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R$ 5,90 - Roteiro Brasília

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galeriadearteRodrigo de OliveiraFernando BrachoEncontro lúdicode dois paísesPor Alexandre MarinoObras de sete jovens fotógrafosbrasileiros e sete venezuelanoscompõem a exposição Latinidades:uma nação, dois países e sete artes, abertaao público no Átrio dos Vitrais do edifício-sededa Caixa Econômica Federal, fazendoum interessante jogo com os brinquedosdo também venezuelano MárioCalderón, expostos no mesmo espaço.Ambas as mostras, que permanecem até1º de maio, pretendem representar a integraçãoentre os dois países e revelar algumasde suas particularidades culturais.Enquanto os olhares dos fotógrafos, fixadospelas lentes, estabelecem uma relaçãodireta entre sua arte e as artes abordadascomo temas, os brinquedos promovemuma subversão do olhar do espectador,por conduzi-lo a um universo lúdicojá perdido. Ao mesmo tempo, a fotografiafaz uma releitura de outras artes, que porsua vez também já se propõem a releiturasdo real, criando um jogo que alude aosbrinquedos de Calderón. Afinal, brincartambém é reinterpretar o mundo.O curador da parte brasileira da mostrafotográfica, Humberto Lemos, entendeque Latinidades representa para o Fotoclubef/508, que agrega os artistas participantes,“seu mais alto grau de maturidade”.Cada fotógrafo partiu da reinterpretaçãode uma outra linguagem artística para fazerseu trabalho, a partir da obra de umautor clássico nacional.Assim, Gabriela Freitas releu o cinemade Glauber Rocha pela fotografiaPoétyka Glauberiana; Janaína Miranda releua escultura do mestre do barroco mineiroAleijadinho; Nelson González Lealinterpretou a música de Noel Rosa; RodrigoDalcin, a literatura de Machado de Assis;Rodrigo de Oliveira, o teatro de NelsonRodrigues; Viviane Dománico, a pinturade Portinari; e Flora Egécia, a dançabrasileira representada pelo maculelê,criado pelos escravos.Os fotógrafos venezuelanos desenvolveramseu trabalho de forma semelhante.Adriana Fernández abordou a escultura;Ana Maria Otero, a dança; Marianela DíazCardozo, a pintura; Ramón Castillo, amúsica; Fernando Bracho, o cinema; MireyaFerrer, a literatura. Ernesto Acostacruzou a escultura e o teatro, ao fotografaruma reinterpretação humana da Pietà, deMichelangelo, durante um encontro deestatuismo na cidade de Maracaibo.O curador Humberto Lemos explicaque a mostra faz parte de um esforço para“alavancar a fotografia latino-americana”por meio de intercâmbio entre os artistasdos diversos países. Para isso, um dos objetivosé levar a mesma exposição para Caracas,com o apoio da Embaixada do Brasilna Venezuela. A mostra na Caixa recebeuo apoio da Embaixada venezuelana.Antes, já havia sido montada na BibliotecaNacional de Brasília e na Câmara dosDeputados, após a estreia, em julho de2008, na própria Embaixada.BrinquedosA exposição de brinquedos de MárioCalderón, também promovida pela Embaixadada Venezuela, reúne peças articuladasem madeira deste que é consideradoum dos grandes artesãos de seu país e daAmérica Latina. A maior parte das obrasevoca tradições culturais, como o circo ejogos tradicionais.Também chamam a atenção seus brinquedosinspirados nos Beatles, a bandade rock inglesa que mudou a relação domundo com a música popular. Todos osbrinquedos são articulados, de forma a desenvolveralgum tipo de movimento. Infelizmente,não podem ser tocados pelo espectador,mas em vídeo o próprio artistarevela alguns segredos dos brinquedos,tornando a visita mais enriquecedora.Latinidades: uma nação,dois países e sete artesBrinquedos venezuelanos: Mário CalderónAté 1º de maio, das 9 às 21h, no Átrio dosVitrais (edifício-sede da Caixa EconômicaFederal, no Setor Bancário Sul).Mais informações: 3206.9448.20

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