13.07.2015 Views

Inclusão e mercado de trabalho – Papel da escola na transição para ...

Inclusão e mercado de trabalho – Papel da escola na transição para ...

Inclusão e mercado de trabalho – Papel da escola na transição para ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ambiente <strong>escola</strong>r, mas uma visão global <strong>de</strong> uma educação inclusiva, numa socie<strong>da</strong><strong>de</strong>que se preten<strong>de</strong> também inclusiva. Reconhecemos, contudo, o papel que a <strong>escola</strong>po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar e, sobretudo, as mu<strong>da</strong>nças que esta ain<strong>da</strong> terá <strong>de</strong> efectuar. Porexemplo, ela tem <strong>de</strong> passar <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> intervenção centrado <strong>na</strong> criança “diferente”<strong>para</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> intervenção centrado no currículo pelo que se tor<strong>na</strong> fun<strong>da</strong>mental(cf. Rodrigues, 2001) não só conhecer o aluno, mas também os seusambientes <strong>de</strong> aprendizagem. Daí a importância <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> todos os processos quero<strong>de</strong>iam a criança e a <strong>escola</strong> o que passa por ultrapassar “uma ênfase exagera<strong>da</strong> <strong>na</strong> planificaçãoindividual” (Ainscow, 1997: 16). A preocupação do professor <strong>de</strong>ve, por conseguinte,ter a ver com “a planificação <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que dizem respeito à classe, noseu conjunto” (i<strong>de</strong>m). Nessa medi<strong>da</strong>, não assumimos a <strong>escola</strong> inclusiva como uma respostamais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>para</strong> os alunos com <strong>de</strong>ficiência ou com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativasespeciais, mas como uma resposta potencialmente melhor <strong>para</strong> todos, quaisquer quesejam as suas características. No entanto, isso não significa o esvaziamento <strong>da</strong>s diferenças,mas o reconhecimento do seu valor acrescentado, ou se quisermos, <strong>de</strong> que adiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma mais valia.Assim, será que faz sentido falar <strong>de</strong> <strong>escola</strong> inclusiva ou simplesmente <strong>de</strong> <strong>escola</strong>?Miran<strong>da</strong> Correia (no prelo) alerta <strong>para</strong> o perigo <strong>de</strong> uma utilização abusiva e simplistado conceito <strong>de</strong> inclusão que levaria a “começarmos a chamar às nossas <strong>escola</strong>s, <strong>escola</strong>sinclusivas, e a afirmarmos, com uma pompa pós-mo<strong>de</strong>rnista, que todos temosnecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativas especiais”. No seu enten<strong>de</strong>r, isto não está correcto e <strong>para</strong> evitarestas interpretações <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que “à <strong>escola</strong> inclusiva <strong>de</strong>víamos chamar-lhe simplesmente<strong>escola</strong> ou, talvez <strong>para</strong> se compreen<strong>de</strong>r a sua coevi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>signá-la por <strong>escola</strong> contemporânea”(i<strong>de</strong>m).Esta <strong>escola</strong>, no contexto português, assume ain<strong>da</strong> características mais específicas.Vários autores (exemplo: Stoer, Cortesão, Araújo, Santos) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que a <strong>escola</strong>portuguesa se encontra num processo <strong>de</strong> simultanei<strong>da</strong><strong>de</strong> entre a consoli<strong>da</strong>ção e acrise <strong>da</strong> <strong>escola</strong> <strong>de</strong> massas. Com efeito, <strong>de</strong>vido ao atraso estrutural provocado por umperíodo <strong>de</strong> 48 anos <strong>de</strong> ditadura, só agora se encontra efectivamente consoli<strong>da</strong>do oprocesso <strong>de</strong> <strong>escola</strong>rização <strong>da</strong> população com o ensino obrigatório até aos 15 anos oufi<strong>na</strong>l do 9.º ano <strong>de</strong> <strong>escola</strong>ri<strong>da</strong><strong>de</strong>. Este término está, igualmente, em discussão poisprojecta-se o seu alargamento <strong>para</strong> 12 anos <strong>de</strong> <strong>escola</strong>ri<strong>da</strong><strong>de</strong>. Assim, po<strong>de</strong>mos dizerque se obteve o acesso generalizado à <strong>escola</strong> num sistema maioritário <strong>de</strong> <strong>escola</strong>pública gratuita com alguma quali<strong>da</strong><strong>de</strong> em que o sistema privado é ape<strong>na</strong>s residual.Mas, garantido o acesso, não se encontra, porém, garantido o sucesso. A <strong>escola</strong> abriusea uma nova população, a novos utentes sendo <strong>na</strong> sua essência interclassista, ou seja,no mesmo espaço po<strong>de</strong>mos ter crianças oriun<strong>da</strong>s dos mais variados níveis sócio-eco-55Saber (e) Educar


· é um processo que <strong>de</strong>ve ser apoiado pela existência e implementação <strong>de</strong> legislaçãoe por medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> política;· necessita <strong>de</strong> garantir a participação do aluno e <strong>de</strong> respeitar as suas escolhas pessoais.O aluno, a sua família e os profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong>vem trabalhar em conjunto <strong>na</strong>formalização <strong>de</strong> um plano individual;· necessita <strong>da</strong> implementação <strong>de</strong> um plano educativo individual focalizado no progressodo aluno e em quaisquer mu<strong>da</strong>nças a introduzir <strong>na</strong> situação <strong>escola</strong>r;· <strong>de</strong>ve ser basea<strong>da</strong> no envolvimento e <strong>na</strong> cooperação <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as partes envolvi<strong>da</strong>s;· requer uma estreita colaboração entre <strong>escola</strong>s e <strong>mercado</strong> <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong>, <strong>de</strong> forma aque o aluno experimente condições reais <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong>;· é parte <strong>de</strong> um longo e complexo processo <strong>de</strong> pre<strong>para</strong>ção do aluno <strong>para</strong> entrar <strong>na</strong>vi<strong>da</strong> económica e adulta62Nessa medi<strong>da</strong>, há que aten<strong>de</strong>r aos diversos domínios <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> do sujeito, <strong>de</strong> acordocom aquilo que Jurado <strong>de</strong> Los Santos (1993) nos apresenta e que po<strong>de</strong>mos sintetizar<strong>na</strong> Figura 2.Figura 2Vi<strong>da</strong> familiarcomunitáriaDeslocaçãoVi<strong>da</strong>profissio<strong>na</strong>lmanutenção e<strong>de</strong>senvolvimentopessoalÓcio etempos livres(A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Santos, 1993)Jurado <strong>de</strong> Los Santos, 1993Temos, assim, três gran<strong>de</strong>s áreas/domínios <strong>de</strong> acção <strong>da</strong> pessoa (vi<strong>da</strong> familiar e comunitária,vi<strong>da</strong> profissio<strong>na</strong>l, ócio e tempos livres) a que se liga o fomento <strong>da</strong> autonomia,a nível <strong>da</strong>s habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s necessárias <strong>para</strong> a manutenção e <strong>de</strong>senvolvimento pessoal. Porúltimo, surge a área/domínio (autonomia <strong>de</strong> movimento) que estabelece a relaçãoentre a pessoa e a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Saber (e) Educar


Estas cinco áreas/domínios “representam como vive uma pessoa, trabalha, se entretéme se move ou utiliza os transportes <strong>na</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>” (Jurado <strong>de</strong> Los Santos,1993citado por Afonso e Santos, 2005- no prelo).A <strong>escola</strong> tem que estar atenta a estas dimensões <strong>de</strong> modo a po<strong>de</strong>r contribuir positivamente<strong>para</strong> a construção <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Aí se insere a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Planos<strong>de</strong> Transição <strong>para</strong> a Vi<strong>da</strong> Adulta e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> currículos funcio<strong>na</strong>is.Este <strong>trabalho</strong> tem <strong>de</strong> ser feito por um conjunto <strong>de</strong> elementos que envolvem nãosomente o professor <strong>de</strong> educação especial, mas também o do ensino regular e outrostécnicos constituindo o que se po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar uma equipa multidiscipli<strong>na</strong>r que funcionever<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente <strong>de</strong> forma articula<strong>da</strong>.Conhecemos, perfeitamente, as limitações que advêm, frequentemente, <strong>de</strong> um <strong>trabalho</strong><strong>de</strong>scoor<strong>de</strong><strong>na</strong>do entre todos aqueles que intervêm junto <strong>de</strong> crianças com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>seducativas especiais com a sua “repartição” em compartimentos estanques,esquecendo que existe uma globali<strong>da</strong><strong>de</strong> a ter em conta. Ora, numa <strong>escola</strong> que se preten<strong>de</strong>inclusiva, esta dimensão é uma priori<strong>da</strong><strong>de</strong> e aí têm, igualmente, <strong>de</strong> existir avançosrelativamente a outras concepções.Se, neste processo, o professor do ensino regular <strong>de</strong>sempenha um papel <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>nte,não <strong>de</strong>vemos, contudo, esquecer a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças também no quetoca ao professor <strong>de</strong> Educação Especial que <strong>de</strong>ve assumir-se como um “professor <strong>de</strong>métodos e recursos” cujo papel é “colaborar e aju<strong>da</strong>r os professores <strong>da</strong> aula a <strong>de</strong>senvolveremestratégias e activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que favoreçam a inclusão <strong>de</strong> alunos com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>sespeciais” (Marchesi, 2001: 100). A activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stes professores tem <strong>de</strong> serarticula<strong>da</strong> com a dinâmica <strong>da</strong> <strong>escola</strong> <strong>de</strong> modo a tor<strong>na</strong>rem-se pessoas que aju<strong>da</strong>m <strong>na</strong>busca <strong>de</strong> soluções <strong>para</strong> as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s surgi<strong>da</strong>s.Os programas <strong>de</strong> transição <strong>de</strong>lineados em acordo firmado entre professores, pais eo próprio aluno, <strong>de</strong>vem estabelecer as principais metas e áreas a <strong>de</strong>senvolver nosanos termi<strong>na</strong>is <strong>de</strong> inserção <strong>na</strong> educação <strong>escola</strong>r <strong>de</strong> modo a que isso se articule como projecto <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> futura. Nessa medi<strong>da</strong>, é necessário um conhecimento muito pormenorizadodos contextos existenciais o que passa por uma proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> muitogran<strong>de</strong>.Em Portugal, esse <strong>trabalho</strong> é, geralmente, inserido <strong>na</strong>quilo que se <strong>de</strong>signou por currículosalter<strong>na</strong>tivos. No contexto <strong>de</strong>ste <strong>trabalho</strong>, não queremos contudo, entrar nessapolémica que aliás serviu <strong>de</strong> base à dissertação <strong>de</strong> mestrado que <strong>de</strong>senvolvemos háuns anos atrás (Afonso, 1995).Partamos pois do princípio <strong>de</strong> que eles se assumem e realizam enquanto currículosfuncio<strong>na</strong>is, ou seja, que têm as seguintes características <strong>de</strong> acordo com Brown (1986,citado por Be<strong>na</strong>rd <strong>da</strong> Costa, 1996):63Saber (e) Educar


· são individualizados e estão relacio<strong>na</strong>dos com a i<strong>da</strong><strong>de</strong> cronológica;· incluem, numa proporção equilibra<strong>da</strong>, activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s “funcio<strong>na</strong>is”;· <strong>de</strong>senvolvem-se, sempre que necessário e possível, em contextos não <strong>escola</strong>res ecom a colaboração <strong>de</strong> pessoas que não são profissio<strong>na</strong>is <strong>da</strong> educação;· as aprendizagens têm lugar, sempre que possível, em contextos <strong>na</strong>turais e emsituações que lhes dão significado· têm probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ser praticados fora do ambiente <strong>escola</strong>r e ao longo <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>· contêm itens que são susceptíveis <strong>de</strong> ser aprendidos pelo aluno num tempo razoável· preten<strong>de</strong>m respon<strong>de</strong>r às expectativas presentes e futuras dos pais ou, quandopossível, dos próprios alunos;64Estes currículos correspon<strong>de</strong>m a uma possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> diferenciação curricular tendoem conta a adopção <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> um continuum <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação curricular propostapor Hegarty, 1985 (citado por Miran<strong>da</strong> Correia, 1997: 112) que parte sempredo currículo regular e que se estrutura em função <strong>da</strong>s características individuais.Assim, o currículo <strong>de</strong>senhado <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> aluno é situado, nessa referência, consoanteos seus componentes se aproximem mais do currículo regular (associado às aprendizagensbásicas culturais) ou se aproximem do currículo especial (ligado às aprendizagensbásicas universais).Tendo em conta as características específicas do processo <strong>de</strong> transição há que aten<strong>de</strong>raos contextos vivenciais do aluno pelo que <strong>de</strong>vem ser cria<strong>da</strong>s algumas estratégias<strong>para</strong> <strong>de</strong>senvolver conteúdos curriculares funcio<strong>na</strong>is que passam, conforme Be<strong>na</strong>rd <strong>da</strong>Costa (1996) por:· <strong>de</strong>linear as áreas curriculares· a casa· a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>· a <strong>escola</strong>· a vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> recreação e lazer· o <strong>trabalho</strong>· <strong>de</strong>linear os ambientes em que a sua vi<strong>da</strong> se <strong>de</strong>senrola e se espera venha a <strong>de</strong>senrolarno futuro· <strong>de</strong>linear e inventariar os sub-ambientes em que o aluno funcio<strong>na</strong> ou po<strong>de</strong> vir afuncio<strong>na</strong>r· seleccio<strong>na</strong>r, em ca<strong>da</strong> sub-ambiente, as activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que o aluno po<strong>de</strong> (ou <strong>de</strong>ve)realizar ou pre<strong>para</strong>r-se <strong>para</strong> realizar no futuro· <strong>de</strong>linear as competências que é necessário domi<strong>na</strong>r <strong>para</strong> se empreen<strong>de</strong>r a aprendizagem<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>Saber (e) Educar


· elaborar e implementar as intervenções pe<strong>da</strong>gógicas necessárias à aprendizagem<strong>da</strong>s competências <strong>de</strong>linea<strong>da</strong>s.ConclusãoAssim, em suma, a<strong>na</strong>lisámos, <strong>de</strong> forma breve, alguns dos factores que, em nossa opinião,po<strong>de</strong>m afectar o processo <strong>de</strong> transição <strong>para</strong> a vi<strong>da</strong> adulta <strong>de</strong> jovens com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>seducativas especiais, sobretudo com <strong>de</strong>ficiência.Parece claro que sendo o campo <strong>da</strong> Educação Especial composto por uma gran<strong>de</strong> edivergente abrangência <strong>de</strong> situações este processo <strong>de</strong> transição será vivido <strong>de</strong> formadiferente consoante essas especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Nuns casos certamente as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>sserão maiores e noutros menores aten<strong>de</strong>ndo às características pessoais e sociais.Neste <strong>trabalho</strong>, contudo, preten<strong>de</strong>mos ape<strong>na</strong>s levantar algumas <strong>da</strong>s questões quepo<strong>de</strong>m apresentar-se como comuns e sobretudo que po<strong>de</strong>m ter uma influência maismarcante em casos mais complexos.Embora já tenhamos assi<strong>na</strong>lado este factor não po<strong>de</strong>mos ignorar o importante papel<strong>da</strong> família no processo <strong>da</strong>do que é muito em função <strong>da</strong>s suas expectativas e possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> reacção que se po<strong>de</strong>rão encontrar alter<strong>na</strong>tivas <strong>para</strong> problemas que, em<strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>da</strong> altura, po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados como insolúveis. A <strong>escola</strong>, como referimos,<strong>de</strong>sempenha, igualmente, um papel crucial nomea<strong>da</strong>mente no seu acompanhamentonos anos termi<strong>na</strong>is <strong>de</strong> inserção <strong>na</strong> educação <strong>escola</strong>r promovendo estratégias<strong>de</strong> diferenciação curricular que aten<strong>da</strong>m aos aspectos necessários a um bom <strong>de</strong>senvolvimentopessoal e social dos jovens não somente <strong>na</strong> sua relação com o <strong>trabalho</strong>,mas em todos os momentos <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> modo a que eles possam assumir-se ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramentecomo pessoas.Muito há ain<strong>da</strong> <strong>para</strong> fazer neste campo, mas isso tor<strong>na</strong>-se ca<strong>da</strong> dia mais urgente sobpe<strong>na</strong> <strong>de</strong> que um investimento feito numa <strong>escola</strong> que se preten<strong>de</strong> inclusiva se percapor falta <strong>de</strong> articulação com o período pós-<strong>escola</strong>r, ou seja, com a vi<strong>da</strong> real, normal<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um que é um direito i<strong>na</strong>lienável <strong>de</strong> todos quaisquer que sejam as suas característicase diferenças.65Saber (e) Educar


66Referências bibliográficasAFONSO, Carlos (1995). Estudo dos currículos alter<strong>na</strong>tivospropostos <strong>para</strong> alunos com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativasespeciais integrados em <strong>escola</strong>s do 2º e 3º ciclos. Dissertação<strong>de</strong> Mestrado em Ciências <strong>da</strong> Educação (não publicado)AFONSO, Carlos (1997). “E… o <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> <strong>escola</strong>?”Saber (e) educar, 2, 63-75.AFONSO, Carlos (2000). “Currículos alter<strong>na</strong>tivos<strong>para</strong> alunos com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativas especiais – 2ºe 3º ciclos”. Saber (e) educar, 5, 131 – 146.AFONSO, Carlos (2004). Dos discursos e <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> construção <strong>de</strong> um currículo contra-hegemónico<strong>na</strong> educação <strong>de</strong> Surdos. Tese <strong>de</strong> Doutoramento emCiências <strong>da</strong> Educação (não publica<strong>da</strong>).AFONSO, Carlos (2004a). Formação <strong>de</strong> professores<strong>para</strong> a(s) diferença(s). Saber (e) educar, 9, 33-46.AFONSO, Carlos e SANTOS, Maria Manuel (2005).Transição <strong>para</strong> a vi<strong>da</strong> activa <strong>de</strong> jovens com <strong>de</strong>ficiênciamental in Carlos Afonso, Isabel Cunha, Hele<strong>na</strong> Serra eRosa Lima. Estudos em NEE (no prelo).Agência Europeia <strong>para</strong> o Desenvolvimento em Necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>sEducativas Especiais (2002). Transição <strong>da</strong> Escola<strong>para</strong> o Emprego. Principais problemas, questões e opções enfrenta<strong>da</strong>spelos alunos com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativas especiais em 16 países Europeus.Relatório Síntese.AINSCOW, Mel, PORTER, Gordon e WANG,Margaret (1997). Caminhos <strong>para</strong> as <strong>escola</strong>s inclusivas. Lisboa:Instituto Inovação Educacio<strong>na</strong>l.ALPER, Sandra; SCHLOSS, Patrick; ETSCHEIDT,Susan; MACFARLANE, Christine (1995). Inclusion: arewe abandoning or helping stu<strong>de</strong>nts? California: Corwin Press.AZEVEDO, Joaquim (2005). Ambientes inclusivos:as pessoas com <strong>de</strong>ficiência e as empresas in Actas doEncontro Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l “Diferenciação: do Conceito à Prática”.(no prelo).BARROSO, João (2003). “Factores organizacio<strong>na</strong>is<strong>da</strong> exclusão <strong>escola</strong>r. A inclusão exclusiva”, in DavidRodrigues (org). Perspectivas sobre a inclusão. Da educação àsocie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Porto: Porto Editora, 25 – 36.CORREIA, José Alberto (2003). “A construção político– cognitiva <strong>da</strong> exclusão social no campo educativo”,in David Rodrigues (org). Perspectivas sobre a inclusão.Da educação à socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Porto: Porto Editora, 37-55.CORREIA, Luís Miran<strong>da</strong> (1997). Alunos com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>seducativas especiais <strong>na</strong>s classes regulares. Porto: Porto Editora.CORREIA, Luís Miran<strong>da</strong> (2005). A Escola contemporânea,os recursos e a inclusão <strong>de</strong> alunos com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>seducativas especiais in Actas do Encontro Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l“Diferenciação: do Conceito à Prática”. (no prelo).CORTESÃO, Luiza (1998). O arco – íris <strong>na</strong> sala <strong>de</strong> aula?Processos <strong>de</strong> organização <strong>de</strong> turmas – reflexões críticas. Lisboa:Instituto <strong>de</strong> Inovação Educacio<strong>na</strong>l.COSTA, A<strong>na</strong> Maria Bé<strong>na</strong>rd et al. (1997). Currículos funcio<strong>na</strong>is.Lisboa: Instituto <strong>de</strong> Inovação Educacio<strong>na</strong>lCOSTA, A<strong>na</strong> Maria Bé<strong>na</strong>rd et al (2004). Educação etransição <strong>para</strong> a vi<strong>da</strong> pós-<strong>escola</strong>r <strong>de</strong> alunos com <strong>de</strong>ficiência intelectualacentua<strong>da</strong>: caracterização <strong>da</strong>s respostas educativas proporcio<strong>na</strong><strong>da</strong>saos alunos dos 2º e 3º ciclos com currículos alter<strong>na</strong>tivos ao abrigo doDL 319/91. Lisboa: Ministério <strong>da</strong> Educação.Hegarty, Seamus (2001). “O apoio centrado <strong>na</strong> <strong>escola</strong>:novas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e novos <strong>de</strong>safios”, in DavidRodrigues (org) (2001). Educação e diferença. Valores e práticas<strong>para</strong> uma educação inclusiva. Porto: Porto Editora, 79 – 91.KAUCHAKJE, Samira (2003). “’Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> Sur<strong>da</strong>’:as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s i<strong>de</strong>ntitárias no campo dos direitos, <strong>da</strong>inclusão e <strong>da</strong> participação social”, in Ivani Silva; SamiraKauchakje & Zil<strong>da</strong> Gesueli (org). Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, sur<strong>de</strong>z elinguagem. São Paulo: Plexus Editora, 57 – 76.MARCHESI, Álvaro (2001). “A prática <strong>da</strong>s <strong>escola</strong>sinclusivas”, in David Rodrigues (org) (2001). Educação ediferença. Valores e práticas <strong>para</strong> uma educação inclusiva. Porto:Porto Editora, 93 – 108.RODRIGUES, David (org) (2001). Educação e diferença.Valores e práticas <strong>para</strong> uma educação inclusiva. Porto: PortoEditora.RODRIGUES, David (org) (2003). Perspectivas sobre ainclusão. Da educação à socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Porto: Porto Editora.SANTOS, Pedro Jurado <strong>de</strong> los (1993), Integración Socio-Laboral y Educación Especial. Barcelo<strong>na</strong>: Promociones yPublicaciones Universitarias S.A.STOER, Stephen e CORTESÃO, Luiza (1999).Levantando a pedra. Da pe<strong>da</strong>gogia inter/multiculturalàs políticas educativas numa época <strong>de</strong> trans<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lização.Porto: Edições Afrontamento.UNESCO (1994). Declaração <strong>de</strong> Salamanca e enquadramento<strong>da</strong> acção <strong>na</strong> área <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s educativasespeciais. Salamanca: UNESCO e Ministério <strong>da</strong> Educaçãoe Ciência <strong>de</strong> Espanha.Saber (e) Educar

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!