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Pensamento Biocêntrico

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Revista <strong>Pensamento</strong> Biocêntrico – Pelotas - Nº 02 - p– 13-35 Jan/Mar 2005impossível e o educador pode ruborizar diante desta exigência.Numa sociedade do conflito, da competição e da dissociaçãoraramente experimentamos o abraço que sintetiza essas qualidades.Inicia-se de forma lenta e progressiva a educação afetiva. Ela épossível.A emoção do abraço tem uma qualidade singular. É aproximidade do outro, em um ato recíproco, de sustentá-lo em todasua humanidade, de assumi-lo corporal e espiritualmente. O abraçopossui um matiz mais religioso que sexual. O abraço alude àfraternidade, à comunicação generosa. Tem sua fonte na certeza depertencer a uma irmandade universal. O abraço é um meio supremode perceber o outro como um semelhante. Mediante o abraço épossível alcançar o transe de fusão de duas Identidades em umaIdentidade maior. O abraço é o ato político mais radical (TORO,1999:23).Atente-se para a importância da educação afetiva doeducando e a promoção de seu desenvolvimento humano. O abraço éum ato de encontro de si mesmo e do outro. Trata-se de um ato sutilde fusão recíproca. “Para que esto sea posible, é necesario una atitudpermissiva y un sincero deseo de recibir al otro” (TORO, 1999:33).É fácil abraçar pessoas íntimas, mas é difícil faze-lo com umestranho. São Francisco foi até aos leprosos e os brindou com seuabraço. É difícil abraçar um mendigo ou um louco. É difícil abraçarum colega que se firma na oposição competitiva e de busca de poder.Cada pessoa descobre, porém, em sua capacidade de abraçar, seunível de hominização, seu grau de evolução afetiva (TORO,1999:23).Temos presenciado quotidianamente um nível desofrimento muito grande em muitos de nossos educandos. No bojodo processo educativo é necessário levar em conta não somente atemática, mas a realidade do sofrimento e da felicidade na vidahumana. No semblante do educando muitas vezes está estampado obrilho da felicidade e na maioria das vezes a névoa do sofrimento.Como não se mobilizar diante do sofrimento infantil, juvenil eadulto? O papel, a tarefa, a missão do educador não se reduz à21

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