, iniciou-se a trajetória do setor de refrigerante no Brasil.<br />

Neste mesmo ano, foi fundada a 1ª indústria na região, a comercialização o<br />

produto. O sucesso com a fabricação do produto foi tanta que um ano depois, no<br />

dia 26 de outubro fundou-se a ABIR 9 associação Brasileira Das Industrias De<br />

Refrigerantes) na cidade do Rio De Janeiro ( RJ), na época capital federal do<br />

30


Brasil. A associação também é responsável por aprimorar e garantir a<br />

prosperidade do setor de bebidas alcoólicas, assim como empresas que produzem<br />

chás, sucos, mates, isotônicos, energéticos, água mineral e água de coco. Todas<br />

essas empresas representam juntas 75% da produção nacional do setor de acordo<br />

com a pesquisa. Além disso, a ABIR preocupa- se com o meio ambiente e<br />

qualidade de vida, promovendo esporadicamente ações em parceria com<br />

prefeituras municipais.<br />

Entre pequenas e grandes empresas s concorrência é acirrada, e mesmo<br />

assim as pequenas empresas <strong>sobre</strong>vivem. Neste caso o que fala mais alto é a<br />

tradição da empresa e a sua imagem com a marca do produto representado, que<br />

vem desde os pais, passando para os filhos, netos e todas as demais gerações.<br />

Em determinadas regiões do PIS as bebidas nacionalmente conhecidas<br />

perdem o espaço para s criações locais. Segundo Rafael Stefanon economista da<br />

AFEBRAS (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil), os<br />

refrigerantes regionais correspondem cerca de 20% do mercado, quando este é<br />

medido em quantidade/volume. Atualmente existem aproximadamente 240<br />

pequenas empresas regionais fabricantes de bebidas no país.<br />

Segundo Stefanon, as empresas que atuam com bebidas regionais, acabam<br />

se limitando ao mercado, por não possuírem investimentos o suficiente para<br />

expandirem o seu negócio, ficando assim limitada aos setores industriais de<br />

bebidas. Mas, contudo criam uma grande e forte parceria com os consumidores<br />

regionais, “gerando emprego e renda local”. São este tipo de estratégia que as<br />

pequenas empresas no setor, lidam com a concorrência, criando bons laços com a<br />

regiões onde atuam, mesmo sabendo que são pequenas, sabem brigar pelo seu<br />

espaço no mercado, seja ele qual for.<br />

Neste termo as empresas que atuam em regiões, criam este laço de<br />

mercado, por adaptarem sabores da região, onde empresas de grande porte não<br />

vêem lucratividade neste meio, assim acabam gerando uma conformidade maior<br />

31


de mercado e marca do produto, produzindo sabores diversificados e típicos da<br />

região.<br />

Os refrigerantes Mate-Couro, por sua vez é um dos mais conhecidos em<br />

todo o estado de Minas Gerais. O Mate-Couro Tradicional possui em seus<br />

ingredientes extrato vegetal de erva mate e chapéu - de- couro além do extrato<br />

vegetal de guaraná. O chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllus) nome<br />

cientificamente usado, é um dos ingredientes mais tradicionais na linha dos<br />

refrigerantes Mate Couro, cujo sua origem é de planta comum a beira dos rios<br />

brasileiros, chamado também de chá- mineiro, chá-de-campanha, erva-do-<br />

pântano e erva-do-brejo, onde sua dimensão é de 1m podendo chegar até 1,5m<br />

com flores hermafroditas bastante numerosas.<br />

Estudo realizado no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fundação Oswaldo<br />

Cruz (Fiocruz) comprovou, por meio de testes in vitro e em animais, o efeito<br />

vasodilatador do extrato da planta brasileira Echinodorus Grandiflorus,<br />

popularmente conhecida como chapéu-de-couro. Se confirmado o mesmo efeito<br />

em humanos, o composto poderá ser usado no tratamento crônico da hipertensão<br />

arterial. O chapéu-de-couro, planta encontrada em todo o Brasil, principalmente<br />

na região Sudeste, já era usado popularmente no tratamento da hipertensão<br />

arterial.<br />

METODOLOGIA COLETA<br />

Baseado no tema e nas informações que o grupo necessita, ficou definido<br />

que a pesquisa terá como base a Metodologia Descritiva, pois novos dados serão<br />

buscados, o método que será utilizado é da Pesquisa Qualitativa.<br />

O grupo tem como objetivo saber a visão da Fábrica Mate Couro,<br />

funcionários e seu público de relacionamento <strong>sobre</strong> a importância e a necessidade<br />

da Sustentabilidade.<br />

MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS<br />

32


Segundo as informações da fábrica Mate Couro, a empresa tem uma<br />

grande preocupação com o meio ambiente e num país mais sustentável. Podemos<br />

perceber no questionário aplicado que a empresa em questão tem uma ação<br />

bastante voltada para o meio ambiente, não somente com os seus produtos que<br />

utiliza na fabricação e no armazenamento dos refrigerantes, mas sim com outros<br />

tipos de materiais renováveis. Isso implica que a Mate Couro realiza sim um<br />

processo de <strong>sustentabilidade</strong>, trabalhando junto com outras empresas, no<br />

remanejamento de garrafas de vidro ao qual tem um grande impacto no meio<br />

ambiente, assim tornando uma empresa que esta realmente preocupada com o<br />

bem estar da população e do meio ambiente, tornando assim sua imagem bem<br />

mais vista no mercado e no meio social.<br />

Visando diminuir o uso de garrafas Pet descartados no meio ambiente,<br />

onde a empresa entende que tanto as garrafas Pet e as garrafas de vidro são<br />

vendidas ou doadas para uma empresa que realiza essa reciclagem, cujos<br />

materiais são separados pela mesma, entendendo assim que através disso vários<br />

outros meios também são importantes no ambiente sustentável como no<br />

tratamento de água antes de ser encaminhada ao esgoto, assim reduzindo o nível<br />

de poluição lançada aos córregos.<br />

Para manter todo esse processo a Mate Couro produz esta coleta seletiva<br />

dentro da Unidade Fabril, cuja mesma dispõe de processo operacional padrão<br />

(POP) para manejo dos resíduos dispondo também de estrutura física apropriada<br />

para o condicionamento dos mesmos. A empresa aplica em seus processos o<br />

conceito de produção mais limpa, onde se preocupa em retornar ao processo<br />

insumo como vapor produzido pelas caldeiras, água utilizada para o resfriamento<br />

dentre outras. Além de contar com uma área de preservação ambiental.<br />

REFERÊNCIAS<br />

AFREBRAS. Disponível em:<br />

. Acesso em 19 de Nov. de<br />

20<strong>12</strong>.<br />

33


BOFF, Leonardo. Definição de <strong>sustentabilidade</strong> para Revista Plurale.<br />

17/01/20<strong>12</strong>.<br />

COMPROVADO EFEITO VASODILATADOR DE PLANTA UTILIZADA<br />

PELA MEDICINA POPULAR. Disponível em:<br />

. Acesso em 19 de Nov. de 20<strong>12</strong>.<br />

DA VEIGA, José Eli; ZATZ, Lia. Desenvolvimento sustentável: Que Bicho é<br />

esse? Autores Associados: Campinas, SP, 2008.<br />

MATE COURO. Disponível em: . Acesso em<br />

<strong>12</strong> nov. de 20<strong>12</strong>.<br />

REDETEC. Disponível em:<br />

. Acesso em 20 de Nov.<br />

de 20<strong>12</strong>.<br />

REFRIGERANTES REGIONAIS. Disponível em:<br />

.<br />

Acesso em 20 de Nov. de 20<strong>12</strong>.<br />

REVISTA MINHA CASA. Abril, Edição nº28. Agosto de 20<strong>12</strong>, Págs. 68 e 69.<br />

SUSTENTABILIDADE. Disponível em:<br />

. Acesso em<br />

10 nov. de 20<strong>12</strong>.<br />

TIMELINE DA INDÚSTRIA DE REFRIGERANTES. Disponível em:<br />

. Acesso em 19 de Nov. de 20<strong>12</strong>.<br />

34


TUBAÍNAS E AFINS. Disponível em:<br />

Acesso em 20 de<br />

Nov. de 20<strong>12</strong>.<br />

35


37<br />

INSIGHT #4<br />

SUSTENTABILIDADE E IMAGEM CORPORATIVA: UMA RELAÇÃO<br />

DE LUCRO?<br />

SUSTAINABILITY AND CORPORATE IMAGE: A RELATIONSHIP OF<br />

PROFIT?<br />

Resumo<br />

Adrielly Juliana Honorato Fernandes*<br />

Alan Duarte da Silva*<br />

Shayene Simone de Sousa *<br />

Wilson Domingos Mingote Junior **<br />

Na atualidade, um dos temas em maior evidência e causador de um debate<br />

utópico é “<strong>sustentabilidade</strong>”. Abordada por diversos teóricos e nos mais amplos<br />

conceitos da interdisciplinaridade, o termo a cada ano vem ganhando novas<br />

dimensões e conceituações. Este trabalho aborda o tema em um de seus contextos<br />

mais polêmicos: a relação da <strong>sustentabilidade</strong> e o possível lucro obtido através da<br />

associação com a imagem das organizações. No texto que se segue foi traçado<br />

um paralelo que teve como objetivo explicitar essa relação.<br />

Palavras-Chave: Sustentabilidade, lucro, imagem corporativa<br />

* Alunos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade<br />

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera<br />

Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2


Abstract<br />

Nowadays, one of the themes in greater evidence and caused a utopian debate is<br />

"sustainability". Approached by several theoretical and broader concepts of<br />

interdisciplinary, the term every year is gaining new dimensions and concepts.<br />

This paper addresses the issue in one of his most controversial contexts: the<br />

relationship of sustainability and possible profit through association with the image of<br />

organizations. In the text that follows were drawn parallels that aimed to clarify this<br />

relationship.<br />

Keywords: Sustainability, profit, corporate image<br />

INTRODUÇÃO<br />

O conceito de <strong>sustentabilidade</strong>, criado a partir da necessidade de resposta aos<br />

hábitos humanos que comprometem o bem estar e a qualidade de vida no planeta,<br />

tem se tornado atualmente uma tendência mercadológica global, que passa a ser<br />

adotada por empresas dos mais diversos segmentos.<br />

Com a popularização do conceito, a partir de intensa divulgação pela mídia dos<br />

impactos sócio-ambientais que produzimos diariamente, as corporações adotaram<br />

práticas ligadas á <strong>sustentabilidade</strong> dentre suas atividades, uma vez que são<br />

consideradas as maiores responsáveis pelo uso dos recursos naturais do planeta e<br />

também pelo impacto social causado em suas áreas de atuação.<br />

Nesta temática de relação sustentável entre as corporações e o planeta, surgem<br />

diversas questões <strong>sobre</strong> a inserção desta prática no âmbito organizacional,<br />

principalmente no contexto custo-benefício da adoção de tais políticas. Numa<br />

sociedade regida pelo capital individual e lucro concentrado, práticas não ligadas a<br />

estes conceitos se mostram passíveis de avaliação e análise críticas.<br />

38


SUSTENTABILIDADE: BREVE HISTÓRICO<br />

Para se iniciar um diálogo a respeito do conceito de <strong>sustentabilidade</strong>, é<br />

necessário traçar uma breve linha de tempo a fim de se entender melhor de que forma<br />

sua aplicabilidade se alterou e se atualizou ao longo dos anos. O termo<br />

“desenvolvimento sustentável” é considerado recente, sendo utilizado pela primeira<br />

vez durante um simpósio das Nações Unidas <strong>sobre</strong> Inter-relação de Recursos do<br />

Ambiente e Desenvolvimento, realizado em Estocolmo no ano de 1979. Nesta<br />

conferência foi discutida pela primeira vez uma preocupação real com a relação entre<br />

o desenvolvimento e a utilização dos recursos naturais disponíveis. O termo foi<br />

oficialmente assumido pelos países e organismos multilaterais em 1987, após diversas<br />

reuniões que resultaram no texto Nosso Futuro Comum, coordenado pela primeira-<br />

ministra da Noruega Gro Brundland. Neste texto se encontra a definição clássica de<br />

<strong>sustentabilidade</strong>: "sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades<br />

presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender suas<br />

próprias necessidades".<br />

O termo <strong>sustentabilidade</strong> é definido como a constituição de igualdade na<br />

distribuição do bem-estar associada aos recursos naturais, envolvendo as dimensões<br />

intratemporal, por meio da associação dos custos de degradação àqueles que a<br />

geraram, impedindo ou compensando a perda do bem-estar dos indivíduos direta ou<br />

indiretamente afetados, e inter temporal, que visa garantir o acesso aos recursos<br />

naturais existentes hoje às gerações futuras (Barbosa, 2007).<br />

IMAGEM CORPORATIVA<br />

O conceito de imagem corporativa é discutido amplamente na administração de<br />

empresas, área a qual concebeu os conceitos mais aceitos pelos estudiosos e<br />

pesquisadores do tema. Estas definições não ficam restritas apenas a esta área do<br />

conhecimento, tendo também no campo da Comunicação Social fortes conceitos e<br />

abordagens.<br />

39


Na definição de Dowling (1986, p. 1<strong>12</strong>) imagem é “o conjunto de significados<br />

pelo qual um objeto é conhecido e através do qual o individuo utiliza para descrevê-lo,<br />

relembrá-lo e se relacionar. É o resultado da interação com as crenças, ideias,<br />

sentimentos e impressões <strong>sobre</strong> o objeto, sendo que o objeto pode ser substituído por<br />

uma marca ou uma organização”. Deste modo, temos a imagem como sendo um fator<br />

diretamente ligado a percepção, o que possibilita diferentes visões de acordo com cada<br />

indivíduo ou grupo de indivíduos.<br />

A imagem, segundo Boulding (1956, p. 5-6) é considerada como “estrutura<br />

flexível e dinâmica, que pode ser alterada na medida em que o indivíduo recebe novos<br />

estímulos ou informações”. Assim as ações de comunicação das organizações<br />

contribuem para atenuar a percepção da marca e moldar perante os públicos de<br />

relacionamento a imagem desta organização, por meio de atribuições de informações<br />

<strong>sobre</strong> o objeto.<br />

Com estes dois conceitos <strong>sobre</strong> imagem organizacional mais a contribuição de<br />

Reis (1991, p. 6) onde “imagem é um processo cognitivo que soma a razão e sensação,<br />

universo real e fenomênico-simbólico podendo, desta forma, ser entendida como visão<br />

subjetiva da realidade objetiva”, pode-se perceber que a imagem parece ser algo<br />

abstrato e inacabado, formado a partir da visão de mundo individual que filtra o que é<br />

percebido e transforma em um conjunto de atribuições a cerca de um objeto.<br />

Percebe-se então que a imagem organizacional é derivada de um processo que<br />

envolve o pensamento e a experiência individual, atenuada pelas informações<br />

produzidas e absorvidas acerca do objeto pelo indivíduo e acrescida pela percepção do<br />

indivíduo fundamentada nas experiências pessoais e na visão de mundo.<br />

CAPITALISMO E LUCRO<br />

Ao se analisar a relação entre práticas sustentáveis e lucro nas corporações<br />

torna-se imprescindível o alinhamento de conceitos intrusivos ao tema, como por<br />

exemplo, os conceitos de capitalismo e de lucro. Por definição, temos que o<br />

capitalismo é “um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são<br />

40


de propriedade privada e com fins lucrativos. Decisões <strong>sobre</strong> oferta, demanda, preço,<br />

distribuição e investimentos não são feitos pelo governo e os lucros são distribuídos<br />

para os proprietários que investem em empresas; salários são pagos aos trabalhadores<br />

pelas empresas” (Site http://www.significados.com.br/capitalismo/).<br />

Este sistema, dominante até hoje em todo o mundo, surgiu como uma expansão<br />

do sistema feudal, nos primeiros séculos da Idade Média, com a implementação do<br />

arrendamento de terras e a remuneração da mão de obra. Até então, o poder de lucro<br />

era concentrado nos senhores feudais, donos da maior parte das terras cultiváveis, e o<br />

trabalho era feito por servos, em troca da subsistência. Juntamente a essas mudanças,<br />

houve o surgimento de uma nova classe social, formada principalmente por<br />

comerciantes e artesãos que se instalavam nos arredores dos feudos, inicialmente<br />

chamada de “burgo”. Esta classe, posteriormente conhecida por burguesia, implantou<br />

na Idade Média uma nova forma de relação com o lucro, destacando-se aí a<br />

comercialização de bens em diferentes regiões, a valorização e monetarização das<br />

mercadorias, e a crescente busca por novos mercados em potencial, o que levou ao<br />

período das grandes navegações e à descoberta de novas terras.<br />

A história da expansão do capitalismo é marcada por diversos conflitos e<br />

revoluções que questionavam a má distribuição de renda provocada por seus princípios<br />

econômicos, mas a partir da Revolução Industrial inglesa o sistema passa a se<br />

consolidar no mundo todo. Karl Marx, em sua obra O Capital (1867), critica<br />

fundamentalmente o capitalismo, chegando até mesmo a lamentar a situação das<br />

regiões que ainda não o adotaram, justamente por sustentarem uma situação<br />

econômica de total desigualdade e pobreza, em comparação aos locais onde o sistema<br />

já havia se consolidado: “No nosso país, nos lugares em que a produção capitalista se<br />

implantou, por exemplo, nas fábricas propriamente ditas, o estado de coisas é muito<br />

pior que na Inglaterra, porque falta o contrapeso das leis de fábricas inglesas. Em todas<br />

as outras esferas, aflige-nos, como em todo o ocidente da Europa continental, não só o<br />

desenvolvimento da produção capitalista, como também a falta deste desenvolvimento.<br />

Além dos males próprios da época atual, temos de suportar uma longa série de males<br />

herdados, resultantes da <strong>sobre</strong>vivência de modos de produção antigos, ultrapassados,<br />

41


com o seu cortejo de relações sociais e políticas extemporâneas” (Prefácio da obra de<br />

Marx, 1867).<br />

Atrelado ao conceito de capitalismo, está a definição de lucro - apesar de o<br />

termo já ser utilizado muito antes do surgimento deste sistema. O termo lucro já<br />

obteve diversas definições ao longo da história, sendo mutável por estar<br />

intrinsecamente ligado ao contexto do sistema financeiro representado. Bulhões (1969,<br />

p. 26), define lucro como sendo “o retorno positivo de um investimento feito por uma<br />

pessoa ou grupo de pessoas em um determinado negócio, sendo ele o objetivo deste<br />

negócio”; em economia, Bulhões (1969, p. 26-27) define o conceito de lucro em duas<br />

partes:<br />

O lucro normal, que representa o custo de oportunidades total (explícitos e<br />

implícitos) da empresa de um empreendedor ou investidor; e o lucro<br />

econômico, calcado na teoria neoclássica que domina a economia moderna,<br />

definido pela diferença entre a receita total da empresa e todos os seus<br />

custos, inclusive o lucro normal.<br />

Bulhões (1969, p. 27) afirma ainda que lucro “nada mais é do que o resultado,<br />

sendo ele positivo, do mais puro cálculo de subtração em relação a receita e despesa”.<br />

Esse cálculo compõe a base do sistema capitalista, anteriormente analisado. Todas as<br />

atividades financeiras do planeta - desde a mais simples troca de valores até a mais<br />

complexa transação corporativa – visam o lucro, enquanto retorno de valor. O lucro<br />

pode então ser entendido também como um valor agregado a determinado produto,<br />

bem, serviço etc., que gera ainda mais a possibilidade de produção deste, criando<br />

assim uma equação de positividade infinita: quanto mais se lucra, mais se pode investir<br />

em seu valor para que se possa lucrar mais. Essa busca foi além do seu âmbito<br />

econômico, tornando-se importante também na política e na sociedade em geral. O<br />

indivíduo que coexiste com o sistema capitalista e seus preceitos de obtenção de lucro<br />

é educado <strong>sobre</strong> o ideal de, um dia, formar seu próprio patrimônio, arrecadando seu<br />

próprio capital.<br />

42


A base dos sistemas governistas, além dos princípios de condução de um país,<br />

também é permeada de conceitos e aplicações de lucratividade. Milton Friedman, em<br />

seu livro “Capitalismo e Liberdade” (Capitalism and Freedom, 1962, p. 1 -<br />

introdução), diz que:<br />

Dado que a busca do lucro é a essência da democracia, todo governo que<br />

seguir uma política antimercado estará sendo antidemocrático,<br />

independentemente de quanto apoio popular informado seja capaz de<br />

granjear. Portanto, o melhor a fazer é dar aos governos a tarefa de proteger a<br />

propriedade privada e executar contratos, além de limitar a discussão política<br />

a questões menores. Os problemas reais da produção e distribuição de<br />

recursos e da organização social devem ser resolvidos pelas forças do<br />

mercado.<br />

A relação entre capitalismo e lucro pode tanto ser vista como uma relação de<br />

dependência mútua - onde ambos desempenham função de vital importância um para o<br />

outro – como de dependência unilateral – partindo-se aí do pressuposto de que não há<br />

sistema capitalista se não há lucro. A sociedade capitalista está baseada na geração de<br />

riquezas e de lucratividade incessante, transformando-se ao longo dos tempos, mas<br />

nunca deturpando seu objetivo principal, que é a obtenção de lucro. Pode-se deduzir,<br />

portanto, que qualquer atividade gerada pelas corporações e empresas visa algum tipo<br />

de vantagem lucrativa, seja ela naturalmente monetária, seja para somar ou agregar<br />

positivamente aos negócios.<br />

IMAGEM CORPORATIVA E LUCRO<br />

Um parâmetro importante na análise da relação entre <strong>sustentabilidade</strong> e lucro é<br />

a definição dos ganhos reais das organizações com suas atividades de promoção e<br />

manutenção de imagem institucional, excluindo-se aí o mérito sustentável. Neste<br />

âmbito, é importante ressaltar que qualquer investimento realizado por empresas a fim<br />

de se criar, manter ou melhorar sua imagem podem ser interpretados como parte<br />

integrante e igualmente importante das atividades econômicas que a definem no<br />

mercado. A lucratividade, neste setor, pode ser vista como relativa, ou intangível, uma<br />

vez que não se resume á vantagem monetária, mas sim a diversos fatores subjetivos<br />

43


que podem ser decisivos para a <strong>sobre</strong>vivência de organizações no mundo dos<br />

negócios.<br />

Segundo Baldo e Manzanete (2003, p. 4) “a empresa é, por excelência, criada e<br />

constituída com um objetivo: o lucro. Executar uma tarefa e esperar retorno por ela faz<br />

parte da natureza humana e empresarial. Portanto, ferramentas e mecanismos que<br />

possibilitam otimizar o trabalho e aumentar a renda são bem-vindos”.<br />

Desta forma, a empresa busca incluir no lucro:<br />

“- ganhos de imagem corporativa;<br />

- popularidade dos seus dirigentes, que se <strong>sobre</strong>ssaem como verdadeiros líderes<br />

empresariais com elevado senso de responsabilidade social;<br />

- maior apoio, motivação, lealdade, confiança, e melhor desempenho dos seus<br />

funcionários e parceiros;<br />

- melhor relacionamento com o governo;<br />

- maior disposição dos fornecedores, distribuidores, representantes em realizar<br />

parcerias com a empresa;<br />

- maiores vantagens competitivas (marca mais forte e mais conhecida, produtos mais<br />

conhecidos);<br />

- maior fidelidade dos clientes atuais e possibilidades de conquista de novos clientes”.<br />

(MELO NETO E FRÓES, 1999, p. 98).<br />

Trabalhar a imagem junto a seus stakeholders, sejam eles dirigentes,<br />

investidores, funcionários, comunidade ou clientes, é considerado fator crucial para a<br />

inserção e consolidação de uma marca no mercado. Esta afirmativa parte da<br />

perspectiva de que, para se obter a possibilidade de compra, ou se tornar opção, uma<br />

marca tem de ser vista e ouvida. Os signos escolhidos pela empresa para representarem<br />

seus objetivos enquanto instituição deve traduzir suas ideias, conceitos e formas de<br />

44


lidar com a sociedade e com as atividades exercidas por ela. As ações praticadas por<br />

ela também são de suma importância, principalmente no que concerne aos temas<br />

considerados intrusivos por seus públicos-alvo. Pode-se concluir, portanto, que as<br />

organizações que dão atenção especial ao modo como deseja ser vista em sua área de<br />

atuação, cria uma espécie de vantagem mercadológica em relação a organizações que<br />

concentram seus investimentos na linha de produção.<br />

SUSTENTABILIDADE E IMAGEM CORPORATIVA: TRAÇANDO UM<br />

PARALELO<br />

Trabalhar a imagem corporativa tem se tornado cada vez mais um tópico<br />

importante na gestão e planejamento das empresas em todo mundo, independente de<br />

sua grandeza. Desde as pequenas empresas de atuação local até as grandes corporações<br />

conhecidas no mundo todo – todas entendem a importância de se manterem fidedignas<br />

á princípios que passem a seus públicos confiabilidade, segurança e, mais<br />

recentemente, preocupação com a sociedade ao seu redor e suas questões de maior<br />

importância. Neste cenário, práticas de <strong>sustentabilidade</strong> e promoção do bem estar<br />

social vem ganhando um espaço cada vez maior entre suas atividades.<br />

É sabido que grande parte dos danos causados ao equilíbrio sócio-ambiental do<br />

planeta tem sua raiz nas atividades econômicas desenvolvidas pelo homem, desde que<br />

este iniciou a expansão de seus sistemas agrícola e industrial. Na busca pelo<br />

desenvolvimento, o homem se utilizou dos recursos disponíveis na natureza, e só<br />

muito recentemente tem se perguntado de que forma repô-los ou minimizar os danos<br />

causados pela possibilidade da falta deles. O petróleo, por exemplo, é um recurso<br />

natural não-renovável que é diariamente gasto á casa dos milhares de barris, em meio à<br />

fabricação de centenas de produtos que utilizamos com grande freqüência, além da sua<br />

importância energética no mundo todo.<br />

Essas e outras questões têm levado cada vez mais as nações a se preocupar e<br />

tomar medidas de ação sustentável, tendo em vista um desenvolvimento econômico<br />

que impacte menos na natureza e na sociedade em geral. Esta preocupação não se<br />

limitou ás esferas de governo, e alcançou o grande público, através dos meios de<br />

45


comunicação cada vez mais desenvolvidos e democráticos – somos, hoje, capazes de<br />

entender que não podemos prosseguir priorizando o individual; o bem coletivo e a<br />

proteção aos recursos disponíveis para as gerações futuras são de nosso interesse, por<br />

mais que ainda haja muito que se fazer a respeito.<br />

Neste cenário, as empresas e grandes corporações são, sob certo aspecto,<br />

responsabilizadas pela maioria destes problemas. A poluição produzida pelas<br />

atividades industriais, o desmatamento para aproveitando de madeira e expansão de<br />

atividades agrícolas, a exploração de recursos não-renováveis e as políticas de<br />

convivência com a população em suas áreas de atuação – tudo é constantemente<br />

observado, divulgado e criticado pelas mídias e, conseqüentemente, pelo público. Em<br />

contrapartida, empresas que possuem dentre suas atividades principais a prática de<br />

<strong>sustentabilidade</strong>, tendem a perceber uma resposta, se não positiva, ao menos mais<br />

aberta da população frente a sua atuação no mercado.<br />

Atualmente, é possível verificar que as empresas não só estão buscando<br />

intensificar essas práticas, mas também agregá-las ao conjunto de princípios que<br />

normalmente compõe seus objetivos corporativos. A partir daí, tem se observado a<br />

existência de um “investimento” em torno dessas atividades: empresas do mundo<br />

inteiro divulgam, através das mesmas mídias, seu entendimento <strong>sobre</strong> as questões que<br />

tangem ao bem estar do planeta e da sociedade, e o que têm feito em termos de<br />

contribuição neste aspecto. Segundo Cremonine (2005, p. 1):<br />

As empresas passam a dar maior atenção a essa nova configuração e<br />

assumem a necessidade de comunicar-se com os públicos com os quais elas<br />

se relacionam: funcionários, clientes, fornecedores, imprensa, comunidade,<br />

governo etc. Assim, a Comunicação adquire função eminentemente<br />

estratégica, uma vez que as instituições passam a ter consciência da<br />

importância da imagem institucional no mundo dos negócios.<br />

Deste modo, empresas de diversos setores da economia têm trabalhado suas<br />

políticas institucionais de preservação e <strong>sustentabilidade</strong> junto aos seus públicos-alvo.<br />

A percepção de qual seria o retorno pretendido, e qual seria o de fato obtido, não deixa<br />

de ser analisável. Partindo da perspectiva de que vivemos em sua sociedade<br />

46


capitalista, regida pelo lucro, onde empresas se modificam e se aprimoram em busca<br />

de se manterem atualizadas ás tendências do mercado, a prática da <strong>sustentabilidade</strong> por<br />

parte de corporações pode ser analisada sob a suposição de uma atividade cujo<br />

objetivo seja lucro; entendendo-se aí o lucro não só como o retorno monetário já<br />

previsto, mas uma forma mais atual e positiva de patrimônio: a imagem. Esta, tida<br />

como corporativa e institucional, deve-se manter alinhada e fiel aos conceitos da<br />

própria empresa, mas levando sempre em consideração aquilo que é de importância<br />

para seus stakeholders, e pela população em geral. Falar em prática de duplo interesse,<br />

ou de interesse torpe, é sem dúvida prejulgar algo que, independentemente de seu<br />

objetivo, pode ser benéfico a consumidores, trabalhadores, comunidades, e ao planeta<br />

em si. Mas abrir o questionamento quanto a forma como essas práticas são trabalhadas<br />

junto aos públicos, <strong>sobre</strong> a tendenciosidade dessa divulgação, e até mesmo <strong>sobre</strong> os<br />

possíveis benefícios percebidos pelas empresas que mantêm tais políticas, pode ser<br />

considerado válido no aspecto de se observar, ainda mais profundamente, a<br />

movimentação da sociedade atual rumo a construção de novos conceitos.<br />

A OPINIÃO DO CONSUMIDOR: GRUPO FOCAL<br />

O método de Grupo Focal foi identificado como o mais adequado a esta<br />

pesquisa, uma vez que segundo Samara (2007, PLT cap. 4) o método fornece dados<br />

em profundidade obtidos através de um debate mediado, onde os entrevistados podem<br />

expor de forma mais clara e concisa seu ponto de vista e sua opinião <strong>sobre</strong> o tema<br />

explorado. Segundo Dias (2000, p.3) “o método constituindo-se em uma ferramenta<br />

comum usada em pesquisas de marketing para determinar as reações dos<br />

consumidores a novos produtos, serviços ou mensagens promocionais”.<br />

O objetivo da pesquisa define-se em "investigar qual é a opinião dos<br />

consumidores da Faculdade Anhanguera de Belo Horizonte - campus Antônio Carlos,<br />

quanto às empresas sustentáveis." A metodologia utilizada foi fundamental para a<br />

coleta dos dados, uma vez que por meio de questionários quantitativos as respostas não<br />

alcançariam o nível de profundidade esperado; sendo assim, a metodologia de grupo<br />

47


focal possibilitou gerar dados qualitativos em profundidade, o que atendeu a demanda<br />

da pesquisa.<br />

A amostra utilizada foi a não probabilística, pois nem todos os indivíduos do<br />

universo tiveram a mesma chance de serem escolhidos, uma vez que para serem<br />

escolhidos os participantes deveriam ter conhecimento prévio <strong>sobre</strong> o conceito de<br />

<strong>sustentabilidade</strong>. Deste modo os resultados não são generalizáveis ao universo.<br />

Resultados<br />

A entrevista de grupo focal foi realizada nas dependências da Faculdade<br />

Anhanguera de Belo Horizonte - Campus Antônio Carlos, e contou com a participação<br />

de seis alunos da instituição. O tempo empregado na coleta de dados foi de<br />

aproximadamente 40 minutos, onde foram contemplados oito temas de discussão<br />

englobados em três grandes categorias.<br />

Na primeira categoria foram investigados os hábitos de compra destes<br />

consumidores. Primeiramente, buscou-se saber o que os entrevistados levavam em<br />

conta na hora de comprar um produto e quais fatores influenciavam nesta escolha; em<br />

um segundo momento, buscou-se identificar se os produtos sustentáveis englobavam a<br />

cadeia de consumo destes entrevistados e qual era a visão dos entrevistados <strong>sobre</strong><br />

esses produtos.<br />

Nesta categoria, os resultados mostraram a qualidade como o fator de primeiro<br />

impacto, mas como fator de alta relevância foi citado o quesito preço que compôs<br />

todas as respostas dos participantes.<br />

Quanto ao consumo de produtos sustentáveis, nenhum dos entrevistados<br />

consumiu de forma consciente produtos desta categoria. Foram citadas as ecobags<br />

como único produto sustentável consumido, mas este ato de consumo foi considerado<br />

necessário e obrigatório, uma vez que na região central de Belo Horizonte é proibido o<br />

fornecimento de sacolas plásticas por parte dos supermercados aos seus clientes (Lei<br />

Municipal 9.529/2008 – regulamentada pelo Decreto nº 14.637, de <strong>12</strong>/04/<strong>12</strong>).<br />

48


Entrevistado 1: “Preço é mais atrativo que a <strong>sustentabilidade</strong> em si, uma forma<br />

de criar em nós consumidores o hábito de consumir produtos sustentáveis e<br />

trazê-los para o mercado com um preço mais acessível, competitivo e justo."<br />

Na segunda categoria buscou-se identificar a opinião que os entrevistados têm a<br />

respeito das empresas sustentáveis e também <strong>sobre</strong> as não-sustentáveis. Deste modo<br />

nas respostas estabeleceu-se naturalmente um paralelo de comparação.<br />

Todos os entrevistados alegaram que as empresas sustentáveis são mais bem<br />

vistas que as outras e houve um consenso quanto a <strong>sustentabilidade</strong> representar uma<br />

vantagem comercial.<br />

Entrevistado 2: “A empresa que fala que pratica a <strong>sustentabilidade</strong> ganha pontos<br />

com o cliente, com a população e com os funcionários. Então o certo é todo<br />

mundo praticar a <strong>sustentabilidade</strong>, principalmente as empresas. Se tira de um<br />

lado tem que repor do outro, nada mais justo."<br />

Ainda durante a discussão desta categoria, foi mencionada a expressão "onda<br />

verde", usada por um participante para descrever o fenômeno atribuído as empresas e<br />

as pessoas, que cada vez mais se tornam adeptas das políticas sustentáveis.<br />

Em contraproposta, surgiram questionamentos críticos quanto às empresas<br />

adeptas a <strong>sustentabilidade</strong>. Segue baixo um trecho da discussão que explicita a<br />

afirmativa:<br />

Entrevistado 4: “A <strong>sustentabilidade</strong> está em alta, então as empresas que a<br />

praticam associam sua imagem a coisas boas, assim ganham o gosto do<br />

consumidor e ainda obtém lucros com isso. Uma pergunta, se a <strong>sustentabilidade</strong><br />

não fosse lucrativa, as empresas a praticariam”?<br />

Entrevistado 3: “Eu faria outra pergunta. E se o governo não oferecesse<br />

benefícios fiscais a estas empresas por praticarem a <strong>sustentabilidade</strong>, será que<br />

elas ainda se preocupariam com o isso”?<br />

Entrevistado 4: “Tratando-se de lucros, pensar no futuro é quase uma utopia.”<br />

49


Na terceira categoria, o objetivo foi identificar o que os participantes sentem em<br />

relação a ideia da <strong>sustentabilidade</strong> e quais sentimentos tinham ao ver comerciais<br />

divulgando ações sustentáveis das organizações na TV.<br />

A maioria das respostas convergiu para a ideia de <strong>sustentabilidade</strong> ser uma<br />

preocupação global que cada vez mais tem feito parte do cotidiano das pessoas. Os<br />

participantes atribuíram ao tema o conceito de "integração mundial para o bem estar<br />

do planeta e de seus habitantes".<br />

Quanto às propagandas <strong>sobre</strong> <strong>sustentabilidade</strong>, quando percebidas como<br />

"verdadeiras" segundo os participantes do grupo focal, trazem sentimentos bons; estes<br />

são atribuídos ás marcas que fazem esse tipo de divulgação e cria-se uma relação de<br />

referência quanto a estas marcas.<br />

Entrevistado 3: “Me dá esperança, me faz pensar que o mundo ainda tem jeito”.<br />

Entrevistado 3: “Acho maravilhoso, me encanta, eu vejo que o ser humano está<br />

evoluindo para algo melhor. No meu interior eu fico até emocionada, só de<br />

saber que alguém dá a devida importância a isso”.<br />

No caso das petrolíferas, ainda há controvérsias quanto a relação destas<br />

organizações com a <strong>sustentabilidade</strong>: alguns participantes levantaram essa questão,<br />

que foi debatida amplamente pelo grupo. Segue abaixo trecho da discussão:<br />

Entrevistado 2: “Dependendo da empresa, eu vejo como uma jogada de<br />

marketing, um exemplo são as empresas de petróleo que pregam a<br />

<strong>sustentabilidade</strong>. O produto que elas vendem não é renovável, então como<br />

podem dizer isso. Vejo que elas querem é estar dentro da onda verde, para mim<br />

é irônico. Ela pode até praticar, mas você sabe que o produto principal agride o<br />

meio ambiente”.<br />

Entrevistado 3: “Mas e se ela estiver colocando alguma outra coisa no lugar”?<br />

Entrevistado 1: “É justamente isso que é <strong>sustentabilidade</strong>”.<br />

50


CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

A partir dos conceitos e ideias apresentados, e dos dados extraídos por meio de<br />

pesquisa, foi possível estabelecer um paralelo entre <strong>sustentabilidade</strong> e imagem<br />

corporativa, e entre imagem corporativa e lucro. Nota-se que as práticas sustentáveis<br />

tem impacto <strong>sobre</strong> a imagem das corporações, associando a organização com uma<br />

causa global em prol do planeta e das pessoas, o que por si só é perceptível nas<br />

respostas citadas pelos participantes da entrevista de grupo focal, que em suas<br />

respostas confirmam a afirmativa.<br />

Uma vez a <strong>sustentabilidade</strong> tendo impactado na imagem corporativa, empresas<br />

podem fazer usufruto desta associação para promover suas ações sustentáveis e com<br />

elas o nome da organização, deste modo, o marketing causado por essa divulgação<br />

impactaria diretamente nos lucros devido a boa imagem gerada perante o mercado e<br />

seus consumidores. É possível afirmar ainda que o estudo acerca da complexa relação<br />

existente entre a prática de <strong>sustentabilidade</strong> e o possível lucro gerado a partir dela<br />

merece uma atenção especial por parte da comunidade científica. Por tratar-se de um<br />

tema atual, e em expansão, ainda existem em aberto inúmeras possibilidades de<br />

aprofundamento.<br />

Deste modo, este estudo científico cumpriu seu objetivo de traçar um cenário<br />

inicial de debate e abrir o tema para novas conversações e âmbitos. Na medida em que<br />

o cenário organizacional e econômico, juntamente com as práticas de <strong>sustentabilidade</strong>,<br />

prosseguir em crescimento, será possível se discutir mais o tema.<br />

REFERÊNCIAS<br />

BALDO, Roberta. MANZANETE, Celeste Marinho. Responsabilidade Social<br />

Corporativa. INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da<br />

51


Comunicação XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – BH/MG – 2<br />

a 6 Set 2003.<br />

BARBOSA, Paulo Roberto. Arcoverde. Índice de <strong>sustentabilidade</strong> empresarial da<br />

Bolsa de valores de São Paulo (ISE-BOVESPA): exame da adequação como<br />

referência para aperfeiçoamento da gestão sustentável das empresas e para formação<br />

de carteiras de investimento orientadas por princípios de <strong>sustentabilidade</strong><br />

corporativa. 2007. Dissertação (Mestrado em (Administração) –(Universidade Federal<br />

do Rio de Janeiro – UFRJ, Instituto COPPEAD de Administração, 2007).<br />

BOULDING, K.E. The image. Ann Arbor: University of Michigan Press, 1956. Apud<br />

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organizational image: model images, commitment, and communication. Annandale:<br />

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estudo de caso <strong>sobre</strong> a PUC Minas. Alexandre de Pádua Carrieri, Ana Luisa de Castro<br />

Almeida, Eugênio Fonseca).<br />

BRUNDTLAND, Gro. Nosso futuro comum. Comissão Mundial <strong>sobre</strong><br />

Desenvolvimento e Meio Ambiente, 1987.<br />

BULHÕES, Octávio Gouveia: Dois conceitos de lucro. Rio de Janeiro, Apec Editora –<br />

1969.<br />

CREMONINE, Izolda. Imagem institucional forte, empresa satisfeita. Disponível em<br />

<<br />

http://www.rpalternativo.ufma.br/artigos/Imagem_institucional_forte_empresa_%20sa<br />

tisfeita.pdf. SP, 2005. Acessado em 25/10/<strong>12</strong>.<br />

DIAS, Cláudia Augusto: GRUPO FOCAL: técnica de coleta de dados em pesquisas<br />

qualitativas. Informação e Sociedade: estudos, 2000.<br />

52


DOWLING, G.R. Managing Your Corporate Image. Industrial Marketing<br />

Management, 15, p.109-115, 1986. (extraído do artigo “Imagem organizacional: um<br />

estudo de caso <strong>sobre</strong> a PUC Minas. Alexandre de Pádua Carrieri, Ana Luisa de Castro<br />

Almeida, Eugênio Fonseca).<br />

FRIEDMAN, Milton. Capitalismo e liberdade. São Paulo: Arte Nova, 1977.<br />

MARX, Karl Heinrich: O capital (1867). Centelha - Promoção do Livro, SARL,<br />

Coimbra, 1974.<br />

MELO NETO, Francisco de Paula & FRÓES, César. Responsabilidade social &<br />

cidadania empresarial – a administração do Terceiro Setor. Quaitymark, 1999<br />

PINHO, José Benedito. O poder das marcas. São Paulo: Summus, 1996.<br />

REIS, Maria do Carmo Souza. Imagem corporativa: gênese, produção e consumo.<br />

Belo Horizonte: UFMG/FACE, 1991.<br />

SAMARA, Beatriz Santos; BARROS, José Carlos de. Pesquisa de Marketing :<br />

conceitos e metodologia. 4ª ed. São Paulo:Pearson Prentice Hall, 2007. PLT.<br />

53


55<br />

INSIGHT #5<br />

PROPOSTAS DE GOVERNO DOS CANDIDATOS A VEREADORES DA<br />

CIDADE DE SANTA LUZIA SOBRE SUSTENTABILIDADE<br />

Resumo<br />

GOVERNMENT PROPOSALS FOR CANDIDATE ALDERMEN OF THE<br />

CITY OF SANTA LUZIA ON SUSTAINABILITY<br />

Elisângela Ferreira Marque Aiala*<br />

Érika Gabriela Martins*<br />

Tamara Gabriela Silva de Queiroz*<br />

Wilson Domingos Mingote Júnior**<br />

Trabalho apresentado fez uma análise <strong>sobre</strong> as propostas de governo dos candidatos a<br />

vereadores da cidade de Santa Luzia, Minas Gerais, <strong>sobre</strong> o tema <strong>sustentabilidade</strong>. Foi<br />

pesquisado o que esses candidatos sabem <strong>sobre</strong> o tema e qual o grau de importância<br />

para que eles possam aplicar propostas para a melhor gestão sustentável, da cidade.<br />

Palavras-chave: Propostas de governo. Vereador. Cidade Sustentável e<br />

Sustentabilidade.<br />

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade<br />

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de<br />

Belo Horizonte – Unidade 2


Abstract<br />

Paper presented did an analysis on government proposals of candidates for city council<br />

of Santa Luzia, Minas Gerais, on the topic of sustainability. We seek to know what<br />

these candidates know about the topic and what degree of importance that they<br />

can apply to proposals for better management of sustainable city.<br />

Keywords: Proposed government. Councilman. Sustainable City and Sustainability.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O trabalho aqui apresentado faz parte das propostas de governo de candidatos a<br />

vereadores do município de Santa Luzia no que tange o tema “Sustentabilidade”.<br />

Foram coletadas informações dos candidatos <strong>sobre</strong> propostas do tema, se eles<br />

sabem realmente o que é <strong>sustentabilidade</strong> e como eles veem a importância de levar a<br />

sério esse processo. Foi pesquisado também o que um vereador faz de verdade, qual<br />

sua função e importância perante o município e sociedade e por último se a prefeitura<br />

de Santa Luzia trabalha ou não com <strong>sustentabilidade</strong>.<br />

CIDADE DE SANTA LUZIA/MG<br />

Santa Luzia é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, pertencente à<br />

Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua população de acordo com o Censo 2010<br />

pelo IBGE é de 203.184 habitantes, com a maior concentração populacional e atividade<br />

comercial no Distrito São Benedito, situado a oito quilômetros do centro da cidade de<br />

Santa Luzia.<br />

Situada à 27 quilômetro de Belo Horizonte, Santa Luzia está localizada de<br />

forma estratégica na Região Metropolitana, próxima aos aeroportos de Confins e da<br />

Pampulha. A cidade é banhada pelo Rio das Velhas; dispõe de linha férrea e gasoduto<br />

subterrâneo. Santa Luzia é o Terceiro Polo Industrial da Grande BH, e segundo o site<br />

56


oficial da cidade, ocupa o décimo terceiro lugar entre as cidades mais populosas de<br />

Minas Gerais.<br />

O município possui três vias de acesso com portais: via MG-020 ou Avenida<br />

das Indústrias; via MG-010 e MG-433 via São Benedito e via BR-381, através da<br />

Avenida Beira Rio AMG-145. Os portais marcam o limite da cidade com Belo<br />

Horizonte e Sabará e dão identidade ao município, além de fazerem parte do sistema<br />

de segurança da cidade.<br />

O QUE É UMA CIDADE SUSTENTÁVEL<br />

Desenvolvimento sustentável é um conceito aparentemente indispensável nas<br />

discussões <strong>sobre</strong> a política do desenvolvimento neste novo milênio. Entender seu<br />

conceito é a base para que se possa aplicá-lo e divulgá-lo com eficiência como explica<br />

o autor BARBIERI (2000).<br />

Considerando que o conceito de desenvolvimento sustentável sugere um<br />

legado permanente de uma geração a outra, para que todas as pessoas<br />

possam prover suas necessidades, a <strong>sustentabilidade</strong>, ou seja, a qualidade<br />

daquilo que é sustentável, passa a incorporar o significado de manutenção e<br />

conservação ab aeterno dos recursos naturais. Isso exige avanços científicos<br />

e tecnológicos que ampliem permanentemente a capacidade de utilizar,<br />

recuperar e conservar esses recursos, bem como novos conceitos de<br />

necessidades humanas para aliviar as pressões da sociedade <strong>sobre</strong> eles”.<br />

Cidades sustentáveis são cidades que possuem uma política de desenvolvimento<br />

para promover o meio ambiente natural e construído, de forma que não atrapalhe a<br />

natureza.<br />

A Carta Rio+20 para construção de cidades sustentáveis, propõe para os<br />

governos uma gestão estratégica do uso do terrítorio de forma sustentável, do uso de<br />

recursos naturais reconhecendo os diferentes modos de vida existentes no território.<br />

Procurar criar políticas para valorizar essa diversidade. Atuar fortemente na adaptação<br />

às mudanças climáticas com foco na diminuição de vulnerabilidade e danos e na<br />

57


geração de impactos positivos, priorizando as medidas que têm co-benefícios<br />

imediatos na saúde pública.<br />

QUAL É A FUNÇÃO DE UM VEREADOR?<br />

Enquanto agente político o vereador faz parte do Poder Legislativo, sendo eleito<br />

por meio de eleições diretas e, dessa forma, escolhido pela população para ser seu<br />

representante. São responsáveis pela elaboração , discussão e votação de leis para a<br />

municipalidade, propondo-se benfeitorias, obras e serviços para o bem-estar da vida da<br />

população em geral.<br />

Os vereadores também são responsáveis pela fiscalização das ações tomadas<br />

pelo Poder Executivo, isto é, pelo prefeito. Acompanhando a administração municipal<br />

principalmente no tocante ao cumprimento da lei e da boa aplicação e gestão do<br />

erário, ou seja, do dinheiro.<br />

A função fiscalizadora do vereador não se restringe apenas em fiscalizar as<br />

matérias de ordem orçamentárias e financeiras. Os vereadores, a qualquer momento,<br />

podem solicitar informações do executivo <strong>sobre</strong> assuntos referentes à Administração,<br />

bem como criar Comissões Especiais e Comissões Parlamentares de Inquérito,<br />

requerer cópias de documentos, convocar secretários e servidores públicos para prestar<br />

informações no Plenário da Câmara e ainda apreciar as contas municipais, entre outras<br />

providências.<br />

A Câmara, onde trabalha o vereador, também exerce a função Administrativa,<br />

que se baseia na organização de seus serviços internos e na nomeação de cargos de seu<br />

quadro pessoal. Essa administração é exercida pela Mesa Diretora e principalmente<br />

pelo seu Presidente, que superintende os serviços, objetivando seu funcionamento<br />

harmonioso e sistemático. A organização da Câmara é ditada pela Lei Orgânica<br />

Municipal e também pelo Regimento Interno.<br />

O poder que um Vereador possui, não está diretamente relacionado à construção<br />

de uma obra, seja esta uma simples troca da lâmpada de um poste ou a construção de<br />

uma escola. Este poder é indireto, através de uma possível emenda a Lei Orçamentária,<br />

58


sujeita a votação ou através de uma Indicação ou Requerimento enviado ao Prefeito.<br />

Através destes instrumentos, o Vereador poderá solicitar a realização de uma obra,<br />

mas, sempre dependerá da ação do Poder Executivo. Por estar sempre em contato com<br />

o povo, o Vereador costuma enviar freqüentes pedidos ao Prefeito que pode ou não<br />

executá-los.<br />

Mesmo que uma obra esteja incluída no Orçamento Anual, esta ainda poderá<br />

ser anulada por uma Suplementação de Verbas. Esta transferência depende de um<br />

projeto de lei com votação da Câmara. Enfim, um Vereador nunca poderá realizar uma<br />

obra ou tomar uma providência, mas sim apenas pedí-la ou incluí-la no orçamento.<br />

O vereador tem o papel de auxiliar a participação política e o exercício pleno da<br />

cidadania, organizando e fortalecendo atividades comunitárias que levem a<br />

comunidade a participar. Pode e deve, através de indicações e ou projetos de lei,<br />

apresentar novas formas para realizar ou solucionar uma necessidade da comunidade.<br />

COMO A PREFEITURA DE SANTA LUZIA TRABALHA COM A<br />

SUSTENTABILIDADE?<br />

Segundo informações fornecidas pelo secretário Valdoveu Vitor dos Santos, da<br />

Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Abastecimento e Agricultura de Santa Luzia,<br />

a cidade está em uma área de transição de biomas ou tensão ecológica, onde se<br />

apresenta o bioma Mata Atlântica e o bioma Serrado. Com as tipologias vegetais<br />

predominantes Floresta Estacional e Semidecidual, com árvores como a mama de<br />

porca e canafístulas, e vegetal de Serrado como as árvores de pindaíba e pequi. A<br />

fauna devido a muitas interferências antrópicas que levaram a descaracterização da<br />

flora, grande parte dos animais se afugentaram para áreas mais remotas, sendo<br />

atualmente encontrados alguns roedores como coelhos do mato, alguns esquilos,<br />

alguns primatas, suínos e a maior parte representadas pelas aves como sabiá, bem-te-<br />

vi, pássaro preto, anus e cigarrinhas.<br />

A Prefeitura de Santa Luzia, em parceria com a Polícia Ambiental, vem<br />

trabalhando fortemente para coibir o tráfico de animais, e também investigar <strong>sobre</strong><br />

59


possíveis animais nativos da região que estejam em cativeiro. Trabalha com palestras<br />

em escolas do município e empresas quando lhe é solicitado, visando esclarecimentos<br />

<strong>sobre</strong> as inadequações ambientais, licenciamento ambiental, percepção da mobilidade<br />

urbana e organização do espaço urbano.<br />

Legislação Municipal nas leis 2.340 e 2.341, que buscam organizar e controlar<br />

as atividades potencialmente poluidoras no município se preocupa com os aspectos do<br />

município como a flora e a fauna.<br />

Existe o Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento<br />

Sustentável (COMDES), o município tem autonomia de licenciamento ambiental para<br />

qualquer empresa que possa gerar impacto ambiental. A prefeitura trabalha para<br />

fiscalizar qualquer interferência de impacto ambiental segundo os preceitos da Agenda<br />

21, Lei de Crimes Ambientais e a Lei do Estado 14.309.<br />

Juntamente com as empresas da cidade, a prefeitura realiza projetos de<br />

preservação ao longo do Rio das Velhas, com plantio de mudas em parceria com o IEF<br />

e a Agência Avançada do IEF. Existe um projeto piloto de coleta seletiva que atende<br />

14 bairros da cidade, esses são doados a uma associação de catadores da própria<br />

cidade, a ASCOPA.<br />

ASPECTOS METODOLÓGICOS<br />

Em 20<strong>12</strong>, segundo o site Eleições 20<strong>12</strong> do TSE (Tribunal Superior Eleitoral),<br />

em Santa Luzia, 365 candidatos concorreram as 17 vagas para o cargo de vereador da<br />

cidade. Foi feito o uso dos Estudos Exploratórios, onde foi realizada uma entrevista<br />

fechada com 8 questões com 40 candidatos durante os meses de setembro e outubro<br />

de 20<strong>12</strong>.<br />

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS<br />

Utilizou-se do Estudo Descritivo Estatístico para quantificar e analisar o estudo<br />

como segue informações abaixo:<br />

60


Percentuais<br />

80,00%<br />

60,00%<br />

40,00%<br />

20,00%<br />

0,00%<br />

22,50%<br />

70,00%<br />

Os dados acima, mostram que a maioria dos candidatos a verador são casados<br />

tendo um baixo índice de divorciados e viúvos.<br />

Percentuais<br />

60,00%<br />

40,00%<br />

20,00%<br />

0,00%<br />

3- Estado Civil<br />

A pesquisa também confirma um dado fornecido pelo site Cidade Santa Luzia,<br />

que informa um aumento no número de candidatos a vereador em 20<strong>12</strong>. Dos 40<br />

candidatos pesquisados, 55% deles estavam concorrendo ao cargo pela primeira vez.<br />

61<br />

5,00% 2,50%<br />

Solteio Casado Divorciado Viúvo<br />

Quesitos<br />

4 - É sua primeira<br />

candidatura?<br />

55,00%<br />

45,00%<br />

Sim Não<br />

Quesitos


Percentuais<br />

50,00%<br />

40,00%<br />

30,00%<br />

20,00%<br />

10,00%<br />

0,00%<br />

O grau de instrução dos candidatos é maior nos níveis de ensino médio<br />

completo e superior completo.<br />

Percentuais<br />

50,00%<br />

40,00%<br />

30,00%<br />

20,00%<br />

10,00%<br />

0,00%<br />

O foco de campanha dos candidatos estão na saúde em primeiro lugar, seguido<br />

de emprego e educação.<br />

5 - Qual seu nivel de escolaridade?<br />

<strong>12</strong>,50% 10,00%<br />

Ensino<br />

Fundament<br />

al<br />

Incompleto<br />

22,50%<br />

Fundament<br />

al Completo<br />

5,00%<br />

Ensino<br />

Médio<br />

Imcompleto<br />

40,00%<br />

62<br />

Quesitos<br />

27,50%<br />

Ensino<br />

Médio<br />

Completo<br />

<strong>12</strong>,50%<br />

5,00%<br />

Superior<br />

Incompleto<br />

6 - Dentre suas propostas de governo<br />

quais são as prioridades?<br />

40,00%<br />

Superior<br />

Completo<br />

25,00%<br />

Educação Saúde Transporte<br />

Quesitos<br />

Emprego


Houve um equilíbrio <strong>sobre</strong> o conhecimento do tema <strong>sustentabilidade</strong>, 50%<br />

afirmam que sabe o significado da palavra e os outros 50% dizem não saber o que<br />

significa.<br />

Apesar do conhecimento equilibrado <strong>sobre</strong> o tema, apenas 7,5% dos<br />

entrevistados tem em suas propostas projetos que melhorem a <strong>sustentabilidade</strong> da<br />

cidade.<br />

Percentuais<br />

Os candidatos que disseram ter propostas para a <strong>sustentabilidade</strong> da cidade<br />

citaram como projetos:<br />

8 - Dentre suas propostas de governo existe<br />

alguma que crie soluções para melhorar a<br />

<strong>sustentabilidade</strong> da cidade de Santa Luzia?<br />

100,00%<br />

92,50%<br />

80,00%<br />

60,00%<br />

40,00%<br />

20,00%<br />

0,00%<br />

7,50%<br />

Sim Não<br />

Quesitos<br />

� Exigir da Copasa um tratamento de esgoto de forma ética, pois segundo<br />

um dos candidatos todo esgoto da cidade é jogado no Rio das Velhas;<br />

63


CONCLUSÃO<br />

� Incentivo a área rural;<br />

� Substituição das sacolas de plástico pelas sacolas recicláveis;<br />

� Coleta seletiva;<br />

� Criação de cooperativas de reciclagem como as que existem em Belo<br />

Horizonte;<br />

� Preservação das áreas verdes.<br />

Mediante tudo o que foi apresentado acima <strong>sobre</strong> plano de <strong>sustentabilidade</strong> dos<br />

vereadores de Santa Luzia, conclui-se que 50% deles, tem conhecimento do tema<br />

<strong>sustentabilidade</strong>, 50% afirmam que sabem o significado da palavra e os outros 50%<br />

dizem não saber o que significa. A renovação da Câmara é algo bastante expressivo.<br />

Com a globalização as prefeituras também precisam de evolução e Santa Luzia<br />

não é diferente. Já é notório que se nossos governantes não se preocuparem com o que<br />

diz respeito à <strong>sustentabilidade</strong> os mesmos vão perder muita credibilidade, pois nossa<br />

sociedade está cada vez mais preocupada com o tema. Um ponto que merece atenção é<br />

o fato dos candidatos não demonstrarem claramente saber o que um vereador faz de<br />

fato, e qual sua importância na sociedade, boa parte conhece bem o que isso significa,<br />

mas existe outra parcela que é considerada significativa que precisa se aprofundar no<br />

tema para somente depois pensar em se candidatar.<br />

Como afirma o autor GUSTAVO KRAUSE, in CAVALCANTI (2002; p. 16):<br />

Sustentabilidade não é um simples atributo de um tipo de desenvolvimento.<br />

Apesar dos mil e um encantos e da miríade de definições, ela é de natureza<br />

revolucionária: é um projeto de sociedade alicerçado na consciência crítica<br />

do que existe e um propósito estratégico como processo de construção do<br />

futuro.<br />

64


Apesar de poucos candidatos entrevistados terem em suas propostas bons<br />

projetos é necessário que eles tenham consciência como diz o autor, de que<br />

<strong>sustentabilidade</strong> não é só um atributo de desenvolvimento e sim um conceito<br />

fundamental de <strong>sobre</strong>vivência. Os candidatos não devem se prender somente na<br />

essência de sua função na Câmara, mas antes de tudo pensar como cidadão morador da<br />

cidade e que almeja sempre o melhor. Vivendo em um local em harmonia com o meio<br />

ambiente e com o progresso, pois ele também é necessário, com certeza é um caminho<br />

para uma cidade modelo.<br />

REFERÊNCIAS<br />

BARBIERI, JOSÉ CARLOS. DESENVOLVIMENTO E MEIO AMBIENTE: AS<br />

ESTRATÉGIAS DE MUDANÇAS DA AGENDA 21. 3. Ed. Petrópolis: Vozes,<br />

2000.<br />

BLOG NATURA EKOS, Disponível em: . Acesso em 14/10/20<strong>12</strong>.<br />

CAVALCANTI, C. (ORG.) (2002). MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO<br />

SUSTENTÁVEL E POLÍTICAS PÚBLICAS. 4 ª ed. Recife, Editora Cortez e<br />

Fundação Joaquim Nabuco, 436p.<br />

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, AGRICULTURA E<br />

ABASTECIMENTO DE SANTA LUZIA. Secretário: Valdoveu Vitor dos Santos.<br />

SITE CIDADE SANTA LUZIA, disponível em:<br />

Acesso em 24/10/20<strong>12</strong>.<br />

SITE CIDADES SUSTENTÁVEIS, disponível em:<br />

Acesso em<br />

24/10/20<strong>12</strong>.<br />

65


SITE DA CÂMARA MUNICIPAL DE RAUL SOARES, disponível em:<br />

Acesso em 24/10/20<strong>12</strong>.<br />

SITE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA LUZIA, disponível em:<br />

Acesso em<br />

24/10/20<strong>12</strong>.<br />

SITE ELEIÇÕES 20<strong>12</strong>, disponível em: Acesso em 24/10/20<strong>12</strong>.<br />

SITE OFICIAL DA CIDADE DE SANTA LUZIA, disponível em: <<br />

http://www.santaluzia.mg.gov.br/cidade/apresentacao/> Acesso em 24/10/20<strong>12</strong>.<br />

66


Resumo<br />

MC DONALD’S E SUSTENTABILIDADE<br />

MC DONALD’S AND SUSTAINABILITY<br />

Aline Pacheco*<br />

Talita Cordeiro de Araújo*<br />

Vanessa Lobato Miranda*<br />

Wilson Domingos Mingote Júnior**<br />

68<br />

INSIGHT #6<br />

A pesquisa de mercado realizada associando Sustentabilidade ás empresas de fast food<br />

pretende destacar as ações sustentáveis atualmente praticadas pela empresa<br />

McDonald‟s, usando-a como exemplo para as demais empresas do ramo que não<br />

praticam nenhuma ação sustentável. Além disso, com a pesquisa será possível saber se<br />

o consumidor está ciente destas ações e se as considera viáveis.<br />

Palavras-chave: Sustentabilidade. Fast Food. McDonald‟s.<br />

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade<br />

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de<br />

Belo Horizonte – Unidade 2


Abstract<br />

The market research conducted associating Sustainability ace fast food companies<br />

want to highlight the sustainable actions currently practiced by McDonald's company,<br />

using it as an example for other companies in the industry who do not practice any<br />

sustainable action. Moreover, with the research will be possible know if to the<br />

consumer is aware of these actions and if consider them viable.<br />

Keywords: Sustainability. Fast Food. McDonald‟s.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Fast food significa comida rápida em inglês. Este tipo de serviço surgiu para dar<br />

continuidade aos restaurantes do tipo drive-in que nasceram na Califórnia na década de<br />

40, possibilitando ao seu público que em grande parte não possuem muito tempo<br />

disponível devido ao ritmo de vida acelerado, lanches ou refeições rápidas. Os<br />

principais tipos de comidas que essas empresas oferecem aos seus frequentadores são<br />

sanduíches, pizzas, pastéis entre outros, muitas vezes acompanhadas de refrigerantes e<br />

batatas fritas. O combo de hambúrguer, batatas fritas e refrigerante surgiu nos Estados<br />

Unidos na década de 50.<br />

As empresas de fast food, fazem parte do cotidiano de várias pessoas, porém,<br />

por fugirem do padrão da culinária tradicional e possuírem na composição de seus<br />

produtos ingredientes que nem sempre são totalmente saudáveis para o homem,<br />

algumas pessoas se manifestam contrariando esse tipo de alimentação. Um exemplo<br />

disso foi o movimento chamado “slow food”, criado primeiramente na Itália no ano de<br />

1986 e que acontece até os dias atuais em várias partes do mundo com o intuito de<br />

reforçar a importância da boa alimentação.<br />

Nos diversos países, existem várias redes de fast food, mas há aqueles que estão<br />

presentes no mundo inteiro, são elas: McDonald's, Burger King, Subway, KFC, Pizza<br />

Hut, entre outros.<br />

69


Na Europa o surgimento ocorreu no mesmo período, em especial na França com<br />

os bistrôs, que apesar de ser diferente do modelo norte-americano, esse tipo de<br />

restaurante simples mudou bastante os hábitos dos europeus.<br />

No Brasil, o surgimento do fast food ocorreu também na década de 50, quando<br />

o americano Robert Falkenburg, ex-campeão de Tênis no torneio de Wimbledon (1948<br />

e 1949) abriu a Falkenburg Sorvetes Ltda. O americano vendia sorvetes apenas de<br />

baunilha com receitas originais de seu país, feitas em máquinas americanas. Obtendo<br />

bons resultados neste empreendimento, Robert Falkenburg abriu a primeira loja Bob´s<br />

em Copacabana no ano de 1952, sendo pioneiro na venda de cachorro quente (hot-<br />

dog), o hambúrguer, o Milk-shake e o sundae.<br />

No ano de 1979, entra o McDonald‟s no Brasil, com a abertura da primeira loja<br />

também no Rio de Janeiro. Com isso, o ramo deste tipo de empresa foi se alastrando<br />

no país.<br />

Em 1937 os irmãos Richard (Dick) e Maurice (Mac) McDonald‟s, tiveram a<br />

ideia de abrir uma pequena barraca onde o produto principal era o cachorro-quente,<br />

com o nome de Airdome a mesma se estabelecia na cidade de Arcádia, localizada no<br />

estado da Califórnia. Três anos depois, os irmãos mudaram a barraca para San<br />

Bernardino, também na Califórnia e surge então o restaurante McDonald's, neste<br />

restaurante os clientes ficavam dentro de seus carros aguardando os atendimentos que<br />

eram realizados por garçons equipados com patins, este tipo de serviço tornou-se<br />

popular e trouxe bastante lucro à empresa, foi um conceito inovador no modo de<br />

atendimento com muita criatividade e entretenimento com seu público.<br />

No cardápio, grande parte dos itens oferecidos eram churrascos, porém, ao<br />

perceber que os lucros decorriam da grande demanda de vendas de hambúrgueres, os<br />

irmãos McDonald‟s começaram a investir tanto na infraestrutura, quanto na elaboração<br />

do novo cardápio, reduzindo os itens antes existentes, mas inovando nos produtos<br />

alimentícios.<br />

70


Com o alto retorno financeiro, os irmãos Richard (Dick) e Maurice (Mac)<br />

começaram a erguer novas franquias no estado do Arizona e Califórnia. Como uma<br />

jogada de marketing, o M maiúsculo na cor fortemente amarela simulando dois arcos,<br />

tem como objetivo chamar a atenção dos clientes, fazendo com que a logomarca seja<br />

vista de forma chamativa independente da distância entre a rede e o seu cliente. No<br />

Arizona, por exemplo, a franquia ficou conhecida como “Arcos Dourados”.<br />

Em 1954 Ray Kroc propôs uma parceria aos irmãos, no qual ele seria o dono da<br />

primeira franquia localizada fora da região de origem, a franquia seria aberta no estado<br />

de Chicago. As exigências estabelecidas foram: todos os estabelecimentos franqueados<br />

deveriam seguir o mesmo padrão do original, e as batatas fritas deveria ser preparadas<br />

com a receita já existente; e assim o contrato receberia as devidas assinaturas.<br />

A partir deste ponto, várias outras franquias surgiram pelo mundo. Ao todo são<br />

31 mil restaurantes distribuídos em 118 países, sendo 80% franqueados. Hoje a<br />

McDonald‟s fatura anualmente cerca de US$ 45 bilhões.<br />

Já são 50 anos de tradição inabalável. Mesmo com críticas abusivas em relação<br />

aos seus produtos, partidas da oposição, a rede McDonald‟s foi premiada 11 vezes<br />

com o Selo de Excelência em Franchising (ABF). Além disso, em 2007 recebeu pela<br />

revista “Pequenas Empresas Grandes Negócios” o prêmio de melhor franquia de<br />

alimentação.<br />

Segundo pesquisa realizada pela Interbrand em 2007, a McDonald‟s está em<br />

oitavo lugar na lista de empresas que possuem um valor de marca reconhecido, além<br />

disso, é uma empresa de tradição no mercado de fast food e hoje aposta na<br />

<strong>sustentabilidade</strong>. “Sustentabilidade não é modismo nem marketing. É visão sistêmica e<br />

comprometimento de longo prazo.” ALMEIDA (2009)<br />

Ou seja, dessa forma a empresa tende a criar novos vínculos com pessoas e<br />

órgãos interessados no assunto assim como obter um diferencial no mercado quando se<br />

tratar de Sustentabilidade.<br />

71


O site institucional da empresa oferece para as pessoas interessadas informações<br />

<strong>sobre</strong> as ações que a McDonald‟s pratica. Que são: McDia Feliz – em todos os últimos<br />

sábados do mês de Agosto todo o valor arrecadado na venda do Big Mac<br />

(isoladamente ou na McOferta nº 1) é utilizado para a campanha de combate ao câncer<br />

infanto-juvenil coordenada pelo Instituto Ronald Mcdonald‟s. Energias renováveis –<br />

desde Maio de 2008 a unidade de Fortaleza utiliza uma turbina que gera energia<br />

eólica, outras unidades usam painéis solares para aquecer a água. Patrulha da limpeza<br />

– os próprios funcionários reúnem-se para recolherem em um raio de dois quarteirões<br />

lixos jogados pelos clientes. Programa de Coleta Seletiva – lixeiras para a separação<br />

dos lixos gerados nas unidades, uma lixeira é para embalagens e a outra é para líquido<br />

que os clientes não consomem completamente. Projeto refazendo – política baseada na<br />

teoria dos 3R‟s (Reduzir, Reaproveitar e Reciclar), no qual peças de divulgação<br />

publicitárias feitas de materiais não recicláveis ganham uma segunda vida, ou seja,<br />

através destes materiais são feitos produtos como estojos, bolsinhas e aventais que<br />

serão distribuídos futuramente como brindes para pessoas diretamente ligadas a<br />

McDonld‟s. Estes produtos são fabricados por ONG‟s que dão espaço a população<br />

carente e marginalizada. Projeto Biodiesel – em algumas franquias, o óleo de cozinha<br />

que é utilizado para as frituras de batatas fritas e de empanados é destinado para a<br />

transformação de biodiesel para frotas de caminhões da McDonald‟s.<br />

JUSTIFICATIVA<br />

De acordo com Fernando Almeida, autor do livro Responsabilidade Social e<br />

Meio Ambiente, o tema Sustentabilidade começou a ser mais comentado por volta de<br />

1987, quando a expressão desenvolvimento sustentável foi conceituada e divulgada<br />

pelo chamado Relatório Brundtlan – documento produzido <strong>sobre</strong> encomenda da ONU<br />

por uma comissão presidida pela ex-primeira ministra da Noruega, Gro Harlem<br />

Brundtlan.<br />

A idéia de elaborar um projeto envolvendo a <strong>sustentabilidade</strong> em uma pesquisa<br />

de mercado surgiu a partir da necessidade de difundir ainda mais o assunto e saber se o<br />

público freqüentador das empresas de fast food de Belo Horizonte conhece e acredita<br />

72


que as ações sustentáveis adotadas por essas empresas são de fato viáveis ou não. “A<br />

inexistência de consumidores conscientizados em relação à causa ambiental pode dar<br />

falsa impressão de que a empresa não está ameaçada pela crescente ampliação dos<br />

produtos amigáveis ao ambiente no mercado de bens e serviços.” Denis Donaire<br />

(2010)<br />

Outro ponto a ser destacado é o caso da McDonald‟s, que por ser uma empresa<br />

multinacional, ter responsabilidades socioambientais relevantes e de certa forma não<br />

divulgar tais ações para a sociedade. Sendo assim, aquelas pessoas que não têm<br />

interesses em buscar conhecimentos relativos à Empresa e sua ligação com a<br />

Sustentabilidade, nem imaginam que tipos de ação essas empresas praticam.<br />

Por algum motivo a grande parte das pessoas ainda não consegue associar ações<br />

sustentáveis com as empresas de fast food, ou seja, ainda falta por parte destas<br />

empresas um investimento maior em políticas de publicidade e até mesmo de<br />

comunicação para que seja possível que estas ações sustentáveis sejam conhecidas<br />

pelo público e que sirva também de exemplo para outras empresas que ainda não<br />

adotaram medidas sustentáveis.<br />

Uma empresa de sucesso hoje tende a estar não só dentro dos padrões<br />

mercadológicos, mas também deve estar <strong>sobre</strong> os pilares da <strong>sustentabilidade</strong>.<br />

73


“A responsabilidade social das organizações diz respeito às expectativas econômicas,<br />

legais, éticas e sociais que a sociedade espera que as empresas atendam, num<br />

determinado período de tempo.” Archie B. Carrol (1979)<br />

METODOLOGIA<br />

Para obter um resultado mais amplo e não quantitativo e criar uma relação de<br />

consumo durante a pesquisa, a metodologia aplicada foi o roteiro descritivo de caso<br />

qualitativo, assim com perguntas abertas o entrevistado teria condições de expor de<br />

forma mais detalhada possível seu ponto de vista <strong>sobre</strong> o que foi questionado.<br />

Com o resultado será possível analisar de forma mais aprofundada o grau de<br />

relevância do assunto no público que utiliza os serviços destas empresas.<br />

PLANO DE TRABALHO<br />

Para a realização da pesquisa de mercado o primeiro passo dado foi a escolha<br />

do tema. O Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês)<br />

indica fortes mudanças relacionadas ao aquecimento global, onde a principal<br />

causadora é a emissão de CO2, são alterações que nos últimos anos estão se tornando<br />

74


cada vez mais aceleradas, devido o mau uso dos recursos naturais que o meio ambiente<br />

oferece.<br />

Optou-se como assunto principal da pesquisa a SUSTENTABILIDADE, uma<br />

vez que o meio ambiente se encontra ameaçado pelos danos provocados pelo homem.<br />

Segundo o livro Gestão Ambiental na Empresa, de Denis Donaire, no relatório<br />

da Comissão Mundial <strong>sobre</strong> Meio Ambiente e Desenvolvimento (ONU), denominado<br />

“Nosso Futuro Comum”, ficou muito clara a importância da preservação ambiental<br />

para que consigamos o Desenvolvimento Sustentado.<br />

Logo após, foi escolhido o objeto de pesquisa, no qual o grupo iria aprofundar<br />

suas buscas de informações em relação ao tema. Foram encontrados pontos<br />

interessantes e que iriam contribuir para o conhecimento mais aprofundado <strong>sobre</strong> o<br />

tema nas pessoas entrevistadas, o objeto de pesquisa foi a empresa de fast food<br />

McDonald‟s.<br />

Tendo isso em mãos, foram elaborados o problema e os objetivos da pesquisa.<br />

O problema era de identificar até que ponto as ações da Empresa McDonald‟s eram<br />

conhecidas pelo público de Belo Horizonte e qual a importância dessas ações para a<br />

sociedade. O objetivo geral foi destacar as ações praticadas pela McDonald‟s, a fim de<br />

usá-la como exemplo para as demais empresas. Já os objetivos específicos foram<br />

aprofundar na pesquisa de ações da McDonald‟s e comparar as ações entre as empresa<br />

do ramo.<br />

Em seguida, criou-se a justificativa para o problema, na mesma apresenta-se o<br />

motivo pela qual se tornou importante a idealização da pesquisa. Surgiram<br />

questionamentos <strong>sobre</strong> o tema que deram origem a um roteiro com uma série de<br />

tópicos, que foram aplicados a uma pequena quantidade de pessoas, foi o pré-teste.<br />

Analisando o resultado satisfatório, o mesmo roteiro da pesquisa (pesquisa qualitativa)<br />

foi então aplicado para um número maior de pessoas, foram 40 entrevistados.<br />

75


Para a aplicação dos roteiros não foi definido um grupo focal, as entrevistas<br />

foram feitas em lugares públicos e privados, para pessoas de ambos os sexos e com<br />

idades diversificadas.<br />

Com base nessas entrevistas foi realizada a tabulação e os resultados foram<br />

mensurados e analisados possibilitando assim a construção e desenvolvimento final do<br />

artigo.<br />

MENSURAÇÃO DE RESULTADOS<br />

O roteiro foi aplicado aleatoriamente sem seguir padrões pré-determinados pelo<br />

grupo anteriormente, justamente para conseguir informações bem distintas de pessoas<br />

que frequentam não somente o McDonald‟s, mas também outras empresas do ramo.<br />

No roteiro qualitativo da pesquisa foram apresentados aos entrevistados<br />

primeiramente as ações praticadas pela McDonald‟s, a empresa de fast food focal da<br />

pesquisa, dentre elas:<br />

� Adoção da política dos Três R‟s Reduzir Reaproveitar e Reciclar em todas as<br />

cadeias produtivas inclusive restaurantes;<br />

� Conta com um código de conduta para fornecedores que inclui o respeito ao<br />

meio ambiente e às florestas tropicais e o cuidado com o bem estar dos animais;<br />

� Assumiu publicamente o compromisso de não comprar soja cuja procedência<br />

fosse de áreas desmatadas;<br />

� Coleta seletiva em várias franquias;<br />

� Em 15 restaurantes painéis captam a energia solar para aquecer a água;<br />

� A patrulha da limpeza é uma ação periódica dos restaurantes McDonald‟s, são<br />

rondas nas quais os funcionários da rede recolhem as embalagens jogadas em<br />

volta dos restaurantes no raio de dois quarteirões;<br />

76


� Reaproveitamento de algumas peças utilizadas em campanhas de promoção,<br />

banners, displays, faixas entre outros. Juntamente com a organização Arcos<br />

dourados, os produtos que não são reciclados são transformados em bolsas,<br />

sacolas, aventais, nécessaires e diversos outros objetos que podem ser<br />

produzidos a partir de peças que a princípio seriam simplesmente descartadas.<br />

Em seguida foram levantadas as questões:<br />

� O ponto de vista <strong>sobre</strong> a <strong>sustentabilidade</strong> nas empresas de fast food;<br />

� Empresas de fast food mais frequentadas;<br />

� Ações praticadas por outras empresas do ramo;<br />

� Quais ações os entrevistados acham viáveis para este tipo de empresa;<br />

� Conhecimento de outras ações praticadas pela McDonald‟s.<br />

Foi identificado que as empresas mais frequentadas pelos entrevistados foram:<br />

McDonald‟s, Subway, Bobs, Burger King, Habibs, Bang Bang e Giraffas.<br />

Ao serem levantadas no início da apresentação do roteiro aos entrevistados as<br />

ações praticadas pela McDonald‟s, muitos desconheceram as práticas apresentadas e<br />

ao mesmo tempo mostraram-se surpresos pela existência de tais ações.<br />

Sendo assim, foi percebido também que o público não tem conhecimento nem<br />

ao menos básicos de ações de <strong>sustentabilidade</strong> praticadas por essas empresas de fast<br />

food. São assuntos que não chegam ao público com notoriedade, não são apresentados<br />

por campanhas publicitárias e praticamente não há divulgação pública mais ampla. A<br />

divulgação é feita somente na comunicação interna das empresas, como por exemplo,<br />

nos sites institucionais e alguns cartazes nos restaurantes de algumas franquias.<br />

Entre as ações sustentáveis mais viáveis para esse tipo de empresa as que<br />

deveriam ser implantadas, segundo o público foram:<br />

� Reciclagem;<br />

77


� Coleta Seletiva;<br />

� Reutilização do óleo de cozinha;<br />

� Reciclagem de papéis;<br />

� Economia de produtos que prejudiquem o meio ambiente;<br />

� Mais investimento em energia solar;<br />

� Utilização dos restos de alimentos para fabricação de adubos;<br />

� Campanhas de conscientização sustentáveis nos restaurantes.<br />

Foi expressa pelo público a importância da <strong>sustentabilidade</strong> em qualquer<br />

empresa seja ela qual for, mas por decisão unânime a ideia da <strong>sustentabilidade</strong><br />

praticadas nas empresas de fast food é aceita positivamente já que, em si, essas<br />

empresas não são um modelo a seguir quando o assunto é qualidade de vida.<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

“A responsabilidade ambiental está contida dentro da responsabilidade social<br />

empresarial, e deve ser entendida como parte integrada deste, nunca de forma isolada.<br />

Quando se discute responsabilidade ambiental, esta deve ser entendida como o<br />

conjunto de ações realizadas além das exigências legais, ou daquelas que estão<br />

inseridas num contexto de eficiência profissional ou de área de atuação. A<br />

responsabilidade ambiental empresarial se constitui em ações que extrapolam a<br />

obrigação, assumindo mais um conteúdo voluntário de participações em fóruns,<br />

iniciativas, programas e propostas que visem manter o meio ambiente natural livre de<br />

contaminação e saudável para ser usufruído pelas futuras gerações.” Reinaldo Dias<br />

(2010)<br />

Após análise de todas as pesquisas realizadas, entende-se que a grande maioria<br />

das pessoas ainda desconhece a ligação que existe entre <strong>sustentabilidade</strong> e as empresas<br />

78


de fast food, em especial a McDonald's, foco da pesquisa. Ao tomarem conhecimento<br />

em relação às ações praticadas passaram ter outra percepção.<br />

É importante ter a visão de que as empresas que realmente querem se destacar<br />

no ramo a qual pertencem investem a fundo em ações de <strong>sustentabilidade</strong> que estejam<br />

sempre entrelaçadas nos três principais pilares da <strong>sustentabilidade</strong> (crescimento<br />

econômico, progresso social e equilíbrio ecológico).<br />

Ao falar <strong>sobre</strong> o papel da inovação na busca da <strong>sustentabilidade</strong> o autor<br />

Fernando Almeida aponta: “No universo da <strong>sustentabilidade</strong>, é preciso buscar novos<br />

modelos de capitalização capazes de criar valor tanto para o negócio quanto para a<br />

sociedade. Não há <strong>sustentabilidade</strong> sem inovação”.<br />

Neste quesito a McDonald's tem inovado dentro do seu escopo organizacional,<br />

mas ainda deixa a desejar quanto à divulgação destas ações.<br />

As pessoas de fato reconhecem a importância da <strong>sustentabilidade</strong> e até admiram<br />

que as empresas de fast food estejam se adaptando a estas ações, porém ainda faltam<br />

campanhas eficazes de divulgação, que possibilitam o público a tomar mais<br />

conhecimento em relação à imagem sustentável da empresa.<br />

O marketing para a <strong>sustentabilidade</strong> tem de estar diretamente apoiado em<br />

preceitos éticos, sem deixar de focar em resultados. Os profissionais responsáveis pela<br />

gestão da imagem e reputação da empresa devem ter em mente que, desde que o<br />

conceito foi formulado, o desenvolvimento sustentável tem a ver com visão ampla dos<br />

desdobramentos ambientais, sociais e econômicos dos atuais padrões de crescimento,<br />

assim como a perspectiva de longo prazo relativa aos interesses das gerações atuais e<br />

futuras, afirma Fernando Almeida.<br />

REFERÊNCIAS<br />

ALMEIDA, FERNANDO. Experiências Empresariais em Sustentabilidade –<br />

Avanços, Dificuldades e Motivações de Gestores e Empresas. Editora Elsevier<br />

2009.<br />

79


ALMEIDA, FERNANDO. Responsabilidade Social e Meio Ambiente – “Os<br />

Desafios da Sustentabilidade”. Editora Elsevier 2008.<br />

COMBO EM FAST FOOD. Disponível em:<br />

http://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/conteudo.phtml?id=1117649&tit=Aorigem-do-fast-food/.<br />

Acesso em 15 de Outubro 20<strong>12</strong>.<br />

DE OLIVEIRA, J. A. PUPPIM. Empresas na Sociedade – Sustentabilidade e<br />

Responsabilidade Social. Editora Elsevier 2008.<br />

DIAS, REINALDO. Gestão Ambiental – Responsabilidade Social e<br />

Sustentabilidade. Editora Atlas 2010.<br />

DONAIRE, DENIS. Gestão Ambiental na Empresa. Editora Atlas 2010.<br />

ESTUDO DESCRITIVO DE CASO (QUALITATIVO). Disponível em:<br />

http://leticiacapelao.com/Webquest_Pesquisa_Mercado/fontesdescritivoqualitativo.ht<br />

m. Acesso em 05 de Outubro. 20<strong>12</strong>.<br />

FAST-FOOD. Disponível em: http://www.infoescola.com/curiosidades/fast-food/.<br />

Acesso em 13 de Agosto 20<strong>12</strong>.<br />

FAST-FOOD NO BRASIL. Disponível em:<br />

http://www.marketingtradeshowbrasil.com.br/index.php/fast-food-no-brasil.html/.<br />

Acesso em 25 de Setembro 20<strong>12</strong>.<br />

HISTÓRIA MCDONALD’S. Disponível em:<br />

http://www.colunasdehercules.com.br/2009/04/mac-donalds-historia-ecuriosidades.html/.<br />

Acesso em 15 de Outubro 20<strong>12</strong>. Disponível em:<br />

http://www.mcdonalds.com/us/en/home.html/. Acesso em 15 de Outubro 20<strong>12</strong>.<br />

80


MCDIA FELIZ. Disponível em:<br />

http://www.mcdonalds.com.br/#/NPC%253AInstitutional%25232List3. Acesso em 10<br />

de Setembro 20<strong>12</strong>.<br />

NÚMERO DE FRANQUIAS PELO MUNDO. Disponível em:<br />

http://www.mcdonalds.com.br/#/NPC%253AInstitutional%25236. Acesso em 29 de<br />

Outubro 20<strong>12</strong>.<br />

ORIGEM DO MCDONALD’S NO BRASIL. Disponível em:<br />

http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/05/mcdonalds-inveno-do-fastfood.html.<br />

Acesso em 15 de Outubro. 20<strong>12</strong>.<br />

ORIGEM FAST FOOD TIPO DRIVE-IN. Disponível em:<br />

http://lazer.hsw.uol.com.br/fast-food.htm/. Acesso em 15 de Outubro 20<strong>12</strong>.<br />

SIGNIFICADO DE FAST FOOD. Disponível em:<br />

http://www.significados.com.br/fast-food/. Acesso em 10 de Setembro 20<strong>12</strong>.<br />

SLOW FOOD. Disponível em: http://www.slowfoodbrasil.com/. Acesso em 10 de<br />

Setembro 20<strong>12</strong>.<br />

SURGIMENTO DO BOB’S NO RIO DE JANEIRO. Disponível em:<br />

http://www.bobs.com.br/o-bobs/. Acesso em 15 de Outubro 20<strong>12</strong>.<br />

SUSTENTABILIDADE. Disponível em:<br />

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/53459_AS+50+EMPRESAS+DO+BEM.<br />

Acesso em <strong>12</strong> de Agosto 20<strong>12</strong>.<br />

81


83<br />

INSIGHT #7<br />

CAMINHAR PARA SUSTENTABILIDADE? SÓ COLOCANDO PILHA NESSA<br />

IDEIA, MAS SEM PERDER A BATERIA<br />

HIKING FOR SUSTAINABILITY? RECYCLE BATTERIES AND BATTERIES<br />

Resumo<br />

Felipe Douglas Ribeiro*<br />

Isabella Caroline Barbosa*<br />

Thaís Alves de Souza*<br />

Thiago Augusto Paula Maia*<br />

Wilson Domingos Mingote Junior**<br />

A <strong>sustentabilidade</strong> é um tema cada vez mais frequente dentro das organizações. Conforme o<br />

site de pesquisa UOL um gráfico do ano de 2008 mostra que no Brasil um número<br />

considerável de reciclagem de materiais como papel, alumínio, pet, dentre outros. No entanto<br />

a reciclagem de materiais como pilhas e baterias, não são abordada pela mídia. Pilhas e<br />

baterias quando descartados de maneira inadequada, causam danos ao meio ambiente. Uma<br />

pilha pode levar séculos para se decompor e os metais pesados, porém, nunca se degradam, os<br />

mesmos em contato com a umidade, água e calor fazem com que substâncias químicas vazem<br />

e os seus componentes tóxicos contaminam o solo, água, plantas e os animais. O objetivo<br />

deste artigo é identificar em um projeto de reciclagem de pilhas e baterias do Banco<br />

Santander, que tem o nome de Papa- pilhas falhas na comunicação em geral e propor soluções<br />

para mudança deste quadro.<br />

Palavras-Chave: Reciclagem. Pilhas. Baterias. Papa-pilhas. Sustentabilidade.<br />

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade<br />

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2


** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo<br />

Horizonte – Unidade 2<br />

Abstract<br />

Sustainability is an increasingly common theme within organizations. As the search<br />

site UOL a chart of 2008 shows that in Brazil a considerable number of recycling<br />

materials such as paper, aluminum, pet, among others. However the recycling of<br />

materials such as batteries, although important are not addressed by the media.<br />

Batteries when disposed of improperly, causing damage to the environment. A stack<br />

can take centuries to decompose and heavy metals, however, never degrade, they in<br />

contact with moisture, water and heat cause leaking chemicals and their toxic<br />

components contaminate soil, water, plants and animals. The purpose of this article is<br />

to identify in a recycling project of batteries Banco Santander, which has the name of<br />

Pope-cells miscommunication in general and propose solutions to change this picture.<br />

Keywords: Recycling of batteries. Battery-Pope. Sustainability.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O tema <strong>sustentabilidade</strong> tem se tornado presente em vários aspectos da<br />

sociedade atual, as organizações dos três setores da economia focam em meios de<br />

energias renováveis, reciclagem e em contribuições de ações sociais, mas existe uma<br />

diferença entre a definição de <strong>sustentabilidade</strong> da prática realizada pelas organizações;<br />

A definição mais difundida da Comissão Brundtland (WCED, 1987), a qual considera<br />

que o desenvolvimento sustentável deve satisfazer às necessidades da geração atual<br />

sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Deve se pensar como as<br />

organizações trabalham com o tema sustentável? Como podemos considerar os<br />

projetos sustentáveis existentes como eficazes? Afinal as organizações com alto<br />

faturamento são praticamente obrigadas à prática da mesma pelo governo brasileiro.<br />

84


Trabalhar o conceito de comunicação dentro deste projeto é foco da pesquisa<br />

acadêmica, todas as críticas citadas possuem sugestões de melhorias com a proposta de<br />

centralizar em meios mais eficazes para alcançar um público maior, manter já<br />

existente e divulgar esta ação sustentável a favor da marca. Junto a proposta de<br />

conscientizar as pessoas quanto à reciclagem de pilhas baterias, encontramos na<br />

Organização do Banco Santander SA. O projeto que recebe o nome de Papa-Pilhas, de<br />

acordo com site institucional que separa um link para comentar <strong>sobre</strong> o projeto, o<br />

mesmo possui nas agências do banco Santander pontos de coleta para reciclagem do<br />

material tratado. O projeto Papa-pilhas foi criado no ano de 2006, pelo Banco<br />

Santander que instalou dentro de suas agências uma estrutura capaz de coletar pilhas e<br />

baterias inutilizadas, atualmente uma média de 2,8 mil postos instalados no Brasil.<br />

Uma reportagem de Janaína de Menegaz <strong>sobre</strong> o destino das pilhas e baterias<br />

relata que a reciclagem só pode ser realizada por uma organização brasileira que é<br />

licenciada para realizar o processo de reciclagem do material proposto, a mesma é a<br />

instituição Suanquim e quem financia o custo do projeto Papa-Pilhas é o Banco<br />

Santander. Este custo é alto e o processo é demorado, mas parte de deste material que<br />

poderia estar sendo descartado no meio ambiente é tratado por este projeto, mas ainda<br />

existe um percentual alto de pilhas e baterias inutilizadas sendo descartadas de forma<br />

incorreta, pois na mesma reportagem relata que a reciclagem de pilhas e baterias na<br />

Suzanquim acontece uma vez no mês e o motivo é que o volume de material coletado<br />

é cinco vezes menor que a capacidade de reciclagem do local.<br />

A busca por informações específicas <strong>sobre</strong> o projeto do banco e a percepção dos<br />

clientes quanto ao mesmo, trouxeram ao trabalho duas pesquisas; A primeira foi<br />

aplicada ao gestor do projeto papa pilhas e a segunda aos clientes do banco de algumas<br />

agências de Belo Horizonte.<br />

A comunicação estratégica transforma a visão de seus públicos quanto a<br />

imagem que deve ser passada. Os meios trabalhados na comunicação como a<br />

divulgação, direcionamento de informação para um determinado público, desenvoltura<br />

aos meios de comunicação de massa, definição de imagem que deve ser passada,<br />

85


trabalhar para novos públicos e manter o existente, definir padrões para comunicação<br />

em massa e especifica, inovar continuamente as formas de passar informações<br />

desejadas, contribuir e relacionar continuamente para que os parceiros e clientes<br />

aumentem, são as formas que podem ser tratadas neste projeto, métodos viabilizando o<br />

tratamento dos gargalos de comunicação serão sugeridos e podem ser aplicadas para<br />

obtenção de retorno sustentável e financeiro.<br />

A pretensão final deste trabalho é trazer propostas que não identificadas no<br />

projeto referente à comunicação. O Papa-pilhas é inovador e tem prática sustentável,<br />

mas pode ser melhor apresentado em sua rede de stakeholders. É preciso ter uma meta<br />

para retroceder o percentual do problema quanto a falta de reciclagem de pilhas e<br />

baterias, conquistar meios de novos patrocínios para expansão de um projeto que<br />

trabalha algo que envolve o futuro das gerações, ou seja, algo sustentável.<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

Então surge o questionamento o que é <strong>sustentabilidade</strong>? Aonde a mesma<br />

influência ou muda no meu dia-a-dia? O que pode ser feito para que “eu” possa ser<br />

associado à prática sustentável?<br />

De acordo com o portal sustentável, a definição de <strong>sustentabilidade</strong> é:<br />

“Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos<br />

aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”.<br />

Ou seja, as práticas relacionadas a reciclagem ou reutilização, culturas e sua<br />

liberdade de expressão, preservação ou cultivo de plantas, ajudar ao próximo com<br />

intuito de prática social e viabilizar a economia para que as pessoas tenham qualidade<br />

de vida, são formas de ter um planeta onde as pessoas convivem bem sem agredir tanto<br />

a natureza em geral.<br />

A <strong>sustentabilidade</strong> está ligada a vida diária dos brasileiros, pois relacionando<br />

isso a revista Guia Exame de novembro de 2010 com tema <strong>sustentabilidade</strong> traz uma<br />

reportagem de José Eli Veiga, que faz uma correlação entre a política e um futuro<br />

menos insustentável; Percebesse que o governo precisa ter atenção, pois além da<br />

86


preservação da floresta Amazônica precisam investir na educação, tecnologias e saúde.<br />

Afinal quem deveria ser o maior participante das práticas sustentáveis são os políticos<br />

de modo geral, existe uma grande parte da população brasileira sofre com falta de<br />

saneamento básico, saúde pública, educação básica, etc. Portanto este tema está<br />

presente cada vez mais dentro da rotina das pessoas.<br />

As pessoas podem começar a terem a práticas sustentáveis para ajudar o meio-<br />

ambiente e o convívio social, reutilizar materiais que poderiam ser descartados,<br />

separar lixos reciclagem e encaminhar isso para alguém que é catador de material<br />

reciclado, dar as pessoas de baixa renda roupas e sapatos, são algumas atitudes que<br />

podem mudar o destino de pessoas e de resíduos que poderiam estar em lixões ou<br />

aterros.<br />

JUSTIFICATIVA<br />

Com a proposta de realizar um artigo <strong>sobre</strong> <strong>sustentabilidade</strong>, a ideia foi buscar<br />

algo que fosse importante, mas pouco discutido ou de baixa relevância perante as<br />

pessoas. O assunto abordado é a reciclagem de pilhas e baterias inutilizadas, pois é o<br />

que se enquadra dentro dos quesitos acima abordados pelos autores.<br />

O material proposto (pilha e bateria) quando descartados de maneira<br />

inadequada, causam danos ao meio ambiente. Uma pilha pode levar séculos para se<br />

decompor e os metais pesados, porém, nunca se degradam, os mesmos em contato com<br />

a umidade, água e calor fazem com que substâncias químicas vazem e os seus<br />

componentes tóxicos contaminam o solo, água, plantas e os animais.<br />

De acordo com o gráfico retirado do site de notícias UOL que mostra quais são<br />

os materiais mais reciclados de 1993 – 2008 no Brasil, é possível analisar que o<br />

alumínio, pet, vidro são os três mais reciclados no país neste período; Pilhas e baterias<br />

não estão citadas no gráfico, mas de acordo com site de pesquisa Info Escola relata que<br />

no Brasil existe um volume considerável de reciclagem de papel, vidro, plástico,<br />

alumínio e outros materiais. Enquanto a maioria das pilhas e baterias é descartada no<br />

lixo comum sem tratamento específico, os dados de 2008 mostram que a reciclagem de<br />

87


ateria e pilhas é mínimo, somente 1% das pilhas descartadas são recicladas e cerca de<br />

1% do lixo urbano é composto por resíduos sólidos tóxicos. Grande parte desses<br />

resíduos, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) é restos de lâmpadas<br />

fluorescentes, latas de inseticidas e tintas, termômetros, pilhas e bateria.<br />

O Programa que recebe o nome de Papa-pilhas do banco SANTANDER tem<br />

uma boa estrutura de divulgação no site institucional da organização, porém não foi<br />

identificado nos meios de comunicação de massa existentes, pesquisas realizadas em<br />

redes sociais como Face Book, Twiter, Blogs e nada foi encontrado, aonde é<br />

identificado uma falha de divulgação.<br />

PAPA-PILHAS<br />

Conforme o site institucional do Banco Santander o projeto criado em 2006, já<br />

recolheu mais de 500 toneladas de materiais inutilizados sendo eles pilhas, baterias de<br />

portáteis, celulares, laptops, câmeras digitais. Os pontos de coleta estão distribuídos<br />

nas agências do Banco Santander do Brasil e estão dispostos para clientes do banco e<br />

para todas as pessoas.<br />

Os materiais são enviados para a empresa SUZAQUIM que é a única no Brasil<br />

licenciada para esse tipo de reprocessamento.<br />

Juntamente com o Banco Santander a Operadora de telefônia TIM também<br />

contribui com o projeto Papa Pilhas com outro que recebe o nome de Recarregue o<br />

Planeta, aonde a operadora atua diretamente para a coleta do material proposto no<br />

artigo e com baterias de celulares, auxiliando no tratamento ecológico destes materiais.<br />

Apesar de seu tamanho pequeno e aparentemente inocente, as pilhas e baterias<br />

são de fato um problema ambiental, pois são compostos de materiais químicos pesados<br />

que degradam de forma assustadora o meio ambiente. Na resolução n° 257 do<br />

Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama de 1999, consta no seu artigo<br />

primeiro:<br />

88


As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio,<br />

mercúrio e seus compostos, necessário ao funcionamento de quaisquer tipos<br />

de aparelhos,..., após seu esgotamento energético, serão entregues pelos<br />

usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência<br />

técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes<br />

ou importadores, para que estes adotem diretamente, ou por meio de<br />

terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou<br />

disposição final ambientalmente adequado.<br />

METODOLOGIA E MENSURAÇÃO DE DADOS<br />

De acordo com gráfico apresentado no site da instituição do Banco Santander<br />

desde o início do projeto o número de pilhas e baterias coletas nas agências vem<br />

crescendo a cada ano.<br />

Com foco de entender a comunicação do projeto Papa-pilhas aplicação de dois<br />

questionários foi elaborado e aplicado, um com foco de entender o Banco Santander<br />

quanto à divulgação e o projeto, outro para verificar junto aos clientes a cerca do<br />

conhecimento do projeto, e se contribuem como mesmo.<br />

No dia 10 de outubro de 20<strong>12</strong> um representante do Papa-pilhas respondeu o<br />

questionário que foi qualitativo descritivo, o nome do mesmo é Genival Gomes Santos<br />

que é coordenador de gestão do Papa- pilhas. A resposta do Sr. Genival acerca da<br />

comunicação foi que a divulgação é no site do Santander que possui informações <strong>sobre</strong><br />

todo o projeto, além de participação em eventos, folders disponíveis nos pontos de<br />

coleta; A resposta quanto aos projetos de melhoria, o ultimo realizado foi acerca de<br />

uma triagem do material recebido para que algumas organizações fabricantes das<br />

pilhas ou baterias, para que as mesmas pudessem receber os seus materiais<br />

inutilizados; A resposta quanto aos meios de comunicação utilizado foi meios<br />

impressos por folders informativos, pela internet através do site Santander,<br />

participação em eventos, trabalhos acadêmicos; A resposta quanto a conscientização<br />

do público foi que o público deles são pessoas físicas a pretensão do projeto não é<br />

reciclar todas as pilhas e baterias do Brasil, mas colaborar no meio sustentável; A<br />

resposta acerca das dificuldades enfrentadas no projeto foi que o maior desafio é<br />

89


equilibrar, o econômico financeiro social e sustentável, mas a principal dificuldade é o<br />

financeiro, encontrar parcerias com retorno financeiro; A resposta <strong>sobre</strong> estrutura e<br />

organização dos pontos de coleta foi que o principal foco são nas agências Santander,<br />

algumas faculdades e universidade além de parceiros como TIM por exemplo; a<br />

resposta quanto ao questionamento <strong>sobre</strong> os pontos de maior e menor coleta foi<br />

atualmente estamos em 25 estados do país e São Paulo é responsável por 60% das<br />

coletas e Rondônia é o de menor coleta; A resposta acerca das metas de crescimento<br />

foi que existem várias metas, porém o custo de reciclagem é muito alto, por isso a<br />

triagem auxiliou para encaminhar para as organizações fabricantes responsáveis e<br />

dividir no impacto ambiental e custo.<br />

Após análise das respostas conclui-se que o Papa-pilhas tem logística de sua<br />

rede que é boa, entende da Imagem Corporativa do projeto, vem crescendo a cada ano<br />

com sua experiência de mercado, mas possui dificuldade de aumentar sua rede de<br />

investidores e aliados para pontos de coleta; A essência do fazer <strong>sustentabilidade</strong> é<br />

causar um impacto positivo de grande número no tema escolhido para ser trabalho,<br />

utilizando a comunicação direcionada podemos auxiliar de diversas formas<br />

estratégicas, focando em fidelizar o público que não é participativo e manter o já<br />

existente, consegui patrocínio de marcas que buscam trabalhar sua o tema sustentável<br />

apoiando o projeto.<br />

Na pesquisa realizada nas agências do banco Santander, o questionário foi<br />

quantitativo estruturado com perguntas fechadas, pesquisamos os clientes de quatro<br />

agências diferentes, situadas em belo horizonte. Na análise dados, a primeira pergunta<br />

que media quantas pessoas tinham conhecimento de que as pilhas e baterias poderiam<br />

ser recicladas 76% do entrevistado sabiam e 24% não sabiam; A segunda pergunta<br />

teve o intuito de medir quantos entrevistados possuíam pilhas e baterias inutilizadas<br />

guardadas na sua casa e 64% respondeu que não e 36% que sim; A terceira pergunta<br />

mediu o que os entrevistados faziam com as pilhas e baterias inutilizadas 37% envia<br />

para reciclagem, 18% guarda e 45% joga no lixo; A quarta pergunta o intuito foi<br />

identificar quantos dos entrevistados conheciam o projeto Papa- pilhas do banco<br />

Santander e 37% conheciam 63% não conheciam.<br />

90


Analisando os percentuais das respostas dos entrevistados percebesse que os<br />

clientes do Banco Santander têm consciência que atualmente as matérias citadas no<br />

artigo podem ser recicladas, mas não tem conhecimento do projeto Papa-pilhas. Um<br />

percentual grande das pilhas e baterias inutilizadas é descartado ainda de forma<br />

incorreta. Um ponto interessante é que todos que conhecem o projeto do banco<br />

contribuem para reciclagem; Com estes resultados coletados é visível o quão será<br />

importante para o projeto investir mais <strong>sobre</strong> a na comunicação e divulgação do Papa<br />

Pilha, criar aliados para aumentar os postos de coletas fora das agências do Santander,<br />

uma sugestão disto é instalar um posto de coleta na faculdade Anhanguera Belo<br />

Horizonte unidade II.<br />

É notável que reciclar pilhas e baterias ainda não é uma prática comum entre a<br />

população, descarta-las de forma incorreta é extremamente perigoso, pois os metais<br />

pesados existentes em seu interior não se degradam e são nocivos à saúde e ao meio<br />

ambiente.<br />

PROPOSTAS DE COMUNICAÇÃO AO PAPA-PILHAS<br />

Definir o padrão da Imagem Corporativa do projeto é o primeiro passo que deve<br />

ser realizado, afinal para algo ser repassado as pessoas precisa ter uma estrutura de<br />

quem sou, qual minha missão, o meu valor e minha visão bem definida para que não<br />

ocorra dupla interpretação.<br />

Quando se trata de reconhecimento do público e divulgação, os meios de<br />

comunicação em massa são a base do trabalho, mas precisam ser bem utilizados; As<br />

rede sociais são meios de baixo custo e de muito efeito, facebook, twitter e blogs<br />

podem ser montados, mas com foco na interatividade, pois as pessoas compartilham<br />

coisas que são do cotidiano e que acham engraçados e divertidos.<br />

Otimizar o projeto aumentando o número de patrocinadores, visando as grandes<br />

organizações que contribuem continuamente com descarte do material proposto no<br />

meio ambiente.<br />

91


Buscar alguns programas televisionados, revistas e jornais que tenham interesse<br />

no tema e divulgar o projeto a favor da Imagem Corporativa das marcas que<br />

contribuem para o projeto.<br />

CONCLUSÕES FINAIS<br />

A partir dos dados coletados durante a realização da pesquisa, o principal fator<br />

que prejudica a expansão de projetos como o papa-pilhas é o alto custo desse tipo de<br />

reciclagem. Segundo Genival Gomes Santos, Coordenador da Gestão do Projeto, o<br />

desafio é equilibrar, o econômico financeiro social e sustentável, tendo dificuldade<br />

principalmente no setor financeiro, o ideal seria encontrar parcerias com retorno<br />

financeiro. Várias metas existem, porém o custo de reciclagem é muito alto.<br />

Recentemente passou por um projeto de mudança, mas não foi quanto à<br />

divulgação, e sim quanto à triagem do material para que algumas organizações que<br />

fabricam as pilhas pudessem receber as de sua marca, com objetivo de reduzir os<br />

custos.<br />

O único meio de comunicação utilizado pelo projeto para a divulgação do<br />

trabalho é o site do Santander, onde as informações não estão visivelmente acessíveis,<br />

só encontra informação <strong>sobre</strong> o projeto quem procura pela mesma. Uma boa solução<br />

para esse problema seria que na página inicial existisse um link visível a todos,<br />

chamado a atenção de quem entra no site para buscar qualquer outro tipo de<br />

informação.<br />

Em pesquisa realizada com os clientes do banco Santander, foi contatado que<br />

76% dos entrevistados sabem que pilhas e baterias podem ser recicladas, porem apenas<br />

37% conhece o programa Papa-pilhas e descartam de maneira adequada suas pilhas e<br />

baterias, enviando para a reciclagem, 18% dos entrevistados informaram que guardam<br />

esse tipo de material em suas casas e o mais preocupante, 45% descartam esses<br />

materiais no lixo comum.<br />

Atualmente o projeto esta presente em 25 estados brasileiros, tendo em São Paulo<br />

a maior adesão, o estado é responsável por 60% da coleta, o estado com menor índice<br />

92


de coleta é Rondônia. É evidente que o projeto tem estrutura para crescer e mudar essa<br />

realidade, para isso a divulgação do projeto teria de ser melhor trabalhada.<br />

Aumentando os postos de coleta e trabalhando para conscientizar seus clientes e<br />

também os demais da sociedade o projeto conseguiria colaborar ainda mais para o<br />

meio sustentável e com isso melhoraria ainda mais sua imagem perante a sociedade.<br />

Se preocupar com ações sustentáveis é se preocupar com as futuras gerações.<br />

REFERÊNCIAS<br />

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Disponível em:<br />

. Acesso em 09 de<br />

novembro de 20<strong>12</strong>.<br />

INFO ESCOLA. Disponível em: http://www.infoescola.com/ecologia/reciclagem-depilhas-e-baterias/.<br />

Acesso em 3 de setembro de 20<strong>12</strong>.<br />

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. Acesso em 09 de novembro de 20<strong>12</strong>.<br />

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Acesso em 4 de setembro de 20<strong>12</strong>.<br />

REVISTA GUIA EXAME. Edição de novembro de 2010. Tema Sustentabilidade.<br />

2010.<br />

SANTANDER S.A. Disponível em:<br />

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http://www.suzaquim.com.br/. Acesso em 3 de setembro de 20<strong>12</strong>.<br />

93


UOL. Disponível em:<br />

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Acesso em 23 de setembro de 20<strong>12</strong>.<br />

UOL. Disponível em: < http://tecnologia.uol.com.br/guiaprodutos/imagem/ult6186u4.htm>.<br />

Acesso em 7 de setembro de 20<strong>12</strong>.<br />

94


96<br />

INSIGHT #8<br />

CEMIG E SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA EM BELO HORIZONTE: O<br />

ELO ENTRE AS ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS E CONSCIENTIZAÇÃO DA<br />

POPULAÇÃO<br />

CEMIG ENERGY AND SUSTAINABILITY IN BELO HORIZONTE: THE LINK<br />

BETWEEN THE ALTERNATIVES AND AWARENESS OF SUSTAINABLE<br />

POPULATION<br />

Resumo<br />

Jessica Caroline Silva de Freitas*<br />

Kelly Graciano da Silva Bento*<br />

Sabrina Gonçalves Barbosa*<br />

Simone Cristina Lopes*<br />

Wilson Domingos Mingote Junior**<br />

A escassez dos recursos naturais, as mudanças climáticas e os transtornos para a<br />

biodiversidade, originaram uma preocupação e uma demanda para o setor público e<br />

concessionárias de energia elétrica, pois, os recursos hídricos são finitos, sendo necessário<br />

pensar e desenvolver técnicas e instrumentos para a captação de energia limpa e<br />

renovável. Portanto, o objetivo deste artigo é investigar as práticas de energia sustentável<br />

realizadas pela CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais) em Belo Horizonte,<br />

com o intuito de pesquisar as práticas adotadas, analisar os resultados obtidos e identificar<br />

o elo entre a conscientização da população e as alternativas energéticas sustentáveis.<br />

Palavras chave: Sustentabilidade. Energia. CEMIG. Belo Horizonte.<br />

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade<br />

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de<br />

Belo Horizonte – Unidade 2


Abstract<br />

The scarcity of natural resources, the weather changes, and the biodiversity‟s<br />

inconveniences, originated concerns and a higher demand for the public sector and for<br />

the electric energy companies, for the hydric resources are finite, leading to the need of<br />

thinking of and developing new techniques and instruments for the captivation of clean<br />

and renewable energy. Therefore, this article‟s purpose is to investigate the sustainable<br />

energy practices done by CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais – Energy<br />

Company of Minas Gerais) in Belo Horizonte, aiming to research the adopted<br />

practices, analyze their acquired results, and identify the connection between the<br />

population‟s awareness of the matter and the sustainable energy‟s alternatives.<br />

Keywords: Sustainability. Energy. CEMIG. Belo Horizonte.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Observando as constantes mudanças climáticas ocasionadas pela degradação<br />

ambiental e a realidade da escassez de recursos naturais, a ONU (organização das<br />

nações unidas) elegeu 20<strong>12</strong> como o ano internacional da energia sustentável para<br />

todos, desta forma, os países que integram as nações unidas devem esforçar-se para o<br />

desenvolvimento energético sustentável, de forma que a produção de energia supra à<br />

demandada população mundial e que todos, sem distinção, tenham acesso à energia<br />

elétrica.<br />

Na revista Imprensa de Maio de 2008(p. 234), há uma reportagem <strong>sobre</strong> as 50<br />

empresas mais sustentável segundo a mídia. A mesma cita um momento na vida do<br />

pensador norteamericano Charles Sanders Peirce que no final do século XIX, escreveu<br />

uma carta à amiga Victória Welby onde Peirce fazia uma análise do último livro de<br />

sua amiga Lady Welby, “O Que é a Significação?”, e afirmava que “ninguém pode<br />

saber o poder que uma palavra ou frase tem para mudar a face do mundo".<br />

97


Isto pode ser claramente observado quando falamos em Sustentabilidade. O<br />

mundo corporativo transformou-se, sendo hoje um requisito considerado importante na<br />

hora de analisar uma empresa. Nota-se que além de trabalhar em prol de obter um<br />

desenvolvimento sustentável, houve antes, um desenvolvimento de consciência, onde<br />

os recursos naturais disponíveis foram observados por uma nova ótica.<br />

As empresas estão tentando se adequar apesar de toda complexidade prática e<br />

teórica, quebra de paradigmas e mostrar para as pessoas que desenvolvimento<br />

sustentável é nada menos que, o desenvolvimento capaz de suprir ás demandas da<br />

população utilizando os recursos naturais de forma consciente e sem prejudicar as<br />

gerações futuras e através disso alcançando grande poder econômico, se atentando<br />

para as três áreas de desenvolvimento: o âmbito social, econômico e ambiental.<br />

Neste artigo pretendem-se examinar com base nessas considerações, as ações<br />

sustentáveis realizadas pela CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais e o sua<br />

contribuição para Belo Horizonte.<br />

CEMIG: COMPANHIA ENERGETICA DE MINAS GERAIS-HISTÓRICO<br />

De acordo com o site oficial da Cemig, a Companhia Energética de Minas<br />

Gerais é uma das maiores instituições brasileiras no ramo de geração, transmissão e<br />

distribuição de energia elétrica. Referencial em economia global, ela é hoje<br />

reconhecida por suas ações sustentáveis e há <strong>12</strong> anos, simultâneos, ela tem feito parte<br />

do Downs Jones Sustainability World Index.<br />

Uma empresa de capital misto, a Cemig se configura como empresa pública,<br />

colaborando para o desenvolvimento do Estado e do País, e vem apresentando<br />

resultados financeiros positivos e gerando valor para acionistas. Suas ações são<br />

negociadas nas Bolsas de Valores de São Paulo, Nova York e Madri, o grupo é<br />

constituído por 49 empresas e 10 consórcios. Controlado por um holding, com ativos<br />

e negócios em vários estados do Brasil o grupo Cemig atua em Minas Gerais e em<br />

mais 15 estados brasileiros e no Chile. Possui, também, investimentos em distribuição<br />

de gás natural e transmissão de dados.<br />

98


A Cemig foi criada nos anos 50, mais especificamente no governo de Juscelino<br />

Kubitscheck, quando ele formalizou o desejo de centralizar o setor de energia do<br />

Estado. Ela surgiu em conformidade com as novas tecnologias do setor de energia<br />

elétrica e de gestão financeira e humana.<br />

É importante frisar o quanto os projetos hidrelétricos dos anos 50, foram de<br />

suma importância para que a Cemig 10 anos mais tarde oferecesse energia elétrica o<br />

necessário para influir definitivamente no desenvolvimento do Estado.<br />

A empresa hoje é responsável pelo atendimento a cerca de 18 milhões de<br />

pessoas em 774 municípios de Minas Gerais e pela gestão da maior rede de<br />

distribuição de energia elétrica da América do Sul, com mais de 400 mil km de<br />

extensão.<br />

Uma das maiores geradoras do País, a Cemig dispõe de um parque gerador,<br />

formado por mais de 64 usinas hidrelétricas, térmicas e eólicas. Desde a sua criação, a<br />

Cemig tornou-se referência no setor elétrico brasileiro, primeiro com a construção da<br />

hidrelétrica de Três Marias, a primeira usina de grande porte do País. Em seguida na<br />

gestão regular feita para implantar novas usinas e programas de eletrificação urbana e<br />

rural.<br />

SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA<br />

Em 1973 com as altas taxas de juros e de inflação, os setores energéticos dos<br />

países tiveram que ser revistos, de forma que a vinculação e impossibilidade de<br />

responder com seus próprios recursos respondessem a dada demanda. Tal crise fez<br />

com que a visão mundial quanto aos recursos energéticos mudasse. A prática e a<br />

utilização de fontes renováveis de energia passaram a ter espaço, e uma nova opção<br />

para o desenvolvimento sustentável.<br />

Ao conceito de desenvolvimento sustentável, está incluído o aumento da<br />

sociedade e conjuntamente ao consumo excessivo de recursos naturais. Portanto a<br />

<strong>sustentabilidade</strong> energética passa a ter um enfoque mais amplo já que sua pratica gera<br />

energia limpa e renovável, com a função de reduzir o consumo de energia elétrica.<br />

99


Com programas de educação e conscientização à sociedade passa a melhorar o<br />

desempenho energético do país quanto ao consumo e produção de energia sustentável,<br />

qualidade de vida e meio ambiente. Além de economizar recursos financeiros esses<br />

procedimentos também ajudam na redução de gases poluentes que causam o efeito<br />

estufa.<br />

As possíveis soluções para a redução dos riscos de abastecimento energético<br />

são as novas alternativas de energia, um bom exemplo é a biomassa, uma fonte<br />

utilizada bem antes da descoberta do petróleo, é uma alternativa orgânica, ou seja, vem<br />

de animais e vegetais. A energia é obtida através da combustão da lenha, bagaço de<br />

cana-de-açúcar, resíduos florestais, resíduos agrícolas, casca de arroz, excrementos de<br />

animais, entre outras. Outra opção bastante favorável é a Energia Solar, já que é uma<br />

energia limpa e acessível, pode ser capturada por painéis solares formados por células<br />

fotovoltaicas onde a radiação solar pode ser convertida diretamente em energia elétrica<br />

ou mecânica. Temos também a energia eólica, que pode ser uma alternativa adequada<br />

para este cenário, já que a mesma tem baixo custo, ela é utilizada por meio da<br />

combinação de energia cinética de translação em energia cinética de rotação, usando<br />

de aerogeradores para geração de eletricidade. Todas estas opções são consideradas<br />

fontes de energia renovável, podendo auxiliar no processo de diversificação<br />

sustentável, fornecendo serviços de energia a menores custos.<br />

Uma empresa cidadã deve ser lucrativa, ter comportamento ético, encorajar e<br />

praticar programas que promovam a <strong>sustentabilidade</strong> no contexto em que atuam. Tais<br />

programas devem beneficiar os cidadãos e comunidades, implantando ideias de<br />

inclusão social, treinamentos quanto a preservação de recursos naturais, e uma política<br />

de planejamento e desenvolvimento sustentável urbana e rural. Os indicadores de<br />

<strong>sustentabilidade</strong> empresarial gerenciam os impactos sociais e ambientais das<br />

corporações e suas atividades, permitindo uma análise das práticas sustentáveis que as<br />

mesmas possam realizar para que as próximas gerações possam viver com mais<br />

qualidade.<br />

100


Concordam que se o foco for econômico, a <strong>sustentabilidade</strong> de uma empresa<br />

poderá ser medida pela capacidade de manter seu desempenho acima da<br />

média no longo prazo, ou seja, de ter uma vantagem competitiva [...], o que<br />

não significa que uma empresa não causará nenhum impacto ao meio<br />

ambiente natural ou que estará promovendo o desenvolvimento social.<br />

(MACEDO, 2007, p.8, apud Carbonari,Pereira, Silva, 2011, p. 90)<br />

Em alguns países europeus como, por exemplo, a Suíça, contabiliza a<br />

exploração dos elementos ambientais e atribuem taxas e impostos <strong>sobre</strong> empresas que<br />

emitam poluentes a partir do uso de combustível fóssil ( Petróleo ) eliminando<br />

gradualmente fontes de energia sujas e não sustentáveis. Outro exemplo é a<br />

Dinamarca, que tem um quinto da demanda sua eletricidade produzida por energia<br />

eólica a porcentagem mais alta de geração de energia eólica da Europa.<br />

Ainda não é possível abandonar de uma vez o sistema atual de geração<br />

energética, uma fase de transição é necessária para a criação de uma nova estrutura<br />

para geração de energia renovável. Neste sentido, não se pode simplesmente substituir<br />

a energia que já e utilizada, é necessária uma política governamental que gerencie,<br />

uma estratégia de <strong>sustentabilidade</strong> energética e a diminuição de custos.<br />

AÇÕES SUSTENTÁVEIS DA CEMIG EM BELO HORIZONTE-ALIANDO<br />

TECNOLOGIA E CONSCIENTIZAÇÃO<br />

Em face as discussões <strong>sobre</strong> <strong>sustentabilidade</strong> e a crescente demanda para o<br />

consumo de energia, a CEMIG tem desenvolvido projetos relacionados a energia<br />

sustentável em Belo Horizonte, que visam questões econômicas e sócio-ambientais,<br />

indicando o desenvolvimento energético sustentável como um de seus pilares. Esta<br />

postura sustentável garantiu que a empresa sua marca incluída no índice Dow Jones de<br />

<strong>sustentabilidade</strong> pelo 13° ano consecutivo. Para a concessionária “Permanecer no DJSI<br />

World ao longo desses 13 anos reafirma o compromisso da Cemig com o crescimento<br />

sustentável, direcionado para criação de valor para os seus acionistas e ao bem-estar da<br />

sociedade”.<br />

101


Capital do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, é a sexta cidade mais<br />

populosa do Brasil segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia<br />

estatística (IBGE), assim, observa-se por parte da concessionária de energia e o<br />

governo local uma preocupação quanto a necessidade de disponibilização,<br />

desenvolvimento de novas tecnologias e programas de conscientização quanto ao<br />

consumo de energia elétrica.<br />

De acordo com o portal da Prefeitura de Belo Horizonte, a cidade faz parte<br />

desde 1993 do ICLEI (International council for local Environmental Iniciatives),<br />

conselho que desenvolve e gerencia iniciativas ambientais locais que visam metas<br />

adotadas em acordos internacionais. Dentre as iniciativas sustentáveis reconhecidas<br />

pelo ICLEI está uma parceria entre a CEMIG, universidades e empresas de energia<br />

solar com o intuito de pesquisar a produção de energia por meio das tecnologias de<br />

aquecimento solar com a implantação de equipamentos em estabelecimentos que<br />

permitem o aquecimento de água reduzindo o consumo de energia pela utilização de<br />

chuveiros elétricos. O projeto contribuiu para que Belo Horizonte continue com o<br />

titulo de “Capital Nacional da Energia Solar” e para uma redução na emissão de mais<br />

de 22.000 toneladas de gás carbônico na atmosfera.<br />

Em 2014 Belo Horizonte será uma das cidades sede da copa do mundo de<br />

futebol, para a copa a CEMIG pretende instalar painéis fotovoltaicos no estádio<br />

Governador Magalhães Pinto, o Mineirão que fica localizado na região da Pampulha.<br />

Segundo o projeto “Minas Solar 2014” pretende-se com a ação gerar energia suficiente<br />

para abastecer o local e ajudar a dar ao estádio o título de “Green Building”, ou seja,<br />

uma construção que utiliza de forma racional dentre outros recursos a energia elétrica.<br />

Segundo a companhia de energia, o projeto “Mineirão Solar” deverá ser concluído até<br />

dia 31 de dezembro de 20<strong>12</strong>, já que o estádio também receberá jogos da copa das<br />

confederações em junho de 2013.<br />

Ainda no campo da tecnologia fotovoltaica a concessionária tem trabalhado em<br />

conjunto como SERVAS (Serviço Voluntário de Assistência Social) e o governo de<br />

Minas no projeto “Energia do Bem” com a ação Solar ILPI, que objetiva implantar em<br />

102


instituições de longa permanência para idosos sistemas que visam a substituição do<br />

aquecimento da água em chuveiros elétricos por tecnologias de aquecimento solar.<br />

As instituições beneficiadas pela parceria da CEMIG com o SERVAS e o<br />

governo mineiro na ação “Energia do bem” também recebem lâmpadas econômicas e<br />

eletrodomésticos com o selo Procel do Programa nacional de conservação de energia<br />

elétrica. Em 2011 o então coordenador do programa Energia Inteligente da CEMIG,<br />

Higino Zacarias de Souza ressaltou a importância de ações como esta que com o<br />

montante economizado as instituições poderão “realizar melhorias em infraestrutura,<br />

alimentação e outras atividades que proporcionem melhor qualidade de vida aos<br />

internos”.<br />

Nas comunidades carentes o “Projeto Conviver RMBH”, do programa Energia<br />

Inteligente, tem orientado os populares <strong>sobre</strong> o consumo consciente de energia, e<br />

substituído chuveiros, lâmpadas e eletrodomésticos por outros considerados eficientes<br />

e que visam a redução do consumo de energia. Segundo estimativas da concessionária,<br />

entre junho de 2011 e julho de 20<strong>12</strong> a previsão era uma economia de 6.816 Mwh/ano e<br />

para os próximos cinco anos a empresa pretende atender com o projeto mais de 250<br />

mil famílias. Além da eficiência no consumo de energia o projeto conviver também<br />

vem provendo uma aproximação dialógica entre a CEMIG e a população de baixa<br />

renda, com assuntos que vão desde orientações quanto ao consumo sustentável de<br />

energia, o risco e ilegalidade de ligações clandestinas e acordos para pagamento de<br />

dividas.<br />

O biogás oriundo do lixo acumulado durante 30 anos no antigo aterro sanitário<br />

da BR-040, no bairro Jardim Filadélfia, tem sido um combustível capaz de gerar<br />

energia elétrica desde 2010 para algumas pequenas indústrias e comércio de Belo<br />

Horizonte. A CEMIG compra e repassa para os consumidores a energia produzida por<br />

meio do biogás explorado pelo consórcio Horizonte ASJA, detentor desde 2007 dos<br />

direitos de aproveitamento dos resíduos acumulados no aterro sanitário. Com o<br />

empreendimento, o aterro sanitário que antes era motivo de atenção por prejudicar o<br />

103


meio ambiente com a emissão de gases estufa, torna-se uma importante alternativa<br />

para a produção de energia sustentável.<br />

A Companhia Energética de Minas Gerais tem demonstrado eficiência com as<br />

práticas sustentáveis, comprovando que o ideal é aliar as novas tecnologias que<br />

permitem a utilização de fontes alternativas de energia com a conscientização da<br />

população <strong>sobre</strong> a forma correta de utilização da energia elétrica.<br />

CONCLUSÃO<br />

O século XXI será decisivo para que meio ambiente hoje conhecido, possa ser<br />

visto pelas próximas gerações. Uma das ações mais importantes para que isso aconteça<br />

é a manutenção dos recursos hídricos, já que esses são essenciais para que<br />

continuemos a usufruir dos benefícios da energia elétrica. Dois fatores dificultam a<br />

realização deste processo: o aumento populacional e arrefecimento de água potável no<br />

planeta por causa das mudanças climáticas.<br />

É fundamental a cautela quanto ao uso de alternativas não renováveis, como por<br />

exemplo, o carvão, o petróleo e a energia nuclear que podem causar sérios prejuízos ao<br />

meio ambiente. Logo, é essencial para diminuição dos gases estufa e para garantir a<br />

demanda atual e futura de energia, investir em tecnologias que privilegiem o uso de<br />

fontes limpas e seguras de energia como a geração a partir do vento e do sol. Utilizar<br />

do biogás produzido a partir de montanhas de lixo acumuladas nas últimas décadas.<br />

Incentivar a troca de eletrodomésticos que consomem eletricidade exagerada por<br />

novos que consomem menos energia.<br />

Neste contexto de constantes alterações no meio ambiente, é cada vez mais<br />

importante a busca por novas tecnologias para o aproveitamento das fontes alternativas<br />

de energia; porém a efetividade do uso destas novas tecnologias é intrínseca a inserção<br />

de ações que visem a conscientização da população.<br />

Atribui-se a palavra efetividade, neste caso, a relação entre os conceitos que<br />

Peter Drucker dá aos termos eficácia e eficiência. Eficácia é fazer bem aquilo que é<br />

104


correto e eficiência é fazer algo da maneira correta (Drucker,Peter F. 1967, p.2). Desta<br />

forma, efetividade é fazer o que é correto da forma correta.<br />

A partir das informações coletadas e análise das ações sustentáveis praticadas<br />

em Belo Horizonte pela Companhia Energética de Minas Gerais, nota-se que as<br />

dimensões social, cultural e ambiental vem sendo um diferencial na imagem<br />

empresarial e pública da CEMIG, e seu posicionamento frente a urgência de medidas<br />

que diminuam o impacto ambiental demonstram que o elo entre as alternativas<br />

energéticas e a instrução são bases para a construção de uma sociedade sustentável.<br />

REFERÊNCIAS<br />

20<strong>12</strong> ANO INTERNACIONAL DA ENERGIA SUSTENTÁVEL PARA TODOS.<br />

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20/10/20<strong>12</strong>.<br />

CARBONARI, M. E. E.; DA SILVA, G. Z. da; PEREIRA, A. C. Sustentabilidade na<br />

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Publicações Ltda, 2011.<br />

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Disponível em: http://cemig-energia.blogspot.com.br/20<strong>12</strong>/06/cemig-comercializaenergia-eletrica.html.<br />

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105


CEMIG É SELECIONADA PARA INTEGRAR O ÍNDICE DOW JONES DE<br />

SUSTENTABILIDADE 20<strong>12</strong>/2013. Disponível em:<br />

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CONGRESSO MUNDIAL DO ICLEI 20<strong>12</strong>: CONSTRUINDO UM MUNDO<br />

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http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxon<br />

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CONSELHO INTERNACIONAL PARA INICIATIVAS AMBIENTAIS<br />

LOCAIS – ICLEI. Disponível em:<br />

http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/contents.do?evento=conteudo&idConteudo=2643<br />

9&chPlc=26439&&pIdPlc=&app=salanoticias. Acessado em 10/11/20<strong>12</strong>.<br />

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SUSTENTABILIDADE DE EMPREENDIMENTOS HIDRELÉTRICOS:<br />

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http://www.ibcperu.org/doc/isis/5762.pdf . Acessado em 28/10/20<strong>12</strong>.<br />

DRUCKER, PETER F. O gerente eficaz. Rio de Janeiro: LTC- Livros Técnicos e<br />

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107


108


109<br />

INSIGHT #9<br />

SUSTENTABILIDADE: A IMPORTÂNCIA DO PRODAL BANCO DE<br />

ALIMENTOS PARA O INSTITUTO CEASAMINAS<br />

SUSTAINABILITY: THE IMPORTANCE OF FOOD BANK PRODAL FOR THE<br />

INSTITUTE CEASAMINAS<br />

Resumo<br />

Ana Cláudia Coutinho Leal*<br />

Arlei Alves Pedro*<br />

Daiany Aparecida da Silva Batista*<br />

Raley Murta Santos*<br />

Wilson Domingos Mingote Junior**<br />

Este trabalho consiste em identificar a importância do PRODAL, banco de alimentos para<br />

o CeasaMinas. Analisando o seu benefício de modo geral para seus contribuintes e<br />

beneficiados. Utilizou-se como metodologia a pesquisa exploratória, com aplicação de<br />

questionários de modelo qualitativo semi-estruturado. O trabalho foi realizado em duas<br />

etapas: Levantamento de dados secundários e entrevistas com pessoas envolvidas<br />

diretamente com o projeto, tais como: Dirigentes, fornecedores, funcionários e<br />

voluntários.<br />

Palavras chave: Sustentável. Programa. PRODAL Banco de Alimentos. CeasaMinas.<br />

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da<br />

Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2


** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera<br />

Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

Abstract<br />

This work is to identify the importance of PRODAL, food bank for CeasaMinas.<br />

Analyzing their overall benefit to taxpayers and beneficiaries. Was used as the<br />

exploratory research methodology, with questionnaires of qualitative semi-structured<br />

model. The study was conducted in two stages: Survey of secondary data and<br />

interviews with people directly involved with the project, such as: Executives,<br />

suppliers, employees and volunteers.<br />

Keywords: Sustainability. Programm. Food Bank PRODAL. CeasaMinas.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Esta pesquisa tem como objetivo estabelecer a co-relação e a importância do<br />

banco de alimentos, PRODAL, para o Instituto CeasaMinas, analisando os benefícios<br />

no âmbito social e institucional. Uma ação sustentável que poucos conhecem, mas,<br />

que por outro lado devolve a muitas famílias o direito de uma alimentação saudável.<br />

Localizado em Contagem/MG, o PRODAL, vem a 10 anos contribuindo para a<br />

melhoria de vida das pessoas carentes situadas na região metropolitana de Belo<br />

Horizonte. A Instituição conta com o apoio do Governo Federal, de vários<br />

fornecedores, profissionais e voluntários capacitados para o desenvolvimento desta<br />

importante ação sustentável.<br />

O PRODAL, um projeto de solidariedade que contribui de forma sistêmica para<br />

o combate à fome mantém um rigoroso controle de fluxo, contabilizando entrada,<br />

saída e destino dos produtos doados. Os doadores recebem mensalmente um informe<br />

detalhado da quantidade doada, do destino de seus produtos e dos beneficiários de sua<br />

doação, atitude para mostrar a seriedade deste trabalho. Falar de <strong>sustentabilidade</strong> e<br />

110


praticar ações sustentáveis nem sempre foi uma missão fácil e aparente para muitas<br />

organizações.<br />

Século XXI, inovação, avanços tecnológicos e um notável surgir da<br />

<strong>sustentabilidade</strong> social, um olhar no presente com os pés no futuro, uma jogada de<br />

mestre, em prol de um amanhã sustentavelmente equilibrado, econômico, político,<br />

social, cultural e ambiental. Uma Preservação total do nosso planeta, uma troca de<br />

benefícios, que visa o bem-estar da sociedade de hoje sem prejudicar a geração futura.<br />

Estratégia adotada por empresas de pequeno, médio e grande porte de todo o mundo,<br />

atitude que agrega valores sociais e de igualdade, um conceito que vem mudando a<br />

vida de muita gente e transformando o planeta em um lugar melhor para se viver hoje<br />

e amanhã.<br />

PRODAL<br />

O PRODAL Banco de Alimentos, que teve início de suas atividades em julho<br />

de 2002 na CeasaMinas de Contagem MG, é formado por vinte (20) instituições e<br />

conta também com o apoio do Governo Federal e da Prefeitura de Contagem. O<br />

programa destina a entidades e famílias carentes, alimentos que tenham seu valor<br />

nutricional em condições de consumo, mas que perderam valor comercial. Para que o<br />

alimento seja distribuído de maneira correta, o banco conta com uma equipe de<br />

profissionais especializados e voluntários que avaliam e separam esses alimentos que<br />

podem ser doados in natura, processados e em polpas, no caso de frutas.<br />

No ano de 2009 foi criado o Instituto CeasaMinas que agregou o PRODAL a<br />

uma série de serviços desenvolvidos pela organização. Com apoio do Governo<br />

Federal, o programa recebe alimentos não perecíveis e produtos que estejam em<br />

condições de uso no intuito de ampliar o auxílio à comunidade. No ano de 20<strong>12</strong> foi<br />

apurado que 193 instituições recebem doações do programa e repassam esses<br />

alimentos a mais de quarenta (40) mil pessoas por mês.<br />

111


Por meio de pesquisa explorativa foi observado que a atuação do PRODAL no<br />

mercado não visa reduzir um impacto gerado pela organização na sociedade, mas sim<br />

trazer mais pessoas para o convívio social.<br />

JUSTIFICATIVA<br />

No ano de 2000, em uma reunião da ONU e diversos países do mundo, listaram<br />

a Declaração do Milênio com intuito de melhorar as falhas percebidas pela<br />

desigualdade social e utilização indevida de recursos naturais, ficando definidas<br />

algumas metas tais como: Erradicar a miséria e a fome, universalizar o ensino básico,<br />

promover a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres, reduzirem a mortalidade<br />

infantil, melhorarem a saúde materna, combater o HIV, a malária e outras doenças,<br />

garantir a <strong>sustentabilidade</strong> ambiental e estabelecer uma parceria mundial para o<br />

desenvolvimento sócio econômico ambiental, entendido também como<br />

desenvolvimento sustentável.<br />

Falar <strong>sobre</strong> <strong>sustentabilidade</strong> e usá-la tem sido um discurso comum para as<br />

empresas, governos e para a mídia que têm exposto a importância de se praticar tal<br />

ação para mantermos a vida na terra, de uma maneira que utilizemos os recursos que<br />

temos de forma consciente sem prejudicar gerações futuras.<br />

Empresas do terceiro setor, como o PRODAL, tornaram-se cada vez mais<br />

atuantes no mercado e hoje é possível encontrá-las com facilidade. Parcerias do<br />

governo com essas organizações são freqüentes, vistas que as mesmas auxiliam nos<br />

serviços sociais que o governo não tem a capacidade de oferecer a toda população<br />

devido à grande demanda. Ao ser inaugurado o Banco de Alimentos o discurso do<br />

Ministro Patrus Ananias esclarece essa parceria e sua necessidade para a sociedade:<br />

É um passo a mais no conjunto de obras que estamos consolidando no<br />

Brasil, visando assegurar as três refeições diárias para todas as famílias e<br />

comunidades pobres. Há uma consciência hoje no Brasil de que não<br />

1<strong>12</strong>


podemos mais conviver com a fome, a desnutrição, a exclusão social, com as<br />

desigualdades que afrontam a dignidade do nosso país.<br />

Quando escolhemos investigar, conhecer e entender como é o trabalho<br />

desenvolvido pelo Banco de Alimentos PRODAL, observamos que a sua atuação no<br />

mercado não visa reduzir um impacto que a CeasaMinas tenha causado na sociedade,<br />

mas integrar pessoas no convívio social, fornecendo alimentação saudável e melhor<br />

qualidade de vida. Através de doações evita-se o desperdício de grande quantidade de<br />

alimentos, possibilitando aos lojistas do Entreposto de Contagem, parceiros do<br />

programa, melhor aproveitamento do espaço e conseqüentemente melhor possibilidade<br />

de vendas pela rotatividade de mercadorias que passam pelo local, evitando assim<br />

grandes estoques, o quê ocasiona para certos alimentos perdas nas suas características<br />

comerciais e nutricionais. Dessa maneira, entendemos que, a ação beneficente<br />

praticada pelo programa é de grande importância e relevância, tanto para quem recebe<br />

quanto para quem doa e, esse motivo influenciou na escolha da pesquisa a fim de<br />

entendermos a atuação de uma empresa do Terceiro Setor no mercado e se realmente o<br />

benefício traz melhorias para a vida de todos os envolvidos.<br />

METODOLOGIA<br />

Partindo da necessidade em obter-se resultados que expressem de fato a opinião<br />

daqueles envolvidos no processo, foi utilizado o método exploratório para um melhor<br />

entendimento da organização em questão.<br />

A partir de conversas informais, mas apenas e somente com o consentimento do<br />

entrevistado, foi aplicado o questionário semi-estruturado, de caráter investigatório aos<br />

lojistas, funcionários do PRODAL e representantes das instituições beneficiadas. Com<br />

isso, pretende-se identificar os vários fatores, caminhos e possibilidades que permeiam<br />

o programa, assim como as pessoas que o realizam.<br />

Após conhecer melhor o programa, naturalmente as pessoas são induzidas a<br />

querer colaborar com essa causa tão nobre, investigando junto a seus realizadores<br />

113


alguns fatores que possibilitam um melhor entendimento do programa e que sirva de<br />

parâmetro para futuros estudos e ações que busquem melhorar a cada dia sua atuação<br />

junto às comunidades atendidas. Baseado em três conceitos – Sustentabilidade,<br />

Eficiência e Lucratividade – a pesquisa se desenvolve de forma que o questionário<br />

aplicado busca desvendar a relação Sustentabilidade/Lucratividade por parte do lojista<br />

e Sustentabilidade/Eficiência por parte dos funcionários do PRODAL, tal como das<br />

instituições que dele recebem auxilio.<br />

De um universo de 565 lojistas do Entreposto Contagem, foi pesquisada uma<br />

amostra de 14 representantes, para as 193 instituições que recebem doações. Foi<br />

utilizada uma amostra com 19 representantes e para os 20 funcionários do PRODAL,<br />

foi pesquisado uma amostra de 5 deles.<br />

PLANO DE TRABALHO<br />

Tendo em vista a grandiosidade do programa, executou-se o método<br />

exploratório através de conversas informais e aplicação de questionário junto aos<br />

envolvidos, coletando informações a partir de pesquisa de campo. Definiu-se que<br />

dessa forma poderia resultar num trabalho de maior credibilidade, ainda que o<br />

resultado não seja o esperado, acreditando que as dificuldades encontradas para o<br />

desenvolvimento do projeto, suas conquistas e visões, tornam-se muito mais valiosas<br />

quando expostas por aqueles que realmente são o motivo dele existir.<br />

Junto à utilização das técnicas ensinadas durante o desenvolver das atividades<br />

amparados pelo conhecimento adquirido, foi possível nos tornar imparciais quanto ao<br />

resultado do trabalho.<br />

Divididos entre formular, desenvolver, aplicar, tabular, analisar e publicar os<br />

resultados, empenho e motivação para realizar toda e qualquer atividade foram os<br />

pilares para obtenção desejada dos resultados. Além disso, buscou-se adquirir uma<br />

visão diferente da sociedade, o que fez com que algo mudasse em nossas vidas,<br />

despertando a necessidade de mobilizar de alguma forma as pessoas a colaborarem<br />

com o resgate da dignidade humana.<br />

114


MENSURAÇÃO DE RESULTADOS<br />

Com a aplicação dos questionários e coletados os dados, pode-se então<br />

mensurá-los. Foram totalizados a aplicação de 14 questionários aos lojistas, 5 aos<br />

funcionários do PRODAL e aos 19 representantes de entidades atendidas pelo<br />

programa.<br />

As 19 instituições beneficiadas pesquisadas atuam, em média, há três anos junto<br />

ao PRODAL atendendo a 92 famílias cada. Todas elas disseram que após a parceria<br />

com o programa a qualidade de vida das famílias atendidas por suas instituições<br />

melhoraram significativamente, sendo este o principal resultado da parceria.<br />

Quanto à importância da ação social e sustentável promovida pelo PRODAL,<br />

52,63% das instituições disseram quê, “a melhoria na alimentação dos seus<br />

atendidos” é o principal resultado identificado pela instituição, enquanto 47,37%<br />

disseram que “a melhoria na qualidade de vida dessas pessoas” foi o principal<br />

resultado identificado. No quesito eficiência, todas as instituições consideraram<br />

“ótimas” a atuação do programa.<br />

No que se refere à participação dos lojistas, questionados há quanto tempo<br />

contribuem com programa, obtive-se como resultado o tempo médio de 4 anos e 6<br />

meses. Quando questionados se a liberação do espaço físico da loja, com a doação do<br />

alimento, acarretaria lucratividade, 28,57% disseram que sim, traria lucro para sua<br />

empresa, 50% disseram que contribuir com a doação de alimentos não traz lucro a<br />

empresa e 21,42% não souberam responder. Quanto às principais melhorias percebidas<br />

por eles após a parceria com o programa, 42,85% responderam que o “resgate dos<br />

valores humanos” foi a melhoria mais percebida, 21,42% disseram que “a diminuição<br />

no desperdício de alimentos” foi a melhoria mais percebida e 28,57% não souberam<br />

responder. Questionados quanto a eficiência do programa, 0% disse ser insatisfatório,<br />

7,14% regular, 28,57% bom e 57,15% ótimo. Sobre a importância da ação sustentável<br />

desenvolvida pelo programa para sua organização, obtivemos os seguintes dados:<br />

21,42% responderam que a “a erradicação da fome” das famílias atendidas pelo<br />

programa é a maior importância dele existir; 28,57% acreditam que a maior<br />

115


importância é o combate ao “desperdício de alimentos”; outros 21,42% disseram que o<br />

“resgate de valores” é a maior importância do programa; 14,28% disseram ser a “ação<br />

beneficente” promovida por ele sua maior importância e outros 14,28% não souberam<br />

responder.<br />

Aplicado o questionário aos funcionários do PRODAL Banco de Alimentos,<br />

identificou-se que a média de tempo de serviço prestado de cada um chega a 3 anos e 8<br />

meses. Observou-se ainda que cerca de 85.000kg de alimentos seja doado<br />

mensalmente às instituições como: Creches, Asilos, casas de recuperação de<br />

dependentes químicos, casas que atendem a crianças com câncer, dentre outras.<br />

Questionados quanto aos resultados da ação do programa, 40% dos entrevistados<br />

apontaram a “erradicação da fome” como resultado alcançado; outros 40% assinalaram<br />

o “benefício das famílias” como resultado; e 20% não souberam responder. Dos<br />

funcionários pesquisados 80% classificaram como “ótimo” a eficiência do programa e<br />

os demais 20% não souberam responder. Quando questionados qual ação poderia<br />

melhorar ainda mais a atuação do programa, 60% responderam que “aumento no<br />

número” de funcionários seria o principal investimento para melhor atender às<br />

instituições; 30% disseram que “investimentos no programa” é o fator primordial para<br />

que o mesmo preste uma melhor contribuição social; e 10% dos entrevistados não<br />

souberam responder.<br />

CONCLUSÃO<br />

Após todo o processo de pesquisa envolvendo coleta de dados secundários,<br />

elaboração e aplicação de questionários aos envolvidos nessa grande ação sustentável<br />

encabeçada pelo Ceasaminas/PRODAL, verificou-se não somente pelos números<br />

destacados em pesquisa de campo, mas também pelas observações de postura dos<br />

entrevistados quando questionados <strong>sobre</strong> a importância do programa para os<br />

estabelecimentos, famílias ajudadas e membros do programa. A medida tomada para<br />

evitar o desperdício de alimentos dentro do Ceasaminas é certamente louvável, não<br />

somente pelos números ou medidas sustentáveis já citados ao longo de todo o trabalho,<br />

116


mas verificou-se a importância de tal ação para as famílias e instituições no ponto de<br />

vista humanitário com a valorização do ser humano.<br />

O trabalho em grupo e o alinhamento das idéias com os demais pesquisadores<br />

certamente acrescentará muito para o crescimento profissional, aprendendo a conviver<br />

e a resolver os gargalos que este trabalho nos apresentou em sua confecção em suas<br />

fases. A escolha do tema, o método de pesquisa e os demais processos que nos<br />

levaram ao sucesso em tal empreitada nos ensinaram valores profissionais e<br />

humanitários, eternizando assim esse artigo na nossa carreira profissional.<br />

REFERÊNCIAS<br />

ALMEIDA, Fernado. PLT Responsabilidade Social e Meio Ambiente. 2009.<br />

Calvalcanti, Marly; Ashley, Patricia Almeida; Giansanti, Roberto. PLT<br />

Responsabildade Social e Meio Ambiente. 2ª Ed. Atualizada, 2008.<br />

Portal da Sustentabilidade. Disponível em: http://www.<strong>sustentabilidade</strong>.org.br/.<br />

Acesso em 26 de outubro de 20<strong>12</strong>.<br />

117


118


Resumo<br />

O ECOMARKETING E SUA CORRETA APLICAÇÃO COMO<br />

119<br />

INSIGHT #10<br />

DIFERENCIAL COMPETITIVO: ESTUDO DE CASO GERDAU<br />

THE ECOMARKETING AND ITS CORRECT APPLICATION AS<br />

COMPETITIVE DIFFERENTIAL: CASE STUDY GERDAU<br />

Thiago Nicácio*<br />

Wilson Domingos Mingote Junior**<br />

A crescente preocupação com a preservação do meio ambiente e com a origem dos<br />

produtos que nós utilizamos, faz com que as organizações adotem diversas formas de<br />

gestão e divulgação de suas marca e produtos. O crescimento dos produtos<br />

denominados verdes no mercado vem sendo aplicado à alguns anos, porém o conceito<br />

desse tipo de marketing, o ecomarketing não é completamente conhecido pelas pessoas<br />

e algumas empresas aproveitam desse desconhecimento, para promoverem os seus<br />

produtos “verdes”.<br />

Palavras-Chave: Ecomarketing. Meio-ambiente. Sustentabilidade. Reciclagem.<br />

*Acadêmico do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade<br />

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de<br />

Belo Horizonte – Unidade 2


Abstract<br />

The growing concern for the preservation of the environment and the origin of the<br />

products we use, causes organizations to adopt various forms of management and<br />

disclosure of your brand and products. The growth of so-called green products on the<br />

market, has been applied for some years, but the concept of this type of<br />

marketing, ecomarketing is not fully understood by some people and companies take<br />

advantage of this ignorance to promote their "green" products.<br />

Keywords: Ecomarketing. Environment. Sustainability. Recycle.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O trabalho aqui proposto realizará um estudo de caso <strong>sobre</strong> o processo<br />

produtivo da Gerdau, após a compreensão do conceito de ecomarketing, verifica-se se<br />

a empresa utiliza de forma correta essa nova ferramenta estratégica e se o consumidor<br />

aceita pagar o custo desse produto diferenciado. O estudo <strong>sobre</strong> o ecomarketing e<br />

como ele deve ser corretamente aplicado é importante para que estudiosos e gestores,<br />

aproveitem ao máximo essa ferramenta de competitividade no mercado, uma<br />

ferramenta que quando bem aplicada, pode trazer diversos benefícios para a<br />

organização, como a construção de uma imagem forte e sólida, ampliação do seu<br />

mercado consumidor, valorização da marca perante o mercado, investidores, acionista<br />

e, <strong>sobre</strong>tudo, entidades de concessão de crédito.<br />

METODOLOGIA DE PESQUISA<br />

O presente artigo irá se sustentar através de estudos descritivos estatísticos, ou<br />

seja, pesquisa quantitativa e estudos exploratórios, pesquisas em artigos científicos,<br />

livros de autores renomados, dados da própria Gerdau e com a pesquisa em sites que<br />

abordam assuntos ligados a área do tema da pesquisa.<br />

<strong>12</strong>0


HISTÓRIA DA GERDAU<br />

Segundo o site da empresa, a Gerdau foi fundada em 16 de janeiro de 1901, por<br />

João Gerdau e seu filho Hugo, que abriram a Fábrica de Pregos Pontas de Paris, em<br />

Porto Alegre e hoje com seus 111 anos é considerada a maior distribuidora de produtos<br />

siderúrgicos no mercado nacional e líder no segmento aços longo nas Américas. A<br />

Gerdau S/A possui mais de 45 mil colaboradores em 14 países da América, Europa e<br />

Ásia, possui mais de 140 mil acionistas, sendo listada nas bolsas de valores de São<br />

Paulo, Nova Iorque e Madri.<br />

Nunca esquecendo a <strong>sustentabilidade</strong>, a organização é a maior recicladora da<br />

América Latina, transformando toda sucata que recebe em aço, tirando milhares de<br />

toneladas de sucata do meio ambiente, sempre visando à prevenção de impactos<br />

ambientais e visando o desenvolvimento sustentável.<br />

AÇÕES SUSTENTÁVEIS DA GERDAU<br />

A Gerdau possui como um de seus valores a <strong>sustentabilidade</strong> e de acordo com o<br />

seu Relatório Anual do ano de 2011, a empresa destinou R$ 370,9 milhões para a<br />

proteção do meio ambiente, com destaques para os projetos de despoeiramento, que<br />

capta as partículas sólidas geradas pelo o processo de produção do aço. A empresa<br />

possui diversos projetos alinhados à norma ISO 14.001, onde a Gerdau monitora com<br />

uma visão ambiental todo o seu processo industrial, da matéria-prima ao destino final.<br />

Segundo o mesmo relatório, a certificação ISO 14.001, está presente em 87% das<br />

usinas da empresa.<br />

A maior empresa recicladora da América Latina, a Gerdau transforma<br />

anualmente mais de 15 milhões de toneladas de sucata ferrosa em aço. A reciclagem<br />

de ferro e aço é uma das formas de reaproveitamento mais antigas do mundo. A<br />

reciclagem desse material tem origem do Império Romano, quando os soldados<br />

recolhiam utensílios e armas, após as guerras para serem refundidos. Segundo dados<br />

da CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem), em 2006, dos 31 milhões<br />

de toneladas de aço produzidos no Brasil, 8,3 milhões foram reutilizados, ou seja,<br />

<strong>12</strong>1


26,7% do novo aço produzido. Segundo o Instituto Ambientalista REVIVERDE, cada<br />

tonelada de aço reciclado representa uma economia de 1.140 quilos de minério de<br />

ferro, 154 quilos de carvão e 18 quilos de cal.<br />

Mais de 75% da produção da Gerdau é feita a partir aciarias (unidade<br />

siderúrgica que transforma ferro gusa em diferentes tipos de aço, enquanto a média<br />

mundial é de apenas 28%. Além da reutilização do aço, a empresa está ampliando o<br />

uso do gás natural em suas operações, que já é utilizado em mais de 90% das unidades<br />

da Gerdau em todo o mundo. O uso da sucata contribui com a redução da emissão de<br />

CO² na atmosfera em 70% na comparação a média mundial do setor. Os coprodutos<br />

Gerdau gerados durante a produção do aço, possui o índice de 78,3% de<br />

reaproveitamento.<br />

O ISO 14.000<br />

A International Organization for Standardization – ISO (Organização<br />

Internacional para Padronização), definiu um conjunto de normas, parâmetros e<br />

diretrizes para a gestão ambiental de empresas (públicas e privadas). Essas normas<br />

foram criadas para diminuir os impactos provocados pelas empresas ao meio ambiente,<br />

ao implantar os processos indicados pelo o ISO 14.000, a empresa pode obter um<br />

certificado. A obtenção do certificado ISO 14.000 possui diversas vantagens como: a<br />

entrada em novos mercados, prestígios da marca, aumento da competitividade,<br />

aumento da credibilidade perante aos clientes, fornecedores, administradores e<br />

colaboradores. O cumprimento dessa norma não é obrigatória, mas muitas<br />

organizações aderem à ISO, pelos benefícios gerados com a implementação desse<br />

sistema de gestão, além das outras vantagens citadas acima.<br />

GERDAU E SUA PRODUÇÃO DE BAIXO IMPACTO<br />

De acordo com os dados ambientais da Gerdau, percebemos que seus produtos<br />

e coprodutos são produzidos através dos três pilares ambientais: o econômico, pois<br />

gera economia para a empresa, o social, pois desenvolve programas sociais, se<br />

preocupa com a saúde dos seus colaboradores e da população da região e o ambiental,<br />

<strong>12</strong>2


pelo fato das suas atividades não impactam o meio ambiente, como as demais<br />

empresas do seu segmento, além do reaproveitamento de diversos materiais e recursos,<br />

que poderiam ser descartados na natureza sem uma destinação correta.<br />

O ÍNDICE DOW JONES DE SUSTENTABILIDADE<br />

Uma produção de baixo impacto ambiental, segundo Tachizawa (2006) “é um<br />

importante instrumento gerencial de capacitação e criação de condições de<br />

competitividade para as organizações”. Percebemos que através dos dados<br />

apresentados é que além da competitividade no mercado, a organização pesquisada<br />

possui uma grande competitividade na bolsa de valores, participando do Índice Dow<br />

Jones de Sustentabilidade. Esse Índice de Sustentabilidade foi criado com a finalidade<br />

de combater os problemas sociais e ambientais. O Índice Dow Jones de<br />

Sustentabilidade gera uma lista de empresa que aderem às causas sociais e ambientais,<br />

assim os compradores saberão se estão adquirindo ações de empresas com<br />

responsabilidade social, ambiental e quais as vantagens de adquiri-las.<br />

O ECOMARKETING<br />

Segundo Ottman o ecomarketing tem dois objetivos - chave, que passam pelo<br />

“desenvolvimento de produtos que equilibrem necessidades dos consumidores, tenham<br />

preço viável e conveniência com a compatibilidade ambiental, ou seja, exerçam um<br />

impacto mínimo <strong>sobre</strong> o ambiente” e “projeção de uma imagem de alta qualidade,<br />

incluindo sensibilidade ambiental, quanto aos atributos de um produto e quanto ao<br />

registro de trajetória do fabricante, no que se refere a respeito ambiental” (Ottman<br />

1993, p.46). Podemos perceber através desse estudo, que a Gerdau produz os seus<br />

produtos utilizando de forma ampla o conceito de Ottman. A empresa aborda os dois<br />

objetivos - chave do ecomarketing. O ecomarketing ou marketing verde não é apenas a<br />

promoção de um produto, marca ou empresa, que apoia uma causa ambiental ou<br />

social, o ecomarketing é mais complexo, pois envolve a mudança de hábito, ou seja,<br />

uma mudança na forma de produzir, da filosofia da organização, dos seus valores e de<br />

suas crenças.<br />

<strong>12</strong>3


Para Fontenele (2007):<br />

OS CONSUMIDORES VERDES<br />

A diferenciação “verde” pode ser uma estratégia efetiva quando o produto<br />

tem genuína vantagem ambiental e a empresa é capaz de comunicar tal<br />

vantagem para o público. A gestão ambiental, bem como a legislação,<br />

deixou de ser somente uma questão legal para ser uma questão de estratégia<br />

competitiva, de crescimento e uma saída para um mercado saturado.<br />

As pessoas estão cada vez mais preocupadas com a questão ambiental, estão<br />

preocupadas com a preservação do meio ambiente e essa onda de consumidores<br />

verdes, verdadeiros ou não, estão influenciando as pessoas, tornando o marketing<br />

verde uma tendência comportamental, “embora os valores centrais sejam bastante<br />

persistentes, mudanças culturais acontecem dando espaço a novas oportunidades ou<br />

ameaças do marketing” (KOTLER, 2005, p.118). Segundo Sérgio Camilo, do site<br />

ZoomZine.net, o consumidor verde é aquele cujo comportamento de compra é<br />

influenciado pelas suas preocupações ambientais e segundo a análise feita pelo o site,<br />

o perfil do consumidor verde apresenta o seguinte perfil: faixa etária de 18 aos 34<br />

anos, ensino superior, ocupação de cargos de médio ou alto escalão, além residir nas<br />

zonas urbanas.<br />

O QUESTIONÁRIO<br />

O questionário foi aplicado em pessoas com o perfil dos consumidores verdes,<br />

traçados pelo o site ZoomZine.net. O questionário busca identificar se os<br />

consumidores preferem as empresas que se envolvem com projetos assistenciais ou<br />

ambientais, além de identificar se o mesmo está disposto a pagar por esse diferencial, a<br />

preservação do meio ambiente. Após a aplicação dos questionários e a tabulação dos<br />

dados, concluímos que: o consumidor aceitaria pagar até 7% a mais, pelos produtos<br />

verde e que as empresas que investem em projetos ambientais são melhor vista pelos<br />

consumidores, do que as empresas que investem ou apoiam outros projetos,por<br />

exemplo, sociais.<br />

<strong>12</strong>4


CONCLUSÃO<br />

Pode-se constatar que é crescente o número de consumidores e potenciais<br />

consumidores, que se preocupam com a preservação do meio ambiente, e que dão<br />

preferência para as marcas e produtos verdes, mesmo que não busquem informações<br />

<strong>sobre</strong> a origem do produto que está adquirindo. Concluí-se também, que as empresas<br />

que investem na preservação ambiental, aplicando e utilizando modernas técnicas de<br />

gestão ambiental como o ISO 14.000, geram grandes valores a sua marca e aumentam<br />

a sua competitividade no mercado. Compreende-se ainda, que o cliente está disposto a<br />

pagar o preço desse diferencial, ou seja, produtos verdadeiramente verdes.<br />

REFERÊNCIAS<br />

CAMILO, Sérgio. Quem é o consumidor verde. Disponível em:<br />

. Acesso em: 16 de<br />

out. 20<strong>12</strong>.<br />

COMO TUDO FUNCIONA: Como funciona a reciclagem de ferro. Disponível<br />

em: . Acesso em: 16 de out.<br />

20<strong>12</strong>.<br />

FONTENELE, Raimundo Eduardo Silveira; DIAS , José Graciano; JÚNIOR ,<br />

Kerginaldo Cândido Sousa. Práticas ambientais sustentáveis como fator<br />

competitivo das empresas industriais no comércio internacional. Disponível em:<br />

. Acesso em 21<br />

de out. 20<strong>12</strong>.<br />

ÍNDICES DOW JONES DE SUSTENTABILIDADE: Empresas Sustentáveis.<br />

Disponível em: . Acesso em: 16 de out. 20<strong>12</strong>.<br />

<strong>12</strong>5


LINHA DO TEMPO: GERDAU S/S. Disponível em:<br />

. Acesso em 8 de out. 20<strong>12</strong>.<br />

OLIVEIRA, Lucas Ambrósio Bezerra; CAVALCANTI, Andersson Amaro. Gestão<br />

ambiental e a competitividade empresarial: Diferencial para a nova ordem<br />

produtiva e do mercado. Disponível em:<br />

. Acesso em: 16 de out. 20<strong>12</strong>.<br />

OTTMAN, Jacqueline A. Marketing verde. São Paulo: Makron Books, 1994.<br />

QUEIRÓS, Bruno Trindade; DOMINGUES, Mónica Figueiredo; ABREU, Nuno<br />

Beirão de. Ecomarketing: Economia do meio ambiente. Disponível em:<br />

. Acesso em: 20 de<br />

out. 20<strong>12</strong>.<br />

QUESTÕES SOBRE CERTIFICAÇÃO. Disponível em:<br />

. Acesso em: 17 de<br />

out. 20<strong>12</strong>.<br />

RELATÓRIO ANUAL GERDAU 2011: Gestão ambiental. Disponível em:<br />

. Acesso em: 15 de out. 20<strong>12</strong>.<br />

<strong>12</strong>6


<strong>12</strong>7


<strong>12</strong>8<br />

INSIGHT #11<br />

AÇÕES SUSTENTÁVEIS DO TRANSPORTE PÚBLICO NO CENTRO DE<br />

BELO HORIZONTE<br />

SUSTAINABLE ACTIONS OF THE PUBLIC TRANSPORT IN THE CENTRE<br />

Resumo<br />

OF BELO HORIZONTE<br />

Anderson Cordeiro Leite*<br />

Igor Botelho de Paula*<br />

Jéssica Moraes*<br />

Nayara Verde*<br />

Wilson Domingos Mingote Junior**<br />

Pesquisa <strong>sobre</strong> a qualidade do transporte público no centro de Belo Horizonte. Tendo<br />

como base a <strong>sustentabilidade</strong> social, foram abordadas ideias e conceitos <strong>sobre</strong><br />

<strong>sustentabilidade</strong>, ações envolventes ao órgão responsável pelo transporte público em<br />

Belo Horizonte, levantamento de dados com usuários para ter a percepção atual dos<br />

mesmos. A pesquisa relata desde a história do transporte público em Belo Horizonte<br />

até a atual situação.<br />

Palavras-chave: Sustentabilidade. Transporte Público. Belo Horizonte.<br />

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade<br />

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de<br />

Belo Horizonte – Unidade 2


Abstract<br />

Research on the quality of public transportation in downtown Belo Horizonte. Based<br />

on social sustainability were addressed ideas and concepts about sustainability, actions<br />

involving the agency responsible for public transportation in Belo Horizonte, survey<br />

data with users to have the current perception of them. The research reports from the<br />

history of public transportation in Belo Horizonte to the current situation.<br />

Key Words: Sustainability. Public Transportation. Belo Horizonte.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Pesquisa tem como tema o Transporte Público com foco no centro de Belo<br />

Horizonte. Visa demonstrar por meio de dados coletados a satisfação dos seus usuários<br />

e uma prévia da atual situação em que se encontra. É um artigo da disciplina Pesquisa<br />

de Mercado ministrada pelo professor orientador Wilson Domingos Mingote Júnior.<br />

Antigamente em Belo Horizonte o transporte público oferecido era formado<br />

genuinamente por bondes, em 7 de Setembro de 1902 foram inauguradas as primeiras<br />

linhas na cidade, “Eram 10 bancos para cinco pessoas cada e o resto se dependurava<br />

nos balaustres” (BAIRROS DE BELO HORIZONTE, 2010). Ainda segundo<br />

informações do Site supracitado, era o transporte público mais utilizado pela<br />

população entre as décadas de 40 e 60. Nesta mesma época em que foi introduzido nas<br />

cidades, era considerado um transporte para elites. Essa situação alterou-se quando se<br />

tornou um meio de locomoção usual e acessível para todos, independente da<br />

estratificação social. A utilização intensa dos bondes, em Belo Horizonte, ocasionou<br />

problemas corriqueiros como a superlotação, má qualidade no atendimento as<br />

demandas dos usuários, falta de recursos, poucas linhas circulando, dentre outros.<br />

Como consequência, devido a sua saturação houve o término de todas as linhas<br />

existentes, fato ocorrido no ano de 1963. (BAIRROS DE BELO HORIZONTE, 2010).<br />

<strong>12</strong>9


Nascida exclusivamente em 1991, a BH TRANS foi criada para atender a grande<br />

demanda de locomoção dos transportes públicos em Belo Horizonte. (BH TRANS,<br />

20<strong>12</strong>). Um dos principais motivadores para a criação da BH TRANS foi o crescimento<br />

da utilização do transporte público na capital (J., Sérgio, & Túlio, 2008). Fazia-se<br />

necessário a existência de um órgão para administrar e gerenciar esse crescimento.<br />

Além de ser responsável pelo transporte coletivo, haviam também os táxis, transportes<br />

escolares, metrôs, suplementares, moto frete, transportes fretados sob seu controle,<br />

englobando assim, todos os meios de transporte em benefício de todos.<br />

O foco da pesquisa no referente aos meios de locomoção será o transporte coletivo,<br />

por ser um dos mais utilizados. Um coletivo comum comporta até 72 pessoas. (AÇÃO<br />

COMUNITÁRIA, 2008). Visto que, nos dias atuais tem se encontrado problemas<br />

como superlotação, má qualidade interna, demora estimada de até 2h em caso de<br />

congestionamentos. Estes são alguns dos motivos que geram a insatisfação do usuário<br />

desse tipo de transporte. (M. CINTRA, 25 de Abril de 20<strong>12</strong>, Tansporte Público em<br />

Belo Horizonte, R. R. Globo Entrevistador).<br />

Portanto, coletadas informações <strong>sobre</strong> a importância do transporte público no<br />

centro de Belo Horizonte, percebem-se algumas deficiências que podem ser<br />

minimizadas com o foco na <strong>sustentabilidade</strong> social, visando o bem-estar das pessoas<br />

que utilizam o transporte público. O coletivo contribuirá em grande parte na efetivação<br />

dessas ações, ao realizar o deslocamento de sua frota em tempo ágil, oferecendo<br />

veículos com condições técnicas adequadas - menos poluentes, praticando tarifas<br />

compatíveis com a qualidade oferecida, dentre outras. Essas ações fazem parte do dia-<br />

a-dia de seus usuários como elemento fundamental.<br />

SUSTENTABILIDADE SOCIAL<br />

A consciência <strong>sobre</strong> o termo “SUSTENTABILIDADE” vem sendo discutida há<br />

anos, porém somente entre as décadas de 60 e 70 surgiu a real necessidade de<br />

aprofundamento <strong>sobre</strong> o tema e o desenvolvimento social. (Guillermo Foladori, Junho<br />

130


2002). Segundo Henrique Carvalho “a <strong>sustentabilidade</strong> social visa o bem-estar da<br />

sociedade de hoje e a de amanhã em medidas iguais” (Henrique Carvalho, 2010).<br />

Existem várias ações de <strong>sustentabilidade</strong>, como exemplo: Reciclagem de materiais<br />

industriais, destinação adequada de lixo, construções inteligentes, usar com restrição e<br />

eficiência a energia elétrica dentre outras (Sustentabilidade.org). Grande maioria das<br />

organizações tem se adequado aos modelos de ações sustentáveis. É de extrema<br />

importância nos dias de hoje, as organizações promoverem ações desse tipo, pois<br />

assim apresentam seus planos de responsabilidade social e atualizadas com assuntos<br />

primordiais. Segundo Almeida “a dimensão social consiste no aspecto social<br />

relacionado às qualidades dos seres humanos” (Almeida, 2002).<br />

O transporte público tem por obrigação oferecer conforto, qualidade e agilidade,<br />

proporcionando assim um bem-estar maior a quem o utiliza. Essa é a ideia central da<br />

<strong>sustentabilidade</strong> social - proporcionar o bem-estar as pessoas.<br />

BH TRANS SUSTENTÁVEL<br />

No dia 25/05/2010 a Assessoria de Comunicação e Marketing da BH TRANS<br />

assinou um convênio com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Ao<br />

tomar conhecimento dos agravantes ocorridos no transporte público de Belo<br />

Horizonte, mais especificamente no centro de BH, a BH TRANS tem sugerido<br />

algumas propostas e projetos para a melhoria e bem-estar de quem o utiliza. Tornar o<br />

transporte público sustentável é uma tarefa extensa e de muito trabalho.<br />

Segundo o site da BH TRANS:<br />

a empresa tem buscado definir e consolidar os princípios da mobilidade<br />

urbana sustentável para Belo Horizonte. Esses princípios envolvem<br />

acessibilidade, segurança, eficiência e a qualidade de vida, alem do<br />

dinamismo econômico e as ações integradas como a inclusão social. A<br />

mobilidade é fundamental para a qualidade de vida da população e pode<br />

contribuir de forma decisiva para a estrutura e melhoria dos espaços<br />

públicos. A gestão da mobilidade sustentável significa, antes de qualquer<br />

131


coisa, preservar a segurança do transito e priorizar, na circulação urbana, o<br />

modo a pé e o transporte coletivo de qualidade, integrado e rápido.<br />

O objetivo no âmbito sustentável para o transporte público seria um transporte<br />

mais acessível, seguro, eficiente, de melhor qualidade, mais econômico, dentre outros.<br />

Tais ações são propostas para despertar a atenção do usuário <strong>sobre</strong> práticas de<br />

<strong>sustentabilidade</strong> que podem se encaixar nos meios de transporte atual.<br />

JUSTIFICATIVA<br />

O transporte público no centro de Belo Horizonte atualmente atende a maioria dos<br />

belo-horizontinos, grande parte deles depende do coletivo como único meio de<br />

locomoção de casa para o trabalho, do trabalho para casa, de uma certa localidade a<br />

outra. Na região central, passam em média 1.000.000 de pessoas por dia (MELO,<br />

Bianca. ESTADO DE MINAS).<br />

A lentidão do trânsito, excesso de carros de passeio, vias que não comportam o<br />

número de automóveis, pistas irregulares, dentre outros motivos, acabam causando<br />

stress, incômodo, cansaço excessivo, desconforto e insatisfação nas pessoas que o<br />

utilizam. Acrescentando esses pontos negativos, não só em quem utiliza esse tipo de<br />

transporte, o desconforto existe também para os residentes da região central, pois os<br />

constantes ruídos sonoros produzidos pelo excesso de trânsito local causam-lhes sérios<br />

danos também.<br />

Sustentabilidade social segundo ALMEIDA “é integrar a viabilidade econômica<br />

com prudência ecológica e justiça social” (ALMEIDA, 2002).<br />

Visando o bem-estar social e tendo em vista essas divergências, surgiu o interesse<br />

de coletar informações <strong>sobre</strong> a satisfação das pessoas em relação ao trânsito na região<br />

central de Belo Horizonte.<br />

O transporte público é hoje o meio de deslocamento mais utilizado pela população.<br />

Os trajetos de deslocamento consistem das regiões metropolitanas até a região central<br />

de Belo Horizonte. Devido à sua grande utilização e baixo investimento em melhorias<br />

132


e recursos, o mesmo, se encontra em precária situação. O transporte público foi criado<br />

para ações como: deslocamento em tempo ágil, tranquilidade e conforto. São essas as<br />

principais qualidades estipuladas pelo setor responsável.<br />

Como novidade, a BH TRANS tem feito algumas ações de melhoria para o bem-<br />

estar do usuário. A prefeitura de Belo Horizonte tem investindo consideravelmente nas<br />

vias de acesso rápido para melhoria do transito da capital.<br />

Tendo em vista a Copa do Mundo de 2014, que trará diversos turistas ao<br />

município que desejarão visitar e conhecer vários pontos da cidade por meio próprio,<br />

farão a opção de uso do transporte público de qualidade, foi-se criado o BRT - BUS<br />

RAPID TRANSIT.<br />

O BRT é uma iniciativa eficiente para assegurar uma mobilidade orientada e a<br />

qualidade de vida das pessoas, e ao desenvolvimento sustentável de Belo Horizonte<br />

favorecendo a implantação de transportes coletivos de qualidade.<br />

Ainda pensando nessas melhorias e para propiciar o conforto, a BH TRANS<br />

apresentou em setembro de 20<strong>12</strong>, o ônibus intermunicipal denominado popularmente<br />

de “frescão” - o sistema executivo de transporte urbano. Ele oferece aos seus usuários<br />

poltronas de veludo, ar condicionado, internet sem fio e TV. Por um valor quase 90%<br />

mais caro que os coletivos atuais, porem os ônibus serão de maior porte, e em modelo<br />

executivo. A intenção é que as pessoas façam opção pelo ônibus, mas cada um terá de<br />

analisar o seu custo-benefício. O que podemos dizer é que o passageiro vai economizar<br />

em estacionamento, talões de rotativo e tempo, podendo trabalhar no notebook<br />

enquanto está na viagem neste modelo de veículo.<br />

Em Belo Horizonte, hoje deparamos com um trânsito intenso e demorado.<br />

Realidade que não conferi com as ações criadas para o bem-estar dos usuários. No<br />

intuito de identificar uma melhor ação ou maneira de trazer estes atributos para quem<br />

utiliza o transporte público no centro de Belo Horizonte, foi idealizado este trabalho.<br />

133


METODOLOGIA<br />

Os métodos de pesquisa que foram utilizados: o estudo exploratório - por meio de<br />

análise de dados secundários e o estudo descritivo - pesquisa AD HOC, dados<br />

primários, levantamento de dados qualitativos e quantitativos.<br />

O método de coleta de dados utilizado foi o Inquérito, por meio do contato<br />

pessoal, obtendo assim, os dados. Também foi feito uso, do questionário semi-<br />

estruturado.<br />

O questionário semi-estruturado possuía o intuito de obter informações<br />

quantitativas através das questões fechadas e as qualitativas através das questões<br />

abertas.<br />

PLANO DE TRABALHO<br />

Ao recolher dados referentes ao nível de satisfação do público que utiliza o<br />

transporte, foi construída a estrutura dentre os seguintes meses:<br />

� Agosto e Setembro: estruturação do projeto, desde objetivos específicos até o objetivo<br />

geral da pesquisa. Foi abordado também <strong>sobre</strong> modelo de coleta de dados, justificativa<br />

e o tema.<br />

� Setembro e Outubro: formulação dos questionários aplicados em campo.<br />

� Outubro e Novembro: Após o levantamento dos dados, foi finalizada a tabulação e<br />

construção dos gráficos referentes às porcentagens captadas através das questões<br />

aplicadas em campo.<br />

Esta pesquisa foi formulada a partir do questionário semi-estruturado, contendo<br />

questões abertas e fechadas. Abertas para captação de informações qualitativas e<br />

fechadas para a captação de informações quantitativas.<br />

MENSURAÇÃO DOS DADOS<br />

134


O questionário aplicado foi estruturado do seguinte modo:<br />

� Oito questões fechadas representando os dados quantitativos.<br />

� Duas questões abertas dando significado às qualitativas.<br />

Ao seguir os resultados coletados, foi detalhada desta forma cada questão:<br />

� Questão de número 1: aborda de forma objetiva <strong>sobre</strong> quem utiliza o transporte, em<br />

sua maioria, contendo 35 pessoas que utilizam (87,5%) e <strong>12</strong> pessoas que não utilizam<br />

(15,5%). Se sim, qual o período mais utilizado, o diurno com 27 pessoas (41%), o<br />

período vespertino com 17 pessoas (26%) e uma considerável parte, utiliza no período<br />

da noite, sendo 22 pessoas (33%).<br />

� Questão de número 2: Questionou a opinião das pessoas <strong>sobre</strong> o coletivo, obtendo<br />

assim, 19 pessoas (47,5%) disseram ser péssimo, 18 pessoa ruim (45%) e 3 pessoas<br />

bom (7%).<br />

� Questão de número 3: Sobre o trânsito no centro de Belo Horizonte, 7 pessoas (18%)<br />

disseram que o transporte público é bom, 21 pessoas disseram ser ruim (54%) e 11<br />

(28%) pessoas disseram ser péssimo.<br />

� Questão de número 4: O tempo de espera pelos coletivos tem sido muito reivindicado<br />

pelos seus usuários, como resultado da questão 4, que desperta a opinião das pessoas<br />

<strong>sobre</strong> o tempo de espera, foi concluído estes dados: 35 pessoas (87,5%) disseram que<br />

10 minutos ou menos é o tempo ideal de espera, 4 pessoas (10%) disseram 15 minutos<br />

o ideal e por fim, apenas uma pessoa afirmou ser 30 minutos o tempo ideal.<br />

� Questão de número 5: Foi abordado um problema antigo, a troca da frota de veículos,<br />

e segui-se com estes dados: 30 pessoas (75%) disseram ser de 3 em 3 anos, 9 pessoas<br />

(22,5%) disseram ser de 6 em 6 anos e 1 pessoa disse ser de 9 em 9 anos.<br />

� Questão de número 6: A freqüência com que os usuários utilizam o meio de transporte,<br />

sendo que 10 pessoas (25%) utilizam 1 vez por semana, 3 pessoas (7,5%) utilizam 3<br />

135


vezes por semana, 18 pessoas (45%) disseram utilizar 5 dias dentro de uma semana e<br />

por fim 9 pessoas (22,5%) disseram utilizar todos os 7 dias de uma semana.<br />

� Questão de número 7: foi questionado se a qualidade dos coletivos era compatível com<br />

a tarifa, e obtivemos, 4 pessoas disseram que sim (10%) e 36 pessoas disseram que não<br />

(90%).<br />

� Questão de número 8: A questão oito tratou de assunto sugestivo e que seria de auxílio<br />

para deficientes visuais. Foi questionado se os coletivos deveriam ter informações<br />

fonadas durante o seu trajeto, 38 pessoas (95%) disseram que sim e 2 pessoas (5%)<br />

disseram que não.<br />

Tendo vista as questões de um a oito, foram coletadas informações quantitativas.<br />

As questões nove e dez foram de cunho qualitativo, obtendo unanimidade em<br />

suas respostas, as quais foram:<br />

� Aumento no quadro de horários dos coletivos.<br />

� Treinamento para melhor relacionamento e desempenho dos funcionários com os<br />

usuários.<br />

Conclui-se que os atuais usuários do transporte público de Belo Horizonte com<br />

foco na região central não estão satisfeitos com a qualidade oferecida devido a<br />

problemas em alta frequência, insatisfações geradas com o tempo. Com certeza não<br />

está sendo uma ação sustentável o transporte público oferecido hoje. Dou ênfase a uma<br />

observação nas pesquisas, todos os dados positivos foram ditos por pessoas que não<br />

estão todos os dias utilizando o transporte ou utilizam esporadicamente, ou seja, não é<br />

ruim, pois quando eles precisam, o transporte atende, mas para os usuários diários ou<br />

aqueles que usam frequentemente, o transporte já não é eficiente, contendo assim os<br />

seus limitadores e problemas. Tendo em vista os usuários, sugeriram algumas<br />

possíveis melhorias (Aumento no quadro de horários e treinamento para melhor<br />

relacionamento com os usuários) que podem vir a tornar o transporte público no centro<br />

de Belo horizonte, um transporte tendo como base, a <strong>sustentabilidade</strong> social.<br />

136


REFERÊNCIAS<br />

ARTIGO TRANSPORTE PÚBLICO. Radiologia da situação atual [scribd].<br />

Disponível em: < http://pt.scribd.com/doc/7614582/Transporte-publico-Em-Belo-<br />

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Disponível em: <br />

Acesso em: 02. Out. 20<strong>12</strong>.<br />

METODOLOGIA [artigo]. Disponível em: < http://www.maxwell.lambda.ele.puc-<br />

rio.br/13998/13998_4.PDF> Acesso em: 01 nov. 20<strong>12</strong>.<br />

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http://bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Imprensa/gemob%20zoom%<br />

20planejando%20mobilidade> Acesso em: 02 Nov. 20<strong>12</strong>.<br />

QUANDO A BH TRANS FOI CRIADA. [portal]. Disponível em: <<br />

http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Imprensa/zoom%20B<br />

HTRANS> Acesso em: 04 nov. 20<strong>12</strong>.<br />

QUANDO A BH TRANS FOI CRIADA. [portal BH TRANS]. Disponível em: <<br />

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QUANTAS PESSOAS CABEM EM UM BONDE. [ação comunitária]. Disponível<br />

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137


SURGIMENTO DO BONE. Quando surgiu. [portal em]. Disponível em:<br />

Acesso em: 30 out. 20<strong>12</strong>.<br />

SUSTENTABILIDADE SOCIAL. Almeida, F. (2009). Acesso em 04 nov. 20<strong>12</strong>.<br />

SUSTENTABILIDADE SOCIAL. Camargo, A. P. (2011). Acesso em 06 nov. 20<strong>12</strong>.<br />

SUSTENTABILIDADE SOCIAL. Dias, R. (2010). <br />

Acesso em 04 nov. 20<strong>12</strong>.<br />

SUSTENTABILIDADE SOCIAL. [revista]. Disponível em:<br />

.<br />

Acesso em: 01 out. 20<strong>12</strong>.<br />

TEMPO DE ESPERA. [youtube]. Entrevista <strong>sobre</strong> transporte público em Belo<br />

horizonte. Disponível em: Acesso em: 01 out. 20<strong>12</strong>.<br />

138


139


140<br />

INSIGHT #<strong>12</strong><br />

AÇÕES SUSTENTÁVEIS DA REDE HOTELEIRA DO ENTORNO DO<br />

MINEIRÃO PARA A COPA DE 2014<br />

SUSTAINABLE ACTIONS OF HOTEL CHAIN NETWORK SURROUNDING<br />

MINEIRÃO FOR THE WORLD CUP 2014<br />

Resumo<br />

Andyara Stephanie dos Santos Almeida*<br />

Joyce Grazielle Castilho Nereu*<br />

Raquel Aparecida Dias Fantoni*<br />

Wilson Domingos Mingote Junior**<br />

O artigo que se segue tem como intenção mensurar se a rede hoteleira da cidade de<br />

Belo Horizonte, principalmente a localizada no entorno do Estádio Governador<br />

Magalhães Pinto – Mineirão, está apenas investindo na infraestrutura de suas<br />

instalações, construção de novos hotéis e no retorno financeiro durante o período da<br />

Copa de 2014 ou se, também, existe preocupação referente aos impactos causados pelo<br />

aumento de fluxo de turistas, como o gasto exacerbado de água e de energia, o<br />

aumento de resíduos e efluentes, entre outros.<br />

Palavras-chave: Sustentabilidade. Hoteleira. Mineirão. Copa.<br />

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade<br />

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de<br />

Belo Horizonte – Unidade 2


Abstract<br />

This article is intended to measure if the hotel chain in Belo Horizonte city, mainly<br />

located around the Governor Magalhães Pinto Stadium – Mineirão, is concerned only<br />

infrastructure to invest in its facilities, construction of new hotels and the financial<br />

return during the 2014 World Cup, or if there is also concern regarding the impacts<br />

caused by the increased flow of tourists, spending exacerbated as water and energy,<br />

the increase of waste and effluents, among others.<br />

Key Words: Sustainability. Hotel Chain. Mineirão. World Cup.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A disciplina Pesquisa de Mercado, ministrada pelo professor Wilson Domingos<br />

Mingote Júnior, nos oferece como desafio a criação de um artigo acadêmico cujo tema<br />

principal refere-se à <strong>sustentabilidade</strong>. Este artigo busca apresentar as ações<br />

sustentáveis praticadas pelos hotéis do entorno do Estádio Governador Magalhães<br />

Pinto – Mineirão, em Belo Horizonte/MG, e suas adequações às normas do Programa<br />

de Certificação em Turismo Sustentável, principalmente as voltadas para a Copa de<br />

2014. A área escolhida, provavelmente receberá um fluxo maior de pessoas, e<br />

aumentará, consequentemente, a necessidade de desenvolvimento de um plano<br />

sustentável que segundo os autores CARBONARI, PEREIRA E SILVA (2011)<br />

o projeto de desenvolvimento de inovações sustentáveis<br />

é aquele que encontra, na estrutura organizacional,<br />

condições favoráveis à construção do conhecimento<br />

coletivo necessário para que novas tecnologias possam<br />

ser disponibilizadas em larga escala em setores<br />

econômicos estratégicos.<br />

Ou seja, os hotéis devem tomar atitudes tendo em vista um posicionamento<br />

estratégico, para que as três dimensões da <strong>sustentabilidade</strong> estejam em equilíbrio, para<br />

assim aumentarem o valor da empresa tanto em termos de lucratividade e de<br />

141


contribuição para os acionistas, quanto sob o aspecto de seu capital humano, social e<br />

ambiental.<br />

Ao identificar estas ações percebemos o quanto os hotéis estão envolvidos com<br />

a <strong>sustentabilidade</strong> como um todo e, com projetos de turismo sustentável seja no<br />

âmbito de uma única unidade, seja para toda uma rede hoteleira.<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

O termo <strong>sustentabilidade</strong> apresenta uma ampla gama de possíveis definições,<br />

essas sempre embasadas em três conceitos, o chamado “tripé da <strong>sustentabilidade</strong>”,<br />

que abrange as ações sociais, econômicas e ambientais. O conceito do tripé<br />

sustentável foi criado nos anos 1990 por John Elkington, cofundador da organização<br />

não governamental internacional SustainAbility; é um "[...] termo criado, que<br />

representa a expansão do modelo de negócios tradicional [...] para um novo modelo<br />

que passa a considerar a performance ambiental e social da companhia, além da<br />

financeira”. Ou seja, uma organização para ser sustentável deve apoiar-se nesse tripé<br />

sendo socialmente justa (garantindo que as ações atinjam todos os grupos humanos,<br />

sem distinção social e sem agredir valores culturais), economicamente viável (em sua<br />

implantação e manutenção) e ecologicamente correta (visando a preservação da<br />

biodiversidade dos ecossistemas naturais).<br />

Há hoje um conflito entre os vários conceitos do que seja <strong>sustentabilidade</strong>.<br />

Considerada a mais Clássica, é a definição da ONU, do relatório Brundland, (1987)<br />

“desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades das gerações atuais<br />

sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem a suas<br />

necessidades e aspirações”. A proposta de Gro não era só salvar a Terra, cuidando da<br />

ecologia, mas suprir todas as necessidades de gerações sem esgotar o planeta. "Nem<br />

de longe se está pedindo a interrupção do crescimento econômico", frisou Gro. "O<br />

que se reconhece é que os problemas de pobreza e subdesenvolvimento só poderão ser<br />

resolvidos se tivermos uma nova era de crescimento sustentável, na qual os países do<br />

sul global desempenhem um papel significativo e sejam recompensados por isso com<br />

os benefícios equivalentes."<br />

142


As ações sustentáveis devem sempre procurar manter o equilíbrio, buscando<br />

fazer o que está ao alcance de quem às pratica. Um exemplo é a coleta seletiva, de<br />

forma que todas as residências pudessem praticá-la, gerando assim, um correto<br />

direcionamento do lixo produzido. Outro exemplo é o uso sustentável e consciente<br />

dos recursos oferecidos pela natureza, entramos então, na premissa de que devemos<br />

oferecer ao planeta tanto quanto retiramos dele.<br />

O termo <strong>sustentabilidade</strong> diz respeito à necessidade de revisar e redefinir os<br />

atuais modos de produção e padrões de consumo de forma que o crescimento<br />

econômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando-se os impactos e a<br />

geração de valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana. Trata-se,<br />

portanto, de uma nova visão de mundo com implicação direta nas relações político-<br />

sociais, econômicas, culturais e ecológicas, tornando-o assim, um conceito sistêmico,<br />

relacionado com a continuidade desses aspectos na sociedade humana.<br />

SUSTENTABILIDADE x TURISMO<br />

GOELNDER, RITCHIE e MCINTOSH (2002, p. 23) baseados em quatro<br />

elementos fundamentais: o cliente - o turista; a prestadora de serviço - a empresa; o<br />

poder público - os governos locais e as comunidades anfitriãs - na geração de<br />

empregos e renda, definem o turismo como: “a soma de fenômenos e relações<br />

originados da interação de turistas, empresas, governos locais e comunidades<br />

anfitriãs, no processo de atrair e receber turistas ou visitantes”.<br />

A Sustentabilidade no Turismo busca o equilíbrio ambiental, a manutenção e o<br />

enriquecimento sociocultural além do crescimento econômico da comunidade em que<br />

está inserido.<br />

É imprescindível destacar que ecoturismo difere de turismo sustentável. O<br />

Turismo Sustentável tem como base manter uma estrutura sem realizar nenhuma ação<br />

ofensiva ao meio ambiente, mantendo simultaneamente a qualidade e atendendo às<br />

necessidades dos turistas e dos locais que os recebem. Além de atender a economia,<br />

preservando no processo, a sociedade, a cultura regional, a diversidade biológica e os<br />

143


sistemas ecológicos. Já o ecoturismo é a exploração dos ecossistemas visitados em<br />

sua vida selvagem e seu estado natural, tem foco em sua preservação, mas também<br />

tem fins lucrativos.<br />

Por certo, ambos os turismos foram constituídos no intuito de proteger a vida<br />

mantendo ativa a economia, unindo a responsabilidade com o desenvolvimento.<br />

Agradam aos clientes e garantem principalmente a manutenção do patrimônio natural<br />

para as gerações futuras. A finalidade do planejamento do turismo sustentável<br />

consiste em ordenar as ações do homem <strong>sobre</strong> o território.<br />

Em 2003, o Brasil começou a contar com o Plano Nacional do Turismo (PNT),<br />

baseado na ética e na <strong>sustentabilidade</strong>, auxiliando o governo a tomar atitudes e<br />

praticar ações ecologicamente corretas. Em seguida, o país tornou-se pioneiro em<br />

relação à publicação de uma norma de Sistema de Gestão para auxiliar os Meios de<br />

Hospedagem, na utilização de seus Recursos Ambientais, Sociais e Econômicos de<br />

maneira responsável, justa e viável, por meio da implantação de ações sustentáveis. A<br />

ABNT NBR 15401, foi desenvolvida pelo Comitê Brasileiro de Turismo – ABNT/CB<br />

54 e publicada no final de 2006 pela Associação Brasileira de Normas Técnicas<br />

(ABNT), usa referências da norma desenvolvida pela Fundação Instituto de<br />

Hospitalidade, dentro do Programa de Certificação em Turismo Sustentável (PCTS) e<br />

é fundamentada nos Princípios do Turismo Sustentável, visando o fortalecimento do<br />

setor turístico tanto nacional como internacional, direcionando e aprimorando a<br />

qualidade dos serviços.<br />

São sete as ações registradas e vinculadas aos Princípios do Turismo<br />

Sustentável: 1) Respeitar a Legislação vigente; 2) Garantir os direitos das populações<br />

locais; 3) Conservar o ambiente natural e sua biodiversidade; 4) Considerar o<br />

patrimônio cultural e valores locais; 5) Estimular o desenvolvimento social e<br />

econômico dos destinos turísticos; 6) Garantir a qualidade dos produtos, processos e<br />

atitudes; 7) Estabelecer o planejamento e a gestão responsáveis.<br />

A <strong>sustentabilidade</strong> é uma exigência da FIFA desde 2006, ano que a Copa foi<br />

sediada na Alemanha. A Federação criou o “Green Goal”, em português, Gol Verde,<br />

144


que estabelece medidas sustentáveis como coleta seletiva de lixo, utilização de água<br />

da chuva e equipamentos movidos à energia eólica nos estádios. Tudo a fim de<br />

diminuir os gases que causam o efeito estufa. Além das ações ambientais, o Green<br />

Goal tenciona alcançar os três pilares que fazem parte da <strong>sustentabilidade</strong>: como no<br />

caso do estímulo de ações de cunho social, transformando os empregos temporários<br />

em efetivos. Também, na área econômica, com a transparência na utilização de verbas<br />

públicas como fatores sustentáveis. Neste sentido, mais importante do que<br />

corresponder às expectativas externas e do evento é minimizar os impactos ambientais<br />

e gerar melhor qualidade de vida nas cidades que irão sediá-lo, no período anterior<br />

(em sua preparação), durante e após a realização do mesmo.<br />

A Secretaria Municipal do meio ambiente de Belo Horizonte em conjunto com<br />

o Comitê Executivo da Copa lançou em junho de 2011 um Certificado ambiental. Esse<br />

selo foi criado para a copa de 2014, porém seus benefícios se estenderão após o<br />

evento. Serão contemplados com o Selo de boas práticas ambientais principalmente os<br />

empreendimentos vinculados ao setor receptivo e de turismo (hotéis, bares e<br />

restaurantes) que contribuírem positivamente nesse período com práticas ambientais<br />

sustentáveis como redução de água, energia, reciclagem dentre outros.<br />

A Fundação Getúlio Vargas em parceria com a consultoria Ernest & Young<br />

apresentou o estudo Brasil sustentável – Impactos socioeconômicos da Copa do<br />

Mundo de 2014. Esse estudo mostra que para se aproveitar todos os benefícios e<br />

oportunidades que serão gerados por esse grandioso evento é necessário medir custos<br />

e benefícios. O Brasil de 2010 a 2014 receberá um investimento de R$ 142,39<br />

bilhões. Irá gerar 3,63 milhões de emprego por ano e R$ 63,48 bilhões de renda para a<br />

população. No que se diz respeito à mídia e publicidade internacional, serão aplicados<br />

R$ 6,5 bilhões, e o fluxo de estrangeiros que hoje é de cinco milhões, passará para<br />

7,48 milhões até o ano da Copa e para 8,95 milhões em 2018. Segundo o ministério<br />

do turismo, os desembarques domésticos que em 2009 chegavam a 56 milhões,<br />

chegarão a 73 milhões em 2014.<br />

145


O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social lançou<br />

o ProCopa, um programa específico para a revitalização e construção de novos<br />

imóveis na indústria hoteleira, que contempla o valor de R$ 1 bilhão de títulos de<br />

empréstimo. Dentro do ProCopa, existem dois subprogramas, um deles é voltado para<br />

os empreendimentos hoteleiros que tem certificações de <strong>sustentabilidade</strong> ou de<br />

eficiência energética. Segundo o CBSC – Conselho Brasileiro de Construção<br />

Sustentável, os prédios verdes podem gerar uma economia de 30% de energia elétrica<br />

e 40% no volume de água. Para que isso ocorra é necessário um investimento de mais<br />

ou menos 5% do valor do edifício.<br />

As empresas dentro desses padrões têm taxas de juros diferenciadas e podem<br />

financiar até 100% da obra, sendo que os demais podem financiar o montante de 80%<br />

do projeto.<br />

Por determinação da FIFA, as cidades que irão sediar os jogos devem conter<br />

quatro mil leitos em hotéis de 4 e 5 estrelas para hospedar jogadores e suas equipes,<br />

imprensa, patrocinadores e convidados. A Associação Brasileira da Indústria de<br />

Hotéis em Minas Gerais (ABIH/MG) informa que BH possui essa quantidade de<br />

leitos e dentro das exigências da FIFA. Porém foi identificada a necessidade da<br />

construção de novos hotéis, principalmente no padrão cinco estrelas, pois atualmente<br />

a cidade possui somente uma unidade com essa premissa. Serão, pelo menos, mais<br />

cinco mil novos leitos. Por conta dessa carência, alguns projetos estão sendo revistos,<br />

como por exemplo, um dos hotéis da rede Bristol que está situado na região da<br />

Pampulha, próximo ao estádio, que será construído no padrão econômico, mas devido<br />

a essa deficiência configurará num formato de cinco estrelas. O investimento foi de<br />

R$ 52,2 milhões e será utilizado também para a Copa das Confederações 2013.<br />

Os meios de hospedagem devem identificar todas as ações, aspectos e impactos<br />

de práticas econômicas, ambientais e sociais que realiza, mesmo que parcialmente, e<br />

criar indicadores de controle de atividades monitoradas e operacionais, garantindo um<br />

bom sistema de gestão, possibilitando assim, melhorias e ampliação de seu negócio.<br />

146


METODOLOGIA<br />

O artigo desenvolvido abordará como métodos de pesquisa, estudos<br />

exploratórios, pois trabalharemos com dados secundários fornecidos pelos hotéis e<br />

coletados no referencial teórico. Utilizaremos também estudos descritivos<br />

classificados como quantitativos e qualitativos, uma vez que abordaremos<br />

características dos hotéis pesquisados qualificando as ações sustentáveis, tema de<br />

nosso projeto.<br />

O método de coleta de dados que utilizaremos será o de inquérito/contato na<br />

forma pessoal, por meio de entrevistas, e correspondência com ferramentas<br />

tecnológicas, com propósito de redução de custos.<br />

A conclusão da pesquisa proposta indicou a importância das ações de<br />

<strong>sustentabilidade</strong> no ramo hoteleiro do entorno do Mineirão e seus dados geraram o<br />

presente artigo acadêmico que poderá ser disponibilizado à comunidade da Faculdade<br />

Anhanguera BH e aos demais interessados no tema.<br />

MENSURAÇÃO DE RESULTADOS<br />

Os estudos exploratórios, <strong>sobre</strong> as ações sustentáveis, efetuados para base da<br />

pesquisa e executados por meio de inquérito/contato pessoal em entrevistas realizadas<br />

com representantes de três hotéis localizados no entorno do Mineirão, geraram dados<br />

e resultados que serão descritos a seguir. O número de hotéis entrevistados pertence à<br />

média da rede hoteleira da região. Destes, dois possuem o segmento de pousada e flat<br />

e o terceiro faz parte de uma Rede de Hotéis com sede em BH - sendo duas de suas<br />

unidades localizadas na região da Pampulha e as ações adotadas para uma serão<br />

também realizadas em todas as outras.<br />

De acordo com o questionário elaborado para a coleta de dados, todos os hotéis<br />

entrevistados já praticam, mesmo que parcialmente, ações voltadas para a<br />

<strong>sustentabilidade</strong>. Sendo que, somente um deles, realiza a publicação do relatório de<br />

<strong>sustentabilidade</strong> normatizando-as a efeito público. A comprovação dessas práticas se<br />

dá por meio de material informativo e de orientação fornecido aos hóspedes no<br />

147


período de sua estada. As práticas sustentáveis condizem com as exigências da<br />

Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), órgão que normatiza os hotéis<br />

registrados na Embratel. Esse órgão controla, fiscaliza e certifica toda a estrutura,<br />

funcionalidade e inclusive o tarifário praticado por esse segmento de negócio. Para<br />

manter seu funcionamento, os estabelecimentos hoteleiros devem ser registrados e<br />

possuir tal certificado, atestando sua aprovação e qualidade. Um dos hotéis,<br />

entrevistados, informou-nos que além dos documentos acima mencionados, possui o<br />

certificado ISO 9001, por seu padrão de qualidade.<br />

Após análise e mensuração dos resultados identificamos as seguintes ações<br />

sustentáveis praticadas nos hotéis entrevistados: 1) 1/3 realizou construções e<br />

reformas sustentáveis em seu estabelecimento; 2) 100% possuem mecanismos de<br />

controle de consumo de água e energia; 3) 100% praticam a coleta seletiva; 4) 2/3<br />

oferecem a seus hóspedes e funcionários uma cartilha com orientações referentes às<br />

boas práticas sustentáveis; 5) 2/3 oferecem treinamentos de práticas sustentáveis para<br />

seus funcionários; 6) 2/3 praticam auditorias ambientais para indicar melhorias; 7) 1/3<br />

pratica o controle de efluentes; 8) 2/3 discutem e adotam critérios ambientais com<br />

seus fornecedores; 9) 2/3 utilizam, no dia a dia, papéis reciclados; 10) 1/3 pratica o<br />

reaproveitamento da água de chuvas; 11) 2/3 utilizam o cartão-chave eletrônico para<br />

acesso aos quartos, mas o sistema possui um dispositivo de contenção de energia; <strong>12</strong>)<br />

1/3 utiliza o sistema de descarga duplo (para descarte de sólidos – quando o volume<br />

de água liberado é maior e descarte de líquidos, liberando menos água no processo);<br />

13) 1/3 possui um sistema de cisterna para reaproveitamento da água; 14) 1/3<br />

minimiza o procedimento de envio de utensílios para a lavanderia, que é terceirizada.<br />

Nesse processo, o hóspede decide se a toalha de uso pessoal irá para a lavanderia<br />

imediatamente ou no dia seguinte.<br />

De acordo com as informações coletadas, apesar de 2/3 dos hotéis<br />

entrevistados não possuírem ativamente práticas de comprovação de suas ações<br />

sustentáveis, foi percebido por esses estabelecimentos, que após a implantação de<br />

várias delas, houve 100% de retorno positivo tanto no referente a pontos econômicos<br />

quanto de satisfação e aprovação dos clientes e investidores. Para efeito de<br />

148


constatação, foi observado que em todos os hotéis entrevistados, há em seu quadro de<br />

funcionários, um profissional de comunicação dando orientação e suporte na<br />

implantação e execução das ações sustentáveis que praticam.<br />

No entanto, segundo as informações obtidas, os obstáculos encontrados para<br />

que mais ações possam ser implantadas referem-se à dificuldade na sensibilização de<br />

alguns dos funcionários desses estabelecimentos que apesar de adquirirem um<br />

treinamento para praticá-las, poucos as efetivam, é necessário haver uma constante<br />

fiscalização em sua execução. Há ainda, o fator de reconhecimento do retorno<br />

financeiro que é visto pelos investidores como um percentual baixo comparado ao<br />

custo/benefício desejado.<br />

Esse fator ficou ainda mais claro quando relacionadas às vigentes ações para a<br />

Copa de 2014. De acordo com os hotéis entrevistados, novos procedimentos só<br />

poderão ser mensurados após a Copa das Confederações, quando será possível ter uma<br />

prévia do número de pessoas que buscarão o sistema de hospedagem que oferecem.<br />

Segundo eles, ações como o treinamento da equipe para atendimento personalizado<br />

aos vários tipos e etnias dos hóspedes, já está sendo efetuado em parcerias com<br />

empresas especializadas neste ramo de atividade. Em unanimidade, informaram que há<br />

a possibilidade de aumento no quadro de funcionários para atuarem no período da<br />

Copa de 2014. Não garantem, no entanto, o compromisso de efetivação desses novos<br />

funcionários com a argumentação de que essa questão dependerá do mercado após o<br />

evento, podendo ser uma ação positiva ou não.<br />

Portanto, a Copa do Mundo, assim como as Olimpíadas, tem a característica de<br />

ser um evento pontual e para que os impactos positivos gerados para e pós a sua<br />

realização sejam permanentes, os agentes envolvidos no processo devem se<br />

comprometer em manter as oportunidades e legados conquistados.<br />

Dentre esses impactos está o fluxo turístico que irá agregar, na forma direta e<br />

indireta, valores socioeconômicos e estruturais, principalmente nos setores de<br />

hotelaria, cultura, lazer, comércio, transporte e comunicações, não somente por meio<br />

149


dos torcedores que virão assistir aos jogos, como também advindos da exposição na<br />

mídia internacional.<br />

E, mesmo havendo custo para as organizações atenderem e assumirem a sua<br />

responsabilidade social e ambiental deve-se considerar que em contrapartida, as ações<br />

de <strong>sustentabilidade</strong> praticadas proporcionam além do fortalecimento da reputação e<br />

boa imagem das empresas perante seus públicos, vários benefícios para a sociedade e o<br />

meio ambiente.<br />

Sendo assim, com essa pesquisa, concluímos que as ações sustentáveis<br />

praticadas pelos hotéis no entorno do Mineirão para a Copa de 2014, que já sejam<br />

existentes ou estão em processo de implantação, se adequam às normas e exigências<br />

do Programa de Certificação em Turismo Sustentável, normas<br />

estas que garantem maior efetividade na preservação ambiental, no<br />

crescimento econômico e no desenvolvimento social e cultural da cidade de Belo<br />

Horizonte, garantindo assim qualidade de vida para as gerações futuras.<br />

REFERÊNCIAS<br />

A COPA DA SUSTENTABILIDADE|PROGRAMA INOVAÇÃO<br />

TECNOLÓGICA. Disponível em: .<br />

Acesso em: 10 out. 20<strong>12</strong>.<br />

AFINAL, O QUE É SUSTENTABILIDADE? Disponível em:<br />

. Acesso em: 28 ago. 20<strong>12</strong>.<br />

ARTIGO SUSTENTABILIDADE. Conceitos Portal da Sustentabilidade.<br />

Disponível em:<br />

. Acesso em: 23 ago. 20<strong>12</strong>.<br />

BNDES PROCOPA TURISMO. Disponível em:<br />

. Acesso em: 10 out. 20<strong>12</strong>.<br />

150


BRASIL SUSTENTÁVEL - ERNST & YOUNG. Disponível em:<br />

. Acesso em: 17 out. 20<strong>12</strong>.<br />

CARBONARI, M. E. E.; DA SILVA, G. Z. da; PEREIRA, A. C. Sustentabilidade na<br />

prática: fundamentos,experiências e habilidades. Valinhos: Anhanguera<br />

Publicações Ltda, 2011.<br />

COPA 2014, IMPACTOS NA HOTELARIA NACIONAL. Disponível em:<br />

. Acesso em: 10 out. 20<strong>12</strong>.<br />

GUIA ABNT NBR 15401- MEIOS DE HOSPEDAGEM/SISTEMA DE GESTÃO<br />

DA SUSTENTABILIDADE/REQUISITOS. Centro SEBRAE de Sustentabilidade<br />

(CSS). Disponível em:<br />

. Acesso em: 23<br />

ago. 20<strong>12</strong>.<br />

PAOLUCCI, L. Análise heurística e definição de boas práticas para o Portal<br />

Oficial do Turismo Brasileiro. 2005. Tese (doutorado em Comunicação) Escola de<br />

Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.<br />

PESQUISAS. [S. I.], ENGEMA, NOV. 2009. Disponível em:<br />

.<br />

Acesso em: 23 ago. 20<strong>12</strong>.<br />

PROJETOS PARA A COPA | BELO HORIZONTE: A CIDADE QUE<br />

CONQUISTA. Disponível em: .<br />

Acesso em: 23 ago. 20<strong>12</strong><br />

RUSCHMANN. REVISTA BRASILEIRA DE PESQUISA EM TURISMO.<br />

Disponível em:<br />

.<br />

Acessos em: 4 ago. 20<strong>12</strong>.<br />

SUSTENTABILIDADE - CONCEITO - [bb.com.br]. Disponível em:<br />

.<br />

Acesso em: 17 out. 20<strong>12</strong>.<br />

TURISMO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES –IVAN PINHO. Disponível em:<br />

. Acesso em: 17 out. 20<strong>12</strong>.<br />

151


152


ECO 92: O QUE FOI?<br />

ECO 92: WHAT WAS IT?<br />

Arlei Alves Pedro*<br />

Lenildo Antônio Dutra Amorim*<br />

Wilson Domingos Mingote Junior**<br />

153<br />

ECO 92: O QUE FOI?<br />

No decorrer deste livro, tratou-se do assunto <strong>sustentabilidade</strong> ao longo de <strong>12</strong><br />

<strong>insights</strong>, confeccionados por pesquisadores do tema. Tema este, de extrema<br />

importância para o futuro do planeta. Ao longo da jornada percorrida até a aqui pela<br />

humanidade em busca de uma vida melhor do homem para com a natureza, alguns<br />

fatos marcaram a caminhada, entre eles a chamada Eco 92, tendo história e<br />

desdobramento importantes, do ponto de vista científico, diplomático, político, social e<br />

comunicacional. E ainda exigiu uma compreensão específica à partir de uma realidade<br />

brasileira.<br />

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade<br />

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de<br />

Belo Horizonte – Unidade 2


A Conferência das Nações Unidas <strong>sobre</strong> o Meio Ambiente e Desenvolvimento<br />

(CNUMD), também conhecida com Cúpula da Terra ou Eco 92, foi realizada no Rio<br />

de Janeiro, em junho de 1992, com a presença de representantes de 179 países dos 5<br />

continentes, que discutiram durante 14 dias, os problemas ambientais globais e<br />

estabeleceram o desenvolvimento sustentável como uma das metas a serem<br />

alcançadas, pelos governos e sociedades de todo o mundo.<br />

A crescente preocupação com os problemas ambientais, e o legado que a<br />

geração atual deixará para o futuro, foi o tema de sucessivos encontros e discussões.<br />

Nessas reuniões em que produziam documentos como o Relatório Brundtland e a<br />

Agenda 21, o risco que o desenvolvimento desenfreado e o descaso para com o meio<br />

ambiente podem trazer para os habitantes do planeta foi o foco central dos debates.<br />

A partir disso conclui-se, que embora a <strong>sustentabilidade</strong> tenha e tem sido<br />

abordada com freqüência pelos países protagonistas e coadjuvantes nessa caminhada<br />

em busca de um futuro melhor, será preciso, com certeza, uma nova ética, fundada na<br />

solidariedade, e não na competição. Uma ética que certamente incluirá um direito<br />

ambiental internacional, em que ao longo do tempo avançamos com conquistas alçadas<br />

no Eco 92, mas ainda somos pequenos e modestos para conseguir mudar essa situação.<br />

Como disse Washington Novaes: “... A ciência prevê guerra pela água na<br />

África, no Oriente Médio, e na Ásia. Embora o Brasil tenha 20% da água doce do<br />

planeta, não escapamos dos conflitos...”.<br />

REFERÊNCIAS<br />

DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental – Responsabilidade Social e Sustentabilidade.<br />

São Paulo: Atlas, 2009.<br />

NOVAES, Washington. Eco-92: Avanços e interrogações: Estudos Avançados.<br />

Brasília, 1992.<br />

SCHENINI, C. P.; MATOS, A. Márcio; TODT, Roberto. Agenda-21: Ferramenta<br />

para a elaboração de políticas públicas de desenvolvimento sustentável.<br />

Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC: Florianópolis, 1996.<br />

154


155


RIO+20: CARTA DE COMPROMISSO DAS NAÇÕES COM O<br />

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL<br />

156<br />

RIO + 20<br />

RIO+20: LETTER OF COMPROMISSE FROM THE NATIONS TO THE<br />

SUSTAINABLE DEVELOPMENT<br />

Daniel Júlio Magalhães*<br />

Jessica Freitas*<br />

Wilson Domingos Mingote Junior**<br />

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS, RIO+20<br />

A Conferência das Nações Unidas Sobre o Desenvolvimento Sustentável, mais<br />

conhecida por Rio+20, realizada no Rio de Janeiro, Brasil, foi formulada com o intuito<br />

de promover soluções para ajudar no rebate da pobreza, na promoção de maior<br />

igualdade social e no assessoramento da segurança ambiental. A Rio+20 representa<br />

também uma oportunidade de olharmos para um futuro que queremos ter daqui a 20<br />

anos.<br />

*Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade<br />

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de<br />

Belo Horizonte – Unidade 2


Segundo o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Kin-moon, vinte anos após<br />

a Cúpula da Terra de 1992, a Rio+20, tem como temas centrais o desenvolvimento da<br />

economia verde e a ampliação da coordenação internacional para o desenvolvimento<br />

sustentável.<br />

De acordo com o Documento de Contribuição Brasileira à Conferência Rio+20,<br />

onde são apresentadas as visões iniciais do país <strong>sobre</strong> os temas e objetivos da<br />

Conferência, os princípios da Rio+20 incluem a necessidade de que os países<br />

desenvolvidos mantenham oferta adequada de recursos financeiros e de transferência<br />

de tecnologia, de modo a auxiliar os países em desenvolvimento a alcançar os<br />

objetivos do desenvolvimento sustentável.<br />

Outro fator importante para Ban Ki-moon seria a capacidade da Rio+20 de<br />

mobilizar a sociedade, setores privados, governos e bancos, que juntos<br />

voluntariamente assumiram 700 compromissos, o que concebeu centenas de bilhões de<br />

dólares.<br />

A Conferência geriu um Documento intitulado „O Futuro que Queremos‟, onde<br />

de acordo com o Secretario Geral sanciona um acordo <strong>sobre</strong> a criação de Objetivos de<br />

Desenvolvimento Sustentável, onde se visa um maior racionamento quanto ao uso e<br />

produção da <strong>sustentabilidade</strong> ao longo de dez anos e a valorização de questões como<br />

direito a água, comida e a urgência no caso da pobreza.<br />

Todo este processo sugere uma mudança no contrato social atual, para que<br />

assim possa haver mais sentido e dar solução a problemas já persistentes, como por<br />

exemplo: cidades paralisadas pelo excesso de meios de transportes. Foi-se o tempo que<br />

este tipo de situação poderia ser aceitável, não há nada a ser contemplado, há sim,<br />

maneiras de formular ideias onde haja questionamentos e melhoras.<br />

Daí pode-se pensar se as melhoras podem surgir de nossas próprias atitudes,<br />

como disse a ex-ministra Marina Silva: “Não se trata de adotar uma atitude otimista ou<br />

pessimista, trata-se de ser perseverante”.<br />

157


REFERÊNCIAS<br />

DECLARAÇÃO DE BAN KI-MOON A ASSEMBLÉIA GERAL DA ONU<br />

SOBRE OS RESULTADOS DA RIO+20. Disponível em:<br />

.<br />

Acessado em 20-11-20<strong>12</strong>.<br />

DOCUMENTO DE CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA A CONFERÊNCIA<br />

RIO+20. Disponível em:<br />

.<br />

Acessado em 20-11-20<strong>12</strong>.<br />

O QUE É A “RIO+20”? Disponível em:<br />

. Acessado em 19-11-20<strong>12</strong>.<br />

SOBRE O RIO+20. Disponível em:<br />

. Acessado em 19-11-20<strong>12</strong>.<br />

158


159


TI VERDE: UM DESAFIO SUSTENTÁVEL PARA O FUTURO!<br />

160<br />

T.I. VERDE<br />

GREEN IT: A SUSTAINABLE CHALLENGE FOR THE FUTURE!<br />

Anderson Duarte Amaral*<br />

Wilson Domingos Mingote Junior**<br />

“A tecnologia da Informação não tem importância”. Nicholas Carr, maio de<br />

2003, para a Harvard Business Review.<br />

As afirmações feitas por este conceituado especialista a pouco menos de 10<br />

anos, apesar de pertinentes a época, se mostram hoje completamente sem sentido. A<br />

tecnologia da informação é onipresente e onipotente. Pessoas, empresas e governos se<br />

curvam cada vez mais à tecnologia, que em função da redução dos custos de acesso, e<br />

ao emergente tsunami de classes com maior poder de compra, popularizam todo<br />

eletrônico ligado à telefonia, internet e computação pessoal. Apesar das afirmações<br />

<strong>sobre</strong> o poder dos computadores e seus sistemas no uso doméstico ou corporativo, eles<br />

não são tão importantes para o êxito das pessoas e ou empresas, são necessários. Não<br />

podemos hoje trabalhar e nem estudar sem eles e a “eles” chama-se os smartphones,<br />

tablets, notebooks, netbooks, desktops e qualquer outra ferramenta eletrônica que<br />

utilize, receba e envie informação.<br />

*Professor do curso de Engenharia da Faculdade Anhanguera Educacional de Belo Horizonte –<br />

Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de<br />

Belo Horizonte – Unidade 2


Vivemos em um planeta, onde, em 2016 o número de telefones móveis será<br />

maior que ao de habitantes. Aparelhos de TV, computadores pessoais, tablets,<br />

smartphones, são alguns dos equipamentos com grande popularidade e consumo hoje<br />

em dia.<br />

Com o elevado consumo destes equipamentos, surgiu há alguns anos um<br />

problema: O que fazer com os equipamentos desatualizados, quebrados, com defeito<br />

que em função do custo de produção não vale a pena reparar? Se não podemos reparar<br />

só nos resta descartar, mas como descartar sem poluir ou contaminar? Estes são os<br />

menores dos problemas que temos com o lixo eletrônico e falar em Tecnologia da<br />

Informação Verde e abordar somente este tema é no mínimo irresponsável.<br />

O grande desafio da TI para continuar crescendo e se desenvolvendo na escala<br />

de hoje, visto que o volume de informação circulante e armazenada cresce<br />

exponencialmente a cada dia, é pensar que para tudo funcionar necessitamos de<br />

energia elétrica. Os estudiosos em TI e Meio Ambiente, cientes desta necessidade<br />

orientam os grandes fabricantes e desenvolvedores no intuito de aumentarem a<br />

eficiência de seus produtos e diminuir a quantidade de energia utilizada por eles.<br />

Economia de energia tem grande importância no balanço de ações sustentáveis. Menor<br />

consumo de eletricidade significa um menor impacto ambiental. Em computadores e<br />

servidores, os ganhos energéticos derivam, em sua maioria, da criação de componentes<br />

mais eficientes, como processadores e fontes conversoras que consomem menos<br />

energia em sua operação.<br />

É importante avaliar ainda outros aspectos como o impacto na cadeia produtiva,<br />

o uso e reuso de recursos naturais, a reciclagem de equipamentos, a destinação final de<br />

resíduos, bem como a utilização de arquiteturas e processos que permitam uma maior<br />

vida útil das infraestruturas de tecnologia atualmente utilizadas.<br />

A tendência hoje é que, com a computação em nuvem, grandes<br />

DATACENTERS sejam construídos perto de usinas geradoras de energia onde a água<br />

utilizada para a geração da energia elétrica seja a mesma utilizada para resfriar os<br />

potentes servidores que armazenam inimagináveis quantidades de informações.<br />

161


Computadores pessoais não armazenarão mais informações “in loco” e sim nos<br />

equipamentos destes Datacenters ou “na nuvem”. Utilizar seu computador, tablet,<br />

smartphone onde você estiver e acessar seus arquivos que estarão armazenados na<br />

Índia, Rússia, EUA ou qualquer outro datacenter ao redor do mundo.<br />

Não devemos, porém, deixar de lado nosso dever de casa e tentar a todo custo<br />

criar estações de descarte e reciclagem de equipamentos sem uso, garantir que os<br />

equipamentos entregues nestas unidades sejam devidamente tratados, garantir<br />

processos e procedimentos que possuam garantia legal de execução. Desdobrar o tema<br />

“TI Verde” torna usuários e empresas conscientes de que suas escolhas, e a forma<br />

como encaram a adoção de novos equipamentos e tecnologias, trazem impactos ao<br />

meio ambiente. Faz também que percebam que esta consciência permite que assumam<br />

um caráter responsável e ativo, que possibilite o melhor uso dos recursos naturais e por<br />

consequência um menor impacto para o meio ambiente.<br />

TI Verde engloba, portanto, muito mais que a simples economia de energia,<br />

somando-se a ela a eficiente gestão de recursos e o impacto nas cadeias produtivas,<br />

bem como o ciclo que vai da extração de matéria prima para a produção de um<br />

equipamento até a destinação ambientalmente adequada destes materiais ao final de<br />

sua vida útil, considerando também a responsabilidade do usuário no momento da<br />

escolha, aquisição e descarte de produtos, afinal, ter o mais belo não significa ter o que<br />

melhor atende.<br />

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SUSTENTABILIDADE: PONTO FINAL<br />

SUSTENTABILIDADE E PONTO FINAL<br />

SUSTAINABILITY AND END POINT<br />

Neíla Oliveira *<br />

Jucilene Kümpel*<br />

Wilson Mingote **<br />

Com o passar dos anos, a <strong>sustentabilidade</strong> vem se tornando uma tendência. A<br />

sociedade tem mudado de opinião e cada vez mais, se preocupando com seu futuro e o<br />

do planeta. A globalização e a mídia principalmente têm feito a promoção da<br />

<strong>sustentabilidade</strong>. Esse tema vem sendo discutido a décadas, mas só nos últimos anos<br />

com o agravamento da situação ambiental e dos problemas sociais do planeta ganhou<br />

força e amplo destaque.<br />

A <strong>sustentabilidade</strong> se trata de atividades e ações que visam suprir as necessidades dos<br />

seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações, ela está ligada ao<br />

desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente. Segundo Lester<br />

Brow, “a economia depende do ambiente. Se não há ambiente, se tudo esta destruído,<br />

não há economia “(Lester Brown, Plan B 3.0, 2007), ou seja, utilizar os recursos<br />

naturais de forma inteligente, para que estes ainda estejam disponíveis no futuro.<br />

* Acadêmicos do curso de Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Faculdade<br />

Anhanguera Educacional de Belo Horizonte – Unidade 2<br />

** Orientador: Professor da disciplina Pesquisa de Mercado da Faculdade Anhanguera Educacional de<br />

Belo Horizonte – Unidade 2<br />

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Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir um desenvolvimento<br />

sustentável, baseado nos três pilares da <strong>sustentabilidade</strong>, o econômico, o ambiental e o<br />

social.<br />

Podemos começar a cuidar do nosso meio ambiente adotando ações simples, dentro<br />

das nossas casas como separar nosso lixo de forma correta, ser consciente no gasto de<br />

água e energia e outras ações que fazem toda a diferença.<br />

As organizações estão cada dia mais interessadas em vincular o seu nome em ações em<br />

prol da <strong>sustentabilidade</strong> e em projetos ambientais, financiando ou atuando como<br />

parceiro de outras empresas a favor de um objetivo comum, objetivos ambientais.<br />

Vincular uma marca, empresa ou produto a uma ONG ou ação de uma ONG, que atua<br />

com a preservação ambiental, tem sido uma das estratégias adotadas pelas as<br />

empresas. Essa associação valoriza a marca e a organização.<br />

Há hoje investimentos pesados em publicidade, vinculando empresas com ações<br />

sustentáveis, e em suas campanhas elas mexem diretamente com o sentimento das<br />

pessoas, assim o retorno será rápido e eficaz.<br />

Com o avanço dos meios de comunicação ficou mais fácil abordar e a discutir <strong>sobre</strong><br />

esse tema e saber o que o mundo pensa e fala <strong>sobre</strong> <strong>sustentabilidade</strong>. Percebemos com<br />

o passar dos anos que a <strong>sustentabilidade</strong> está sendo mais discutida pela a sociedade e o<br />

mundo está se mobilizando para salvar o meio ambiente.<br />

REFERÊNCIAS<br />

Dias, Reinaldo. Gestão Ambiental: Responsabilidade Social e Sustentabilidade.<br />

São Paulo: Editora Atlas S.A., 2009.<br />

Zylbersztain, David; Lins, Clarissa. Sustentabilidade e Geração de Valor. São Paulo:<br />

Editora: Elsevier Ltda, 1998.<br />

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