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terceira idade e turismo em joão pessoa - Profª Carla Mary S. Oliveira

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Terceira Idade e Turismo <strong>em</strong> João Pessoa: um estudo de caso sobre a atuação do SESC 152. LAZER E TURISMO SOCIALHá muitas formas de definir o lazer, mas <strong>em</strong> todas as definições o foco centralconcentra-se nas dimensões do t<strong>em</strong>po livre, de acordo com (Parker, 1976, p. 21), o lazer é “ot<strong>em</strong>po de que o indivíduo dispõe, livre de trabalho e de outros deveres, e que pode serutilizado para fins de repouso, divertimento, ativ<strong>idade</strong>s sociais ou aprimoramento <strong>pessoa</strong>l”,de livre e espontânea vontade. O mesmo autor alega que a quant<strong>idade</strong> de t<strong>em</strong>po de quedispomos para o lazer irá determinar o que poder<strong>em</strong>os fazer neste período e que, <strong>em</strong> nenhumahipótese, poder<strong>em</strong>os considerar o lazer como sendo tão somente o t<strong>em</strong>po livre, pois, porex<strong>em</strong>plo, exist<strong>em</strong> as <strong>pessoa</strong>s que se aposentam com baixos rendimentos, dispondo geralmentede muito t<strong>em</strong>po livre, mas que não estão realizando necessariamente lazer neste t<strong>em</strong>po.O <strong>turismo</strong>, sendo uma ativ<strong>idade</strong> de lazer, encontra-se diretamente associado ao conceitode t<strong>em</strong>po livre, sendo este descrito por (Molina, 2001, p. 42) como “uma real<strong>idade</strong> e umconceito que, de forma geral, nasce durante o século XIX, nos países desenvolvidos do globoe significa o resultado das conquistas trabalhistas dos setores médio e baixo da população”.O t<strong>em</strong>po ocupado é conceituado pelo mesmo autor como sendo “aquele durante o qual oindivíduo realiza tarefas de caráter obrigatório ou indispensável para a sua sobrevivência”,incluindo-se <strong>em</strong> tais ativ<strong>idade</strong>s os compromissos de caráter trabalhista, familiar, doméstico,social e fisiológico. Para o referido autor, o t<strong>em</strong>po livre deverá ser utilizado pelo indivíduoconforme os seus interesses <strong>pessoa</strong>is, sendo assim, “o t<strong>em</strong>po livre representa umaoportun<strong>idade</strong> para a auto realização, a vivência transcendental e a plenitude; o t<strong>em</strong>podedicado à sobrevivência seria o contrário” (Molina, 2001, p. 43).A concepção do lazer como algo a mais do que t<strong>em</strong>po livre v<strong>em</strong> desde os filósofosclássicos da antiga Grécia, especialmente Aristóteles e Platão: “A concepção grega de lazerbaseava-se numa associação à ‘aprendizag<strong>em</strong>’ ou cultivo do eu, <strong>em</strong> lugar de basear-se <strong>em</strong>t<strong>em</strong>po livre” (Parker, 1976, p. 26).Para Aristóteles apenas duas ativ<strong>idade</strong>s eram designadas como lazer: a música e acont<strong>em</strong>plação, sendo esta última enfatizada - “O hom<strong>em</strong> <strong>em</strong> cont<strong>em</strong>plação é um hom<strong>em</strong> livre.De nada necessita. Portanto, nada determina ou deturpa seu pensamento. Ele faz aquilo queama fazer, e o que faz é feito por prazer” (Parker, 1976, p. 27). Faz-se importante destacarque a sociedade grega associava o lazer “ideal” a natureza de um hom<strong>em</strong> livre, e que talsociedade encontrava-se dentro do modelo escravista, o qual restringia a liberdade para umaelite privilegiada.

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